história_1ª série_dependência_2406 (1)

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1ª série – Dependência ED 02 – CICLO 2 1 HISTÓRIA 01. O poder dos reis tinha, na época do absolutismo, respaldo em ideias de filósofos, como Hobbes, e fortalecia a centralização de suas ações colonizadoras no tempo das navegações. Os reis do absolutismo: a) encontraram apoio dos papas da Igreja Católica que concordavam, sem problemas, com o autoritarismo dos reis e a existência das riquezas vindas das colônias. b) eram desfavoráveis ao crescimento político da burguesia, pois se aliavam com a nobreza latifundiária e defensora da continuidade de princípios do feudalismo. c) dominaram na Europa moderna, contribuindo para diminuir o poder do papa e reorganizar a economia conforme princípios do mercantilismo. d) fortaleceram as alianças políticas entre grupos da aristocracia europeia que queriam a descentralização administrativa dos governos. e) fizeram pactos com grupos da burguesia, embora fossem aliados da Igreja Católica e concordassem com a teoria do ‘justo-preço’. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Os africanos não escravizavam africanos, nem se reconheciam então como africanos. Eles se viam como membros de uma aldeia, de um conjunto de aldeias, de um reino e de um grupo que falava a mesma língua, tinha os mesmos costumes e adorava os mesmos deuses. (...) Quando um chefe (...) entregava a um navio europeu um grupo de cativos, não estava vendendo africanos nem negros, mas (...) uma gente que, por ser considerada por ele inimiga e bárbara, podia ser escravizada. (...) O comércio transatlântico (...) fazia parte de um processo de integração econômica do Atlântico, que envolvia a produção e a comercialização, em grande escala, de açúcar, algodão, tabaco, café e outros bens tropicais, um processo no qual a Europa entrava com o capital, as Américas com a terra e a África com o trabalho, isto é, com a mão de obra cativa. (Alberto da Costa e Silva. A África explicada aos meus filhos, 2008. Adaptado.) 02. Ao caracterizar a “integração econômica do Atlântico”, o texto a) destaca os diferentes papéis representados por africanos, europeus e americanos na constituição de um novo espaço de produção e circulação de mercadorias. b) reconhece que europeus, africanos e americanos se beneficiaram igualmente das relações comerciais estabelecidas através do Oceano Atlântico. c) afirma que a globalização econômica se iniciou com a colonização da América e não contou, na sua origem, com o predomínio claro de qualquer das partes envolvidas. d) sustenta que a escravidão africana nas colônias europeias da América não exerceu papel fundamental na integração do continente americano com a economia que se desenvolveu no Oceano Atlântico. e) ressalta o fato de a América ter se tornado a principal fornecedora de matérias-primas para a Europa e de que alguns desses produtos eram usados na troca por escravos africanos. 03. Observe o gráfico das tendências econômicas de alguns países europeus (1500-1700): Sobre as causas dessas tendências, é correto afirmar que: a) a prata americana deu à Espanha do século XVI um poder de compra que acabou provocando o desenvolvimento manufatureiro holandês e inglês no século seguinte. b) as guerras religiosas incentivaram a produção de armas e permitiram o crescimento econômico dos principados luteranos da Europa central, em meados do século XVI. c) o afluxo dos tesouros americanos permitiu à Espanha ter um período de enriquecimento e expansão no século XVII. d) a estreita relação entre comércio externo e setor manufatureiro e a manutenção da união com a Espanha foram as bases do “milagre” holandês do século XVII. e) o controle dos mares, as grandes reservas de carvão e o uso de energia a vapor para mecanizar a produção manufatureira explicam a expansão constante da economia inglesa entre 1550 e 1700. 04. Uma das práticas mercantilistas europeias implicava na proibição de se exportar certas matérias- primas que poderiam favorecer o crescimento industrial em outros países, a fim de evitar possíveis concorrências. Tal prática ficou conhecida por a) balança comercial favorável. b) intervencionismo estatal. c) metalismo. d) colbertismo. e) protecionismo. 05. O príncipe, portanto, não deve se incomodar com a reputação de cruel, se seu propósito é manter o povo unido e leal. De fato, com uns poucos exemplos duros poderá ser mais clemente do que outros que, por muita piedade, permitem os distúrbios que levem ao assassínio e ao roubo. MAQUIAVEL, N. O Príncipe, São Paulo: Martin Claret, 2009.

