história do império - joão camilo de oliveira torres
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JO O CAMILO E
OLIVEI
lustraes
de
ARMANDO
CHEO
f D I S T R I B U I D O R
R I O D E J
-
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ireitos reseroados
para a Lingua
Portugudsa pela
DISTRIBUIDORA RECORD DE SERVIOS DE IMPRENSA LTDA.
Avenida Eramo Braga,
255 8?
Rio de Janeiro G B) ZC P
Publicado m 983
Prefhcio
1
A Situao do Brasil no ano
de
18 1
Reino do Brasil
3
Prncipe e a Assemblia
4
iidcpcndncia ou Morte
s Grandes Dificuldades
7
econhecimento
da
Independncia
8
omplicaes de um Jovem Impr
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5
ida Cultural 66
6
s Estadistas do Imprio 9
7
olitica Exterior 72
18
s Crises
77
19
As Viagens do Imperador 82
2
A Famflia
Imperial 85
2
Abolio 89
P R E F C I O
Recebi com muita alegria o co
dora Recor d por in terrnddio do e
acedo, para escrever uma peque
prio para iouens. O assunto no qu
por assim dizer durante t d i u a m
tan te oi a oportunidade qu e o
desdobrar
su s
melhores qualidades
facilid ade as suas virtudes. Institu
nossns necessidades boa seleo d
liberdade boa arrumao geral tive
deramos exigir d e u m sistema pol
Ora nesta fase d ificil de trans
que uivemos
o
conhecimento
do
p
importante
pois
nenhum pais poder
realmente fundado em bases slida
as linhas mestras de seu passado e
d Histriu. O futuro se no fdr
sado ser um constwiio feita n
alicerces.
Belo Horizonte,
1
de ianeiro/63.
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Situao do
Brasi
no Ano
de 1801
D U R A N T E T SNLOS formara-s
lngua portugusa, habitada por um
fundo portugus, africano e indgen
tugal.
A
aventura, porem, da formao
os problemas eram muitos. D e in
condies de vida para os habitante
embo ra a natureza fosse dadivosa
por Pedro Alvares Cabral, L primeira
quer espcie d e produto que permitis
econom ia estvel, Martim Afonso d
e a
cana
de acar que permitiram, a
ras am erican as do Rei d e Portugal.
e, principalmente, outras formas de
veis,
de
objetos d e uso domstico, de
dos da Amrica, da Africa, da Asia,
pulao tambm mescIada, o Brasil
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esp&ir de p t o
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Enmndo em S Paulo D. Pedro seria alvo de grandes
ho-
men gem
o
povo aplaudindo fren8ticamente o libertador do
Brasil.
Voltando ao Rio, D. Pedro comeou a tomar providbncias
para
a orgadzaifo
do
ndvo Pafs. Havin de tudo: desde expul-
sar tropas porhiguesas que ainda estavam em nosso territdrio,
conauistar as provincias do norte que continuavam aceitando
autoddade das-~brtes, onseguir o reconhecimento por parte das
poN ncias estrangeiras,m
E
havia tamb6m a necessidade de or-
ganizar
o pas inteiramente. O povo brasileiro queria um cons-
tituio, queria o regime representativo. Ficou assentado que o
Brasil seria um Impbrio por sua extensiio territorial e variedade
de
climas, n o poderia ser um simples reino; pelo cnrhter demo-
crdtico da autoridade do Imperador, que seria considerado como
tendo seu poder da aclamao dos povos, tambkm deveria ser
um Impbrio, no um reino, de sentido mais aristocrtico.
E
um Impbrio teria, por exemplo, bandeira, armas, hinos..
.
Em 19 de setembro foram baixados decretos acerca dos sinbolos
nacionais.
A
bandeira seria um rethngulo verde, no qual se in-
seria
um
losango amarelo, com o brazo de armas imperiais. As
c8res foram escolhidas por ser o verde a cor da casa de Bragana,
qual pertencia
D.
Pedro I e
o
amarelo cla casa de Loiena, de
onde se originava
D.
