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ÍNDICE GERAL

I – INTRODUÇÃO.......................................................................................01

Hematopoese..................................................................................................01

II – Períodos da Hematopoese.....................................................................03

III – STEM CELL, UNIDADES FORMADORAS DE COLÔNIA E DE

FATORES CRESCIMENTO...............................................................05

Stem Cells e Células Progenitoras..................................................................06

Unidades Formadoras de Colônias.................................................................08

Fatores de Fatores de Crescimento.................................................................09

Fatores que Inibem a Hematopoese................................................................10

IV – ERITROGÊNESE................................................................................11

V – PLAQUETOGÊNESE...........................................................................17

VI - LEUCOGÊNESE..................................................................................20

VI.1. Granulocitogênese.................................................................................21

Cinética Produção e Distribuição...................................................................25

Distribuição Periférica e Sobrevida................................................................27

Cinética dos Neutrófilos nos Exudados..........................................................29

Granulócito Eosinófilo...................................................................................29

Granulócito Basófilo......................................................................................30

VI.2 Monocitogênese.....................................................................................31

VI.3 Linfocitogênese......................................................................................34

Òrgãos Linfóides Primários............................................................................34

Òrgãos Linfóides Secundários........................................................................34

Cinética dos Linfócitos...................................................................................35

Formação de Plasmócitos...............................................................................38IV – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................39

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I - INTRODUÇÃO

Hematopoese

A palavra hematopoese significa formação das células do sangue, abrange todos

os fenômenos relacionados com a origem, multiplicação e maturação das células

sangüíneas precursoras, a nível de medula óssea.

A porção celular do sangue é composta de eritrócitos, plaquetas e leucócitos,

constituem-se de três linhagens diferentes de células que se originam , entretanto, de

uma única célula denominada célula pluripotente, célula tronco ou “stem cell” (Figura

1).

A medula óssea é o principal sítio de formação do sangue. No adulto normal sua produção diária atinge cerca de 2,5 bilhões de eritrócitos, 2,5 bilhões de plaquetas e

cerca de 1 bilhão de granulócitos por quilo de peso. O ritmo de produção está ajustado

às necessidades e pode variar do zero até muitas vezes o normal.

1

Eritrócitos

Plaquetas

Eosinófilo Neutrófilo

Basófilo Mastócito

Progenitor 

Mielóide

Monócito Macrófago

Progenitor Linfóide

CélulaPluripotencial

Célula T

Célula B

Célula NK 

Plasmócito

CélulaDendritica

Medula Óssea

FIGURA 1: Formação das células do sangue

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II – PERÍODOS DA HEMATOPOESE

II. 1 Hematopoese Fetal

 Período Mesoblástico: Inicia-se na quarta semana de gestação e está localizado

na lâmina mesodérmica da parede da vesícula vitelínica. São observados pequenos

grupos celulares, constituídos por células mesenquimais que se diferenciam em uma

nova espécie celular, denominada hemoangioblástica. Estes grupos celulares

constituem-se nos germes do sistema circulatório e do tecido hematopoético.

As células dispostas na periferia

destes grupos celulares sofrem

diferenciação e vão se tornando

alongadas e achatadas formando

 pequenas vesículas. No interior destas

vesículas observam-se aglomerados

celulares e células isoladas, banhadas

 por certa quantidade de líquido.

O líquido é a matriz fluída, ou plasma incipiente e as vesículas são denominadas Ilhotas

de Wolff-Pander. Por algum tempo as células endoteliais primitivas podem desprender-

se das paredes onde se encontram, tornando-se esféricas, transformando-se em

 precursores hematopoéticos (Figura 2).

Os vasos aparecem simultaneamente, a partir das Ilhotas de Wolff-Pander que,

aumentam o seu volume , se aproximam e confluem. Desta forma vão se formando os

vasos sangüíneos (endoteliais), encerrando o líquido e as células sangüíneas primitivas.

Os primeiros elementos celulares do sangue que aparecem no embrião pertencem à serie vermelha. No início da fase embrionária, os eritrócitos derivam de

eritroblastos primitivos, sendo chamados de megaloblastos. Conforme o embrião se

desenvolve, várias estruturas orgânicas começam a se organizar e especializar. Nesse

 processo de desenvolvimento morfológico e fisiológico, o embrião se transforma em

feto com o aparecimento dos primeiros órgãos.

FIGURA 2: Período Mesoblástico da hematopoese.

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II – PERÍODOS DA HEMATOPOESE

 Período Hepato-Esplênico:

A formação de elementos sangüíneos no

fígado começa por volta da 5ª semana de

vida intra-uterina. Os elementos da série

vermelha predominam entre as células

encontradas no fígado.

