guia de estudos - unced 1992 | minionu 15 anos

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Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e o Desenvolvimento de 1992 Os Desafios do Desenvolvimento Sustentável Leonardo Duarte Diretor Luiz Terra de Araújo Coelho Diretor Assistente Natália Martins Diretora Assistente

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Page 1: Guia de Estudos - UNCED 1992 | MINIONU 15 Anos

Conferência das Nações Unidas sobre Meio

Ambiente e o Desenvolvimento de 1992

Os Desafios do Desenvolvimento Sustentável

Leonardo Duarte Diretor

Luiz Terra de Araújo Coelho

Diretor Assistente

Natália Martins Diretora Assistente

Page 2: Guia de Estudos - UNCED 1992 | MINIONU 15 Anos

SUMÁRIO

1 CARTA DE APRESENTAÇÃO .......................................................................................... 3

2 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 5

3 CONTEXTO HISTÓRICO .................................................................................................. 6

3.1 Antecedentes da Conferência ............................................................................................ 7

4 DEFINIÇÃO DO TEMA .................................................................................................... 10

5 ESTRUTURA DO COMITÊ .............................................................................................. 12

5.1 Regulamento ..................................................................................................................... 13

5.1.1 Representações na Conferência ..................................................................................... 13

5.1.2 Delegados ........................................................................................................................ 13

5.1.3 Idioma oficial .................................................................................................................. 13

5.1.4 Pronunciamentos do Secretariado ................................................................................. 13

6 QUESTÕES RELEVANTES PARA A CONFERÊNCIA ............................................... 14

7 POSIÇÃO DOS BLOCOS .................................................................................................. 14

7.1 Países desenvolvidos ......................................................................................................... 14

7.2 Países em desenvolvimento .............................................................................................. 15

REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 17

Page 3: Guia de Estudos - UNCED 1992 | MINIONU 15 Anos

1 CARTA DE APRESENTAÇÃO

Estimados delegados,

sejam bem vindos ao ano de 1992, onde nos encontraremos na cidade do Rio de

Janeiro durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o

Desenvolvimento – UNCED1. É com um enorme prazer que eu convido os senhores para

repensar o modelo atual de crescimento e desenvolvimento e buscar soluções para questões

econômicas, políticas, sociais, ambientais e institucionais sob a perspectiva do

desenvolvimento sustentável. Essa não será uma tarefa fácil e, portanto, espero que esse guia

de estudos possa lhes auxiliar a dar início nessa jornada. Gostaria de ressaltar que esse guia

perpassa de forma abrangente pelas principais questões que serão abordadas no comitê,

cabendo aos senhores uma pesquisa mais aprofundada.

Eu sou Leonardo Duarte, graduado em Relações Internacionais pela PUC Minas e

especialista em Empreendedorismo Social e Desenvolvimento Sustentável pela Grande École

IESEG School of Management, em Lille na França. Atuei como diretor de comitê em 3

edições do MINIONU e fui membro da delegação do Grupo Majoritário de Crianças e Jovens

para a Rio+20. Pelo meu trabalho com desenvolvimento comunitário fui reconhecido como

Global Changemaker pelo Conselho Britânico e fui convidado a ser o Fundador-Curador do

HUB Belo Horizonte do Global Shapers, uma iniciativa do Fórum Econômico Mundial.

Voltei recentemente de uma imersão na Mondragón Team Academy, escola Basca de

inovação social, onde aprofundei meu conhecimento em empreendedorismo de equipe e

atualmente sou consultor de educação informal e empreendedorismo focado em metodologias

colaborativas e inovadoras. Sou também facilitador do Jogo Oasis BH e do

TEDxBeloHorizonte.

“É com enorme prazer que eu, Luiz Terra, dou as boas vindas aos senhores delegados.

Sou graduando em Relações Internacionais pela PUC Minas, fui diretor-assistente do

preterido comitê da OUA 1982 na 14ª edição do MINIONU. Formado em nível técnico em

História em Quadrinhos pela Casa dos Quadrinhos em Belo Horizonte, fui convencido a

seguir minha vocação artística na faculdade de Artes Plásticas pela UEMG, na qual permaneci

até perceber que meu lugar não era ali. Humanista Universalista e zen-budista, ingressei nas

Relações Internacionais a fim de projetar minha preocupação com o mundo em soluções

pragmáticas.”

1 UNCED, em inglês: United Nations Conference on Environment and Development

Page 4: Guia de Estudos - UNCED 1992 | MINIONU 15 Anos

“Após três participações no MINIONU como delegada e alguns anos longe das

simulações, é com enorme prazer que eu, Natália Martins, retorno ao comitê UNCED 1992

como diretora-assistente. Sempre acreditei que a análise do passado nos dá um entendimento

melhor dos acontecimentos do presente e nos permite delinear o futuro. Por isso, a

importância desse comitê - que aborda temas que não se limitam somente ao meio ambiente,

mas que abrangem também economia, sociedade, cultura, cooperação e desenvolvimento.

