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FORMAS FARMACÊUTICAS DE USO TÓPICO EMULSÕES E GÉIS Universidade Paulista

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FORMAS FARMACÊUTICAS DE USO TÓPICO

EMULSÕES E GÉISUniversidade Paulista

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Principais funções das preparações de uso tópico

• Proteger ferimentos cutâneos do meio ambiente e permitir sua cicatrização;

• Promover a hidratação ou possibilitar uma ação emoliente (amolecer);

• Prover meios de transporte para um medicamento, com o objetivo de obter-se um efeito terapêutico tópico ou sistêmico.

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CONSTITUIÇÃO DA PELE

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EPIDERME

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PELE• Órgão de delimitação entre o meio interno e o ambiente

externo.• Proteção, nutrição, pigmentação, termoregulação,

transpiração, perspiração, defesa e absorção, é considerado, também, um órgão de comunicação com o mundo exterior e tem, inclusive, relevância social e emocional.

• Sintomas de calor, frio e dor; sentimentos e emoções como vergonha, medo e ansiedade.

• Lisa ou com rugas, grossa ou fina, sua superfície mede, no adulto, entre 1,50m2 e 1,80 m2.

• A pele e o tecido celular subcutâneo têm cerca de 20% do peso corporal. É o maior órgão do corpo humano.

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EPIDERME• Não possui vasos e tem espessura variável.• As células da epiderme renovam-se a cada 4 semanas; • Camada protetora, forma barreira de proteção, impedindo a

entrada de microorganismos, radiação UV, corrente elétrica e substâncias tóxicas.

• Retém água, eletrólitos e substâncias solúveis.• Suas células se diferenciam para cumprir funções protetoras

como a elaboração da queratina e a síntese da melanina.

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EPIDERMEEstrato córneo

Mais externaDescamaçãoBarreira

Estrato lúcidoCamada mais profunda da camada córnea (pés/mãos)

Camada granulosaRica em enzimas - Sintetiza queratina

Camada espinhosaCemento intercelularCélulas de Langerhans

Camada basal ou germinativaDá suporte e união com a derme - Queratinócitos e melanócitos

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DERME

• Formada por mucopolissacarídeos ácidos (sulfato de dermatano ou sulfato de condroitina B) que desempenham importante papel na fixação da epiderme a derme.

• Contém fibras colágeno, elastina e reticulina, polissacarídeos glicoprotéicos e eletrólitos, diversas células conjuntivas como os fibroblastos, histiócitos e mastócitos.

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HIPODERME

• Formada por tecido gorduroso que, por sua disposição, possui propriedades protetoras contra traumatismos e variações térmicas.

• Fazem parte deste tecido, um pigmento (lipocrômico), colesterol, vitaminas e água.

• A rede vascular profunda encontra-se na hipoderme.

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ÓRGÃOS ANEXOS

• Glândula sudorípara• Glândula pilossebácea

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GLÂNDULA SUDORÍPARA• Glândulas apócrinas

– Saem diretamente nos folículos pilossebáceos e secretam um líquido leitoso que é formado por substâncias protéicas, lipídicas e glicídicas.

– O odor - decomposição do material por elas secretado, através da ação de enzimas bacterianas.

• Glândulas écrinas – Predominam nas regiões palmo-plantares, mas estão

presentes em toda a pele, exceto no clitóris, nos pequenos lábios, glande e superfície interna do prepúcio.

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GLÂNDULA PILOSSEBÁCEA

• Folículo piloso• Bainha epitelial rodeia o pelo e escoa

o sebo secretado pela glândula sebácea

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FATORES QUE INFLUEM NA ABSORÇÃO CUTÂNEA

• Topografia, idade, metabolismo, hidratação e o estado de saúde da pele.

• Diretamente proporcional ao número de folículos pilossebáceos.

• A absorção nas plantas dos pés e palmas das mãos é praticamente nula.

• A seletividade da penetração através dos folículos se atribui a espessura da camada córnea.

• Além disso, substâncias voláteis e hidrossolúveis atravessam a camada córnea por difusão osmótica.

• A pele prejudicada por algum tipo de doença torna-se mais permeável a água.

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FATORES QUE INFLUEM NA ABSORÇÃO CUTÂNEA

• Eczema ou psoríase: pode chegar a ser dez vezes mais permeável que em condições normais.

• Com relação a natureza das substâncias, depende da solubilidade em água e nos solventes. Quanto mais solúvel a substância for no veículo, maior será a absorção.

• A baixa viscosidade e o tamanho reduzido as partículas aumentam a absorção.

• A influência do veículo/excipiente sobre a absorção também é outro fator a ser considerado.

