i said a hip... chapitre 1
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Recueil à géométrie variableTRANSCRIPT
i said a hip... (chapitre 1) avec MOYOSHI - ÉMILIE ROUGE - KYM - LÉO & PIPO - LE DIAMANTAIRE - AMOSE - HOPARE - ARTTITUDE - LÉONIS OGOUR - NOIR - THOMAS RAILLARD
CERTIFICAT D’AUTHENCITÉ
i s a i d a h i P . . . c h a p i t r e 1R E C U E I L A R T I S T I Q U E À G É O M É T R I E V A R I A B L E
1 3 4 p a g e s - F O R M A T A 4
é d i t i o n D I G I T A L E À P A R T A G E R
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E n t o u r n a n t c e s p a g e s , v o u s s e r e z p a r f o i s m i s à c o n t r i b u t i o n . c o l l e z , c o l o r i e z , d e s s i n e z , l a i s s e z l i b r e
c o u r t à v o t r e i m a g i n a t i o n e t v o t r e c r é a t i v i t é .
i s a i d a h i p . . . e s t é g a l e m e n t u n o b j e t m a l l é a b l e q u i c o n v i e n t à t o u s t y p e s d e l e c t e u r s . a i n s i v o u s p o u r r e z
l e c o n s e r v e r r e l i g i e u s e m e n t d a n s v o t r e b i b l i o t h è q u e o u l e « d é p o u i l l e r » . g r â c e à s a f i n e r e l i u r e e n d o s
c a r r é c o l l é , i l v o u s s e r a p o s s i b l e d e d é t a c h e r c e r t a i n e s p a g e s a f i n d e d o n n e r u n n o u v e a u c a c h e t à v o t r e
i n t é r i e u r .
i s a i d a h i p . . . e s t m a i n t e n a n t e n t r e v o s m a i n s , à v o u s d ’ e n f a i r e c e q u e v o u s v o u l e z .
L E G O D F A T H E R : M O Y O S H I
L E O & P I P O A M O S E
K Y M É M I L I E R O U G E
H O P A R E L E D I A M A N T A I R E
L E O N I S O G O U R N O I R
F R É D É R I C C L A Q U I N ( A R T T I T U D E )
cLE GODFATHER
M o y o s h i e s t u n v é r i t a b l e t o u c h e - à - t o u t . L e d e s s i n , l a p e i n t u r e , l a m u s i q u e , a u c u n d o m a i n e a r t i s t i q u e n e l u i
r é s i s t e . A p r è s a v o i r d é b u t é s u r l e s b a n c s d e l ’ é c o l e , i l a f a i t é v o l u e r s o n s t y l e a u f i l d e s a n n é e s , s a
t e c h n i q u e é g a l e m e n t . N ’ e s s a y e z p a s d e l u i c o l l e r u n e é t i q u e t t e , i l e s t i m p o s s i b l e d e d é f i n i r s o n s t y l e o u d e
s a v o i r c e q u ’ i l p r é p a r e . Q u a n d o n l ’ a r e n c o n t r é , i l a v a i t e n t ê t e u n p r o j e t m u s i c a l , u n e s é r i e d e p h o t o s , l e
d e s i g n d ’ u n e b o u t e i l l e d e v i n , l a c u s t o m i s a t i o n d ’ u n e g u i t a r e . . .
V o u s l ’ a u r e z c o m p r i s , M o y o s h i n e s ’ a r r ê t e j a m a i s .
I l e s t a u j o u r d ’ h u i l e p a r r a i n d e c e t o u t p r e m i e r n u m é r o d ’ i s a i d a h i p . . . d a n s s a v e r s i o n p a p i e r . E t s i c e s
q u e l q u e s p a g e s e x i s t e n t a u j o u r d ’ h u i , i l e n e s t v é r i t a b l e m e n t à l ’ o r i g i n e .
C e f u t u n v é r i t a b l e p l a i s i r d e l e r e n c o n t r e r e t d e t r a v a i l l e r s u r l a c o n c e p t i o n d e c e M O O K a v e c l u i .
U n p l a i s i r m a i s é g a l e m e n t u n é n o r m e c a s s e - t ê t e p o u r f a i r e u n e s é l e c t i o n d ’ O E u v r e s p a r m i d e s s t y l e s e t d e s
p r o j e t s t e l l e m e n t d i f f é r e n t s .
I l p a r a î t q u e , d u r a n t t a j e u n e s s e e n N o r m a n d i e , t u a s f a i s q u e l q u e s s é j o u r s a u p o s t e … Ouais , j’a i fa i t des bêtises comme ça (r ire). Au début je
m’éclata is dans la rue à rempl ir les murs. Je ne cher-
cha is pas du tout à être connu. C’éta i t p lus un gros tr ip
de m’établ ir dans la rue , de vandal iser.
M a i s i l y a v a i t u n e d é m a r c h e a r t i s t i q u e d e r r i è r e ?Adolescents , mes potes éta ient dans un état d’espr i t
anarcho , anti capi ta l i s te... De mon côté , j’avais une
approche d ifférente. Ma démarche éta i t d’amener
un personnage sur les murs de ma vi l le. À travers
lu i , j’avais envie de fa ire partager des émotions , des
sentiments. Je voula is que les gens sachent qu i éta i t
derr ière ce graff. J’a i eu pas mal de pseudos. Je me
su is arrêté sur Moyoshi , un surnom qu’un ami me
donnai t souvent. Du coup , i l es t res té. C’es t quand j’a i
commencé à aff icher mon nom sur les murs que je me
su is mis à fréquenter les postes de Pol ice.
T u r e v e n d i q u e s l e v a n d a l i s m e ? Beaucoup de graffeurs n’a iment pas cette image
de vandale... Pour eux , i l y a une vraie démarche
artis t iq ue derr ière un blase ou une fresque. Mais
quand tu pars en sess ion de nu i t , avec des potes , que tu t’aff iches sur 30 murs d ifférents , ça res te du
vandal isme. Quand j’a i débuté , c’éta i t le pr inc ipe du
graff. Tu bossa is dans le speed , tu n’avais pas trop le
temps de res ter posé sur ton mur.
Je dess ina is beaucoup sur des supports p lus
c lass iques, des feui l les , mes cahiers de cours...
Beaucoup d’amis graffeurs avaient auss i des peti ts
books dans lesquels i ls gr iffonnaient quelques
i l lus trations , en essayant d’amél iorer leur s tyle.
Au début , je m’éclata is pas mal à fa ire des s tickers.
Ça res te l’outi l "artis t iq ue" le p lus fac i le à fa ire et
à exposer aux yeux de tous. Tout le monde fa i t du
s ticker. De l’homme pol i t iq ue aux mecs qu i organisent
des soirées dancehal l à P iga l le.
Q u ’ e s t - c e q u i a d é c l e n c h é l e p a s s a g e d e l a r u e a u f o r m a t « m a i s o n » ?C’es t venu tout s implement. Des s i tuations que tu
rencontres dans la vie. En Normandie , l ’ambiance
éta i t un peu tendue dans le mi l ieu du graffi t i. Je n’a i
jamais voulu appartenir à un crew mais c’éta i t un peu
"ambiance guerre des gangs".
Je voula is m’exprimer autrement. Prendre mon
temps , m’appl iq uer. Ma formation de graphis te a été
très importante pour moi et a certa inement été le
décl ic majeur. J’a i donc commencé à bosser sur le
format numérique. Et paral lèlement à ça , je me su is
auss i beaucoup consacré à la mus ique , ma première
pass ion.