Assim, agradeço o convite e a oportunidade do sempre amigo Leonardo Duarte; a

participação dos senhores delegados e espero poder contribuir com a minha experiência e

atender às expectativas de todos. Desejo um ótimo trabalho a vocês e que as lições discutidas

aqui possam servir de exemplo para o crescimento pessoal de cada um.”

Gostaria ainda de aproveitar a oportunidade e agradecer pontualmente algumas

pessoas que foram essenciais para a realização desse comitê. Ao senhor Martin Lees,

secretário-geral do Clube de Roma e ao senhor Henrique Brandão Cavalcanti, ex-diplomata

brasileiro, que tão gentilmente enviaram inúmeros documentos que auxiliaram na produção

desse guia. Ao departamento de Relações Internacionais da PUC Minas pelo gentil convite de

voltar a moderar um comitê no MINIONU. A Guilherme Casarões, Breno Gil, Mila Batista e

Priscila Gomes, amigos ao longo de anos de modelos que são fonte da minha inspiração. Aos

meus queridos assistentes por partilharem do meu sonho. Aos senhores, delegados, por

confiarem no empenho dos diretores deste comitê. Nós esperamos não apenas atender suas

expectativas como excedê-las.

Delegados, reitero minhas boas vindas ao MINIONU 15 ANOS e espero que esse

modelo seja uma experiência única na vida de vocês e que todos possam desenvolver-se

pessoal e academicamente, fazer novas amizades e sentir saudades do próximo MINIONU já

no ano que vem.

Saudações e até dia 3 de Junho de 1992!

Leonardo Duarte

Secretário Geral da Conferência

[email protected]

Luiz Terra Natália Martins

Assistente Assistente

Page 5: Guia de Estudos - UNCED 1992 | MINIONU 15 Anos

2 INTRODUÇÃO

As relações internacionais até a década de 70 foram moldadas através de debates na

esfera econômica, política e militar. Questões sociais e ambientais não faziam parte da agenda

internacional, em especial num momento de grande tensão como a Guerra Fria. Entretanto,

enquanto a segurança era a principal preocupação dos Estados, as Nações Unidas decidiram

realizar o primeiro encontro internacional para discutir medidas de governança ambiental, a

Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, em Estocolmo em 1972.

Quando realizada, a UNCHE foi uma iniciativa inovadora em um momento delicado nas

relações internacionais, mas que ajudou a moldar as bases de um mundo mais saudável.

Ao longo dessas duas décadas a Declaração de Estocolmo mudou a consciência dos

Estados para pensar em questões ambientais localmente, e não apenas no nível de recursos

naturais partilhados, como a Antártica. Foram criadas inúmeras agências especializadas, e

mais de 1200 acordos bilaterais e multilaterais foram firmados nas diversas conferências

realizadas pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. Estocolmo colocou pela

primeira vez o meio ambiente na agenda internacional e preparou o cenário para ações

internacionais ao longo desses 20 anos.

Apesar do sucesso, Estocolmo falhou em prevenir problemas ambientais como a

degradação da camada de ozônio e a mudança do clima global, que afetaram o mundo inteiro,

e também alguns desastres pontuais como Chernobyl e Bhopal2. Apenas alguns anos mais

tarde ficou reconhecida a ligação entre enchentes e secas na África e Ásia como resultado de

ações de longo prazo da ação humana no ambiente.

O mundo finalmente percebeu a inter-relação entre o meio ambiente e a economia.

Governos e corporações passaram a considerar o impacto ambiental antes de serem acordadas

novas políticas comerciais internacionais. As desigualdades entre o Norte e Sul – pobreza,

dívida e recursos naturais – promoveram o cenário para grandes negociações internacionais.

Entretanto, é em meio a esse progresso que emerge uma questão fundamental: um país não

pode desenvolver-se economicamente quando seu meio ambiente está degradado, nem

recuperar seu meio ambiente sem desenvolver-se economicamente.

A decisão de realizar a UNCED refletia essas mudanças. Até esse momento os debates

internacionais voltavam-se para questões de segurança entre Leste e Oeste, mas as questões

do meio ambiente e desenvolvimento entre Norte e Sul assumiam cada vez mais essa posição.

2 Dois dos maiores desastres nucleares/industriais que mataram milhares de pessoas e contaminaram o meio

Ambiente.

Page 6: Guia de Estudos - UNCED 1992 | MINIONU 15 Anos

Embasada especialmente nos trabalhos da Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente

e o Desenvolvimento, que em 1987 desenvolveu o tema do desenvolvimento sustentável, a

Assembléia Geral recomendou ao secretário-geral a realização de uma conferência para se

debater o meio ambiente mundial.

