gestão de tecnologias em saúde roberto pinel geats/dides oficina ans – 20 e 21 de setembro de...
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Gestão de Tecnologias em Saúde
Roberto PinelGEATS/DIDES
Oficina ANS – 20 e 21 de setembro de 2007Natal - RN
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Tecnologias em Saúde
“Todas as formas de conhecimento que
podem ser aplicadas para a solução ou
redução dos problemas de saúde de
indivíduos ou populações.”
Panerai e Peña-Mohr, 1989
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Gestão de Tecnologias em Saúde
Conjunto de atividades relacionadas ao processo de avaliação, incorporação, difusão, gerenciamento da utilização e retirada de tecnologias do sistema de saúde.
Tem por finalidade promover o acesso a tecnologias seguras, eficazes e custo-efetivas, evitando sub-uso, sobre-uso e complicações evitáveis.
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Incorporação de Novas Tecnologias no BRASIL
Processo inadequado de avaliação sem considerar o contexto local, os recursos
disponíveis e os custos operacionais
Relação estreita entre fornecedores de tecnologias
e profissionais de saúde
MESMA SITUAÇÃO NO SUBSISTEMA DE SAÚDE SUPLEMENTAR
Desigualdade na distribuição das
tecnologias
Conflitos de interesse
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“... pode ser conceituada como um processo contínuo de avaliação que visa o estudo sistemático das conseqüências a curto e a longo prazo da utilização de uma determinada tecnologia, ou grupo de tecnologia ou um tema relacionado à tecnologia.”
(Panerai e Mohr, 1989)
Tem por objetivo prover informação para a tomada de decisão em saúde, constituindo-se, portanto, em um instrumento de gestão de tecnologia em saúde.
Avaliação de Tecnologia em Saúde
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Dimensões da Tecnologia em Saúde
Eficácia - A tecnologia funciona?
Efetividade - A tecnologia funciona no meu serviço?
Efetividade
Acurácia do diagnóstico
Adesão do clínico
Adesão do paciente
Cobertura
Estrutura
Eficiência - relação entre custo (recursos e tempo) e conseqüências (eficácia ou efetividade/utilidade)
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Sintetizar a Evidência
Especialista
Literatura
Dados Secundários
Fonte
Opinião de especialista
AvaliaçãoEconômica
Revisão sistemática
Modelagemmatemática
Técnica de Síntese
Regulamentação
Incorporação
Diretrizes Clínicas
Aplicação
INICIATIVAS DA ANS
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Iniciativas da ANS
Revisão do Regimento Interno da ANS
Criação da Gerência de Avaliação de Tecnologia em Saúde – GEATS/DIDES (Dezembro/2005)
GGTAP/DIPRO – Cobertura/Rol de Procedimentos - Incorporação e monitoramento da utilização das tecnologias
Revisão dos Róis de Procedimentos da ANS (Ações em Saúde e Odontológico) – inclusão de novos procedimentos apenas com comprovada eficácia e com critérios pré-definidos.
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Ações Articuladas com a ANVISA
www.anvisa.gov.br/divulga/newsletter/brats
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BRATS – Objetivos
• Difundir evidência quanto segurança e eficácia e informações econômicas a gestores, profissionais e público em geral.
• Organizar as informações em linguagem simples e de forma sucinta para apoiar o processo de decisão.
• Não objetiva fazer recomendações.
