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I WORKSHOP SOBRE OPERAÇÕES DE TRANSBORDO ENTRE NAVIOS ATRACADOS A CONTRABORDO SHIP-TO-SHIP O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PELA CETESB Eng. Claudio Luiz Dias Agência Ambiental de São Sebastião

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I WORKSHOP SOBRE OPERAÇÕES DE TRANSBORDO ENTRE NAVIOS ATRACADOS A CONTRABORDO

SHIP-TO-SHIP

O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PELA CETESB

Eng. Claudio Luiz Dias

Agência Ambiental de São Sebastião

OPERAÇÃO DE TRANSBORDO ENTRE NAVIOS ATRACADOS SHIP-TO-SHIP

OPERAÇÃO DE TRANSBORDO ENTRE NAVIOS ATRACADOS SHIP-TO-SHIP

HISTÓRICO

• Julho de 2014 – 1ª Consulta da PETROBRAS à CETESB.

• Janeiro de 2015 – PETROBRAS apresenta relatórios: Amarração, simulações, análises estruturais e cálculo de força de navios passantes.

• Janeiro de 2015 – CETESB não se opõe à realização de Operação Piloto de atracação a contrabordo, sem transferência de produto.

• Abril de 2015 – Decreto Federal 8437/15 – competência do licenciamento do TASSE passa para ao IBAMA.

• Setembro de 2015 – Processo de ampliação do Píer é arquivado, por solicitação da PETROBRAS.

• Março de 2016 – DOCAS considera suficientes as informações em relação às estruturas do Píer, sendo favorável ao teste piloto (Ofício Porto 058/2016).

• Junho de 2016 – realização da Operação Piloto de atracação a contrabordo, sem transferência de produto.

OPERAÇÃO DE TRANSBORDO ENTRE NAVIOS ATRACADOS SHIP-TO-SHIP

HISTÓRICO

• Julho de 2016 – Marinha do Brasil Autoriza a realização de STS, estabelecendo limites e

condições (Ofício 254/DelSSebastião-MB).

• Agosto de 2016 – Diretoria de Avaliação de Impacto Ambiental da CETESB manifesta-se pela condução do licenciamento no âmbito da Agência, ou seja, sem estudo de impacto ambiental (Despacho 35/16/IE).

• Novembro de 2016 – Firmado Acordo de Cooperação Técnica transferindo o licenciamento do Terminal do IBAMA à CETESB.

• Dezembro de 2016 – TRANSPETRO solicita Parecer Técnico para manifestação da CETESB sobre a operação STS.

• Janeiro de 2017 – Manifestação da Diretoria de Controle da CETESB orientando a inclusão da Operação STS no licenciamento normal do Terminal, ou seja, sem um licenciamento específico (Despacho 016/2017/CTF), condicionando à apresentação pela TRANSPETRO de manifestação do IBAMA sobre a Instrução Normativa 16/2013.

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HISTÓRICO

• Fevereiro de 2017 – IBAMA manifesta-se que a autorização deve ser conduzida no âmbito do Licenciamento estadual, mas devem apresentar justificativas para a proteção das áreas costeiras e unidades de conservação na distância de 50km do local da operação.

• Março de 2017 – CETESB solicita esclarecimentos, complementações e apresentação de Plano de Emergência Individual PEI– Carta 104/17-CMS.

• Março de 2017 – CETESB emite a Renovação da Licença de Operação do TASSE nº

68000263, ainda sem STS.

• Maio de 2017 – Nova manifestação do IBAMA concluindo que a IN 16/13 não se aplica a STS na modalidade atracado.

• Junho de 2017 - TRANSPETRO apresenta esclarecimentos em relação aos estudos efetuados, inertização dos tanques de carga dos navios e revisão do PEI do terminal, incluindo operações STS.

OPERAÇÃO DE TRANSBORDO ENTRE NAVIOS ATRACADOS SHIP-TO-SHIP

HISTÓRICO

• Julho de 2017 - TRANSPETRO apresenta outros esclarecimentos em relação à operação propriamente dita, como tempos de operação, quantidades previstas e sistemas de alertas.

