gaye_tuchman_objectividade_ritual_estratégico

8/3/2019 Gaye_Tuchman_Objectividade_Ritual_Estratgico

1/17

1'1


2/17

urn sociologo, 1i"I"H",rtn71rt'~rlP'" esta cheio de significado, InvocanOIiO es ciencia e ideias de pronssicnansmo, Evoca fantasmas de Durkheim erecordando controversias em jornais "".J"~!alj1.U",V"acerca da natureza de urn facto social ed o te rm o liv re de valores,A insistencia d os c ie ntis ta s s oc ia is n a o bje etiv id ad e niio especifica da su aprofissao, Os medicos e advogados declaram que a objectividade e atitude adequada paracom os clientes. Para como para os cientistas sociais ( 2 ) , 0 termo objectividadefunciona como urn baluarte entre eles e os criticos, Atacados devido a uma controversaapresentaliao de factos, os jornalistas invocam a su a objectividade quase do mesmo modoque urn eampones mediterranico poe urn colar de alhos a volta do pescoco para afastar osespiritos 111"LJ_ ,

OS jornalistas tern de ser capazes de invocar conceito de objectividade a fim detrabalhar factos relatives 11realidade social. Este analisara tres factores queinfluenciam a nocao de objectividade dos jomalistas: a forma, as relacoes interorganizacionaise 0c on te ud o, P or forma, e nte nd o a qu ele s a trib uto s d as n otic ia s e d os jo rn ais q ue e xemp lific am

o uso aspas, Por entendo aqueJas daque consideramcomo 0 conteudo tambem relacio-relacoes jornalista, as suas com

organizacoes levam-no a tomar por certas algumas coisas acerca delas, Finalmente, sou deopiniao de que 0 manuseamento da estoria, isto e , 0 uso de certos procedimentos percepti-veis ao consumidor de protege jornalista dos da su a incluindocriticos,

Hughes sugere servem propositoser encarados como rituais, Urn ritual analisado aqui como urn proeedimento deque tern relativamente pouca relevancia ou uma relevancia tangencial para 0 fim procurado. Aadesao obrigatoria, de urn procedimento

que se sua i'~""rlr"n7"_""".H1J1V a pratica oitocentista para os

febre entendida como urn ritual Os jornalistas invocam os procedimentospara neutralizar potenciais criticas e para seguirem retinas confinadas pelos limites cogniti-vos da racionalidade. mesmos procedimentos tambem sao estrategiasmativas e pp, 0 termo tactica fHFn"n;:4destinada do ponto

factosquais trabalhou, puseramdepreciam a m i nh a argumentacao.e ) Os procedimenros que os medicos do seculo xx . encarecem niio os furta it caracterizacao de riruais (EverettHughes, co mu nicacao pesso al, (971). A relutancia muitos de encararern o s procedirnentos m edicos com o eprovavelmente ur n reflexo do prestigio medicos,

d e ( com un ic ac eo p es so al ,ou a p re s en t ar h ipo te s es aiternativac.

aumento da c re di bi li da de n a c om u n ic ac aoc cn ot ad as c om

c itan do p ro va s n eg ativ as o uinterpessoal.


3/17


4/17


5/17

Em s u m a , carla n o tic ia a ca rr eta p er ig o s para 0 c orp o red ae to rial e p ara a o rg an iza caojomalistica, Ga da noticia afecta potencialmente a capacidade dos jornalistas no cwnprimentoda s suas tarefas diarias, afecta a sua repu tacao perante os seus e tern influencia noslucros da organizacao. Dad o que 0 jomal e co mposto de m nitas n otie ias, estes p erigo s saomu l ti pl es e omn ip r es en te s ,

II

Os jom al is ta s h rt am contra estas p r e s s O e s ao r e a l c a r a ob je eti vid ad e , a rg ume nt an do qu e ospodem se r minimizados se eles as de t r a b a l h o e le s i den ti fi cam comas no ti c ia s objectivas. Eles de fe nde m q ue , se t o d o s os r e p 6 r t e r e s reani rem e estru tu rarem os fa e to s .de urn modo descompromet ido, imparcial e os prazos s e r n o respeitados processesd i f a I n a c i i o evitados, O s jomalistas pensam qu e a maioria d a s pessoas compreende a i m p o rt ii n c ia d e sprazos, q u a n t o ma i s n a o seja a tr aves des e s t e r e o t i p o s h ollywo od es co s a pmp6sito des procedirnentosjom al is tic os ; s al ie ntam tamb em o s p er ig os d o s p r o c e s s e s de aos es tr anhos a o r o o s s < i oAo fal ar er n da s suas p r6pr ia s experiencias com proeessos de d i f a I n a c i i o , os jomalistas afirmavam que ..haviam sido obj ec ti ve s ma s haviam comet ido u rn e rr o inevitAvel.De um a form a des defend iam q ue 0jom aIi sta d ev e q ue stio na r o s f ac to s indo fonte , ma s a lg un s alegados factos d ev em p urasimplesmente set a ee it es c omo ver dade ir os , 0 fucto de e nc ara rem tn do c om o ques ti on ave l l ev a ad i s J : : m < : 1 t e s como seguinte: Rob er t Jones a sua esposa, Smith derarn ontemq ue eles descreveram como urn cockta i l na sua suposta casa no 187 da Grant St ree t, Ci ty , pre tense -m ente em hon ra de um a s e n h o r a qu e s e d iz c ham ar s en ho ra J oh n tida como ti a doanfitriio,o jo rn alista n av eg a e ntre a d ifam aca o e o d isp ara te a o id en tific ar ob je ctiv id ad e co mfaetos que ele ou observaramou ser verificados,A venncaeaoim plie a a u tiliz ae ao , o u a p ossib ilid ad e d e utilizacao, p ro ee dim en to s a pr op ria do s, c om o 0de te le fo na r p ar a a c on se rv ato ria do registo civil para con firm ar se R ob ert Jo nes era casadocom Sm ith. S e a necessaria m as n a n se rou t ra s es tr a teg i as ,

