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GAZETA IMPERIAL Jornal editado pelo Instituto Brasil Imperial Outubro de 2017 - Ano XXII - Número 261 www.brasilimperial.org.br - presidê[email protected] 1

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PARA QUEM GOSTA DE HISTÓRIA DO BRASIL

A VERDADE DO PERÍODO IMPERIAL • Quando D. Pedro II do Brasil subiu ao trono, em 1840, 92% da população brasileira era analfabeta. • Em seu último ano de reinado, em 1889, essa porcentagem era de 56%, devido ao seu grande incentivo a educação, a construção de faculdades e, principalmente, de inúmeras escolas que tinham como modelo o excelente Colégio Pedro II. • A bandeira nacional brasileira tem entre as cores o verde e o amarelo, pois a mãe de Pedro II do Brasil, a Imperatriz Leopoldina idealizou e costurou a primeira bandeira nacional sendo o verde a cor símbolo da casa real dos Bragança e o amarelo da casa real dos Habsburgo. Diferentemente como muitos pensam o verde não representa as matas e o amarelo não representa o ouro. Além disso, seu pai, Pedro I, foi quem compôs o nosso primeiro hino nacional, hoje conhecido como hino da independência. • Pedro II do Brasil é Patrono do Corpo de Bombeiros e da Astronomia. • Em 1887, a temperatura média anual na cidade do Rio de Janeiro foi de 24°. No mesmo ano, a máxima no verão carioca no mês de janeiro foi de 29°. • A Imperatriz Teresa Cristina cozinhava as próprias refeições diárias da família imperial apenas com a ajuda de uma empregada (paga com o salário de Pedro II). • Em 1871, a Imperatriz Teresa Cristina doou todas as suas joias pessoais para a causa abolicionista, deixando a elite furiosa com tal ousadia. No mesmo ano a Lei do Ventre Livre entrou em vigor, assinada por sua filha a Princesa Imperial Dona Isabel. • (1880) O Brasil era a 4º economia do Mundo

e o 9º maior Império da história. • (1860-1889) A média do crescimento econômico foi de 8,81% ao ano. • (1880) Eram 14 impostos, atualmente são 98. • (1850-1889) A média da inflação foi de 1,08% ao ano. • (1880) A moeda brasileira tinha o mesmo valor do

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dólar e da libra esterlina. • (1880) O Brasil tinha a segunda maior e melhor marinha do Mundo, perdendo apenas para a da Inglaterra. • (1860-1889) O Brasil foi o primeiro país da América Latina e o segundo no Mundo a ter ensino especial para deficientes auditivos e deficientes visuais. • (1880) O Brasil foi o maior construtor de estradas de ferro do Mundo, com mais de 26 mil km. • A imprensa era livre tanto para pregar o ideal republicano quanto para falar mal do nosso Imperador. •"Diplomatas europeus e outros observadores estranhavam a liberdade dos jornais brasileiros" conta o historiador José Murilo de Carvalho. • “Schreiner, ministro da Áustria, afirmou que o Imperador era atacado pessoalmente na imprensa de modo que causaria ao autor de tais artigos, em toda a Europa, até mesmo na Inglaterra, onde se tolerava uma dose bastante forte de liberdade, um processo de alta traição". • Mesmo diante desses ataques, D. Pedro II se colocava contra a censura. "Imprensa se combate com imprensa", dizia. • "Quanto às minhas opiniões políticas, tenho duas, uma impossível, outra realizada. A impossível é a república de Platão. A realizada é o sistema representativo [a Monarquia]. É sobretudo como brasileiro que me agrada esta última opinião , e eu peço aos deuses (também creio nos deuses) que afastem do Brasil o sistema republicano, porque esse dia seria o do nascimento da mais insolente aristocracia que o sol jamais alumiou". (Machado de Assis)• A média nacional do salário dos professores estaduais de Ensino Fundamental em (1880) era de R$ 8.958,00 em valores atualizados. • Entre 1850 e 1890, o Rio de Janeiro era conhecido na Europa como “A Cidade Dos Pianos” devido ao enorme número de pianos em quase todos ambientes comerciais e domésticos. • O bairro mais caro do Rio de Janeiro, o Leblon, era um quilombo que cultivava camélias, flor símbolo da abolição, sendo sustentado pela Princesa Isabel. • O Maestro e Compositor Carlos Gomes, de “O Guarani” foi sustentado

