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1 Capítulo 1 O CRESCIMENTO E A DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO BRASILEIRA O Brasil chega ao ano 2000 com um pouco mais de 166 milhões de habitantes, conforme estimativa do IBGE. A população continua a crescer em uma velo- cidade menor e é maior o número de idosos. A queda de natalidade é uma das principais causas. A diminuição do crescimento da população a partir dos anos 60 deve-se basicamente a uma queda acele- rada na taxa de fecundidade, ou seja, as mulheres passam a ter cada vez menos filhos. Co o avanço da urbanização e o esgotamento da economia rural fami- liar de subsistência, os filhos deixam de ser mão-de- obra para o trabalho no campo e passam a ser a razão de gastos cada vez maiores. Além disso, têm um aces- so cada vez maior a métodos contraceptivos. Isso se reflete na taxa de fecundidade e, a partir dos anos 70, as mulheres das classes média e alta urba- nas passam ater um menor número de filhos por casal. Durante os anos 80 essa diminuição se gene- raliza entre famílias de menor renda no meio urbano e entre as de renda mais alta e no meio rural. O grau de escolarização da mulher também contribui para a opção de reduzir o número de filhos. Fecundidade TAXA POR REGIÃO Regiões 1970 1980 1990 1996 Norte 6,7 5,5 4,0 2,8 (*) Nordeste 6,9 5,8 4,0 2,9 Sudeste 4,4 3,2 2,4 2,0 Sul 5,2 3,4 2,3 2,1 Centro-Oeste 5,9 4,2 2,9 2,3 Total 5,4 4,0 2,7 2,3 (*) Não inclui a população da área rural de Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará e Amapá. Fonte: Tendências Demográficas: Uma Análise a partir dos Resultados do Censo Demográfico de 1991 e Indicadores Sociais Mínimos - IBGE A proporção de mulheres chefes de família aumenta a cada ano. De acordo com o IBGE, elas chefiam 26% das famílias em 1999. Esse aumento do número de famílias lideradas por mulheres é um fenômeno mais urbano, decorrente da separação de casais. Com a ruptura do casamento, quase sempre a mulher se encarrega da guarda dos filhos e passa a dirigir a família. Também o fato das mulheres viverem mais tempo contribui para que um grande número delas assuma a família quando se tornam viúvas. Observamos que o crescimento vegetativo ou natu- ral corresponde à diferença entre as taxas de natali- dade e de mortalidade. No Brasil, embora essas duas taxas tenham declinado no período de 1940-1960, foi somente a partir da década de 60 que o cresci- mento vegetativo passou a diminuir. Podemos notar, que a taxa de mortalidade apresen- ta uma queda maior que a verificada na taxa de nata- lidade, no entanto, o crescimento vegetativo aumen- ta. Para que ele diminua, a queda da natalidade tem de ser mais acentuada que a de mortalidade. Logo após a Segunda Guerra Mundial, em todos os paí- ses, houve uma queda brutal nas taxas de mortali- dade, graças aos progressos obtidos na medicina durante o conflito. A taxa de crescimento vegetativo, portanto, aumentou significativamente. A partir da década de 60, com a urbanização acelerada no Brasil, a taxa de natalidade passou a cair de forma mais acentuada que a taxa de mortalidade. Conseqüente- mente, o crescimento vegetativo começou a diminuir, embora ainda apresentasse valores muitos altos, tí- picos de países subdesenvolvidos. O CRESCIMENTO POPULACIONAL (taxas médias anuais) A Transição demográfica A expressão transição demográfica designa as alte- rações no comportamento da curva demográfica em curso no Brasil. Ela se refere a uma transição entre duas situações de crescimento demográfico relativa- mente reduzido: a primeira, resultado de altas taxas de mortalidade e de natalidade; a segunda, resulta- do da diminuição da mortalidade e natalidade. Du- rante a fase de transição, registra-se um crescimen- to demográfico acelerado. Nos países desenvolvidos, a transição demográfica completou-se nas primeiras décadas do século XX. Hoje, as taxas e incrementos demográficos vigentes nesses países são bastante reduzidos. Nos países subdesenvolvidos, a transição demográfica só estará terminada nas primeiras décadas do próximo século, mas grande parte deles já exibe uma redução signifi- cativa nas taxas de natalidade e, e, conseqüência, do crescimento demográfico. O caso brasileiro ilus- tra com exatidão esse fenômeno. Apesar disso, o mito da explosão demográfica segue presente no discurso de muitos políticos e planeja- dores e na opinião pública em geral. Mais de vinte anos de publicidade sobre essa “ameaça” continuam assustando muita gente. ESQUEMA TEÓRICO DA TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA A esperança ou expectativa de vida ao nascer e a taxa de mortalidade infantil são importantes indica- dores da qualidade de vida da população de um país. 2,39 2,99 2,8 2,48 1,99 0 1 2 3

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Capítulo 1

O CRESCIMENTOE A DISTRIBUIÇÃO

DA POPULAÇÃO BRASILEIRA

O Brasil chega ao ano 2000 com um pouco mais de166 milhões de habitantes, conforme estimativa doIBGE. A população continua a crescer em uma velo-cidade menor e é maior o número de idosos. A quedade natalidade é uma das principais causas.A diminuição do crescimento da população a partirdos anos 60 deve-se basicamente a uma queda acele-rada na taxa de fecundidade, ou seja, as mulherespassam a ter cada vez menos filhos. Co o avanço daurbanização e o esgotamento da economia rural fami-liar de subsistência, os filhos deixam de ser mão-de-obra para o trabalho no campo e passam a ser a razãode gastos cada vez maiores. Além disso, têm um aces-so cada vez maior a métodos contraceptivos.Isso se reflete na taxa de fecundidade e, a partir dosanos 70, as mulheres das classes média e alta urba-nas passam ater um menor número de filhos porcasal. Durante os anos 80 essa diminuição se gene-raliza entre famílias de menor renda no meio urbanoe entre as de renda mais alta e no meio rural. O graude escolarização da mulher também contribui para aopção de reduzir o número de filhos.

Fecundidade TAXA POR REGIÃO

Regiões 1970 1980 1990 1996

Norte 6,7 5,5 4,0 2,8(*)

Nordeste 6,9 5,8 4,0 2,9Sudeste 4,4 3,2 2,4 2,0Sul 5,2 3,4 2,3 2,1Centro-Oeste 5,9 4,2 2,9 2,3Total 5,4 4,0 2,7 2,3

(*) Não inclui a população da área rural de Rondônia, Acre,Amazonas, Roraima, Pará e Amapá.

Fonte: Tendências Demográficas: Uma Análise a partir dosResultados do Censo Demográfico de 1991 e IndicadoresSociais Mínimos - IBGE

A proporção de mulheres chefes de família aumentaa cada ano. De acordo com o IBGE, elas chefiam 26%das famílias em 1999. Esse aumento do número defamílias lideradas por mulheres é um fenômeno maisurbano, decorrente da separação de casais. Com aruptura do casamento, quase sempre a mulher seencarrega da guarda dos filhos e passa a dirigir afamília. Também o fato das mulheres viverem maistempo contribui para que um grande número delasassuma a família quando se tornam viúvas.Observamos que o crescimento vegetativo ou natu-ral corresponde à diferença entre as taxas de natali-dade e de mortalidade. No Brasil, embora essas duastaxas tenham declinado no período de 1940-1960,foi somente a partir da década de 60 que o cresci-mento vegetativo passou a diminuir.Podemos notar, que a taxa de mortalidade apresen-

ta uma queda maior que a verificada na taxa de nata-lidade, no entanto, o crescimento vegetativo aumen-ta. Para que ele diminua, a queda da natalidade temde ser mais acentuada que a de mortalidade. Logoapós a Segunda Guerra Mundial, em todos os paí-ses, houve uma queda brutal nas taxas de mortali-dade, graças aos progressos obtidos na medicinadurante o conflito. A taxa de crescimento vegetativo,portanto, aumentou significativamente. A partir dadécada de 60, com a urbanização acelerada no Brasil,a taxa de natalidade passou a cair de forma maisacentuada que a taxa de mortalidade. Conseqüente-mente, o crescimento vegetativo começou a diminuir,embora ainda apresentasse valores muitos altos, tí-picos de países subdesenvolvidos.

O CRESCIMENTO POPULACIONAL(taxas médias anuais)

A Transição demográfica

A expressão transição demográfica designa as alte-rações no comportamento da curva demográfica emcurso no Brasil. Ela se refere a uma transição entreduas situações de crescimento demográfico relativa-mente reduzido: a primeira, resultado de altas taxasde mortalidade e de natalidade; a segunda, resulta-do da diminuição da mortalidade e natalidade. Du-rante a fase de transição, registra-se um crescimen-to demográfico acelerado.Nos países desenvolvidos, a transição demográficacompletou-se nas primeiras décadas do século XX.Hoje, as taxas e incrementos demográficos vigentesnesses países são bastante reduzidos. Nos paísessubdesenvolvidos, a transição demográfica só estaráterminada nas primeiras décadas do próximo século,mas grande parte deles já exibe uma redução signifi-cativa nas taxas de natalidade e, e, conseqüência,do crescimento demográfico. O caso brasileiro ilus-tra com exatidão esse fenômeno.Apesar disso, o mito da explosão demográfica seguepresente no discurso de muitos políticos e planeja-dores e na opinião pública em geral. Mais de vinteanos de publicidade sobre essa “ameaça” continuamassustando muita gente.

ESQUEMA TEÓRICO DATRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA

A esperança ou expectativa de vida ao nascer e ataxa de mortalidade infantil são importantes indica-dores da qualidade de vida da população de um país.

2,39

2,99 2,82,48

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Analisando os dados da tabela a seguir, verificamosque, principalmente na região Nordeste, os indica-dores brasileiros são parecidos com os de países afri-canos, enquanto nas regiões Sul e Sudeste as taxaspodem ser comparadas às de países desenvolvidos.Lembre-se de que esses indicadores correspondema uma média e, portanto, não apresentam as gran-des variações existentes entre as classes sociais decada região.

Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total

Norte 67,35 63,82 71,01 53,20 60,30 45,80

Nordeste 64,22 60,84 67,74 98,20 95,60 80,60

Sudeste 67,53 63,58 71,66 30,00 37,00 22,80

Sul 68,68 65,00 72,51 26,70 33,60 19,60

Centro-Oeste 67,80 84,30 71,45 33,00 40,00 25,60

Brasil 65,62 62,28 59,09 49,70 56,80 42,30

(Anuário estatístico do Brasil 1995)

Na distribuição populacional do Brasil, notamos quea região que ainda concentra maior população é a re-gião Sudeste, acompanhada da região Nordeste. En-tretanto, as regiões Centro-Oeste e Norte são as queapresentam o menor número de população absoluta.

POPULAÇÃO DISTRIBUIÇÃO POR REGIÃO1998* 1999**

Norte 7.592.118 12.133.705Nordeste 45.924.812 46.289.042Centro-Oeste 11.048.474 11.220.747Sudeste 69.174.339 69.858.115Sul 24.223.412 24.445.950Brasil 158.232.252 163.947.554

* Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar(não inclui a população rural de RO, AC, AM, RR, PA, AP)** Estimativa do IBGE

Sabemos que a expansão econômica pode ampliar oprocesso de urbanização e, conseqüentemente, de-sacelerar o crescimento populacional do país. As re-giões Centro-Oeste e Norte foram as que mais apre-sentaram desenvolvimento de crescimento vegetativopercentual, em função dos fortes deslocamentos mi-gratórios para essas áreas, iniciados nos anos 70com as frentes pioneiras agrícolas.

CRESCIMENTO DA POPULAÇÃOBRASILEIRA – 1940/2000

ANO POPULAÇÃO RESIDENTETAXA GEOMÉTRICA ANUAL

DE CRESCIMENTO

1940* 41.236.315 -1950* 51.944.397 2,391960 70.070.457 2,991970 93.139.037 2,891980 119.002.706 2,481991 146.825.475 1,932000 169.799.170 1,64

Fonte: Censo Demográfico 2000* População presente – conta também as pessoas que não residemnaquele lugar, mas que estavam presentes no momento da pesquisa.

Ao processo de crescimento do numero de idosos ediminuição do número de crianças e de adolescentesdá-se o nome de envelhecimento populacional. Esseprocesso também vem atingindo o Brasil, nos últi-mos anos.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

1. (CN) No Brasil, o índice de natalidade tem acusa-do uma sensível redução depois dos anos 70. Pas-sou de 44%, na década de 50, para 26%, em 1990.Essa significativa redução deve ser explicada por di-versas causas, EXCETO:a) O fenômeno da urbanização e o retardamento doscasamentos.b) As intensas migrações internas.c) O maior uso métodos anticonceptivos.d) Uma maior participação feminina no mercado detrabalho.e) A grande emigração brasileira.

2. (CN) Sobre o Brasil e as condições de sua popula-ção, é possível afirmar que:I – o PNB nacional coloca o Brasil como uma dasúltimas economias do mundo.II – o baixo consumo da sociedade brasileira deve-seà renda per capta nacional, uma das mais baixas domundo.III – o ritmo de crescimento da população brasileiraestá se reduzindo, tendo entre suas causas, o in-tensivo processo de urbanização que ocorre no país.Assinale a alternativa correta.a) Somente a afirmativa I é verdadeira.b) Somente a afirmativa II é verdadeira.c) Somente as afirmativas I e III são verdadeirasd) Somente a afirmativa III é verdadeira.e) As afirmativas I, II e III são verdadeiras.

3. (ESA) Reconhecemos como espaço tipicamente“anecumênico” (desfavorável à ocupação normal pelohomem), pertencente ao território brasileiro, o(a):a) Pantanal Mato-grossense.b) Campanha Gaúcha.c) Vale do Jequitinhonha.d) Rochedos de São Pedro e São Paulo.e) Sertão Nordestino.

4. (ESA) Uma tendência relacionada à dinâmica dapopulação brasileira, registrada no Censo de 1980 econfirmada pelas informações do Censo de 1991, éo(a):a) Predomínio da população rural sobre a urbana.b) Aumento da taxa de mortalidade.c) Melhor distribuição de renda nacional.d) Aumento da taxa de natalidade.e) Queda da taxa de natalidade.

5. (CESGRANRIO) Ao afirmar que “o superpovoamentoé sempre relativo” queremos dizer que:a) Tal noção aplica-se, apenas, a espaços onde háatividade industrial;

GRANDESREGIÕES

TAXA DE MORTALIDADEINFANTIL(%) 1990

ESPERANÇA DE VIDAAO NASCER(ANOS) 1990

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b) O tamanho da população e do território são deter-minantes para se definir se uma área é ou não su-perpovoada;c) Áreas com fracas densidades de população não po-dem ser consideradas superpovoadasd) As áreas urbanizadas, por possuírem fortes con-tingentes populacionais, sempre são consideradassuperpovoadas;e) Uma área que possua características ou superpo-voamento sempre manterá estas características.

6. (UGF/RJ) “Os países subdesenvolvidos apresen-tam uma população jovem e numerosa, resultantedas elevadas taxas de natalidade. Essa situação exi-ge grandes investimentos no campo social e uma re-dução de investimentos nos setores econômicos.Portanto o crescimento populacional é responsávelpelo subdesenvolvimento.”A teoria demográfica relacionada no texto acima é:a) Reformista.b) Neomalthusiana.c) Marxista.d) Malthusiana.e) Progressista.

7. (MACKENZIE/SP) Assinale a alternativa INCOR-RETA sobre a população brasileira.a) A partir da década de 1970, a taxa de fecundidadetem apresentado constante declínio, com conseqüen-tes reflexos nas taxas de natalidade e de crescimen-to vegetativo.b) Desde a década de 1950, a taxa de mortalidadetem decrescido e hoje é semelhante às verificadasnos países desenvolvidos.c) Com o declínio da taxa de natalidade e o aumentoda expectativa de vida, a pirâmide de idades tem setransformado com o estreitamento da base e o alon-gamento do topo.d) Desde a década de 1950, verifica-se o aumento dapopulação urbana, com reflexos na distribuição dapopulação ativa que, hoje, apresenta maior concen-tração no setor terciário.e) A descentralização das atividades econômicas re-verteu a tendência de concentração da população nafaixa litorânea, atualmente, distribuída de formahomogênea por todo o território.

8. (ENEM) Os dados da tabela mostram a tendênciade distribuição, no Brasil, do número de filhos pormulher.

Evolução das Taxas de Fecundidade

Época Número de filhos por mulherSéculo XIX 7

1960 6,21980 4,011991 2,91996 2,32

Fonte: IBGE, contagem da população de 1996.Dentre as alternativas, a que melhor explica essatendência é:a) Eficiência da política demográfica oficial por meiode campanhas publicitárias.

b) Introdução de legislações específicas que desesti-mulam casamentos precoces.c) Mudança na legislação que normaliza as relaçõesde trabalho, suspendendo incentivos para trabalha-doras com mais de dois filhos.d) Aumento significativo de esterilidade decorrentede fatores ambientais.e) Maior esclarecimento da população e maior parti-cipação feminina no mercado de trabalho.

9. (UFJF) O censo demográfico que será realizado noano 2000 deverá trazer novas informações a respeitodo perfil da população brasileira.Podemos considerar como objetivos de um censodemográfico EXCETO:a) O número total de habitantes e sua distribuiçãono território;b) A distribuição de habitantes por número de vagasnas escolas públicas;c) As características dos domicílios;d) O processo migratório e a ocupação da população.

