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Georg W. F. Hegel• Nascimento: 27 de agosto de 1770Stuttgart, Alemanha
• Morte: 14 de novembro de 1831 Berlim, Alemanha
• Escola/tradição: Idealismo, Hegelianismo
• Principais interesses: epistemologia, lógica, filosofia
da história, política, religião, consciência
• Ideias notáveis: Dialética, Idealismo Absoluto
• Influências: Platão, Aristóteles, Descartes, Spinoza,
Leibniz, Kant, Fichte, Schelling, Goethe, Hölderlin,
Schiller, Vico, Rousseau, Montesquieu
• Influenciados: Karl Marx, Vladimir Lênin, Antonio
Gramsci, Georg Lukács, Henri Lefebvre, Theodor W.
Adorno, Herbert Marcuse, Friedrich Nietzsche, Ludwig
Feuerbach, Maurice Merleau-Ponty, Jean-Paul Sartre,
Jürgen Habermas
“O que quer que aconteça, cada indivíduo ésempre filho de sua época; portanto, afilosofia é a sua época tal como apreendidapelo pensamento. É tão absurdo imaginarque a filosofia pode transcender suarealidade contemporânea quanto imaginarque um indivíduo pode superar seu tempo,salta sobre Rodes”.
• Qual é o escopo da Filosofia?
• A filosofia sempre chega depois que a realidade já se constituiu.
A tarefa da filosofia é interpretar,
entender, fazendo emergir da
realidade o conteúdo racional, pois a
realidade já é por si racional.
A Filosofia não deve imaginar como o
mundo deveria ser, mas limitar-se a
explicá-lo !!!
HegelO que é a realidade?
Existe o acidental, o fortuito, o casual?
Coincidência entre realidade e racionalidade
O mundo não é um amontoado caótico de substâncias, mas o
desdobramento progressivo de uma espiritualidade racional
que se exprime inconscientemente na Natureza e
conscientemente no Homem.
A racionalidade coincidindo com a realidade indica que a
razão não exprime uma abstração, um dever-ser ideal, mas a
estrutura profunda do mundo real!
O que é racional é real
e o
que é real é racional
O real é racional e o racional é real!
Hegel determina que a realidade é um eterno VIR
A SER em meio ao movimento dialético dos
contrários!
Aquilo que é apenas acidental, não substancial,
não é verdadeiramente real.
A separação entre realidade e racionalidade
tornaria absurda a Filosofia.
(conduziria ao pensamento utópico)
Se toda realidade é expressão de uma
forma de racionalidade,
a Filosofia deve examinar cada
aspecto da realidade!
Fenomenologia da Mente:
Idealismo Monista = há somente uma
substância pensante ou mente
Realidade e Verdade constituem um sistema
completo em que todas as proposições estão
relacionadas racional e coerentemente e onde
as contradições aparentes das proposições
que se referem às parte do todo estão
dissolvidas.
A totalidade está em mudança contínua e seu
desenvolvimento ocorre por um processo
Dialético (deriva do grego: ARGUMENTAR)
TESE - Visão ou proposição particular.
ANTÍTESE - Posição contrária ou oposta.
SÍNTESE - Reúne as duas proposições
anteriores, tornando-se a base de uma NOVA
síntese.
----- X -----
A dialética sempre trabalha com a rejeição do
que não é racional e com a apropriação do
racional.
Processo da Dialética Hegeliana:
A Dialética incrementa a Autoconsciência da Mente,
fornecendo para todos os seus objetos de
pensamento um lugar próprio e racionalmente
concebido no todo.
A independência aparente dos objetos é dada
somente no pensamento, já que aqueles não são
independentes, mas constituem aspectos separados
de uma única mente, que deve ser restaurada na sua
totalidade!
A Dialética Racional é o processo de restauração e
desenvolvimento da autoconsciência que irá
finalmente alcançar a Unidade e a Liberdade
resultantes do autoconhecimento completo.
(Marx parte daí para o conceito de Alienação)
Ser, Nada e Devir formam uma
tríade inseparável.
O Ser e o Não-Ser são abstrações
e o primeiro e verdadeiro é
somente o DEVIR!
O Oposto do Ser, não é o Não-
Ser, mas é a TRANSFORMAÇÃO.
Salvador Dali
O Espírito Absoluto (Deus, Racionalidade), não é
imóvel, mas realiza-se no Tempo, em um processo
evolutivo, na História!
1. Ser em si – [Ideia] – Espírito Subjetivo
2. Ser do Outro – [Natureza] – Espírito Objetivo
3. Retorno a si – [Espírito] – Espírito Absoluto
Hegel
O ser está em constante transformação, donde surgea necessidade de fundar uma nova lógica que nãoparta do princípio de identidade, que é estático, masdo princípio de contradição, para dar conta do real. Aessa lógica, Hegel dá o nome de Dialética.
