história política renovada pelo social - hobsbawm, thompson e rémond introdução aos estudos...
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História política renovada pelo social - Hobsbawm, Thompson e Rémond
Introdução aos Estudos Históricos
Aula 7
Unifesp, 02 de out. de 2012
Programa A morte anunciada de Eric John Hobsbawm E. P. Thompson em seu tempo e espaço O ofício do historiador/a, segundo Thompson René Rémond em seu tempo e espaço O ofício do historiador/a, segundo Rémond Desconstruindo Thompson e Rémond Considerações Finais Referências Semana que vem – Ginzburg e microhistória –
um artigo maior e um pouco difícil de ler
A morte de Hobsbawm ontem Nasceu em 1917 em Egito, de família judaica,
antes da Rev. Russa; Aos 14 anos em 1931 já estava sem os pais, que
já eram mortos; Em Berlim, se afiliou na Juventude Socialista,
antes de fugir Hitler em 1933; Em Londres, fez história em Cambridge e aderiu
ao Partido Comunista (PC); Serviço militar na II Guerra; Fez parte do Grupo de Historiadores do PC pós-
guerra, com C. Hill e EPT; Publicou A era das Revoluções em 1962; Condecorado em 1998 como membro da Ordem
dos Companheiros de Honra do Reino Unido; Muitas viagens ao Brasil – astro da Flip; Lançou em 2011 seu último livro, escrito no
hospital, Como mudar o mundo: Marx e o marxismo, 1840-2011;
Morreu 1 de outubro de 2012, aos 95 anos – vamos ler a reportagem para mostrar o uso dos conceitos e figuras históricas que estão estudando... 1917-2012
Thompson em seu tempo e espaço
Nasceu e morreu na Inglaterra, de 1924; Origem humilde, o pai era pastor metodista e
educação e empatia foram importantes em sua criação;
Irmão maior morreu na 2ª Guerra e ele lutou na Itália;
Como aluno na Cambridge, integrou no PC e formou com Hobsbawm um grupo de historiadores a procura das raízes radicais da esquerda política na experiência inglesa;
Saiu do PC em protesto e foi um fundador da New Left e neomarxismo;
Em 1963, publicou The Making of the English Working Class;
Fez “classe social um fenômeno histórico,”(p.9) valorizou experiência tal como pesquisa (empiricismo) mais que teoria (publicou em 1978, A miséria da teoria) e a face humana e particular do passado (p. 15-20);
Militante contra a presença de bombas atômicas na Europa, antes de morrer relativamente jovem aos 69 anos em 1993.
Londres, 1940
O ofício do historiador/a, segundo Thompson
Contra várias ortodoxias (12), inclusive dos “marxistas” da classe como uma coisa produzida pelas forças econômicas (10);
Pró História Social – foco no fazer-se/formar-se (“making of”) história pelos próprios participantes – nas permanências e transformações nas relações sociais (9); história de baixa para cima (13);
Defesa da interpretação histórica dos conceitos de: “classe acontece,” “identidade de seus interesseses,” “resultado de experiência,” “consciência de classe surge,” ”é uma relação,” (10-11);
Uso de fontes culturais para documentar consciência (10); Novas questões: individuo em “papel social”? “organização social especifica? (11) O presente é uma fonte importante, mas não deve julgar o passado pelo presente
exclusivamente; (13) Pode observar no passado males que ainda podem ser enfrentados e curados (13); Limites temporais e espaciais na possibilidade de generalizar (14)
Rémond em seu espaço e tempo
Nasceu em 1918 em Jura, leste da França; Estudou História na elitista Escola Normal Superior,
Em 1943, foi líder da Juventude Estudantil Católica; Em 1945, ajudou estabelecer a Fundação Nacional
de Ciências Políticas da França, onde serviu como presidente a partir de 1981;
Antes de fazer o doutorado na Sorbonne, já era professor no Instituto de Ciências Políticas em Paris;
Dos Movimentos de 1968, renovação de interesse no conceito de poder (26)
Em 1998, eleito para a Academia francesa na vaga de François Furet, especialista no estudo da revolução francesa;
Temas abordados são – a formação da direita política francesa, religião e o movimento política contra a igreja e o século XIX;
Morreu em 2007, aos 88 anos.
1968: Tudo é politico!
Rémond, ofício do historiador/a
Historiografia determinada para recuperar a História Política francesa frente sua negação como superficial e de curta duração pela Escola dos Annales dirigido por Braudel;
Para mostrar que política tem permanências de longa duração, por ex., identificou três correntes continuas da direita de na política francesa: Legitismo, Orléanismo e Bonapartismo – ideologias e divisões (35);
Concordou com Braudel em produzir historiografia que utiliza as ciências sociais para dialogar com problemas atuais;
Como metodologia, por ex., viu quantificação como importante para sondar “as massas” e ir além dos políticos privilegiados
Elementos diferentes que defendeu – a importância de biografia, narrativa e eventos;
“Satisfazer os desejos dos historiadores [..] em matéria de história total”(32)
Desconstruindo Thompson e Rémond
Formar seus grupos – e analisar as questões
Objeto - ? Estrutura - ? Forma - ? Teoria - ? Método - ? Metodologia - ?
1924-1993
1918-2007
Europa 1820-1848>
Considerações finais
Como berço da revolução industrial, Inglaterra foi também berço da História Liberal e Marxista, a critica mais aguda de capitalismo;
Como berço da Revolução francesa, França foi berço não só da sociologia, mas também de História Política renovada;
Depois da Segunda Guerra Mundial, Hobsbawm e Thompson foram identificados com a elaboração da História Marxista;
Hobsbawm seguiu um linha de história sintética global, enquanto Thompson foi associado mais com a História Social (“Bottom-up history”);
O estudo de 1998 de Remond veio a influencia a historiografia brasileira através do grupo CPDOC/FGV com a tradução de sua coletânea em 1996
TAREFA PARA SEMANA QUE VEM – Ler para debater e descontruir Ginzburg – também revisar para a prova.