• Setembro de 2017 – CETESB aprova o PEI (Parecer Técnico 050/17/CEEQ). • Outubro de 2017 – CETESB emite o Parecer Técnico 68100137, anuindo com a realização

da 1ª operação real STS, concomitantemente a simulado de atendimento a emergência.

• Outubro de 2017 – Marinha do Brasil renova Autorização para a realização de STS, estabelecendo limites e condições (Ofício 399/DelSSebastião-MB).

• Outubro de 2017 – TRANSPETRO / PETROBRAS realizam a 1ª operação real STS, concomitantemente ao simulado de atendimento a emergência, com acompanhamento da CETESB, Marinha, DOCAS, IBAMA e Prefeitura Municipal de São Sebastião. – Navios Henrique Dias e Navion Gothenburg.

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HISTÓRICO

• Novembro de 2017 – CETESB emite a Versão 04 da LOR 68000263, incluindo a atividade

de transbordo de produtos entre navios atracados a contrabordo no Pier 1 do TASSE (LO atualmente vigente).

• Novembro de 2017 – TRANSPETRO realiza 2ª Operação STS . Navios NORDIC SPIRIT e ELKA ARISTOTLE.

• Janeiro de 2018 - TRANSPETRO apresenta evidências de treinamentos realizados e Manual de Operação das atividades STS.

• Setembro de 2018 – TRANSPETRO completa a quinta operação STS no TASSE.

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HISTÓRICO

Início da 5ª operação STS no TASSE – setembro de 2018

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S-T-S NOS DEMAIS ESTADOS DA FEDERAÇÃO

ANTES DO LICENCIAMENTO REALIZADO NO ESTADO DE SÃO PAULO, OUTROS ESTADOS JÁ HAVIAM AUTORIZADO AS OPERAÇÕES S-T-S NA MODALIDADE ATRACADO: - RIO de JANEIRO – Terminal Aquaviário de Angra dos Reis – Autorizações Ambientais - AA

do INEA desde Fevereiro de 2010. Atualmente, a AA nº IN 040106 válida até 14.12.2018.

- PERNAMBUCO – Terminal de Suape – Carta CA.UCFI/STCI-I nº 0160/2013 da Agência Estadual de Meio Ambiente.

- CEARÁ – Terminal de Mucuripe/Fortaleza – Licença de Operação 141/2016 – DICOP – GECON válida até 10.03.19.

OPERAÇÃO DE TRANSBORDO ENTRE NAVIOS ATRACADOS SHIP-TO-SHIP

RIO de JANEIRO – Terminal Aquaviário de Angra dos Reis

OPERAÇÃO DE TRANSBORDO ENTRE NAVIOS ATRACADOS SHIP-TO-SHIP

Conforme relatório apresentado pela PETROBRAS, " trata-se de manobras de navios de grandes dimensões, destinados à operação de petróleo e/ou seus derivados. As consequências de um eventual acidente com possibilidade de danos materiais relevantes e de comprometimento da salvaguarda da vida humana e da preservação do meio ambiente são consideráveis".

Avaliação

OPERAÇÃO DE TRANSBORDO ENTRE NAVIOS ATRACADOS SHIP-TO-SHIP

Deve ser mencionado inicialmente que não compete à CETESB a avaliação da capacidade física das estruturas, dos sistemas de amarração ou capacidade de manobra das embarcações. Mas é importante saber que tais estudos foram realizados e existem responsáveis técnicos que subscrevem as conclusões alcançadas. À CETESB cabe verificar se a proposta de operação segue as restrições indicadas nos estudos, visando à minimização de riscos ambientais, bem como avaliar a capacidade de resposta a acidentes, relativas à operação pleiteada.

Avaliação

OPERAÇÃO DE TRANSBORDO ENTRE NAVIOS ATRACADOS SHIP-TO-SHIP

Estudos apresentados

Para avaliar os potenciais riscos e propor medidas de mitigação foram elaborados de estudos de análises de: - amarração,

- análises "fast time",

- simulações de manobra em tempo real ,

- resultados das análises de carga frente aos dados estruturais

construtivos dos Píeres, e

- nota técnica de cálculo de forças de navios passantes.

