hermenêutica

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Hermenêutica

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  • HERMENUTICA

    -

  • Introduo Ler a Bblia com o propsito de entend-la e explic-la requer tempo, dedicao e o domnio de alguns princpios que s vezes no so levados a srio por alguns cristos: os princpios da Hermenutica. Est familiarizado com esses princpios de vital importncia para evitar que a Bblia seja interpretada subjetivamente, erroneamente e, consequentemente, criar heresias. Para algumas pessoas ler, interpretar e explicar a Bblia so coisas difceis. Somente os especialistas nas cincias da interpretao podem fazer isso. Essa concepo tem afastado muitos cristos da leitura da Bblia. Outros se limitam apenas em ler as notas explicativas das Bblias de Estudo, no omitindo nenhuma opinio. O que no bom, pois as notas explicativas das Bblias de Estudo, na maioria das vezes so subjetivas, correspondem aos interesses de determinado autor ou grupo. Portanto, se faz necessrio que cada cristo, especialmente aquele que lidera, tenha autonomia para ler, interpretar e explicar a Bblia coerentemente; para isso, ele precisa ter certo domnio dos princpios da Hermenutica. Pois os manuais de hermenutica existem para que as pessoas possam crescer no processo de leitura e compreenso do texto bblico. Entre outras

    coisas, a hermenutica ensina a ler e trabalhar com mtodo (Scholz, 2006, p. 4). O cristo no pode pensar que ler, interpretar e explicar a Bblia seja uma tarefa impossvel, ou limitada apenas a especialistas. As Escrituras Sagradas so claras, foram escritas para que todos pudessem ler e entender.

    Na verdade, interpretao bblica no , e nem deveria ser, tarefa acessvel apenas a

    especialistas. A Bblia um livro claro. E no de hoje que se diz isso; a prpria Bblia j

    o afirma (1 Co 2.11; 1Jo 2.27). A Escritura Sagrada, por si s, clara e compreensvel

    tambm s pessoas simples. Em vista disso, os antigos diziam que no se deveria

    pressupor a necessidade absoluta da hermenutica. Ou seja, estudar princpios de

    interpretao no condio necessria para entender a Bblia. A rigor, tudo que se tem a

    fazer ler o texto e dar ateno ao contexto. (Scholz, 2006, p. 4). Ler o texto o primeiro passo na interpretao. Ler significa decodificar, interpretar e reinterpretar. Por tanto, o leitor ao se deparar com o texto sagrado deve observar cuidadosamente o seu contexto; procurar entender as palavras dentro do conjunto da frase. Alm disso, necessrio dar ateno s vrias formas literrias da Bblia: narrativas, parbolas, poesia, epstolas, textos profticos, provrbios e outros tipos de figuras de linguagem. Ler, interpretar a Bblia no uma obrigao do cristo, mas um privilgio. E explic-la um motivo de muita alegria. Alguns cristos pensam que ler a Bblia uma obrigao. Se no ler Deus fica triste, ou no nos abenoa. como se se tivesse que fazer uma prova e para passar precisa estudar, no porque gosta, mas porque obrigado fazer isso. Tambm no podemos ler a Bblia pensando que seremos salvos por fazer isso. A leitura dela no um pr-requisito para algum ser salvo. Segundo Hoyer, no devemos esperar uma beno especial de Deus s pelo fato de ter lido a Bblia. Ler a Bblia no aumenta o amor de Deus por voc, e deixar de faz-lo no vai fazer com que Ele o ame menos (Robert Hoyer APUD- Scholz, 2006, p.20). Temos que entender que a leitura bblica para o proveito pessoal, para a edificao e crescimento espiritual e no para Deus. Ningum ler a Bblia para Deus.

  • Devemos ler a Bblia com f, ou seja, saber que o Esprito Santo nos dar a iluminao para entend-la: Abre tu os meus olhos, para que veja as maravilhas da tua lei (Sl 119.18; veja tambm Jo 14.26; 1Co 2.9-16; 2Co 3.13-16; Mt 11.25,26). Mas isso no quer dizer que o leitor no deva buscar nenhum recurso hermenutico para interpretar a Bblia.

    Iluminao do Esprito no dispensa trabalho, nem est em conflito com transpirao,

    isto , com esforo pessoal. Leitura e interpretao trabalho rduo. A iluminao do

    Esprito se d no ato de leitura, no antes dele nem em lugar dele (Scholz, 2006, p.20).

    DEFINIO

    A palavra hermenutica vem do verbo grego hermeneuo e do substantivo hermeneia, e

    significa interpretar. Esses termos esto relacionados a Hermes (deus da mitologia grega). Cabia a ele transformar o que estava alm do entendimento humano em algo que a inteligncia humana pudesse assimilar. Segundo a mitologia, ele era o mensageiro ou intrprete dos deuses, principalmente do pai, Zeus. Em seu significado tcnico, a hermenutica pode ser definida como a cincia e arte de interpretao Bblica. Considera-a como cincia porque ela tem normas ou regras, e essas podem ser classificadas num sistema ordenado. considerado como arte porque a comunicao flexvel (VIRKLER, 1999, p. 9). Portanto, interpretar inclui esclarecer e tornar inteligvel o que era obscuro ou desconhecido.

    Na qualidade de cincia, enucia princpios, investiga as leis do pensamento e da

    linguagem e classifica seus fatos e resultados. Como arte, ensina como esses princpios

    devem ser aplicados e comprova a validade deles, mostrando o valor prtico que tem na

    elucidao das passagens mais difceis (Milton Terry). A hermenutica uma cincia por ter os seus prprios mtodos de investigao e um objeto a ser estudado. A arte est relacionada forma de explicao e transmisso do objeto estudado. A hermenutica pode ser dividida em duas subcategorias: a geral e especial. A hermenutica geral o estudo das regras que regem a interpretao do texto Bblico inteiro. Inclui os tpicos das anlises histrico-cultural, lxico-sinttica, contextual e teolgica. Hermenutica especial o estudo das regras que se aplica a gneros especficos, como parbolas, alegorias, tipos, e profecias, etc. (VIRKLER, 1999, p. 10). HERMENUTICA E EXEGESE O significado de exegese interpretar, ou seja, uma minuciosa interpretao. O prefixo ex significa fora de, para fora a idia de que o interprete procura extrair o entendimento do texto. Em outras palavras, procurar descobrir o sentido original do texto. O que contrrio eixegese que significa para dentro, ou seja, inserir no texto um significado diferente. Exegese pode tambm ser definida como a verificao do sentido do texto bblico dentro de seu contexto histrico,literrio e gramatical. Para Wegner, a exegese o trabalho de explicao e interpretao de um ou mais textos bblicos (2001, p. 11). A hermenutica tambm significa interpretao, porm, h diferena entre ela e a exegese. A hermenutica bblia designa mais precisamente os princpios que norteiam as interpretaes dos

  • textos; enquanto que a exegese descreve mais especificamente as etapas ou os passos que cabe dar em sua interpretao (Ibid). A exegese a interpretao propriamente do texto bblico, ao passo que a hermenutica consiste nos princpios pelos quais se verifica o sentido do texto. A hermenutica como um livro de receitas de bolo. A exegese o preparo e o cozimento do bolo (ZUCK, 1994, p. 21). EXEGESE E EXPOSIO Enquanto a exegese se preocupa com a interpretao do texto, a exposio se preocupa com a transmisso do significado do texto e sua aplicabilidade na vida do ouvinte. Dessa forma a exposio se relaciona Homiltica que a cincia (princpios) e a arte (tarefa) de transmitir o significado e a importncia do texto bblico em forma de pregao. A exegese se consiste no estudo individual, na sala de estudo, enquanto a exposio na apresentao ao pblico, ou no plpito. Portanto, um bom expositor tambm um bom interprete das Escrituras, ou seja, algum que domina ou est familiarizado com os princpios da Hermenutica. A exegese precede a exposio. Assim como no se serve um bolo antes de ser preparado e cozido, tambm no se faz uma exposio do texto bblico sem que antes seja feito uma boa exegese. A exegese , portanto, um meio que visa um fim; um passo rumo exposio (ZUCK, 1994, p. 22).

    Uma das primeiras cincias que o pregador deve conhecer certamente a hermenutica.

    Porm, quantos pregadores h que nem de nome a conhecem! O apstolo Pedro admite,

    falando das Escrituras, que entre as do Novo Testamento "h certas cousas difceis de

    entender, que os ignorantes e instveis deturpam, como tambm deturpam as demais

    Escrituras [as do Antigo], para a prpria destruio deles". E para maior desgraa e

    calamidade, quando estes ignorantes nos conhecimentos hermenuticos se apresentam

    como doutos, torcendo as Escrituras para provar seus erros, arrastam consigo multides

    perdio. Tais ignorantes, pretensos doutos, sempre se tm constitudo em falsos, desde os

    falsos profetas da antiguidade at os papistas da era crist, e os russelitas de hoje. E

    qualquer pregador que ignora esta importante cincia se encontrar muitas vezes

    perplexo, e cair facilmente no erro de Balao e na contradio de Cor. A arma

    principal do soldado de Cristo a Escritura, e se desconhece seu valor e ignora seu uso

    legtimo, que soldado ser? Esta ddiva do cu no nos veio para que cada qual a use a

    seu prprio gosto, mutilando-a, tergiversando ou torcendo-a para nossa perdio. (LUND, 2001, p. 7).

    Nas palavras de Lund podemos observar que um dos maiores problemas que afetam a igreja dos nossos dias so os pregadores que ignoram essa cincia, interpretam o texto bblico subjetivamente no dando nenhuma importncia ao seu sentido original. Usam e deturpam as Escrituras objetivando a manipulao da massa, trazendo assim grande prejuzo para a igreja de Cristo. Ns que ministramos a Palavra de Cristo devemos ter o cuidado estud-la cuidadosamente, procurar entender o seu sentido original para depois fazer a aplicao na vida das pessoas. Sobre isso diz Bruce: Para ser vlida, a exposio deve ser firmemente baseada na exegese. O significado do texto para os ouvintes de hoje deve estar relacionado com o seu significado para os

    ouvintes aos quais foi originalmente dirigido (F.F. BRUCE APUD ZOCK, p. 23).

  • OBSERVE A TABELA

    DEFINIES DE HERMENUTICA E TERMOS CORRELATOS

    HERMENUTICA Cincia (princpios) a arte (tarefa) de apurar o sentido do texto bblico.

    EXESEGE

    Verificao do sentido do texto dentro de seus contextos histrico e literrio.

    EXPOSIO Transmisso do significado do texto e de sua aplicabilidade ao ouvinte moderno.

    HOMILTICA

    Cincia (princpios) e arte (tarefa) de transmitir o significado e a importncia do texto bblico sob forma de pregao.

    PEDAGOGIA

    Cincia (princpios) e arte (tarefa) de transmitir o significado e aplicabilidade do texto bblico sob forma de ensino. Relaciona-se educao crist.

    Observe o quadro abaixo, todo o processo de interpretao das Sagradas Escrituras tem como objetivo a edificao. Ele comea com a observao de um texto, em seguida aplicam-se os princpios da Hermenutica para entend-lo e explic-lo (exegese). Somente depois de uma boa exegese que se faz a aplicao individual ( necessrio aplicar em nossas vidas antes de aplicar na dos ouvintes), e assim fazer a exposio. Resultado: A edificao do Corpo.

    EDIFICAO

    EXPOSIO

    HOMILTICA

  • Correlao Teolgica

    Aplicao Individual

    EXEGESE Compreenso do contedo

    Observao (sondagem do contedo)

    Hermenutica (Princpios de interpretao)

    A NECESSIDADE DA HERMENUTICA H vrios bloqueios que nos impede de entender a Bblia. Esses bloqueios no so furados com uma simples leitura. Para ultrapass-los precisamos de algumas ferramentas ou recursos. Aqui percebemos o quanto a Hermenutica necessria para estudarmos as Escrituras. Sua relevncia est em oferecer ao leitor (intrprete) ferramentas para compreender o sentido original das Escrituras. Vejamos alguns bloqueios:

    1. O bloqueio histrico. H um grande abismo histrico entre os leitores de hoje e os escritores bblicos. Esse abismo trs algumas dificuldades para entender determinados textos. Ler, como j falamos implica em decodificar, interpretar. Decodificar um texto mais recente, como um jornal, revista ou at mesmo um livro no to simples assim. Quanto mais um texto que foi escrito a dois ou trs mil anos atrs. Como entender o fato de Abrao ter tido um filho com a escrava? O fato harm de Salomo? O fato de Deus mandar matar todos os cananitas? A distncia temporal, num mundo em constantes mudanas, faz com que a maneira de encarar o mundo, os aspectos

    culturais e lingsticos dos escritores da Bblia se percam no passado distante.

