gilmaisa costa dissetacao_livro
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5/25/2018 Gilmaisa Costa Dissetacao_livro
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Gilmaisa Macedo da Costa
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SERVIO SOCIAL EM DEBATESer Social, Trabalho, Ideologia
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2011
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SERVIO SOCIAL EM DEBATE
Ser Social, Trabalho, Ideologia
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APRESENTAO
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memria dos meus paisSUMRIO
It!od"#$o .............................................................................6
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Ca%&t"lo I ' So(!e o T!a(al)o***********************************************22
Trabalho: Protoorma da !ti"idade #uma$a...........................23%. !s &ategorias 'sse$ciais do Trabalho..................................2(2. ) Processo )b*eti"a+o-'teriori/a+o...............................363. P0r Teleolgico e !lter$ati"a..............................................414. Trabalho e Posi+es Teleolgicas Secu$drias.....................6
Ca%&t"lo II ' So(!e a Ideolo+ia*********************************************,-
5ases )$tolgicas da Ideologia...............................................11%. Posi+es Teleolgicas Secu$drias e Ideologia....................(%2. ) uplo &arter do &ompleo Ideolgico..........................78 2.%. Ideologia e 9u$+o Social.............................................773. I$di"idualidades Sociais e Ideologia..................................%84
Ca%&t"lo III . So(!e o Se!/i#o Social**********************************11,
Ser"i+o Social: ma &o$cep+o em ebate...........................%%(%.&o$sidera+es Prelimi$ares............................................ ...%%(2.Ser"i+o Social e 'speciali/a+o Proissio$al........................%263.Ser"i+o Social e ;uesto social...........................................%484. Ser"i+o Social, ;uesto Social e Ideologia.........................%41Coside!a#es iais***********************************************************1,0
Bi(lio+!aia**************************************************************************134
5"est$o Social6 o/as o!mas7 /el)as !a&8es 9a!ti+o:**********13,
I;TRODU
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! rela+o e$tre Ser"i+o Social e processo de trabalho
emergiu de proposi+es da categoria proissio$al por ocasio da
cria+o de um $o"o currual a co$cep+o de Ser"i+o Social como
proisso origi$ada da di"iso social e t?c$ica do trabalho, aceitaat? e$to por gra$de parte do co$*u$to proissio$al, passa por
uma i$leo, se$do compree$dida como o prprio trabalho.
@pode ser $o se$tido o$tolgico ou abstratoA . 'sse mo"ime$to de
aproima+o ao trabalho $o epressa simplesme$te uma
releo i$ter$a B proisso mesma. ) debate sobre a
ce$tralidade do trabalho i$staurado $as ciC$cias sociais, i$clusi"e
$as te$dC$cias maristas, impulsio$ado pela di"ersiica+o das
ati"idades sociais co$temporD$eas, pelo desemprego e pela
prou$da crise eco$0micoEsocial oram os pote$ciais
catalisadores para a aproima+o B categoria trabalho. Pela
presso do desemprego, o trabalho, $os seus mais di"ersos
D$gulos, tor$aEse ob*eto de teori/a+o por parte de importa$tes
pe$sadores de disti$tas reas das ciC$cias huma$oEsociais. !
i$terroga+o sobre o desti$o do trabalho e o lugar dos
trabalhadores $a ce$a pol
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) Ser"i+o Social $o passa ao largo desta releo. !l?m
do mais, a proimidade desta proisso com os usurios dos
ser"i+os sociais a a/ receptora dos releos >ue o desemprego
ocasio$a $a "ida dos desempregados e suas amuestes tratadas pelo Ser"i+o Social. Tor$aEse, i$clusi"e, uma categoria $orteadora $a orma+o proissio$al
com a $o"a proposta curricular para os cursos de Ser"i+o Social
elaborada pela !5'SS-&''PSS2. ) debate $o pla$o
curricular tra/ sub*ace$te, ai$da >ue $o clarame$te eplicitada,
a suposi+o de >ue a co$cep+o do Ser"i+o Social como
processo de trabalho respo$deria a uma a$tiga aspira+o do
co$*u$to dos assiste$tes sociais, uma maior segura$+a >ua$to B
sua co$cep+o e $os procedime$tos em termos de ob*eto, meios
e i$s proissio$ais.
Tal"e/ $e$huma outra proisso te$ha se i$dagado ta$to
sobre o seu ser, sua u$+o $a sociedade e o modo de
operacio$ali/ar sua atua+o. 'm outras proisses a u$+o
social parece estar delimitada a partir do >ue as pessoas a/em,
mas $o Ser"i+o Social, a categoria proissio$al, atra"?s dos seus
Revoluo Informacional@%77A e !$tu$es. L.Adeus ao Trabalho? @%77Aso eemplos de disti$tas abordage$s amplame$te discutidas B ?poca, >uederam um tratame$to i$icial ao tema e suscitaram desdobrame$tos $a suaapree$so.2iretri/es Gerais para o &urso de Ser"i+o Social @&om base $o curr
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age$tes i$telectuais, tem te$tado ultrapassar essa parede do
imediato $a busca de realme$te compree$dCEla e de dei$ir um
modo especue isso te$ha sido largame$te debatido,
>uestio$ado, $egado, "e/ por outra retor$a se*a pela "ia de
>uestes de m?todo, se*a pela "ia dos procedime$tos t?c$icos.
'm teto memor"el os? Paulo Metto @%7(6A iro$i/a,com sua peculiar lucide/, sobre o problema de >ue esse tema da
metodologia prpria, >ue i$clui um ob*eto particular e
aut0$omo, ? como Ne$trar $uma sala escura, pi$tada de preto,
com culos escuros, sem $e$huma saue o debate a esse respeito parecia ter
se esgotado $a d?cada de %7(8. Parecia reco$hecida a
impossibilidade de tal empree$dime$to em co$ormidade com a
te$dC$cia maria$a e pelo carter de uma proisso >ue,
aba$do$a$do as i$terpreta+es e$doge$istas $a busca de um
modelo particular e aut0$omo, reco$heceu suas i$alidades como
postas pelo co$*u$to da totalidade social $a >ual se i$sere e tem
seu campo de atua+es. ! proimidade da atua+o proissio$al
com procedime$tos "i$culados ao campo das pol
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delimita+o de ro$teiras e$tre as ciC$cias sociais dei$ia
teori/a+es a campos peculiares de co$hecime$to. =as parece
>ue cada co$*u$tura acaba por re>uisitar $o"as respostas, e
tamb?m a impor $o"as i$terroga+es, ta$to >ue o tema trabalho
eerce ho*e orte peso $a co$cep+o de Ser"i+o Social e $o seu
pro*eto de orma+o proissio$al $o se$tido de >ue e$>ua$to
trabalho possuiria ob*eto, i$strume$tos e produto, te$do comoob*eto a >uesto social e$te$dida como mat?riaEprima do
processo de trabalho proissio$al.
esde a>uele primeiro mome$to da i$ser+o do tema
Trabalho e Ser"i+o Social ocorreram a"a$+os e este alca$+ou
uma delimita+o mais clara pela disti$+o e$tre trabalho e
trabalho abstrato. ) debate ga$hou co$tor$os com reerC$cia Bs
categorias de trabalho coleti"o, trabalho abstrato e de suas
subcategorias trabalho produti"o e improduti"o, co$stitui$do o
cer$e da problemtica ce$tral $a releo sobre a $ature/a e a
u$+o eercida pelo Ser"i+o Social $a sociedade capitalista.
&ertame$te eistem co$"ergC$cias e di"ergC$cias $a apree$so
do problema dessa rela+oH seria um preco$ceito metaue diere$tes i$di"
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maria$os da sociabilidade e da sociedade capitalista em
particular * prese$tes $a crue "e$de sua or+a detrabalho ao capital. Por?m, mesmo $o Dmbito dessa categoria
$o alca$+a carter resoluti"o, por>ue se co$ro$ta com dilemas
de co$hecime$to >ue ultrapassam os limites do Ser"i+o Social
mesmo. 'stes di/em respeito B apree$so do ser em sua essC$cia
e do capitalismo em sua particular epresso e dese$"ol"ime$to,
e esto prese$tes $o mu$do e $o pe$same$to da atualidade.
PuseramEse problemas como: ! co$di+o de assalariado
assegura a ide$tidade e$tre proisso e trabalho ) trabalho
abstrato ? idC$tico ao trabalho $o preciso se$tido o$tolgico de
base da produ+o da ri>ue/a material ) trabalho
abstrato-i$diere$ciado pode ser a$alisado atribui$doElhe ob*eto,
meios e i$s &om as tra$sorma+es eco$0micoEsociais
co$temporD$eas e a abra$gC$cia do setor de ser"i+os $a
ocupa+o da or+a de trabalho desaparece toda diere$+a de
classe e, porta$to, todo trabalhador assalariado ? igualme$te
produtor da ri>ue/a material ) trabalho ? uma categoria
u$i"ersal idC$tica B totalidade social
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) retor$o a =ar a$te esses gra$des problemas oi
i$e"it"elH suas descobertas a respeito das determi$a+es
esse$ciais do modo de produ+o capitalista e das rela+es sociais
$ele co$stituua$to
trabalho i$diere$ciado, por>ue dele abstraemEse Nas diere$+as
de suas ormas FteisO @=ar, %7(3, p.2A, tem sido ob*eto de
a$lise e de co$ro$tos tericos. '$co$tramEse imbricadas em
um u$i"erso categorial de gra$de compleidade, $o >ual tem
desta>ue a maisE"alia, >uem a produ/ diretame$te, >uem dela
participa.
este modo, o sig$iicado da aproima+o e$tre Trabalho
e Ser"i+o Social ? muito mais amplo do >ue parecia i$icialme$te
e tamb?m muito mais importa$te e decisi"o para sua apree$so.
I$depe$de$teme$te da utilidade >ue poderia tra/er $o aspecto
co$ceitual ou mesmo t?c$icoEoperati"o, em tor$o do
esclarecime$to sobre a co$cep+o de proisso e de sua
i$strume$talidade, essa aproima+o $o se$tido o$tolgico
preciso das categorias maria$as tra/ para o debate proissio$al
um sig$iicado >ue ultrapassa essas $ecessidades sub*ace$tes.
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Sua importD$cia di/ respeito B co$tribui+o >ue a releo
sobre o tema pode dar ao campo das teorias sociais, des"ela$do
>uestes reere$tes ao ser social e$>ua$to totalidade $a >ual o
Ser"i+o Social emerge como mome$to do prprio
dese$"ol"ime$to histrico co$creto. Por isso, trataEse de um
mome$to do processo de i$"estiga+o dos ob*etos sociais to
sig$iicati"o >ua$to os de$omi$ados ob*etos da prticaproissio$al, das polue a i$"estiga+o co$siste$te e o debate
maduro $o co$ro$to de ideias $o amea+am a te$dC$cia de
I$te$+o de Luptura deri"ada da Leco$ceituali/a+o e, me$os
ai$da, o pro*eto proissio$al co$struue
ta$to troueram para o posicio$ame$to cruestes para al?m do prprio
Ser"i+o Social, com a te$dC$cia ao co$ser"adorismo >ue a crise
atual tem estimulado. !o co$trrio, o debate de ideias segue uma
tradi+o i$augurada por =ar de i$corporar co$hecime$tos
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produ/idos, elaborar a cruira um sig$iicado importa$te se a
prope$so do Ser"i+o Social tem sido a de i$serirEse $a seara do
co$hecime$to huma$o das rela+es sociais, por>ue a< se re"ela
um mome$to da ob*eti"idade social e, $este se$tido, a
i$"estiga+o e o debate e$tre disti$tas perspecti"as ?u$dame$tal.
