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Projeto de Conclusão de Curso - UNESP 2012 Coleçao de calçados femininos inspirados nas quatro personagem do seriado ameriacano Sex and The City.

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” FACULDADE DE ARQUITETURA, ARTES E COMUNICAÇÃO

DEPARTAMENTO DE DESIGN

I (SHOE) NYCOLEÇÃO DE CALÇADOS FEMININOS

LUIZA HELENA SIDINANI

Projeto de ConClusão de Curso à FaCuldade de arquitetura, artes e ComuniCação, da universi-dade estadual Paulista “júlio de mesquita Filho” Como requisito Para a graduação em design de

Produto.

orientador ProF. doutor ClÁudio roBerto Y goYa

BAURU 2011

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AGRADECIMENTOSagradeço aos meus Pais, mirtes e Paulo, Por todo o suPorte durante os quatro anos de Curso, os meses do Projeto, meu semestre de interCâmBio em lisBoa, minhas idéias de traBalhos maluCos. Foram eles que limParam toda a Bagunça, Poeira, tintas e minhas lÁgrimas quando tinha a imPressão que tudo Poderia dar errado.

ao goYa, que muito mais que um ProFessor, se tornou um amigo, meu e da minha Família. se alguém CumPriu um PaPel de mestre na minha vida, Foi ele. talvez não tivesse aPrendido nem amadureCido tanto sem os anos de laBsol, as viagens, as Feirinhas, as risadas extravagantes e até Com as BronCas. eu não Poderia ser orientada Por outra Pessoa no meu Projeto, e muitas vezes eu Fui enCorajada a me esForçar mais Pela vontade e oBrigação de surPreendê-lo, Pois sei que ele esPera muito de mim.

meus amigos, que me ProPorCionaram exPeriênCias e vivênCias inesqueCíveis, todas as risadas, Con-versas ProFundas soBre design, arte, FaCuldade, ProFessores, Festas e muitos, muitos garotos! Bia, letíCia, thaísa, diogo, marCelo, natÁlia (marge), nardo, leonardo (homer), juliana (julY), Bruno (Curintia) e muitos outros, minha vida teve muito mais Conteúdo e alegria Porque estão nela, não Consigo imaginar a FaCuldade sem todos esses amigos. eles Foram resPonsÁveis Por tornar essa Fase a melhor e mais animada de todas!

durante a realização do Projeto, Contei Com muita ajuda do ProFessor FlÁvio, que me ajudou na modelagem e na FaBriCação dos ProtótiPos e o Pessoal da mix Brasil – jaú, que tornou meus desenhos em oBjetos reais, uma realização Para mim Como designer.Por Fim, agradeço imensamente a minha Prima mariana, uma irmã mais velha Para mim, da qual eu herdei muito mais que a Casinha da BarBie e as rouPas que não serviam mais. muito do que sou hoje vem dela, na verdade todo o meu Projeto, ela que me mostrou Como é aPaixonante o mundo do sex and the CitY, dos saPatos e de nova York.

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RESUMOesse Projeto tem o ProPósito de desenvolver uma Coleção de Calçados Femininos insPirado no seriado sex and the CitY. amBientado em nova York, quatro amigas, na Faixa dos seus trinta anos, Passam Por situações relaCionadas a amor, sexo, Filhos, emPrego e, PrinCiPalmente, moda que disCutem o PaPel da mulher na soCiedade atual.

ao longo do Projeto, além de ColoCar em PrÁtiCa os ConheCimentos de design e moda, tamBém Foram aPliCadas as téCniCas reFerentes a materiais, modelagem, Produção de Calçados e suas limitações Perante aos desenhos iniCiais.

Palavras Chave: Calçados Femininos, design de Calçados, moda, sex and the CitY.

ABSTRACTthis ProjeCt aims to develoP a women’s Footwear ColleCtion insPired BY the show sex and the CitY. set in new York, Four Friends, their thirties, exPerienCe situations related to love, sex, Children, emPloYment, and, mainlY, Fashion that disCuss the role oF women in soCietY todaY.

throughout the ProjeCt as well as Putting into PraCtiCe the knowledge oF design and Fashion, have also Been aPPlied teChniques For materials, molding, ProduCtion oF Footwear and its limitations BeFore the initial sketChes.

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ÍNDICIE

Introdução

The ShoesAnd the HistoryAnd The SexAnd The GlamourConfecção do Calçado

Sex and The CityThe CityThe FashionCarrie

CharlotteMirandaSamantha

CriaçãoTendênciasTabela de cores ConstruçõesTema CarrieTema CharlotteTema MirandaTema SamanthaSketches

Identidade visual

Produção

Coleção FinalIlustraçõesProtótiposEditorial

Considerações Finais

Bibliografia

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9121315

182022

242425262828292930

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INTRODUÇÃO

assim Como o vestuÁrio, os Calçados surgiram Com o ProPósito de Proteção Contra o Clima e amBi-ente. Porém, ao longo da história da soCiedade, amBos adquiriram muito mais Funções e signiFiCados. a moda, em geral, tem o Poder instantâneo de distinguir Classes, triBos, ideais e PrinCiPalmente Personalidades. de Certa Forma, essa singularidade da indumentÁria instigou esse traBalho.

o seriado ameriCano sex and the CitY retrata PerFeitamente essas CaraCterístiCas da moda, dis-Cernindo quatro mulheres da mesma Classe soCial, idades e ideais aProximados, Porém, estilos Com-Pletamente diFerentes. além de ColoCar em Pauta inúmeros assuntos PolêmiCos, outros nem tanto, soBre sexo, Filhos, homens, emPregos e muita moda ao longo dos seus ePisódios.

FoCando no ramo dos Calçados - talvez Por exerCerem um FasCínio tão inigualÁvel soBre as mulheres, seja tão interessante em vinCulÁ-los Com essa temÁtiCa e desenvolve-los ProCurando transPareCer as CaraCterístiCas de Cada Personagem e manter seus estilos deFinidos em Cada saPato.

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Desde que moda é moda, os sapatos tem sido um desafio para seus designers – como combinar conforto com o intenso desejo de mostrar status, riqueza, poder e sensualidade.Os primeiros sapatos conhecidos são um par de sandálias tecidos com folhas de artemísia, um tipo de arbusto. Encontradas numa caverna em Fort Rock em Oregon, Estados Unidos, elas são estimadas a terem mais que 10 mil anos. Os sapa-tos da Idade Média eram geralmente feitos com pedaços de couro e decorados com cordões, mas no século XIV a consciência fashion vestiu-se com um estilo de sapato com a biqueira virada, as chamadas poulaines, representando o ócio dos seus usuários.A abertura do comércio ao longo da Rota da Seda

trouxe idéias extravagantes do Ocidente. A socie-dade veneziana foi dominada por uma mania de chapins cada vez mais altas – um tipo de sapato com plataforma. Enquanto os chapins cumpriam seu papel principal, que era manter as saias longe da sujeira, eles também eram feitos de materiais nobres, a fim de ostentar o status de quem os usava.Saltos tornaram-se símbolo de aristocracia em toda a Europa a partir dos séculos XVII e XVIII, mas após da Revolução Francesa eles foram aboli-dos e substituídos por modelos menos chamativos e mais rasteiros. Até meados da Era Vitoriana, os sapatos eram “retos”, ou seja, poderiam ser usa-

The ShoeS and The hiSTory

The Shoes

À esquerda, os chapins usados na Veneza do século XII. Acima o salto

“Louis” revividos no final do século XIX, e abaixo, a Sandália “Invisível” de

Ferragamo, 1947.

