geraÇÃo alpha: um estudo de caso no … raissa oliveira de melo costa viegas geraÇÃo alpha: um...
TRANSCRIPT
0
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO
RAISSA OLIVEIRA DE MELO COSTA VIEGAS
GERAÇÃO ALPHA: UM ESTUDO DE CASO NO NÚCLEO DE
EDUCAÇÃO INFANTIL DA UFRN
NATAL-RN
2015
1
RAISSA OLIVEIRA DE MELO COSTA VIEGAS
GERAÇÃO ALPHA: UM ESTUDO DE CASO NO NÚCLEO DE
EDUCAÇÃO INFANTIL DA UFRN
NATAL-RN
2015
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à
coordenação do curso de graduação em
Administração da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte, como requisito parcial para
obtenção do título de Bacharel em
Administração.
Orientadora: Profª M. Sc. Thelma Pignataro
2
RAISSA OLIVEIRA DE MELO COSTA VIEGAS
GERAÇÃO ALPHA: UM ESTUDO DE CASO NO NÚCLEO DE
EDUCAÇÃO INFANTIL DA UFRN
BANCA EXAMINADORA
____________________________________________________________ Profª M. Sc. Thelma Pignataro
Orientador
__________________________________________________________
Profª M. Sc. Abdon Silva Ribeiro Cunha
Examinador
_____________________________________________________________
Profª M. Sc. Elane Oliveira
Examinador
Natal, 16 de junho de 2015.
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à
coordenação do curso de graduação em
Administração da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte, como requisito parcial para
obtenção do título de Bacharel em
Administração.
3
Catalogação da Publicação na Fonte.
UFRN / Biblioteca Setorial do CCSA
Viegas, / Raissa Oliveira de Melo Costa.
Geração alpha: um estudo de caso no núcleo de educação infantil da UFRN
/ Raissa Oliveira de Melo Costa Viegas. - Natal, RN, 2015.
75f.
Orientadora: Profa. M. Sc. Thelma Pignataro.
.
Monografia (Graduação em Administração) - Universidade Federal do Rio
Grande do Norte. Centro de Ciências Sociais Aplicadas. Departamento de Ciências
Administrativas.
1. Marketing - Monografia. 2. Gerações - Monografia. 3. Tecnologia da
informação - Monografia. I. Pignataro, Thelma. II. Universidade Federal do Rio
Grande do Norte. III. Título.
RN/BS/CCSA CDU 658.8
4
“O mundo que deixaremos para nossos filhos
depende dos filhos que deixaremos para o nosso
mundo”
Mario Sérgio Cortella
5
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus que sempre esteve ao meu lado me guiando para o
melhor caminho, e por ter me dado saúde e forças para superar as dificuldades.
A esta universidade, seu corpo docente, direção, coordenação e administração que
sempre me auxiliou de forma gentil e cordial para que o sonho da graduação fosse alcançado,
em especial a minha orientadora, Thelma Pignataro, que esteve presente nos últimos três anos
como mãe para mim, desde as monitorias, á este trabalho de conclusão. Como também a
coordenadora do NEI/UFRN Ana Alice que me auxiliou durante todo o período de aplicação
dos questionários, muito obrigada.
Agradeço aos meus pais que sempre me incentivaram a continuar minha carreira
acadêmica, em especial a minha mãe, minha fonte de inspiração em todos os aspectos da vida,
sem seu apoio incondicional não teria chegado tão longe. Como também a todos da minha
família, que sempre foram compreensivos, em especial a minha tia Ana Cláudia, e a minha
prima Marcela Berckmans que tiveram papel fundamental na conclusão desde trabalho, sendo
atenciosas e prestativas.
Ao meu noivo Décio, que sempre me amparou nos meus momentos de estresse com
sua paciência, digna de um anjo. Agradeço também aos meus amigos e companheiros de
curso, especialmente a minha melhor amiga de curso e da vida Melina, sozinha seria bem
mais difícil vencer essa batalha.
E a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação, o meu muito
obrigado.
6
RESUMO
O estudo das gerações na área de marketing é de fundamental importância para compreensão
do mercado que estamos inseridos, e prever uma série de comportamentos, tanto dentro
quanto fora de uma empresa. Uma geração também pode ser chamada de classe genealógica,
que representa uma série de organismos que possui a tendência de se comportar de certa
forma, de acordo com a idade e momento histórico que está inserido. Hoje se fala em cinco
gerações: Baby Boomers, X, Y, Z e Alpha. No início se definia uma geração em um período
de 25 anos, e agora surgem no máximo a cada 10 anos, dessa forma ficando cada vez menor o
período de cada geração. A geração Alpha é muito recente, é formada por aqueles que
nasceram a partir de 2010 e ainda não existe muitos estudos voltado para ela. Sabemos que já
nascem conectados em rede e isso cria uma tendência de mudança nas casas, nas escolas e
também nas empresas. O objetivo deste trabalho é gerar informações desta geração, através de
questionário aplicado em escolas, para entender quais as necessidades e desejos dessas
crianças, e dessa forma auxiliar ao mercado a supri-las. Com os resultados do questionário
aplicado pôde-se identificar que a grande maioria das crianças pertencentes a Geração Alpha
que estudam no NEI/UFRN possuem acesso e conhecimento sobre as novas tecnologias,
quanto aos aplicativos os mais populares são o WhatsApp e Instagram. Alguns aspectos da
característica do perfil dos entrevistados, como por exemplo, a preferência por atividades,
obteve como maior parte resultados tradicionais (ir à praia ou piscina e assistir tv). Conclui-se
que deve haver uma atenção especial a esta geração, visto características peculiares, devido ao
constante acesso a tecnologia e informação na primeira infância, e como é mostrado no
referencial teórico, influenciará determinadamente no futuro, com o objetivo de reduzir o
conflito de gerações.
Palavras-chave: Gerações, Alpha, Tecnologia, Marketing.
7
ABSTRACT
The study of generations in the marketing area is of fundamental importance to understanding
the market, and also to forecast a range of behaviors, both inside and outside of a company.
One generation can also be called family class, which represents a number of people
(organizations) that have a tendency to behave in a certain way, according to the age and with
historical moment that is inserted. Currently we usually talk about five generations: Baby
boomers, X, Y, Z and Alpha. At the beginning it was defined a generation in a period of 25
years, and now they emerge at least every 10 years, thus becoming smaller the period of each
generation. The Generation Alpha is very recent, consists of those who borned from 2010 and
there is still don’t have many studies about this specific generation. We know the alpha
generation are born introduced networked and this creates a changing trend in homes, in
schools and also in business. The main objective of this work is to generate information about
the generation Alpha, through a questionnaire applied in schools, to understand what the
needs and wishes of these children, and thus help the market to supply them. With the results
of the questionnaire could be identified that the vast majority of children belonging to Alpha
Generation studying in NEI / UFRN has access to and knowledge about new technologies, as
the most popular mobile applications (apps) are WhatsApp and Instagram. Some aspects of
the characteristic profile of respondents, for example, the preference for activities, obtained as
most traditional results (go to the beach or pool and watch tv). It was concluded that there
should be a special attention to this generation, as peculiar characteristics due to constant
access to technology and information in early childhood, and as shown in the theoretical
framework, influence determinedly in the future, in order to reduce conflict generations.
Keywords: Generations, Alpha, Technology, Marketing
8
LISTA DE TABELAS
Tabela 01 – Projeção da população do Brasil, Grandes Regiões e Unidades
Da Federação, 2013..................................................................................................................24
Tabela 02 – Faixa etária das crianças de 3 a 5 anos estudantes do NEI/UFRN, entrevistadas
em maio/2015............................................................................................................................27
Tabela 03 – Gênero das crianças de 3 a 5 anos estudantes do NEI/UFRN, entrevistadas em
maio/2015..................................................................................................................................28
Tabela 04 – Modalidades esportivas das crianças de 3 a 5 anos estudantes do
NEI/UFRN................................................................................................................................29
Tabela 05 - Grau de preferência das crianças entrevistadas no NEI/UFRN em maio/2015 para
a atividade brincadeiras ao ar livre...........................................................................................30
.
Tabela 06 - Grau de preferência das crianças entrevistadas no NEI/UFRN em maio/2015 para
atividade ir à praia ou piscina...................................................................................................31
Tabela 07 – Grau de preferência das crianças entrevistadas no NEI/UFRN em maio/2015 para
atividade navegar na internet....................................................................................................32
Tabela 08 - Grau de preferência das crianças entrevistadas no NEI/UFRN em maio/2015 para
atividade jogar videogame........................................................................................................33
Tabela 09 - Grau de preferência das crianças entrevistadas no NEI/UFRN em maio/2015 para
atividade assistir TV..................................................................................................................34
Tabela 10 - Grau de preferência das crianças entrevistadas no NEI/UFRN em maio/2015 para
atividade brincar com brinquedos.............................................................................................35
Tabela 11 – Conhecimento dos entrevistados no NEI/UFRN em maio/2015 quanto às
brincadeiras realizadas no computador.....................................................................................37
Tabela 12 - Conhecimento dos entrevistados no NEI/UFRN em maio/2015 quanto às
brincadeiras realizadas no tablet...............................................................................................38
Tabela 13 - Conhecimento dos entrevistados no NEI/UFRN em maio/2015 quanto à
realização de ligações pelo celular............................................................................................39
Tabela 14 - Conhecimento dos entrevistados no NEI/UFRN em maio/2015 quanto à
habilidade de conversar pelo WhatsApp...................................................................................40
Tabela 15 - Conhecimento dos entrevistados no NEI/UFRN em maio/2015 quanto à
habilidade de jogar videogame.................................................................................................41
Tabela 16 – Acessibilidade dos entrevistados no NEI/UFRN em maio/2015 quanto ao
computador................................................................................................................................42
9
Tabela 17 - Acessibilidade dos entrevistados no NEI/UFRN em maio/2015 quanto ao
tablet..........................................................................................................................................43
Tabela 18 - Acessibilidade dos entrevistados no NEI/UFRN em maio/2015 quanto ao
celular........................................................................................................................................44
Tabela 19 - Acessibilidade dos entrevistados no NEI/UFRN em maio/2015 quanto ao
videogame.................................................................................................................................45
Tabela 20 - Acessibilidade dos entrevistados no NEI/UFRN em maio/2015 quanto à
TV.............................................................................................................................................45
Tabela 21 - Conhecimento dos entrevistados no NEI/UFRN em maio/2015 quanto às redes
sociais, resultado expresso em percentual................................................................................46
Tabela 22 – Estrutura familiar dos entrevistados no NEI/UFRN em maio/2015....................47
Tabela 23 - Conhecimento dos entrevistados no NEI/UFRN em maio/2015 quanto ao
computador, cruzado com o gênero.........................................................................................53
Tabela 24 – Conhecimento dos entrevistados no NEI/UFRN em maio/2015 quanto ao
WhatsApp, cruzado com o gênero..........................................................................................54
10
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 01 – Faixa etária das crianças de 3 a 5 anos estudantes do NEI/UFRN.....................28
Gráfico 02 – Gênero das crianças de 3 a 5 anos estudantes do NEI/UFRN, entrevistadas em
maio/2015..................................................................................................................................28
Gráfico 03 – Modalidades esportivas das crianças de 3 a 5 anos estudantes do NEI/UFRN,
entrevistadas em maio/2015......................................................................................................29
Gráfico 04 – Grau de preferência das crianças entrevistadas no NEI/UFRN em maio/2015
para atividade brincadeiras ao ar livre......................................................................................31
Gráfico 05 - Grau de preferência das crianças entrevistadas no NEI/UFRN em maio/2015
para atividade ir à praia ou piscina............................................................................................32
Gráfico 06 – Grau de preferência das crianças entrevistadas no NEI/UFRN em maio/2015
para atividade navegar na internet............................................................................................33
Gráfico 07 - Grau de preferência das crianças entrevistadas no NEI/UFRN em maio/2015
para atividade jogar videogame................................................................................................34
Gráfico 08 - Grau de preferência das crianças entrevistadas no NEI/UFRN em maio/2015
para assistir TV.........................................................................................................................35
Gráfico 09 - Grau de preferência das crianças entrevistadas no NEI/UFRN em maio/2015
para atividade brincar com brinquedos.....................................................................................36
Gráfico 10 - Grau de preferência das crianças entrevistadas no NEI/UFRN em maio/2015
para todas as atividades.............................................................................................................36
Gráfico 11 – Conhecimento dos entrevistados no NEI/UFRN em maio/2015 quanto às
brincadeiras realizadas no computador.....................................................................................38
Gráfico 12 - Conhecimento dos entrevistados no NEI/UFRN em maio/2015 quanto às
brincadeiras realizadas no tablet...............................................................................................39
Gráfico 13 - Conhecimento dos entrevistados no NEI/UFRN em maio/2015 quanto à
realização de ligações pelo celular............................................................................................40
Gráfico 14 - Conhecimento dos entrevistados no NEI/UFRN em maio/2015 quanto à
habilidade de conversar pelo WhatsApp...................................................................................41
Gráfico 15 - Conhecimento dos entrevistados no NEI/UFRN em maio/2015 quanto à
habilidade de jogar no videogame............................................................................................42
Gráfico 16 - Acessibilidade dos entrevistados no NEI/UFRN em maio/2015 quanto ao
computador................................................................................................................................43
11
Gráfico 17 - Acessibilidade dos entrevistados no NEI/UFRN em maio/2015 quanto ao
tablet..........................................................................................................................................44
Gráfico 18 - Acessibilidade dos entrevistados no NEI/UFRN em maio/2015 quanto ao
videogame.................................................................................................................................45
Gráfico 19 - Acessibilidade dos entrevistados no NEI/UFRN em maio/2015 quanto a
TV.............................................................................................................................................46
Gráfico 20 - Conhecimento entrevistados no NEI/UFRN em maio/2015 quanto às redes
sociais, resultado expresso em percentual.................................................................................47
Gráfico 21 – Estrutura familiar dos entrevistados no NEI/UFRN em maio/2015...................48
12
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 01 – Característica das seis gerações............................................................................16
Figura 02 – Desenho dos entrevistados no NEI/UFRN em maio/2015 da questão 17:
Blogueira de moda....................................................................................................................49
Figura 03 – Desenho dos entrevistados no NEI/UFRN em maio/2015 da questão 17:
Atendente de telemarketing......................................................................................................49
Figura 04– Desenho dos entrevistados no NEI/UFRN em maio/2015 da questão 17: Trabalho
com computador .......................................................................................................................50
Figura 05 – Desenho dos entrevistados no NEI/UFRN em maio/2015 da questão 17:
Trabalho com computador .......................................................................................................51
Figura 06 – Respostas da questão 17 do questionário aplicado as crianças no NEI/UFRN,
maio/2015...................................................................................................................................
