humanização hospitalar análise da literatura sobre a atuação da enfermagem
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HUMANIZAO HOSPITALAR: ANLISE DA LITERATURA SOBRE A
ATUAO DA ENFERMAGEM
LEITE, Rodrigo Santana; NUNES, Clia Vieira; BELTRAME, Ideraldo. 1
RESUMO
Trata-se esta pesquisa de uma reviso bibliogrfica, cujo objetivo identificar, na literatura,
estudos relacionados s dificuldades enfrentadas pela equipe de enfermagem, com relao
prtica do cuidado humanizado, no mbito hospitalar, visando contribuir para a melhoria da
assistncia de enfermagem nas diversas clnicas. Este trabalho tem o enfermeiro como
referencial, o qual, alm de gerenciar as unidades, responde pelas questes administrativas e
sociais dentro da organizao de sade, tendo como meta o desenvolvimento e adequao de
tcnicas que facilitem a prtica do cuidado humanizado, que est intimamente ligada aos
modelos de assistncia adotados pela equipe multidisciplinar. Na literatura, verificou-se que
humanizar a assistncia uma preocupao da enfermagem desde os tempos de Florence. A
mecanizao da assistncia pode comprometer o atendimento humanizado, e a tecnologia, em
alguns momentos, parece contribuir de forma pouco significativa para a prtica do cuidado
humanizado.Todavia, a busca de melhoria da qualidade da assistncia contribui para que novos
modelos sejam adotados, nos quais o conceito humanizao tem lugar garantido.
Palavras-chave: Humanizao. Hospital. Enfermagem.
1 Graduandos do Centro Universitrio Nove de Julho (So Paulo). [email protected]
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INTRODUO
Ao longo do ciclo vital, o ser humano passa por diversas tentativas de melhoria pessoal. No
aspecto profissional, experincias vividas por profissionais de enfermagem, por muitas vezes
traumticas, refletem diretamente em suas aes na assistncia ao paciente/cliente. Esta vivncia
profissional tem vrios caminhos a serem percorridos na arte do cuidar, sendo que essas
possibilidades proporcionam ao profissional vivenciar, na sua prtica diria, um cuidado
extremamente tcnico, no qual no h lugar para emoes, envolvimentos pessoais do
paciente/cliente com o profissional e vice-versa.
Alguns enfermeiros acreditam que a melhora das enfermidades de seus pacientes/clientes
depende, exclusivamente, de se executar uma tcnica precisa, seguir-se padres com frieza e
exatido e seguir-se prescries sem questionamentos. Em contrapartida, outros acreditam que
uma boa assistncia deve ser prestada dentro de uma viso holstica, na qual a solidariedade e a
benevolncia para com o prximo so imprescindveis para a valorizao do ser humano,
estabelecendo, desta forma, uma relao de ajuda e empatia, fazendo com que a humanizao
seja a base da profisso de enfermagem.
Na realidade a enfermagem dever manter um pouco mais de contato pessoal, fornecendo
aos seus pacientes/clientes, alm da assistncia profissional, o carinho, a ateno e a
responsabilidade, o que repercutir na assistncia com qualidade. O termo humanizar significa
tornar humano, dar condio humana, tornar afvel e tratvel (FERREIRA, 2001).
Desde Florence, j havia uma preocupao com a qualidade do atendimento de
enfermagem dispensada aos pacientes/clientes, o que, de certa maneira, alm de abarcar formas
de tratamento e higiene, tambm contempla questes relacionadas ao seu bem-estar, como por
exemplo conforto, ateno e ambientes tranqilos. Mais recentemente, no Brasil, Wanda Horta, a
partir de suas experincias cotidianas com o ser humano, difundiu um modelo de atendimento de
enfermagem que disponibilizou aos pacientes/clientes um tratamento que permite o auto cuidado
sem se desvincular do acompanhamento da enfermagem. Essa viso tambm pode ser entendida
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como uma busca da humanizao no atendimento de enfermagem, uma vez que tenta colocar o
enfermeiro a par do potencial do prprio paciente/cliente e, holisticamente, compreend-lo como
um todo. Contudo, apesar de sua crescente importncia, a humanizao da assistncia de
enfermagem ainda um assunto pouco pesquisado e pouco aplicado no Brasil (Horta, 1979).
