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SECRETARIA ADJUNTA DE COMPRAS E LICITAÇÕES DIVISÃO JURÍDICA
PARECER JURÍDICO
Ref.: Pregão Presencial pelo Sistema de Sistema de Registro de Preços n°. 396/2015 - CPL04.
Objeto: Contratação de Empresa para fornecimento de gases medicinais tipo
oxigénio medicinal e ar comprimido
Órgão Solicitante: Secretaria de Saúde - SESACRE.
RELATÓRIO
Versa o presente processo sobre certame licitatório, cujo objeto é a contratação de empresa para fornecimento de gases medicinais tipo
oxigênio medicinal e ar comprimido, armazenados em cilindros, destinados a
atender as necessidades das unidades de saúde, no âmbito da Secretaria de
Estado de Saúde - SESACRE. Após a impugnação e retificação do subitem 23.11, do edital a
abertura da sessão pública ocorreu em 12.08.20 15 sendo credenciadas as
empresas G. CAETANO E CIA LTDA - EPP e SEPARAR PRODUTOS E SERVIÇOS LTDA.
Da análise das propostas foi verificado que a empresa SEPARAR
PRODUTOS E SERVIÇOS LTDA não especificou o grau de pureza mínima de
99,5% do produto, exigida na descrição do objeto, no anexo 1 - termo de
referência, no item 5, mas atendia ao item 9.2, do referido anexo,- RDC n.
50/2002. Ato contínuo a empresa alegou que as especificações da empresa G.
CAETANO E CIA não atendiam a RDC, motivo pelo qual a pregoeira decidiu
suspender a sessão para análise detalhada das propostas, por equipe da
Secretaria de Saúde.
No parecer técnico, a equipe de farmacêuticos da SESACRE
informa que não tem como avaliar o teor de pureza do oxigênio, nem
tampouco afirmar que se trata de outro tipo de oxigênio medicinal, diferente
da especificação do edital, e conclui que a empresa G. CAETANO E CIA LTDA
atende a descrição do produto conforme o edital.
Reaberta a sessão, no dia 20/08/2015, a pregoeira, com base no
referido Parecer, desclassificou a proposta de preços da empresa SEPARAR
PRODUTOS E SERVIÇOS LTDA, que não aprese o grau de pureza
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mínima exigido nas especificações do item 5 do edital do anexo 1 - termo de
referência.
No entanto, a pregoeira constatou que a empresa G. CAETANO E
CIA LTDA-EPP apresentou patrimônio líquido inferior a 10% do valor de sua
proposta para os lotes 1 e 2, descumprindo o subitem 11.29, alínea "c", do
edital (falha na documentação habilitatória e saneamento em 2 dias).
Após a recusa do prazo de saneamento pela empresa, a mesma
quis ofertar novo valor na negociação do lote 1, o que lhe fora informado da impossibilidade pela pregoeira, em virtude da fase de negociação já ter sido
encerrada.
Diante dos fatos, a pregoeira suspendeu a sessão, por alguns
minutos, para consulta ao jurídico da SELIC, e após decidiu pela inabilitação
da empresa G. CAETANO E CIA LTDA - EPP para o lote 1.
Em seguida as empresas manifestaram sua intenção de recorrer. A
empresa SEPARAR PRODUTOS E SERVIÇOS LTDA se irresignou contra a
desclassificação de sua proposta para os lotes 01 e 02 e a classificação da empresa G. CAETANO E CIA LTDA - EPP, por discordar do parecer técnico da equipe da SESACRE. Não apresentou as razões.
A empresa G. CAETANO E CIA LTDA - EPP recorreu contra a sua inabilitação para o lote 1, indicando nas razões: que não apresentou balancete em substituição ao balanço patrimonial, que apresentou para complementar informações acerca da evolução financeira da empresa; que a pregoeira se nega a aceitar a nova proposta mais vantajosa para a
Administração, ferindo o princípio da economicidade; ao final requer a
habilitação para o lote 01, ou pela correta apresentação da documentação de
sua qualificação econômico financeira ou pelo direito de renegociação dos
preços, por ser mais vantajoso á Administração.