10. (FUVEST) No Brasil, os temas “crescimento po-pulacional” e “exclusão social” aparecem, muitasvezes, vinculados às discussões sobre o crescimen-to urbano. Considerando as associações menciona-das, assinale a alternativa correta.a) As altas de crescimento populacional, decorren-tes da industrialização, produzem a exclusão socialnas grandes cidades.b) As altas taxas de crescimento vegetativo nas gran-des cidades produzem crise na habitação, sendo res-ponsáveis pela existência dos “sem-teto”.c) O alto índice de crescimento demográfico e os bai-xos investimentos privados em infra-estrutura ur-bana geram, uma população socialmente excluída.d) A macrocefalia urbana, decorrente da superpopu-lação e da ampliação da megalópole, gera uma popu-lação socialmente excluída.e) As altas taxas de crescimento populacional nasgrandes cidades e a má distribuição de renda condu-zem à exclusão social.

11. (PUC/RJ) A população brasileira cresceu 7% en-tre o Censo de 1991 e as estimativas de 1996, atin-gindo 157 milhões de habitantes. A taxa de cresci-mento anual foi de 1,38%, a mais baixa já registradano país. Essas tendências vão provocar mudançassignificativas no perfil da população brasileira.Assinale a alternativa que indica uma dessas mudanças:a) Aumento percentual da população jovem;b) Diminuição do contingente de jovens e velhos;c) Diminuição da população potencialmente produtiva;d) Aumento, em números absolutos, do contingentecom mais de 65 anos;e) Manutenção da composição da população por fai-xas de idade.

12. (CESGRANRIO) Quando se fala da primeira re-gião brasileira a ser densamente povoada organizadaem torno dos pólos canavieiro e algodoeiro, e con-

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siderada atualmente a segunda mais populosa dopaís, está se fazendo referência à região:a) Sul; b) Sudoeste; c) Centro-Oeste;d) Nordeste; e) Norte.

EXERCÍCOS PROPOSTOS

1. (VN) A variação do crescimento vegetativo brasi-leiro, no presente século, é fruto de uma série demudanças estruturais ocorridas no país. Assim sen-do, assinale a única alternativa INCORRETA que fazjus a esta realidade.a) No início deste período, o crescimento natural eramais reduzido, uma vez que tanto as taxas de nata-lidade quanto as de mortalidade eram elevadas.b) No período de 1940-1960 verificamos um sensívelaumento no crescimento populacional, já que taxasde mortalidade passaram a declinar numa velocida-de maior que as taxas de natalidade.c) Atualmente presenciamos um crescimento demo-gráfico em franco processo de expansão resultado tantodas melhorias higiênico-sanitárias, verificadas espe-cialmente nos centros urbanos, como na erradicaçãode um número cada vez maior de doenças endêmicas.d) A urbanização é um fator fundamental para en-tendermos melhor o declínio das taxas de crescimen-to populacional a partir de 1960.e) Entre 1945-60 observou-se um incremento nastaxas de crescimento natural, uma vez que o desen-volvimento dos setores secundário e terciário con-tribuíram decisivamente para a diminuição junto àstaxas de mortalidade, principalmente a dita infantil.

2. (CESGRANRIO) ESTIMATIVA 1990

Como pode ser verificar no mapa acima, a distribui-ção da população brasileira pelo espaço geográficopermite afirmar que:I – a grande maioria da população brasileira ainda seencontra no antigo limite de Tordesilhas.II – mais de 1/3 do país, apesar doas 150 milhões dehabitantes, ainda é quase um “vazio demográfico”.III – o sul e sudeste da Região Centro-Oeste se in-corporam rapidamente à faixa de maior concentraçãodemográfica.

IV – Rondônia e a calha este do vale do Amazonasestão em processo de ocupação.V – uma área a oeste do vale do São Francisco aindase apresenta com densidades muito baixas.As afirmativas corretas são:a) Somente I, II e III.b) Somente II, III e IV.c) Somente II, III e V.d) Somente I III, IV e V.e) I, II, III, IV e V.

3. (PUC/RS)

Pela interpretação do gráfico, conclui-se que:a) No período entre 1872 a 1990, o planejamento fa-miliar possibilitou ao país um pequeno crescimentodemográfico.b) O aumento populacional, a partir de 1950, é con-seqüência da diminuição da mortalidade, em funçãodos avanços médico-sanitários.c) O desaceleramento do aumento da população nadécada de 90 do século XX mostra que o país conse-guiu entrar na segunda fase de crescimento mundialda população, atingida pelos países não desenvolvi-dos industrializados.d) Até 1950, o Brasil, permaneceu em equilíbrio po-pulacional, pois não tinha recebido contingentesimigratórios.e) O Brasil é um país populoso, conseqüentementepovoado.

4. (Especex) O crescimento populacional nas diver-sas regiões do mundo obedece basicamente a fases.Uma dessas fases mais conhecida como “segundafase do ciclo demográfico”, caracteriza-se por um ele-vado crescimento demográfico, provocando em algu-mas regiões subdesenvolvidas, a chamada “EXPLO-SÃO DEMOGRÁFICA”.Essa fase de grande crescimento demográfico nor-malmente é causado pelo(a):a) Redução significativa da taxa de mortalidade

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b) Aumento expressivo da natalidade.c) Imigração.d) Conjugação da e alta mortalidade com alta natali-dade.e) Emigração.

5. (ENEM-2001) Ao longo do século XX, a taxa de vari-ação na população do Brasil foi sempre positiva (cres-cimento). Essa taxa leva em consideração o número denascimentos (N), o número de mortes (M), o de emi-grantes (E) e o de imigrantes (I) por unidade de tempo.É correto afirmar que, no século XX:a) M > I + E + Nb) N + I > M + Ec) N + E < M + Id) M + N < E + Ie) N < M – I + E

6. (CESGRANRIO)

Observando-se o quadro acima, conclui-se que a ex-pectativa de vida do brasileiro, ao nascer, vem au-mentando a partir da década de 90. O declínio dastaxas de fecundidade e de natalidade, combinado coma queda das taxas de mortalidade, explica a tendên-cia deste quadro, que, junto com o crescimento donúmero de idosos, vem elevar a expectativa médiade vida. Com esta estrutura estaria vigente, configu-ram-se alterações no perfil da população.Um dos reflexos deste fato na sociedade brasileira é o(a):a) Aumento dos encargos econômicos e a necessida-de de uma política social voltada para a nova realida-de do país.b) Crescente emprego do trabalho infantil, face à ex-cessiva oferta de mão-de-obra, tal como ocorreu noperíodo imediatamente posterior à Revolução Indus-trial inglesa.c) Crescente ingresso da mulher no mercado formaldo país, elevando os padrões demográficos típicos depaíses de trabalho, resultando numa melhoria daqualidade de vida deste segmento da população.d) Maior atuação da igreja, na tentativa de estimular ocontrole de natalidade por meios naturais, como expli-citam as encíclicas Rerum Novarum e Humanae Vitae.

e) Transformação das estruturas socioeconômicas docom grande mobilidade espacial.

7. (Vassouras) No fim do ano passado, a população doestado do Rio de Janeiro atingiu um total de 14,3 mi-lhões de habitantes. Supondo-se que neste mesmoano tenha havido 220 mil nascidos vivos e 130 milóbitos, qual foi a taxa de crescimento natural?a) 2,44% b) 1,54% c) 0,90%d) 0,63% e) 0,36%

8. (UFPI) O conceito de crescimento natural, ou ve-getativo, é a diferença entre:a) Os índices de natalidade e os de vida média.b) As taxas de emigração e de imigração.c) As taxas de natalidade e as de mortalidade.d) As taxas de mortalidade geral e mortalidade infantil.e) O número de nascimentos e o número de imigrantes.

9. (UFMG) O Censo Demográfico do Brasil de 2000,entre outras conclusões, confirmou alguns compor-tamentos da população de Minas Gerais, já eviden-ciados anteriormente.Esses comportamentos estão corretamente expres-sos em todas as alternativas, EXCETO ema) Manutenção das taxas de crescimento da popula-ção masculina superior ao da feminina nas áreasurbanas.b) Maiores taxas de crescimento populacional noestado registradas em alguns municípios da RegiãoMetropolitana de Belo Horizonte.c) Variação negativa de crescimento de população ru-ral revelada desde o Censo de 1970.d) Taxas de crescimento demográfico dos municípiosdo interior maiores que as do município da Capital.

10. (PUC) A população brasileira modificou, ao longodo século XX, seus comportamentos demográficos,como mostra o gráfico:

EVOLUÇÃO DO CRESCIMENTO VEGETATIVO NO BRASIL

Sobre estas mudanças, avalie as afirmativas a se-guir:I - Nas primeiras décadas do século XX, as princi-pais cidades brasileiras passaram por um processode higienização com a utilização de vacinas, criaçãode rede de esgotos e fornecimento de água potável, oque iniciou um processo de redução das taxas demortalidade.

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II - Em meados do século XX ocorreu uma redistri-buição espacial da população com a aceleração deurbanização o que acarretou a redução das taxas denatalidade.III - A partir da década de 70, os investimentos eminfra-estrutura territorial possibilitaram aos meiosde comunicação difundir novos padrões de compor-tamento para parcelas maiores da população o quecontribui para uma maior redução nas taxas de fe-cundidade.IV - A partir da crise da década de 80, as políticasgovernamentais de controle de natalidade permiti-ram a queda do crescimento vegetativo e o ingressona fase mais avançada da transição demográfica.Indique a opção que apresenta as afirmativas corre-tas:a) I e II; b) III e IV; c) I, II e III;d) II, III e IV; e) I, II, III e IV.

EXERCÍCIOS PROPOSTOS II

1. (CN)

1960 1970 1980 19906,3% 5,8% 4,4% 3,1%

Analise a tabela acima, relativa às taxas de fecundi-dade no Brasil, e assinale a alternativa que melhor ainterpreta.a) Percebemos uma queda na taxa de fecundidadenacional em função da melhor distribuição de ren-da, associada a maior difusão de métodos anticon-ceptivos.b) A conjuntura sócio-econômica e o aumento daparticipação feminina no mercado de trabalho, acar-retado fundamentalmente pela urbanização, ajuda-nos a compreender melhor a redução da taxa de fe-cundidade.c) Nos grandes centros urbanos, onde passou a con-centrar-se a maioria da população após 1960, obser-vamos maiores taxas de mortalidade, especialmenteinfantil, o que justifica o declínio da taxa de fecundi-dade no período demonstrado pela tabela.d) A presente tabela não demonstra nada, pois comos dados em questão não podemos fazer nenhumaassociação referente à diminuição da taxa de fecun-didade e evolução sócio-econômica do país.e) A população brasileira, após 1960, com a efetiva-ção da industrialização, passou a apresentar condi-ções sócio-econômicas bem melhores, o que acabouacarretando um rápido envelhecimento da mesma e,com isso, uma diminuição da sua capacidade de ge-rar filhos.

2. (UFF/RJ) O Censo 2000 do IBGE registrou, con-forme ilustra o gráfico a seguir, significativa reduçãodo número médio de pessoas na família em todo opaís.

NÚMERO MÉDIO DE PESSOAS NA FAMÍLIA

Fonte: Censo 2000 IBGE

Assinale a opção que apresenta considerações ade-quadas acerca da redução quantitativa de componen-tes da família brasileira.a) A redução do número médio das famílias no paísestá associada, sobretudo nas áreas de fronteira agrí-cola, às péssimas condições sanitárias e à concen-tração de terras que impedem o pleno desenvolvi-mento das famílias.b) As políticas demográficas natalistas nas duas úl-timas décadas do século XX, implementadas pelogoverno federal, foram mal sucedidas, uma vez que oBrasil apresenta queda no número médio de pesso-as nas famílias em todo país.c) A grande migração da população do campo para ascidades, fenômeno característico da segunda metadedo século passado, é a principal responsável pela re-dução das famílias em grande parte do país, sobretudonas periferias e nas favelas das grandes metrópoles.d) A grande diferença do número de membros dasfamílias rurais e urbanas resultou do baixo nívelcultural da população camponesa, incapaz de adotarum planejamento familiar mais eficaz.e) A adoção do modo de vida urbano, pelo campo,implicando o estímulo ao consumo de bens, à utili-zação de serviços e às práticas de lazer, bem comoas mudanças culturais nos relacionamentos inter-pessoais, contribuíram para a redução do número depessoas nas famílias em todo país.

3. (Vassouras/RJ) Na tabela, encontram-se indica-dores demográficos de três hipotéticos países:

País Taxa de Taxa de Saldonatalidade mortalidade migratório

1 1,3% 0,8% -0,9%2 0,7% 0,7% -1,3%3 0,5% 0,7% +1,2%

É correto afirmar que:a) O país 1 apresenta crescimento populacional po-sitivo apesar da forte emigraçãob) No país 2 o crescimento populacional é pratica-mente igual a zero, havendo a necessidade de fo-mento à imigração.c) No país 3 há crescimento populacional, pois o sal-do migratório positivo compensa o crescimento vege-tativo negativo.d) No país 2 o crescimento populacional acompanhao crescimento vegetativo que é negativo.

012345

Total Urbana Rural

19912000

3,93,5 3,4

4,04,4

3,8

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e) No país 3 o saldo migratório não consegue com-pensar o crescimento vegetativo negativo.

4. (UNI-BH/MG) O surto sem precedentes históricosque se iniciou na Europa com a era industrial espan-tou muitos estudiosos do assunto. Em 1798, o pas-tor da Igreja Anglicana Thomas Robert Malthus for-mulou uma teoria bastante alarmista sobre a questãodemográfica, influenciando, de forma significativa, osestudos de muitos teóricos que a ele se seguiram.De forma sintética, Malthus afirmava que:a) A capacidade de produção de alimentos era limitadae cresceria apenas em progressão aritimética, enquantoa população cresceria em progressão geométrica.b) O subdesenvolvimento é um fenômeno diretamen-te relacionado ao crescimento populacional, visto quese caracteriza por uma queda persistente da rendaper capta das populações.c) Os excedentes demográficos resultam diretamen-te da forma de organização da produção capitalista,que se sustenta na formação de um amplo exércitode reserva de mão-de-obra.d) A escassez de recursos naturais do planeta, as-sim como o agravamento dos problemas ambientais,está diretamente relacionado à pressão exercida pelocrescimento demográfico.

5. (UFRN) Segundo a “Contagem Populacional de1996” (IBGE-1997), tem acontecido, no curso dos úl-timos anos, mudanças no crescimento populacionaldas regiões geoeconômicas brasileiras.No referido documento, o Centro-Sul e a Amazôniaapresentam as maiores taxas de crescimento popu-lacional.Isso se deve, respectivamente, aa) Melhores condições de qualidade de vida e à dis-tribuição das áreas indígenas.b) Concentrações da prestação de serviços e a as-pectos naturais.c) Concentrações urbano-industriais e a migraçõesinternas.d) Melhores condições técnico-científicas e à forma-ção de tecnopolos.

6. (UFRURJ/RURAL) Em nenhum outro país foram as-sim, contemporâneos e concomitantes, processos como adesruralização, as migrações brutais desenraizadoras, aurbanização galopante concentra-dora, a expansão do con-sumo de massa, o crescimento econômico delirante, a con-centração da mídia escrita, falada e televisionada, a de-gradação das escolas, e o triunfo, ainda que superficial,de uma filosofia de vida que privilegia os meios materiaise se despreocupa com os aspectos finalistas da existên-cia. E lugar do cidadão, formou-se um consumidor, queaceita ser chamado de usuário. (Adap. De OLIVA, Jaime eGIANSANTI, Roberto. Temas de geografia do Brasil. SãoPaulo. Atual. 1999. p.19 e 20).Com base no texto e na história da distribuição po-pulacional brasileira, podemos concluir quea) Houve violências na transferência da populaçãorural para as cidades

b) A população brasileira tornou-se predominante-mente urbana em pouco tempo.c) O crescimento econômico brasileiro resultou doprocesso de urbanizaçãod) O êxodo rural e o crescimento econômico de quetrata o texto, não foram simultâneos.e) A concentração da mídia determinou a degradaçãodas escolas

7. (UFPI) Com relação à dinâmica da população bra-sileira, importantes transformações vêm ocorrendonos últimos 20 anos.A esse respeito assinale a alternativa correta.a) As taxas de natalidade vêm diminuído, porém astaxas de mortalidade vêm apresentando aumentosubstancial.b) O crescimento vegetativo deixou de ser o elemen-to principal do incremento demográfico devido ao in-centivo à imigração.c) As taxas de natalidade e mortalidade vêm diminu-indo, proporcionando o aumento da esperança de vidaou expectativa de vida dos brasileiros.d) Existe pequena relação entre a diminuição dosíndices de mortalidade e o crescimento das taxas deurbanização.e) Os índices de expectativa de vida da populaçãosão iguais para todas as regiões brasileiras e em to-das as classes sociais.

8. (Souza Marques/RJ-2001)

Taxa de crescimento da população brasileira

Anos 50/60 Anos 70 Anos 80 Anos 90 20003% 2,5% 1,9% 1,4% 1,4%

Taxa de urbanização

Anos 60 Anos 70 Anos 80 Anos 90 200037% 47% 70,5% 76% 80%

Fonte IBGE, Censo 2000 – Dados preliminares.