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dos em ambos os pés.Por volta do final do século XIX, saltos e saias es-tavam em ascensão. As mulheres usavam corpetes sinuosos inspirados no desenho do salto “Louis”, um renascimento da forma tão bem conceituada na corte de Luís XV, praticamente duzentos anos depois. Nos anos 1920, noções de status foram substituí-das por glamour e diversão. A produção em massa tornou os sapatos mais acessíveis e instigou a produção um carnaval de frívolos sapatos de dança feitos em couros luxuosos. Mas durante a Segunda Guerra Mundial, a escassez de couro inspirou a criatividade e os calçados ganharam novas matérias-primas, como madeira, cortiça, lona, palha e veludo. Enquanto isso, as divas de Hollywood mantinham todas as suas aspirações vivas, pisando em alguns dos modelos mais ex-travagantes e criativos já vistos.Seguindo os tempos obscuros da Guerra, as mul-heres mal podiam esperar para voltarem a femi-nilidade resumida pelo New Look. O designer Roger Vivier desenhou o sapato perfeito para seguir essa nova silhueta criada por Cristian Dior: o stilleto. Ironicamente, o desenvolvimento desse salto alto icônico só foi possível graças à evolução

da tecnologia do aço durante a Guerra. As tendências inspiradas na Era Espacial na dé-cada de 1960 geraram mais uma onda de novos materiais para a fabricação de calçados. Vinis, plásticos transparentes, assim como o zíper rapi-damente viraram febre. Conforme as décadas progrediam, os ciclos da moda também foram acelerando. Os anos 1970 trouxeram desde es-candalosas plataformas, coturnos punks até os sal-tos das divas disco, enquanto os anos 1980 viram suas massas adotarem provavelmente a tendência mais significante nos sapatos modernos: os tênis! A partir dos anos 1990, o glamour e status têm sido palavras de ordem no design de calçados. Os sapatos carregam sutis ou óbvios sinais de sua pro-cedência, com suas solas vermelhas ou gigantes logos dourados. Desde então a moda calçadista nunca esteve tão democratizada, com espaço para os calçados mais lúdicos aos mais realistas, o tênis e seus modelos derivados garantiram seu lugar cativo no cotidiano da sociedade.Botas, scarpins, sandálias, rasteiras, mocacins, anabelas... são inúmeros os tipos, alturas e ma-teriais no mundo dos sapatos nos dias de hoje. O essencial é manter o curioso encanto que es-ses objetos despertam nas mulheres, como já ad-mitiu a estilista de moda Diana Von Furstenberg: “Quando olhamos para os nossos pés, é como se piscássemos o olho a nós próprias.”

Salto stilleto de Roger Vivier, mais conhecido como salto

agulha. Design revolucionário que perdura até os dias de

hoje.

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The Shoes

Desde que sua função evoluiu de meramente utilitários para simbólicos e notáveis, os sapa-tos também se tornaram ob-jetos de fantasias sexuais. O uso do doloroso enfaixamento surgiu na China no século X e persistiu por mais mil anos. No ato de quebrar e enfaixar os pés das meninas era possível che-gar perto do pé de lótus ideal, o chamado “Lótus Dourado” que chegava a medir somente 7,5 cm. Durante o século XVI emVeneza, os impraticáveis chapins, que mediam até 70 cm, eram a marca registrada da cor-te. Com sapatos tão vertigino-

sos, era necessário que as damas tivessem gentis cavalheiros para que as amparassem.Do enfaixamento, passando por plataformas insanas, aos saltos arranha-céus, o nome do jogo continua o mesmo: escravidão. A restrição dos movimen-tos representa a habilidade do homem de sustentar sua esposa, que não precisaria trabalhar, a qual existiria unicamente para servir seu homem. Tais calçados sugerem que eles nunca dever-iam ser usados fora do quarto.No século XX, fotógrafos de moda se utilizaram do poder sexual imagético dos saltos.

“Um bom SapaTo não é aqUele qUe Te veSTe, maS Sim o qUe Te deSpe.”

ChriSTian loUboUTin

Extraordinariamente, Helmut Newton realizou inúmeros pro-jetos fotografando mulheres nuas poderosas usando nada mais do que um belo salto alto. Esse tipo de arte atingiu um novo patamar com a exibição Fetiche, para a qual Christian Louboutin desenhou e fab-ricou cinco pares exclusivos para serem fotografados por David Lynch. As imagens cin-ematográficas exibem sapatos com saltos de 25 cm, feitos es-tritamente para rastejar; stilet-tos com taxas, sapatilhas sem solas e até um par de Sapatos Si-ameses, unidos através do salto. Sobre essas criações, Louboutin diz, “sem nenhuma praticidade, só prazer”.

The ShoeS and The SEX

Ao lado uma das fotos da exibição Fetiche, de Lynch. Abaixo, um pé de Lótus calçado.

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Com a ascensão do culto às celebridades, al-guns modelos também ganharam seus quinze minutos de fama. Os calçados que sustentam que essa mulher está saindo em grande estilo; os sa-patos mostram que ela nunca pisa em calçadas ou corre atrás de ônibus. Essa é uma fantasia irrevogável so-bre os saltos, uma mistura de glamour, riqueza e sexo – esse é o sapato que brilha, que desliza, que anuncia que você realmente chegou.Durante o século XVII, Rei Luís XIV da França decretou que somente membros da corte tin-ham a permissão de usar saltos vermelhos. Hoje em dia, nos mundos brilhantes dos filmes e da moda é o relance das so-las vermelhas que se destaca. A cor da sola pode ser tão signifi-

cante quanto o próprio sapato, porque afinal, em muitas situações, eles só serão usados uma única vez. O mais extravagante de todos, talvez seja os “Saltos Rita Hayworth”, a designer Stuart Weitzman utilizou brincos que pertenceram à atriz Rita Hayworth para criar este sapato, os quais são carregados de diamantes safiras e rubis. A compradora desse par - que valia a quantia de US$3 milhões, foi a própria filha de Rita, a princesa Yasmin Aga Khan.Efetivamente, nem toda mulher goza da riqueza, do poder ou do prazer de ser uma consumista imponderável com dezenas de pares de Manolo Blahnik, a lá Carrie Brad-shaw. Mas sem dúvida alguma, sempre tem espaço para um par glamoroso em alto estilo dos tapetes vermelhos nos guarda-roupas de toda garota.