13
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 15
1.1 PROBLEMA ............................................................................................................................... 16
1.2 OBJETIVOS ............................................................................................................................... 16
1.2.1 Objetivo Geral ...................................................................................................................... 16
1.2.2 Objetivos Específicos ........................................................................................................... 16
1.3 JUSTIFICATIVA ........................................................................................................................ 17
1.4 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO ........................................................................... 18
2. REFERÊNCIAL TEÓRICO ............................................................................................. 20
2.1 A HISTÓRIA DAS GERAÇÕES ............................................................................................... 20
2.2 OS TIPOS DE GERAÇÕES ....................................................................................................... 21
2.2.1 Geração Baby ....................................................................................................................... 21
2.2.2 Geração X ............................................................................................................................. 22
2.2.3 Geração Y ............................................................................................................................. 23
2.2.4 Geração Z ............................................................................................................................. 24
2.2.5 Geração Alpha ...................................................................................................................... 26
3 METODOLOGIA .................................................................................................................. 28
3.1 CARACTERIZAÇÕES DA PESQUISA .................................................................................... 28
3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA ..................................................................................................... 29
3.3 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS .......................................................................... 30
3.4 TRATAMENTOS ESTATÍSTICOS E FORMA DE ANÁLISE ................................................ 30
3.4.1 Teste de Hipóteses ................................................................................................................ 31
4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS ................................................................. 33
4.1 ANÁLISES DO PERFIL DOS ENTREVISTADOS .................................................................. 33
4.1.1 Faixa Etária .......................................................................................................................... 33
4.1.2 Gênero .................................................................................................................................. 34
4.1.3 Esportes ................................................................................................................................ 35
4.1.4 Atividades No Tempo Livre ................................................................................................. 36
4.2 ANÁLISES DOS ENTREVISTADOS SOBRE CONHECIMENTO E ACESSIBILIDADE ÀS
NOVAS TECNOLOGIAS E APLICATIVOS.................................................................................. 44
4.2.1 Brincar No Computador ....................................................................................................... 44
4.2.2 Brincar No Tablet ................................................................................................................. 45
14
4.2.3 Realizar Ligações No Celular............................................................................................... 46
4.2.4 Conversar Pelo WhatsApp ................................................................................................... 47
4.2.5 Saber Jogar Videogame ........................................................................................................ 48
4.2.6 Acesso Ao Computador ....................................................................................................... 49
4.2.7 Acesso Ao Tablet ................................................................................................................. 50
4.2.8 Acesso Ao Celular ................................................................................................................ 51
4.2.9 Acesso Ao Videogame ......................................................................................................... 52
4.2.10 Acesso À TV ...................................................................................................................... 53
4.2.11 Acesso Às Redes Sociais .................................................................................................... 53
4.3 ANÁLISES DOS ENTREVISTADOS QUANTO À ESTRUTURA FAMILIAR E
EXPECTATIVAS PROFISSIONAIS. .............................................................................................. 55
4.3.1 Estrutura Familiar ................................................................................................................. 55
4.3.2 Expectativa Profissional ....................................................................................................... 56
4.4 ANÁLISES DE VARIÁVEIS CRUZADAS E ANÁLISE DE CORRESPONDÊNCIA ........... 60
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................ 62
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 65
APÊNDICES ............................................................................................................................ 69
ANEXOS .................................................................................................................................. 74
15
1. INTRODUÇÃO
Entre os significados da palavra “Geração” encontrada no dicionário Aurélio,
podemos destacar:
“1. Funções pelas quais um ser organizado produz outro da sua espécie; procriação.
2. Grau de filiação.
3. Conjunto de homens da mesma época.
4. Tempo médio da duração da vida humana”.
Para compreender melhor o conceito do que é uma geração, deve-se também
mencionar o conceito de coorte. Que significa que as experiências compartilhadas durante a
juventude irão acarretar na formação de valores para o resto da vida, no período entre o fim da
adolescência e formação de adultos e assim formando um vínculo coletivo, um coorte.
(MEREDITH; SCHEWE; KARLOVICH, 2002).
Os eventos históricos (guerras, crises econômicas, transformações políticas, entre
outros) podem definir o momento de surgimento de uma coorte histórica, que é mantido até o
surgimento de um novo evento transformador. Para se considerar um evento como crítico, ele
deve influenciar valores, crenças, e atitudes de indivíduos de uma mesma coorte. Desta forma
é estabelecido que pessoas que vivem um dado período formam e assimilam valores
semelhantes, valores estes que permanecem ao longo das diferentes fases da vida.
Observa-se que vêm se aplicando o conceito das coortes ao termo geração, tanto no
mercado quanto em trabalhos acadêmicos, e Ikeda et al. (2008) alertam para a diferenças entre
os termos, principalmente pelo fato que gerações são períodos fixos não estando atrelado aos
fatos vivenciados pelas pessoas.
Este trabalho contribui para o estudo das gerações, uma área do conhecimento do
marketing, que podemos conceituar em poucas palavras como “Um conjunto de indivíduos
nascidos em uma mesma época, influenciados por um contexto histórico, determinando
comportamentos e causando impacto direto na evolução da sociedade” Eline Kullock.
As diferentes faixas etárias convivendo juntas no ambiente de trabalho gerou a
necessidade do estudo sobre as gerações em todo o mundo e em várias áreas do
conhecimento. O conflito de gerações existentes dentro das empresas foi o que impulsionou
este estudo na área de administração, sobretudo no marketing. Especialistas ao redor do
mundo procuram definir os fatores que impulsionam cada geração, já que não é possível fazer
uma única análise para diversas culturas.
16
Para agregar conhecimento sobre esse assunto, este trabalho busca diagnosticar qual o
perfil da nova geração, a geração Alpha, em uma escola de Natal- RN com base nos estudos já
realizados sobre o tema.
1.1 PROBLEMA
Devido a constante tendência de mudança no comportamento das pessoas, ocasionado
pelo momento histórico e tecnológico no qual foram inseridos durante seu desenvolvimento,
houve a necessidade de intitular esses momentos como gerações.
Os estudos sobre essas gerações estão cobertos de fundamentos que os tornam
concretos, porém ao longo do tempo novas gerações são formadas cada vez mais rápidas.
Antigamente uma geração tinha duração de 25 anos, hoje chega ao máximo até 10 anos.
Dessa forma compreende-se que se necessita de pesquisar constantemente para dar
continuidade a estudos com este tema.
A atual geração, que foi denominada Alpha, possui várias tendências de
comportamento, e por estas razões procura-se identificar o perfil dessa geração. Desse modo,
o problema desta pesquisa envolve a seguinte questão: Qual os traços do perfil das crianças
da geração Alpha do Núcleo Educacional Infantil da UFRN em Natal?
1.2 OBJETIVOS
1.2.1 Objetivo Geral
Analisar traços do perfil das crianças da geração Alpha do Núcleo Educacional Infantil da
UFRN em Natal.
1.2.2 Objetivos Específicos
Identificar os dados de segmentação quanto à faixa etária e ao gênero dos entrevistados;
Apresentar os hobbies e quais esportes os entrevistados praticam;
Identificar quais tecnologias e aplicativos as crianças tem acesso e conhecem;
Analisar as estruturas familiares e as perspectivas para o futuro das crianças.
17
1.3 JUSTIFICATIVA
Este é um trabalho sobre o estudo das gerações, o qual busca mostrar informações
ainda não conhecidas sobre a nova geração que surgiu há apenas cinco anos, e ainda não
possui estudos que consigam diagnosticar com precisão quem são essas crianças, como elas
pensam, e o que elas fazem.
Esse tema foi escolhido devido à curiosidade cientifica para identificar características
desta geração, afinal cada uma tem sua cultura, e forma de pensar específica, e o estudo das
gerações é muito recente, e necessita de embasamento científico para concretizar as teorias.
Um bom administrador sabe que só consegue obter o controle se houver um planejamento,
então dessa forma acredita-se que se deve conhecer as experiências que essas crianças estão
passando para compreender e tentar planejar o futuro.
“Falar da geração Alpha é chamar a atenção para a primeira infância de hoje, para o
impacto que ela terá sobre a sociedade no futuro e para como os adultos devem orientá-las”,
afirma Fernanda Furia (2014).
Acredita-se na relevância para a sociedade, visto que o estudo das gerações está
criando tendências de comportamento tanto na ciência, quanto no desenvolvimento da
sociedade, nas empresas e também no desenvolvimento intelectual de cada um. Ainda irá
contribui de forma significativa para o embasamento teórico dos próximos estudos neste tema.
O aumento populacional do planeta torna este assunto ainda mais relevante, e para
observar este fenômeno analisa-se a Tabela 1, que mostra a projeção da população do Brasil
para os próximos anos, separados pelas Unidades da Federação baseado nos estudos do IBGE
(BRASIL, 2013).
Observa-se que no Rio Grande do Norte no período entre 2010 e 2020 (Período
aproximado de natalidade da Geração Alpha) existe uma projeção de aumento populacional
de 333.641 pessoas, desta forma estas crianças estarão vivendo no mesmo período, com a
mesma faixa etária, compartilhando os mesmos momentos históricos, econômicos e políticos,
desta forma é muito importante que os administradores tomem conhecimento sobre essa nova
geração, com características peculiares para planejar o futuro das empresas em relação ao
mercado externo (clientes) e interno (funcionários).
Tabela 1 – Projeção da população do Brasil, Grandes Regiões e Unidades da Federação, 2013.
18
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e indicadores Sociais.
1.4 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO
O Núcleo de Educação Infantil da UFRN (NEI-UFRN) se constitui numa escola de
educação infantil situada no Campus Central da UFRN- Natal, que atende a filhos e
professores, funcionários e alunos da universidade. Além do ensino (crianças de 2 a 7anos),
realiza assessorias às escolas públicas do Estado, atua como campo de estágio para alunos dos
cursos de Educação e Psicologia e participa dos grupos de pesquisas dos Departamentos de
Educação da UFRN.
Em sua tinha como característica inicial de atuar como creche para atender à
comunidade universitária feminina - funcionárias, alunas e professoras da UFRN, recebendo
crianças a partir de 3 meses de idade. Tal projeto, entretanto, foi inviabilizado pelos altos
custos, que a infraestrutura de uma creche acarretaria, desse modo, o núcleo foi definido como
pré-escola e começou a funcionar em 04 de junho de 1979, atendendo crianças na faixa etária
19
de 1 ano e 8 meses a 2 dois anos e 6 meses aos 5 anos e 11 meses de idade. Em 2008, o
ingresso das crianças foi ampliado para a comunidade em geral.
O Núcleo de Educação da Infância – NEI/CAp-UFRN parte do pressuposto de que a
formação, aprendizado e desenvolvimento da criança no contexto escolar e social vincula-se
ao papel político e pedagógico assumido pela instituição como mediadora-dinamizadora das
relações entre as experiências e conhecimentos da criança e os conhecimentos acumulados
socialmente pela humanidade; e da participação e apoio da família na gestão política e
pedagógica da escola. Para assumir este papel, define um conjunto de princípios teóricos a
partir dos quais são estruturadas as atividades curriculares.
Em seus mais de 30 anos de existência construiu uma educação de qualidade, ampliou
a oferta de ensino para a educação básica, com a implementação do Ensino Fundamental no
ano de 2010; iniciou o seu percurso na Pesquisa, e na Extensão investido em ações de
formação docente (Cursos de Aperfeiçoamento, Cursos de Especialização e organização de
Seminários e Encontros de Educação).
Esta escola foi escolhida devido ao método democrático de seleção dos estudantes,
como o NEI não comporta toda a comunidade a qual se destina, essa seleção ocorre na forma
de sorteio, onde é selecionada um número determinado de vagas, e é sorteado entre aqueles
que se inscreveram para determinadas áreas. Desse modo esta instituição possuí alunos de
diversos níveis sociais, e de vários bairros da cidade, tornando esta pesquisa democrática em
relação aos entrevistados.