Pode-se dizer que a humanizao deve ser resgatada, pois direito do paciente/cliente
como ser humano ter sua dignidade mantida, ter respeitados as suas necessidades, os valores, os
princpios ticos e morais, as suas crenas e de seus familiares; ter alvio da dor e de seu
sofrimento com todos os recursos tecnolgicos e psicolgicos disponveis no momento de seu
atendimento, ter sua privacidade preservada sempre que possvel, como tambm, ter condies e
ambientes que facilitem o restabelecimento, a manuteno, a melhora da assistncia sade e,
em ltima instncia, a morte digna. Contudo, tem se verificado que a oportunidade de ampliar a
humanizao est ainda muito dificultada, j que o enfoque do atendimento todo na
sintomatologia, ou seja, uma viso cartesiana (MARTINS; FARIA, 2000).
A realidade no servio de sade no Brasil, h muito, tem sido exposta na mdia. De um
modo geral, no segredo que o atendimento disponibilizado populao carece de qualidade.
Pretende-se alcanar tais objetivos pela anlise da literatura pertinente, atravs de uma reviso
bibliogrfica sobre estudos relacionados humanizao hospitalar. A forma atual de conduzir as
aes de enfermagem d origem a grandes obstculos no trabalho de muitos profissionais, pois
os trabalhadores de enfermagem muitas vezes no percebem que o sujeito ali hospitalizado se v
retirado do ambiente que lhe era familiar, se v privado de dar continuidade a aspectos
fundamentais do seu cotidiano, sobretudo o convvio com pessoas queridas, o andar, o conversar,
o trabalhar, o comer, dentre outros. Pode-se perceber tambm que o sujeito hospitalizado e seus
familiares desconhecem seus direitos anulando-se nesse processo, deixando que os trabalhadores
de sade conduzam aes de cuidado e quase sempre as decida.
Nesse sentido, cabe destacar que a ABEn (Associao Brasileira de Enfermagem), em
2002, props a discusso do tema humanizao e trabalho: razo e sentido na enfermagem,
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durante as comemoraes da Semana da Enfermagem, com a perspectiva de desenvolver no
profissional o interesse em prestar uma assistncia humanizada (COLLET; ROZENDO, 2002).
A convergncia entre humanizao e trabalho de enfermagem no pode ser vista como
mais um modismo, no interior da profisso. Como possvel ao cuidador trabalhar de maneira
humanizada, se ele prprio no trabalha num ambiente humanizado? A equipe de enfermagem
tambm necessita de cuidados especiais, de ateno, visando mant-la forte e unida, pois quando
no dispe da ajuda necessria para se proteger dos riscos do trabalho, nem para usufruir de
recompensas, todas as espcies de problemas podem surgir. O sentimento de decepo ou
desmotivao, cujos reflexos podem implicar em baixa qualidade da assistncia prestada,
refletem-se sobre o cuidado da prpria equipe, como uma exigncia para cuidar dos outros
(COSTA; LUNARDI; SOARES, 2003).
Buscar formas efetivas para humanizar a prtica em sade implica em aproximaes
crticas que permitem compreender a temtica, alm de seus componentes tcnicos,
instrumentais, envolvendo, essencialmente, as dimenses poltico-filisficas que lhe imprimem
um sentido (CASATE; CORRA, 2005).
O objetivo desse trabalho identificar, atravs de uma reviso da literatura, as dificuldades da
enfermagem relacionadas humanizao no mbito hospitalar.
Conceito e histria da humanizao hospitalar
A assistncia de enfermagem na rea hospitalar algo de vital importncia para a
humanizao em nosso Pas. A humanizao , em sua essncia, tornar humano, benvolo,
sensvel e caridoso (LAROUSE, 1995). mudar os paradigmas de gesto, possibilitando aos
profissionais o acesso e a participao mais efetiva nos processos que envolvam um atendimento
com cortesia, benevolncia, simpatia e respeito. promover, num estabelecimento, uma relao
de ajuda (FORTES; MARTINS, 2000). A humanizao, em qualquer atividade, quando
colocada em prtica, requer um esforo individual de seus idealizadores. A prtica da
humanizao est intimamente ligada maneira que o individuo v o outrem.
