história e usos do amendoim
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História e usos do amendoimTRANSCRIPT
UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI
DESIGN GRÁFICO – 6º SEMESTRE
DESIGN DE EMBALAGENS
PROFESSOR: LAERTE LUCAS VENTURA
EDSON RODRIGUES PASSOS - RA 20219930
FLAVIO CARDOSO KIOKAWA - RA 20219189
PEDRO HENRIQUE FERREIRA - RA 20233361
LUAN LY NGUYEN - RA 20258562
LUCAS RODRIGUES - RA 20182895
SUILEN OBIN – RA: 20591327
EMBALAGENS NATURAIS
PESQUISA TEÓRICA
São Paulo
2014
História
O amendoim domesticado é uma Anfidiplóide ou Alotetraplóide, o que
significa que tem dois conjuntos de cromossomos de duas espécies
diferentes, que se pensa serem A. Duranensis e A. Ipaensis. Estes
provavelmente combinado na natureza para formar espécies Tetraploid, a A.
Monticola, que deu origem ao amendoim domesticado. Esta domesticação
pode ter ocorrido no Paraguai ou na Bolívia, onde as cepas selvagens
crescem hoje. Muitas civilizações pré-colombianas, como o Moche,
representam o amendoim em sua arte.
Embora o amendoim fosse principalmente uma cultura de jardim durante
grande parte do período colonial da América do Norte, também era usado
como estoque de alimentos para animais até os anos 1930. Nos Estados Unidos, a US
Department of Agriculture programa para incentivar a produção agrícola e o consumo humano de
amendoim foi instituído no final dos anos 1900 e início do século 20.
O amendoim tem uma grande importância econômica, principalmente na indústria alimentar.
Algumas variedades produzem grãos com uma grande quantidade de lípidos (de 45% a 50% de
lipídios) e têm sido utilizadas para a fabricação de óleo de cozinha. Em várias regiões da África, o
amendoim é moído para cozinhar vários pratos da culinária local, que ficam assim mais ricos em
lípidos e proteínas.
O amendoim é rico em aminoácidos, que ativa suas funções sexuais principalmente em
pessoas idosas do sexo masculino, porém tem efeito colateral de flatulência.
Usos e Variações
O consumo mais popular do amendoim se dá das seguintes
formas: como manteiga de amendoim, inteiros, torrados,
cozidos, salgados, .Também é largamente utilizado como
recheio ou componente de chocolates e bombons, como
Snickers, Reese’s, entre outros. No Brasil, vários produtos
alimentícios têm como base o amendoim: paçoca de
amendoim, pé-de-moleque, doce de amendoim, entre outros.
Também é consumido no em bolos e como opção de sabor de sorvete.
O óleo de amendoim é frequentemente utilizado na culinária, porque tem um sabor suave e
queima a uma temperatura relativamente elevada. O amendoim também é usado para a
alimentação de aves de jardim. Os amendoins têm uma variedade de usos finais industriais.
Tintas, vernizes, óleos lubrificantes, solventes, roupas de couro, mobiliário polonês, inseticidas e
nitroglicerina são feitos de óleo de amendoim.
As cascas de amendoim são aproveitados na fabricação de plástico, gesso, abrasivos, e
combustível. Eles também são usados para fazer celulose (rayon e utilizado em papel) e
mucilagem (cola). A parte aérea da planta de amendoim é utilizada para fazer feno. O bolo de
proteína (farelo de bagaços), resíduo do processamento do óleo, é usado na alimentação animal e
como fertilizante do solo. Também pode ser usado, como outros legumes e grãos, para fazer um
leite sem lactose, como bebida, o leite de amendoim.
Para o mundo
Sua difusão para o mundo se deu no século 16, quando
os espanhóis chegaram à América. Liderados por
Cristovão Colombo, os colonizadores se encarregaram
de levar a novidade para Europa, Ásia e África.
Por volta de 1560, a semente foi introduzida na África
Ocidental, e no início do século 17, a planta do
amendoim já era comum em toda região tropical oeste
do continente africano.
A expansão aconteceu também com a ajuda dos
escravos, que, quando conduzidos à América do Norte,
levaram com eles o amendoim. A leguminosa foi até emblema da Geórgia, nos Estados Unidos.
No fim da primeira década do século 19, ele já era plantado na
Carolina do Sul e usado como alimento e substituto do cacau,
devido a seu óleo. As primeiras colheitas comerciais apareceram
em 1818, na cidade de Wilmington, na Carolina do Norte.
A cultura do amendoim já estava presente em todos os estados
sulistas e, em 1860, com a Guerra de Secessão, foi dado o
primeiro aumento notável do consumo norte-americano.
Na metade do século 19, os amendoins torrados e grelhados
passaram a ser vendidos na rua, em jogos de beisebol e circos. Os
vendedores ambulantes que gritavam “hot roasted peanuts” foram
ouvidos pela primeira vez nas apresentações do Circo Barnum e,
assim, o desejo pelo produto se propagou por todos os Estados
Unidos junto às viagens da caravana.
A produção cresceu e os amendoins continuavam a ser colhidos e processados manualmente;
porém, a falta de qualidade, uniformidade e os custos elevados mantinham a demanda em níveis
baixos.
George Washington Carver (1860-1943), botânico, cientista e agrônomo norte-americano,
implementou o sistema de rotação de culturas entre as plantações de algodão e amendoim, no sul
dos Estados Unidos.
Apareceram, então, os primeiros equipamentos que permitiram maior mecanização das
colheitas, com a consequente redução de custo. Carver ainda mostrou que mais de 300 alimentos
podiam ser derivados do amendoim.