20
2. REFERÊNCIAL TEÓRICO
2.1 A HISTÓRIA DAS GERAÇÕES
O estudo das gerações no marketing iniciou-se muito recentemente, antigamente as
crianças de cinco anos deveriam se comportar da mesma forma, independente do momento
histórico que passaram ou da tecnologia que tiveram acesso, ouvia-se muito dizer: “As
crianças não são mais como antigamente”, e isso deve ser assim, pois suas experiências que
podem definir o seu conhecimento.
Ao longo do tempo compreendeu-se que deveriam ser criados períodos históricos,
determinado por marcos tecnológico para definir um conjunto de pessoas da mesma idade que
viveram nesse dado momento. Conforme o quadro abaixo, a classificação em gerações mais
comumente utilizada, adotada amplamente na literatura, divide os indivíduos em seis grupos:
Veteranos, Baby Boomers, Geração X, Geração Y, Geração Z e Geração Alpha. Não há
consenso entre os autores sobre os anos que limitam o início e o fim de uma geração,
portanto, qualquer tentativa de apontar o período referente a uma geração é sempre uma
aproximação.
Atualmente fala-se até em segmentação de mercado de acordo com as gerações, como
já direcionava antigamente o pai do marketing moderno Kotler (1998, p. 234) “Muitos
pesquisadores estão agora buscando a segmentação por geração. A ideia é que cada geração é
profundamente influenciada pelo meio onde se desenvolve – música, filmes, situação política
e eventos importantes”.
Figura 01 - Característica das seis gerações
GERAÇÃO CARACTERÍSTICAS
Veteranos
(.... – 1946)
Gostam de consistência e uniformidade. Apreciam as coisas em grande
escala. Tem forte sentido do dever. Acreditam na lógica. São disciplinados e
leais. São orientados ao passado e gostam de lições da história. Acreditam na
lei e na ordem. São conservadores.
Baby boomers
(1946 – 1964)
Creem no progresso econômico e social. Precisam ser a estrela do espetáculo.
São otimistas, sabem o que é trabalho em equipe. Perseguiram uma
gratificação pessoal de alto custo. Procuram sua essência e o sentido da vida
de forma obsessiva e repetida.
Geração X São autoconfiantes, mas céticos. Estão à procura de um sentido de família.
21
(1964 – 1980) Cumprem objetivos e não prazos. São indiferentes à autoridade. São criativos
e dominam a tecnologia. Buscam a liderança pela competência.
Geração Y
(1980 – 2000)
As mães trabalham fora e as crianças foram para a escola muito cedo.
Apreciam os pais. São otimistas quanto ao futuro. São superativos. São
viciados em tecnologia e em equipamentos eletrônicos. Apreciam a
informalidade com a autoridade.
Geração Z
(2000 – 2010)
São os chamados nativos digitais, já nascem com a tecnologia, e sua principal
característica é fazer multitarefas, eles fazem muitas coisas ao mesmo tempo,
e conseguem concluí-las com sucesso facilmente e com velocidade.
Geração Alpha
(2010 – 2020)
Bombardeada de cores e formas de educação em todos os lugares e
momentos, auxiliado pela mobilidade da tecnologia gerando assim uma
aceleração ainda maior no processo de desenvolvimento.
Fonte: Adaptado de Menetti (2013)
2.2 OS TIPOS DE GERAÇÕES
2.2.1 Geração Baby
Os Baby Boomers surgiram a partir 1946 e foi a primeira geração a ser estudada, os
nascidos antes dessa geração são chamados de “veteranos” ou “tradicionais” e não houve
concretização do estudo sobre eles, apenas sabe-se que, quaisquer gerações estudadas antes
dos Baby Boomers são consideradas veteranos, e possuem características citadas no quadro 1
antes exposto.
A explosão de bebes traduzindo para nossa língua, ocorreu após a segunda guerra
mundial e trouxe o movimento a favor da paz e não a guerra. Essa geração lutou contra a
ditadura no Brasil, eles possuem aproximadamente entre 51 e 69 anos.
Na visão de Eline Kullock (2010), presidente do Grupo Foco e estudiosa do assunto
‘gerações‘, afirma:
Os baby boomers viveram na época da globalização, da ida do homem à lua, do
capitalismo e do consumismo. Cultuaram o Rock and Roll, o movimento Hippie, a
contestação política e social e os movimentos pela paz. Viveram também a guerra do
Vietnã, a ideologia libertária e o feminismo, entre muitos outros movimentos que
mudaram a sociedade.
22
Esta geração fez parte de um período de prosperidade do pós-guerra, onde as famílias
estavam estabilizadas e dessa forma houve um aumento nas taxas de natalidade. Dentre esses
fatores históricos os tecnológicos e econômicos também definiram esta geração como pessoas
contestadoras e que lutaram muito pelos seus direitos (MALAFAIA, 2011).
O impacto do início da revolução das comunicações foi liderado pela ascensão da
televisão, que moldou definitivamente essa geração. Hoje eles estão perto de se aposentar,
embora vivem esse momento de forma diferente: Trabalhando, visto que são um bom
exemplo de “workaholics”, assim como os pertencentes à geração X.
2.2.2 Geração X
A geração X é formada hoje pelos adultos de 35 a 55 anos em média, essa geração
também pode ser chamada de “After boomers”, “Xers”, “Baby-buster”, “Slackers”, Sombra,
“Yiffies”, Dos vinte e poucos anos, ou Geração MTV (SOUZA, 2011). Assistiu a tecnologia
entrar na sua casa, e também a queda da economia, viveu pagando em diversas moedas e por
isso acha que sempre deve se resguardar para se preparar para crise e ainda possui alguma
resistência as novas tecnologias. Kotler define esta geração como:
A geração X (nascidos entre 1964 e 1984), os conscientes de que cresceram em uma
fase de desconfiança da sociedade, dos políticos, da propaganda e do merchandising.
São mais sofisticados na avaliação dos produtos e muitos estão ‘desligados’ da
propaganda saturada ou a levam muito a sério quando é de seu interesse. (KOTLER,
1998 p. 234).
Neste período ocorre um grande avanço tecnológico, marcado pelo surgimento do
primeiro microprocessador do mundo e também é lançado o primeiro videogame no mundo.
O conhecimento gerado pelo uso do computador facilitou o acesso e manipulação das
informações, gerando um grande desenvolvimento tecnológico individual e das empresas.
Alguns autores ainda afirmam que os profissionais pertencentes à geração X são aqueles que
estão aguardando as promoções e ascensão para os cargos de chefia e gerencia
Costumam ser profissionais de alto nível, motivados pelas perspectivas de carreira como
forma de manutenção de seu poder socioeconômico, mas considerados como egoístas e
hedonistas, onde o consumo prevalece sobre os valores familiares e sociais (FOJA, 2009).
.
23
2.2.3 Geração Y
A geração Y também é conhecida como a “Baby boomlet”, “Echo boomers”, Geração do
milênio, Geração N, Geração “Net Milenials”, e “Next generation”. Inicia-se a partir de 1980
e hoje seus representantes possuem aproximadamente 15 e 35 anos, e cresceram em um Brasil
democrático e de economia aberta, vivenciaram o grande apogeu do plano Real. A internet
abriu as portas do mundo para que essa geração tenha mais acesso a informação, comunicação
e conhecimento devido à globalização.
A Geração Y é composta, majoritariamente, “[...] por indivíduos filhos da geração Baby
Boomers e dos primeiros membros da geração X.” (SANTOS et al, 2011). No âmbito
profissional eles procuram fazer o que gostam, o prazer no trabalho, gostam também de
participar das decisões, não compreendem a hierarquia e pretendem subir na carreira o mais
rápido possível sempre preferindo novos desafios.
O ambiente organizacional tem sido marcado por constantes evoluções tecnológicas, pelo
desenvolvimento de grandes redes mundiais gerando incertezas e ambiguidades (FOJA,
2009).
Na questão econômica, no fim da década de 90 e início dos anos 2000, foi um período de
crescimento econômico para o País. O fenômeno globalização passa a reger as relações
econômicas, políticas e sociais no país. O Brasil ganha destaque como um dos quatro países
mais promissores (BRIC – Brasil, Rússia, Índia e China) e transforma-se de país
subdesenvolvido, para um país em desenvolvimento.
A infância e adolescência dessa geração foram marcadas pelo crescimento
econômico e fortalecimento do neoliberalismo. Filhos de pais superprotetores,
aprenderam a se acostumar com a lacuna deixada pelos pais workaholics, que para
compensar a sua ausência, lhes davam tudo que queriam (MALAFAIA, 2011).
O forte interesse dessa geração por pensar seriamente em questões de carreira e
remuneração faz com que suas vidas sejam determinadas por horários pelos quais estabelecem
trabalho e estudos, praticam esportes, reserva tempo também para o divertimento, aula de
instrumentos musicais, além de participar intensamente de redes sociais online e responder
mensagens e e-mails instantaneamente (OLIVEIRA, 2010).
De acordo com Tapscott (2010) a criatividade e rapidez de raciocínio provocam
admiração pelas gerações mais velhas, e dessa forma, muitos desses jovens já se encontram
24
no mercado de trabalho exercendo cargos estratégicos. Já a impaciência e infidelidade fazem
da Geração Y o centro de conflitos entre gerações no ambiente corporativo.
2.2.4 Geração Z
A geração Z compreende todos os nascidos no início da década de 1990 (LEVENFUS;
SOARES, 2002; MESSIAS, 2010; FAGUNDES, 2011) e também são conhecidos como Zs,
Zees ou Zeds. Esta denominação vem da primeira letra do verbo “zapear”, que significa trocar
constantemente o canal da televisão (MENDES, 2012, p.54). “Geração Net”, “Geração On-
line”, “Geração Conectada” e “Geração Pontocom” são nomenclaturas exploradas pela mídia
para referenciar a geração Z (FREIRE-FILHO; LEMOS, 2008), além das nomenclaturas
internacionais como “New Millennials”, “iGeneration”, “CGeneration” (MCCRINDLE,
2011).
Assim como a geração Y, os jovens da geração Z vivenciaram uma crescente
integração dos suportes digitais às mais diversas atividades do cotidiano. Ambas fazem uso
dessas novas mídias para entretenimento, aprendizado, comunicação e compra de bens e
serviços (DON TAPSCOTT, 1999, p. 5). Os jovens da geração Z, também chamados de
“nativos digitais” (PRESNKY, 2001), não precisaram aprender a linguagem digital – na
verdade, parecem já nascer sabendo fazê-lo. Desse modo, é possível notar que há uma
diferença importante no relacionamento dessa geração e da geração anterior com a tecnologia.
Tal diferença está no fato de que:
Esses adolescentes da Geração Z nunca conceberam o mundo sem computador,
chats e telefone celular e, em decorrência disso, são menos deslumbrados que os da
Geração Y com chips e joysticks. Sua maneira de pensar foi influenciada, desde o
berço, pelo mundo complexo e veloz que a tecnologia engendrou.(CERETTA;
FROEMMING, 2011).
O fato de esses jovens considerarem esses equipamentos algo comum e natural, eles
desenvolveram habilidades desde cedo no trato das tecnologias. Desde pequenos, esses
indivíduos “[...] veem a tecnologia como apenas mais uma parte de seu ambiente e a
assimilam juntamente com as outras coisas.” (TAPSCOTT, 1999). Como consequência do
uso corriqueiro de tais ferramentas, a velocidade no trânsito das informações, a interatividade
proporcionada e as múltiplas formas de mídia disponíveis influenciaram algumas das
características comportamentais desses indivíduos, como a extraordinária rapidez com que
25
obtêm informações e a habilidade de realizar diversas tarefas ao mesmo tempo usando um ou
mais equipamentos (SOUZA, 2011).
Tapscott (2010) utiliza oito normas para caracterizar a geração Z, a qual denomina de
geração internet.
Liberdade: essa geração deseja liberdade em tudo aquilo que faz, desde a liberdade de
escolha à liberdade de expressão.
Customização: é uma geração que costuma personalizar tudo a sua volta, inclusive ao
mundo do trabalho.
Escrutínio: é investigadora, considera natural pesquisar e acessar informações a
respeito de empresas e produtos, prezando pela transparência.
Integridade: ao decidir o que comprar e onde trabalhar, procura integridade e abertura.
Colaboração: caracteriza-se como a geração da colaboração e do relacionamento.
Colabora on-line em grupos de bate-papo, joga vídeo game com vários participantes,
usa e-mail e compartilha arquivos.
Entretenimento: deseja entretenimento e diversão no trabalho, na educação e na vida
social, afinal, cresceu em meio a experiências interativas.
Velocidade: por ter nascido em um ambiente digital, para essa geração tudo deve ser
feito rapidamente e apresentar resultados rápidos.
Inovação: Viver sem internet, computadores e celulares é algo inconcebível para essa
geração.
Além disso, desejam produtos inovadores, modernos, pois estes causam inveja nos
amigos e contribui para seu status social e para sua autoimagem positiva. Segundo
McCrindel (2009), essas tecnologias praticamente nasceram e ganharam o mundo com a
geração Z. São telas sensíveis ao toque e LCD/plasma, smart phones, tablets, entretenimento
via satélite, dispositivos para ouvir música, vídeos, ler livros e acessar a internet de onde
estiver, através de redes de tecnologia disponibilizadas por operadoras de telefonia celular
(McCRINDEL, 2009).