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Desde os tempos primrdios, a enfermidade era vista com resignao e seu alvio s
poderia ser encontrado em templos, onde religiosos se dedicavam a estes moribundos que, na
maioria das vezes, eram deixdos prpria sorte (CAMIGNOTTO, 1972). No decorrer dos
sculos, foram criados os hospitais, que eram vistos como abrigos exclusivos para indigentes,
onde a arte de cuidar era praticada sem muitas tcnicas e exigncias e qualquer pessoa poderia
execut-la. No sculo XX, com a ampliao dos conhecimentos multidisciplinares, os hospitais
foram abertos para uma larga parcela da sociedade, tendo uma melhora significativa nos nveis
de atendimento prestado aos enfermos (MEYER, 2002). A tecnologia racionalizada e a
normatizao foram medidas essenciais no processo, mas trouxeram consigo a desumanizao
(CAMIGNOTTO, 1972).
Em tempos remotos, a humanizao j era algo muito almejado pelos homens, sendo que
atualmente, devido evoluo da humanidade, as grandes modificaes em todos os campos e
nveis, a mesma desejada e discutida de forma mais intensa. Devido essa grande
transformao, a sociedade enfrenta srias dificuldades com o tecnicismo o qual condiciona a
civilizao, provocando uma necessidade generalizada de condies mais humanas. Pois quanto
mais tcnico se torna o homem, menos humano ele se sente. Da surgir a necessidade de um
novo humanismo que favorea ao homem moderno o encontro de si mesmo, assumindo os seus
valores. Em se tratando do ambiente hospitalar, este tambm necessita de humanismo que crie a
capacidade de oferecer ao enfermo um ambiente digno, dando ao avano da tcnica um destino
humano em que o mesmo no seja olhado com os olhos frios da tcnica como se fosse apenas
corpo, pois a tcnica s tem sentido se favorecer o homem (RIBEIRO; CARANDINA;
FUGITA, 1999).
Cada vez mais os hospitais buscam novos recursos, na tentativa de satisfazer o
cliente/paciente e as relaes, por sua vez, com a famlia (cada vez mais frgil). O ambiente
hospitalar s conseguir a humanizao medida que dispuser de meios suficientes para o
desempenho de sua misso (CAMIGNOTTO, 1972).
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Implantao da humanizao no hospital
O cuidar humanizado est inteiramente ligado com o profissional que o executa: seu estado
psicolgico, fsico e mental; com suas experincias anteriores, o cansao fsico pode ser um
fator desfavorvel prtica do cuidado humanizado. O nmero de profissionais deve ser
equivalente ao nmero preconizado pelo Conselho Regional de Enfermagem para que o cuidado
seja adequado, de forma que o profissional tenha condies de ouvir o cliente/paciente, dando
ateno s suas reivindicaes em relao s coisas simples do seu dia-a-dia (COREN-SP,
2002). O nmero inadequado de profissionais de enfermagem gera na equipe sobrecarga que na,
maioria das vezes, j est instalada, pois as remuneraes inadequadas obriga-os,
constantemente, a manterem duplas e at triplas jornadas de trabalho. Estes trabalhadores so
tratados de forma desumana, as instituies no tm polticas que favoream a estes
trabalhadores j que, na maioria das vezes, suas reivindicaes no so ouvidas e nem levadas
em considerao. H falta de espaos que promovam alegria, lazer e repouso, que proporcionem
mais tranqilidade na hora de seu descanso assegurado por leis trabalhistas neste ambiente
hostil, onde s se tem o posto de enfermagem como ponto de referncia dentro da estrutura
hospitalar. As organizaes hospitalares no tm interesse de manter esses espaos, j que este
tipo de benefcio gera custos adicionais (MARTINS; FARIAS; 2003).