“A Conferência deverá elaborar estratégias e medidas para conter e reverter os efeitos

da degradação ambiental em um contexto de maior esforço nacional e internacional

para promover um desenvolvimento sustentável e ambientalmente saudável em todos

os países”. 3

Em função desse cenário onde o impacto latente da ação humana causa tamanha

degradação ambiental que perpassa as tradicionais fronteiras territoriais é necessário um

amplo debate nas esferas políticas, econômicas, sociais e institucionais entre chefes de

Estados, agências especializadas, organizações internacionais e membros da comunidade

civil. O futuro do planeta e a manutenção da vida tal qual a conhecemos depende do rumo das

negociações dessa conferência.

3 CONTEXTO HISTÓRICO

O momento de convocação da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente

e o Desenvolvimento foi marcado pelo fim da Guerra Fria e trazia consigo desconfianças,

mágoas e problemas ainda não resolvidos que geraram uma conjuntura não condizente com o

otimismo da passagem dos anos 80 para 90. Como prova disso cita-se que os efeitos da

resolução da Guerra do Golfo fez, inclusive, a ONU voltar a ser vista como um instrumento

dos países poderosos para legitimar suas ações unilaterais. (ALVES,2001).

“Se essas desconfianças, provocadas pela Guerra do Golfo e outros acontecimentos

congêneres, eram tidas particularmente na esfera da paz e da segurança em sentido

estrito, outras diziam respeito à possibilidade de tratamento equânime para os

“novos temas”, inclusive, é claro, para o mais ostensivamente global de todos: o do

meio ambiente, Achava-se, então, com sobejos motivos, que o antagonismo

ideológico Leste-Oeste recém-superado seria substituído pelo recrudescimento do

conflito Norte-Sul.”(ALVES,2001,p.60)

Observa-se que na denominação do “conflito Norte-Sul” infere-se as origens dos

males globais (narcotráfico, corrupção política, ignorância e crime, por exemplo), que

passavam a ser associados aos Estados do hemisfério sul.

3 United Nations A/RES/44/228 (United Nations Conference on Environment and Development)

Page 7: Guia de Estudos - UNCED 1992 | MINIONU 15 Anos

Porém, diante da permanência e agravamento de problemas ambientais oriundos do

“crescimento exponencial de seus vetores regulares”(ALVEZ, 2001,p.62), o impacto da

opinião pública incorporada por muitos governos, fez-se refletir nos domínios internacionais e

como demonstração de uma maior preocupação em conciliar desenvolvimento e

sustentalibidade, a UNCED deve portanto, abordar de maneira mais profunda e complexa a

problemática exposta vinte anos antes na Conferência de Estocolmo, em 1972. Abaixo segue

brevemente esse processo:

“Em meados da década de 1980, a Onu encomendou ao Programa das Nações

Unidas para Meio Ambiente – Pnuma – a formulação das estratégias ambientais para

além do ano 2000. Daí emergiu, em 1987, o famoso “Relatório

Brundtland”,informalmente batizado com o nome da primeira-ministra da Noruega

que presidia os trabalhos da comissão internacional de peritos constituída para esse

fim. O relatório discorria sobre a necessidade de promover-se um “desenvolvimento

sustentável”. Ainda que explicitada como uma necessidade auto-restritiva e não a ser

imposta de fora, essa qualificação ao desenvolvimento era vista inicialmente com

desconfiança pelos países de Terceiro Mundo como outra limitação potencial a seus

anseio de progresso econômico - e é até hoje objetada por importante parcela dos

setores produtivos dos países industrializados por motivos mais imediatistas e

interesseiros. Não obstante, o conceito logo passou a servir de base às discussões

internacionais sobre o tema.

Em 1988, quando se completavam vinte anos da proposta original sueca para a

Conferência de Estocolmo, a Assembléia Geral da ONU aprovou a resolução n°

44/228, pela qual convocava a conferência em junho de 1992, aceirando a oferta do

Governo brasileiro de sediá-la no Rio de Janeiro.”(ALVES,2001,p.63)

Então, por um lado, percebe-se que uma das evidências da diferença de Estocolmo, em

1972, para a UNCED, é que a última será realizada em um país em desenvolvimento, o que

indica que a questão – ambiental – não deve ser mais tratada como um “luxo” dos Estados

ricos, mas que se tornou um tópico demandado por todo o sistema internacional. Por outro,

torna-se importante não olvidar que os objetivos dos países desenvolvidos e dos países em

desenvolvimento continuam tendo uma disparidade substancial, mesmo que tenham se

alterado algumas das percepções relativas ao meio ambiente, como também a configuração de

tensões entre superpotências (PRESTRE, 2001).

Dessa forma, observa-se que a UNCED virá a “catalisar a cooperação internacional em

favor de uma série de ações concretas e ambiciosas com vistas ao crescimento econômico à

melhora da qualidade de vida dos indivíduos e à proteção do ambiente natural”

(PRESTRE,2001,p.2002).