Outra característica importante e que rotula bem essa geração é o mundo sem
fronteiras. Para eles, o mundo é pequeno e geograficamente tudo é perto, reflexo claro do
mundo on-line, que traz o acesso rápido e fácil à informação, cultura e entretenimento. Chega-
se então a uma das características principais dessa geração, os Zs são multitarefas, ou seja, são
hábeis ao ponto de conseguir fazer mais de uma coisa ao mesmo tempo, e de fato fazerem
cada uma delas até o fim (REVISTA ISTO É, 2001; REVISTA EXAME, 2006). Nenhuma
26
geração anterior consegue organizar e entender simultaneamente tantas informações sejam
on-line ou não, como os indivíduos que pertencem à geração Z.
2.2.5 Geração Alpha
O termo Alpha foi usado pela primeira vez pelo sociólogo australiano Mark McCrindle,
em março de 2010, e seu nome tem origem na primeira letra do alfabeto grego, “α” visto que
após a geração Z, não havia mais letras do alfabeto, então se optou para iniciar um novo ciclo,
já que essa geração Alpha seria de grandes transformações.
Segundo o próprio McCrindle e Wolfinger (2009) esta geração será a mais formalmente
educada, pois entraram maus cedo na escola e terão a tendência de estudar por um período
mais logo que as gerações antecedentes. Os autores acreditam que esta geração está sendo
moldada como consumidores em um mundo de tecnologia voltado para o consumismo
exacerbado, e assim serão materialistas voltados para tecnologia, pois possuem mais acesso
de produtos eletrônicos para seu entretenimento e trabalho. Agravado pelo fato que são filhos
de pais bem-sucedidos e com pouco ou nenhum irmão.
Acredita-se na evolução da espécie, e de alguma forma temos que concordar que as
crianças estão cada vez mais aptas às novas tecnologias. Elas começam a estudar cada vez
mais cedo que as gerações anteriores e dessa forma terão um maior nível educacional. A
geração Alpha será a primeira a vivenciar um novo sistema escolar – personalizado,
autônomo, híbrido, e baseado em projetos, com foco no aluno e não no conteúdo, esse é o
grande marco dessa geração.
O conhecimento e acesso à tecnologia surpreendem, mas esse é um fator tecnológico que
está implícito a esta geração. Diferentemente das gerações anteriores, eles não precisam fazer
cursos de informática, por exemplo, já nascem inseridos nesta realidade. A habilidade e
adaptação a novas tecnologias indicam que sejam muito mais independentes que as gerações
antecessoras. (BERALDO, 2015)
A geração Alpha encontra-se bombardeada de cores e formas de educação em todos os
lugares e momentos, auxiliado pela mobilidade da tecnologia gerando assim uma aceleração
ainda maior no processo de desenvolvimento. (BERALDO, 2015)
27
Com todos estes aspectos compreende-se ainda que esse dado momento está
transformando também as atuais famílias, que devido estas mudanças tornam-se ainda mais
evoluídas.
A interação familiar também está sendo transformada com a chegada da Geração
Alpha. Existe uma forte convergência para que os pais troquem o autoritarismo por
uma relação de troca com seus filhos, substituindo a rigidez das regras e castigos
pelo diálogo e amizade. (ZUANAZZI, 2014)
Compreende-se que essa convergência para evolução na forma de relacionamento das
famílias é de profundo auxilio para o desenvolvimento destas crianças, os transformando em
melhores pais das possíveis próximas gerações, que provavelmente serão chamadas de beta,
celta, delta, e assim por diante, mediante o alfabeto grego.
Ainda sobre a família dessas crianças pode-se notar algumas barreiras referente também
ao conflito de gerações dentro de casa, ocorre em alguns casos à rejeição a essa nova forma de
vida tecnológica, que pode ter consequências negativas como relata Araújo (2014):
Impedir que o filho tenha contato com essas tecnologias não é uma boa opção. Isso
pode atrasar o desenvolvimento de uma criança, gerando consequências negativas,
como retardo no aprendizado, a exclusão de grupos sociais ou problemas em realizar
e desenvolver trabalhos escolares. E, se por um lado os pais tentam impedir que os
filhos utilizem essas tecnologias, cada vez mais escolas de todo o país estão trazendo
o uso de aplicativos em suas aulas como um complemento do ensino.
Como também se devem alertar sobre o acesso da informação, crianças que estão
aprendendo a ler na frente das telas dos Tablets e Notebooks estão propensas a receber todos
os tipos de conteúdo, e cabe aos pais uma atenção mais rigorosa, visto que se notam os
crescentes crimes on-line e também conteúdos impróprios para a faixa etária.
28
3 METODOLOGIA
3.1 CARACTERIZAÇÕES DA PESQUISA
Inicialmente identificou-se o problema em questão junto com as partes introdutórias, e na
sequência realizou-se uma pesquisa bibliográfica para desenvolver o referencial teórico, e
posteriormente a confecção e aplicação do questionário acompanhado da tabulação e análise
dos dados.
O estudo poder ser classificadas quanto ao seu propósito em três grupos: estudos
exploratórios, estudos descritivos e estudos explicativos. As pesquisas exploratórias têm como
objetivo desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias, tendo em vista a formulação
de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores. (GIL, 2010).
A pesquisa além de exploratória, também foi descritiva, pois identificou-se quais situações,
eventos, atitudes ou opiniões estão manifestas em uma população, descrever a distribuição de
algum fenômeno na população ou fazer uma comparação entre essas distribuições, com o
propósito de verificar se a percepção dos fatos está ou não de acordo com a realidade.
(MALHOTRA, 2006).
De acordo com Vergara (2000) este estudo quanto aos meios de investigação, possui
caráter de pesquisa de campo e estudo de caso, pois a autora afirma que pesquisa de campo é
investigação empírica realizada no local onde ocorre um fenômeno ou existem elementos para
explicá-lo e que inclui aplicação de questionários; já o estudo de caso é limitado a uma ou
poucas unidades como, por exemplo, uma empresa, e tem caráter mais profundo e detalhado.
Isso é o que este trabalho se propõe. O método de procedimento desta monografia foi o estudo
de caso no Núcleo de Educação Infantil da UFRN, e foi conceituado como uma estratégia de
pesquisa que busca examinar um fenômeno contemporâneo dentro do seu contexto
(ROESCH, 1999, p. 155).
A partir destes conceitos, pode-se afirmar que, para o presente trabalho foi utilizado o
estudo exploratório e descritivo, e quanto à abordagem do problema é quantitativo e
qualitativo, devido à complexidade do questionário aplicado, uma vez que o objetivo da
pesquisa é estudar as características da Geração Alpha.
29
3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA
Segundo Gil (2010) a população ou universo é um conjunto definido de elementos que
possuem características determinadas. A população utilizada no presente estudo compreende
crianças da cidade de Natal/RN que tenham de três a cinco anos, ou seja, pertencentes à
Geração Alpha.
Já amostra pode ser conceituada como uma pequena parte representativa do universo, que
através da entrevista com indivíduos que lidam com a diversidade cultural, uma forma de
expressão mais abrangente da realidade, sobre o fenômeno estudado (GIL 2010). A amostra
correspondeu às crianças da faixa etária referida, estudantes do Núcleo de Educação Infantil
da UFRN, das turmas três e quatro do ensino infantil e gênero masculino e feminino.
A pesquisa foi realizada com crianças a partir de três anos, devido à capacidade de
comunicação necessária para realização do questionário, e até cinco anos de idade, observado
o período da Geração Alpha. No Núcleo de Educação Infantil da UFRN, há 142 alunos com o
perfil indicado na população, e foi encaminhado o termo de consentimento livre e esclarecido,
para devida autorização dos responsáveis aos menores de idade, presente no apêndice dois
deste trabalho. Destes, apenas 95 concederam a autorização para as crianças participarem da
pesquisa. Devido condições particulares apenas 86 alunos realizaram a pesquisa, as limitações
físico-psicológicas os impediram de participar ou então por opção individual rejeitaram a
participação na pesquisa.
A estrutura de amostragem é uma representação dos elementos da população-alvo. Essa
amostragem pode ser não probabilística ou probabilística. A amostra não probabilística é
obtida a partir de algum tipo de critério, e nem todos os elementos da população têm a mesma
chance de ser selecionados, pode depender do julgamento do pesquisador, em vez da escolha
ao acaso. (MALHOTRA, 2005)
Como este trabalho necessitou de utilizar o critério de autorização dos responsáveis, e
também a faixa etária dos participantes, a pesquisa se caracterizou como não probabilística
por conveniência. Logo, a amostra recolhida foi 86 alunos do NEI que responderam o
questionário presente no apêndice três deste trabalho, individualmente e com o auxílio da
autora desta pesquisa. As informações geradas pelo questionário foram analisadas e
interpretadas no intuito de obter-se um resultado satisfatório a pesquisa.
30
3.3 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS
Foi utilizado o procedimento de coleta de dados chamado “survey”. Este procedimento se
trata de um tipo de pesquisa para obtenção de dados ou informações sobre características,
ações ou opiniões de determinado grupo de pessoas, que será representada pela amostra da
população alvo, por um instrumento de pesquisa, normalmente questionário (MENETTI,
2013).
A principal característica do survey é produzir descrições quantitativas de uma população
e fazer o uso de um instrumento pré-definido. Portanto, neste estudo serão produzidas também
descrições quantitativas da Geração Alpha, a partir do método de levantamento de campo e
estudo de caso que, baseia-se no questionamento dos entrevistados. São utilizados quando a
pesquisa envolve entrevistas com um grande número de pessoas e é aplicada a elas uma série
de perguntas. Malhotra (2005, p.134).
Quanto ao formulário, foi feito com 17 questões estruturadas em uma combinação com
diversos tipos de perguntas, perguntas fechadas, dicotômicas, de múltipla escolha de resposta
única e de múltiplas respostas, com escala nominal em conformidade com o objetivo deste
estudo. As três primeiras questões estão abordando informações que permitem traçar o perfil
dos entrevistados (Idade, gênero, esporte), as demais permitiram identificar o que difere a
Geração Alpha das antecessoras.
O levantamento de campo da pesquisa aconteceu no Núcleo de Ensino Infantil da UFRN
em Natal, no período de 20/04/2015 até 22/05/2015 durante os turnos da manhã e tarde nos
dias úteis. Quanto ao tempo, a pesquisa aconteceu no modelo de corte-transversal (cross-
sectional), sendo a coleta de dados realizada em um só momento, descrevendo e analisando o
estado de uma ou várias variáveis em um dado momento.
3.4 TRATAMENTOS ESTATÍSTICOS E FORMA DE ANÁLISE
Após a coleta dos dados, foram realizadas as análises estatísticas, para verificar a
existência de associações entre as variáveis contidas no questionário. A partir do programa
estatístico SPSS 20.0 para tabulação e análise dos dados e o Microsoft Office Excel 2015 para
construção dos gráficos das estatísticas descritivas. Foi realizado o teste de Qui-quadrado (x²)
como teste de associação entre variáveis e o nível significância de p < 0,05.
31
3.4.1 Teste de Hipóteses
Dente os objetivos de realizar cruzamento entre as variáveis, o principal é descrever as
relações entre elas, buscando evidências estatísticas de que duas variáveis possuem certo grau
de associação. Neste tipo de investigação em busca de evidências estatísticas, realiza-se um
Teste de Hipóteses em que se faz necessário o confronto de duas hipóteses: A inexistência de
associação (Hipótese nula) contra existência de associação (Hipótese alternativa). Para sua
conclusão é necessário utilizar-se do teste Qui-quadrado de independência (X²). Neste estudo
considerou-se avaliar o grau de associação entre as variáveis relacionadas à opinião
(avaliação) do entrevistado, com o objetivo de identificar o perfil da Geração Alpha.
3.4.1.1 Teste Qui-quadrado de Independência
O teste de independência Qui-quadrado é usado para descobrir se existe uma
associação entre a variável da linha e a variável da coluna em uma Tabela de contingência
construída a partir de dados da amostra. Esta associação é medida por uma estatística de teste
Qui-quadrado de Person dada pela expressão:
Em que Oj e Ej são, respectivamente, as frequências observadas e esperadas da r-ésima
linha e k-ésima coluna. Se a hipótese de independência (não associação) for verdadeira, o
valor da estatística de teste será próximo de zero.
3.4.1.2 Valor-p
Para melhor interpretação dos resultados da estatística de teste, utilizou-se o cálculo do
valor-p. Na estatística clássica, o valor-p, é a probabilidade de se obter uma estatística de teste
igual ou mais extrema que aquela observada em uma amostra, sob a hipótese nula. Por
exemplo, em testes de hipóteses, pode-se rejeitar a hipótese nula a 5% (nível de significância
32
do teste = α) caso o valor-p seja menor que 5%. Dessa forma, outra interpretação para o valor-
p, é que este é menor nível de significância com que não se rejeitaria a hipótese nula. Em
termos gerais, um valor-p pequeno significa que a probabilidade de obter um valor da
estatística de teste como o observado é muito improvável, levando assim à rejeição da
hipótese nula.
3.4.1.3 Nível De Significância (Α) Do Teste
Ao executarmos um Teste de hipóteses, existe a necessidade de determinarmos o “Nível
de significância (α) ” do mesmo. O nível de significância indicará a probabilidade de
rejeitarmos a hipótese nula (𝐻0) quando ela é verdadeira. Por exemplo, ao usarmos um nível
de significância α = 5%, estamos definindo que: A probabilidade de rejeitarmos a hipótese de
que as variáveis não são relacionadas é de 5%, quando essa hipótese é verdadeira.