por Pedro II até atingir grande sucesso mundial. • Pedro II tinha o projeto da construção de um trem que ligasse diretamente a cidade do Rio de Janeiro a cidade de Niterói. O projeto em tramito até hoje nunca saiu do papel. • Pedro II mandou acabar com a guarda chamada Dragões da Independência por achar desperdício de dinheiro público. Com a república a guarda voltou a existir. • Em 1887, Pedro II recebeu os diplomas honorários de Botânica e Astronomia pela Universidade de Cambridge. • Desconstruindo boatos, D. Pedro II e o Barão/Visconde de Mauá eram amigos e planejaram juntos o futuro dos escravos pós-abolição. Infelizmente com o golpe militar de 1889 os planos foram interrompidos. • Oficialmente, a primeira grande favela na cidade do Rio de Janeiro, data de 1893, 4 anos e meio após a Proclamação da República e cancelamento de ajuda aos ex-cativos. • D. Pedro II tinha 1,91m de altura, quando a média dos homens brasileiros era de 1,70m e mulheres 1,60m. • Na época do golpe militar de 1889, D. Pedro II tinha 90% de aprovação da população em geral. Por isso o golpe não teve participação popular. • José do Patrocínio organizou uma guarda especialmente para a proteção da Princesa Isabel, chamada “A Guarda Negra”. Devido a abolição e até mesmo antes na Lei do Ventre Livre, a princesa recebia diariamente ameaças contra sua vida e de seus filhos. As ameaças eram financiadas pelos grandes cafeicultores escravocratas. • O Paço Leopoldina localizava-se onde atualmente é o Jardim Zoológico. • O Terreno onde fica o Estádio do Maracanã pertencia ao Duque de Saxe, esposo da Princesa Leopoldina. • Santos Dumont almoçava 3 vezes por semana na casa da Princesa Isabel em Paris. • A ideia do Cristo na montanha do Corcovado partiu da Princesa Isabel. • A família imperial não tinha escravos. Todos os negros eram alforriados e assalariados, em todos imóveis da família. • D. Pedro II tentou ao parlamento a abolição da

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escravatura desde 1848. Uma luta contra os poderosos fazendeiros por 40 anos. • D. Pedro II falava 23 idiomas, sendo que 17 era fluente. • A primeira tradução do clássico árabe “Mil e uma noites” foi feita por D. Pedro II, do árabe arcaico para o português do Brasil. • D. Pedro II doava 50% de sua dotação anual para instituições de caridade e incentivos para educação com ênfase nas ciências e artes. • D. Pedro Augusto Saxe-Coburgo era fã assumido de Chiquinha Gonzaga. • Princesa Isabel recebia com bastante frequência amigos negros em seu palácio em Laranjeiras para saraus e pequenas festas. Um verdadeiro escândalo para época. • Na casa de veraneio em Petrópolis, Princesa Isabel ajudava a esconder escravos fugidos e arrecadava numerários para alforriá-los. • Os pequenos filhos da Princesa Isabel possuíam um jornalzinho que circulava em Petrópolis, um jornal totalmente abolicionista. • D. Pedro II recebeu 14 mil votos na Filadélfia para a eleição Presidencial, devido sua popularidade, na época os eleitores podiam votar em qualquer pessoa nas eleições. • Uma senhora milionária do sul, inconformada com a derrota na guerra civil americana, propôs a Pedro II anexar o sul dos Estados Unidos ao Brasil, ele respondeu literalmente com dois “Never!” bem enfáticos. • Pedro II fez um empréstimo pessoal a um banco europeu para comprar a fazenda que abrange hoje o Parque Nacional da Tijuca. Em uma época que ninguém pensava em ecologia ou desmatamento, Pedro II mandou reflorestar toda a grande fazenda

de café com mata atlântica nativa. • A mídia ridicularizava a figura de Pedro II por usar roupas extremamente simples, e o descaso no cuidado e manutenção dos palácios da Quinta da Boa Vista e Petrópolis. Pedro II não admitia tirar dinheiro do governo para tais futilidades. Alvo de charges quase diárias nos jornais, mantinha a total liberdade de expressão e nenhuma censura. • Thomas Edison, Pasteur e Graham Bell fizeram teses em homenagem a Pedro II. • D. Pedro II andava pelas ruas de Paris em seu exílio sempre com um saco de veludo ao bolso com um pouco de areia da praia de Copacabana. Foi enterrado com ele. • A Princesa Isabel já em seu exílio em 1904 foi perguntada por que a família raramente usava as joias Imperiais no Brasil. Princesa Isabel respondeu que tanto ela como sua mãe, sabia que aquelas joias não as pertenciam. Que poderiam usar a qualquer hora em qualquer ocasião, mas raramente enxergavam motivos para usa-las. “Ainda mais se tratando de adornos grandes, pesados e de extrema “arrogância” com nosso povo”. • Em particular a Imperatriz Teresa Cristina sempre foi alvo de jornais e nobres da época por sua simplicidade e falta de capricho em seus trajes e adornos. Sempre muito discreta, só usava suas joias de cunho pessoal, nunca usou as joias do cofre Imperial, as tais “joias da coroa”. A mídia zombava de uma Imperatriz que se vestia como uma senhora de classe média.