    Portanto, como qualquer documento antigo, a Bblia precisa ser lida levando-se isto

    em conta. Os princpios de interpretao da Bblia procuram condies de transpor

    este abismo temporal. (A. Nicodemus Lopes. Princpios de interpretao da bblia monergismo).

    2. O bloqueio cultural. H muitas diferenas de nossa cultura e a dos antigos hebreus.

    Para entendermos com clareza um determinado texto precisamos est familiarizados com a cultura da poca: vestimentas, comida, a questo do namoro, do casamento, que diferem muito dos costumes atuais.

    3. O bloqueio lingstico. A Bblia foi escrita em trs idiomas: O hebraico, aramaico e o

    grego. Trs lnguas que possuem estruturas e expresses idiomticas muito diferentes da nossa prpria lngua (VIRKLER, 1999, p. 12). Muitas expresses que aparecem em nossas verses da Bblia no so tradues, mas sim transliterao, por exemplo: batismo, pentecostes, presbtero, etc. Palavras com essas e muita outras no foram

  • traduzidas para o portugus, por isso necessrio consultarmos um bom dicionrio bblico, teolgico ou mesmo de hebraico e grego. As lnguas em que a Bblia foi escrita tambm j no existem. No se fala mais o hebraico, o grego e o aramaico

    bblicos nos dias de hoje, mesmo nos pases onde a Bblia foi escrita. Como cada

    lngua tem seu jeito prprio de comunicar conceitos (apesar de uma estrutura comum

    a todas), princpios de interpretao da Bblia devem levar em conta estas

    peculiaridades. O conhecimento do paralelismo hebraico certamente nos ajuda a

    entender os Salmos melhor, bem como os profeta (Nicodemos monergismo).

    4. O bloqueio filosfico. A viso de mundo que temos hoje bem diferente daquela dos escritores sagrados. Eles escreveram de acordo a concepo de mundo que eles tinham. As opinies acerca da vida, do universo, da morte, da natureza diferem entre as vrias culturas. Para transmitir validamente uma mensagem de uma cultura para outra, o tradutor ou leitor deve estar ciente tanto das similaridades como dos contrastes das

    cosmovises (Ibid p. 13). Para entendermos o livro de Gnesis, por exemplo, se faz necessrio entender a cosmoviso das pessoas da poca, esse mesmo processo se aplica aos salmos, provrbios, etc.

    5. O bloqueio do distanciamento entre escritor e leitor. A distncia entre o leitor e o

    escritor de fato um bloqueio no entendimento de sua mensagem. Cada escritor escreveu suas respectivas mensagens visando atingir um determinado objetivo. Por isso usou de expresses que os seus primeiros leitores no teriam nenhuma dificuldade para entender, que o contrrio do leitor de hoje. De acordo com o Prof, Augusto Nicodemos devemos ainda reconhecer que teramos uma compreenso mais exata da mensagem de alguns textos bblicos reconhecidamente obscuros se os seus autores

    estivessem vivos. Poderamos perguntar a eles acerca destas passagens complicadas

    que escreveram e que continuam at hoje dividindo os melhores intrpretes quanto ao

    seu significado. Por exemplo, Pedro poderia nos esclarecer o que ele quis dizer com

    "Cristo foi e pregou aos espritos em priso". Ou ainda, Paulo poderia nos dizer o que

    ele quis dizer com "o que faro os que se batizam pelos mortos?". Mateus poderia

    finalmente tirar a dvida sobre o sentido da frase de Jesus "no terminaro de

    percorrer as cidades de Israel at que venha o Filho do Homem". Daniel poderia nos

    esclarecer a quem ele se referia por Ciro (de quem no temos registro fora da Bblia) e

    porque considerava Belsazar filho de Nabucodonosor, quando era filho de Nabonido.

    No endossamos o que alguns estudiosos afirmam, que com a morte do autor perdeu-

    se a possibilidade de recuperar-se a inteno dos mesmos. A razo que a inteno

    deles sobrevive no que escreveram. Mas certamente a ausncia do autor faz com que a

    interpretao de textos obscuros seja necessria. Princpios de interpretao devem

    levar em conta o distanciamento autorial, e buscar meios de recuperar a inteno

    deles nos prprios textos que escreveram. CARACTERSTICAS DO INTRPRETE DAS ESCRITURAS

  • O intrprete das Escrituras precisa ter algumas qualidades especiais, pois do contrrio no ter xito em seu trabalho. O fato de alguns estudiosos das Escrituras no demonstrarem nenhuma qualidade espiritual ou respeito pela Palavra tem trazido vrias conseqncias para a igreja. Porque muitos deles tm lido a Bblia como se fosse qualquer livro, sem nenhuma reverncia, isso levou ao liberalismo teolgico.

    Assim como para apreciar devidamente a poesia se necessita possuir um sentido

    especial para o belo e potico, e para o estudo da filosofia necessrio um esprito

    filosfico, assim da maior importncia uma disposio especial para o estudo proveitoso

    da Sagrada Escritura. Como poder uma pessoa irreverente, inconstante, impaciente e

    imprudente, estudar e interpretar devidamente um livro to profundo e altamente

    espiritual como a Bblia? Necessariamente, tal pessoa julgar o seu contedo como o cego

    as cores. (Lund, 2001, p. 13). 1. necessrio ter respeito pela Palavra. Se uma pessoa no tem respeito pela Palavra de Deus, que interesse ter em estud-la? Caso leia, estar disposto aplic-la em sua vida? Vemos na Bblia que os cristos primitivos tinham um respeito muito grande pela Palavra de Deus, eles a levavam a srio. "Outra razo ainda temos ns diz Paulo para incessantemente dar graas a Deus: que, tendo vs recebido a palavra que de ns ouvistes, que de Deus, acolhestes no como

    palavras de homens, e, sim, como, em verdade , a palavra de Deus, a qual, com efeito, est

    operando eficazmente em vs, as que credes." Receba-se assim a Escritura, com todo o respeito.

    E como diz o Senhor: "O homem para quem olharei este: o aflito e abatido de esprito, e que

    treme da minha palavra". Estude-se em tal sentimento de humildade e reverncia, e se

    descobriro, como disse o Salmista, "as maravilhas da tua lei". (I Tes. 2:13; Isa. 66:2; Salmo 119:18.) 2. Ter um esprito dcil. Para um estudo proveitoso e uma compreenso reta da Escritura, pois, que se aprender em qualquer estudo se falta a docilidade? A pessoa obstinada e teimosa que intenta estudar a Bblia, lhe acontecer o que disse Paulo do "homem natural". "Ora, o homem natural no aceita as coisas do Esprito de Deus porque lhe so loucura; e no pode entend-las

    porque elas se discernem espiritualmente" (1 Co 2.14). Abandone as preocupaes, as opinies preconcebidas e idias favoritas e empreenda-se o estudo no esprito de dcil discpulo e tome-se por Mestre a Cristo. Sempre deve ter-se presente que a obscuridade e aparente contradio que se passam encontrar no residem no Mestre, nem em seu infalvel livro de texto, mas no pouco alcance do discpulo. "Mas, se o nosso evangelho diz o apstolo ainda est encoberta, para as que se perdem que est encoberto, nos quais a deus deste sculo cegou os entendimentos dos incrdulos" (2 Co 4.3-4). Porm o discpulo humilde e dcil que abandona a este mestre que cega os entendimentos, adota a Cristo por Mestre, ver e entender a verdade, parque Deus promete "guiar as humildes na justia, e ensinar aos mansos a seu caminha" (Sl 25.9). (Lund, 2001. P. 15). 3. Compromissado com a verdade. Ele deve amar a verdade, por que como estudar diligentemente algo que no julga ser verdadeiro? Ou que no tem nenhum valor para a sua vida? O intrprete das Escrituras precisa est disposto a ouvir as verdades bblicas e aplic-las em sua vida. "A luz veio ao mundo, disse Jesus de si mesmo e os homens amaram mais as trevas do que a luz." Ainda mais, disse ele mesma que a "aborreceram" (Jo 3.19,20), e eis aqui por que em sua crescente cegueira passam do aborrecimento perseguio e da perseguio crucificao do Mestre. "Despojando-vos, portanto, de toda maldade..." disse Pedro "desejai ardentemente, como crianas recm-nascidas, o genuno leite espiritual, para que por ele vos seja dada crescimento para salvao" (1 Pe 2.1,2). O que com este desejo a busca, esquadrinhando as Escrituras, tambm a achar. Parque ao tal "a Pai da glria, vos concede esprito de sabedoria e de revelao no pleno conhecimento dele" (Ef. 1.17).

  • 4. Ter pacincia. Nem sempre voc compreender um determinado texto rapidamente ou com uma simples leitura. s vezes, se gasta muito tempo para entender apenas uma nica palavra. necessrio ler o texto vrias vezes, consultar comentrios, dicionrios, etc. Disse Jesus: "Examinai as Escrituras". Podemos comparar o estudo da Bblia com o garimpar. O garimpeiro aquele que cava e revolve a terra diligentemente em busca do ouro. Nem sempre encontrado com facilidade, necessrio cavar mais fundo. Assim tambm o intrprete deve cada vez mais se aprofundar nos estudos das Escrituras buscando a preciosidade de seu sentido original. Esse labor requer pacincia. "Quo doces so as tuas palavras ao meu paladar! Mais que o mel minha boca... Admirveis so os teus testemunhos . . . Alegra-me nas tuas promessas, como quem acha

    grandes despojos . . . Ama as teus mandamentos mais que o oura, mais da que a prata refinada" (Sl 119.103, 129, 162, 127). QUALIFICAES DO INTRPRETE DA BBLIA. 1. Qualificao Intelectual Inerente alma. Mente sadia, bem equilibrada. Percepo clara e rpida que se tem dos fatos. Agudeza de intelecto. Discernir imediatamente a conexo de pensamento e a associao de idias. Ser competente para analisar, examinar e comparar. Ter imaginao precisa, porm, controlada, isto , a capacidade para reviver cenas antigas sem incorrer em falsas interpretaes. 2. Qualificao Educacional Com que precisa se relacionar o intrprete? Alm de uma mente equilibrada, senso discreto e agudeza de intelecto, o intrprete das Escrituras Sagradas precisa relacionar-se minuciosamente com a: 2.1 Geografia Geografia da Palestina e regies adjacentes. Entender o carter fsico do mundo bblico. 2.2 Histria As inscries decifradas do Egito, Assria, Babilnia, Prsia, etc, tem lanado muita luz nas narrativas bblicas. 2.3 Cronologia A diviso das grandes eras. O alvo das tbuas genealgicas. 2.4 Antiguidades Hbitos, costumes e artes dos antigos. (qualquer povo). 2.5 Poltica Incluindo a lei internacional, vrias teorias e sistemas do governo civil, ajudar ao exegeta a apreciar melhor a lei mosaica e grandes princpios civil estabelecido no Novo Testamento. 2.6 Cincia Natural Geologia, astronomia, foram frequentemente mencionados ou feitas aluses pelos escritores sacros. 2.7 Filosofia O mesmo pode ser dito da histria e sistema de pensamentos especulativos. As vrias escolas de filosofia e psicologia. 2.8 Lnguas Sacras Hebraico e grego) Ningum poder ser mestre na exposio bblica sem tal conhecimento. 2.9 Filologia Comparativa Especialmente o siraco, rabe e outras lnguas semticas. O conhecimento do snscrito, latim e lnguas indo-europias. 2.10 Literatura em Geral. 3. Qualificao Espiritual Esta qualidade um Dom, e parcialmente adquirida. Desejar o conhecimento da verdade. No somente atingi-la, mas aceit-la uma vez atingida. Afeio branda Amar os irmos e a verdade. Entusiasmo pela palavra muitos sentem pelos poemas de Homero, pensamentos de Demstenes, Shakespeare, Milton, etc... Reverncia a Deus Comunho com o Esprito Santo. SNTESE DA INTERPRETAO BBLICA

  • Quando se fala em Hermenutica algumas pessoas pensam que isso inveno moderna. Alguns a olha com certa desconfiana pensando ser mais uma criao do racionalismo. Na verdade, desde que a Bblia foi revelada e escrita ela vem sido lida e interpretada. E, ao longo da histria no foram poucos os mtodos de interpretao criados com o objetivo de entend-la com clareza e preciso. Alguns mtodos ainda so usados at os dias de hoje, outros, tornaram-se obsoletos. Tambm ouve grandes homens que contriburam com suas interpretaes da Bblia, bem como as suas produes literrias, entre eles podemos citar: Tertuliano, Agostinho, Lutero, Calvino, Wesley, e muitos outros, que deixam as suas contribuies para a interpretao bblica. Portanto, quando falamos de Hermenutica, no estamos falando de uma inovao ou de um novo mtodo de ler a Bblia, mas sim, daquilo que foi desenvolvido e aplicado por diversos cristos ao longo da histria crist.

