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Boletim Epidemiológico ArbovirosesFUNDAÇÃO DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO AMAZONAS
As arboviroses compreendem um conjunto de doenças causadas por vírus que podem ser transmi�dos aos seres humanos e outros animais, principalmente, pela picada de mosquitos artrópodes. Dentre as arboviroses de maior importância para a saúde pública, destacam-se a dengue, chikungunya e zika, cujo principal vetor nas Américas é o Aedes aegyp�. Essas arboviroses são de grande relevância devido ao elevado número de casos e a possibilidade de desenvolvimento de desfechos graves que vão desde hemorragia sistêmica no caso da dengue, artrite crônica em chikungunya e microcefalia em neonatos filhos de mulheres infectadas com zika¹.
No estado do Amazonas ocorre a circulação simultânea das três arboviroses, sendo que a dengue foi a primeira a se estabelecer na região. O vírus da dengue (DENV) foi introduzido no Amazonas em 1998 e, desde então, tem sido responsável por surtos e epidemias que variam de magnitude e extensão. A maior epidemia provocada por DENV ocorreu em 2011, com mais de 60 mil casos no�ficados. Os primeiros registros de chikungunya no estado ocorreram em junho de 2014. Nesse ano, foram no�ficados 31 casos suspeitos, sendo nove confirmados e todos importados. A entrada do vírus zika no Amazonas ocorreu em outubro de 2015, quando foram no�ficados 159 casos suspeitos da doença. Em 2016 houve aumento expressivo no número de no�ficações de casos suspeitos (6.090 casos), dos quais 95% foram em residentes de Manaus.
Este bole�m tem o obje�vo de descrever a situação epidemiológica da dengue, chikungunya e zika, no estado do Amazonas, no período de 1º de setembro de 2019 a 28 de fevereiro de 2020. Para tal, foi realizado um estudo descri�vo dos casos no�ficados dessas três arboviroses, considerando as Regionais de Saúde e Municípios do estado do Amazonas como unidade de análise. U�lizou-se como fonte de dados a base individual, previamente tratada em relação a duplicidades e inconsistências, proveniente do Sistema de Informação de Agravos de No�ficação (SINAN).
I. INTRODUÇÃO
A ocorrência de casos de dengue no estado do Amazonas apresenta sazonalidade caracterizada pelo aumento no número de casos da doença nos meses de setembro e a�ngindo o pico epidêmico no primeiro trimestre de cada ano. A par�r da semana 36 (setembro) de 2019 foi observado aumento no número de casos de dengue, a�ngindo o maior número de casos no�ficados na semana 48 (dezembro) de 2019. O número de casos de dengue registrados nas primeiras semanas de 2020 permanece superior ao no�ficado em igual período de 2019. Vale destacar que devido ao atraso na alimentação do sistema de informação, é possível que o número de casos de dengue seja superior ao mostrado nas semanas 3 a 6 de 2020 (Figura 1).
II. SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA DENGUE, CHIKUNGUNYA E ZIKA NO AMAZONAS
ANO 2020 - Nº2 04 de Março de 2020
Figura 1. Curva epidêmica de dengue, por semana epidemiológica, em residentes do estado do Amazonas
Fonte: Sinan On-line, acesso em 03/03/2020.
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250
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400
450
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Casos
Notificados
Período epidêmicoEpi 2018/2019Epi 2019/2020
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO ARBOVIROSES
02
Na comparação entre os períodos de setembro de 2019 a fevereiro de 2020 com igual período do ano anterior, foi observado um aumento de 479% no número de casos de dengue no estado do Amazonas (Tabela 2). O número de casos de dengue aumentou em 19 municípios, dentre os quais destacam-se: Carauari, Benjamin Constant, Taba�nga, Eirunepé, Humaitá, São Gabriel da Cachoeira, Guajará e a capital Manaus. Observa-se que em Manaus houve aumento de 34% no número de casos de dengue no período analisado.
