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Há algo muito assustador que vem das profundezas do mar...
Max e os seus companheiros já derrotaram vários
monstros robóticos. Mas enfrentam agora a maior
de todas as ameaças, Mangler, enviado pelo
Professor para destruir os oceanos!
COLECIONA AS CARTAS TODAS!
Há algo muito assustador que vem das profundezas do mar...
Max e os seus companheiros já derrotaram vários
monstros robóticos. Mas enfrentam agora a maior
de todas as ameaças, Mangler, enviado pelo
Professor para destruir os oceanos!
COLECIONA AS CARTAS TODAS!
ISBN: 978-989-707-251-2
www.booksmile.pt9 789897 072512
ISBN 978-989-707-251-2
Espreita o
vídeo deste
livro no ecrã do
teu telemóvel.
De Adam Blade, autor da série Beast Quest (Feras e Heróis), grande êxito em Portugal e em
todo o mundo, chega esta nova coleção, ainda mais excitante e recheada de novas feras… marinhas!
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ADAM BLADE
MANGLERA AMEAÇA DAS TREVAS
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DEZ ANOS ANTES . . .
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> ENTRADA DO DIÁRIO DE NIOBE NORTH
SPECTRON, 6488 METROS DE PROFUNDIDADE,CAVERNA DOS FANTASMAS
Consegui! Finalmente aperfeiçoei a minha nova invenção. Penso que, quando o Professor atacar, ela irá derrotar o seu maléfi co plano.Agora tenho de o encontrar. Alguém tem de o travar, e ninguém o conhece tão bem como eu. Vai ser duro deixar os Fantasmas do Mar desprotegidos. São tão bondosos e inocentes e partilharam tudo o que têm comigo, todos os seus tesouros do mar que reuniram com tanto cuidado. Receio bem que até tenham começado a encarar-me como a sua guardiã.Mas, se quero que o seu mundo seja salvo, tenho de partir. Posso apenas esperar que a minha nova invenção seja o sufi ciente para travar o Professor.Se não for, a Caverna dos Fantasmas e tudo o que se encontra acima desta estará condenado. > FIM DA ENTRADA
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CAPÍTULO UM
COMIDA PARA PEIXES
Os picos aguçados e brancos erguiam-se na água turva até onde a vista de Max
alcançava. Não eram montanhas — eram den-tes enormes. Max contemplava a boca da criatura marinha mais gigantesca que jamais vira. Maior do que um navio couraçado na sua cidade natal de Aquora, talvez até maior do que a própria cidade. Uma língua cor-de--rosa saía por entre os dentes e depois voltava ao buraco negro que era a garganta daquele monstro.
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— Vamos ser engolidos! — gritou Lia.Uma rajada de água prendeu Max como um
reboque possante e sugou-o pelo oceano fora. Max teve de largar o aquaciclo e o veículo de-sapareceu a rodopiar até parecer mais peque-no do que um brinquedo de criança.
— Nadem rápido, pela vossa saúde! — ape-lou Roger. — É cada marujo por si! — Roger virou-se e nadou contracorrente, as botas a jato a deixarem um rasto de bolhas.
Típico!, pensou Max.— Atrás dele! — gritou Lia.Ela agarrou-se bem ao lombo de Spike en-
quanto o peixe-espada se debatia contra a poderosa sucção da água. As hélices de Rivet rugiram. Max deu aos pés com o impulso pos-sível, mas o corpo já acusava cansaço devido à força da corrente que os puxava. Roger era um ponto à distância, mas também parecia aumentar de tamanho outra vez. Nem os jatos dele conseguem.
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— Agarra, Max! — ladrou Rivet, a corrente a arrastá-lo para baixo, tentava manter-se ao lado do dono.
Max agarrou-se à coleira do robô-cão, mas sentiu a rajada de água a aumentar de intensi-dade como um tornado. Estavam a ser sorvi-dos pela boca da criatura, e aproximavam-se.
