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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA - UNIR CAMPUS PROFESSOR FRANCISCO GONÇALVES QUILES Departamento Acadêmico de Engenharia de Produção Marcelo Pereira Garrido Neves NORMA REGULAMENTADORA – 28 COMO FERRAMENTA DE GESTÃO EM SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO: UM ESTUDO DE CASO EM UMA INDÚSTRIA DE CONFECÇÃO Cacoal – RO 2018

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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA - UNIR

CAMPUS PROFESSOR FRANCISCO GONÇALVES QUILES

Departamento Acadêmico de Engenharia de Produção

Marcelo Pereira Garrido Neves

NORMA REGULAMENTADORA – 28 COMO FERRAMENTA DE GESTÃO EM

SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO: UM ESTUDO DE CASO EM UMA

INDÚSTRIA DE CONFECÇÃO

Cacoal – RO

2018

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Marcelo Pereira Garrido Neves

NORMA REGULAMENTADORA – 28 COMO FERRAMENTA DE GESTÃO EM

SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO: UM ESTUDO DE CASO EM UMA

INDÚSTRIA DE CONFECÇÃO

Monografia apresentada ao curso de Engenharia de Produção da Fundação Universidade Federal de Rondônia – UNIRCampus Professor Francisco Gonçalves Quiles, como requisito parcial para obtenção do título de Engenheiro de Produção.

Orientador: Prof. Esp. Alessandro Aguilera

Silva

Área de concentração: Gestão de Riscos

de Acidentes do Trabalho.

Cacoal – RO

2018

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação Fundação Universidade

Federal de Rondônia

Gerada automaticamente mediante informações fornecidas pelo(a)autor(a)

N518n

Neves, Marcelo Pereira Garrido.

Norma regulamentadora - 28 como ferramenta de gestão em segurança esaúde no trabalho: um estudo de caso em uma indústria de confecção / Marcelo Pereira Garrido Neves. -- Cacoal, RO, 2018.

66 f.

Orientador(a): Prof. Esp. Alessandro Aguilera Silva

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia de Produção)

- Fundação Universidade Federal de Rondônia

1.Riscos ambientais. 2.Normas regulamentadoras. 3.Custos fiscais.

4.Trabalhadores. I. Silva, Alessandro Aguilera. II. Título.

CDU 687:331.4

___________________________________________________________________________

Bibliotecário(a) Naiara Raíssa da Silva Passos CRB 11/Nº891

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A minha mãe por todoapoio e incentivo ao estudoque ela me deu e os meus

amigos por estaremsempre ao meu lado

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AGRADECIMENTOS

A minha mãe que sempre me deu força para lutar e sempre acreditou em mim

mesmo quando eu não acreditava e me deu todo apoio psicológico, financeiro e

emocional para continuar.

Aos meus amigos de infância (Gabriela, Hiago, Bruna e Leticia) “puro veneno”

que sempre me trouxeram momento de felicidades e alegria seja em uma mesa de

bar ou em cachorro quente na casa da Bruna lima.

Ao meu orientador por toda a ajuda que tive e as melhores orientações.

A Estefani Pires (tefinha do 30) por sempre me ouvir e esta de braços aberto

a me receber e esta sempre pronta a fazer uma loucura comigo (minha gêmea).

A Alexia, Dandara e Hiago por sempre marcarem viagens no meio do

semestre e me da força para terminar logo a faculdade para viajar mais.

Ao Hiago Marcel por passar varias madrugadas comigo planejando viagens,

reclamando da vida, sonha com dias melhores, dividindo a carga pesada da vida,

sendo o melhor amigo que uma pessoa pode ter.

A Thalita Freitas, Simone Lara, Marly Agatha, Monique Maria, Karoline Conte

e o Patrick Jackson a me levar pro bingo quando eu mais precisava e por me ajudar

no período da faculdade em especial a Simone que sempre me ajudou muito e se

hoje cheguei aqui e por conta de toda ajuda que tive.

Ao Gabriel Mendes por fazer meu ultimo ano de faculdade muito engraçado e

divertido seja caindo no open ou batendo a laser.

Aos meus amigos Spartan (Neto, Marcia, Emily, Suelen, Mary, e Tainã) por

fazer esse Interatlética ser top e por todo os momentos de alegria.

Ao Luidy Santos que morou comigo por um tempo e me fazia rir todos os dias.

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RESUMO

O ambiente laboral pode expor os trabalhadores a condições desfavoráveis devido à

presença dos riscos ambientais e ocupacionais. Desta forma, faz-se necessário

realizar ações que contribuam para a antecipação, reconhecimento, avaliação e

consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham

a existir no ambiente de trabalho. Nessa tônica, fundamentado nos parâmetros das

Normas Regulamentadoras – NRs, a presente pesquisa tem por objetivo analisar as

condições de segurança e saúde no trabalho em uma empresa do segmento têxtil

localizada no município de Cacoal/RO com base na NR-28, descrevendo e

calculando os custos fiscais das não conformidades das Normas Regulamentadoras

4, 5, 6, 7, 8, 9, 12, 17 e 23, a fim de compará-los com o custo real de implantação

para eliminar ou minimizar as situações de risco encontradas no local de trabalho.

Quanto à metodologia utilizada tratou-se de uma pesquisa descritiva combinada com

pesquisa de campo e os diferentes resultados encontrados foram comparados com

o conjunto de NRs selecionadas, logo após mensurou-se os custos fiscais com o

disposto na NR-28, Anexo I. Neste contexto, se faz necessário investimentos

indispensáveis visando à integridade física e a saúde dos trabalhadores, uma vez

que foram identificados vários itens das NRs selecionadas que não estão em

conformidade e que apresentam situação de risco para os trabalhadores, gerando

um custo total real de R$ 29.192, 08 a R$ 33. 901,42, caso a empresa receba uma

auditoria do trabalho. Não obstante, o investimento para eliminar ou minimizar as

situações de risco, demonstrou ser bem menor quando comparado ao custo total

real, representando aproximadamente 20% deste custo. Portanto, o investimento em

segurança do trabalho é sempre mais viável, tanto para os trabalhadores, sob o

ponto de vista da promoção da saúde, como para os empregadores que quando

auditados, não sofreram penalizações em decorrência do descumprimento de

alguma NR.

Palavras chave: Riscos ambientais. Normas Regulamentadoras. Custos fiscais.

Trabalhadores.

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 Classificação dos principais riscos ocupacionais em grupos, de

acordo com a sua natureza e a padronização das cores correspondentes...............24

Quadro 2 Número e título das NRs aplicáveis na empresa x..........................33

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LISTA DE TABELA

Tabela 1 Custos fiscais e reais da NR - 08......................................................37

Tabela 2 Custos fiscais e reais da NR – 09.....................................................39

Tabela 3 Comparativo entre o custo real e o de implantação..........................42

Tabela 4 Custos fiscais e reais da NR - 17......................................................42

Tabela 5 de Comparativo entre o custo real e o de implantação.....................44

Tabela 6 Custos fiscais e reais da NR - 23......................................................44

Tabela 7 custo final de comparação.................................................................45

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LISTA DE FIGURA

Figura 1 Fluxograma do processo....................................................................31

Figura 2 Sala de bordados...............................................................................35

Figura 3 Armazenamento dos EPI's.................................................................36

Figura 4 EPI's...................................................................................................36

Figura 5 Setor de confecção............................................................................38

Figura 6 Setor de corte.....................................................................................41

Figura 7 Setor de serigrafia..............................................................................41

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABIT Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de ConfecçãoABNT Associação Brasileira de Normas TécnicasAT Acidente de Trabalho CIPA Comissão Interna de Prevenção de AcidentesCLT Consolidação das Leis de TrabalhoEPC Equipamento de Proteção ColetivaFGV Fundação Getúlio VargasEPI Equipamento de Proteção IndividualMTE Ministério do Trabalho e EmpregoNBR Norma Brasileira RegulamentadoraNR Norma RegulamentadoraPPRA Programa de Prevenção de Riscos Ambientais SST Saúde e Segurança do Trabalho

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.........................................................................................................12

1.1 Problema..............................................................................................13

1.2 Objetivo geral.......................................................................................14

1.2.3 Objetivos específicos.......................................................................14

1.3 Justificativa..............................................................................................15

2 REFERENCIAL TEÓRICO......................................................................................16

2.1 Setor Têxtil e confecção.........................................................................16

2.2 Legislação...............................................................................................17

2.2.1 Normas Regulamentadoras Aplicáveis............................................18

2.3 Acidentes de Trabalho............................................................................21

2.4 Riscos Ocupacionais..............................................................................21

2.4.1 Mapa de riscos.................................................................................23

3 METODOLOGIA......................................................................................................26

4 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO........................................................30

4.1 Processo produtivo.................................................................................30

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES.............................................................................33

5.1 NR-04 Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em

Medicina do Trabalho – SESMT..............................................................................33

5.2 NR-05 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA...............34

5.3 NR-06 Equipamentos de Proteção Individual – EPI...............................34

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5.4 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO.........36

5.5 NR – 08 Edificações...............................................................................37

5.6 NR – 09 Programas de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA.......39

4.7 NR – 12 Seguranças no trabalho em máquinas e equipamentos..........42

5.8 NR – 17 Ergonomia................................................................................42

5.9 NR – 23 Proteção contra incêndio..........................................................44

5.10 Comparativo final entre custo total real e custo total de implantação..45

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................................49

REFERÊNCIAS...........................................................................................................50

ANEXOS.....................................................................................................................56

Anexo A – Gradação das multas de acordo com a NR - 28.........................56

APÊNDICE..................................................................................................................57

APÊNDICE A – Checklist de avaliação das não conformidades com base

nas Normas Aplicáveis*...........................................................................................57

APÊNDICE B – MAPA DE RISCO................................................................62

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1 INTRODUÇÃO

A preocupação com o bem-estar e com a integridade física dos trabalhadores,

mediante a adoção das melhores condições de trabalho é algo que já se permeia com o

passar dos anos, tanto que desde os princípios da administração científica, Frederick Taylor

com a chamada divisão do trabalho já dissipou em todos os ramos econômicos a

importância que o trabalhador tem para a empresa (CHIAVENATO, 2004)

Neste sentido, essas preocupações têm adquirido cada vez mais relevância, em

decorrência das exigências trabalhistas e da preocupação dos empregadores em

proporcionar ambientes laborais que sejam cada vez mais seguros e saudáveis aos

trabalhadores.