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1ª série – Dependência

ED 02 – CICLO 2

1

HISTÓRIA

01. O poder dos reis tinha, na época do absolutismo, respaldo em ideias de filósofos, como Hobbes, e fortalecia a centralização de suas ações colonizadoras no tempo das navegações. Os reis do absolutismo: a) encontraram apoio dos papas da Igreja Católica que

concordavam, sem problemas, com o autoritarismo dos reis e a existência das riquezas vindas das colônias.

b) eram desfavoráveis ao crescimento político da burguesia, pois se aliavam com a nobreza latifundiária e defensora da continuidade de princípios do feudalismo.

c) dominaram na Europa moderna, contribuindo para diminuir o poder do papa e reorganizar a economia conforme princípios do mercantilismo.

d) fortaleceram as alianças políticas entre grupos da aristocracia europeia que queriam a descentralização administrativa dos governos.

e) fizeram pactos com grupos da burguesia, embora fossem aliados da Igreja Católica e concordassem com a teoria do ‘justo-preço’.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Os africanos não escravizavam africanos, nem se reconheciam então como africanos. Eles se viam como membros de uma aldeia, de um conjunto de aldeias, de um reino e de um grupo que falava a mesma língua, tinha os mesmos costumes e adorava os mesmos deuses. (...) Quando um chefe (...) entregava a um navio europeu um grupo de cativos, não estava vendendo africanos nem negros, mas (...) uma gente que, por ser considerada por ele inimiga e bárbara, podia ser escravizada. (...) O comércio transatlântico (...) fazia parte de um processo de integração econômica do Atlântico, que envolvia a produção e a comercialização, em grande escala, de açúcar, algodão, tabaco, café e outros bens tropicais, um processo no qual a Europa entrava com o capital, as Américas com a terra e a África com o trabalho, isto é, com a mão de obra cativa.

(Alberto da Costa e Silva. A África explicada aos meus filhos, 2008. Adaptado.)

02. Ao caracterizar a “integração econômica do Atlântico”, o texto a) destaca os diferentes papéis representados por africanos,

europeus e americanos na constituição de um novo espaço de produção e circulação de mercadorias.

b) reconhece que europeus, africanos e americanos se beneficiaram igualmente das relações comerciais estabelecidas através do Oceano Atlântico.

c) afirma que a globalização econômica se iniciou com a colonização da América e não contou, na sua origem, com o predomínio claro de qualquer das partes envolvidas.

d) sustenta que a escravidão africana nas colônias europeias da América não exerceu papel fundamental na integração do continente americano com a economia que se desenvolveu no Oceano Atlântico.

e) ressalta o fato de a América ter se tornado a principal fornecedora de matérias-primas para a Europa e de que alguns desses produtos eram usados na troca por escravos africanos.

03. Observe o gráfico das tendências econômicas de alguns países europeus (1500-1700):

Sobre as causas dessas tendências, é correto afirmar que: a) a prata americana deu à Espanha do século XVI um poder de

compra que acabou provocando o desenvolvimento manufatureiro holandês e inglês no século seguinte.

b) as guerras religiosas incentivaram a produção de armas e permitiram o crescimento econômico dos principados luteranos da Europa central, em meados do século XVI.

c) o afluxo dos tesouros americanos permitiu à Espanha ter um período de enriquecimento e expansão no século XVII.

d) a estreita relação entre comércio externo e setor manufatureiro e a manutenção da união com a Espanha foram as bases do “milagre” holandês do século XVII.

e) o controle dos mares, as grandes reservas de carvão e o uso de energia a vapor para mecanizar a produção manufatureira explicam a expansão constante da economia inglesa entre 1550 e 1700.

04. Uma das práticas mercantilistas europeias implicava na proibição de se exportar certas matérias- primas que poderiam favorecer o crescimento industrial em outros países, a fim de evitar possíveis concorrências. Tal prática ficou conhecida por a) balança comercial favorável. b) intervencionismo estatal. c) metalismo. d) colbertismo. e) protecionismo. 05. O príncipe, portanto, não deve se incomodar com a reputação de cruel, se seu propósito é manter o povo unido e leal. De fato, com uns poucos exemplos duros poderá ser mais clemente do que outros que, por muita piedade, permitem os distúrbios que levem ao assassínio e ao roubo. MAQUIAVEL, N. O Príncipe, São Paulo: Martin Claret, 2009.