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Isto não pode acabar assim!, pensou Max, desesperado. Depois de tudo o que consegui-mos fazer…
Tinham acabado de derrotar Crusher, a centopeia robótica criada pelo tio maligno de Max, o Professor; mas Spectron, a cidade dos Fantasmas do Mar, continuava vulnerável. Sumara também, a terra do povo de Lia, os Merryn. Era uma cidade erigida em cima da-quele mundo de cavernas submarinas. Se Max e Lia não o conseguissem impedir, o Professor destruiria as colunas de cristal que sustenta-vam o teto da caverna. As duas cidades desa-bariam uma sobre a outra.
Os nós dos dedos dele já estavam bran-cos do esforço de se agarrar à coleira de Rivet, no entanto, e apesar disso, o rapaz e o seu robô-cão estavam a perder terreno. Era como ser puxado para trás por uma mão invi-sível e perigosa.
— Mais força, Riv! — bradou Max.
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Os olhos de Rivet relampejaram quando acionou a velocidade máxima nos pedais das patas. Por momentos, o robô-cão conseguiu esticar o focinho para fora da torrente avas-saladora, mas logo tornou a ser envolvido por ela.
— Não serve de nada — exclamou Lia.Max sentiu a esperança sumir-se. Vamos
morrer todos. Ele fracassara. O Professor es-tava a monte, e Max nem sequer sabia o que tinha acontecido à sua mãe, que desaparece-ra quando ele ainda era uma criança. Estaria viva, algures nos oceanos de Nemos? Poderia ter realmente sido uma pirata, como Roger sugerira?
Passaram pelo primeiro dos enormes den-tes. Ainda há tempo de lutar para sair daqui.
— Agarra, rapaz! — mandou Max a Rivet.O robô-cão guinou e abocanhou um dos
dentes com as mandíbulas metálicas. Ouviu-se um ruído áspero e horrível quando os dentes
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de Riv rasparam a superfície. Não vai resultar! Porém, Rivet conseguira ferrar um daqueles picos brancos. Max olhou para trás e viu que Spike cravara a espada do bico no que seriam as gengivas da criatura. Era provável que um animal daquela envergadura nem sentisse ne-nhuma daquelas agressões. Lia agarrou-se de-sesperadamente ao lombo do peixe-espada, o cabelo claro varrido pela corrente.
Roger vinha na direção deles, os pés primei-ro, pois também ele estava a perder a batalha com a corrente.
— Socorro! — berrava Roger pelo dispositi-vo de comunicação da máscara.
— Então não era «cada marujo por si»? — ripostou Max, com a água a puxar-lhe o cabe-lo e a toldar-lhe a vista.
— Por favor! — gritou Roger.— Segura-te a mim! — chamou Max, sem-
pre agarrado a Rivet enquanto orientava o corpo para a direção em que vinha Roger.
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Roger tropeçou. Max esticou-se e agarrou--lhe numa perna. O pirata conseguiu virar-se na água e prender os braços à cintura de Max.
— Grato, marujo! — agradeceu.Max já tinha os ombros doridos de se agar-
rar à coleira de Rivet e os dedos ameaçavam perder a força e soltar-se.
Não consigo aguentar muito mais tempo, pensou preocupado.
Nisto, a água começou a fi car turva. Max olhou para cima e viu outro conjunto de den-tes colossais a descer. A bocarra fechava-se so-bre eles como a noite que caía de repente.
Ficou tudo às escuras e a corrente amainou.— Riv, acende a luz do focinho — pediu
Max.Surgiu um feixe de luz vermelha no meio do
escuro, a cortar a turva escuridão a realçar os rostos aterrados do grupo.
Talvez tudo venha a correr bem, afi nal, pen-sou Max.
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Nisto, como se fosse uma queda de água, o mar começou a jorrar para dentro da garganta da criatura.