Na integrao da equipe so fundamentais a valorizao e o respeito entre os profissionais,
ocorrendo assim um reflexo positivo na relao entre os mesmos. Quando esta integrao
acontece, o cliente/paciente sente-se mais confiante, seguro e mais tranqilo no que se refere a
cuidados prestados por toda equipe, ocorrendo assim uma diminuio da ansiedade e
proporcionando um ambiente hospitalar mais esperanoso (GELAIN, 1963).
O hospital, para ser humanizado na sua estruturao e construo fsica, deve se preocupar
com sua localizao, sendo de fcil acesso; se possvel, longe do trfego intenso, com proteo
contra chuvas e ventos fortes em reas descobertas. Espaos externos que ofeream ao
paciente/cliente tranqilidade e uma paisagem (um ar que no seja to hospitalar). A rea interna
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deve promover fcil locomoo, com placas que indiquem os diversos setores dentro das
instituies, que facilitam no s para as pessoas internadas, mas tambm para seus entes
queridos nos momento de possveis visitas; a disposio e tamanho dos quartos e as condies
trmicas e acsticas devem ser favorveis ao conforto. As cores das reas internas das alas de
internao so de extrema importncia e deveriam manter um padro que favorea a sensao de
tranqilidade. A distncia do posto de enfermagem algo que tambm tem importncia
fundamental para o cuidado humanizado, pois cada vez que um enfermeiro sai do posto em
direo aos leitos durante seu planto, pode gerar cansao, que poderia ser evitado no momento
de sua estruturao, pois quanto menos cansado estiver este enfermeiro, melhor sua ateno a
pequenas reivindicaes do paciente/cliente (GELAIN, 1968).
Deve-se levar em considerao alguns aspectos para que um hospital seja humanizado: os
equipamentos disponveis para o usurio, a importncia em que se d ao pessoal que presta
servio tanto o interno como externo, dando condies para o aperfeioamento destes
colaboradores. Uma educao continuada eficiente pode cooperar em potencial para capacitao
destes profissionais, pois de nada adianta pretender dedicar cuidados especiais ao
paciente/cliente se quem lida com os mesmos no est devidamente qualificado para
desempenho de um cuidado humanizado. A seleo de profissional especializado para os
diversos setores do hospital facilita o desenvolvimento do trabalho humanizado, que executado
com prazer e dedicao, dando o seu melhor, em prol de outrem, sem se deixar influenciar pelo
tecnicismo e, com isso, modificando a relao com o ser humano (COREN-SP, 2005).
A assistncia de enfermagem tornou-se indireta e fria, uma vez que toda a ateno dada
aparelhagem e material disponvel na unidade, tendo maior visibilidade pela necessidade
constante de conferncias e, sendo assim, o contato com o paciente/cliente fica cada vez mais
distante do modelo de humanizao (MEYER, 2002).
Os hospitais no devem se esquecer do paciente/cliente nos seus aspectos psicolgicos e
religiosos, em virtude dos mesmos se sentirem alienados durante sua hospitalizao, devido a
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separao de seu convvio familiar e social. Num hospital humanizado, o paciente/cliente, ao ser
admitido, recebe um preparo psicolgico, as orientaes durante a realizao de procedimentos
delicados e invasivos, de exames e cirurgias, evitando, assim, sofrimentos desnecessrios,
ansiedade e traumas (COSTA; LUNAARDI; SOARES, 2003).
No Brasil existem alguns aspectos que cooperam para que os hospitais sejam desumanos,
como, por exemplo, a falta de leis hospitalares; a falta de reposio de materiais quando
danificados; e, um dos problemas mais relevantes, a falta de programas para resolver a
problemtica de longas filas de espera que geram desconforto, irritabilidade e insatisfao por
parte destes usurios, que na maioria das vezes no tm outra opo se no esperar
pacientemente com dor, sem ter onde reclamar, e quando o faz, sofrendo represlias por parte de
alguns profissionais. H carncia absoluta de materiais delicados e indispensveis para que
aconteam cirurgias de mdio e grande porte. Concomitante, a ausncia de mo-de-obra
qualificada um dos principais contribuintes para o aumento significativo das filas de espera,
tornando o atendimento cada vez menos humanizado (COSTA; LUAARDI; SOARES, 2003).