Leopoldinn. O brazo continha a esfera ar-
milar do Reino Unido, atravessada pela cruz da Ordem de Cris-
to rodeada de uma orla de estrelas simbolizando as provncias.
Tudo encimado pela corda imperial
e
rodeado por ramos de caf
e de fumo. No dia 12 de outubro
D.
Pedro foi aclamado Impe-
rador no Rio e em muitas cidades brasileiras, a simbolizar a ade-
so do povo sua autoridade e
independncia do Brasil.
Sendo Imperador,
D.
Pedro seria coroado e sagrado, numa
bela cerim8nia religiosa que se realizou na catedral do Rio de
Janeiro, no dia de dezembro.
Na
mesma ocasio
D.
Pedro criaria uma ordem honorifica
a
Ordem Imperial do Cruzeiro para
assinalar o
faustoso
acon
tecimenta
.
.
a
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E
haveria, tambm, um hino, com letra
de
Evaristo da Veiga
e
de D. edm (q ue era excelente compositor musical)
e
que, at6 hoje cantamos como a M a d h e s a brasileira o
famoso
Hino
da Independncia:
Jb podeis, da Phtria, filhos,
Ver contente a me gentil .
O
tftulo oficial do chefe do Estado seria: Sua Majestade Im-
perial o
Sr.
D.
Pedi0
I,
por graa de Deus
e
unhnime aclamago
dos povos, Imperador Constitucional e Defensor Perpdtuo do
Brasil .
O Brasil tornara-se independen te, uma nova nao nascia para
o mundo. Contrriam ente aos demais pases d a AmBrica, ado ta-
ria
a
forma monrquica de govrno.
E
contrriamente ao que
tem acontecido em todos os pases, tivemos a Independncia
feita
por
interrnddio do prprio-herdeim da mra da antiga me-
trpole. A Independncia do Brasil, sob vrios aspetos foi
um
fato nico no mundo, e repleto de circunstncias paradoxais.
Importava, agora, resolver trs problemas:
a
dar organizao ao pas;
b ) ver a Independncia reconhecida pelas naes estran-
geiras.
c ) implantar a autoridade de D. Pedro sobre todo o pais,
expulsando as tropas fiis
As
Cortes.
este terceiro problema foi atacado em primeiro lugar, con-
tando inclusive
D.
Pedro com auxlio de militares estrangeiros,
coisa comum na dpoca, como Lorde Cochrane, almirante de ori-
gem ingka, a Labatut, general francsa e outros.
Afinal,
depois de longos e terrveis meses de luta, a bandei-
ra
brasiieira, o
Auri-verde pendio d mirdu terra
qu bris
do
Brasil beija e balanp
est v
&tuando
m
todos os pontos do terrt6rio brasileiro.
Afinal, tratava-se d e organizar
o
Imp
riam uma Constituio. Em muitos luga
D. edra I
como Imperador,
m s
exigia
ru, prviamente, a Constituio que ain
a clusula d o juramento pr6vio.
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nossas liberdades. Graas a esta Constituiqo o Brasil passaria
reger se pe l o s priiicpi(>s ];i inonarquiii iil~eral,passando, ento,
ser umii democracia coroada .
Ilnp rio era clefinido como
n
associao poltica dos cida-
zos
brasileiros, qu e formavam tima nao livre e soberana. Todos
0s inclusive os c1 Imperador, eram considerados delega-
o
(assim , soberania residia n a prbp ria r i a ~ ~ ~ )
O
Imperador, com a Assemblia, gosaviiin da categoria de represen-
tantes nacionais. Alils, o Imper ado r era considerado o chefe su-
premo c primeiro representante da n:iqo.
Os poderes, ao contrrio clas demais constituies, eram qua-
tro: o Legislntivo, composto
de
Cmara e Senado, com a sano do
Iniperador;
o
Moderador, atribudo ao Imperador; o Executivo,
ao monarca por interinCc1io dos ministros; o Judicirio, aos juzes.