Roger tentara agarrar na roupa de Max, mas o pirata foi arrastado pela corrente. Max lar-gou a coleira de Rivet e girou como um pião até ao negrume. Viu Lia e Spike a rodopiar também. Com um ganido aterrado, Rivet lar-gou o dente e foi atrás do dono. A luz que lhe saía do focinho girava e encandeava.
Tenho de fazer alguma coisa!, pensou Max ao passar pelos dentes enormes.
Já se ouvia mais nitidamente o ganido de Rivet, um som aterrorizado como quando tentara comer um ouriço-do-mar, nos velhos tempos passados na cidade insular de Aquora. Rivet acabara por regurgitar o bicho, quando os espinhos lhe picaram a garganta.
Espera aí! Talvez Max conseguisse a mesma reação ali,
fazer a criatura deitá-los fora!
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Não tinha nenhum ouriço-do-mar, mas dispunha de algo muito melhor. A rebolar na corrente, Max levou a mão à cintura e sacou da ultralâmina. Aquele monstro colossal mal
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sentiria qualquer coisa, mas bastava fazer có-cegas.
A grande língua cor-de-rosa coberta de fi os de baba branca passou por baixo deles. Max ainda viu Lia e Spike deslizarem e depois desa-parecerem. Roger gemia e tombou atrás deles. Max tentou agarrar-se à língua para abrandar, mas era impossível. Aproveitou e passou a ul-tralâmina naquela carne de cor doentia.
Tem de resultar…De súbito, a criatura sacudiu-se por inteiro
e Max foi atirado para a frente.— Está a engasgar-se — apercebeu-se Max.
Agarrou-se bem à língua e fez mais cócegas com a ultralâmina. A criatura tossicou nova-mente e ele foi projetado para longe das pro-fundezas da garganta. Max consegui passar a ultralâmina pela língua outra vez, de um lado para o outro.
Começou a ouvir-se um rugido a rodeá-lo. Primeiro Rivet, depois Roger e fi nalmente Lia
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e Spike apareceram no meio da escuridão, os corpos projetados na direção dele a uma velo-cidade vertiginosa.
A corrente apanhou Max e atirou-o para longe. A água redemoinhou nos ouvidos do jovem, mais sonora do que um motor a jato. Max sentiu o corpo arremessado contra um dos dentes. Não havia como lutar.
A luz voltou quando a enorme criatura es-cancarou a bocarra.
Ouviu-se um rugido sufocado e Max e os amigos foram projetados para mar aberto.
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CAPÍTULO DOIS
ACORDAR O GIGANTE
Max deixou-se fl utuar até ao leito do ocea-no. Fez um exame de corpo inteiro a si
próprio, e não apurou nada partido — apenas fi tas compridas da substância branca que an-tes cobria a língua da criatura.
— Blhec! — Max tirou uma grande fi ta que lhe tapava as guelras e tentou livrar-se dela. Tresandava a hortaliça podre e provocava-lhe engulhos.
Lia estava a desenredar-se de um maciço de sargaços e Spike tinha enfi ado a espada do
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bico debaixo de um pedregulho. Quando Lia conseguiu liberta-se, puxou Rivet pela cauda e livrou-o da rocha.
— Eh lá! Não me deixem aqui! — chamou Roger.
Max olhou para trás e viu que o pirata fi ca-ra preso à ponta de um dos dentes, e tentava soltar-se.
— Podíamos esquecer-nos dele — resmun-gou Lia, cansada.
Max sorriu. Sabia que ela não estava real-mente a falar a sério.
— Vai lá buscá-lo, Riv — mandou ele.O robô-cão varou a água na direção do den-
te e abocanhou uma das botas de Roger. Com um puxão, libertou o aventureiro, mas deixou um bocado do fato de mergulho para atrás.