E t l e s p r e m i e r s j o b s , l a p r e m i è r e e x p o ?J’a i beaucoup bossé au black. Sur des identi tés
graphiques pour des projets indés. Je travai l la is
pr inc ipalement sur ordinateur , la is sant de côté le
dess in pur au crayon. Un jour , un ami qu i organisa i t
un fes tiva l en Normandie m’appel le et me demande s i
ça m’intéresse d’exposer pendant la durée du fes tiva l.
Je mets du temps à répondre. I l me rappel le quelques
jours après et me di t "C’es t bon. Tu exposes. Je t’a i
mis sur le f lyer". Je le remercie encore aujourd’hu i
car c’es t lu i qu i m’a donné l’envie d’exposer. I l m’a fa i t
rencontrer pas mal de gens. I l a , en quelque sorte,
lancé ma carr ière d’artis te.
C o m m e j e l ’ a i é c r i t d a n s l e t e x t e d ’ i n t r o d u c t i o n , c ’ e s t u n p e u c o m p l i q u é d e t e d é f i n i r . T u e s u n v r a i t o u c h e - à - t o u t . T u p e i n s , t u d e s s i n e s , t u c u s t o m i s e s d e s o b j e t s , t u f a i s d e l a m u s i q u e , t u a s u n « v r a i » j o b … M a i s o n a l ’ i m p r e s s i o n q u e l a m u s i q u e a u n e p l a c e p a r t i c u l i è r e d a n s t a v i e …C’es t vra i que la mus ique , émotionnel lement , es t vi ta le
pour moi. C’es t une véri table pass ion. Le dess in et
l’ i l lus tration sont tout auss i importants , ça me permet
de me canal iser…
T u a i m e s a u s s i t ’ i n v e s t i r d a n s t o u t e s o r t e d e p r o j e t s . A l o r s q u e b e a u c o u p d ’ a r t i s t e s v i v e n t d e l e u r s c r é a t i o n s e t s o n t p a r f o i s d u r s e n a f f a i r e , t u c a r b u r e s b e a u c o u p à l ’ e n v i e , s a n s f a i r e d u f i n a n c i e r u n e p r i o r i t é …C’es t grâce aux 70 000 euros que je gagne tous
les mois (r ire). P lus sér ieusement , j’a i toujours été
attiré par les projets s imples , s incères , amateurs ou
profess ionnels , qu’ i ls te rapportent un peu de thune
ou pas du tout. I l faut toujours être s incère dans sa
démarche. Quel le qu’e l le soi t. Surtout dans le mi l ieu
artis t iq ue. Et j’a ime bien les projets fami l iaux , indés , amateurs…
D a i l l e u r s , c ’ e s t t o i q u i m ’ a s d é m a r c h é …J’éta is tombé sur un de tes magaz ines d igi taux
dont MNK Crew avai t été le parrain. J’avais déjà vu
auparavant ta bul le "h ip..." sur les réseaux soc iaux , dans des artic les. Je ne me souviens p lus trop où n i
comment.
C e r t a i n e m e n t v i a « A R T t i t u d e » e t F r é d é r i c C l a q u i n . . .C’es t ce que je me su is d i t p lus tard. Fa isant partie
du volume 1 d’"ARTti tude" avec MNK , j’a i compris que
ça devai t fa ire partie des mêmes l iens , des mêmes
connex ions. J’a i donc regardé ton magaz ine d igi ta l , j’a i trouvé ça bien foutu. Ce qu i éta i t vra iment
intéressant c’es t qu’on senta i t encore le projet super
indé. C’es t pour cette ra ison que j’a i eu envie de te
contacter. J’a ime bien tous ces projets , comme "Stolen
Publ ication" , avec un côté handmade , d iffusé à 200 ou
500 exempla ires , s ignés et numérotés à la main… Et je
ne savais pas que c’éta i t ce que tu voula is fa ire.
M o i n o n p l u s . E n f i n , p a s à 1 0 0 % . J ’ a i t o u j o u r s e u e n v i e d e p a s s e r d u d i g i t a l a u p a p i e r m a i s s a n s t a d é m a r c h e e t n o t r e r e n c o n t r e , j e n e s u i s p a s s û r q u e c e s p a g e s a u r a i e n t v r a i m e n t v u l e j o u r .S i je peux rendre service (r ire)… I l faut qu’on soi t bon
jusqu’au bout a lors…
A r r ê t o n s l ’ a u t o s a t i s f a c t i o n e t r e v e n o n s à t a v i e a r t i s t i q u e . T u e s u n t o u c h e - à - t o u t , t u e s u n e v é r i t a b l e é p o n g e a r t i s t i q u e . E t c e q u i e s t a s s e z f r a p p a n t c ’ e s t q u e t u « t e s t e s » p l e i n d e c h o s e s , n o t a m m e n t d a n s l a m u s i q u e e n c o m p o s a n t d a n s d e s s t y l e s t r è s d i f f é r e n t s . M a i s a u n i v e a u d e l ’ i l l u s t r a t i o n , t u a s t r o u v é t o n s t y l e . . .Je n’a i jamais pr is de cours de dess in , ma démarche
n’a jamais été d’essayer p le in de s tyles d ifférents.
J’avais ma façon de dess iner. Les gens apprécia ient
tant mieux , s inon tant p is. Dans la mus ique j’a i mon
s tyle , mais je garde beaucoup de compos pour moi , que je ne veux pas dévoi ler pour le moment. Avec
Bertrand et le projet Bebenco , je m’amuse avec les
d ifférentes variations mus ica les. La mus ique évolue
beaucoup , se lon les années , les modes , c’es t donc
p lutôt marrant de composer en touchant à tous les
s tyles.
L a q u e s t i o n p i è g e m a i n t e n a n t . S i t u d e v a i s d é f i n i r t o n s t y l e ?Mon s tyle ? C’es t du P icasso , tout s implement (r ire).
En toute s impl ic i té. J’a i traîné un peu avec Dal i auss i.
P lus sér ieusement , je d ira is que c’es t basé sur un
rapport à l’abs tra i t , à la répéti t ion des formes et à la
dynamique. C’es t d’a i l leurs l’aspect le p lus important
quand je crée. S i je la casse , ce n’es t pas grave mais i l
faut qu’ i l y a i t quand même une dynamique au départ.
T u d o i s b e a u c o u p g r i f f o n e r s u r l e p a p i e r a v a n t d e t e l a n c e r d a n s t o n d e s s i n . . .Non j’attaque d irectement au Posca… et après je
p leure (r ire). Merde , j’a i ru iné une feui l le…
T u d o i s a v o i r u n e p i l e é n o r m e d e d e s s i n s r a t é s d u c o u p ?S incèrement , tous mes dess ins , je les a i fa i ts en
une fois. J’a i un secret. J’a i développé ma propre
technique de fabrication (r ire). Je peux rajouter
beaucoup d’éléments à mes dess ins d’or igine. Je
commence par mes couches de noir , mes grosses
formes. Et je rajoute de la couleur , des déta i ls…
E n m o y e n n e , c o m b i e n d e t e m p s m e t s - t u p o u r c r é e r u n e i l l u s t r a t i o n d e A à Z ?Ça dépend des œuvres. Les grands formats peuvent
me prendre 7 ou 9 heures. Certa ins peti ts formats
m’ont pr is le même temps. D’autres , même en grand
format , ne me prendront que 4 heures. Ça dépend
de l’ idée que j’a i en tête au départ. S i e l le es t assez
précise , je peux a l ler vi te. Parfois le dess in se crée au
fur et à mesure et ça met p lus de temps.