Uma pequena parte de células

granulocíticas e megacariocíticas

começa a ser formada, mesmo na fase

mais precoce da hematopoese hepática.

O fígado do feto se torna o principal

local de hematopoese entre o terceiro e o

sexto mês da gestação, enquanto as

medulas dos ossos vão se formando

anatômica e funcionalmente.

Durante o terceiro mês de vida fetal já

 pode ser demonstrada a atividade

hematopoética do baço e do timo, pouco

depois nos gânglios linfáticos.

A maioria das células hematopoéticas produzidas no saco vitelínico e no fígado

fetal é eritroblástica; enquanto, no período fetal, a síntese de eritrócitos e de

granulócitos que envolve a produção de neutrófilos, eosinófilos e basófilos ocorre na

medula óssea.

 Período Medular:A fase mielóide da hematopoese começa

entre o terceiro e quarto mês da vida

fetal, assumindo porções importantes no

sexto mês de gestação.

Durante os últimos três meses de

gestação, a formação de elementos

celulares do sangue se localiza principalmente na medula óssea.

FIGURA 3: Embrião de 6 semanas

FIGURA 4: Período Hepático da hematopoese.

FIGURA 5:Período Medular da hematopoese

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II – PERÍODOS DA HEMATOPOESE

II. 2 Hematopoese Definitiva:

 Medula Óssea:

É o órgão central formador de células do sangue. Aí se localizam células

 pluripotentes capazes de produzir células maduras que serão lançadas na circulação.

Após o nascimento a medula óssea é o único local da eritropoiese em indivíduos

saudáveis.

Durante os primeiros quatro anos de

vida, quase todas as cavidades medulares

contêm tecido hematopoético,

configurando-lhe uma textura vermelha

(a medula óssea vermelha), e poucas

células adiposas. Com o passar do

tempo, as células adiposas vão tomando

o espaço das cavidades medulares na

maior parte dos ossos, substituindo

gradativamente o tecido hematopoiético

 por gordura.

Por volta dos 25 anos de idade, as medulas ósseas que desenvolvem a medida

que se tornam mais maduras, diminui progressivamente seu potencial de diferenciação.

Tecido Linfóide:

Órgãos Linfóides Primários:

São a medula óssea e o timo. Nesseslocais ocorre a linfopoese, isto é, as

células pluripotentes encontram

condições próprias para se proliferar. As

células B se desenvolvem na medula

óssea, e as células T se desenvolvem no

timo, um órgão situado por cima do

coração).

FIGURA 6: Medula óssea (hematopoese definitiva)

FIGURA 7: Timo de um feto com sete semanas

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II – PERÍODOS DA HEMATOPOESE

 Nos órgãos linfóides primários há produção constante de células linfóides, que

serve para suprir às necessidades dos órgãos linfóides secundários.

Para um linfócito T ser produzido, uma célula da medula óssea, capaz de gerar 

todo os tipos de células do sangue, tem de perder essa sua capacidade (chamada

 pluripotencial), e comprometer-se a ser "apenas" um linfócito T e isto acontece no timo.

Esse processo envolve a entrada da célula progenitora (vinda da medula óssea através

do sangue) no timo, e uma série de transformações que conduzem à aquisição de um

tipo de receptor T específico por cada célula.

Órgãos Linfóides Secundários:

São representados pelos gânglios linfáticos ou linfonodos, pelo baço e por outros

agrupamentos linfóides. Ao nascimento, os órgãos linfóides secundários são pouco

desenvolvidos, à medida que o organismo entra em contato com antígenos diversos,

ocorre resposta ou reação destes órgãos linfóides.

As células pluripotentes indiferenciadas, que são originadas do saco vitelínico,

da medula óssea fetal ou do fígado fetal, são capazes de reconhecer o microambiente

 propício ao desenvolvimento da linhagem linfóide.

e

FETO ADULTO

SacoVitelínico

Esqueletoaxial

Ossos longosdistais

Fígadoe baço

MESES ANOS

FIGURA 8: Órgãos da hematopoese

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VII – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Stem Cells e Células Progenitoras

A stem cell é definida como uma célula capaz de auto-renovação contínua

associada à capacidade de se diferenciar em progenitores para todas as linhagens

hematológicas. A auto-renovação refere-se à capacidade de produzir células filhas com

características idênticas às da mãe.