Roger nadou até ao grupo fazendo cara de poucos amigos enquanto limpava a saliva que a criatura lhe deixara na máscara. Pelo rasgão que fi cara no fato, Max reparou que a roupa
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interior dele tinha um padrão muito esquisito, e mordeu o lábio para não sorrir.
— Isso são caveiras e ossos cruzados? — perguntou em tom brincalhão.
Roger torceu-se para olhar para trás e tapou a roupa interior com uma mão. Ficou todo co-rado.
— E se for?— Não é nada coisa de pirata — brincou Lia.
Roger sempre negara sê-lo, embora parecesse e se comportasse como um.
Lia olhou para cima e mais além.— O que é aquela coisa? — inquiriu.Max virou-se de frente para a criatura e fi -
cou boquiaberto. Conforme a boca se fechava sobre as gengivas escarlates e os dentes altos como montanhas, ele conseguiu ver melhor. Devia ser tão alta como o arranha-céus onde ele crescera. Decerto nem o Professor conse-guiria criar algo assim vasto. Fosse como fosse, não parecia robótico. A pele era manchada e
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cinzenta, como uma pedra antiga fustigada pe-las intempéries. Podia parecer-se com uma les-ma gigante, ou uma baleia, mas nunca houvera baleias daquelas dimensões. Será que consegue nadar?, perguntou-se Max. Ou deixa-se fi car aqui como um submarino encalhado? O rapaz não conseguia ver nada que se parecesse com olhos, mas talvez estivessem situados mais aci-ma no corpo da criatura, longe da vista.
Com um grunhido que abalou Max até aos ossos, a criatura estremeceu. A pele mexeu-se apenas uma ínfi ma fração, mas bastou para derrubá-los a todos. Rivet ladrou:
— Peixe graúdo acordou!Roger tentou pôr-se de pé ao lado de Max,
com uma expressão pouco amigável no rosto.— Dorminus não é peixe nenhum — afi r-
mou.— Dorminus? — perguntou Max.— E nunca acorda — completou Roger, mas
não parecia muito certo disso.
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A água agitou-se novamente quando a cria-tura se voltou a mexer mas, desta vez, Max conseguiu não perder o equilíbrio.
— Parece que está a acordar agora — disse Max —, portanto é melhor contares-nos o que ele é.
— Não é um ele — explicou Roger — nem uma ela. Não sei o que é e não posso crer que nunca tenhas ouvido falar d’Aquele Que Dor-me.
— Eu já — disse Lia, baixinho — mas pen-sava que era mito. Dorminus, Aquele Que Dorme, os alicerces do mar.
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— Está bem — assentiu Max. — Então toda a gente sabe deste Dorminus, que não é peixe e que nunca acorda. Mas o que é?
— Ninguém sabe — respondeu Roger. — Está aqui há milhares de anos, ainda antes de os Fantasmas do Mar chegarem a esta parte do oceano.
Outro tremor varreu o mar quando a besta se voltou a mexer. Surgiram nuvens de areia no leito do oceano em volta deles. Max tapou os olhos até a poeira assentar. Rivet sacudiu areia do lombo.
— Se calhar está ele a acordar — sugeriu Roger.
— Deve ser obra do Professor — Max não consegui pensar noutra possibilidade. Lembrou-se da estranha pele que eles tinham encontrado sob a cidade dos Fantasmas do Mar, e do batimento cardíaco que ecoava por baixo dela. Só podia fazer parte daquela cria-tura. De repente, fez-se luz!
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— Se Dorminus despertar, será a derrocada de Spectron — partilhou esta ideia com os ou-tros. Roger respirou fundo.
— E não só de Spectron. Sumara também. As colunas de cristal não aguentam uma in-vestida de Dorminus.
Lia estava muito pálida.— Então temos de impedir que desperte,
mas como?— Encontrando o Professor — respondeu
Max em tom soturno. — Por que razão havia Dorminus de despertar agora? O meu tio deve estar por detrás disto; nós sabemos que ele quer apoderar-se do oceano inteiro, só alguém assim se atreveria a uma coisa destas.