T u a s a u s s i b o s s é e n n u m é r i q u e a v e c t a s é r i e d e p o r t r a i t s d ’ a r t i s t e s c é l è b r e s . J e s u p p o s e q u e l ’ a p p r o c h e a r t i s t i q u e e s t d i f f é r e n t e ?Complètement. Ma sér ie de portra i ts éta i t un hommage
aux artis tes que j’écouta is étant p lus jeune. À une
pér iode où beaucoup d’ i l lus trateurs et d’artis tes
lâcha ient leurs crayons pour bosser sur le format
numérique.
Pour la sér ie "2059" , c’es t parti de la découverte
d’un s tudio londonien , "Taylor James" , qu i fa isa i t du
photomontage et du mat pa inting. J’a i trouvé ça génia l.
J’a i essayé d’uti l i s er ces mêmes techniques et j’a i
imaginé Par is dans 50 ans (on éta i t en 2009).
Mais , au f i l des rencontres , j’a i remarqué que les
gens a imaient p lus mes créations analogiques que
numériques. Certa inement pour le côté authentique et
fa i t main.
L’analogique te donne une l iberté tota le d’express ion.
En numérique tu es dépendant de l’électr ic i té , des
logic ie ls que tu es obl igé de cracker , des p lantages
informatiques… Je trouve que le numérique es t p lus
"froid" que l’analogique. Et au moins s i un jour je
me retrouve à la rue , i l me suff ira s implement d’un
crayon et d’une feui l le de papier pour continuer à
perpétuer mon "art".
P a r l o n s u n p e u d e F r é d é r i c C l a q u i n . M a î t r e d ’ O E u v r e d ’ « A R T t i t u d e » e t d ’ u n e m u l t i t u d e d ’ a u t r e s p r o j e t s … I l e s t l e l i e n e n t r e n o u s d e u x . Q u e l a é t é s o n r ô l e d a n s l ’ é v o l u t i o n d e t a c a r r i è r e ?Fred a eu un rôle très important. I l m’a permis de
présenter mes travaux en me f i lant un support génia l
qu’es t le l ivre. Ça a été une formidable rencontre car
i l a été auss i le déclencheur d’un nouvel état d’espr i t.
Avant de rencontrer Fred , je me posa is pas mal de
questions… Et i l es t arr ivé au bon moment. Depuis
le projet "ARTti tude" , j’assume beaucoup plus mon
travai l d’artis te. Se retrouver dans un l ivre avec des
artis tes de ta lent comme C215 ou Supak i tsch res te une
opportuni té incroyable.
E t l a f o r c e d e c e l i v r e e s t d e p r é s e n t e r d e s a r t i s t e s c o n n u s e t m o i n s c o n n u s …Exactement. Peu de publ ications le font aujourd’hu i.
C’éta i t donc une véri table chance pour moi dans
"ARTti tude volume 1". Et quand je vois le cas ting du
volume 2 , j’en su is d’autant p lus f ier.
P o u r f i n i r , p a r l e - m o i u n p e u d ’ H o p a r e , d ’ A m o s e e t d u D i a m a n t a i r e q u e t u a s i n v i t é d a n s c e s p a g e s …
Ce sont des gens dont j’a ime beaucoup le travai l.
Tout s implement. Pour Amose , j’a i toujours eu une
fasc ination pour sa manière de tra i ter ces corps et
son travai l sur les couleurs…
Hopare , j’adore la dynamique de ses œuvres et auss i
le travai l de color isation. Ça foisonne de couleurs
vives. Tu te les prends en p le ine gueule. C’es t
magnif ique.
Et la démarche du D iamanta ire me plaît. Beaucoup
de gens col lent des s tickers mais lu i a pr is le parti
de col ler des "faux" d iamants. Avec un vrai message
derrière.
Je voula is surtout avoir un cas ting qu i n’a pas été
publ ié dans 50 bouquins d ifférents. Ça m’a permis
également de fa ire la rencontre du D iamanta ire que
je n’avais jamais croisé. On s’es t rendu compte qu’on
venai t tous les deux du même coin. Le monde es t
peti t...
- NOIR -
p o u r q u o i n o i r . . .
Depuis mes débuts , je su is attiré par la création en noir et b lanc. J’y trouve une sorte de véri té brute qu i me par le
beaucoup. Ce choix de nom d’artis te vient auss i du fa i t que je n’uti l i s e que des p igments noirs pour peindre.
c o m b i e n d ’ a n n é e s d e m é t i e r . . .
3 ans. Avant , je n’avais pas vraiment d’ambi tion profess ionnel le. Je crayonnais quelques portra i ts durant les heures
de cours.
o u t i l s d e t r a v a i l . . .
P inceau p lat , acryl iq ue , crayon 8B , p ierre noire , fusa in chunky et un peu de bombe.
Pour le support , je travai l le un iquement sur du papier blanc.
i n f l u e n c e s . . .
L’art baroque , l ’art contemporain et le s treet art dans son ensemble. L’œuvre de Robert Longo m’a auss i beaucoup
inf luencé à travers ses grands fusa ins en N/B et sa façon d’aborder d ifférents thèmes.
l a p r e m i è r e g r o s s e c o m m a n d e o u c o l l a b o r a t i o n . . .C’es t une fresque réal i sée i l y a 2 ans dans un des magas ins les p lus hype de ma vi l le. On m’a demandé un portra i t de
Wiz Khal ifa d’environs 2m50 sur 4m de haut. Ça m’a pr is 4 jours de travai l. Dans les semaines qu i ont su ivi , presque tous
les jeunes de ma vi l le avaient vu ou entendu par ler de cette fresque. Ça a été un excel lent coup de pub.
l ’ o e u v r e d o n t t u e s l e p l u s f i e r . . ."Century" (voir i l lus tration double page) es t pour moi l’œuvre qui représente le mieux ce que je tente d’atte indre au
n iveau du s tyle p ictural. C’es t un mélange de cul tures , d’ icônes et de s tyles d ifférents. Une sorte de choc des cul tures.
l ’ a r t i s t e d o n t t u a d m i r e s l e t r a v a i l . . .
Ce serai t d iff ic i le de fa ire un choix , i l y en a te l lement. Par exemple , Zhong Biao es t un peintre ch inois dont j’admire la
productivi té , le s tyle et la fac i l i té avec laquel le i l pe int tout type de sujet. I l parvient à donner autant de force à une
boute i l le qu’à un visage.
p r o c h a i n s p r o j e t s . . .Lancer ma propre marque de tee sh ir t et continuer à réal i ser des fresques dans les quatre coins de ma vi l le.
t o n r ê v e a r t i s t i q u e . . .Être représenté par une ou p lus ieurs galer ies et réuss ir à percer dans le c ircu i t de l’art.
Leo&PipoDepuis mai 2008, Leo & Pipo, street-artistes parisiens, investissent les murs de la capitale
de leurs figures grandeur nature d’anonymes du début du siècle.
À travers cette démarche, le duo d’artistes cherche à s’approprier et à réinventer
l’architecture de cette ville aux murs chargés d’Histoire, apposant ces portraits plein de
nostalgie comme autant de clins d’œil au passé.
Fascinés par l’ancienneté de ces murs et la mémoire qu’ils recèlent secrètement, Leo & Pipo
aiment à penser que si ces derniers pouvaient parler, ils nous apporteraient un témoignage
saisissant.
Ainsi, le choix du lieu n’est jamais dû au hasard, mais s’impose au duo à travers l’idée d’un
dialogue entre leurs figures, le mur d’exposition et les passants.
