hoje macau 31 out 2013 #2965

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CPLP ACADÉMICOS DISCUTEM FUTURO DO PORTUGUÊS NA RAEM CENTRAIS • ADOPÇÕES GRÁTIS IACM garante que só cobra taxa de licenciamento PÁGINA 13 • CASO LA SCALA Testemunha reforça defesa de Steven Lo PÁGINA 5 PUB AGÊNCIA COMERCIAL PICO 28721006 PUB MOP$10 PUB Ter para ler LAG CHUI SAI ON SAIU ONTEM À RUA E OUVIU OS ANSEIOS DA POPULAÇÃO PÁGINA 4 • CONSELHO EXECUTIVO ACREDITAÇÃO PARA ARQUITECTOS E ENGENHEIROS NA CALHA PÁGINA 6 DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ • QUINTA-FEIRA 31 DE OUTUBRO DE 2013 • ANO XIII • Nº 2965 AL Lei do Erro Médico aprovada na generalidade. Governo vai “investigar” centros de estética Não há bela sem senão A Lei do Erro Médico foi, finalmente, debatida no plenário. Os deputados aprovaram o articulado na generali- dade mas lançaram algumas críticas ao documento, nomeadamente so- bre a inclusão da medicina estética. O director dos Serviços de Saúde, Lei Chin Ion, lembrou que os centros de beleza são da alçada do Instituto para os Assuntos Cívicos e Munici- pais mas prometeu “investigar” se nesses estabelecimentos ocorrem cirurgias. “Tendo em conta o de- senvolvimento da medicina vamos observar.” O dia de ontem ficou tam- bém marcado pela apresentação da execução do orçamento governativo do ano passado. PÁGINA 3

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Edição do jornal Hoje Macau N.º2965 de 31 de Outubro de 2013.

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CPLP ACADÉMICOS DISCUTEM FUTURO DO PORTUGUÊS NA RAEM CENTRAIS

• ADOPÇÕES GRÁTIS

IACM garante que só cobra taxa de licenciamento

PÁGINA 13

• CASO LA SCALA

Testemunha reforça defesade Steven Lo

PÁGINA 5

PUB

AGÊNCIA COMERCIAL PICO • 28721006

PUB

MOP$10

PUB

Ter para ler

LAG CHUI SAI ONSAIU ONTEM À RUAE OUVIU OS ANSEIOSDA POPULAÇÃO

PÁGINA 4

• CONSELHO EXECUTIVO

ACREDITAÇÃOPARA ARQUITECTOSE ENGENHEIROSNA CALHA

PÁGINA 6

DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ • QU INTA-FE IRA 31 DE OUTUBRO DE 2013 • ANO X I I I • Nº 2965

AL Lei do Erro Médico aprovada na generalidade.Governo vai “investigar” centros de estética

Não há belasem senãoA Lei do Erro Médico foi, finalmente, debatida no plenário. Os deputados aprovaram o articulado na generali-dade mas lançaram algumas críticas ao documento, nomeadamente so-bre a inclusão da medicina estética. O director dos Serviços de Saúde, Lei Chin Ion, lembrou que os centros de beleza são da alçada do Instituto

para os Assuntos Cívicos e Munici-pais mas prometeu “investigar” se nesses estabelecimentos ocorrem cirurgias. “Tendo em conta o de-senvolvimento da medicina vamos observar.” O dia de ontem ficou tam-bém marcado pela apresentação da execução do orçamento governativo do ano passado. PÁGINA 3

2 hoje macau quinta-feira 31.10.2013POLÍTICA

ANDREIA SOFIA [email protected]

O optimismo mar-cou os discur-sos de Francis Tam e do Co-

missário da Auditoria (CA) na apresentação da execução do orçamento de 2012. Os números avultados nas re-ceitas, devido aos impostos sobre o jogo, e um aumento da taxa de execução dos orçamentos marcaram a segunda parte da sessão plenária de ontem na As-sembleia Legislativa (AL).

Segundo a apresentação do secretário para a Eco-nomia e Finanças, o sector da educação esteve no topo dos gastos. Contudo, a maior parte do dinheiro não foi para bolsas de estudo ou outros apoios, mas sim para o novo campus da Univer-sidade de Macau (UMAC) na Ilha da Montanha. Em termos de despesa ordiná-ria integrada, foram gastas

CECÍLIA L [email protected]

O Ministério Público (MP) arquivou a queixa por resis-

tência à autoridade e ofensa simples levantada pela Po-lícia de Segurança Pública (PSP) contra seis activistas que participaram numa ma-nifestação em Junho a favor da demissão da secretária Florinda Chan.

O acórdão do Tribunal de Última Instância (TUI),

já noticiado pelo jornal Pon-to Final, foi ontem motivo de conferência por parte dos activistas da Associação Novo Macau, no Jardim da Penha.

Sou Ka Ho, Hong Man Tai, Lei Kuok Keong, Lei Kin Ion e Jason Chao garan-tem que a luta pela saída de Florinda Chan não termina.

O grupo “União con-tra Florinda Chan” afirma condenar os abusos policias e exige que o director da PSP, Lei Sio Peng, faça um

pedido de desculpas público. “O nosso acto não é radical, apenas estamos a pedir a saída de um dirigente local do Governo. Não estamos a pedir a saída de um líder de Pequim”, disse Lei Kin Ion. Já Jason Chao acusa a polícia de querer manter a estabilida-de utilizando métodos ilegais.

“Ainda não mudámos o objectivo da nossa união, que é a saída de Florinda Chan da área da Adminis-tração e Justiça, pela sua incapacidade no trabalho.”

Educação, cheques pecuniários e sistema de transportes foram as áreas onde o Governo gastou mais dinheiro o ano passado. Mas apesar do acréscimo de apoios financeiros aos estudantes, foi o novo campus da Universidade de Macau na Ilha da Montanha que levou a quase totalidade do orçamento nessa área

AL GOVERNO APRESENTOU EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO DE 2012

Gastos com novo campusda UMAC e cheques

11,546 milhões de patacas em educação, 21,4%. No âmbito do Plano de In-vestimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração (PIDDA), foram gastas 5,572 mi-lhões de patacas na edu-

cação, mais 86,2%. Só o novo campus, intitulado de “projecto transfronteiriço entre Macau e a Ilha da Montanha” custou cerca de 5,501 milhões.

Segue-se “outras fun-ções”, onde se insere o pro-

grama de comparticipação pecuniária, com gastos de 7,926 milhões de patacas. Surge depois a área dos transportes. Só com o siste-ma de autocarros o Gover-no gastou cerca de 1,499 milhões de patacas. O novo

ARQUIVAMENTO DE QUEIXA MOTIVA MAIS UMA CONFERÊNCIA

Jason Chao continua contra Florinda Chan

terminal marítimo da Taipa custou 413 milhões.

Na área da habitação, fo-ram gastos 3,428 milhões de patacas, nomeadamente com os projectos de habitação pública. A saúde custou cerca de 220 milhões. Já os serviços

gerais da Administração Pú-blica custaram menos 14,4%. No total, a despesa do PIDDA subiu mais 56%.

Tendo arrecadado mais de 104 mil milhões de pa-tacas em impostos sobre o jogo, o que resultou no au-mento da receita em 22,022 milhões de patacas.

DUVIDAS SOBRE RESERVASQuanto às reservas da RAEM ascenderam a mais de 167 milhões de pata-cas, enquanto que o saldo orçamental, acima das 74 milhões de patacas, irá ser injectado numa das reservas.

Muitos deputados apre-sentaram criticas quanto à forma como a Autoridade Mo-netária e Cambial (AMCM) estará a aplicar esse montante.

O novo vice-presidente da AL, lembrou que com os cerca de 30 mil milhões que o Governo ganhou a mais com os impostos “po-deria até ser construído um hospital”.

A integração do montan-te na reserva “pode demorar até dez meses e não está a ser capitalizado”. As taxas de execução orçamentais, na ordem dos 60%, também foram criticadas. “Porque é que é tão baixa? Temos as LAG e precisamos saber quais os serviços e tutelas que vão despender do mon-tante determinado.”

Francis Tam garantiu que “não há saldos que não estejam a ser geridos” pela AMCM. “A AMCM tem a responsabilidade sobre a gestão das contas, portanto mesmo que ainda não tenha sido integrado nas reservas, temos os saldos positi-vos que são geridos pela AMCM, de acordo com as suas disponibilidades apli-cados em investimentos.”

TIAG

O AL

CÂNA

TAR

3 políticahoje macau quinta-feira 31.10.2013

Apesar de ter sido aprovada, a nova proposta de lei não ficou imune às críticas, nomeadamente sobre a inclusão da medicina estética. O director dos Serviços de Saúde afirmou que cabe ao IACM licenciar as lojas de beleza, mas que vai enviar “pessoal para investigar” se há cirurgias nestes locais

ANDREIA SOFIA [email protected]

A nova proposta de Lei do Erro Médico, votada ontem na generalida-de pelos deputados

da Assembleia Legislativa (AL) poderá não abranger os centros de estética existentes. Isto porque a licença é obtida pelo Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) como se de uma loja comum se tratasse, mas não são claros os procedimentos estéticos disponibilizados ao cliente.

Contudo, Lei Chin Ion, di-rector dos Serviços de Saúde (SS), prometeu avançar com uma investigação. “Tendo em conta o desenvolvimento da medicina vamos observar. Cabe ao IACM licenciar os espaços de medicina estética, mas se envolver cirurgia já é outra competência. Vamos enviar pessoal para investigar se há aplicação de injecções, porque é um médico que deve fazer isso. E se isso acontecer o estabelecimento está a praticar um acto ilegal.”

A necessidade de abrangência de muitas especialidades com o novo diploma foi uma das crí-ticas dos deputados. “Quem é o prestador dos cuidados de saúde? Há muitas novas especialidades, como é o caso da medicina esté-tica”, lembrou Ho Ion Sang. A

OS deputados aprovaram ontem o novo “regime

do cartão de segurança ocu-pacional na construção civil”, que ir obrigar os trabalhado-res a frequentarem cursos de segurança, que dará acesso imediato ao referido cartão. Este documento será depois de utilização obrigatória para se poder trabalhar num estaleiro de obras, sendo que apenas os residentes estão abrangidos.

Contudo, os deputados levantaram dúvidas quanto aos Trabalhadores Não Re-

sidentes (TNR). “Se houver necessidade de controlar as pessoas que vêm de fora, como é que vai ser?”, ques-tionou Chan Chak Mo. Song Pek Kei exigiu mesmo ao director dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) mais dados sobre o número de residentes e não-residentes portadores do cartão. Até agora já foram emitidos 118 mil cartões, sendo que ape-nas 55 mil são válidos, disse Wong Chi Hong. Haverá 19 mil residentes portadores do cartão. “Não há números

certos quanto às pessoas do exterior mas sabemos que não é um número elevado”, apontou.

O deputado Fong Chi Keong, dono da empresa de construção civil Man Kan, mostrou-se muito pre-ocupado quanto aos valores das multas, que podem ir de 1500 a 7000 patacas por cada trabalhador, mediante a violação à regra. 500 patacas é a multa mínima para quando o trabalhador não possui o cartão e realiza trabalho no estaleiro. - A.S.S.

AL LEI DO ERRO MÉDICO APROVADA NA GENERALIDADE MAS COM CRÍTICAS DOS DEPUTADOS

Governo vai investigar centros de estética

melhoria.” Quanto à nova Comis-são de Perícia do Erro Médico, que irá avaliar os casos, “em nada se diferencia do centro de queixas já existente”.

Contradições ou não, o facto é que já existem diversas leis que abrangem este tipo de casos, como referiu o próprio André Cheong, dos Serviços para os Assuntos de Justiça (DSAJ). Este garantiu que não há um “vazio legal”, mas que apenas é necessária maior “coordenação”.

O tratamento dos casos será di-ferente. No sector público, respeita--se um decreto-lei e será o Tribunal Administrativo (TA) a julgar os intervenientes. No privado, recorre--se ao Código Civil e quem julga é o Tribunal Judicial de Base (TJB).

Se Lei Cheng I falou da existência de “problemas de coordenação”, o indirecto Chan Iek Lap, médico pediatra, disse que o Código Civil Código Penal já “regulamentam as práticas de medicina sobre o utente”, mas “há margem para melhorias”. E disse esperar que “quando se cometa um erro, não se olhe para o médico como um criminoso”.

sua número dois, a enfermeira Wong Kit Cheng, também frisou a mesma questão.

Ho Ion Sang fez ainda uma crítica partilhada por muitos dos seus colegas: o facto da proposta de lei só falar dos “litígios decor-rentes de erro médico”. “Parece que é apenas uma peça de um todo. Porque é que este diploma só se centra no tratamento de li-tígios e não é criado um sistema geral para a saúde em Macau, com peritagem e arbitragem? Vai haver uma via civil para imputar responsabilidades? Esta lei está a ser apresentada de forma pontual e parcial, sem que seja feito um sistema integral.”

Cheong U, secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, também com a tutela da saúde, garantiu que

tudo será feito em sede de comissão para melhorar o diploma.

UMA LEI, MUITAS DIFERENÇASDurante mais de meia hora as críti-cas apontaram em várias direcções,

com a deputada Kwan Tsui Hang a dizer que não iria votar a proposta de lei. Mas acabou por dar o seu voto a favor. “Não sei se vou dar o meu apoio porque parece que há várias contradições e espaço para

Tendo em conta o desenvolvimento da medicina vamos observar. Cabe ao IACM licenciar os espaços de medicina estética, mas se envolver cirurgia já é outra competência. Vamos enviar pessoal para investigar se há aplicação de injecções, porque é um médico que deve fazer isso. E se isso acontecer o estabelecimento está a praticar um acto ilegalLEI CHIN ION Director dos Serviços de Saúde

RECEBIDAS 470 QUEIXAS DESDE 2002Desde o ano de 2002 que os Serviços de Saúde têm a funcionar um centro de recepção de queixas por parte dos utentes. No total, foram tratados 470 casos. Só no ano passado aconteceram 34 queixas, 22 delas ocorridas no sector privado, 12 no público. Lei Chi Ion disse que desde 1999 que seguiram apenas 29 casos para tribunal, sendo que os SS venceram 13 e ganharam seis. No total, foram pagas 7,31 milhões de patacas em indemnizações.

Aprovado regime sobre cartões de segurança

4 política hoje macau quinta-feira 31.10.2013

CECÍLIA L [email protected]

O Chefe do Exe-cutivo, Chui Sai On, visitou ontem alguns

bairros antigos da cidade para recolher as opiniões para o seu último relatório das Linhas de Acção Go-vernativa (LAG) do actual mandato, que será apresen-tado a meio de Novembro.