É o que consta relatar.
DO PARECER
Quanto ao recurso da empresa G. CAETANO CIA LTDA-EPP, nome fantasia TECNOMED:
O edital no item 12.6 é claro ao exigir que o licitante comprove sua
qualificação econômico-financeira por meio de balanço patrimonial (letra b) e
seu balanço deverá comprovar que possui patrimônio líquido igual ou superior a 10% do valor da proposta (letra c).
No entanto, a empresa às fis. 473/485, apresentou tanto o balanço
quanto o balancete com valores de patrimônio líquido inferior ao lance dado
para o lote 1, conforme se percebe da análise do relatório de lances à fl. 430.
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DIVISÃO JURÍDICA Assim as razões da empresa não merecem guarida, senão vejamos:
Dentre as principais garantias no processo licitatório é a vinculação
da Administração ao edital que regulamenta o certame. Trata-se de uma
segurança para o licitante e para o interesse público, extraída do princípio do
procedimento formal, que determina à Administração que observe as regras
por ela própria lançadas no instrumento que convoca e rege a licitação.
O instrumento convocatório e a lei do caso, ou seja, aquela que ira
regular a atuação tanto da administração pública quanto dos licitantes. Esse
princípio é mencionado no art. 3° da Lei de Licitações, e enfatizado pelo art.
41 da mesma lei que dispõe que: a Administração não pode descumprir as normas e condições do edital, ao qual se acha estritamente vinculada.
Quando o edital impuser comprovação de certo requisito na
habilitação, este será indispensável, sob pena de violação ao referido princípio.
Sobre o tema, igual orientação pode ser encontrada no Supremo
Tribunal Federal, a seguir demonstrado: RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA.
CONCORRÊNCIA PÚBLICA. PROPOSTA FINANCEIRA SEM
ASSINATURA. DESCLASSIFICAÇÃO. PRINCÍPIOS DA VINCULAÇÃO AO INSTRUMENTO CONVOCATÓRIO E DO JULGAMENTO OBJETIVO. 1. Se o licitante apresenta sua proposta financeira sem assinatura ou rubrica, resta caracterizada, pela apocrifia, a inexistência do documento. 2. Impõe-se, pelos princípios da vinculação ao instrumento convocatório e do julgamento objetivo, a desclassificação do licitante que não observou exigência prescrita no edital de concorrência. 3. A observância ao princípio constitucional da preponderância da proposta mais vantajosa para o Poder Público se dá mediante o cotejo das propostas válidas apresentadas pelos concorrentes, não havendo como incluir na avaliação a oferta eivada de nulidade. 4. É imprescindível a assinatura ou rubrica do licitante
na sua proposta financeira, sob pena de a Administração não poder
exigir-lhe o cumprimento da obrigação a que se sujeitou. 5. Negado
provimento ao recurso. RMS 23640/DF
Aceitar nova proposta, por parte da recorrente, após passada tal
fase, é ferir outro princípio basilar que a Administração pública norteia toda e
qualquer atividade sua: o principio da legalidade. Senão vejamos:
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O art. 11, do Decreto Estadual n. 597212010:
"XXI - encerrada a etapa competitiva e ordenadas as propostas, o
pregoeiro examinará a aceitabilidade da primeira oferta classificada, decidindo motivadamente a respeito;
XXII - concluída a etapa classificatória das propostas e lances verbais, e sendo aceitável a proposta de menor preço, o pregoeiro dará início à fase de habilitação, com a abertura do envelope contendo a documentação do proponente da melhor oferta, confirmando as suas condições habilitatórias; XXIII - a habilitação far-se-á com a verificação de que o licitante atende as exigências do edital quanto à habilitação jurídica,
qualificação técnica, qualificação econômico-financeira, regularidade
fiscal e cumprimento do disposto no inciso XXXIII do art. 7° da Constituição Federal;"
Assim, não há como a empresa recorrente propor novo valor de
lance a sua proposta depois de encerrada tal fase e prosseguindo-se à fase de habilitação.
