geomorfologia litorânea

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO – UEMA CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE CAXIAS – CESC DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA – DHG GEOMORFOLOGIA LITORÂNEA ANA CAROLINA NUNES DE AZEVEDO JACKSON AMARAL COSTA PAULO HENRIQUE FERREIRA SOARES RAQUEL DOS DOS SANTOS VANDA SILVA SANTOS CAXIAS – MA 2014

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Page 1: Geomorfologia litorânea

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO – UEMA CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE CAXIAS – CESC DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA – DHG

GEOMORFOLOGIA LITORÂNEA

ANA CAROLINA NUNES DE AZEVEDOJACKSON AMARAL COSTA

PAULO HENRIQUE FERREIRA SOARESRAQUEL DOS DOS SANTOS

VANDA SILVA SANTOS

CAXIAS – MA2014

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Geomorfologia Litorânea

● A Geomorfologia Litorânea preocupa-se em estudar as paisagens resultantes da morfogênese marinha, na zona de contato entre as terras e os mares.

● As flutuações do nível marinho, ocorridas principalmente no decorrer do Plioceno e Quaternário, permitem distinguir formas subaéreas atualmente submersas nas águas oceânicas assim como verificar a existência de formas e terraços escalonados, esculpidos pela morfogênese marinha, localizados a várias altitudes acima do nível do mar.

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● Assim, o estudo da Geomorfologia litorânea não se restringe à parcela territorial sob a influência atual do mar mas toda a zona que foi afetada por tais processos.

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Nomenclatura do Perfil

Termos em inglês: ingleses os primeiros a estabelecerem uma nomenclatura.

• Zona Intertidal (shore = costa) = se estende entre o nível normal da maré baixa e o da efetiva ação das ondas nas marés altas.

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● Pode ser subdividida em Zona intertidal menor (foreshore – frente de costa), exposta durante a maré baixa, e Zona intertidal maior (backshore), que se estende acima do nível normal da maré alta, inundando-se com marés altas excepcionais ou pelas grandes ondas.

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● A linha do litoral (shoreline = linha de costa) é, estritamente, a linha que demarca o contato entre as águas e as terras, variando com os movimentos das marés.

● Zona sublitorânea externa (offshore = fora da costa) que se estende da linha de arrebentação em direção às águas mais profundas.

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Processos Costeiros

● Entende-se como processos costeiros a ação dos agentes que, provocando erosão, transporte e deposição de sedimentos, levam a constantes modificações na configuração do litoral.

● O deslocamento de uma linha de costa é proporcional à taxa de aporte de sedimentos, que depende das características do sedimentos, da energia das ondas e da amplitude da oscilação do nível do mar.

● Há, também, o controle geológico (costas escarpadas).

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Ex: costa escarpada

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● O controle geológico torna-se óbvio nas encostas escarpadas. Os movimentos tectônicos, como falhamentos, vulcanismo e dobramentos, possuem sensível influência no modelado costeiro: rochas ígneas pouco diaclasadas oferecem resistência ao ataque da meteorização, por outro lado, uma rocha dura com muitas diáclases e linhas de fraqueza é atacado com facilidade.

● O fator climático é importante porque controla a meteorização dos afloramentos rochosos (trópicos = maior umidade). O vento, dentre os elementos climáticos, assume função importante na morfogênese litorânea por causa da edificação de dunas costeiras e por gerar as ondas e correntes; juntamente com as marés, estabelecem o padrão de circulação das águas.

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Forças marinhas atuantes no Litoral

Ondas: São resultantes da ação eólica, representando a transferência direta da Energia Cinética da atmosfera para superfície oceânica. Sendo o seu tamanho relacionado à velocidade e constância do vento.

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Forças Marinhas atuantes no Litoral

• As ondas são os principais agentes no processo de esculturação da Paisagem costeira.

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Forças Marinhas atuantes no Litoral

Ao se aproximarem do litoral as ondas sofrem alterações passando do movimento Orbital, para elítico e depois para o linear.