De acordo com as legislações brasileiras acerca do trabalho, o empregador deve

garantir, assim como proporcionar um ambiente laboral adequado, de modo que minimize

os riscos de segurança e saúde dos empregados, haja vista que todo trabalhador tem

direito de possuir um ambiente adequado para o desempenho das suas atividades. Tanto

que no art.19, parágrafo 1º da Lei n° 8213, de 24 de julho de 1991, cita a seguinte redação

“§ 1° A empresa é responsável pela adoção e uso das medidas coletivas e individuais de

proteção e segurança da saúde do trabalhador” (BRASIL, 1991, pg.2).

Cabendo ainda destacar, que além de adotar medidas de segurança, a empresa

deve estar diretamente envolvida na implementação e na avaliação do sistema de gestão,

de modo a estar comprometida com o sistema e fazendo com o que os trabalhadores

também façam parte, bem como se envolvam diretamente.

Entretanto, o sistema de gestão não deve ser direcionado apenas para o

cumprimento das Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego (NRs)

no papel, mas devem ser direcionadas para que o ambiente de trabalho seja projetado de

tal forma que possa eliminar ou minimizar os riscos de segurança e saúde dos

trabalhadores.

Diante do contexto, em uma operação produtiva, bem como em uma área

operacional, a segurança do trabalho está diretamente relacionada com o bem estar e com

a integridade física dos trabalhadores, assim em uma área operacional de uma unidade de

produção têxtil ao qual é objeto de estudo da presente pesquisa, se faz necessário analisar

se as condições do ambiente de trabalho estão de acordo com as Normas 12

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Regulamentadoras, ou seja, quanto ao atendimento e cumprimento das mesmas, de modo

a proporcionar melhores condições laborais, onde uma análise de segurança e saúde do

trabalho com base na NR - 28 compreende o estudo em questão.

1.1 Problema

É cada vez mais crescente a busca das empresas pelos altos índices de

produtividade, decorrente de um ambiente empresarial cada vez mais competitivo, ao qual

exige que as empresas façam constantes investimentos em vários fatores, como,

modernização produtiva, aplicação de técnicas e ferramentas para diminuir perdas, etc.

Neste contexto, é notório que as empresas invistam em seus processos de produção

acerca dos seus recursos transformadores e dos seus recursos a serem transformados,

que de acordo com Peinado et al. (2007), compreendem recursos de entrada no modelo de

transformação do processo produtivo, obtendo-se como resultados bens e/ou serviços aos

consumidores.

Os autores destacam que os recursos a serem transformados são aqueles que

passam por uma transformação a partir dos processos ao qual são submetidos em um

processo de produção, sendo a matéria-prima, as informações que irão alimentar a função

produção do sistema, os consumidores mediante a sua demanda que consequentemente

alimentaram o planejamento de produção da empresa, etc. Os recursos transformadores

são aqueles que atuam sobre os recursos a serem transformados, ou seja, agem

subsidiando para que os mesmos possam realizar a transformação/processos necessários

para a obtenção do produto final.

Nessa tônica, o capital humano desempenha papel fundamental no modelo de

transformação e produção, para tanto o ambiente de trabalho deve possuir condições

laborais que garantam a proteção da integridade física dos trabalhadores, por meio do

gerenciamento dos riscos através de um sistema de gestão de segurança e saúde, bem

como no cumprimento das Normas Regulamentadoras de segurança e saúde do trabalho.

Deste modo, o investimento para alcance de maiores índices de produtividade no

âmbito fabril, deve-se levar em consideração as condições laborais aos quais os

trabalhadores estão expostos, haja vista que um ambiente laboral adequado pode

proporcionar a continuidade do fluxo de produção, uma vez que a probabilidade de

acidentes do trabalho é menor, decorrente de um ambiente mais seguro e saudável.

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Diante do contexto, um ambiente laboral seguro está diretamente relacionado com o

bem-estar e com a integridade física dos trabalhadores e pode refletir em maiores ganhos

de produtividade. Assim, proporcionar condições seguras e adequadas aos trabalhadores

por meio da aplicação de técnicas e ferramentas é função primordial da Engenharia de

Segurança do Trabalho. Neste sentido, procura-se identificar: As condições de segurança e

saúde no trabalho por meio de uma análise com base nas Normas Regulamentadoras

(NR’s) aplicáveis na empresa objeto de estudo estão em conformidade com o que se

preconiza na NR - 28?

1.2 Objetivo geral

Analisar as condições de segurança e saúde no trabalho com base nas Normas

Regulamentadoras (NR’s) aplicáveis na empresa objeto de estudo e comparar os

resultados obtidos com a NR – 28.

1.2.3 Objetivos específicos

a) Descrever os processos de trabalho identificando as não conformidades com base

nas Normas Regulamentadoras aplicáveis na empresa;b) Descrever as não conformidades identificadas no local de trabalho e compará-las

com a NR - 28;c) Calcular os custos fiscais das não conformidades com base na NR-28;d) Inferir os custos fiscais obtidos e compará-los com o custo real de implantação para

ajustar as não conformidades encontradas no local de trabalho.

1.3 Justificativa

Em decorrência da preocupação cada vez mais constante do bem-estar e da

integridade física dos trabalhadores e mediante avanço das tecnologias produtivas, os

fatores correspondentes para a segurança e saúde do trabalho devem contemplar

condições laborais que possam atender e satisfazer de forma saudável e ao menor risco

possível, as atividades laborais desenvolvidas pelos trabalhadores.

De modo que a evolução do trabalho acompanha o progresso do mundo, que por

meio do seu modelo capitalista acaba promovendo o consumismo das pessoas, gerando a

necessidade de trabalhar cada vez mais, porém sem se preocupar com as condições

laborais, como por exemplo, longas jornadas de trabalho sem as devidas pausas para

descanso, a realização de atividades sem os devidos equipamentos de trabalho

adequados, etc. 14

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Desta forma, se faz necessário realizar estudos sobre o tema e, demonstrar a

importância e quão significativo é para as empresas a adoção e o cumprimento das

Normas Regulamentadoras para o planejamento de ações na área de segurança e saúde

do trabalhador, visando reduzir os acidentes de trabalho e promovendo o bem-estar dos

trabalhadores, decorrente de um ambiente laboral mais seguro.

Diante do exposto, a presente pesquisa se justifica, além da sua importância para o

trabalhador, mas também pela importância que o segmento tem no município, onde

recentemente foi contemplada com um polo industrial têxtil, logo, todo e qualquer estudo

direcionado para este setor no que tange a área de Engenharia do Trabalho por meio de

ações preventivas, poderá servir de base e subsídio para as demais empresas

pertencentes ao segmento, tanto no município, como a nível de estado e Brasil.

15

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Setor Têxtil e confecção

Segundo a ABIT- Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (2013), a

cadeia têxtil pode ser dividida em três categorias, a saber: fabricação, varejo e confecção.

Uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) demonstrou que em 2012, o

valor das vendas industriais do segmento têxtil e de confecções foi de R$ 46,5 bilhões.

Esses dois elos da cadeia empregaram pouco mais de 1 milhão pessoas, já no varejo, o

nível de emprego em 2012 foi de 670 mil pessoas.

Este estudo elaborado no ano de 2012, demonstra que a produção têxtil se

estabilizou com relação ao aumento de número de empregos, enquanto as outras duas

áreas, varejo e confecção, aumentaram relativamente.

No município de Cacoal/RO, devido a expansão da indústria de confecções, surgiu a

possibilidade de parceria entre a Associação da Indústria de Vestuário em Rondônia

(Assinvest/RO) e a Prefeitura do município e, no ano de 2014 foi firmado parceria para a

criação do Polo de Confecções com o objetivo de fortalecer o setor no município, cabendo

ainda destacar que desde 2014 vários esforços estão sendo realizados para a

contemplação do referido polo.

De acordo com a Assinvest/RO (2018), o setor de produção de confecções é

responsável por mais de 450 empregos diretos e com a abertura do polo, a expectativa é

gerar mais 200 empregos diretos. No polo, a expectativa é que 07 (sete) empresas serão

instaladas na primeira fase e já existe projeto de expansão para abrigar mais empresas.

Com importância econômica para a microrregião de Cacoal, gerando emprego e

renda, é necessário que haja estudos direcionados para este setor, tanto do ponto de vista

das melhores condições do ambiente laboral, como do ponto de vista das operações

produtivas.

2.2 Legislação

A Lei (BRASIL, Lei nº 6.514 de 22 de dezembro 1977) Altera o Capítulo V do Título II

da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT (Arts. 154 a 201), relativo à Segurança e

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Medicina do Trabalho. Desta forma, o presente capítulo V, Título II da CLT passou a vigorar

dividido em várias seções, onde cada seção era composta por artigos, variando de 154 a

201, abordando assuntos relativos à segurança e a medicina do trabalho.

Entretanto, foi somente em 08 de junho de 1978, por meio da Portaria (BRASIL,

Portaria n°3.214 de 8 de junho de 1978), a partir da redação dada pela Lei n°6.514 de 22

de dezembro de 1977 que foram aprovadas as Normas Regulamentadoras - NRs - do

Capítulo V, Título II, da CLT, relativas à Segurança e Medicina do Trabalho.

Neste sentido, as Normas Regulamentadoras (NR’s) fornecem as orientações que

devem ser seguidas acerca dos procedimentos obrigatórios relacionados à Segurança e

Medicina do trabalho no Brasil.

E a cada ano as NR’s podem sofrer alterações e/ou revisões decorrente de estudos

e discussões no âmbito da Comissão Tripartite Paritária Permanente - CTPP, instituída pela

Portaria n°393, de 09 de abril de 1996, tendo como objetivo participar do processo de

revisão ou elaboração de regulamentações na área de segurança e saúde no trabalho e de

normas relacionadas às condições laborais de trabalho, onde a Comissão é composta por

representantes do governo federal, dos empregadores e representantes dos trabalhadores

(BRASIL, 1996).

Cabe destacar que a criação da Comissão Tripartite de Saúde e Segurança no

Trabalho, que de acordo com União Geral dos Trabalhadores (2009), foi instituída pela

Portaria Interministerial n°152 de 13 de maio de 2008, tendo como objetivo avaliar e propor

medidas para implementação no Brasil da Convenção n°187, da Organização Internacional

do Trabalho - OIT. A Comissão Tripartite é composta por representantes do Governo (das

áreas de Previdência Social, Trabalho e Emprego e Saúde, de representantes dos

empregadores e representantes dos trabalhadores).

De acordo com a Fundação Jorge Duprat Figueiredo - FUNDACENTRO (2017), a

Convenção n°187, da OIT é vista como um avanço muito grande para a segurança e saúde

no trabalho, pois tem o objetivo de promover uma cultura de prevenção.

