hist e class cerv 2ª rev
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Cerveja: história e classificaçãoCTS de Alimentos e BebidasCTS de Alimentos e Bebidas
CTE de CervejariaCTE de Cervejaria – – Turma 22Turma 22ªª (2011)(2011)
Pedro PauloPedro Paulo MoretzsohnMoretzsohn de Mellode MelloVassourasVassouras – – MarMarçço/2007o/200711ªª. Revisão. Revisão – –MarMarçço/2010o/201022ªª RevisãoRevisão – – MarMarçço/2011o/2011
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Cerveja: história e classificação
Índice:1. História da cerveja2. Produção e consumo no Brasil e no mundo
3. Fabricação de cervejas4. Legislação brasileira aplicada a cervejas5. Principais tipos de cervejas6. Aspectos nutricionais da cerveja7. Efeitos fisiológicos8. Referências bibliográficas
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1. História da cerveja
Há cerca de 5.000 anos, referências em escavações detumbas de faraós;
A mais antiga indicação dada por escrita cuneiforme na
Mesopotâmia, data do ano 2.800 a.C., em que dispõesobre a distribuição diária de pão e cerveja aostrabalhadores braçais;
A produção e comercialização da cerveja foiregulamentada no Código do Rei Hammurabi (1728-1686 a.C.)
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1. História da cerveja
Na antiga Babilônia, acerveja era produzidacom cevada e água,
regulada pelas leis doRei Hammurabi. Afermentação eraexpontânea.
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1. História da cerveja
Na Europa, a cervejapassou a ser a bebidapreferida das tribos, comoceltas, germanos e
ossetios. A cerveja e o pão eram
fabricados por donas-de-
casa, tarefas domésticasnas culturas primitivas.
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1. História da cerveja
A fase industrial dacerveja ocorreu nos
mosteiros e conventoscatólicos, produzida pormonges e freiras não sópara consumo próprio,
mas também para venda.
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1. História da cerveja
Algumas dessas cervejasatravessaram séculos emantém sua fama até osdias de hoje, como ascervejas trapist produzidaspelos monges, nosmosteiros trapistas daBélgica e da Holanda.
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1. História da cerveja
Ou na Alemanha, onde acervejaria de uma abadiafranciscana em Muniquefoi adquirida por JosefSeldmayr entre 1858 e1861, cuja família já eraentão proprietária daCervejaria Spaten.
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1. História da cerveja
No ano 719, no convento deGeisenfeld/Alemanha, foi encontrado umprotocolo de receita de cerveja empregando
‘gruutus”, uma mistura de ervas rica em lúpulos. No século XI já havia um comércio ativo de
lúpulos na Europa.
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1. História da cerveja
Como surgiu a Reinheitsgebot , a lei da pureza alemã? Na idade média, ao norte da Alemanha, a fabricação da
cerveja era um direito civil, mas ao sul, era um privilégio
de príncipes, de sorte que o desenvolvimento foi maiordo que ao norte. Na Munique de 1372, havia 21cervejarias para satisfazer 11.300 habitantes.
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1. História da cerveja
Reinheitsgebot , a lei da pureza alemã:
No século XV, no sul, o monopólio da produção defermento inclusive para panificação era dos cervejeiros;
Quebras de safras agrícolas, acarretaram apossibilidade do emprego de várias outras matérias
primas, algumas envolvendo riscos para a saúde.
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1. História da cerveja
Reinheitsgebot , a lei da pureza alemã:
Foi então que em 23 de abril de 1516 o Duque Wilhelm
IV proclamou a Reinheitsgebot , em Ingolstadt. Essa lei é aplicada em todo o Estado Alemão desde
1906: “a cerveja pode ser produzida somente comcevada, lúpulos e água”.
A República Tcheca, a Noruega e a Grécia adotaramtambém a lei da pureza.
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1. História da cerveja
Pela Revolução Industrial, após a invenção da máquinaa vapor por James Watt em 1765, o uso de geradoresde vapor se espalhou por toda a Inglaterra no séculoXIX,
Na Alemanha, a 1ª caldeira foi instalada na cervejaria deGabriel Seldmayr (hoje Spaten, em Munique) em 1846;
Isso possibilitou a invenção da refrigeração poremprego da expansão da amônia, por Carl von Lindeem 1876;
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1. História da cerveja
A refrigeração industrial tornou possívelflexibilizar a produção de cervejas: até entãotodas as cervejas eram de alta fermentação.