As células progenitoras são definidas como sendo o produto da diferenciação de

uma “stem cell” que restringiu seu potencial multilinhagem mantendo alguma

capacidade de auto-renovação. À medida que a maturação ocorre, as células

 progenitoras se tornam exclusivas para uma determinada linhagem – eritrócitos,neutrófilos, monócitos, etc. (Figuras 09,10 e 11).

neutrófilos  basófilos eosinófilos monócitos

FIGURA 9: Células hematopoéticas primitivas e progenitoras

linfócitoshemácias  plaquetas

CFUGEMM

 primitiva pluripotente

 progenitor mielóide misto

BFU-E

 progenitor megacariocítico

CFUGM

B T

timo

CFU -E

 progenitor eritróide

 progenitor granulócito/monócito

CFUMeg

unidade formadora de“explosão” eritróide

 progenitor linfóide

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VII – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Stem cell

Stem cellMielóide

CFU-GEMM

CFU - Eos

BFU - E

CFU - GM

BFU - Meg

CFU - Mast/Bas

Eosinófilos

CFU - E Eritrócitos

CFU - GGranulócito

s

CFU - M Monócitos

Basófilos

PlaquetasCFU - Meg

FIGURA 10: Hematopoese – linhagem mielóide 

Célula T

Célula B

Célula T

Progenitor T

Progenitor B

CD8

Stem cell

Stem cellLinfóide

Pré B

CD4CD8

Célula T

Célula TCD8

Célula BCD8

FIGURA 11: Hematopoese – linhagem linfóide 

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VII – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Unidades Formadoras de Colônias

As experiências de Mc Culloch e Till em 1961, demonstraram que um

determinado tipo de célula, presente na medula óssea, seria capaz de originas colônias

de crescimento hematopoético no baço de camundongos irradiados. Estas colônias

apresentavam uma diferenciação multi linhagem ou pluripotente (eritróide, mielóide ou

megacariocitária), eram formadas por células com capacidade de auto-renovação e eram

capazes de estabelecer colônias de células de multi-linhagem quando transplantadas à

outro camundongo. Estudos citogenéticos demonstraram a origem clonal dessas células,

ou seja, eram derivadas de uma única célula. Essas células foram designadas CFU-S(Unidade Formadora de Colônia – Baço). Estes estudos demonstraram, pela primeira

vez que uma célula tronco, “stem cell”, existia (Figura 12).

CFU-S: Unidade formadora de colônias baço; capaz de dar origem a todo tipo

de célula.

CFU – GEMM: Unidade formadora de colônias de granulócitos (G), eritrócitos(E), monócitos (M) e megacariócitos (Meg), ou progenitor mielóide.

FIGURA 12: Unidades formadoras de colônias – Baço (CFU-S): Células capazes de originar colônias multilinhagem no baço de camundongos irradiados letalmente.

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VII – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CFU – GM: Unidade formadora de colônias constituída por neutrófilos (N) e

monócitos.

CFU – Meg: Unidade formadora de colônias de megacariócitos, precursoras das

 plaquetas circulantes.

BFU – E: Unidade formadora de colônias eritróides, são mais primitivas

formam colônias muito grandes, com milhares de precursores eritróides nucleados em

cultura.

CFU – E: Unidade formadora de colônias de eritrócitos, são células mais

diferenciadas, que formam colônias menores.

CFU – Eos: Unidade formadora de colônias de eosinófilos.CFU – Bas: Unidade formadora de colônias de basófilos mastócitos.

Fatores de Crescimento

A hematopoese se processa em condições normais, através de um mecanismo

regulador, onde deve existir um equilíbrio entre a ação dos fatores que estimulam a

 proliferação celular e aqueles que inibem. O mecanismo regulador permite a emissãocontínua e normal de células sangüíneas maduras e diferenciadas da medula óssea, que é

o órgão central, para a corrente sangüínea.

Os fatores de crescimento CFSs (colony stimulating factors) são produzidos por 

células mononucleares do sangue (monócitos e linfócitos), pelos macrófagos da medula

óssea, por polimorfonucleares neutrófilos e por células do estroma da medula óssea.

Esses CFSs vão atuar sobre células indiferenciadas que se distribuem pela

medula óssea , seu ponto de ação é a membrana celular, uma vez que as célulashematopoéticas têm receptores que reconhecem essas substâncias. À medida que as

células se diferenciam, elas perdem capacidade de resposta ao estímulo que causou sua

 proliferação.

Os monócitos e linfócitos do estroma medular atuam de forma decisiva na

hematopoese através da secreção de substâncias que têm também atividade reguladora.

São as citocinas (mono e linfocinas) que regulam a atividade de vários tipos de

macrófagos e linfócitos.

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VII – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Fatores que inibem a hematopoese

Além dos fatores que estimulam a proliferação ou maturação das várias

linhagens do sangue, há substâncias que inibem esses fenômenos. Tais substâncias são

chamadas reguladoras ou moduladoras, pois até certo tempo, impedem a proliferação de

quantidade excessiva de células. São produzidas por vários tipos de células presentes no

estroma medular: linfócitos, células endoteliais e células granulocíticas maduras.

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