De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego – MTE (2017) atualmente

existem em vigor 36 (trinta e seis) NR’s que possuem o objetivo de promover a Segurança

e Saúde no trabalho nas mais diferentes atividades econômicas do Brasil.

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2.2.1 Normas Regulamentadoras Aplicáveis

A NR-04 Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do

Trabalho - SESMT (BRASIL, 1983) trata do dimensionamento do SESMT de acordo com o

risco da atividade principal e o número total de funcionários da empresa, para tanto esse

dimensionamento se baseia nos quadros I e II, anexos à referida NR, a mesma ainda trata

da obrigatoriedade de mantê-lo por parte das empresas que admitam funcionários regidos

pela CLT, dos integrantes do serviço , bem como da competência aos profissionais

integrantes ao SESMT.

A NR-05 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA (BRASIL, 1999) atua

na prevenção de acidentes e doenças decorrentes das atividades laborais, onde a CIPA é

composta por representantes do empregador e dos empregados, sendo que o seu

dimensionamento é baseado no quadro I da referida NR, para tanto devendo-se consultar o

quadro II que trata do agrupamento de setores econômicos pela Classificação Nacional de

Atividade Econômica - CNAE para dimensionamento da CIPA. Assim, a CIPA deve

trabalhar na promoção da saúde do trabalhador.

E qualquer empresa que admita trabalhadores como funcionários,

independentemente do seu porte ou atividade econômica, é obrigada a seguir as Normas

de Segurança e Saúde no Trabalho. De acordo com a NR-5 a CIPA “tem como objetivo a

prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível

permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do

trabalhador”. (MARRAS, 2000, p. 202).

A NR-06 Equipamentos de Proteção Individual - EPI (BRASIL, 2001) trata acerca de

todo dispositivo ou produto, que tenha uso individual, como capacete, luva, óculos, protetor

facial, protetor auditivo, protetor respiratório, cinturão de segurança e outros que são

utilizados pelo trabalhador que se destina a proteção dos riscos nos mais diversos

ambientes laborais, além de tratar da especificação detalhada de cada EPI,

responsabilidade do trabalhador, do empregador, além de outras providências.

É relevante ressaltar que os EPIs são essenciais à proteção do trabalhador e tem a

finalidade de protegê-los de acidentes, doenças e riscos que podem ameaçar sua

segurança, além disso, contribui para a redução dos custos do empregador. Marras (2000,

p. 213) afirma que: “A legislação obriga o empregador a fornecer gratuitamente ao

empregado os EPIs necessários para garantir sua proteção contra eventuais acidentes, em

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concordância com o tipo de trabalho que executa. ” Nesse sentido, a constituição de órgãos

dessa natureza dentro das empresas foi determinada pela ocorrência significativa e

crescente de acidentes e doenças típicas do trabalho em todos os países que se

industrializaram (CARDELLA, 2010).

A NR-07 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO (BRASIL,

1994) estabelece obrigatoriedade por parte de todas as empresas que admitam

trabalhadores como empregados de elaborar e implementar o PCMSO, tendo como

objetivo a promoção da saúde do trabalhador e dá outras providências.

A NR-08 Edificações (BRASIL, 1983) estabelece requisitos mínimos acerca das

edificações no que concerne a segurança e o conforto. Esta Norma define os parâmetros

para as edificações, observando-se a proteção contra a chuva, insolação excessiva ou falta

de insolação, enfim, busca estabelecer condições de conforto nos locais de trabalho

(ANDRADE, 2011).

A NR-09 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA (BRASIL, 1994)

estabelece obrigatoriedade por parte de todas as empresas que admitam trabalhadores

como empregados de elaborar e implementar o Programa e Prevenção de Riscos

Ambientais, com o objetivo de promover a preservação da saúde e da integridade física

dos trabalhadores.

A NR-12 Segurança no trabalho em máquinas e equipamentos (BRASIL, 2010) trata

de referências técnicas para a prevenção de acidentes e doenças do trabalho nas fases de

projeto e de utilização de máquinas e equipamentos nas diversas finalidades, abrangendo

ainda a fase da sua fabricação. A referida Norma e seus anexos definem essas referências.

De acordo com Garcia (2015) a Norma estabelece as medidas prevencionistas de

segurança e higiene do trabalho a serem adotadas pelas empresas em relação a utilização

de máquinas e equipamentos de todos os tipos, na instalação, operação e manutenção,

visando à prevenção de acidentes do trabalho.

A NR-17 Ergonomia (BRASIL, 1990) estabelece referências e/ou parâmetros que

permitam que as condições de trabalho sejam adequadas às diversas atividades

desenvolvidas, promovendo conforto e segurança aos trabalhadores. A Ergonomia, visa

estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às

características de cada trabalhador, de modo a proporcionar um máximo de conforto,

segurança e desempenho eficiente (CARDELLA, 2010).

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A NR-23 Proteção contra incêndios (BRASIL, 2011) estabelece que todos os

empregadores devem adotar medidas de prevenção de incêndios, levando-se em

consideração esta NR e a legislação estadual vigente, assim como Normas Técnicas

aplicáveis.

A NR-28 Fiscalização e Penalidades (BRASIL, 1992) trata da fiscalização acerca do

cumprimento das disposições legais e/ou regulamentadoras sobre segurança e saúde do

trabalhador. Na Lei (BRASIL, Lei nº 6.514 de 22 de dezembro 1977) que Alterou o Capítulo

V do Título II da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT (Arts. 154 a 201), relativo à

Segurança e Medicina do Trabalho, a Seção XVI, Art.201 já tratava acerca das penalidades

relativas segurança e medicina do trabalho.

Segundo Garcia a NR-28 (2015, p.735)

Estabelece os procedimentos a serem adotados pela fiscalização trabalhista de Segurança e Medicina do Trabalho, tanto no que diz respeito à concessão de prazos às empresas, para a correção das irregularidades técnicas, como no que concerne ao procedimento de autuação por infração às Normas Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho. A fundamentação legal, ordinária e específica, tem a sua existência jurídica assegurada, em nível de legislação ordinária, pelo artigo 201 da CLT, com as alterações que lhe foram dadas pelo artigo 2º da Lei nº 7.855, de 24 de outubro de 1989, que institui o Bônus do Tesouro Nacional – BTN como valor monetário a ser utilizado na cobrança de multas e, posteriormente, pelo artigo 1º da Lei nº 8.383, de 30 de dezembro de 1991, especificamente no tocante à instituição da Unidade Fiscal de Referência – UFIR, como valor monetário a ser utilizado na cobrança de multas em substituição ao BTN (GARCIA, 2015 P. 735).

2.3 Acidentes de Trabalho

Segundo o artigo 19 da Lei n° 8.213, de 24 de julho de 1991 que dispõe sobre os

Planos da Previdência Social, contido no Anuário Estatístico de Acidente do Trabalho -

AEAT (2015) do Ministério da Previdência Social e do Ministério do Trabalho e Emprego,

“acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, ou

pelo exercício do trabalho do segurado especial, provocando lesão corporal ou perturbação

funcional, de caráter temporário ou permanente” (AEAT, 2015, pág.09).

Durante o ano de 2015, foram registrados no Instituto Nacional do Seguro Social

(INSS), segundo dados do Anuário Estatístico de Acidente do Trabalho (AEAT) edição 2015

do Ministério da Previdência Social em conjunto com Ministério do Trabalho e Emprego, o

Brasil teve no ano de 2015 um quantitativo de 612.632 acidentes do trabalho, onde que

desse quantitativo 76,3% típico; 21,1% trajeto e 2,6% doença. E no estado de Rondônia no

ano de 2015 registrou-se um quantitativo de 4.714 acidentes do trabalho, onde que desse

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quantitativo 71,6% típico; 25,2% trajeto e 3,2% doença, assim fazendo com o que o estado

no referente ano tivesse uma representação de 0,769% do quantitativo total nacional de

acidentes do trabalho.

Os acidentes são decorrentes principalmente da característica inerente da atividade

profissional que é desempenhada pelo trabalhador, assim não é possível eliminar o risco de

acidentes, entretanto é possível atuar na prevenção, por meio de medidas que visam a

eliminação das suas causas, que podem decorrer tanto das condições pessoais dos

trabalhadores, quanto das condições existentes no ambiente laboral.

2.4 Riscos Ocupacionais

Os riscos estão presentes nos mais diversos ambientes laborais de qualquer

atividade econômica. Os riscos ocupacionais são aqueles que podem causar danos à

saúde dos trabalhadores, dependendo da sua intensidade e concentração. Podem ser

classificados segundo sua natureza e a forma com que atuam no organismo, conforme

dispõe a NR-05 (BRASIL, 1999), Portaria (BRASIL, Portaria n°25, de 29 de dezembro de

1994) tabela I, anexo IV da referida Portaria e da NR-09 (BRASIL, 1994), em:

a) Riscos físicos: de acordo com a NR-09 (BRASIL, 1994) são as diversas formas de

energia a que possam estar expostos os trabalhadores, como, ruídos, vibrações, pressões

anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes e

umidade;

b) Riscos químicos: de acordo com a NR-09 (BRASIL, 1994) são substâncias, compostos

ou produtos que possam penetrar no organismo humano por meio da via respiratória e via

cutânea, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases, vapores e substâncias,

compostas, ou produtos químicos em geral;

c) Riscos biológicos: de acordo com a NR-09 (BRASIL, 1994) são as bactérias, fungos,

bacilos, parasitas, protozoários e vírus que podem causar doenças no organismo humano;

d) Riscos ergonômicos: de acordo com a Portaria n°25, de 29 de dezembro de 1994, são

as diversas situações do trabalho que prejudicam a saúde do trabalhador, como, esforço

físico intenso, exigência de postura inadequada, ritmos excessivos de trabalho, jornadas

longas de trabalho, monotonia e repetitividade e outras situações causadoras de stress

físico e/ou psíquico;

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e) Riscos de acidentes: de acordo com a Portaria n°25, de 29 de dezembro de 1994, são

desencadeadas por meio de vários fatores, como, arranjo físico inadequado, máquinas e

equipamentos sem proteção, ferramentas inadequadas ou defeituosas, iluminação

inadequada, eletricidade e outras situações de risco que poderão contribuir para acidentes.

Para Andrade (2011), a exposição ao risco biológico pode ser de dois tipos:

a) A exposição derivada da atividade laboral em que o agente biológico é o principal

processo produtivo e sua manipulação é direta;

b) A exposição derivada da atividade laboral, mas não há a manipulação direta do agente

biológico.