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1ª série – Dependência

ED 02 – CICLO 2

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No século XVI, Maquiavel escreveu O Príncipe, reflexão sobre a Monarquia e a função do governante. A manutenção da ordem social, segundo esse autor, baseava-se na a) inércia do julgamento de crimes polêmicos. b) bondade em relação ao comportamento dos mercenários. c) compaixão quanto à condenação de transgressões religiosas. d) neutralidade diante da condenação dos servos. e) conveniência entre o poder tirânico e a moral do príncipe. 06. A respeito do mercantilismo é correto afirmar: a) Foi um conjunto de práticas e ideias econômicas que visava

o enriquecimento dos Estados europeus por meio, principalmente, do metalismo, da exploração colonial, de práticas protecionistas e de uma balança comercial favorável.

b) Tratou-se de um conjunto de práticas e ideias religiosas desenvolvido nas regiões europeias de penetração protestante e associada, sobretudo, ao calvinismo e ao luteranismo.

c) Foi uma doutrina econômica desenvolvida na Inglaterra e que defendia o livre comércio, o fim das barreiras alfandegárias, o desenvolvimento industrial e a abolição das relações escravistas de produção.

d) Foi uma doutrina desenvolvida exclusivamente na Península Ibérica e sustentava que o desenvolvimento econômico era obtido graças ao comércio e à produção de gêneros agrícolas.

e) Tratou-se de um conjunto de ideias sociais que confrontava os privilégios da nobreza e do clero em defesa dos interesses dos setores mercantis e manufatureiros.

07. O que chamamos de corte principesca era, essencialmente, o palácio do príncipe. Os músicos eram tão indispensáveis nesses grandes palácios quanto os pasteleiros, os cozinheiros e os criados. Eles eram o que se chamava, um tanto pejorativamente, de criados de libré. A maior parte dos músicos ficava satisfeita quando tinha garantida a subsistência, como acontecia com as outras pessoas de "classe média" na corte; entre os que não se satisfaziam, estava o pai de Mozart. Mas ele também se curvou às circunstâncias a que não podia escapar.

Norbert Elias. Mozart: sociologia de um gênio. Ed. Jorge Zahar, 1995, p. 18 (com adaptações).

Considerando-se que a sociedade do Antigo Regime dividia-se tradicionalmente em estamentos: nobreza, clero e 30 Estado, é correto afirmar que o autor do texto, ao fazer referência a "classe média", descreve a sociedade utilizando a noção posterior de classe social a fim de a) aproximar da nobreza cortesã a condição de classe dos

músicos, que pertenciam ao 30 Estado. b) destacar a consciência de classe que possuíam os músicos,

ao contrário dos demais trabalhadores manuais. c) indicar que os músicos se encontravam na mesma situação

que os demais membros do 30 Estado. d) distinguir, dentro do 30 Estado, as condições em que viviam

os "criados de libré" e os camponeses.

e) comprovar a existência, no interior da corte, de uma luta de classes entre os trabalhadores manuais.

08. A política externa de Luís XIV, o Rei Sol, teve como principal característica: a) A ruína da economia francesa em decorrência das sucessivas

guerras que a França travou contra outros países para preservar sua supremacia na Europa, juntamente com os gastos vultosos para manutenção da corte.

b) A consolidação do absolutismo monárquico através da redução dos poderes da alta burguesia.

c) Concentração da autoridade política na pessoa do rei. d) Por ter reduzido seus ministros à condição de meros

funcionários, passar a fiscalizar, pessoalmente, todos os negócios do Estado.

e) A auto-suficiência do país com a regulamentação da produção, a criação de manufaturas do Estado e o incremento do comércio exterior.

09. Acerca do Absolutismo na Inglaterra, NÃO é possível afirmar que: a) Fortaleceu-se com a criação da Igreja Anglicana. b) Foi iniciado por Henrique VIII, da dinastia Tudor, e

consolidado no longo reinado de sua filha Elizabeth I. c) A política mercantilista intervencionista foi fundamental

para a sua solidificação. d) Foi consequência da Guerra das Duas Rosas, que eliminou

milhares de nobres e facilitou a consolidação da monarquia centralizada.

e) O rei reinava mas não governava, a exemplo do que ocorreu durante toda a modernidade.

10. O início da Época Moderna está ligado a um processo geral de transformações humanística, artística, cultural e política. A concentração do poder promoveu um tipo de Estado. Para alguns pensadores da época, que procuraram fundamentar o Absolutismo: a) a função do Estado é agir de acordo com a vontade da

maioria. b) a História se explica pelo valor da raça de um povo. c) a fidelidade ao poder absoluto reside na separação dos três

poderes. d) o rei reina por vontade de Deus, sendo assim considerado o

seu representante na Terra. e) a soberania máxima reside no próprio povo.