Em que consiste a Religião?
Entre Filosofia e Religião existe Continuidade e
Superação!
O conteúdo da verdade é idêntico nas duas
formas de saber (não estando perfeitamente
explicitado na religião).
A Filosofia como racionalização do Cristianismo.
Segundo Hegel, a
Filosofia exprime em termos Racionais
o que a
Religião Cristã representa de forma Mítica.
HegelA Consciência Infeliz, mesmo sendo em si
unitária, concebe-se como uma cisão em duas
partes antagônicas inseparáveis.
De uma lado, a Consciência Infeliz tem
consciência de existir como fenômeno unitário;
do outro lado, descobre em si uma realidade
contraditória.
Se o que é essencial, não muda e não é
Individual, então a consciência participa da Não-
Essencialidade, porque se percebe como
individual e mutável.
A intensificação dessa cisão impõe uma
escolha: a Consciência define a si mesma como
não essencial e coloca a essência, recém
descoberta, fora de si: DEUS!
A Consciência Infeliz se autoculpa pela própria suposta não essencialidade
• Suas obras possuem a fama de serem difíceis, devido à amplitude dos
temas que pretendem abordar.
• Sua filosofia é realmente difícil, Afinal, Hegel era crítico das filosofias
claras e distintas.
• Para ele, o negativo era constitutivo da ontologia.
• Sendo assim, a clareza não seria adequada para conceituar o objeto.
• Foi ele quem introduziu um sistema paracompreender a história da filosofia e do mundo.
• Chamado geralmente dialética: progressão na qualcada movimento sucessivo surge como soluçãodas contradições inerentes ao movimento anterior.
• A Revolução Francesa constitui, para Hegel, aintrodução da verdadeira liberdade nas sociedadesocidentais pela primeira vez na história escrita.
A Dialética é uma das muitas partes do sistema
hegeliano objeto de má compreensão ao longo do
tempo.
Para Hegel, é preciso abandonar a idéia de que a
contradição produz um objeto vazio de conteúdo.
Hegel dá dignidade ontológica à contradição.
Bem como para o negativo. Hegel não queria com isso dizer que absurdos como, por exemplo, pensar que um quadrado redondo fosse possível.
• Hegel utilizou-se deste sistema paraexplicar toda a história da filosofia, daciência, da arte, da política e dareligião,
• Muitos críticos modernos assinalamque Hegel parece analisarsuperficialmente as realidades dahistória a fim de encaixá-las em seumodelo dialético.
• A obra hegeliana é fonte de inúmerascontrovérsias
• A filosofia, não deixa de se referir a Hegel, namedida em que se constitui como anti-hegeliana.
• Além disso, várias tradições filosóficasreivindicam algum legado hegeliano, embora emgeral não se intitulem tal como hegelianas.
• Exemplos dessas tradições são alguns marxista,a da Escola de Frankfurt e pragmatista.
Fenomenologia do Espírito
Phänomenologie des Geistes - 1806
• Nesta obra Hegel pensa sobretudo na vida mais viva, a
que não tolera a fixação, o endurecimento, nem a
repetição monótona.
• É um projeto completamente inédito: descreve o processo
típico da formação da consciência.
REVISANDO:
• O esquema dialético o que existe de lógico, natural, humano, edivino, oscila perpetuamente de uma tese para uma antítese, e devolta para uma síntese mais rica.
• A filosofia de Hegel é a tentativa de considerar todo o universocomo um todo sistemático. O sistema é baseado na fé. Na religiãocristã, Deus foi revelado como verdade e como espírito.
• Como espírito, o homem pode receber esta revelação. Na religião averdade está oculta na imagem; mas na filosofia o véu se rasga, demodo que o homem pode conhecer o infinito e ver todas as coisasem Deus.
• Como espírito, o homem pode receber esta revelação. Na religião a
verdade está oculta na imagem; mas na filosofia o véu se rasga, de
modo que o homem pode conhecer o infinito e ver todas as coisas
em Deus.
• O sistema de Hegel é assim um monismo espiritual.Somente
através da experiência pode a identidade do pensamento e o objeto
do pensamento serem alcançados, uma identidade na qual o
pensar alcança a inteligibilidade progressiva que é seu objetivo.
• A verdade é conhecida somente porque o erro foi experimentado e
a verdade triunfou; e Deus é infinito apenas porque ele assumiu os
limitações de finitude e triunfou sobre elas. Similarmente, a queda
do homem era necessária se ele devia atingir a bondade moral.
