geografia 4º teste
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Geografia (4º teste)
1º PACPERCEBER O CONTEXTO DE CRIAÇAO:A PAC surge num contexto de pós-guerra e em que a Europa passava por um cenário de crise
agrícola e escassez de alimentos. Assim a PAC foi criada para incentivar a agricultura europeia a produzir o suficiente para o abastecimento interno. A penúria social exigia que o PAC incentivasse e muito na produção agrícola.
Como a primeira PAC incentivou a produção e com o apoio dos 3 pilares da PAC conseguiu-se acabar com a escassez de alimentos e até passar para a situação inversa que foi a produção excessiva. Este objetivo foi conseguido a custa do ambiente e o excesso de produção trouxe outros problemas que era importante resolver. Estes problemas deram forçosamente numa reforma, a reforma de 1992.
Os seus objetivos são:Incentivo à produção através do desenvolvimento de técnicas agrícolas e da investigação;Agronómica, fortemente apoiada na indústria investimentos aos agricultores, através da
adoção de ajudas diretas;Garantia de escoamento dos produtos no mercado, de preços garantidos aos produtores e de
proteções aduaneiras aos produtos comunitários;
PILARES/PRINCÍPIOS DA PAC
RESULTADOS:-A produção agrícola triplicou;- Reduziram-se a superfície e a mão-de-obra utilizada; - Aumentaram a produtividade e os rendimentos dos agricultores.Assim a comunidade concretizou o seu objetivo e passou de autossuficiente a excedentária a
nível alimentar.
PROBLEMAS GERADOS PELA 1º PAC: Grandes desequilíbrios nos mercados, persistindo os desajustes entre a oferta e a
procura que se traduziram no aumento crescente dos excedentes; Grandes problemas sociais, como o desemprego, e ambientais, motivados pela prática
de uma agricultura intensiva que levou à sobreexploraçao dos solos, sobretudo os com maior aptidão agrícola;
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Problemas ao nível da segurança e qualidade dos Alimentos; (excesso de químicos) Aumento das assimetrias no espaço comunitário, onde os países com economias
menos desenvolvidas eram os mais prejudicados.
MEDIDAS DE CONTROLO DA OFERTA:
O desajustamento da PAC face aos mercados e aos seus custos de funcionamento levaram a sucessivas alterações na PAC, tendo sido tomadas algumas medidas, de maneira a que foram sendo introduzidas sucessivas alterações.
Sistema de quotas: inicialmente aplicado ao sector do leite que estabelece um limite de produção para cada país. Set-aside: sistema de retirada de terras aráveis, pousio forçado, ou seja, os agricultores
eram “convidados” a não produzir, mas nos anos em que não produziam, a UE pagava-lhes. Por isso resolviam-se os problemas ambientais e os de excesso de produção.
1º REFORMA DA PAC:
Tem como principal objetivo o reequilíbrio entre a oferta e a procura (evitar os excessos de produção) e a promoção de um maior respeito pelo ambiente (como o agricultor só produzia, não pensava no desgaste dos solos).
Objetivos:
Redução dos preços; Diminuir os custos que estavam a ter com a PAC (diminuição dos encargos); Decréscimo dos excedentes (diminuir os excedentes de produção); Concessão de subsídios aos agricultores que desenvolvam uma agricultura menos
intensiva e que procedam a florestação do solo agrícola.
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RESULTADOS:
Esta reforma teve muito sucesso porque evitou os excessos de produção mas não foi bem-sucedida no que respeita ao ambiente.
2º REFORMA DA PAC- AGENDA 2000:
Nos anos anteriores a 2000, foram pensadas algumas medidas que conduziram á reforma nesse ano. Esta reforma ficou conhecida por “Agenda 2000”.
A agenda 2000 surge com o objetivo prioritário de preparar a agricultura da U.E para o alargamento da U.E que se iria dar em 2004 (ano em que entraram 10 estado membros).
Nesta reforma, que não foi muito profunda, continuaram-se algumas medidas da reforma de 1992, ou seja, controlar a produção e respeitar o ambiente.
