história das duas rãs
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A história das duas rãsA história das duas rãs
José Matias AlvesJosé Matias Alves
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Um grupo de rãs ia atravessando um bosque e duas delas caíram num poço relativamente profundo.
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As restantes reuniram-se à volta do poço e ao verem a profundidade do buraco disseram às duas rãs que não valia a pena tentarem sair e que o melhor seria conformarem-se com a sua má sorte.
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As duas rãs ignoraram os comentários e começaram a saltar com todas as suas forças para saírem do poço, enquanto as suas companheiras continuavam dizendo que seria impossível sair e que mais valia aceitar o destino.
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Finalmente, uma das rãs deu-se por vencida, correspondendo à crença das suas colegas. Deixou-se cair no solo e morreu.
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A outra rã continuou saltando o mais forte que podia;
e as outras gritavam que não valia pena o sofrimento de tentar sair e que mais valia aceitar a morte. A rã, porém, sempre insistia e saltava cada mais forte.
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Até que, dando um salto prodigioso conseguiu sair do fundo poço.
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Veio depois a saber-se que esta rã era surda.
Por isso, havia pensado que, durante todos os momentos, as suas companheiras lhe estavam a dizer, “força, tu vais conseguir”, lhe estavam a dizer que ela seria capaz de sair do poço.
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A história dá-nos duas lições: a nossa boca tem o poder da vida ou da morte. Uma palavra de alento a alguém que está passando dificuldades, pode reanimá-lo a ajudá-lo a superar os problemas.
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Uma palavra destrutiva pode ser meio caminho andado para a destruição.
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Uma nota final de Miguel Santos Uma nota final de Miguel Santos Guerra (2003: 319)Guerra (2003: 319)
Há duas formas básicas de reagir perante o esforço necessário para viver dignamente, perante as inevitáveis dificuldades da vida.
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Uma é a da rã que se abandona e afoga. A outra é a do esforço sustentado. A que consegue superar as dificuldades e andar para a frente, partindo em mil pedaços o fatalismo.
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A que é capaz de converter dois sinais de menos (duas situações adversas) num sinal de mais (um motivo de superação e de optimismo).
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Gandhi dizia: “a nossa recompensa encontra-se no esforço e não no resultado. Um esforço total é uma vitória completa”
(A partir de Miguel Santos Guerra)