~) m inha prim eira en trev ista urn j om alis ta (neste case , v ice-presideu te in fo~ na e~ d etelevisso q ue eu o bserv ei d uran te u rn an o) d eram -m e u m ren o acerca da legis~ dos processes de d if am a ca o p ar aestudar , Em discussoes, o s e di to re s e o s reporteres, t an to d o j om al c om o c ia estat;:iiode t el c" s So , f al av amdif~ logo qu e interrogados acerca de probl_ rom qu e o 6rgio de inf~!Ie deparava, Tambem cfereciamin f~ volun lm iam ente acerea de processes de di~ qua ndo in te r rog a dos a c er e a das d i fi cu l da des que baviam

I oa go d a s SUlU c ar re ir as . E x is te n, b as ie ame nt e, d oi s difL~:in tenros ma l ic icsos . Im ag in em os q ue d ois h om en s c ha me do s J oh n B la ck v iv em e m C en tra l C ity . # ; ur n suposte

ma fio so e 0ootro e dono do Central CiJy Bar &: Grill, Ao e se re ve r uma n o ti ci a a ce re a de 1 0 1 m Black, 0suposro mafioso,reperter' a f i r m a el e do Ce nt ra l C it y Ba r Ii John Black, 0 do restaurante , pede i ns ta u ra r um

que e x is ti am 1 0 1 m B la ck s efactos, pede ins taurar u r n p r o ce s so de difumayio c om i nt en to s ma li ci os o s. As maiore s~ s a o a tr ib ui da s e m c as es de dif~ co m in ten to s m alic io so s, m as o s p ro cesses d ifam acso g eral,

resultantes de descu ido , etc ., um de dif~ !Iio t reqOOl l t es emInglaterm de qu e no s Estados Unidos , set seasacionahstas.


6/17

III

objectividade,A16m da v er if ic ac ao d os fa cto s , o s q ua tr o p ro ee dim en to s e str ate gi co s s eg uin te s, e xem -

atributos formais de uma fazem com que a

I.A apresentacdo de possibilidades conflituais. - Os jornalistas tem de ser capazes deractos, muito embora de verdade nao facilmente

verificaveis. Por exemplo, urn senador dos EUA pode afirmar que a America esta a serUniao urn missil 0

rep6rter niio c en se gue , certa men te, co nfirm ar essa afirm aeao a in da an tes d e 0 jo rna l ir para ae acontecer que nunca descobrir para

avaliar are que ponto e que a afirmacao e urn facto. 0 reporter s o pode determiner que 0afirmou Os disse A como mesmo

que < < A s ej a f al sa ,nroblemas leiter quersupestamente saber se a afirmacao (


7/17


8/17


9/17


10/17

artigo


11/17


12/17


13/17


14/17

~Ar'ITn,Ia~"L e os seus membros apoiam 0 homem no devido sell cargo institucionaliza-do , muito em bo ra e le s p os sam d is co rd ar d ele .

U rn a d as a fir ma co es c orta da de u rn artig o q ue W hite escrev era era a d e que o P r es id en teJohnson estava a ficar assustado nas primaries de New Hampshire. 0 adjunto do managingelim inou esta afirm acao , pois ia contra q ua lq ue r e xp erie nc ia p olitic a d iz er que urn

presidente que controls todo 0 poder no seu partido sentiria dificuldades contra urn imprevisi-vel pouco conhecido. Como 0 editor da seccao local, que tambem apoiava McCarthy,explicou: White e suposto ser urn analista politico, e as suas palavras nao foram justificadaspelos faetos, White escrevia disparates hAmuito tempo. Para realcar este ponte, 0 editorreferiu que White a r e a po sta ra c om ele em com o John so n n a o s eria c an did ate n a eleicao deNovembm 0 editor considerou isto urn disparate politico e 0 tomar 0 desejo por realidade,Alem referiu, todos os presidentes do seculo xx se candidataram a urn segundo manda-to, e todos eles tiveram poder suficiente para assegurar a nomeaeao do seu partido, e os

adoram 0poder ,Poder-se-ia concluir que a experiencia organizacional do jomalista 0 predispoe contra

bipoteses que contrariam as suas Do ponte de vista dosas suas experiencias com outras organizacoes durante urn periodo de tempo validam 0 seureduzidos senso comum. Por sense comurm os J"''''''''''''''entendem 0q ue a m aio ria d ele s c on sid era c om o v erd ad eiro , o u d ad o c om o ad qu irid o.