3.4.1.4 Definição Das Hipóteses Do Teste Qui-Quadrado.
Para efetuarmos o teste Qui-quadrado entre as variáveis, a seguir, definem-se as seguintes
hipóteses estatísticas:
Hipótese nula (𝐻0): Não existe associação entre as variáveis.
Hipótese alternativa (𝐻1): Existe associação entre as variáveis.
Para realização do teste adotou-se um nível de significância α = 5%. Logo, para
resultados de valor-p menores que o nível de significância α adotado, concluiremos que há
evidencias estatísticas para se rejeitar a hipótese nula de que há associação entre as variáveis
analisadas.
33
4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS
4.1 ANÁLISES DO PERFIL DOS ENTREVISTADOS
4.1.1 Faixa Etária
Os dados a seguir sintetizam as respostas dadas durante a aplicação do questionário. Com
o objetivo de traçar um perfil dos entrevistados, foram elaboradas perguntas relacionadas ao
gênero, idade e prática de esportes. Ao serem questionados a respeito da idade, Tabela 02, o
valor mais representativo em meio as faixas etárias foi quatro e cinco anos, com 50% das
respostas sendo quatro anos, e seguido por 45,3% das respostas com cinco anos. Com a
minoria de apenas 4,7% dos alunos com três anos.
Tabela 02 – Faixa etária das crianças de 3 a 5 anos estudantes do NEI/UFRN, entrevistadas
em maio/2015.
Os dados foram expressos em gráfico, conforme pode ser visualizado a seguir.
Gráfico 01 – Faixa etária das crianças de 3 a 5 anos estudantes do NEI/UFRN.
Frequênc; 3 anos; 4; 5%
Frequênc; 4 anos; 43;
50%
Frequênc; 5 anos; 39;
45%
Faixa Etária Nº de crianças %
Aos 3 anos 4 4,7
Aos 4 anos 43 50,0
Aos 5 anos 39 45,3
Total 86 100,0
34
4.1.2 Gênero
Quanto ao gênero é possível observar na tabela 03 e gráfico abaixo que a maioria dos
respondentes (66%) é do sexo feminino e 34% do sexo masculino.
Tabela 03 – Gênero das crianças de 3 a 5 anos estudantes do NEI/UFRN, entrevistadas em
maio/2015.
Gênero Nº de crianças %
Feminino 57 66,0
Masculino 29 34,0
Total 86 100,0
Para melhor visualização dos dados da Tabela 03, observa-se o gráfico a seguir:
Gráfico 02 – Gênero das crianças de 3 a 5 anos estudantes do NEI/UFRN, entrevistadas em
maio/2015.
Sexo Masculino
34% Sexo Feminino
66%
35
4.1.3 Esportes
Quando perguntados sobre o esporte que praticam, as modalidades relatadas foram
Natação, Futebol, Judô e Ballet. Esportes mais tradicionais e mais praticados pelos brasileiros
na primeira infância.
Além das opções dessas modalidades, a questão apresenta as opções “não pratico” e
“outro”. A opção “não pratico” abrange também educação física obrigatória. A opção de livre
resposta, opção “outro”, permite ao respondente relatar outra opção de modalidade, caso
houvesse. Conforme a Tabela 04 nota-se que a maioria dos alunos, representada por 36% dos
entrevistados, se enquadram no perfil ‘Não pratico’, seguido por 27,9% dos praticantes de
natação. As modalidades Ballet e o Judô obtiveram o mesmo percentual de respostas, 14%
cada e nenhum aluno relatou participar de outro esporte.
Tabela 04 – Modalidades esportivas das crianças de 3 a 5 anos estudantes do NEI/UFRN,
entrevistadas em maio/2015.
Esporte Nº de crianças %
Natação 24 27,9
Ballet 12 14,0
Futebol 7 8,1
Judô 12 14,0
Não pratico 31 36,0
Outro 0 0,0
Total 86 100,0
Para melhor visualização dos dados da Tabela 04, observa-se o gráfico a seguir:
Gráfico 03 – Modalidades esportivas das crianças de 3 a 5 anos estudantes do NEI/UFRN,
entrevistadas em maio/2015.
Frequênci; Natação; 24;
28%
Frequênci; Ballet; 12;
14%
Frequênci; Futebol; 7;
8%
Frequênci; Judô; 12;
14%
Frequênci; Não Pratico;
31; 36%
Frequênci; Outro; 0; 0%
36
4.1.4 Atividades No Tempo Livre
Como existem diversas e novas formas de entretenimentos para crianças, este estudo
procura saber quais as atividades realizadas pelas crianças pertencentes à geração Alpha em
seu tempo livre. Foi pedido que colocassem em ordem de preferência as seguintes atividades:
Brincadeiras ao ar livre;
Ir à praia ou piscina;
Navegar na internet;
Jogar videogame;
Assistir TV;
Brincar com brinquedos.
Analisou-se individualmente cada variável, de acordo com o grau de preferência das
crianças respondentes. Iniciando pela primeira opção: Brincadeiras ao ar livre. A Tabela 05, a
seguir, indica que a maioria optou por classificar a atividade “Brincadeiras ao ar livre” nas
últimas colocações (5º e 6º lugares). Verifica-se que, cerca de 27,9% das crianças escolhem
esta como a 5° melhor atividade e também 27,9% na 6° colocação consecutivamente. Apenas
10,5% das crianças, escolhem esta atividade em 1º lugar.
Tabela 05 - Grau de preferência das crianças entrevistadas no NEI/UFRN em maio/2015 para
a atividade Brincadeiras ao ar livre.
Brincadeiras ao ar livre Nº de crianças %
1º lugar 9 10,5
2º lugar 3 3,5
3º lugar 12 14,0
4º lugar 12 14,0
5º lugar 24 27,9
6º lugar 24 27,9
Ausente 2 2,3
Total 86 100,0
A opção ausente está representando duas crianças que participaram da pesquisa, porém
não responderam esta questão, visto que não tinham capacidade de ordenar a preferência das
atividades devido à pouca idade.
37
Para melhor visualização dos dados da Tabela 05, observa-se o gráfico a seguir:
Gráfico 04 – Grau de preferência das crianças entrevistadas no NEI/UFRN em maio/2015
para atividade Brincadeiras ao ar livre.
%; 1º lugar; 10,5
%; 2º lugar; 3,5
%; 3º lugar; 14
%; 4º lugar; 14
%; 5º lugar; 27,9
%; 6º lugar; 27,9
%; Ausente; 2,3
%
GR
AU
DE
PR
EFER
ÊNC
IA
38
A Tabela 06, a seguir, apresenta o grau de preferência das crianças pela atividade “Ir à
praia ou piscina”. Observa-se que 27,9% dos respondentes afirmam que esta atividade é a
primeira opção escolhida, e 31,4% classificam-na em segundo lugar quanto ao grau de
preferência, mostrando assim, um alto grau de preferência da grande maioria das crianças
(59,3%, somando os percentuais do 1º e 2º lugares), para a atividade “Ir à praia ou piscina”.
Tabela 06 - Grau de preferência das crianças entrevistadas no NEI/UFRN em maio/2015 para
atividade ir à praia ou piscina.
Ir à praia ou piscina Nº de crianças %
1º lugar 24 27,9
2º lugar 27 31,4
3º lugar 15 17,4
4º lugar 3 3,5
5º lugar 12 14,0
6º lugar 3 3,5
Ausente 2 2,3
Total 86 100,0
Para melhor visualização dos dados da Tabela 06, observa-se o gráfico a seguir:
Gráfico 05 - Grau de preferência das crianças entrevistadas no NEI/UFRN em maio/2015 para
atividade ir à praia ou piscina.
%; 1º lugar; 27,9
%; 2º lugar; 31,4
%; 3º lugar; 17,4
%; 4º lugar; 3,5
%; 5º lugar; 14
%; 6º lugar; 3,5
%; Ausente; 2,3
%
GR
AU
DE
PR
EFER
ÊNC
IA
39
Como pode ser visto na Tabela 07, a seguir, o grau de preferência da atividade “Navegar
na internet“ variou com um maior grau de preferência no intervalo entre o terceiro e sexto
lugares com quase o mesmo percentual (17,4%), este percentual difere apenas no quarto
lugar, pois nesta posição aumenta para 20,9% das crianças que afirmam preferir esta atividade
em quarto lugar. Apenas 14% dos respondentes escolheram esta atividade em primeiro lugar.
Tabela 07 – Grau de preferência das crianças entrevistadas no NEI/UFRN em maio/2015 para
atividade navegar na internet
Navegar na internet Nº de crianças %
1º lugar 12 14,0
2º lugar 9 10,5
3º lugar 15 17,4
4º lugar 18 20,9
5º lugar 15 17,4
6º lugar 15 17,4
Ausente 2 2,3
Total 86 100,0
Para melhor visualização, das particularidades dos dados da Tabela 07, observa-se o gráfico a
seguir:
Gráfico 06 – Grau de preferência das crianças entrevistadas no NEI/UFRN em maio/2015
para atividade navegar na internet.
%; 1º lugar; 14
%; 2º lugar; 10,5
%; 3º lugar; 17,4
%; 4º lugar; 20,9
%; 5º lugar; 17,4
%; 6º lugar; 17,4
%; Ausente; 2,3
%
GR
AU
DE
PR
EFER
ÊNC
IA
40
Como podemos visualizar no gráfico acima, a atividade “navegar na internet” tem uma
distribuição homogênea, sendo a maioria em volta de 17,4%, variando de 10,5 – 20,9%, com
uma maior diferença apenas no percentual do segundo lugar, que concentra apenas 10,5% das
crianças isso pode ser verificado com testes estatísticos.
A tabela 08, a seguir, que apresenta o grau de preferência para a atividade “Jogar
videogame”, nos mostra uma disparidade interessante, 20,9% das crianças, preferem esta
atividade em primeiro lugar e 24,2% optam por esta atividade em sexto lugar.
Tabela 08 - Grau de preferência das crianças entrevistadas no NEI/UFRN em maio/2015 para
atividade jogar videogame.
Jogar videogame Nº de crianças %
1º lugar 18 20,9
2º lugar 15 17,4
3º lugar 9 10,5
4º lugar 12 14,0
5º lugar 9 10,5
6º lugar 21 24,4
Ausente 2 2,3
Total 86 100
Para melhor visualização dos dados da Tabela 08, observa-se o gráfico a seguir:
Gráfico 07 - Grau de preferência das crianças entrevistadas no NEI/UFRN em maio/2015 para
atividade jogar vídeo game.
%; 1º lugar; 20,9
%; 2º lugar; 17,4
%; 3º lugar; 10,5
%; 4º lugar; 14,0
%; 5º lugar; 10,5
%; 6º lugar; 24,4
%
GR
AU
DE
PR
EFER
ÊNC
IA
41
Ao serem questionados sobre a atividade “Assistir TV”, foi observado que um alto
percentual das crianças que indicaram essa atividade como primeira opção (20,9%), seguido
do segundo lugar com 24,4%. Destacamos que a quarta colocação concentra a preferência de
27,9% das crianças. Pode-se dizer que esta é uma das atividades de preferência considerável
das crianças.
Tabela 09 - Grau de preferência das crianças entrevistadas no NEI/UFRN em maio/2015 para
atividade assistir TV.
Assistir TV Nº de crianças %
1º lugar 18 20,9
2º lugar 21 24,4
3º lugar 6 7
4º lugar 24 27,9
5º lugar 15 17,4
6º lugar 0 0
Ausente 2 2,3
Total 86 100
Para melhor visualização dos dados da Tabela 09, observa-se o gráfico a seguir:
Gráfico 08 - Grau de preferência das crianças entrevistadas no NEI/UFRN em maio/2015 para
atividade assistir TV.
%; 1º lugar; 20,9
%; 2º lugar; 24,4
%; 3º lugar; 7
%; 4º lugar; 27,9
%; 5º lugar; 17,4
%; 6º lugar; 0
%; Ausente; 2,3
%
GR
AU
DE
PR
EFER
ÊNC
IA
42
Considerando agora a variável “Brincar com brinquedos”, representada na Tabela 10,
verifica-se que cerca de 31,4% dos respondentes indicaram optar por esta atividade em
terceiro lugar, seguido por 24,4% em sexta colocação. E apenas 3,5% escolham a primeira
posição. Pode-se dizer que esta atividade tem baixa preferência das crianças.
Tabela 10 - Grau de preferência das crianças entrevistadas no NEI/UFRN em maio/2015 para
atividade brincar com brinquedos.
Brincar com brinquedos Nº de crianças %
1º lugar 3 3,5
2º lugar 9 10,5
3º lugar 27 31,4
4º lugar 15 17,4
5º lugar 9 10,5
6º lugar 21 24,4
Ausente 2 2,3
Total 86 100
Para melhor visualização dos dados da Tabela 10, visualizamos o gráfico a seguir:
Gráfico 09 - Grau de preferência das crianças entrevistadas no NEI/UFRN em maio/2015 para
atividade brincar com brinquedos.