Assinale a alternativa INCORRETA.a) A urbanização aumentou no sentido inverso docrescimento da população que vem registrando umaqueda em função da diminuição da natalidadeb) O aumento do crescimento populacional é acom-panhado por um aumento da urbanização como con-seqüência das contradições do processo de moderni-zação da economia brasileira.c) A tendência ao declínio do crescimento populaci-onal compensa as taxas de urbanização, podendolevar em breve a uma situação de equilíbrio demo-gráfico.d) A modernização da economia brasileira e a rápidaurbanização operam no sentido de diminuir as taxasde natalidade da população.e) As transformações na estrutura socioeconômica,tanto do campo como na cidade, têm alterado bas-tante a relação entre o custo e o benefício de terfilhos.

Page 8: Geografia cn2

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9. (UEL/PR) Assinale a alternativa INCORRETA.a) A distribuição da população brasileira tem comocomponentes, além dos fatores naturais, fatores eco-nômicos e históricos tais como movimentos migra-tórios internos.b) Apesar de ser um dos países mais popu-losos domundo, o Brasil continua a ser um país de baixa den-sidade demográfica.c) Na atualidade, a maior concentração popu-lacio-nal brasileira encontra-se na região Sudeste.d) Desde a década de 90, a região Centro-Oeste temconsolidado sua importância como pólo de atraçãopopulacional do país.e) Com exceção da região Nordeste, nas demais regi-ões brasileiras a população rural é menor do que apopulação urbana.

10. (UFF/RJ)Evolução da população brasileira – 1881 / 2000

Afirma-se, após análise das informações fornecidaspelo gráfico:I - A tendência recente é de estabilidade nas taxasde mortalidade e natalidade brasileiras, em um pa-tamar inferior ao período que antecedeu à SegundaGuerra Mundial.II - A partir da década de 70 observa-se uma sensívelqueda da taxa de natalidade, porém, a taxa de mor-talidade revela um sentido oposto.III - A mortalidade registra declínio consistente a par-tir da década de 30, ao passo que a natalidade só de-clina de modo mais expressivo a partir dos anos 60.IV - As taxas de mortalidade e de natalidade só apre-sentaram crescimento significativo a partir dos anos 50.As afirmativas que estão corretas são indicadas por:a) I e II b) I e III c) II e IIId) II e IV e) III e IV

11. (UNIFENAS/MG) Sobre a população brasileira,todas as afirmações estão corretas, EXCETO:a) A população absoluta é levada enquanto que a re-lativa é reduzidab) As maiores concentrações populacionais aparecemno litoral.c) As taxas de natalidade vêm caindo, embora aindasejam bastante elevadas.d) São Paulo representa o Estado de maior popula-ção absoluta e relativa.e) Segundo o IBGE, o censo de 1991 mostrou que,entre a população brasileira, predominam os brancos.

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A ESTRUTURA POPULACIONALBRASILEIRA E A RELAÇÃO COM

OS SETORES ECONÔMICOS

Segundo a ONU, o total de idosos, de 646 milhões,cresce a mais de 11 milhões a cada ano. A maioriaestá no continente europeu. Estima-se que até 2050,a proporção de jovens (com menos de 125 anos deidade) se reduza de 30% para 20% enquanto o núme-ro de idosos deverá subir para 22% da populaçãomundial, perfazendo 2 bilhões de pessoas.Essa marca indica o aumento da expectativa de vida,graças à melhoria dos serviços de saúde, saneamen-to e ao acesso à água tratada.

Nos países desenvolvidos ocorre o predomínio dapopulação adulta ativa (20 a 60 anos), entretanto,nos países em desenvolvimento começa a ocorrer opredomínio de adultos, com o crescimento de velhos(acima de 60 anos) e redução dos jovens (menos de20 anos).Existe normalmente um equilíbrio de proporçõesentre o número de pessoas do sexo masculino e dosexo feminino. A população feminina, no geral, é umpouco maior que a masculina, pois a expectativa devida do sexo feminino é ligeiramente superior à domasculino. Mas essa diferença quase nunca é signi-ficativa. Apenas os países (ou áreas) de imigraçãogeralmente possuem maior população masculina,enquanto as áreas ou países de emigração possuemmaioria de mulheres. As diferenças, contudo, rara-mente ultrapassam os 5% ou 6%.

DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO ATIVA PORSETORES ECONÔMICOS EM ALGUNS

PAÍSES SELECIONADOS (EM%)

País Setor primário Setor secundário Setor terciário

1980 1999 1980 1999 1980 1999

Austrália 8 5 34 22 58 73Canadá 6 4 34 23 60 73

Brasil 41 26 28 20 31 54China 73 46 14 21 13 33Coréia do Sul 30 11 30 31 40 58Espanha 19 8 39 30 42 62França 9 5 43 26 48 69Índia 63 58 15 18 22 24Japão 9 5 39 33 52 62Nigéria 53 43 10 9 37 48Rússia 19 12 50 47 31 36Uganda 84 80 6 7 10 13

Nos países desenvolvidos a maioria da população tra-balha no setor terciário e secundário, com amplamecanização no setor primário. Nos países subde-senvolvidos, de modo geral, a população se concen-tra também no setor terciário, com hipertrofia domesmo. A agricultura concentra ainda um bom nú-mero de mão-de-obra ativa, sendo que a mecaniza-ção já começa a atingir a população local forçandofluxo populacional de saída.O setor terciário é muito amplo e engloba tanto osserviços moderníssimos (institutos de pesquisascientífica e tecnológica, universidades e hospitais,setor financeiro, assessorias, empresas de softwa-res para computação, publicidade, comunicações,etc.) como também atividades tradicionais, que emalguns casos são até desnecessárias para a eco-nomia do país. Alguns propuseram reclassificaresse setor em dois: terciário (comércio) e quater-nário (serviços).

A ESTRUTURA POPULACIONAL BRASILEIRA

A expectativa de vida dos brasileiros aumenta de41,5 anos para 68,1 entre 1940 e 1998. Essa maiorlongevidade, associada à queda da taxa de fecun-didade, faz com que cresça a participação de ido-sos na população e diminua a de crianças e ado-lescentes, em proporções que variam conforme aregião do país. Em 1940, a participação de menoresde 17 anos no total da população era de 56%. Atu-almente, eles são pouco mais de um terço da po-pulação.

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Número de migrantes 1999No final da década de 90, aproximadamente 15,5 milhões de pesso-

as residiam fora de suas regiões de nascimento – 9,5% do total debrasileiros.

Regiõesde partida Emigrantes

Regiões de destino (%)

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

Norte* 525.427 - 25,5 29,7 4,1 40,7

Nordeste 8.555.891 9,3 - 7,3 3 14,7

Sudeste 3.339.585 7,3 22,4 - 79,9 40,4

Sul 2.239.478 7,4 3 65,7 - 23,8

Centro-oeste 874.036 28 10,9 51,4 9,7 -

Fonte: Sinopse Preliminar do censo 2000/IBGE - *Exclusive a população rural

À medida que cresce a expectativa de vida da popu-lação, aumenta a participação das mulheres no con-tingente de idosos, em razão das taxas de mortalida-de diferenciadas entre os sexos. A sobrevidafeminina, que tem origem em fatores biológicos, éacentuada pela incidência de mortes por causas vio-lentas, como homicídios e acidentes de trânsito, queatingem os homens em proporções mais elevadas queas mulheres e cuja ocorrência aumentou nas últi-mas duas décadas. Com efeito, a expectativa de vidafeminina e a masculina passam de 6,3 anos em 1980para 7,8 anos em 1998, sendo que essa diferençachega a dez anos em algumas localidades, como oestado do Rio de Janeiro.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

1. (CN) “Os sinais de envelhecimento vão se acumu-lando e a sociedade fingindo que não vê. Sobretudoquando a idealização da juventude é nutrida dia-a-diapela mídia e onde o mito do país jovem é particular-mente arraigado.”(Jornal do Brasil, 15/06/97)O fator que melhor explica a tendência de envelheci-mento da população brasileira é:a) A queda da taxa de fecundidadeb) O aumento da taxa de mortalidadec) O fim da política natalista dos anos 90d) A estagnação na entrada de imigrantes jovense) A maior participação da mulher no mercado detrabalho

2. (CN) No Brasil vem ocorrendo uma sensível redu-ção das taxas de natalidade, principalmente a partirde 1960. Persistindo esta tendência, e sabendo-seque o país caminha para o chamado equilíbrio demo-gráfico, o número de jovens, adultos e idosos deverá,respectivamente:a) diminuir, permanecer e aumentar.b) Diminuir, aumentar e aumentar.c) Diminuir, aumentar e permanecer.d) Aumentar, diminuir e aumentar.e) Diminuir, permanecer e diminuir.

3. (CEFET/RJ) O envelhecimento da população é umforte processo constatado em vários paises do mun-do, inclusive no Brasil. Como causas do envelheci-mento populacional podemos apontar:a) Redução dos índices de natalidade e aumento daexpectativa de vida

b) Aumento dos índices de natalidade e menor ex-pectativa de vida.c) Menor expectativa de vida e redução dos índicesde natalidade.d) Menor expectativa de vida e maior crescimentovegetativo.e) Fortes correntes migratórias e menos crescimen-to vegetativo.

4. (FUVEST/SP) No Brasil, a participação do traba-lho feminino no setor secundário já foi maior quenos dias atuais. Essa diminuição pode ser explica-da, entre outros fatores, pelaa) Mudança na estrutura industrial, com a menorparticipação dos ramos tradicionais, como o têxtil, ode vestuário e o alimentício.b) Monopolização masculina do trabalho industrial,decorrente das inovações tecnológicas.c) Diminuição da importância dos ramos de químicae eletrônica; tradicionais empregadores de mão-de-obra feminina.d) Manutenção da estrutura industrial e monopoli-zação do trabalho masculino.e) Manutenção da estrutura industrial e do desen-volvimento tecnológico.

5. (VUNESP) Em termos demográficos, quanto maioré a relação idoso/criança, mais elevada é a propor-ção de idosos. A observação da tabela permite inferirque, nas regiões brasileiras, no período 1980-1996,todos esses valores percentuais aumentaram.

RELAÇÃO IDOSO/CRIANÇA NAS REGIÕES BRASILEIRASEM 1980, 1991 E 1996 - EM PORCENTAGEM.

Região 1980 1991 1996Norte 6,09 7,07 8,52Nordeste 10,02 12,84 15,48Sudeste 12,27 16.47 20,33Sul 10,58 15,57 19,08Centro-Oeste 6,35 9,26 11,71Brasil 10,49 13,90 16,97

Fonte: IBGE 1996

Assinale a alternativa que justificativa as variaçõesobservadas.a) Aumento contínuo nas taxas de natalidade e di-minuição da esperança de vida.b) Crescente alta na taxa de natalidade e diminuiçãoda mortalidade infantil.c) Crescimento acelerado da taxa de mortalidade eaumento no fluxo migratório recente.d) Melhoria na distribuição de renda e diminuição dataxa de mortalidade.e) Queda da fecundidade e aumento da esperança de vida.

6. (UFCE) Observe as pirâmides etárias da popula-ção brasileira, dos anos 1950 e 1991.

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GrandesRegiões

Grandes Grupos Populacionais (%)

A partir da comparação entre os dois gráficos, anali-se as afirmativas abaixo:I - A pirâmide de 1950 tem base larga apresentandoum número significativo de brasileiros nas faixas de0 a 4 anos, de 5 a 9 anos e de 10 a 14 anos, emambos os sexos.II - Na pirâmide de 1991 observa-se uma diminuiçãodos grupos etários de 0 a 4 anos, indicando uma di-minuição das taxas de natalidade.III - A pirâmide de 1991 demonstra uma diminuiçãoda população de terceira idade e do grupo de adultosem função do aumento das taxas de mortalidade.De acordo com o exposto acima, é correto afirmarque:a) I e II são verdadeiras.b) I e III são verdadeiras.c) I, II e III são verdadeiras.d) Apenas I é verdadeira.e) Apenas II é verdadeira.

7. (UFJF) Analise a tabelaGRANDES CONJUNTOS POPULACIONAIS

POR GRUPOS DE IDADE E SEGUNDOAS GRANDES REGIÕES (1980-1996)

0 A 14 anos 15 a 64 anos 65 anos ou mais

1980 1991 1996 1980 1991 1996 1980 19911996

Brasil 38,24 37,73 31,62 57,74 60,45 63,01 4,01 4,83 5,37

Norte 46,16 42,54 39,09 51,02 54,45 57,08 2,81 3,01 3,33

Nordeste 43,46 39,40 35,55 52,18 55,54 58,95 4,35 5,06 5,50

Sudeste 34,15 31,22 28,42 61,66 63,64 65,81 4,19 5,14 5,78

Sul 36,28 31,93 29,62 59,89 63,10 64,85 3,84 4,97 5,63

C-Oeste 40,47 35,28 32,02 56,96 61,45 64,23 2,57 3,27 3,75

Fonte: IBGE, Contagem da População, 1996.

Sobre a análise dos dados é correto afirmar, EXCE-TO:a) A ampliação da parcela de adultos tem efeitos so-cioeconômicos positivos, em função da diminuiçãodo peso proporcional dos gastos destinados à popu-lação não-ativa;b) A parcela de jovens é mais elevada justamentenas regiões geográficas e camadas sociais carentesque registram crescimento vegetativa superior à mé-dia;c) O aumento da expectativa de vida da populaçãoresultou na ampliação da parcela em idade potenci-almente ativa e dos idosos, com redução da partici-pação de jovens;

d) O aumento da mortalidade infantil explica a que-da do número de jovens, principalmente nas regiõesNorte e Nordeste.

8. (UECE) Examine com atenção o gráfico.

BRASIL: DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃOECONOMICAMENTE ATIVA POR SETORES

DE PRODUÇÃO (em %) – 1940 a 1995

Sobre a evolução da PEA, é correto afirmar que:a) A queda da PEA no setor primário, até 1990, estáassociada à industrialização, à estrutura fundiáriainjusta, ao difícil acesso a terra e à mecanização daagricultura;b) Na atual década, continuam grandes contingentespopulacionais do setor primário a se transferir parao terciário;c) O setor terciário em elevação indica melhoria so-cial;d) O contingente da PEA no secundário tem se ele-vado continuamente, o que indica maior desenvolvi-mento do país.

9. (UECE) Fato novo na composição da populaçãoeconomicamente ativa – PEA – refere-se à participa-ção da mulher no mercado de trabalho. Sobre essetema é correto afirmar que:a) Ocorrem inúmeros obstáculos ao ingresso da mu-lher no mercado de trabalho: maternidade, baixo ní-vel de instrução, trabalho no lar, discriminação etc.b) No Brasil, não há discriminação à mulher paraexercer atividades remuneradas.c) O número de mulheres no mercado de trabalho jáé igual ao de homens.d) No nordeste, as mulheres, no mesmo trabalho doshomens ganham mais.

10. (UFRRJ/RURAL-2000) Analisando as pirâmidesetárias representadas na figura abaixo, podemos con-cluir que o

BRASIL – PIRÂMIDES ETÁRIAS

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a) Brasil pode ser considerado um país em transiçãodemográfica, passando de país jovem para maduro.b) Brasil tende a continuar um país jovem, com ele-vadas taxas de natalidade e baixa expectativa de vida.c) Brasil apresenta uma transição demográfica con-cluída, evidenciada pelas baixas taxas de natalidadee mortalidade.d) Brasil apresenta uma população envelhecida, de-terminante da alta taxa de mortalidade.e) Aumento da expectativa de vida no Brasil se deveà considerável presença de jovens em sua pirâmideetária.

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1. (CN) O Censo realizado pelo IBGE em 1991 reve-lou mudanças estruturais na demografia brasileira.A respeito dessas mudanças assinale a opção querevela a realidade atual junto à nova pirâmide etáriado país.a) A base da pirâmide etária vem se estreitando, oque significa que as taxas de natalidade estão dimi-nuindo, principalmente pela imposição da urbaniza-ção e da inserção feminina no mercado de trabalho.b) O ápice da pirâmide está sofrendo um estreita-mento já que o número de idosos vem diminuindoem função da baixa expectativa de vida e da falênciados setores da previdência social que atendem essacamada da população brasileira.c) O Brasil ainda não iniciou o seu processo de tran-sição demográfica, o que nos ajuda a compreender abaixa participação da nossa população economica-mente ativa, que vem assinalado no “corpo” da pirâ-mide etária.d) A altura de nossa pirâmide etária está se reduzin-do justificada pela maior concentração de investimen-tos das faixas de jovens e adultos que tem um pesoimportante na economia do país.e) A elevação da expectativa de vida evidenciada peloaumento da altura da pirâmide é um reflexo claro damelhor distribuição sócio-econômica no país, fatocomprovado a partir da industrialização e urbaniza-ção do mesmo.

2. (VASSOURAS/RJ)

Ano POPULAÇÃO %Urbana Rural

1950 36,16 63,841960 44,67 55,31970 55,92 44,081980 57,60 32,401991 75,47 24,531996 78,35 21,65

Fonte: IBGE

Quanto ao comportamento da população brasileiraexpresso na tabela acima, considere as afirmativasabaixo:I - A população rural vem diminuindo a cada décadadevido às altas taxas de mortalidade registradas nocampo.