Mo >ue co$cer$e ao tema da rela+o e$tre trabalho e
Ser"i+o Social, tratada a>ui, *amais ti"emos a prete$so de
abra$ger todo o co$*u$to problemtico >ue a co$igura, $em a
autora se co$sidera suicie$teme$te preparada para tal
reali/a+o. 'm $e$hum mome$to remetemos diretame$te B
categoria do trabalho abstrato e suas subcategorias de trabalho
produti"o e improduti"o. !s relees aprese$tadas $este li"ro se
i$serem $o debate e$>ua$to abordagem o$tolgica esse$cial ao
eame da u$+o >ue o Ser"i+o Social eerce $a sociedade,
como um mome$to da realidade ob*eti"a em seu
dese$"ol"ime$to reproduti"o. Meste se$tido, co$sideramos as
relees a>ui co$tidas ple$ame$te "lidas atualme$te, $o
re>uere$do reparos esse$ciais. =oti"o pelo >ual propomoE$os
submetCElas B aprecia+o de um pFblico mais amplo.
! perspecti"a >ue co$du/ a releo ? de >ue a
caracteri/a+o de Ser"i+o Social como proisso assalariada, se ?
base para articulEla ao trabalho abstrato, ? i$suicie$te para
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dei$iElo como processo de trabalho e, e$>ua$to tal, portador de
ob*eto, meios e produto prprios. Se o Ser"i+o Social dispe de
tais eleme$tos $o ? por sua ide$tidade ao trabalho. !l?m do
mais, co$ceituar Ser"i+o Social impe, a $osso "er, e$te$der o
ser social, o >ue ele ?, o seu se$tido o$tolgico preciso, e $este
Fltimo se$tido seguem as $ossas relees.
Para isso temos claro >ue do po$to de "ista dosu$dame$tos o$tolgicos da sociabilidade huma$a h aspectos
re"eladores sobre o homem, tratados pelo ilsoo hF$garo
Georg JuKcs, em sua obra da maturidade Per l !ntolo"ia
dell#ssere Sociale3$ >ue podem co$tribuir $o s $o
esclarecime$to de categorias maria$as e $a apree$so do
compleo categorial do ser social $o seu co$*u$to, mas tamb?m
$a delimita+o do lugar e da u$+o do Ser"i+o Social $o
co$teto da sociabilidade huma$a.
! escolha dos u$dame$tos para o $osso debate recaiu
sobre este pe$sador *ustame$te por>ue o pe$same$to do JuKcs
da maturidade, segui$do a esteira de um decisi"o po$to
metodolgico do marismo, aprese$ta uma i$stiga$te eposi+o
da gC$ese e do lugar o$tolgico do trabalho $o mu$do dos
home$s, dos seus $eos i$ter$os e de sua articula+o com a
totalidade social. !l?m disso, as dime$ses ce$trais >ue se
desdobram a partir do compleo do trabalho apree$didas por
3JuKcs, G.%ur !ntolo"ie des "esellschaftilichen Sein&Jutcherla$d Qerlag,%7(6. tili/amos a tradu+o italia$a desta mesma obra, i$titulada Perl!ntolo"ia dell#ssere Sociale, Loma, Liu$iti, %7(%.
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este pe$sador se mostram solu+es muito atuais em rela+o ao
pe$same$to marista co$temporD$eo. 'm sua !ntolo"ia reali/a
um tertium datur ta$to em termos do marismo "ulgar >ue
compree$de os e$0me$os sociais como puras deri"a+es
mecD$icas das legalidades eco$0micas, >ua$to Bs proposi+es
idealistas >ue situam estes mesmos e$0me$os eclusi"ame$te $a
esera da sub*eti"idade. !mbos so compleos articulados ei$dissoci"eis da totalidade social.
JuKcs des"ela as articula+es e a co$ti$uidade da "ida dos
home$s em sociedade u$dame$tado $uma co$cep+o histrica
do ser em geral e$>ua$to compleo de compleos e $uma
co$cep+o de ser social e$>ua$to resultado eclusi"o das a+es
huma$as. 'mbora $o ti"esse prete$so de produ/ir uma
o$tologia do ser em geral, sua i$"estiga+o do mu$do dos
home$s se amplia para uma "iso o$tolgica al?m do ser social,
por compree$der >ue o co$ro$to e$tre a "ida social e as
estruturas eiste$tes $a $ature/a a*uda a eplicar a orga$i/a+o
da sociedade huma$a, sem >ue isso sig$ii>ue uma simples
co$ti$uidade $atural do mu$do da $ature/a para o ser social, e
tampouco >ue a sociedade huma$a se epli>ue por pri$c
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base de eistC$cia $o ser orgD$ico, e este, por sua "e/, precisa do
ser mi$eral para eistir. !o mesmo tempo, essas eseras ormam
compleos relati"ame$te aut0$omos e esse$cialme$te disti$tos
em suas legalidades i$ter$as, co$igura$do um compleo de
compleos de carter u$itrio: ta$to o ser em geral como o ser
social so compleos de compleos i$ter$ame$te heterogC$eos
mas, por Fltimo, u$itrios. Meste se$tido, todo ser ? umcompleo >ue eiste como parte de um todo compleo. !l?m
disso, o ser ? portador de uma co$ti$uidade histrica >ue se
eplicita $o i$cessa$te mo"ime$to de determi$a+o relei"a dos
compleos parciais e$tre si e destes com a totalidade.
) >ue disti$gue o ser social das eseras $aturais ? >ue a
ob*eti"idade do ser social ? u$dada por atos teleolgicos
huma$os, uma categoria eiste$te some$te $o ser social. '$tre a
$ature/a e o ser social se i$terpe um salto o$tolgico 4H o mu$do
dos home$s passa a co$stituirEse $uma $o"a esera de ser $a
medida em >ue ? u$dado a partir dos atos co$scie$tes dos
home$s >ue se apoiam $ecessariame$te sobre decises e$tre
alter$ati"as. Por outro lado, a base de eistC$cia do ser social
perma$ece sempre o ser $atural.
4 Sobre salto o$tolgico JuKcs compree$de: Ntodo salto implica uma
muda$+a >ualitati"a e estrutural do ser, $a >ual a ase i$icial co$t?mcertame$te em si determi$adas premissas e possibilidades das asessucessi"as e superiores, mas estas $o podem se dese$"ol"er da>uelas a
partir de uma simples e retil
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! esera social some$te pode se diere$ciar da $ature/a
$um processo em >ue surge e se dese$"ol"e uma complea
articula+o $a >ual o mu$do dos home$s submete
co$sta$teme$te a $ature/a a tra$sorma+es orie$tadas por um
ato teleolgico. &o$orme JuKcs, No mais alto grau do ser >ue
co$hecemos, o social, se co$stitui como grau espec
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e$tre compleos >ue se i$terpe$etram $o i$terior da totalidade
social.
Messa perspecti"a do ser social como compleo histrico,
>ue tem por u$dame$to as posi+es teleolgicas dos home$s,
co$du/imos $osso debate sobre a co$cep+o do Ser"i+o Social
como processo de trabalho. Ti"emos sempre prese$te >ue a
histria $o ? teleolgica, ou se*a, ? sual>uer teleologia >ue a
preceda al?m dos atos huma$os. !l?m disso, a co$ti$uidade
histrica $o sig$iica um simples mo"ime$to li$ear, acha$doEse
su*eita a rupturas e retrocessos, de modo >ue $o processo
e"oluti"o $o h gara$tia de a"a$+osH os home$s produ/em a
histria a/e$do escolhas em circu$stD$cias determi$adas, com
possibilidades, i$clusi"e, de i$"olu+es. =as $o co$t
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e$tre teleologia e causalidade >ue origi$a um $o"o ser disti$to da
$aturalidade simples. &o$tudo, e$tre trabalho e totalidade social
predomi$am os mome$tos sociais, e a sociabilidade, desde as
primeiras ormas, co$stituiEse $um compleo de compleos >ue
etrapola os simples atos do trabalho. u$to a ele tCm lugar
posi+es secu$drias >ue co$iguram as bases das rela+es e$tre
os home$s. eri"a do carter u$itrio do ser social e$>ua$tocompleo de compleos >ue o trabalho e outros e$0me$os
sociais some$te eistam em rela+o um ao outro, $uma ualitati"ame$te disti$tos.
)rie$tamos $ossa releo pela an(lise imanente de te)to$
co$ce$tra$do esor+os $a dire+o de apree$der o carter
esse$cial das posi+es teleolgicas primrias e secu$drias,
pri"ilegia$do dois mome$tos da !ntolo"iade JuKcs: o trabalho
e a ideologia. 5uscamos, assim, tor$ar preciso ta$to o trabalho
e$>ua$to posi+o >ue se desti$a B troca orgD$ica com a
$ature/a, >ua$to as outras posi+es >ue se desdobram a partir
deste importa$te compleo do ser social, te$do por i$alidade
agir sobre a co$sciC$cia de outros home$s, cu*o ob*eto, porta$to,
? o homem e suas rela+es reais. !$alisamos >ue tipo de posi+o
teleolgica aprese$ta maior proimidade com o Ser"i+o Social,
discuti$do sua aproima+o e seus limites com o processo de
trabalho e po$dera$do sobre a possibilidade de seu carter
o$tolgico como ideologia.
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Mossa epectati"a ? co$tribuir para o debate sobre o
Ser"i+o Social $a perspecti"a de e$te$dCElo e$>ua$to um
compleo da sociabilidade huma$a com u$+o $a reprodu+o da
sociedade. Leco$hecemos o $
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Captulo I:
SOBRE O TRABALHO
Trabalho: Protoforma da Atividade Humana
2%
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!s teses e pri$cue $os apoiamos para esta releo
sobre o Ser"i+o Social esto co$tidas $o teto de sua !ntolo"ia$
co$igura$do um amplo u$i"erso categorial em >ue debate com
outros importa$tes pe$sadores e epe sua apree$so do Ser
Social. Mo h de $ossa parte a prete$so de tratar da obra em
sua totalidade, o >ue le"aria um tempo muito maior,co$sidera$do sua dime$so e o co$*u$to de ormula+es $ela
co$tidas. Para esta eposi+o iremos tomar basicame$te como
reerC$cia dois capue as diere$+as e$tre ambas
se*am a$uladasO @28%8, p. 277A. ! coopera+o orgD$ica e$tre
ciC$cia e ilosoia tem como sig$iicado metodolgico >ue
todo o co$hecime$to cie$t
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isolados de >ual>uer ser le"am a distor+es $o co$hecime$to
eeti"o do real em sua "erdadeira co$stitui+o, de modo >ue:
NSem um domue $o seu co$*u$to e $os seus detalhes so
sempre totalidades, de modo >ue $o se$tido mais geral, ou $o
se$tido mais si$gular, cada compleo ? ormado por um co$*u$to
de rela+es >ue se i$terdetermi$am e se articulam em uma
totalidade basicame$te composta em se$tido mais geral pelo
dese$"ol"ime$to dos polos o$tolgicos da sociabilidade e da
i$di"idua+o, um polo compree$de o dese$"ol"ime$to das or+as
produti"as, o outro o das i$di"idualidades sociais. ) carter
dessa totalidade ? o$tolgico, tem uma eistC$cia eeti"a como
produto da a+o dos home$s, "isto >ue, para o autor, No homem
? um ser >ue respo$deO@%71(, p.A tra$sorma$do suas carC$cias
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em resposta Bs $ecessidades criadas cotidia$ame$te media$te o
processo de reprodu+o.