The Shoes

Rei Luis XIV da França usando saltos vermelhos.

The Shoes and The Glamour

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tir disso o desenho técnico é fei-to e o modelista pode começar seu trabalho, a fôrma é toda en-capada com fita adesiva e nela é desenhado o modelo do calça-do, essa etapa é extremamente importante, pois traduz as idéias do designer para a linguagem da produção. Feito o desenho, a fita é planificada em um papel cartão e os moldes são tirados, adicionando as informações téc-nicas como dobra para colagem e tipo de ponto. Com os moldes feitos, o couro está pronto para ser cortado e enviado para produção.

No geral, o calçado é dividido em duas partes principais: ca-bedal e solado.

CABEDAL toda parte superior do calçado, ele segura o sapato no pé e o protege. Que por sua vez é dividido em GÁSPEA (parte frontal) e TRASEIRO;CONTRAFORTE reforço que garante a firmeza na estrutura do sapato se posiciona entre o forro e o cabedal, na região do calcanhar;COURAÇA exerce a mesma fun-ção do contraforte, porém ocu-

pa a parte frontal do cabedal, acomodando os dedos e man-tendo o formato do bico;SUADOR forro especial na região do calcanhar, feito em material reforçado, impede que a palmilha se movimente;

SOLADO área inferior do calça-do;PALMILHA base de celulose conformada exatamente na me-dida da fôrma, sobre ela o sa-pato é montado, garantindo a segurança dos pés ao caminhar;ALMA sustenta a planta do pé,

força a palmilha a manter a cur-vatura do salto. Geralmente é feita de arame, madeira ou plás-tico;SOLA é acamada mais externa, faz a interface do calçado e solo. Geralmente é feita de poliure-tano (PU), borracha ou mesmo couro;SALTO suporte fixado na região do calcanhar, de alturas vari-adas. Em sua extremidade é fixada uma pequena peça para proteção do salto, o TACO;

Muitas operações são en-volvidas na produção de um calçado. Após a criação do modelo, o primeiro passo que se deve tomar é a definição da fôrma e da construção (conjunto do salto, palmilha e sola). A par-

COnfECçãO dO CAlçAdO

The Shoes

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Sex and The CiTySex and the City é um seriado americano, produzido pela rede HBO, com seis tempora-das, transmitido de 1998 a 2004 em duas longas metragens seqüenciais, a primeira em 2008 e a segunda em 2010. Baseado no livro homônimo da escritora Candence Brushnell, a série conta a história de quatro amigas, por volta dos seus trinta anos, bem sucedidas e solteiras em Nova Iorque. Uma das séries mais aclamadas pelo público e pela crítica, tendo recebido diversos prêmios e nomeações, incluindo mais de 50 indicações ao Emmy, ganhando sete deles, e 24 indicações ao Globo de Ouro, ganhando oito deles, durante suas seis temporadas.Carrie Bradshaw (Sarah Jessica Parker), escritora de uma coluna sobre sexo e relacionamento de um jornal Nova-Iorquino, narra situações inter-pessoais relacionadas a sexo, carreira, moda e, principalmente, relacionamentos. Cada episódio

tem um tema principal, a partir do qual são con-tadas histórias envolvendo tanto a própria Carrie quanto suas outras três amigas: Charlotte York (Kristin Davis), uma romântica invicta, que acred-ita em casamentos perfeitos e busca, incansavel-mente, seu príncipe encantado; Miranda (Cynthia Nixon), uma advogada durona, viciada em seu tra-balho, sempre em conflito com o espaço da mul-her nos altos cargos empresariais; Samantha Jones (Kim Cattrall), a femme fatale, disposta a ter sexo com qualquer um, em qualquer lugar, não poupa esforços para conseguir o que deseja, evitando ao máximo envolvimento emocional.A cidade de Nova York transforma-se assim numa personagem, indispensável na trama. Diferente de muitos filmes e seriados, a cidade não serve so-mente como cenário e ambientação, ela participa praticamente de todos os episódios. Os restau-rantes, bares, ruas, lojas de grife e avenidas são verdadeiros e podem ser realmente visitadas pelos

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espectadores, o que transformou o Sex and The City em um promotor de tendências da cidade. Em questões de marketing, não se consegue saber ao certo onde termina a história e começa o mer-chandising e vice e versa. Tornando essas quatro mulheres legítimas Nova-Iorquinas e mais reais ainda, vivendo situações semelhantes a qualquer cidadão da metrópole. A auto-identificação com as personagens é mais um ponto forte. Por representarem esteriótipos tão definidos Carrie, a fashionista; Charlotte, a romântica; Miranda, a workaholic; e Samanta, a sexy; toda fã tem certo grau de semelhança com alguma das quatro, ou com todas elas, os assun-tos discutidos e vivenciados, os quais são os temas da coluna semanal de Carrie, também ficam mais interessantes com cada extremo da personalidade feminina mostrando seu ponto de vista diante de perguntas como: Quando um relacionamento acaba, pra onde vai o amor? Precisamos fazer jogos para um relacionamento funcionar? Existe algum tipo de guerra fria entre solteiras e casadas? Garotas de 20 e poucos anos, amigas ou rivais? Quantas pessoas são realmente envolvidas em um relacionamento? As mulheres são capazes li-dar com o sexo ocasional como homens? Serão os relacionamentos a religião dos anos 90? Serão os triângulos amorosos a nova fronteira sexual? Transformando, assim, a trama em uma estimu-lante reflexão para a espectadora. A discussão do papel da mulher na sociedade atual, principalmente das solteiras, faz parte da essência do Sex and The City. Após décadas de movimentos feministas, nos anos 1990, final-mente, as mulheres conseguiram chegar ao pata-mar tão desejado: elas tinham empregos, salários, poder de compra, apartamentos tão bons quanto os homens, porém sua sexualidade ainda não tinha chegado ao mesmo nível da masculina na indústria cinematográfica. No seriado, além da cumplicidade entre amigas, o que as torna um tipo de família, elas falam abertamente sobre sua vida amorosa e sexual, mas sem se exporem de maneira vulgar e libertina. Mais confiantes, auto-

suficientes e exigentes do que nunca, as mulheres já não vêem o casamento como uma questão de sobrevivência e aceitação. Elas se sentem livres para iniciar e terminar relacionamentos à vontade, assim como os homens. Em 2007, uma pesquisa da Yankelovich para TIME e CNN, cerca de 80% dos homens e mulheres pensavam que encontrariam o companheiro(a) perfeito(a). Mas quando pergun-tados, se não encontrassem o Sr(a). Perfeito, se eles se casariam com outra pessoa - apenas 34% das mulheres disseram que sim, em contraste com 41% dos homens (TIME, 2007).