Fonte: Biblioteca Nacional RJ, IMS RJ, Diário de Pedro II, Acervo Museu Imperial de Petrópolis RJ, IHGB, FGV, Museu Nacional RJ, Bibliografia de José Murilo de Carvalho

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Príncipe Dom Luiz Philippe de Orleans de Bragança

organiza nova Constituição para o Brasil Alerta Total - Por Jorge Serrão

O movimento Avança Brasil vai apresentar, brevemente, para debate, uma proposta de nova Constituição para o Brasil. A Carta Magna está quase finalizado por uma equipe de livres pensadores e juristas, sob coordenação do cientista político Luiz Philippe de Orleans e Bragança – um dos herdeiros da Família Imperial brasileira tirada do poder pelo golpe de 15 de novembro de 1889. O anúncio foi feito ontem pelo Príncipe, durante a 22ª Edição da Jornada Maçônica do Estado de São Paulo, para um público de 300 maçons, no

auditório da Unisantana. O evento teve a coordenação geral do professor José Renato dos Santos. A base da nova Constituição é republicana e federalista. Ela prevê mecanismos de controle da sociedade sobre a máquina estatal e seus poderes. A intenção estratégica é propor uma Carta que institua pilares para um Estado garantidor da Liberdade exercida pelos cidadãos. O texto irá privilegiar o princípio da subsidiariedade – palavra difícil de pronunciar, mas que significa facilitar a solução de problemas e conflitos pela via do debate civil, e não pela custosa e demorada e judicialização. Outro foco é fortalecer o poder local, nos municípios, comunidades ou distritos. O voto distrital entra na ordem do dia, com voto eletrônico, porém com conferência impressa do resultado. A nova Carta promoverá um choque de descentralização de poder. O plano é adotar princípios do

“Ordo liberalismo” – segundo o qual a função do Estado é garantir a livre iniciativa, impedindo a concentração do poder estatal, no molde “socialista”, “comunista” ou “capitalista de Estado”. Os fundamentos para a nova Constituição estão expostos no livro “Por que o Brasil é um País atrasado?” - que Luiz Philippe lança no próximo dia 5 de outubro, a partir das 19 horas, na Livraria Cultura do Shopping Iguatemi, em São Paulo. Editado pela “Novo Conceito”, com apenas 255 páginas, o livro explica, de forma didática e fácil de entender, soluções possíveis para problemas brasileiros. Luiz Phiippe ressalta: “A melhor arma contra o despotismo de governos e de interesses globalistas é a sociedade comandada por valores explícitos e coesos em pleno exercício de sua soberania e de seu modo de viver em seu território”. O Príncipe Luiz Phillipe defende que precisamos criar mecanismos

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de Democracia Direta de controle da sociedade sobre o Estado. Segundo ele, refletindo a visão do movimento Avança Brasil, a sociedade tem de agir localmente contra a excessiva interferência ilegítima do Estado que tem o monopólio da gestão da coisa pública, marginalizando a sociedade que vive super regulada. Por isso, Luiz Philippe prega: “Não precisamos de salvador da Pátria em pleno século 21. A nova Coisa Pública tem de ser gerenciada entre o corpo do Estado e a sociedade atuante”. Descendente de Dom Pedro I, II e Princesa Isabel, Luiz Philippe de Orleans e Bragança aposta tudo na Nova Constituição que o Avança Brasil oferecerá ao amplo debate: “O Brasil é uma ideia viva que deve ser defendida e protegida”. O Brasil desenvolvido, confiante e soberano não pertence a governo algum e já está rompendo, por contra própria, com a velha política e os dogmas do século 20 que o amarraram na subserviência. “Esse Brasil aguarda nossa resolução para entrarmos de vez para o século 21”. O esboço constitucional do Avança Brasil acolherá contribuições de grupos de estudos não só no mundo acadêmico tradicional, mas