3.1 Antecedentes da Conferência

Page 8: Guia de Estudos - UNCED 1992 | MINIONU 15 Anos

A constante busca dos Estados desenvolvidos pelo aumento de suas riquezas e a

disparidade entre a preocupação com o avanço econômico e a segurança ambiental dão

origem a esta conferência. O primeiro fator acarreta em um aumento constante da

industrialização nos países desenvolvidos e a uma cópia desta pelos países em

desenvolvimento. A mecanização dos processos produtivos tem como conseqüência um

grande acréscimo de gases que intensificam o efeito estufa, apesar deste ser um fenômeno

natural terrestre, e, devido à falta de recursos de saneamento básico, a poluição desenfreada de

rios e lagos.

Na década de 60 iniciam-se as discussões sobre os impactos do uso desenfreado dos

meios naturais e quais os desdobramentos que estes acarretariam futuramente. A intensidade

destes debates faz com que a atenção internacional se volte para este tema, tanto que, em

1972, a ONU promoveu a UNCHE. No mesmo ano ainda, o relatório Limites do Crescimento,

encabeçado pelo pesquisador Denis Meadows e seus companheiros do Clube de Roma,

revelou que se nada fosse feito e o ritmo de industrialização, poluição e utilização dos

recursos naturais fossem mantidos, no máximo em 100 anos a capacidade máxima do planeta

Terra seria alcançada. Tais fatores levaram um novo problema aos Estados desenvolvidos e

aos em desenvolvimento: como continuar a crescer economicamente sem prejudicar as futuras

gerações e como lidar com a questão do avanço econômico dos países em desenvolvimento

que são julgados como os grandes vilões do meio ambiente pelos países desenvolvidos.

Em 1973, na pesquisa do canadense Maurice Strong, aparece pela primeira vez o

termo eco-desenvolvimento caracterizando uma proposta de política de desenvolvimento que

não degradasse os meio naturais. Tal pesquisa tinha cinco pontos principais: sustentabilidade

nas esferas social, econômica, ecológica, espacial e cultural. O objetivo desta era propor um

outro caminho a economia mundial, possibilitando assim uma melhoria tanto na qualidade de

vida da população quanto na preservação do meio ambiente. A teoria do eco-

desenvolvimento, além de abranger pontos de preservação do meio-ambiente, ainda

ressaltava a importância de reverter os processos destrutivos causados pela industrialização.

Apesar de ter influenciado a mudança de práticas nos Estados desenvolvidos e nos em

desenvolvimento, a vertente do eco-desenvolvimento perde força na década de 80 em

detrimento da crise econômica, a qual deslocou a atenção dos Estados para questões internas.

Mas tal perda foi somente na prática, pois no campo teórico esta não sucedeu.

Com a Declaração de Cocoyok em 1974, a qual foi realizada por um departamento da

ONU, surge uma outra visão sobre a degradação ambiental. Nessa declaração consta que a

degradação na Ásia, África e América Latina é decorrente da pobreza, a qual implica em uma

Page 9: Guia de Estudos - UNCED 1992 | MINIONU 15 Anos

maior utilização do solo e dos recursos naturais. Nesta, a justificativa da demasiada

exploração e degradação do meio ambiente deixa de recair sobre a industrialização e passa a

recair sobre a pobreza.

No ano de 1975 a ONU divulga a Declaração de Dag-Hammarskjöld, a qual vem a

completar a Declaração de Cocoyok. Desta vez, a ONU declara que as grandes potências

coloniais acabaram por concentrar a posse das terras férteis das colônias em poder de poucos,

fato que obrigou a população a degradar novas áreas para manterem sua própria

sobrevivência. Este documento apresentava mudanças na estrutura da posse de territórios nas

colônias, mas foi rejeitado pelos países industrializados.

O documento Our Common Future (Nosso Futuro Comum) ou relatório Brundtland,

conseguiu uma aceitação maior do que seus antecessores. Elaborado durante a Conferência

Mundial sobre Meio Ambiente e o Desenvolvimento, em 1987, este tinha um caráter menos

crítico do que as outras declarações apresentadas. Isso pode ser observado através da seguinte

declaração, “desenvolvimento sustentável é desenvolvimento que satisfaz as necessidades do

presente sem comprometer a capacidade de as futuras gerações satisfazerem as suas próprias

necessidades”¹. Outro ponto que explica a grande aceitação deste documento,é que este

explica como deve decorrer o crescimento alinhado ao desenvolvimento nos países

desenvolvidos, e como aqueles em desenvolvimento devem proceder para acabar com a

pobreza e poderem se desenvolver nos moldes do desenvolvimento sustentável.