Coin o Ato Adicional de 834 situao c1:is ~ ro v n c ia s eria orga -
nizaiio iic leq ~i~ dn : seu govCrno seria constituido por um presi-
dente nomeado pelo Impenidor, que seria a autoridade suprema
das provncins, e uma Assemblia, eleita pelo povo, com pleno
r
1VO.
oder legisle t'
O Poder SIoderndor, atribuido diretamente ao Imperador,
tinha por misso manter
a
harmonia entre os demais poderes, ser-
vir de Arbitro clas lutas, zelar pela perfeita observncia da Consti-
tuio.
Seria o juiz do jgo .. As suas atribuiqes Zjrprias no
eram numerosas esumiam-se, afinal, a interv ir nos casos d e cho-
ques
e
piincipalmente,
dar
a ltima palavra nas questes polti-
cas. Constituiio niio falava em parlame ntarismo ,
D.
Pedra
I e Feij sempre se opuzeram ao govrno d e gabinete, m as na ver-
dade, a Constituio nio teria outra interpretao seno
a
parla-
mentaristil.
E
como sabemos d e experincia recente, o bom fun-
cionamento do parlamentarismo exige qu e o chefe d e estad o seja
u magistrado situado acima e alCm dos partidos, neutro e im-
parcial, um poder mod erador..
Poder Executivo, a quem cabiam todas as decises (eis o
parlamentarismo)
e
seria exercido pelos ministros, inteiramente
responsveis. Mesmo qu e provassem estarem ob edec end o a or-
E a ustificar sua i n i c h t
dois livros
p r
colher assin
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Complicaes de
um
Jovem Imprio
si-rrr.qo DO BRASIL omeou a complicar-se. D. Pedro I
iio obstante a sua cvidentc boa vontade perdia t erren o na opi-
nio pblica. Erros reais nuns casos verd adei ras incom preenses
noutros tudo se acumulava. Interessante que sem emba rgo d e
tada a agitao poltica o Brasil se organizava e o parlam ento
apesar da inerperincia geral e de tudo aquilo ser nvo 1150 sb-
mente no Brasil como no mundo
ia
elaborando leis da maior
importncia de :nodo fazer do Brasil rpidam ente um a nao
verdadeiramente clemocrtica pelo menos nos moldes como o
entendiam os homens do s~culo IX
No parlamento assentavam-se figuras ilustres mas destaca-
va-se a de um extraordinrio tribuno
e
legislador que encarnando
a
oposio mantinha aceso o farol da liberdade chamava-se
le Bernardo Pereira de Vasconcelos e era natural de Ouro-Prto.
Vrios fatos de origens as mais diversas contribuam pa ra
agravar
a
situao do Imperador.
Vamos apontar alguns.
A
que mais dava assunto era a questo do parlamentarismo.
s iberais muito fortes no parlamento na impre nsa nos gran -
Chumaua se h srnurdo P e d
e era naturat de Our
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D.
Pedro 11
iLIIO
L I B E R T ~ R
einaria sbbre o Brasil de
1840
a
1889
Quem assistisse ao movimento maiorista, um verdadeiro golpe
parlamentar, pensaria que os brasileiors estavam loucos. Tratava-
se de entregar,
de
fato, o poder a um rapazinho de
14
anos.
O
argumento
6
que, o Imperador, no devendo o poder a ningum,
seria um:i aiitoridade neutra e imparcial e restabeleceria no Brasil
o reinado
d a
lei.
O
raciocnio, tericamente, estava certo. Mas,
quem pccleria garantir que, na prtica, daria certo
O
curioso
que dcu.
E
o que nirypm poderia sonhar que aqule menino
tmido e e~ifermio,
ue
no princpio, mal abria a b6ca para as
visitas, seria, ao fim, um dos mais notveis filhos d a Amrica.
Amadurecido rpidamente, D. Pedro I1 tornou-;e, com o tempo, o
modlo dos Chefes de Estado em regime parlamentar. Por certo
que o parlamentarismo n5o estava na Constituio e seu pai e
Feij haviam rcagido alegando isto. D. Pedro I1 sentiu que, sem
parlamentarisnio, o Brasil seria ingovernvel.