    No se pode simplesmente saltar por cima de, no mnimo, dois mil anos de interpretao

    bblica e fazer de conta que a hermenutica comeou no dia em que ns nascemos ou nossa

    igreja foi fundada. Essa histria da interpretao, quer queiramos, quer no, influencia o

    intrprete de hoje, direta ou indiretamente (KAISER e SILVA APUD SCHOLZ , p. 37).

    A interpretao da Bblia comeou dentro dela mesma. Ao lermos os profetas percebemos que eles interpretavam e aplicavam a Lei vida das pessoas. Quando o povo de Israel se afastava do Senhor, eles o chamava a renovar a aliana que havia sido estabelecida no Sinai. Algo semelhante acontece nos Salmos. Por exemplo, um texto como Sl 16.5-6, "o SENHOR a poro da minha

    herana e o meu clice", faz sentido luz de Nm 18.20, no qual Deus fala do sustento dos sacerdotes:

    Eu sou a tua poro e a tua herana no meio dos filhos de Israel. Isso tambm acontece no Novo Testamento, pois uma boa parte dele consiste em citaes do Antigo Testamento. Alm disso, o Novo Testamento afirma que em Jesus de Nazar, se cumpriu a grande expectativa messinica do Antigo Testamento. E dizer "isto cumpre aquilo" j uma interpretao. A relao entre os dois testamentos pode ser constatada, antes de tudo, na macia presena do AT no NT. Uma dcima parte do texto do NT vem do AT so 295 citaes

    diretas e mais de 4.000 aluses ou referncias indiretas. Alguns livros do NT esto saturados de

    AT . O NT depende do AT, e no poder ser interpretado adequadamente sem referncia ao

    mesmo (SCHOLZ, 2006 p. 38). A Hermenutica dos escritores do Novo Testamento Os escritores do Novo Testamento lem o Antigo Testamento luz de certos pressupostos.

    Dois deles so de fundamental importncia:

    1) Cristo o ponto alto da histria da salvao. Se o Antigo Testamento , em grande parte,

    histria, esta histria a histria da salvao, a histria da promessa da vinda do Messias, a

    histria do povo que recebeu a promessa: Abrao e sua descendncia (Lc 1.55). O ponto alto e

    cumprimento dessa histria Jesus Cristo.

    2) O Antigo Testamento lido de forma tipolgica. Segundo Leonhard Goppelt, na obra Typos ,

    os escritores do Novo Testamento lem o Antigo Testamento com culos de tipologia. Em outras

    palavras, a interpretao tipolgica expressa a postura bsica dos primeiros cristos ante o

    Antigo Testamento. Isso significa que pessoas, acontecimentos ou coisas (objetos ou instituies)

    do AT - no textos como tais! - so prefiguraes ou prottipos de pessoas, acontecimentos ou

  • instituies do Novo Testamento. Ado, por exemplo, tipo de Cristo (Rm 5.14). O xodo e a

    marcha para a terra prometida tipificam o batismo e a ceia (1Co 10.1-6). Melquisedeque tipo de

    Cristo (Hb 7), o Templo tipo de Cristo (Mt 12.6), etc.

    Entre tipo (AT) e anttipo (NT) existe correspondncia histrica (semelhana) e ao mesmo

    tempo intensificao, no sentido de que o anttipo ultrapassa o tipo, ou seja, no cumprimento

    existe um "mais do que" ou "maior que". Romanos 5.12-21 ilustra isso muito bem. Aqui, Paulo faz

    uma comparao tipolgica invertida, por assim dizer, entre Ado e Cristo. Ambos, alm de

    serem um, so cabeas da humanidade. Nisso reside a semelhana. Mas existe uma grande

    diferena, um "muito mais", como Paulo explica num parntese, em Rm 5.15-17. Somente depois

    de deixar bem clara essa diferena que Paulo finalmente faz a comparao, nos vs. 18-21. (SCHOLZ , 2006, p. 38).

    Exegese Judaica antiga Alguns estudiosos defendem que a histria da interpretao comeou de fato com a obra de Esdras. Aps o exlio babilnico Esdras passou a ensinar o povo a Lei de Deus: Leram no livro, na Lei de Deus, claramente, dando explicaes, de maneira que entendessem o que se lia (Ne 8.8). Aqui podemos ver que Esdras interpretava e ensinava as Escrituras para o povo que por setenta anos ficou no cativeiro e agora estava de volta a sua terra e necessotava ser instruido segundo a Lei do Senhor. No tempo de Cristo, a exegese judaica podia classificar-se em 4 tipos:

    1. Mtodo Literal referido como peshat (despir, depenar). No se procurava um sentido alm da passagem bblica.

    2. Interpretao Midrshica. O midrash, que literalmente significa "pesquisa", pois se deriva do verbo hebraico darash, designa uma exegese um tanto quanto expandida de textos ou acontecimentos. O rabi Hillel considerado como o elaborador das normas basicas da exegese rabnica que que acentuava a comparao de ideias palavras ou frases encontradas em mais de um texto, a relao de principios com situaes particulares, e a importncia do contexto na interpretao. Porm, esse mtodo nao foi levado a srio, pois eles seguiram uma interpretao fantasiosa das Escrituras, perdendo, assim, a viso do texto.

    3. Interpretao Pesher. Psher, um termo que quer dizer "interpretao". o mtodo do "isto aquilo" ou "isto cumpre tal passagem". Esse metodo foi desenvolvido dentro das comunidades de Qumran e enfatizava a escatologia. Acreditavam que tudo o que os profetas falaram e escreveram tinha significado proftico velado que deveria ser cumprido por uma comunidade do pacto. Segundo Virkler, esse metodo de interpretao fazia uso da frase este aquela, para indicar que determinado acontecimento o cumprimento de uma antiga profecia. (VIRKLER, 1999, p. 38).

    4. Exegese Alegrica. a abordagem que atribui uma interpretao mais-que-literal ao contedo de um texto. Segundo esse mtodo o verdadeiro sentido jaz sob o significado literal das Escrituras. O alegorismo foi desenvolvido pelos gregos. Os rabinos usavam s vezes peshat, outras vezes, midrash.

    Filo (c. 20 a.C. c. 50 d.C.) Acreditava que o significado literal era para os imaturos e o alegrico para os maduros. Filo considerava a histria de Ado e Eva uma fbula. E outras passagens como mito.

    Concuindo, podemos dizer que durante o primeiro sculo da era crist os rabinos (intrpretes judaicos) concordavam de que a Escritura de fato representava a Palavra de Deus, e

  • que essa palavra est cheias significados. Nas reas de interesses judiciais e prticos, aplicaram a interpretao literal do texto. Mas em outras, aplicavam a exegese alegrica (VIRKLER, 1999, p. 39). A interpretao da Bblia no perodo patrstico (100-600 d.C.) Os princpios hermenuticos deste perodo prendem-se a trs escolas. (a) A Escola de Alexandria. Existiu no princpio do terceiro sculo teve como principais representantes: Clemente de Alexandria e Orgenes. Alexandria era o mais importante centro de estudos e foi a que a religio judaica e a filosofia grega se encontraram exercendo grande influncia. Clemente e Orgenes criam na Bblia como palavra inspirada de Deus e que seria necessrio elaborar regras especiais para a interpretao destes escritos. Clemente afirmava que as escrituras deveriam ser entendidas alegoricamente e que o estudo literal conduzia apenas para uma f elementar. O verdadeiro conhecimento emanava da interpretao alegrica. Orgenes, discpulo de Clemente, seguiu as pisadas de seu mestre, ultrapassando-o inclusive. Dizia que tudo o que o Esprito Santo dava era simples, claro e digno de Deus e o que parece obscuro, imoral e inconveniente na Bblia serve como um incentivo para ultrapassar o sentido literal. (b) A Escola de Antioquia. Segundo o historiador Farrar, foi fundada por Diodoro, primeiro presbtero de Alexandria. Este escreveu um tratado sobre princpios de interpretaes, mas a sua principal fama reside no nome de seus dois discpulos: Teodoro Mopsustia e Joo Crisstomo. Teodoro no cria na inspirao da Bblia e produziu uma exegese intelectual e dogmtica. Crisstomo cria nesta inspirao e produziu uma obra mais espiritual e prtica e distinguiu-se como um dos maiores oradores de sua poca. Os dois rejeitaram a interpretao alegrica e defenderam a Histrico-Gramatical. (c) Exegese Ocidental. Fruto da escola de Alexandria e de princpios da escola Sria. O aspecto mais caracterstico desta foi o de ter acrescentado autoridade da tradio e da igreja na interpretao. Os nomes que mais se destacaram nesta fase foram: Hilrio, Ambrsio, Jernimo e Agostinho. Jernimo se destacou mais pelo fato de ter traduzido e ainda ter dado notas lingsticas, histricas e arqueolgicas. Agostinho era conhecedor fraco do grego e hebraico, mas foi famoso na sistematizao de verdades bblicas. A sua exegese no era boa. Deu nfase ao sentido literal da Bblia, dizendo que nela deveria fundamentar alegrica. Fez uso muito livre das alegorias bblicas. Adotou um qudruplo sentido das Escrituras: Histrico, etiolgica, analgica e alegrica. 2. Idade Mdia. Neste perodo a ignorncia da Bblia era total e os clrigos pensavam que a mesma s poderia ser entendida misticamente. Criam no qudruplo sentido da Bblia: literal, tropolgica, alegrica e analgica. Qualquer interpretao deveria ter o apoio da tradio e da doutrina da igreja. Sbio era aquele que conhecia os ensinos dos Pais da Igreja e descobria na Bblia o ensino da igreja. Nas predicas, liam um texto bblico e depois faziam uma explicao dos pais. A Idade