Tabela 1. Distribuição dos casos no�ficados e variação proporcional de Dengue, por município de residência no Amazonas*
Município Casos de Dengue
Var.(%) Incidência
set/19 a fev/20 (casos/100 mil)
Participação (%)
set/18 a fev/19 e
Epi 2018/2019 Epi 2019/2020 set/19 e fev/20
ESTADO DO AMAZONAS 1,287 7,455 479.3% 363.9 100.0% Carauari 1 976 97500.0% 7017.8 13.1% Benjamin Constant 1 800 79900.0% 3746.1 10.7% Tabatinga 10 703 6930.0% 2151.8 9.4% Eirunepé 4 214 5250.0% 1230.2 2.9% Envira 1 49 4800.0% 493.9 0.7% Humaitá 11 508 4518.2% 1860.2 6.8% São Gabriel da Cachoeira 46 1,465 3084.8% 6499.7 19.7% Guajará 134 1,465 993.3% 17765.1 19.7% Parintins 4 23 475.0% 40.9 0.3% Manacapuru 5 23 360.0% 47.9 0.3% Lábrea 7 29 314.3% 127.1 0.4% Rio Preto da Eva 1 4 300.0% 24.1 0.1% Coari 2 8 300.0% 19.1 0.1% Novo Airão 2 7 250.0% 72.3 0.1% Iranduba 6 16 166.7% 67.0 0.2% Ipixuna 2 5 150.0% 33.8 0.1% Careiro 1 2 100.0% 10.7 0.0% Autazes 1 2 100.0% 10.2 0.0% Manaus 659 883 34.0% 81.7 11.8% Manicoré 0 1 - 3.6 0.0% Jutaí 0 52 - 760.1 0.7% Japurá 0 2 - 172.0 0.0% Boa Vista do Ramos 0 2 - 21.0 0.0% Beruri 0 1 - 10.2 0.0% Urucurituba 0 1 - 8.7 0.0% Urucará 0 2 - 25.3 0.0% Tonantins 0 1 - 10.8 0.0% São Paulo de Olivença 0 15 - 77.0 0.2% Santo Antônio do Içá 0 4 - 38.4 0.1% Presidente Figueiredo 0 28 - 155.0 0.4% Juruá 0 2 - 27.3 0.0% Itamarati 0 1 - 26.2 0.0% Codajás 0 1 - 7.0 0.0% Barreirinha 0 1 - 6.3 0.0% Barcelos 0 4 - 29.6 0.1% Atalaia do Norte 0 27 - 272.4 0.4% Alvarães 0 8 - 101.2 0.1% Manaquiri 0 1 - 6.2 0.0% Careiro da Várzea 1 1 0.0% 6.7 0.0% Maraã 1 1 0.0% 11.2 0.0% Borba 26 25 -3.8% 123.0 0.3% Tefé 86 52 -39.5% 178.4 0.7% Maués 3 1 -66.7% 3.2 0.0% Itacoatiara 24 7 -70.8% 14.0 0.1% Novo Aripuanã 23 4 -82.6% 31.5 0.1% Boca do Acre 213 28 -86.9% 165.8 0.4% Nova Olinda do Norte 1 -100.0% 0.0 0.0% Apuí 1 -100.0% 0.0 0.0% Tapauá 10 -100.0% 0.0 0.0%
Em relação à faixa etária mais acome�da por dengue, destaca-se o maior número de casos em adultos jovens com idade entre 20 e 39 anos, de ambos os sexos (Figura 2).
Fonte: Sinan On-line, acesso em 03/03/2020.
Figura 2. Casos de dengue por sexo e faixa etária, no estado do Amazonas, setembro de 2019 a fevereiro de 2020
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Faixa etária
0200400600
Masculino
0 200 400 600 800
Feminino
60 anos ou mais
50 a 59 anos
40 a 49 anos
30 a 39 anos
20 a 29 anos
15 a 19 anos
10 a 14 anos
5 a 9 anos
1 a 4 anos
< 1 ano
Dengue
Fonte: SINAN/FVS-AM (3/3/2020). Nota: 01 de setembro de 2019 a 28 de fevereiro de 2020. Dados sujeitos a revisão.
Do total de casos de dengue registrados no período de setembro/2019 a fevereiro/2020, 39,9% foram de dengue clássico e apenas 16 casos (0,21%) evoluíram para casos graves (Figura 3).
Figura 3. Casos de dengue segundo classificação da gravidade, no estado do Amazonas, setembro de 2019 a fevereiro
de 2020
Fonte: Sinan/FVS-AM (03/03/2020). Nota: 01 de setembro de 2019 a 28 de fevereiro de 2020. Dados sujeitos a revisão.