Sex and The City

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Isso não significa que as mulheres tenham desis-tido do casamento e família, muito pelo contrário, seus conflitos são reais e honestos. Sex and The City evita o feminismo radical e o romantismo “amor-vence-tudo”. Essas mulheres nos seus trin-ta lêem a seção casamento do New York Times – e como elas dizem no próprio seriado: “Páginas da única mulher do esporte” – com certo conflito entre inveja e desprezo pelas noivas de 24 anos que trocam suas carreiras por casamentos com empresários. Amor, ou até luxúria para alguns, Sex and The City não é uma guerra feminista entre sexos, é uma negociação de fronteira ao longo do espaço pessoal, costumes e autonomia contemporânea. Trata-se de uma escolha, em que existe a possibi-lidade de dizer não para mudar a sua vida por um homem, mas de igual para igual pode-se imaginar, apenas dizer “sim”. Frisando a indispensável cum-plicidade entre amigas, que é o grande centro de toda a trama, em uma das citações mais marcantes Samantha Jones diz para as outras personagens: “Homens e filhos, isso não importa. Nós somos almas gêmeas”.

“é difiCíl de enCon-Trar peSSoaS qUe Te

amarão não imporTa o qUê aConTeça. eU fUi SorTUda de

aChar TrêS delaS.”Carrie

bradShaW

Sex and The City

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Segundo os autores, “Nova York é uma ilha mágica onde qualquer coisa pode acontecer”. Fato! A cidade de Nova York é, provavelmente, a quinta mulher do grupo. Situações incríveis re-tratadas realmente aconteceram com alguns dos produtores e foram adaptadas para o ambi-ente cinematográfico de Sex and The City.A própria cidade oferece históri-as em potenciais que precisam ser contadas, como num episó-dio em que Carrie e Samantha sofrem alguns atritos com sua vizinhança, respectivamente, um lar para animais que abri-gam galos cacarejando pela madrugada e travestis com uma linguagem mais obscena que o normal; um baile de formatura para o publico GLS; cartas de baralho perdidas pelas ruas da metrópole, e pessoas que as colecionam; clubes particulares para um público restritíssimo; e para o prazer das mulheres, a Fleet Week, uma semana em que a Marinha Estado Unidense aporta em NY, com marinhei-ros por toda a cidade, fazendo festas em barcos, passeatas e shows aéreos.O estúdio de Sex and The City era em Manhattan e, pratica-mente todos os restaurantes, lo-jas, bares e ruas onde as cenas eram filmadas eram verdadeiros,

e hoje são oferecidos passeios turísticos nos pontos principais encenados - com isso muitos lugares foram promovidos na época e lançaram tendências que agitaram a vida da cidade; para os moradores era comum ver a produção interditando um café ou um bar para as filmagens do seriado. Nova York proporcionou mo-mentos sem igual, como a cena em que Carrie e seu namorado Aleksandr têm um daqueles românticos encontros andando de carruagem no Central Park, no dia marcado para as filma-gens pequenos flocos de neve caiam e tornaram a cena ainda mais intensa. Ou também outra situação no Central Park, em que Carrie e Mr. Big caem em uma lagoa, tão empolgados para fazer a cena, os atores até aceita-ram em tomar algumas vacinas para não contraírem nenhum tipo de infecção da água poluída.Contudo, Sex não se realizaria sem The City, e os personagens não se intimidam em mostrar sua paixão pela metrópole: Mi-randa, “Por que eu penso que morar em Nova York é tão fan-tástico?”, Carrie “Porque é!”.

The CitySex and The City

Acima, Carrie, Miranda e os fa-mosos cupcakes da Magnolia Bakery na Bleeker St. E abaixo, no terraço de Samantha, no Meatpacking.

...Durante esse semestre, tive a oportundade de passear em NY com meus pais. Nessa viagem fiz o Tour Sex and The City, onde pas-samos pelos lugares marcantes da série. Com isso pude ver como A Cidade está presente no seriado e vice-versa. A guia de turismo ex-plicava sobre as muitas vezes que bares e lojas foram fechadas para filmagens e como acompanhavam os movimentos e tendências da metrópole. Contudo, entre muitos outros fatores, Sex and The City ajudou, também, a moldar a Nova York de hoje.

Luiza Helena

ViVendo o roTeiro...

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Sem dúvida, a moda é outro forte personagem no programa, o figurino tornou-se mais um grande atrativo para os espectadores, exerceu uma forte influência o mundo da moda. De qualquer forma, não seria possível retratar mulheres maduras, bem sucedidas e fabulosas sem vesti-las à altura.A grande responsável de todo esse sucesso foi a stylist Patricia Field, ela vestiu as seis temporadas e os dois filmes da série. Seu reconhecimento ul-trapassou o grupo de fãs de Sex and The City, ganhou o mundo das celebridades e Sarah Jessica Parker virou um ícone fashion. Pat Field também foi a criadora do estilo high-low, do qual Carrie Bradshaw foi sua maior cobaia, onde se mistura peças de grifes com outras bem mais baratas, causando contraste no visual. Além disso, os es-tilos das quatro mulheres eram bem diferentes e definidos, transformando-as em personalidades cada vez mais fortes e reais.

Sex and The City

The Fashion

Na abertura do primeiro filme:

Carrie e suas icônicas flores

gigantes.

A partir da segunda temporada, a série estourou com a fama no mudo fashion, a partir daí vestidos, casacos, bolsas e jóias lutavam para ter seu espaço garantido no figurino. Talvez o acontecimento que se destaca foi um maravilhoso vestido de gala com uma enorme saia rodada armada com inúmeras camadas de tecido, digno de conto de fadas, que foi enviado de Paris pela grife Versace aos figurinistas do programa. Não havia nenhum momento em que esse vestido poderia se encaixar no script original, porém ele queria estar no pro-grama, e assim foi feito. “Houve ocasiões em que a moda realmente escreveu o roteiro, outras em que o roteiro deixou a moda entrar”, confessou Michael Patrick King, produtor do seriado.Com tantas histórias de amor em Sex and The City, provavelmente a mais estável e sem crises de relacionamento foi a de Carrie Bradshaw e sapa-tos, montes e montes de sapatos.

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Como se cada par comprado fosse uma peça de arte adquirida, ela podia não estar casada com o homem perfeito, podia não ter o apartamento perfeito, mas sim, ela era dona de alguns dos mais perfeitos sapatos. Essa paixão chegou à tamanha proporção que Manolo Blahnic, o designer pre-dileto da personagem, não simpatizava muito com a idéia de seus calçados ficarem extremamente fa-mosos por conta de uma personagem fictícia. Sua frase também ficou conhecida, quando olhando para um par de sandálias pink na vitrine de uma loja Christian Loubou-tin, Carrie respira fundo e suspira “Hello lover!”.Essa forte ligação com os caçados indubitavel-mente ficou consolidada no episódio “A Wom-an’s Right to Shoes”, o nono da sexta tempo-rada. Nele, Carrie Brad-shaw não encontra seu novíssimo par Manolo Blahnic ao final de uma

festa onde precisavam tirar os sapatos para entrar no apartamento, inconformada com a situação, ela insiste até que ao final do episódio a dona da festa lhe envia um novo par do mesmo modelo. Pode até ter começado com uma brincadeira, mas conforme o capítulo se desenvolve uma conversa mais profunda vai surgindo. Mulheres solteiras, isso é o que elas têm, a habilidade de cuidar de-las mesmas, se colocarem em primeiro lugar, o privilégio de se presentear; elas não têm os chás

Vestido de gala Versace: “Isto acabou de chegar de Paris e quer aparecer no programa”, Pat Field.