Diante de tantos problemas, necessrio que ocorra uma mudana de atitude por parte de
profissionais, com propostas que venham melhorar os nveis da assistncia hospitalar, por parte
dos administradores, diretores tcnicos e enfermeiros envolvidos na assistncia ao
paciente/cliente (HORTA, 1979).
A humanizao na emergncia
A humanizao trs consigo a necessidade de uma integrao entre os diversos setores de
um hospital, especificamente da emergncia. Nesse sentido, uma pesquisa teve um resultado
positivo quando aplicou o psicodrama como recurso psicoteraputico e pedaggico, permitindo,
assim, resgatar o sentido ldico da comunicao, facilitando a expresso e compreenso das
idias. Profissionais envolvidos tiveram a oportunidade de exteriorizar os problemas e
dificuldades, permitindo sua explorao e entendimento. Assim, foi possvel analisar a utilizao
do psicodrama despertando nos profissionais o interesse por uma aprendizagem diferente da
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tradicional que primou pela reflexo relativa a uma forma humanizada do atendimento a sade
na emergncia.
Esta aplicao foi desenvolvida em etapas; nas temticas que foram utilizadas no segundo
momento da pesquisa foi de vital importncia que todos os envolvidos passassem por todas as
etapas para a atualizao de referncias pessoais e profissionais, individuais e grupais, para que
estes profissionais dramatizassem situaes. Era solicitado dos mesmos que relacionassem com
situaes de suas vivncias cotidianas. Aps cada encontro, os coordenadores se reuniam para
discutir as convivncias e registrar o que emergia dos grupos, suas observaes e percepes e
planejavam o que seria abordado no prximo encontro (SAEKI et al., 2002).
No momento da anlise dos encontros foi possvel repensar a humanizao no contexto
hospitalar da emergncia, sendo que o grupo envolvido mostrou uma baixa auto-estima em
relao ao seu trabalho, o que parece ter sido pela falta de reconhecimento profissional, desde os
colegas at chefias, levando-os a se sentirem margem da instituio, eximindo-os quanto sua
capacidade de desenvolver a humanizao, tanto no que diz respeito ao usurio, quanto equipe
multidisciplinar (SAEKI et al., 2002).
Como um maior apoio, as vivncias que envolvem o pensar, o sentir e o agir podem
produzir resultados que podem permanecer com os profissionais ao longo do tempo. (DATNER,
1999). Faz-se necessrio reaproximar os profissionais dos resultados positivos de seu trabalho
na tentativa do resgate da valorizao e do orgulho profissional pelo esforo singular realizado.
Para que efetivamente a humanizao tenha xito, faz-se necessrio que a educao continuada
norteie as aes para a prtica do atendimento humanizado e que as mesmas partam da direo
da instituio e possam atingir toda a equipe, os quais as aplicar ao paciente/cliente (SAEKI et
al., 2002).
Humanizao na sade da mulher
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A Organizao Mundial da Sade (OMS) preconiza medidas para a mulher em trabalho de
parto. Estas devem ter direito a suporte emocional e ateno sade com o mnimo de
intervenes (DAVIM; BEZZERRA, 2002).
Um dado relevante que os nossos modelos assistenciais tm negligenciado a prtica do
parto natural e se sustenta em duas concepes: uma dentro da viso cartesiana, apoiando o
enfoque no risco. Mas, paralela viso cartesiana, h uma segunda viso holstica do corpo, que
tem como meta a humanizao, e tem sido aplicada pelas enfermeiras obstetras que atuam de
uma maneira diferenciada (HORTA, 1979). Os modelos vigentes vem gestantes sozinhas em
macas, distantes de seus entes queridos, num momento em que a gestante est fragilizada e
vulnervel, vivendo em um ambiente com pessoas estranhas, estressadas e que utilizam
linguagem desconhecida. Dentro deste contexto, surge uma nova viso sobre o trabalho de parto
humanizado baseando-se na tecnologia apropriada para o nascimento e o parto, no qual a
gestante que determina a posio em que quer dar luz, e que possa ser estimulada a
amamentao do recm nascido.
necessrio que ocorra comunicao entre a equipe e a famlia da gestante sobre suas
condies do parto e sobre como est o recm nascido, diminuindo assim a ansiedade de ambos.