II - A partir dos anos 50 o processo de industrializa-ção estimulou a migração do campo para a cidade,fenômeno que, 30 anos mais tarde, praticamente in-verteu a distribuição populacional.III - A modernização da estrutura agrária brasileiraacentuou o esvaziamento da população rural entre1940 e 1950.Assinale:a) Se somente a afirmativa I estiver correta.b) Se somente a afirmativa II estiver correta.c) Se somente a afirmativa III estiver correta.d) Se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.e) Se todas as afirmativas estiverem corretas.

3. (FURG) Uma das características atuais do com-portamento da população brasileira éa) O aumento da taxa de crescimento nos últimosanos.b) A estabilidade da taxa de crescimento nos últimosanos.c) A redução da taxa de crescimento nos últimosanos.d) A tendência à estabilização no crescimento da po-pulação mais velha.e) A tendência do crescimento da população empre-gada no setor secundário.

4. (FGV/SP)

1950 1970 1991I 36% 56% 76%I I 64% 44% 24%

Fonte: FIBGE

Na tabela acima, os algarismos I e II representam,respectivamente, a dinâmica da população:a) I – urbana; II – rural.b) I – empregada no setor secundário; II – empregadano setor primário.c) I – economicamente ativa; II – desempregada.d) I – empregada no setor terciário; II – empregadano setor primário.e) I – de 20 a 59 anos; II – de 0 a 19 anos.

5. (FATEC/SP-2000) Considere o gráfico e as afir-mações apresentadas abaixo

POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA DO BRASIL

Fonte: Folha de São Paulo, 27/06/1999.Especial 5 Anos Depois... p. 06

I - A situação de “trabalho precário” é caracterizadapelas parcelas de trabalhadores enquadrados comoassalariados sem registro e “free-lance / bico”.

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Empresários / outros������������������������������������������������ Desempregados

.

BRASIL

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13

II - Os assalariados sem registro e os desemprega-dos somam mais de 50% da população economica-mente ativa no Brasil.III - Os assalariados registrados correspondem, atu-almente, a aproximadamente ¼ da população econo-micamente ativa do Brasil.IV - Importante parcela de assalariados brasileirosestá no setor público, responsável por mais da me-tade dos empregos no país.Com base nas informações do gráfico e em seus co-nhecimentos sobre o assunto, deve-se concluir quesão corretas somente as afirmaçõesa) I e II; b) I e III; c) II e III;d) II e IV; e) III e IV.

6. (SOUZA MARQUES/RJ) A manchete de 02/11/00do Jornal O Globo – Caderno de Economia, diz:“Brasil mais feminino e urbano – Censo do IBGEmostra que as mulheres são maioria em 25 das 27unidades da Federação”Assinale a alternativa que melhor explica a manchete.a) A expectativa de vida do homem é menor que a dasmulheres, uma vez que os homens morrem mais cedo– principalmente de causas violentas a partir dosquinze anos.b) A fecundidade cai no País, em conseqüência domaior planejamento familiar, da participação femini-na no mercado de trabalho e da própria urbanização.c) A população urbana vem crescendo e a proporçãoentre homens e mulheres é diferente de acordo coma localidade. Nas grandes metrópoles os homens pre-dominam e nas médias cidades a predominância édas mulheres.d) Os estados em que os homens são ainda maioriatêm características rurais e forte perfil migratóriodecorrente da busca de oportunidades econômicas,com baixo índice de violência.e) A população do país envelheceu em virtude princi-palmente da redução da taxa de natalidade e da taxanegativa de crescimento vegetativo.

7. (ULBRA/RS) Sobre os setores de atividade econô-mica, é correto afirmar que:a) Nos países desenvolvidos o setor terciário é hi-pertrofiado, pois existe um excesso de produção nossetores primário e secundário.b) O aumento no setor terciário nos países subde-senvolvidos indica um grande desenvolvimento eco-nômico.c) Os países desenvolvidos capitalistas apresentamamplo domínio do setor terciário, com uma forte con-centração da população economicamente ativa nosetor primário.d) Os bancos, o comércio e os serviços públicos sãofunções do setor terciário.e) Nos países desenvolvidos capitalistas predominamo setor primário, o que reflete um alto grau de de-senvolvimento humano.

8. (FURG) Relacione os setores produtivos da econo-mia citados na coluna 1 com as características cita-das na coluna 2.Coluna 11 – setor primário2 – setor secundário3 – setor terciário4 – setor quaternário

Coluna 2( ) pesquisa científica( ) produção de produtos petroquímicos( ) telefonia( ) manuseio de florestas exóticasA alternativa que contém a associação correta dacoluna 2, quando lida de cima para baixo, éa) 1, 4, 2 e 3 b) 2, 3, 1 e 4 c) 3, 2, 1 e 4d) 4, 1, 3 e 2 e) 4, 2, 3 e 1

9. (INATEL/SP) A População Economicamente Ativa– PEA – está diretamente ligada à estrutura econô-mica de um país.Sobre a PEA é CORRETO afirmar que:a) Nos países menos desenvolvidos não existe PEAnos setores secundário e terciário.b) Nos países menos desenvolvidos a PEA concen-tra-seno setor primário.c) Nos países menos desenvolvidos a PEA está con-centrada no setor secundário.d) Nos países mais desenvolvidos não existe PEAnos setores primário e terciário.e) Nos países mais desenvolvidos a PEA concentra-se nos setores terciário e secundário.

10. (UNIFENAS/NG) O termo “População Economi-camente Ativa” (PEA) designa toda população.a) Que participa do mercado de trabalho.b) Dotada ativamente de poder econômico.c) Que possui bens e está no mercado de consumo.d) Que trabalha na indústria.e) Que está desempregada.

11. (UFSCAR/SP) Considere as seguintes afirmaçõessobre a população brasileira.I - Reduziu de forma significativa os movimentosmigratórios inter-regionais e extra-regionais.II - Apresenta, nestas últimas décadas, redução dataxa de natalidade.III - Tem gradativamente, aumentado a esperança de vida.IV - Caracteriza-se pelo forte crescimento vegetativo.V - Apresenta taxas de mortalidade infantil diferen-ciadas de acordo com a região.Estão corretas SOMENTE as afirmaçõesa) I, II e IV b) I, II e V c) I, III e IVd) II, III e V e) III, IV e V

12. (UNIFOA/RJ-2001) As atividades urbanas con-sideradas “subempregos” – tais como: vendedores am-bulantes, os “guardadores de carro” nas ruas, os ca-melôs e biscateiros, os “vendedores nos semáforos”e outros – que aumentaram bastante no Brasil nasúltimas décadas, costumam ser incluídos no setor:a) Primário b) Secundário c) Quaternáriod) Terciário e) Semicomercial

EXERCÍCIOS PROPOSTOS II

1. (CN) A tabela a seguir mostra que as mulheresbrasileiras estão ampliando sua participação no co-mando das famílias das Regiões Nordeste, Sudeste,Centro-Oeste e Sul. Porém, não é esse o caso daRegião Norte onde os índices são mais baixos. OEstado de Rondônia, por exemplo, apresentava o ín-dice de 11,7% em 1991.

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CRESCE O NÚMERO DE MULHERESCHEFES DE FAMÍLIA

Nordeste Sudeste Centro-Oeste Sul

1980 1991 1980 1991 1980 1991 1980 1991

16,6% 19,5% 14,6% 13,6% 13,2% 17,0% 12,1% 15,5%

Examine com atenção as alternativas a seguir e as-sinale a alternativa FALSA.a) Os elevados índices de participação das mulheresenquanto chefes de família, no Nordeste brasileiro,se explica em função da continuidade das emigra-ções de homens para Região norte, Centro-Oeste eSudeste.b) A ampliação da participação das mulheres comochefes de família nas regiões assinaladas na tabelaé resultado de conquistas obtidas pelo movimentofeminista que possibilitou às mulheres as mesmascondições no mercado de trabalho que os homens.c) Rondônia tem um baixo índice de participaçãode mulheres enquanto chefes de família, por seruma área de imigração recente e, neste caso, comoacontece geralmente, predomina a população mas-culina.d) Em virtude dos níveis salariais mais baixos queas mulheres obtêm no mercado de trabalho, a eleva-ção do número de mulheres como chefes de famíliaindica uma elevação da miséria social, ampliando ofenômeno da pobreza.e) A desestruturação da família tem como uma desuas causas principais o intenso movimento migra-tório que atinge uma grande parte da população bra-sileira. Uma quantidade expressiva de brasileiros nãovive onde nasceu e ainda não tem seu paradeiro de-finido.

2. (FATEC/SP) Considere o gráfico para responder àquestão.

BRASIL: DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃOECONOMICAMENTE ATIVA POR SETORES

DE PRODUÇÃO (em %)

Fonte: M. Adas, Panorama Geográfico do Brasil, 1998 p.495

Os números I, II e III identificam, respectivamente,os setoresa) Primário, terciário e secundário.b) Secundário, terciário e primário.c) Secundário, primário e terciário.d) Terciário, secundário e primário.e) Terciário, primário e secundário.

3. (FAPA/RS) Atualmente, das 69 milhões de pesso-as que consistem a população ocupada no Brasil, 60%,ou seja, 41 milhões, estão no mercado informal. Essefenômeno planta numerosos problemas.

A questão mais grave provavelmente seja de ordem:a) Geográfica, pois os informais estão concentradosnas grandes cidades.b) Tributária, pois os informais não pagam qualquertipo de imposto indireto.c) Previdenciária, pois os informais, embora nadacontribuam para a Seguridade Social.d) Demográfica, pois os informais apresentam, altís-simas taxas de nupcialidade e fecundidade.e) Política, pois os informais, em sua grande maio-ria, engrossam movimentos sociais reivindicatóriosde extrema esquerda.

4. (FGV/SP) “Segundo o IBGE, um quarto dos 28 mi-lhões de mulheres brasileiras que trabalham são tambémchefes em seus lares. Desses lares, 30% estão abaixo dalinha da pobreza. As mulheres são, também, as maioresvítimas do desemprego em centros urbanos: a taxa é de6% para a ala masculina mas de 8,5% para a feminina. (M.A. Maranhão. Inclusão das mulheres é compromisso mun-dial, In Jornal O Estado de São Paulo, 12/08/2000,p.A2)As afirmações abaixo contribuem para entender essecontexto, exceto a alternativa:a) A discriminação de gênero é forte, a tal ponto queas mulheres necessitam de níveis mais altos de edu-cação formal para conseguir e manter empregos quelhes assegurem salários, em média, mais baixos queos masculinos.b) A concentração da mão-de-obra no setor terciáriopode ser associada à desvalorização embutida naeducação da mulher, que a moeda para profissõestidas como femininas, geralmente de baixo prestígioe pequena remuneração.c) O ônus da reprodução, especialmente social, in-flui no tempo de experiência continuada no mercadode trabalho de muitas mulheres, refletindo-se emsua qualificação no grupo de ocupações que desem-penha e na qualidade dos postos de trabalho dispo-níveis.d) A População Economicamente Ativa (PEA) femini-na representou uma porcentagem bastante elevadae bem remunerada durante a Segunda Guerra Mun-dial, mas ela vem decrescendo entre as mulheres debaixa escolaridade e baixos salários, desde aquelaocasião.e) Os filhos constituem empecilhos à inserção dasmulheres no mercado de trabalho formal, especial-mente as de baixos níveis de escolaridade e de baixarenda, uma vez que não existem creches e outros equi-pamentos de uso coletivo em número suficiente.

5. (CEFET/RJ) O envelhecimento da população é umforte processo constatado em vários países do mun-do, inclusive no Brasil. Como causas do envelheci-mento populacional, podemos apontar:a) Redução dos índices de natalidade e aumento daexpectativa de vida.b) Aumento dos índices de natalidade e menor ex-pectativa de vida.c) Menor expectativa de vida e redução dos índicesde natalidade.d) Menor expectativa de vida e maior crescimentovegetativo.e) Fortes correntes migratórias e menor crescimentovegetativo.

01020304050607080

1940 1950 1960 1970 1980 1990 1995

IIIIII

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6. (PUC/RS)BRASIL – DISTRIBUIÇÃO DA PEA POR SETOR

DE ATIVIDADE

Primário Secundário Terciário

Pela análise do gráfico referente à População Econo-micamente Ativa (PEA), é correto afirmar quea) O menor número da população ativa concentra-seno setor primário, pois gradualmente a mecanizaçãodo campo transfere o antigo camponês para o traba-lho nas indústrias tradicionais e carentes de mão-de-obra.b) A maior concentração da população ativa está nosetor terciário; assim como nos países ricos, profis-sionais especializados dividem esse setor com pres-tadores de serviço de pouca ou nenhuma qualifica-ção profissional.c) O trabalho informal distribuído pelas diferentesatividades do setor secundário está sempre vulnerá-vel a diversos fatores, como variação cambial, ques-tões de fronteiras e represálias policiais.d) A abertura de pequenos negócios em espaços maiscarentes dos grandes centros urbanos, reflexo dadesorganização socioeconômica do país, tem incha-do o setor terciário.e) O quadro apresentado reflete a realidade vivencia-da pelos países de economia planificada existentesno chamado Mundo Bipolar.

7. (UGF/RJ) O desemprego pode ser classificado emduas categorias: conjuntural e estrutural. O fator queprovoca o desemprego estrutural é:a) O desenvolvimento de novas tecnologias.b) O aumento exagerado do subemprego.c) O emprego de métodos tradicionais de trabalho.d) O fortalecimento da estrutura sindical.e) O processo de êxodo urbano.

8. (UNIFENAS/MG) Com base nos dados prelimina-res do Censo 2000, julgue os itens abaixo:I - Desmitifica-se o mito da explosão populacionalno país, pois a taxa de crescimento demográfico veri-ficada continua em redução.II - apesar de alguns avanços sociais, a distribuiçãoda renda não sofreu alteração na última década, per-manecendo no país as fortes desigualdades regionais.III - Houve significativo aumento da expectativa devida e da população masculina, que hoje supera apopulação feminina, tendência verificada neste últi-mo censo.IV - Ao lado do envelhecimento da população, foi constata-da uma destacável queda na taxa de analfabetismo, sendo

maior a faixa etária adulta, que apresenta hoje, cerca de 8milhões de analfabetos como chefes de família.V - Cresce o número de mulheres como chefes defamília nos lares brasileiros, principalmente nas re-giões Nordeste e Sudeste. No Nordeste as mudan-ças culturais e a migração constituem fatos relevan-tes para esse processo.São verdadeiros:a) Todos os itens acima.b) Apenas os itens III e V.c) Somente os itens II e III.d) Os itens I, III e IV.e) Os itens I, II, IV e V.

9. (UERJ) Os dados abaixo tratam da população ocupa-da no Brasil entre o final do século XIX e início do XX.

BRASIL – POPULAÇÃO OCUPADA(em milhares e em %)

SETORES 1872 1920Agricultura 3671 – 54,1% 6377 – 69,7%Indústria 282 – 4,9% 1264 – 13,8%Serviços 1773 – 31,0% 1509 – 16,5%Total 5726 – 100% 9150 – 100%

A análise dos dados leva à seguinte característicaeconômica desse período:a) Crescimento do setor de serviços.b) Dinamização da atividade industrial.c) Protecionismo da agricultura de subsistência.d) Desenvolvimento acelerado dos três setores eco-nômicos.

10. (UGF/RJ) Observe a pirâmide etária abaixo

Essa pirâmide caracteriza um país:a) Desenvolvido, com elevada expectativa de vida;b) Subdesenvolvido, com alta expectativa de vida;c) Subdesenvolvido, com grande número de jovens;d) Desenvolvido, com baixa expectativa de vida;e) Subdesenvolvido, com reduzida taxa de natali-dade.