%; 1º lugar; 3,5
%; 2º lugar; 10,5
%; 3º lugar; 31,4
%; 4º lugar; 17,4
%; 5º lugar; 10,5
%; 6º lugar; 24,4
%; Ausente; 2,3
%
GR
AU
DE
PR
EFER
ÊNC
IA
43
Para melhor compreensão e análise das variáveis antes expostas, foi construído o Gráfico
10, para usar como base na construção do ranking das preferências das atividades, nele
apresenta o cruzamento dos dados desta questão, considerando todos os tipos de atividades.
Gráfico 10 - Grau de preferência das crianças entrevistadas no NEI/UFRN em maio/2015 para
todas as atividades.
Em resumo, o ranking da preferência pelas atividades indicadas pelas crianças, construído
a partir da média de escolhas dos respondentes indicados no Gráfico 10:
1º lugar: Ir à praia ou piscina.
2º lugar: Assistir TV.
3º lugar: Jogar videogame.
4º lugar: Ficar na internet.
5º lugar: Brincar com brinquedos.
6º lugar: Brincar ao ar livre.
1º lugar; Brincadeiras ao ar livre; 10,5
1º lugar; Ir a praia ou piscina; 27,9
1º lugar; Ficar na internet; 14,0
1º lugar; Jogar video game; 20,9
1º lugar; Assistir tv; 20,9
1º lugar; Brincar com brinquedos; 3,5
2º lugar; Brincadeiras ao ar livre; 3,5
2º lugar; Ir a praia ou piscina; 31,4
2º lugar; Ficar na internet; 10,5
2º lugar; Jogar video game; 17,4
2º lugar; Assistir tv; 24,4
2º lugar; Brincar com brinquedos; 10,5
3º lugar; Brincadeiras ao ar livre; 14,0
3º lugar; Ir a praia ou piscina; 17,4
3º lugar; Ficar na internet; 17,4
3º lugar; Jogar video game; 10,5
3º lugar; Assistir tv; 7,0
3º lugar; Brincar com brinquedos; 31,4
4º lugar; Brincadeiras ao ar livre; 14,0
4º lugar; Ir a praia ou piscina; 3,5
4º lugar; Ficar na internet; 20,9
4º lugar; Jogar video game; 14,0
4º lugar; Assistir tv; 27,9
4º lugar; Brincar com brinquedos; 17,4
5º lugar; Brincadeiras ao ar livre; 27,9
5º lugar; Ir a praia ou piscina; 14,0
5º lugar; Ficar na internet; 17,4 5º lugar; Jogar video
game; 10,5
5º lugar; Assistir tv; 17,4
5º lugar; Brincar com brinquedos; 10,5
6º lugar; Brincadeiras ao ar livre; 27,9
6º lugar; Ir a praia ou piscina; 3,5
6º lugar; Ficar na internet; 17,4 6º lugar; Jogar video
game; 24,4
6º lugar; Assistir tv; 0,0
6º lugar; Brincar com brinquedos; 24,4
1º lugar 2º lugar 3º lugar 4º lugar 5º lugar 6º lugar
44
4.2 ANÁLISES DOS ENTREVISTADOS SOBRE CONHECIMENTO E
ACESSIBILIDADE ÀS NOVAS TECNOLOGIAS E APLICATIVOS
4.2.1 Brincar No Computador
Na tabela 11, verifica-se que 65,1% sabem brincar muito no computador, seguidos de
27,9% que afirmam que o nível de conhecimento sobre brincadeiras no computador é médio e
cerca de 7% demonstram pouco conhecimento quanto ao questionamento.
Tabela 11 – Conhecimento dos entrevistados no NEI/UFRN em maio/2015 quanto às
brincadeiras realizadas no computador
Sei brincar no computador Nº de crianças %
Muito 56 65,1
Médio 24 27,9
Pouco 6 7,0
Total 86 100
Para melhor visualização dos dados da Tabela 11, observa-se o gráfico a seguir:
Gráfico 11 – Conhecimento dos entrevistados no NEI/UFRN em maio/2015 quanto às
brincadeiras realizadas no computador
45
4.2.2 Brincar No Tablet
Analisando o grau de conhecimento sobre o uso do Tablet pelas crianças analisadas na
Tabela 12, observa-se que 82,6% das crianças confirmam saber brincar muito no Tablet,
seguidos de 17,4% que tem o nível médio de conhecimento sobre brincadeiras com o
dispositivo, e nenhuma criança afirmou não conhecer ou ter pouco conhecimento sobre o
mesmo. Daí pode-se concluir que esse dispositivo é de conhecimento e uso comum a estas
crianças.
Tabela 12 - Conhecimento dos entrevistados no NEI/UFRN em maio/2015 quanto às
brincadeiras realizadas no tablet
Sei brincar no Tablet Nº de crianças %
Muito 71 82,6
Médio 15 17,4
Pouco 0 0,0
Total 86 100
Para melhor visualização dos dados da Tabela 12, observa-se o gráfico a seguir:
Gráfico 12 - Conhecimento dos entrevistados no NEI/UFRN em maio/2015 quanto às
brincadeiras realizadas no tablet.
46
4.2.3 Realizar Ligações No Celular
Quando questionadas a respeito de saberem fazer ligações no celular, a maior parte das
crianças, 54,7%, afirmaram que sabem muito, 20,9% indicam que tem o nível médio de
conhecimento sobre a questão e 24,4% pouco sabe fazer ligações.
Tabela 13 - Conhecimento dos entrevistados no NEI/UFRN em maio/2015 quanto à
realização de ligações pelo celular.
Sei fazer ligação no celular Nº de crianças %
Muito 47 54,7
Médio 18 20,9
Pouco 21 24,4
Total 86 100
Para melhor visualização dos dados da Tabela 13, observa-se o gráfico a seguir:
Gráfico 13 - Conhecimento dos entrevistados no NEI/UFRN em maio/2015 quanto à
realização de ligações pelo celular.
47
4.2.4 Conversar Pelo WhatsApp
Questionados sobre “Você sabe conversar pelo WhatsApp? ” Cerca de 58,1% dos
respondentes afirmaram saber muito sobre o aplicativo, 31,1% responderam médio e apenas
10,5% admitem que sabem pouco sobre conversar no WhatsApp.
Tabela 14 - Conhecimento dos entrevistados no NEI/UFRN em maio/2015 quanto à
habilidade de conversar pelo WhatsApp.
Sei conversar pelo WhatsApp Nº de crianças %
Muito 50 58,1
Médio 27 31,4
Pouco 9 10,5
Total 86 100
Para melhor visualização dos dados da Tabela 14, observa-se o gráfico a seguir:
Gráfico 14 - Conhecimento dos entrevistados no NEI/UFRN em maio/2015 quanto à
habilidade de conversar pelo WhatsApp.
48
4.2.5 Saber Jogar Videogame
Na tabela 15, verifica-se que o percentual de 75,6% se refere aos respondentes que
sabem muito jogar videogame, os que avaliam seu conhecimento sobre o jogo como médio,
representam 14,0% das crianças, já os que pouco sabem manusear este dispositivo
representam apenas 10,5%.
Tabela 15 - Conhecimento dos entrevistados no NEI/UFRN em maio/2015 quanto à
habilidade de jogar videogame.
Sei jogar videogame Nº de crianças %
Muito 65 75,6
Médio 12 14,0
Pouco 9 10,5
Total 86 100
Para melhor visualização dos dados da Tabela 15, observa-se o gráfico a seguir:
Gráfico 15 - Conhecimento dos entrevistados no NEI/UFRN em maio/2015 quanto à
habilidade de jogar no videogame.
49
4.2.6 Acesso Ao Computador
As tabelas 16 a 20, a seguir, questionam as crianças sobre o fato de elas possuírem ou
não os dispositivos de tecnologia (computador, tablet, celular, videogame e tv). Observando a
tabela 16, é possível ver que a grande maioria dos entrevistados representados por 93% tem
acesso ao computador em suas casas, contra apenas 7% que não possui o equipamento em
casa.
Tabela 16 – Acessibilidade dos entrevistados no NEI/UFRN em maio/2015 quanto
computador.
Tenho computador Nº de crianças %
Tenho 80 93,0
Não tenho 6 7,0
Total 86 100
Para melhor visualização dos dados da Tabela 16, observa-se o gráfico a seguir:
Gráfico 16 - Acessibilidade dos entrevistados no NEI/UFRN em maio/2015 quanto ao
computador.
%; Tenho; 93,0; 93%
%; Não tenho; 7,0; 7%
50
4.2.7 Acesso Ao Tablet
Na Tabela 17, verifica-se que 86,0% das crianças que participaram da pesquisa
possuem um tablete nas suas residências, e isso representa a grande maioria contra apenas
14,0% que não tem acesso ao dispositivo.
Tabela 17 - Acessibilidade dos entrevistados no NEI/UFRN em maio/2015 quanto ao tablet.
Tenho Tablet Nº de crianças %
Tenho 74 86,0
Não tenho 12 14,0
Total 86 100
Para melhor visualização dos dados da Tabela 17, observa-se o gráfico a seguir:
Gráfico 17 - Acessibilidade dos entrevistados no NEI/UFRN em maio/2015 quanto ao tablet.
%; Tenho; 86,0; 86%
%; Não tenho; 14,0; 14%
51
4.2.8 Acesso Ao Celular
Quando questionados “Você tem acesso a um celular na sua casa?” 100% dos
entrevistados responderam que tinham sim acesso ao aparelho. Pode-se concluir então que
este é um dos dispositivos, tecnológicos, mais populares entre estas crianças.
Tabela 18 - Acessibilidade dos entrevistados no NEI/UFRN em maio/2015 quanto ao celular.
Tenho celular Nº de crianças %
Tenho 86 100,0
Não tenho 0 0,0
Total 86 100
52
4.2.9 Acesso Ao Videogame
Analisando a tabela 19, observa-se que 58,1% dos respondentes tem acesso ao videogame
nas suas casas e 41,9% não possuem. Este não seria um dispositivo “tão popular” entre estas
crianças.
Tabela 19 - Acessibilidade dos entrevistados no NEI/UFRN em maio/2015 quanto ao
videogame.
Tenho videogame Nº de crianças %
Tenho 50 58,1
Não tenho 36 41,9
Total 86 100
Para melhor visualização dos dados da Tabela 19, observa-se o gráfico a seguir:
Gráfico 18 - Acessibilidade dos entrevistados no NEI/UFRN em maio/2015 quanto ao
videogame.
%; Tenho; 58,1; 58%
%; Não tenho; 41,9; 42%
53
4.2.10 Acesso À TV
De acordo com a tabela 20 abaixo, pode-se identificar a grande maioria representa
pelo percentual de 96,5% das crianças possuem acesso à televisão em casa, e apenas a minoria
de 3,5% não possui ainda esse eletrônico.
Tabela 20 - Acessibilidade dos entrevistados no NEI/UFRN em maio/2015 quanto à TV.
Tenho TV Nº de crianças %
Tenho 83 96,5
Não tenho 3 3,5
Total 86 100
Para melhor visualização dos dados da Tabela 20, observa-se o gráfico a seguir:
Gráfico 19 - Acessibilidade dos entrevistados no NEI/UFRN em maio/2015 quanto a TV.
4.2.11 Acesso Às Redes Sociais
Na questão número 16 do questionário anexo no apêndice deste trabalho encontra-se a
seguinte orientação “Circule os aplicativos que você conhece” e dentre as opções expostas
dispõe-se o Google, Facebook, WhatsApp, Youtube, Twitter e Instagram, os aplicativos mais
conhecidos atualmente.
%; Tenho; 96,5; 96%
%; Não tenho; 3,5; 4%
54
A tabela 21, a seguir, mostra que a maioria das crianças (73,3%), amostradas, conhecem
o WhatsApp, o segundo aplicativo, mais conhecido, é o Youtube com o percentual de 69,8%
dos respondentes. Em menor destaque pode-se citar os aplicativos de mídias sociais,
Instagram e Google com um percentual de conhecimento de 65,1% e 46,5% respectivamente.
Quanto aos aplicativos Twitter e Facebook são os mais desconhecidos, com
respectivamente, 86% e 79,1% das crianças, afirmando que não os conhece.
Tabela 21 - Conhecimento entrevistados no NEI/UFRN em maio/2015 quanto às redes
sociais, resultado expresso em percentual.
Google Facebook Whatsapp Youtube Twitter Instagram
Não conheço 53,5 79,1 26,7 30,2 86,0 34,9
Conheço 46,5 20,9 73,3 69,8 14,0 65,1
Total % 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
Para melhor visualização dos dados da Tabela 21, observa-se o gráfico a seguir:
Gráfico 20 - Conhecimento entrevistados no NEI/UFRN em maio/2015 quanto às redes
sociais, resultado expresso em percentual.
Não Conheço; Google; 53,5
Não Conheço; Facebook; 79,1
Não Conheço; Whatsapp; 26,7
Não Conheço; Youtube; 30,2
Não Conheço; Twitter; 86,0
Não Conheço; Instagram; 34,9
Conheço; Google; 46,5
Conheço; Facebook; 20,9
Conheço; Whatsapp; 73,3
Conheço; Youtube; 69,8
Conheço; Twitter; 14,0
Conheço; Instagram; 65,1
Não Conheço Conheço
55
4.3 ANÁLISES DOS ENTREVISTADOS QUANTO À ESTRUTURA FAMILIAR E
EXPECTATIVAS PROFISSIONAIS.
4.3.1 Estrutura Familiar
Na questão de número 15 do questionário presente no apêndice 3 deste trabalho, se faz
necessário que o entrevistado pinte a figura que representa a sua família, e é dada as seguintes
opções – Moro com pai e mãe, moro com a mãe ou moro com o pai. Com objetivo de
identificar a estrutura familiar das crianças.
