geografia 8º ano segundo bimestre

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Geografia 8º ano – 2º bimestre - Prof. Evaldo Regiões Culturais de um País de Escala Continental Aziz Nacib Ab’Saber Uma busca velada para o reconhecimento de áreas culturais, em um país de escala continental, vem ocorrendo desde os meados do século. Não se pode negar, entretanto, que a efetiva identificação de regiões ou células culturais modernas, diferenciadas por critérios antropológico-culturais, vem sendo relegada ao improdutivo compartimento das tarefas para o futuro. Ao longo do tempo, desde o século XVI, sucederam-se experiências classificatórias, sob os mais diferentes critérios e exigências de modelos administrativos (...) E, mais recentemente, uma fértil classificação de domínios morfoclimáticos e fitogeográficos. Da genialidade de um Martius — como fruto maduro de suas viagens — ficou estabelecido em mapa o mosaico básico dos grandes domínios de natureza no Brasil (1858). Detalhamentos e acréscimos importantes foram produzidos por Saint Hilaire em suas numerosas viagens pelo interior do país. À primeira geração de viajantes naturalistas sucederam-se as observações pontuais de Darwin, as mal-sucedidas investigações de Louis de Agassiz, e as múltiplas e fragmentarias pesquisas de Hartt. Entrementes, a difusão dos conhecimentos pioneiros acumulados sobre os domínios de natureza foi quase zero, por quase um século. Pelo contrário, o conhecimento ficou circunscrito ao círculo restrito dos eruditos, através de uma consciência epidérmica e muito pouco criativa. Governantes, políticos e burocratas preferiram sintetizar o território total pela ótica do estadualismo e unidades administrativas. Quando muito se atreveram a falar no arquipélago brasileiro, centrando-se na ausência de integração das diferentes regiões humanizadas, relativamente separadas entre si, numa visualização puramente demográfico-social de uma certa época. Outros reduziram o tratamento do espaço total sob a simbólica e inútil designação de “dois Brasis”. No ensino, por um tempo que atinge até a década dos 40 do presente século, imperou uma vigorosa e improdutiva geografia descritiva, centrada em uma infindável nomenclatura de acidentes naturais, em divisões simplificadas e genéricas dos

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Geografia 8º ano – 2º bimestre - Prof. Evaldo

Regiões Culturais de um País de Escala ContinentalAziz Nacib Ab’Saber

            Uma busca velada para o reconhecimento de áreas culturais, em um país de escala continental, vem ocorrendo desde os meados do século. Não se pode negar, entretanto, que a efetiva identificação de regiões ou células culturais modernas, diferenciadas por critérios antropológico-culturais, vem sendo relegada ao improdutivo compartimento das tarefas para o futuro.

    Ao longo do tempo, desde o século XVI, sucederam-se experiências classificatórias, sob os mais diferentes critérios e exigências de modelos administrativos (...) E, mais recentemente, uma fértil classificação de domínios morfoclimáticos e fitogeográficos.

            Da genialidade de um Martius — como fruto maduro de suas viagens — ficou estabelecido em mapa o mosaico básico dos grandes domínios de natureza no Brasil (1858). Detalhamentos e acréscimos importantes foram produzidos por Saint Hilaire em suas numerosas viagens pelo interior do país. À primeira geração de viajantes naturalistas sucederam-se as observações pontuais de Darwin, as mal-sucedidas investigações de Louis de Agassiz, e as múltiplas e fragmentarias pesquisas de Hartt. Entrementes, a difusão dos conhecimentos pioneiros acumulados sobre os domínios de natureza foi quase zero, por quase um século. Pelo contrário, o conhecimento ficou circunscrito ao círculo restrito dos eruditos, através de uma consciência epidérmica e muito pouco criativa. Governantes, políticos e burocratas preferiram sintetizar o território total pela ótica do estadualismo e unidades administrativas. Quando muito se atreveram a falar no arquipélago brasileiro, centrando-se na ausência de integração das diferentes regiões humanizadas, relativamente separadas entre si, numa visualização puramente demográfico-social de uma certa época. Outros reduziram o tratamento do espaço total sob a simbólica e inútil designação de “dois Brasis”.