A reforma de 2000 reforçou as alterações feitas em 1992, dando prioridade ao desenvolvimento rural, á segurança alimentar, ao bem estar-animal, á melhoria do ambiente e á promoção de uma agricultura sustentável. (protege os recursos para as gerações seguintes)
Instrumentos inovadores:
Condicionalidade: conjunto de exigências ambientais cujo não cumprimento, por parte dos agricultores, leva ao não pagamento integral das ajudas;(para receber os fundos tinham que respeitar o ambiente)
Modulação facultativa: redução das ajudas diretas e a sua canalização para o desenvolvimento rural.(tirava aos ricos para dar aos pobres, retirar as ajudas comunitárias aos agricultores ricos e envia-las para as áreas rurais)
As preocupações ambientais e a segurança alimentar surgem agora como as linhas orientadoras fundamentais de toda a PAC, não descurando a coesão social e a competitividade dos produtos. A agricultura vale pelo que produz mas também pelo emprego, pelo ambiente e por segurar as pessoas às áreas rurais.
A AGRICULTURA VISTA PARA ALÉM DA FUNÇAO PRODUTIVA:
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Resultados
Apesar das suas potencialidades, as medidas implementadas não foram suficientes (a
reforma com mais sucesso foi a de 1992) para resolver problemas como a falta de competitividade no mercado mundial, a desigualdade na repartição dos apoios entre os produtores e entre regiões e a pressão ambiental resultante dos sistemas intensivos. (não usam pousio, e o set-aside obriga a haver pousio)
Nesta reforma da PAC, dá-se uma enfase muito elevada a este segundo pilar (desenvolvimento rural). Baseia-se nos seguintes princípios:
Multinacionalidade da agricultura: ou seja, as diversas funções que desempenha, para além da produção de alimentos. Isto implica o reconhecimento da vasta gama de serviços prestados pelos agricultores e o incentivo a essas atividades; (inventiva--se a pluriatividade)
Abordagem multissectorial e integrada da economia rural: a fim de diversificar as actividades, criar novas fontes de rendimento e emprego e proteger o património rural; (a ideia é o agricultor estar menos dependente da agricultura)
Flexibilização dos apoios ao desenvolvimento rural, baseada no princípio da subsidiariedade e destinada a favorecer a descentralização, a consulta á escala regional e local e o funcionamento em associação;
Transparência na elaboração e gestão dos programas, a partir de uma legislação simplificada e mais acessível.
A 3º REFORMA DA PAC:
Uma vez que a reforma de 2000 não teve o resultado previsto, a U.E pensou em reformar novamente a PAC, isso aconteceu em 2003. Porem, em 2003 as medidas tomadas foram inspiradas na reforma de 2000.
O Grande objetivo destas duas reformas passou por incentivar o desenvolvimento rural, esse passou a ser um pilar importante. A PAC pós 2000 passou a ser designada por “NOVA PAC” devido á atenção sobre o ambiente (a agricultura não tem que ser agressiva ambientalmente) e sobre o desenvolvimento rural.
Novos desafios:
Necessidade de aumentar a competitividade da agricultura comunitária face às perspetivas de expansão do mercado agrícola mundial;
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Deficiente ordenamento do espaço rural e predomínio de práticas intensivas, nefastas para o ambiente e para a segurança alimentar
Necessidade de afirmar e valorizar a diversidade da agricultura europeia; Alargamento da UE a Estados em que o setor agrícola tem ainda grande importância
e terá de se adaptar às normas e orientações comunitárias; Defesa da PAC nas negociações internacionais, no quadro da OMC.
Estas são as razoes que justificaram a reforma.
Objetivos:
Aprofunda as metas da agenda 2000 e reforça a política de desenvolvimento rural. Introduziu não só a modulação, o desligamento das ajudas, o pagamento único, mas também a condicionalidade como elemento fundamental no pagamento dos apoios ao rendimentos dos agricultores, nomeadamente o pagamento único e restantes pagamentos diretos.
Nesta reforma é introduzido um sistema de apoio ao rendimento dissociado (diferente) da produção para cada exploração agrícola. Há assim um pagamento único as explorações desligado da produção e condicionado pelo respeito pelas normas ambientais, de segurança alimentar, de sanidade animal e vegetal e de bem-estar dos animais.
Vivia-se um período em que alimentação era afetada por muitas doenças principalmente nas carnes, Ex: doença das vacas loucas.