De acordo com a Tabela 22, observa-se que 82,4% das crianças moram na mesma casa
que seus pais, e apenas 17,6% dos entrevistados possuem os pais separados, e destes, nenhum
deles, mora só com o pai, isso ocorre apenas com a mãe.
Tabela 22 – Estrutura familiar dos entrevistados no NEI/UFRN em maio/2015.
Família Nº de crianças %
Moro com pai e mãe 70 82,4
Moro com a mãe 16 17,6
Moro com o pai 0 0,0
Total 86 100
Para melhor visualização dos dados da Tabela 22, observa-se o gráfico a seguir:
Gráfico 21 - Estrutura familiar dos entrevistados no NEI/UFRN em maio/2015.
Moro com pai e mãe
Moro com a mãe
Moro com o pai
56
4.3.2 Expectativa Profissional
Quando se trata da expectativa profissional das crianças, se abre um imenso leque de
possibilidades, e como se trata de uma questão aberta, vai de acordo com o imaginário da
criança. Dessa forma, o item 17 do questionário em anexo apresenta a seguinte questão:
“Desenhe ou escreva no espaço abaixo o que você vai ser quando crescer”.
Como ressalta Ferreira (2001 p. 105), a interpretação do desenho da criança depende
do olhar do intérprete. Afirma a autora que “o desenho da criança é o ‘lugar’ do provável, do
indeterminado, das significações”.
Com o intuito de destacar novas profissões que esta geração almeja, a autora
selecionou algumas respostas que exemplificam esse fato. Em meio a muitas respostas de
futuros médicos, atores, cantores e veterinários, pode-se identificar algumas profissões
curiosas, como o caso da blogueira de moda, atendente de telemarketing, personal trainner e
o menino que quer trabalhar com o computador.
Blogueira de moda
Na figura 01 a menina de apenas quatro anos representa seu desejo de ser uma blogueria
de moda, esta é uma profissão relativamente nova e é caracterizada por ter a atividade de
postar artigos ou “posts” relacionados à moda em um blog.
Figura 02 – Desenho referente a profissão Blogueira de moda da questão 17 do questionário
aplicado no NEI/UFRN, maio/2015
57
Atendente de telemarketing
A respondente é uma garota de cinco anos desenhou como mostra a figura 02, que deseja
seguir a carreira de atendente de telemarketing, por inspiração nas suas primas que trabalham
com todos os equipamentos tecnológicos presentes no desenho.
Figura 03 – Desenho referente a profissão Atendente de Telemarketing da questão 17 do
questionário aplicado no NEI/UFRN, maio/2015.
Trabalho com computador
O garoto de cinco anos mostrou no desenho representado na figura 03, que pretende
trabalhar com um computador quando crescer, apesar de questionamentos da autora deste
estudo alegando que a resposta deveria ser uma profissão, a criança foi irredutível ao enfatizar
que quer trabalhar com um computador no futuro, não sabe ainda qual profissão, mas tem que
ser na frente do computador.
Figura 04 – Desenho referente a profissão Trabalho com computador da questão 17 do
questionário aplicado no NEI/UFRN, maio/2015.
58
Personal Trainner
Uma menina com apenas três anos de idade fez o desenho na figura 04 abaixo, que
mostra seu desejo em se tornar uma “personal treinner” quando crescer, esta profissão
consiste em auxiliar pessoas em treinos de musculação em academias. Para exercer esta
profissão no futuro a garota deverá possuir graduação em educação física.
Figura 05– Desenho referente a profissão Personal Treinner da questão 17 do questionário
aplicado no NEI/UFRN, maio/2015.
No quadro abaixo pode-se observar a Figura 06, com os dados de todas as repostas das
crianças a esta questão, de acordo com o gênero e idade dos entrevistados.
Idade Gênero Profissão
Idade Gênero Profissão
4 anos Feminino
Veterinária
5 anos Feminino
Maquiadora
Médica
Médica
Cabeleireira
Professora
Personal treiner
Chefe de cozinha
Cozinheira
Dona de pet shop
Médica
Médica
Professora de balé
Mãe
Computador
Pintora
Pianista
Pintora
Detetive de animais
Esportista
Blogueira de moda
Maquiadora
Médica
Lutador de guerra
Bióloga
Advogada
Bombeiro
Médica
Dona de loja de
brinquedos Atriz
Dançarina
Cantora
59
Marinheira
Pintora
Estilista
Veterinária
Dona de empresa
Cantora
Enfermeira
Baba
Médica
Diretora
Cientista
Professora
Escritora
Guarda do parque das
dunas
Astronauta
Modelo
Dona de salão de beleza
Prefeita
Repórter
Dentista
Trabalhadora de
escritório Professora
Masculino
Homem aranha
Médica
Super herói
Jornalista
Espião
Médica
Jogador de futebol
Masculino
Trabalhador de igreja
Pintor
Medico
Batman
Ninja
Policial
Peão de rodeio
Lutador de MMA
Piloto de CART
Surfista
Piloto de avião
Professor de natação
Ator
Medico
Motorista de carro
Jogador de futebol
Policial
Detetive
Super herói
Jogador de futebol
Medico
Mágico
Adestrador de cães
3 anos Feminino
Esportista Professor
Atendente de
telemarketing
Médica
Masculino Homem das armas
Figura 06 – Respostas da questão 17 do questionário aplicado as crianças no NEI/UFRN,
maio/2015.
60
4.4 ANÁLISES DE VARIÁVEIS CRUZADAS E ANÁLISE DE CORRESPONDÊNCIA
A seguir são apresentadas as Tabelas de contingência, bem como os resultados do valor-p
para o teste de associação entre algumas variáveis.
A tabela 23, a seguir, mostra a relação existente entre a “Habilidade no uso do
computador” das crianças analisadas, segundo o gênero das mesmas. É possível verificar que
enquanto 57,89% do total das meninas que dizem conhecer muito o computador temos que
79,31% dos meninos dizem ter essa mesma habilidade. Ou seja, a variável “Sexo da criança”
pode estar indicando o grau de habilidade.
Tabela 23 - Conhecimento entrevistados no NEI/UFRN em maio/2015 quanto ao computador,
cruzado com o gênero.
Sei brincar no computador Gênero Total
Menina Menino
Muito 33 (57,89%) 23 (79,31%) 56
Médio 21 (36,84%) 03 (10,34%) 24
Pouco 03 (05,26%) 03 (10,34%) 6
Total 57 (100%) 29 (100%) 86
Ao aplicarmos o teste Qui-Quadrado ao nível de 5% de significância obteve um p-value
(0,032) nos indicando, que neste, caso há evidências estatísticas, indicando que essa relação
entre as variáveis “Grau de habilidade com o computador” e o “Sexo das crianças”, realmente
existe.
Na tabela 24, observa-se que o cruzamento entre a “Habilidade no uso do Whatsapp”
segundo o gênero das crianças analisadas. É possível verificar que enquanto 63,15% do total
das meninas que dizem conhecer muito o Whatsapp observa-se que 48,27% dos meninos
dizem ter essa mesma habilidade. Ou seja, não está claro, neste caso, que a variável “Sexo da
criança” pode estar indicando o grau de habilidade com o Whatsapp.
61
Tabela 24 – Conhecimento entrevistados no NEI/UFRN em maio/2015 quanto ao WhatsApp,
cruzado com o gênero.
Sei usar o Whatsapp Gênero Total
Menina Menino
Muito 36 (63,15%) 14 (48,27%) 56
Médio 15 (26,31%) 12 (41,37%) 24
Pouco 06 (10,52%) 03 (10,34%) 6
Total 57 (100%) 29 (100%) 86
Após aplicarmos o teste Qui-Quadrado, ao nível de 5% de significância, obteve um p-
value (0,346) nos indicando, que neste caso, as evidências estatísticas, confirmam que não há
relação entre as variáveis “Grau de habilidade com o Whatsapp” e o “gênero das crianças”, ou
seja, o gênero das crianças não determina o grau de habilidade com o Whatsapp.
62
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente estudo expôs as características da Geração Alpha, em contraste com as
particularidades destacadas das gerações anteriores. Com o objetivo de analisar o perfil desta
geração, que foi obtido através da construção do referencial teórico e da realização da
pesquisa quali-quantitativa. Foi possível encontrar as percepções das crianças da Geração
Alpha sobre esportes, atividades no tempo livre, conhecimento e acesso as novas tecnologias
e aplicativos, estrutura familiar e perspectivas para o futuro.
Na etapa qualitativa do estudo foram identificados os anseios de profissões curiosas para
o futuro dos entrevistados, como blogueira de moda, atendente de telemarketing, “personal
trainner” e trabalhos com computador. Na parte quantitativa do estudo, foram observadas as
seguintes conclusões: As crianças entrevistadas cursam as turmas do nível três e quatro, que
antecedem a alfabetização, e nenhum deles sabiam ler e escrever integralmente; Quanto à
idade temos que: 50% das crianças tem quatro anos, 45,3% tem cinco anos e uma minoria de
4,7% dos alunos tem três anos.; quanto ao gênero: 66% são do sexo feminino e 34% do sexo
masculino e quanto ao esporte 27,9% das crianças praticam natação, 14% praticam ballet este
mesmo percentual é o de praticantes de judô, o restante, 36% não praticam esportes.
Ainda continuando nesta análise, foi concluído que as atividades preferidas, no seu tempo
livre, as crianças têm a seguinte ordem de classificação:
1º lugar: Ir à praia ou piscina.
2º lugar: Assistir TV.
3º lugar: Jogar videogame.
4º lugar: Ficar na internet.
5º lugar: Brincar com brinquedos.
6º lugar: Brincar ao ar livre.
Quanto sobre o conhecimento das tecnologias (conhecimento classificado como muito,
médio ou pouco), as respostas em destaque são as seguintes: O item tecnológico mais popular,
entre os apresentados (computador, tablet, celular e videogame), foi o tablet, pois a 100% das
crianças analisadas sabem utilizar o dispositivo e destes 82,6% conhecem muito sobre ele,
apenas 17,4% tem pouco conhecimento. Em segundo lugar vem o videogame, com 75,6%
63
conhece muito sobre ele. Já o computador e o celular têm respectivamente 65% e 54,7% das
crianças conhecendo muito sobre o manuseio deles.
Quando o assunto são os aplicativos: O WhatsApp, 58,1% dizem saber falar muito
através desta tecnologia sendo que 73,3% apenas conhecem a tecnologia. O Youtube é o
segundo aplicativo mais conhecido com um percentual de 69,8%. Questionou-se sobre outros
aplicativos (Google, Facebook, Twitter e Instagram), mas estes não fazem tanto sucesso
quanto os acima destacados. E quando se pergunta se possuem a tecnologia, obtivemos as
seguintes respostas: 100% das crianças tem celular em casa, 96% tem Tv, 93% tem
computador, 86% têm tablet e 58,1% tem vídeo game. Sobre a estrutura familiar das crianças
analisadas verificou-se que 82,4% das crianças moram na mesma casa que seus pais, e apenas
17,6% dos entrevistados possuem os pais separados.
Diante das especificidades desse grupo geracional, é possível identificar o impacto dos
eventos da modernidade sobre o desenvolvimento dessas crianças. Observa-se também a
existência de variáveis que restringem os membros da Geração Alpha a participação nesse
contexto moderno, onde a comunicação imediata, interativa está presente, e em certos
aspectos, sem barreiras geográficas.
Conclui-se também que é iminente a necessidade de adaptação do mercado para receber
essa demanda da Geração Alpha. Promover um diálogo com essas crianças, de modo que
ambas as partes possam expressar-se diante de questões de seu interesse, torna-se uma
alternativa para a solução do conflito de gerações, que ocorre hoje em dia.
É importante falar sobre que as gerações e suas características, é que nem tudo o que é
visto na mídia é fato relevante e de peso científico. As pesquisas acadêmicas que tem como
base um referencial teórico adequado e boa metodologia de pesquisa apresentam
características mais fiéis ao que realmente é visto na sociedade, isso pode reduzir a indução ao
erro por parte das organizações, para não acreditar ou trabalhar para os estereótipos da
Geração Alpha. Também para não criar estereótipos, que este estudo não pode ser
generalizado, visto antes exposto que a pesquisa se baseou no Núcleo de Educação Infantil da
UFRN.
Para realização deste estudo surgiram várias limitações, uma delas foi devido à idade dos
entrevistados, necessitando que o questionário fosse de fácil compreensão e feito com figuras,
visto que todos não sabem ler, e desta forma, a pesquisadora aplicou o questionário
individualmente com cada participante, realizando a leitura e ajuda para a pesquisa ficar de
acordo com a realidade das crianças.
64
Outro ponto de limitação encontrado neste trabalho foi o fato da geração Alpha ainda não
possui acervo bibliográfico por se tratar de um assunto muito recente, não foram localizados
muitos livros sobre o tema, dessa forma foi utilizado principalmente materiais sobre o estudo
das outras gerações, artigos e textos publicados na internet, para oferecer embasamento
teórico a esta pesquisa como forma de superar essa limitação.
Esse trabalho contribui para que os profissionais e as organizações possam entender os
movimentos que o mercado de trabalho passa constantemente. Além de contribuir para que as
empresas possam melhor sua gestão de talentos e focar mais em atividades como
recrutamento e seleção, e a de treinamento e desenvolvimento dos funcionários,
potencializando vínculos dentro e fora da organização.