A questão suscitada pela recorrente no que tange a observância ao
princípio constitucional da preponderância da proposta mais vantajosa para o Poder Público somente se dá mediante o cotejo das propostas válidas apresentadas pelos concorrentes. Uma nova proposta em fase não permitida eiva o certame de nulidade.
Portanto, suas razões não podem prosperar.
Quanto ao recurso da empresa SEPARAR PRODUTOS E SERVIÇOS LTDA:
Aduz que a empresa G. CAETANO & CIA LTDA - EPP não atende a
RDC n. 69/2008 da ANVISA, solicitada no item 9.1 do termo de referência.
O art. 2° da referida Resolução exige que as empresas fabricantes de
gases medicinais regularizem à Autorização de Funcionamento e a Autorização de Funcionamento para a obtenção do Certificado de Boas
Práticas de Fabricação. No entanto, a resolução 16/2014 em seu art. 50,
inciso IV, dispensa a AFE para empresas fabricantes e fornecedoras de gases
medicinais, e quanto ao Certificado de Boas práticas, quando exigido, nos
termos do Parecer da PGE n. 57/2012, dar-se-á na contratação, o que não é o
caso. Alega ainda que, mesmo não especificando o grau de pureza em
cada item, apresentou proposta de acordo com o item 9.2 do termo de referência: nos termos da RDC 50/2002 da ANVISA. No entanto, a referida
Resolução em nada trata de grau de pureza. Ana \ oC"V2.68 .
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Aqui se aplica o dito alhures no que se refere à vinculação ao edital.
Está claro que a empresa não atende as especificações do objeto exigidas no
anexo 1-termo de referência, item 5.
O princípio da vinculação ao instrumento convocatório possui
extrema relevância, na medida em que vincula o licitante, nos termos do
edital.
Recomendo, ainda, que o órgão licitante se abstenha de inserir
exigências na descrição do objeto, no termo de referência, que ele próprio não
terá condições de avaliar se o contratante fornecerá o objeto conforme o
solicitado.
Por todo o exposto, com base nos motivos de fato e de direito
supramencionados, sugiro que seja declarada fracassada a licitação no item 1, mantendo-se para o item 2 como vencedora a empresa G. CAETANO E CIA LTDA - EPP, nos termo do julgamento do Pregoeiro.
É parecer, que submeto a apreciação superior.
Rio Branco, 08 e setembro de 2015.
de Assessora Jurídica - SELIC/SGA/O /AC 2.868
Decreto 807/2015
Licitaçao N 0
ESTADO DO ACRE Secretaria de Estado da Gestao Administrativa
Secretaria Adjunta de Compras e Licitaçaes GABINETE bO SECRETÁRIO AbJUNTO
Ref.: Pregão Presencial por Registro de Preços n°. 396/2015 - CPL 04.
Objeto: Aquisição de oxigênio e ar comprimido
Órgão Solicitante: SESACRE
O Secretário Adjunto de Compras e Licitações, vinculado a
Secretaria de Estado da Gestão Administrativa, no uso de suas atribuições,
resolve:
Considerando a conclusão do parecer proferido pela Assessoria
Jurídica e a ata de julgamento do recurso pelo Pregoeiro, conheço dos
recursos, no mérito julgo-os improcedentes, e decido por declarar
fracassada a licitação para o lote 1, mantendo-se para o lote 2 como
vencedora a empresa G. CAETANO E CIA LTDA - EPP.
Em ato contínuo, adjudico o lote 2, para a empresa G. CAETANO E
CIA LTDA - EPP.
À pregoeira para dar ciência e outras providências cabíveis.
Cumpra-se.
Rio Branco, 08 de setembroM 2015.
\ Josídiè'rquis Secretáo Adjuito de Compras e Licitações
Estrada do Aviário n°927, Bairro do Aviário - Rio Branco —AC - CEP: 69.900-830 - fone: (68) 3215-4600/3215-4636
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