Segundo Rodrigues (2011) os riscos físicos são aqueles com capacidade de

modificar as características do meio ambiente e são caracterizados por necessitarem de

um meio de transmissão, atuando sobre trabalhadores sem contato direto com a fonte do

risco e podem causar lesões crônicas.

Para Andrade (2011) os agentes químicos que proporcionam perigo a saúde

humana são os compostos, produtos ou substâncias que podem prejudicar por via

respiratória, cutânea e/ou ingestão. Por via respiratória, por exemplo, poeiras, gases,

neblinas, etc. Por via digestiva, na ingestão de algum elemento químico que não é

apropriado ao corpo humano. E por via cutânea, como exemplo, substâncias químicas que

entram em contato com os poros e podem não só entrar no organismo, como também

permanecer na pele e causar lesões como queimaduras, inchaço, etc.

A ergonomia segundo Andrade (2011) é uma ciência que estuda as relações entre

o homem e seu ambiente de trabalho, assim os riscos ergonômicos são aqueles

ocasionados pelas relações inadequadas entre o homem e o seu local de trabalho.

Diante do exposto, Chiavenato (2014) afirma que um ambiente de trabalho

agradável promove a interação entre os empregados, aumenta a produtividade, reduz a

rotatividade e o absenteísmo e, propicia menor índice de acidentes e doenças.

2.4.1 Mapa de riscos

De acordo com a Portaria (BRASIL, Portaria n°25, de 29 de dezembro de 1994)

anexo IV - Mapa de Riscos, o Mapa de Riscos tem como objetivos:

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1. O Mapa de Riscos tem como objetivos:

a) reunir as informações necessárias para estabelecer o diagnóstico da situação de segurança e saúde no trabalho na empresa;

b) possibilitar, durante a sua elaboração, a troca e divulgação de informações entre os trabalhadores, bem como estimular sua participação nas atividades de prevenção.

2. Etapas de elaboração:

a) conhecer o processo de trabalho no local analisado: os trabalhadores: número, sexo, idade, treinamento profissionais e de segurança e saúde; os instrumentos e materiais de trabalho; as atividades exercidas e o ambiente.

b) identificar os riscos existentes no local analisado, conforme a classificação da tabela;

c) identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia: medidas de proteção coletiva; medidas de organização do trabalho; medidas de proteção individual e medidas de higiene e conforto: banheiro, lavatórios, vestiários, armários, bebedouro, refeitório.

d) identificar os indicadores de saúde: queixas mais frequentes e comuns entre os trabalhadores expostos aos mesmos riscos; acidentes de trabalho ocorridos; doenças profissionais diagnosticadas; causas mais frequentes de ausência ao trabalho.

e) conhecer os levantamentos ambientais já realizados no local;

f) elaborar o Mapa de Riscos, sobre o layout da empresa, indicando através de círculo: o grupo a que pertence o risco, de acordo com a cor padronizada na Tabela I; o número de trabalhadores expostos ao risco, o qual deve ser anotado dentro do círculo; a especialização do agente (por exemplo: químico-sílica, hexano, ácido clorídrico, ou ergonômico repetitividade, ritmo excessivo) que deveser anotada também dentro do círculo; a intensidade do risco, de acordo com a percepção dos trabalhadores, que deve ser representada por tamanhos diferentes de círculos e causas mais frequentes de ausência ao trabalho.

3. Após discutido e aprovado pela CIPA, o Mapa de Riscos, completo ou setorial, deverá ser fixado em cada local analisado, de forma claramente visível e de fácil acesso para os trabalhadores.

4. No caso das empresas da Indústria da construção, o Mapa de Riscos do estabelecimento deverá ser realizado por etapa de execução dos serviços, devendo ser revisto sempre que um fato novo e superveniente, modificar a situação de riscos estabelecida (BRASIL, 1994, pág. 5-6).

No quadro 1 podemos observar os riscos ocupacionais que podem estar presentes

no ambiente laboral e que subsidiam na elaboração do Mapa de Riscos.

Quadro 1 Classificação dos principais riscos ocupacionais em grupos, de acordo com a sua naturezae a padronização das cores correspondentes

GRUPO 1VERDE

GRUPO 2VERMELH

O

GRUPO 3MARROM

GRUPO 4AMARELO

GRUPO 5

AZULRiscos Físicos Riscos

QuímicosRiscos

BiológicosRiscos

ErgonômicosRiscos Acidentes

Ruídos Poeiras Vírus Esforço físicointenso

Arranjo físicoinadequado

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Vibrações Fumos BactériasLevantamento e

transporte manualde peso

Máquinas eequipamentos sem

proteçãoRadiaçoesionizantes Névoas Protozoários

Exigência depostura

inadequada

Ferramentasinadequadas ou

defeituosas

Radiações nãoionizantes

Neblinas Fungos Controle rígido deprodutividade

Iluminaçãoinadequada

Frio Gases Parasitas Imposição deritmos excessivos

Eletricidade

Calor Vapores Bacilos Trabalho em turnoe noturno

Probabilidade deincêndio ou explosão

Pressõesanormais

Substâncias,compostas ou

produtosquímicos em

geral

Jornadas detrabalho

prolongadas

Armazenamentoinadequado

Umidade Monotonia erepetitividade

Animaispeçonhentos

Outras situaçõescausadoras de

stress físico e/oupsíquico

Outras situações derisco que poderãocontribuir para a

ocorrência deacidentes

Fonte: Adaptado da portara n°25, de 29 e dezembro de 1994, tabela 01 (Anexo IV). Ministério do Trabalho eEmprego. Secretária de Segurança e Saúde no Trabalho.

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3 METODOLOGIA

De acordo com Santos (2005) a metodologia é o caminho que deve ser seguido em

uma pesquisa para que os objetivos propostos sejam alcançados, ou seja, são os diversos

meios utilizados para a execução de uma pesquisa científica.

Neste sentido, a metodologia para a realização da pesquisa, de modo que alcance

os resultados se acham demonstrados a seguir.

No que tange os objetivos, a presente pesquisa se caracteriza como descritiva, pois

segundo Perovano (2014):

“O processo descritivo visa à identificação, registro e análise das

características, fatores ou variáveis que se relacionam com o fenômeno ou

processo. Esse tipo de pesquisa pode ser entendido como um estudo de

caso, onde, após a coleta de dados, é realizada uma análise das relações

entre as variáveis para uma posterior determinação dos efeitos resultantes

em uma empresa, sistema de produção ou produto (Perovano, 2014 p. 35).

Para Gil (2002) a pesquisa descritiva visa descrever as características particulares

de um objeto de estudo, nesse caso, de uma indústria de confecções que de acordo com a

NR-4 (BRASIL, 1983), anexo I, quadro I que trata da Relação da Classificação de

Atividades Econômicas - CNAE, com correspondente Grau de Risco - GR para fins de

dimensionamento do SESMT, a empresa em questão está enquadrada no código 14 -

Confecção de artigos do Vestuário e Acessórios, código 14.13-4, sob a denominação de

Confecção de roupas profissionais com grau de risco definido de 2.

Adicionalmente, a pesquisa utilizou-se do método indutivo que de acordo com

Lakatos e Marconi (2007) possibilita a partir de dados constatados, a obtenção de uma

verdade geral, de modo que esse método será aplicado na indústria de confecções, objeto

de estudo, partindo de dados já existentes, onde serão formadas novas conclusões acerca

da temática.

A abordagem utilizada foi a combinada, uma vez que a mesma permite que a

vantagem de uma amenize a desvantagem da outra, assim se pode combinar as mesmas

com o objetivo de fortalecer as abordagens (MARTINS, 2012). Na abordagem quantitativa,

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Lakatos e Marconi (2007) mencionam que as amostras utilizadas são reduzidas e os dados

são tratados na forma de valores, podendo ser tabulados. Na abordagem qualitativa,

Gunther (2006) menciona que o foco se baseia na compreensão, não sendo necessária

uma amostragem e uma representatividade numérica, uma vez que para Michel (2005) os

fatos são esclarecidos com base no conhecimento empírico a partir da vivência do

pesquisador.

Com relação aos procedimentos, optou-se pela pesquisa de campo, com foco em

um estudo de caso, que para Santos (2005) é o estudo de um conhecimento detalhado

com foco nas características inerentes e particulares do objeto de estudo em questão, onde

Gil (2009) destaca algumas vantagens em se utilizá-lo, como, aprofundamento em um

caso, oportunidade de novas pesquisas, flexibilidade, etc.

Com relação a técnica de coleta de dados, utilizou-se de fontes primárias, como a

pesquisa de campo com delineamento em um estudo de caso, de fontes secundárias,

através de pesquisa bibliográfica, que segundo Marconi e Lakatos (1992) é o levantamento

de toda a bibliografia já publicada, em forma de livros, revistas, publicações avulsas e

impressas, de modo que o pesquisador possa entrar em contato direto com todo o material

escrito de um determinado assunto.

A pesquisa foi dividida em 02 (duas) etapas, onde a primeira se deu pela construção

do referencial teórico sobre Legislação de Segurança e Saúde do Trabalho, NRs aplicáveis

na empresa, Acidentes de Trabalho e Riscos Ocupacionais, além de informações gerais do

Setor Têxtil e de Confecção no município de Cacoal/RO.

As consultas foram realizadas em páginas eletrônicas do Ministério do Trabalho e

Emprego - MTE e do Ministério da Previdência Social, além de consultas em trabalhos de

conclusão de curso, artigos em periódicos e dissertações relacionadas ao tema.

A segunda parte foi a coleta de dados por fontes primárias, tendo como objetivo

avaliar as condições de segurança e saúde no trabalho na empresa, para tanto, foram

realizadas visitas in loco, de modo a descrever os processos de trabalho, identificando as

não conformidades com base nas NRs.

O procedimento de coletas de dados se deu a partir das observações, das

entrevistas com os gestores e funcionários sobre as rotinas de trabalho, aspectos de

segurança e saúde no trabalho, bem como a realização de inspeções no ambiente laboral

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e acompanhamento dos processos de trabalho. Logo após, com base nas NRs aplicáveis

na empresa, foram identificadas as não conformidades e os resultados obtidos foram

comparados com o que se preconiza na NR-28 - Fiscalização e Penalidades.