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Forças Marinhas atuantes no Litoral.

• Ao fazer esse movimento origina-se a saca que possibilita serem “jogadas” grandes quantidades de água nas estruturas do Relevo.

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Marés

• A atuação das marés está vinculado a amplitude vertical que as ondas tomam quando as marés estão altas, que pode chegar a uma velocidade de 10 Km/h em canais estreitos.

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As formas de Relevo Litorâneos

• As formas de Relevo litorâneas são resultados da ação erosiva, onde tem-se como exemplo as Costas escarpadas e planas

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As formas de Relevo Litorâneos

FALÉSIA: É uma morfogênese não coberta por vegetação com acentuadas declividades e alturas variadas que localiza-se no contato da superfície com o mar.

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As formas de Relevo Litorâneo

• A medida que ocorre à erosão da Falésia forma-se terraços de Abrasão, sendo os sedimentos erodidos depositam-se no fundo do mar gerando o terraço da construção marinha.

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As formas de Relevo Litorâneo • A praia coincide um conjunto de sedimentos

depositados ao longo do litoral, constituído por areia, cascalho e seixos.

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As formas de Relevo litorâneos

• Mas existem praias compostas por sedimentos argilosos.

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As formas de Relevo Litorâneos

• Restingas: É designada como barreiras ou cordões litorâneos.

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RECIFES

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COMO SE FORMA OS RECIFES?

• O coral nada mais é que um pequeno animal marinho, que vive em colônias - geralmente em mares de temperatura mais amena, como nas regiões tropicais e subtropicais. Enquanto está vivo, esse organismo secreta à sua volta um esqueleto de carbonato de cálcio, substância extraída da água do mar. Após sua morte, novas colônias desenvolvem-se sobre essa estrutura rígida, formando, com o tempo, os paredões calcários que chamamos de recife. O processo todo demora, obviamente, milhares de anos.

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• Os recifes representam grande perigo para a navegação, por formarem bancos rochosos que emergem à superfície dos oceanos. Sua frequência no litoral do Nordeste brasileiro deu nome a uma das mais importantes capitais da região.

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RECIFES DE ARENITO

Ou cordão de arenito, localizado em formas paralelas à costa, apresentando-se constituído de arenito, resultante da consolidação de antigas linhas de praias, ou a partir de um ou mais bancos de areia consolidada, tendo como base geológica a sedimentação com carbonato de cálcio ou óxido de ferro. 

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Recifes de Arenito do Francês e do Saco da Pedra, litoral de Marechal DeodoroFoto M. D. Correia

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RECIFES DE CORAL

Construção calcária constituída principalmente de esqueletos de corais que podem ser encontrados associados a crostas de algas calcárias e resíduos de carbonato de cálcio de outros invertebrados.

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RECIFE COSTEIRO

• Localiza-se ao longo da linha de costa, sendo que sua expansão depende da inclinação do fundo marinho e da intensidade do crescimento dos corais; quando apresenta idade mais avançada, a borda do recife se projeta para o oceano e a região interior da superfície recifal submerge, devido à erosão, formando uma laguna com poucos metros de profundidade, tendo uma extensão de mais de 100 metros e apresentando um bordo recifal estreito, imediato ao litoral.

 

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Recifes Costeiros no litoral norte de MaceióFoto M. D. Correia

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RECIFE DE PLATAFORMA

Forma-se sobre a plataforma continental, ou ocorre em zonas distantes com influência desta; ou ainda em pleno oceano; rodeado em todas as partes por águas profundas, o que proporciona o seu crescimento em todas as direções. Pode originar-se em qualquer área do fundo marinho que se eleva de tal modo até o nível do mar, desde que existam condições ecológicas adequadas para o crescimento de corais, suficientes para formar este tipo de estrutura recifal.