  • Mdia, no possua uma exegese, e, sim, uma dogmtica. Algum teria em primeiro lugar que descobrir no que deveria crer e depois descobrir na Bblia a confirmao. Deste perodo destacam-se: Pedro Lombardo, Procpio de Gaza, Toms de Aquino, Walafrid, Strabo, Hugo de So Vitor, So Benedito, etc... 3. Perodo da Reforma. Abandonou-se o sentido qudruplo afirmando s o sentido das Escrituras. Substituiu a infalibilidade da Palavra. Atravs de Reuchlin e Erasmo, voltou-se para os originais da Bblia. O Primeiro adotou um dicionrio e uma gramtica da lngua hebraica e o segundo fez uma edio crtica do Novo Testamento grego. Afirmavam que eram as escrituras que deviam determinar o que a igreja deve ensinar e no o contrrio. A Escritura deve ser interpretada de acordo com o seu contexto histrico-gramatical. . Trs foram os nomes de maior destaque: Lutero traduziu a Bblia para o alemo. S reconhecia o sentido literal e via Jesus em todas as partes das escrituras. Melanchthon - Afirmou que em primeiro lugar se deve conhecer a Bblia gramaticalmente e s depois teologicamente e que as escrituras possuam apenas um simples e determinado sentido. Calvino Foi o maior exegeta da Reforma. Seguiu Lutero e Melanchthon, superando-os. Comentou quase toda a Bblia. Discordava de Lutero que Jesus poderia ser encontrado em qualquer parte da Bblia. Ele tambm acreditava que a iluminao espiritual necessria, e considerava a interpretao alegrica como artimanha de Satans para obscurecer o sentido da Escritura. Para a a Escritura interpreta a Escritura; e com isso, enfatizava a importncia de consultar o contexto, a gramtica e as passagens paralelas, em lugar de trazer para o texto o significado do prprio intrprete. Calvino dizia que: a primeira tarefa de um intrprete deixar que o autor diga o que ele de fato diz, em vez de atribuir-lhe o que pensa que Le deva dizer. Neste perodo, os catlicos Romanos continuavam firmados na tradio e no produziram nenhuma obra exegtica. 1. O Perodo Histrico (CRTICO). Os representantes deste perodo negam a inspirao verba l e a infalibilidade das Escrituras. Alguns adotaram o pensamento de Le Clerk de que a inspirao variava em graus nas diferentes partes da Bblia e admitia erros histricos e geogrficos nas suas pginas. Havia outro grupo que aceitava a inspirao, mas somente nas pores de f e da moral. Scheiermacher negava o carter sobrenatural da inspirao. Era apenas o fruto da iluminao do cristo; Wegscheider e Parker foram mais longe dizendo referir-se ao poder natural do homem. Exigia-se que o exegeta fosse livre dos padres dogmticos e que a Bblia teria que ser interpretada como um livro comum e a conseqncia disto foi o surgimento de duas escolas opostas: A Gramatical e a Histrica. 1.1. A Escola Gramatical.

    Fundada por Ernesti, reunia quatro princpios de interpretao. (a) O princpio mltiplo devia ser registrado.

  • (b) As interpretaes alegricas tambm deviam ser abandonadas, exceto quanto o autor indica o fim, harmonizando-se com o sentido literal.

    (c) A Bblia s tem um sentido gramatical comum a todos os livros. (d) O sentido literal no pode ser determinado por dogmatismo algum. 1.2. A Escola Histrica.

    Origina Semler. Filho de pietista, tornou-se o pai do racionalismo. Para ele, o cnon estava historicamente condicionado. No tem valor normativo para todos os povos em todos os tempos. Seus principais discpulos foram: Paulus professor de Hildelberg, especializou-se na interpretao dos milagres. Cria que tudo foi verdade, porm, sem o elemento sobrenatural. Strauss, ridicularizou Paulus e influenciado por Hegel, defendia a interpretao mstica do Novo Testamento. F.C. Baur, ridicularizou Strauss e defendeu o princpio hegeliano de tese, anttese e sntese. 1. A Escola de Conciliao. Aquelas se seguiam com Schleiermacher que quis levantar um movimento reacionrio com o fim de derrubar o racionalismo apenas de seguir as mesmas pisadas deste. Nisto, foi seguido de De Wette, Bleek, Genesius e Ewald. Como seguidores mais evanglicos e que no ocuparam linha to dura, citamos: Tholuck, Riehm, Weiss, Luecke, Neander, etc... 2. A Escola de Hengstenberg. Esta tambm no serviu para deter os passos do racionalismo. Possua uma posio melhor que a escola anterior. Cria na inspirao plenria e na infalibilidade da Bblia e firmou-se nos padres confessionais dos luteranos. Dos seus discpulos citamos: Keil, Havernick e Kurtz. 3. Tentativa de se ir alm do Sentido Histrico-Gramatical. Este representado por manuais de hermenutica como Keil, Davidson, Fairbairn, Immer e Terry. Eles procuraram complementar as interpretaes Histrico-Gramatical. PRINCPIOS GERAIS DE INTERPRETAO (Primeiro Princpio) Determinar o sentido comum e usual das palavras empregadas, interpretar gramaticalmente o texto. Mas isto no significa interpretar literalmente sempre. Em Gnesis 6:12 carne pessoa e caminho significa costume, modo de proceder, religio. Salmo 8 bois e ovelhas no significam os crentes como os demais animais, no significam os mpios. Faz-se necessrio o auxlio de gramticas, dicionrios, lnguas cognatas (mesma raiz), verses, intrpretes antigos e outros meios. Ainda: A luz provinda do contexto, o uso do termo em outros lugares e passagens paralelas, etc. Exemplo: Joo 1:1 logos aqui diferente do logos de Hebreus 4:12; Estatura em Lucas 19:3 igual a altura em Hebreus 11:11, significa: curso da vida, idade. E qual o sentido de Mateus 6:27? H termos tcnicos. Eklsia - comumente significa Igreja_______ no era um encontro de massa, era um nmero selecionado tirado da massa comum. _____________ Legalmente chamada Atos 19:39. No hebraico _____________ Congregao do povo de Israel, Atos 7:38. ___________

  • - Chamados para serdes santos. ___________ - Cobrir, esconder de vista. A arca Gnesis 6:14 Gnesis 6:20. TRANSIO: Expiao Levtico 17:11 da o substantivo ____________ que significa resgate, satisfao xodo 30:12 e o plural xodo 30:10 Levtico 23:27-28. Cuidados a tomar: Pode ser que o termo aparea em um nico lugar e pode ser que tenha um ou mais significados. 1. Particularidades Idiomticas. Devem ser compreendidas no segundo a nossa lngua mas segundo o hebraico. 1.1 Pensamento Qualitativo dado atravs de um segundo nome. I Tessalonicenses 1:3. Vossa obra fiel, vosso trabalho caridoso, esperanosa pacincia. ao mesmo tempo uma forma enftica. 1.2 Chamar a pessoa de FILHO de uma qualidade ou de um mal que possua. I Samuel 2:12 filhos de Eli so chamados de filhos de Belial, - VILEZA. Lucas 10:6 filhos da paz, isto , dcil, atento, pronto para receber o evangelho Efsios 5:6-8 Filhos desobedientes e filhos da luz, isto , desobedientes e esclarecidos. 1.3 Comparao Lucas 14:26, deve ser entendido luz de Mateus 10:37. Comparao pelo uso de advrbio de negao. Gnesis 45:8 Foi antes Deus do que vs. Marcos 9:37 No somente a mim, mas quele que me enviou. 1.4 Nomes no Plural Para significar com isto, naturalmente, que h mais de um, ainda que a referncia feita apenas a um. Gnesis 8:4 Montanhas do Ararat; Gnesis 19:29 Ao tempo em que destruas as cidades da campina; Mateus 24:1 Discpulos, Vestes Joo 13:4. Marcos 13:1. Discpulos significa um deles e vestidos: um deles, isto , o que est por cima. 1.5 Os nomes de pais ou de antepassados so usados para significar a sua posteridade. Gnesis 9:25 Maldito seja Cana, isto , a sua posteridade. Esta maldio no atingiu a Melquisedeque, Abimeleque e mulher cuja filha foi curada por Cristo por terem sido justos (Gnesis 14:18-20; 20:6; Mateus 15:22-28). Jac e Israel muitas vezes so usados no lugar do termo israelita. 1.6 O termo filho empregado tambm no lugar de descendente. Os sacerdotes so chamados de filhos de Levi. Em II Samuel 19:24 se diz ser Mefibosete filho de Saul, quando na verdade era filho de Jonathas. II Reis 8:26 chama Atalia de filha de Onri e no verso 18, filha de Acabe; quando na verdade era filha de Acabe e neta de Onri. Jesus chamado de filho de Davi, isto , descendente direto atravs da me e do pai adotivo. Assim, da mesma forma, o termo Pai pode representar algum dos antepassados: I Crnicas 1:17; como tambm irmo pode representar um parente colateral: Gnesis 14:16 refere-se a L como sobrinho de Abrao e no captulo 13:8 so chamados irmos. SEMI-HEBRAISMOS. Dentre os Semi-Hebraismos encontrados na Bblia, podemos destacar os seguintes: 1. Expresses Naturais Destas, algumas expresses so nmeros indefinidos. O nmero 10 tanto pode representar ele mesmo (Gnesis 31:7) como diversos (Daniel 1:20). 40 significa muitos. Perspolis: a cidade das quarenta torres. Embora tivesse muito mais. Que dizer de II Reis 8:9? 7 e 70 significa um grande nmero Provrbios 26:16,25 Salmo 119:164 e Levtico 26:24. 70 x 7 tem o sentido de: Quantas vezes forem necessrio, referindo-se ao perdo. 2. As Escrituras usam s vezes um nmero redondo em vez de especificao exata. O nmero de mortos pela praga em I Crnicas 10:8 de 23.000 e em Nmeros 25:9 de 24.000.

  • 3. Alguns verbos que exprimem estado ou ao so usados para mostrar que a coisa de fato assim, ou est realmente assim feita. Isto significa dizer que uma pessoa faz uma coisa quando na verdade apenas a declarou feita. Manda fazer uma coisa, quando apenas se permite que se faa; Quando profetiza que se far, supe-se que se far ou considera feita. Exemplo: Em Levtico 13:13, limpar o leproso, significa declar-lo limpo. Em Joo 4:1,2 Jesus batizava, isto , permitia que seus discpulos batizassem. Assim, entendemos o corao duro de Fara xodo 8:15; 9:12, em comparao com Romanos 9:17; e tambm a situao do povo em Isaas 6:10. 4. Nomes Prprios de Pessoas e Lugares. Os nomes prprios de pessoas e lugares nas Escrituras Sagradas exigem um cuidado muito especial do estudante para corrigir algumas aparentes discrepncias. 5. Diferentes Pessoas e Lugares tm o Mesmo Nome. FARA Era um ttulo dado aos reis do Egito desde Abrao at a invaso do Egito pelos persas, depois disto passou-se o ttulo para Ptolomeu. ABIMELEQUE Ttulo comum dos reis dos filisteus. BEN-HADADE Rei dos srios. CSAR Dos imperadores romanos. O Csar da crucificao de Jesus foi Tibrio. O Csar para o qual Paulo apelou foi Nero (Atos 25:21). CESARIA o nome de duas cidades. Cesaria de Felipe na Galilia e Cesaria, um ponto do Mediterrneo que aparece em Atos. ANTIOQUIA DA SRIA Foi o lugar onde Paulo e Barnab comearam os seus trabalhos e os discpulos foram chamados de cristos. ANTIOQUIA DA PISDIA Registrada em Atos 13:14; II Tm. 3:11, na Frigia. MIZP No monte Gileade, residncia de Jeft e lugar do pacto de Labo com Jac. MIZPE DE MOABE Talvez a mesma Mizp. MIZPE DE GINE Lugar onde Samuel viveu e Saul foi escolhido rei. MIZPE DA TRIBO DE JUD Juzes 15:38. 6. Diferentes nomes dados s mesmas pessoas. Silvano e Silas a mesma pessoa. Tadeu, Labeu e Judas; Tom e Ddimo; Abiel em I Samuel 9:1 Ner em I Crnicas 9:39; Isvi em I Samuel 14:49 Abinadabe no captulo 31:2 e I Crnicas 9:39. 7. Diferentes nomes dados aos mesmos lugares. Gnesis 31:47 Jegar-Saaduta (aramaico) Galeede (Hebraico) o mesmo lugar. Deuteronmio 3:7 Siriom (pelos sidnios) Senir (pelos amoritas) e em Deuteronmio 4:48 Sion. O Lago de Genezar chamava-se antigamente o Mar de Chinerete, depois recebeu o nome de Mar da Galilia ou mar de Tiberades. 8. Uma pessoa e um lugar, podem ter o mesmo nome. Magogue Era um filho de Jaf. Magogue era tambm a terra de Gogue, provavelmente os citas, hoje chamados de trtaros. 9. Os nomes de uma pessoa ou de um lugar s vezes so escritos de maneira diferentes. Isto s vezes se d por causa da semelhana existente entre algumas letras do alfabeto hebraico, levando alguns a fazer cpias erradas por falta de ateno. Dodanim Gnesis 10:4. Rodanim I Crnicas 1:7.