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FATORES QUE INFLUEM NA ABSORÇÃO CUTÂNEA

• pH em torno de 4,5• contribui de modo importante nos mecanismos de defesa da

pele. • Varia de uma região a outra do corpo, podendo alcançar 7.2

nos espaços interdigitais ou 8,0 em determinadas doenças.• A pele constitui uma barreira muito eficaz, mas pode ser

atravessada por pequenas quantidades de substâncias lipófilas capazes de penetrar na camada córnea.

• Se estas substâncias possuem também uma determinada hidrofilia, podem ter uma difusão mais profunda e, às vezes, uma absorção sistêmica.

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FATORES QUE INFLUEM NA ABSORÇÃO CUTÂNEA

• Depende, também:– Da intensidade e pressão exercida ou do vigor da

fricção;– Da área da aplicação;– Do uso de curativos oclusivos.

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Tabela de pH cutâneo aproximado

Local pHAxilas 6,5Costas 4,8Couro cabeludo 4,1Coxas 6,1Mãos 4,5Nádegas 6,4Pés 7,2Face 4,9Mamas 6,2Tornozelos 5,9

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FORMULAÇÕES

• Formulações tópicas– Terapêuticas

• Formulações cosméticas– Hidratação, proteção, embelezamento e

higienização• Sistemas Transdérmicos

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GRAU DE PENETRAÇÃOObjetivo Objetivo Tipo de produto ou materialTipo de produto ou material AçãoAção

Superfície da peleSuperfície da pele Sabonetes, filtros solares, Sabonetes, filtros solares, repelentes de insetosrepelentes de insetos

CosméticaCosmética

Estrato córneoEstrato córneo Hidratantes, agentes queratolíticosHidratantes, agentes queratolíticos CosméticaCosmética

Ductos sudoríparosDuctos sudoríparos AntiperspirantesAntiperspirantes CosméticaCosmética

Epiderme viávelEpiderme viável Esteróides, anestésicos locais, Esteróides, anestésicos locais, retinóidesretinóides

TerapêuticaTerapêutica

Células basais Células basais epidérmicasepidérmicas

Agentes citostáticos (metotrexate)Agentes citostáticos (metotrexate) TerapêuticaTerapêutica

Circulação sangüíneaCirculação sangüínea TransdérmicosTransdérmicos TerapêuticaTerapêutica

Tecido muscular localTecido muscular local SalicilatoSalicilato TerapêuticaTerapêutica

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AGENTES QUÍMICOS PROMOTORES DA ABSORÇÃO

• Desestruturam a camada bilipídica, interagem com

queratinócitos ou solubilizam a substância no estrato córneo.

Page 22: FORMAS FARMACÊUTICAS DE USO TÓPICO EMULSÕES E GÉIS Universidade Paulista

• Ácido oléico• Tensoativos: Lauril sulfato de sódio, sais de amônio

quaternário, lecitina,...• Pirrolidonas: 2-pirrolidona, n-metil-2-pirrolidona• Solventes: Dimetilsulfóxido (DMSO), etanol, metanol,

2-propanol, polietilenoglicol 100 – 400, propilenoglicol, miristato de isopropila,...

• Agentes anfifílicos: lipossomas• Agentes queratolíticos: ácido salicílico, uréia, ...

AGENTES QUÍMICOS PROMOTORES DA ABSORÇÃO

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Quanto ao uso:

• Além do grau de penetração que se deseja• Características da pele:

– Seca ou lesões descamativas: pomadas– Proteção de determinada área: pastas– Lesões úmidas ou exsudativas: cremes– Locais intertriginosos (atritos): loções– Estética

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Pesquisa

• Crie uma bula padrão para produtos manipulados com as

informações básicas.

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EMULSÕES

• "São sistemas bifásicos nos quais um "São sistemas bifásicos nos quais um líquido está disperso em um outro líquido está disperso em um outro

líquido na forma de pequenas líquido na forma de pequenas gotículas" gotículas" (USP 23).(USP 23).

Page 26: FORMAS FARMACÊUTICAS DE USO TÓPICO EMULSÕES E GÉIS Universidade Paulista

Definições• Emulsificação: Diminuição da tensão superficial• Agentes emulsionantes: tensoativos• Cremagem: migração• Coalescência: quebra

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Cremes

• Média a alta viscosidade• Podem ser colocados em potes e retirá-los com

uma espátula, ou em tubos.

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Loções Cremosas

• valores médios de viscosidade e recebem esta denominação para não serem confundidas com as loções tônicas, hidroalcoólicas ou aquosas.

• Podem ser colocadas em frascos com bico dosador (ou válvula pump), e podem ser retirados por inversão e escoamento.

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Leites

• Baixa viscosidade, semelhante ao leite bovino. • A baixa viscosidade faz com que seja

facilmente aplicado. • Porém, é o tipo de emulsão mais difícil de

estabilizar, sendo a separação de fases o problema mais freqüente.