sobretudo de pesquisadores e livres pensadores nas Forças Armadas e no Judiciário. Também conta com material já elaborado por Thomas Korontai, para o Instituto Federalista, no livro “Uma nova Constituição para uma nova Federação”, de 215 páginas, publicado em 2011. O mesmo acontece com conceitos elaborados por Antônio José Ribas Paiva, da União Nacionalista Democrática, na publicação “O Fio da Meada” – estudada nos meios militares. A juventude do MBL vem com tudo para debater a “Carta do Príncipe” (apesar do estranho acordo com o João Dória)... E quem mais estiver disposto a colaborar será bem vindo ao desafio de reinventar o Brasil... O esboço constitucional do Avança Brasil acolherá contribuições de grupos de estudos não só no mundo acadêmico tradicional, mas, sobretudo de pesquisadores e livres pensadores nas Forças Armadas e no Judiciário. Também conta com material já elaborado por Thomas Korontai, para o Instituto Federalista, no livro “Uma nova Constituição para uma nova Federação”, de 215 páginas, publicado em 2011. O mesmo acontece com conceitos elaborados por

Antônio José Ribas Paiva, da União Nacionalista Democrática, na publicação “O Fio da Meada” – estudada nos meios militares. A juventude do MBL vem com tudo para debater a “Carta do Príncipe” (apesar do estranho acordo com o João Dória)... E quem mais estiver disposto a colaborar será bem vindo ao desafio de reinventar o Brasil... Certamente, o debate político e econômico fugirá da viciada pobreza de ideias depois que o movimento Avança Brasil viralizar a Constituição concebida pela equipe coordenada por Luiz Philippe de Orleans e Bragança. Teremos a chance de promover a inédita “Intervenção Institucional” pela via democrática, com toda a legitimidade dada pela pressão direta popular. Os golpistas do Crime Institucionalizado terão bons motivos para mudar do Brasil para o quinto dos infernos... Consertar o Brasil é fundamental para o equilíbrio de um mundo que caminha para guerras extremistas. Por isso, não temos mais tempo a perder... A Nova Constituição nos ajudará a formar um Núcleo Monolítico de Poder que permitirá à sociedade manter a integridade institucional usurpada pelo Crime.

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UMA CRISE REVELADORA. Luís Severiano Soares Rodrigues Os dias sombrios que o país tem vivido nos últimos tempos, trás algumas constatações interessantes e que precisam ser analisadas com atenção para delas se obter a solução dos problemas decorrentes da crise política perene que se vive nesses dias. Mas do que passageira a crise atual condensa os limites a que chegaram à república e o presidencialismo. A primeira por encerrar uma situação curiosa, a crise da democracia envolta em uma constatação de incapacidade dos eleitores se sentirem representados pelos seus “representantes” tanto no legislativo quanto no executivo, o pitoresco e inédito desse momento é a impossibilidade da opção autoritária como solução do problema, portanto diferentemente de 1930 e 1964. Alguns tolos até propuseram uma analogia com a solução de 64, mas se esquecem dos vários escândalos financeiros da época da ditadura, muitos dos quais foram encobertos, na marra, pela censura. Além do quê, nos

momentos finais, o fim da ditadura foi melancólico. Então a solução que se impõe, sem qualquer dúvida, passa pela mudança da forma e do sistema de governo, como meio de se conservar a democracia e se estabelecer o controle da sociedade sobre os elementos políticos representativos, com vistas a se ter uma gestão pública transparente e imune à corrupção. Assim cada vez mais temos a consciência que a representação política tem de ser condicionada a mecanismos experimentados, tais como o sistema eleitoral distrital misto, com mecanismo de “recall”, e com cláusula de barreira, além do voto ser facultativo. Assim os partidos só poderão oferecer um número de candidatos igual ao número de vagas em jogo, i. é. Se um estado tiver 30 cadeiras na Câmara dos Deputados, cada partido, naquele Estado, só terá 30 candidatos 15 na eleição por distrito, nesse caso um candidato por distrito e uma lista de 15 candidatos para as vagas