Teria ocorrido uma mutação no fermento,surgindo a levedura de baixa fermentação.
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1. História da cerveja
Louis Pasteur foi quem proporcionou osconhecimentos valiosos: “os agentes dosprocessos de fermentação são organismosmicroscópicos vivos” (1860).
A Emil Christian Hansen (1842-1909) sedeve o desenvolvimento das cervejas debaixa coloração, especialmente ascervejas do tipo Pilsen. Em 1883, eledesenvolveu o método da cultura pura de
levedura no Laboratório Carlsberg, emKopenhagen. Paul Linder desenvolveu osistema de propagação de leveduras.
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2. Produção e consumo no Brasil e nomundo
A produção brasileira em 2009 registrou um volume de10,7 bilhões de litros, queda de 0,7% em relação a2008, 4º lugar na produção mundial, atrás da China(42,4), EUA (23,0) e Rússia (10,9 bilhões de litros).
O consumo brasileiro per capita anual de 56 litros; O potencial de crescimento é bem grande se comparado
ao consumo per capita de países europeus, como, p.ex., a República Tcheca (157 l), Bélgica (140 l) eAlemanha (119 l);
O Grupo AB Inbev lidera a produção mundial com 41bilhões de litros, seguido por SAB Miller (25,8),
Heineken (15,9) e Carlsberg (11,6 bilhões de litros).
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3. Fabricação de Cervejas
Matérias Primas:
- Malte de cevada;
- Água;- Adjuntos: outros cereais malteados ou não, açúcares ou
xaropes em geral e outros vegetais;
- Lúpulos;- Levedura cervejeira
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3. Fabricação de Cervejas
Processo de Brassagem (elaboração do mosto):- O malte moído de forma otimizada entra na tina de
mostura juntamente com água;- A mosturação ocorre por ação das enzimas do malte em
tempos e temperaturas adequadas à decomposição deamido e de proteínas provenientes do próprio malte edos adjuntos, resultando em substâncias menoscomplexas e solúveis: o desejável é rendimento emextrato o maior possível.
- Basicamente, há 2 processos de mosturação: infusão edecocção.
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3. Fabricação de Cervejas
Processo de Brassagem (elaboração do mosto):A seguir, a mostura é filtrada para separar a parte solúvel
(mosto filtrado) da insolúvel (bagaço, rico em celulose);- O mosto é então levado à caldeira de fervura, onde se
incorporam os lúpulos, para delegar amargor e aromacaracterísticos;
- O mosto esterilizado é resfriado e oxigenado, quando
então recebe a inoculação da levedura cervejeira.
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3. Fabricação de Cervejas
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3. Fabricação de Cervejas
Processo deFermentação :- O mosto esterilizado e
resfriado, quando
recebe a inoculação dalevedura cervejeira, teminício ao processo defermentação, que dura,em geral, de 5 a 7 dias;
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3. Fabricação de Cervejas
Processo de Maturação :- No mesmo tanque cilindro-cônico, ao final dafermentação, a levedura vai para o fundo dotanque e retirada, iniciando-se o processo dematuração, que se caracteriza por umaclarificação por sedimentação e afinamentodo paladar e aroma;
- A maturação, em geral, dura entre 7 dias até1 mês;
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3. Fabricação de Cervejas
Processo de Filtração:Opcionalmente, a cervejapoderá ser filtrada ou não.
A filtração visa aumentara vida útil do produto que,para isso, pode ainda receber
aditivos para aumentar aestabilidade de espuma ecoloidal, bem comoantioxidantes.
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ESTABILIDADE DO PRODUTO
TURVAÇÃO"GUSHING" ESPUMA ODOR/PALADAR("flavour") COR
COLOIDAL MICROBIOLÓGICA
ESTABILIDADEORGANOLÉPTICA
3. Fabricação de Cervejas
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3. Fabricação de Cervejas
FATORES QUE AFETAM A ESTABILIDADE
Condições de pasteurização;
Altas temperaturas da cerveja, no transporte ou naarmazenagem; Variações freqüentes de temperatura; Tempo de “vida de prateleira”; Exposição à luz solar; Captação de oxigênio no processo ou através da
embalagem;
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3. Fabricação de Cervejas
Quando a cerveja é submetida a um tratamentode estabilização, pode-se melhorar no aspectodesejado, porém ocorrer piora em outros, por
exemplo: Ao melhorar a qualidade do filtrado, altera-se a
estabilidade coloidal, diminuindo-se a tendência
à turvação, mas sempre a espuma éprejudicada, nesse caso.