Durante a depressão econômica nos Estados Unidos (1930), as autoridades americanas
estimularam o desenvolvimento de produtos que propiciassem suplemento alimentar altamente
proteico à população, principalmente às crianças. Um desses produtos foi uma manteiga feita de
amendoim (peanut butter).
O sucesso foi tão estrondoso que a manteiga de amendoim acabou se tornando hábito
nacional, inclusive em substituição à manteiga tradicional, no café da manhã.
Em 1938, a indústria do amendoim nos Estados Unidos já era um negócio de mais de US$ 200
milhões. Atualmente, o país é o terceiro no ranking de produtores da semente, e em 2009, gerou
mais de 2 milhões de toneladas.
Amendoim no Brasil
O Brasil já produziu grandes volumes de amendoim. Na década de 1970, o país atingiu a
marca significativa de 1 milhão de toneladas. Desde então, os números caíram, principalmente
porque produtores o trocaram pela soja. Seu cultivo, porém, voltou a ser expressivo a partir de
1995.
Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Brasil produziu, na safra de
2010/2011, 242,3 mil toneladas de amendoim. O cultivo da semente é feito em todo país, mas São
Paulo é responsável por 80% da produção nacional.
Em 2010, o Brasil exportou 54 mil toneladas da semente, o equivalente a 22% da produção. O
restante é utilizado no mercado interno e sua destinação concentra-se na área de confeitos,
salgadinhos e doces. A paçoca e o pé-de-moleque, ambos preparados à base de amendoim, são
verdadeiros ícones da cultura popular, com grande aceitação de norte a sul do país.
A paçoca, palavra de origem tupi que significa esmigalhar, surgiu no período colonial do Brasil,
mas os povos indígenas já faziam misturas com a farinha de mandioca antes da chegada dos
portugueses. Os ingredientes são amendoim, farinha de mandioca, açúcar e sal.
Muito popular no estado de São Paulo, principalmente na região do Vale do Paraíba, a paçoca
costuma ser consumida o ano todo, mas a procura é maior durante as festas juninas. Essas
celebrações, aliás, fazem parte da cultura brasileira. Além das danças e brincadeiras, são
tradicionais pela comida.
O pé-de-moleque também surgiu no século 16, com a chegada da cana-de-açúcar. Muito
popular em Minas Gerais, o doce começou a ser produzido artesanalmente em 1930. Os
ingredientes são açúcar ou rapadura e fragmentos de amendoim.
Quanto ao nome, existem duas explicações. A primeira é devido à sua aparência, semelhante
aos pés dos garotos que andam descalços pelas ruas de terra. A outra é que os meninos eram
incentivados a pedir um pouco do doce para as cozinheiras durante a produção: “Pede, moleque”.
Os mais famosos pés-de-moleque são produzidos artesanalmente. A cidade mineira de
Piranguinho, que ficou conhecida como a capital do doce, chegou a produzir, em 2007, o maior
pé-de-moleque do mundo, com 14 metros de comprimento e 1 de largura. Em 2001, o doce
chegou a 16 metros. Mesmo assim, nas grandes cidades, predomina o consumo de paçoca e de
pé-de-moleque industriais.
O potencial alimentar do amendoim permite outros empregos na culinária, especialmente
devido à sua característica agradável de sabor, sendo utilizado com destaque na cozinha chinesa.
A China, por sinal, é o maior produtor e consumidor da semente do mundo. O país chega a
produzir 15 milhões de toneladas e consume 95% da produção. Por isso, o amendoim é usado
em receitas de algumas regiões chinesas, como frango xadrez, por exemplo.
Comercialização
Comercio informal
Existem inúmeras formas de comercializar o amendoim, o comercio informal é forma mais
antiga de comercializar o produto, podendo ser “in natura”, com o amendoim ainda com a casca,
o comerciante usa sacos de papel ou plastico para embalar o produto, esta prática é comum em
praias brasileiras e estádios de futebol, o comerciante . Uma variante
desta prática é encontrada nos fárois de transito, o amendoim sem
casca e torrado é embalado em cones de papel e carregados em uma
lata aquecida com brasa. Nos bares mais simples, popularmente
intitulados de “botecos”, o amendoim é vendido como petisco em
diversas variedades, sem casca, com casca, salgado, sem sal, mas
cada variante em embalagens de plastico, postas nos cantos dos
balcões e próximo ao caixa.
Industrialização
Empresas de alimentos industrializaram o produto e trouxeram
identidade para as embalagens, como por exemplo os amendoins da
Yoki, embalados prontos para consumo, em opções com casca,
descascado, salgado ou sem sal, estas embalagens são comumente
encontradas nas cores comuns da Yoki, o amarelo e vermelho, e em
uma embalagem flexível com um papel alumínio metalizado na parte
interna para maior conservação do produto, o centro transparente
mantendo exposto o produto, ou com uma ilustração do produto.
Outras variações do produto podem ser encontradas nos mercados, como o amendoim japonês,
por exemplo, característico pela camada de farinha de trigo, ou o amendoim coberto por polvilho,
conhecidos como “Ovinhos de Amendoim”, estes são mais reconhecidos pela embalagem da
marca Elma Chips, dorada e vermelha, esta possui apenas uma ilustração dos “ovinhos”.
Por fim, descobrimos que essa embalagem natural do amendoim pode ser aproveitado de
algumas maneiras:
1. lenha para churrasqueira carvão - feita a partir das
sobras da casca do amendoim, utilizada na produção
porque demora mais para queimar.
2. higiene de animais de estimação: um composto
contendo a casca do amendoim misturado na areia
higiênica de cães e gatos, para diminuir o mau cheiro
dos resíduos.
3. na industria: linóleo (mistura de madeira orgânicos)
4. madeiras plásticas, placas de reboco.
5. possível utilização na produção hidrogênio para celulas de combustível
Bibliografia
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