            No ensino, por um tempo que atinge até a década dos 40 do presente século, imperou uma vigorosa e improdutiva geografia descritiva, centrada em uma infindável nomenclatura de acidentes naturais, em divisões simplificadas e genéricas dos diferentes quadrantes do território. Quando não se fazia — ao não ser — uma divisão simplista e teimosamente tripartite dos planaltos e planícies do grande e mal conhecido país. De qualquer forma, nessa faixa dos domínios da natureza, foi lenta e sofrida a retomada dos conhecimentos pioneiros, iniciados pelos grandes viajantes e naturalistas do século passado. Todas as constituições brasileiras falaram apenas em uma divisão do espaço que comportava Estados, territórios e municípios. Enquanto a Constituição de 1988, ao intentar uma inovação, considerou como patrimônio nacional apenas a Amazônia, o Pantanal Mato-Grossense, as matas atlânticas e a Serra do Mar, numa prova de empirismo e falta total de responsabilidade intelectual e científica de toda uma geração de constituintes, provenientes de diferentes áreas do país.

            No vasto conjunto das Américas, entretanto, muito cedo se pode reconhecer áreas culturais de grupos étnicos e linguísticos primários, herdadas da Pré-História (...) Pesquisas linguísticas e culturológicas que envolveram cientistas alemães, franceses, norte e sul-americanos, incluindo numerosos brasileiros, nas ultimas décadas. Mas persiste o contraste entre o mapa das áreas culturais dos grupos humanos do passado

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em relação ao esperado mapeamento das áreas culturais modernas. As raízes dessa discrepância são múltiplas e até certo ponto justificáveis pelo fato de envolverem sérias questões têmporo-espaciais e de dinâmica populacional. É certo que em seu espaço total um pais das dimensões e ordem de complexidade como o Brasil apresentará mapas de áreas culturais bastante diferenciados entre si, no seu detalhamento regional e sub-regional. Ninguém se lembrou que ao sabor amargo do subdesenvolvimento e das sucessivas correntes de migrações internas, e injeções de grandes contingentes de imigrantes procedentes das mais variadas regiões do mundo, tudo se complica para a tarefa de elaboração do quadro das áreas culturais modernas. Na ausência desses quadros de referencia temos que realizar um desesperado esforço de recomposição dos cenários perdidos, levando em conta os momentos que precedem de imediato as grandes rupturas, responsáveis por modificações e aceleração de processos diferenciadores.

Uma outra abordagem disponível é aquela introduzida por Bernard Kayser, referente as divisões dos espaços geográficos e econômicos dos países subdesenvolvidos. Na base de critérios múltiplos, o grande geógrafo de Toulouse reconheceu nos países do Terceiro Mundo — e, sobretudo, naqueles dotados de grandes espaços geográficos — uma serie de tipos de regiões, dotadas de características e problemas bastante diferentes. Baseado em seus conhecimentos sobre diversos países sujeitos a um desenvolvimento desigual, Kayser reconheceu regiões indiferenciadas, regiões submetidas a planejamentos revitalizadores, regiões de especulação agrícola, bacias urbanas e regiões de organização complexa, ditas auto-organizadas. Trata-se de uma tipologia genérica de especialização que, sujeita a algumas modificações e adaptações, pode ajudar em muito o entendimento das funções, jogo de infra-estruturas e problemas sociais, econômicos e ambientais do conjunto dos setores que compõem os países subdesenvolvidos. Um classificação que de resto possui um grande potencial de aplicabilidade a um país com as características do Brasil.

Para entender o mundo

terça-feira, 5 de julho de 2011Grupo 4 - Divisão Norte-Sul A divisão norte-sul é uma divisão econômica e política utilizada para atualizar a teoria dos mundos. A partir dessa divisão, separam-se os países desenvolvidos, chamados de países do norte, dos países do sul, grupo de países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, divididos no mapa através de uma linha imaginária. Apesar do nome, alguns países do norte também estão no grupo, embora a maior parte desses países estejam localizados abaixo da linda do equador

 Caracteristicas:

PAÍSES DESENVOLVIDOS

·       Dominação econômica;

·       Apresentam estrutura industrial completa, produzem todos os tipos de bens;

·       Agropecuária moderna e intensiva, emprego de máquinas e mão-de-obra especializada.