E
em
1847
baixou
um decreto criando o lugar de presidente de Conselho de Minis-
tros e aos poircos, foi fazendo o parlamentarismo funcionar. Ao
inv& de considerar o parlamentarismo como limitapo de seus po-
deres e cambatd-10, ao contrrio, preferia assim. procurava con-
vidar Para premierw pessoas que representassem as correntes
Amadurecido rdpidamente D
com o tempo o
moddlo
dos
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coriversava com 0s professdres assistia hs riuias interrogava os
alunos.
D~
seu prbprio b h mandou imprimir muitos livros finan-
ciou estudantes pobres com blsas d e estudo no Pa s e na
Eu-
ropa. Nunca govikno ajrldou tanto h ~Idltura nacional
como 2Ie.
Era de pobidade exemplar e no admitia desvios em matria
e
dinheiro.
Pessoalmente,
vivia com gran de modstia no tinha
quase pompa oficial. Quan do ia ao estrangeiro fazia-o h prpria
custa muitas vezes tendo recorrido a emprstimos
Na
Europa ou nos Estados Unidos viajava como simples turista
recusava honrarias e recepes procurava mais sbio s e intelec -
tuais
do
que polticos.
O
mundo inteiro admirava ste modlo de
Chefe de Estado patriota austero simples bom e culto q u e foi o
senhor D. Pedro 11 que a histria consagra como
o
maior dos
brasileiros cujos Grros so explicveis e cuja vida fo i um con stant e
sacrifcio pelo bem do Brasil.
Comeos
Difceis
OS oMEFoSdo reinado de D. Ped
dos. Ha via revolues por toda parte
por si no faria o m ilagre de restabelec
q u e
o Rio Grande do SuI se achava de
J
vinha de muito tempo a Guerra do
fazendo da bela provncia sulina uma
agitaes pipocavam por tdda p arte
e seus objetivos nem sempre muito cla
O
primeiro gabi nete da Maioridad
Curiosam ente era um gabinete de irm
And radas e dois Holan da Cavalcanti.
novas eleies. Os liberais ganharam
q ue foi um a das eleies menos livre
um escndalo geral. E afinal devido
binete se demitiu em maro d e
1841.
em julho d e
1840 .
Dizem que ao sair
missionrios A n th io Carlos Ribeiro d
sarcstico falou a seu irn o Martim F
Vamos mano Mart im quem b
ce. molhado.
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ma estatf sti~li e benefkios trazidos pelos dois partidos
daria vantagens maiores para os conservadores - mas isto pro-
v ~ v e i m c n t co ser atribudo a uma sup eriori dade dos es-
tadistas mnrervadores, mas ao fato de que ficaram mais tempo
no governo. De qualquer modo, convm recordar que os homens
do Partido Conservador eram mais objetivos e seguros do que
os liberais. Isto, dito em linhas gerais.
As id8ias dos conservadores podem ser estu dada s em livros
como os do Visconde do Uruguai ( E nsaio sdbre o Direito Ad-
ninistmtit'o,
c Esttrdos
Prdticos Sbre o Administrao das Pro-
uncias) do Conselheiro Jos; Antonio Pim enta Bucno, Ma rqu s d e
S. Vicente (Direito Prblico Brasileiro), de Braz Florentino Hen-
riques de Souza O Poder Moderador) e outros; s dos liberais,
alm de vrios manifestos polticos, como a
Circular,
d e Tefilo
Otoni a seus eIeitores, nos seguintes livros: Tav ares Bastos
A
Pro~nc ia ,
ustiniano Jos
da
Rocha (Aio,
Reao, Transao),
d e Zncarias d e Gois e Vasconcelos
(Nature za e Limites do Poder
Moderndor),
do Visconde de Ouro-Preto
(Adm2nastrao Provin-
cial e Alunicipal.
Apesar das cliferenas, ambos aceitavam os princpios gerais
da democracia liberal, divergindo, apenas, nos modos de organi-
z-la. Por outro lado, faziam poltica do mesmo mod o adot avam
processos idnticos para ganhar eleies . Div ergin do em ques -
tes doutrinrias, por vzes de suma importncia, os dois parti-
I
( 1 ) Visconde do Rio Branco.