”Ep. 11. Temp. 4 - “Coulda, Woulda, Shoulda”

Sam: É essa!Carrie: Uma Birkin? Esse nem é muito seu estilo.Sam: Não é estilo, é o significado. Carrie: Significa que você tem 4mil dólares.Sam: Exatamente! Quando eu estiver andando com essa bolsa pela cidade, eu saberei que consegui!

Sex and The City

de panela ou festas de casamento, elas não gas-tam seu dinheiro com todas aquelas pessoas celebrando marcos im-portantes em suas vidas, porém elas vêem esses marcos espelhados em sapatos, roupas, bolsas e acessórios caros. É uma forma delas alcançarem o que há de melhor, um estilo de Cinderela con-temporânea, um conto de fadas nova-iorquino.

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Sex and The City

Carrie BradshawÉ a narradora da série, escritora que a cada episó-dio aborda um tema sobre sexo e relacionamen-tos na sua coluna Sex and The City, no jornal The New York Star. Sempre usa um tipo de interro-gação para a introdução do assunto, e vários pon-tos de vistas vão surgindo conforme as situações vividas pelas personagens e ao final do episódio a própria espectadora tira sua conclusão, fazendo certa reflexão sobre o tema.Fashionista, apaixonada por moda e por Nova York, representa o verdadeiro clima eclético da ci-dade. Dona de um closet icônico, chama atenção por seu esvoaçante cabelo loiro, ondulado e com

muito volume, abusa de combinações inusitadas, peças das últimas tendências, cores berrantes, es-tampas, peças de grife e peças de brechó, porém acima de todos seus atributos fashion, ficou extre-mamente famosa por sua paixão por sapatos e sua incrível coleção de Manolo Blahniks.Sua ligação com a moda é de fato muito forte, vai além do figurino da personagem. Ao longo do se-riado, Carrie participa de um desfile da Dolce & Gabbana, escreve para a revista Vogue e no filme, participa de um ensaio sobre noivas, então é foto-grafada vestindo as melhores grifes com Christian Lacroix, Vera Wang, Carolina Herrera, Lavin...

(SARAh JESSiCA PARkER)

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E seu magnífico vestido de casamento é um Vivi-enne Westwood. Tanto nos filmes quanto na sé-rie, a moda e as grifes tem seu lugar cativo, é difícil distinguir o figurino do merchandising, todavia Carrie Bradshaw acaba sendo uma grande vitrine para o público.Carrie é do tipo que aproveita ao máximo tudo que a metrópole lhe proporciona, mora num apartamento estilo studio com muita praticidade e pouca manutenção, no coração do West Village. Faz a maioria das refeições fora de casa, sempre nos melhores restaurantes da cidade, freqüenta as grandes festas e inaugurações de lojas de grife, participa nos bastidores e nas passarelas dos des-files e revistas de moda, vive nas madrugadas pro-curando materiais e argumentos para sua coluna, é o exemplo perfeito de uma pessoa cosmopolita.

alma gêmea. dUaS peqUenaS palavraS, Um grande ConCeiTo. a

Crença de qUe algUém, em algUm lUgar, eSTá Se-gUrando a Chave do SeU Coração e SUa CaSa doS

SonhoS.

Quando se trata de relacionamentos, o problema que aparece é grande: Mr. Big (Chris North)! Um milionário, extremamente charmoso, refinado, misterioso e já divorciado - eles se conhecem logo no primeiro capítulo da primeira tempora-da. Após alguns encontros casuais realmente se envolvem num dramático relacionamento que se estende por toda a saga do seriado. Porém Big tem certo trauma com relacionamentos e compro-missos, causando grandes decepções e desilusões em Carrie, como após o segundo rompimento do namoro Big se casa com Natasha, uma modelo de vinte e poucos anos, um casamento que não dura

1. O cobiçado closet de Carrie; 2. Icônica saia “tu-tu” da abertura do seriado; 3. Vestido de noiva Vivienne Westwood, no primeiro filme.

1.

3.2.

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muito e os dois voltam a ser amantes, fazendo Carrie trair seu atual namorado, Aidan (John Corbett), um designer de mobiliário, simples e com seu coração inteiramente aberto para ela, disposto a oferecer tudo que Big se recusava, apesar se amá-lo muito, Carrie sabia que ele não era “the one”. Com tantas idas e voltas emocionantes entre esse dois personagens, o ápice da trama é quando Big finalmente toma uma atitude quando se vê perdendo Carrie de vez, ele vai buscá-la em Paris onde estava vivendo com seu atual namorado, Aleksandr Petrovsky (Mikhail Baryshnikov), um artista plástico que prometia demais e fazia de menos. Quando Sex and The City partiu para as telonas, o drama continuou, com Carrie esperando no altar, Big dá meia volta e desiste do casamento, arrependido volta atrás enviando cartas de amor de pessoas famosas, mas no final manda uma de sua autoria, “Eu sei que estraguei isto, mas vou te amar para sempre”.

Me and You. Just us two.”“

(“Eu e Você. Somente nós dois.”)Juras de amor trocadas entre Carrie e Mr. Big, durante o segunda longa-metragem da série.

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Ah... O amor! Romance, casamento e um prínci-pe encantado... Charlotte é do tipo que sonha em viver um conto de fadas no Central Park. Comer-ciante de arte, recebeu a típica educação de classe médio-alta, pratica tênis, hipismo e freqüenta es-petáculos de balé e ópera. Tradicionalista, ela sem-pre trás o ponto de vista da “donzela indefesa a ser resgatada” nas conversas com as meninas, não por ingenuidade, pois sabe que apesar de morar na metrópole onde tudo é possível, encontrar o seu grande amor entre os 1,5 milhão de habitantes da ilha é um trabalho difícil, mas prefere manter seu sonho utópico por mero deleite.Na moda, o estilo da personagem não podia ser diferente. Charlotte abusa de saias de comprimen-to médio, cintura marcada, estampas com delica-dos florais e poás, cortes sóbrios, muitos detalhes

C harlotteY orkcinquentistas, alguns blazers e trenchcoat, decotes tomara-que-caia e canoa. As palavras de ordem são: romance, feminismo e elegância.Certa noite, após um infeliz encontro, Charlotte corre desesperada pela rua, quando é salva por um cavalheiro de cabelos perfeitamente pentea-dos, queixo protuberante e profundos olhos castanhos, dos perigos e velozes taxis amarelos. Trey MacDougal (Kyle MacLachlan) é um car-diologista de sangue azul, o arquétipo perfeito. Em pouco tempo de namoro, Chalotte tem seu sonho realizado, se casa no vestido perfeito, com o homem perfeito, se mudam para o apartamento perfeito e sonham em filhos perfeitos. Mas tanta perfeição assim sempre tem suas falhas, a falta de apetite sexual da parte de Trey e sua mãe domi-nadora sempre interferindo na vida do casal, re-

(kRiSTin dAvES)

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eU venho namoran-do deSde oS meUS 15 anoS, eSToU exaUSTa!