2 3 a n s e t d é j à u n e b e l l e c a r r i è r e . H o p a r e a F A I T S E S P R E M I E R S P A S d a n s l e m i l i e u d e l ’ a r t u r b a i n i l y
a u n e d i z a i n e d ’ a n n é e s , e n d é c o u v r a n t l e s g r a f f e u r s p o s E R s u r l e s m u r s d ’ u n e u s i n e d é s a f f e c t é e d a n s l a
b a n l i e u e S u d d e P a r i s . M a i s l e g a r ç o n p r e n d s o n t e m p s . L a r u e a t t e n d r a , i l p r é f è r e d ’ a b o r d n o i r c i r l e p a p i e r .
E n 2 0 0 5 , H o p a r e f a i t u n e b e l l e r e n c o n t r e . S o n p r o f e s s e u r d ’ a r t s p l a s t i q u e s n ’ e s t a u t r e q u e S h a k a , u n e d e s
f i g u r e s m a j e u r e s d u g r a f f i t i . S u i v a n t l e s c o n s e i l s d e s o n « m a î t r e » d e v e n u u n a m i , H o p a r e s e f o r g e u n e
i d e n t i t é v i s u e l l e . E t u n n o m d ’ a r t i s t e , q u ’ i l t r o u v e s u r l e s t e r r e s d e s e s o r i g i n e s , l e P o r t u g a l . « H o p a r e »
f o r m e l e s p a r a l l è l e s d ’ u n m o u v e m e n t é n e r g i q u e , q u ’ i l s c u l p t e s u r l e s m u r s e t d a n s l e s q u e l s i l f a i t p e u à
p e u i n t e r v e n i r d e s é l é m e n t s f i g u r a t i f s .
A u j o u r d ’ h u i , l e s O E u v r e s d ’ H o p a r e s o n t u n m é l a n g e d e f i g u r a t i f , d ’ a b s t r a i t , d e p e i n t u r e , d e b o m b e . . .
A u t r a v e r s d e s l i g n e s d e f u i t e s e d é g a g e n t d e s p o r t r a i t s . U n e r o u e e m p r e i n t e d ’ i n f l u e n c e s e t h n i q u e s é m e r g e ,
d e v e n u e a u j o u r d ’ h u i s a m a r q u e d e f a b r i q u e .
C E L L E Q U I D O R T
Alors je par le
à la femme qui dort
Je par le à quelqu’un qu i ne peut pas me répondre
Parce qu’e l le es t p longé dans ses rêves
Et qu’e l le ne veut pas en sortir
Parce qu’e l le ne lu i res te p lus que ça
amose
N é e n 1 9 7 9 à C r o i x d a n s l e n o r d d e l a F r a n c e , A m o s e v i t e t t r a v a i l l e a u j o u r d ’ h u i à L i l l e .
I l d é b u t e s e s é t u d e s a r t i s t i q u e s e n 1 9 9 6 d a n s l a s e c t i o n i l l u s t r a t i o n d e l ’ I n s t i t u t S t L u c e n B e l g i q u e p u i s
a u x B e a u x A r t s .
S ’ i l é v o l u e e n s o l o , i l f a i t é g a l e m e n t p a r t i e d u c o l l e c t i f M e r c u r o c r o m , a u x c ô t é s d e S p y r e , S p h e r , E r o n e e t
N a d a . I l t r a v a i l l e l a s é r i g r a p h i e à l ’ a t e l i e r L a C a r p e ( t o u j o u r s e n c o m p a g n i e d e S p y r e e t E r o n e ) .
I l p u i s e s o n i n s p i r a t i o n c h e z p l u s i e u r s a r t i s t e s : V i t c h é e t V a s k o , S c h i e l e , K l i m t o u N a t e W i l l i a m s . . . M A I S
A U S S I d a n s l e s d e s s i n s a n i m é s d e s o n e n f a n c e : C o b r a , U l y s s e . . . e t d a n s l a c u l t u r e s k a t e d e s a n n é e s 9 0 .
S o n t r a v a i l s u r l e c o r p s h u m a i n e s t a s s e z f a s c i n a n t . À s a m a n i è r e , i l r e t r a v a i l l e l ’ a n a t o m i e h u m a i n e e n
f o r m e g é o m é t r i q u e . D é f o r m a t i o n , é t i r e m e n t , é l o n g a t i o n , A m o s e f a i t s u b i r à s e s « H o m m e s » d e s s u p p l i c e s
a r t i s t i q u e s , d o n n a n t a i n s i v i e à u n p e u p l e u n i q u e . C e s c o r p s a l l o n g é s , c e s p o r t r a i t s d é s t r u c t u r é s , a f f i c h é s
s u r l e s m u r s o u s c u l p t é s d a n s d u b o i s , s e m b l e n t ê t r e l e t é m o i g n a g e d ’ u n e v i e p a s s é e .
Leonis Ogour est un jeune artiste parisien au travail protéiforme. Musique, vidéo, affichage
urbain, autant de supports artistiques avec lesquels il jongle de manière instinctive. Mais
c’est bien au collagiste qu’on s’intéresse ici. Depuis cinq ans maintenant, Leonis Ogour
exhume figures du passé, décors surannés et typographies d’un autre temps, donnant
naissance à des collages aussi proustiens que surréalistes.
À l’image des techniques de "sampling" utilisées dans la musique contemporaine, Leonis
Ogour mixe les époques, les codes et les genres, provoquant ainsi des rencontres
improbables et impromptues. Des créations mettant à mal notre mémoire collective pour
mieux nous questionner sur notre époque.
Leonis Ogour
Eastern Rendez-vous
L.A. Sunbathing
35 26 4
Swee
t D
og
The plunge
Dancing Boozer
Snow
ball
I l e x i s t e c h e z K y m u n e d o u c e s i m p l i c i t é . À n e s u r t o u t p a s c o n f o n d r e a v e c f a c i l i t é .
Q u a n d M o y o s h i n o u s a p r é s e n t é s o n t r a v a i l , n o u s n ’ a v o n s p a s h é s i t é l o n g t e m p s à l ’ i n v i t e r . L a d e m o i s e l l e a
d ’ a i l l e u r s m i s p l u s d e t e m p s à a c c e p t e r . N e s e s e n t a n t p a s l é g i t i m e d e s e r e t r o u v e r a u x c ô t é s d e M o y o s h i ,
A m o s e o u H o p a r e . . . E t p o u r t a n t , K y m A t o u t e s a p l a c e d a n s c e s p a g e s . P o u r d e s r a i s o n s s i m p l e s : l a f i n e s s e
d u t r a i t , l e s o u c i d u d é t a i l , l a c o m p l e x i t é d e s f o r m e s . S o n t r a v a i l t y p o g r a p h i q u e e t s e s i l l u s t r a t i o n s
d é s a r m a n t e s d e s p o n t a n é i t é . . .
K y m e t M o y o s h i o n t b e a u c o u p t r a v a i l l é e n s e m b l e . L ’ u n i n s p i r a n t l ’ a u t r e . E t d o n n a n t v i e à d e s O E u v r e s o ù l e
t r a i t s o i g n é d e K y m r e n c o n t r e l e s e x p l o s i o n s c o l o r é E s d e M o y o s h i .
L e c h o i x d e s i l l u s t r a t i o n s a é t é d i f f i c i l e , K y m n e v o u l a n t p a s d é v o i l e r d e s t r a v a u x t r o p p e r s o n n e l s .
M a i s a u r e g a r d d e s a s é l e c t i o n , i l s e d é g a g e u n j o l i m é l a n g e d e s t y l e s , t o t a l e m e n t r e p r é s e n t a t i f d e s e s
a s p i r a t i o n s a r t i s t i q u e s .