Para tanto, foram utilizadas as seguintes NRs: NR-4; NR-5; NR-6; NR-7; NR-8; NR-

9; NR-12; NR-17 e NR-23, por entender que estão diretamente associadas com a atividade

em questão. Desta forma, os ambientes laborais foram avaliados por meio da aplicação de

um checklist, tendo como base as referidas NR’s aplicáveis na empresa. Por fim, foram

identificadas e descritas as não conformidades identificadas no local de trabalho para cada

NR selecionada, calculando os custos fiscais das não conformidades e utilizando como

base de cálculo a NR-28 em seu anexo I, ao qual leva-se em consideração o número de

empregados do estabelecimento e o grau de infração (variando de 1 a 4) do item/subitem

da NR que está sendo descumprida.

Como o valor da multa conforme NR-28 é dada em UFIR (Unidade de Referência

Fiscal), obtendo-se um valor máximo para as infrações relacionadas a segurança do

trabalho de 6.304 (UFIR), e valor máximo para as infrações relacionadas a medicina do

trabalho de 3.782 (UFIR), onde estes valores devem ser convertidos em R$. De acordo

com o portal eletrônico da Receita Federal (2018), a UFIR foi extinta em decorrência do §

3° do art. 29 da Medida Provisória 2095-76, ficando congelada desde o ano de 2000 no

valor de R$ 1,0641, assim os valores obtidos de acordo com o anexo I da NR-28 serão

multiplicados por R$ 1,0641 para se obter o valor em reais.

Nessa tônica, a partir da mensuração dos custos fiscais, foram estimados custos

reais de implantação para ajustar as não conformidades identificadas no local de trabalho,

comparando os custos fiscais obtidos com os custos reais estimados, de modo a

demonstrar os benefícios da Engenharia do Trabalho, tanto do ponto de vista financeiro,

como do ponto de vista da promoção da segurança e saúde no trabalho com os ajustes das

não conformidades.

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4 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO

A empresa objeto de estudo é uma fábrica de confecções que iniciou suas atividades

no ano de 2003 no município de Cacoal/RO. Inicialmente a empresa fabricava apenas

roupas infantis e infanto-juvenil, entretanto ao passo que a marca foi obtendo sucesso e

adquirindo maior espaço no mercado de confecções, a indústria começou a ampliar seu

mix de produtos, expandindo sua produção para camisas e camisetas, tanto feminino,

como masculino.

Respeitando o anonimato e a privacidade, para o referente estudo a empresa será

denominada de empresa x, onde atualmente possui um quantitativo de 29 funcionários que

se encontram alocados no setor administrativo, produção e na área comercial.

4.1 Processo produtivo

O processo produtivo é considerado empurrado, uma vez que a partir das coleções

são definidos modelos e quantidades a serem produzidas, cabendo a produção organizar

os recursos necessários para atingir a quantidade demandada. Para Barco e Villela (2008),

sistemas empurrados de produção são sistemas onde a produção é controlada por um

sistema central de planejamento que considera previsões como futuras demandas.

Após confeccionar suas peças de roupas, a empresa x disponibiliza para vendas em

sua loja própria e através dos seus representantes comerciais comercializa para outras

lojas do município, bem como para lojas de outros municípios do estado e também para

outros estados do país por meio dos seus catálogos. Na figura 1 podemos observar o

processo produtivo da empresa.

28Fonte: Dados da pesquisa, 2018.

Figura 1 Fluxograma do processo

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Conforme figura 1, o processo produtivo da empresa x tem como objetivo

transformar a matéria-prima principal (tecido) em diferentes peças de roupas para posterior

vendas aos consumidores finais. Estas peças por sua vez, atendem catálogos pré-

estabelecidos aos quais seguem as tendências do mercado da moda para a excelência no

quesito vendas. Como entendimento do processo produtivo, será descriminado os

processos que compõe a produção de uma camiseta, sendo este um dos produtos mais

fabricados pela empresa. As descrições se acham demonstradas a seguir:

I. Corte: os tecidos são abertos nas mesas e cortados conforme o design da peça; II. Separação: nesta etapa é realizado a separação das partes que compõe as peças,

como (mangas, golas, frente, parte de trás), bem como é inserido o selo referente

aos tamanhos das peças das camisetas, como (P, M, G, etc.). Logo após, a peça é

encaminhada para a operação de serigrafia ou bordado, de acordo com o modelo

pré-estabelecido da camiseta;III. Serigrafia: nesta operação as partes da camiseta que serão serigrafadas são

dispostas em uma mesa e de forma unitária recebem a serigrafia;IV. Bordado: consiste em costurar o bordado previamente elaborado nas camisetas,

logo após é encaminhado para a máquina de prensa;V. Costura: nesta operação as partes das camisetas anteriormente serigrafadas ou

bordadas, se unem e formam os produtos finais aos quais são devidamente

costurados. Ressaltando que cada modelo possui costura própria, assim cada

modelo é encaminhado para as máquinas de costura e recebem o tratamento

adequado;VI. Eliminação de linhas: logo após a costura, as peças são encaminhadas para uma

mesa onde são retirados excessos de linhas nas camisetas;VII. Passagem da roupa: com a peça finalizada, a mesma é passada, logo após é

encaminhada para se inserir as etiquetas;VIII. Colocar etiquetas: nesta etapa são inseridas as etiquetas que representam o

tamanho da peça e também o taigue que representa a marca da empresa; IX. Embalagem: consiste em dobrar as peças e coloca-las em suas respectivas sacolas

para encaminha-las ao estoque;X. Armazenagem: consiste na última etapa do processo produtivo, onde as peças são

encaminhadas para o estoque interno e posterior saída para as vendas.

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5 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Para a obtenção das análises e resultados da pesquisa foram utilizadas as NR’s

(Quadro 2), onde os seus referidos títulos se acham demonstrados a seguir.

Quadro 2 Número e título das NRs aplicáveis na empresa x NR TÍTULO

4 Serviços especializados em engenharia de segurança e em medicina do trabalho- SESMT

5Comissão interna de prevenção de acidentes - CIPA

6Equipamento de proteção individual -EPI

7Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO

8 Edificações

9Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA

12Segurança no trabalho em máquinas e equipamentos

17 Ergonomia23 Proteção contra incêndios

Fonte: Adaptado do Ministério do Trabalho e Emprego, 2018.

A empresa possui 29 funcionários e está inserida no CNAE 14.13-4, sob a

denominação de confecção de roupas profissionais com grau de risco definido de 2 de

acordo com a NR -4, anexo I, quadro I que trata da relação da Classificação de Atividades

Econômicas - CNAE, com correspondente Grau de Risco - GR para fins de

dimensionamento do SESMT.

5.1 NR-04 Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do

Trabalho – SESMT

De acordo com a NR-4, Quadro II que trata do dimensionamento dos SESMT, a

referida empresa x por possuir 29 empregados em seu estabelecimento e grau de risco 2,

não possui obrigatoriedade de possuir SESMT implantado e de manter profissionais, como

Técnico de Segurança do Trabalho, Engenheiro de Segurança do Trabalho, Auxiliar de

Enfermagem do Trabalho, Enfermeiro do Trabalho e Médico do Trabalho. Entretanto,

mesmo não havendo a obrigatoriedade conforme NR-4, quadro II, isto não exime a

empresa de não dar assistência na área de segurança e medicina do trabalho a seus

empregados e de cumprir as NRs do Ministério do Trabalho e Emprego. Para a presente

pesquisa, não será aplicada a NR para os cálculos fiscais, uma vez que foi identificada que

a empresa x atualmente não possui obrigatoriedade de constituir SESMT.

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5.2 NR-05 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA

De acordo com a NR-05, quadro 1 que trata do dimensionamento da CIPA, a

empresa x não possui obrigatoriedade de constituir CIPA, entretanto a referida NR em seu

item 5.6.4 menciona que quando a empresa não se enquadrar no quadro 1, deverá

designar um responsável pelo cumprimento dos objetivos da NR.

Desta forma, a empresa x não possui CIPA constituída, porém constatou-se que a

funcionários responsáveis pelo seu cumprimento, assim a empresa cumpri o item 5.6.4 da

referida NR. Porém, cabe destacar que foi informado que há um projeto em andamento

para a implantação de uma CIPA, onde esse projeto está sendo construído pelo Serviço

Social da Indústria (SESI), unidade Cacoal/RO.

Apesar da empresa não possuir altos índices de acidentes, bem como não haver

atualmente a obrigatoriedade pela CIPA, a partir da sua constituição espera-se uma maior

disseminação da prevenção de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, pois os

trabalhadores tendem a ficar mais conscientes em relação à segurança do trabalho. E

devem constituir CIPA as empresas privadas, públicas, sociedades de economia mista,

órgãos da administração direta e indireta, instituições beneficentes, associações

recreativas, cooperativas, assim como demais instituições que admitam trabalhadores

como empregados, conforme dispõe o item 5.2 da NR.

Ainda cabe destacar que se houver acréscimo de mais um funcionário na empresa,

passando a mesma ter 30 funcionários, de acordo com o quadro I da NR, a CIPA seria

constituída na empresa por um efetivo e um suplente e, de acordo com item 5.6 da NR, a

CIPA é composta por representantes do empregador e dos empregados.

5.3 NR-06 Equipamentos de Proteção Individual – EPI

Quanto ao fornecimento de EPI aos empregados gratuitamente e adequado ao

risco, bem como em perfeito estado de conservação e funcionamento de acordo com as

circunstâncias descritas nas alíneas a, b e c do item 6.3 da NR-6, a empresa x

disponibiliza aos seus funcionários para uso durante a jornada de trabalho. Constata-se

que há conscientização dos funcionários em relação à importância do uso dos EPIs, onde

o SESI através de consultoria indica os EPIs adequados aos riscos para as diversas

atividades desenvolvidas.

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Na empresa x foi observado o uso de EPIs por todos os funcionários, na figura 2 no

setor de bordados podemos observar o uso do protetor auditivo circum-auricular para

proteção do sistema auditivo contra níveis de pressão sonora superiores ao estabelecido

na NR-15, anexos n° 1 e 2. Esse protetor é também conhecido como concha, sendo

formado por um arco plástico ao qual é ligado a duas conchas plásticas que são revestidas

internamente por espuma e que ficam sobre as orelhas do funcionário.

Figura 2 Sala de bordados

Fonte: Fotografia do autor, 2018.

E na visita in loco constatou-se altos níveis de ruídos (dB) decorrentes

principalmente das máquinas no setor de corte, entretanto para se mensurar o nível de

ruído (dB) é necessário a utilização de equipamentos como, decibelímetro e dosímetro

para se determinar os limites de tolerância conforme anexos n°1 e 2. Além do protetor

auditivo, foi observado no setor de corte a utilização de luvas do tipo de aço para proteção

das mãos contra agentes cortantes e perfurantes.

