gestão da logística e perdas no transporte do tomate · impacto horizontal vibração compressão...
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Gestão da logística e perdas
no transporte do tomate
Augusto Hauber GameiroGrupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial (ESALQ-LOG)
ESALQ/USP
Goiânia, 28 de novembro de 2014
Agenda
Considerações iniciais
Gestão da logística
Estimativas de perdas na logística do tomate
Considerações finais
Considerações iniciais
Desafios e perspectivas para a cadeia brasileira do
tomate para processamento industrial
Melhoramento genético e manejo cultural
Cultivares para colheita mecanizada
Doenças e pragas
Otimização do manejo cultural
Atributos de qualidade
“Com vistas ao aumento da eficiência técnica e econômica da cadeia produtiva, o conhecimento das demandas por pesquisas na área pós-colheita do tomate industrialdeve ser atualizado de forma contínua.”
Qualidades nutracêuticas
A questão da segurança alimentar
Melo e Vilela (2005)
Gestão da logística
Logística
“ ... planejamento e operação dos sistemas físicos,
informacionais e gerenciais necessários para que
insumos e produtos vençam condicionantes
espaciais e temporais de forma econômica”
(Daskin, 1985)
Logística
Logística
“ ... planejamento e operação dos sistemas físicos,
informacionais e gerenciais necessários para que
insumos e produtos vençam condicionantes
espaciais e temporais de forma econômica”
(Daskin, 1985)
Logística
“ ... planejamento e operação dos sistemas físicos,
informacionais e gerenciais necessários para que
insumos e produtos vençam condicionantes
espaciais e temporais de forma econômica”
(Daskin, 1985)
Logística
“ ... planejamento e operação dos sistemas físicos,
informacionais e gerenciais necessários para que
insumos e produtos vençam condicionantes
espaciais e temporais de forma econômica”
(Daskin, 1985)
Logística
“ ... planejamento e operação dos sistemas físicos,
informacionais e gerenciais necessários para que
insumos e produtos vençam condicionantes
espaciais e temporais de forma econômica”
(Daskin, 1985)
Logística
“ ... planejamento e operação dos sistemas físicos,
informacionais e gerenciais necessários para que
insumos e produtos vençam condicionantes
espaciais e temporais de forma econômica”
(Daskin, 1985)
Desafio da gestão logística
Gerenciar materiais e informações no
espaço e no tempo
Como fazer a gestão logística?
1. Entender que “logística” não é uma atividade, mas sim um conjunto de atividades;
2. Conhecer essas atividades (identifica-las);
3. Conhecer os custos dessas atividades (levantar informações);
4. Realizar uma análise conjunta de todos esses custos (gestão integrada);
5. Considerar as compensações (trade-offs) entre esses custos;
6. Tomar decisão otimizada (exemplo: minimização do custo total da logística).
Como fazer a gestão logística?
1. Entender que “logística” não é uma atividade, mas sim um conjunto de atividades;
2. Conhecer essas atividades (identifica-las);
3. Conhecer os custos dessas atividades (levantar informações);
4. Realizar uma análise conjunta de todos esses custos (gestão integrada);
5. Considerar as compensações (trade-offs) entre esses custos;
6. Tomar decisão otimizada (exemplo: minimização do custo total da logística).
Atividades logísticas
Pedidos (fluxo de informações e documentos)
Transporte
Estoques (= gestão do produto)
Armazenagem (= gestão do espaço)
Manuseio de materiais
Embalagem
Programação de entrada (suprimento)
Programação de saída (distribuição)
Tecnologia de informação
Exemplos de trade-offs logísticos
Tamanho do caminhão custo do frete por tonelada x manobras
Belodi Júnior, 2012
Exemplos de trade-offs logísticos
Tamanho do caminhão custo do frete por tonelada x manobras
ESALQ-LOG (2014)
Exemplos de trade-offs logísticos
Tamanho do caminhão custo do frete por tonelada x manobras
Idade do caminhão custo de oportunidade x risco de quebra
Granelização escala e agilidade x perdas de tomate
Altura da carreta custo do frete por tonelada x perdas de tomate
Nível de estoque fábrica garantia de suprimento da fábrica x perdas de tomate
Mecanização da colheita investimento x escala e controle
Estimativas de perdas
na logística do tomate
≈ 93% a 95% de água
Giordano e Ribeiro, 2000
Dano físico
Luengo et al., 2003
Perdas
Diretas Quantidade
Qualidade
Indiretas Conflitos entre elos
Danos a equipamentos e benfeitorias
Superdimensionamentos diversos
Imagem (reputação)
Difícil mensuração
Muito difícil mensuração
Aspectos:
AgronômicosLogísticos
Gameiro et al., 2007
Causas de perdas no transporte
Impacto vertical
Impacto horizontal
Vibração
Compressão estática
Compressão transiente
Deformação
Perfuração
Alteração de temperatura
Alteração da atmosfera
Caixeta-Filho (1995)
Experimento I
Setembro de 2004, Goiânia GO
Amostras de 30 kg em sacos de polipropileno
8 caminhões x 3 alturas x 2 repetições
Tempos: espera na caixa, viagem, espera na caçamba do caminhão
Pesagens: no campo e no descarregamento na fábrica
Regressão estatística
Gameiro et al. (2007)
Experimento I
Perdas % = f(tempos)
Gameiro et al. (2007)
Gameiro et al. (2007)
Experimento I
Gameiro et al. (2007)
Caixeta-Filho (1995)
Dados
Gameiro et al. (2007)
Gameiro et al. (2007)
Gameiro et al. (2007)
Gameiro et al. (2007)
Cada 1 hora a mais de espera ≈ + 0,17 pp de perda
Gameiro et al. (2007)
Cada 10 cm mais ao fundo ≈ + 0,1 pp de perda
Experimento II
2004, Goiânia GO
Modelagem matemática detalhada:
do sistema de colheita (definição das frentes: manual + mecânica)
do sistema de carregamento no campo
do sistema de transporte até a fábrica
Gameiro et al. (2008)
Experimento II
Qual seria o efeito de....?