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·       Desenvolvimento científico e tecnológico elevado;

·       Modernos e eficientes meios de transporte e comunicação;

·       População urbana é maior que a população rural, são urbanizados. Exemplo: Inglaterra, EUA, Alemanha, etc.

·       População Ativa empregada, em principalmente, nos setores secundário e terciário. Exemplo: Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha;

· Pequeno número de analfabetos;· Elevado nível de vida da população;· Boas condições de alimentação, habitação e saneamento básico;· Reduzido crescimento populacional;· Baixa taxa de natalidade e mortalidade infantil;· Elevada expectativa de vida.

As sociedades desses países são altamente consumistas isto é percebido sobretudo devido ao poder aquisitivo elevado da sociedade e a grande quantidade produtos com tecnologia avançada, que são lançados no mercado a cada ano. Se todas as nações do mundo passassem a consumir supérfluos com a mesma intensidade das nações desenvolvidas o mundo entraria em colapso, pois, não haveria matéria-prima suficiente para abastecer a todos os mercados.

A luta por melhores condições de vida da população é visível, principalmente no que diz respeito a uma melhor distribuição de renda, não existindo grandes disparidades entre uma classe social e outra. Para que isso fosse possível foi necessário a participação direta da sociedade, exigindo dos seus governantes uma postura voltada para os interesses da população.

Os governos passaram a cobrar mais impostos das classes sociais mais favorecidas em prol da sociedade. Os impostos cobrados são direcionados à construção de escolas, habitações, estradas, hospitais, programas de saúde, aposentadorias mais justas, etc., isto foi possível graças ao engajamento consciente de todos os cidadãos na formação do Estado Democrático.

A democracia existe de fato nas nações desenvolvidas, e consiste num Estado de direito que resulta de reivindicações permanentes por parte dos cidadãos. A democracia é um processo contínuo de invenção e reivindicações de novos direitos.

PAÍSES SUBDESENVOLVIDOS

  Passaram por um grande processo de exploração durante o período colonial. Colônia de Exploração;

·       Baixo nível de industrialização, com exceção de alguns países como: Brasil, México, os Dragões de Exploração;

·       Dependência econômica, política e cultural em relação às nações desenvolvidas;

·       Deficiência tecnológica e baixo nível de conhecimento científico;

·       Rede de transporte e meios de comunicação deficientes;

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·       Baixa produtividade na agricultura que geralmente emprega numerosa mão-de-obra;

·       População Ativa empregada principalmente nos setores primários ou no setor terciário em atividades marginais (camelôs, trabalhadores sem carteira assinada etc). Exemplo: Brasil, Etiópia, Uruguai;

·       Cidades com crescimento muito rápido e cercada por bairros pobres e miseráveis;

·       Baixo nível de vida da maioria da população;

·       Crescimento populacional elevado;

·       Elevada taxa de natalidade e mortalidade infantil;

·       Expectativa de vida baixa.

Existem países subdesenvolvidos que são fortemente industrializados como é o caso do Brasil, México, Argentina, Dragões Asiáticos, etc. A industrialização existente nesses países na verdade é sustentada por países desenvolvidos, que os utilizam para expandir seus parques industriais e garantir lucros vultuosos. Um exemplo nítido de expansão industrial é, o caso dos Dragões Asiáticos que evoluíram enormemente nas últimas décadas, principalmente no setor industrial através do capital e tecnologia japonesa.

Alguns fatores atraem esses investimentos estrangeiros para os países subdesenvolvidos, como:

·     Mão-de-obra barata e numerosa;

·     Muitas vezes são isentos de pagamento de impostos;

·     Doação de terrenos por parte do governo;

·     Remessa de lucro das transnacionais para a sede dessas empresas;

·     Legislação flexível.

Divisão política-econômica do mundo atual

Divisão político-econômica do mundo atualDois dos critérios mais importantes para a regionalização do globo terrestre estão

citados logo abaixo:

– Juntar os países do globo por continentes*.

Juntar diversas nações associando seu nível de crescimento econômico

independentemente do lugar onde está situada.

Foram algumas das diversas opções adquiridas para a regionalização do globo

terrestre (regiões climáticas, unidades geológicas, paisagens, botânicas e assim por

diante).