EMILIE ROUGEÀ s e u l e m e n t 2 4 a n s , É m i l i e R o u g e j o u e d é j à d a n s l a c o u r
d e s g r a n d s . O n s e n t d a n s s e s i l l u s t r a t i o n s l ’ i n f l u e n c e d e s
d e s s i n a t e u r s a m é r i c a i n s c o m m e C h r i s W a r e , C h a r l e s B u r n s o u
R o b e r t C r u m b .
É m i l i e R o u g e a i m e t r a v a i l l e r l e s p e r s o n n a g e s f é m i n i n s q u i
c o n s t i t u e n t q u a s i m e n t l ’ e n s e m b l e d e s e s o e u v r e s . p a r
l e s c o u l e u r s o u l e t r a i t e m e n t , l e s b o u c h e s m a q u i l l é e s , l e s
c h e v e l u r e s b r i l l a n t e s , l e s p o i t r i n e s g é n é r e u s e s P R É D O M I N E N T .
A I N S I , É m i l i e R o u g e Q U E S T I O N N E S U R L E R A P P O R T Q U E L E S F E MM E S
E N T R E T I E N N E N T A V E C L E U R C O R p S .
U N c o r p s Q U ’ E L L E S N ’ A S S U M E N T P A S T O U T L E T E M P S d u f a i t d e
s e s m u t a t i o n s , d u r e g a r d D e s a u t r e s o u d e l ’ u s a g e q u ’ e l l e s
e n f o n t « q u e c e s o i t c o m m e o b j e t d e p l a i s i r , d e v i o l e n c e o u
d ’ a d o r a t i o n » .
C
7/D
89
1
2
3/A
B
C
4/D
5
6/A
B
* R e l i e z l e s p o i n t s e n t r e e u x e t v o u s d é c o u v r i r e z l e c a d e a u q u e c e t t e p e t i t e f i l l e a r e ç u p o u r s o n a n n i v e r s a i r e . . .
Le Diamantaire
Interview
Aujourd’hui tu es connu pour coller des diamants dans la rue. Mais comment tout a commencé ?J’ai découvert le graffiti en 2001. En lisant un magazine, je suis tombé sur un tag, et sur la page d’en face il y avait une affiche d’Obey. Ce fut le déclic. Je viens de Normandie et, à l’époque, il n’y avait pas encore cette culture street-art. Je m’y suis intéressé. J’achetais beaucoup de magazines. Et j’ai commencé à reproduire ce tag que j’avais vu dans le magazine.En 2001, j’ai commencé à remplir la rue avec mes premiers tags et à faire partie d’un crew. Jusqu’en 2006. Sous plusieurs pseudos. J’ai tagué dans la rue de manière intensive. C’était juste mon blase,
rien d’esthétique mais c’était un moyen d’expression, d’être présent, de faire quelque chose.En 2006, on m’a balancé. J’ai eu des soucis avec la justice ; j’ai donc arrêté la rue. J’ai délaissé le tag pur et me suis tourné vers le pochoir. Le public était plus réceptif. Et ça m’a ouvert également à la peinture. J’ai ouvert mes premiers livres d’art. Andy Warhol, le Pop Art. C’est à partir de là que j’ai commencé à vraiment utiliser la couleur et à composer mes premières images.
Tu as fais des études de graphisme?J’ai fait des études de Métallerie-Chaudronnerie. La découverte du graffiti m’a amené à l’art et m’a donné envie d’étudier le dessin,
la communication. Je suis arrivé à Paris pour faire une mise à niveau en Arts Appliqués et j’ai enchaîné avec des études de communication visuelle. J’aimais beaucoup mes études de Métallerie mais il n’y avait aucune créativité. Mais c’est ça qui m’a donné envie de travailler la matière et qui m’a très certainement amené à utiliser le miroir. Aujourd’hui j’aimerais retravailler le métal mais pour créer quelque chose.
Pourquoi le Diamant ?J’ai voulu me démarquer du pochoir. Beaucoup d’artistes l’utilisent et sont connus pour leurs pochoirs.Banksy, Jef Aérosol, C215… Personnellement je n’ai pas réussi à me trouver un vrai style. Surtout que les premiers pochoirs datent des années 50. Autant dire qu’il y a du vécu. Un jour j’ai trouvé un miroir cassé dans la rue. J’ai toujours été attiré par cette matière. Je l’ai récupéré et j’ai bossé dessus. J’ai voulu créer quelque chose d’identifiable comme un logo. Qu’il soit reconnaissable et associé à un artiste. J’ai donc créé un diamant. Collé dans la ville, il a une place très intéressante. Il joue avec la lumière, avec les passants, les saisons… C’est un objet qui vit au sein même de la ville.
Et quel est le message ?Je voulais montrer que le street art est bénéfique pour la rue et pour la société. L’espace public est un lieu d’expression, que chacun peut s’approprier à sa façon. Le diamant est là pour symboliser le fait que l’art de rue est un bijou, quelque chose de précieux pour une ville et pour la liberté d’expression. Le jour où nos murs seront totalement gris, il faudra se poser des questions. Dans quelle société vivons-nous ? Ces murs « salis » ou propres ne sont-ils pas le reflet du monde dans lequel nous vivons ? La liberté d’expression est chère et il faut se battre pour la garder. Chacun a une opinion ou une envie de s’exprimer. Aujourd’hui, il est plus facile de
s’exprimer caché derrière un wall Facebook que librement. De plus, peu de choses sont gratuites de nos jours, le fait de donner à la rue et aux passants est important. L’art de rue est gratuit et appartient au peuple.
Quand et où as-tu posé ton premier diamant ?En Mai 2011, vers Beaubourg.
Et aujourd’hui tu en es à combien ?Plus de mille dont 900 en France. J’ai collé à Paris, Bordeaux, Caen, Zurich, Bruxelles, Los Angeles. Après j’ai des amis qui en ont collé à New York, au Sri Lanka…
Tu as un diamant au Sri Lanka ?Oui et je trouve ça très gratifiant car contrairement à la France où tu te fais arracher 70% de ton taf, au Sri Lanka, comme le street art ne fait pas partie de leur culture, les gens le laissent comme si c’était une œuvre d’art.
Justement ça devient compliqué de rester exposé longtemps dans la rue avec certains qui arrachent ce que n’importe quel artiste peut coller ou afficher ?Aujourd’hui c’est un vrai problème. J’emploierais même le terme «voleur». La rue est à tout le monde et ce qui s’y trouve aussi. Il faut penser à l’artiste qui a pris du temps, dépensé de l’argent et de l’énergie, et qui été fier de coller. Venir décoller une œuvre fait partie du jeu, j’en suis conscient. Mais ça tue le mouvement. Tu es sans cesse en train de chercher une nouvelle solution pour ne pas te faire voler ton travail. Au final, la qualité de l’œuvre en pâtit. J’ai rencontré un mec qui se vantait sur Instagram d’avoir une collection de diamants. Il décollait tout ce qui pouvait. Je n’ai pas compris ni son geste, ni ses «alibis».
Mais tu comprends que les gens préfèrent décrocher que de payer une œuvre qui peut parfois valoir très cher ?Les gens qui arrachent ne sont pas les gens qui achètent ou qui vont en galerie. Il doit y en avoir mais ce n’est pas la majorité. Aujourd’hui, je sais que ce n’est pas forcément abordable mais il y a toujours une solution.