Chui Sai On andou pelo Largo do Pagode do Bazar, dirigindo-se à zona de San Kio e Rua da Emenda. O tempo de visita foi de cer-ca de uma hora. A seguir, ouviu as opiniões de repre-sentantes de associações de moradores, comerciantes e cidadãos.

Os comerciantes apro-veitaram a oportunidade para debater as questões dos bairros antigos, nome-adamente o ambiente de negócio na Rua de Cinco

D A parte da tarde, o Chefe do Executivo visitou duas instalações de serviço

social na Habitação Social do Fai Chi Kei - o Lar da Alegria da Secção de Serviço Social da Igreja Metodista de Macau e o Centro Hong Ieng da Associação de Reabilitação Fu Hong de Macau. As duas instalações são de apoio a deficientes mentais.

O Instituto de Acção Social (IAS) revelou que em três anos vai ter dez instalações sociais a entrar em funcionamento nas habitações públicas, para oferecer serviços diversos para alojamento, ensino, creche, formação profissional e recurso da família.

Numa palestra com os direc-tores da Associação de Reabili-tação e IAS, Chui Sai On ouviu que as instalações de serviço social precisam de terrenos para o desenvolvimento do sector. “O Governo e a sociedade apoiam o nosso trabalho e há pessoas que nos oferecem rendas acessíveis

CHEFE DO EXECUTIVO VISITOU OS BAIRROS ANTIGOS PARA RECOLHER OPINIÕES PARA AS LAG

Comerciantes queixam-se do mau ambiente de negócio

CHUI SAI ON VISITOU INSTALAÇÕES DE SERVIÇOS SOCIAIS MAS NÃO SE COMPROMETEU

Sector reivindica falta de terrenos e empregados

de Outubro e na Rua dos Faitiões, queixando-se de que os negócios já não correm como antigamente, nem como actualmente na Avenida Almeida Ribeiro.

Os negociantes esperam que o Governo possa apoiar o desenvolvimento dos bairros antigos e resolver os respectivos problemas. Chui Sai On lembrou que durante o desenvolvimento de Macau, as mudanças trouxeram alguns proble-mas e dificuldades aos bairros antigos.

Relativamente a al-gumas opiniões sobre a revitalização dos bairros antigos, através da recon-versão industrial e do de-senvolvimento das indús-trias criativas e culturais, o Governo terá políticas de apoio, a fim de propiciar o desenvolvimento sustentá-vel das Pequenas e Médias Empresas (PME’s). O líder do Executivo garantiu que

o Governo dá “grande consideração sobre esta matéria e vai dar grande atenção aos respectivos problemas nas LAG do próximo ano”.

VENDEDORES DA RUA DE EMENDA INSATISFEITOSEntretanto, das opiniões recolhidas destacam-se as que se referem ao comércio da zona junto à Rua da Emenda, após o reordena-mento da zona. Chui Sai On disse que o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) irá avaliar as experiências e problemas, um ano depois do reordenamento, ouvin-do várias opiniões, bem como contactar, oportu-namente e sob o princípio de corresponder aos inte-resses de toda a sociedade, com os comerciantes e re-sidentes para proceder aos trabalhos de ajustamento e disposições.

Um comerciante de vestuário entregou uma carta ao Chefe do Executi-vo, na qual demonstra o seu desagrado com o comércio que registou uma quebra de 30 a 60 por cento no volu-me de negócios desde que o IACM começou a proibir os vendedores ambulantes de fazer negócio na rua. Chui Sai On disse com-preender a importância do equilíbrio entre as despesas e receitas no comércio, bem como ainda a possibi-lidade de haver lucro e, por isso, afirma estar atento à situação dos comerciantes da zona. Ficou a promessa que o Governo irá analisar em pormenor os proble-mas, fazendo votos de um ambiente mais seguro e melhores condições para o comércio na zona junto à Rua da Emenda, com o objectivo de um desenvol-vimento sustentável para todos.

no edifício industrial. Contudo, quando o edifício for vendido, o dono actual já não nos quererá alugar a nós por isso ficaremos sem lugar para prestar serviço. Ou seja, temos dinheiro, mas não temos lugar para alugar”, explica Chan Choi Fat, vice-presidente da Associação de Reabilitação Fu Hong. O especialista espera que o Executivo possa oferecer mais terrenos para instalação de serviços sociais, nomeadamente em novas habitações públicas.

ENSINO DE ESPECIALIDADES MÉDICAS EXIGE-SEChow Wai I, outro responsável da associação, lembrou que agora os serviços sociais preci-sam de mais recursos humanos, especialmente de fonoaudiólo-gos e fisioterapeutas. “Temos assistentes sociais, porque duas universidades têm o curso e todos os anos saem jovens licenciados. Mas em Macau ainda não há nenhuma universidade que ofe-

recem curso de fonoaudiólogos, fisioterapeutas, é o que falta.”

O Chefe do Executivo agra-deceu os cuidados e serviços profissionais oferecidos pelas instalações e apontou que no passado o Governo estabeleceu uma boa cooperação com as associações privadas. Chui Sai On reiterou que o Governo tem toda a responsabilidade de cuidar das pessoas com necessidades e que esta também é uma parte importante da política governati-va. Prometeu que vai continuar a oferecer todas as condições a fim de as instalações podem oferecer bons serviços para as pessoas com deficiência. “Ninguém gostaria que o seu filho fosse portador de deficiência mas algumas situa-ções não podemos evitar. Assim, o Governo vai fazer trabalho em ensino vocacionado para o tratamento destas pessoas por parte dos pais e saberem que estes precisam dos melhores cuidados com o nosso apoio.” - C.L.

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5 políticahoje macau quinta-feira 31.10.2013

JOANA [email protected]

E M mais uma sessão do jul-gamento, que acontece no Tribunal Judicial de Base, foi ouvido o depoimento de

Castanheira Lourenço, ex-coorde-nador do Gabinete de Desenvolvi-mento de Infra-Estruturas (GDI) e um dos gerentes da Lei Pou Fat, a sociedade que geria as detentoras dos cinco lotes de terreno de que Lo vem acusado de ter conseguido por ter pago, alegadamente, 20 milhões de dólares de Hong Kong a Ao Man Long, ex-secretário para as Obras Públicas e Transportes.

A testemunha foi arrolada pela defesa do empresário, que era o responsável pela Moon Ocean, pro-prietária do empreendimento que estava a ser construído nos terrenos em frente ao aeroporto. Foi também Rui Sousa, um dos advogados de Lo, quem interrogou Castanheira Lourenço em Portugal, sendo que o depoimento foi ouvido através de gravação.

Castanheira Lourenço subscre-veu tudo o que tem vindo a ser dito pelos advogados: a Moon Ocean venceu o concurso por convite para a adjudicação dos terrenos por ter apresentado o preço mais alto e não porque foi Ao Man Long quem indicou que deveria ser a empresa de Lo a ficar com as terras. “Não, não, não. Nunca houve pressões ou indicações”, reagiu o engenheiro à questão do advogado sobre se a Comissão de Avaliação das Pro-postas teve qualquer indicação para dar mais pontos à Jones Lang LaSalle, que representava a Moon Ocean. “Era o preço o fundamental, era o mais importante desde que o proponente apresentasse também uma solução que se enquadrasse no definido no caderno de encargos. A proposta que era a mais elevada era a da [Jones Lang] La Salle e, por isso, ganhou.”

INFORMAÇÃO PARA QUEM?Esta tem sido desde sempre a tese da defesa, face aos argumentos da acusação. Um deles é a de que a Moon Ocean – através de contactos “indirectos” entre Steven Lo e Ao Man Long – obteve informação privilegiada para conseguir apre-sentar uma proposta mais detalha-da. O Ministério Público (MP) diz que foi isso que deu a hipótese à empresa de ganhar, a defesa diz que não. E acrescenta: a STDM – que, além de sócia detentora dos terrenos que iam ser vendidos, era também concorrente no concurso a convite – é que era quem tinha informação relevante de antemão.

PALAVRA DE GUARDA-COSTASO ex-guarda-costas de Ao Man Long afirmou ontem conhecer Steven Lo por este ter estado presente em “dois jantares com Ao Man Long”. Ho Pak Seng, agente das Forças de Segurança de Macau que passou a ser segurança do ex-secretário para as Obras Públicas e Transportes, olhou durante segundos para o empresário de Hong Kong – presente na audiência de ontem – e confirmou conhecê-lo de um jantar no Golden Dragon. Este é um dos jantares que a acusação diz que serviu para trocar informação sobre os terrenos em frente ao aeroporto. Mas, apesar de o Ministério Público colocar Steven Lo, Ao Man Long e Ho Meng Fai, empresário de Macau que terá servido, segundo a acusação, de intermediário entre Lo e Ao, o guarda-costas não apontou mais ninguém presente no jantar. Ho Pak Seng admitiu que o ex-secretário jantava com “muitos empresários de Macau” muitas vezes e não conseguiu precisar em que datas Steven Lo terá estado com Ao Man Long. De uma coisa, o segurança recorda-se: o empresário de Hong Kong não saiu com Ao Man Long, tendo abandonado um dos jantares a meio, e Joseph Lau nunca esteve em nenhum jantar.

O engenheiro Castanheira Lourenço subscreveu ontem tudo o que, até agora, foi dito pela defesa de Steven Lo, um dos empresários de Hong Kong a ser julgado por corrupção no chamado Caso La Scala. Aquele que era o gerente da Lei Pou Fat – empresa que detinha os terrenos em frente ao aeroporto – garante que a Moon Ocean ganhou por ter apresentado o preço mais elevado no concurso

LA SCALA TESTEMUNHO DE CASTANHEIRA LOURENÇO, EX-COORDENADOR DO GDI, DÁ FORÇA À DEFESA DE LO

“Nunca houve pressões de Ao Man Long”

Ontem, Castanheira Lourenço confirmou este facto. “O estudo económico estava feito no relatório da Savills, que a STDM até sabia. Neste aspecto [do preço], eles até tinham essa vantagem. As outras duas empresas [concorrentes] não tiveram conhecimento do estudo da Savills, que eu saiba. As nossas empresas [detentoras dos lotes] não lhes forneceram.”

O relatório da Savills diz respeito a uma avaliação feita a pedido de Ao Man Long para se saber o valor dos terrenos. Sendo a STDM uma das sócias detento-ras do terreno, teve acesso a este documento antes de ser convidada

para o concurso do convite. No momento em que viu o relatório, a STDM propôs-se a ficar com os terrenos por adjudicação directa. Mas o Governo de Macau, na pessoa de Ao Man Long, não o terá permitido, segundo Castanheira Lourenço, apesar de ter havido um dos lotes que, anteriormente, foi adjudicado directamente a Ng Fok, um dos sócios. “[A venda] ao Ng Fok foi por questões de interesse de Macau, porque era preciso ter um hotel com boa ca-pacidade em frente ao aeroporto, que era internacional e, devido ao surto de desenvolvimento dos casinos no Cotai, justificava-se ter

ali um hotel digno para fomentar o turismo”, explicou Castanheira Lourenço. “A decisão de abrir um procedimento de consulta foi do Governo de Macau, neste caso Ao Man Long, que era o secretário. A consulta foi aprovada por unani-midade na Assembleia Geral [da reunião com as empresas sócias].”

De acordo com o testemunho, a STDM tinha proposta uma adju-dicação directa, tal como sucedeu com Ng Fok, mas o Governo não achou vantajoso desta forma, sen-do que Ao decidiu convidar três empresas de renome internacional para o concurso: a CB Richard Ellis, a Jones Lang LaSalle e a Vigars. Esta última foi a parceira da STDM que, segundo Casta-nheira Lourenço e ao contrário das outras, foi a única que foi obrigada a concorrer com a STDM. “O representante da STDM disse logo no dia em que se aprovou o concurso por convite que ia com a VIGARS como parceiro.” A defesa de Lo, recorde-se, tem insistido que seria impossível a Moon Ocean ou a Chinese Estates Holdings de Joseph Lau, que a subsidiava, ter sido escolhida por Ao Man Long, porque a Jones Lang LaSalle é que foi a convidada para o concurso, tendo, segundo a defesa, posterior-mente, convidado a Moon Ocean.

No depoimento de ontem, Castanheira Lourenço disse ainda que a STDM – após ter aprovado o resultado do procedimento de consulta, que adjudicava os ter-renos à Jones Lang – enviou uma carta ao secretário e ao Chefe do Executivo, à data Edmund Ho, a queixar-se que o prazo para a apre-sentação das propostas – 10 dias, que tinha sido também aprovado pela STDM – “era muito curto”. “Eu acho que essa carta proponha o ajuste directo [dos terrenos] e acho que o preço era a cobrir a proposta da La Salle, mas isso seria manifestamente ilegal, a menos que o Chefe do Executivo assim o decidisse. Porque ele podia anular o concurso e adjudicar à STDM.”

Edmund Ho, contudo, não o fez, o que vem fortalecer uma das outras teses dos advogados de Steven Lo: se o Chefe do Executivo suspeitasse de corrupção, não teria autorizado a transferência dos terrenos.

Castanheira Lourenço garantiu ainda que nunca conheceu Steven Lo, “nunca esteve com ele” e que na abertura das propostas estava apenas representante da Jones Lang LaSalle. “Não estavam [Steven] Lo, nem [Joseph] Lau, esses senhores apareceram posteriormente, não me recordo exactamente quando.” O julgamento continua quarta-feira.

6 política hoje macau quinta-feira 31.10.2013

RITA MARQUES [email protected]

A O fim de cerca de 10 anos de ouvir opiniões do sector, o Governo avançou com uma le-

gislação para acreditação de profis-sionais ligados à área de construção civil e urbanismo. Tal como acon-tece actualmente, a elaboração de projectos, direcção e fiscalização de obras tem de estar dependente de um certificado profissional emitido pela Direcção dos Serviços de Obras Públicas e Transportes (DSSOPT), no entanto, agora caberá a um novo órgão colegial - Conselho de Arquitectura e Engenharia (CAE) - proceder à acreditação e registo de profissionais de treze licenciaturas do sector que pretendam obter o título profissional.

Para estes profissionais con-seguirem inscrever-se na CAE têm de obedecer a três requisitos, nomeadamente, residência em Macau, um estágio - de dois anos a tempo inteiro ou de cinco anos a tempo parcial - e aprovação num exame de admissão. No entanto, a qualificação para o exercício de fun-ções profissionais é obtido através da inscrição na DSSOPT, que deve ser renovada anualmente por meio de acções de formação contínua. Neste campo, a título transitório, está dispensado da frequência do estágio e da aprovação do exame de admissão quem exerça a profissão e, num prazo de seis meses depois da entrada em vigor da lei, se registe.

Sobre a composição do CAE, sabe-se que vai ser constituído por 20 elementos, entre os quais, mais de 10 ligados às Obras Públicas.