O relatório de Brundtland apresentou também uma lista de providências que devem

ser tomadas pelos Estados para atingirem os fins propostos. São elas:

I) limitação do crescimento populacional;

II) garantia da alimentação a longo prazo;

III) preservação da biodiversidade e dos ecossistemas;

IV) diminuição do consumo de energia e desenvolvimento de tecnologias que

admitem o uso de fontes energéticas renováveis;

V) aumento da produção industrial nos países não-industrializados à base de

tecnologias ecologicamente adaptadas;

VI) controle da urbanização selvagem e integração entre campo e cidades menores;

VII) as necessidades básicas devem ser satisfeitas;

VIII) as organizações do desenvolvimento devem adotar a estratégia do

desenvolvimento sustentável;

IX) a comunidade internacional deve proteger os ecossistemas supranacionais;

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X) guerras devem ser banidas;

XI) a ONU deve implantar um programa de desenvolvimento sustentável (appud

Brüseke, 1995).²

4 DEFINIÇÃO DO TEMA

O ponto de partida para se debater sobre o meio ambiente e desenvolvimento é

entender o conceito de desenvolvimento sustentável de acordo com as Nações Unidas. A

definição adotada pela ONU foi a estabelecida pela ex-primeira-ministra da Noruega, Gro

Harlem Brundtland, presidente da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e

Desenvolvimento em 1987, previamente citada. Segundo ela

“o desenvolvimento sustentável é aquele que atende às necessidades do presente sem

comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem as suas próprias

necessidades”. 4

Segundo o relatório Nosso Futuro Comum, o desenvolvimento sustentável contém

dois conceitos fundamentais: o conceito de „necessidade‟, em especial as necessidades

essenciais dos países mais pobres do mundo que devem ser priorizados; e a noção dos limites

tecnológicos e da organização social, que no estágio atual, impossibilitam ao meio ambiente

atender as necessidades presentes e futuras.

Ao se definir os objetivos do desenvolvimento econômico e social, deve-se, portanto

levar em conta a sua sustentabilidade em todos os países – desenvolvidos ou em

desenvolvimento. Cada país possui um cenário específico, mas todos possuem características

comuns que devem derivar do conceito básico de desenvolvimento sustentável e quais

medidas são necessárias para alcançá-lo.

Por ultrapassar as tradicionais fronteiras, o conceito de meio ambiente deve ser

cuidadosamente trabalhado em um esforço coletivo. A gestão desse problema deve abranger a

duas esferas: a de “Mundo” e a de “Terra”. Por “Mundo” deve-se entender a esfera política,

econômica e social onde os indivíduos interagem e formam suas relações. “Terra” por outro

lado é o conjunto das coisas físicas ou naturais5.

4 Retirado do Relatório Nosso Futuro Comum, da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento,

pg 46. 5 Retirado de IX Mini-Onu: Guia de Estudos UNCHE 1972

Page 11: Guia de Estudos - UNCED 1992 | MINIONU 15 Anos

O desenvolvimento prevê uma transformação conjunta da economia e da sociedade.

Em uma visão que sustente apenas uma via de desenvolvimento no sentido físico, o da Terra,

ela pode ser aplicada mesmo em um sistema político rígido. Entretanto para se ter a

sustentabilidade física é fundamental que as políticas de desenvolvimento considerem

mudanças na distribuição de recursos e a relação custo-benefício.

“Há só uma Terra, mas não só um Mundo. Todos nós dependemos de uma biosfera

para conservar nossas vidas. Mesmo assim, cada comunidade, cada país luta pela

sobrevivência e pela prosperidade quase sem levar em consideração o impacto que

causa sobre os demais.” Relatório Brundtland, Nosso Futuro Comum

Dessa forma é preciso que se busquem soluções coletivas para as seguintes questões,

que individualmente, acarretam um impacto enorme na tentativa de uma transformação em

prol do desenvolvimento sustentável. A primeira delas é a pobreza. Em comunidades com

baixa renda, o índice de stress e uso excessivo da terra é muito mais elevado que em outras

regiões. Especialmente em países em desenvolvimento, que têm sua economia formada por

produtos primários, o desgaste da terra é tamanho, devido à monocultura, que algumas

porções de terra acabam por tornarem-se improdutivas ao longo do tempo.

Interligadas com a pobreza, a educação e a infra-estrutura são outras questões

fundamentais na discussão sobre desenvolvimento sustentável. Em comunidades que sofrem

com a falta ou baixa qualidade de infra-estrutura a qualidade de vida é extremamente reduzida

assim como a motivação da população em prol de mudanças. A falta de acesso a redes de

esgotos, por exemplo, além de ser fonte de inúmeras doenças para populações ribeirinhas

também causa poluição de rios e matas ciliares, o que resulta na morte de inúmeras espécies

animais e vegetais. Dessa forma o gasto com saúde do governo é extremamente elevado, pois

é preciso cuidar dessa parcela população que sofre de doenças conseqüentes da falta de

saneamento básico. Dinheiro esse que poderia ser investido em outras iniciativas que

promovessem o desenvolvimento ao invés de remediar o problema.

Quanto à educação, grande parte da população mundial, em especial nos países em

desenvolvimento, sequer conhece ainda o conceito desenvolvimento sustentável ou se

conhece possui apenas uma visão superficial do termo. Mas a questão aqui não é se a

população deve conhecer ou não esse conceito, mas sim, que uma comunidade bem educada é

capaz de fazer escolhas melhores. Em uma economia de mercado o poder de escolha dos

consumidores é uma mensagem forte aos produtores.