Avaliação

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Amarração

Conclusão: há condições de amarração no Píer 1, mesmo para navios de grande capacidade (VLCC – Very Large Crude Carrier). A TRANSPETRO esclareceu que, durante a operação real do STS, os arranjos de amarração e /ou espessuras dos cabos devem se dar de tal forma a não ultrapassar o limite de 55% do MBL (minimum breaking load).

Avaliação

OPERAÇÃO DE TRANSBORDO ENTRE NAVIOS ATRACADOS SHIP-TO-SHIP

Amarração

Avaliação

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Estudos de manobras fast-time

Este estudo contemplou atracações apenas no Píer 1 para embarcações VLCC e Suezmax. O relatório conclui que não há distinção entre a atracação a contra bordo e a atracação diretamente no Píer. Entretanto, a solicitação dos rebocadores é o ponto crítico da operação, principalmente quando há necessidade de giro do navio na acostagem.

A TRANSPETRO esclareceu que a frota de rebocadores foi substituída, aumentando-se a potência.

Avaliação

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Simulações de manobras em tempo real

O simulador indicou espaço suficiente para o giro dos navios. Indicou limitações de correntezas para VLCC e para Suexmax. Para os berços externos, P1 e P3, o estudo concluiu pela viabilidade de operação com grau aceitável de segurança. Para os berços internos (P2 e P4), a praticagem indicou riscos muito elevados e pouca margem de erro, demandando um período de aprendizagem e familiarização inicial com as manobras nos berços externos. O problema é agravado para o Píer 4. E há também necessidade de melhorar a batimetria do local ou mesmo de dragagem, antes de realizar operações STS nos píeres internos.

Avaliação

OPERAÇÃO DE TRANSBORDO ENTRE NAVIOS ATRACADOS SHIP-TO-SHIP

Análises de carga da amarração frente aos valores utilizados para o dimensionamento estrutural dos Píeres Sul e Norte.

Este estudo corroborou o entendimento de que a operação STS somente poderá ser realizada no Pier sul. Para garantir a estrutura física dos Píeres, a Transpetro realizou obras em 2012 com o objeto de reestabelecimento das condições originais de projeto, tanto nas estruturas de concreto armado, como nas estruturas metálicas.

Avaliação

OPERAÇÃO DE TRANSBORDO ENTRE NAVIOS ATRACADOS SHIP-TO-SHIP

Estudo do impacto das forças de navio passante nas amarras

O estudo recomendou que a favor da segurança, quando houver operação STS no PP1, os demais navios mantenham uma distância mínima de 400m do navio a contra bordo e mantenham velocidade máxima de 5 nós.

Avaliação

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Manifestação da Cia. DOCAS (Autoridade Portuária) Conforme Ofício Porto 058/2016 de 16 de março de 2016, a Autoridade Portuária considerou suficientes as informações fornecidas quanto a capacidade estrutural dos píeres apresentadas no Relatório RT4 v2.

Avaliação

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Manifestação da Marinha (Autoridade Marítima) De acordo com o Oficio 254/DelSSebastião-MB, atualizado pelo Oficio 399/DelSSebastião-MB/2017 da Delegacia da Capitania dos Portos em São Sebastião, a Marinha do Brasil autorizou a realização de operações STS, estabelecendo critérios e restrições para ventos, correntes, manobras, amarração e transito de navios em passagem pelo Canal durante as operações STS. Condições de Operação STS

Limites para manobras: corrente < 2,0 nós / ventos < 20 nós Neste Ofício também foi definido que as manobras deverão ser iniciadas e finalizadas sempre à luz do dia e que durante toda a operação, barreiras de contenção devem ser lançadas e posicionadas em formato de “U”.

Avaliação

OPERAÇÃO DE TRANSBORDO ENTRE NAVIOS ATRACADOS SHIP-TO-SHIP

Condições de Operação STS Barreiras de contenção devem ser lançadas e posicionadas em formato de “U”.