! sociedade, especialme$te a mais e"olu
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>ue marcam o dese$"ol"ime$to de um ser social ai$da mudo em
dire+o B supera+o de sua mude/. =ome$tos decisi"os desse
processo desde o comu$ismo primiti"o aprese$tam caracteres
peculiares e F$icos sempre com base em determi$a+es ob*eti"as,
metamorosea$doEse $a histria em modos de produ+o cada "e/
mais compleos e co$traditrios em dire+o B huma$i/a+o do
homem.) surgime$to das sociedades de classe desde o escra"ismo
? marcado pela eplora+o do homem pelo homem, porta$to,
pela alie$a+o @#nfremdun"* >ue impede o crescime$to dos
i$di"
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eistC$ciaO @%7(%, p.38%A, sig$iica$do >ue o trabalho ? um
processo histrico real e ob*eti"ame$te eiste$te, composto de
i$Fmeros atos i$di"iduais $os >uais operam uma co$sciC$cia >ue
se apodera da realidade ob*eti"a e a tra$sorma media$te uma
i$cessa$te produ+o de $o"as realidades. &om o trabalho, surge
um gC$ero huma$o, dotado de uma co$sciC$cia peculiar e capa/
de i$teragir com a $ature/a produ/i$do algo $o eiste$te a$tes,tem i$ua$to
processo histricoEsocial. !o tratar do trabalho em seus $eos
i$ter$os JuKcs deia claro >ue est reali/a$do uma Nabstra+o
$ecessriaO, $o se$tido dei$ido por =ar, mas o trabalho
eeti"ame$te s eiste e$>ua$to mome$to real do processo de
reprodu+o articulado ao co$teto da totalidade social.
Sob $e$huma hiptese, co$"?m repetir, JuKcs restri$ge as
determi$a+es do ser social ao trabalho. ) trabalho ? mome$to
disti$to e i$separ"el da totalidade social $o mu$do dos home$s
do >ual a/em parte desde as ormas mais primordiais de
orga$i/a+o huma$aH tamb?m de modo decisi"o para a
reprodu+o do ser social, importa$tes categorias, como: a ala, a
di"iso do trabalho, a coopera+o, a ideologia. e modo >ue o
trabalho eiste, de ato, $o i$terior de uma sociabilidade, em uma
rela+o recue o trabalho u$da a
sociabilidade, mas a totalidade social $o pode ser redu/ida ao
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trabalho co$du/imos $ossa releo $o se$tido de des"elar
aspectos o$tolgicos u$dame$tais para a aproima+o ao
Ser"i+o Social como um compleo da totalidade social. Ma
eposi+o i$iciaremos pela categoria trabalho para, em seguida,
tratar da ideologia, busca$do tor$ar precisos os mome$tos
ce$trais desses compleos, suas determi$a+es e u$+es
esse$ciais. ! te$tati"a ? de aproima+o o mais ielme$tepossue opera a s
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pe$sado desde os gregos at? #egel com basta$te proimidade ao
real, mas coube a =ar sua apree$so $o preciso se$tido
o$tolgico materialista $o >ual JuKcs se apoia para di"isar os
mome$tos esse$ciais. ! teleologia a/ do trabalho uma
peculiaridade eclusi"a do mu$do dos home$s, co$orme =ar
* ha"ia a$u$ciado:
Pressupomos o trabalho $uma orma em >ue perte$ceeclusi"ame$te ao homem. ! ara$ha reali/a opera+es >uese parecem com as do tecelo, a abelha a/ corar de"ergo$ha muitos ar>uitetos ao co$struir os seus a"os decera. =as o >ue disti$gue, de a$temo, o pior ar>uiteto damelhor abelha ? >ue ele co$struiu o a"o $a sua cabe+aa$tes de co$stru
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ob*eto e, ao mesmo tempo, reorde$a o ob*eto sob $o"as ormas e
rela+es, co$orme ob*eti"o pre"iame$te dei$ido. 'ste ato de
co$sciC$cia * $o co$stitui um epie$0me$o, como $o mu$do
a$imal, pois ultrapassa as determi$a+es purame$te biolgicas,
impulsio$a$do para o dese$"ol"ime$to de rela+es sociais
u$dadas $o trabalho.
!ssim como =ar, JuKcs co$cebe o trabalho como umacategoria eclusi"a do ser social, e a teleologia como um
mome$to limitado ao trabalho, pode$doEse legitimame$te
reco$hecCEla de modo mais amplo $a pris huma$a. ) autor
demarca sua co$traposi+o B ideia de >ue a teleologia possa ser
ele"ada ao status de categoria cosmolgica u$i"ersal, >ue
perpassou todo o pe$same$to ilosico, e cu*a co$se>WC$cia oi
uma a$ti$omia co$corre$cial e$tre teleologia e causalidade,
resulta$do $uma co$cep+o de teleologia como motor da
histria. ele emergem ideias de uma histria teleolgica
co$du/ida pela ra/o ou por um ser tra$sce$de$te, $o se$tido de
>ue o homem sofre a histria em "e/ de produ/iEla de ato.
'$co$traEse a< a o$te de uma teleologia u$i"ersal, de >ue a
histria seria teleolgica, co$du/ida idealme$te.
Para o ilsoo hF$garo, por?m, No trabalho $o ? uma das
muitas ormas e$omC$icas da teleologia em geral, mas o F$ico
lugar o$de se pode demo$strar o$tologicame$te a prese$+a de
um "erdadeiro p0r teleolgico como mome$to eeti"o da
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realidade materialO @JuKcs, %7(%, p.23A6. 'ssa percep+o
a"a$+ada da teleologia decorre da possibilidade de sua eeti"a
demo$stra+o como mome$to de um ato eiste$te $o real, $o
>ual a teleologia compe ob*eti"ame$te um processo de
tra$sorma+o material e, $este processo, o homem deia sua
marca, >ue pode ser reco$hecida em >ual>uer tempo.
) trabalho $o poderia se reali/ar se os ob*etos a seremprodu/idos $o ossem elaborados idealme$te, ou se*a, se o
pe$same$to $o ormulasse um pro*eto para guiar as ati"idades
prticas apropriadas B sua produ+o. ! teleologia co$stitui,
assim, a categoria ce$tral $o trabalho, a>uele mome$to si$gular e
abstrato em >ue a co$sciC$cia pro*eta idealme$te a co$stru+o de
um $o"o ser e de"e co$creti/Elo $uma i$tera+o com a
causalidade. &omo pr?"ia idea+o co$t?m, pote$cialme$te, os
sucessi"os atos >ue tra$sormam o ob*eto em $o"a realidade.
Para JuKcs, a teleologia, por sua prpria $ature/a, ? uma
categoria posta: Ntodo processo teleolgico implica uma
i$alidade e, porta$to, uma co$sciC$cia >ue estabelece um imO
@28A. !o ter i$uerido pelo procedime$to dea$lise, a partir de agora i$dicaremos as cita+es de JuKcs reere$tes a Perlontolo"ia dellessere sociale some$te pelo $Fmero da pgi$a, e$tre
parC$teses.
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eistem $o i$terior do ser social, compo$do o co$*u$to da
ob*eti"idade social.
!ssim, a teleologia, $a co$di+o de mome$to co$scie$te
do ser social, ? Nmome$to real da realidade materialO@23A,
dei$ida por JuKcs como Numa categoria o$tolgica
ob*eti"aO@23A, $o preciso se$tido de >ue a co$sciC$cia, com o ato
de p0r, d i$ue repousa
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sobre si mesmo e >ue ma$t?m este carter mesmo >ua$do uma
s?rie causal te$ha o seu po$to de partida $um ato de
co$sciC$ciaO@28A. Suas >ualidades residem em pri$cual>uer teleologia, some$te um ato huma$o pode p0r em
mo"ime$to as >ualidades $aturais de uma causalidade.
'sta >uesto ? percept
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Por outro lado, atra"?s de uma a+o dirigida pelo
pe$same$to, uma pedra pode tor$arEse um ob*eto >ue di"erge da
simples $aturalidade. ma aca de pedra produ/ida $o
Paleoluiri$do $o"as ormas e rela+es >ue a
tor$am causalidade posta @realidade socialA, sem, co$tudo,
co$"erterEse em teleologia: Nsem "er ati$gida a sua
essC$ciaO@24A. Isto por>ue, em termos o$tolgicos $aturais, os
u$dame$tos da causalidade $o sorem modiica+o, icam
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ma$tidos como Npri$cue, para JuKcs,
e$tre teleologia e causalidade $o eiste uma ide$tidadeH su*eito
e ob*eto so categorias esse$cialme$te heterogC$eas.
) trabalho, $este se$tido, sig$iica uma sual
temEse Numa eistC$cia co$creta, real e $ecessria, e$tre
causalidade e teleologiaO, e$te$dido como um Nprocesso real
u$itrio, cu*a mobilidade ? u$dada $a i$tera+o destes
opostosO@24A. ) processo de trabalho some$te se reali/a
media$te a articula+o e$tre sub*eti"idade e ob*eti"idade,
e$>ua$to categorias disti$tas e eeti"ame$te eiste$tes. Messe
processo a teleologia tem o papel determi$a$te de i$teragir com
a causalidade, tor$a$doEa causalidade posta. Sem essa a+o do
su*eito sobre a ob*eti"idade $o eiste processo de trabalho. )
mome$to do trabalho $o >ual se reali/a a co$"erso de
causalidade em causalidade posta ? a ob*eti"a+o.
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2* O =!ocesso O(>eti/a#$o?E@te!io!i8a#$o ,
&om o trabalho o homem opera $o mu$do $atural
modiica+es de carter o$tolgico, reali/a$do a co$"erso de
um ob*eto $atural em ob*eto social. ! prese$+a da teleologia ?
decisi"a para >ue isso aco$te+a. Mo i$terior do processo de
trabalho a teleologia i$terage com a causalidade e se ob*eti"a $oob*eto, da$doElhe $o"a ei+o. &om isso la$+a $o mu$do $atural
algo i$teirame$te $o"o, uma causalidade posta, uma realidade
tor$ada co$creta pelo processo de ob*eti"a+o, $o >ual uma
posi+o teleolgica, em resposta a um desaio da realidade
eiste$te, ga$ha materialidade $um ob*eto material real. !
ob*eti"a+o ? precisame$te o mome$to do trabalho em >ue a
teleologia se tra$smuta em causalidade posta.
&omo "imos a$teriorme$te, as muda$+as $a causalidade
aco$tecem sem >ue ha*a >ual>uer modiica+o $as suas
>ualidades $aturais, Nsem passar por $e$huma tra$sorma+o
i$ter$a, dos ob*etos, das or+as da $ature/a surge algo totalme$te
$o"oO, mas isto pode ocorrer some$te N$o i$terior da
i$suprimilidade o$tolgica das leis da $ature/aO@21A, o >ue
ma$t?m a i$tegridade ob*eti"a da causalidade.
1'teriori/a+o, em alemo #ntusserun"$ mome$to do trabalho $o >ual osu*eito se eteriori/a a$te o ob*eto criado, ? diere$te de #nfremdun"$ .uecorrespo$de B !lie$a+o. #nfremdun" ? tradu/ido Bs "e/es como'stra$hame$to. Ma "erso italia$a de Perlontolo"ia$ #ntusserun" oitradu/ido comoAliena/ione e #nfremdun" como #strana/ione$ o >ue le"ouao e>u
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! causalidade se tor$a posta $o se$tido de >ue ? um ob*eto
criado a partir de um impulso do su*eito para respo$der a
$ecessidades ob*eti"as, porta$to, tem sua gC$ese $uma
co$sciC$cia >ue estabelece uma i$alidade. Por sua "e/, o
pe$same$to se co$"erte em causalidade posta $o preciso se$tido
de >ue o ob*eto criado ? a epresso material do pro*eto pe$sado
idealme$te e com isso i$corporou ao seu em si os co$tor$osdecisi"os desse pro*eto, ga$ha$do uma >ualidade di"ersa da
$aturalidade simples. i/ JuKcs >ue, Npor um lado, a posi+o
teleolgica simplesme$te utili/a a ati"idade prpria da
$ature/aO, gra+as ao >ue o ob*eto ma$t?m seus atributos
$aturaisH Npor outro lado, a tra$sorma+o de tal ati"idade a/
desta o co$trrio de si prpriaO@26E1A.
) ob*eto criado * $o ? mais eclusi"ame$te $ature/aH ao
mesmo tempo, sem deiar de ser $ature/a, se co$"erteu $o seu
oposto. ! causalidade soreu uma muda$+a >ualitati"a,
reali/a$do um salto para um $o"o grau do ser, o >ue, para
JuKcs, sig$iica um salto o$tolgico. e ma$eira >ue a
co$"erso da causalidade em causalidade posta se reere a uma
muda$+a de grau de um ob*eto do mu$do $atural para o mu$do
dos home$s. NMature/a e trabalho, meio e im, alca$+am alguma
coisa >ue ? em si homogC$ea: o processo de trabalho e, ao i$al,
o produtoO@21A. ) produto do processo u$itrio de trabalho ?
causalidade posta.