29,2

23,8

6,53,78,54,7

12,4

17,2 Serviços

Comércio

AdministraçãoPública

AtividadesSociais

Transporte eComunicação

Outros

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OS MOVIMENTOSPOPULACIONAIS NO BRASIL

As migrações internas

O fluxo de migrantes para o Nordeste, em sua maiorparte originário da Região Sudeste, aumenta em rela-ção aos dados apontados pelo Censo de 1991 (período1986/1991) e supera a Região Centro-Oeste em volu-me de entrada de migrantes. No entanto, o saldo ain-da é negativo: o número de pessoas que saem ainda émaior que o de pessoas que entram na região.Na Região Centro-Oeste, apesar da menor atração, osaldo migratório é positivo e elevado. A Região Nortereduziu a atração, mas continua recebendo mais gen-te do que perdendo. Os novos dados indicam, tam-bém, que a atração aumenta na Região Sul e redu-zem saídas, equilibrando o saldo migratório, antesnegativo.A Região Sudeste continua liderando a atração demigrantes, com acréscimo no volume de entrada demigrantes em relação ao período 1986/1991. Ocorreaumento na entrada de migrantes originários da Re-gião Norte, Nordeste e Centro-Oeste e diminuiçãodos migrantes originários da Região Sul.O movimento dos migrantes entre os estados e mu-nicípios brasileiros cai durante toda a década de 90 ese diversifica. O Amapá, Tocantins e Goiás, além doDistrito Federal, são os novos centros de atraçãonessa primeira metade da década de 90. Os dois pri-meiros recebem pessoas procedentes da própria Re-gião Norte, além do estado do Maranhão. Os demaisacolhem grupos de nordestinos em seu conjunto. Amudança de rota reflete, segundo os estudiosos, ocrescimento das oportunidades de trabalho e negó-cios nessas regiões. Esse é o caso do Centro-Oeste,com empreendimentos agropecuários bem-sucedidos.O surgimento e a consolidação de novos pólos deatração têm possibilitado que um número cada vezmaior de migrantes se mova apenas entre estadosda própria região de origem, caracterizando, assim,os movimentos migratórios intra-regionais. Aumen-tando em todo o país, a migração intra-regional temmaior destaque no Nordeste e no Sul, regiões mar-cadas por forte movimento de evasão nas últimasdécadas e que, com o crescimento econômico de suascidades, metropolitanas e do interior, passaram a retersuas populações, além de atrair de volta os que ha-viam migrado para outras regiões, tornando-se pólosda migração de retorno. Além disso, a diminuição deoportunidades no Sul e Sudeste incentivou a voltade migrantes a suas regiões de origem.Já os fluxos de longa distância, em particular aque-les com destino às fronteiras agrícolas, como Ron-dônia, diminuíram na década passada. Entre os cen-tros tradicionais de recepção de novas populaçõesse matem apenas os estados do Espírito Santo, deSanta Catarina e de São Paulo. Este último, mesmocom a diminuição no fluxo de migrantes, continuasendo o estado que atrai o maior número de pesso-

as. Segundo o IBGE, entre 1991 e 1996, São Paulorecebeu 1,1 milhão de migrantes, mais de um quartodo total do país no período.

Fluxos migrantes para o exterior

Duas características marcam o fenômeno da migra-ção em todo mundo, com reflexos no Brasil. De umlado há um fluxo de migrantes vindos dos paísessubdesenvolvidos ou em desenvolvimento, que fo-gem da crescente desigualdade social e econômica,do desemprego ou de guerra em seu país de origem.De outro, o deslocamento de executivos, que ocu-pam cargos de direção em grandes multinacionais comaltos salários.

Os brasileiros no exterior

A partir de 1980, as sucessivas crises econômicas eo decréscimo de ofertas de trabalho são fatores quelevam brasileiros a migrar para outros países. Cercade 1,5 milhão de brasileiros residem fora do país,concentrados em maior número no EUA, no Paraguaie no Japão.Os imigrantes brasileiros, em geral, têm como metatrabalhar de uma a três anos em país desenvolvido,mesmo que em funções menos qualificadas, para ga-rantir a economia necessária que lhes proporcionemelhores condições de vida ao retornar para o Bra-sil. Nos países que os acolhem, grande parte ocupapostos de trabalho recusados pela mão-de-obra lo-cal. Dessa forma, jovens profissionalmente bem qua-lificados acabam executando tarefas de faxineiros,garçons, baby-sisteres. No Brasil, a cidade mineirade Governador Valadares ficou conhecida pelo signi-ficativo fluxo migratório rumo às cidades norte-ame-ricanas, principalmente Boston. Na Europa, Portu-gal e Itália destacam-se na preferência dos imigrantesbrasileiros.Outro fenômeno importante é o da entrada maciçade trabalhadores brasileiros no Japão, os dekasse-guis. De acordo com a legislação japonesa, só é per-mitido o visto de trabalho aos nisseis, sanseis oucasados com descendentes japoneses. Geralmente,esses imigrantes permanecem no país por um perío-do médio de três anos. E 1997, cerca de 202 mil bra-sileiros viviam no Japão.Os dekasseguis desempenham atividades considera-das inferiores. A maior parte trabalha em indústrias depeças automobilísticas, eletrônica e elétrica e vive empequenos apartamentos ou alojamentos próximos aolocal de trabalho. Os dekasseguis enfrentam intensoritmo de trabalho diário e dificuldades de adaptaçãooriundas das diferenças de língua e de costumes.Os Brasiguaios representam outro grupo diferencia-do no processo de imigração geralmente, provenien-te de estados como Mato Grosso e Paraná, são cam-poneses, sem-terras que ultrapassam a fronteiracomo Paraguai e se estabelecem em áreas agrícolasna Região do rio Alto Paraná. O total de 351 mil bra-sileiros residia no Paraguai em 1997.

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Os trabalhadores especializados representam outrofenômeno de imigração presente no Brasil é repre-sentado pelos estrangeiros de classe média, altamen-te especializada. Originários de diversos países de-senvolvidos – como EUA, Inglaterra, Alemanha,Espanha e França – são empresários, executivos, téc-nicos e funcionários de empresas multinacionais. Emgeral, vêm como trabalhadores temporários para mo-dernizar e incorporar padrões de qualidade ao siste-ma de produção das filiais, implantar empresas eintroduzir novas formas de gerenciamento. Em geral,esses trabalhadores qualificados permanecem no paíspor um período máximo de três anos. São raros oscasos que fixam residência definitiva.

DISTRIBUIÇÃO POR PAÍSES – 1997(*)

PAÍS % DO TOTAL

Estados Unidos 41,6Paraguai 23,5Japão 13,5Portugal 2,9Argentina 2,8Itália 2,1Alemanha 1,9Reino Unido 1,3Guiana Francesa 1,0Espanha 0,9

(*) EstimativaFonte: Ministério das Relações Exteriores

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

1. (CN)

“Migrando atrás de novas terras, de safras agrícolas ourumo às cidades, os migrantes são resultados do pro-cesso político e econômico do país, (...)”

(Valim, Ana. Migrações: Da Perda da Terra à Exclusão Social.

São Paulo: ed. Atual, 1999)

A partir da charge e do texto, pode-se dizer que osmigrantes no Brasil são movidos por:a) Garantia de sucesso nas áreas receptorasb) Necessidade de sobrevivência econômica.c) Produtividade nas áreas de fronteira agrícola.d) Intensa proletarização das grandes cidades.e) Promessa de emprego nas cidades médias.

2. (CN) O grande número de imigrantes (principal-mente italianos) que vieram para o Brasil depois dasegunda metade do século XIX, foi atraído, princi-palmentea) Pela mineraçãob) Pela criação de gado nas estâncias do sul do paísc) Pelo renascimento da lavoura canavieirad) Pela lavoura cafeeirae) Pelo cacau e borracha

3. (UERRJ) Pode-se dizer que os fluxos migratóriosentre Brasil e Japão conheceram dois momentos. Noprimeiro deles, ocorrido há quase 100 anos, o Brasilrecebia imigrantes. Na atualidade, o fluxo se inver-teu e o país envia para o Japão os “dekasseguis”,descendentes dos imigrantes do primeiro momento.O que caracteriza a situação da maioria da popula-ção migrante, no primeiro e no segundo momento,respectivamente, está apontado no seguinte alter-nativa:a) .eram colonos atraídos pelo governo brasileiro.chegam na condição de trabalhadores ilegaisb) .eram grandes proprietários da terra arruinados.exercem ofícios agrícolas em pequenas proprieda-desc) .trabalhavam em atividades agrícolas de exportação.desempenham atividades pouco qualificadas no meiourbanod) .representam estrangeiros marginalizados no mer-cado de trabalho.possuem dupla nacionalidade com igualdade de di-reitos

4. (VUNESP) Dentre os imigrantes que se dirigirampara o Brasil no século XX, uma nacionalidade des-tacou-se pelo fato da maioria ter se fixado no Estadode São Paulo, embora grande parte tenha se dirigidopara outros estados, como Paraná, Amazonas e Pará.No interior paulista, dedicaram-se ao cultivo do cháno Vale da Ribeira, do algodão e à criação do bicho-da-seda no oeste e aos hortifrutigranjeiros nos arre-dores da capital.O texto trata do imigrantea) Italiano;b) Espanhol;c) Japonês;d) Alemão;e) Holandês.

5. (UFES)BRASIL – FLUXO MIGRATÓRIOS – 1940/1994

Os itens seguintes referem-se ao fenômeno migra-tório representado nas figuras acima.I - Fluxo migratório em direção ao oeste brasileiro,

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contribuindo para acelerar o processo de urbaniza-ção no país e perda gradativa da influência do Sudes-te como região de imigração.II - Predominância dos fluxos migratórios inter-regi-onais com ênfase à viagem dos paus-de-arara em di-reção ao Sudeste e ao Centro-Oeste.III - Surgimento de pólos regionais, de fluxos migra-tórios intra-regionais ou intra-estaduais, e consoli-dação do processo de urbanização do país.A seqüência dos itens que descreve esse fenômenomigratório é:a) I, II, III. b) I, III, II. c) II, I, III.d) II, III, I. e) III, II, I.

6. (UERJ)IRACEMA VOOUIracema voouPara a AméricaLeva roupa de lãE ainda lépidaVê um filme de quando em vezNão domina o idioma inglêsLava chão numa casa de chá

Tem saído ao luarCom um mímicoAmbiciona estudarCanto líricoNão dá mole pra policiaSe puder, vai ficando por láTem saudade do CearáMas não muitaUns dias, afoitaMe liga a cobrarÉ Iracema da América

(Chico Buarque de Holanda)

A explicação adequada para a imigração de brasilei-ros, como a de Iracema, referida na letra da canção,é a:a) Política de imigração do governo americano, quefacilita a absorção no mercado de trabalho.b) Falta de perspectivas no mercado de trabalho, quemotiva procura de alternativas no exterior.c) Estrutura de concentração de terra, que promovea expulsão de trabalhadores nordestinos.d) Desqualificação para o trabalho, que estimula abusca por ocupações compatíveis com as condiçõesde origem.

7. (UERJ) “Em 1989, quase todos os 407 operários dacidade de Pacajus (Ceará) estavam na fábrica de suco ecastanha-de-caju, Jandaia. Hoje, a cidade abriga a fábricade jeans da Vicunha, a Regesa, produtora de papel, e umacadeia de fornecedores. O número de empregos chegou a5.188, um salto de 1.147%. ‘São Paulo já foi o Eldorado detodo cearense’, diz o mecânico de tecelagem Genival Soa-res da Silva, que morou nove anos na capital paulista.‘Mas o futuro está aqui’, completa o operário, que ganha R$550,00, metade do que recebia em São Paulo”.

(Adaptado de Folha de São Paulo, 19/09/99)

A partir do texto, as mudanças nas relações entre aeconomia paulista e algumas áreas do Nordeste, noque tange ao emprego, podem ser traduzidas pelaseguinte afirmação:a) A crise econômica do Centro-Sul estimula as mi-grações de reforço e a criação de empregos mais ba-ratos no Nordeste;b) A política de incentivos fiscais do governo paulistaexpulsa empresas e impulsiona o trabalho mais qua-lificado no Nordeste;c) A saturação da cidade de S.P. força a desconcen-tração industrial e estimula a absorção de empresaspaulistas por nordestinas;d) A ação do governo nordestino abre novas possibi-lidades de investimentos e dificulta a solução de pro-blemas de poluição industrial e Sudeste.

8. (UFRN) O fluxo migratório de brasileiros tem so-frido grandes transfomações. Nas três últimas déca-das, o Paraguai se constituiu o segundo destino daemigração nacional.Esse fato se deve à(ao)a) Incentivo à colonização, pelo governo paraguaio,na região fronteiriça.b) Disponibilidade de áreas agrícolas com preço infe-rior ao das terras do centro-sul brasileiro.c) Perseguições políticas a grupos de trabalhadoresrurais.d) Sistema produtivo, que concentra melhores opor-tunidades de emprego.

9. (C.M. – BARRA DO PIRAÍ/RJ) A migração campo-cidade nos países industrializados tem como causafundamental:a) O baixo rendimento agrícolab) A escassez de terras agriculturáveisc) A substituição da atividade agrícola pela secunda-ristad) A liberação da mão-de-obra com a mecanização rural

10. (CESGRANRIO) A respeito da presença nipônicano Brasil, completando 90 anos em 1998, é corretoafirmar que os primeiros japoneses que aqui chega-ram:a) Entraram em conflito com alemães, italianos epoloneses.b) Fundaram inúmeras cidades no Sul do Brasil.c) Criaram colônias agrícolas em todo o Centro-Oeste.d) Concentraram-se no Estados de São Paulo e doPará.e) Dispersaram-se ao longo de todo o litoral.

11. (CESGRANRIO)Na história da imigração para oBrasil, no século XX, há de se destacar a Lei de Co-tas, de 1934. por essa lei, só poderiam ingressar,anualmente, até 2% do total de imigrantes de umamesma nacionalidade já estabelecidos no país nos50 anos anteriores. Com isto, o Governo federal vi-sava a diminuir a importância política da mão-de-obra operária de origem:a) Italiana. b) Portuguesa. c) Japonesa.d) Sirio-libanesa. e) Coreana.

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12. (CESGRANRIO)

NORDESTE: Movimentos sazonais

A população sertaneja que se desloca nas estaçõessecas encontra na Zona da mata uma demanda pormão-de-obra sazonalmente aquecida pela:a) Formação de pastagens novas em áreas de matas.b) Realização da colheita de cana-de-açúcar.c) Necessidade de replantio de velhos cafezais.d) Implantação de grandes projetos de reflorestamento.e) Ocorrência do plantio de lavouras de algodão.

13. (UGF/RJ) “Maria mora em Nova Iguaçu, na BaixadaFluminense. Ela é empregada doméstica e trabalha emCopacabana, na zona sul carioca. Todos os dias acordaàs quatro horas da manhã para pegar o trem e o ônibus,enfrentando três horas de viagem.No dia 15 de novembro de 2001, a passagem aumentou,embora a qualidade do transporte continuasse a mesma.São 17 horas. Vai começar o retorno para sua residência.”A situação descrita no texto acima caracteriza umtipo de migração existente nas regiões metropolita-nas do país. Esse tipo de migração denomina-se:a) Êxodo rural b) Pendular. c) Transumância.d) Emigração. e) Imigração.

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1. (CN) Os italianos se fixaram no Rio Grande do Sule preferiram ocupar.a) A franja litorâneab) Os vales dos riosc) As depressõesd) As planíciese) Os topos dos planaltos

2. (UFF) A alternativa que apresenta uma relação cor-reta com as recentes mudanças na mobilidade espa-cial da população brasileira é:a) CENTRO-OESTE: mantém-se como uma área desaída de população, principalmente para a RegiãoSudeste.

b) NORDESTE: deixou de ser uma área de saída depopulação, estancando o seu fluxo migratório para aRegião Sudeste.c) SUDESTE: deixou de ser uma área de entrada depopulação para se tornar uma região de expressivaevasão populacional.d) SUL: tornou-se uma das principais áreas de saídade população, sobretudo para as regiões Centro-Oestee Norte do país.e) NORTE: transformou-se na principal área de en-trada de população, recebendo equilibradamente ha-bitantes de todas as demais regiões do país.

3. (CESGRANRIO) A imigração estrangeira teve pa-pel importante na formação da estrutura populacio-nal do Brasil. Sobre esse fluxo migratório, pode-seafirmar que os:I – eslavos, os italianos, os alemães e os polonesesconcentraram-se na região sul do país, onde se ins-talaram no final do século XIX, o que explica, emboa parte, a predominância de brancos entre a popu-lação sulista;II - japoneses, chegando, em grande parte, a partirde 1908, concentraram-se em São Paulo e no Pará,dedicando-se nesse último estado, à agricultura dapimenta-do-reino;III - negros, oriundos da África são mais numerososno nordeste, primeira grande área de atração popu-lacional do Brasil.Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s):a) I apenas. b) I e II apenas.c) I e III apenas. d) II e III apenas.e) I, II e III.

4. (CESGRANRIO) No verão, os pastores se dirigem,com seus rebanhos, para as altas montanhas da zonatemperada, devido aos bons pastos que existem aci-ma da zona florestal. Esse movimento migratório éconhecido como:a) Pendular. b) Diário. c) Transumância.d) Definitivo. e) Êxodo rural.

5. (UNIRIO)Os anos 90 estão mudando o BrasilO gráfico a seguir demonstra uma mudança no com-portamento da população brasileira.

Número de migrantes em milhões

Quanto às características do processo apresentadono gráfico é correto afirmar que:

3,12,7

00,5

11,5

22,5

33,5

1980-1991 1991-1996

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a) Na década de 90 houve uma diminuição do ritmode migrações dos pequenos municípios para as cida-des médias.b) Atualmente o intenso movimento migratório é denordestinos para a região Sudeste, que representaum pólo de tração populacional.c) Entre 1991 e 1996, acentua-se o êxodo rural, tor-nando-se o mais importante movimento populacio-nal interno.d) A partir dos anos 90, passaram a predominar flu-xos migratórios de âmbito intra-regional ou intra-estadual.e) As regiões metropolitanas registraram, hoje, altastaxas de crescimento em virtude dos movimentos demigração de retorno.