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BRATS – Metodologia
ELABORAÇÃO:
Definição e elaboração da questão a ser avaliada/investigada
Busca da evidência científica para responder à questão formulada
Análise crítica da evidência científica disponível
Interpretação da evidência científica
Elaboração do Texto do BRATS
REVISÃO:
Especialista no tema
Conselho consultivo
Corpo editorial
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BRATS – Edições
• 1ª Edição- Entecavir para o tratamento da hepatite B crônica
• 2ª Edição – Alfadrotrecogina para o tratamento de sepse grave
• 3ª Edição – Teste de amplificação de ácidos nucléicos (NAT) para detecção dos vírus HIV-1 e HCV na triagem de sangue doado (título provisório)
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BRATS – Próximos Números
• stent farmacológico;
• ciclesonida no tratamento da asma;
• tomografia computadorizada espiral em mutislice para o diagnóstico da doença arterial coronariana;
• cirurgia bariátrica;
• deferasirox para o tratamento de sobrecarga de ferro pós-transfusional;
• tosilato de sorafenibe para o tratamento de pacientes com carcinoma celular renal avançado
• tartarato de vareniclina como adjuvante na interrupção do tabagismo;
• fosfato de sitagliptina como hipoglicemiante oral;
• ibandronato de sódio para o tratamento da osteoporose pós-menopausa;
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COMISSÕES DO MINISTÉRIO DA SAÚDE (MS)
Dezembro/05 – Portaria nº 2.510, de 10/12/2005 - Comissão para Elaboração da Política Nacional de Gestão de Tecnologia em Saúde no âmbito do SUS (CPGT)
Consulta Pública (Out. e Nov./2006)
Apreciação das Sugestões e Relato Final (Dez.2006)
Fase atual: aguardando autorização para publicação
Janeiro/06 – Portaria nº 152, de 19/01/2006 (convertida na Portaria nº 3.323, de 27/12/2006) – Comissão para Incorporação de Tecnologias em Saúde do MS (CITEC).
Instituiu o fluxo para incorporação de tecnologias em saúde (SUS e SS)
Fase atual: elaboração do Regimento Interno
Ações do MS
POLÍTICA NACIONAL DE GESTÃO DE
TECNOLOGIAS EM SAÚDE - PNGTS
Objetivo Geral – PNGTS
Maximizar os benefícios de saúde a serem obtidos com os recursos disponíveis, assegurando o acesso da população a tecnologias efetivas e seguras, em condições de eqüidade.
Objetivos Específicos – PNGTS
Orientar os gestores no processo de incorporação de tecnologias.
Institucionalizar nos três níveis do SUS os processos de avaliação e incorporação de tecnologias.
Promover o uso do conhecimento técnico-científico atualizado no processo de gestão de tecnologias.
Sensibilizar os profissionais de saúde e a sociedade em geral para as conseqüências econômicas e sociais do uso inapropriado de tecnologias nos serviços de saúde.
Fortalecer o uso de critérios explícitos na priorização da incorporação de tecnologias, privilegiando a melhor evidência científica.
Princípios – PNGTS
A gestão de tecnologias deve incorporar evidências científicas quanto aos atributos eficácia, efetividade, eficiência, segurança, impacto ético e social das tecnologias.
Os processos de avaliação e de incorporação de tecnologias devem ocorrer de modo crítico, permanente e independente.
O processo de incorporação de tecnologias deverá considerar a universalidade do acesso, a eqüidade e a sustentabilidade das tecnologias.
O conhecimento sobre tecnologias efetivas e seguras na atenção à saúde deve ser disseminado de forma transparente e contínua aos profissionais de saúde e à população.
Princípios – PNGTS
O processo de incorporação de tecnologias no sistema deve incluir atores representativos dos interesses da sociedade.
Os aspectos bioéticos envolvidos na garantia da eqüidade e na aplicação dos recursos deverão ser considerados na incorporação de tecnologias no sistema.
A produção e a difusão de informações relativas à avaliação de tecnologias deverão levar em conta o tipo da análise, o público-alvo, o tempo disponível, a linguagem adequada para o melhor entendimento e a transparência, além de explicitar os eventuais conflitos de interesse.
Diretrizes – PNGTS
1. Utilização de evidência científica para subsidiar a gestão - Avaliação de Tecnologias em Saúde
2. Aprimoramento do processo de incorporação de tecnologias
3. Racionalização da utilização da tecnologia
4. Apoio ao fortalecimento do ensino e pesquisa em gestão de tecnologias em saúde
5. Sistematização e disseminação de informações
6. Fortalecimento das estruturas governamentais
7. Articulação político-institucional
COMISSÃO PARA INCORPORAÇÃO DE
TECNOLOGIA DO MINISTÉRIO DA
SAÚDE - CITEC/MS
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PORTARIA Nº 3.323/GM, de 27/12/2006
Institui a Comissão e determina o fluxo de incorporação de tecnologias no âmbito do Sistema Único de Saúde e Saúde Suplementar.