Tu es représenté par une galerie ?Par Republic Gallery (rue de Nazareth, Paris 11). Ce sont eux qui m’ont proposé de faire ma première expo solo. Ce qui est intéressant c’est que je suis un des seuls artistes de rue à être présent dans cette galerie. Les autres artistes représentés sont issus de la scène contemporaine : photographie, peinture, sculpture…
Comment travailles-tu ?Je trouve tous les miroirs dans la rue. Je ne veux pas acheter de miroirs car le concept est de bosser une matière qui a déjà une âme, qui a été délaissée dans la rue, et d’en faire un objet avec une autre fonction qui retourne ensuite dans la rue sous une autre forme. Donc je découpe mes miroirs, je peins, et je vais les coller. Je fais en sorte que les pièces que je colle dans la rue soient de la même qualité que celles qui
sont exposées en galerie. Il faut savoir donner le meilleur même si c’est gratuit.
Tu reviens d’un mois à Los Angeles. Comment s’est organisé ce voyage ?Quand j’ai exposé à Zurich, j’ai découvert le taf d’un mec qui s’appelle Kai Aspire. Mais je ne l’avais pas rencontré. Quelques mois après, j’étais dans le métro à Paris et, en face de moi, il y avait un mec avec une toile dans les mains. Ça ressemblait beaucoup au style de Kai Aspire. Je l’ai accosté et en fait c’était Kai Aspire !!On a discuté et il m’a proposé de venir à Los Angeles pour coller. J’ai passé un mois à ses côtés pour retourner la ville.
Tu as collé beaucoup de diamants à L.A. ?Une centaine. J’ai aussi peint sur un mur de 4m x 7m.
Tu as peint un diamant de 4mx7m !?Oui. C’est un mur dédié au street art. Il y a eu du Obey, du Invader, du JR, du André. Chaque œuvre est laissée quelques mois et ensuite un autre artiste vient reposer dessus. J’ai posé sur l’œuvre de David Flores. J’ai mis 3 jours pour repeindre le mur en entier. Une journée pour peindre le fond et deux jours pour peindre le diamant.
Et comment est la scène urbaine à Los Angeles ?Franchement, j’ai été assez déçu. Même en galeries. Il y a plus de niveau à Paris et en France.
La manière de coller dans les rues américaines est-elle différente?Il faut faire très attention aux flics. Là-bas, leurs voitures sont noires, tu ne les vois pas arriver. Et si tu te fais choper, ça ne rigole pas. Je me levais vers 4h du matin, je descendais en ville et je collais jusqu’à 8h. Les gens sont tellement dans le speed en allant au boulot qu’ils ne font même pas gaffe. Ca te laisse du temps pour observer avant de coller.
Tu as une anecdote marrante ?Je décide de coller sur une boulangerie qui s’appelle Diamond Bakery. Dans la rue, il y a une SDF. Elle me demande ce que je fais. Je lui explique. Et elle rentre dans la boulangerie. Je me dis qu’elle va me balancer, donc je me barre et je vais l’observer depuis une petite ruelle genre coupe gorge. Elle ressort de la boulangerie, elle décroche le diamant, elle le regarde et elle le jette par terre. Fait étonnant : le Diamant ne se casse pas. Elle le reprend et elle le rebalance par terre et le casse enfin. Elle s’est acharnée dessus… Le lendemain, je suis allé en recoller un, je pouvais pas laisser une trace de colle sur le mur.
Et ton prochain projet ?Je vais normalement retourner à LA en février pour ma première expo solo là-bas. Normalement…
7410 Melrose avenue, Los Angeles, Etats-Unis.
Latitude : 34.083334 Longitude : -118.351536Dimensions : 4M x 7M.
Surmonter un challenge.
« Dans mon travail, j’effectue rarement mes créations directement dans la rue. Je connais mes compétences et je sais que pour certaines choses, je serai en difficulté. J’ai conscience de mes faiblesses et je connais mes capacités... »
Se mettre en déséquilibre
« J’ai décidé de peindre ce mur. C’est loin d’être un exploit, mais c’est une façon de se prouver des choses. Il est bon parfois d’apprivoiser ses peurs et ses doutes. Être maladroit enrichit... »
N°930 - N°1026
« Pour la première fois, j’ai eu la sensation d’être libre et en vie. Être seul, parcourir la ville, se perdre, prendre le temps, suivre les avenues comme son destin, se laisser guider par les néons et les flash.
Je me suis senti vivant.
Cette nuit-là, il n’y avait que moi et mon sac plein de diamants. Je n’avais ni carnet de route, ni horaire. Tel un vagabond, je parcourais ces perpendiculaires et parallèles de goudron avec un seul but : vider mon sac et repartir avec le sentiment d’exister.
La ville, le temps, la vie étaient à moi... »
FREDERIC CLAQUIN
C o m m e n t v o u s p r é s e n t e r F r é d é r i c C l a q u i n e n é t a n t o b j e c t i f ? E x e r c i c e d i f f i c i l e q u a n d o n s a i t q u ’ i l f a i t
p a r t i e d e s p e r s o n n e s ( q u i s e c o m p t e n t s u r l e s d o i g t s d ’ u n e m a i n ) q u i o n t r e n d u c e m o o k p o s s i b l e . P a s e n n o u s
a p p o r t a n t u n e a i d e m a t é r i e l l e . P l u t ô t p s y c h o l o g i q u e . N o u s l ’ a v o n s r e n c o n t r é i l y a p r e s q u e u n a n . E t n o u s
a v o n s l ’ i m p r e s s i o n d ’ a v o i r d é j à f a i t u n b o n b o u t d e c h e m i n à s e s c ô t é s . C r é a t e u r d ’ A R T t i t u d e , F r é d é r i c C l a q u i n
a r é u s s i l e p a r i d e p r o p o s e r u n r e c u e i l d ’ a r t i s t e s i s s u s d e l ’ a r t u r b a i n , d e l ’ i l l u s t r a t i o n e t d u g r a p h i s m e ,
a c c e s s i b l e m ê m e a u p l u s n é o p h y t e d e s l e c t e u r s . I l y a u n m o i s , A R T t i t u d e v o l u m e 2 s o r t a i t e n l i b r a i r i e , l e
t o m e 3 e s t d é j à e n p r é p a r a t i o n , u n e s é r i e d ’ e x p o s i t i o n s a v u l e j o u r , e t n o u s s o m m e s p e r s u a d é s q u e F r e d
a e n c o r e p a s m a l d e p r o j e t s e n t ê t e … Q u ’ o n s e l e d i s e , l e p h é n o m è n e A R T t i t u d e e s t e n m a r c h e e t n o u s n e
p o u v o n s q u e v o u s c o n s e i l l e r d ’ e n d é c o u v r i r l e s 2 p r e m i e r s v o l u m e s . E n j e u n e p a d a w a n , n o u s r e m e r c i o n s F r e d
p o u r s o n s o u t i e n e t l o n g u e v i e à A R T t i t u d e .
A R T t i t u d e , c ’ e s t q u o i ? Vaste question car i l y a d ifférentes manières de voir
le sujet. Au départ c’es t un cahier de tendance , une
col lection de beaux l ivres dédiée aux arts graphiques et
visuels en général ( i l lus tration , photographie , s treet art ,
dess in , peinture...) et p lus particu l ièrement aux arts
urbain et contemporain. Ensu i te c’es t un écosystème
dont les ouvrages sont la vi tr ine , la partie vis ib le
de l’ iceberg. I l y a auss i les évènements (dont les
expos i t ions) , les artis tes dont je su is l’agent et toute
une partie p lus BtoB (Bus iness to Bus iness) , à savoir
proposer des prestations inc luant les artis tes à certa ins
de mes c l ients ou aux soc iétés qu i me le demandent.