Vai ser criado um Conselho de Arquitectura e Engenharia (CAE) para acreditação de arquitectos e engenheiros. Os profissionais terão, por isso, de se inscrever neste órgão colegial, composto por 20 elementos, exclusivamente locais, dos quais “mais de metade funcionários das Obras Públicas”. Em declarações ao HM, a arquitecta Maria José de Freitas discorda da proporção e pede especialistas do exterior, já o engenheiro Eddie Joe Wu entende que os funcionários públicos também se deviam inscrever na CAE

CONSELHO EXECUTIVO APRESENTA PROPOSTA DE LEI DE ACREDITAÇÃO DE ARQUITECTOS E ENGENHEIROS

Composição do CAE alvo de críticas

MAIS PEDIDOS DE REGISTONAS OBRAS PÚBLICASO porta-voz do CE, Leong Heng Teng, explica que “tem havido cada vez mais pedidos de inscrição e requisito, até porque nos últimos anos temos vindo a ter mais profissionais em Macau”. Mas coube a Chan Pou Ha, subdirectora das Obras Públicas, revelar novos números. “Em 2013, as Obras Públicas receberam pedidos de inscrição e renovação de 1200 pessoas, de entre as quais 200 de profissionais de arquitectura e 300 de engenharia civil. Do desconto destes 500, ainda profissionais de engenharia electromecânica e combustível, por exemplo, que também pediram registo”, explicou, embora sem adiantar quais os profissionais em lista de espera.

O secretário das Obras Públicas e Transportes será o presidente do CAE e, entre os 20 membros, exclusivamente locais, haverá di-ferentes personalidades do sector. “Mais de metade são representantes das Obras Públicas. Estamos a ver que profissionais vamos convidar mas será analisada a experiência profissional e o mérito na área. To-dos terão cursos superiores e muita experiência profissional. Destaca-mos a composição com membros escolhidos de entre profissionais locais [...] O que não impede que, durante o desenvolvimento das suas acções, o CAE venha a convidar um perito de fora de Macau”, explica Leong Veng Teng, porta-voz do Conselho Executivo.

Maria José de Freitas, membro da associação de arquitectos de Macau, discorda desta intenção ainda que “aplauda” o novo Regime Jurídico porque “pode introduzir alguma disciplina”. “Eles não têm o grau de conhecimento que é exigido para apreciar com imparcialidade, por exemplo, em termos de requi-sitos de protecção ambiental ou de arquitectura paisagista. Que saiba, não há ninguém nesta área na DSSOPT [...] deve ser constituída também por elementos independen-tes das associações profissionais internacionais de modo a haver uma voz de fora com um olhar mais independente porque Macau é pequeno e há sempre o ‘perigo’ de haver algumas preferências”, frisa, em declarações ao HM.

Se lhe coubesse escolher a composição, a arquitecta faria “uma distribuição muito igual em número”, incluindo “sete membros das obras públicas, sete das asso-

ciações profissionais e três de Hong Kong, um da China e um do União Internacional de Arquitectos, para haver uma abrangência maior. E, porque Macau está inserido no património mundial da UNESCO, alguém da área do IC, que tivesse a formação de arquitecto”. O facto de ter sido convidado para presidente da CAE o secretário da tutela é visto como “um pouco duvidoso”, por Maria José de Freitas.

SEGURO NÃO É OPÇÃO, DIZ EDDIE WUO presidente da Associação de Engenheiros de Macau (AEM) não

se opõe ao facto de os profissio-nais serem somente de Macau até porque “são assuntos locais, não é preciso serem chamados especia-listas de fora”, refere Eddie Joe Wu ao HM. Mas, entende, deveriam estes especialistas estarem “em maior número do que os trabalha-dores das Obras Públicas” porque é “uma associação profissional” e foi, de resto, esta opinião que fez chegar ao Executivo em período de auscultação.

Na proposta de lei há uma nova matéria que exige que técnicos, empresários comerciais, pessoas

singulares e sociedades comerciais inscritos devem estar cobertos por um seguro de responsabilidade civil. “Por exemplo, os testes de resistência a tufões, é muito difí-cil os arquitectos ou engenheiros comprarem seguros que o cubram. O Governo tem de proteger e responsabilizar-se por estes edifí-cios e seu design. Quando temos o design, a construção, qual a responsabilidade que podem ter os engenheiros? Se nos podem para comprar, não acredito que alguma companhia nos possa assegurar”, afiança.

O responsável da AEM criti-ca ainda o Governo por não ter submetido a última proposta à consideração dos especialistas. “Apenas recebi um documento da DSSOPT mas o documento não foi suficiente porque não vimos a proposta final. Hoje disseram que fecharam a discussão sobre isto sem nos entregarem a proposta final”, indicou.

EXAME DE ADMISSÃOO exame de admissão - tipologia, periodicidade e modo de reali-zação - será definido por meio de regulamento administrativo complementar. Sobre o nova avaliação, Maria José de Freitas entende que é “necessária” mas, antes demais, “tem de ser propor-cionado e divulgado junto dos ar-quitectos toda essa informação em pelo menos três línguas de forma concreta e explícita. Pelo menos, para os arquitectos portugueses, as traduções em português das novas circulares são às vezes de muito difícil compreensão” que abranja também “conhecimentos jurídicos”.

Eddie Wu não entende porque, para a acreditação, e registo no CAE, não se “contempla os funcio-nários do Governo - da DSSOPT, da CEM - e, acusa: “não há regras profissionais a seguir”.

As infracções administrativas, imputadas pela DSSOPT, que fiscaliza, aumentam face ao que está definido no Regulamento Geral da Construção Urbana, de 1985, e passam agora a sujeitar a pessoa singular a um pagamento de multas entre as 2000 e as 100 mil patacas e de 4000 a 200 mil pata-cas para sociedades, por exemplo, no caso de técnicos responsáveis pela direcção de obras cujo termo de responsabilidade esteja por si assinado.

Leong Veng Teng frisa que “é um passo para poder tomar as actividades mais profissio-nais” mas deixa margem para progressão.

7hoje macau quinta-feira 31.10.2013 SOCIEDADE

RITA MARQUES [email protected]

O consenso entre o Instituto de Acção Social (IAS), a Comissão de Luta Contra a Droga e os vários depar-

tamentos que estudam sobre a revisão da lei que proíbe o consumo e tráfico de estupefacientes vai num compasso de espera pouco ritmado. Iong Kong Io diz que, o processo dá-se por etapas, não havendo ainda calendarização final para entrega da proposta de lei ao Conselho Executivo e, menos ainda, à Assembleia Legislativa. “Em Novembro, a Comis-são de Luta Contra a Droga irá discutir um relatório do grupo de estudo. Não fazemos a proposta da lei [num processo que envolve outros departamentos], da-mos opiniões para a alteração da lei. Ain-da é cedo para apresentar a proposta”, frisou o presidente do IAS, à margem da Conferência Nacional sobre Prevenção e Tratamento da Toxicodependência, que arrancou ontem no Hotel Regency, na Taipa, e conta com três centenas de especialistas de Macau, Hong Kong, continente e Portugal.

Nas palavras do responsável, apenas coube uma data sobre a apresentação de um relatório com opiniões, da parte da Comissão de Luta Contra a Droga, que serão depois analisadas. “A opinião pública é para aumentar a multa de tráfico de droga. A comissão ainda está a recolher as opiniões e nós estamos a estudá-las para, dentro do quadro da [actual] lei, darmos algumas opiniões”, refere Iong Kong Io.

Por essa razão, o responsável não avança com pareceres em nome do organismo a que preside, por exemplo, acerca da hipótese de redução penas para o consumo de estupefacientes. No en-tanto, a vice-presidente do IAS, Celeste Mui, fez saber na semana passada que a descriminalização não deverá ser para já.

MAIS CASOS DE TOXICODEPENDENTES EM TRATAMENTO, DIZ IASOs números de toxicodependentes au-mentaram mas o cenário não é tão negro. Apesar da subida de 23% de casos, na primeira metade do ano, em comparação com o mesmo período do ano passado, uma boa parte está ligada ao acréscimo de pedidos de ajuda, encaminhados pelo

hospital e pelo tribunal, e incluiu também “casos condenados a pena suspensa”.

O chefe do departamento de Preven-ção e Tratamento de Toxicodependência do IAS explica que o aumento decorre sobretudo da subida do número de casos de iniciativa de tratamento. “O aumento do número de casos em tratamento pode ter origem em dois factores: ou o número de consumidores está a aumentar ou o que está a aumentar é a motivação dos consumidores para serem tratados”, lê Hon Wai.

Os números avançados pelo IAS, e compilados num sistema centralizado de recolha de dados junto de várias en-tidades, podem ainda estar relacionados com uma maior sensibilização de téc-nicos de saúde no encaminhamento de casos. Entre Janeiro e Agosto, segundo dados oficiais, houve 531 pessoas que recorreram a consultas externas do Com-plexo de Apoio a Toxicodependentes do IAS. Destes casos, 52% estão ligados ao consumo de substâncias do tipo opiáceo. Sobre a questão, Iong Kong Io fez saber também que está pensado ser criado um novo centro de desintoxicação em Ka Ho, na ilha de Coloane.

O fundo financeiro de 200 milhões de patacas para

indústrias criativas pode estar disponível nos pri-meiros seis meses do próximo ano para candi-daturas. A estimativa foi avançada pelo secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Cheong U, ao garantir que os trabalhos de estruturação do Fundo das Indústrias Criativas, oficialmente criado na passada segunda-feira, quando publicado em Boletim Oficial, devem estar concluídos no pri-meiro semestre de 2014. “Se tudo correr bem, no primeiro semestre do pró-

CECÍLIA L [email protected]

A presidente da Asso-ciação Energia Cí-vica, Agnes Lam,

anunciou ontem que a asso-ciação já conseguiu recolher doações suficientes para que a menina cega que tem vindo a ser falada nos média possa fazer a cirurgia nos Estados Unidos de América (EUA). O pai, Choi Chi Wai, já recebeu um milhão e 300 mil patacas para as despesas da operação da filha, Choi Ka Ka. Na conferência de imprensa de ontem, Choi disse que espera que o Governo da RAEM possa auxilia-los com os

pedidos de visto dos EUA, para que a menina possa ser operada o mais rápido possível.

Agnes Lam, também docente da Universidade de Macau (UMAC), tem vindo a organizar diversos eventos para chamar a atenção públi-ca sobre o problema.

No início, os pais espera-vam que o Governo pudesse fazer a transferência para os EUA, mas os Serviços de Saúde (SS) consideraram que a bebé ainda era demasiada pequena - Ka Ka tem meses - e que ainda era cedo para fazer a cirurgia. Contudo, os pais já consultaram quatro médicos em Hong Kong que

asseguram que já é tempo oportuno para a operação.

A operação nos EUA está marcada para Novembro. Agnes Lam disse que os médicos americanos já afir-maram que a taxa de sucesso da operação é de 90%.” Na conferência de ontem foram mostrados vídeos de dois casos semelhantes em Hong Kong, onde os pais das crian-ças operadas revelaram que, na região vizinha, ainda não há transplantes de córnea, por isso, o seu médico também os aconselhou a ir para os EUA. Estas duas crianças de Hong Kong foram operadas pelo mesmo médico que vai operar Ka Ka, Zaidmam.

O Secretário para os Assuntos Sociais e da Cultura, Cheong U, mostra-se solidário com Chan Kok Sam, depois de o Ministério Público ter confirmado que não houve qualquer ilegalidade ou irregularidade médica no tratamento da filha, em estado vegetativo no Conde de São Januário. “Sentimos muito a tristeza dos familiares, do pai. Temos muita pena. Os nossos colegas souberam deste caso e, se pudermos, vamos contactar [com a família] e dar-lhe apoio. Mas como o tribunal já tinha decidido, não podemos fazer mais

nada”, afirmou Cheong U, ressalvando, no entanto, que a justiça já se pronunciou sobre o caso, que se crê irrecorrível. Na carta entregue ao MP, porém, Chan assegurava que o médico falsificou a assinatura para autorizar a assinatura para autorizar a cirurgia e pedia, por isso, que fosse tratado novamente este processo. O secretário para os Assuntos Sociais e Cultura espera que a entrada em vigor do novo regime jurídico de tratamento de litígios decorrentes de erro médico venha regularizar casos semelhantes. - R.M.R.

LEI DA DROGA IONG KONG IO NÃO ADIANTA DATAS PARA AVANÇAR COM REVISÃO

“Cedo para apresentar proposta de lei”NÃO HÁ LUGAR A DISCUSSÃO EM HONG KONG, DIZ COMISSÁRIAEm Hong Kong, as ofensas relacionadas com o problema da droga são seriamente penalizadas. As pessoas que traficam droga podem levar uma pena de prisão perpétua e as que se encontram na posse de quantidades menores leva, no mínimo, uma multa no valor de 250 mil dólares de Hong Kong, a um máximo de sete anos de pena. “O reforço da lei é muito importante”, diz a comissária de Drogas, da Direcção de Segurança de Hong Kong, à margem da conferência sobre drogas organizada pelo IAS. A descriminalização discutida publicamente em Macau não é de todo uma possibilidade na região vizinha. “O consumo, a posse, o abuso de drogas, tudo relacionado com as drogas é considerado crime em Hong Kong, por isso, não há lugar a negociação. Estamos muito sérios a este respeito”, salientou.

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CHEGA ESTE ANO À ALQuem o garante é o presidente do IAS. “Já reflecti a atenção da sociedade sobre a lei de violência doméstica para o secretário Cheong U, tentaremos entregar a proposta da lei para AL discutir este ano. Espero que a aprovação da lei pode ajudar mais vítimas”, diz Iong Kong Io. Recorde-se que a nova lei contra a violência doméstica, que será apresentada pelo Governo, não contempla a criminalização pública do acto.

INDÚSTRIAS CULTURAIS SUBSÍDIOS NO INÍCIO DE 2014

Candidaturas para breveMENINA CEGA CONSEGUIU DOAÇÕES PARA CIRURGIA

Ka Ka vai poder ver

CHEONG U ESTARÁ PRESENTE NO FESTIVAL DA LUSOFONIAEm conversa informal com os média portugueses, Cheong U fez saber que vai marcar presença na Lusofonia, que se realiza na zona do Carmo, junto ao mangal da Taipa, no próximo fim-de-semana. “Sexta-feira [amanhã] vamos ter uma festa – a da lusofonia. Vou ver se estou convosco para me divertir, dançar, comer. Estou a pensar ir, sim”, confirmou o secretário para os Assuntos Sociais e Cultura.

Solidariedade para com pai de jovem em coma

ximo ano, pode ser anun-ciado o regulamento de concessão de subsídios”, disse o responsável, à margem da Conferência Nacional sobre a Pre-venção e Tratamento da Toxicodependência.