Como sugestão para trabalhos futuros, a autora da pesquisa indica um aprofundamento
do assunto na questão das consequências deste perfil para sociedade, como por exemplo o
comportamento consumidor que as crianças da geração Alpha poderão desenvolver.
65
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, A. Geração conectada: será que as crianças de hoje nascem mais inteligentes?
Revista na Mochila. Edição abril, 2014
BATISTA, F H A. Grupos Geracionais e o Comprometimento Organizacional: um
estudo em uma empresa metalúrgica de Caxias do Sul. Dissertação de Mestrado em
Administração. Universidade de Caxias do Sul. Caxias do Sul. 2010.
BERALDO, V V. Geração Alpha e o futuro da educação, Revista tutores, 2015. Disponível
em: http://www.tutores.com.br/belohorizonte-sion/noticias.asp?id=4724. Acesso em 20 abril
2015
BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística. CONSULTA DE PROJEÇÃO DE NATALIDADE PARA O RIO GRANDE
DO NORTE:. Disponível em:
<http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/projecao_da_populacao/2013/default.sht
m.> Acesso em: 15 Maio 2015.
CERETTA, S B; FROEMMING, L M. Geração Z: Compreendendo os hábitos de
consumo da geração emergente. RAUnP, Natal, ano 3, n. 2, p. 15-24, abr./set. 2011.
DWYER, R. Prepare for the inspect of the multi-generational workforce! Transforming
Government: Peolple, Process and Policy, 2009.
EXAME. São Paulo: Editora Abril, v. 40, n. 17, abr. 2006.
FAGUNDES, M. M. Competência Informacional e Geração Z: um estudo de caso de
duas escolas de Porto Alegre. 2011. 105 f. Trabalho de Conclusão de curso biblioteconomia,
da Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação da Universidade Federal do Rio Grande do
Sul. Porto Alegre: 2011.
FERREIRA A B H. Novo Dicionário Aurélio da Lingua Portuguesa. 3ª.ed. São Paulo,
Positivo, 2004.
FERREIRA, S. Imaginação e linguagem no desenho da criança. Campinas: Papirus, 2001.
66
FOJA, C R. O sentido do trabalho para a geração Y: um estudo a partir do jovem
executivo. Dissertação de Mestrado em Administração. Universidade Metodista, São
Bernardo do Campo, 2009.
FREIRE FILHO, J.; LEMOS, J. F. Imperativos de Conduta Juvenil no século XXI: a
“Geração Digital” na mídia impressa brasileira. Comunicação, Mídia e Consumo. São
Paulo, v. 5, n. 13, p. 11-25, jul. 2008.
FURIA, F. Entenda as diferenças entre as gerações X, Y, Z e Alpha. Disponível em: <
http://www.playground-inovacao.com.br/entenda-as-diferencas-entre-as-geracoes-x-y-z-e-
alpha/>. Acesso em: 27 Abril 2015.
GIL, A.C. Como elaborar Projetos de Pesquisa. 5ª. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
IKEDA, A. A.; CAMPOMAR, M. C.; PEREIRA, B.C.S. O uso de coortes em segmentação
de marketing. O&S, 2008.
ISTO É. São Paulo: Editora Três, n. 1659, jul. 2001.
KOTLER, P. Administração de marketing: análise, planejamento, implementação e
controle/ Philip Kotler; tradução Ailton Bomfim Brandão – 5. Ed. São Paulo: Atlas, 1998.
KULLOCK, E. Você conhece os baby boomers? Disponível em: <
http://www.focoemgeracoes.com.br/index.php/voce-conhece-os-baby-boomers/>. Acesso em:
06 março 2015.
LEVENFUS, R. S.; SOARES, D. H. P. Orientação vocacional/ocupacional, novos achados
teóricos, técnicos e instrumentais para a clínica, a escola e a empresa. Porto Alegre:
Artmed, 2002.
MALAFAIA, G.S. Gestão Estratégica de pessoas em Ambientes Multigeracionais. VII
Congresso de Excelência em Gestão. Rio de Janeiro. 2011
MALHOTRA, N K. Introdução à pesquisa de marketing/ Naresh K. Malhotra; tradução
Robert Brian Taylor – 1. Ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005.
67
MALHOTRA, N. Pesquisa de Marketing: uma orientação aplicada. 4.ed. Porto Alegre:
Bookman, 2006.
MENDES, T. Geração Y: forjada pelas novas tecnologias. RBA – Revista Brasileira
de Administração. São Paulo: CFA, n. 91, p. 52-54, nov. /dez. 2012.
MEREDITH, G.; SCHEWE, C.D.; KARLOVICH, J.; Defining markets, defining moments:
America’s 7 generational cohorts, their shares experiences and why business should
care. New York: Hungry Minds, Inc.2002.
MCCRINDLE, M. The ABC of the XYZ: Understanding global Generations. Sydney:
UNSW Press, 2011
MENETTI, S A P P. O comprometimento organizacional da Geração Y no Setor de
Conhecimento Intensivo / Sandra Aparecida Pagliaci Pulino Menetti. São Caetano do Sul:
USCS / Universidade Municipal de São Caetano do Sul, 2013.
MESSIAS, M. Identificação das âncoras de carreira de enfermeiros: subsídios para a
construção do percurso profissional. 2010. 137 f. Dissertação apresentada ao curso de Pós-
Graduação em Fundamentos e Práticas do Gerenciamento de Enfermagem (Mestrado) –
Escola de Enfermagem, Universidade de São Paulo. São Paulo, 2010.
OLIVEIRA, S. Geração Y. O nascimento de uma nova versão de líderes. Integrate Editora,
São Paulo, 2010.
PRENSKY, M. Nativos digitais, imigrantes digitais. NCB University Press, Vol. 9 No. 5,
Outubro 2001.
ROESCH, S M A.. Projetos de estágio e de pesquisa em administração: guia para
estágios, trabalhos de conclusão, dissertações e estudos de caso. 2 ed.São Paulo, 1999.
SANTOS, C F, et al. O Processo Evolutivo Entre As Gerações X, Y E Baby Boomers. In:
SEMINÁRIOS EM ADMINISTRAÇÃO FEA-USP, 14. 2011, São Paulo. [Trabalhos
apresentados]... São Paulo: FEA -USP, 2011. Disponível em:
<http://www.ead.fea.usp.br/semead/14semead/resultado/trabalhosPDF/221.pdf. > Acesso em:
19 abril 2015.
68
SOUZA, S L B. Fatores Que Influenciam Os Consumidores Da Geração “Z” Na Compra
De Produtos Eletrônicos. 2011. 189 f. Dissertação (Mestrado em Administração) - Pró-
Reitoria de Pesquisa, Extensão e Pós-Graduação, Universidade Potiguar, Natal, 2011
TAPSCOTT, D. A hora da geração digital: como os jovens que cresceram usando a internet
estão mudando tudo, das empresas aos governos. Rio de Janeiro: Agir Negócios, 2010. 448 p.
TAPSCOTT, D. Geração digital: a crescente e irreversível ascensão da Geração Net. São
Paulo: Makron Books, 1999. 321p
VERGARA, S. C. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 3 ed. – São Paulo:
Editora Atlas, 2000.
ZUANAZZI, L. O desafio da gestão da geração Z. Trabalho de conclusão de curso, ESIC.
2014. Disponível em: < http://pt.slideshare.net/lzuanazzi1/o-desafio-da-gesto-da-gerao-z>.
Acesso em: 01 Jun 2015.
69
APÊNDICES
Apêndice 1 – Carta de apresentação da pesquisa à escola:
CARTA DE APRESENTAÇÃO DA PESQUISA
Prezado(a):
Esta pesquisa, “Diagnóstico do perfil da Gerção Alpha”, será desenvolvida por
meio da aplicação de questionário aos alunos da escola NEI.
Estas informações estão sendo fornecidas para subsidiar sua participação voluntária
neste estudo que visa encontrar as caracteristicas predominantes em crianças da geração
Alpha.
Em qualquer etapa do estudo, você terá acesso ao investigador para esclarecimento
de eventuais dúvidas. Contato: RAISSA VIEGAS, telefone: 8835-0310, endereço
eletrônico: [email protected].
É garantida aos sujeitos de pesquisa a liberdade da retirada de consentimento e o
abandono do estudo a qualquer momento.
As informações obtidas serão analisadas em conjunto com outros sujeitos da pesquisa,
não sendo divulgada a identificação de nenhum participante. Fica assegurado, também, o
direito de ser mantido atualizado sobre os resultados parciais da pesquisa, assim que esses
resultados chegarem ao conhecimento do pesquisador.
Não há despesas pessoais para o participante em qualquer fase do estudo.
Também não há compensação financeira relacionada à sua participação. Se existir qualquer
despesa adicional, ela será absorvida pelo orçamento da pesquisa.
Comprometo-me, como pesquisador principal, a utilizar os dados e o material
coletados somente para esta pesquisa.
__________________________ __________________________
Thelma Pignataro,
Departamento de ciências Administrativas - UFRN Professora Orientadora
Raissa Viegas
Curso de graduação em Administração - UFRN
Aluna concluinte.
70
Apêndice 2 – Termo de consentimento livre e esclarecido
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS
DEPARTAMENTO DE CIENCIAS ADMINISTRATIVAS
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO
Prezados pais,
Vimos por meio desta, solicitar autorização para realizarmos aplicação de um questionário
com seu filho. Esta atividade faz parte do trabalho de conclusão do curso de Administração na
UFRN, que objetiva diagnosticar o perfil da Geração Alpha – Geração de crianças nascidas a
partir do ano 2010 – Com perguntas sobre conhecimentos de informática, acesso a tecnologia,
e a preferência das crianças. Essa pesquisa só será realizada com o seu consentimento, as
informações obtidas serão analisadas em conjunto com outros sujeitos da pesquisa, não sendo
divulgada a identificação de nenhum participante.
Agradecemos desde já sua participação.
Atenciosamente,
Raissa Viégas
Aluna concluinte de administração – UFRN.
Eu, _______________________________________________ autorizo meu (minha) filho (a)
____________________________________________________, participar da pesquisa.
Assinatura do responsável
71
Apêndice 3 – Questionário aplicado as crianças da geração Alpha:
QUESTIONÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DO PERFIL DA GERAÇÃO ALPHA
1. PINTE A FIGURA QUE REPRESENTA A SUA IDADE:
TRÊS ANOS QUATRO ANOS CINCO ANOS
2. CIRCULE O BONEQUINHO QUE REPRESENTA O SEU SEXO:
MENINA MENINO
3. MARQUE UM ‘X’ NO ESPORTE QUE VOCÊ PRATICA:
( ) NATAÇÃO ( ) FUTEBOL ( ) JUDÔ ( ) BALET
( ) NÃO PRATICO ( ) OUTRO ____________________________________
72
4. ENUMERE DE 1 A 6 AS ATIVIDADES, COMEÇANDO COM O QUE VOCÊ
MAIS GOSTA:
( ) IR A PRAIA OU PISCINA ( ) FICAR NA INTERNET ( )
JOGAR VIDEOGAME( ) ASSISTIR TV ( ) BRINCAR COM BRINQUEDOS ( )
PINTE DE AMARELO O DESENHO QUE REPRESENTA SEU CONHECIMENTO:
PERGUNTAS MUITO MEDIO POUCO
5. Sei brincar no computador/ Notebook. 6. Sei usar o tablet. 7. Sei fazer ligações no celular. 8. Sei conversar pelo whatsapp. 9. Sei jogar no videogame.
PINTE DE ACORDO COM O QUE VOCÊ TEM ACESSO NA SUA CASA:
PERGUNTAS TENHO NÃO
TENHO
10. Computador/ Notebook 11. Tablet 12. Celular 13. Videogame 14. Tv
BRINCADEIRAS
AO AR LIVRE
73
15. PINTE O DESENHO PARECIDO COM A SUA FAMILIA:
MORO COM PAI E MÃE MORO COM A MÃE MORO COM O PAI
16. CIRCULE OS APLICATIVOS QUE VOCÊ CONHECE:
17. DESENHE OU ESCREVA NO ESPAÇO, O QUE VOCÊ VAI SER QUANDO
CRESCER:
74
ANEXOS
Anexo 1 – Tabela de teste Qui quadrado entre Habilidade no uso do Computador * Sexo
Teste Qui_quadrado entre Habilidade no uso do Computador *Sexo
Valor df Sig. Assint. (2
lados)
Qui-quadrado de Pearson 6,901a 2 ,032
Razão de probabilidade 7,697 2 ,021
Associação Linear por
Linear 1,324 1 ,250
N de Casos Válidos 86
a. 2 células (33,3%) esperam contagem menor do que 5. A contagem
mínima esperada é 2,02.
Anexo 2 – Tabela de teste Qui quadrado entre Habilidade no uso do Whatsapp * Sexo
Teste Qui_quadrado entre Habilidade no uso do Whatsapp * Sexo
Valor df Sig. Assint. (2
lados)
Qui-quadrado de Pearson 2,122a 2 ,346
Razão de probabilidade 2,088 2 ,352
Associação Linear por
Linear ,895 1 ,344
N de Casos Válidos 86
a. 1 células (16,7%) esperam contagem menor do que 5. A contagem
mínima esperada é 3,03.
75