2 )
Visconde de Itabora.
3 ) Marquds do Paran.
( 4 )
Marqubs de Olindu. ( 5 ) Duque
de Caxias. ( 6 ) Baro de Cotegipe. 7 ) Visconde e Ca r a u e b .
( 8 ) Visconde de Ouro Prto. ( 9 ) Conselheiro Saraiva
10) Joaquim Nabuco ( 1 1 ) Conselheiro Zacarhs
de
G o b
E) efilo Otoni. (13) Rui Barbosa ( 1 4 ) Afonro Pena.
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dos ~~s avamos mesmos processos, nem sempre muito elegantes,
de anpr o poder. Mas, como havia da parte de muitos dos
estadistas do Irnpbrio, principalmente de D. Pedro 11, sincera
vontade
IIO
sentido de melhoria do sistema eleitoral, o resultado
6 que, no final do reinado de
D.
Pedro 11, o nosso sistema elei-
toral era quase perfeito e as eleies chegaram a ser satisfatrias.
Smente nestes ltimos anos, o Brasil volveria a ter eleies to
corretas e limpas.
Por ltimo: os polticos do Imprio eram geralmente ho-
nestos, muitas vzes de grande valor e de grande altivez e per-
sonalidade e raramente governavam tendo em vista intersses
regionais ou subalternos.
Vida Econmica
do
DO PONTO E VISTA
E ~ N ~ C
rado como um exemplo de como um
~ o d erogredir, se h critdrio e boa
O Brasil, com uma rea imens
de comunicaes, foi, aos poucos, o
de outros produtos como acar, alg
Iana comercial razobvelmente sl
abusos nem aventureirismos, os polti
gar
e cuidadosamente, lanando as b
Dois problemas sbrios havia no
distncias.
A
economia brasileira fundava-s
de seus inconvenientes de ordem m
cialmente injusto da escravido esta e
produtiva, Mas, como fazer A solu
solvendo os problemas de quase todo
da imigrao europia. Resolvia, tam
pases da Europa, em situao sum
tativas de transferncia de alemes
para o Brasil foram levadas avante e
como no sul (Parad, Santa Catarin
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A
Vida
Social
Bmsa
nu
geralmente, um pais de fazendas ricas,
pr6speras, tranqilas. Ou engenhos de cana no norte, ou fa-
zendas de caf no centro, alm de outras modalidades de agri-
cultura. O trabalho era entregue aos escravos, geralmente bem
tratados, no smente pela ndole mesma da escravido brasi-
leira,
como
e principalmente, por seu alto valor depois da extin-
io do
trfico.
0 s castigos smente eram aplicados em caso de
faltas muito graves e no raro os senhores alforriavam os es-
cravos em certas ocasies solenes.
Ou em seus testamentos. No
raro, os testamentos deixavam, alm da liberdade, fazendas e
terras aos escravos.
Mas
seja
omo
for, havia a escravido e esta era terrvel
pr
si
mesma.
O
Rio, a Z8rtem, omo se dizia, tornava-se, rapidamente,
numa cidade de bom g8sto e distino, rica e prspera, habitada
p r
uma sociedade alegre e cultivada.
a , m si
mesma, funcionava, no princpio em dois
cios O P a p da Cidade, velho casaro do tempo do Conde
de bhdisla ande
funciona hoje
a
Repartio Central dos Tel-
gra f -
Raa
XV
e
o Pao de S Cristvo, na Quinta da Boa
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Poltica Exterior
~ ~ ~ onf re nt ~ ll rios problemas em matria de poltica
exterior: no fim de muitas lutas conseguiu firmar-se no cenrio
internacional e era um pas respeitado e acatado por todos. A
dedica~o e D Pedro I e o seu extraordinrio zlo na defesa
da honra e da integridade do Brasil, os nossos excelentes diplo-
matas
como, por exemplo, os Viscondes de Uruguai e Rio Branco,
o
Marqus de Paran e outros, os nossos grandes generais e almi-
rantes, como Caxias, Osrio, Tamandar, Barroso, o Conde
Eu,
o valor de nossos soldados e m arinheiros, tudo contribuiu par a a
glbria
do
BrasiI.