6. (UERJ) “Mano velho, mando as primeiras notícias des-de que deixei você e a família no nosso lugar. As dificul-dades são muitas. A chuva não falta, embora tenha umaépoca em que diminui um pouco. Já a terra não é tão fértilquanto parecia: se a gente não cuida, ela logo cansa, por-que a água só leva o que ela tem de bom. E somentequando se derruba aquela mata densa é que se vê que ochão não é plano, e sim ondulado. Com isto, e ainda maisa distância até o rio, tudo fica mais difícil.De qualquer maneira, ainda está dando para levar melhordo que aí na terra; pelo menos aqui não tem que ficarpedindo licença a usineiro para plantar umas coisinhas...”Imagine que o trecho acima seja de uma carta escri-ta por um migrante para sua família.De acordo com os elementos nela contidos, a alter-nativa que expressa, respectivamente, as áreas deimigração e emigração, é:a) Campos do Sul – Mata de Araucária.b) Cerradões do Centro-Oeste – Agreste.c) Caatinga do Nordeste – Pampa Gaúcho.d) Terra-firme na Amazônia – Zona da Mata Nordestina.

7. (UERJ) “Laércio Pereira da Silva, 18, veio do interiorda Bahia para trabalhar durante quatro meses na colheitado café(...). Segundo o sindicato dos trabalhadores ru-rais(...), cerca de 25 mil trabalhadores migram do nortede Minas gerais e do sul da Bahia para a região cafeeirade Patrocínio (Triângulo Mineiro) nesta época (julho).” (FO-LHA DE SÃO PAULO, 07/08/98)A utilização de mão-de-obra migrante pela economiacafeeira explica-se por:a) Necessidade de replantio anual do cafezal, obri-gando à contratação de um contingente extra de agri-cultores.b) Sazonalidade na cultura do café, implicando umavariação da necessidade de trabalhadores ao longodo ano.c) Ocorrência da seca no sertão mineiro e baiano,liberando trabalhadores da cultura de cana-de-açú-car na região.d) Organização de frentes de trabalho no triânguloMineiro pelo governo federal, atraindo migrantes paraa cafeicultura.

8. (UFF) O mapa a seguir mostra um dos principaisfluxos migratórios das últimas décadas no Brasil, odos Sulistas ou “Gaúchos”.

b) O fluxo migratório de sulistas começou a partirdas zonas coloniais do Rio grande do Sul para o oes-te de Santa Catarina e Sudoeste do Paraná, acompa-nhando as regiões de mata, mas hoje ocorre, tam-bém, em regiões de cerrado do centro Oeste.c) Ao contrário dos migrantes nordestinos, muitospobres, os sulistas são, na maioria, grandes empre-sários que possuem muito capital para investir nasindústrias nascentes no Norte e Centro-Oeste.d) Um dos produtos mais difundidos pelos sulistas éo trigo, cujas novas sementes permitem o seu culti-vo, hoje, inclusive em áreas de clima equatorial comoa Amazônia.e) Um dos principais motivos que levam os sulistasa deixarem o Sul em direção às fronteiras agrícolas éa extinção das terras agriculturáveis na região e ofracionamento excessivo dos antigos latifúndios.

9. (ESA) Algumas regiões brasileiras desenvolveram-se em função dos grupos étnicos que atraíram, bemcomo das atividades introduzidas pelos mesmos nolocal. Assinale a alternativa correta:a) Os alemães do vale do rio Itajaí-açu dedicam-seà extração mineral, sobretudo o ferro, manganês ecarvão.b) Os negros do Recôncavo baiano introduziram, naregião, o cultivo de algodão, destacando-se como umdos primeiros grandes ciclos econômicos da Históriado Brasil.c) No vale do rio Paraíba do Sul, os italianos introdu-ziram, com sucesso, a cultura da soja.d) O vale do Ribeira do Iguape concentrou japonesesque se dedicam ao cultivo do chá.e) Os povos de origem eslava predominam no Para-ná, onde se dedicam, principalmente, ao comérciovarejista.

10. (C.M.-NOVA FRIBURGO/RJ) Ao iniciar sua aulasobre migrações internas, o professor escreveu noquadro de giz as seguintes estrofes de uma músicapopular dos meados do nosso século:

“Quatro horas da manhãSai de casa o Zé marmitaPendurado na porta do tremZé marmita vai e vem”

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O tipo de migração demonstrado na música pode serclassificado como:a) inter-regional b) transumânciac) êxodo rural d) pendulare) sazonal

11. (UNIRIO) das afirmativas abaixo, sobre as mi-grações no Brasil, apenas uma NÃO é verdadeira. As-sinale-a;a) A imigração foi muito importante no período de1850 até 1834.b) A migração rural-urbana ou êxodo rural se acele-rou após 1950.c) A migração rural-rural, de uma área agrícola paraoutra, sempre foi de pouca importância.d) As migrações pendulares nas grandes cidades vêmaumentando de intensidade desde a década de 50.e) As transformações econômicas que ocorrem nocentro-sul têm provocado uma grande mobilidadepopulacional.

12. (UGF/RJ) “No Brasil esse tipo de migração é prati-cada em vários lugares do país. No Nordeste ocorre en-tre o Sertão e o agreste e a Zona da Mata. Após a colheitado feijão e do milho em suas pequenas propriedades,trabalhadores deslocam-se para a Zona da mata, aondevão se empregar no trabalho sazonal do corte da cana-de-açúcar, retornando para suas propriedades ao términoda safra”. (ADAS, Melhem e Sérgio ADAS – colaborador;panorama Geográfico do Brasil: contradições, impassese desafios sócioespaciais. São Paulo: Modema, 1998, pág.517 – adaptado).O movimento populacional descrito no texto recebeo nome de:a) Êxodo urbano. b) Imigração.c) Transumância. d) Migração diária.e) Pendular urbana.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO II

1. (CN)“(...) ta vendo aquele colégio, moço?eu também “trabaiei” lálá eu quase me arrebentofiz a massa, pus cimentoajudei a rebocarminha “fia” inocentevem pra mim toda contentePai, vou me matricularmas me diz um cidadão: criança de pé no chãoaqui não pode estudaressa dor doeu mais forteporque é que eu deixei o norteeu me pus a dizer: lá seca castigavamas o pouco que eu plantavatinha direito de comer...”

(Cidadão – Lúcio Barbosa)Os versos acima retratam a realidade de boa parteda população nordestina, que parecem ter se torna-do “um povo errante” dentro de seu próprio país.Conhecendo a dinâmica política-socioeconômica des-ta região, assinale a alternativa que faça referênciacorreta a uma causa desta realidade.

a) O constante deslocamento de trabalhadores nor-destinos para o centro-sul do país acaba inviabilizan-do projetos econômicos para o nordeste, já que, alémde uma mão-de-obra desqualificada, a região acabagerando um mercado consumidor reduzido e, conse-qüentemente, uma área de repulsão demográfica.b) O nordestino migra para o centro-sul do país, namaioria das vezes, por falta de opções em sua terranatal, onde uma estrutura política-socioeconômicaarcaica e um crescimento vegetativo elevado contri-buem para incompatibilizar a fixação deste povo esua região de origem.c) O deslocamento gradativo de nordestinos paraoutras regiões do país obedece a um ciclo normal,onde as regiões mais desenvolvidas tendem a com-portar-se como áreas de atração e as menos favore-cidas como de repulsão populacional.d) O Nordeste, por possuir uma grande deficiênciaem termos cultural, econômico e social, acaba en-frentando problemas maiores do que as demais regi-ões do país, principalmente numa época em que aeconomia encontra-se cada vez mais globalizada.e) O êxodo-rural é o elemento fundamental para en-tendermos a migração nordestina, onde a mecaniza-ção da agricultura expulsa grande parte do povo ruralpara os grandes centros urbanos.

2. (PUC/RJ) “A migração tem sido ao longo da história,um elemento importante na dinâmica demográfica e econô-mica brasileira. Seja através das migrações do além-mar,em um primeiro momento, seja em função da mobilidadeinterna posteriormente, o fato é que o fenômeno migratórionão pode ser desconsiderado quando se pretende enten-der ou mesmo descrever a trajetória populacional do país.”(CUNHA, José Marcos P. da. A mobilidade intra-regional na metró-pole; Consolida-se uma questão. Travessia – revista do migrante,nº 23 – 1995. CEM – São Paulo).Com relação aos diferentes momentos das migrações,durante o século XX, no Brasil, qual das alternati-vas NÃO faz uma correlação correta?a) Até a crise de 29: economia agroexportadora; des-taque da imigração estrangeira.b) Período pós-30: Industrialização restringida; flu-xos populacionais para as fronteiras agrícolas e paraas grandes cidades.c) Entre as décadas de 50 e 70: Industrialização avan-çada: intensa mobilidade inter-regional e interesta-dual; direção Sudeste destacadamente São Paulo.d) Década de 80: Crise, redução da mobilidade inte-restadual; migração de retorno.e) Década de 90: Recuperação econômica: ressurgi-mento dos grandes fluxos inter0regionais; direçõesNE-SE e Sul-Norte.

3. (VASSOURAS/RJ) Assinale as características corre-tas das migrações internas no Brasil entre 1950 e 1980.a) Incorporação da Amazônia; grandes deslocamen-tos Nordeste-Norte e Centro-Oeste-Norte.b) Intensificação da industrialização. Grande mobili-dade inter-regional, com predomínio de fluxos para oSudeste.c) Economia agrário-exportadora; migração estrangeira.d) Indústria manufatureira; fluxos de áreas de ex-pansão agrícolas e cidades médias.e) Industrialização substitutiva; migração de retornocidade-campo.

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4. (UFRURJ/RURAL) O êxodo rural, o crescimentodesordenado das cidades, a especulação imobiliária,a ocupação operaria das zonas suburbanas e as ci-dades dormitórios são componentes articulados darealidade populacional brasileira que implica no mo-vimento migratório.a) Inter-regional b) Urbano-ruralc) Sazonal d) Pendulare) Transumante

5. (ALFENAS/MG) A respeito do processo migratórioNordeste/Sudeste no Brasil, na década de 80, é COR-RETO afirmar que:a) A onda migratória em direção ao Sudeste, particu-larmente para a Grande São Paulo, continuou inal-terada.b) A região Sudeste apresentou um fenômeno inéditopois, pela primeira vez, o saldo migratório foi negativo.c) A promessa do governo em realizar a transposiçãodo rio São Francisco para a região da seca nordestinainflui na redução do fluxo migratório.d) As políticas governamentais de apoio aos nordes-tinos afetados pela seca começaram a surtir efeito,contribuindo para reduzir a migração.e) O aparecimento do MST (Movimento dos Trabalha-dores Rurais Sem-Terra) na região Amazônica deslo-cou a migração nordestina para aquela região embusca dos assentamentos.

6. (PUC/RS) Os brasiguaios são o resultado da ex-pulsão de milhares de agricultores do sul do Brasil,iniciada na década de 50. O seu retorno às terrasbrasileiras constitui mais um problema social. O paísque abrigou esses indivíduos e o principal Estadorepulsor são, respectivamente:a) Uruguai e Paraná.b) Paraguai e Rio grande do Sul.c) Bolívia e Santa Catarina.d) Uruguai e Rio Grande do Sul.e) Paraguai e Paraná.

7. (FAPA/S) Nos vales da Serra Geral, bem como daDepressão Periférica contígua, no Rio Grande do Sul,processou-se uma forma de ocupação territorial dis-tinta da que ocorreu na Campanha Gaúcha. O agen-te responsável pela ocupação dos referidos vales foisobretudo oa) bandeirante vindo de São Paulob) imigrante alemãoc) imigrante açorianod) imigrante italianoe) lagunense tropeiro de gado.

8. (UEPB) A ilustração abaixo mostra que os fluxosmigratórios são uma constante no espaço brasileiro.

Assinale a alternativa em que os fatores explicam arapidez com que o campo tem jogado os trabalhado-res rurais em direção aos centros urbanos.a) Estímulo à agricultura de subsistência, mecaniza-ção agrícola e modernização do sistema de trabalho.b) Prática da cooperação agrícola, concentração fun-diária e centralização de capital na cidade.c) Concentração fundiária, mecanização agrícola, al-teração nas relações de trabalho e alocação do capi-tal no campo.d) Fascínio pela cidade, desenvolvimento das colôni-as agrícolas e práticas do sistema policultor.e) Especulação imobiliária, segregação social e ins-talações de comunas populares.

9. (UFPI) Importantes movimentos migratórios vêmocorrendo no Brasil, nos últimos 20 anos, destacan-do-se entre estes as migrações rural-urbanas. Sobreeste assunto, marque a alternativa correta.a) Trata-se de migrações pendulares que ocorrem nosgrandes centros urbanos, especialmente nas princi-pais metrópoles.b) São migrações inter-regionais aceleradas pelo pro-cesso industrial que se deu em todas as regiões bra-sileiras.c) São as migrações que vêm ocorrendo para as cida-des do Nordeste em função da ampla mecanizaçãodo campo nesta região.d) Constituem-se da saída de pessoas do campo paraas cidades, tanto por fatores de modernização comode estagnação do campo.e) São as migrações que vêm ocorrendo na RegiãoNordeste para o Centro-Sul, em função do cresci-mento industrial desta região.

10. (UFRURJ) “As grandes migrações são, aliás, umaresposta e representam, na maior parte dos casos, umaqueda no valor individual: o abandono não desejado darede tradicional de relações longamente tecidas atravésde gerações; a entrada já como perdedor em outra arenade competições cujas regras ainda tem que aprender; aruptura cultural com todas as suas seqüelas e todos osseus reflexos. A maior parte das pessoas não é, hoje,diretamente responsável por estar aqui e não ali, vítimasde migrações que podem ser qualificadas de forçadas.”(Adap. De OLIVA, Jaime e GIANSANTI, Roberto. Temasda geografia do Brasil. São Paulo, Atual, 1999. p.326)O que melhor traduz a natureza do processo acima é:a) A oportunidade de trabalho não é determinantepara as migrações.b) Essa migração, embora de difícil adaptação, é dotipo diária ou pendular.c) A adaptação cultural do migrante e demorada, masacaba inevitavelmente acontecendo.d) A necessidade determina a migração, que se tornainvoluntária e sofrida.e) Nessas migrações, a queda no valor individual édecorrência exclusiva dos salários.

11. (VASSOURAS/RJ) Na reorganização do espaçobrasileiro nas últimas décadas, tiveram papel rele-vante as migrações inter-regionais.A respeito desse assunto, assinale a afirmativa FALSA.a) A Região Nordeste é a que mais foi marcada pelosefeitos das emigrações de sua população.

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b) Os movimentos migratórios na década de 90 forammenos intensos do que os verificados em décadasanteriores.c) Em relação à imigração estrangeira, o Brasil sem-pre adotou políticas de atração, captação e irrestritoapoio a este tipo de fluxo.d) As Regiões Norte e Centro-Oeste foram as que,mais recentemente, receberam fortes correntes mi-gratórias.e) A Região Sudeste foi, em décadas anteriores, odestino de grandes levas de imigrantes.

12. (ENEM)

O problema enfrentado pelo migrante e o sentido daexpressão “sustança” expressos nos quadrinhos,podem ser, respectivamente, relacionados aa) rejeição c/ alimentos básicos.b) discriminação / força de trabalho.c) falta de compreensão / matérias-primas.d) preconceito / vestuário.e) legitimidade / sobrevivência.

O PROCESSO DE URBANIZAÇÃOE METROPOLIZAÇÃO

NO BRASIL

A urbanização brasileira

A grande maioria da população brasileira – 81,23%dos habitantes – reside em áreas urbanas.Em 1999, segundo a pesquisa Nacional por amostrade Domicílios (Pnad), do IBGE, a Região Nordestetinha uma das maiores taxas de urbanização, masem 2000 foi desbancada pelo Centro-Oeste. Essa re-gião e o Sudeste apresentam os maiores índices deurbanização de 86,73% e 90,52%, respectivamente.O processo de urbanização no Brasil começa na dé-cada de 40. A expansão das atividades industriaisem grandes centros atrai trabalhadores das áreasrurais, que vêem na cidade a possibilidade de rendi-mentos maiores e melhores recursos nas áreas deeducação e saúde.O Brasil deixa de ser um país essencialmente agríco-la no final da década de 60, quando a população urba-na chega a 56%. Para essa mudança contribui a me-canização das atividades de plantio e colheita nocampo – que expulsa enormes contingentes de traba-lhadores rurais – e a atração exercida pelas cidadescomo lugares que oferecem melhores condições de vidacom mais acesso à saúde, educação e emprego.

POPULAÇÃO URBANA DISTRIBUIÇÃO REGIONAL (em %)

REGIÕES 1999(*) 1996 1991 1980 1970 1960

Norte - 622,35 59,04 50,32 45,13 37,38

Nordeste 63,6 65,21 60,25 50,46 41,81 33,89

Sudeste 88,7 89,29 88,02 82,81 72,68 57,00

Sul 78,4 77,21 74,12 62,41 44,27 37,10

Centro-Oeste 81,8 84,42 81,28 70,84 48,04 34,22

Total 79,7 78,36 75,59 67,59 55,92 44,67(*) Informação não disponível para a Região Norte

Fonte: IBGE

Nos anos 70, a população urbana soma 52 milhõescontra 41 de moradores nas áreas rurais. As grandescidades, por concentrar o maior número de fábricas,são as que mais atraem os trabalhadores vindos docampo. Nesse período, a capital de São Paulo recebeaproximadamente 3 milhões de migrantes de diver-sos estados. A Região Sudeste destaca-se como amais urbanizada. Entre 1970 e 1980, a expansão ur-bana mantém-se em níveis elevados (4,44% ao ano),e, no final da década, 67% dos brasileiros já residemem centros urbanos. Em 1980, todas as regiões bra-sileiras têm nas cidades a maioria dos seus habi-tantes.