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!ssim se$do, para JuKcs, o ser social ? esse$cialme$te
causalidade posta, $a medida em >ue, te$do sua gC$ese $o
trabalho e, de$tro dele, $o processo de ob*eti"a+o, ad>uire os
co$tor$os >ue a sub*eti"idade lhe imprime. ! ob*eti"a+o opera
uma modiica+o do mu$do dos ob*etos $o se$tido de tor$Elos
sociais. Mo i$terior do processo de trabalho a ob*eti"a+o reali/a
a sue se eeti"a ma$te$do sempre
teleologia e causalidade como categorias o$tologicame$te
disti$tas. Meste se$tido o ser social, de modo $ecessrio, ?
i$ter$ame$te co$traditrio.
! causalidade e$>ua$to categoria da $ature/a tem
eistC$cia prpria particular e aut0$oma, sua eistC$cia
i$depe$de de atos teleolgicos. ) co$trrio, por?m, $o ?
"erdadeiro. ! teleologia, co$orme "imos $o item a$terior, ?
uma categoria posta cu*a eistC$cia est delimitada pelo
compleo social do trabalhoH some$te $o i$terior do trabalho tem
lugar a coeistC$cia co$creta e$tre teleologia e causalidade.
Porta$to, a teleologia ? uma categoria cro$ologicame$te
posterior B causalidade, >ue opera em co$eo com o
dese$"ol"ime$to material do mu$do huma$o. '$treta$to, a
teleologia eerce uma a+o de retor$o sobre a causalidade. !o se
apropriar das >ualidades i$tr
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prpria $ature/a e u$da uma $o"a esera o$tolgica, o ser
social.
! causalidade posta, resulta$te do processo de ob*eti"a+o,
? um e$te ob*eti"o to real >ua$to a causalidade dada e,
porta$to, sua histria tra$scorre de modo alheio aos atos
teleolgicos do seu criador. )s ob*etos criados pelo homem
@se*am eles si$gularidades ou a totalidade das rela+es sociaisAcaracteri/amEse, e$>ua$to causalidade >ue so por si, como
Npri$cue o ser, o mo"ime$to etc. da$ature/a so completame$te i$diere$tes para com as$ossas decisesH ? ape$as o seu co$hecime$to correto >ue
permite domi$Elos praticame$te. )ra, o aco$tecer socialtem, certame$te tamb?m ele, uma legalidade ima$e$te$atural e $este se$tido se mo"e i$depe$de$teme$te de$ossas alter$ati"as, do mesmo modo como o a/ a $ature/a@%2E6A.
esse modo a ob*eti"idade social ma$t?m o carter causalH
seu dese$"ol"ime$to $ada tem de teleolgico, ? determi$ado porsua legalidade ima$e$te e$>ua$to causalidade posta e pelas
rela+es >ue se estabelecem $o co$*u$to da totalidade social. !
ob*eti"a+o $o processo de trabalho se epressa $uma i$cessa$te
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produ+o de $o"as realidades, >ue ga$ham auto$omia $o
c0mputo geral do ser social em mo"ime$to. )$tologicame$te
ala$do, a ob*eti"idade do ser social resulta$te do trabalho e, $o
seu i$terior, do processo de ob*eti"a+o ? to real >ua$to a
ob*eti"idade da $ature/a. !s diere$+as >ue se a/em prese$tes
e$tre a ob*eti"idade $atural e a ob*eti"idade social di/em respeito
Bs peculiaridades $a legalidade ima$e$te a cada esera do ser emparticular.
! ob*eti"a+o ? uma rela+o esse$cial >ue se re"ela em
todas as epresses huma$as, $a medida em >ue o homem
i$terage com a $ature/a e com a sociedade. 'ssa i$tera+o se
co$creti/a em Ncada ato de ob*eti"a+o do ob*eto da prisO,
simulta$eame$te a Num ato de eteriori/a+o do seu
su*eitoO@371A. )s processos de ob*eti"a+o epressam ati"idades
de su*eitos sociais >ue $o some$te agem sobre o mu$do
ob*eti"o, mas tra$sormam, tamb?m, a si mesmos e ao co$*u$to
da sociedade por eles criada, e so, ao mesmo tempo,
tra$sormados por ela. i/ JuKcs:
Qisto >ue todas as epresses do homem, a come+ar pelasu$dame$tais como o trabalho e a li$guagem, at? asob*eti"a+es do mais alto "alor, so sempre$ecessariame$te posi+es teleolgicas, a rela+o su*eitoEob*eto, e$>ua$to rela+o tual se tem uma a+o i$o"adora,tra$sormadora, perma$e$te do su*eito sobre o ob*eto e doob*eto sobre o su*eito, $a >ual $em uma $em outracompo$e$te pode ser co$cebida isoladame$te, separada doseu oposto, isto ?, de modo aut0$omo @482A.
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Mo co$tue Ne$tre cada eemplar e o
gC$ero se "eriica uma i$tera+o perma$e$te >ue
perma$e$teme$te se tradu/ em co$sciC$cia i$teriorO@412A.
) dese$"ol"ime$to dessas categorias se reali/a de modo
desigual $o curso de um lo$go e co$t
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co$stru+o do i$di"ue,
em JuKcs, carrega todas as co$se>uC$cias o$tolgicas de >ue a
perso$alidade, com toda a sua problemtica, ? uma categoria
social. &omo real+a Tertulia$:
! perso$alidade $o ? um epie$0me$o do ambie$te, umsimples produto do determi$ismo @tese de Tai$eA, $emuma or+a autr>uica >ue surgiria e se airmaria para al?mda totalidade socialX...Y. Segu$do JuKcs, a sociedade ?
co$substa$cial aos i$di"ue agem sempre de$tro deum co$*u$to de co$di+es co$cretas, ob*eti"a$doEse eeteriori/a$doEse ao mesmo tempo @a,ud )ldri$i, %77,
p.%%(A.
) ilsoo hF$garo compree$de a eteriori/a+o
@#ntusserun"A como a a+o de retor$o >ue todo ser resulta$te
da ob*eti"a+o eerce sobre o su*eito >ue o criou. Por meio da
eteriori/a+o os home$s reco$hecemEse disti$tos dos ob*etos
por eles criados. ) ato de ob*eti"a+o, ao dar origem a um $o"o
ser, permite a eteriori/a+o da co$sciC$cia a$te B realidade
eter$a a si mesma. Meste mo"ime$to em >ue os i$di"ue o
produ/iram. Se$tido pelo >ual a eteriori/a+o ? media+o
u$dame$tal B co$stitui+o dos i$di"ue, por sua
"e/, eercem papel determi$a$te $o dese$"ol"ime$to da
sociabilidade e "iceE"ersa.&ompre$deEse, e$to, a airma+o de )ldri$i: N!>uilo >ue
JuKcs i$dica como pessoa ? o resultado de uma dial?tica
social >ue ati$ge as bases reais da "ida do i$di"
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relacio$a com a estrutura eco$0mica, as co$di+es, as rela+es
de classe, etc., em resumo, com o campo de ma$obra histricoE
social co$creto, $o i$terior do >ual a>uela "ida se dese$"ol"e O
@%77, p.%%7A.
Jessa epressa o >ue represe$ta a eteriori/a+o $o
pe$same$to do ilsoo hF$garo: N!o co$trrio do
estra$hame$to @#ntfremdun"A, >ue so os obstculos postos Bple$a eplicita+o da ge$eralidade huma$a, a eteriori/a+o
correspo$de, para JuKcs, aos mome$tos $os >uais a a+o de
retor$o do ob*eti"ado sobre o su*eito impulsio$a a i$di"idua+o e
a sociabilidade a patamares cresce$teme$te ge$?ricosO @Jessa,
%771, p.%4A(. este modo a eteriori/a+o em JuKcs tem um
se$tido positi"o, se co$stitui em impulso para >ue i$di"
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Ma co$ti$uidade da pris huma$a os home$s produ/em
limites ao dese$"ol"ime$to da perso$alidade, da$do origem a
rela+es sociais alie$adas. )s estra$hame$tos ou alie$a+es se
epressam sob i$Fmeras ormas, depe$de$do do mome$to em
>ue so produ/idos. =as para JuKcs, determi$ada orma de
alie$a+o pode $ascer da eteriori/a+o, embora esta Fltima
possa muito bem eistir sem produ/ir alie$a+es. Meste se$tido,a alie$a+o tem o seu lugar o$tolgico $o processo
ob*eti"a+o-eteriori/a+o, mas, de modo $e$hum,
eteriori/a+o e alie$a+o sig$iicam a mesma coisa.
) dese$"ol"ime$to das or+as produti"as ?$ecessariame$te tamb?m o dese$"ol"ime$to da capacidadehuma$a EE e a>ui emerge praticame$te o problema daalie$a+o EE o dese$"ol"ime$to da capacidade huma$a $o
produ/ obrigatoriame$te o Xdese$"ol"ime$toY daperso$alidade huma$a. !o co$trrio, *ustame$te
pote$ciali/a$do capacidades si$gulares, pode desigurar,a"iltar, etc., a perso$alidade do homem @JuKcs, %7(%,p.62A.
e modo >ue o e$0me$o da alie$a+o, em sua essC$cia
co$creta, remete B co$tradi+o e$tre o dese$"ol"ime$to das
or+as produti"as e o crescime$to i$terior dos i$di"
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'm se trata$do de um e$0me$o socialme$te determi$ado,co$orme * assi$alamos, a alie$a+o, $a sua co$ti$uidadehistrica, assume ormas particulares de se eplicitar.Toda"ia, perma$ece em todas as suas ma$iesta+es EEi$depe$de$te de sua orma ou co$teFdo EE essa a$t
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em causalidade posta e media$te esse mo"ime$to d origem ao
mu$do huma$o. Qimos >ue isto aco$tece sem >ue a ob*eti"idade
criada perca a >ualidade esse$cial de causalidade e$>ua$to e$te
o$tolgico ob*eti"o.
* =! Teleol+ico e Alte!ati/a
Para JuKcs, a estrutura i$ter$a do p0r teleolgico ?
composta de dois atos esse$ciais: a posi+o dos i$s e a busca
dos meios7. &om a posi+o dos i$s o pe$same$to estabelece a
i$alidade de sua a+o, ao mesmo tempo >ue articula a busca dos
meios $ecessrios para ati$gir a>uela i$alidade.Mo mo"ime$to
desses dois atos esse$ciais se re"ela a ua$to aosaspectos decisi"os.O @JuKcs, %7(%, p.23A.
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teleologia e causalidade. Porta$to, $o es>ue+amos >ue a
posi+o teleolgica est submetida aos limites colocados pelas
determi$a+es da causalidade.
=esmo assim, em todo ato si$gular de trabalho predomi$a
a orie$ta+o dada pela posi+o do im. Por eemplo, o ato
i$di"idual de produ/ir um abrigo ? dirigido por alguma i$alidade
>ue pode ser a resposta a uma $ecessidade do homem seproteger de alguma coisa. ) desdobrame$to do processo de
ob*eti"a+o >ue se eeti"a a partir da< ? orie$tado para alca$+ar
a>uela i$alidade. Sig$iica >ue, $a si$gularidade e $a
imediaticidade de toda a+o huma$a, a pr?"ia idea+o ? o
mome$to predomi$a$te.
Isto >uer di/er >ue, $o ato imediato e si$gular do trabalho,
a busca dos meios ocupa papel secu$drio em rela+o B
i$alidade.)s meios e i$strume$tos do trabalho so u$dame$tais
como media+es $ecessrias para a co$secu+o dos i$s a >ue se
desti$a o processo em curso, mas a i$alidade tem o papel
primordial de dirigir o p0r teleolgico.