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3. Fabricação de Cervejas
Acondicionamento:A cerveja poderá então ser
acondicionada em latas,garrafas ou barris.
Pode ainda ser submetida aum tratamento físicocomo a microfilfração ou
a pasteurização.
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4. Legislação brasileira aplicada a cervejas
DECRETO Nº 6.871, DE 4 DE JUNHO DE 2009
Regulamenta a Lei no 8.918 , de 14 de julho de 1994, que dispõesobre classificação a classificação, a padronização, a inspeção, aprodução e a fiscalização de bebidas.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lheconfere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista odisposto na Lei no 8.918, de 14 de julho de 1994, DECRETA:
Art. 1o Fica aprovado, na forma do Anexo a este Decreto, o
Regulamento da Lei no 8.918, de 14 de julho de 1994, sobre apadronização, a classificação, o registro, a inspeção e a fiscalizaçãoda produção e do comércio de bebidas.
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4. Legislação brasileira aplicada a cervejas
A Lei 8918/94 define os seguintes padrões: Cerveja é a bebida obtida pela fermentação
alcoólica de mosto cervejeiro, oriundo de malte
de cevada e água potável, por ação de levedura,com adição de lúpulo (Art. 64); “... a cerveja deverá ser estabilizada
biologicamente por processo físico apropriado,podendo ser denominado de Chope a cervejanão pasteurizada no envase” (Art. 65, item III).
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4. Legislação brasileira aplicada a cervejas
Ou seja: Todo chope pode ser chamado de cerveja,
mas nem toda a cerveja pode ser chamada de
chope, mas apenas a que não tiver sidopasteurizada; Mas o consumidor define como chope toda e
qualquer cerveja acondicionada em barris e,cerveja, propriamente dita, a que éacondicionada em garrafas ou latas...
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4. Legislação brasileira aplicada a cervejas
O tratamento térmico (pasteurização)acarreta aumento da estabilidade
microbiológica, porém, altera o paladar e oaroma da cerveja, alterando seu“envelhecimento”.
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5. Principais tipos de cervejas
Os tipos de cervejas podem ser divididos em 2grandes grupos:• cervejas de baixa fermentação
• cervejas de alta fermentaçãoBasicamente, esses grupos se diferenciam pelaraça de levedura, cujo comportamento ao final
da fermentação se deposita no fundo ou seaglomera no topo do tanque de fermentação.
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5. Principais tipos de cervejasBaixa fermentação
1. Pilsen tradicional: cerveja clara, bemlupulada, espuma estável:- 12 a 13% de extrato
- Cor 10-12 EBC- Amargor de 30 a 70 BU- Água de processo doce (até 50 ppm de
CaCO3
- Processo de decocção de 2 maisches- Longa maturação, bem atenuada.
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5. Principais tipos de cervejasBaixa fermentação
A Pilsener é uma cerveja americanizada,similar às nossas, menos encorpadas, maisclaras, mais refrescantes:
- 12 a 15% de extrato- Maltes mais diastásicos- Amargor baixo: 120 –130 g/hl- Água de processo bem leve- Processo de mosturação rápida- Fermentação rápida à temperatura mais alta 14 C- Curta maturação, bem atenuada.
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5. Principais tipos de cervejasBaixa fermentação
2. Munique: cerveja de coloração marrom-avermelhada, bem aromática:- 12 a 18% de extrato
- Maltes com altos teores de proteína e maltetipo Munique- Amargor pobre
- Água de processo bem carbonatada- Processo de mosturação longa e espessa- Fermentação parcial e lenta, à baixa
temperatura- Longa maturação, parcialmente atenuada.
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5. Principais tipos de cervejasBaixa fermentação
3. Dortmund: cerveja clara como a Pilsen,menos amarga e bem encorpada:
- 12 a 15% de extrato- Malte especial com altos teores de proteína e
germinados como o malte Munique, porém asecagem feita como a dos maltes claros
- Amargor intermediário entre Pilsen e Munique- Água de processo bem carregada de sais
(até 450 g/l)- Processo de decocção com 2 maisches- Fermentação à baixa temperatura
- Longa maturação, bem atenuada.
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5. Principais tipos de cervejasBaixa fermentação
4. Viena: coloração intermediária entre aDortmund e a Munique:- 12 a 15% de extrato- Malte especial com altos teores de proteína e
malteados como o malte Munique, porém asecagem feita com menos intensidade
- Amargor baixo
- Água de processo bem carbonatada- Processo de mosturação espessa- Fermentação parcial à baixa temperatura- Longa maturação, parcialmente atenuada.