Entre os passos pre-paratórios, está a criação e composição dos vários organismos criados pelas entidades afectas ao fundo - Conselho de Curadores, o Conselho de Administração e ainda o Conselho Fiscal, por isso, o Governo tratará “nos próximos meses da nomeação de pessoas para os diversos órgãos do Fundo e também do recrutamento do restante pessoal e, por outro lado, a preparação de diversos regulamentos necessários”, frisou Cheong U, acrescentando saber que a “população está muito atenta sobre a concessão dos subsídios”. - R.M.R.

8 hoje macau quinta-feira 31.10.2013CHINA

O incidente ocor-rido na segun-da-feira na Pra-ça Tiananmen,

em Pequim, terá sido um atentado terrorista, de acor-do com a polícia chinesa. As autoridades estão agora à procura de informações acerca de dois suspeitos da minoria muçulmana uigur.

Cinco pessoas morreram e pelo menos 38 ficaram feridas depois de um jipe se ter despistado em plena Praça Tiananmen, na manhã

Xi Jinping diz que ofertade residências a preços acessíveisvai ser ampliadaA China vai aumentar a oferta de terrenos para imóveis residenciais e investir mais em projectos de habitação a preços acessíveis, disse o presidente Xi Jinping, segundo uma reportagem da agência de notícias oficial Xinhua esta quarta-feira. Segundo a Xinhua, Xi fez estas declarações durante a reunião do Politburo do Partido Comunista na terça-feira, numa altura em que o governo intensifica os esforços para estabilizar o mercado imobiliário actualmente bastante aquecido.

Mais de 23 mil médicos chinesesem 66 países e regiõesO director do departamento internacional da Comissão Nacional de Saúde e Planeamento Familiar da China, Ren Minghui, afirmou ontem em Pequim que, até o momento, a China já enviou mais de 23 mil membros de equipas médicas a 66 países e regiões do mundo. Segundo Ren, além de enviar médicos, a China ofereceu também outros tipos de assistência no sector de saúde aos países em desenvolvimento, especialmente aos do continente africano, como capital, apoio tecnológico, doação de equipamentos médicos e medicamentos, ajuda na construção de hospitais e na formação de médicos profissionais. Ren Minghui indicou que a cooperação entre a China e estes países tem sido ampliada à área do controlo da malária e da saúde materno-infantil.

Apresentado primeiro smartphone bilingue com chinês e tibetano

O primeiro smartphone bilingue chinês-tibetano foi apresentado em Lhasa, capital da Região

Autónoma do Tibete, sudoeste da China, na noite de segunda-feira, para atender à procura de milhões de consumidores tibetanos, informa a rádio China.

O aparelho, modelo Huawei C8815, conta com um sistema de escrita bilingue e custa cerca de 1200 patacas. Foi desenvolvido pelo grupo Huawei, pela sucursal tibe-tana da China Telecom e pela Universidade do Tibete. Os utilizadores podem instalar aplicações em tibetano no ‘smartphone’. Mais de 80% da população tibetana vive nas áreas remotas rurais e de pastagens, sendo que a grande maioria não entende a língua chinesa.

O governo central chinês e o governo regional do Tibete investiram cerca de mil milhões de patacas des-de 2008 na aplicação tecnológica do idioma tibetano, incluindo o desenvolvimento de programas tipo Office e dicionários digitais.

DESPISTE DE CARRO NA PRAÇA TIANANMEN FOI ATAQUE SUICIDA

Uigures na mira da políciade segunda-feira. De acordo com fontes próximas da polícia, ouvidas pela agência Reuters, o acidente tratou--se de “um ataque suicida premeditado”. No entanto, ainda não houve qualquer confirmação oficial.

“Não foi um acidente. O jipe deitou abaixo duas barreiras e abalroou os pedestres. Os três homens não tinham intenção de fugir da cena”, explicou a fonte, citada pela Reuters. A Praça Tiananmen, um

dos locais mais turísticos da Cidade Proibida, tem um forte simbolismo e é sempre muito policiada.

O jipe despistou-se perto do mural em que se encontra um retrato de Mao Tse-tung, antigo secretá-

rio-geral do Partido Co-munista Chinês e ideólogo da Revolução Cultural. Foi também naquele local que um protesto de estudantes chineses, em 1989, contra o regime comunista foi esmagado pelo exército.

O ataque desta segunda--feira pode estar relaciona-do, de acordo com fontes policiais, com a sessão ple-nária do Comité Central do Partido Comunista Chinês, que vai decorrer em No-vembro, e do qual se espera o anúncio de importantes reformas económicas.

A polícia chinesa diz não ter ainda identificado os três ocupantes do carro, que aca-baram por morrer. A Reuters diz que, entretanto, a polícia de Pequim está a investigar informações relativas a dois suspeitos, originários da província de Xinjiang, no extremo ocidente da China.

Horas depois do inci-dente, a polícia da capital chinesa lançou um aviso aos hotéis locais para que comunicassem a presença de hóspedes considerados suspeitos que tivessem dado entrada desde o início do mês. A circular da polícia nomeava dois suspeitos que, de acordo com os seus no-mes, pareciam ser uigures, muçulmanos da província autónoma de Xinjiang, que falam turco. As autorida-des referiram ainda quatro veículos, com matrícula de Xinjiang.

De acordo com a Reu-ters, até ao momento, tanto a polícia como os Governos da região autónoma de Xin-jiang e chinês se recusaram a confirmar qualquer dado da investigação.

Há décadas que as ten-sões entre a minoria uigur e os han, a etnia maioritária na China, marcam a região de Xinjiang. Os uigures lutam contra a repressão política e cultural exercida pelo Governo chinês. Pequim acusa-os invariavelmente de terrorismo e separatismo.

O último episódio de violência envolvendo a população uigur, em Junho, terminou com a morte de 27 pessoas, após ataques de grupos armados a edifícios governamentais.

Os confrontos mais gra-ves entre han e uigures acon-teceram em 2009 em Uru-mqi, capital da região, com 200 mortos. Desde então, as autoridades reforçaram a segurança na região, que já era muito militarizada.

Em Xinjiang, os uigures são 46% da população (já foram muito mais, mas mi-lhões de han têm chegado à região nas últimas décadas) e os han são hoje 39% da população. São os han que controlam a vida política e económica da região, rica em gás e petróleo.

9 chinahoje macau quinta-feira 31.10.2013

O governo da China deve anunciar uma reforma de distribuição de rendi-mentos durante a terceira

Sessão Plenária do 18.º Comité Central do Partido Comunista da China em Novembro, tendo como prioridade o aumento do salário mínimo e algumas melhorias para os grupos de baixos rendimentos, informou o jornal China Securities Journal esta terça-feira, citan-do autoridades do sector.

A China está a trabalhar na reforma de rendimentos há vários anos, com o

objectivo de equilibrar a distribuição da riqueza e reduzir a disparidade de rendimentos, o que tem sido visto como um mal-estar social crescente. Nos últimos anos, foram implemen-tadas uma série de políticas, como a elevação do limite para a cobrança de impostos de rendimentos e o aumento do salário mínimo para os trabalhadores.

Após as mudanças para melhorar o bem-estar das pessoas com menores rendimentos, a China vai explorar as políticas de expansão da classe média

do país, aponta a publicação, citando Su Hainan, vice-director da Associa-ção Chinesa de Estudos Laborais.

Para garantir a implementação da reforma de rendimentos, a China deve reformar o seu sistema fiscal, incluindo o aumento das despesas fiscais para o sector de bem-estar e o corte de des-pesas administrativas do governo. A proposta de colectar mais dividendos de empresas estatais e usá-los no seguro social está a ser desenvolvida pelo Ministério das Finanças, disse uma fonte não identificada ao jornal.

A China revelou imagens da sua frota secreta de submarinos nucleares, numa demonstração

de força que os meios de comunicação públicos justificam em nome das dis-putas marítimas entre Pequim e os seus vizinhos.

Alguns jornais oficiais dedicaram esta terça-feira a primeira página à frota de submarinos chineses e a televisão centrou boa parte dos seus noticiários durante dois dias nas manobras das embarcações.

Para além da economia, “a suprema-cia chinesa reflecte-se na posse de um arsenal de segundo ataque (capacidade de resposta) crível. O que alguns países não levam suficientemente em consideração quando estabelecem a sua política em relação à China”, considerou o Global Times no editorial.

Perante a atitude impertinente destes países, “a China deve mostrar claramente que o único caminho consiste em não desafiar os interesses fundamentais chineses”, acrescenta o jornal oficial, conhecido pelo seu tom nacionalista. “Desenvolver uma força de submarinos nucleares constitui um dos aspectos desta estratégia”, acrescenta. “Talvez isto leve mais água ao moinho dos que especulam sobre ‘a ameaça chinesa’, mas os bene-fícios superarão de longe a confusão da opinião pública” fora do país.

Nos últimos dias, o diálogo entre Pequim e Tóquio sobre as ilhas do mar da China oriental, o arquipélago das Diaoyu, administrado pelo Japão, mas reivindicado pela China, subiu de tom.

A S imagens de um homem num hospital do nordeste da China, que aguardava pacientemente pela sua

vez numa sala de espera com metade de uma faca enterrada na cabeça, circularam amplamente esta quarta-feira pelas redes sociais do país, onde os cibernautas se questionavam como é que alguém podia ter tanta calma.

As fotografias são de um hospital da cidade de Yanji, na província de Jilin, onde é possível ver como um homem espera na entrada do consultório médico e permanece sentado de braços cruzados, quase sem se mover.

Os cibernautas apelidaram-no de “Ir-mão Calmo”, enquanto as informações da imprensa local esclareceram que o

homem, de meia idade e cujo nome não foi revelado, acabou por levar com a faca na cabeça durante uma brincadeira com os amigos.

A vítima quase não sentia dor quan-do chegou ao hospital e, aparentemente, a faca não atingiu o interior da cabeça, por isso não deixou lesões cerebrais e foi retirada com facilidade, infor-maram os médicos do hospital onde ocorreu o facto, anexo à Universidade de Yanbian.

Aparentemente, o “Irmão Calmo” não apresentou queixa contra os ami-gos, e evitou fazer declarações à im-prensa, enquanto o hospital se negou a oferecer mais informações sobre a sua identidade.

Sete desaparecidosem colisão entre pesqueiro e cargueiroSete chineses estavam ontem desaparecidos depois da colisão, de madrugada, entre o pesqueiro onde seguiam e um cargueiro sul-coreano, informou o serviço marítimo da China, de acordo com a agência oficial Xinhua. O acidente ocorreu às 3h40, no estreito de Bohai, próximo da costa da província oriental chinesa de Shandong. Nove pessoas viajavam a bordo do pesqueiro chinês, das quais duas foram resgatadas por um barco que passava na zona do acidente, mas as restantes sete ainda não foram encontradas pelas equipas de salvamento.

PEQUIM DEVE AUMENTAR SALÁRIO MÍNIMO PARA MELHORAR RENDIMENTOS

Classe média em expansão

SUBMARINOS APRESENTADOS EM DEMONSTRAÇÃO DE FORÇA

Cartas em cima da mesaESPERAR POR VAGA NO HOSPITAL COM FACA NA CABEÇA

Com muita tranquilidadeDESPISTE DE CARRO NA PRAÇA TIANANMEN FOI ATAQUE SUICIDA

Uigures na mira da polícia

10 hoje macau quinta-feira 31.10.2013

A Grande Final do concurso anual de talentos do Galaxy Entertainment

Group (“GEG”), “Galaxy Got Talent”, teve lugar no início do mês de Outubro na praça Este do Galaxy Macau. Os 12 finalistas apresentaram os seus números fantásticos na luta pelos oito prémios especiais, perante uma assistência de mais de 500 pessoas.

“Ice Square” destacou-se com o seu espectáculo elaborado de dança e levou para casa o “The Move of GEG Award”; Arno Chan do departamento de espectáculos do Galaxy Macau ganhou o “The Sound of GEG Award” com a sua forte interpretação vocal e “Star Gentlemen” foram premiados com o “The Talent of GEG Award” com as suas representações divertidas. O evento também angariou 150 mil patacas, atra-vés da venda de bilhetes para o Centro de Reabilitação de Invisuais da Santa Casa da Misericórdia.

A lista de convidados oficiais do evento deste ano incluía Lei Lai Keng, Chefe do Departamento de Assuntos Laborais, Wendy Wong, Conselheira Sénior da Inspecção de Jogos e Antó-nio José de Freitas, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Macau. Como na edição anterior, o evento continua a enviar uma importante mensagem de integração social, ao juntar a banda Focus, constituída por cinco invisuais, com a equipa do GEG, no pontapé de saída do acontecimento. O deficiente visual de Singapura, Tan Wei Lian, foi também um dos convidados que encan-tou o público com as suas emocionantes canções. A Grande Final, cujo principal objectivo foi a recolha de fundos para o Centro de Reabilitação, teve um enorme acolhimento dos membros da equipa que participaram entusiasticamente numa noite de entretenimento e caridade.

Galaxy promove Grande Finaldo “Galaxy Got Talent 2013”para membros da empresa

dança e acrobacias. Foram atribuídos oito prémios especiais: “The Sound of GEG Award”, “The Move of GEG Award”, “The Talent of GEG Award”, o “Most Cre-ative Award”, o “Best Audience Choice Award”, o “Best Showmanship Award”, o “Best Dress Award” e o “Facebook’s Most ‘Like’ Award”, com um total fabuloso de 450,000 patacas em prémios.

“Ice Square”, formado por membros da equipa de segurança e do departa-mento financeiro venceu na catego-ria do “The Move of GEG Award”. Emocionada com o resultado alcan-çado pela equipa, Christine So, disse: “Preparámo-nos durante um mês para esta competição. Adorámos participar neste concurso e estamos encantados por haver tantos talentos na nossa em-presa”. “The Talent of GEG Award” foi para os “Star Gentlemen”, formado por quatro elementos do departamento de governança do StarWorld Hotel. Os quatro concorrentes mostraram-se muito satisfeitos pelo seu trabalho ter dado frutos e agradeceram o apoio dos colegas e supervisores.

O painel de jurados foi constituído pelo Bruno Nunes, membro do Con-selho de Administração da Santa Casa da Misericórdia de Macau, por Patrick Ho, famoso designer de moda de Hong Kong, por John Ku, director-executivo do NewRound Culture Transmission Macau Co. Ltd, por Joanna Hor Bar-nes, vice-presidente da Partnerships & Events do Galaxy Macau, por Trancy Koh, vice-presidente do Entertainment Galaxy Macau e por Faustina Hoe, produtora criativa do Entertainment of Galaxy Macau. Com o intuito de reforçar o envolvimento do público foi este ano criado o prémio “Melhor Traje do Público”, num gesto de recompensa pelo apoio dispensado pela audiência.