Cumprimento (rigoroso) do horário da colheita (manual e mecânica);
Cumprimento (rigoroso) do número de trabalhadores e de colheitadeiras;
Adoção de “boas práticas e procedimentos” para manejo das caixas;
Extensão do horário de carregamento dos caminhões (10 para 20 horas);
Extensão do horário da colheita mecânica (para 10 horas);
Gameiro et al. (2008)
Gameiro et al. (2008)
Gameiro et al. (2008)
Considerações finais
Considerações finais
Precisamos ampliar nossa concepção de logística;
A gestão de pessoas, máquinas, frotas e dos tempos é fundamental;
Coordenação das atividades = maior sincronia entre as etapas
interdependentes = maior controle do processo;
Melhorar fluxo de informações na cadeia de suprimento de tomate;
Perdas recaem sobre TODOS: produtores, transportadores, indústria,
consumidor final etc.
“Podemos citar que o maior gargalo visualizado para o
transporte de tomates é a deficiência de informação.”
“Saber a localização dos caminhões e a situação da
colheita é de fundamental importância para o bom
andamento da moagem da fábrica.”
Belodi Júnior, 2012
Referências bibliográficasBELODI JÚNIOR, A. Modalidades de transporte na logística de tomate industrial. Monografia de Estágio Profissionalizante em Engenharia Agronômica. Piracicaba: ESALQ/USP, 2012.
CAIXETA-FILHO, J. V. A modelagem de perdas no transporte de produtos agrícolas. 1995. 112 p. Tese (Livre-Docência) - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo, Piracicaba.
DASKIN, M.S. Logistics: an overview of the state of the art and perspectives on future research, Transportation Research A, v.19, n.5/6, 1985.
GAMEIRO, A.H.; CAIXETA FILHO, J.V.; ROCCO, C.D.; RANGEL, R. Estimativas de perdas no suprimento de tomates para processamento industrial. Informações Econômicas, v.37, p.7-16, 2007.
GAMEIRO, A.H.; CAIXETA FILHO, J.V.; ROCCO, C.D.; RANGEL, R. Modelagem e gestão das perdas no suprimento de tomates para processamento industrial. Gestão & Produção, v.15, p.101-115, 2008.
GIORDANO, L. B.; RIBEIRO, C. S. C. Origem, botânica e composição química do fruto. In: SILVA, J. B. C.; GIORDANO, L. B. (Eds.). Tomate para processamento industrial. Brasília: Embrapa Comunicação para Transferência de Tecnologia, 2000. (Embrapa Hortaliças).
LUENGO, R. F. A. et al. Avaliação da compressão em hortaliças e frutas e seu emprego na determinação do limite físico da altura da embalagem de comercialização. Horticultura Brasileira, v.21, n.4, 2003.
MACHADO, T.A.; LISBOA, C.F.; CUNHA, D.A.; SANTOS, F.L. Perdas na colheita do tomate em função da idade das colhedoras. Anais. XLII Congresso Brasileiro de Engenharia Agrícola - CONBEA 2013. Campo Grande: SBEA, 2013.
MELO, P.C.T.; VILELA, N.J. Desafios e perspectivas para a cadeia brasileira do tomate para processamento industrial. Horticultura Brasileira, v.23, n.1, 2005.
Você pode baixar esta apresentação e o simulador de perdas em:
WWW.GAMEIRO.PRO.BR/TOMATE
Muito obrigado!