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5. Principais tipos de cervejasBaixa fermentação
4. Viena: coloração intermediária
entre a Dortmund e a Munique
3. Dortmund: cerveja clara comoa Pilsen, menos amarga e bem
Encorpada, devida à água muitocarregada de sais. Usa malteespecial, germinado como Muniquee secado como malte Pilsen.
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5. Principais tipos de cervejasAlta fermentação
1. Cervejas Inglesas
1. Stout: cerveja bem escura, amargor brutal eintenso, bem aromática:
- Extrato 12% (20% exportação)- maltes claros e bem desagregados + 7-10% de
malte torrado;
- Amargor 600 a 700 g/hl lúpulos ingleses- Adição de açúcar e caramelo- Variações na fermentação como re-fermentação em
garrafas
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5. Principais tipos de cervejasAlta fermentação
1. Cervejas Inglesas
Stout: cerveja bem escura,amargor brutal e intenso,
bem aromática.
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5. Principais tipos de cervejasAlta fermentação
1. Cervejas Inglesas
2. Porter: a rigor é um tipo
de Stout, porém menosencorpada e mais seca.
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5. Principais tipos de cervejasAlta fermentação
1. Cervejas Inglesas
3. Ale: cerveja bem encorpada, escura, com aroma demalte caramelo mais ou menos intenso:
- Extrato 11-12% (16-17%)- Água “burtonizada” por adição de gesso cervejeiro- Maltes claros e bem desagregados, junto com
maltes escuros e caramelizados, com adição de
açúcar- Amargor 100-200 g/hl
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5. Principais tipos de cervejasAlta fermentação
1. Cervejas Inglesas
Variações de cervejas ales:
- Pale ale ou Bitter ale: bem lupulada e mais seca- Mild-ale: mais leve, mais adocicada e mais colorida- Scotch-ale ou “scotch”: elaboradas com maltes
aromáticos como o Viena ou Munique, muito
encorpada e com alto teor alcoólico, produzidamormente em épocas de frio como a do Natal
5. Principais tipos de cervejas
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p p jAlta fermentação
1. Cervejas Inglesas
Ale: cerveja bem encorpada,
escura, com aroma de maltecaramelo mais ou menos intenso
Mild-ale: mais leve, maisadocicada e mais colorida
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5. Principais tipos de cervejasAlta fermentação
2. Cervejas Belgas
Lambic de Bruxelas: cerveja sem filtrar, obtida de mostos turvos,característica por fermentação expontânea, que lembramuito ao vinho, muito atenuada e muito ácida (pH 3,2-3,5)
- 60% de malte Pilsen e 40% de trigo cru- Amargor forte, com lúpulo maduro 600 g/hl- Processos de brassagens mais longos, sobretudo na fervura- Mosto é colocado em tonéis de carvalho, sem fermento, à
temperatura ambiente
- Fermentação pode durar até 2 anos: leveduras selvagens,bactérias lácticas e Brettanomyces
- Atenuação muito intensa: 90-95% ou mais
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5. Principais tipos de cervejasAlta fermentação
2. Cervejas Belgas
Observações:- A Lambic de Bruxelas re-fermentada em garrafas, é chamada
de “Gueuze”. Para isso, adiciona-se cerveja verde ou entãoaçúcares no momento do acondicionamento, quando recebe
o nome de “Faro”- Variações de Lambic ou Gueuze são as famosas cervejas de
Louvain, igualmente rica em leveduras e fermentos lácticos,com 50% de malte Pilsen e 50% de trigo cru, como a
“Blanche de Louvain” ou a “Peetermann”, que usam 5% deaveia em substituição ao trigo
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5. Principais tipos de cervejasAlta fermentação
2. Cervejas Belgas
Lambic de Bruxelas:cerveja sem filtrar,obtida de mosto turvocaracterística por
fermentaçãoexpontânea, que lembramuito ao vinho, muitoatenuada e muito ácida(pH 3,2-3,5). A Gueuzeé Lambic refermentadaem garrafas.
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5. Principais tipos de cervejasAlta fermentação
3. Cervejas Alemãs
Há muitas cervejas de alta fermentação similares aostipos ingleses originais, destacando-se a Weiβbierou Weizenbier (cerveja de trigo), clara sem filtrar,como a Blanche de Louvain ou, ainda, filtrada,como a Berlinerweizen.