Francis Lui, vice-presidente do GEG, entregou ao provedor da Santa Casa da Misericórdia, António José de Freitas, o cheque com os donativos angariados. “Os membros do grupo ‘Focus’ estão encantados por terem participado neste evento”, disse o provedor, agradecendo ainda aos membros da equipa do GEG, por terem dispendido o seu tempo a ensaiar com a banda. “Tenho a certeza

de que este espectáculo sensibilizará as pessoas para as situação dos invisuais”, concluiu. António José de Freitas agra-deceu ainda os generosos donativos do GEG que serão utilizados para apoiar o funcionamento do Centro de Reabilita-ção dos Deficientes Invisuais.

A Grande Final do “Galaxy Got Ta-lent” foi uma intensa competição entre 12 talentosos finalistas, que misturou canções,

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11hoje macau quinta-feira 31.10.2013 CPLP

N O âmbito da segunda conferência da língua por-tuguesa que está a decorrer em Lisboa, houve espaço

para falar sobre uso do português na RAEM. Foram quatro os académicos que lançaram as questões para o debate e uma incerteza pairou: qual é afinal o futuro do português em Macau?

Lurdes Escaleira, académica do Instituto Politécnico de Macau (IPM) lança dúvidas sobre o trabalho do Governo de Portugal junto do antigo território administrado pelos portugueses. “Tem o Governo de Portugal adoptado uma política de coordenação com as autoridades do Governo de Macau?”, questionou a professora que também procura as vantagens de existirem duas línguas oficiais no território. “Porque é que os alunos têm interesse em estudar português? Será vantajoso para Macau o bilinguismo?”

Contudo, a académica do IPM lembrou que, especialmente desde 2003, com a política implementada pelo Governo Central chinês, “de intensificação das relações com os Países de Língua Portuguesa” o in-teresse pelo estudo do português au-mentou de forma significativa, mas não deixa de lançar outra questão: “Perante este contexto favorável, a nível de políticas, o que se tem feito em Macau, por parte do Governo de Macau e de Portugal, para imple-mentar, divulgar e ensinar a Língua Portuguesa em Macau?”

APROFUNDAR O DIÁLOGOCOM CONTINENTECom mais dúvidas que certezas, o discurso de Carlos André não foi muito diferente. O responsável pelo Centro Pedagógico e Científico da Língua Portuguesa do IPM também fala da procura acentuada do português mas lamenta a falta de meios para o seu ensino. “Os meios para lhe responder [à procura] são exíguos. Os recursos humanos qualificados são insuficien-tes, os materiais limitados.”

O académico procura “uma estra-tégia para a Ásia” e, contrariamente ao que parece acontecer na RAEM, nos últimos anos, “tem vindo a crescer exponencialmente a oferta de ensino de Português em universidades da China”. “São já mais de duas dezenas as que oferecem cursos de licenciatura e algumas de pós-graduação. Em breve, o número de licenciados será de várias centenas, tanto mais que a formação é de grande empregabilidade.”

Carlos André acha, comummente, que “Macau tem um papel importante a desempenhar, como plataforma interactiva com todo esse universo: pela história, pela posição geográfica, pela qualidade das suas instituições”.

A comissão responsável pela proposta de lei que visa potenciar o uso da língua

portuguesa na região autónoma da Galiza (Espanha) disse terça-feira, em Lisboa, estar “confiante” de que a iniciativa possa ser aprovada ainda este ano. “Foram apresentadas duas emendas [uma do Partido Popular e outra dos socialistas do PSOE] que propõem redacções alternativas, mas existe um consenso alargado entre os 75 deputados quanto a importância da proposta”, explicou à agência Lusa Jóam Evans Pim, membro da ‘Comissão Promotora da Iniciativa Legislativa Popular Valentim Paz-Andrade para o apro-veitamento da língua portuguesa e vínculos com a Lusofonia’.

A proposta de lei, que em breve será votada pelo parlamento galego, define que o Governo daquela região autónoma espanhola incorpore, “progressivamente, no prazo de quatro anos”, a aprendizagem da língua portuguesa “em todos os

ACADÉMICOS FALAM DO ENSINO E DA APLICAÇÃO DA LÍNGUA NA RAEM

Português em Macau: qual o futuro?

LEI QUE INCENTIVA USO DO PORTUGUÊS NA GALIZA DEVE SER APROVADA ATÉ FINAIS DE 2013

Consenso alargado

O Centro Pedagógico e Científico da Língua Portuguesa que dirige “visa responder a esse desafio e alcançar vários objectivos dele resultantes: apro-fundar o diálogo com as instituições universitárias da China continental, desenvolver formação avançada, promover a formação contínua de docentes, produzir materiais, realizar ações regulares no domínio da língua portuguesa e das culturas lusófonas”.

O ESQUECIMENTOA Universidade de Macau (UMAC) esteve representada por Fernanda

Gil Costa. A directora do depar-tamento de Português da UMAC também questiona o futuro da língua no Oriente e lamenta o esquecimento a que foi votado Ma-cau no plano de acção de Brasília. “A situação especial de Macau em relação à história da presença de Portugal e da sua língua no mundo, bem como o estatuto transitório que ainda detém, a par da sua si-tuação privilegiada enquanto pla-taforma de interculturalidade e elo de ligação à diáspora portuguesa no Oriente, merece uma atenção

particular”, lembra Fernanda Gil Costa.

Para a académica é preciso “reflectir sobre os recursos e as estratégias de ensino e divulgação da língua portuguesa em Macau, dando preferência a dois campos fundamentais: o ensino do portu-guês no ensino superior de Macau, em especial na UMAC e com especial enfoque na habilitação de tradutores (chinês/português; português/chinês) e na licenciatura em Direito”.

Perpétua Santos Silva, investi-

gadora na Universidade de Lisboa (UL), lembrou as disposições para aquisição de recursos linguísticos em português que “podem ser variadas”. “Em Macau, orientam-se, maiorita-riamente, em função de expectativas de alargamento de oportunidades profissionais, centrando-se numa perspectiva utilitária da língua.”

A reflexão que a académica da UL propõe desenvolver “centra-se na discussão das dimensões racional--instrumental e relacional-afectiva subjacentes nos diferentes modos de relação com a língua portuguesa”.

níveis de ensino” e que o domínio do português tenha “especial reco-nhecimento” no acesso à função pública e a concursos.

Com vista ao reforço dos laços com o bloco lusófono, a proposta de lei - que terça-feira foi apresen-tada publicamente no âmbito da 2.ª Conferência da Língua Portuguesa no Sistema Mundial, que decor-reu até quarta-feira em Lisboa -, recomenda ainda à Comunidade Autónoma da Galiza que formalize a candidatura à obtenção do esta-tuto de observador associado da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). “Tem havido declarações e várias intenções mas esse processo nunca foi iniciado, apesar dos estatutos da CPLP re-

conhecerem essa possibilidade”, vincou Jóam Evans Pim, que pediu um “empenhamento” do Governo português e do bloco lusófono para “que de facto se consiga alcançar esse objectivo”.

“Se o Governo galego der passos sólidos no que respeita ao ensino [da língua portuguesa] e fortalecimento dos laços com a Lusofonia, estes também devem ser acompanhados pelos passos ne-cessários de Portugal e da CPLP”, acrescentou.

“Um argumento de peso é a língua portuguesa ter nascido no espaço geográfico galego” e a Gali-za ocupar “uma posição estratégica entre o mundo hispânico e o mundo lusófono, de onde poderão resultar

inúmeras vantagens culturais e eco-nómicas”, assinala o documento, ao qual a Lusa teve acesso.

O responsável explicou que o grupo parlamentar do Parido Popular quer que se retire do texto inicial o “prazo de quatro anos” para a incorporação da aprendizagem da língua portuguesa nas escolas e que se adicione o qualificativo de “língua estrangeira”. Também propõe “suprimir a segunda parte do Art.º 1, relativo ao reconhecimento na função pública”.

Já os socialistas do PSOE querem que fique estipulado que a incorporação do português no sistema educativo da Galiza “não deve supor uma redução das horas docentes do galego como língua oficial”.

Jóam Evans Pim mostrou-se “confiante” de que a proposta de lei possa mesmo assim ser “aprovada até o final do ano” e “sem grandes alterações” ao texto inicialmente apresentado.

12 publicidade hoje macau quinta-feira 31.10.2013

AvisoCandidatura dos Prémios de Ciências e da Tecnologia da RAEM para 2014

Nos termo do Regulamento Administrativo n.º 6/2011 que aprova o Regulamento dos Prémios

para o Desenvolvimento das Ciências e da Tecnologia, ficando assim, notificados os candidatos de que poderão candidatar-se através da seguinte forma:(1.) Objectivo

Premiar as personalidades que contribuam para as actividades no âmbito da ciência e tecnologia em Macau, no sentido de estimular o espírito de iniciativa e criatividade dos investigadores científicos e tecnológicos locais, em benefício de um desenvolvimento científico e tecnológico mais acelerado em Macau.

(2.) CategoriaSão criados na RAEM os seguintes prémios:(i) Prémios de ciência e tecnologia, que compreendem: Prémio de Ciências da Natureza,

Prémio de Invenção Tecnológica, Prémio de Progresso Científico e Tecnológico;(ii) Prémio de Investigação Científica e Desenvolvimento Tecnológico para Pós-Graduados;(iii) Prémio Especial.

(3.) Montante dos Prémios(Unidade: Dez milhares de patacas)

Montante a atribuir pela recepção dos prémios de ciência e tecnologia e prémios especiais

Montante a atribuir pela recepção do Prémio de Investigação

Científica e Desenvolvimento Tecnológico para Pós-Graduados

Primeiro lugar

Segundo lugar

Terceiro lugar Doutorandos Mestrandos

Prémio de Ciências da Natureza 100 60 40

8 6Prémio de Invenção Tecnológica 100 60 40

Prémio de Progresso Científico e Tecnológico 50 30 20

(4.) Qualificação da candidatura(I) Prémios de ciência e tecnologia;

Os residentes de Macau ou aqueles que obtenham autorização de trabalho ou que estejam a frequentar cursos em Macau podem candidatar-se aos prémios de ciência e tecnologia, desde que estejam preenchidas as seguintes condições:(i) Tenham prestado serviço a tempo inteiro ou frequentado cursos em instituição

local por período igual ou superior a um ano;(ii) Parte essencial do projecto de investigação científica ou desenvolvimento

tecnológico tenha tido lugar e sido concluído na RAEM, com resultados relevantes; e

(iii) Caso se trate de projectos de investigação científica ou desenvolvimento tecnológico realizados em conjunto com académicos do exterior da RAEM, o candidato deve ser o agente principal do projecto em causa.

(II) Os mestrandos ou doutorandos que estejam a frequentar as instituições locais de ensino superior ou os que obtenham o seu grau académico no período de um ano até à data da publicação do aviso do concurso para os prémios podem, sob recomendação da instituição de ensino superior a que pertencem, candidatar-se ao Prémio de Investigação Científica e Desenvolvimento Tecnológico para Pós-Graduados, desde que durante a frequência de cursos, tenham participado continuamente em actividades de investigação científica no âmbito das ciências da Natureza, tecnologia ou engenharia por período igual ou superior a um ano.

(III) A atribuir pela RAEM a personalidades ou instituições locais que recebam o Prémio Nacional de Ciências da Natureza, o Prémio Nacional de Invenção Tecnológica ou o Prémio Nacional de Progresso Científico e Tecnológico.As condições específicas de cada prémio podem ser consultadas no website do Fundo para o Desenvolvimento das Ciências e da Tecnologia. (http://www.fdct.gov.mo/tc/award.asp)

(5.) Forma da candidaturaOs interessados deverão solicitar pessoalmente a respectivo numero de registo junto do FDCT, enviar o pedido pela via electrónica após o devido preenchimento conforme o definido nas instruções e ainda entregar o pedido, após imprimido, ao FDCT para efeitos de confirmação.

(6.) Critérios de AvaliaçãoPor Regulamento Administrativo n.º 6/2011, processa o Regulamento dos Prémios para o Desenvolvimento das Ciências e da Tecnologia.

(7.) Data do requerimentoEntrega o pedido através da via electrónica do FDCT:De 1/Nov./2013 até 15/Jan./2014 para Prémio de Investigacão Científica e Desenvolvimento Tecnológico para Pós-Graduados;De 1/Nov./2013 até 28/Jan./2014 para Prémios de Ciência e Tecnologia;Todos os documentos papeis do pedido devem ser entregar ao FDCT antes do dia de 15/Fev./2014.

(8.) ConsultaEndereço: Alameda Dr. Carlos d’Assumpção, n.os 411-417, edifício Dynasty Plaza, 9.º andar.Telefone: 28788777; Fax: 28722681 Correio electrónico: [email protected]

O Presidente do Conselho de Administração do Fundo para o Desenvolvimento das Ciências e da Tecnologia

Tong Chi Kin29 de Outubro de 2013

13hoje macau quinta-feira 31.10.2013 VIDA

MANDADO DE NOTIFICAÇÃO N.° 351/AI/2013-----Atendendo à gravidade para o interesse público e não sendo possível proceder à respectiva notificação pessoal, pelo presente notifique-se o infractor Shagdar Erdenebat (portador do Passaporte da Mongolia n.° E0998XXX), que na sequência do Auto de Notícia n.° 15/DI-AI/2012 de 20.02012, levantado pela DST, por prestação ilegal de alojamento da fracção autónoma situada na Rua de Malaca n.° 140, Edf. Centro Internacional de Macau, Bloco 10, 8.° andar E, bem como por despacho da signatária de 18.10 2013, exarado no Relatório n.° 415/DI/2013, de 18.09.2013 lhe foi determinada a aplicação de uma multa de $200.000,00 (duzentas mil patacas), e ordenada a cessação imediata da prestação ilegal de alojamento no prédio ou da fracção autónoma em causa, nos termos do n.°1 do artigo 10.° e n.°1 do artigo 15.°, todos da Lei n.° 3/2010. --------------------------------------------------------O pagamento voluntário da multa deve ser efectuado no Departamento de Licenciamento e Inspecção destes Serviços, no prazo de 10 dias, contado a partir da presente publicação, de acordo com o n.° 1 do artigo 16.° da Lei n.° 3/2010, findo o qual será cobrada coercivamente através da Repartição de Execuções Fiscais, nos termos do n.° 2 do artigo 16.° do mesmo diploma. -----------Da presente decisão cabe recurso contencioso para o Tribunal Administrativo, a interpor no prazo de 60 dias, conforme estipulado na alínea b) do n.° 2 do artigo 25.° do Código do Processo Administrativo Contencioso, aprovado pelo Decreto-Lei n.° 110/99/M, de 13 de Dezembro e no artigo 20.° da Lei n.° 3/2010. ---------------------------------------------------------------------------------Há lugar à execução imediata da decisão caso esta não seja impugnada. --------------------------------------------------------------------O processo administrativo pode ser consultado, dentro das horas normais de expediente, no Departamento de Licenciamento e Inspecção desta Direcção de Serviços, sito na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção n.os 335-341, Edifício “Centro Hotline”, 18.° andar, Macau. ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Direcção dos Serviços de Turismo, aos 18 de Outubro de 2013.