Nas figuras 3 e 4 podemos observar que os EPIs são armazenados em gavetas

com os nomes de cada funcionário.

Figura 3 Armazenamento dos EPI's

32

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Fonte: Fotografia do autor, 2018.Figura 4 EPI's

Fonte: Fotografia do autor, 2018.

Neste contexto, podemos constatar que a empresa x está dentro das conformidades

acerca dos itens analisados para a NR-06, desta forma, não se aplicando qualquer multa

ou ajuste/adaptação para não conformidades.

5.4 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO

De acordo com a gestora da empresa, a mesma informou que na empresa x tem

implantado o PCMSO, assim constata-se que a empresa atende o objetivo da referida NR,

uma vez que o PCMSO faz parte do conjunto mais amplo acerca das iniciativas da

empresa no campo da saúde, promovendo a promoção e a preservação da saúde dos

seus colaboradores, devendo-se estar articulado com as demais NRs.

33

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Como a empresa possui grau de risco 2 e uma quantidade de 29 (vinte e nove)

funcionários, de acordo com o item 7.3.1.1.1 que trata sobre as responsabilidades do

empregador, o referido item menciona que poderão indicar médico coordenador em

decorrência de negociação coletiva. Desta forma, há uma empresa prestadora de serviços

responsável pela elaboração e implementação do PCMSO (SESI CLÍNICA) ao qual gera

um relatório anual disposto no quadro lll da referida Norma, onde realiza os seguintes

exames médicos: admissional; periódico; de retorno ao trabalho; de mudança de função e

demissional.

5.5 NR – 08 Edificações

A partir das observações constata-se que os locais de trabalho possuem umidade,

falta de impermeabilização em pisos e paredes, cabendo ainda destacar a altura do piso

ao teto e pé direito que merecem destaque. Na tabela 1 podemos observar o

demonstrativo de cálculo para os itens 8.2 e 8.4.2 abordando o seu custo fiscal e a

estimativa do seu custo real.

Tabela 1 Custos fiscais e reais da NR - 08Ementa geral Item e Subitem

Ementa específicaCusto fiscal (UFIR)

Custo Real (R$)

108.000-8 8.2 108.016-4/ I=3 / T=S 2496 - 2896 2.655,99 - 3.081,63108.000-8 8.4.2 108.028/ I=2/ T=S 1665 - 1935 1.771,73 - 2.059,03

Medidas para Eliminar ou Minimizar as Situações de RiscoNR Item e Subitem Descrição das medidas Custo de Implantação (R$)

8 8.2

Se faz necessário realizar uma reforma nas instalações -

Fonte: Elaborado pelo autor a partir dos dados da pesquisa, 2018.

Conforme tabela 1, foi identificado 2 (dois) itens que obtiveram um custo fiscal de

intervalo 2496 – 2896 e 1665 – 1935 (UFIR) e respectivamente custos reais de 2.655,99 -

3.081,63 e 1.771,73 - 2.059,03 (R$), para tanto os valores dos intervalos dos custos fiscais

foram multiplicados por R$1,0641 que corresponde ao valor da UFIR desde o ano de 2000

quando foi extinta em decorrência do § 3° do art. 29 da Medida Provisória 2095-76.

E dentre as medidas para eliminar ou minimizar as situações de risco a partir dos

itens identificados, se faz necessário realizar reforma nas instalações prediais, uma vez

que na empresa x não há um espaço muito amplo para a quantidade de máquinas e

funcionários que a mesma possui, assim o espaço acaba sendo insuficiente para

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contemplar as atividades atuais desenvolvidas, fazendo com que as mesas fiquem muito

próximas umas das outras, bem como a disposição das máquinas e equipamentos. Ainda

se constata que não há um espaço reservado para o descanso do tecido (necessário para

garantir a qualidade do produto final) e também não é possível armazenar a matéria prima

em locais adequados. Sendo assim, uma proposta de melhoria poderia se concentrar em

readequar o espaço físico, como por exemplo, expandir o espaço físico e realocar os

postos de trabalho, de modo a proporcionar maior espaço para a circulação dos

funcionários e dos fluxos de processos de serviços de operações. Contudo, a empresa x

informou que está ciente dos problemas de espaço físico e que já existe um projeto para

ampliação da área da fábrica.

Na figura 5 podemos observar a falta de espaço nos postos de trabalho do setor de

confecção.

Figura 5 Setor de confecção

Fonte: Fotografia do autor, 2018

Logo após, somando-se os custos reais dos itens 8.2 e 8.4.2 que não se encontram

em conformidade, obtemos o intervalo de mínimo e máximo do custo total real (R$)

4.427,72 - 5.140,66. E para efeito comparativo entre o custo total real e o custo de

implantação para esta análise, a mesma não ocorrerá em virtude da dificuldade de

estimativa do valor (R$) para ajustar as não conformidades, uma vez que inúmeras

variáveis devem ser levadas em consideração.

5.6 NR – 09 Programas de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA

A empresa não possui o PPRA, assim podemos afirmar que a empresa não atua na 35

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antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos

ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, haja vista que o

PPRA é um importante instrumento de prevenção que através de ações de planejamento

visa a preservação da saúde e da integridade física dos trabalhadores. Desta forma, os

funcionários podem estar expostos aos diferentes riscos ambientais, devendo-se identificar

esses agentes, bem como a sua intensidade e concentração. Na tabela 2 podemos

observar o demonstrativo de cálculo para os itens 9.1.1, 9.1.5.1 e 9.1.5.2 abordando o seu

custo fiscal e a estimativa do seu custo real.

Tabela 2 Custos fiscais e reais da NR – 09.Ementa geral Item e Subitem

Ementa específicaCusto fiscal (UFIR)

Custo Real (R$)

109.000-3 9.1.1 109.042-9 / I=4/ T=S 3335 - 3876 3535,10 - 4108,56

109.000-3 9.1.5.1 109.043-7/ I=3 / T=S 2496 - 2896 2.655,99 -3.081,63109.000-3 9.1.5.2 109.043-7/ I=3 / T=S 2496 - 2896 2.655,99 - 3.081,63

Medidas para Eliminar ou Minimizar as Situações de RiscoNR 09 Item e Subitem Descrição das medidas Custo de Implantação (R$)

9 9.1Elaboração e Implementação do PPRA

2.000,00

Fonte: Elaborado pelo autor a partir dos dados da pesquisa, 2018.

Conforme tabela 2, foi identificado 3 (três) itens que obtiveram um custo fiscal de

intervalo 3335 – 3876; 2496 – 2896 e 2496 – 2896 (UFIR) e respectivamente custos reais

de 3535,10 - 4108,56; 2.655,99 - 3.081,63 e 2.655,99 - 3.081,63 (R$), para tanto os

valores dos intervalos dos custos fiscais foram multiplicados por R$1,0641 que

corresponde ao valor da UFIR desde o ano de 2000 quando foi extinta em decorrência do

§ 3° do art. 29 da Medida Provisória 2095-76.

E dentre as medidas para eliminar ou minimizar as situações de risco a partir dos

itens identificados, destacam-se a elaboração e Implementação do PPRA, pois a partir da

implementação do programa, os agentes físicos, químicos e biológicos serão identificados

nos ambientes de trabalho, bem como serão categorizados a partir da sua concentração

ou intensidade e tempo de exposição.

Acerca dos riscos ambientais que os funcionários estão expostos, destaca-se os

riscos físicos, como ruídos e vibrações, onde este último está presente quando os

trabalhadores que cortam as peças (esse aparelho vibra nos membros superiores) e as

costureiras (que sentem todo o corpo vibrar com as máquinas de costura que para

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funcionar necessitam dos membros superiores e inferiores), onde possivelmente a

exposição às vibrações tanto de mãos e braços, como de corpo inteiro devem estar

superiores aos limites de exposição ocupacional diária estabelecidos nas Normas de

Higiene Ocupacional da Fundacentro, devendo-se quantifica-las.

Quanto aos ruídos, constatou-se altos níveis de ruídos (dB), possivelmente

superiores ao estabelecido na NR-15, anexos n° 1 e 2, mesmo com a atenuação do

protetor auditivo. Porém, é necessário a utilização de equipamentos como, decibelímetro e

dosímetro para se comprovar o nível de pressão sonora (dB) e compara-los com os limites

de tolerância conforme anexos n°1 e 2 da NR-15. Na figura 6 podemos observar o setor de

corte onde se utiliza o aparelho de vibração.

Figura 6 Setor de corte

Fonte: Fotografia do autor, 2018.

Já quanto aos agentes químicos, foi observado o contato com a tinta que é utilizado

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no setor de serigrafia das roupas. Essa tinta pode penetrar no organismo pela via

respiratória ou ser absorvida pelo organismo por meio da pele ou por ingestão e causar

problemas de saúde. Na figura 7 podemos observar o setor de serigrafia onde é utilizado a

tinta.

Figura 7 Setor de serigrafia

Fonte: Fotografia do autor, 2018.

Logo após, somando-se os custos reais dos itens 9.1.1; 9.1.5.1 e 9.1.5.2 que não se

encontram em conformidade, obtemos o intervalo de mínimo e máximo do custo total real

(R$) para fins de comparação com o custo de implantação (Tabela 3).

Tabela 3 Comparativo entre o custo real e o de implantaçãoComparativo entre o custo real e de implantaçãoCusto Real (R$) 8.847,08 – 10.271,82Custo de Implantação (R$) 2.000,00

Fonte: Elaborado pelo autor a partir dos dados da pesquisa, 2018.

4.7 NR – 12 Seguranças no trabalho em máquinas e equipamentos

Acerca desta NR não foi constatado nenhuma irregularidade quando aplicado o

checklist encontrado no apêndice A, porém se faz necessário mencionar algumas

considerações, como a presença de equipamentos cortantes, onde se operados de

maneira inadequado, ou até mesmo por uma falha operacional, podem expor o trabalhador

há um risco de acidente de trabalho, já que algumas máquinas utilizadas no setor de

produção, especialmente no setor de corte, possuem disco de corte e faca vertical de

corte, representando risco iminente ao trabalhador.

Constata-se a utilização de luva de aço para o desenvolvimento desta atividade,

porém, por algum descuido do trabalhador o mesmo ainda estará suscetível a um possível

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acidente de trabalho. E mesmo diante da análise da NR 8, observando-se algumas mesas,

máquinas e equipamentos próximos uns dos outros, podemos afirmar que estes não

representam risco de manuseio pela proximidade identificada, pois as situações

observadas foram de caráter sugestivo para este fim.