Enquanto na reforma da PAC de 1992 foram introduzidas as ajudas diretas á produção e estabeleceu-se quantidades máximas por área ou cabeça susceptiveis de serem apoiadas (por
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exemplo, o pagamento das ajudas era feito em função da área efetivamente cultivada de determinadas culturas, como os cereais), na nova PAC o agricultor pode receber ajudas, por exploração, independentemente de a cultivar ou não, desde que mantenha as terras em boas condições ambientais.
Por isso não há obrigação de cultivar para receber ajudas, são obrigados a proteger o ambiente. Desta forma:
O agricultor pode, por exemplo, deixar de cultivar, mas para receber a ajuda terá que ter as suas terras em boas condições ambientais e agrícolas (condicionalidade);
O agricultor pode proceder á reconversão cultural, desde que opte pelo cultivo de cereais ou por culturas forrageiras (produção pecuária) e não por culturas hortícolas ou permanentes.
PRINCIPAIS ELEMENTOS DA NOVA PAC:
Num pagamento único por exploração para os agricultores, independentemente da produção;
Num regime de condicionalidade, que visa conservar a paisagem rural, através de normas de ambiente;
Num reforço das medidas comunitárias de apoio ao desenvolvimento rural; Num regime de modulação para o financiamento do desenvolvimento rural; Numa estabilização dos mercados.
A RELEVANCIA SOBRE O DESENVOLVIMENTO RURAL:
Esta nova PAC da novamente relevância ao desenvolvimento rural, considerando que esse desenvolvimento deve ter como objetivos, por exemplo, o decréscimo do êxodo rural, o combate á pobreza, a criação de emprego, a igualdade de oportunidades e a melhoria do bem-estar da população.
Assim o desenvolvimento rural visa:
A modernização das explorações agrícolas; A segurança dos produtos alimentares; A existência de rendimentos estáveis e equitativos para os agricultores; Fomentar a consideração pelos desafios ambientais; O desenvolvimento de atividades complementar e/ou alternativa para
atenuar/impedir o êxodo rural e reforçar o tecido económico e social nas áreas rurais;
A valorização da população ativa agrícola;
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AGRICULTURA BIOLOGICA:
Esta forma de agricultura faz a união entre uma agricultura tradicional e uma agricultura moderna. Tradicional porque se usam métodos antigos e no entanto, também estão presentes a investigação tecnológica e a inovação.
A agricultura biológica é um modo agrícola “amigo” do ambiente, nesta não se usam produtos que possam prejudicar o ambiente.
ESTABELECER A RELAÇAO ENTRE ESTA E O DESENVOLVIMENTO RURAL (NOVA PAC):
A agricultura biológica é um sistema de produção que visa a manutenção da produtividade do solo e das culturas, para proporcionar nutrientes as plantas e controlar as infeções, parasitas e doenças, com utilização preferencial de rotação de culturas, adição de subprodutos agrícolas (estrumes, leguminosas, detritos orgânicos, rochas ou minerais triturados) e controlo biológico de pragas, evitando-se assim o uso de fertilizantes e pesticidas de síntese química, reguladores de crescimento e aditivos nas raçoes.
Tem três objetivos:
Evitar a poluição provocada pelos adubos e pelos pesticidas; Preservar os solos, usando fertilizantes naturais; Produzir alimentos de qualidade, com valor nutritivo e inofensivo para a saúde.
Assim, a agricultura biológica corresponde a um outro modo de fazer agricultura: mais seguro, sustentável, e de acordo com as expectativas dos consumidores.
PORTUGAL E A AGRICULTURA BIOLOGICA:
Portugal tem excelentes condições para a agricultura biológica, o minifúndio, a formação dos nossos agricultores em práticas tradicionais, e a existência de mercado para produtos biológicos.
A INTEGRAÇAO DA AGRICULTURA PORTUGUESA NA PAC:
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O sector agrícola sempre foi um motivo de preocupação nacional, mesmo quando Portugal pediu adesão á CEE. A agricultura era um sector com grande importância económica e social. Apesar da elevada importância do sector, as deficiências estruturais condicionavam o seu desenvolvimento, o que traduzia a uma baixa produtividade e um baixo rendimento, face aos países da Europa Ocidental.