Para >ue $o se colo>uem e>uue o mome$to social $o pode deiar de ser
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o mome$to predomi$a$teO@38A. !l?m disso, * "imos >ue para
este autor a co$sciC$cia ?, ela mesma, socialme$te determi$ada.
Mo dese$"ol"ime$to da histria huma$a a busca dos meios
ad>uire uma importD$cia u$dame$tal $a co$ti$uidade e $o
dese$"ol"ime$to do ato de trabalhar. Pois, $o curso dos
aco$tecime$tos sociais, a i$alidade imediata a partir da >ual oi
produ/ido um i$strume$to de trabalho pode at? se perder,e$treta$to o i$strume$to de trabalho ser"e como media+o social
para iar o co$hecime$to ad>uirido $a produ+o da>uele ob*eto.
!ssim, os meios do trabalho se tor$am uma importa$te o$te de
co$hecime$to ob*eti"o da realidade e ad>uirem uma posi+o de
importD$cia predomi$a$te $o dese$"ol"ime$to do trabalho. Para
uma melhor compree$so do processo de trabalho e do apare$te
paradoo $a i$"erso da predomi$D$cia e$tre posi+o dos i$s e
busca dos meios, JuKcs co$sidera importa$te a separa+o
a$alual a co$sciC$cia toma um impulso em dire+o ao co$hecime$to
da realidade eter$a a si mesma. Permite ao pe$same$to capturar
os $eos i$ter$os do ob*eto, suas propriedades esse$ciais, pelo
co$hecime$to ob*eti"o do sistema causal dos ob*etos e dos
processos cu*o mo"ime$to pode le"ar a alca$+ar o im posto. !
busca dos meios tem uma dupla u$+o:
de um lado e"ide$ciar a>uilo >ue em si mesmo go"er$a osob*etos em >uesto i$depe$de$teme$te de todaco$sciC$ciaH de outro lado, descobrir $eles a>uelas $o"asco$ees, a>uelas $o"as poss
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postas em mo"ime$to, tor$am eeti""el o imteleologicame$te posto @26A.
&ompete a esse mome$to do p0r teleolgico descobrir a
legalidade i$ter$a da causalidadeH al?m disso, de"e precisar as
combi$a+es possue a $ecessria co$cre+o
de uma posi+o teleolgica co$siste em esta ser capa/ de alterar
de alguma ma$eira o ob*eto, tra$sorma$do seus $eos causais
em $eos causais postos. Sem esse eercue, impote$te
dia$te da $ature/a, se desa/ como pura pulso do pe$same$to.
Meste se$tido o$tolgico uma posi+o teleolgica s se
caracteri/a como tal >ua$do eerce eeti"ame$te esta u$+o de
tra$sormar causalidade em causalidade posta. ! u$+o
o$tolgica da posi+o teleolgica do trabalho impe o
co$hecime$to da $ature/a. i/ JuKcs:
ma "e/ >ue a pes>uisa da $ature/a, i$dispe$s"el aotrabalho, est, a$tes de tudo, co$ce$trada $a prepara+odos meios, so estes o pri$cipal i$strume$to de gara$tiasocial de >ue os resultados dos processos de trabalho
perma$e+am iados, >ue ha*a uma co$ti$uidade $aeperiC$cia de trabalho e especialme$te >ue ha*a umdese$"ol"ime$to ulterior. U por isso >ue o co$hecime$tomais ade>uado >ue u$dame$ta os meios @ute$s
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>ual se tor$a realidade ob*eti"a capa/ de subsistir ao homem >ue
o criou.N) arado ? mais $obre >ue as satisa+es >ue ele permite
e >ue co$stituem os i$s. ) i$strume$to se co$ser"a, e$>ua$to as
satisa+es imediatas passam e so es>uecidasO @27A. !ssim,
co$t?m os tra+os do trabalho huma$o $o mome$to em >ue oi
produ/ido, epressa$do um determi$ado $ue os
utili/aram, co$hecime$tos muito maiores do >ue os >ue
apare$teme$te parecem esco$derEse $elesO @38A. Meste se$tido
esto iados co$hecime$tos do processo de trabalho huma$o em
seu dese$"ol"ime$to ima$e$te.
JuKcs airma >ue Na busca dos meios para tor$ar ato a
i$alidade $o pode se$o implicar um co$hecime$to ob*eti"o do
sistema causal dos ob*etos e da>ueles processos cu*o mo"ime$to
? capa/ de reali/ar o im postoO@2A. ) su*eito $ecessita
i$corporar determi$a+es do real para poder co$creti/ar o seu
pro*eto e, $essa rela+o, o ob*eto eerce o mome$to
predomi$a$te $a delimita+o das possibilidades e das
$ecessidades da pr?"ia idea+o.
o po$to de "ista social, a busca dos ob*etos e dos
processos $aturais >ue precede a posi+o da causalidade $a
posi+o dos meios ? co$stitu
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eperiC$cia com rela+o a uma causalidade real se i$sere $o
trabalho para ate$der a um F$ico im. '$treta$to, em sua
eecu+o prtica so elaboradas abstra+es corretas, precisas e
ob*eti"as >ue, por a$alogia, podem ser aplicadas a outras
situa+es. Por isso mesmo a busca dos meios te$de $aturalme$te
a auto$omi/arEse a$te os atos si$gulares do trabalho. Mestes
termos a busca dos meios ad>uire um poder regulador da prpriai$alidade.
Sem o co$hecime$to do real a reali/a+o do im tor$aEse
uma impossibilidade. ! co$di+o de reali/a+o de um pro*eto
pre"iame$te ideali/ado supe uma $ecessria rela+o e$tre a
i$alidade e o dese$"ol"ime$to da busca dos meios. Para >ue
essa i$terErela+o se*a bemEsucedida ? $ecessrio >ue o
co$hecime$to da $ature/a te$ha ati$gido um $ue
se domi$asse o co$hecime$to dos meios $ecessrios a sua
co$creta reali/a+o.
&o$tudo, esta eigC$cia $o se a/ em termos do
co$hecime$to absoluto do real. Pois, Ntodo ob*eto $atural, todo
processo $atural aprese$ta uma i$i$idade i$te$si"a de
propriedades, e de rela+es com o mu$do circu$da$teO@2(A, ou
se*a, todo ob*eto co$stitui sua si$gularidade como part
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dire+o ao co$hecime$to particular de um ob*eto com i$s
especua$to tal, $as ases i$iciais de obser"a+o da $ature/a@>ua$do $o eistia uma co$sciC$cia em se$tidoco$scie$teA o trabalho $o poderia *amais ter surgido @2(A.
) homem age $o trabalho abstrai$do parcialme$te do
ob*eto mome$tos da i$i$idade i$te$si"a >ue, media$te uma
situa+o co$creta, apa$he ade>uadame$te os $eos causais
$ecessrios e suicie$tes B eeti"a+o de determi$ada posi+o dos
i$s. )bser"emos >ue, e$tre ta$tos outros trabalhos
surpree$de$tes, o homem reali/ou com sucesso a $a"ega+o emalto mar, apesar de o co$hecime$to sobre o u$i"erso estar
baseado $uma co$cep+o geocC$trica, posteriorme$te
co$siderada alsa. ! $a"ega+o, com certa margem de erro, ?
claro, orie$ta"aEse corretame$te atra"?s da obser"a+o das
estrelas, tor$a$do possue a posi+o
teleolgica abstraia de modo eica/ as determi$a+es da
realidade >ue se e$co$tram ao alca$ce imediato do p0r
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teleolgico. )u se*a, No trabalho para se reali/ar pressupe um
co$hecime$to co$creto, ai$da >ue *amais pereito, de
determi$adas i$alidades e de determi$ados meiosO @JuKcs,
%71(, p.(A. Sem essa aproima+o B realidade, porta$to, sem a
busca dos meios, $o eiste trabalho poss
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impulso ima$e$te B apree$so das leis da ob*eti"idade, mas
ape$as o impulso origi$rio do pe$same$to cie$tuire
relati"a auto$omia e gra$de importD$cia social, etrapola$do o
Dmbito da troca orgD$ica com a $ature/a. 9orma um compleo
particular permeado por soisticadas media+es, ia$do e
dese$"ol"e$do o co$hecime$to sobre o ser $atural.) solo >ue dema$da sua epa$so ? o dese$"ol"ime$to
social global. &omo >ual>uer compleo parcial, a ciC$cia i$tegra
a totalidade social e$>ua$to compleo de compleos, e as
respostas por ela elaboradas esto predomi$a$teme$te
delimitadas pelo mo"ime$to da totalidade. ! orma como reali/a
essas respostas depe$de do seu dese$"ol"ime$to, de sua histria
i$ter$a e$>ua$to compleo particular do ser social.
Mo temos prete$so de $os deter $a a$lise da ciC$cia, o
>ue comportaria i$Fmeros aspectos a serem co$siderados.
;ueremos ape$as po$tuar >ue JuKcs situa o impulso para o
co$hecime$to ob*eti"o da realidade $o compleo do trabalho.
Meste mesmo po$to articula trabalho e ciC$cia e$>ua$to
te$dC$cia a um co$hecime$to desa$tropomori/ador do real.
&o$hecime$to >ue, em li$has muito gerais, se u$da $a
perspecti"a de des"e$dar ob*eti"ame$te o em si dos ob*etos,
i$depe$de$teme$te dos se$time$tos >ue suscita $o su*eito
@JuKcs,%7(%,p.3A. ) mome$to preciso $esta articula+o ? a
busca dos meios.
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&om a ue a ele deu impulso e dire+o $o pode mais ser,
o$tologicame$te, um epie$0me$o do ser orgD$icoO @3E6A. Istoco$ere B co$sciC$cia huma$a um estatuto o$tolgico disti$to da
co$sciC$cia purame$te a$imal.
JuKcs reco$hece >ue, em certo grau, os a$imais operam
atos >ue tra$sormam a $ature/a de modo i$"olu$trio. =as
esses atos esto $o limite das determi$a+es biolgicas da esera
orgD$ica e, porta$to, $os limites de uma co$sciC$cia >ue ? puro
epie$0me$o da reprodu+o $atural. 'sses atos ma$iestam
possibilidades $o"as some$te em co$di+es especiais, Bs "e/es
criadas pelo prprio homem, atra"?s de eperime$tos.
Mo homem os co$tor$os da co$sciC$cia so muito mais
compleos e superam a simples adapta+o ao ambie$te,
epressa$doEse como mome$to decisi"o do trabalho, $o >ual a
reprodu+o se caracteri/a pela i$cessa$te produ+o de $o"as
realidades. Some$te pelo processo de trabalho a co$sciC$cia
ma$iestaEse como realidade o$tolgica ob*eti"a. Meste se$tido a
eposi+o do seu carter $o mais epie$omC$ico ? i$dissoci"el
desse mome$to da pris huma$a.
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) processo em si do trabalho tem $a busca dos meios o
mome$to da gC$ese e dese$"ol"ime$to da categoria do releo,
eleme$to decisi"o $a captura do real pela sub*eti"idade. Para
JuKcs, Nse o su*eito e$>ua$to separado, $a co$sciC$cia, do
mu$do ob*eti"o $o osse capa/ de obser"ar e de reprodu/ir $o
seu serEemEsi este Fltimo, *amais a>uela posi+o do im, >ue ? o
u$dame$to do trabalho, mesmo do mais primiti"o, poderiareali/arEseO@36A.
) compleo real do trabalho tem como base de sua
especiicidade o$tolgica a solidariedade e$tre dois atos di"ersos
em sua essC$cia: Nde um lado, o releo o mais eato possue se ma$iesta
clarame$te $o co$ro$to mFtuo e$tre su*eito e ob*etoO@3(A.