A Directora dos Serviços, Subst.ª,Tse Heng Sai

MANDADO DE NOTIFICAÇÃO N.°352/AI/2013-----Atendendo à gravidade para o interesse público e não sendo possível proceder à respectiva notificação pessoal, pelo presente notifique-se a infractora Shirmen Altantuya(portadora do Passaporte da Mongolia n.° E0699XXX), que na sequência do Auto de Notícia n.° 15.1/DI-AI/2012de 20.02.2012 levantado pela DST, por quem angariar pessoa com vista ao seu alojamento na fracção autónoma situada na Rua de Malaca n.° 140, Edf. Centro Internacional de Macau, Bloco 10, 8.° andar E e utilizada para a prestação ilegal de alojamento, bem como por despacho da signatária de 18 .10.2013 exarado no Relatório n.° 416/DI/2013, de 18.09.2013, lhe foi determinada a aplicação de uma multa de $20.000,00 (vinte mil patacas), nos termos do n.° 2 do artigo 10.° da Lei n.° 3/2010. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------O pagamento voluntário da multa deve ser efectuado no Departamento de Licenciamento e Inspecção destes Serviços, no prazo de 10 dias, contado a partir da presente publicação, de acordo com o n.° 1 do artigo 16.° da Lei n.° 3/2010, findo o qual será cobrada coercivamente através da Repartição de Execuções Fiscais, nos termos do n.° 2 do artigo 16.° do mesmo diploma. -----------Da presente decisão cabe recurso contencioso para o Tribunal Administrativo, a interpor no prazo de 60 dias, conforme estipulado na alínea b) do n.° 2 do artigo 25.° do Código do Processo Administrativo Contencioso, aprovado pelo Decreto-Lei n.° 110/99/M, de 13 de Dezembro e no artigo 20.° da Lei n.° 3/2010. ---------------------------------------------------------------------------------Há lugar à execução imediata da decisão caso esta não seja impugnada. --------------------------------------------------------------------O processo administrativo pode ser consultado, dentro das horas normais de expediente, no Departamento de Licenciamento e Inspecção desta Direcção de Serviços, sito na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção n.os 335-341, Edifício “Centro Hotline”, 18.° andar, Macau. ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Direcção dos Serviços de Turismo, aos 18 de Outubro de 2013.

A Directora dos Serviços, Subst.ª,Tse Heng Sai

JOANA [email protected]

A resposta do IACM vem na sequência de uma denúncia feita esta sema-

na – e publicada na edição de segunda-feira – por uma residente. Cláudia Ferreira tentava ajudar na adopção de três cães, mas depois de estes terem desaparecido do lugar onde iam ser resgatados por terem sido apanhados pelo IACM, os interessados na adopção tiveram que se dirigir ao canil. No entanto, adoptar os três cães iria demorar cerca de quatro meses e as taxas co-bradas pelo IACM foi acima das nove mil patacas. A portu-guesa denunciou a situação aos meios de comunicação social por considerar estas taxas abusivas – o que não é motivo de queixa pela primeira vez -, e, ao HM, explicou que os valores pedidos pelo canil eram semelhantes ao que tem de pagar um dono que perde ou abandona o seu animal e, depois, o resgata novamente.

Uma dessas taxas é a “multa de infracção da disposição do Regulamento Geral dos Lugares Públi-cos”. Ou seja, na hipótese de os adoptantes quererem ficar com estes três ca-chorros, e para acelerar o processo de adopção, teriam de pagar esta multa – 600 patacas por animal.

De acordo com o IACM, “os três cães referidos nos jornais portugueses não foram reclamados por mais de 72 horas, estando o vete-rinário do IACM a proceder à sua examinação”. Os cães “adequados para adopção são colocados primeira-mente em quarentena”, esterilizados e, só depois,

IACM GARANTE QUE ADOPÇÕES SÃO GRATUITAS, COM EXCEPÇÃO DE LICENCIAMENTO DO ANIMAL

Grátis, mas penosasQuem quiser adoptar um animal nos canis municipais só precisa de pagar 500 patacas. A garantia é dada pelo Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) ao HM, que acrescenta, contudo, que há casos em que as taxas cobradas são acima deste valor: quando os donos perdem os animais

primeira vacina, para que eles pudessem vir para casa, e daríamos as outras duas conforme calendário a apresentar.” Mas, nem as-sim resultou. “Foram iras-cíveis e, portanto, passará por expor à Administração esta situação e pedir uma excepção, que devia ser uma regra.”

O tempo que demora a adopção é um dos fac-tores que preocupa mais os adoptantes. Segundo Cláudia Ferreira, os testes de saliva e sangue a doen-ças contagiosas ainda não foram feitos a nenhum dos animais. “Estes tes-tes permitem NA HORA

determinar se têm alguma doença a considerar.”

O HM tentou saber junto do IACM ainda outras ques-tões: se é verdade que o canil apanha animais em proprie-dades privadas, como tem vindo a ser denunciado, qual a razão para queixas de cobranças abusivas e ainda se os funcionários do IACM recebem algum tipo de bónus – como foi revelado por fonte junto do HM - por cada animal capturado. O organismo, contudo, não respondeu.

A burocracia na adopção de animais do IACM tem sido criticada na sociedade, principalmente porque é dado conta que há centenas de animais abatidos por ano. Isso, não deverá acontecer a estes. “Irei tomar as medi-das que entender serem as mais imediatas e efectivas, sendo que vi o canil e os outros animais e aquilo é um centro de abate, sem condições mínimas. Só não cheira a morte porque é ao ar livre”, desabafa Cláudia Ferreira.

PREÇOS FORNECIDOS AO HM PELO IACM• Quarentena diária/cão: 50 patacas

• Alimentação e hospedagem diárias/cão:

- Igual ou inferior a 10kg : 80 patacas

- Entre 11 a 20kg: 90 patacas

- Igual ou superior a 21 Kg: 100 patacas

• Licença anual /taxa de registo: 500 patacas

• Multa aplicada pela violação do Regulamento Geral dos

Espaços Públicos: 600 patacas

disponibilizados para adop-ção. “Por isso, cada caso de adopção de animal de estimação leva um deter-minado tempo para ficar concluído.” Neste caso, e segundo Cláudia Ferreira, quatro meses.

MULTAS E ARGUMENTOSOs valores apresentados pelo IACM para a adopção destes cães foram de 3120 patacas por cada. Isto, se-gundo os valores referentes a alguém que seria – por hipótese, para acelerar o processo de adopção – o anterior dono do animal a ser recolhido. “Os interessados

em adoptar animais só preci-sam de efectuar o pagamento da taxa da licença anual e não precisam de pagar as taxas de quarentena, alimentação, estadia e a operação de este-rilização”, explica o IACM. “Caso um cidadão queira reclamar o seu cão captu-rado ou apreendido tem de suportar ainda as despesas. Para além da inspecção de animais em quarentena, das despesas de alimentação e alojamento, se o cão não possuir a licença válida, o dono deverá efectuar o seu pagamento.”

Para Cláudia Ferreira - que enviou por escrito um comunicado ao HM, depois de ter visitado o IACM – as regras são demasiado burocráticas. “O que está escrito, está escrito e só fazem assim. Apenas os tiraram da rua e colocaram--nos numa gaiola. Eles alegam que os cachorros precisam de levar três va-cinas, espaçadas em dois meses e que não podem sair das instalações antes disso. Argumentámos que assinaríamos um termo de responsabilidade após a

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14 hoje macau quinta-feira 31.10.2013CULTURA

A leitura de livros em formato digital não substituiu a dos livros em papel, mas há uma

mudança do paradigma da leitura por causa da Internet, concluiu um estudo português, de âmbito internacional, domingo divulgado.

Algumas conclusões do estudo, iniciado em 2011, foram apresen-tadas na Conferência Internacional de Educação, na Fundação Calous-te Gulbenkian, em Lisboa, pelo investigador Gustavo Cardoso.

O estudo foi desenvolvido pelo Centro de Investigação e Estudos de Sociologia (CIES) e tem por base um inquérito feito em 16 países, incluindo Portugal, “sobre o que significa ler” na actualidade e como é que os utilizadores de Internet lêem em papel e em digital.

No caso de Portugal, a existên-cia de grandes leitores em formato digital ainda é “incipiente”, quando comparada com os restantes países incluídos no inquérito.

Apenas dez por cento dos inqui-ridos portugueses disseram ter lido mais de oito livros em formato digi-tal ao longo do último ano, quando a amostra global do inquérito se situou nos 30 por cento. “Tentou--se mapear a mudança. Como é que as pessoas estão a ler hoje, por via de terem adoptado, como forma de leitura, os ecrãs. Quais

J ORGE Palma, Rui Rei-ninho, The Legendary Tigerman e Zé Pedro

são alguns dos artistas por-tugueses que vão participar num concerto, sexta-feira, em Lisboa, dedicado ao músico norte-americano Lou Reed, que morreu no domingo, foi terça-feira anunciado.

Fonte da autarquia disse à agência Lusa que o concerto decorrerá no Largo do Inten-dente, por onde irão passar ainda JP Simões, Anamar, Nuno Duarte e Vasco Duarte

A digressão do grupo de rock português Moonspeel, que

começou no dia 25 em Praga, República Checa, e terminará em Pequim no dia 17 de Novembro, prevê a realização de 12 concertos em igual núme-ro de cidades russas.

Esta digressão em terras russas, que se ini-cia a 1 de Novembro em Moscovo e termina em Irkutsk, na Sibéria, no dia 12, não é a primeira do grupo pela Rússia,

TECNOLOGIA LEITURA NO DIGITAL NÃO SUBSTITUIU O PAPEL

Mudança de paradigma

MÚSICOS PORTUGUESES RECORDAM LOU REED EM LISBOA

Homenagem a quem parteDIGRESSÃO DOS MOONSPELL EM 12 CIDADES RUSSAS

A caminho de Pequim

são as tendências de transformação que estão a tocar as bibliotecas e a relação com este tipo de leitores”, antecipou Gustavo Cardoso, aos jornalistas.

No que toca ao mercado li-vreiro, o investigador referiu que em Portugal “quem está no sector joga à defesa” quando se fala em investimento no livro digital, e que não existe “uma estratégia comum a todos os editores”.

O inquérito internacional permitiu também concluir que a leitura em digital, em múltiplos suportes – telemóveis, ‘tablets’, computadores - coexiste com a leitura em papel e que o objecto de leitura inclui, além de livros e jornais, textos em blogues, correio electrónico ou mensagens partilha-das em redes sociais.

Segundo os investigadores do CIES, quem mais lê em digital também é quem lê mais em papel e o leitor actual “lê, escreve e partilha” perante uma comunidade.

O inquérito internacional reve-la ainda que os que dizem ler livros

em formato digital têm um maior nível de escolaridade e relacionam leitura e prazer mais com livros em papel do que em digital.

Os dados permitem ainda verificar que ler livros e jornais em digital é uma actividade tão individualizada quanto a leitura em papel e que os leitores do digital valorizam, por exemplo, a possi-bilidade de aceder a um motor de busca para pesquisas.

O inquérito foi realizado em países como China, Índia, Estados Unidos, Reino Unido, Espanha, Brasil, México, África do Sul, Egipto e Austrália.

Os dados estatísticos permi-tem perceber, por exemplo, que no Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul há mais leitores que já leram um livro em digital (79 por cento) do que na Europa (43 por cento, Alemanha, França, Itália, Espanha, Reino Unido e Portugal).

O projecto, cujos dados totais deverão ser disponibilizados no final do ano, foi coordenado pelo sociólogo Gustavo Cardoso, no CIES do ISCTE - Instituto Univer-sitário de Lisboa, em parceria com a Fundação Calouste Gulbenkian. Da equipa de investigadores che-gou a fazer parte Jorge Barreto Xavier, actual secretário de Estado da Cultura.

(a dupla de Homens da Luta), Alexandre Cortez (Rádio Ma-cau), Tiago Bettencourt, João Pedro Almendra (Punk Sina-tra), Rita Redshoes, Celina da Piedade e as Anarchicks. “É uma homenagem que a rapaziada do rock decidiu fazer ao Lou Reed. É um dos artistas mais influentes do rock que dizia que o sucesso de uma banda não se media pelos gritos nos concertos, mas pelo número de pessoas que formavam novos grupos depois de a ouvirem”, afir-

mou à agência Lusa o músico Nuno Duarte (Jel), um dos promotores da homenagem.

No concerto participarão ainda Armando Teixeira (Balla), Pedro Lousada (Blas-ted Mechanism), Manuel Fúria, Samuel Úria e os bateristas Samuel Palitos (A Naifa) e David Pires (Os Pon-tos Negros), mas “é natural que o número aumente até sexta-feira”, referiu.

Os artistas irão interpretar apenas repertório de Lou Reed e dos Velvet Underground.

O dia 1 de Novembro, sexta-feira, Dia de Todos os Santos, “é uma homenagem aos que já partiram, neste caso o Lou Reed. É quase como uma beatificação”, sublinhou o músico português.

Lou Reed morreu no domingo aos 71 anos, meses depois de ter sido submetido a um transplante de fígado.

A solo ou com os Velvet Underground, Lou Reed in-fluenciou várias gerações de artistas e “ajudou a moldar o rock n’roll”, como escreveu no domingo o New York Times.

mas é a mais abrangente e a mais esperada pelos amantes do metal. “Esta-mos realmente excitados com esta nova tour. To-caremos para o público de Leste, que, desde a primeira hora, nos tem recebido tão entusiasti-camente. Sinto-me um pouco como o Miguel Strogoff, a personagem de Júlio Verne, o correio do Czar que atravessa a Rússia para entregar informações vitais da guerra que se travava. É

um dos meus sonhos de criança conhecer a Rús-sia tão profundamente, chegar à Sibéria e fazer o nosso primeiro concerto em Pequim, na China!”, escreveu o vocalista, Fer-nando Ribeiro, na página da banda no Facebook.

Os fãs desta banda portuguesa também mani-festam grande expectativa quanto à sua actuação na Rússia.