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Tensoativos e Agentes Emulsionantes

• Surfactantes ou tensoativos• São moléculas ou íons que são adsorvidos nas

interfaces. • A estrutura molecular é composta de duas

partes: – porção hidrofílica – porção hidrofóbica

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Tensoativos e Agentes Emulsionantes

• Reduzem a energia livre produzida pela presença de interface. Eles reduzem a tensão superficial entre um líquido e um gás (p. ex., o ar) ou a tensão interfacial entre dois líquidos.

• Agentes molhantes, detergentes, agentes de espuma, agentes dispersantes, solubilizantes e agentes emulsionantes.

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A B C D

Tens

ão s

uper

ficia

l

Concentração (log10C)CMC

A

DC

B

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PROPRIEDADES DESEJÁVEIS PARA OS AGENTES EMULSIONANTES

• Estrutura molecular: – ter um balanço razoável entre seus grupos hidrofílicos e

lipofílicos.• Agentes emulsionantes com grupos hidrofílicos

relativamente dominantes produzem emulsões óleo e água (o/a).

• Com grupos lipofílicos dominantes produzem preferencialmente emulsões água em óleo (a/o), e aqueles com balanço próximo à equivalência podem produzir os dois tipos, dependendo das circunstâncias

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Exemplos

• Nos sabões, estearato de sódio, o grupo hidrofílico, - COO-Na+, é relativamente dominante sobre a cadeia hidrocarbonada lipofílica, C17H35-.

• Como resultado, o estearato de sódio é solúvel em água e insolúvel em óleo. Ele apresenta um equilíbrio suficiente entre os grupos de modo que se localiza na interface óleo/água e produz emulsões óleo em água.

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PROPRIEDADES DESEJÁVEIS PARA OS AGENTES EMULSIONANTES

• Produzir uma emulsão estável. • Quando o tensoativo é incapaz de produzir barreiras

fortes e estáveis para evitar a coalescência das gotas dispersas deve-se usar um estabilizador.

• O tensoativo é o agente emulsificante primário, e o estabilizador, como agente emulsificante secundário ou auxiliar.

• Ex. lauril sulfato de sódio + álcool estearílico

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PROPRIEDADES DESEJÁVEIS PARA OS AGENTES EMULSIONANTES

• Deve ser estável à degradação química;• Portanto tomar precauções adequadas:

– adicionar conservantes– Refrigerar– Indicar um curto prazo de validade– Combinações dessas alternativas.

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PROPRIEDADES DESEJÁVEIS PARA OS AGENTES EMULSIONANTES

• Deve ser razoavelmente inerte;• Não deve ser tóxica nem irritante para a pele

ou as mucosas;• Deve ser relativamente inodoro, insípido e

incolor. • Deve ter um custo razoável.

Page 38: FORMAS FARMACÊUTICAS DE USO TÓPICO EMULSÕES E GÉIS Universidade Paulista

CLASSIFICAÇÃO E CARACTERÍSTICAS DOS AGENTES EMULSIONANTES

• Polímeros solúveis em água: – polímeros naturais – polissacarídeos e

polipeptídeos– derivados de celulose – etil, metil, CMC– hidrofílicos sintéticos - polímeros vinílicos,

carbômero, copolímero do ácido acrílico, e polietilenoglicóis.

• Apresentam a vantagem de serem agentes de viscosidade, além de terem atividade de superfície.

Page 39: FORMAS FARMACÊUTICAS DE USO TÓPICO EMULSÕES E GÉIS Universidade Paulista

Detergentes e sabões aniônicos • Sabões leves: são os sais de ácidos graxos nos quais o

íon positivo é monovalente, como Na+, K+, NH4+. Os

ácidos graxos comuns utilizados são o esteárico (C18), oléico (C18∆9Cis), palmítico (C16) e láurico (C12). Freqüentemente, o emulsionante é formado durante a emulsificação, ocorre pela adição de um álcali-base (p. ex., NaOH, KOH, NH4OH, borato de sódio) ou uma amina na orgânica básica (p. ex., trietanolamina) a um óleo fixo que contém uma quantidade suficiente de ácidos graxos.

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Sabões leves apresentam as seguintes propriedades:

• São solúveis e / ou dispersíveis em água. • Formam, em geral, emulsões o/a.• Duas exceções são a pomada de Rose water (água de

rosas) e o Cold cream. Estas são emulsões a/o formadas quando uma solução de borato de sódio (bórax) é adicionada a ceras brancas e ésteres cetílicos fundidos, que contêm ácidos graxos suficientes para a formação de um sabão emulsionante.