POPULAÇÃO URBANA - 2000

O processo de urbanização diminui nos anos poste-riores, mas as áreas rurais passam a registrar cres-cimento negativo pela primeira vez, por causa da re-dução de sua população em números absolutos. Entra1991 e 1996, as cidades ganham cerca de 12,1 mi-lhões de habitantes, o que resulta na elevada taxade urbanização de 78%. O ano de 1996 é um marcona superioridade numérica da população urbana emtodos os estados brasileiros. O último a fazer a tran-sição é o maranhão, que até 1991 apresentava a maiorparte da população em áreas rurais.Na mesma década de 90, porém, o surgimento denovos postos de serviços desvinculados da agricul-tura nas áreas rurais tende a diminuir o êxodo docampo. Prestação de serviços, construção civil, co-mércio e área social são setores em crescimento nasáreas rurais e já chegam a garantir rendimentosmensais maiores que os da cidade.A maioria dos migrantes não tem escolaridade nemexperiência profissional, o que faz com que aceitem

69,87

86,79

69,87

90,5280,94 81,25

0

20

40

60

80

100

Norte Centro-Oeste

Nordeste Sudeste Sul Brasil

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empregos mal remunerados e se sujeitem a traba-lhos temporários ou atividades informais para so-breviver, como as de camelô ou vendedor ambulante.Os baixos rendimentos levam esse trabalhador paraas periferias das grandes cidades – com freqüência,loteada por favelas e moradias irregulares e por isso,mais baratas. Muitas dessas residências, feitas demodo precário e com materiais frágeis, são erguidaspróximas a margens de córregos, charcos ou terre-nos íngremes e enfrentam o risco de enchentes edesmoronamentos em estações chuvosas.A distância das áreas ventrais dificulta o acesso des-sa população aos serviços de saúde e à educação, eas periferias atendem precariamente a suas neces-sidades básicas de abastecimento de água, luz, es-goto e transportes públicos. Faltam, creches para osfilhos das mulheres que trabalham, a alimentaçãoinsuficiente ou de má qualidade contribui para o sur-gimento de doenças e desnutrição infantil e as pou-cas opções de lazer para os adolescentes favorecema eclosão da violência.Nas últimas décadas, o movimento em direção àsáreas periféricas é significativo nas regiões metro-politanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Hori-zonte e Salvador e pode ser observado na dimensãoda população de usas áreas metropolitanas que pros-peram a taxas médias de 2,4 ao ano. São Paulo, Riode Janeiro e Salvador são as metrópoles que maisenfrentam esse tipo de problema. A rápida urbanização faz co que as cidades vizinhas,ou um município e seus subúrbios, aumentem detamanho e, em conseqüência, formem um só con-junto. Esse processo, chamado conurbação, eclodeno Brasil em 1980 e prolonga-se na década de 90 emdiversas regiões. A instituição de região metropoli-tana, porém, apresenta sérios problemas quando nãose criam os serviços necessários, como transportepúblico e habitação, para atender ao crescimento dapopulação desse conjunto de cidades.O espaço produtivo das grandes cidades já cede lugaras expansões das médias e pequenas cidades do in-terior, dotadas de infra-estrutura mínima para o de-senvolvimento produtivo. As capitais regionais já co-operam com os maiores investimentos econômicos dosseus respectivos estados. Esse avanço se deve aodesenvolvimento das economias globalizadas.

Belém 1.401.305 1.794.981 193.676 2,82

São Luís 820.137 1.068.436 248.299 3,01

Fortaleza 2.401.878 2.975.703 573.825 2.43

Natal 826.208 1.040.169 213.961 2,62

Recife 2.919.979 3.335.704 415.725 1,50

Maceió 786.643 987.973 201.330 2,59

Salvador 2.496.523 3.018.285 521.764 2.15

Belo Horizonte 3.515.542 4.342.367 826.825 2,40

ColarMetropolitano 390.749 469.393 78.644 2,08de Belo Horizonte

Vale do Aço 38.884 399.442 60.558 1,86

ColarMetropolitanodo Vale do Aço

159.672 163.313 3.441 0,24

Grande Vitória 1.126.618 1.425.788 299.150 2,68

Rio de Janeiro 9.814.574 10.872.768 1.058.194 1,15

São Paulo 15.444.941 17.834.664 2.389.723 1,63

Baixada Santista 1.220.249 1.474.665 254.416 2,15

Campinas 1.866.035 2.333.230 467.205 2,54

Curitiba 2.063.654 2.725.629 661.975 3.17

Londrina 551.018 647.760 96.742 1,83

Maringá 381.369 423.898 92.329 2,46

Florianópolis 530.621 708.391 127.770 3,29

Área de Expansão

de Florianópolis98.562 106.772 8.210 0,90

Vale do Itajaí 320.374 399.498 79.124 2,51

Área de Expansãodo Vale do Itajaí

113.326 138.816 25.490 2,30

Norte/Nordeste

Catarinense 383.622 471.893 68.271 2,35

Área de Expansãodo Norte/Nordeste 354.254 451.439 99.185 2,81Catarinense

Porto Alegre 3.347.010 3.655.834 508.824 1,70

Goiânia 1.227.016 1.636.465 409.449 3,28

Região Integrada deDesenvolvimento 2.149.921 2.943.420 793.499 3,59do Distrito Federal

Total das Regiões

Metropolitanas 56.850.892 67.898.496 11.047.604 2,01

Brasil 146.825.475 169.590.693 22.765.218 1,63

Fonte: Censos Demográficos, 1991 e 2000/IBGE

Em 2000, o Brasil alcança o total de 28regiões metro-politanas em todo o país.No número de habitantes que vivem nestas regiõesatinge a faixa de 88 milhões que corresponde a 40%da população total. Apenas nas três maiores – SãoPaulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte – vivem qua-se 20% da população do país.A taxa média de crescimento das regiões metropoli-tanas entre 1991 e 2000 é de 2,01%, enquanto a dasnão-metropolitanas é de 1,38%. Rio de janeiro e Re-cife foram as regiões que menos cresceram com ta-xas anuais médias de 1,15% e 1,50%, respectivamen-te. No mesmo período, as metrópoles que maiscresceram foram Distrito Federal, com taxa média de3,59%, e Florianópolis, com 3,29%.A população das capitais tem crescido mais lenta-mente do que a do interior. Rio de Janeiro e SãoPaulo apresentam até 2000 as taxas mais baixasentre todas.No entanto, nos municípios periféricos das capitais,que na maioria dos casos pertencem à região metro-politana, as taxas de crescimento médio giram em

REGIÕES

METROPOLITANAS

POPULAÇÃO

1991 2000

CRESC.ABSOLUTO1991/2000

TAXA MÍN.DE

CRESC.ANUAL(%)

1991/2000

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torno de 5% ao ano. No Rio de Janeiro, esse proces-so está ocorrendo principalmente nos municípios daBaixada Fluminense.

DISTRIBUIÇÃO DOS MUNICÍPIOSPOR FAIXA POPULACIONAL - 2000

Com menos de 50.000 4.980 90,43 6.212.375 3,66

De 50.001 a 100.000 303 5,50 21.004.081 12,40

De 100.001 a 500.000 193 3,50 39.541.616 23,32

De 500.001 a 1.000.000 18 0,33 12.550.361 7,40

Com mais de 1.000.000 13 0,24 90.236.010 53,22

TOTAL 5.507* 100 169.544.443 100

* Total de municípios em 2000, sem os que seriam instalados em2001, totalizando 5.561. Fonte: dados Preliminares do censo De-mográfico 2000/IBGE

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

1. (CN) Sua turma no colégio fez, na aula de Geogra-fia, um trabalho em equipe em que dois dos gruposde alunos concluíram:Grupo A – Por meio do recolhimento de impostos, osbens e serviços urbanos são desigualmente distri-buídos no espaço das cidades.Grupo B – Nas cidades coexistem zonas bem equipa-das com infra-estrutura urbana e outras extrema-mente carentes de bens e serviços.O assunto da aula era;a) Hierarquia urbanab) Processo de desmetropolizaçãoc) Movimentos sociais nas cidadesd) Segregação sócioespacial urbanae) Especulação imobiliária nas cidades

2. (CN) Os níveis de hierarquia urbana brasileiraseguem a seguinte ordem de importância:a) Metrópole Nacional, Metrópole Regional, CapitalRegionalb) Megalópole, Cidade Local, Metrópole Nacionalc) Centro-locais, Metrópole Nacional, Sub-regionaisd) Megalópole, Cidades Regionais, centro Periféricoe) Metrópole Regional, Centro sub-regional, Cidade Local

3. (ESA) As áreas mais industrializadas do litoral eda Zona da Mata, e também do Nordeste como umtodo, são as regiões metropolitanas de:a) Salvador – recife – Fortaleza.b) São Luís – Teresina – Aracaju.c) Natal – João pessoa – Maceió.d) Paraíba – João pessoa – São Luíse) Teresina – Maceió – Aracati.

4. (ESA) Tradicionalmente as cidades brasileiras deVolta Redonda e Barra Mansa são citadas como exem-plos característicos, em nosso país, do processo de:a) transumânciab) inchaçãoc) metropolizaçãod) êxodo rurale) conurbação

5. (UERJ) “No rearranjo espacial do sistema, as gran-des corporações localizaram suas subsidiárias principal-mente nas metrópoles de países periféricos, onde encon-traram as mais favoráveis condições para reprodução doseu capital. Ao mesmo tempo, aí implantaram as sedes degestão de seus negócios. Formaram-se elos de uma ca-deia seleta de metrópoles, onde se realizam o controle e ocomando do mercado capitalista no plano global (...). (COR-DEIRO, Heleno Kohn. O Novo Mapa do Mundo. São Paulo– Hucitec – Anpur, 1993.)Essa crescente importância de algumas metrópolesda periferia do sistema capitalista, especificamentena consolidação de cidades globais em uma econo-mia internacionalizada, é facilitada, nos dias atuais,sobretudo, por:a) redução da circulação de bens e serviços;b) crescimento da população dos meios rural e urbano;c) ampliação da rede de transportes rodoviário e fer-roviário;d) desenvolvimento das tecnologias de informática etelecomunicação;

6. (UNIRIO) A partir da década de 90, a urbanizaçãobrasileira vem sofrendo uma reorientação, pois seobserva que:a) a melhoria das condições de vida no campo, ocor-rida nas últimas décadas, tem colaborado para fixaro homem ao campo, reduzindo o êxodo rural;b) as sucessivas crises econômicas ten provocadouma estagnação do parque industrial brasileiro e daoferta de serviços, colaborando para uma reduçãopercentual de população urbana;c) nos últimos anos, passou a seguir o modelo deurbanização dos países desenvolvidos, onde a popu-lação tende a se concentrar, cada vez mais, nas regi-ões industriais tradicionais das grandes metrópoles;d) no Brasil, a população das grandes metrópoles temcrescido mais lentamente que a das cidades médias,indicando um processo de interiorização do cresci-mento urbano;e) se intensifica o processo de formação das megaló-poles nas regiões Norte e Nordeste e, no Centro-Sul, diminuem as conurbações, tanto nas cidadesmédias como nas metrópoles.

7. (UERJ)

EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO DAS REGIÕESMETROPOLITANAS EM RELAÇÃO ÀPOPULAÇÃO TOTAL DO BRASIL (%)

1970 1980 1991São Paulo 8,7 10,6 10,4Rio de Janeiro 7,6 7,6 6,6Belo Horizonte 1,7 2,1 2,4Porto Alegre 1,6 1,9 2,1Recife 1,9 2,0 2,0Salvador 1,2 1,5 1,7Fortaleza 1,1 1,3 1,6Curitiba 0,9 0,8 0,9Belém 0,7 0,8 0,9Total 25,4 29,0 29,1

Fonte: ? Santos. A urbanização Brasileira.

% POPULAÇÃO %MUNICÍPIOS PORNO DE HABITANTES

NÚMERO DEMUNICÍPIOS

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De acordo com a evolução da percentagem de habi-tantes de cada região metropolitana no Brasil, pode-se deduzir que, atualmente, existe a tendência de:a) aceleração contínua do êxodo rural;b) estagnação no crescimento da população do país;c) reversão no crescimento das metrópoles nacionais;d) diminuição da população absoluta das maioresconcentrações urbanas.

8) (UFRN) No censo de 1991, o IBGE constatou que aparticipação da população urbana, no total da popu-lação brasileira, atingia níveis próximos aos dos pa-íses desenvolvidos.Esse fato está relacionado à(ao)a) redução progressiva da área de latifúndio;b) aumento vegetativo da população nos centros re-gionais;c) retração da fronteira agrícola e à migração inter-regional;d) crescimento industrial e à migração campo-cidade.

9. (UERJ) Relacione o texto com a mensagem doanúncio:

A alternativa que caracteriza a segregação social ur-bana nas metrópoles é:a) políticas de estado atuantes na economia visam àdesintegração social nas metrópoles;b) setores da economia alimentados pela inseguran-ça existente reforçam as barreiras sociais;c) ideologias defensoras da separação permitem aaceleração do crescimento da cidade;d) segmentos da sociedade ligados à marginalidadeimpossibilitam as políticas de distribuição de renda;

10. (UERJ) A Região Metropolitana do Rio de Janei-ro ocupa apenas 15% da superfície total do estado eabriga por volta de 80% de sua população. Em outrosestados – como São Paulo e Minas Gerais – as regi-ões metropolitanas não abrigam percentagens tãoelevadas.Comparando as diferenças de percentagens populacio-nais das regiões metropolitanas citadas, a melhor ra-zão para a especificidade no caso do Rio de Janeiro é:a) adensamento populacional e do setor de serviços,estimulando a migração de retorno dos demais mu-nicípios;b) concentração demográfica e econômica da capitale sua periferia, acarretando poder decisório reduzidodos municípios do interior;c) pressão da imigração estrangeira e das migraçõesinternas, incentivando a desaceleração populacionaldas cidades do interior;d) retomada de crescimento econômico e político,

promovendo maior participação nas trocas de produ-tos agrícolas com os estados limítrofes.

11. (UNIFESP) Megacidades são aglomerações urba-nas quea) alojam centros do poder mundial e sedes de em-presas transnacionais;b) concentram mais de 50% da população total, empaíses pobres;c) têm mais de 10 milhões de habitantes, sejam empaíses ricos ou pobres;d) pertencem a países de grande importância no co-mércio mundial;e) não têm infra-estrutura de comunicação suficien-te, apesar de serem grandes.

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1. (CN) Após 1960, presenciamos no Brasil a materi-alização do fenômeno intitulado urbanização. Combase nas causas e conseqüências deste processo,assinale a afirmativa INCORRETA.a) O modelo industrial adotado no pós-Segunda Guer-ra Mundial foi grande mentor das aglutinações urba-nas, o que acelerou o processo.b) Os países do Sul são aqueles que possuem, atu-almente, as maiores tendências à urbanização, já queo setor primário ainda concentra grande PEA.c) A concentração da PEA, nos setores secundário eterciário, é um elemento fundamental para enten-dermos o grau de urbanização de um país.d) A mecanização do campo e às grandes concentra-ções de terras, são fatores que ajudam a justificar aurbanização brasileira.e) A apropriação do espaço industrial e das áreas li-gadas ao comércio, e as prestações de serviços ocor-reram recentemente, o que evitou problemas sociaisnas áreas urbanas.

2. (FUVEST/SP) No Brasil, as regiões metropolita-nas caracterizam-se por:a) concentração de migrantes. A classificação comometrópole regional ou nacional depende da concen-tração de organismos públicos federais;b) concentração populacional em torno de um muni-cípio. A classificação como metrópole regional ounacional depende da proporção de imigrantes regio-nais ou nacionais no conjunto da população;c) processo de desconcentração industrial. A impor-tância regional ou nacional de sua indústria é quepermite classificar uma região como metrópole regi-onal ou nacional;d) conurbação de várias cidades em torno de umacidade central. A definição dessa cidade como metró-pole regional ou nacional depende do alcance terri-torial de suas atividades econômicas;e) processo de concentração populacional em tornode um município. A classificação como metrópole re-gional ou nacional depende de sua influência no de-senvolvimento industrial regional ou nacional.

3. (PUC/SP) Em 1850, a parcela da população huma-na que vivia em cidades era de 1,7%. Para a maioriaesmagadora da população, o mundo era rural. Maisdo que todos, o século XX foi a era da urbanização.

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Na virada para o século XXI, mais de 50% da popula-ção mundial vivem em cidadesConsidere as possibilidades abaixo:1 – Certo isolamento geográfico.2 – Exposição a um número maior de relações sociais.3 – Comunidade social uni-ética, ou pouca diversida-de étnica.4 – Acesso a um maior volume de informações.5 – Mobilidade social.6 – Pequena diversidade profissional.7 – Contatos freqüentes com outros territórios.A vida urbana moderna possibilita para a humanidade:a) 1, 2, 5 e 6. b) 2, 4, 5 e 7.c) 2, 4, 6 e 7. d) 2, 4, 5 e 7. (?)e) 1, 2, 4 e 5.