Estas fragilidade da agricultura portuguesa forma reconhecidas no programa de Pré-adesão e no Tratado de Adesão, o que permitiu uma integração em duas etapas:
As sucessivas alterações da PAC vieram tornar mais difícil a integração do sector agrícola português, e este teve de se confrontar com dificuldades acrescidas, como:
Sofreu limitações á produção, pelo sistema de quotas, na sequência de um excesso de produção para o qual não havia contribuído;
Foi desfavorecido pelo sistema de repartição de apoios, feito em função do rendimento medio e da área de exploração;
Os investimentos nos projetos co-financiados por fundos comunitários levaram ao endividamento dos agricultores, agravado pelas taxas de juro bancário;~
A obrigatoriedade de comprar produtos á comunidade, que fez com que Portugal fosse “invadido” por produtos dos outros países e com os quais não conseguia competir.
O QUE PODE SER FEITO PARA REFORÇAR A COMPETITIVIDADE DA AGRICULTURA NACIONAL:
Para aumentar a produtividade e a competitividade é preciso modernizar os meios de produção e de transformação, e para isso é necessário investir em tecnologia produtiva (maquinas, material de transporte, sistemas de rega e de controlo da temperatura, humidade ou dosagem de raçoes/fertilizantes, etc.) e em infraestruturas (sistemas de drenagem, caminhos, armazenamento e distribuição de agua).
RESTRUTURAR AS EXPLORAÇOES
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1º
Decorreu ate 1990 . Integrou no PEDAP- Programa Especifico de Desenvolvimentoda Agricultura
Portuguesa-, cujo principal objectivo era promover uma modernizaçao acelerada nos primeiros anos, para mais facilmente enfrentar a posterior abertura ao mercado
europeu. É uma especie de 2º divisao. para se adaptar as exigencias da PAC, passou por uma pré-PAC, PEDAP.
2º
Foi marcada pela pela concretizaçao do Mercado Único (1993) que, ao
estabelecer a livre circulaçao de produtos, expos prematuramente o mercado portugues á concorrencia
externa.
A modernização é dificultada pela pequena dimensão das explorações. O aumento da dimensão das explorações poderá conseguir-se pelo emparcelamento- agrupamento de parcelas ao nível da propriedade, do direito de uso, ou do cultivo --, que permitirá melhorar a organização da produção e a rendibilidade dos fatores de produção (torna mais competitiva).
MELHORAR A PRODUÇAO E A TRANSFORMAÇAO:
A produção terá de responder às necessidades de mercado (adequar a produção), respeitando as preferências dos consumidores, explorando vantagens e complementaridades, apresentando novos produtos ou revalorizando produtos tradicionais, em particular os que melhor se adequam às condições naturais ou constituem a alternativa a outros cujo mercado está saturado.
Produzir com qualidade é uma forma de afirmação no mercado nacional e europeu. Apostar em produtos que podem ser certificados e produzi-los de acordo com as respetivas normas de qualidade é uma forma de ganhar competitividade.
DOP- Denominação de Origem Protegida- o produto tem características comprovadas que só podem resultar do ambiente natural e do saber-fazer dos produtos da região a que esta associado (certificar produtos que vem de determinadas localidades e que se reconhece qualidade).
VALORIZAR OS RECURSOS HUMANOS:
Valorizar os recursos humanos, através do rejuvenescimento da população agrícola e do aumento do seu nível de instrução e qualificação profissional.
Este rejuvenescimento dependerá da criação de condições de vida atrativas á fixação da população jovem e de condições pra que os jovens se possam dedicar á atividade agrícola, total, ou parcialmente, ou a outras atividades. A fixação de população jovem +e fundamental para o desenvolvimento rural sustentável.
É fundamental elevar o nível de instrução e de qualificação dos agricultores, pois o uso de novas tecnologias, a necessidade de preencher formulários de candidaturas a ajudas, créditos e subsídios e de apresentar projetos para obter financiamentos ou as negociações com parceiros comerciais exigem cada vez mais preparação.
O aumento da escolaridade obrigatória e a criação de polos de ensino profissional são contributos para melhorar a formação académica e profissional da população agrícola.
REDUZIR O IMPACTO AMBIENTAL:
Incentiva a agricultura biológica.
A agricultura normal causa, contaminação de solos e de águas subterrâneas e superficiais, pois o uso de pesticidas em geral e a fertilização do solo com nitratos e fosfatos onde a agricultura é mais intensiva, poderão agravar a situação.
A diminuição do pousio, a passagem de sequeiro para regadio, o aumento da frequência de mobilização dos solos e da utilização de instrumentos mais potentes contribuem para a erosão dos solos e a diminuição da qualidade do habitat de muitas espécies.