A Dunklesbier (cerveja de trigo escura) é uma cervejasem ser filtrada.
A cerveja de trigo é muito consumida na Alemanha,como em Berlin (Berlinerweizen), mas sobretudoem toda a região da Baviera.
5. Principais tipos de cervejasAl f ã
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Alta fermentação3. Cervejas Alemãs
Cerveja de trigo
‘hellesbier’, semfiltrar...
... Cerveja de trigo
‘dunklesbier’, semfiltrar e...
... Cervejade trigofiltrada.Contém só
2,5% álc. v/
‘Champagne du Nord’Foi como as tropas deNapoleão se referiam àBerliner Weiβbier.
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5. Principais tipos de cervejasAlta fermentação
3. Cervejas Alemãs
Outro tipo interessante é a Diätbier, recomendada paradiabéticos, que não tem açúcares residuais, isentade hidratos de carbono. Trata-se de uma cerveja
bem seca, que pode ter um teor alcoólico bemelevado.
Em outros países, emprega-se α-amilase fúngica para
transformar as dextrinas em açúcaresfermentescíveis.
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5. Principais tipos de cervejasOutros tipos de cervejas
1. Cerveja sem álcool, na verdade com até 0,5% v/v(na França até 1% !), em que o álcool produzidoem fermentação é eliminado por um processo
físico ou, então, deixa-se de produzir álcool pelafermentação reprimida à baixa temperatura, emque empregam-se métodos de mosturaçãobloqueando-se a produção de açúcares
fermentescíveis.
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5. Principais tipos de cervejasOutros tipos de cervejas
2. Cerveja Malzbier: a original da Europa é uma cervejacom 7-8% de extrato, em que aproveita as sobrasiniciais e finais de filtração, nas operações comágua, para depois então corrigir o extrato com
cerveja normal. Na Bélgica, a Malzbier é conhecidacomo “bière de table”No Brazil, a Malzbier é uma cerveja escura elaborada
com cerveja clara, adicionada de açúcares ecaramelo.
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5. Principais tipos de cervejasOutros tipos de cervejas
3. Cerveja Caracu, similar a Stout na aparência eelaboração do mosto: escura, menos lupulada,emprega maltes torrados, açúcares e caramelo.Cerveja de baixa fermentação, pouco atenuada, de
extrato bem elevado (17%) e médio teor alcoólico(4,0-4,5% v/v)
4. Cerveja Bock ou Einbock: similar à Munique, de altaou baixa fermentação, parcialmente atenuada,geralmente de alto teor alcoólico (6%)
5. Principais tipos de cervejasOutros tipos de cervejas
4. Cerveja Bock ou Einbock:similar à Munique, de altaou baixa fermentação
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p jou baixa fermentação,parcialmente atenuada,geralmente de alto teoralcoólico . “Bock”, em
alemão = bode
A origem é a cida-de de “Einbock”,
Alemanha
7% v/v
Triple Bock
A Sam Adamcontém 17,5%
v/v álcool.A triple bock échamada de‘vinho de cevada’
Doppel Bock7,2% v/v
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6. Aspectos nutricionais da cerveja- base 1 litro de cerveja -
1. Água: 900-920 g2. Sais minerais: cerca de 1.200 mg- Potássio: 300-600 mg (até 20% da IDR)- Magnésio: 90-120 mg (ou até 45% da IDR)- Fósforo: 300-700 mg (ou até 40% da IDR)- Sódio: 20-110 mg/l (baixo)
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6. Aspectos nutricionais da cerveja- base 1 litro de cerveja -
3. Vitaminas (% da IDR):- biotina (H): 5%- Tiamina (B1): 5%- Riboflavina (B2): 20%
- Piridoxina (B6): 25%- Ácido pantotênico: 20%- Niacina: 40-65%
- Traços de cianocobalamina (B12) e de ácido fólico
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6. Aspectos nutricionais da cerveja- base 1 litro de cerveja -
4. Proteínas: 3-5 g, sendo 15% provenientes dalevedura
5. Substâncias amargas que conferem muitaspropriedades que produzem efeitos fisiológicos taiscomo:
- Sedante- Bacteriostático- Digestibilidade
- Diurético- Estimulante do apetite
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6. Aspectos nutricionais da cerveja- base 1 litro de cerveja -
6. Carboidratos: muito variável, sobretudo pelograu de fermentação e extrato primitivo.Para uma cerveja feita exclusivamente commalte, temos:
- Glicose: 150-200 mg- Maltose: 1.500 mg = 1,5 g- Maltotriose: 3,0-3,5 g- Dextrinas superiores:5,0-6,0 g
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6. Aspectos nutricionais da cerveja- base 1 litro de cerveja -
7. Álcool e outros compostos:- Etanol: 35-40 g- Álcoois superiores, aldeídos, ácidos graxos
e ésteres: até 10 mg8. Ácido úrico/ purinas: 170 mg9. Valor energético: 350-450 kcal
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7. Efeitos fisiológicos
1. Diurética: relação K/Na, produtos dafermentação e resinas do lúpulo2. Estimulante do apetite, devido ao álcool e
às resinas amargas do lúpulo3. Boa digestão, por regular o pH doestômago e estimular o fluxo sanguíneo