  • Rifa Gnesis 10:3. Difate I Crnicas 1:6. Nabucodonozor em Daniel Nebuchadrezar em Ezequiel e Jeremias. Uzias tambm chamado Azarias em II Reis 15:13-23. Jeocaz chamado Joen e Salum em II Reis 23:30; I Crnicas 3:15 e Jeremias 22:11. SEGUNDO PRINCPIO. Interpretar o texto em conformidade com o contexto. Isto pelo fato da significao de uma palavra ser, muitas vezes, modificada segundo o contexto. Temos que determinar em que sentido a palavra est sendo usada. Se num sentido geral, ou particular, literal ou figurada. Estes significados obscuros so esclarecidos pelo contexto. O contexto determina o usos Loquendi, isto , o uso corrente das palavras. Isto em razo das palavras mudarem de sentido. A palavra sincero vem do latim sine sem e cera, que significa: apurar, filtrar o mel, tirar toda a cera. No uso corrente, o seu significado outro. Perguntamos: Qual o usos Loquendi dos escritores da Bblia?_______________ - perfeito, completo; em II Crnicas 3:17, explicado pelo que se segue. Em Efsios 3:4 mistrio explicado pelos versculos anteriores e posteriores, significando: a participao dos gentios nos benefcios do evangelho. Em Glatas 4:3, 9-11 rudemente explicado pelo que se segue, como sendo as prticas dos costumes judaicos. Na lei contextual o estudante precisa saber que: 1. A linguagem da escritura deve ser interpretada de acordo com a sua importncia gramatical. (Este mtodo difere do primeiro princpio porque l interessa o sentido etimolgico das palavras ao passo que aqui, o sentido correto das palavras). O sentido de qualquer expresso, proposio ou declarao, deve ser determinado pelas palavras empregadas. Os racionalistas desprezam este mtodo quando transformam a histria da queda em mito. O estudante deve tomar cuidado em saber com qual sentido o autor fez uso da palavra e no entend-las simplesmente dentro da prpria experincia. Exemplo: Pai para o autor pode significar: amor e respeito; ao passo que para o leitor pode ter o sentido de: medo e dio. Experincias diferentes. Em Joo 3:16 porque Deus amou o mundo..., e em II Joo 2:15 no ameis o mundo, qual o sentido que as palavras imprimem ao termo mundo? 2. Uma palavra s pode ter uma significao no contexto em que ocorre. Por exemplo: o termo sarks tem vrios sentidos:

    (a) Parte slida do corpo, exceto os ossos (I Corntios 15:39 e Lucas 24:39). (b) Toda a substncia do corpo quando o termo equivale a SOMA (Atos 2:26 e Efsios

    2:15). (c) A natureza animal (sensual) do homem (Joo 1:13; Romanos 10:18). (d) A natureza humana dominada pelo pecado, sede e veculo, de desejos pecaminosos

    (Romanos 7:25; 8:4-9; Glatas 5:16,17). Se aplicarmos tudo isto em Joo 6:53, estaremos atribuindo o pecado, num sentido tico a Cristo. O que seria um grande absurdo.

    A palavra hebraica _________ (nakar) significa:

    (a) No saber, ser ignorante. (b) Contemplar, olhar para alguma coisa com estranheza, ou como algo pouco conhecido. (c) Conhecer, se familiar com. Os itens a e c so opostos em si. Se aplicarmos os dois termos em Gnesis 42:8, incorreremos numa boa discrepncia.

    3. possvel reunir vrios significados de uma palavra, resultando numa unidade maior. Isto possvel em trs aspectos:

  • 1) Palavras usadas em um sentido geral que permitem incluir um significado particular. Joo 20:21 Paz seja convosco. Podemos entender aqui: Paz com Deus, paz com o prximo e paz com a conscincia, isto , paz consigo mesmo. Uma palavra com sentido geral, incluindo um sentido particular.

    2) O uso especial de uma palavra pode incluir outro sentido desde que no entre em conflito com o propsito e o contexto. Aqui, perfeitamente legtimo unir as idias. Joo 1:29 Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. O termo grego _____________ significa: (a) erguer. (b) Levar. Os dois sentidos do fora idia, entendendo que para levar necessrio erguer.

    3) O autor pode fazer emprego de termo num sentido mais abundante, indicando mais do que a palavra em si mesma expressa. Mateus 6:11 O po nosso de cada dia d-nos hoje. Po, representa aqui, tudo o que for necessrio vida. Mateus 5:21 no matars. Este mandamento probe no apenas homicdio mas tambm ira, o dio e a crueldade. Interpretao dada pelo prprio Jesus. Nestas combinaes, devemos ser cautelosos para no fazermos combinaes arbitrrias e devemos preferir, segundo Muencher, a que revelar sentido mais frtil e pleno.

    4) Se uma palavra for usada mais de uma vez dentro da mesma conexo, a suposio natural que tem sempre o mesmo sentido. Um autor no pode fazer uso de uma palavra no mesmo texto com mais de uma significao, porque a matria ficaria confusa e a sua mensagem no seria entendida. Mas apesar disto, h excees. Por exemplo: Mateus 8:22 deixa os mortos sepultar os seus mortos; Romanos 9:6 nem todos os que so de Israel so israelitas; II Crnicas 5:21 Aquele que no conheceu pecado o fez pecado por ns.

    5) A significao tambm, muitas vezes, determinada pelo raciocnio geral ou pelas referncias do contexto. Mostram estas que as palavras devem ser tomadas num sentido restrito. Salmo 7:8 julga-me, Senhor, conforme a minha justia, isto , conforme a sua inocncia diante das calnias de Cuxe, o benjamita, A palavra justo ou mais justo, aplica-se at mesmo a homens maus. I Reis 2:32 o caso de Joabe por ter matado Abner e Amasa. II Samuel 4:11 Is-bosete, inimigo de Davi, chamado justo. Ezequiel 16:52 Sodoma e Samaria, mais justa do que Jerusalm. Em Lucas 16 o mordomo infiel chamado de prudente. Em Joo 9:3 l-se: nem este pecou nem seus pais. A cura de Tiago 5:14, para o corpo e no para a alma, sendo falha a doutrina da extrema uno. (b) O contexto ou disposio geral de uma passagem pode mesmo exigir que as palavras sejam compreendidas num sentido verdadeiramente oposto ao natural, ( a frase irnica). I Reis 22:15 Micaias sendo consultado pelo rei quanto guerra. I Reis 18:27 Elias zombando dos profetas de baal. Juzes 10:14 Deus zombando dos filhos idlatras de Israel. Marcos 7:9 Jesus zombando da tradio dos judeus. I Crnicas 4:8 Paulo zombando da jactncia dos corintianos. Por fora contextual, a questo do profeta Balao em Nmeros 22:20 deve ser entendida como uma ironia veja os versos 22 e 32, captulo 24:1. Josu 13:22. (c) Parnteses e particulares. O intrprete das escrituras no podem negligenciar o uso de parnteses e particularidades feito pelos seus escritores. O parntese a interrupo do raciocnio. como se tirasse o raciocnio de linha reta. Quando encontramos em um texto um parntese curto, naturalmente no haver dificuldade, como em Atos 1:15 e Filipenses 3:8. O mesmo, porm, no acontece com o parnteses visto em Efsios 3:2 e 4:1 e Filipenses 1:27-2:16. Quando o parntese for curto, praticamente inexiste a interrupo do raciocnio. As partculas aperfeioam e completam a construo gramatical da frase. Todos os tempos da frase so postos numa mesma relao conjunta. Temos vrias partculas, tais como: pois, porquanto, porque (indicando, algumas vezes, que o discurso foi interrompido e que agora o

  • fio do discurso foi retomado). Mateus 7:21,24 e Marcos 3:21,31. As vezes a partcula porque funciona como um parntese Romanos 12:11-16; II Corntios 6:2 e Efsios 2:14-18. Agora, nem sempre exprime tempo. Como por exemplo em Joo 18:36, aqui, equivale a dizer: desta maneira. Em tudo isso percebemos que h uma necessidade muito grande do estudante conhecer as partculas gregas e hebraicas, podendo, facilmente identific-las no texto sacro.

    TERCEIRO PRINCPIO. O segundo princpio com o terceiro aqui representado, constitui um estudo mais profundo do sentido Histrico-Gramatical. A enumerao do terceiro princpio : Considerar o escopo ou o plano do prprio livro. O escopo a alma do livro. Uma vez alcanado este, pode-se aclarar os pontos obscuros, como tambm explicar certos textos aparentemente contraditrios. Exemplo: Romanos 14:5 permitido aos judeus a observncia dos dias. Glatas 4:10 probe os gentios a mesma observncia. Qual seria a explicao.

    Em Romanos, Paulo escreve aos judeus que haviam recebido recomendaes da lei para fazerem esta observao e tinham dificuldade para deix-la de lado; em Glatas, Paulo escreve aos gentios que estavam recebendo a influncia dos judaizastes sobre a necessidade de observar os dias para receber a salvao. Como explicaramos a aparente discrepncia entre Paulo e Tiago? Paulo fala da justificao pela f e Tiago fala da justificao pelas obras. O Alvo de Paulo mostrar a justificao do homem diante de Deus; e o alvo de Tiago mostrar que diante dos homens, o homem justificado unicamente pelas obras. O escopo plano do livro pode ser dividido da seguinte maneira: Geral o todo do livro. Especial o desgnio nas diversas partes do livro. I Corntios 7:1. Considerando o plano dos escritores, devemos observar que: 1. s vezes este escopo mencionado em certas partes do livro.

    (a) O alvo de toda a Bblia visto em Romanos 15:4 e II Tm. 3:16,17. (b) O alvo dos evangelhos em Joo 20:31. (c) O fim de provrbios v-se em 1:1-6. (d) O fim de I Joo v-se em 2:1. (e) O fim de II Pedro v-se em 3:2. (f) O fim de Judas v-se nos versos 3 e 4. (g) O fim de Romanos v-se em 3:28.

    No Livro de Efsios, encontramos duas concluses: (1) Doutrinria: Os gentios no so estranhos promessa 2:11,12. (2) Prtica: Os judeus e os gentios so exortados a alcanarem o veculo da paz 4:1-3. E pode-se

    ver outras tambm atravs das expresses pois, portanto, pelo que 3:13; 4:17; 4:25; 5:1, 5:7, 6:13-14.

    2. O desgnio de algumas partes da Bblia depende da ocasio em que foram escritas. O salmo 90 uma orao de Moiss feita quando o povo na peregrinao pelo deserto errou o caminho e estava voltando. Teremos um entendimento melhor dos salmos 3, 18, 34 e 51, considerando os pontos esclarecidos no epgrafe. Os salmos 120 134 so conhecidos como o cntico dos degraus, e eram cantados pelos judeus por ocasio da viagem que anualmente faziam a cidade de Jerusalm. O alvo dos Colossenses, Efsios e Glatas esclarecer certas doutrinas do evangelho, em tempos de erro dos judaizantes. Estes livros esto relacionados com Atos 15, onde tais pontos so discutidos.

  • 4. Para descobrir o escopo de um livro necessrio fazer um estudo repetido e contnuo do prprio livro. Considerando as palavras de Cristo em Mateus 19:17 se queres entrar na vida, guarda os mandamentos. Estaria Jesus ensinando a salvao pelas obras? Naturalmente que o alvo de Cristo era humilhar e censurar o suposto praticante da lei.