Geralmente as complicaes diplomticas do Brasil foram
origin d s
de problemas criados pelos governos das repblicas
do Rio da Prata (Argentina, Unigu ai, Parag uai). Entre gues a uma
situao e crise cronica, com ditaduras crhicas e revolues
mcessivas tes governos muitas vzes criavam situaes que in-
teress v m 3 vida brasileira.
As
diferenas, por exemplo, entre
O
Umpd
e
o
Rio
Grande do SuI eram mnimas o resultad o
9Ue brsJi m se m ~ r a v a m as revolues uruguaias e uru-
gu fos
conthuavarn combatendo dentro de territrio brasileiro,
m@do daf s
maiores
confuses.
questm
sbrias. Uma da s mais graves foi a d e
Ram ditador
que oprimia o povo argentino contra
o
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terra m deveras, a senhora do mundo. A16m disto, institliies
sdmirhveis, que faziam invcja
todos
OS
POVOS politi-
ms hbeis e patriotas, e uma soberana que c ri o smbolo
da
pri-
mazia inglesa a Rninhn Vitria. Com isto, naturnlmento todo
ingl& estivesse se sentia muito forte.
E
assim meio con-
r
nicos meteram-se em con-
iantes demais, alguns marinheiros britt
aitos no Rio, tendo sido presos e tratados de inancira meio rfspi-
da pela polcia. A situaiio
SE
agravou,
~OL I V
o~~ t rasomplica-
c es
e a Inglaterra e o Brasil romperam relii~es. Isto foi exa-
tamente um sculo antes da rcdaiio destas pginas fins de
1862
e princpios de
1863.
Era a chamada
Questo hristie
pois o responsvel foi o embaixador brithico no Rio, Christie,
que transformou em caso diplomtitico incidentes que poderiam
ter sido resolvidos de melhor forma.
O
Rei da B6Igica foi convidado para medianeiro e a Ingla-
terra pediu desculpas o embaixador ingls procurou D. Pedro
11
em Uruguaiana, por ocasio da Guerra do Paraguai e ali apre-
sentou as excusas da Rainha Vitria. No campo de batalha,
como convinha ao caso, para mostrar que tnhamos
um
Defen-
sor
Perpdtuo .
s
Crises
APES RDOS
QU RENT NOS
sem rev
Pedra 11
perodo que constitui, at6 hoj
e ~acfica e nossa histria, registrando
geiras e alguns conflitos sem importhci
ltica do Impdrio desajustes e falhas que
nal de contas, fatais.
Vamos apontar algumas destas fal
as quais, isoladamente no fassem peri
tddas reunidas, destruiram o belo edifc
quer modo, no seria possvel aos hom
todos aqules problemas numa s6 gera
O
Brasil era uma nao cuja econo
lho escravo.
A
escravido fbra uma e
da colonizao americana, atingindo a
mente ao Brasil e aos Estados Unidos.
Sempre houve protestos contra ist
homens responshveis que uma abolio
cravo provocaria, fatalmente, uma cris
Unidos, como sabemos, isto produziu u
destruiu a Unio Americana e, atd ho
disto. O resultado que, se durante m
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perial era eritica
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N~
algubm lhe mostra, tambbm, uma maquina
que
fazia
revoluc~s , sto
6
voltas por miii~lto.
D.
Pedra
11 que
sabia dizer as suas piadinhas nos momentos
oportunos, saiu-se com estas:
a E deixa longe as nossas repblicas sul-americanas.
E
para prova de seu prestgio internaciond, lembraria que
o Instihito de Frana, a mais importante academia cientfica da
Frana, f-lo membro efetivo e a Rainha Vitria (depois da
Questo Christie) deu-lhe a Ordem da Jarreteira, mais impor-
tante distino honorfica da Inglaterra. Possivelmente, D. Pedro
I o nico americano (com exceo de algum sdito ingls nas-
cido na Amrica) a receber a Jarreteira.