Faz-se tambm necessrio o estmulo para a realizao do parto natural (DAVIM; BEZERRA;
2002).
Nesse sentido, foi criado um projeto que tem como proposta resgatar o carter fisiolgico
no ato de nascer. As enfermeiras envolvidas neste processo so capacitadas para desenvolver nas
gestantes: coragem, informao e orientao sobre o parto natural. So desenvolvidas tcnicas
de respirao, tcnica para relaxamento com msica e hidromassagem. Tudo isso com o objetivo
de minimizar os desconfortos no momento do parto. Esta prtica deve ser incentivada e deve
provocar entre os enfermeiros um sentimento de reflexo para que os mesmos possam contribuir
significativamente para a implantao de novos hbitos, adquirindo, desta forma,
reconhecimento profissional por parte de sua equipe (DAVIM; BEZERRA; 2002).
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Humanizao nos setores crticos
Cada vez mais os enfermeiros, nas unidades de terapia intensivas (UTI), tanto nas
peditricas quanto nas de adulto, tm tido a preocupao quanto prtica da humanizao. Nas
UTI peditricas a preocupao em pratic-la no se restringe s s crianas em suas unidades
mas tambm aos pais que, na internao, acompanham em quase todos os momentos os filhos.
Sendo considerado um ponto importante para a prtica da humanizao, a assistncia centrada
na criana e na famlia ainda algo bastante incipiente e que passa pelo mbito da motivao
pessoal (PAULI; BOUSSO, 2003). O significado cultural do cuidado humanizado em UTI
revelado em um estudo como algo muito falado e pouco vivido (PAULI; BOUSSO, 2003).
Existe a necessidade da equipe de enfermagem fortalecer as relaes com sentimentos,
valores, crenas e limitaes, para compreender suas aes em relao s pessoas que esto sob
seu cuidado, no s o paciente/cliente mas seus acompanhantes, que tambm requerem ateno e
cuidado. E o enfermeiro o responsvel por suprir todas estas necessidades de sua equipe e as
da famlia (PAULI; BOUSSO, 2003).
Na UTI adulto todas as vivncias so bem parecidas, porm os profissionais de
enfermagem, por vrios fatores, trabalham com mecanismos nos quais alguns valores e direitos
dos pacientes/clientes so negligenciados, direitos estes que na maioria das vezes os
pacientes/clientes desconhecem; ocorrendo assim a desumanizao na assistncia de
enfermagem (HAYASHI; GISI; 2000). E esta desumanizao est ligada falta de estmulos da
enfermagem.
Em algumas UTI os enfermeiros s executam prescries mdicas, no opinam na forma
de assistncia, predominando a viso cartesiana; a viso holstica quase no tem valor e os
trabalhadores vem-se como meros executores. Neste contexto, sempre o outro tem a
responsabilidade, o mdico, como se este tivesse total conhecimento cientfico de todas as
formas de assistncia. O enfermeiro aquele que passa mais tempo ao lado destes
pacientes/clientes, sendo ele o mais qualificado para tomar as decises a cerca de quais os
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cuidados so mais adequados a estes pacientes/clientes, sendo tambm necessrio a integrao
entre os auxiliares e tcnicos e o enfermeiro, pois trabalham em prol da qualidade da assistncia
humanizada (MARTINS; FARIA, 2000).
Esta fuso de conhecimentos coopera para o xito da humanizao nos setores mais
crticos do hospital, entre estes setores encontra-se o centro cirrgico, que tambm tem seus
indicadores de humanizao sendo mensurados com base nas aes de enfermagem frente ao
paciente/cliente, priorizando atitudes de respeito e privacidade, atingindo a satisfao do
paciente/cliente. Os profissionais de enfermagem que atuam no centro cirrgico so geralmente
os responsveis pela recepo do paciente/cliente na sua respectiva unidade (que deve ser)
personalizada respeitando sempre suas individualidades. O profissional deve ser corts, educado
e compreensivo, buscando entender e considerar as condies do paciente/cliente, que
normalmente j se encontra sob efeito dos medicamentos pr-anestsicos (OLIVEIRA, 2001).