Cadê ele?

”“

sultado inevitável: o divórcio. Com seu mundo perfeito desmoronado, Charlotte luta por seus direitos legais no processo e para isso escolhe um advogado extremamente grosso, com linguagem pesada, careca e sem grandes atributos físicos, Harry Goldenblatt (Evan Handler). Com tanto testosterona florescendo Chalotte sentiu desper-tar uma atração impulsiva por Harry, apesar das manias inconvenientes, como andar nu e deixar saquinhos de chá por toda a casa, eles mantiveram o relacionamento e esse homem nada perfeito, porém muito amoroso, a fez converter-se para o judaísmo e tornou-se seu marido. Ao final da última temporada, com problemas de fertilidade, eles adotam uma linda garotinha chinesa, Lily, e no primeiro longa-metragem de Sex and The City, Charlotte finalmente dá a luz a Rose, outra flor na família. Talvez essa seja a grande lição que a per-sonagem transmite, na busca de tanta perfeição e utopia a atitude mais perfeita a se tomar é deixar acontecer, e encontrar a verdadeira felicidade nas situações mais imperfeitas.

1. Charlotte e sua filhinha Lily, durante o segundo filme; 2. Primeiro casamento, com Trey, na terceira tem-porada; 3. Estilo cin-quentista de Charlotte.

1.

2.

3.

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Advogada prática, racional e vici-ada na carreira. Quanto o assunto parte para homens, casamento e filhos, é de uma opinião cínica e pouco cética, Porém sempre está disposta para as amigas, princi-palmente para Carrie, que vive tentando abrir seus olhos sobre seu relacionamento tumultuado com Mr. Big.Talvez por esbanjar tanta pratici-dade, Miranda passa boa parte do seriado sozinha, ou melhor, sem relacionamentos significantes. O mais marcante dele é Steve (Da-vid Eigenberg) um barman sem pretensões com o qual Miranda acredita que só passará uma noite. Seu jeito simples e meigo quebra a rigidez de Miranda e os dois iniciam um relacionamento, mas os diferentes ritmos de vidas os separam. Após algumas idas e vindas, Steve descobre que está com câncer de próstata, por com-paixão, Miranda sai mais uma vez com ele e engravida. A partir dessa situação, eles decidem ficar juntos para criar seu filho, Brady e no final do seriado eles se mu-dam para o Brooklin. No primei-

Se Um homem Tem maiS de 30 e é SolTeiro, Tem algUma CoiSa errada Com ele. é darWini-

ano. eleS eSTão Sendo elim inadoS da propa-

gação da eSpéCie.

Miranda hobbeS

(CynThiA nixOn)

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ro filme eles ainda sofrem uma separação, Steve teve um caso fora do casamento, pois Miranda se dedica demais ao trabalho e de menos na vida a dois, mas após inúmeros pedidos de perdão, eles se reconciliam em uma das cenas mais bonitas do filme, um encontro na Brooklin Bridge. Seu figurino parte de dois extremos, o corporativo e o esportivo. Durante a série, Miranda sempre se vestiu com terninhos, camisas, cores sóbrias e cortes clássicos, no âmbito do esportivo, ela sem-pre usava calças confortáveis, jeans e camisetas de Harvard, universidade na qual se graduou. No fi-nal do seriado e nos dois filmes, Miranda ganhou certa sofisticação, seu cabelo sempre ruivo migrou para os tons alaranjados, os cortes tanto quanto masculinizados foram para um Chanel desfiado. Suas roupas tiveram um toque étnico, cintos mar-cando cintura, alguns brilhos e taxas e muitos teci-dos fluidos.

Acima Miranda e Steve. Nas outras fotos, Miranda nos filmes da série.

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SamanTha JoneS

Fatalmente irresistível! Samantha é uma das pou-cas mulheres com uma auto-estima inabalável e dona de um corpo escultural, podendo seduzir qualquer homem de qualquer idade. É a mais velha, e logicamente, a mais sexy do grupo, não se intimida para falar abertamente de sexo para to-dos que quiserem ouvir. Não mede esforços para conseguir o que quer, tanto na vida sexual quanto na profissional.Relações públicas, extremamente bem sucedida. Durante a série muda do Upper West Side para a região do Meat Packing, uma área em ascensão nos anos 1990, onde pontos de prostituição foram

substituídos por restaurantes descolados e lojas de grife, e depois para a Califórnia agenciando Smith Jerrod (Jason Lewis), seu atual namorado.No âmbito de relacionamentos, muitos, muitos e muitos homens passaram por Samantha, mas poucos a marcaram emocionalmente. O primeiro deles foi James (James Goodwin), tão encantador que Samantha tomou a decisão extraordinária de esperar alguns encontros para dormir com ele, porém na noite não esperada, James apresentou um problema enorme, ou melhor, pequeno de-mais para Samantha. Depois Maria Reyers (Sonia Braga), uma artista plástica com a qual Samantha

(kiM CATTRAll)

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mantém uma forte ligação de amizade e logo após um relacionamento homossexual, os ensinamentos de Maria sobre conexão emocional e sexualidade cansam Samantha ao longo do tempo e elas termi-nam. Richard Wright (James Remar) é um mag-nata da hotelaria que recusa a contratá-la por ser uma mulher, desafiada Samantha faz de tudo para conseguir o emprego e se apaixona loucamente, o problema é que Richard não é muito adepto a monogamia e para uma mulher apaixonada de temperamento fortíssimo essa atitude é inaceitável, mesmo para Samantha. Por fim, Smith, um ga-rotão de cabelos loiros e traços fortes que sonha em ser ator, sem grandes expectativas eles iniciam um namoro que se prolonga até o primeiro longa-metragem. Com a ajuda dele, Samantha passa pelo câncer de mama e seus traumas, ela o transforma em um astro de Hollywood e mudam juntos para a

alô, 911.eSToU pegando

fogo!