Dengue com sinais de alarme
0.21%
(16)
Em investigação
27.43%
(2,045)
Dengue Clássico
39.95%
(2,978)
Descartado
32.33%
(2,410)
Classificação (grupo)Dengue Clássico
Dengue com sinais de alarme
Dengue grave
Descartado
Em investigação
� Destaca-se que 49,9% dos casos de dengue foram confirmados por exames laboratoriais e 22,4% por vínculo clínico-epidemiológico (Figura 4).
Figura 4. Casos de dengue segundo critério de confirmação, no estado do Amazonas, setembro de 2019 a fevereiro de
2020
Clínico Epidemiológico
22.44%
(1,673)
Em inves�gação
27.57%
Laboratório
49.99%
(3,727) Critério (grupo)Clínico Epidemiológico
Em investigação
Laboratório
� Dentre as 126 amostras com soro�pos determinados, 124 (98%) são DENV1 e 2 (2%) DENV2. A circulação de DENV2 foi detectada no município de Taba�nga e Itacoa�ara (Figura 5).
(2,055)
Fonte: Sinan/FVS-AM (03/03/2020). Nota: 01 de setembro de 2019 a 28 de fevereiro de 2020. Dados sujeitos a revisão.
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BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO ARBOVIROSES
Figura 5. Distribuição espacial dos casos de dengue segundo sorotipo circulante, no estado do Amazonas, setembro de 2019 a
fevereiro de 2020
São Gabriel da Cachoeira
Pres. Figueiredo
Itacoa�ara
Manaus
Taba�nga
Carauari
Eirunepé
Atalaia do Norte
III. SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA CHIKUNGUNYA NO AMAZONAS
Foi observado aumento no número de casos de chikungunya a par�r de dezembro de 2019. Em dezembro/2019 e janeiro/2020 o número de casos registrados superaram aqueles no�ficados em igual período do ano anterior (Figura 6).
Figura 6. Curva epidêmica de chikungunya, por semana epidemiológica, em residentes do estado do Amazonas
Comparando o período epidêmico de 2018/2019 e 2019/2020, houve no�ficação de de casos de chikungunya em 7 municípios (Tabela 3). Dentre esses municípios, São Gabriel da Cachoeira, Taba�nga, Carauari, Novo Airão, Parin�ns e Presidente Figueiredo apresentam circulação simultânea de dengue e chikungunya.
AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
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Casos
Notificados
Período epidêmicoEpi 2018/2019Epi 2019/2020
Fonte: Sinan On-line, acesso em 03/03/2020.
Tabela 2. Distribuição dos casos notificados e variação proporcional de Dengue, por município de residência no Amazonas*
Fonte: Sinan/FVS-AM. Acesso em 03/03/2020. Nota: 01 de setembro de 2019 a 28 de fevereiro de 2020. Dados sujeitos a revisão.
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Figura 7. Casos de chikungunya por sexo e faixa etária, no estado do Amazonas, setembro de 2019 a fevereiro de 2020
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO ARBOVIROSES
O grupo mais acome�da por zika foram mulheres adultas, conforme detalhado na Figura 9.
Var.(%)
set/18 a fev/19 e
Epi 2018/2019 Epi 2019/2020 set/19 e fev/20
ESTADO DO AMAZONAS 54 56 3,7% 2,7 100,0%
São Gabriel da Cachoeira 2 4 100% 17,7 7,1%
Presidente Figueiredo 0 9 - 49,8 16,1%
Parintins 0 8 - 14,2 14,3%
Novo Airão 0 7 - 72,3 12,5%
Carauari 0 1 - 7,2 1,8%
Boca do Acre 0 1 - 5,9 1,8%
Tabatinga 0 1 - 3,1 1,8%
Manaus 40 22 -45% 2,0 39,3%
Borba 10 3 -70% 14,8 5,4%
Maués 1 -100% 0,0 0,0%
Ipixuna 1 -100% 0,0 0,0%
MunicípioCasos de Dengue
Incidência
set/19 a fev/20
(casos/100 mil)
Participação
(%)
Faixa etária
02468
Masculino
0 2 4 6 8
Feminino
60 anos ou mais
50 a 59 anos
40 a 49 anos
30 a 39 anos
20 a 29 anos
15 a 19 anos
10 a 14 anos
5 a 9 anos
1 a 4 anos
< 1 ano
Chikungunya
Fonte: Sinan/FVS-AM (03/03/2020). Nota: 01 de setembro de 2019 a 28 de fevereiro de 2020. Dados sujeitos a revisão.