Avaliação

OPERAÇÃO DE TRANSBORDO ENTRE NAVIOS ATRACADOS SHIP-TO-SHIP

Inertização dos tanques dos navios

O gás inerte é produzido geralmente na Caldeira do navio, de modo que a pressão do interior dos tanques de carga fique sempre positiva, minimizando a vaporização de hidrocarbonetos. Nas operações STS, há balanço de vapores entre navios, de forma a não haver emissão de Substâncias Orgânicas Voláteis para a atmosfera.

Avaliação

OPERAÇÃO DE TRANSBORDO ENTRE NAVIOS ATRACADOS SHIP-TO-SHIP

Plano de Emergência Individual - PEI Conforme Parecer Técnico 050/17/CEEQ, o PEI revisado com a inclusão das operações Ship-to-Ship foi aprovado. Foi incluída hipótese acidental de colisão entre proa do navio supridor com a lateral do navio aliviador (já atracado). Realizada modelagem de deslocamento de manchas nas primeiras 60 horas. Estabelecidos procedimentos para fauna oleada. Avaliada a quantidade de material (barreiras, embarcações, etc) e mão de obra disponíveis em caso de acidente.

Avaliação

OPERAÇÃO DE TRANSBORDO ENTRE NAVIOS ATRACADOS SHIP-TO-SHIP

Instrução Normativa IN 016/2013 do IBAMA

Conforme Nota Técnica 4/2017/CGEMA/DIPRO, o IBAMA entendeu não caber a aplicação da IN 16/13 para a Operação STS na modalidade atracado. Sendo este caso o primeiro a ser realizado no Estado de São Paulo e na falta de outro instrumento, os itens desta Instrução Normativa relativos às fontes de poluição foram considerados para subsidiar a manifestação da CETESB.

Avaliação

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Instrução Normativa IN 016/2013 do IBAMA

Artigos 1º e 2º - estabelecem a abrangência da Instrução Normativa. Observa-se que a modalidade atracado não é contemplada nesta IN. Artigos 3º ao 5º - Sistema Nacional do Transporte de Produtos Perigosos. A Transpetro informa que todos os navios em operação estão cadastrados na ANTAQ. Artigo 6º - Estabelece prazo de 5 anos para a validade da Autorização emitida pelo IBAMA.

Avaliação

OPERAÇÃO DE TRANSBORDO ENTRE NAVIOS ATRACADOS SHIP-TO-SHIP

Instrução Normativa IN 016/2013 do IBAMA Artigo 7º - Estabelece que as operações STS realizadas em áreas cobertas por licenciamento ambiental deverão ser autorizadas no âmbito do processo de licenciamento. Artigo 8º - Áreas de Restrição. Não se aplica tais restrições, pois a modalidade Atracada é sempre junto à Costa, nos portos organizados. Artigo 9º - O município de São Sebastião não está inserido nas áreas de restrição mencionadas neste artigo. Artigos 11 a 18 referem-se ao procedimento para licenciamento no IBAMA, que não é o caso em questão. Não obstante, foram apresentados Estudos de Risco e Plano de Emergência Individual.

Avaliação

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Instrução Normativa IN 016/2013 do IBAMA Anexo 1 da Instrução Normativa 16/13

Item 1 - trata-se do cadastro da empresa, já completo nos sistemas da CETESB. Item 2 - Autorização do IBAMA para transporte Marítimo. A Transpetro já transporta produtos perigosos (petróleo e derivados) por meio marítimo e serão utilizadas as mesmas embarcações de rotina para a atividade Ship-to-ship. Item 3 - Autorização da Marinha. Apresentados os Oficios 254/DelSSebastião-MB/2016 e 399/DelSSebastião-MB/2017.