Proporcionais. Os partidos não poderão aceitar a migração de deputados de outros partidos, uma vez que entendemos a vida partidária como uma opção ideológica, vinculada a um aprendizado, tanto dos candidatos quanto dos eleitores. A cláusula de barreira, em nenhum momento se estabelece como uma forma de acabar com partidos, se é que eles têm consistência ideológica, para tanto eles deverão se mostrar coerentes e presente na vida da sociedade até conseguirem uma votação que os permita obter os lugares nas Câmaras legislativas. Fica claro então que até isso acontecer a persistência ideológica dos membros do partido tem de ser postas à prova. A opção pelo parlamentarismo como sistema de governo vem substituir o engessamento que o presidencialismo representa, pois em se tendo um mau governo, é necessário esperar o seu fim no tempo constitucional, para ele ser substituído. A crise atual mostra que até

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mesmo a existência do mecanismo de impeachment no presidencialismo está comprometido, pois uma parte da sociedade chama de golpe o último impeachment. Se concordar com isso é mais um motivo para se acabar com o presidencialismo, pois ele é vulnerável a “golpes”, e a solução a que se chegou, de fato, também condena o presidencialismo, pois hoje se tem um governo impopular, cheio de membros com sérias acusações nas costas, no entanto, firmemente apoiado no Congresso, à custa de trocas de favores, que o sistema permite. Haja vista, as recusas de se permitir que o presidente e membros do governo sejam investigados, mas mesmo que fosse permitido essa investigação, também se teria mais uma crise iminente, pois um governo interinos, nesse caso do presidente da Câmara dos Deputados, também não teria uma legitimidade plena. E se chegasse a um novo impeachment teríamos um governo tampão eleito pelo Congresso, para nada resolver no pouco tempo restante até o fim do mandato. Ou seja, é o fundo do poço da república e do presidencialismo. A mudança da forma de governo se impõe como corolário para o sucesso do

parlamentarismo, assim a restauração da Monarquia Constitucional, no nosso país seria recomeçar a história, eliminando o capítulo que inaugurou as quarteladas na história do Brasil, e que com o terror se estabeleceu e instaurou a corrupção como elemento perene na história brasileira. Restaurar a nossa dinastia, que tem créditos históricos de sobra para tal, além de uma conduta social ilibada que a recomenda. A opção pela Monarquia Constitucional brasileira se baseia nos exemplos de sucesso de países como Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Reino Unido, Holanda, Japão, Bélgica, Espanha, Luxemburgo, Dinamarca, Suécia, Noruega, etc. Numa reflexão simples, podemos fazer um exercício de análise, e se chegar à conclusão que uma crise como a que se vive atualmente, na nova configuração política não existiria, pois criado o impasse entre o eleitorado e o governo, o chefe do Estado (o Imperador), dissolveria a Câmara dos deputados e se convocaria uma nova eleição, para o povo escolher novos representantes e uma nova maioria se formaria, cujo líder seria chamado pelo chefe do Estado a formar um novo gabinete para governar o país. Ou seja,

no parlamentarismo, tem de haver uma maioria para se formar um governo e não o contrário, como nós vivemos, um governo é eleito e depois a troco de barganhas e cargos se forma a maioria. A opção parlamentarista também se impõe quanto ao profissionalismo da administração pública, para haver continuidade administrativa, mesmo que haja instabilidade política transitória. Assim muda-se o governo, mas os cargos administrativos são exercidos por funcionários profissionais, sujeitos a metas de desempenho e resultados, ou seja, não existe a briga por cargos de primeiros, segundos, terceiros e quartos escalões como existe hoje, e que condiciona o apoio político hoje. Como a república chegou ao fundo do poço, recomenda-se que ela fique por lá, e cremos que ela não tem forças, após 128 anos de crise permanente de lá sair. Tudo recomenda as mudanças acima propostas, para se dar uma chance do povo brasileiro de conseguir sai do grande buraco de exclusão e desrespeito em que se encontra. Temos de ter coragem para mudar e mudar para melhor.

O Autor é Economista e Historiador.

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O PREFÁCIO DE UMA PRINCESA CRISTÃ. Luís Severiano Soares Rodrigues