Dentre as atividades desenvolvidas pela enfermagem no centro cirrgico, temos a recepo
e identificao do paciente/cliente, o encaminhamento sala cirrgica, a preparao e montagem
da sala, o teste e verificao da segurana dos equipamentos, a mobilizao e transporte de
pacientes/clientes, a recepo e avaliao em sala de recuperao anestsica, a assistncia
individualizada e humanizada.
As atividades de enfermagem no centro cirrgico, muitas vezes, podem ser limitadas a
segurar a mo do paciente/cliente na induo anestsica, ouvi-lo, confort-lo e posicion-lo na
mesa cirrgica (OLIVEIRA, 2001).
Com os avanos cientficos, tecnolgicos e a modernizao de procedimentos vinculados
necessidade de se estabelecer controle, o enfermeiro passou a assumir cada vez mais encargos
administrativos, afastando-se gradualmente do cuidado ao paciente/cliente, surgindo, com isso, a
necessidade de resgatar os valores humansticos de assistncia de enfermagem. A importncia e
a responsabilidade da enfermagem, quanto observao e atendimento das necessidades
psicossomticas do paciente/ cliente cirrgico, devem ser detectadas, uma vez que possui funo
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especfica na eficcia da teraputica de seus pacientes, pois, dependendo de sua atitude, pode
facilitar ou impedir um programa de recuperao, visto que este paciente invadido de modo
desconhecido num ambiente estranho.
Nesse sentido, a humanizao caracteriza-se em colocar a cabea e o corao na tarefa a
ser desenvolvida, entregar-se de maneira sincera e leal ao outro e saber ouvir com cincia e
pacincia as palavras e o silncio. O relacionamento e o contato direto fazem crescer e nesse
momento de troca que se executa a humanizao, porque assim se pode se reconhecer e se
identificar como gente, como ser humano (OLIVEIRA, 2001).
A humanizao num aspecto geral
Amparados nessas afirmaes, percebe-se que no possvel termos profissionais
conscientizados da necessidade de prestarem assistncia humanizada aos pacientes, se no forem
preparados na graduao para estarem desempenhando tal atividade. Com isso, possvel
observar que o atendimento dedicado ao paciente se distancia demasiadamente da teoria, j que,
na prtica, em vrias situaes, a ateno individualizada praticada de forma mecnica. Assim,
a ptica profissional, que tanto deve ser conservada, acaba sendo substituda por prticas de vida
adotadas e pela escassez de tempo ou mesmo por comodidade de certos profissionais, tornando
o ambiente desumano (GUIDO, 1995).
Todas as pessoas que convivem em busca de uma melhor condio de vida querem seus
direitos, esquecendo, s vezes, os deveres. A liberdade da equipe multidisciplinar pode tolher a
do paciente/cliente, ameaando sua estrutura emocional. No entanto, no podemos esquecer que
os profissionais de sade tambm tm sentimentos e muitas vezes preocupam-se em agir com
tica, buscando solucionar ou minimizar o sofrimento de maneira menos agressiva possvel
(GUIDO, 1995).
Ao se respeitar e atender as necessidades e direitos do paciente, a equipe que com ele se
relaciona ter sucesso em seu trabalho, j que de responsabilidade, principalmente do
enfermeiro, fazer com que esses direitos sejam cumpridos. O avano tecnolgico na rea da
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sade uma grande conquista, porm o melhor associ-lo humanizao e comunicao
teraputica, com intuito de obter resultados mais satisfatrios em relao ao bem-estar dos
pacientes/clientes e da cincia (CARRARO, 2000). claro que a tecnologia essencial,
desejvel e necessria modernizao do atendimento aos pacientes/clientes, no centro
cirrgico, tornando til para prolongar a vida e diminuir o sofrimento de muitas pessoas. No
entanto, no se deve deixar o paciente/cliente de lado, dando prioridade aos aparelhos; pelo
contrrio, deve-se buscar o uso da tecnologia humanizada por parte dos profissionais que
assistem o paciente/cliente no centro cirrgico. Analisando a tecnologia e a humanizao,
observa-se que estas possuem caractersticas distintas, mas se faz necessrio o uso de ambas
para que o resultado do atendimento seja satisfatrio por parte dos pacientes/clientes. Baseados
nessas afirmaes, percebe-se que a humanizao na enfermagem no possvel sem a
tecnologia e vice-versa no se pode aplicar a tecnologia nas aes da enfermagem sem que a
humanizao esteja presente (CARRARO, 2000).
