guia do formador de igualdade de género
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ExpressARTE
Recursos Didácticos para Aprender a Ser Mais
Igualdade de Género
Guia do Formador drmadorr1manda
Autor: João Paiva Título: Igualdade de Género Coordenação da Mala Formativa: Graça Pinto, PERFIL – Psicologia e Trabalho
Índice
Enquadramento e Objectivos do módulo 1
Objectivos 2
Competências finais, conteúdos programáticos e
cargas horárias 3
Tema 1 – Evolução histórica das representações do
feminino e do masculino 3
Competências finais 3
Conteúdos programáticos 4
Tema 2 – Aspectos da situação actual das mulheres
e dos homens em Portugal 5
Competências finais 5
Conteúdos programáticos 5
Tema 3 – Conceitos de género 6
Competências finais 6
Conteúdos programáticos 6
Tema 4 – Intervenção para a mudança 7
Competências finais 7
Conteúdos programáticos 7
Planos de Sessão 9
Exercício – A Construção da desigualdade de
género 15
Exercício – Episódio do boné 17
Exercício – Questionário 19
Exercício – Comportamentos 20
Exercício – Caracterizar o género 22
Exercício – Diferenças entre género e sexo 23
Exercício – Uma história de vida 24
O Papel dos pais 25
I G U A L D A D E D E G É N E R O
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Enquadramento e Objectivos do módulo Curso: Formação em ExpressARTE – Recursos Didácticos para Aprender a Ser Mais
Módulo: Sensibilização em Igualdade de Género
População Alvo: Participantes no Projecto Humanus CAM
Pré-requisitos: Não existem pré-requisitos específicos
Local: Parque de Saúde Lisboa
Tempo: 6 Horas
Nº de participantes: 15
Capítulo
1
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Objectivos Objectivo geral: Conhecer os conceitos fundamentais para um entendimento da sociedade na perspectiva da igualdade de género. Objectivos específicos: Caracterizar a realidade socio-económica na perspectiva da igualdade de género.
Relacionar os conceitos de igualdade de género com a realidade social existente.
Identificar representações estereotipadas de género, que condicionam a actividade profissional.
Modificar comportamentos e atitudes no desempenho da actividade profissional.
I G U A L D A D E D E G É N E R O
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Competências finais, conteúdos programáticos e cargas horárias
Tema 1 – Evolução histórica das representações do feminino e do masculino
Competências finais Gerais No final deste tema, as participantes deverão ter adquirido conhecimentos, numa perspectiva evolutiva, sobre as representações do feminino e do masculino. Específicas No final deste tema, as participantes deverão ser capazes de:
Identificar e desconstruir alguns mitos sobre as mulheres, que contribuem para perpetuar a sua discriminação;
Descrever as condicionantes históricas da existência de legislação discriminatória;
Caracterizar os principais avanços e retrocessos do estatuto político do homem e da mulher na legislação e na sociedade.
Capítulo
2
I G U A L D A D E D E G É N E R O
4
Conteúdos programáticos Alguns aspectos fundamentais da historicidade das mulheres: da
pré-história aos nossos dias.
Os mitos sobre a feminilidade: construção ideológica e representação social do género feminino.
O direito como reforço da desigualdade: Da monarquia constitucional à primeira república; o Estado Novo e a constituição de 1933; a democracia e os novos diplomas legislativos.
Carga horária 1,5 Horas
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Tema 2 – Aspectos da situação actual das mulheres e dos homens em Portugal
Competências finais Gerais No final deste tema, as participantes deverão ter adquirido conhecimentos sobre a situação real das mulheres e dos homens nas várias áreas de actividade. Específicas No final deste tema, as participantes deverão ser capazes de:
Identificar alguns indicadores estatísticos sobre actividades económicas;
Identificar as principais vias utilizadas na procura de emprego;
Conhecer o paradigma actual da organização da vida familiar;
Explicar a sub-representação das mulheres nos processos de tomada de decisão.
Conteúdos programáticos A segregação horizontal, vertical e sectorial do mercado de
trabalho.
Os usos do tempo pelas mulheres e pelos homens.
O investimento das mulheres e dos homens na educação e na formação e consequente resposta do mercado de trabalho e retorno na carreira profissional.
O papel das mulheres nos processos de tomada de decisão.