Tamb?m $o Dmbito do co$hecime$to JuKcs destaca a
disti$+o e$tre su*eito e ob*eto como polos de um processo
u$itrio. Gra+as a este dista$ciame$to colocaEse a possibilidade
de a co$sciC$cia reali/ar aproima+es sucessi"as ao ob*eto. !o
mesmo tempo, o releo ? respo$s"el pela reprodu+o do real
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$a co$sciC$cia e pelo dese$"ol"ime$to da co$sciC$cia,
permiti$do uma apree$so cresce$te da
precisa separa+o e$tre ob*etos >ue eistemi$depe$de$teme$te do su*eito, e su*eitos, >ue podemreprodu/iElos de modo mais ou me$os correto media$teatos de co$sciC$cia, >ue podem apropriarEse delesespiritualme$te. 'ssa separa+o tor$ada co$scie$te e$tresu*eito e ob*eto ? um produto $ecessrio do processo detrabalho e com isso a base para o modo de eistC$ciaespeciicame$te huma$o @36E1A.
) ob*eto capturado pelo processo de co$hecime$to $o ? a
mesma coisa >ue o ob*eto real. i/ JuKcs: N$o releo da
realidade a reprodu+o se destaca da realidade reprodu/ida, se
coagula $uma realidade prpria da co$sciC$cia @3(AO. &o$stituiE
se $uma reprodu+o i$telectual do ser ob*eti"o. Porta$to, para
este autor,
$asce uma $o"a orma de ob*eti"idade, mas $o uma
realidade, e E em se$tido o$tolgico estrito EE $o ?poss
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mome$to do trabalho se co$stitui $um dos u$dame$tos da
disti$+o e$tre ser social e $ature/a.
! releo $o pode ser mera co$stru+o da sub*eti"idadeH
por um lado, ? um ato teleolgico e, por outro lado, respo$de a
uma $ecessidade socialme$te determi$ada. ) homem precisa
elaborar i$telectualme$te pe$same$tos >ue o aproimem o mais
possue as reprodu+es $o possam *amais ser cpias
otogricas, meca$icame$te i?is, da realidade. 'las so sempre
determi$adas pela i$alidade, >uer di/er, em termos ge$?ticos,
pela reprodu+o social, pela "idaH $a origem, pelo trabalhoO @37A.
Leleo e ser ob*eti"o eistem e$>ua$to mFtua
determi$a+o relei"a $o i$terior da pris social. &omo bem
a$alisa S?rgio Jessa:
sem abrir mo da categoria do releo, JuKcs reco$hece$ela um ato de sub*eti"idade >ue, de orma mais ou me$osco$scie$te, permeia todo ato de aproima+o daco$sciC$cia ao real. !o co$"erter o real em posseespiritual, a co$sciC$cia desdobra uma aproima+o ati"a>ue, sem deiar de reletir o ser precisame$teEassimeiste$te, o a/ de modo historicame$te determi$ado. 'sta>ui aberto o campo para a delimita+o da i$luC$cia decompleos como a ideologia, a polual o releo da realidade se apoia parareali/ar a posi+o teleolgica ? a categoria da alter$ati"a,
co$orme JuKcs:
! alter$ati"a, >ue tamb?m ? um ato de co$sciC$cia, ?, pois,a categoria mediadora por meio da >ual o releo darealidade se tor$a "e
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e"eEse subli$har ai$da, a>ui, >ue esse eiste$te $otrabalho ? sempre algo $atural e >ue esta sua co$stitui+o$atural *amais pode ser i$teirame$te suprimida @46A.
! alter$ati"a est prese$te desde as ormas mais simples do
trabalho. Mo ato de produ/ir o $o"o o homem a/ escolhas e
essas escolhas resultam de uma deciso a$te Bs possuela pessoa@ou da>uele coleti"o de pessoasA >ue ? re>uerida paracolocar em mo"ime$to o processo de reali/a+o materialmedia$te o trabalho, pode atuali/ar esta tra$sorma+o da
pote$cialidade em eiste$te @41A.
! alter$ati"a tem, em si, uma estrutura basta$te complea,
co$stitui um processo, Numa i$i$terrupta cadeia temporal de
alter$ati"as sempre $o"asO @43A, composto por um sistema de
releos, di$amicame$te elaborado e co$traditrio. Todo
processo de escolha $o trabalho co$stitui uma cadeia basta$te
$umerosa de decises alter$ati"as. Le>uer sempre $o"as
decises >ue se apoiam sobre as a$teriores, amplia$do mais e
mais as media+es $o sistema de deciso.! alter$ati"a opera $o s sobre a causalidade $aturalH ela
ai$da co$ti$ua a operar depois do trabalho co$clu
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corre+o de erros etc.) dese$"ol"ime$to do trabalho impulsio$a
para >ue as decises alter$ati"as se deem sempre cada "e/ mais,
sobre a causalidade posta. Tor$amEse cresce$teme$te mais
di"ersiicadas e diere$ciadas, B propor+o >ue se dese$"ol"e o
carter social da produ+o, da$do lugar B eco$omia. Isso
Nco$tribui para >ue o carter de alter$ati"a da pris huma$a, do
comportame$to do homem para com o prprio ambie$te e paraco$sigo mesmo se baseie sempre mais em decises alter$ati"asO
@4A. ! cadeia de alter$ati"as subsidia decises de i$di"ual so
geradas dema$das e respostas >ue re>uerem escolha e$tre
alter$ati"as a serem tradu/idas em prtica ? precisame$te o ser
social real.
Por sua "e/, $a posi+o dos i$s reside o mome$to em >ue
o p0r teleolgico si$ali/a para o mo"ime$to em dire+o a uma
realidade ai$da i$eiste$te. Mesta posi+o, Na tarea utura
teleologicame$te posta ? o pri$cue
te$de a elaO @1(A. !ssim se$do, o mome$to predomi$a$te $a
posi+o dos i$s ? o de"erEser.Ma medida em >ue o de"erEser ? o
mome$to predomi$a$te $a posi+o dos i$s, o uturo passa a ser
uma dime$so decisi"a $a escolha e$tre alter$ati"as $o processo
de ob*eti"a+o.
&omo di/ JuKcs, o ato teleolgico N? determi$ado a
partir de um uturo posto como dei$ido, ? eatame$te um agir
guiado pelo de"erEser do imO @1(A. Se $a busca dos meios o
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processo de trabalho te$de para o co$hecime$to do ob*eto,
precisa$do i$corporar determi$a+es reere$tes ao passado dos
ob*etos, a posi+o dos i$s impulsio$a para o de"erEser. Por isso
mesmo um releo s ser ele"ado B co$di+o de ato teleolgico
$a posi+o dos i$s >ua$do correspo$der, ade>uadame$te, B
i$alidade pre"iame$te dei$ida. JuKcs airma:
) releo correto da realidade ?, $aturalme$te, a premissai$e"it"el de um de"erEser >ue u$cio$e de ma$eiracorretaH tal releo correto, toda"ia, tor$aEse eeti"o ape$as>ua$do a"orece realme$te a reali/a+o da>uilo >ue de"eser @47A.
)u se*a, assim como, $a busca dos meios, a co$sciC$cia
reali/a a $ecessria disti$+o su*eito ob*eto. '$treta$to, a
alter$ati"a $a posi+o dos i$s $o se eeti"a determi$ada
primordialme$te pelo co$teFdo g$osiolgico do releo do
ob*eto e sim pela i$alidade >ue dirige o processo de ob*eti"a+o.) mome$to predomi$a$te $esta posi+o teleolgica cabe ao
de"erEser. ) de"erEser eerce a u$+o de mediar os atos de
escolha $a rela+o homem e $ature/a. Meste se$tido tem sua
eistC$cia delimitada $o i$terior da pris social.
JuKcs reco$hece o de"erEser como modelo o$tolgico do
"alor, com algumas po$dera+es. Mo se podem redu/ir
categorias perte$ce$tes Bs ormas mais e"olu
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muito mais compleas, h uma rela+o de ide$tidade e$tre
ide$tidade e $o ide$tidadeO@16A. ma a$lise da categoria "alor
etrapola completame$te as prete$ses desta $ossa disserta+o.
Situaremos a>ui o >ue, $o esse$cial, co$ecta "alor e alter$ati"a
como mome$tos ge$?ticos dos processos ideolgicos. Para
JuKcs:
! ob*eti"idade do "alor eco$0mico est u$dada $aessC$cia do trabalho como i$tercDmbio orgD$ico e$tresociedade e @$ature/aA e, $o e$ta$to, a prpria ormaorigi$al do trabalho para a >ual a utilidade ia o "alor do
produto, mesmo >ue se relacio$e diretame$te com asatisa+o da $ecessidade, coloca em mo"ime$to $ohomem >ue o reali/a um processo cu*a i$te$+o ob*eti"a EEi$depe$de$teme$te do grau de co$sciC$cia EE ? dirigida a
promo"er $a realidade o dese$"ol"ime$to posterior dohomem @(7A.
=esmo $a troca orgD$ica com a $ature/a o "alor tem
carter ob*eti"o, est ligado B legalidade ima$e$te dos ob*etos e
dos processos >ue se estabelecem $a pris do trabalho. Messa
rela+o todo ato de "alorar tem determi$a+es purame$te
sociais. !s escolhas dos i$di"uais ele
atribui um maior "alor. =as os atos relei"os da co$sciC$cia
opera$tes $o processo de deciso @certo ou errado, ade>uado ou
i$ade>uado, bom ou mauA so "alora+es i$telecti"as, pro"Cm da
ati"idade co$scie$te e $o da essC$cia dos ob*etos $aturais.
) "alor tem uma co$eo i$dissoci"el com o carteralter$ati"o da pris social. ! $ature/a $o co$hece
6%
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"alores, mas ape$as $eos causais e as muda$+as, adi"ersiica+o das coisas, dos compleos, etc. >ue so
produ/idos por eles. este modo a prese$+a eeti"a do"alor, $a realidade, se restri$ge ao ser social @7%A.
U a $ecessria co$cretude $a escolha e$tre alter$ati"as >ue
desdobra um processo "alorati"o $o i$terior do ser social. 'ssa
escolha ? orie$tada Npara "alores >ue $o co$stituem de modo
$e$hum resultados, s
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4* T!a(al)o e =osi#es Teleol+icas Sec"d!ias
Pela argume$ta+o deli$eada at? a>ui, o trabalho ? a>uela
ati"idade huma$a si$gular >ue medeia a troca orgD$ica do
homem com a $ature/a, tra$sorma$do ob*etos materiais em
ob*etos sociais. Por meio deste ato si$gular o homem reali/a a
s
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legitimame$te pergu$tar por >ue, ao tratar deste compleo,colocamos o ace$to eatame$te $o trabalho e lheatribuuerma$iesta+es deles, ai$da >ue se*am primiti"as,
pressupem o salto como * aco$tecido @JuKcs, %7(%,
p.%4A.
Jogo em seguida, o mesmo autor airma: NSome$te o
trabalho tem, como sua essC$cia o$tolgica, um claro carter
i$termedirio: ele ?, esse$cialme$te, uma i$terrela+o e$tre
homem @sociedadeA e $ature/a, ta$to i$orgD$ica @ute$sue trabalha, do ser
merame$te biolgico ao ser socialO @%4A. '$treta$to,o ser social, at? $o estgio mais primiti"o, represe$ta umcompleo de compleos, o$de h i$tera+es perma$e$tes>uer e$tre os compleos parciais, >uer e$tre suas partes.a>ui se dese$"ol"e o processo reproduti"o do compleototal em >uesto, $o >ual tamb?m os compleos parciais sereprodu/em como atores aut0$omos EE ai$da >ue srelati"ame$te, EE mas em cada um de tais processos ? areprodu+o da totalidade >ue, $este mFltiplo sistema dei$tera+es, co$stitui o mome$to predomi$a$te @%3(A.
!ssim se$do, o trabalho ? a protoorma da ati"idade
huma$a por>ue $ele Nesto gra"adas in nuce todas asdetermi$a+es >ue,X...Y, co$stituem a essC$cia de tudo >ue ?