* (America, África, Ásia, Europa, Oceania e Antártida).

Os Sistemas SocioeconômicosEncontram-se dentro do sistema socioeconômico, dois diferentes sistemas, conhecidos

como capitalismos e socialismos. 

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Capitalismo :  se destaca por ter como ideal uma sociedade dividida por classes sociais,

visando o lucro das realizações econômicas internas como seu maior objetivo, baseado

no sacrifício do trabalho de todos para o enriquecimento de uma minoria. 

Socialismo: Se diferencia, por querer uma sociedade igualitária para todos onde não se

constitui qualquer tipo de instituição totalmente privada, sendo assim uma utopia

igualitária.

CapitalismoFoi na Europa, por volta do século XV que o capitalismo começou a aparecer com mais

força. O comércio internacional cresceu e fortaleceu o sistema capitalista, na qual

dividiu a sociedade em classes: de um lado a burguesia mercantil, que conservava o

poder e o capital, junto com a aliança com os reis; e de outro lado o proletariado, o qual

não tinha acesso ao capital e nem aos meios de produção, e tinham que prestar

serviços manuais para receberem em troca uma remuneração. Como a crise do

sistema feudal o sistema capitalista se aproximava cada vez mais. Os burgueses eram

ex-servos que viviam nos campos e passaram a fazer parte da vida nas cidades e do

mercado. Nesse momento a burguesia queria se desvincular do clero o que acorria em

toda a Europa ocidental, pois os burgueses estavam cada vez mais independentes e

com o comércio crescendo cada vez mais. Uma das primeiras Monarquias Nacionais

foi Portugal, sendo esse o termo usado na crise do feudalismo quando quem passou a

deter mais poder foram os reis. Essa situação beneficiou o rei e a burguesia, que

entendeu o estado Nacional como forma de crescimento e desenvolvimento. Com a

revolução Industrial, inicia-se um processo contínuo de produção coletiva em massa,

geração de lucro e acúmulo de capital. Assim, os lucros começaram a proceder da

produção de mercadorias e não mais do comércio. Isso gerou uma enorme disputa

entre pelas regiões que tinham condições favoráveis, como locais de investimentos

seguros, áreas fornecedoras de matéria-prima, mercados compradores. E com isso as

grandes potências da época brigavam pelo domínio político e econômico do mundo, e

conforme seus interesses próprios lutavam pela divisão dos territórios africanos e

asiáticos.

Essa disputa resultou no imperialismo expresso pelo domínio econômico de uma nação

sobre a outra, tentando conservar o fornecimento de matéria-prima e os mercados

consumidores, resultando na hierarquização das nações, no militarismo, nacionalismo

e racismo. Com o surgimento de várias empresas, pelo fato da centralização de

capitais, o capitalismo entrou em sua fase monopolista e financeira. Isso ocorreu no fim

do século XIX e no meio do século XX, porém o capitalismo só se firmou após a

Primeira guerra Mundial, pois foi ai que as empresas obtiveram mais poder.

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Características do capitalismo• Trabalho assalariado 

• Lucro como objetivo

• Existência de classes sociais: proletariado e burguesia. 

Socialismo e comunismoEm torno do século XIX, nasce o Socialismo e o Comunismo em conjunto com o

capitalismo industrial partindo da teorização de seu desenvolvimento econômico.

Segundo Karl Marx, a finalização do processo revolucionário socialista seria somente

com o fim de diferentes classes econômicas, igualdade para todos, consentindo a

amplitude de qualidade do homem.

No entanto desde o começo todos os movimentos socialistas apresentaram

discordâncias e repartições que culminaram, com o fim da primeira guerra mundial, e

com a chegada de dois diferentes grupos: 

Bolcheviques – Era um partido internacional comunista e tinha como seguidores

(Lênin e Stalin), e para se aliar ao partido eram escolhidas as pessoas que tinham

determinação e participavam de suas causas sendo ativistas e revolucionárias. Tinha

como princípio o sistema de centralização democrático e de exprimir e intolerância em

sua execução.

Mencheviques – Eram do partido internacional socialista conhecido pela massa como

um partido socialista independente da Alemanha, não tinham muitos critérios para

deixar as pessoas se aliarem, seu líder era Julius Mártov.