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Recifes de Plataforma no litoral norte de AlagoasFoto M. D. Correia

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EUSTÁSIAOs movimentos eustáticos resultam de qualquer fator que faça variar de forma significativa o volume de água presente no oceano ou que provoque uma variação significativa do volume das bacias oceânicas, com a consequente variação do nível da água em relação à terra firme.

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Eustasia: é a variação do nível dos mares pelo aumento da quantidade de água (degelo nos Polos) ou por motivos tectônicos do fundo do mar ou pelo acumulo progressivo dos sedimentos.

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Classificação das paisagens litorâneas

Várias tentativas foram realizadas a fim de classificar os tipos de costas, mas nenhuma obteve sucesso, dentre as apoiadas em critérios Genéticos e as de critérios descritivos baseadas nas formas de relevo observadas.Uma das primeiras tentativas de classificação foi realizada por Eduardo Suess ,em 1906.

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As do Atlântico possuem estruturas de dobramentos ou falhamentos que são transversais a linha da costa.

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• As segundas possuem estruturas que são paralelas á linha de costa, tais como os Andes, as Rochosas e a Dalmácia. Essa classificação assinala que a costa do tipo Atlântico é discordante, enquanto a do pacífico é concordante.

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• Outas classificações genéricas foram desenvolvida por Douglas Jonhson, em 1919:

• a)costas de submersão;• b)costas de emersão;• c)costas neutras, (essas formas não são

devidas á submersão nem à emersão, mas á deposição ou aos movimentos tectônicos, como os casos das costas deltaicas, de planícies aluviais, costas vulcânicas e falhadas);

• d)costas complexas ou mistas, em cuja origem há uma combinação de duas ou mais das categorias presentes

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• H. Valentin, em 1952 apresentou uma classificação dos tipos de costas baseando-se na distinção fundamental entre o avanço e o recuo do litoral, observando que o avanço pode resultar da emersão ou da deposição, enquanto o recuo pode ser devido à submersão ou ao ataque da erosão. Classificação:

• a)Costas que estão avançando• Devido à emersão: costa com soalho marinho emerso;• Devido à deposição orgânica: fitogênica (formada pela

vegetação), como os manguezais;• Zoogenicas (formada pela fauna), como as da costa com

corais;• Devido a deposição inorgânica:• Deposição marinha onde as marés são fracas;• Deposição marinha onde as deposições são fortes;• Deposição fluvial, como as costas deltaicas;

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• b)Costas que estão recuando• Devido à submersão de paisagens glaciárias:• Confinadas à erosão glacial;• Não confinadas a erosão glacial;• Deposição glaciária;• Devido à submersão de paisagens de esculturas

fluvial:• Sobre jovens estruturas dobradas;• Sobre velhas estruturas dobradas;• Sobre estruturas horizontais;• Devido à erosão marinha:• Costas escarpadas.

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Nesta classificação se leva em consideração os níveis relativos da terra e do mar, considerando suas evidencias nas alterações que estão realizando, expressas através da interação dos movimentos verticais (emersão ou submersão) e horizontais (erosão e deposição).Arthur Bloom (1965), sugeriu uma complementação do esquema de Valetin, acrescentando um eixo relacionado com o tempo que passa através de O. Dessa maneira, teria-se um diagrama tridimensional, no qual é possível locar o curso evolutivo de qualquer da costa particular, na qual as relações entre emersão e submersão, entre erosão e deposição, sofreram variações com o transcorrer do tempo. O esquema proposto por Valentin representou extraordinário progresso em relação ás classificações precendentes, elaboradas em função de concepções teóricas do ciclo de erosão. A grande vantagem de classificações “ não-ciclicas”, como as de Valentin e Bloom, é que elas permitem a colocação de problemas, estimulam a pesquisa e favorecem a classificação das costas em função dos aspectos observados e não em relação a sequencias evolutivas previamente esquematizadas.

Page 44: Geomorfologia litorânea

OBRIGADO!