    4. Algumas vezes difcil dizer se deve ser considerado o escopo imediato ou da passagem ou geral do livro. Conseguiremos o alvo do livro de Gnesis atravs de um estudo diligente. Ele consiste de dez sees que se iniciam com o ttulo: so estas geraes, sendo precedida pela histria da criao no texto compreendido entre os versos 1:1; 2:3. Aqui, o plano de Gnesis parece ser a criao miraculosa da terra e do cu, seguida do desenvolvimento da histria humana. Em Lucas 15, encontramos trs parbolas dirigidas aos fariseus que censuravam Jesus por receber os pecadores. Com respeito parbola do filho prdigo, quem representava o filho novo e quem representava o filho mais velho? No escopo imediato, o filho mais velho representa os fariseus e o mais novo os pecadores; no escopo geral do evangelho o filho mais velho representa os judeus, e o mais novo os gentios. O descanso visto em Hebreus 4, refere-se ao Sbado, ao cu, ou a paz que nos traz o evangelho? Aqui, h necessidade de conhecer o argumento geral da epstola. QUARTO PRINCPIO. necessrio consultar as passagens paralelas, isto , aquelas que esto relacionadas com outras, tratando, assim por dizer, do mesmo assunto. O grande valor deste princpio reside no fato de compararmos a escritura com a prpria escritura. Este princpio ajuda no aclaramento de doutrinas obscuras, determinando conhecimentos bblicos exatos a respeito de doutrina e prticas crists, fixando o ensino geral quanto a f e conduta. Temos vrios tipos de paralelos: Paralelos de idias, palavras, pensamentos e ensinos gerais. Paralelos Verbais ou de Palavras. Em I Samuel 13:14 e Atos 13:22 mostra Davi como sendo um homem que possua o corao segundo Deus, consultando o paralelo de I Samuel 2:35, mostra que ele possua este corao quanto aos seus deveres de rei. Cumpria com rigor a vontade de Deus na vida pblica o oficial. Em Glatas 3:27 diz: todos quantos fostes batizados em Cristo j vos revestistes de Cristo. O que significa estar revestido de Cristo? Consultando os paralelos de Romanos 13:13,14 e Colossenses 3:10 vemos que revestir tem o sentido de o oposto de andar segundo a carne e renovao de conhecimento. Nmeros 22:32 e 24:1 mostra Balao como profeta, mas examinando as passagens paralelas de II Pedro 2:15,16; Judas verso 11 e Apocalipse 2:14, chegamos a concluso de que ele foi um pretenso profeta levado pela cobia e paixo. 1. Temos trs tipos de paralelos verbais. (a) que diz as mesmas coisas pelas mesmas palavras: Exemplo xodo 20:2-17 Deuteronmio

    5:6-21 Salmo 14 e 53 Isaas 2:2-4 e Miquias 4:1-3. Aqui uma passagem provada a exatido da outra.

    (b) Os mesmos fatos so narrados com as mesmas palavras. Exemplo: Os fatos narrados em

    Levtico e Deuteronmio; Samuel, Reis e Crnicas. Aqui as expresses mais claras esclarece as mais difceis e uma passagem pode at mesmo explicar ou modificar outra. Mateus 2:1 e Lucas 2:1-4.

    (c) Palavras e frases empregadas em sentido diferente, embora sejam semelhantes. Joo 1:21 e Mateus 11:14; Joo 5:31 e 8:14; Atos 9:7 e 22:9; Lucas 1:33 e I Corntios 15:24.

    Os paralelos verbais exigem do estudante a observao das seguintes regras:

  • 1. Verificar o sentido que a palavra tem em outros lugares do mesmo escritor. Em Atos 9:7 diz que: ouviram a voz do Senhor e em Atos 22:9 diz que: no ouviram a voz. Entre os gregos, ouvir tem o sentido de entender. Ouvir e no ouvir, isto , ouvir e no entender.

    2. Verificar o sentido que a palavra tem noutros escritos do mesmo tempo. Joo 1:1 verbo ou palavra no poder ser explicado luz de II Timteo 4:2 onde aparece o mesmo termo. Em Joo significa: SABEDORIA, CRISTO; e em Timteo EVANGELHO.

    3. Verificar o sentido que a palavra tem atravs da Bblia. Obras em Romanos e Glatas = isoladamente, oposto f e em Tiago fruto da f.

    2. Paralelismo de Idias. O paralelismo de idias vai alm do paralelismo de palavras. No de idias comparamos fatos ou doutrinas (ensinos) das Escrituras para adquirir uma idia completa da verdade bblica. Deve-se fazer uso dos paralelos mais claros. Mateus 26:27 Bebei dele todos. Estes todos, aplica-se apenas aos ministros, aos apstolos? Em I Corntios 11:28 a expresso est generalizada para homem. Examine-se pois o homem. Assim, a ceia no apenas para os apstolos ou ministros. Estaria Cristo constituindo Pedro como fundador da Igreja em Mateus 16:18? pequena pedra pedra. Comparando com os ensinos de Mateus 21:42-44; Joo 6:51; I Corntios 3:10-11; Glatas 1:16; Efsios 2:20; I Pedro 2:4,8; I Joo 3:23; 4:2,3 veremos que o fundamento da Igreja Cristo e no Pedro. Em Joo 10:8 Cristo diz: todos quantos vieram antes de mim so ladres e salteadores. Mas Ele honrou a Moiss, Abrao e os profetas como verdadeiros chefes e mestres do povo de Deus (8:39,40,56; 5:45-47). Fazendo o paralelo de 8:41,44 percebemos que Ele falava acerca dos escribas e fariseus. 3. Paralelismo de Ensinos Gerais. O princpio estabelecido aqui este: Numa passagem na qual a idia esteja resumida, explica-se por aquela em que esteja completamente revelada; e as expresses difceis e figuradas pelas de sentido prprio e claras. A doutrina da justificao pela f est resumidamente em Filipenses 3:9, e amplamente em Romanos. Em Glatas 6:15 nova criatura uma expresso figurativa que explicada em 5:6 e II Corntios 5:17. Provrbios 16:4 Deus criou at o perverso para o dia da calamidade analisada luz de Salmo 145:9; Ezequiel 18:23;II Pedro 3:9, chegamos a concluso de que o Criador de todas as coisas, no dia mau, saber valer-se, inclusive do mpio para levar a cabo seus adorveis desgnios. 4. Paralelos de Pensamentos. Temos trs tipos de Paralelos de Pensamentos:

    (a) SINONMICO onde a segunda linha repete o pensamento expresso na primeira. Salmo 83:14.

    (b) ANTITTICO os pensamentos so contrastados. Primeiro expressa a idia positivamente e depois negativamente Provrbios 1:29 Salmo 90:6, Romanos 6:23 e Joo 3:36.

    (c) SINTTICO a segunda linha estende o pensamento expresso na primeira Salmo 1:1 e 2:3.

    5. Paralelos Aplicados Linguagem Figurada. Alm dos paralelos expostos acima, necessrio aplicar este para saber se uma passagem deve ser interpretada ao p da letra, ou num sentido figurado. Os discpulos so chamados ovelhas, mas, isto no significa que eles possuem todas as qualidades de ovelhas. Assim como, ao ser Jesus chamado de cordeiro, significa que Ele possua o seu carter manso e destino sacrificial.

  • INTERPRETAO DE TIPOS E SMBOLOS. Os tipos no so, propriamente falando, figuras de conversao mas amplamente usado nas Escrituras Sagradas. C r a b b define o tipo como um emblema pelo qual uma verdade representa outra misticamente. O tipo empregado simplesmente na matria religiosa. Particularmente vinda, ofcio e morte de Jesus. O oferecimento de Isaque um tipo da oferta de Cristo como sacrifcio expiatrio. O smbolo um emblema que se converte em um sinal entre o homens. A oliveira smbolo de paz, isto , reconhecido tanto entre os brbaros quanto entre s naes iluminadas. Os smbolos da Bblia esto acima dos sinais convencionais entre os homens, especialmente os smbolos do Apocalipse. O smbolo difere do tipo pelo fato de ser um sinal sugestivo e no uma imagem do que pretende representar. O smbolo representa alguma coisa no passado, presente e futuro. O tipo representa essencialmente no futuro. A coisa prefigurada chama-se anttipo. A seguir, exemplos de Tipos e Smbolos. - Ado no seu carter representativo em relao raa humana, um tipo de Cristo

    Romanos 5:14. - O Arco um smbolo da misericrdia e fidelidade de Deus Gnesis 9:13-16; Ezequiel 1:28

    e Apocalipse 4:3. - O Po e o Vinho na ceia do Senhor so smbolos do Corpo e do Sangue de Cristo Mateus

    26:26-28. - A Passagem pelo Mar Vermelho tpica em I Corntios 10:1-11. - O rasgar dos vestidos de Aas uma ao simblica I Reis 11:29-31.

    O tipo empregado simplesmente na matria religiosa ao passo que o smbolo empregado na filosofia, medicina e outras cincias e artes. Para que algum ou alguma coisa seja de fato um tipo, ter que satisfazer trs pontos importantes: (1) Deve haver alguma notvel semelhana e analogia. O antitipo sempre ser mais alto e mais

    nobre. Ado na liderana da raa humana um tipo de Cristo Romanos 5:14-20; I Corntios 15:45-49.

    (2) Deve haver evidncia que o tipo foi apontado e designado por Deus para representar a coisa tipificada. Exemplo perfeito disso so os sacrifcios e os ministrios sacerdotais e profticos.

    (3) Deve prefigurar alguma coisa no futuro Colossenses 2:17; Hebreus 10:1. Os caracteres, ofcios, instituies e eventos de Velho Testamento, tudo foi esboo proftico da igreja e do reino de Cristo.

    1. ENCONTRAMOS CINCO CLASSES DE TIPO NAS ESCRITURAS SAGRADAS. Ado, Enoque, Moiss, Josu, Davi e Melquisedeque, entram na tipologia por causa do carter ou relao com a histria da redeno. Abrao quanto a f um tipo de todos os crentes que foram justificados pela f Gnesis 15:6 e Romanos 3:28. 1.2. Instituies Tpicas. Sacrifcios de cordeiros e outros animais tipificam o sangue da expiao Levtico 17:11 e I Pedro 1:19. Sbado tipifica o repouso eterno do crente Hebreus 4:9. As cidades de refgio tipificam a proviso do evangelho para o escape do pecador Nmeros 35:9-34.

  • 1.3. Ofcios Tpicos. Os profetas como meio de revelao divina, tipificam Cristo. Os sacerdotes, especialmente o Sumo sacerdote era um tipo de Cristo Hebreus 4:14; 9:12. 1.4. Eventos Tpicos. O dilvio, o xodo do Egito, a peregrinao pelo deserto, o man, a gua que fluiu da rocha, a serpente levantada no deserto, a conquista de Cana, a restaurao do cativeiro babilnico, etc; so exemplos de eventos tpicos I Corntios 10:11. 1.5. Aes Tpicas. O andar nu de Isaas Isaas 20:2-4. O profeta Jeremias escondeu o cinto margem do Rio Eufrates Jeremias 13:1-11. 2. PRINCPIOS HERMENUTICOS A SEREM OBSERVADOS NA INTERPRETAO

    DOS TIPOS. 2.1 Real semelhana entre tipo e anttipo. O carter e a posio de Melquisedeque tipifica perfeitamente a Cristo Por exemplo: - Melquisedeque era rei e sacerdote assim tambm Cristo. - No teve princpio, nem parente, genealogia ou morte uma figura da perpetuidade do

    sacerdcio de Cristo. - A superioridade de Melquisedeque sobre Abrao e os sacerdotes levticos sugere a dignidade

    exaltada de Cristo. - O sacerdcio de Melquisedeque no foi como o Levtico, constitudo por decreto formal e

    legal, foi sem sucesso e sem limitaes de tribo e raa assim Cristo sacerdote universal e independente.

    2.2 Os pontos diferentes devem ser notados pelo intrprete. O tipo na sua prpria natureza tem que ser inferior ao anttipo. Nmeros 12:7 e Hebreus 3:1-6, ressalta a fidelidade de Moiss e revela Cristo como superior a Moiss. Moiss foi fiel como servo e Cristo como FILHO. Os tipos do Antigo Testamento s podero alcanar interpretao completa luz do evangelho. 3. INTERPRETAO DE SMBOLOS. Refere-se a uma das matrias mais difceis para o intrprete. Verdades espirituais, orculos profticos, coisas eternas e invisveis so representadas enigmaticamente atravs dos smbolos sacros que esto muitas vezes fora do alcance dos nossos convencionais. - Jeremias 1:11 a vara de amendoeira Vigilncia ativa com a qual Jeov executa a sua

    palavra. - Jeremias 1:13 panela ao fogo Jud invadido pelo norte. - Ezequiel 37:1-14 ressurreio dos ossos secos (11,12,14) a promessa da restaurao era, na

    realidade, como dar vida aos mortos. - Os sete castiais dourados simbolizam as sete igrejas. - Daniel 2 a grande imagem de Nabucodonozor.