Desse modo, o comunismo qualificou o movimento político russo, baseado na tese

marxista-leninista, e já o socialismo se prontificou a apontar a filosofia de Estado dos

socialdemocratas.

O Sistema Socialista tinha como características: O Sistema Socialista tinha como ideal, uma sociedade dirigida pelo estado, com

remuneração paga ao trabalhador de acordo com o valor e a qualidade.

Além disso, havia outras características como:  

– Estatização dos meios de produção. 

– Desenvolvimento social. 

– Economia planificada estatal

Assim, com o término da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) muitos países tornam-

se socialistas (Tchecoslováquia, Hungria, Polônia, Romênia, Coréia do Norte etc.) já

a China retardou um pouco mais, instituiu o socialismo somente em 1949. 

E até mesmo os países que estavam na luta anti-imperialista (Angola, Cuba, Vietnã,

Camboja etc.) acabaram cedendo ao socialismo devido às manifestações populares

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em 1950. Com o fim da URSS* foram originadas mudanças por todo mundo socialista,

hoje são poucos os países que, mantêm esse tipo organização, como Coréia do Norte.

*União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. No período da década de 1980 a URSS,

Glasnost e Perestroika, sofreram mudanças internas, acelerando o processo de

colapso, não somente no setor econômico, como também na sua estrutura institucional.

Devido ao desligamento que pôs fim a Guerra Fria, tornou-se possível a criação de 15

novos países e a independência de outros como (Rússia, Ucrânia, Bielorrússia,

Moldávia, Geórgia, Armênia, Azerbaijão, Cazaquistão, Turcomenistão, Tajiquistão,

Uzbequistão e Quirguistão) e a democratização para os países do leste europeu, que

ao decorrer obtiveram práticas capitalistas.

Países Não-Alinhados do Terceiro Mundo O mundo estava sendo guiado a uma polarização ideológica, entre duas potências que

expõem cada um dos sistemas (EUA e URSS), isso ocorreu devido à pressão vivida

entre o socialismo e o capitalismo. Já os países que eram subordinados estavam

buscando o poder de liberdade política. Teve início em 1955 a organização dos países

não alinhados do terceiro mundo, seus maiores objetivos eram a independência

político-econômica libertações nacionais, ter o controle segundo o governo sobre os

recursos naturais de países de terceiro mundo. Só não foi maior o número de

conquistas, devido à dependência do capital estrangeiro sofrido por países-membros, e

devido a isso têm a independência de suas ações restringidas.

Países Desenvolvidos e Subdesenvolvidos Decorrentes da expansão do capitalismo, podemos notar cada vez mais as diferenças

econômicas entre os países. Para diferenciá-los usamos os seguintes termos:

Desenvolvido e Subdesenvolvido (nome dado aos países que possui um retardamento

perante aos outros sendo empregado após a guerra fria).

A diferença entre os países sempre existiu. Países considerados de grandes potências,

que se tornam de um instante para a outros países dominados não é uma novidade

para a história, como exemplo temos: o mundo antigo (Grécia e Roma),

neocolonialismo (Inglaterra e França) e por fim o capitalismo comercial (Espanha e

Portugal).

No subdesenvolvimento, um país tem dominância sobre o outro, apesar de ter uma

dependência recíproca entre os países ricos e pobres dentro do sistema capitalista.

Com o fim da Segunda Guerra Mundial, tornou-se mais comum o uso do termo

subdesenvolvimento, pois os países desenvolvidos passaram a ser destaque no setor

econômico capitalista, vendendo novas tecnologias e bens de alto valor aos países

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subdesenvolvidos, que precisam fazer muitas exportações para os países

desenvolvidos com o objetivo de acabar com as dívidas pouco a pouco.

A partir de 1970, a dívida externa passou a ser a principal característica do Terceiro Mundo, pois: – Houve um aumento das taxas de maquinofaturados e tecnologia importada. 

-No mercado internacional, houve uma deteriorização das taxas de produtos primários.  

-Houve um aumento da taxa de juros e inflação. (déficit no orçamento do governo

norte-americano.

Países Desenvolvidos ou CentraisSão países com grande poder econômico, político e militar.

A estrutura do espaço interior desses países ocorreu de dentro para fora perante seus

interesses.

