fraturas comuns do antebraço
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FRATURAS DO ANTEBRAÇO
Dr. Carlos Andrade
R2 Denis Cabral
20/10/09
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INTRODUÇÃO
• O membro superior tem como função proporcionar à mão mobilidade suficiente para que ela possa realizar suas funçoes principais.
• As fraturas dos ossos do antebraço apresentam peculiaridades, pois as forças musculares atuantes fazem com que dificilmente se consiga uma redução incruenta satisfatória.
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MECANISMOS DAS FRATURAS
• Compressão axial
• Flexão
• Rotação
• Traumatismo direto
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QUADRO CLÍNICO
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INVESTIGAÇÃO
• RAIO-X : deve incluir sempre a articulação do cotovelo e do punho
• TC: raramente indicada• RNM: útil para avaliação da cartilagem articular• ANGIOGRAFIA: essencial nos casos de lesão
vascular
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FRATURA DE MONTEGGIA
FRATURA DA ULNA PROXIMAL ACOMPANHADA POR LUXAÇÃO DA CABEÇA DO RÁDIO
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INTRODUÇÃO
• Essa lesão caracterizada por fratura-luxação especial doantebraço foi descrita por Giovanni Battista Monteggia, de Milão, Itália, em 1814, antes mesmo da era da radiografia,baseado somente na história do traumatismo e nos achados do exame físico. Mais de 150 anos mais tarde, em 1967, Bado passou a utilizar o termo “lesão de Monteggia”, e a classificou em quatro tipos (BADO, 1967)
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CLASSIFICAÇÃO
• O tipo I apresenta luxação anterior da cabeça do rádio e fratura da ulna em qualquer nível, com angulação anterior. Éo tipo mais comum, embora todas as lesões de Monteggia somem apenas 5% das fraturas do antebraço (ANDRADE et al.,1985).
PRONAÇÃO FORÇADA DO ANTEBRAÇO
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CLASSIFICAÇÃO
• O tipo II apresenta luxação posterior da cabeça do rádio, associada a fratura da ulna, com angulação posterior.
SOBRECARGA AXIAL DO ANTEBRAÇO COM O COTOVELO FLEXIONADO
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CLASSIFICAÇÃO
• O tipo III apresenta-se como luxação lateral da cabeça do rádio associada a fratura da ulna, com angulação lateral.
ABDUÇÃO FORÇADA DO COTOVELO
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CLASSIFICAÇÃO
• O tipo IV apresenta fratura de ambos os ossos do antebraço em seu terço proximal, com luxação anterior da cabeça do rádio. A fratura da ulna tem angulação anterior.
PRONAÇÃO FORÇADA DO ANTEBRAÇO, EM QUE A DIÁFISE RADIAL CEDE
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TRATAMENTO
• As indicações de tratamento das lesões de Monteggia são baseadas no padrão da fratura e da idade do paciente, isto é,se adulto ou criança.
• A maioria dos autores concordam que essa lesão nas crianças deva ser tratada por redução incruenta e imobilização com tala gessada áxilo-palmar, com 90º de flexão do cotovelo e supinação total, que é a melhor posição para as lesões dos tipos I, III e IV. As lesões do tipo II (deslocamento posterior) ficam melhor se imobilizadas a 70º de flexão e em supinação.
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TRATAMENTO
• Nos adultos, os resultados com tratamento incruento não são animadores, devendo-se optar pelo tratamento cirúrgico.
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FRATURA DE GALEAZZI
Tal lesão é aproximadamente 3 vezes mais comum que as fx Monteggia.
“FRATURA DA NECESSIDADE”
Fratura da diáfise radial com rupturaassociada da articulação radio-ulnardistal.
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FRATURAS SUPRACONDILIANAS DO ÚMERO EM CRIANÇAS
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INTRODUÇÃO
As fraturas no cotovelo representam 8-9% das fraturas dos MMSS em crianças
86% ocorrem no úmero distal
55-75% sendo supracondilares
Relacão masculino-feminino e de 3:2
Pico de incidência e de 5-8 anos
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ANATOMIA Reducão do diâmetro AP 1/3 distal do
úmero
Frouxidão ligamentar
Cápsula anterior mais espessa e resistente que a posterior
• O terço distal do úmero apresenta como particularidade anatômica uma área óssea delgada entre as fossas do olécrano e coronóide, cercada pelas colunas medial e lateral, que são mais espessas.
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MECANISMO DE LESÃO
Extensão: hiperextensão durante a queda sobre a mão estendida
Mão pronada: póstero-medialMão supinada: póstero-lateral
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MECANISMO DE LESÃO
• Flexão: queda sobre o cotovelo flexionado ou trauma direto
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AVALIAÇÃO CLÍNICA Edema, mobilizacão dolorosa
Angulacão em forma de “S”
Sinal de Pucker: depressão da pele anteriormente
Exame neurovascular minucioso Integridade n.ulnar, n.radial e n. medianoPulsos distais e enchimento capilarRepetir exame apos manipulacao/imob
• Lesões neurológicas e vasculares estão presentes em 10% a 15% dessas fraturas
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AVALIAÇÃO RADIOGRÁFICA
Incidência AP e lateral do cotoveloAP: relacões angulares1. Ângulo de Baumann: linha fisária condilar lateral e eixo diafisário do úmero
Segundo Keenan & Clegg, os valores normais médios do ângulo de Baumann em meninos são de 73,6º (± 8,73º) e em meninas, de 75,6º (± 5,78º), variando de 64º a 82º.
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Lateral:1. Gota de lágrima2. Ângulo diafisário-condilar3. Linha umeral anterior
Incidencias especiais1. Incidência de Jones: hiperflexão2. Rotacão interna e externa
Sinais do Coxim GordurosoAnterior (coronóide): sensivelPosterior (olecrano): especificoSupinador
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• The Most Important Thing
1. Know where is the capitellum - the center point of elbow.
2. Find the intersection line.
3. Look for fat pad sign.
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CLASSIFICAÇÃO
GARTLAND – Grau de desvio
Tipo em extensão: 98% das fraturas umerais supracondilares em criancas
Tipo I: sem desvioTipo II: desviada com córtex
posterior integroTipo III: desvio completo (PM ou PL)
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CLASSIFICAÇÃO
GARTLAND – Grau de desvio
Tipo em flexão: 2% das fraturas umerais supracondilares em crianças
Tipo I: sem desvioTipo II: desviada com córtex
anterior integroTipo III: desvio completo (Antero-
lateral)
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TRATAMENTO
Tipo em Extensão:-Tipo I: imobilizacão gessada por 3 semanas
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TRATAMENTO
-Tipo II: reducão fechada e gesso; se instável ou reducão nao puder ser mantida sem flexão excessiva – pinagem com 2 fios cruzados
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TRATAMENTO
Tipo III: tentativa de reducão fechada + pinos
Reducão aberta: rotacionalmente instáveis; expostas; lesão NV
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COMPLICAÇÕES
Lesao Neurológica (7-10%) – Neuropraxia- lesao por tracão durante a reducão- contratura isquemica de Wolkmann- deformidade angular- incorporacão dentro de um calo osseo- mais comum:
n. mediano/ n. interosseo anterior - N. Radial- N. Ulnar: fraturas em flexao; iatrogenia
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COMPLICAÇÕES
Lesão Vascular (0,5%) - lesão direta da a. braquial- edema antecubital
Deformidade Angular (10-20%)- Varo mais frequente que valgo
Sindrome do compartimento (<1%)- complicacão rara que pode ser
exacerbada pela hiperflexão do cotovelo quando há edema antecubital