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Hipertensão Arterial e Saúde Bucal
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SAÚDE BUCAL NA ATENÇÃO BÁSICA
Com a implantação do SUS na década de 1990, houve a necessidade de reorganizar as ações e os serviços de saúde bucal no âmbito da Atenção Básica. É importante que se rompa com antigas formas de trabalho e se atente aos processos de saúde-doença da sociedade se baseando nos princípios do SUS.
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PRINCÍPIOS DA ATENÇÃO BÁSICA
Acessibilidade: Objetivo da ESF é facilitar um “primeiro contato”, pela proximidade dos serviços da residência do usuário.
Longitudinalidade: Consiste num ambiente de relação mútua e humanizada entre a equipe de saúde, indivíduos e família, ao longo do tempo.
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Integralidade: Envolve a integração de ações programáticas e demanda espontânea, a articulação das ações de promoção à saúde, prevenção de agravos, vigilância à saúde, tratamento e reabilitação. Envolve também o trabalho de forma interdisciplinar e em equipe, com a coordenação do cuidado na rede de serviços.
PRINCÍPIOS DA ATENÇÃO BÁSICA
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Coordenação: capacidade do serviço em garantir a continuidade da atenção, o seguimento do usuário no sistema ou a garantia da referência a outros níveis de atenção quando necessário.
(STARFIELD, 2002; SAMPAIO, 2003).
PRINCÍPIOS DA ATENÇÃO BÁSICA
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Na organização da atenção em saúde bucal na Saúde da Família
os principais desafios são:
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1. Unificar a porta de entrada com a área médica e de enfermagem.
As ações de saúde bucal devem estar integradas às demais ações de saúde da unidade básica e os profissionais devem estar capacitados para atuar de forma multiprofissional e interdisciplinar.
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2. Garantir acesso à demanda espontânea.A saúde bucal deve estar organizada de forma a acolher a demanda espontânea e os casos de urgência.
Além disso, deve dar respostas às necessidades sentidas da população, sendo um importante caminho para resolutividade da atenção, o que contribui para a legitimidade da equipe na comunidade em que está inserida.
Aiiiiii
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2. Garantir acesso à demanda espontânea.
A ordem de chegada não deve ser o principal critério para o atendimento dos casos, mas sim a gravidade do caso ou o sofrimento do usuário. Neste sentido, é que se prioriza o atendimento a qualquer urgência, quando esta estiver ocasionando dor ou sofrimento.
A urgência, inclusive, é um momento importante para a detecção de indivíduos com maior vulnerabilidade.
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3. Desenvolver ações programadas de promoção da saúde, prevenção de doenças e de assistência, voltadas ao controle das patologias crônicas e/ou às populações mais vulneráveis do território.
Famílias prioritárias definidas a partir de critérios de risco social;
Famílias prioritárias definidas a partir de levantamento de necessidades odontológicas;
Famílias de gestantes;
Famílias de pessoas com hipertensão e outras.
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4. Organizar visitas domiciliares.
A visita domiciliar mensal realizada pelo ACS permite, além da constante atualização do cadastro familiar, a identificação e o acompanhamento de indivíduos e/ou grupos prioritários. A vista domiciliar realizada pelos profissionais, a partir de prioridade pré-definida, contribui para uma abordagem com direcionamento familiar na organização das ações assistenciais.
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5. Reordenar a Atenção de Média Complexidade.
CEOS
Hospitais
NúcleosVigilância
Exames complementares
UPA
Encaminhamentos aos Centros de Especialidades Odontológicas (CEO) e aos estabelecimentos de alta complexidade no nível hospitalar, de acordo com protocolos definidos localmente.
Para isto, faz-se necessário o reconhecimento da rede de atenção da saúde da região.
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Ações das equipes no cuidado em Saúde Bucal de usuários
hipertensos na Atenção Básica
Todos profissionais devem orientar as pessoas com HAS para que consultem com o cirurgião dentista.
O encaminhamento desses usuários deve ser organizado de acordo com o fluxo de atendimento de cada Unidade de Saúde.
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No que se refere à saúde bucal, compete aos profissionais:
1. Agente Comunitário de Saúde:
• orientar a população sobre a importância da manutenção da saúde bucal;
•estimular que usuários hipertensos consultem com o cirurgião dentista;
•estar vigilantes em relação àqueles usuários que não consultaram ou que faltaram à consulta odontológica;
•realizar atividades educativas sobre saúde bucal na comunidade.
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2. Técnicos e Auxiliares de Enfermagem:
•orientar a população sobre a importância da manutenção da saúde bucal;
•encaminhar pessoas com HAS à consulta odontológica;
• realizar atividades educativas sobre saúde bucal na comunidade.