FOMENTANDO PRATICAS ECOLOGICAS
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A prática de agricultura biológica integra-se na perspetiva de produzir com mais qualidade, preservando os recursos e protegendo o meio natural, ou seja, de forma sustentável. O número de produtores que aderiram a este modo de produção tem vindo a aumentar em Portugal, assim como a variedade dos produtos.
Considerando que a europa é ainda deficitária neste tipo de produtos, a produção biológica pode constituir uma forma de aumentar a competitividade da agricultura portuguesa.
A agricultura biológica permite diversificar os rendimentos dos agricultores e então promove o desenvolvimento das áreas rurais.
NOVAS OPORTUNIDADES PARA AS AREAS RURAIS:
Qualquer polo industrial é importante em qualquer lugar do país mas especialmente no interior, uma vez que aqui faltam oportunidades de emprego.
A indústria pode vir a ser uma solução para o interior, de maneira a evitar o despovoamento. Nas áreas rurais são frequentes as indústrias associadas a:
Produção agro-pecuaria; Exploração florestal; Extração e transformação de rochas e minerais.
A atividade industrial a fixar-se nas áreas rurais deve, numa primeira, associar-se aos recursos endógenos (recursos locais), aos produtos tradicionais e a atividades como a agricultura, a pecuária, a exploração florestal, as rochas ornamentais, etc. Assim esta atividade deve basear-se:
Na utilização de uma mão-de-obra intensiva, para aproveitar a população ativa local, mas de maneira a não haver abandono da agricultura e da pecuária;
No aproveitamento dos recursos locais, mas sem haver uma excessiva exploração dos recursos naturais;
Na redução da poluição, de modo que se continue a preservar a qualidade ambiental das áreas rurais.
Ao criar emprego, direta e indiretamente, a indústria contribuirá para fixar e atrair população, gerando importantes efeitos multiplicadores (uma fabrica a movimentar tanta população atrai outras atividades económicas).
Assim, a fixação da população e o decréscimo do êxodo rural acabarão por ser uma consequência da instalação da industria nas áreas rurais, em particular, e no interior, em geral, a qual contribuirá para uma redução das tradicionais assimetrias regionais que caracterizam o país. Assim, traduzirá:
Uma melhoria das condições de vida e da população, uma vez que provocará, necessariamente, a construção de novas habitações para a população, a melhoria e o aumento da atividade comercial, de escolas, de serviços administrativos, de saúde, de infraestruturas de saneamento básico, etc.
TER- TURISMO NO ESPAÇO RURAL:
O turismo e outras atividades recreativas e de lazer nas áreas rurais só muito recentemente começaram a ser procurados enquanto espaços alternativos de férias, lazer e recreio. Estas
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constituem cada vez mais uma alternativa ao turismo de sol, mar e praia, através, por exemplo, do Turismo em Espaço Rural (TER). (Cria emprego e gera qualidade de vida)
Em termos regionais, verifica-se que as regiões com mais estabelecimentos de TER são as que têm um menor leque de ofertas turísticas, o que pode então constituir uma mais-valia para a região, pois funciona como polo atrativo. Assim a região norte é a que apresenta o maior número de estabelecimentos seguida da região Centro.
Nas áreas onde o TER se tem desenvolvido é já possível constatar a sua contribuição positiva para a economia da região. Esta melhoria traduz-se, por exemplo, por:
Pluriatividade; Manutenção dos rendimentos dos agricultores; Apoio á arte e ao artesanato local; Recuperação do património histórico.
Assim, o TER tem um papel fundamental no desenvolvimento das áreas rurais uma vez que:
Permite às populações locais melhorarem a sua qualidade de vida, pois transfere rendimentos para regiões menos favorecidas;
Incentiva a construção de infraestruturas e equipamentos de apoio; Gera emprego e fixa a população local; Aumenta o intercâmbio cultural; Permite a preservação do património histórico e cultural.
MODALIDADES DE TURISMO EM ESPAÇO RURAL:
Casas de Campo:
São consideradas casas de campo as casas rurais e abrigos de montanha onde se preste hospedagem, independentemente de o proprietário nelas residir. Integram-se na arquitetura e ambiente característicos da região, pela sua traça e pelos materiais de construção.
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