Dessa forma surge também a necessidade de se discutir os atuais meios de produção.

Substâncias químicas são utilizadas diariamente na produção de bens que fazem parte das

Page 12: Guia de Estudos - UNCED 1992 | MINIONU 15 Anos

nossas vidas diárias, sem que sequer saibamos qual o seu impacto no ecossistema, incluindo

nós, seres humanos. Um exemplo disso é o de Rachel Carson e seu livro Silent Springs de

1962. Graças à atuação de Carson, o dicloro-difenil-tricloroetano, mais conhecido como

DDT6, foi banido e esse processo ajudou na conscientização dos Estados Unidos sobre os

perigos das substâncias químicas, em especial o DDT. O importante durante a conferência é

buscar uma aliança internacional na padronização nos meio de produção e na verificação do

impacto desses nos ecossistemas.

Deverão ser discutidas também políticas públicas. A conscientização da população,

assim como a promoção de iniciativas mais sustentáveis, são condições sine qua non para o

sucesso da conferência. Um ponto a ser discutido sobre políticas públicas, por exemplo, é o

sistema de transporte público.

Existem ainda duas questões cruciais que deverão ainda ser debatidas: água e energia.

Em um mundo onde energia significa crescimento e desenvolvimento, é preciso se discutir

sobre novos meios de produção de energia, que não sejam finitos, assim como não contribuam

para a poluição e aumento da temperatura do planeta. O uso das águas também deverá ser

outro ponto de grande discussão. O uso inconsciente da água vem gerando uma escassez cada

vez mais de água potável no planeta. Associados ao número cada vez maior de rios poluídos,

isto contribui para um cenário de enorme preocupação sobre a sobrevivência da vida humana

no planeta.

O desenvolvimento sustentável funciona em cadeia, onde cada fator dessa equação

abala o equilíbrio de todo o sistema.

5 ESTRUTURA DO COMITÊ

A estrutura do comitê foi pensada da melhor forma para aproximar-se da realidade,

qualidade de debates e oportunidades de desenvolvimento (negociação e aprendizado) para os

delegados. Dessa forma, mesmo a agenda da Conferência tendo sido estabelecida pelo Comitê

Preparatório, a primeira sessão será dedicada para que os delegados possam formular sua

própria agenda de discussões. Quanto ao quorum, baseado no relatório A/CONF.151/26 que

contém a lista completa de atores que participaram da UNCED 1992, foi feito um cálculo

6 O DDT foi desenvolvido em 1939 para ser aplicado em pesticidas. Foi utilizado durante a Segunda Grande

Guerra com sucesso pelo exército americano além mar. Já na metade da década de 40 era amplamente

utilizado por fazendeiros em todo os Estados Unidos. A pesquisa de Rachel Carson provou que o DDT era

prejudicial a saúde humana, assim como desestabilizava o ecossistema, quebrando a cadeia alimentar.

Page 13: Guia de Estudos - UNCED 1992 | MINIONU 15 Anos

levando em conta a proporção de representações por zona geográfica e econômica. A lista de

atores escolhidos segue no próximo tópico.

As regras do comitê e seu processo decisório são o seguinte: cada delegado tem direito

de voz e voto. Países com status de observador, OI‟s e ONG‟s não votam em questões

substantivas.

Oitenta países irão compor esta conferência e outros dez membros serão de OI‟s e ONG‟s,

somando um total de 90 representações.

O comitê contará com representação individual e o idioma será o português.

5.1 Regulamento

5.1.1 Representações na Conferência

Cada país será representado por um (1) delegado, tendo direito a voz e voto. As

Organizações Internacionais e empresas privadas têm voz, não voto, em questões substantivas

(como votação de propostas de resolução e de emendas). Para demais questões, tais

representações têm direito a voz e voto.

5.1.2 Delegados

São considerados delegados os representantes de Países e OIs devidamente

credenciados, conforme orientações e diretrizes apresentadas pela Organização e Secretariado.

5.1.3 Idioma oficial

O português será o idioma oficial a ser utilizado nos trabalhos desta Conferência.

5.1.4 Pronunciamentos do Secretariado

O Secretário-Geral da ONU, ou um representante do Secretariado designado por ele,

poderá fazer pronunciamentos orais ou escritos ao Comitê em qualquer momento, no que

concerne a qualquer questão pertinente.