Carga horária 1,5 Horas
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Tema 3 – Conceitos de género
Competências finais Gerais No final deste tema, as participantes deverão ter adquirido conhecimentos e desenvolvido competências que permitam compreender os principais conceitos de género. Específicas No final deste tema, as participantes serão capazes de:
Explicitar os conceitos de: sexo e género; diferença e desigualdade; diversidade e discriminação; discriminação directa e indirecta;
Estabelecer a relação entre os “papéis sociais de género” e a desproporção de poder na determinação dos valores prevalecentes na sociedade actual.
Explicitar porque é que as mulheres não são um grupo, entre outros, no conjunto das pessoas socialmente excluídas.
Conteúdos programáticos O sexo como diferença e o género como desigualdade.
Os papéis sociais desiguais em função do sexo.
Igualdade, diferença e desigualdade.
A linguagem enquanto resultado das representações estereotipadas do feminino e do masculino: o masculino genérico e a questão do falso neutro.
A violência de género.
Carga horária 1,5 Horas
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Tema 4 – Intervenção para a mudança
Competências finais Gerais No final deste tema, as participantes deverão ter adquirido conhecimentos sobre a estratégia de mainstreaming. Específicas No final deste tema, as participantes serão capazes de:
Distinguir mainstreaming e políticas específicas para a igualdade;
Identificar a importância da transversalidade da dimensão da igualdade nas políticas gerais.
Conteúdos programáticos Metodologias e instrumentos de diagnóstico para a promoção da
igualdade de género.
As políticas específicas para a igualdade de género.
As acções positivas.
Carga horária 1,5 Horas
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Planos de Sessão Sessão 1 Tema 1: Evolução histórica das representações do feminino e do masculino
Unidade Igualdade de Género
Objectivos Conteúdos Métodos / Actividades Recursos Tempo Avaliação
Apresentar o formador e conhecer as
formandas
Apresentação do/a formador/a
Apresentação das formandas e
de eventuais experiências
profissionais anteriores
Apresentação dos objectivos
gerais e específicos
Métodos expositivo e
interrogativo
Apresentação com base
em entrevistas cruzadas
15
Minutos
Identificar e deconstruir alguns mitos sobre as mulheres, que contribuem para
perpetuar a sua discriminação
Alguns aspectos fundamentais da historicidade das mulheres:
da pré-história aos nossos dias
Métodos expositivo e interrogativo
Videoprojector
Cronologia dos direitos das mulheres PPS
25 Minutos
Descrever as condicionantes históricas da existência de legislação discriminatória
Os mitos sobre a feminilidade: construção ideológica e
representação social do género
feminino
Métodos expositivo e interrogativo
Videoprojector
A evolução da representação das
mulheres nas
constituições PPS
25 Minutos
Caracterizar os principais avanços e
retrocessos do estatuto político do homem
e da mulher na legislação e na sociedade
O direito como reforço da desigualdade: Da monarquia
constitucional à primeira
república; O Estado Novo e a
constituição de 1933; A
democracia e os novos diplomas legislativos
Métodos expositivo e interrogativo
Videoprojector
Debate com as
formandas sobre a
imagem “A lição de
Salazar”
25 Minutos
Observação directa
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Sessão 2 Tema 2: Aspectos da situação actual das mulheres e dos homens em Portugal
Unidade Igualdade de Género
Objectivos Conteúdos Métodos / Actividades Recursos Tempo Avaliação
Explicar a sub-representação das mulheres nos processos de tomada de decisão
O papel das mulheres nos processos de tomada de
decisão
Exercício prático de preenchimento de um quadro com
a distribuição das mulheres e dos
homens pelos cargos políticos
Fotocópias distribuídas pelo
formador
Videoprojector
30 Minutos
Identificar alguns indicadores estatísticos
sobre actividades económicas
Conhecer o paradigma actual da
organização da vida familiar
A segregação horizontal,
vertical e sectorial do mercado
de trabalho.
Os usos do tempo pelas
mulheres e pelos homens.
O investimento das mulheres e dos homens na educação e na
formação e consequente
resposta do mercado de
trabalho e retorno na carreira
profissional.