Como os Moonspell não vão actuar na Udmu-tria, república da Fede-ração da Rússia, situada na região dos Urais, um grupo de fãs organizaram uma viagem a Moscovo para ouvirem aquilo a que chamam de “show epocal”. “A agência de concertos MegaTone CA apresenta um concerto de um dos grupos mais originais e misteriosos que tocam uma música no limite de estilos como o gótico, black, death, doom e, até por vezes electróni-co” - escreve a Agência de Informação da Sibéria.

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15 culturahoje macau quinta-feira 31.10.2013

A primeira participação da Orquestra de Macau (OM), no XV Festival Internacional de Artes

de Xangai, entre os dias 23 e 28 de Outubro, foi um sucesso, tendo contado com um total de cerca de 4.500 espectadores, que elogia-

O Instituto Cultural (IC), em colaboração com a Galeria

OCT Art & Design Gallery e com o Instituto Politécnico de Macau, organizou a Exposição “Jazz & Design – Niklaus Troxler” que está agora patente na Galeria Tap Seac. A mostra inclui visitas guiadas gratuitas aos visitantes

ORQUESTRA DE MACAU ACLAMADA NO FESTIVAL INTERNACIONAL DE ARTES

Embaixada com grande sucesso em Xangai

Exposição “Jazz & Design – Niklaus Troxler”, no Tap Seac, com visitas guiadas

ram o alto nível da OM, informa o comunicado de imprensa da organização. A Orquestra, diri-gida pelo seu Director Artístico e Maestro Principal, Lü Jia, foi acompanhada pela pianista Chen Sa, apresentando-se em concerto no Centro de Arte Oriental de Xan-

gai e no Grande Teatro de Wuxi. A OM colaborou ainda com um grupo de alunos da Universidade de Xangai no concerto “Campus”, dirigido pelo Maestro Assistente da OM, Francis Kan.

A delegação da OM, composta por mais de 90 pessoas, partiu em

direcção a Xangai no dia 23 de Outubro numa digressão musical com a duração de seis dias. Nos concertos em Xangai e Wuxi, a OM apresentou obras românticas de compositores russos, nome-adamente Nas Estepes da Ásia Central de Alexander Borodin,

Concerto para Piano e Orquestra n.o 2 de Sergei Rachmaninoff e Sinfonia n.o 6 “Pathétique” de Tchaikovsky, tendo sido ova-cionada de pé, informa a nota de imprensa.

No concerto “Campus”, que teve lugar na Universidade de Xangai, a OM colaborou com a Orquestra Sinfónica Estudantil de Xangai, dirigida pelo prestigiado Maestro Cao Peng. Neste concerto de intercâmbio, os músicos foram dirigidos pelo Maestro Assistente da OM, Francis Kan, na interpre-tação de duas conhecidas obras de Beethoven, a grandiosa Quinta Sinfonia e a poética Sexta Sinfonia “Pastoral”. O Festival Internacio-nal de Artes de Xangai é um grande evento cultural internacional orga-nizado pelo Ministério da Cultura da R.P.C. e realizado pelo Governo Municipal de Xangai, sendo o único festival de artes abrangente a nível nacional da China. A par-ticipação da OM no XV Festival Internacional de Artes de Xangai foi liderada pelo administrador da Orquestra, Wong Ka, constituindo a primeira digressão desta nova temporada de concertos. A OM irá continuar a assumir o papel de embaixadora cultural, promoven-do a cultura de Macau no exterior através da música, finaliza a nota de imprensa.

para que o público possa com-preender o conceito criativo atrás de cada objecto exposto e conhecer os antecedentes do criador, informa a nota de im-prensa da organização.

O novo serviço de visitas guiadas está disponível para o público em geral e para grupos,

contando com guias profis-sionais que apresentam a vida e as obras do designer gráfico suíço Niklaus Troxler. As visitas guiadas terão início no próximo dia 2 de Novembro, prolongando-se por três fins de semana consecutivos, em três sessões por dia pe-las 15h30, 16h30 e 17h30, conduzidas em cantonense, mandarim e inglês. Cada gru-po deverá ser constituído por um máximo de 25 pessoas.

A exposição está patente até ao dia 17 de Novembro, diariamente entre as 10 e 19h, na Galeria Tap Seac, com entrada livre.

16 hoje macau quinta-feira 31.10.2013DESPORTO

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CONVOCATÓRIARita Botelho dos Santos, Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau, vem, nos termos do nº 2 do artigo 30º dos estatutos desta Associação, convocar a Assembleia Geral para o próximo dia 28 de Novembro de 2013 (Quinta-Feira), pelas 18H00, na sede da A.T.F.P.M., sita na Avenida da Amizade Nºs. 273-279, r/c, Macau, com a seguinte ordem de trabalhos:

1. Aprovação do orçamento e plano de actividades para o ano de 2014;2. Outros assuntos.

Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau, aos 31 de Outubro de 2013.

A Presidente da Mesa da Assembleia Geral,

Comendadora Rita Botelho dos Santos

MARCO [email protected]

M AIS rápido, me-nos exigente, mas tão espectacular e excitante como o

mais praticado dos desportos de taco e mesa. O pool ainda não é tão popular como o snooker, mas tem cada vez mais adeptos no continente asiático e Macau não é excepção. O organismo que tutela a modalidade na RAEM quer capitalizar a enorme projecção mediática de disciplinas como o bilhar e o snooker e elevar o nível do pool praticado nas mesas do território.

Fundada há pouco mais de um ano, no início de 2012, a Associação dos Jogadores de Pool de Macau (Macau Pool Players Association, na desig-nação em inglês) quer insuflar uma dimensão institucional a uma modalidade que continua a ser praticada sobretudo nos bares e nos salões de jogos da RAEM. O organismo reconhe-ce que o pool que se pratica em Macau serve sobretudo – e por agora – principalmente como meio de confraternização, mas Sean Kilker, presidente da Associação, defende que há talento e potencial na RAEM para promover a disciplina de uma forma mais estruturada: “Não nos queremos limitar ao circuito dos bares. O nosso objectivo, a médio prazo, passa por estabelecer uma liga regu-

A organização dos Jogos da Lusofonia reformulou o guia do espectador da edição de 2014, que bania as bandeiras

nos recintos goeses durante as competições, pas-sando a permitir o símbolo nacional dos países.

O novo guia para os espectadores vai agora ser disponibilizado na Internet, depois de uma versão inicial em que as “bandeiras com ou sem hastes” constavam entre os 40 objectos banidos das provas, que vão decorrer em seis recintos entre 18 e 29 de Janeiro de 2014. “As bandeiras vão ser permitidas mas as hastes não”, afirmou o director executivo dos terceiros Jogos da Lusofonia, Keshav Chandra

Cerca de 1.500 atletas de 12 países (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equa-torial, Índia, Região Administrativa Especial de Macau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Sri Lanka e Timor-Leste) vão par-ticipar nos Jogos da Lusofonia de 2014.

Além das bandeiras, a versão inicial do guia para o espectador proibia moedas, garrafas, produtos alimentares, luzes de laser, capacetes de moto, assim como outros 40 objectos, como instrumentos musicais e equipamentos que possam, eventualmente, interferir no sistema electrónico que vai ser instalado nos locais onde vão realizar-se as competições.

Em todos os locais onde se vão realizar provas desportivas vão ser instalados detectores de metais e equipamentos de raio X.

A terceira edição dos Jogos da Lusofonia, que vão realizar-se em Goa entre os dias 18 e 29 de Janeiro, é organizada pela Associação dos Comités Olímpicos de Língua Oficial Portuguesa (ACOLOP).

JOGOS DA LUSOFONIA SÍMBOLO NACIONAL PODE SER USADO

Bandeirasao vento

HARD ROCK COM TORNEIO FEMININO A 7 DE NOVEMBRO

Associação de Poolinstitui campeonato

lar e promover mecanismos que possam levar à concepção de um ranking que tenha por base a performance compe-titiva dos praticantes que a modalidade tem em Macau. Queremos promover a disci-plina e a longo prazo, colocar o território no mapa mundial da modalidade”, assinala o dirigente.

Os responsáveis pela Ma-cau Pool Players Association reconhecem que o plano é ambicioso, mas estão ainda assim convictos que a meta que delinearam está ao alcance das ainda parcas possibi-lidades do organismo. A Associação de

Jogadores de Pool de Macau dá a 7 de Novembro o primeiro passo rumo à edificação de um panorama competitivo mais estruturado, com a organiza-ção, no Hard Rock Café, de um torneio feminino na variante de Bola 9. A prova, que premeia a vencedora com um prémio de mil patacas, constitui também a primeira etapa da edição inaugural da liga de pool de Macau, prova que deverá de-finir até Junho do próximo ano o nome da primeira campeã

do território: “O objectivo, como em todas as séries, é ter um campeão coroado. O ano passado organizamos pela primeira vez um campeonato por equipas que se prolongou por três meses e que acabou por definir uma equipa campeã de Macau. Este ano queremos fazer o mesmo também em singulares”, explica Raffaele Colleo, vice presidente da MPPA.

O torneio que na próxima quinta-feira tem o Had Rock Café como palco é o primeiro torneio feminino organizado pela Associação de Jogadores de Pool de Macau e o orga-nismo está convicto que vai conseguir atrair pelo menos 16 participantes, numa noite em que o rosa é a cor dominante. Depois da etapa inaugural da Liga feminina de Pool, a Ma-cau Pool Players Association deve dar também a tacada inaugural no equivalente masculino da competição. O

arranque da prova deverá ser dado no início de

Dezembro, tam-bém no Hard

Rock Café.

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FALO

Mudara consciência

chinesa

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40 - FOX Movies12:55 Anger Management14:40 Mr. Bean’S Holiday16:15 Paladin: Dawn Of The Dragon Slayer17:55 The Crown And The Dragon19:25 Bait21:00 The Bay22:30 Prometheus

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42 - Cinemax12:45 Dragon Wasps14:15 Disturbing Behavior16:00 The Brides Of Dracula17:30 Invader19:05 Body Parts20:30 Ghost Ship22:00 Night Of The Living Dead23:25 House At The End Of The Street

SALA 1THOR: THE DARK WORLD [C]Um filme de: Alan TaylorCom: Natalie Portman, Anthony Hopkins14.30, 16.30, 21.45

CAPTAIN PHILLIPS [C]Um filme de: Paul GreengrassCom: Tom Hanks19.15

SALA 2 CAPTAIN PHILLIPS [C]Um filme de: Paul GreengrassCom: Tom Hanks14.15, 16.45, 21.30

THOR: THE DARK WORLD [3D] [C]Um filme de: Alan TaylorCom: Natalie Portman, Anthony Hopkins19.30

SALA 3THE SECOND SIGHT [3D] [C](FALADO EM TAILANDÊSLEGENDADO EM CHINÊS E INGLÊS)

Com: Nawat Kulratanarak, Rhatha Phongam, Jirawetsuntorakul14.30, 16.30, 19.30

ABOUT TIME [B]Um filme de: Richard CurtisCom: Rachel McAdams, Domhnall Gleeson, Bill Nighy21.30

M A C A U [ S Ã ] A S S A D OCABEILOS... Foto: José C. Mendes

• Ir ao cabeireiro ou ao cabeleireiro é a mesma coisa? Poderá ser, mas, pelos vistos, há quem promova alguma diferença, ou seja, quem tiver cabeilos vá a este cabeireiro; quem tiver cabelo por ir ao cabeleireiro. Escolha você!

Uma visita do Chefe do Executivo que dura duas horas não dá para ouvir todas as queixas que os cidadãos têm para fazer, mas já é suficiente para deixar excitados esses mesmos cidadãos ditos comuns. Contudo, um fenómeno interessante de observar é quando os idosos estão a debater a visita de Chui Sai On e falam que “a visita não pode resolver os problemas, porque temos muitos”. Mas depois quando apertam a mão ao Chefe do Governo calam-se e ninguém fala das suas dificuldades.Este comportamento é tipicamente chinês: ninguém se queixa dos dirigentes máximos, porque os problemas vão continuar por resolver. Acredita-se que a resolução está dentro da própria pessoa. Isso é triste, mas o fenómeno existe na China e também em Macau, como região integrante do continente.Podemos olhar para a história, e se calhar durante a governação portuguesa as necessidades dos chineses não foram ouvidas pelos respectivos governadores. Mas depois da transição deveriam ter sido criadas mais vias para contactar o Chefe do Executivo. Pelo menos, fala a mesma língua do povo que governa. Contudo, essa situação não acontece. Veja-se o caso dos vendedores ambulantes da Rua da Emenda, que há muito que se queixam do novo plano de reordenamento das cinco ruas. Os deputados reflectem, o IACM age, mas o problema mantém-se, e sempre com a mesma desculpa: “dar oportunidade a outros assuntos”. Ontem, o Chefe do Executivo andou pela cidade a ouvir as pessoas. O que podemos ver é que os mais idosos já deixaram de lutar pelos seus problemas. Como sou um gato e tenho muitas vidas, só peço que quando for mais velho possa ter a memória de um Chefe do Executivo que, um dia, teve a sinceridade de ouvir os cidadãos e manteve os seus compromissos com o povo. Acredito que a consciência chinesa pode ser alterada, passando de um sentimento de desconfiança para confiança face à liderança do Governo.

OS MALAQUIAS • Andréa del Fuego(Vencedor do Prémio Literário José Saramago 2011)Serra Morena. Um raio esturrica o casal, em luz e carne. Os filhos ficam órfãos, com destinos diferentes. Antônio, o menino que não cresce. Nico, o patriarca engolido por um bule de café. Júlia, a menina em fuga permanente. Um lugar onde as sombras da terra e da água convivem. Onde a morte e a vida são o mesmo mundo. Um poema seco à humanidade de cada um de nós. Uma escrita áspera mas poética, desenhada com a vertigem das memórias da família Malaquias, e que evolui como tributo pessoal da autora aos seus antepassados. Transcendental e mágico, este romance do insólito revela-se uma leitura para o coração. Um livro forte, aclamado, invulgar.

UMA CASA PARA MR. BISWAS • V. S. Naipul“Uma Casa para Mr. Biswas” é um dos primeiros e mais importantes trabalhos de ficção de V.S. Naipaul e o romance que mais fez pelo conhecimento geral da sua obra. Nascido no lado errado da vida e atirado para o mundo que o acolheu com pouco mais do que um mau presságio, Mohum Biswas passou 46 anos da sua vida a lutar por ser independente. Mas a determinação e o esforço apenas levaram à calamidade. Comovente e cómico, “Uma Casa para Mr. Biswas” tem sido aclamado um dos melhores romances do século XX - em que, através da demanda de um homem, se evoca maravilhosamente o triunfo da resistência, persistência e dignidade num mundo pós-colonial.