Bref , chaque partie de cet écosystème es t autonome
mais a l imente les autres et fonctionne en synergie avec
eux.
J e c r o i s s a v o i r q u e t u a v a i s d é p o s é l e n o m e n
2 0 0 6 ?
Oui , drôle d’h is to ire... I l y a quelques années , je
m’occupais de "Thrasher Magaz ine" pour l’Europe en
sortant la vers ion française du magaz ine chez "Surf
Sess ion". J’éta is agent de la boi te qu i éta i t à l’or igine
de ce magaz ine mais également d’autres magaz ines
comme "S lap" ou "Juxtapoz". Je voula is lancer "mon
Juxtapoz à moi" avec du contenu is su de "Juxtapoz"
en y ajoutant des productions françaises. Mais i l s’es t
avéré très compl iqué de monter le projet. Pour d iverses
ra isons. J’a i déposé le nom en 2006 et attendu que tous
les voyants soient au vert pour le ressortir de mes
cartons.
Q u e l L E s s o n t l e s d i f f i c u l t é s q u e t u a s r e n c o n t r é e s
E n t r e 2 0 0 6 e t l a p a r u t i o n d e A R T t i t u d e 1 e n 2 0 1 2 ?
Je n’a i pas eu réel lement de d iff icu l té , s i ce n’es t de
la is ser le temps au temps pour que l’ idée de départ arr ive
à matur i té avec un projet concret qu i t ienne la route.
La d iff icu l té c’es t f ina lement ça : la patience ! Entre
2006 et 2012 i l y a eu en projet "papier" , l ’adaptation de
"Thrasher Magaz ine" , d ifférents projets de magaz ines
en France et aux USA que j’a i portés pour des c l ients
et dans lesquels je me su is investi ("F ightSport" , "Poker
VIP"...) , trois art books ("Juxtapoz Remix 1 & 2" et
"Cal ifornia Tr ips" - avec Jonathan Garnier , présent dans
ARTti tude 1 - chez Ankama Edi t ions) et surtout la sortie
et le succès de "Tattooisme" chez Herscher en 201 1. Ce
succès m’a permis de me dire que je n’avais pas besoin
d’une marque ex is tante forte pour porter un projet.
Que j’éta is capable de créer mon "Thrasher" ou mon
"Juxtapoz". I l a jus te fal lu du temps pour montrer qu’on
savai t fa ire de beaux l ivres , qu’on avai t ce savoir-fa ire
édi tor ia l et marketing pour supporter nos marques. Et
la matur i té (du projet et la mienne) a idant , je me su is
lancé avec mon bébé.
C o m m e n t f a i s - t u t o n c a s t i n g ?
De manière assez décomplexée. Pour le tome 1 , j’a i
chois i des artis tes qu i me tenaient à cœur. Auss i b ien
d’un point de vue artis t iq ue qu’humain. Sans approche
marketing , pas de "on prend que des s tars pour se
fa ire du h igh l ight people". Avec ARTti tude , i l y a bien
entendu des "s tars" (C215, SupaKi tch , Koral ie , S l inkachu ,
Juan Francisco Casas et d’autres) , mais auss i beaucoup
de fra icheur avec des artis tes dont ARTti tude volume
1 fut la première parution papier , voire la première
mise en lumière tout court. Des gens qu i ont un "vrai
boulot" mais dont la qual i té de travai l es t te l le que leur
p lace es t auss i dans un art book. C’es t ça qu i es t super
exc i tant : fa ire éc lore des Moyoshi , MNK , Anthony S imon ,
B larf , Yo Az , etc... C’es t auss i ça ARTti tude : un mélange
de générations , d’approches. C’es t formidable de
pouvoir accompagner ces artis tes via cet écosystème ,
d’être le premier à les exposer pour certa ins , de les
voir prendre une autre d imens ion. Comme un pla is ir
paternel f ina lement.
E n D E U X A N S , A R T t i t u d e e s t d e v e n u u n e r é f é r e n c e d a n s
l e m o n d e d e l ’ é d i t i o n d e l ’ a r t u r b a i n c o n t e m p o r a i n . . .
U n e j o l i e r é u s s i t e q u a n d o n v o i t l a m u l t i t u d e d e s
p a r u t i o n s a c t u e l l e s . Notre parcours depuis deux ans es t assez exc i tant.
Mais l’un des points forts de notre ADN es t jus tement
que nous ne sommes pas qu’une publ ication (l ivre ou
magaz ine). Et je pense que c’es t l’une des ra isons de
cet engouement. Fort de tout ce que nous proposons , nous avons la chance d’avoir une h is to ire à raconter
toute l’année. I l se passe tout le temps quelque chose , ce qui nous permet d’être découverts par de nouvel les
personnes presque tous les jours.
A R T t i t u d e e s t u n j o l i m é l a n g e d ’ a r t i s t e s i s s u s d u
g r a p h i s m e , d u s t r e e t a r t , d e l ’ i l l u s t r a t i o n . Q u e l a
é t é l e m o u v e m e n t a r t i s t i q u e q u i t ’ a a m e n é d a n s c e
m i l i e u ? Cla irement la board cul ture. La scène skate des années
80 , la communication visuel le et graphique de l’époque
(Powel l Peralta et Santa Cruz en tête , pu is avec H-Street ,
SMA , B l ind , P lan B , etc...). l’ impact de mecs comme Craig
S tecyk (DA chez Powel Peralta) et l’arr ivée des "skate
video". C’éta i t une véri table révolution sur le fond et
la forme. Mais auss i la scène hard rock de cette même
pér iode avec des pochettes d’a lbums myth iques et
souvent interdi tes. Découvrir le Lowbrow , par exemple ,
en 88 ou 89 , avec Robert Wi l l iams , qu i créera plus tard
"Juxtapoz" grâce à sa pochette légendaire d’"Appeti te
For Des truction" des Guns n’ Roses. Cela résume ce que
d isa i t P icasso : "Pour apprendre quelque chose aux
gens , i l faut mélanger ce qu’ i ls connais sent avec ce
qu’ i ls ignorent".
T U A S D É J À Q U E L Q U E S N O M S À N O U S L I V R E R P O U R L E
T O M E 3 ?I l y en a quelques uns que j’a i en tête mais étant un peu
supersti t ieux , je préfère ne pas c i ter de noms. Je peux
jus te c i ter S teve Cabal lero car i l y a une h is to ire entre
nous qu i date de 2006 quand je lu i a i acheté une de ses
premières to i les. Nous nous sommes revus à Par is en
septembre et i l sera l’un des artis tes du #3. Je d ispose
déjà d’une l i s te d’une quinza ine de noms, connus ou non
pour ce prochain tome.
S i t u p o u v a i s r e s s u s c i t e r u n a r t i s t e ? F l ippant comme idée... Mais i l y a un artis te dont j’a ime
beaucoup le tra i t. C’es t Jean-Claude Forest. J’aurais
a imé le rencontrer. C’es t un dess inateur né au Perreux
sur Marne et décédé en 1998. J’a i tout essayé pour fa ire
un profi l sur lu i dans le Tome 2. J’a i contacté des gens
qu i ont travai l lé avec lu i , des dess inateurs l’ayant connu ,
A la in Sch lockoff (le papa de "l’Écran Fantas tique") , son
ex-femme. Bref , tous m’ont a idé à remonter la p is te
jusqu’à son f i ls à qu i j’a i par lé du projet , mais je n’a i
pas eu de réponse. I l es t surtout connu pour être
l’auteur et le créateur de "Barbarel la" , dont je ne su is
pas spéc ia lement fan , surtout après le f i lm de Vadim en
1968. I l a reçu le Grand Pr ix de la vi l le d’Angoulême en
1983 pour l’ensemble de son œuvre. Mais c’es t avant tout
un homme qui dess ina i t les femmes comme personne et
qu i a inspiré , consc iemment ou non , quelques artis tes
contemporains. Je su is fan de son travai l pour les
publ ic i tés presse qu’ i l a réal i sées pour "Perr ier" à la f in
des années 60.