Observou-se aumento grada�vo no número de casos de zika desde dezembro de 2019 até fevereiro de 2020. É importante destacar que devido o atraso na digitação das no�ficações, o número de casos de zika permanece superior ao registrado em igual período do ano anterior (Figura 8).
IV. SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA ZIKA NO AMAZONAS
Figura 8. Curva epidêmica de zika, por mês, em residentes do estado do Amazonas
AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
0
5
10
15
20
25
30
Casos
Notificados
Período epidêmicoEpi 2018/2019Epi 2019/2020
Fonte: Sinan, acesso em 03/03/2020.
Faixa etária
0123
Masculino
0 2 4 6
Feminino
60 anos ou ma..
40 a 49 anos
30 a 39 anos
20 a 29 anos
15 a 19 anos
10 a 14 anos
5 a 9 anos
1 a 4 anos
< 1 ano
Zika
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Na comparação entre os períodos de setembro de 2019 a fevereiro de 2020 com igual período do ano anterior, observa-se redução no número de casos de zika (-48%). Embora estejam ocorrendo registros de casos de zika em 6 municípios, o estado apresenta o número de casos menor do que o registrado em igual período no ano anterior. O município de Manaus e Novo Airão são os municípios com maior número de casos (Tabela 3).
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO ARBOVIROSES
Tabela 3. Distribuição dos casos notificados e variação proporcional de zika, por município de residência no Amazonas*
Fonte: Sinan/FVS-AM. Acesso em 03/03/2020. Nota: 01 de setembro de 2019 a 28 de fevereiro de 2020. Dados sujeitos a revisão.
Var.(%)
set/18 a fev/19 e
Epi 2018/2019 Epi 2019/2020 set/19 e fev/20
ESTADO DO AMAZONAS 65 34 -48% 1,7 100,0%
Novo Airão 2 5 150% 51,6 14,7%
Benjamin Constant 0 1 - 4,7 2,9%
Tabatinga 1 1 0% 3,1 2,9%
Itacoatiara 4 3 -25% 6,0 8,8%
Borba 3 2 -33% 9,8 5,9%
Manaus 44 22 -50% 2,0 64,7%
Tapauá 3 0 -100% 0,0 0,0%
São Gabriel da Cachoeira 3 0 -100% 0,0 0,0%
Manacapuru 2 0 -100% 0,0 0,0%
Lábrea 1 0 -100% 0,0 0,0%
Iranduba 1 0 -100% 0,0 0,0%
Autazes 1 0 -100% 0,0 0,0%
MunicípioCasos de Dengue
Incidência
set/19 a fev/20
(casos/100 mil)
Participação
(%)
O grupo mais acome�da por zika foram mulheres adultas, conforme detalhado na Figura 9.
Figura 9. Casos de zika por sexo e faixa etária, no estado do Amazonas, setembro de 2019 a fevereiro de 2020
Fonte: SINAN/FVS-AM (3/3/2020). Nota: 01 de setembro de 2019 a 28 de fevereiro de 2020. Dados sujeitos a revisão.
V. VULNERABILIDADE
A presença de mosquitos Aedes aegyp� foi detectada em 46 (74%) municípios do Amazonas, sendo encontrado, portanto, em todas as Regionais de Saúde do estado (Figura 10). Desse total, 14 (22%) municípios são considerados prioritários para a vigilância epidemiológica das arboviroses, por reunirem critérios de risco para essas doenças como histórico de grandes epidemias, elevada densidade populacional e índice de infestação de vetores.
Figura 10. Municípios infestados por Aedes aegypti no estado do Amazonas, fevereiro 2020
Fonte: SISPNCD. Base de dados de 27/02/2020.
07
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO ARBOVIROSES
De acordo com o resultado do Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegyp� (LIRAa), 5 municípios apresentam Alto Risco, são eles: Lábrea, Novo Aripuanã, Novo Airão, Santa Isabel do Rio Negro e São Gabriel da Cachoeira (Tabela 4). Além disso 14 municípios estão em situação de Médio Risco e 2 municípios não realizaram as ações de monitoramento da infestação de vetores.