Max nadou rapidamente até Rivet e abriu o compartimento traseiro do robô-cão. Tinha lá dentro a caixa negra que tirara a Stinger. Com Lia a espreitar por cima do ombro dele, Max pôs a caixa a funcionar. Foi projetado na água um mapa tridimensional verde e brilhante.
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Ao princípio, Max nem sabia dizer o que tinha diante de si. Fez girar o botão do foco. O mapa reduziu o tamanho e, gradualmen-te, apareceu o contorno da enorme criatura. O rapaz fi cou estarrecido com o tamanho do animal. Parecia-se um pouco com uma lesma marinha gigantesca: focinho arredondado, cauda bífi da e várias barbatanas grandes. Per-to da primeira, no topo da besta, estava um ponto verde intermitente. O Professor!
— Lá está ele — disse Max, as desconfi anças a confi rmarem-se. — É altura de o enfrentar-mos outra vez.
— O que é aquilo? — perguntou Lia, a apon-tar para uma série de retângulos posicionados ao longo dos fl ancos de Dorminus.
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Max tomou atenção mas não conseguiu descortinar nenhum pormenor. Porém, uma coisa era certa:
— Pela forma, parecem feitos por mão hu-mana — comentou ele.
O mapa tremeluziu quando o corpo desco-munal de Dorminus se mexeu. O mar abanou violentamente e atirou-os para o lado como se não pesassem nada. Max embateu numa pe-dra mas logo recuperou o equilíbrio enquan-to esfregava a cabeça dorida. Nisto, lobrigou o aquaciclo a pouca distância, embrenhado num maciço de algas.
— Aqui não podemos fi car — disse Roger, a ajeitar a máscara na cara. — Um destes tremo-res ainda nos mata.
— E não podemos atravessar a superfície de Dorminus — acautelou Lia. — Seria como fa-zer uma corrida no meio de um terramoto.
Max nadou até ao aquaciclo.— Venham cá ajudar-me com isto — pediu.
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Com Lia e Rivet a puxarem por baixo e Roger por cima, lá conseguiram levar o aquaciclo para a água. Max ligou a ignição e o painel de con-trolo acendeu-se. Pelo menos, ainda trabalha.
— Talvez seja melhor irmos junto ao lei-to do mar — propôs Max —, ao longo de Dorminus. Assim a turbulência já não será tanta.
Roger engoliu em seco.— E se ele rebolar para um lado? Ficaríamos
espalmados como bolachas de marujo.— Não é preciso vires — desdenhou Lia.— Eu não disse que não ia — retorquiu
Roger. — Só quero saber dos riscos, mais nada.Enquanto Lia e Roger trocavam insultos,
Max encontrou o pedaço de carapaça que ti-rara a Crusher, o Terror Rastejante — um seg-mento de metal com uma pata em forma de espada. Max pegou num ferro de soldar tér-mico e soldou a carapaça ao propulsor traseiro do aquaciclo, com a pata aciforme para fora.
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— O que estás a fazer? — quis saber Lia.— Deve ajudar o veículo a estabilizar nas
correntes — explicou Max, saltando para o lu-gar do condutor.
Lia deu estalinhos com a língua; Spike foi ter com ela e deixou-a subir-lhe para o lombo. Roger estava a dar pancadas no comando dos propulsores que tinha no pulso.
— Deve haver uma avaria — informou ele.Max revirou os olhos. Roger fazia qualquer
coisa para fugir ao perigo.— Então, entra a bordo — solucionou Max.O pirata fez um sorriso débil e sentou-se ao
lado do jovem.— De que estamos à espera? — perguntou.
— Levantar âncora!Max pegou no volante e carregou no acele-
rador. O aquaciclo zarpou pelo leito do mar, rumo ao vulto colossal de Dorminus.
— Havemos de te apanhar, tio — resmun-gou Max baixinho.
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