”“

Los Angeles, infelizmente Smith de dedica demais à carreira e Samantha vê sua vida sendo uma coadjuvante da dele, apesar de amá-lo ela termina o relacionamento, “Eu te amo, mas eu me amo mais”. Sua personalidade marcante ultrapassa a linguagem e atitudes e vão para o guar-da-roupa. Muitos vestidos curtos, justos, decotes, fendas estratégicas, terninhos, om-bros evidenciados, as cores também acom-panham o estilo de Samantha, vermelhos, pinks, amarelos, verdes, azuis, e mais um pouco de vermelhos, os tons são extrava-gantes, enérgicos e chapados, estampas e aplicações pouco entram no figurino. As jóias são bem expressivas, brincos e pul-seiras gigantes, principalmente nos dois filmes da série. Uma elegância vibrante talvez seja o termo que melhor descreva a personalidade mais imponente de Sex and The City.

mUlhereS São para amizade, homenS São para Sexo.

”“

De cima para baixo: episódio em que Sa-mantha tem um caso com um bombeiro; cena de Ano Novo de Samantha e Smith; Samantha ar-rematando um anel de brilhantes num leilão, as duas ulti-mas fotos são cenas do primeiro filme.

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Criação

Como os calçados estão inteira-mente mergulhados no contexto da moda, foi necessária uma pesquisa de tendências para refinar os desen-hos dos modelos.Segundo um informe da WGSN, empresa que presta serviço de pes-

TendênCiaS

quisa on-line, análise de tendências e notícias para as indústrias da moda, a primavera/verão 2013 se subdivide em três Macro-Tendências: Wonder-Lab (referente à ciência moderna, tecnologia e novos estilos de vida); Story of Now (trata-se de contrastes vividos pela socie-dade atual, do feio ao belo, do extravagante ao simples); e Idiomatic (exaltação da cultura re-gional, comportamental e esteticamente) Analisando os elementos das tendências atu- ais (primavera/verão 2012), foi possível fazer uma previsão dos que já estão em declínio e os que ainda estão em ascensão, entre eles: color blocking (o uso de blocos de cores for-mando o visual); floral (mas nada de estampas liberty e delicadas, agora é tudo maximizado); esportista (derivado do minimalismo); glam 70’s (revivendo a extravagância da Era Disco); monocromático (mais um derivado do mini-malismo, mas nada de cores discretas); cobra (substituindo as estampas felinas em couros).Das tendências listadas a cima, as mais utili-zadas para a coleção foram: color blocking;

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Criação

monocromático; ambos são puro renascimento de tendên-cias do final da década de 1990, muito utilizados no inicio de Sex and The City, principalmente por Samantha; Glam 70’s, pre-

sentes nas meias-patas, o salto grosso do Coffee Heel e no bril-ho do Vodka Heel; o couro com textura píton também foi usado em alguns modelos de para dar maior seriedade.

Tabela de CoresA Pantone Inc., empresa que gera um sistema de cor mundialmente recon-hecido, também lança informativos sobre tendências de cores em diversos ramos do design. Tais informativos evidenciaram os tons fortes, vivos e muito vibrantes de laranjas, amarelos, rosa e azul, em contraste alguns mais suaves e assorvetados como lilás, azul claro e nudes rosados.A coleção foi toda baseada em feminilidade e sensualidade, quaisquer que sejam o nível dessas características em cada personagem, a criação da tab-ela de cores não podiav ser diferente, abrangendo desde os tons mais pas-téis de Charlotte, passando pelos rosados neutros de Miranda, até os tons vibrantes de Carrie e Samantha.

Tabela de cores final, as quais foram posicionadas proporcionalmente à frequência na coleção.

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Criação

COnSTRUçõES

No momento da criação, tudo foi iniciado pelas construções, a intenção era fazer quatro delas, as quais deveriam ser neutras, que se encaixassem bem para todas as mulheres, e quatro ca-bedais sobre elas, no total de uma coleção de dezesseis mod-elos. Uma pesquisa de idéias sobre construções foi iniciada: elementos baseados no figurino, pontos turísticos de Nova York, comidas, bares e bebidas. Na época da estréia do segundo filme, a marca Skyy Vodka lan-çou uma embalagem especial Sex and The City, desenhada pela própria Patricia Field, a figurinista da série e dos filmes. Completando a edição especial, também foram criadas cinco drinks a base de vodka que le-varia o nome de cada mulher e um com whisky chamado Mr. Big. A partir daí, a idéia das bebidas se concretizou, sempre que Car-rie Brashaw e suas amigas estão juntas, elas saem para beber e comer algo, é um momento de confraternização, onde elas dis-cutem suas relações, falam dos problemas e dão risadas tam-bém; é a ocasião mais comum entre elas, independente de que está em um relacionamento bom ou ruim, grávida ou não, com problemas de dinheiro ou chefes. Portanto foram criadas as qua-tro construções, baseadas nas bebidas preferidas dessas nova-iorquinas: Cosmopolitan Heel, Martini Heel, Vodka Heel e Coffee Heel.

Imagens divulgadas pela campanha da Skyy Vodka na época de lançamento do segundo filme.

SkeTCheS

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Criação

SkeTCheS

Durante a produção, o Vodka Heel teve de ser diminuído, por conta da produção, se as pedras avançassem tanto na traseira do calçado atra-palharia a aplicação do zíper em alguns modelos.

Os quatro modelos dos saltos foram confeccionados a partir da junção de um salto base e massa epóxi. O Vodka Heel e Martini Heel receberam tam-bém aplicação de peças de bi-juteria como revestimento e base para o formato, respec-tivamente.

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Criação

Carrie é descrição perfeita de fashionista, abusa de combi-nações inesperadas, high-low, cores vivas, estampas dos mais variados tamanhos e tipos, teci-dos mais pesados, outros mais fluídos. As cores são tão ecléti-cas quanto os modelos, desde os tons de rosas mais sutis, os verdes berrantes. Durante uma boa fase do seriado, suas flores enormes na lapela dos vestidos e casacos também tiveram uma atenção especial.

Carrie BradshawTEMA

Com tantas misturas e diversi-dade, o Tema Carrie variou da sandália delicada digna de ser usada no tapete vermelho a flor gigantesca bem mais extrava-gante.

C harlotteY orkTEMA

Delicadeza e feminilidade foram essenciais para a criação desse Tema. Seus florais românticos, xadrez, poás, plissados, camisetas pólo, pérolas, renda, referências da década de 1940 e 1950. As cores também são sutis, tons pas-téis com alguns detalhes mais mar-cantes, três dos quatro modelos de Charlotte tem a pulseira no torno-zelo, que remete aos sapatos estilo boneca. Laços e pérolas delicadas também foram elegantemente uti-lizados.

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SamanTha JoneS

Criação

Miranda hobbeSTEMA

Todos os elementos que podem remeter ao mundo corpora-tivo entram no Tema Miranda. Modelos mais fechados, que poderiam ser usados até com meia-calça, formas levemente sensuais, mas que não percam a sobriedade, toques de pratici-

dade também são bem vindos. Já nas cores, a personagem faz muito uso dos tons terracotas, beges, verdes e alguns detalhes em cores mais quentes, como vermelho e coral. Apesar da dominância de cores sóbrias, nos modelos dessa coleção pro-curo-se exaltar a feminilidade, portanto as cores acompanham, para Miranda as cores continu-am femininas, porém mais séri-as bem diferentes de, por exem-plo, de Carrie e Samantha.