Método expositivo
Apresentação e discussão de
dados estatísticos
Síntese
Videoprojector
Fotocópias fornecidas
pelo formador
1 Hora
Observação directa
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Sessão 3 Tema 3: Conceitos de género Unidade Igualdade de Género
Objectivos Conteúdos Métodos / Actividades Recursos Tempo Avaliação
Explicitar os conceitos de: sexo e género; diferença e desigualdade; diversidade e
discriminação; discriminação directa e
indirecta;
Estabelecer a relação entre os “papéis
sociais de género” e a desproporção de
poder na determinação dos valores prevalecentes na sociedade actual.
Explicitar porque é que as mulheres não são um grupo, entre outros, no conjunto
das pessoas socialmente excluídas.
O sexo como diferença e o género como desigualdade.
Os papéis sociais desiguais em
função do sexo.
Igualdade, diferença e
desigualdade.
A linguagem enquanto resultado das representações
estereotipadas do feminino e
do masculino: o masculino
genérico e a questão do falso
neutro.
A violência de género.
Método expositivo
Vídeo
Visualização de um
pequeno filme
“Oferta de Emprego”
Videoprojector
Conceitos de Género PPS
90 Minutos
Observação directa
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Sessão 4 Tema 4: Intervenção para a mudança Unidade Igualdade de Género
Objectivos Conteúdos Métodos / Actividades Recursos Tempo Avaliação
Distinguir mainstreaming e políticas específicas para a igualdade
Identificar a importância da transversalidade da dimensão da igualdade
nas políticas gerais
Metodologias e instrumentos de diagnóstico para a
promoção da igualdade de
género.
As políticas específicas para a igualdade de género.
As acções positivas.
Apresentação da proposta de
trabalho:
Guião individual para
promoção da igualdade de
género no quotidiano
Método expositivo
Videoprojector
Mainstreaming PPS
90 Minutos
Observação directa
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Sessão 5 Tema 4: Intervenção para a mudança Unidade Igualdade de Género
Objectivos Conteúdos Métodos / Actividades Recursos Tempo Avaliação
Apresentar um guião individual para promoção da igualdade de género no
quotidiano
Apresentação dos trabalhos individuais produzidos pelas
formandas.
Método activo A designar pelas formandas
90 Minutos
Observação directa
Sessão 6 Tema 4: Intervenção para a mudança Unidade Igualdade de Género
Objectivos Conteúdos Métodos / Actividades Recursos Tempo Avaliação
Identificar a importância da transversalidade da dimensão da igualdade
nas práticas do quotidiano
Comentar e avaliar os guiões individuais para promoção da igualdade de género no
quotidiano produzido pelas formandas
Apresentação dos trabalhos individuais produzidos pelas
formandas.
Método activo Videoprojector
Quadro
90 Minutos
Observação directa
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Anexos
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Exercício – A Construção da desigualdade de género
Instruções:
Dividir o grupo em 4 subgrupos e distribuir as seguintes tarefas:
1º Grupo – Identifica o que se ensina às raparigas, como sendo “próprio da rapariga” e o que se espera do seu comportamento presente e futuro.
2º Grupo – Identifica o que se ensina às raparigas como não sendo “próprio da rapariga” e o que não se espera que façam.
3º Grupo – Identifica o que se ensina aos rapazes, como sendo “próprio de rapaz” e o que se espera do seu comportamento presente e futuro.
4º Grupo – Identifica o que se ensina aos rapazes como não sendo “próprio de rapaz” e o que não se espera que façam.
Objectivo Reflectir sobre a realidade e reconhecer que o género é uma construção social que provoca desigualdade entre mulheres e homens e que se reproduz, apesar da lei prever a igualdade, até que a normatividade social que o impõem seja rejeitada pelas pessoas e pelas instituições.
Conclusão Divide-se o quadro em 4 colunas.
O/a porta-voz de cada grupo escreverá as conclusões numa coluna no quadro, para permitir visualizar em conjunto as várias conclusões.
Discussão Porque é que isto acontece?
Que modelos culturais levam à construção da desigualdade de género?
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Porque persiste o paradoxo da igualdade na lei e desigualdade de facto?
Que vantagens e desvantagens nos traz esta situação de desequilíbrio?
Estaremos disponíveis para mudar?
O que fazer para mudar?
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Exercício – Episódio do boné Numa sessão de formação a uma turma de Formação de Jovens de um curso de Pastelaria/Padaria, pertencente à Formação Inicial, vertente Aprendizagem, ocorreu a situação que se relata neste caso.