Q u e l s s o n t T e s p r o c h a i n s p r o j e t s ?P lus ieurs choses... Reprendre sur ma soc iété (P lan9
Enterta inment) l’éd i t ion de mes ouvrages et confier
la d is tr ibution à Bel in/Herscher. Mettre en p lace de
U n d e r n i e r m o t ?
Merci à ceux qui ont toujours été là pour ARTti tude , P lan9 ou s implement pour moi-même. À tous ceux qui
nous su ivent , nous a ident , nous accompagnent. Tous
ou presque sont dans les remerciements d’ARTti tude
volume 2. I l manque tout de même Vanessa de "Blas t 707
Photography". Honte à moi ! C’es t maintenant corr igé en
attendant le tome 3.
nouvel les expos et évènements. Étendre le nombre
de nos galer ies "partenaires" en p lus de la Galer ie du
Pont Neuf (Par is) et Mines d’Art (Genève). Sortir un
"Tattooisme 3" avec Chr is Coppola. Enf in , préparer une
nouvel le monographie , dans la col lection ARTti tude , sur
un artis te français que j’apprécie énormément. Mais je
n’en d ira i pas p lus...
P a r l e - m o i u n p e u d e M o y o s h i …Je ne me souviens p lus comment j’a i découvert son
travai l mais j’a i beaucoup a imé la "poés ie" de son
un ivers. J’y retrouvais un ton à la Thomas Campbel l.
Je su is content de l’accompagner , de l’avoir eu pour
nos deux premières expos. I l es t également le premier
artis te que j’a i p lacé chez Mine d’Arts en Su is se et l’un
des premiers dont j’a i vendu des œuvres. J’a ime cette
h is to ire de confiance mutuel le. Moyoshi , comme MNK et
quelques autres , sont , pour moi , les premiers artis tes du
rooster ARTti tude , les premiers à avoir rendu poss ib le
et concret cet écosystème. C’es t la garde rapprochée , le premier cercle.
U n c o n s e i l à n o u s f i l e r ?
Votre projet es t top , res tez vous-même , continuez à
vous et nous fa ire p la is ir. Une aventure profess ionnel le
es t comme une aventure sentimentale. On a beau
se poser mi l le questions , i l y a des envies qu’ i l faut
assumer et , passé un certa in point , les évidences
par lent d’e l les-mêmes.
P o u r f i n i r , q u i a i m e r a i s - t u ê t r e ?David Gi lmour quand i l prend sa gu i tare pour le second
solo de "Confortably Numb" , S tacey Peralta dont la
vis ion m’inspire (ARTti tude c’es t quelque part ma
"Bones Br igade" !) , S teve Jobs pour son obstination
(un iquement) , n’ importe lequel de mes artis tes pour le
quart du tiers de son ta lent (je dess inerais b ien mieux
mes Bart S impson) , Marc Johnson pour son s tyle , R ichard
Branson pour savoir rendre ses rêves réels et quelques
autres. Mais s inon "moi" quand je fa is découvrir quelque
chose de "trop cool" à mon f i ls , quand je sors un l ivre ,
quand j’organise une expo , quand je rencontre des
artis tes , des partenaires , quand je passe des journées
entières à brains tormer , à refa ire le monde , ou tout
s implement quand je su is accompagné de quelqu’un de
jus te formidable. Ma vie es t te l le en ce moment que je
préfère f ina lement être "moi"... même s i , de fa i t , je ne
jouerai jamais comme David Gi lmour.
Afin d’ i l lus trer cette interview , Frédéric C laquin nous
a permis de p iocher parmi les œuvres de certa ins
artis tes is sus de la team ARTti tude.
Afin que vous pu is s iez profi ter p le inement des
œuvres des artis tes , vous retrouverez c i-dessous ,
par ordre d’appari t ion , les noms des artis tes , de
leurs œuvres , l ’année de production , le format et la
technique uti l i sée.
B r u n o L e y v a l
Irezumi – F ight , 2013. Encre de ch ine sur papier , 65 x 50 cm.
A r n a u d P a g è sSérie Arnaud Pagès x Le Tournedisque
The Daf t Punk , 2013. Dess in au feutre retravai l lé avec
Photoshop CS5 , 60 x 81 cm.
J o h a n B a r r i o s
Dresscode , 2012. Hu i le sur to i le , 200 x 160 cm.
Specia l Gues t , 2012. Hu i le sur to i le , 200 x 160 cm.
R o m a i n F r o q u e t
Help Me Love , 2013. Acryl iq ue & techniques mixtes sur
to i le , 73 x 60 cm.
J U A N F R A N C I S C O C A S A S
fromthedeepofmyheart1 , 2009. B ic sur papier , 180 x 140 cm.
M O Y O S H I
Jus t for you , 2012. Acryl iq ue & Posca sur to i le , 50 x 70 cm.
M N K
Wall MNK , 2013.
K U P S
Sans ti tres , 2012. Pe inture sur papier peint , 50 x 70 cm.
CRED ITS
- M O Y O S H I -www.moyoshi.com
- H O P A R E -www.hopare.com
- L e O & P I P O - www.facebook.com/LEOetP IPO
- L E D I A M A N T A I R E -led iamanta ire-paris.fr
- A M O S E -amose.fr
- L E O N I S O G O U R - www.fl ickr.com/photos/leonisogour
- É M I L I E R O U G E -www.facebook.com/emi l ie.rouge
- F R É D É R I C C L A Q U I N -www.plan9.fr
- N O I R -www.noir-artis t.com
- K Y M -www.facebook.com/kymouchi
- K - G U Y -www.k-guy.co.uk
- T H O M A S R A I L L A R D -www.behance.net/thomas-rai l lard
a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a
M A G A Z I N E C O N Ç U E T R É A L I S É P A R F L O R E N T A U R A YC O U V E R T U R E : M O Y O S H I« j e s u s , t h a t ’ s a l l f o l k s » : K - G U YP A G E S L E O & P I P O / / M A Q U E T T E & C O N T E N U : L E O & P I P OP A G E S L E O N I S O G O U R / / M A Q U E T T E & C O N T E N U : L E O N I S O G O U RP A G E S L E D I A M A N T A I R E / / M A Q U E T T E E T C O N T E N U : L E D I A M A N T A I R EI M P R E S S I O N M A G A Z I N E & M A S K_ 1 , M A S K_ 2 ( M O Y O S H I ) / / P I X A R T P R I N T I N G , I T A L I EI M P R E S S I O N S « L A B E L L E & L A B Ê T E » ( T H O M A S R A I L L A R D ) / / H 2 I M P R E S S I O N , 8 R U E D ’ U Z È S , 7 5 0 0 2 P A R I Sn o u s s u i v r e : www . i s a i d a h i p . c o m / / f a c e b o o k . c o m / i s a i d a h i p . m a g a z i n e
i said a hip... (chapitre 1) avec MOYOSHI - ÉMILIE ROUGE - KYM - LÉO & PIPO - LE DIAMANTAIRE - AMOSE - HOPARE - ARTTITUDE - LÉONIS OGOUR - NOIR - THOMAS RAILLARD