TEMA

Cores fortes, quentíssimas, fen-das estratégicas, formas mais ge-ométricas, decotes, amarrações, extravagância, brilhos, tudo com muita, muita sensualidade, essas foram os pontos principais para a criação do Tema Samantha.Muitas das cores de Samantha foram definitivamente para a tabela de cor por serem tão fem-ininas e alegres, características essenciais para coleção ao todo. Os acessórios mais brilhantes e metálicos aparecem bastante na fase de sketches, mas foram eliminados ao longo que a coleção foi tomando forma,

pois atrapalhavam a intenção de mantê-la extremamente elegante e limpa.

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Criação

SkeTCheS

Sketches iniciais, elaborados aleatóri-amente, sem separação entre as personagens.

SkeTCheS

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Criação

Após inúmerada ideias de-senhadas, foram seleciona-dos quatro modelos para cada personagem, adaptados com as construções e também foram decididos os melhores modelos para serem protóti-pos.

SkeTCheS

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O logotipo aplicado na coleção foi propositalmente inspirado no “I Love NY” de Milton Gla-ser, criado em meados da dé-cada de 1970 a pedido do De-partamento de Comércio do Estado de Nova York, para pro-mover o turismo na cidade que sofria com o medo da violência. A campanha foi projetada para durar três meses, porém o logo foi descontroladamente bem su-cedido, reproduzido e copiado pelo mundo todo, os sketches de Glaser, o conceito original e painéis de apresentação foram doados para a coleção perma-nente do MoMa - Museu de Arte Moderna de Nova York.

qUando me mUdei para ny eU Comprei Uma VoGUe, em vez de janTar. eU apenaS SenTi

qUe me alimenToU maiS.

Criação

idenTidade

Já o relatório como peça gráfica seguiu um padrão baseado na diagramação, estilo de fotos, elementos e tipografia da Vogue, a revista mais influente no mundo da moda, na tentativa de inserir o trabalho ainda mais no mundo Sex and The City. Como toda boa fashionista, Carrie Bradshaw passava tardes em companhia de suas Vogues, in-clusive escreveu e participou de um ensaio fotográfico fictício no seriado e no filme, respectivamente.

VisUal

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Produção

PROdUçãO dOS PROTóTiPOS

Após a definição da fôrma e do salto, o próximo passo foi tirar o molde dos calçados. Paralelamente a esse pro-cesso, os saltos foram sendo modela-dos com massa epóxi, pois os forma-tos desejados não estava disponíveis no mercado.

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Produção

Os cortes foram feitos nos couros escolhidos e em seguida foram para o presponto, onde as peças são costuradas e coladas para adquirir forma. Nas fotos a cima os quatro modelos já prespon-tado sobre as fichas técnicas, as quais orientam a produção sobre o modelo e materiais do calçado.

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Produção

Com as peças coladas e prespontadas, chaga o mo-mento da montagem. Elas são unidas na posição exada sobre a fôrma e fixadas na palmilha. A partir desse etapa, o calçado já está quase pronto, são colocados o salto, a pata, caso houver, e por fim a sola.

Nas fotos, de cima para baixo, o Modelo Carrie Cosmo-politan Heel, montado na fôrma e o Modelo Charlotte Martini Heel.

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Produção

Nas fotos, de cima para baixo, o Modelo Miranda Coffee Heel, montado na fôrma e o Modelo Saman-tha Vodka Heel.

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Coleção Final

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Coleção Final illuSTraçõeS

Carrie BradshawTEMA

Ilustração Final: Modelo Carrie Coffee Heel

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illuSTraçõeS Coleção Final

Ilustração Final: Modelo Carrie

Martini Heel

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Ilustração Final: Modelo Carrie Vodka Heel

Coleção Final illuSTraçõeS

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Ilustração Final: Modelo Carrie

Cosmopolitan Heel

illuSTraçõeS Coleção Final

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Coleção Final illuSTraçõeS

C harlotteY orkTEMA

Ilustração Final: Modelo Charlotte Coffee Heel

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illuSTraçõeS Coleção Final

Ilustração Final: Modelo Charlotte Cosmopolitan Heel

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Coleção Final illuSTraçõeS

Ilustração Final: Modelo Charlotte

Vodka Heel

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illuSTraçõeS Coleção Final

Ilustração Final: Modelo Charlotte Matini Heel

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Coleção Final illuSTraçõeS

Miranda hobbeSTEMA

Ilustração Final: Modelo Miranda

Cosmopolitan Heel

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illuSTraçõeS Coleção Final

Ilustração Final: Modelo Miranda

Martini Heel

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Coleção Final illuSTraçõeS

Ilustração Final: Modelo Miranda Vodka Heel

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illuSTraçõeS Coleção Final

Ilustração Final: Modelo Miranda

Coffee Heel

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Coleção Final illuSTraçõeS

SamanTha JoneSTEMA

Ilustração Final: Modelo Samantha

Coffee Heel

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illuSTraçõeS Coleção Final

Ilustração Final: Modelo Samantha

Cosmopolitan Heel

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Coleção Final illuSTraçõeS

Ilustração Final: Modelo Samantha

Martini Heel

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illuSTraçõeS Coleção Final

Ilustração Final: Modelo Samantha

Vodka Heel

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Coleção Final ProTóTiPoS

Protótipo: Modelo Carrie

Cosmopolitan Heel

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ProTóTiPoS Coleção Final

Protótipo:Modelo Charlotte Matini Heel

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Coleção Final ProTóTiPoS

Ilustração Final: Modelo Miranda

Coffee Heel

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ProTóTiPoS Coleção Final

Ilustração Final: Modelo Samantha

Vodka Heel

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Coleção Final ediTorial

Modelo Carrie Cosmopolitan Heel

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ediTorial Coleção Final

Modelo Charlotte Matini Heel

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Coleção Final ediTorial

Modelo Miranda Coffee Heel

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ediTorial Coleção Final

Modelo Samantha Vodka Heel

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

o Projeto teve o ProPósito de desenvolver uma Coleção de Calçados Femininos insPirado nas quatro Protagonistas do seriado ameriCano sex and the CitY: Carrie, Charlotte, miranda e samantha.

analisando o Figurino, Personalidade, atitudes e PreFerênCias, Foi Possível desenvolver todos os dezesseis modelos inCorPorando o maior número de CaraCterístiCas identiFiCadas em Cada uma das Per-sonagens e traduzir Com êxito a identidade de Cada uma delas na linguagem do design. de tal Forma, unir três grandes Paixões: saPatos, sex and the CitY e nova York.

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