A boa qualidade da assistncia de enfermagem ao paciente/cliente cirrgico, inicia-se no
pr-operatrio. Analisando as orientaes pr-operatrias sob a tica dos pacientes, os mesmos
exaltam a importncia do preparo pr-operatrio efetuado pelos enfermeiros do centro cirrgico,
trazendo-lhes orientaes acerca do procedimento cirrgico e transmitindo-lhes segurana.
Sabe-se que a cirurgia em si um fator de estresse, tanto para o paciente, quanto para a equipe
cirrgica. No entanto, necessrio que os profissionais tenham conscincia de que o objetivo de
seu trabalho a recuperao do paciente/cliente, preocupando-se em detectar sinais de
ansiedade, estresse e outros fatores que possam interferir no bom andamento do ato cirrgico
(SANTOS, 2002).
Desta forma, para que se consiga humanizar o atendimento de enfermagem preciso que a
equipe seja conscientizada e preparada para fazer a diferena no cuidado, passando a entender o
paciente de forma humana. O enfermeiro responsvel por orientar, sanar dvidas pertinentes
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ao procedimento trazendo uma maior tranqilidade e segurana, no esquecendo de que ele
tambm necessita de um ambiente adequado para o seu trabalho (COREN-SP, 2002).
Humanizar o atendimento de enfermagem em centro cirrgico tem sido um desafio
constante, pois encontra-se resistncia de alguns funcionrios e de vrios profissionais de outras
reas, porm acredita-se que o cuidado humanizado essencial para a prtica da enfermagem
(RIZZOTTO, 2003).
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Consideraes finais
Diante do exposto sobre humanizao no mbito hospitalar e os vrios fatores que
interferem nesta, podemos afirmar que no teremos uma equipe humanizada, em suas atividades
dirias, se no for preparada para tal. Com isso, fica um questionamento, que muito tem nos
incomodado. Como podemos falar em humanizao para com o paciente, se antes no podemos
constatar a presena de equipes humanizadas?
Surge a necessidade de se repensar e reavaliar os contedos que esto sendo ministrados
durante a graduao, quanto qualidade do ensino e dos profissionais que esto sendo formados
e encaminhados para o campo de trabalho, sendo imprescindvel que os graduandos recebam
uma formao mais humanista. As aes ticas contempladas na graduao devem ser praticadas
pelos enfermeiros ao assistirem seus pacientes. Entretanto, a repetio diria das atividades,
fazendo o profissional agir de forma mecnica, a sobrecarga de trabalho e at mesmo o
comodismo, tm afastado consideravelmente a prtica da teoria, deixando com isso pontos de
insatisfao dos pacientes/clientes com relao aos cuidados recebidos.
Aliados a estes fatores, encontramos os avanos tecnolgicos, interferindo e afastando a
enfermagem da assistncia adequada. O enfermeiro, como um mestre da criatividade, deve
utilizar meios que promovam a interligao tecnologia-humanizao, favorecendo a preservao
do calor humano nas relaes enfermeiro-paciente/ cliente.
Trabalhos multidisciplinares com a equipe de enfermagem podem favorecer a
sensibilizao para iniciar um processo de humanizao interna que tenha conseqncias no
atendimento. Desta forma, o presente estudo ressalta a importncia de mudanas nos
profissionais, por levantar questionamentos a respeito da necessidade de inovao dos conceitos
sobre assistncia do paciente/cliente e implantar uma assistncia humanizada, deixando de
buscar as caractersticas relacionadas a problemas burocrticos, estruturais e tcnicos, mas sim a
uma questo que envolva atitudes, comportamentos, valores, tica moral e profissional.
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