18 hoje macau quinta-feira 31.10.2013OPINIÃO

Portas, o gingão do guiãoFernando SantoSin Jornal de Notícias

EXPECTATIVA. Outra vez. Está prometido para hoje um parto há muito esperado: o do guião da reforma do Estado. O especialista encarregado de o trazer à luz do dia não podia ser mais bem escolhido. Paulo Portas é, de longe, o elemento do Governo dotado de maior experiência e poder comuni-

cacional. Sendo ele gingão na linguagem, capaz como ninguém de usar “sound bytes” impressionistas, convém ficar de atalaia......

O guião só pode estar consubstanciado numa de duas vias.

A primeira alternativa, a mais esperada, pode baptizar-se de “música celestial”. A apresentação de um calhamaço de generali-dades político-ideológicas terá tudo para dar a impressão de se ter chegado a uma espécie de bússola orientadora - mesmo se não for perceptível uma única linha estratégica nacio-nal à distância de uma ou duas décadas. Sem conter propostas específicas e quantificadas, sector a sector, bastará o documento estar polvilhado de frases impactantes para gerar no país um debate estéril - apesar de histérico. O contributo servirá para puro entretenimento - e chicana política, de preferência “picando” o Partido Socialista.

Uma segunda via de apresentação é possível, embora pouco crível. Será muito mais bem-vista a apresentação de um docu-

mento enxuto, incisivo, especificando áreas alternativas ao actual modelo, explicando-as e quantificando os custos/benefícios de cada uma delas. Esperar um guião assim é, apesar de tudo, alinhar no optimismo excessivo. Trata-se de um esquisso impossível de rea-lizar, com credibilidade, em meia dúzia de meses - além de conflituar nas diferenças estratégicas e ideológicas do PSD e CDS, os partidos da coligação governamental. Como na primeira das hipóteses, seria convergente só para acicatar o debate, de preferência “picando” o Partido Socialista.

Qualquer equação seguida por Paulo Portas no tão afamado guião da reforma do Estado terá zero de efeitos práticos. Só não será um “não assunto” pela óbvia gestação de jogadas no xadrez partidário....

Por mais virtuoso que seja, o guião da reforma do Estado estará completamente desalinhado do calendário das decisões para o país. Será um sofisma se se encaixar no projecto de Orçamento do Estado de 2014 em discussão na Assembleia da República; se contiver linhas de acção capazes de fazer o país reflectir e decidir, elas jamais poderão ser levadas à prática antes de 2015. E o man-dato do Governo (a correr bem) termina aí.

Mais assim ou mais assado, na melhor das hipóteses, o guião da reforma do Estado está fadado a constituir-se num mero testamento político deste Governo.

O país merecia mais. Muito mais.

Por mais virtuoso que seja, o guião da reforma do Estado estará completamente desalinhado do calendário das decisões para o país. Será um sofisma se se encaixar no projecto de Orçamento do Estado de 2014 em discussão na Assembleia da República; se contiver linhas de acção capazes de fazer o país reflectir e decidir, elas jamais poderão ser levadas à prática antes de 2015. E o mandato do Governo (a correr bem) termina aí

LUCA

S VA

N LE

YDEN

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GO D

E XA

DREZ

19 opinião

Propriedade Fábrica de Notícias, Lda Director Carlos Morais José Editor Gonçalo Lobo Pinheiro Redacção Andreia Sofia Silva; Cecilia Lin; Joana de Freitas; José C. Mendes; Rita Marques Ramos; Zhou Xuefei [estagiária] Colaboradores Amélia Vieira; Ana Cristina Alves; António Falcão; António Graça de Abreu; Hugo Pinto; José Simões Morais; Marco Carvalho; Maria João Belchior (Pequim); Michel Reis; Rui Cascais; Sérgio Fonseca; Tiago Quadros Colunistas Arnaldo Gonçalves; David Chan; Fernando Eloy ; Fernando Vinhais Guedes; Gonçalo Alvim; Helder Fernando; Isabel Castro; Jorge Rodrigues Simão; Leocardo; Paul Chan Wai Chi Cartoonista Steph Grafismo Catarina Lau; Paulo Borges Ilustração Rui Rasquinho Agências Lusa; Xinhua Fotografia António Falcão, Gonçalo Lobo Pinheiro; Tiago Alcântara; Lusa; GCS; Xinhua Secretária de redacção e Publicidade Madalena da Silva ([email protected]) Assistente de marketing Vincent Vong Impressão Tipografia Welfare Morada Calçada de Santo Agostinho, n.º 19, Centro Comercial Nam Yue, 6.º andar A, Macau Telefone 28752401 Fax 28752405 e-mail [email protected] Sítio www.hojemacau.com.mo

RicaRdo Pinhotwitter.com/ricardo

Democracia é a arte de dar a impressão de democracia. A crise é causada pela crise.

disse-me um passarinho...

hoje macau quinta-feira 31.10.2013

Desumanização

O estado social é uma miragem, é vigora lei do cada um por si. Uma ambulância que venha ao socorro de um sinistrado deixa-o a esvair em sangue no local da ocorrência se ninguém adiantar o pagamento das despesas hospitalares, e sai mais barato atropelar alguém mortalmente do que suportar os custos do internamento e uma eventual indemnização

FALAR em investimento na China até há 30 anos era uma propos-ta risível. O país do meio era atrasado, pobre, politicamente instável, periférico e ainda um mistério aos olhos dos ociden-tais. Actualmente a simples men-ção do nome China é suficiente para pôr em sentido empresários e multinacionais, que procuram

por todos os meios entrar neste mercado tão apetecível. Com um controlo estatal onde a regra de ouro é o estímulo da economia, e uma numerosa mão-de-obra em regime de semi-escravatura, é impossível ignorar a relação entre o custo e a produção. As diplo-macias ocidentais fecham os olhos a certos princípios que outrora consideravam funda-mentais, tudo em nome da saúde financeira das multinacionais de que as suas finanças públicas tanto dependem, e o regime chinês abre a porta a quem queira tratar de negócios e faça o menor número de perguntas possível.

Da massa humana que compõe a China, há um grosso que vive ainda abaixo do limiar da pobreza. Centenas de milhões de trabalhadores migrantes trabalham de sol a sol para mandar a quase totalidade dos seus parcos rendimentos para as suas famílias a milhares de quilómetros de distância, que o vêem uma semana por ano, e que dele dependem. Do produto do trabalho destes milhões lucram uns poucos empresários, os mais bem posicionados, com ligações às elites e ao partido único, e é para esses que o “milagre económico” se pode cha-mar mesmo de “milagre”. Os outros lutam, tentando a pulso chamar a si uma parte do novo Eldorado chinês, e pelo caminho a obsessão pelo sucesso leva a que se deixe de distinguir o bem do mal, e os que ficam pelo caminho deixam muitas vezes atrás de si um rasto de sangue.

Esta vontade louca de enriquecer muito e depressa está a levar a uma desumanização nunca antes vista na era contemporânea. Vale tudo em nome do lucro, desde matar, roubar, raptar crianças para lhes colher os órgãos como se fosse fruta que se apanha num pomar e vendê-los no mercado negro, ou vender os filhos a troco de dinheiro para comprar acessórios de luxo. Tempos houve em que vender um filho para que os restan-

hospitalares, e sai mais barato atropelar alguém mortalmente do que suportar os custos do internamento e uma eventual indemnização. As seguradoras são uma fachada, um negócio como outro qualquer, que não está ali para dar dinheiro a ninguém, e a invalidez ou a doença crónica é um bi-lhete de ida sem volta para a indigência e mendicidade. O homem é uma peça de uma complexa máquina, e se não serve, deita-se no lixo, como qualquer roda disfuncional da engrenagem. Este é um estado que se diz “comunista”, uma república popular, uma “ditadura do proletariado”. Sob a capa da designação muito solidária de “socialismo de mercado”, pratica a mais selvagem das formas de capitalismo de que há memória.

A cobiça insaciável que leva a não saber onde parar pode parecer estranha aos nossos olhos de ocidentais. O que leva alguém que tem uma fortuna que nunca conseguiria gas-tar se vivesse quatro ou cinco vezes a querer mais? É preciso ter em conta que no início dos anos 60, enquanto a Europa renascia das cinzas da guerra em todo o seu esplendor, na China morriam milhões de fome. O ano de 1969 é marcado pela chegada do Homem à Lua e pelo Festival de Woodstock, e se na América se vivia o Verão do amor, na China a loucura da Revolução Cultural atingia o auge. Para o povo chinês, as últimas cinco décadas do século XX deram para tudo, menos para fazer dinheiro. A máxima “ser rico é ser glorioso” voltou a vigorar no início do terceiro milénio – mesmo que de uma forma tão reprovável.

O sucesso que este modelo chinês repre-senta acolhe a aprovação de outros modelos económicos fracassados ou ultrapassados, mas esta desumanização que acarreta parece ser um preço demasiado alto a pagar. Não queremos viver num mundo onde para que uns poucos tenham a oportunidade de “enri-quecerem e serem gloriosos” tenhamos que abdicar de valores como a solidariedade, o voluntarismo, a caridade ou a entreajuda. Chegaremos ao dia em que nada é grátis, e ao ridículo de pagar para perguntar as horas a alguém? Quero acreditar que a seu tempo a China vai meter um ponto de ordem nesta situação, mas estando aqui mesmo em baixo, em Macau, convém ficar atento para que não se imitem os maus hábitos.

bairro do or ienteLEOCARDO

tes não morressem à fome era um cenário dramático, próprio da mais lamentável das misérias. Hoje é um pretexto para adquirir um telemóvel de última geração ou outros produtos de marca. O crime prolifera em nome da facturação, e já nem a sombra negra da pena de morte parece intimidar os criminosos. Há quem defenda que abolição da pena de morte faria disparar a crimi-nalidade, mas tenho sérias dúvidas. Basta observar a expressão facial dos homicidas,

corruptos, traficantes ou piratas quando ou-vem a sentença: derrotados, mas resignados. Arriscaram e perderam, mas podiam ter ganho, e alcançado o tão ambicionado sonho de fazer parte desse “milagre”. É como um jogo de roleta russa.

O estado social é uma miragem, é vigora lei do cada um por si. Uma ambulância que venha ao socorro de um sinistrado deixa-o a esvair em sangue no local da ocorrência se ninguém adiantar o pagamento das despesas

RAFA

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EGRA

ANGOLA INVESTE MILHÕES EM COMUNICAÇÕES NO MAR, TERRA E AR

Atrair investimento estrangeiro PUB

hoje macau quinta-feira 31.10.2013

Putin destrona Obama no lugar mais poderoso do mundo A Forbes considera que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, é a personalidade mais poderosa do mundo, destronando assim do primeiro lugar da lista o homólogo dos Estados Unidos, Barack Obama. Na lista das 72 personalidades mais poderosas do planeta, a Forbes descreve Putin como o «líder autocrático de uma ex-superpotência» e Obama como o «comandante algemado do país mais dominante do mundo». «Putin solidificou o seu controlo sobre a Rússia, enquanto o período fraco de Obama parece ter aparecido mais cedo que o comum para um presidente no segundo mandato – o último exemplo: a confusão do encerramento do governo. Qualquer um que tenha observado o jogo de xadrez sobre a Síria e as escutas da NSA este ano ficou com uma ideia clara da mudança nas dinâmicas individuais de poder», refere a revista. O presidente chinês, Xi Jinping, termina o pódio dos mais influentes, estando o Papa Francisco no quarto lugar, uma estreia na lista, e a chanceler alemã, Angela Merkel, em quinto. A lista da Forbes mostra, ainda, um reforço das mulheres no mundo das decisões, com a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, em 20.º lugar, e a directora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, em 35.º. De referir que a lista dos mais poderosos da Forbes é baseada nas escolhas dos editores da revista norte-americana, que, sublinha, pretende descobrir «qual é a verdadeira natureza do poder» e se será possível «comparar e classificar chefes de Estado com figuras religiosas e traficantes de drogas».

Insólito Patos invadem farmácia em Nova IorqueUma farmácia em Saratoga Springs, no estado de Nova Iorque, recebeu na segunda-feira a visita de vários clientes especiais. Pelo menos 50 patos entraram pela porta automática da loja e permaneceram nos corredores da loja durante alguns minutos. Para não assustar os animais e causar uma maior confusão, os funcionários decidiram criar um caminho com pipocas até à rua. Os patos acabaram por deixar a loja de forma pacífica, sem causar nenhum dano.

ANGOLA vai investir cerca de 500 milhões de dólares na melhoria das infra-estrutu-ras de telecomunicações em terra, no mar

e no espaço para atrair investimento estrangeiro e diversificar a economia assente no petróleo, disse fonte oficial.

Em entrevista à agência financeira Bloom-berg, o director nacional das telecomunicações em Angola, Eduardo Sebastião, explicou que os 363 milhões de euros incluem um satélite russo que deverá entrar em funcionamento em 2017, no valor de 300 milhões de dólares, e um cabo submarino que atravesse o Oceano Atlântico até ao Brasil, um investimento de 200 milhões de dólares, e que começará a ser construído em 2014. “Encorajamos as companhias inter-nacionais a juntarem-se às nacionais e estamos prontos para os investidores começarem as operações no imediato”, afirmou o director de telecomunicações, acrescentando que “isto vai criar não só riqueza, mas também o bem-estar social através do aumento de postos de trabalho e combatendo a pobreza”.

Os operadores de telecomunicações são parte de um consórcio chamado Angola Cable, que vai operar 6 mil quilómetros entre Fortaleza, no Brasil, e estão à procura de financiamen-to, acrescentou o responsável na entrevista à Bloomberg.

Os dois países têm uma parceria estratégica, e o Brasil é o quarto maior parceiro comercial de Angola, a seguir a Portugal, China e os Es-tados Unidos.

O banco estatal russo Banco VTB financiou a construção do primeiro satélite, estando os técnicos locais a dar formação aos angolanos para operarem o aparelho, disse Sebastião, que sublinhou que “o satélite dará aos operadores locais independência um do outro, e vão ter um serviço mais barato, o que vai levar a custos mais baixos para os consumidores”.

cartoonpor Stephff

Moçambique FMI diz que tensão militar prejudica economiaEsta quarta-feira, o Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou para o facto de a crescente tensão militar em Moçambique ser um «factor de risco» para a economia, mantendo, porém, a previsão de um crescimento de 7% este ano. As declarações surgiram no final de uma missão de avaliação do panorama económico moçambicano. «A situação política é um factor de risco, como as cheias o são. Temos de reconhecer que se o clima de insegurança aumentar, pode ter um efeito tremendo sobre o crescimento económico. A linha férrea de Sena (por onde passam as exportações de carvão), localiza-se na área onde está concentrada a tensão”, afirmou a chefe da missão do FMI em Moçambique, Doris Ross. O país vive a sua pior crise política e militar desde a assinatura do Acordo Geral de Paz, em 1992, devido a confrontos entre o exército e homens armados da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), no centro do país.