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3. Enfermeiros e Médicos:
•orientar a população sobre a importância da manutenção da saúde bucal;
•fornecer informações sobre saúde bucal durante consulta médica e de enfermagem;
•discutir casos específicos com cirurgião dentista e realizar interconsultas;
•realizar atividades educativas sobre saúde bucal na comunidade.
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4. Outros Profissionais de Saúde:
•orientar a população sobre a importância da manutenção da saúde bucal;
•abordar a saúde bucal nas atividades educativas realizadas com a comunidade.
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5. Equipe de Saúde Bucal:•planejar e organizar atividades educativas sobre saúde bucal para as equipes de Atenção Básica, para a comunidade e para pessoas com HAS;
•facilitar o acesso de hipertensos a consultas odontológicas (programada e espontânea, sobretudo para casos de urgência odontológica) e auxiliar na vigilância dos faltosos ou dos que não consultaram;
•discutir ou realizar interconsultas com médico e/ou enfermeira nas situações mais complexas;
•encaminhar usuários para consulta médica quando houver suspeita de HAS ou HAS descompensada (ver algoritmo no slide seguinte).
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Orientações Gerais
CONSULTA ODONTOLÓGICA
ANAMNESE
HIPERTENSÃO
SIM NÃO
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Orientações Gerais
1. Avaliar níveis pressóricos;2. Verificar adesão ao tratamento de HAS;3. Avaliar tipo de atendimento a ser realizado.
Necessita de atendimento ambulatorial clínico?
HIPERTENSÃO
SIM
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Caso necessite de atendimento ambulatorial clínico:
PA > ou = 140/90mmHg
PA controlada: Realizar qualquer
tipo de atendimento odontológico PA> ou = 140/90mmHg
e < 180/110mmHg
Realizar atendimento de urgênciaEncaminhar à consulta médica ou
de enfermagem
PA > ou = 180/110mmHg
Suspender atendimentoe encaminhar para a
consulta médica
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Orientações Gerais
Orientações preventivas sobre HAS e atendimento odontológico.
HIPERTENSÃO
NÃO
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ANESTÉSICOS LOCAIS E HIPERTENSÃO
Usuários com hipertensão controlada no estágio I ou II podem ser submetidos ao uso de anestésicos locais com vasoconstritores, como felipressina ou alguns adrenérgicos.
(OLIVEIRA, 2010)
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A epinefrina é o vasoconstritor adrenérgico mais adequado (concentração de 1:100.000), desde que a quantidade administrada por sessão se limite a, no máximo três tubetes de anestésico local e o paciente esteja com a pressão dentro dos limites anteriormente citados. Deve-se evitar a administração intravascular da solução anestésica.
ANESTÉSICOS LOCAIS E HIPERTENSÃO
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Vasoconstritores adrenérgicos devem ser evitados em hipertensos que fazem uso de medicação antihipertensiva do tipo beta-bloqueadores não-seletivos ou diuréticos não caliuréticos, pois estes pacientes podem estar mais susceptíveis a possíveis precipitações de episódios hipertensivos motivados por estes vasoconstritores.
(OLIVEIRA, 2010)
ANESTÉSICOS LOCAIS E HIPERTENSÃO
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RECOMENDAÇÕES
A redução no grau de estresse bem como o controle da ansiedade e do medo frente a um tratamento odontológico são tão importantes no atendimento a usuários hipertensos, quanto a escolha adequada do vasoconstritor associado ao anestésico local.
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BIBLIOGRAFIABrasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: hipertensão arterial sistêmica. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. 128 p. (Cadernos de Atenção Básica, n. 37). Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/caderno_37.pdf
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Diretrizes do NASF: Núcleo de Apoio a Saúde da Família. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. Cadernos de Atenção Básica, n. 27). Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_do_nasf_nucleo.pdf
Brasil. Ministério da Saúde. Grupo Hospitalar Conceição. Protocolo de Hipertensão Arterial Sistêmica para a Atenção Primária em Saúde; organização de Sandra Rejane Soares Ferreira et.al. Porto Alegre : Hospital Nossa Senhora da Conceição, 2009. Disponível em: http://www2.ghc.com.br/GepNet/publicacoes/protocolodehipertensao.pdf
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde Bucal. Brasília : Ministério da Saúde, 2006. (Cadernos de Atenção Básica, n. 17). Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/cadernos_ab/abcad17.pdf
Oliveira, A.E.M.; Simone, J.L.; Ribeiro, R.A. Pacientes hipertensos e a anestesia na Odontologia: devemos utilizar anestésicos locais associados ou não com vasoconstritores? HU Revista, Juiz de Fora, v. 36, n. 1, p. 69-75, jan./mar. 2010. Disponível em: http://hurevista.ufjf.emnuvens.com.br/hurevista/article/view/879/333
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