4. Alcoolizante, variável de indivíduo paraindivíduo.
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7. Efeitos fisiológicos
O efeito alcoolizante do álcool se dá pelapassagem do álcool à corrente sanguínea.Ao ingerir uma bebida alcoólica, essapassagem ocorre em parte:
- Diretamente pela cavidade bucal, esôfago eparede estomacal;
- No estômago, ocorre já uma pré-digestão
do álcool pela álcooldesidrogenase;- A maior parte do álcool é então digerida no
intestino;
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7. Efeitos fisiológicos
O álcool é transformado em acetaldeído pelaálcooldesidrogenase do estômago, intestinoe do fígado. Como o acetaldeído é tóxicopara o fígado (hepatopatias), este éexpelido e será metabolizado a nívelcardíaco.
No coração, a lactatodescarboxilase transformao acetaldeído em ácido lático, que émetabolizado facilmente.
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7. Efeitos fisiológicos
Informações relevantes:
A OMS considera como alcoólatra todo o
indivíduo que faz uso do álcool, ainda quede forma moderada ou passiva. Considera-o como uma doença adquirida pelo uso
sistemático do álcool ou de etiologiagenética.
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7. Efeitos fisiológicos
Informações relevantes:
Pesquisas na Área Médica levam alguns
autores a recomendar o consumomoderado do álcool, como favorável emcertos casos, p. ex., como preventivo de
doenças cardiovasculares, mas ressaltamos efeitos toxicológicos do abuso de álcool.
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7. Efeitos fisiológicos
Informações relevantes:
Outros vão mais além: enfocam as
consequências sobre os efeitoscomportamentais do indivíduo e até suadecadência moral. Dentre as modificações
comportamentais, a perda dos reflexos,ainda que parcial, torna desaconselhável adireção de veículos automotores e outros.
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7. Efeitos fisiológicos
Informações relevantes:
Consumo moderado: 1 a 4 copos de cerveja ouvalores entre 10 e 40 g de álcool/dia. Acimade 40 g é considerado abuso.
Os efeitos fisiológicos comportamentais sãopercebidos quando o nível de álcool no
sangue se situa entre 0,2-0,8 g de álcool/litro de sangue.
O CNT estabelece o limite máximo de 0,6 g/l
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7. Efeitos fisiológicos
Informações relevantes:
Mas... entre os abstêmios, pessoas fatigadas,
com sono é possível chegar até 0,5 g/l...
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7. Efeitos fisiológicos
Informações relevantes:- Mulheres, indivíduos da raça asiática, bem como
crianças e alguns jovens, não produzempraticamente álcool desidrogenase, o que
predispõe esses grupos a uma defesa contra oalcoolismo;- Por isso, a coma alcoólica em indivíduos
constituintes desses grupos são mais graves.- Portanto, manter bebida alcoólica longe de
crianças.
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Referências bibliográficas
1. Encartes da Miles, Enzyme Products Division, pages in Brewing History
2. Encarte das revistas Brau Industrie (12)2010 et Brewing and BeverageIndustry “The hop industry at a glance”, 2010
3. Jackson, M. “Great beer guide”, DK Publishing, Inc. , Nova Iorque, 2005;4. Kunze, W. “Technology Brewing and Malting”, ed. Internacional, VLB,
Berlin, 1999;5. Mello, P. “Cerveza y salud”, aula dada no Senai , módulo Adegas,
disciplina de Análise Sensorial, set/2000;6. Mello, P. “Cerveza y salud”, palestra dada no Senai para a Cervejaria
Quilmes em 15/5/2001;7. Pardi, G., “Crescimento e inovação regem o ano no mercado de cerveja”,revista O Engarrafador Moderno, ano XVI, nº 151, p. 10.