Tabela 4. Resultado do Levantamento Rápido de Índices de Infestação - 1º LIRAa - Janeiro/2020
Fonte: SISPNCD (março/2020)
IIP - índices de Infestação Predial (imóveis)
IB - índices de Breteau (depósitos)
TIPO DE DEPÓSITOS
A1 = caixa d'água elevada,ligada à rede.
A2 = depósitos de armazenamento de água (no nível do solo)consumo doméstico tina tonél, tanque, barril, depósito de barro, cachimba, poço, cisterna.
B = depósitos móveis, vasos, frascos c/ água, pratos, pingadeiras, bebedouros em geral.
C = depósitos fixos (tanques/depositos em obras,borracharias e hortas,calhas e lages em desníveis,sanitários em desuso,piscinas não tratadas,fontes
ornaMédiofloreiras em cemitérios, cacos em muros,toldo, peças arquitet.(caixas de inspeção/passagem)
D1 = pneu, outros, materiais rodantes.
D2 = lixo recipientes, garrafas, latas,sucatas,entulho etc.
IIP IB IIP IB A1 A2 B C D1 D2 E
AMAZONAS 1,8 2,1 0,8 1,0 2,1 23,0 16,1 2,6 8,4 23,6 1,1 Médio Risco
Alvarães 0,1 0,1 0,0 0,0 0 0 0 0 0 100 0 Baixo RiscoApuí 0,0 0,0 3,6 3,6 0 0 0 0 0 0 0 Baixo RiscoAnori 0,0 0,0 0,0 0,0 0 0 0 0 0 0 0 Baixo RiscoAutazes 0,0 0,0 0,0 0,0 0 0 0 0 0 0 0 Baixo RiscoBarcelos 0,2 0,3 0,7 0,9 0 20 0 0 0 80 Baixo RiscoBenjamin Constant 0,6 0,6 0,0 0,0 12,5 0 25 62,5 0 Baixo RiscoBeruri 0,1 0,3 0,0 0,0 50 50 0 0 0 0 0 Baixo RiscoBoa Vista do Ramos 0,5 1,0 0,0 0,0 0 0 37,5 0 62,5 0 0 Baixo RiscoBoca do Acre 1,3 1,6 0,0 0,0 0 17,2 31 0 31 20,7 0 Médio RiscoBorba 1,5 1,5 1,1 1,1 0 25 25 0 5 45 0,0 Médio RiscoCarauari 1,3 1,3 0,1 0,1 0 14,3 52,4 4,8 9,5 9,5 9,5 Médio RiscoCareiro 0,0 0,0 0,8 0,9 0 0 0 0 0 0 0 Baixo RiscoCoari 2,3 3,5 0,0 0,0 0 47,6 40,5 3,6 0 8,3 0 Médio RiscoCodajás 0,0 0,0 0,0 0,0 0 0 0 0 0 0 0 Baixo RiscoEirunepé 0,9 0,9 0,0 0,0 37,5 25 12,5 12,5 12,5 Baixo RiscoFonte Boa Não realizou NRGuajará 1,3 1,3 0,0 0,0 0 75 12,5 0 0 12,5 0 Médio RiscoHumaitá 3 3,8 0,0 0,0 0 14,9 4,5 7,5 20,9 52,2 0 Médio RiscoIranduba 1,7 1,7 0,8 0,8 0 78,6 3,6 0 10,7 7,1 0 Médio RiscoItacoatiara 2,5 2,5 4,0 4,0 0 11,1 30,3 5,1 34,3 18,2 Médio RiscoItapiranga Não realizou NRJapurá 0,1 0,1 0,0 0,0 0 100 0 0 0 0 0 Baixo RiscoJutaí 3,2 3,9 0,0 0,0 11,8 29,4 23,5 29,4 5,9 Médio RiscoLábrea 6,0 6,5 0,0 0,0 0 9,7 27,8 1,4 18,1 37,5 5,6 Alto RiscoManacapuru 0,5 0,6 0,9 1,3 8 52 16 4 4 8 8 Baixo RiscoManaquiri 0,0 0,0 1,2 1,2 0 0 0 0 0 0 0 Baixo RiscoManaus 2,0 2,6 0,9 1,1 0 32,5 21,6 3,7 12,8 29,1 0,4 Médio RiscoManicore 0,8 2,3 0,0 0,0 13 0 34,8 4,3 4,3 4,5 0 Baixo RiscoMaués 1,6 4,9 3,1 3,0 3,8 13,8 0 6,3 76,8 2,5 Médio RiscoNhamundá 0,0 0,0 0,0 0,0 0 0 0 0 0 0 0 Baixo