Avaliação

OPERAÇÃO DE TRANSBORDO ENTRE NAVIOS ATRACADOS SHIP-TO-SHIP

Instrução Normativa IN 016/2013 do IBAMA Anexo 1 da Instrução Normativa 16/13

Item 4 - Áreas de restrição. Não se aplica, pois as operações a contrabordo atracadas são realizadas em Portos, ou seja, junto à costa litorânea. Item 5 e 6 - Lista de Normas nacionais e convenções. Apresentado no item 1 da Justificativa Técnica apresentada pela Transpetro e também no item 3.3 do documento denominado "ANÁLISE DE RISCO DE OPERAÇÕES ABASTECIMENTO" .

Avaliação

OPERAÇÃO DE TRANSBORDO ENTRE NAVIOS ATRACADOS SHIP-TO-SHIP

Instrução Normativa IN 016/2013 do IBAMA Anexo 1 da Instrução Normativa 16/13

Item 7 - Declaração de não compartilhamento de equipamentos de outros PEIs. Não se aplica.

Considerando que a operação STS se dará a contrabordo atracado ao Píer, e em área já licenciada, o PEI aprovado engloba as operações STS. Além disso, é previsto o compartilhamento de materiais e equipamentos com outros PEIs no âmbito do Plano de Área do Porto Organizado de São Sebastião. No entanto, as barreiras preventivas utilizadas não oneram as barreiras de prontidão armazenadas sobre dolfins do Píer 1.

Avaliação

OPERAÇÃO DE TRANSBORDO ENTRE NAVIOS ATRACADOS SHIP-TO-SHIP

Instrução Normativa IN 016/2013 do IBAMA Anexo 1 da Instrução Normativa 16/13

Item 8 - Estudo de Análise de Risco. Foi apresentado o estudo, o qual utilizou a metodologia HAZID, listando e classificando os perigos. Posteriormente, foi concluído o MO - MANUAL DE OPERAÇÃO OPERAÇÕES DE TRANSBORDO ATRACADO À CONTRABORDO.

Avaliação

OPERAÇÃO DE TRANSBORDO ENTRE NAVIOS ATRACADOS SHIP-TO-SHIP

Procedimento de Licenciamento O IBAMA, por meio da Informação INF 02001.000233/2017-84 CGEMA/IBAMA, entendeu que não cabe manifestação daquele órgão, pois o artigo 7º da Instrução Normativa 16/13 dispõe que se área onde se pretende o STS já é coberta por licenciamento ambiental, o interessado deverá solicitar Autorização para as operações STS no âmbito do próprio Processo de Licenciamento. No caso, o Licenciamento do TA SSE, que inclui o Pier, foi delegado pelo IBAMA à CETESB por meio de Acordo de Cooperação nº 17/2016.

Avaliação

OPERAÇÃO DE TRANSBORDO ENTRE NAVIOS ATRACADOS SHIP-TO-SHIP

Procedimento de Licenciamento Estadual O Departamento de Avaliação de Empreendimentos da CETESB informou que o licenciamento do STS deveria dar-se na Agência, ou seja, sem estudos de avaliação de impacto. Consultada também a Divisão de Apoio ao Controle de Fontes de Poluição da CETESB, esta entendeu que não caberia licenciamento específico para a atividade de STS, a qual deveria ser analisada e incluída na Licença de Operação Renovação do Terminal como um todo, orientando sobre exigências para inclusão do STS nos planos implantados no Terminal, como Estudos de análise de riscos, planos de ação de emergência, etc.

Avaliação

OPERAÇÃO DE TRANSBORDO ENTRE NAVIOS ATRACADOS SHIP-TO-SHIP

- o licenciamento ambiental da atividade de Transbordo entre Navios a contrabordo atracado, denominado simplesmente Ship-to-Ship ou STS atracado se dará no âmbito de competência da Agência Ambiental da CETESB, ou seja, sem avaliação de impacto ambiental. - a atividade de STS atracado, tem condições de ser realizada no Píer 1 do Terminal Aquaviário de São Sebastião - TASSE, excluído, neste momento, operações com navios do tipo ULCC (Ultra Large Crude Carrier).