Dos Açores nos chega a notícia da

existência do livro: Açores – Jesus –

Menino Presente, de autoria de José de

Almeida Mello. Esse trabalho inventaria o

acervo artístico religioso do arquipélago

português que tem como tema a figura do

Menino Deus que veio para salvar o

mundo, o acervo trabalhado compreende o

período do século XVI ao XX, e relaciona

as peças nos templos católicos e nas

coleções públicas e privadas espalhadas

por todas as ilhas, mas que curiosamente

apresentou uma concentração na ilha de

São Miguel, especificamente em Ponta

Delgada, a sua capital. Esse Trabalho visa

chamar a atenção para a preservação, a

divulgação e a valorização desse

patrimônio religioso que expressa a fé do

povo açoriano, e que o acompanha e

protege ao longo da epopéia açoriana como

expoente do começo da expansão

portuguesa pelo mundo. O autor solicitou a

uma princesa cristã que fizesse o prefácio

da obra, a escolhida foi uma apaixonada

pelos Açores, no caso Dona Walburga de

Habsburgo-Lorena Tasso de Saxe-Coburgo

e Bragança esposa de D. Carlos Tasso de

Saxe-Coburgo e Bragança. A escolha não

poderia ser mais apropriada, pois como

descendente dos Imperadores da Áustria,

que são Majestades Apostólicas e casada

com um descendente dos reis de Portugal,

que são Majestades Fidelíssimas, fica

patente a ligação com a Santa Igreja

Católica Apostólica Romana, que

representa a fé em Deus Pai e Deus Filho

na Terra, para a salvação dos seres

humanos, inclusive devemos lembrar que

D. Carlos é bailio-grã-cruz de honra e

devoção da Soberana Ordem Hospitalária

de Malta, uma ordem católica para a defesa

da fé e ajuda aos necessitados. Aqui

disponibilizamos o referido prefácio, que

por si só já recomenda a leitura do livro

que vem a ser uma bela edição de livro de

arte e fé. O autor descende dos Souza

Medeiros, originários de Ponta Delgada,

que vieram povoar o Rio Grande do Sul.

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Encontros Monárquicos no Sudeste. Da Redação.

O dia 07 de outubro marcou a realização de

dois importantes eventos monárquicos na

região sudeste, o primeiro foi o I Encontro

Monárquico Fluminense, realizado pelo

Círculo Monárquico do Rio de Janeiro, nas

dependências da Aposvale (dos

funcionários da Vale), e contou com a

presença de muitos monarquistas de várias

instituições monárquicas do Estado, sendo

o Instituto Brasil Imperial representado

pelo Conselheiro Luís Severiano Soares

Rodrigues 0s trabalhos foram abertos pelo

Chanceler Dr. Bruno Hellmut, ao que se

seguiram diversas palestras, as quais

foram: A OIB e a sua atuação, por Rodrigo

Brasileiro, vice-líder da Organização

Império Brasileiro. Interessante histórico

dessa organização que prima pela

cooperação entre as diversas organizações

de defesa do ideal monárquico brasileiro.

Os monarquistas nas eleições de 2018, por

João Pedro Figueira de Mello, ex-deputado

estadual. A Monarquia nas mídias sociais,

por Rodrigo Moglia, produtor de conteúdo

nas mídias sociais. Análise da Constituição

Espanhola, pelo advogado Fábio Amaral A

monarquia como símbolo da unidade

nacional, o exemplo da Alemanha. Prof.

Pedro Lucas Araújo. Por que defender o

parlamentarismo monárquico, Gabriel

Ferraz, também advogado e que fez uma

interessante argumentação na defesa do seu

tema. Os trabalhos foram encerrados por

S.A.I.R. Dom Antônio, irmão do augusto

Sr. Dom Luiz, de jure, Imperador do

Brasil. Que de grande apoio aos

expositores e saldou a todos os presentes.

O outro evento realizado foi o Seminário:

Brasil – O Resgate de Uma Nação, pelo

Círculo Monárquico de Juiz de Fora, que

se deu nas instalações do Museu do Crédito

Real, que foi aberto pelo presidente do

Círculo, economista Ohannes Kabderian ao

que se seguiram as seguintes palestras: O

Brasil no sec. 19, Antecedentes e

Desenvolvimento, pelo prof. Rogério da

Silva Tadjer, prof. aposentado da

Faculdade de Valença, que cremos seja

hoje o decano dos monarquistas brasileiros

e esteve presente ao retorno de D. Pedro

Henrique e família em 1945 no Porto do

Rio de Janeiro. Tese, Antítese e Síntese na

Moldura institucional Brasileira, pelo

economista Gastão Reis Rodrigues Pereira,

descendente do Barão de Pouso Alegre e

antigo presidente do Movimento

Parlamentarista Monárquico no Rio de

Janeiro, à época do Plebiscito. No evento o

mesmo aproveitou par lançar o seu livro

“A Falência da Res Pública”. O Império

Verde amarelo: Breve histórico da

Grandeza e Decadência da Bandeira

Brasileira, pelo prof. Luís Fajardo Pontes

da UFJF.

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