Esta turma é composta por 12 rapazes e 2 raparigas, com idades compreendidas entre os 15 e os 20 anos.
Alguns dos formandos usam bonés/chapéus e uma das raparigas tem por hábito usar boina/chapéu.
O não retirarem o boné/chapéu da cabeça no início da formação, implica habitualmente uma intervenção do/a formador/a.
Questões Têm conhecimento de situações iguais ou semelhantes a esta?
Como analisam este comportamento? Como caracterizam a situação?
Que tipo de intervenção do/a formador/a recomendariam?
Situação 1 Na sessão de formação os rapazes, ao não retirarem os bonés/chapéus da cabeça no início da formação, fizeram com que o/a formador/a lhes chamasse a atenção e os obrigasse a retirar os bonés/chapéus, dizendo “isso não é maneira de estar numa sala de formação!”. Esta chamada de atenção, este reparo foi apenas dirigido aos rapazes, nada tendo sido dito à rapariga.
Eles tiraram os bonés/chapéus da cabeça muito contrariados e perguntaram imediatamente ao formador/a porque é que ela não mandava a rapariga tirar também, ao que a formadora respondeu que “os chapéus nas meninas são acessórios de beleza, são adornos, pelo que podem ser usados em qualquer altura e em qualquer sítio, sem ser considerada uma falta de respeito!”
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Situação 2 Noutra sessão de formação, o/a formador/a disse que por si, podiam todos deixar o boné/chapéu na cabeça que isso não a incomodava, pois não achava que a aprendizagem deles dependesse desse facto e se ter o boné/chapéu na cabeça os fazia sentir melhor, mais confortáveis e estarem assim mais motivados para estar na formação de forma participativa, então, para si, isso era o que mais interessava e era aquilo que mais valorizava.
Ficaram todos a olhar para o/a formador/a, mantiveram os bonés/chapéus na cabeça e a sessão de formação no âmbito do módulo Formar para a Cidadania continuou, tendo a formadora aproveitado para introduzir esta questão como tema da sessão desse dia, relacionado com o tema mais geral que estávamos a abordar - as Relações Inter-Pessoais e as Relações Inter Culturais.
Situação 3 Noutra sessão de formação, o/a formador/a ao verificar que alguns rapares e a rapariga não retirarem os bonés/chapéus da cabeça no início da formação, chamou-lhes atenção dizendo “isso não é maneira de estar na formação”, dirigindo o reparar aos rapazes e à rapariga.
A rapariga protestou invocando que o boné fazia parte da sua indumentária e penteado e se o retirasse ficaria descomposta.
Questões:
Comente as situações.
Analise as suas vantagens e desvantagens em termos de processo de aprendizagem?
Trata-se de um caso unicamente disciplinar ou requer também uma análise de Género?
Lembra-lhe outras situações de formação?
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Exercício – Questionário Indique se concorda (C), discorda (D), ou não tem opinião (NO) sobre cada uma das seguintes afirmações:
A intuição das mulheres é superior à dos homens. Os homens são mais francos e agressivos do que as mulheres. As mulheres são mais bem sucedidas nas relações públicas e no estabelecimento de contactos.
Os homens são mais dotados para as questões mecânicas. As mulheres são mais dotadas para as questões da decoração. Se os homens se responsabilizassem mais pelas tarefas domésticas, as mulheres teriam mais sucesso na carreira profissional.
As diferenças entre mulheres e homens são fundamentalmente de ordem cultural.
Existem tarefas domésticas predominantemente femininas, portanto não negociáveis.
A mulher é mais frágil, necessita de mais protecção. A mulher é bisbilhoteira, quando se reúne com outras mulheres é para falar da vida dos outros. Não lhe interessam os temas verdadeiramente importantes.
Se uma mulher ganha mais do que o marido pode afectar a estabilidade conjugal.
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Exercício – Comportamentos Atente na seguinte listagem de comportamentos socialmente reprováveis: Sexo Feminino
Comportamentos: Má apresentação
Cabelos muito despenteados
Desleixo no vestir
Agressividade
Cheiro desagradável
Embriaguês
Falar em calão
Estar drogado/a
Falar muito alto
Linguagem gestual excessiva
Invadir o espaço pessoal do outro, sem o conhecer bem
Sexo Masculino
Ordene os comportamentos apresentados, nas diferentes colunas, por ordem decrescente de acordo com a gravidade que lhes atribui.