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Detergentes:• Sais dos sulfatos de alquila, sulfonatos, fosfatos e

sulfosuccinatos. • Ex. laurilsulfato de sódio e dioctilsulfosuccinato de sódio

(docusato de sódio). • Apresentam as seguintes propriedades:• São muito hidrofílicos e solúveis em água.• Sempre formam emulsões o/a.• são mais estáveis aos ácidos• São mais utilizados em conjunto com emulsionantes não-

iônicos secundários, como álcool cetílico e estearílico.• Inadequados para uso interno

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Tensoativos catiônicos:

• Compostos de amônio quaternário– cloreto de benzalcônio– cloreto de benzetônio – cloreto de cetilpiridínio.

• São muito hidrofílicos e muito solúveis em água.• Não são utilizados como emulsionantes, mas são

úteis como agentes antimicrobianos. •

Page 44: FORMAS FARMACÊUTICAS DE USO TÓPICO EMULSÕES E GÉIS Universidade Paulista

Tensoativos não-iônicos naturais

• Álcoois graxos:– álcool estearílico e álcool cetílico

• Lanolina ou ceras e seus derivados• Álcoois de lanolina e colesterol e derivados • Ceras naturais

– Espermacete• Ceras de ésteres cetílicos

– espermacete sintético

Page 45: FORMAS FARMACÊUTICAS DE USO TÓPICO EMULSÕES E GÉIS Universidade Paulista

Tensoativos não-iônicos sintéticos• São ésteres complexos e ésteres-éteres, derivados

dos polióis, óxidos, de alquilenos, ácidos graxos e álcoois graxos.

• A porção hidrofílica dessas moléculas consiste em hidroxilas livres e grupos óxidos de etileno.

• Monooleato de sorbitano (Span 80)• Polissorbato 80 (Tween 80) é polioxietileno 20-

monooleatol sorbitano; o número 20 indica que há aproximadamente 20 moles de óxido de etileno para cada mol de sorbitol e sorbitol anidrido.

• Os tensoativos não-iônicos comumente usados incluem vários Spans, Tweens, etc.

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EHL (Equilíbrio Hidrófilo-Lipófilo)

• Equilíbrio entre as fases aquosa e oleosa. • HLB (hydrophilic-lipophilic balance)• Sistema de classificação dados aos emulsificantes, entre 1

e 20• Se o valor do HLB é baixo, o número de grupos

hidrofílicos no tensoativo é pequeno, o que significa que ele é mais lipofílico (lipossolúvel) do que hidrofílico (hidrossolúvel).

• Se o valor do HLB é alto, significa que há um grande número de grupos hidrofílicos na molécula, portanto o tensoativo é mais hidrofílico do que lipofílico.

Page 47: FORMAS FARMACÊUTICAS DE USO TÓPICO EMULSÕES E GÉIS Universidade Paulista

Nome químicoNome químico Nome comercialNome comercial Valor de Valor de HLBHLB

Monoestearato de Monoestearato de propilenoglicolpropilenoglicol

LauroglicolLauroglicol 3,43,4

Monoestearato de glicerilaMonoestearato de glicerila Monoestearato de glicerilaMonoestearato de glicerila 3,83,8

Monoestearato de sorbitanoMonoestearato de sorbitano Span 60Span 60 4,74,7

Goma arábicaGoma arábica Goma arábicaGoma arábica 8,08,0

Monoleato de polioxietilenoMonoleato de polioxietileno PEG 400 monoleatoPEG 400 monoleato 11,411,4

Polissorbato 80Polissorbato 80 Tween 80Tween 80 15,015,0

Polissorbato 20Polissorbato 20 Tween 20Tween 20 16,716,7

PolaxamerPolaxamer Pluronic F-68Pluronic F-68 17,017,0

Oleato de sódioOleato de sódio Oleato de sódioOleato de sódio 18,018,0

Lauril sulfato de sódioLauril sulfato de sódio Lauril sulfato de sódioLauril sulfato de sódio 40,040,0

Page 48: FORMAS FARMACÊUTICAS DE USO TÓPICO EMULSÕES E GÉIS Universidade Paulista

Faixa de HLB versus atividade dos tensoativos

  Faixa de HLB Atividade

  Baixo

1 – 3 Agente antiespumante

3 – 6 Agente emulsificante a/o

7 – 9 Agente molhante

8 – 18 Agente emulsificante o/a

13 – 16 Detergentes

Alto 16 – 18 Agentes solubilizantes

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TIPOS DE EMULSÃO

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Óleo em água (o/a)

• O óleo está disperso como gotículas em uma solução aquosa.

• Mais comum. • Para produtos de uso oral quando a sensação

de óleo na boca é desagradável. • Uso externo: preparação fácil de remover

e/ou sem sensação oleosa é desejada.

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Água em óleo (a/o)

• Água está dispersa como gotículas em um óleo ou material oleaginoso.

• Produtos de uso externo: emoliência, lubrificação e proteção.

• Muitas pomadas, que se apresentam como sistemas emulsionados, são emulsões a/o.