    Vv. 31-35 sucesso de poderes mundiais; Vv. 37,38 cabea de ouro o prprio Nabucodonozor, representante da monarquia.

    Outras partes de metais outros reinos que se haveriam de levantar; verso 40 Pernas de ferro a grande fora do quarto reino; Vv. 41-43 Os ps e dedos, parte de ferro e parte de barro indica fora e fraqueza misturada deste reino no seu ltimo perodo; Vv. 44-45 A pedra que esmagou a imagem um smbolo proftico do reino de Deus. Os exemplos acima mostram ao estudante o peso da questo do simbolismo dentro das Escrituras, levando-nos a determinar princpios gerais do simbolismo.

  • 4. Princpios Fundamentais do Simbolismo.

    1. Os nomes dos smbolos devem ser entendidos literalmente. Nomes como: rvores, figos, ossos, castiais, chifres, cavalos, etc; so assim tomados, mas so smbolos de, alguma coisa.

    2. Os smbolos sempre denotam alguma coisa, essencialmente diferente deles. Assim como na metonmia se diz uma coisa por outra e na ironia se diz uma coisa e entende-se outra, assim tambm o simbolismo.

    3. Alguma semelhana mais ou menos pequena vista entre o smbolo e a coisa simbolizada. Aes tpicas simblicas. Ezequiel 4 e 5, onde o profeta encontrado deitado 390 dias do lado direito e 40 dias do lado esquerdo.

    NMERO NOMES E CORES SIMBLICAS. 1. Nmeros. (1) Ponto de partida. O Pai, a fonte de todos os nmeros. um nmero representativo da unidade Deuteronmio 6:4; compare com Marcos 12:29-32; I Corntios 8:4; Efsios 4:4-6. (3) Sugere especialmente a plenitude da divindade de Cristo. Sentido mstico do nmero 3: passado, presente e futuro; incio, meio e fim. Uso bblico: Gnesis 18:2 trs anjos visitaram Abrao; xodo 3:6 trs patriarcas; xodo 20:11 trs partes constituem o Universo cu, terra e mar. Nmero 6:24-16 trplice bno repetida. Mateus 28:19 frmula batismal. II Corntios 13:14 bno apostlica. Isaas 6:3 o trisagion: santo, santo, santo. Trs ttulos divinos - Senhor, Deus Todo-Poderoso; acompanhado no que era, que e que ser. o nmero de Deus. (4) o nmero do mundo. Os quatro ventos dos cus Mateus 24:31; Apocalipse 7:1. Os quatro pontos cardeais Salmo 107:3; Lucas 13:19. As quatro estaes do ano. As quatro extremidades da Terra Isaas 11:12; Apocalipse 7:1. As quatro criaturas viventes Ezequiel 1:5, cada qual com 4 faces, 4 asas, 4 mos e em 4 rodas. (6) o nmero do homem. 666. (07) 3 + 4. Simboliza alguma unio mstica de Deus com o mundo. Est sempre relacionado com a criao Gnesis 2:2,3. Nas Escrituras um nmero ligado ao ritualismo. O filho era circuncidado aps sete dias Gnesis 17:12. A comemorao da Pscoa durante sete dias xodo 12:15. O sangue aspergido sete vezes Levtico 4:6. Purificao do leproso sete vezes aspergido Levtico 14:7,8,51. Purificao em face do contato com os mortos durante sete dias Nmeros 1:11; Levtico 15:13,24. Fatos relacionados com Jeric 7 dias, 7 sacerdotes, no stimo dia a cidade foi rodeada sete vezes Josu 6:13-16. Sete igrejas, 7 trombetas, 7 selos, 7 troves, 7 ltimas pragas o nmero sete tem em Apocalipse um sentido mstico. (10) Considerado como um nmero de plenitude completa, responsabilidade. A idia da raiz de: Conjuno, unio, associao. Esta idia geral sustentada pelo uso do nmero. Declogo a totalidade e substncia do Tor. Nmero amplamente aplicado na Bblia: Os Dez Mandamentos xodo 34:28, Deuteronmio 4:13. Os dez ancios constituindo a corte dos israelitas Rute 4:2. Dez prncipes representando as dez tribos de Israel Josu 24:14. As dez virgens indo ao encontro do noivo Mateus 25:1. As dez dracmas Lucas 15:8. Num sentido mais geral o nmero dez pode significa. Muitas vezes. A mudana do salrio de Jac Gnesis 31:7,41; J 19:3 dez vezes me

  • envergonhastes; Levtico 26:26 as dez mulheres; Eclesiastes 7:19 a sabedoria melhor do que dez governadores. (12) O uso simblico do nmero 12 nas Escrituras parece ter uma aluso fundamental como as doze tribos de Israel. xodo 24:4 Os doze monumentos construdos por Moiss; Nmeros 7:87 a oferta dos prncipes. Doze bois, doze carneiros, doze cordeiros, doze bodes; doze mil de cada tribo, doze apstolos; doze portas na nova Jerusalm, trazendo o nome das doze tribos e guardadas por doze anjos Apocalipse 21:12. Sua muralha tem doze fundamentos Apocalipse 21:14. O nmero doze (12) pode ser chamado com propriedade de: O nmero mstico do povo escolhido por Deus. (40) Designa em muitos lugares a durao de um julgamento. Seja 40 dias ou 40 anos Gnesis 7:4,12,17 O dilvio. Nmero 14:34 os 40 anos de peregrinao no deserto; Deuteronmio 25:3 disciplina o criminoso com 40 aoites. Ezequiel 29:11,12 os 40 anos de desolao egpcia. Ainda, o jejum feito por Moiss, Elias e Jesus xodo 23:28; I Reis 19:8; Mateus 4:2. Mas isto no significa que este nmero no possa ser tomado em seu sentido literal. (70) notvel por ser o nmero dos filhos de Jac xodo 1:5 e dos ancios de Israel xodo 24:1,9 Israel foi condenada a estar setenta anos sob o cativeiro babilnico Jeremias 25:11,12. Setenta semanas distinguem uma das mais importantes profecias de Daniel Daniel 9:24; Jesus apontou outros setenta discpulos ao lado dos doze Lucas 10:1. AUBERLEN o nmero setenta 10 x 7. O humano moldado pelo divino. Por esta razo, os setenta anos de cativeiro um sinal proftico do tempo, durante o qual, o poder do mundo deveria de acordo com a vontade divina, triunfar sobre Israel, enquanto o julgamento divino caia sobre o seu povo. 2. Nomes Simblicos. Jerusalm? Roma? Apocalipse 11:8 espiritualmente chama-se Sodoma e Egito. A Grande Babilnia evidentemente um nome simblico Apocalipse 14:8 16:19. O Egito simbolicamente em Osias 8:13, e, provavelmente tornou-se a terra do cativeiro xodo 20:2. Moiss sempre ameaava este retorno em suas mensagens e admoestaes - Deuteronmio 28:68. Davi e Elias so usados de maneira simblica para designar profeticamente o Prncipe e Joo Batista Ezequiel 34:23,24 37:24; Osias 3:5, no podem ser entendidos literalmente, mas mostra Davi como smbolo de Cristo. O texto de Malaquias 4:5 cumpre-se com Joo Batista Mt. 11:14 e 17:10-13. Ariel em Isaas 29:1,2,7 bastante incerto quanto ao seu contedo mstico. Genesius comenta a significao do termo, denotando leo de Deus, ou altar de Deus. Leviat um poder mundial opressivo e hostil designado em Isaas 27:1, como leviat, serpente veloz, serpente tortuosa e drago do mar. Egito, Assria, Babilnia, Mdia, Prsia e Roma, tem sido designados como sendo este leviat. Refere-se a um opositor e opressor mpio do povo de Deus. 3. Simbolismo de Cores. As cores do arco Gnesis 9:8-17, possivelmente esteja associado com a idia de graa celestial. As cores predominantes do tabernculo (azul, prpura, escarlate e branco) xodo 24:4; 26:1,31 so vistas no somente sob o aspecto de beleza e variedade, mas tambm para sugerir a excelncia e glria celestial. Percebe-se claramente nas Escrituras que o relacionamento das cores feito com aquilo que elas realmente parecem.

  • AZUL cor do cu, isto , aquilo que celestial, santo, divino. xodo 28:31; 39:22 Exemplo: As laadas das cortinas xodo 26:4 as bordas dos vestidos dos filhos de Israel Nmeros 15:37-41.

    PURPURA E ESCARLATE Mencionada frequentemente em conexo com os vestidos dos reis como smbolo de realeza e majestade Juzes 8:26; e Ester 8:15. Estas cores somadas ao azul, separavam o Santo dos santos xodo 26:31.

    BRANCO -pureza e justia xodo 26:1,31,36; 28:5,6,8,15,39. Na transfigurao - a cor que fica em destaque Mateus 28:3; veja as vestes brancas dos crentes glorificados Apocalipse 7:9. O linho fino branco, significando os atos justos dos santos Apocalipse 19:8.

    PRETO associa-se com o que mal. Com luto, peste e fome. VERMELHO com o derramar de sangue nas guerras.

    4. Smbolos dos Metais. A importncia simblica dos metais vista amplamente na aplicao que os metais tiveram no Antigo Testamento. Exemplo: O ouro que cobria a arca, os querubins, o altar de incenso, a mesa dos pes da proposio e castiais, simbolizava com propriedade, o esplendor da presena de Deus que habita em seu Santo templo xodo cap. 25. Bronze todos os utenslios do altar, as colunas e bases do holocausto, tudo era coberto de bronze xodo 27:2,10. Prata as bases para as tbuas do tabernculo eram totalmente de prata xodo 26:19. A diferena vista na aplicao dos metais relativa ao valor de cada um. O ouro o mais caro. Era usado nos lugares mais interiores do tabernculo o santssimo. A prata com o valor entre o ouro e o bronze, ocupava o lugar intermedirio no tabernculo. O sonho de Nabucodonozor neste sonho encontramos a combinao do ouro, prata, bronze, ferro e barro. Cabea de ouro, peito de prata; ventre e coxas de cobre; pernas e ps de ferro e barro misturados. A importncia dos reinos simbolizados nesta viso vista na descrio do material. PARBOLAS. Entre as formas figurativas de conversao, a parbola ocupa um lugar de preeminncia nas Escrituras Sagradas. Nos dias do Antigo Testamento os judeus primavam por esta forma de pensamento e este foi um dos mtodos mais usados por Jesus Cristo, e que frequentemente era usado pelos rabinos, aparecendo com certa freqncia no Talmud e outros livros judaicos. O termo derivado do grego _________________ com a idia de colocar de lado, isto , colocar uma coisa ao lado da outra para efeito de comparao. Representa a palavra hebraica ______________ usada para designar provrbios, tipos e smbolos. Mas a parbola estritamente falando, pertence a uma classe figurativa de conversao propriamente sua. Essencialmente comparao ou smile, se bem que nem toda smile seja uma parbola. 1. Fatos a Serem Considerados. (a) Jesus ensinou por parbolas e sem parbola no lhes falava. Marcos 4:34 este verso demonstra a importncia que Cristo atribua s parbolas. Forma histrica, verossimilhana, naturalidade de narrativa, correspondncia com os objetos e verdades espirituais. Outras, quase chegam a confundir com metforas e provrbios Mateus 15:14,15 e Lucas 4:23. Devemos ter o cuidado para no confundirmos parbolas com alegorias, fbulas ou provrbios. (b) O intuito de Jesus foi duplo ao fazer o uso de parbolas. (1) Despertar nos discpulos maior ateno e maior desejo de compreender Marcos 4:10 Interrogaram-no acerca da parbola. (2) Ocultar a verdade aos indiferentes incrdulos.