4. (UFCE-) O Brasil vem passando por um rápido pro-cesso de urbanização. 46% em 1940, as cidades pas-saram a abrigar 75% do total da população, em 1991.A esse respeito, é correto afirmar que:a) O referido processo de urbanização foi concentra-do apenas na região Centro-Sul onde está localizadoo maior número de indústrias;b) O intenso processo de urbanização na região Nor-te, nos últimos anos, gerou um sistema hierarquiza-do de centros urbanos;c) Este processo de urbanização ocorre através da con-tinuidade de predomínio do campo sobre a cidade;d) A industrialização que vem se processando noNordeste a partir da SUDENE explica rápido cresci-mento das cidades nesta região;e) Os últimos censos o IBGE demonstram um au-mento nos índices de crescimento dos centros regio-nais e uma interiorização o crescimento urbano.

5. (UFF) A América Latina está se tornando uma dasregiões mais urbanizadas do planeta. No próximomilênio, o percentual estimado da população urbanalatino-americana é de 80%.O processo de ocupação urbana, em curso no terri-tório latino-americano, apresenta entre suas carac-terísticas:a) Forma difusa, que acompanha um lento êxodo ru-ral, assinalada por uma rede urbana de pequenascidades;b) Crescimento acelerado, particularmente após a IIGuerra Mundial, e forma concentrada em uma redeurbana marcada pela presença de grandes cidades;c) Estrutura homogênea, formando rede de cidadesmédias conectadas ao desenvolvimento de ativida-des rurais e mineradoras;d) Função administrativa e portuária, constituindouma rede litorânea de cidades como suporte das ati-vidades de importação de bens;e) Conteúdo marcadamente regional das cidades eforma dispersa que obedece à disposição do relevo.

6. (CESGRANRIO) A respeito da ocupação das áreasurbanas da cidade do Rio de Janeiro, é INCORRETOafirmar que:a) A estrutura urbana da cidade do Rio de Janeiroreflete a concentração de renda no município;b) A estrutura de alguns subúrbios apresenta as lo-jas dos bairros nobres, porém articuladas às realida-des locais;

c) A população dos bairros mais pobres representa,em sua maioria, a mão-de-obra barata que atende omercado informal;d) Os bairros mais pobres e os bairros mais ricosestão interligados por uma malha urbana rodoviária;e) O deslocamento pendular da população dos su-búrbios está diminuindo a cada década em volume equantidade.

7. (CEFET) A rede urbana brasileira é constituídapor várias cidades ligadas de maneira hierárquicaentre si, isto é, umas são mais influentes sobre asoutras, e assim por diante. Sobre o sistema urbanobrasileiro, assinale a alternativa correta.a) Dentro da hierarquia urbana existem cidades que,devido à sua importância, são conhecidas com me-trópoles nacionais. A metrópole nacional, em funçãodo seu alto grau hierárquico, é a capital administra-tiva do país.b) Toda capital de estado no Brasil é uma metrópoleregional, mas nem toda metrópole regional é capitalde um estado brasileiro.c) O Brasil possui duas metrópoles nacionais: Riode Janeiro e São Paulo, que, por sua importânciapolarizam o país inteiro.d) A metrópole regional é aquela cidade que exerce ainfluência sobre uma região determinada, sendomenos importante do que a metrópole nacional. Nocaso brasileiro, temos exemplos como Curitiba (Re-gião Sul), Manaus (Região Norte) e Natal (RegiãoNordeste).e) São Paulo é uma verdadeira megalópole, isto é,uma cidade maior que uma metrópole. Além disso, éa maior metrópole nacional brasileira.

8. (UFF) Os fluxogramas 1 e 2 sintetizam dois mode-los distintos de relações entre cidades em uma redeurbana.A partir da análise destes fluxogramas, afirma-se:

Fluxograma 1 Fluxograma 2

Adaptado de santos, Milton. Metamorfoses do espa-ço Habitado. Hucitec, São Paulo, 1994.I – O fluxograma 1 apresenta a forma clássica de redeurbana, composta por uma hierarquia rígida entre ascidades em que são estabelecidos níveis de relaçõesque vão da metrópole até as cidades locais e peque-nas vilas.II – O fluxograma 2 apresenta um modelo de redeurbana do período de substituição de importações,em que as cidades locais ganham papéis de hegemo-nia no comando dos fluxos de troca e na organizaçãoda produção de bens e serviços.

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III – O fluxograma 1 apresenta um modelo típico doperíodo atual com as cidades regionais subordina-das às metrópoles, configurando o modelo de flexibi-lidade dos fluxos de globalização da economia mun-dial.IV – O fluxograma 2 apresenta uma recente e maisflexível hierarquia urbana, composta a partir dos avan-ços técnicos dos transportes e comunicações, inclu-indo-se, também, maior mobilidade locacional dasempresas.Com relação a estas afirmativas, conclui-se:a) Apenas a I e a III são corretas.b) Apenas a I e a IV são corretas.c) Apenas a II é a correta.d) Apenas a II e a IV corretas.e) Apenas a III é correta.

9. (USP) Podemos afirmar que rede urbana no Brasil éa) Pouco densa no Sul, devido ao desenvolvimentoagrícola baseado no minifúndio familiar, voltado paraa produção de trigo para o consumo interno;b) Densa no Centro-Oeste, devido ao desenvolvimen-to agrícola baseado na produção de soja e trigo, cons-tituindo uma hierarquia urbana completa;c) Rarefeita no Nordeste, devido à migração da popu-lação para outras regiões do país, que oferecem opor-tunidades de trabalho;d) Pouco densa no Norte, apresentando uma estru-tura hierárquica incompleta, apesar dos investimen-tos estrangeiros em infra-estrutura urbana, a partirde 1970;e) Densa no Sudeste, devido à bem desenvolvida in-fra-estrutura de transporte e ao número de cidades,viabilizando um sistema de fluxos de mercadorias ede pessoas.

10. (UERJ) Considerando os estudos atuais da Geo-grafia Urbana, os indicadores sociais apontados na ta-bela a seguir contribuem para explicar o conceito de:

Zona Sul 69.8 2,3 10.96Zona Norte 69.0 2,3 9.32Madureira eJacarepaguá 67.3 3,1 8.08Subúrbio próximo 66.5 4,2 7.20Subúrbio distante 64.5 4,2 6.89Zona Oeste 64.0 4,2 6.93

(Adaptado de http://www.no.com.br, 24/03/2001)

a) Rede geográficab) Hierarquia urbanac) Desterritorializaçãod) Segregação socioespacial

11. (UFF) Segundo dados do IBGE, na última década,as cidades médias brasileiras tornaram-se significa-tivamente mais importantes. Esses aglomerados ur-banos se caracterizaram basicamente por serem.a) Centros intermediários entre as metrópoles naci-onais e as metrópoles regionais.b) Elementos de ligação entre as metrópoles e as cida-des menores, podendo se constituir em centros regio-nais que prestam serviços à sua área de influência.

c) Cidades satélites que se conurbam em torno dasmetrópoles e fazem parte das regiões metropolita-nas.d) Elos de ligação entre duas ou mais cidades peque-nas, com vida urbana independente da influência dasmetrópoles.e) Núcleos intermediários na relação entre as me-trópoles e as cidades da chamada fronteira agrícolabrasileira.

EXERCÍCIOS PROPOSTOS II

1. (CN)

NÚMERO DE FAVELAS EM METRÓPOLESBRASLEIRAS (1992)

Recife São Rio de Belo PortoPaulo Janeiro Horizonte Alegre

Nº de favelas223 549 394 103 69

Nº de domicílios nas favelas

131.325 134.448 203.226 51.735 25.371

% de domicílios sobre o total do município

42,2 5,0 12,4 10,0 8,5

Fonte: IBGE

Assinale a alternativa que explica o conteúdo databelaa) Embora o espaço urbano seja uma construção hu-mana, sua produção e reprodução dependem das po-líticas públicas desenvolvidas pelo Estado.b) O processo de metropolização brasileiro reflete ascontradições do modelo econômico, no qual a acu-mulação de riquezas caminha paralelamente com amiséria.c) As áreas metropolitanas apresentam mais nitida-mente a diversidade de hábitos, costumes e cultu-ras particulares, que criam formas diferentes de ocu-pação do espaço.d) O aparente caos representado pelas ocupações ir-regulares, como as favelas, é fruto de um processode urbanização / industrialização recente que foi ain-da capaz de integrar o espaço nacional.e) As metrópoles brasileiras não resolverão seus pro-blemas de infra-estrutura e moradia enquanto nãoeliminarem os excedentes de população.

2. (CESGRANRIO) Vários autores afirmam que o pro-cesso de metropolização no sudeste do Brasil pode-rá, no futuro próximo, conduzir ao surgimento da pri-meira megalópole do país. Isto significa que:a) O êxodo rural seria reduzido pelo crescimento ace-lerado das metrópoles.b) Os espaços rurais de todo o sudeste seriam elimi-nados pela expansão das metrópoles.c) Um vasto espaço urbano contínuo se formaria de-vido as conurbações.d) Uma única área urbana se formaria de São Paulo eBelo Horizonte.e) Apenas espaços voltados à indústria surgiram deSão Paulo e Rio de Janeiro.

3. (CESGRANRIO) Procurando um melhor entendi-mento do processo de urbanização, o IBGE estabele-

MÉDIA DEANOS DEESTUDO

ÁREAS DACIDADE DORIO DE JANEIRO

EXPECTATIVADE VIDA

TAXA DEANALFABE-TISMO(%)

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ceu critérios para classificar os mais de 5.000 muni-cípios, hierarquiza-los, e com isso, desenhar a redeurbana brasileira.A evolução dessa rede vem recentemente registran-do significativas alterações conforme o(a):a) Crescimento da importância relativa das chama-das “capitais regionais”.b) Êxodo da população das “cidades médias” para asmegalópoles.c) Extinção da classe de pequenas cidades conside-radas como “centros locais”.d) Estagnação econômica e cultural das “metrópolesregionais”.e) Incorporação de mais municípios à classe das “me-trópoles nacionais”.

4. (UNIUBE/MG) A população da área metropolitanade São Paulo e de mais duas outras metrópoles, so-mam cerca de 20% da população brasileira. Essasmetrópoles são:a) Belo Horizonte e Porto Alegre.b) Belo Horizonte e Salvador.c) Rio de Janeiro e Belo Horizonte.d) Rio de Janeiro e Recife.e) Rio de Janeiro e Fortaleza.

5. (CESGRANRIO)

BRASIL – População urbana e rural

População 1950 1970 1990Rural 64% 44% 25%Urbana 36% 56% 75%

A evolução dos dados apresentados na tabela acimarevela o(a):a) Acelerado processo de urbanização do país, após aSegunda Guerra Mundial, acompanhado de perto peloêxodo rural.b) Alta concentração de estrutura fundiária no cam-po, iniciada e agravada a partir da década de 50.c) Fragilidade das políticas urbanas das capitais, quenão conseguem mandar de volta para o campo osmigrantes que vêm para a cidade.d) Forte concentração da população nas metrópolesnacionais e regionais, provocando o esvaziamento dascidades pequenas.e) Modernização do país, cada vez mais urbano, ab-sorvendo na economia urbana a massa de populaçãosaída do campo.

6. (UNIFOA/RJ) Fenômenos sócio-econômicos e cul-turais influenciaram a urbanização brasileira. A faseatual, com o desenvolvimento urbano, caracteriza-se pela:a) infra-estrutura de serviços urbanos que se apre-sentam eficientes, dispondo de recursos para inves-timentos em todos os serviços.b) igualdade na distribuição de renda pessoal urba-na, pois a indústria determina uma melhor distri-buição de renda.c) concentração em alguns pontos do território naci-onal devido à localização das indústrias.d) desconcentração industrial, pois a interiorizaçãofoi uma constante nos modos de utilização sócio-econômica do espaço geográfico.e) inexistência de excedentes populacionais urba-

nos, pois os fluxos migratórios intensos cidade-cam-po não são significativos.

7. (FURG/RS) Pode ser definida, de modo significati-vo, como uma construção de metrópoles, ou seja, umavasta região formada por diversas metrópoles e cida-des comuns, em processo de expansão de suas áre-as urbanas, formando uma cadeia quase contínua decidades.O conceito descrito é o dea) uma região metropolitanab) uma megalópolec) um sítio urbanod) um processo de metropolizaçãoe) uma acrópole

8. (USU/RJ) “Hoje, há quase 3 bilhões de pessoas vi-vendo em cidades. Dentro de 25 anos serão 5 bilhões –mais da metade da humanidade. A população urbana estácrescendo muito e criando problemas de difícil adminis-tração. Pior: está crescendo mais e mais rapidamente empaíses pobres, sem dinheiro para investir em melhora-mentos essenciais.” (Revista Veja – nº 30 – 28/07/1999)A partir do texto, conclui-se que:a) O processo de urbanização no Brasil se acentuoua partir da década de 70, sendo altamente excluden-te.b) À medida que a infra-estrutura de transportes ecomunicações foi se expandindo em nosso país, to-das as regiões alcançaram igual índice de urbaniza-ção.c) Metrópoles Nacionais como São Paulo e Rio deJaneiro, a partir das décadas de 70 e 80, passaram aapresentar maiores índices de crescimento popula-cional.d) O subemprego hoje existente nas cidades é umreflexo de ineficiente e desajustada rede de comuni-cações entre a zona rural e a cidade.e) Um ritmo de metropolização tão elevado como o doBrasil, corresponde a índices equivalentes de cresci-mento industrial.

9. (FESO/RJ) Assinale a alternativa FALSA a respei-to do crescimento metropolitano.a) Em 2000, metrópoles dos países periféricos apare-cem entre as maiores do mundo, o que não aconte-cia nos anos 50.b) As cidades dos países ricos tendem a crescer me-nos que as dos países pobres.c) As metrópoles dos países pobres, como México eSão Paulo, transformaram-se em centros polariza-dores, atraindo imensas levas de imigrantes.d) Nos países pobres, o elevado crescimento das cida-des contribui para a deterioração das condições de vidaurbana, marcada por desemprego, submoradia, margi-nalização social e deficiência nos serviços públicos.e) O crescimento metropolitano nos países pobresapresenta semelhanças com o dos países ricos, es-pecialmente no que diz respeito às taxas de incre-mento populacional.

10. (UFSCAR/SP) Leia as afirmaçõesI – A experiência de planejamento urbano integradoé citada intencionalmente com bem sucedida.II – Apresenta corredores expressos para ônibus,sendo o mais rápido e barato do Brasil.

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III – A cidade instalou uma extensa ciclovia, as pra-ças públicas foram melhoradas e os distritos comer-ciais decadentes foram fortalecidos.IV – Houve recuperação de espaços urbanos e a áreaverde por habitante expandiu-se para 54m2, mais doque o triplo recomendado pela OMS.O conjunto de medidas acima foi adotado pela cidadedea) São Paulo b) Porto Alegre c) Belo Horizonted) Salvador e) Curitiba

11. (PUC/RJ) As grandes cidades dos países pobresconcentram graves problemas sócio-ambientais, EX-CETO.a) ausência de rede de esgoto.b) precariedade dos transportes públicos.c) altos índices de doenças infecto-contagiosas.d) “déficit” de moradias e de abastecimento d’água.e) aumento dos empregos no mercado formal.

12.(UFSCAR/SP) “Alargaram-se nume-rosas ruas e pra-ças, tanto no centro como nos bairros. Largas e extensasavenidas, diversos viadutos, quarteirões inteiros trans-formados, altos prédios substituindo velhas casas e so-brados decadentes. A cidade se transforma, cria e recriaespaços, alargando seus limites, encontrando-se comascidades vizinhas que vivem o mesmo turbilhão.”(adaptado de Pasquale Petrone)A leitura do texto e o que se conhece sobre a urba-nização brasileira permitem afirmar que o processodescritoa) foi típico de São Paulo, entre os anos 50 e 70, nãotendo sido observado em outras áreas do país.b) ocorreu nas metrópoles do Sudeste, que tiveramum forte crescimento em função do desenvolvimentodas atividades terciárias.c) tem ocorrido em todas as metrópoles brasileirasque têm crescido, embora com ritmos diferentes.d) é observado nas metrópoles do Norte e do Nor-deste que, atualmente, lideram o crescimento urba-no do País.e) durou até meados da década de 80, quando asmetrópoles brasileiras deixaram de crescer devido àscrises econômicas.

13. (UFRURJ/RURAL) “A febre viária dos anos 50 e 60não mudou apenas a forma – aparência do Rio de Janeiro;passou a exigir também transformações no seu conteúdo.Com efeito, a busca de melhor acessibilidade interna eexterna ao núcleo metropolitano trouxe de volta a antigaprática da cirurgia urbana, cujos efeitos se fizeram sentirnos bairros que estavam no caminho das novas vias ex-pressas, túneis e viadutos...”(Texto adaptado de OLIVA, Jaime e GIANSANTI, Ro-berto. Temas da Geografia do Brasil. São Paulo. Atu-al 1999 pág. 298)Os problemas urbanos retratados no texto são de-correntesa) do êxodo rural, na época, que fez crescer demasi-adamente a população da cidade.b) do número excessivo de viadutos e vias expressasconstruídos nos anos 50 e 60, na cidade.c) da “vaidade” urbana da prefeitura da cidade, preo-cupada com a aparência da metrópole.

d) da falta de planejamento urbano associado ao cres-cimento do transporte rodoviário.e) do número crescente de trabalhadores que passa-ram a morar no núcleo metropolitano.