5.8 NR – 17 Ergonomia

Foram constatados que vários trabalhadores estão expostos a este risco,

principalmente no desenvolvimento dos trabalhos manuais, pois algumas atividades

exigem muitas horas sentado. Na tabela 4 podemos observar o demonstrativo de cálculo

para os itens 17.2.1.1; 17.3.2 e 17.3.3, abordando o seu custo fiscal e a estimativa do seu

custo real.

Tabela 4 Custos fiscais e reais da NR - 17Ementa geral Item e Subitem

Ementa específicaCusto fiscal (UFIR)

Custo Real (R$)

117.000-7 17.2.1.1 117.037-6/I=4/T=S 3335 - 3876 3535,10 - 4108,56117.000-7 17.3.2 117.045-7/I=3/T=S 2496 - 2896 2.655,99 - 3.081,63

117.000-7 17.3.3 117.046/I=3/T=S 2496 - 2896 2.655,99 - 3.081,63

Medidas para Eliminar ou Minimizar as Situações de RiscoNR 17 Item e Subitem Descrição das medidas Custo de Implantação (R$)

17 17.2.1.1

Dispositivos e maquinasque possam auxiliar o trabalho -

17 17.3.3

Assentos com altura ajustável à estatura do trabalhador e à natureza da função exercida.

3.000,00 Fonte: Elaborado pelo autor a partir dos dados da pesquisa, 2018.

Conforme tabela 4, foi identificado 3 (três) itens que obtiveram um custo fiscal de

intervalo 3335 – 3876; 2496 – 2896 e 2496 - 2896 (UFIR) e respectivamente custos reais

de 3535,10 - 4108,56; 2.655,99 - 3.081,63 e 2.655,99 - 3.081,63 (R$), para tanto os

valores dos intervalos dos custos fiscais foram multiplicados por R$1,0641 que

corresponde ao valor da UFIR desde o ano de 2000 quando foi extinta em decorrência do

§ 3° do art. 29 da Medida Provisória 2095-76.

E dentre as medidas para eliminar ou minimizar as situações de risco a partir dos

itens identificados, destacam-se a implantação de dispositivos e maquinas que possam

auxiliar o trabalho acerca do transporte manual de materiais e a compra de cadeiras e

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mesas com altura ajustável à estatura do trabalhador e à natureza da função exercida.

Acerca dos riscos ergonômicos que os funcionários estão expostos, destacam-se, a

postura inadequada decorrente das mesas usadas para o corte de tecidos e também pelas

cadeiras desconfortáveis utilizadas pelas costureiras no setor de costura. Os demais

trabalhadores em sua grande maioria, desenvolvem suas atividades em pé, e isto pode

prejudicar à saúde dos mesmos, uma vez que foi observado que não são realizadas

pausas consideráveis para descanso nos setores, fazendo-se necessário realizar pausas

mais consideráveis e ações que promovam a diminuição da monotonia do trabalho.

Logo após, somando-se os custos reais dos itens 17.2.1.1; 17.3.2 e 17.3.3 que não

se encontram em conformidade, obtemos o intervalo de mínimo e máximo do custo total

real (R$) para fins de comparação com o custo de implantação (Tabela 5). Cabe destacar

que para o item 17.2.1.1 não foi definido custo real (R$) em virtude da dificuldade em se

estimar o seu custo de implantação.

Tabela 5 de Comparativo entre o custo real e o de implantaçãoComparativo entre o custo real e de implantaçãoCusto Real (R$) 8.847,08 – 10.271,82Custo de Implantação (R$) 3000

Fonte: Elaborado pelo autor a partir dos dados da pesquisa, 2018.

5.9 NR – 23 Proteção contra incêndio

Acerca desta NR, a gestora da empresa informou que proporciona informações

sobre utilização dos equipamentos de combate ao incêndio, como extintores e hidrantes de

incêndio e de procedimentos de evacuação dos locais com segurança. Ainda foi informado

que na empresa nunca ocorreu nenhuma ocorrência de incêndio e que a empresa sempre

presta informações aos seus funcionários sobre as medidas de prevenção de incêndios.

Entretanto, foram constatados que em sua instalação fabril a uma enorme

dificuldade em saídas de emergência caso ocorra algum princípio de sinistro e/ou incêndio.

Ainda foi observado que no dia da visita, alguns pontos da empresa não possuíam

extintores de incêndio, sendo que a gestora informou que naquele presente dia, os

extintores estavam ausentes em decorrência da substituição da carga. E nos locais de

fixação dos extintores não há nenhum tipo de sinalização, bem como altura correta para a

sua fixação.

Na tabela 6 podemos observar o demonstrativo de cálculo para os itens 23.1 e 23.2,

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abordando o seu custo fiscal e a estimativa do seu custo real.

Tabela 6 Custos fiscais e reais da NR - 23Ementa geral Item e Subitem

Ementa específicaCusto fiscal (UFIR)

Custo Real (R$)

123.000-0 23.1 123093 – 0/I=4/T=S 3335-3876 3535,10 - 4108,56123.000-0 23.2 123.097-2/I=4/T=S 3335 - 3876 3535,10 - 4108,56

Medidas para Eliminar ou Minimizar as Situações de RiscoNR 23 Item e Subitem Descrição das medidas Custo de Implantação (R$)

23 23.1

Fixação dos extintores de acordo com os riscosem cada local, bem como de fácil acesso, sinalizado e na altura correta em conformidade com a legislação estadual e asnormas técnicas aplicáveis -

23 23.2

Projetar saídas de emergência em número suficiente e claramente assinaladas através de placas ou sinais luminosos que indique adireção da saída. -

Fonte: Elaborado pelo autor a partir dos dados da pesquisa, 2018.

Logo após, somando-se os custos reais dos itens 23.1 e 23.2 que não se encontram

em conformidade, obtemos o intervalo de mínimo e máximo do custo total real de 7.070,2

– 8.217,12(R$). E para efeito comparativo entre o custo total real e o custo de implantação

para esta análise, a mesma não ocorrerá em virtude da dificuldade de estimativa do valor

(R$) para ajustar as não conformidades, uma vez que inúmeras variáveis devem ser

levadas em consideração.

5.10 Comparativo final entre custo total real e custo total de implantação

Após identificadas as não conformidades em relação as NRs aplicáveis na empresa

x se utilizando como base o checkist (Apêndice A) e o que se preconiza na NR 28 que trata

da fiscalização e penalidades, obtemos a partir da soma de todos os itens que não se

encontram em conformidade, o intervalo de mínimo e máximo do custo total real (R$) e do

custo total de implantação com vistas a eliminar ou minimizar as situações de risco

identificadas que se encontram em descumprimento conforme NR 28 (Tabela 7).

Tabela 7 custo final de comparaçãoComparativo entre o custo total real e o custo total de implantaçãoCusto Total Real (R$) 29.192,08 – 33.901,42

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Custo Total de Implantação (R$) 5.000,00Fonte: Elaborado pelo autor a partir dos dados da pesquisa, 2018

Conforme tabela 7, o custo total real ficou no intervalo de R$ 29.192,08 a R$

33.901,42, cabendo ao auditor do MTE determinar qual o valor a ser aplicado referente às

não conformidades. Para o custo total de implantação para ajustar as não conformidades,

o mesmo ficou na ordem de R$ 5.000,00. Neste sentido, demonstra-se que o custo de

implantação é bem menor do que o custo total real quando das multas possivelmente

aplicadas. Porém, para alguns itens em descumprimento, não foi possível se mensurar

valores para os custos de implantação, principalmente porque estes dependem de análises

mais acuradas, como os itens da NR 23, o item 17.2.1.1 da NR 17 e o item 8.2 da NR 8.

Não obstante, apesar da falta de alguns custos de implantação, podemos afirmar

que é mais vantajoso para a empresa x tanto do ponto de vista financeiro, como do ponto

de vista da promoção da saúde e da integridade física dos trabalhadores, realizar o

investimento em segurança e medicina do trabalho a partir do custo total de implantação.

Neste contexto, a empresa em questão mostrou-se muito preocupada com seus

trabalhadores, mencionando que recebe a prestação de consultoria em segurança e

medicina do trabalho do SESI, unidade Cacoal, ainda mencionando que sempre está

disponibilizando de forma gratuita e adequada ao risco os EPI’s, bem como monitorando o

seu uso, desenvolvendo a prática da ginástica laboral, disseminando a cultura da

prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho e cumprindo o disposto

presente no PCMSO, realizando exames médicos.

Entretanto, alguns pontos merecem atenção e carecem de ações do empregador,

como a ausência do PPRA que de acordo com a NR 9 é parte integrante do conjunto mais

amplo das iniciativas da empresa acerca da preservação da saúde e da integridade física

dos trabalhadores e, ainda a mesma deve estar articulada com o disposto nas demais

NRs, especialmente a NR 7 – PCMSO. Desta forma, fica evidente que na empresa os

riscos ambientais aos quais os trabalhadores estão expostos, não possuem o devido

reconhecimento e avaliação, impactando no desenvolvimento do PCMSO da empresa, o

que representa um descumprimento grave no campo da segurança e da medicina do

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trabalho.

Nessa tônica, quando da análise da NR 15, a mesma torna-se inviável sob o ponto

de vista de considerar qual ou quais as atividades ou operações desenvolvidas na

empresa são consideradas insalubres, pelo fato da empresa não possui o PPRA, assim os

limites de tolerância previstos nos anexos n. º 1, 2, 3, 5, 11 e 12 não são avaliados de

forma quantitativa e/ou qualitativa.

Ainda sobre a ausência do PPRA, ficou constatado altos níveis de ruídos (dB),

possivelmente superiores ao estabelecido na NR-15, anexos n° 1 e 2, mesmo com a

atenuação do protetor auditivo e a presença de agente químico (tinta) no setor de

serigrafia das roupas, assim com a ausência do PPRA, os riscos ambientais deixam de ser

identificados no local de trabalho, refletindo em maiores riscos para os trabalhadores, já

que as ações do referido programa não são desenvolvidas no estabelecimento da

empresa.

A NR 23 merece atenção, mesmo sabendo-se que na empresa nunca ocorreu

princípio de incêndio, porém isto não desobriga o empregador de adotar medidas de

prevenção de incêndio, em conformidade com a legislação estadual e as normas técnicas

aplicáveis. Na empresa não há saídas, em número suficiente, de modo que as pessoas

possam abandoná-los com rapidez e segurança, em caso de emergência, bem como a

ausência de alguns equipamentos de combate ao incêndio, como extintores, tornando-se

uma situação grave e iminente de risco para os trabalhadores

A NR 17 também merece atenção, uma vez que as funcionárias principalmente do

setor de costura desenvolvem suas tarefas na posição sentada, onde a operação de

máquinas de costura requer o uso repetitivo de alguns movimentos, sendo assim,

desempenham suas atividades na posição sentadas em uma longa jornada, que na

maioria das vezes não possuem assento confortável e as devidas pausas para descanso.