Reflicta sobre as diferenças se as houver.
Debatam com as pessoas do sexo oposto, comparem convergências e divergências.
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Brainstorming
Mais ou menos audível, agradável aos ouvidos da/o destinatária/o – ou nem por isso – o piropo circula nas ruas, escolas, cafés e outros lugares públicos, e até em locais de trabalho. Possivelmente terá chegado à conclusão que, nos tempos que correm, rapazes e raparigas têm o mesmo tipo de comportamento em locais públicos, quando se encontram em situação de grupo, em relação aos piropos lançados ao sexo oposto.
Poder-se-á deduzir que mulheres e homens se encontram em situação de plena igualdade por esse facto?
Vamos fazer um brainstorming para responder e completar a tabela seguinte
Sim, porque… Não, porque…
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Exercício – Caracterizar o género Faça uma lista das principais características dos homens e das mulheres na nossa sociedade.
Se a tarefa for realizada em grupo, este terão que ser constituídos exclusivamente só por homens ou só por mulheres.
Homens Mulheres
Compare as características que apontou com as que foram elaboradas pelos outros grupos/pessoas.
Quer os homens quer as mulheres devem reflectir sobre as características que lhes foram assinaladas pelos grupos opostos.
Pontos de reflexão: Porque é que isto é assim?
Quais são as implicações desta categorização?
O que podemos fazer para mudar esta situação?
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Exercício – Diferenças entre género e sexo Ler as frases em anexo. Em seguida tente classificar cada uma com S (sexo) ou G (género), conforme se trate de um aspecto ligado ao sexo ou ao género.
O homem vê o futebol e a mulher a novela.
As estatísticas de 2003 mostram que havia 17000 reclusos e 1700 reclusas.
As mulheres passam pela menopausa e os homens pela andropausa.
As mulheres remendam a roupa, os homens tratam dos arranjos da casa.
Os estudos apontam que a homossexualidade abrange cerca de 10% da população.
As mulheres usam jóias e os homens gravatas.
As meninas brincam com bonecas e os meninos com carrinhos.
O trabalho de casa é para as mulheres e a mecânica dos carros é para os homens.
A casa é das mulheres e a rua é dos homens.
Os homens são mais infiéis que as mulheres.
Os homens desenvolvem mais massa muscular do que as mulheres.
As mulheres têm óvulos e os homens espermatozóides.
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Exercício – Uma história de vida A Maria namorava há dois anos com o João. Numa saída nocturna, zangaram-se: Ela disse-lhe que ele estava a seduzir outra rapariga.
Ele saiu da discoteca…e ela pediu boleia ao Jorge. Passaram pela casa dele. Sem quase darem por isso o clima aqueceu. Tiveram uma relação sexual. Jorge apesar de saber ser seropositivo, nada disse a Maria.
Numa crise de remorsos, o Jorge contou à Carla o sucedido. Carla por sua vez, contou ao João. João sem nunca confirmar os factos com Maria nunca mais lhe falou.
Tomado conhecimento da seropositividade da filha, o pai de Maria expulsou-a de casa. A mãe de Maria, sem falar do assunto, apoiava-a sem o pai saber.
Ordene pelo critério: “Quem agiu melhor?”
João. Maria, Carla, Jorge, o pai, a mãe
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O Papel dos pais Um novo estudo da Comissão pela Igualdade de Oportunidades (sobre 60 pais), conclui que a maior parte dos pais ainda se consideram o ganha-pão da família e não se sentem responsáveis de igual forma pelo funcionamento da casa e a da vida familiar.
Encontram-se 4 categorias de pais:
Pai participativo sem reserva (os papeis do pai e da mãe podem se trocar, cada um está igualmente envolvido e competente)
Pai que ajuda (ajuda nas tarefas que lhe são pedidas)
Pai que brinca (brinca com as crianças enquanto a mãe realiza as tarefas domésticas)
Pai à moda antiga (encara o seu papel como a transmissão dum modelo e de regras de vida, e não se envolve no dia a dia das crianças)
O facto das mães ganharem menos e o custo da guarda das crianças ser muito elevada foi apontado como as razões principais de serem as mães a tomarem conta das crianças. Se muitos homens mostram terem consciência da importância da sua presença, eles se assumem mais como apoio do que como participante com igual responsabilidade na vida doméstica e familiar.
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