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6 QUESTÕES RELEVANTES PARA A CONFERÊNCIA

Alguns pontos fundamentais que deverão ser abordados para que possa buscar uma

solução para a problemática desse tema são:

Proteção da atmosfera;

Proteção e manutenção dos recursos da terra;

Conservação do ecossistema e da biodiversidade;

Desenvolvimento de tecnologias alternativas de fontes de energia renováveis;

Proteção dos oceanos, mares e áreas litorâneas;

Proteção de fontes de água potável;

Gestão de resíduos de forma sustentável;

Prevenção de tráfico ilegal de produtos ou resíduos tóxicos;

Questões legais e institucionais sobre o tema;

Assistência financeira a países em desenvolvimento, transferência de tecnologia,

relação entre a situação econômica internacional e o meio ambiente e o

desenvolvimento;

Melhorar a condição de vida dos mais pobres, educação, questões de gênero7

7 POSIÇÃO DOS BLOCOS

7.1 Países desenvolvidos

A conferência realizada em Estocolmo reuniu os dois diferentes tipos de Estados

existentes: os desenvolvidos e os em desenvolvimento. Os primeiros estavam largamente

preocupados com a questão ambiental, pois já começavam a sofrer as conseqüências da

degradação deste. Do outro lado, estavam os menos preocupados, pois ainda não haviam

sofrido uma expressiva industrialização e, consequentemente, não possuíam problemas

ambientais exacerbados.

7 Retirado do capítulo um do Primeiro Comitê Preparatório da UNCED

Page 15: Guia de Estudos - UNCED 1992 | MINIONU 15 Anos

Durante Estocolmo, ficou nítida a divergência entre os dois lados. Os países

desenvolvidos lutavam para que os prejuízos ao meio ambiente não piorassem, o que

implicava em não deixar os países não-industrializados se industrializar. Por sua vez, os

países em desenvolvimento, detentores de dois terços da população mundial até então,

queriam passar pelo processo de industrialização para amenizar e ajudar a solucionar os

problemas sociais. A posição dos países de primeiro mundo foi entendida por muitos países

subdesenvolvidos como uma maneira de mantê-los como eternos fornecedores de matéria-

prima enquanto estes se desenvolveriam.

A reunião não teve grandes avanços no que se diz respeito a uma decisão conjunta

sobre como diminuir os agentes causadores da degradação ambiental. Enquanto os países não

industrializados buscavam a industrialização, os industrializados passaram a adotar medidas

rígidas quanto à proliferação da poluição, visando desacelerar esse processo. Como resultado,

as indústrias poluidoras e obsoletas dos países desenvolvidos passaram a migrar para os

países que almejavam a industrialização. Essa mudança proporcionou uma “limpeza” e um

aumento de riqueza para os países do Primeiro Mundo enquanto os do Terceiro passaram a

sofrer cada vez mais com a poluição e a degradação ambiental.

Mesmo sofrendo um processo de redução de poluição, os países do hemisfério norte

passaram a sofrer também com a poluição vinda do hemisfério sul, como o aumento da

temperatura média global e o aumento do buraco na camada de ozônio. Através destes fatos,

eles passaram a perceber que para se obter sucesso em relação à diminuição da poluição, os

Estados não devem adotar esta política isoladamente, mas sim em conjunto. Este é um dos

objetivos da UNCED, a busca por um consenso para diminuir os indicadores de poluição, já

que agora os países em industrialização conheciam problemas ambientais até mais graves dos

que os enfrentados pelos industrializados na conferência de Estocolmo, sem contar o grande

aumento nos problemas sociais.

7.2 Países em desenvolvimento

Para os países em desenvolvimento, a UNCED representa um momento

essencialmente novo e também importante. No ano de realização de Estocolmo, em 1972, a

divergência Norte-Sul era visível e talvez mais acentuada. Os problemas ambientais,

provenientes da poluição exacerbada e descontrolada era fruto do processo de

industrialização, mais adiantado e acelerado nos países desenvolvidos. Para esses últimos,

Page 16: Guia de Estudos - UNCED 1992 | MINIONU 15 Anos

então, a degradação do meio ambiente já era uma realidade forte, enquanto que para os países

pobres essa problemática ainda não era vigente devido ao atraso do processo de

industrialização. Percebe-se por isso que a diferença entre momentos históricos Norte-Sul

refletiu na radicalização de posturas em Estocolmo. A tentativa de criar “regras”

internacionais que restringiriam a atividade industrial afim de reduzir a poluição era vista

pelos países em desenvolvimento como uma forma dos países desenvolvidos impedirem o

progresso do Terceiro Mundo e consequentemente mantê-los como fornecedores de matéria-

prima do Primeiro Mundo.

Todo esse clima de rivalidade dificultou que Estocolmo pudesse avançar em buscas de

“soluções globais para os problemas ecológicos que apenas se iniciaram.”(CAPOBIANCO,

1992, p.14)

Porém, a partir de 1972, o processo de degradação ambiental começou a sofrer

aceleração. Os países desenvolvidos, implantando leis nacionais que favorecessem um

desenvolvimento com menores impactos para o meio ambiente, começaram a levar para o Sul

suas indústrias e esses países que passaram a instalar filiais, consequentemente e

progressivamente, sofreriam com o issue of environment. Portanto, o período predecessor ao

UNCED 1992 era marcado por um problema não mais que afetava o Norte, mas o globo.