Art 1º - Instituir, sob a coordenação da Secretaria de Atenção à Saúde, a Comissão para Incorporação de Tecnologias do Ministério da Saúde (CITEC) com a missão de avaliar as solicitações de incorporação de tecnologias em consonância com as necessidades sociais em saúde e de gestão do SUS e da Saúde Suplementar.
Representantes SAS, SCTIE, SVS, ANS e ANVISA
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PORTARIA Nº 3.323/GM, de 27/12/2006
Art 2º - Instituir, na forma do Anexo I desta Portaria, o fluxo para incorporação de tecnologias no âmbito do Sistema Único de Saúde e na Saúde Suplementar.
Art. 5º - As conclusões da Comissão para Incorporação de Tecnologias do Ministério da Saúde serão encaminhadas ao Gabinete do Ministro e para a Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Saúde Suplementar para avaliação e decisão.
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ANEXO I - Fluxo para Incorporação de Tecnologias no SUS e na Saúde Suplementar
1. Solicitações para incorporação de tecnologias em saúde protocoladas na SAS e encaminhadas à CITEC.
2. Os solicitantes deverão apresentar no ato do protocolo as informações relacionadas no Anexo II da Portaria.
3. As solicitações serão analisadas pela CITEC.
4. No caso de posição contrária à solicitação de incorporação, a CITEC comunicará sua decisão ao demandante, que terá o prazo máximo de 30 dias para apresentar pedido de reconsideração da decisão.
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ANEXO I - Fluxo para Incorporação de Tecnologias no SUS e na Saúde Suplementar
5. As conclusões da CITEC serão encaminhadas para homologação do processo pelo Ministro de Estado da Saúde.
6. Após decisão do Ministro de Estado da Saúde, o processo deverá retornar à CITEC para conhecimento, providências e retorno à área técnica responsável pela incorporação da tecnologia.
7. As conclusões da CITEC serão encaminhadas à Diretoria Colegiada da ANS para avaliação do impacto da incorporação no Rol de Ações em Saúde.
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ANEXO II - Informações Obrigatórias para a Solicitação de Incorporação de Tecnologias
A. Descrição sintética das principais características da tecnologia e de suas aplicações.
B. Identificação do responsável pela solicitação.
C. Informar o Número do Registro na ANVISA.
D. Preço aprovado pela CMED, no caso de solicitação de incorporação de medicamentos.
E. Relatório Técnico apresentando evidências científicas de segurança, eficácia/acurácia em comparação a tecnologias já incorporadas.
F. Estudos de avaliação econômica.
G. Estimativas de impacto econômico.
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INTER-RELAÇÃO MS & ANS
PNGTS-MS CITEC
ANS - Procedimento de Solicitação de
Incorporação/Exclusão de Tecnologia
Proposta de Fluxo para Solicitação de
Incorporação ou Exclusão de Tecnologia do Rol de
Ações em Saúde do Segmento Médico
Ambulatorial-Hospitalar
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O papel da ATS na Atualização do Rol de Ações em Saúde
ATS
C
I
T
E
C
SAS
SCTIE
SVS
Anvisa
ANS
Interessado
Demanda Externa
Qualquer órgão da ANS
GEATS GGTAP+
Demanda Interna
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Proposta de Procedimento Administrativo para Atualização do Rol de Ações em Saúde
Avaliação de Tecnologia em Saúde
Outras Avaliações Técnicas
Recomendação Técnica
Priorização de Tecnologias
Deliberação sobre a Atualização do Rol de Ações em Saúde pela Diretoria Colegiada da ANS
Oficina ANS
Natal – RN
20 e 21 de setembro de 2007