SISTEMA
O sistema de Hegel dá conta
desse processo dialético em três fases:
• Lógica
• Natureza
• Espírito
Lógica:O sistema começa dando conta do pensamento de Deus "antes da criação danatureza e do espírito finito", isto é, com as categorias ou formas puras depensamento, que são a estrutura de toda vida física e intelectual. Todo o tempo,Hegel está lidando com essencialidades puras, com o espírito pensando suaprópria essência; e estas são ligadas juntas em um processo dialético queavança do abstrato para o concreto. Se um homem tenta pensar a noção de umser puro (a mais abstrata categoria de todas), ele encontra que ela é apenas ovazio, isto é, nada. No entanto, o nada "é". A noção de ser puro e a noção denada são opostas; e no entanto cada uma, quando alguém tenta pensá-la, passaimediatamente para a outra. Mas o caminho para sair dessa contradição é deimediato rejeitar ambas as noções separadamente e afirmá-las juntas, isto é,afirmar a noção do vir a ser, uma vez que o que ambas vem a ser é e não é aomesmo tempo. O processo dialético avança através de categoria de crescentecomplexidade e culmina com a idéia absoluta, ou com o espírito como objetivopara si mesmo.
Natureza:
A natureza é o oposto do espírito. As categorias estudadas na Lógica
eram todas internamente relacionadas umas às outras; elas nascem umas
das outras. A natureza, no entanto, é uma esfera de relações externas.
Partes do espaço e momentos do tempo excluem-se uns aos outros; e
tudo na natureza está em espaço e tempo e assim é finito. Mas a natureza
é criada pelo espírito e traz a marca de seu criador. As categorias
aparecem nela como sua estrutura essencial e é tarefa da filosofia da
natureza detectar essa estrutura e sua dialética; mas a natureza, como o
reino da "externalidade", não pode ser racional seqüencialmente, de modo
que a racionalidade prefigurada nela torna-se gradualmente explícita
quando o homem aparece. No homem a natureza alcança a
autoconsciência.
Espírito:
Aqui Hegel segue o desenvolvimento do espírito humano através do
subconsciente, consciente e vontade racional. Depois, através das
instituições humanas e da história da humanidade como a incorporação e
objetivação da vontade; e finalmente para a arte, a religião e filosofia, na
qual finalmente o homem conhece a si mesmo como espírito, como Um
com Deus e possuído da verdade absoluta. Assim, está então aberto para
ele pensar sua própria essência, isto é, os pensamentos expostos na
Lógica. Ele finalmente voltou ao ponto de partida do sistema, mas no
roteiro fez explícito tudo que estava implícito nele e descobriu que "nada
senão o espírito é, e espírito é pura atividade".
Conclusões sobre sua filosofia:
• A dialética Hegeliana : a contradição é o motor do seu pensamento.
• Para ele, diversidade significa unicamente contradição.
• “O absoluto por fim não é Senão aquilo que ele é na Realidade’’
• Pressupôs que a historia da humanidade é um processo através do qual a mesma tem feito progresso espiritual e moral e avançado seu autoconhecimento.
• Apoiou-se na fé de que a história é a representação do propósito de Deus e que o homem tinha agora avançado longe bastante para descobrir o que:
• “ Ele é a gradual realização da liberdade humana”.
Dialética
• “Tudo que existe merece desaparecer” – Goethe
• A força destruidora é a força motriz do processo histórico.
• TESE - afirmação
• ANTÍTESE - negação
• SÍNTESE – negação da negação.
O ESTADO
• O Estado político é a esfera dos interesses públicos euniversais no qual as contradições estão mediatizadas esuperadas.
• O Estado não é a expressão ou o reflexo do antagonismosocial, mas sua superação.
• É a unidade recomposta e reconciliada consigo mesma.
• A sociedade civil é um sistema de carecimentos, estrutura dedependências recíprocas, na qual os indivíduos satisfazemsuas necessidades através do trabalho, da divisão dotrabalho e da troca; asseguram a defesa de suas liberdades,propriedades e interesses através da administração dajustiça e das corporações.
• Trata-se da esfera dos interesses privados,econômico/corporativos e antagônicos entre si.
• O Estado ideal envolve uma relação justa e ética daharmonia entre os elementos da sociedade.
• O Estado é eterno, não histórico; transcende a sociedadecomo uma coletividade idealizada. Ele é mais do que asinstituições políticas.
• O representante da coletividade social, acima dos interessesparticulares das classes, assegurando que a competiçãoentre os indivíduos e os grupos permanecessem em ordem,enquanto os interesses coletivos do “todo” social seriampreservados na ações do próprio Estado.