O subdesenvolvimento do hemisfério Sul comprometia o “futuro do planeta, uma vez

que inviabilizava o uso racional e sustentável dos recursos naturais” (CAPOBIANCO,1992, p.

15) e assim, passava-se mais do que nunca, a buscar um modelo que pudesse manter o

progresso humano de maneira sustentável, tanto por parte dos países desenvolvidos quanto

em desenvolvimento. “Estava estabelecida a vinculação entre ecologia e economia”

(CAPOBIANCO, 1992 p.15) e as sementes para a realização da Conferência das Nações

Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento estavam lançadas.

De maneira geral, a “década perdida”, nos anos 80, agravou a situação de miséria nos

países do Terceiro Mundo, que contraíam mais empréstimos, contavam com altas taxas de

analfabetismo, mortalidade infantil e com sérios problemas ambientais que em Estocolmo não

eram tão nítidos.

Dessa forma, os países em desenvolvimento necessitam também de soluções para os

problemas ambientas que agora partilham com os países desenvolvidos. Nesse sentido, as

ONG‟s se tornam ainda mais importantes, pois muitas delas representam sociedade civil de

quase todos os países.

Page 17: Guia de Estudos - UNCED 1992 | MINIONU 15 Anos

REFERÊNCIAS

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Conferências, Brasília, IBRI/FUNAG, 2001;

CASTELLANOS, Róger J. Carrillo. Memorias. IV. Congreso Interamericano sobre el

medio ambiente,Caracas,Universidad Símon Bolívar,1998

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Futuro Comum, cap. 2 Editora da Fundação Getúlio Vargas. Rio de Janeiro, RJ - 1988

CAPOBIANCO, O que podemos esperar da Rio-92 ?, São Paulo, Fundação Seade, 1992

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<http://www.un.org/esa/documents/ga/conf151/aconf15126-4.htm> acesso em 10 de

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2009.

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em 05 de Maio de 2009

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<http://www.unifap.br/editais/2006/PMDAPP/sustentabilidade%5B1%5D.pdf> acesso em 16

de abril de 2009

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BR&ct=clnk&gl=br&lr=lang_pt> acesso em 16 de abril de 2009

Page 19: Guia de Estudos - UNCED 1992 | MINIONU 15 Anos

Tabela de demanda das representações

Na tabela a seguir cada representação do comitê é classificada quanto ao nível de

demanda que será exigido do delegado, numa escala de 1 a 3. Notem que não se trata de

uma classificação de importância ou nível de dificuldade, mas do quanto cada

representação será demandada a participar dos debates neste comitê. Esperamos que essa

relação sirva para auxiliar as delegações na alocação de seus membros, priorizando a

participação de delegados mais experientes nos comitês em que a representação do colégio for

mais demandada.

Legenda

Representações pontualmente demandadas a tomar parte

nas discussões

Representações medianamente demandadas a tomar parte

nas discussões

Representações frequentemente demandadas a tomar

parte nas discussões

REPRESENTAÇÃO DEMANDA

1. ACNUR

2. AIEA

3. Alemanha

4. Angola

5. Arábia Saudita

Page 20: Guia de Estudos - UNCED 1992 | MINIONU 15 Anos

6. Argélia

7. Argentina

8. Austrália

9. Botswana

10. Brasil

11. Bulgária

12. Burundi

13. Camarões

14. Canadá

15. Chile

16. China

17. Coreia do Norte

18. Coreia do Sul

19. Costa do Marfim

20. Costa Rica

21. Cuba

Page 21: Guia de Estudos - UNCED 1992 | MINIONU 15 Anos

22. ECOSOC

23. Egito

24. Emirados Árabes

25. Espanha

26. Estados Unidos

27. Etiópia

28. FAO

29. Filipinas

30. França

31. Gana

32. Haiti

33. Índia

34. Irã

35. Iraque

36. Israel

37. Itália

Page 22: Guia de Estudos - UNCED 1992 | MINIONU 15 Anos

38. Iugoslávia

39. Japão

40. Jordânia

41. Kuwait

42. Líbano

43. Líbia

44. Malásia

45. Moçambique

46. Nigéria

47. Noruega

48. Omã

49. Países Baixos

50. Panamá

51. Paquistão

52. PNUMA

53. Quênia

Page 23: Guia de Estudos - UNCED 1992 | MINIONU 15 Anos

54. Reino Unido

55. Representante da Palestina

56. República do Congo

57. Romênia

58. Ruanda

59. Rússia

60. Senegal

61. Serra Leoa

62. Síria

63. Sudão

64. Suécia

65. Tunísia

66. Tuvalu

67. Ucrânia

68. Uganda

69. UNESCO

Page 24: Guia de Estudos - UNCED 1992 | MINIONU 15 Anos

70. Uruguai

71. Vanuatu

72. Zâmbia

73. Zimbábue

74. Primal Times