$o"o $o ser socialO@%4A. e"ido B importD$cia do trabalho para
a apree$so o$tolgica do ser social, ao tratar isoladame$te este
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compleo JuKcs a/ uma $ecessria abstra+o terica, por?m,
segu$do o autor, Na sociabilidade, a primeira di"iso do trabalho,
a li$guagem, etc., surgem do trabalho, mas $o $uma sucesso
temporal clarame$te ide$tiic"el e sim, >ua$to B sua essC$cia,
simulta$eame$teO@%4A. !i$da sobre o trabalho como protoorma
da ati"idade huma$a, JuKcs e$ati/a, em outro mome$to:
) carter dial?tico do trabalho como modelo da prissocial aparece a>ui eatame$te $o ato de >ue esta Fltima,$as suas ormas mais e"oluue as marcas especue compree$de o compleo da reprodu+o social.
! alter$ati"a $o s ? a categoria >ue a/ a co$eo e$tre
a totalidade social e o "alor, como se a/ prese$te em toda
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posi+o teleolgica. Ma pris huma$a, como di/ JuKcs, Na
$o"a categoria determi$a$te, a>uela >ue a/ a passagem da
possibilidade B realidade, ? eatame$te a alter$ati"aO@8A: Ma
alter$ati"a, No mome$to predomi$a$te ? co$stituue o trabalho, tamb?m por este carter da alter$ati"a,represe$ta uma "itria da co$sciC$cia sobre o mero i$sti$to
biolgico para respo$der a uma $ecessidade reproduti"a.
Todo produto huma$o resulta de uma deciso e$tre
alter$ati"as. )u se*a, como as Nrea+es de um i$di"ue assi$ala o ilsoo hF$garo:
) trabalho $o se$tido origi$rio e mais estrito ? umprocesso e$tre ati"idade huma$a e $ature/a: seus atoste$dem a tra$sormar algu$s ob*etos $aturais em "alores
de uso. u$to a isto, $as ormas ulteriores e mais e"olu
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posi+o teleolgica $este mome$to EE ala$do em termosi$teirame$te gerais e abstratos EE ? a te$tati"a de i$du/iruma outra pessoa @ou grupo de pessoasA a reali/ar algumas
posi+es teleolgicas co$cretas @E6A.
'ssas co$sidera+es de JuKcs tor$am e"ide$te >ue o ser
social ? composto por posi+es teleolgicas de gC$ero di"erso.
!specto de importD$cia decisi"a para as $ossas relees, dado
>ue prete$demos demo$strar >ue o Ser"i+o Social co$stitui uma
posi+o teleolgica disti$ta do trabalho. !s posi+es teleolgicas
primrias, co$cer$e$tes ao trabalho em se$tido restrito, so atos
>ue se dirigem diretame$te para tra$sormar a $ature/a, em
resposta Bs $ecessidades de reprodu+o da "ida huma$a.
Ma pris social mais ele"ada JuKcs destaca as posi+es
teleolgicas secu$drias, cu*o co$teFdo se "olta para Na te$tati"a
de i$du/ir uma pessoa @ou grupo de pessoasA a reali/ar algumas
posi+es teleolgicas co$cretasO@6A. Mosso autor co$sidera >ue
este Nproblema aparece logo >ue o trabalho se tor$a social, $o
se$tido de >ue depe$de da coopera+o de mais pessoasO @6A,
pois o trabalho s pode ser reali/ado eica/me$te media$te a
distribui+o dos participa$tes segu$do u$+es determi$adas. i/
JuKcs:
!s posi+es teleolgicas >ue a>ui se "eriicam tCm, $arealidade, um peso secu$drio em rela+o ao trabalho
imediatoH de"e ter ha"ido uma posi+o teleolgica a$terior>ue determi$ou o carter, o papel, a u$+o, etc. estemodo, o ob*eto dessa i$alidade secu$dria * $o ? umeleme$to da $ature/a, mas a co$sciC$cia de um grupohuma$oH a posi+o do im * $o "isa a tra$sormardiretame$te um ob*eto $atural, mas a a/er surgir uma
posi+o teleolgica >ue te$ha, por?m, como ob*eti"o algu$sob*etos $aturaisH da mesma ma$eira, os meios * $o so
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i$ter"e$+es imediatas sobre ob*etos $aturais, masprete$dem pro"ocar estas i$ter"e$+es por parte de outraspessoas @6A.
Jogo em seguida, o mesmo autor co$clui: NTais posi+es
teleolgicas secu$drias esto muito mais primas da pris
social $os estdios mais e"oluue o prprio trabalho $o
se$tido >ue a>ui o e$te$demosO @6A. ) surgime$to das posi+es
teleolgicas secu$drias pro"oca modiica+es sig$iicati"as $ocompleo do trabalho.
! estrutura origi$ria do trabalho sore muda$+assubsta$ciais >ua$do a posi+o teleolgica $o prete$demais tra$sormar eclusi"ame$te ob*etos $aturais e utili/ar
processos $aturais, mas >uer i$du/ir outros home$s areali/ar por si mesmos determi$adas posi+es deste gC$ero.'ssa muda$+a se tor$a ai$da mais pro$u$ciada >ua$do odese$"ol"ime$to tem como co$se>WC$cia o ato de >ue o
prprio modo de comportarEse, a sua prpria i$terioridadepassam a ser o ob*eto da posi+o teleolgica do i$di"ue a posi+o de"e mirar para cumprir a
i$alidade. Mo se trata mais de agir some$te sobre a
materialidade simples, o su*eito i$te$cio$a operar sobre o
comportame$to dos i$di"
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;ua$do, como "imos, o im teleolgico ? o de i$du/iroutros home$s a posi+es teleolgicas >ue eles mesmosde"ero reali/ar, a sub*eti"idade de >uem pe ad>uire um
papel >ualitati"ame$te diere$te e, ao i$al, odese$"ol"ime$to das rela+es sociais e$tre os home$simplica >ue tamb?m a autotra$sorma+o do su*eito setor$e um ob*eto imediato de posi+es teleolgicas, cu*oco$teFdo ? um de"erEser @1(A.
'm decorrC$cia do dese$"ol"ime$to das rela+es sociais
ocorrem muda$+as $o co$teFdo esse$cial das posi+esteleolgicas. ) su*eito >ue pe ad>uire u$+es diere$tes
da>uelas re>ueridas pelo trabalho em se$tido restrito. Por este
moti"o, JuKcs co$sidera a impossibilidade de se deri"ar
categorias compleas do ser social a partir das mais simples,
te$do em "ista >ue N$o ? ape$as o seu co$creto modo de
aprese$tarEse >ue est su*eito ao co$dicio$ame$to histricoE
social, mas tamb?m as suas ormas gerais e a sua essC$cia esto
ligadas a determi$ados estdios do dese$"ol"ime$to da
sociedadeO @%24EA.
Maturalme$te, $os estdios i$iciais, o$de predomi$a a
rela+o orgD$ica com a $ature/a, as posi+es teleolgicas eigem
um sistema de media+es muito mais simples. ! posi+o
teleolgica primria co$ecta de orma mais direta a rela+o
teleologia e causalidade. Mos estdios superiores, ao co$trrio, a
posi+o teleolgica some$te se co$ecta B $ature/a de ormai$te$same$te mediada. Qe*amos por >ue isso aco$tece.
)s home$s $ecessitam dese$"ol"er ati"idades >ue
assegurem sua sobre"i"C$cia, isto se impe a eles como ato
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diretame$te $ecessrio e i$elimi$"el. Meste se$tido, toda prtica
imediata do trabalho respo$de B $ecessidade de ma$ute$+o e
reprodu+o da "ida. '$treta$to, JuKcs di/:
S >ue $s * o sabemos EE o ser homem do homem seu$da precisame$te $isto EE tal imediaticidade pode sereali/ar como base da eistC$cia huma$a some$te sesupera a prpria imediaticidade. ! posi+o teleolgica >ue$ecessariame$te se i$terpe e$tre $ecessidade e satisa+oco$t?m * em si tal supera+o @464A.
) trabalho, e$>ua$to resposta imediata Bs $ecessidades
re>ueridas pela reprodu+o, some$te pode ser superado por>ue
Ntoda posi+o teleolgica possui em si a possibilidade,X...Y, de
suscitar outras posi+es de i$alidade para o seu prosseguime$to
e, ao mesmo tempo, de adaptar, dado o carter ob*eti"a$te dos
atos de reali/a+o, a aculdade huma$a Bs $o"as eigC$ciasO
@464A. ) carter de possibilidade i$ere$te a toda posi+o
teleolgica re>uer a cada mome$to $o"as alter$ati"as,
impulsio$a$do a pris social para ormas cada "e/ mais
compleas. JuKcs airma:
) campo da eco$omia socialme$te dese$"ol"ida co$t?mposi+es de "alor de ambos os tipos e$trela+adas de modosdi"ersos, por?m, $este compleo tamb?m as do primeirotipo, sem perder a sua essC$cia origi$ria, soremmuda$+as >ue as tor$am diere$tes. isto resulta, $a eserada eco$omia, uma compleidade maior do "alor e das
posi+es de "alor. ;ua$do, e$to, e$tramos em eseras $o
eco$0micas, $os e$co$tramos re$te a >uestes ai$da maiscompleas e de >ualidade diere$te @7%A.
!s posi+es teleolgicas suscitadas por a>uelas origi$ais
dirigemEse para outros i$s sociais >ue $o se co$ectam
diretame$te B produ+o material. '$treta$to, cumprem
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importa$te papel, ta$to $a reprodu+o e ma$ute$+o da esera
eco$0mica, como $a reprodu+o da sociedade como um todo. U
$este se$tido >ue JuKcs airma >ue o dese$"ol"ime$to das
rela+es sociais Nle"a B>uelas posi+es teleolgicas >ue i$te$tam
pro"ocar um $o"o comportame$to dos outros home$s, e as
tor$a sempre mais importa$tes, $o se$tido ete$si"o e i$te$si"o,
>ua$titati"o e >ualitati"o, para o processo de produ+o e para asociedade i$teiraO @464A. ' mais adia$te:
5asta recordar como o costume, o uso, a tradi+o, aeduca+o, etc., >ue se u$dam totalme$te sobre posi+esteleolgicas deste gC$ero, com o dese$"ol"ime$to dasor+as produti"as "o co$ti$uame$te aume$ta$do seu raiode a+o e a sua importD$cia, termi$a$do por se ormareseras ideolgicas espec
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rela+o e$tre i$di"ua$to ao ob*eto sobre o >ual i$cide sua a+o. Ma
sua origem esto posi+es teleolgicas secu$drias >ue "isam
p0r em mo"ime$to a co$sciC$cia de outros home$s, em respostaa $ecessidades da totalidade social.
! relati"a auto$omia >ue os compleos ideolgicos
ad>uirem $o i$terior do ser social ad"?m de possuue lhes ? co$erida pelo dese$"ol"ime$to de
sua histria particular. '$treta$to, sua eistC$cia se articula ao
co$teto do ser social e$>ua$to compleo de compleos, uma
u$idade di$Dmica de di"ersos em >ue as processualidades
i$ter$as aprese$tam determi$a+es co$cretas muito diere$tes.
Mo primo capua$to categoria o$tolgicoEsocial cu*a pr?"ia idea+o ? uma
posi+o teleolgica secu$dria.