  • (c) Jesus nos deu em dois casos, o modelo de interpretao. Marcos 4:13 No percebeis esta parbola? Como entendereis todas as parbolas? Assim, esta parbola com a sua interpretao um modelo para as demais: (d) Jesus interpretou os detalhes: (1) Semente: A Palavra de Deus. (2) As aves Satans. (3) A pedra coberta com pouca terra ocasionando nascimento e morte da nova planta: Recebimento da doutrina sem afetar o corao. (4) O ardor do Sol: provao e tribulao. (5) Os espinhos: Possuem quatro significados: (a) os cuidados deste mundo; (b) o engano das riquezas; (c) os prazeres da vida; (d) ambio de outras coisas. (6) xito em boa terra: receber, entender, e conservar a boa Palavra de Deus. (7) Semeador: No diz quem ele. Temos dois grandes motivos porque Jesus no deu a sua interpretao aqui: (a) para significar todos os que pregam o evangelho e (b) para que maior nfase seja dada na semente e no no semeador. 2. Regras de Interpretao. luz dos fatos acima analisados podemos concluir o estudo de parbolas com o estabelecimento de pelo menos oito (8) princpios de interpretao.

    (a) Todos os termos da parbola devem ser interpretados. Uns mais importantes, recebem maior ateno; outros menos essenciais ocupam lugar secundrio na interpretao.

    (b) Devemos procurar o ponto central da parbola, isto , o escopo que ser achado atravs do contexto ou das passagens paralelas. Achando-o, os outros pontos da parbola sero colocados em torno dele. Algumas vezes, Jesus mencionava este ponto central Mateus 22:14, outras vezes, os prprios discpulos Lucas 18:1.

    (c) Devemos prestar ateno ao prlogo e eplogo. Os dois so chaves na interpretao pelo fato do escopo estar no princpio Lucas 19:11, ou no fim, Mateus 25:13. Pode, ainda, estar no princpio e no fim simultaneamente Lucas 12:15-21.

    (d) Os mesmos princpios de interpretao dos smbolos aplicam-se s parbolas. Em Lucas 12:1, Jesus recomenda: Acautelai-vos do fermento dos fariseus. O fermento um smbolo mal em atividade e j possua a sua traduo, significando: O mundanismo poltico de Herodes, o formalismo religioso dos fariseus; o racionalismo incrdulo dos fariseus e a jactncia pecaminosa dos Corntios.

    (e) Devemos interpretar as parbolas segundo a analogia da f. No se deve tirar concluses que no se harmoniza com o ensino geral. A nenhum texto se deve dar interpretao contrria ao ensino geral das Escrituras. Os textos obscuros interpretam-se pelos mais claros. Os de linguagem simblica, pelos de linguagem explcita. Exemplos: Analisando a parbola do rico avarento suplicando a Abrao que lhe enviasse Lzaro para amenizar-lhe o sofrimento; conclumos que seria lcito fazermos oraes aos mortos, e concluirmos na parbola dos servos fiis e do filho prdigo que Deus perdoa sem sacrifcios ou intercesso (doutrina do Pelagianismo). Compare com Joo 8:24 e Hebreus 10. O justo de Lucas 15:7 seja o fariseu que no necessita de arrependimento. Aceitamos a afirmativa em Lucas 15:29 que o irmo mais velho de fato nunca transgrediu as ordens do pai. Afirmamos que a desonestidade de Lucas 16:8 seja sinnimo da verdadeira sabedoria. Como se v, nenhuma das interpretaes acima se harmoniza com os ensinos gerais das Escrituras e seria uma aberrao esposarmos tais ensinos. Todos eles so contraditrios com o contexto bblico.

    (f) Os termos explicados em uma parbola no podem ter sentido oposto de outra. Por exemplo: Na parbola do Joio a Semente, as Plantas e o Campo, significam simultaneamente a Palavra, os Filhos do Reino e o Mundo. Em qualquer outra parbola estas figuras teriam sempre o mesmo significado. Quem o comprador na parbola do

  • Tesouro perdido? Cristo. Mateus 13:44. O mesmo entendimento deveremos ter com respeito parbola da Prola e da Rede, no mesmo texto.

    (g) Em certos casos, um termo mantendo a unidade fundamental, pode ter vrias aplicaes. Como exemplo: citamos o Semeador e os espinhos na parbola do Semeador.

    (h) No podemos formular doutrinas baseados exclusivamente nas representaes das parbolas. Dizemos que o Mordomo Infiel de Lucas 16:1-12 seja: A apostasia de Satans. Conclumos categoricamente que na parbola das dez virgens o ensino de Cristo seria que a metade se salvar e exatamente a outra metade dos que esto na igreja se perder. Isto seria um absurdo! Da mesma forma seria dizermos da ovelha perdida que em cada cem, um se perder; ou na dracma perdida que em cada dez, um se perder. Os ensinos das parbolas no servem de fundamentos para certa e determinada doutrina.

    XI PROFECIAS. Em linhas gerais toda a Bblia proftica. No Antigo Testamento tambm quer esta tome a forma da lei, histria, salmos ou sabedoria. O termo vem do grego _____________ tendo o seu correspondente hebraico ___________ (nabhi), significando: algum que fala em lugar de outro. Aqui, encontramos os mais difceis problemas de interpretao. Os profetas eram homens pregadores da Justia que falavam tambm a homens de seu tempo, falavam de sua prpria gerao e a sua mensagem proftica era entrelaada de fatos histricos. A mensagem era sempre adaptada s condies morais e fsicas. 1. Trs pontos a serem observados.

    1. BUTLER Profecia no nada mais que a histria de acontecimentos antes de sua realizao. Isto, equivaleria a dizer que a profecia deva ser estudada como histria sagrada.

    2. RACIONALISTAS Profecia o futuro de uma instituio como as que tem os grandes estadistas.

    3. EXTERMISTAS Vaticina Post Eventum. Predies depois do acontecimento. DEFINIO Definimos profecia como sendo a proclamao daquilo que Deus revelou pelo Esprito Santo a respeito do futuro no interesse do Reino de Deus. SEU VALOR Consolai-vos, povo meu, diz o vosso Deus. Este um dos valores mais altos da profecia. Ela explica o passado; elucida o presente e revela o futuro. 2. Consideraes Especiais da Profecia. 2.1. Suas Caractersticas: (a) A profecia como um todo tem carter orgnico. No se trata de coleo de aforismos. Ela

    semelhante a um boto que vai crescendo e se desenvolvendo at se transformar em uma linda flor.

    (b) A profecia se relaciona inteiramente com a histria. Ela deve ser vista no seu contexto histrico. Imediatamente, era dirigida aos contemporneos do profeta. Os profetas viviam em contato com a realidade de seu tempo.

    (c) A profecia tem a sua prpria perspectiva. O elemento no tem problema para os profetas. Eles poderiam antever grandes eventos num breve tempo, e tambm, poderia, no compreender todos os elementos de sua mensagem, relacionando um ponto com outro. O futuro para os profetas como uma cadeia de montanhas distncia para o cavaleiro. Imagina-se que o topo

  • da montanha seja bem perto do outro quando na verdade esto separados por uma distncia bem considervel. A exemplo disto citamos: O dia do Senhor, s duas vindas de Cristo, etc...

    (d) As profecias podem ser consideradas. O cumprimento das profecias em alguns casos ser determinado pelo comportamento do homem, isto , depende de suas aes contingentes. E isto, quando elas se referirem a um futuro prximo. A profecia de Jonas Nnive (3:4-10) deixou de ser cumprida em face ao arrependimento dos ninivitas. A profecia de Miquias contra Jerusalm Jeremias 26:17-19. A profecia de Elias contra Acabe por ter este matado Nabote, tomando posse de sua vinha I Reis 21:17-29.

    (e) errado considerar a linguagem do profeta inteiramente simblica. certo que eles no inventaram nenhum alfabeto simblico, e no seria incorreto interpret-los exclusivamente desta forma.

    Notemos a diferena de FAIRBAIRN PARA O DAVIDSON: FAIRBAIRN: Naes: reinos mundanos. Estrelas: Poderes governantes. Mares agitados: Tumulto das naes. rvores: Graus mais altos na sociedade. Grama: Camada inferior. Correnteza e regato: A vida e o rejuvenescimento. Isto, tanto no Antigo Testamento como no livro de Apocalipse. DAVIDSON: Locustas, sol, lua e estrelas, isto mesmo e no outra coisa. E quando o profeta Joel diz: Como geme as bestas, besta mesmo. J o Hengstanberg afirma que esta figura refere-se as naes do mundo pago, por no pertencerem ao concerto. Quando os profetas usam uma linguagem simblica, esta vista claramente pelo texto. O formalismo dos sacerdotes (Malaquias 1:11), transpe os horizontes e revela novo concerto a ser firmado por Deus com o seu povo num grande e eficaz nome. o alargamento do horizonte proftico. Alguns profetas revelaram a Palavra do Senhor em aes profticas. Isaas andou nu e descalo nas ruas de Jerusalm. Jeremias correu s margens do Rio Eufrates para esconder ali o seu cinto. Ezequiel permaneceu 390 dias do seu lado esquerdo e 40 dias do seu lado direito, suportando a iniqidade do seu povo. Osias desposou uma mulher prostituta. Alguns estudiosos das Escrituras Sagradas crem que estes fatos no foram reais, mas ocorreram em vises. 3. INTERPRETAES DAS PROFECIAS. luz dos fatos acima analisados poderemos chegar pelo menos as seguintes concluses. (1) As palavras dos profetas devem ser tomadas em sentido literal, a no ser que o contexto ou

    maneira de seu cumprimento mostrar claramente uma significao simblica. Este princpio desrespeitado por Hengstanberg e Henderson que interpretam, por exemplo, as Locustas na profecia de Joel como se referindo as naes pags.

    (2) No estudo das descries figurativas encontradas nos profetas, o intrprete deve ter como alvo, descobrir as idias fundamentais mais que a expresso. No profeta Isaas ns encontramos a descrio potica dos animais domsticos e selvagens vivendo em paz e sendo dirigido at mesmo por uma criana. Qual a idia fundamental desta mensagem? Sem dvida, refere-se a Paz que reinar sobre a terra no futuro.

  • OUTRAS CONSIDERAES. 1. Profecias que se referem a um futuro prximo.

    Estas profecias tem carter especfico e um nico cumprimento. s vezes, profecias deste tipo tinha como alvo a confirmao e a garantia de uma mais remota, ou mesmo o fim de corroborar um ato divino I Samuel 10:2-7. Dentre as profecias que se referiam a este futuro prximo, citamos: - A profecia do dilvio de No. - A da escravido da posteridade de Abrao em terra estranha. - Os sonhos de Fara com respeito a futura fome no Egito. - As palavras de Jos anunciando a futura sada de Israel do Egito. - O sinal dado a Moiss como prova de que Deus de fato o estava enviando xodo 3:2. - A condenao da casa de Eli e o sinal dado. 2. Profecias com respeito aos ltimos tempos. Os ltimos tempos so caractersticos do Messias e de seu Reino, aqui, podemos incluir a consumao de todas as coisas. Nestas profecias no devemos esperar pormenorizao de todos os detalhes. O alvo dela apenas conceder uma viso panormica de conflitos e triunfos sem descer as questes menores. Geralmente os pormenores em uma mensagem proftica est sempre relacionado com o Messias. O livro de Salmos, de Isaas, Miquias e Zacarias so os que fornecem maiores detalhes sobre o Messias Salmo 22:18 69:21 Miquias 5:2,3 Isaas 9:6 Zacarias 9:9 11:13. Termos que no Antigo Testamento so sinnimos de ltimos tempos Eis que vem dias Jeremias 31:31; E acontecer depois Joel 2:28; Naquele dia Isaas 4:2. Encontramos aqui dois tipos de profecia:

    (1) A que fala sobre a ordem dos acontecimentos. No captulo dois de Daniel encontramos a grande imagem do sonho de Nabucodonozor

    interpretado por Daniel que se referia a quatro grandes monarquias que iriam dominar o mundo. Estes governos esto em uma ordem crono