RiscoNova Olinda do Norte 0,5 0,6 0,8 1,3 0 14,3 14,3 0 0 71,4 Médio RiscoNovo Airão 4,1 4,6 7,8 10,4 37,3 32,8 4,5 6 19,4 0 Alto RiscoNovo Aripuanã 8,9 10,1 4,2 6,8 0 6,8 16,5 1 3,9 66 5,8 Alto RiscoParintins 0,5 0,7 0,8 1,6 4,2 0,0 41,7 0 16,7 37,5 Baixo RiscoPresidente Figueiredo 0,4 0,4 1,4 2,0 0 12,5 0 0 37,5 50 0 Baixo RiscoRio Preto da Eva 0,0 0,0 2,1 2,1 0 0 0 0 0 0 0 Baixo RiscoSanta Isabel do Rio Negro 14,1 14,1 0,0 0,0 0,8 8 32,8 4,8 15,2 38,4 0 Alto RiscoSanto Antonio do Íça 1,0 1,0 0,0 0,0 0 26,7 40 0 0 26,7 6,1 Médio RiscoSão Gabriel da Cachoeira 11,0 12,6 0,0 0,0 0 36,3 22,5 6,9 13,7 19,6 1 Alto RiscoSão Paulo de Olivença 0,0 0,0 0,0 0,0 0 0 0 0 0 0 0 Baixo RiscoTabatinga 2,0 2,1 0,0 0,0 0 18,2 12,1 18,2 0 51,5 0 Médio RiscoTapauá 0,7 0,7 0,0 0,0 0 40 40 0 0 20 0 Baixo RiscoTefé 2,3 2,6 0,0 0,0 66 21,3 4,3 2,1 6,4 0 Médio RiscoTonantins 0,5 0,5 0,0 0,0 100 0 0 0 0 0 Baixo RiscoUrucurituba 0,0 0,0 0,0 0,0 0 0 0 0 0 0 0 Baixo Risco
Município
1º LIRAa - 2020 - 06 a 25/01/2020
RiscoAedes aegypti Aedes albopictus Depósitos predominantes (%)
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO ARBOVIROSES
Considerando as condições de vulnerabilidade para ocorrência de dengue (índice de infestação predial, incidência de dengue, depósito predominante e densidade populacional), 18 municípios apresentam alto risco de epidemias, são eles: Barcelos, Borba, Carauari, Coari, Guajará, Humaitá, Iranduba, Itacoa�ara, Lábrea, Manacapuru, Manaus, Manicoré, Nova Olinda do Norte, Novo Airão, Novo Aripuanã, São Gabriel da Cachoeira, Taba�nga e Tefé (Figura 11).
Figura 11. Mapa de vulnerabilidade para ocorrência de dengue e outras arboviroses urbanas no estado do Amazonas, fevereiro 2020
VI. REFERÊNCIAS
1. Ministério da Saúde. Guia De Vigilância Em Saúde 3 edição [Internet]. Brasília - DF: Ministério da Saúde do
Brasil; 2019. p. 1–740. Available from:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_vigilancia_saude_volume_unico_3ed.pdf
Bole�m Epidemiológico Assessoria de Análise de Situação de SaúdeFundação de Vigilância em Saúde do Amazonas
Equipe Editorial: Diretora Presidente da FVS-AM Rosemary Costa Pinto
Diretor Técnico da FVS-AMCris�ano Fernandes da Costa
Sala de Análise de Situação de Saúde (Astec/SASS)Daniel Barros de Castro, Leíse Gomes Fernandes, Megumi Sadahiro, Vanderson Sampaio, Wagner M. Cosme Terrazas e Erian de Almeida Santos
Projeto Gráfico e Distribuição EletrônicaAssessoria de ComunicaçãoMaíra Pessoa Fragoso e Eduardo Prado
VII. EXPEDIENTE
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