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Ca%&t"lo II
SOBRE A IDEOLOGIA
Ba!e! Ontol"#i$a! da Ideolo#ia
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!o lo$go da histria da ciC$cia moder$a o problema da
ideologia tem sido abordado sob as mais di"ersas acep+es. )
co$ceito de ideologia, de a$tiga origem, ? empregado
re>ue$teme$te, desde as epresses mais cotidia$as, $a prtica
polue uma marca recorre$te $o pe$same$to co$temporD$eo ? a
rela+o e$tre co$hecime$to e ideologia, a ideia de >ue o
co$hecime$to, sob a presso deormadora da ideologia, estaria
su*eito a distor+es. &o$tra essa "iso distorcida e ilusria do
mu$do, os i$di"
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) autor sugere ai$da >ue a >uesto da ideologia ?
decisi"a para os problemas huma$os, mas sua resolu+o terica
perma$ece e$igmtica. TrataEse de um problema cu*a solu+o
compete B pris, depe$de$do de cada ?poca, do prprio
co$teto especue se empe$haram em decirar e$igmasdos perue
o sucederam. &om $osso teto >ueremos aprese$tar relees
sobre a co$cep+o de ideologia >ue JuKcs ormula $a sua
!ntolo"ia, produ/ida 8 a$os depois de 2istria e Consci3ncia
de Classe, busca$do apree$der, pelo i$terior do prprio teto,
i$orma+es precisas sobre essa categoria do ser social $ope$same$to da maturidade deste pe$sador hF$garo. o $osso
po$to de "ista, a produ+o de uma o$tologia materialista por
parte de JuKcs aprou$da e acresce $o"os eleme$tos ao
problema da ideologia >ue "o al?m da abordagem do prprio
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autor em obras precede$tes, co$orme argume$tamos $a
se>uC$cia.
JuKcs @%71(A airma >ue No homem ? um ser >ue
[email protected], um ser ati"o, capa/ de agir sobre a $ature/a para
satisa/er suas $ecessidades e tamb?m de agir sobre os outros
home$s $o se$tido de co$du/iElos a ati$gir determi$ada
i$alidade. ! ati"idade huma$a se dese$"ol"e mediada pori$Fmeros atos teleolgicos >ue implicam a rela+o do homem
com a $ature/a e do homem com os outros home$s. 'ssa
ati"idade tem o carter de prisH $ela, su*eito e ob*eto so
categorias disti$tas, eeti"ame$te eiste$tes e eeti"ame$te
opera$tes, >ue i$teragem $o processo de ob*eti"a+o de um $o"o
ser. 'eti"ame$te,
o homem tor$aEse um ser >ue d respostas, precisame$te
$a medida em >ue EE paralelame$te ao dese$"ol"ime$tosocial e em propor+o cresce$te EE ele ge$erali/a,tra$sorma$do em pergu$tas seus prprios carecime$tos esuas possibilidades de satisa/CElosH e, >ua$do em suaresposta ao carecime$to >ue a pro"oca, u$da e e$ri>uece a
prpria ati"idade com tais media+es, re>We$teme$te bemarticuladas @JV&S, %71(, p.A.
! "ida social $o se co$stitui em uma simples co$ti$uidade
da "ida $atural, mas, como * "imos, tem por base as posi+es
teleolgicas dos home$s, Ntodos os mome$tos da "ida scioE
huma$a, >ua$do $o tCm um carter biolgico totalme$teespo$tD$eoE$ecessrio @respirarA so resultados causais de
posi+es teleolgicas e $o simples elos de cadeias causaisO
@3%A. !ssim, as posi+es teleolgicas de um modo geral
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epressam o modo particular da reprodu+o do ser social em
rela+o Bs outras eseras do ser e$>ua$to u$i"ersalidade.
! apree$so da ideologia reali/ada por Georg JuKcs em
Para a !ntolo"ia do Ser Socialsub"erte, a $osso "er, o co$ceito
de ideologia habitualme$te prese$te em outras obras de tradi+o
marista, em dois aspectos esse$ciais. 'm primeiro lugar, por
ide$tiicar $o trabalho a base o$tolgica da ideologia,demo$stra$doElhe um se$tido mais amplo >ue o co$ceito a ela
atribu
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!s ati"idades huma$as, se*am elas simples ou compleas,
implicam uma escolha a$te as "rias possibilidades eiste$tes. e
modo >ue, ta$to as posi+es teleolgicas >ue se dirigem B troca
orgD$ica com a $ature/a como a>uelas >ue medeiam as rela+es
huma$as, tCm por base uma alter$ati"a >ue pe i$alidade. &omo
di/ JuKcs,
todas so rela+es de de"erEser, atos $os >uais $o ? opassado, $a sua espo$tD$ea causalidade, >ue determi$a oprese$te, mas, ao co$trrio, ? o ob*eti"o uturo,teleologicame$te posto, o pri$cue do dese$"ol"ime$to social
resultam compleos ideolgicos mediadores $as rela+es e$tre os
home$s, >ue retroagem sobre essas rela+es, eerce$do
importa$te u$+o social $a reprodu+o da sociedade. Toda
posi+o teleolgica, se*a primria ou secu$dria, ? precedida deum mome$to ideal >ue dirige toda a a+o. ) mome$to em
comum Bs posi+es teleolgicas ? >ue ambas implicam $uma
escolha e$tre alter$ati"as.
este modo as diere$+as e$tre as posi+es teleolgicas
$o sig$iicam uma cli"agem absoluta e$tre as posi+es prprias
do trabalho e a>uelas >ue se dese$"ol"em simulta$eame$te a ela,
com u$+es $a reprodu+o dos i$di"
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m mome$to de ide$tidade e$tre as posi+es primrias e
secu$drias di/ respeito B $ecessidade do co$hecime$to do
ob*eto sobre o >ual a posi+o i$cide. Para reali/ar as ati"idades
de trabalho, caracterual os home$s so eitos, sobre as suas recue possa gerar tomadas de posi+o
e$tre alter$ati"as para o agir a$te o ser social.
e modo >ue, em pri$cuirir uma eiccia
ob*eti"a >ua$do $o seu ob*eto i$te$cio$al pe em mo"ime$to
home$s, or+as, etc., reaisO @478A. !l?m disso, depe$de de um
co$hecime$to o mais aproimado possue >ual>uer
deciso >ue suscita uma a+o tem lugar em circu$stD$cias >ue o
homem, >ue reali/a a posi+o teleolgica, $o est em co$di+es
de pre"er completame$te e, porta$to, de co$trolarO @46A,
comporta, para >ual>uer posi+o, um coeicie$te de i$certe/a.
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) homem operacio$ali/a as posi+es do trabalho sempre
com um domue ? possue, $o se$do reali/"el, seredu/ a um ato de co$sciC$cia tor$ada impote$te dia$te da
$ature/aO @21A. Porta$to, a escolha do homem, $o trabalho, ?
ob*eti"ame$te orie$tada pelo carter material do ob*eto. Para as
posi+es teleolgicas do segu$do tipo as coisas so um pouco
diere$tes. Segu$do JuKcs,
as mais primordiais co$se>WC$cias da i$cipie$te di"iso dotrabalho colocam aos home$s tareas cu*a eecu+o eige emobili/a or+as psuicas $o"as, di"ersas da>uelas
re>ueridas pelo processo laborati"o "erdadeiro e prprio@pe$seEse $a coragem pessoal, $a astFcia e e$ge$hosidade,$o altruua$to maisdese$"ol"ida ? a di"iso social do trabalho EE diretame$te,$o imediato a despertar, corroborar e co$solidar $oshome$s estes se$time$tos tor$ados i$dispe$s"eis @46A.
e modo >ue $as posi+es teleolgicas secu$drias o
NmaterialO da posi+o do im ? o homem, suas rela+es, suas
ideias, seus se$time$tos, sua "o$tade, suas aptides. !ssim,trataEse de um campo N>ualitati"ame$te mais oscila$te, sua"e,
impre"isue regem a
ob*eti"idade $atural, ai$da >ue oere+am diiculdades $a sua
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apree$so, sig$iicam me$or possibilidade de impreciso e
impre"isibilidade >ue o huma$o.
!ssim se$do, o Ncoeicie$te de i$certe/a ?, como sabemos,
$o some$te mais alto, mas tamb?m de uma ordem de gra$de/a
>ue lhe co$ere uma >ualidade di"ersaO@478A. ) cue $o
trabalho, $o se$tido estritoO@46A. Isto ?, o dese$"ol"ime$to $o
campo eco$0micoEmaterial a"a$+a $uma propor+o desigual em
compara+o ao dese$"ol"ime$to das rela+es $o Dmbito das
or+as produti"as. ) dese$"ol"ime$to eco$0mico e o
(%
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dese$"ol"ime$to das rela+es, ai$da >ue articulados, $o se
reali/am igualme$te $a mesma propor+o.
Isto tem uma ra/o de ser, pois o ob*eto sobre o >ual as
posi+es teleolgicas secu$drias recaem so os prprios home$s
e, Npor pri$cue a posi+o de"e
mirar podem ser, assim, clarame$te precisadosO @464A.e modo
>ue tais posi+es $o esto em co$di+es de eercer um co$troledireto e correti"o sobre o ob*eto, ou se*a, Nas posi+es >ue agem
sobre outros home$s $o podem $u$ca chegar B>uele
determi$ismo u$
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Dmbito da i$te$cio$alidade, as opera+es laborati"as se
caracteri/am por um im F$ico, bem determi$ado, e$>ua$to $as
teleologias secu$drias dirigemEse a um "ariado campo de
rea+es huma$as.
ma sig$iicati"a diere$+a e$tre teleologia primria e
secu$driaest $o ato >ue uma posi+o teleolgica secu$dria
pe em mo"ime$to, em dei$iti"o, $o uma cadeia causal, masuma $o"a posi+o teleolgicaO @46A. ecorrem da< problemas
de $ature/a di"ersa do i$tercDmbio orgD$ico com a $ature/a,
tamb?m $o se$tido de >ue os co$hecime$tos >ue i$lue$ciam as
posi+es teleolgicas secu$drias so mais diue se dese*a suscitar, e isto por>ue, EE em co$traposi+oaos ob*etos $aturais, em cu*a eistC$cia imediata parecedesaparecer o modo pelo >ual $ascem, EE todo aeto, toda
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atitude perma$ece ligada pelo co$teFdo e pela orma Besp?cie de sua gC$ese @466A.
!ssim, o processo de trabalho, e$>ua$to tal, se dese$"ol"e
de$tro de sua legalidade prpria, i$depe$de$teme$te do >ue se
passa $a cabe+a do homem >ue trabalha, da>uilo >ue ele pe$sa
ou adota como meio de sua reali/a+o, ou se*a, das
represe$ta+es >ue ele cria sobre a realidade eiste$te. Mas
posi+es teleolgicas secu$drias as represe$ta+es esto ligadas
B $ature/a dos se$time$tos e das ideias >ue prete$de pro"ocar,
tor$a$do mais diue resulta $um
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produto social esse$cialme$te huma$o. Qale destacar >ue, para
JuKcs,
>ual>uer >ue se*a o grau de di"ersidade a >ue se podechegar, $o se elimi$a o eleme$to comum, em Fltimaa$lise decisi"oH em ambos os casos, trataEse de posi+esteleolgicas, cu*o sucesso ou i$sucesso depe$de doco$hecime$to >ue o su*eito >ue pe te$ha da co$stitui+odas or+as >ue de"em ser postas em mo"ime$toH da
preciso com a >ual o su*eito correspo$de$teme$te este*aem co$di+es de atuali/Elas da ma$eira dese*ada $asse>WC$cias causais $ela ima$e$tes @33(A.
'm suma, sob todos os aspectos, as posi+es teleolgicas
secu$drias, embora se dese$"ol"am co$comita$teme$te Bs
ati"idades laborati"as, $o se co$u$dem com o trabalho $o
se$tido estrito. &ompem o co$*u$to de atos >ue caracteri/am a
totalidade do mu$do dos home$s como compleo de compleos,
participa$do da co$stitui+o da i$terioridade das pessoas e do
dese$"ol"ime$to huma$o e$>ua$to processo histrico.&omo * oi dito, tais posi+es so etremame$te
importa$tes para >ue a esera eco$0mica possa se ma$ter e se
reprodu/ir. Isto por>ue a sociedade se dese$"ol"e a tal po$to
>ue o modo de se ma$iestar da $ecessidade cada "e/ mais tor$aE
se caracteri/ado por i$du/ir, impelir ou coagir os home$s a
tomarem determi$adas decises teleolgicas ou de impedir
determi$adas tomadas de deciso.
&om o dese$"ol"ime$to social as posi+es teleolgicas
secu$drias ga$ham corpo e, al?m do mais, Ncom a diere$cia+o
social de $
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tor$aEse a base espiritualEestrutura$te