v1

o senso comum desempenha urn papel importante na avaliacao do conteudo noticioso,vez de uma noticia numerosos e senso comum

determina se uma informacao pede ser aceite como facto, Por exemplo, considere-se asprovas aceites facto da comunista.o controverso artigo tivesse referido 0 livre 0 Capital no cenario da estoria, o termo

0 associado comunismoe ec om o u rn liv ro de t eo r ia e conom i ca .Os indocumentadosque ateponte e que 0 news judgement se pode basear no senso comum, Por exemplo, quando se

as de 0 local afirmou: dizG ene M cC arthy faz ap elo ao elem en to in te lectual, Isso e dito nos artigos, m as nao existe

M ~a ~voce transforma-o numa afirmacao banal. Nao sabemos se e verdadeira, Sera correcta, dode vista estatistico'hOs jornalistas nao publicarao como facto af i rmacoes que contradigam 0 senso comum.( 87) relata F. como novato

c ia Hearst International News Service, a seguir a Segunda Guerra Mundial. Uma vez que"p


15/17


16/17

fundamentar ur n facto, 3) utilizararn aspasversao dos

leiter aouma clara

entre os objectives procurados e os alcancados. Tambcm niio existe urna relacao clara entre05 utilizadosEsta interpretacao tern varias implicacoes tcoricasde de que

menlos ritualizados para se protegerem lias criticas. Ele afirma: Ao ensinar, uma actividadecomo ()consequenremente, os prontos a criticar eocorrecta de tratar os problemas torna-se num ritual, tanto Oil rnesmo mais

o a passa parapode-lhes ser, e e , imputado. (pp. 96~97) Ao analisar 0 comportamento

n u a :v.uias pro f i SS{)t:?), Elas podem j;)f7lt!('er um conjunto de controios cmocionai e dfe tnrsm.


17/17

Em suma, Gouldner acusaescondendo-se atras de tecnicas formais. Eleenquanto ritual PoJ',.",fi>nuvl

Outras profissoes actividades equacionam a objectividade com a capacidade de penna-necer suficientemente impessoal para seguir os nrnr-ediment,caso especifico. Por exemplo, posturao advogado que se tern por cliente. A regra ~~E,~"~Vfamiliares tanto medico como os paciernesemocionalmente;o medico poderia nao seguir osprocedimentos medicos uU"4'''''''''V''

Em todos estes a refere-se procedimentos rotina queser exemplificados como atributos formais (aspas, niveis de significancia, precedentes

e que 0 erros e seus criticos. Datermo objectividade esta a ser utilizado defensivamente como ritual estrategico.minhas substanciam conclusao relativa a do termo

objeetividade pelo jornalista, as generalizacoes a outras profissoes e actividades devemestudo sistematico da que fazem do termo dentro

contexte do seu trabalho (,,),

(") Outras afirmacoes feitas sociologos parecem defender esta acusacao. falar da s reaccoes socio-logos do cornportamentc Udry pretende (embora fomeca suplernentares) que os sociologos citarn estudos com conclusoes que eles aprovam, mas poem em causa a metodologia de artigoscujos ofend em os proprios Reynolds factos em rodape,a historia natural uma ficcao cientifica eternizada. Goode (1979) trata a investigacao em tome da marijuana

no contexte da poli tica da realidade. Gouldner (1970, p, 254) sente que reino da objectividade e o rcino dosagrado na s c ie n ci as

( 1 7 ) Os medicos i ns is tem q u e a sua atitude e objectiva- ou medica quando seguem procedimentos carrega-dos significado pcssoal, sejam os Embora Emerson (1970) refirausam terrno objectividade, ela (1970, p. que consequencia da dctmicao medica que 0 pacicntce urn objecto tecnico. E como se 0 pessoal trabalhasse numa linha reparacao de corpos; partes de

e 0 uma tarefa Porprocedimento impessoa l

(")0 reconhecenento objectividade como ritual outros nrnhlemas N"ytm,mfi?Sdos rneios comunicacso de parnculannente Sera que

estrategicos aumentam a credibil idade dos art igos not iciosos? Sera que a sua pratica leva os individucs a comportaou outre? Qual interaccao, que existe, estrategias conteudo?

existe urna interaccao, sera que eta tern influencia na reaccao do publico? Questoes oeste genero tern nao 56 significa-do politico sociologico. mas, excepcao dos estudos da pontescontradirorio- por pp, 113-1 elas aioda exploradas.

90

gaye_tuchman_objectividade_ritual_estratégico

Documents