Os demais funcionários em sua grande maioria, desempenham suas atividades ao longo

da jornada praticamente em pé, sem a devida pausa para descanso, o que

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consequentemente irá prejudicar a sua saúde.

Neste sentido, se faz necessário realizar uma análise e um estudo ergonômico na

referida empresa, que para Almeida e Pereira (2006), visam harmonizar o sistema de

trabalho, adaptando-o ao ser humano, através da análise da tarefa, da postura, dos

movimentos e da vibração a que o trabalhador está exposto, assim como de suas

exigências físicas e psicológicas, objetivando reduzir a fadiga e o estresse, proporcionando

um local de trabalho confortável e seguro. Com isso, pode-se reduzir o cansaço mental e

físico dos trabalhadores e consequentemente aumentar a eficiência e o rendimento do

processo produtivo.

Ainda, Almeida e Pereira (2006), dizem que o trabalho na indústria de confecção é

desgastante como qualquer processo produtivo que exija uma produção em ritmo

acelerado e com certo grau de concentração, bem como contínua repetição padronizada

de movimentos e predominância de posição comprometedora à saúde do trabalhador.

Como resultado da pesquisa e das análises, foi possível elaborar um Mapa de

Riscos geral da empresa, já que foi constatado a sua ausência nos locais de trabalho. O

Mapa de Riscos contendo os riscos identificados com base na Portaria (BRASIL, Portaria

n°25, de 29 de dezembro de 1994) anexo IV - Mapa de Riscos se acha demonstrado no

apêndice B da presente pesquisa.

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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os resultados permitiram atingir os objetivos propostos, de analisar as condições de

segurança e saúde no trabalho em uma empresa do segmento têxtil no município de

Cacoal/RO, com base na NR-28, para tanto analisando um conjunto de Normas

Regulamentadoras aplicáveis na empresa objeto de estudo.

Desta forma, a partir da obtenção do custo total real de 29.192,08 a 33.901,42 (R$),

se constatou inúmeras não conformidades na empresa x que merecem atenção, pois são

situações de trabalho que caracterizam risco aos trabalhadores. Nessa tônica, caso a

empresa receba uma auditoria do trabalho, a mesma estaria descumprindo todos os itens

identificados como não conformes nesta presente pesquisa, além de desembolsar certo

valor financeiro referente as multas/infrações, a empresa terá que se adequar aos itens

descumpridos, ainda dependendo da situação de trabalho, se esta for considerada risco

grave e iminente ao trabalhador, poderá sofrer embargo ou interdição, o que implica em

paralisação total ou parcial das atividades do estabelecimento, setor de serviço, máquina

ou equipamento, de acordo com a NR-3 que trata de embargo ou interdição.

Neste contexto, faz-se necessário maior ênfase no tocante a investimentos, como

por exemplo nas medidas para eliminar ou minimizar as situações de risco identificadas,

uma vez que os resultados demonstram que o custo de implantação para ajustar as não

conformidades é bem menor quando comparado ao custo total real, representando

aproximadamente 20% deste custo, bem como melhorias no processo de produção, nos

aspectos de segurança do trabalho, bem como no fator humano, buscando sempre a

promoção e o bem estar dos trabalhadores.

Portanto, um ambiente de trabalho que cumpra as Normas Regulamentadoras é de

grande importância tanto para os trabalhadores no aspecto da promoção da saúde, quanto

para o empregador quando auditado não sofrer penalizações.

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ANEXOS

Anexo A – Gradação das multas de acordo com a NR - 28

Fonte: Portaria n°3, de 01 de julho de 1992. NR-28 - Fiscalização e Penalidades, Brasília, DF, 13

jun.1992.

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APÊNDICE

APÊNDICE A – Checklist de avaliação das não conformidades com base nas Normas

Aplicáveis*

NR Pergunta Sim Não Não se aplica

Observações

4

1.Existe SESMT implantado na empresa?1.1 O dimensionamento do SESMT está de acordo com o disposto dos Quadros I e II anexosda NR-4?

1.2 É realizado o registro mensalmente acerca dos acidentes do trabalho, doenças ocupacionais e agentes de insalubridade preenchendo, no mínimo, os quesitos nos modelos de mapas constates nos Quadros III, IV, V e VI anexos da NR-4, mantendo-os arquivados?

5

2. Existe CIPA implantada na empresa?2.1 O dimensionamento da CIPA está de acordo com o previsto no Quadro I, para tanto também se utilizando das informações do Quadro II da NR-5?

2.2 Em relação às suas atribuições, a CIPA cumpre o estabelecido pela NR-5?2.3 Em relação ao seu funcionamento, a CIPA cumpre o estabelecido pela NR-5?

2.4 Em relação ao treinamento, a CIPA cumpre o estabelecido pela NR-5?2.5 Em relação ao processo eleitoral, a CIPA cumpre o estabelecido pela NR-5?

6 3. A empresa fornece aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, de acordo com as circunstâncias descritas nas alíneas a b e c do item 6.3 da NR-6?

3.1 Na empresa quanto as responsabilidades do empregador, a empresa está adquirindo EPI adequado ao risco de cada atividade?

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3.2 Na empresa quanto as responsabilidades do empregador, a empresa exigi o uso dos EPI’s?

3.3 Os EPI’s que são fornecidos pela empresa possuem Certificadode Aprovação – CA?3.4 Na empresa quanto as responsabilidades do empregador, a empresa realiza orientação e treinamento sobre uso adequado, guarda e conservação dos EPI’s?

3.5 Na empresa quanto as responsabilidades dos trabalhadores, os EPI’s estão sendo utilizados para a finalidade a que se destina?3.6 Na empresa quanto as responsabilidades dos trabalhadores, os EPI’s estão sendo guardados, bem como conservados?

74. Existe Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional?

8

5. Os locais de trabalho possuem altura do piso ao teto, pé direito, de acordo com as posturas municipais, atendendo as condições de conforto, segurança e insalubridade?5.1 Os pisos dos locais de trabalhoapresentam saliência ou depressões que prejudiquem a circulação de pessoas ou movimentação de materiais?5.2 Os pisos e as paredes dos locais de trabalho estão impermeabilizados e protegidos contra a umidade?

5.3 As coberturas dos locais de trabalho estão protegidas contra as chuvas?

9

6. Existe o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais –PPRA?6.1 Os trabalhadores estão expostos aos riscos físicos?6.2 Os trabalhadores estão expostos aos riscos químicos?

6.3 Os trabalhadores estão expostos aos riscos biológicos?

12 7. Nas máquinas e equipamentos existe dispositivos de partida, acionamento e parada que impeçam acionamento ou desligamento involuntário pelo operador ou por qualquer outra forma acidental?

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7.1 As máquinas e equipamentos possuem sistemas de segurança, caracterizados por proteções fixas,proteções móveis e dispositivos interligados?

7.2 As máquinas e equipamentos possuem sensores de segurança?

7.3 As máquinas e equipamentos possuem dispositivos de parada de emergência?

7.4 As máquinas e equipamentos possuem acessos permanentemente fixados e seguros a todos os seus pontos deoperação, abastecimento, inserçãode matérias-primas e retirada de produtos trabalhados, preparação, manutenção e intervenção constante?

7.5 Os espaços ao redor das máquinas e equipamentos estão adequados ao seu tipo e ao tipo deoperação, de forma a prevenir a ocorrência de acidentes e doençasrelacionados ao trabalho?

15

8. O ambiente pode ser considerado insalubre?

8.1 O exercício de trabalho em condições de insalubridade está assegurando a percepção de adicional, incidente sobre o salário mínimo da região, como 40% (quarenta por cento) para grau médio; 20% (vinte por cento) para grau médio; 10% (dez por cento) para grau leve?

17 9. Na empresa o transporte manual de cargas é realizado de forma que comprometa a saúde e a segurança do trabalhador?

9.1 Para o trabalho manual sentado ou que tenha que ser feitoem pé, as bancadas, mesas e os painéis estão em boas condições de postura, visualização e operação?9.2 Os assentos utilizados nos postos de trabalho possuem altura ajustável à estatura do trabalho e ànatureza da função exercida?

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9.3 Os assentos utilizados nos postos de trabalho possuem encosto com forma levemente adaptada ao corpo para proteção da região lombar?

9.4 A iluminação nos locais de trabalho tanto artificial, como natural está apropriada à natureza da atividade desenvolvida?

23

10. A empresa proporciona para todos os trabalhadores informações sobre a utilização dosequipamentos de combate a incêndio?

10.1 A empresa proporciona para todos os trabalhadores informações sobre procedimentos para evacuação dos locais de trabalho com segurança?10.2 A empresa proporciona para todos os trabalhadores informações sobre dispositivos de alarmes existentes?

10.3 O local de trabalho possui saídas em número suficiente e dispostas de modo que aqueles que se encontram nesse local possam abandoná-las com rapideze segurança, em caso de emergência?

10.4 As aberturas, saídas e vias depassagem estão claramente assinaladas por meio de placas ousinais luminosos, indicando a direção da saída?

10.5 O local possui extintores de combate a incêndio?10.5.1Os extintores fixados nos locais estão de acordo com a finalidade da sua classe?10.5.2Os extintores estão lacrados?

10.5.3Os extintores estão com seuprazo de recarga em dia?

10.5.4Os extintores se encontram em lugar de fácil visualização, bemcomo desobstruídos?

*As perguntas deste Checklist foram construídas com base nas Normas Regulamentadoras da

Portaria n° 3.214, de 08 de junho de 1978, ao qual estão disponíveis no sitio eletrônico do Ministério do

Trabalho e Emprego – MTE.

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APÊNDICE B – MAPA DE RISCO

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Fonte: Elaborado pelo autor com base nos dados da pesquisa, 2018.

Abaixo se encontra a legenda do Mapa de Risco.

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LEGENDAGRAU DE RISCO GRUPO DE RISCO RISCOS

GRANDE

MÉDIO

PEQUENO

QUÍMICOSubstâncias, compostas ou produtos químicos em

Geral

ACIDENTEArranjo físico inadequado

BIOLÓGICO Fungos

FÍSICO Ruídos, Vibrações e Calor

ERGONÔMICOEsforço físico intenseLevantamento e transportemanual de pesoExigência de postura inadequada

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