Com suas viagens, al6m de um natural descanso em sua vida
trabalhosa, de tempo integral em benefcio do Brasil,
D.
Pedro
I1 procurava conhecer melhor o Brasil, aprender coisas dos pai-
ses mais adiantados, e ao mesmo tempo, tornar o Brasil mais
conhecido.
ram
viagens teis em todos os sentidos.
A
Famlia
Imperial
BRASIL, endo monarquia, teria um
possvel tornar-se monarquia pelo fato
Pela Constituio a Dinastia brasil
na sequ&ncia heieditaria, segundo o c
Quer dizer o filho mais velho sucederi
ferncia em pessoas do sexo masculino
Era uma dinastia ilustre, de antiga
qualidades.
D.
Pedro
I,
por parte de seu pai
gana, e descendia dos Reis de Portugal
seus avs, portanto, foram os reis q
mento dos descobrimentos martimos.
Manuel, o Venturoso, e de
D.
Joo 111,
Brasil
um
sobrinho remoto do Infan
dor. Por parte de me,
D.
Carlota Jo
Espanha era um Bourbon, descendia
Frana, de So Lus. Sua espbsa,
D.
Le
duqueza de Austria, descendente dos Im
Seu nico filho varo a atingir a m
o
s e p d o Imperador. Casou-se
om D
rvel
Imperatriz,
descendente dos Reis
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~nl l rbon,
oill
;lnt
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livros irnport;intcs, qu s visitar siia tcrra nata l e foi i m ped ido
gOV&mo.Afinal, por (1casi5o do
Centenrio
da 1nclcl)endii-
cin, o gov&riio
presidido
pelo iliistre Sr. Epitficio Pessoa, revo-
gou
o injilsto bonimento, permitindo que OS desccnclcntes de D
Pedra
viessenl ver os
festejos
comemorativos do Grito do I@
r a n v , poucos dos qiie saram n 15
e
noveinbro puderam vol-
ver muitos
haviam falecido. D sabcl nio estava mais cm
condies de viajar.
SG
vieram o Conde
Eu
e
seu priinog-
nito, D Pedro de Alcntara. Na segunda viagem, o Con de d'Eu
faleceria a bordo. Mas, os bisnctos d e D Pedro
11,
nascidos no
exlio, puderam assistir ao Centenfirio.
Hoje, prAticamcnte tddos os descendentes clc D Pedro
11
moram no Brasil, com exceio de algumas princesas casadas fora.
Residindo em Petrpolis, no Rio, no Paran, esto perfeitamente
integrados na vida brasileira e mantem as tradies de seus
maiores.
Abolio
s c n ~ v i ~ i i ora o grande probl
quel e sb itl o. No caso brasileiro a
cad a; os espritos mais cultos escl
escravido era injusta e no fun do pre
tavam, afinal d e contas, como base d
Sem pre s e com bateu a permanen
ora menos.
prim eiro golpe foi a extino
Eusbio d e Queiroz (d o nome do m
fic ava proi bid o o comrcio de escravo
no mais s e introduziriam escravos no
embora pequeno; dai por diante o n
em declnio relativam ente popula
que m os d o fa to d e que , em todos o
escravos por amizade ou em ciscunst
Mas, prosseguia
a
escravido c
tia-se que os brasileiros no estiniavam
nhecessem necessria. O mperador,
I
mas a abolio smente ~ o d e r i a e
um
gov rno abolicionistn. Afinal, is
ei do Ventre-Livre, obra do gabinete
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LIVROS
PARA A
JU
1 - As
Cru
- Srgio
D
T.
Macedo
2 Noventa e Tr s- Vitor Hugo.
Traduo e adaptao de L
cia Lima Bellard
8
- Rob Roy - Walter Scott. Tra
duo
e
adaptao de Srgio
D. T. Macedo
4 - Zvanhok - Walter Scott. Tra
duo
e
adaptao de
F.
da
Silva Ramos
5
Oltimos Dlas
de P o m p b -
Bulwer Lytton. Adaptao de
Srgio D. T Macedo
6
As
Mais
Belas Hkrtdrias do
Mitologia - SBrgio
D .