O desenvolvimento industrial desses países se deu nos séculos XVIII, XIX e começo do

século XX (EUA, Europa Ocidental, Japão, Canadá, Austrália e nova Zelândia).

Países Subdesenvolvidos ou Periféricos São países dependentes dos países desenvolvidos ou centrais, e com uma economia

restrita e não-desenvolvida. Diferente dos países desenvolvidos os países

subdesenvolvidos tiveram sua estrutura interior determinada de fora para dentro, com o

desenvolvimento sugerido pelas metrópoles coloniais/neocoloniais, dessa forma

contentando a economia externa.

Divisão Internacional do Trabalho A divisão internacional do trabalho era feita da seguinte maneira: os países se

especificavam em uma determinada mercadoria, assim a destinava para o mercado

estrangeiro. 

Os países avançados além de exportar capital, em torno da década de 1950, deram

início à exportação de produtos manufaturados (produtos iguais e em grande volume). 

Com a instalação das grandes multinacionais (produção de industrializados) pelo

mundo, a mudança do desenvolvimento econômico da década de 1950 trouxe a vários

países a aceleração da internacionalização da produção.

Empresas Multinacionais 

Empresas transacionais foi o nome dado pela Organização das Nações Unidas (ONU),

para as multinacionais que se instalam em outros países exercendo ou controlando

meios de produção. Um país capitalista subdesenvolvido está diretamente associado à

economia internacional o que motiva uma dependência econômica.

Alguns desses países aproximaram os grupos econômicos internacionais

necessariamente por matéria prima, mão-de-obra e salários baixos, garantias de capital

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estrangeiro cedido pelo governo local e pela legislação que promove o investimento do

capital internacional. Quase todos os países os conhecidos como subdesenvolvido ou

periférico correspondem: altas taxas de analfabetismo, mortalidade infantil, alta taxa de

natalidade, desigualdade social, crescimento popular, e as baixas taxas de consumo de

energia e renda per capita, baixa expectativa de vida, baixo nível de industrialização.

Com o endividamento externo, relações comerciais desfavoráveis, forte influência de

empresas internacionais se ocasionou a dependência econômica. Portanto, concluímos

que independentemente da quantidade de indústria que um país possui, podemos

somente classificar um pais de subdesenvolvido se ele apresentar dependência

econômica, e alta taxa de desigualdade social.

Estes países não que possuem uma grande potência industrial, porém têm uma boa

base na indústria, de forma que supera suas próprias atividades primárias, se tornando

assim responsável pela prepotência da população urbana. Os novos países

industrializados ou também economias emergente, são vistos como países de alto

poder de industrialização e de investimentos externos, convivem freqüentemente com a

pronta execução no segmento da metropolização, disposição precária, sujeição

econômica do capital externo. No entanto, as industrializações não colocaram fim em

situações criticas, e em muitos casos só pioraram os problemas referentes ao

subdesenvolvimento. 

No Terceiro Mundo há também países semi-industrializado como o Chile, Colômbia,

Egito, Venezuela, Índia, Turquia, Uruguai e Zimbábue. Os países desenvolvidos ou

centrais se destacam por terem: alta taxa de industrialização, alta renda per capita, alto

consumo de energia, alta expectativa de vida, baixo crescimento populacional e baixa

taxa de analfabetismo, natalidade e mortalidade infantil, e a sua qualidade dominante

são as exportações de produtos industriais.

A Teoria dos MundosUma teoria criada para a organização das nações devido ao nível de produção e

desenvolvimento.

Classificados como:Primeiro mundo-   criado por países com alta taxa de desenvolvimento econômico,

capitalista, expectativa de vida, exercendo domínio econômico.

Segundo mundo-   nome dado aos países que estão em fase de mudança passando

dos princípios socialistas para o capitalista, que mantinham uma economia planificada

ou socialista.

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Terceiro mundo- formado por países capitalistas subdesenvolvidos, com

desigualdades sociais que ao decorrer de suas relações insatisfatórias com países de

Primeiro Mundo, apresentam um retardamento social e econômico.

Fonte: http://www.colegioweb.com.br/economia/divisao-politica-economica-do-mundo-

atual.html#ixzz46f1aP2y8