T. Ma-
cedo
7 HZstdlJos
Marauilhosas
-
A l e
xandre
Dumas. Traduo e
adaptao de Srgio
D.
T.
Macedo
8
-
Guerra dos
Cem h 0 8
SBr-
gio D T. Macedo
g -
O
~ g i c o Oz F m k
Baum. TraduSo e adaptao
de Celso
Luiz
Amorim
1
-
lha do
Tesouro R. L
Sta
venson. Adaptao de
F.
da
Silva Ramos
11 Caadores de Te80uros r-
gio D. T. Macedo
12 As Mais B s h HLstdrkts do
Bblb -
Dom Oscar de Oli-
veira, Arcebispo de Mariana
17
-
8
-
19 -
20 -
21
22 -
25 -
24
-
2S
-
26 -
27
~ ~
9
14
-
Tartarin Taraaoon Adap
tao brasileira
81
15
-
Aiadim
e 0
L,r tapada
M m
-
Adaptaiio de S6gl. d a
Santos de Ohvefra
18- Branca
de N.o. 8 m
S 54
Adm
Csimm Adapta*
de Abiah Lapas
-
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5 -
ouem
Fazenddro L a m
Ingab Wilder. Traduo de
Constantino Pnle6logo
55
Lutas
Contra o Zn~f2sor
s gio
D.
T. Macedo
38
~ r t e s o Brasil S W o
D T. Macedo
37
A
~ u s d a
o
ZmpSrlo - Srgio
D
T. Macedo
58
-
Hi&drJa
Minas -
Joso Ca-
miio de
O
TBrres
39 - Elm Fizeram a HWdrfB
B r d , 3 .O volume - Roberto
Macedo
40 -
HMdrf IUs%
e Ficaram
na
His-
t6ru -
rgio D. T. Macedo.
41 -
A
Cutequese - Cbnego Pedro
Tema
8
-
A
Epopia das Bandeiras
Srgio D. T. Macedo.
43 -
Htstria
Zrnphb - Joo
Camilo de
O.
TBrres
44 Os Descobrirnentoo Srgio
D. T. Macedo.
45
-
Os Primeiros Habitantes lo
B r d
(Indios e Colonos)
-
Srgio D T. Macedo
46 s Lutos pelo Liberdade
Skrgio D. T. Macedo
47
l es
Fiz
a H
Brasil 4. Volume - Roberto
Macedo
1 C o r p ~ i ~mmi o . 9 FUWUOJ
Inoentofeu
6 ~
2 - E d i c e s CienPIftcab Znventos.
48 - Histdria da Vi d e
Rui
Bar-
bosa - Amrico
Palha
49 - Eles Fizeram a HMdtfa
do
~ r a s i l , O Volume - Roberto
Macedo
50 -
A Conquista do Rio Amazo
nas - Slvio de Bastos Meira
.
-
O
Atomo. 1
As
GrarilEss
Descobertas
do
4 M a m h a u
da Qilhnfca
MedidnB.
11-
A
Orqussha Sinf Zca.
5 Au Estr&las.
2 Rdb e Telsuisbo.
6 - A E l e M d d a d s .
18 Os Pkantaa.
51
A
Esi?r&k Azul MtWil10
Arajo
52
- A
Literatura no Brasil - Ma-
na Luiza Cavalcanti
1
53 De Tmdesilhas d O.P.A. -
rgio D. T. Macedo e P. A
do Nascimento Silva
5 -
HktitdrZa Colonial do Nordeste
Flvio Guerra
55 - A Margem
da
Lagoa Prateada
-
Laura Ingalls Wilder. Tra-
duo de Carlos Evaristo M
Costa.
6 -
A
Beira do Riacho - Laura
Ingaiis Wilder. Traduo de
Luiz Femandes
57 - O Longo Inuerno - Laura
Ingails Wilder. Traduo de
Manuel Inoc ncio L. dos
Santos
S N - A Preparao d e Um Astro-
nauta Ten. Cel. Philip N
Pierce e Karl Schuon Trad.
e Adap. de Micio Arajo
J. Honkis
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