CONCLUSÕES DO PARECER TÉCNICO 68100137 de 10.10.17

OPERAÇÃO DE TRANSBORDO ENTRE NAVIOS ATRACADOS SHIP-TO-SHIP

Condicionantes: . devem ser atendidas as restrições estabelecidas pela Marinha do Brasil no o Oficio 254/DelSSebastião-MB (complementado pelo Oficio 399/DelSSebastião-MB); . devem ser respeitadas as limitações de operação estabelecidas nos estudos realizados; . atração/desatracação e conexões/desconexões devem ocorrer apenas no período diurno, exceto por motivos de força maior, como alteração inesperada das condições climáticas, por exemplo; . até a realização da primeira operação, a TRANSPETRO deverá evidenciar a internalização das medidas indicadas do Plano de Ação apresentadas na análise de risco realizada (metodologia HAZID);

CONCLUSÕES DO PARECER TÉCNICO 68100137 de 10.10.17

OPERAÇÃO DE TRANSBORDO ENTRE NAVIOS ATRACADOS SHIP-TO-SHIP

Condicionantes: . devem ser observados os procedimentos e recomendações contidos em documentos e normas referenciais, como as Regras do Capitulo 8 (Prevenção da Poluição durante transferência de Carga de óleo entre petroleiros no mar), do Anexo 1 da Convenção Internacional para a Prevenção da Poluição por Navios - MARPOL 73/78, as orientações do Manual "Ship to Ship Transfer Guide for Petroleum", entre outras; . durante a primeira operação STS atracado no TASSE deverá ser realizado um simulado de atendimento a derrame de óleo ao mar, tendo como base um cenário envolvendo a operação STS. Nesta ocasião, serão avaliados os tempos das ações de resposta, considerando entre outras, a formação do cerco de barreiras na fonte, de acordo com as condições meteorológicas reinantes no momento do exercício. A data desta operação deverá ser comunicada previamente à CETESB, visando possibilitar o acompanhamento pelo Órgão Ambiental.

CONCLUSÕES DO PARECER TÉCNICO 68100137 de 10.10.17

OPERAÇÃO DE TRANSBORDO ENTRE NAVIOS ATRACADOS SHIP-TO-SHIP

Tendo sido realizado um simulado de atendimento a derrame de óleo ao mar, observadas condições da operação real de atividade STS e não tendo sido identificadas intercorrências, foi emitida nova versão da Licença de Operação 6800263, incluindo a atividade de transbordo entre navios atracados a contrabordo.

ACÕES PÓS PARECER TÉCNICO 68100137 de 10.10.17

OPERAÇÃO DE TRANSBORDO ENTRE NAVIOS ATRACADOS SHIP-TO-SHIP

Licença de Operação nº 68000263 V 04 Válida até 23/03/2021

Exigência nº 27 O EAR - Estudo de Análise de Risco e o respectivo PGR - Programa de Gerenciamento de Risco deverão ser revisados sempre que forem identificadas novas situações de risco, como por exemplo alterações nos produtos armazenados, alteração de capacidade produtiva do empreendimento, alterações de operação, etc, em consonância com o preconizado na norma CETESB P4.261 - "Manual de Orientação para Elaboração de Estudos de Análise de Riscos" e submetido à aprovação da CETESB. Situação: Novo EAR do terminal como um todo, incorporando o HAZID do STS foi apresentado e está em análise na CETESB.

OPERAÇÃO DE TRANSBORDO ENTRE NAVIOS ATRACADOS SHIP-TO-SHIP

Licença de Operação nº 68000263 V 04 Válida até 23/03/2021

Exigência nº 30 Apresentar anualmente, até março, cronograma com previsão de treinamentos e simulados de atendimento a emergências químicas de ocorrência no TASSE - Terminal Aquaviário de São Sebastião. Em função da nova atividade de transferência de produtos entre navios atracados a contrabordo, deverão ser intensificados os treinamentos para atendimento a cenários acidentais envolvendo esta atividade. Deverá haver mensalmente simulado de comunicação entre Navios envolvidos na atividade STS, o TASSE e a CETESB. Situação: Atendido. Para as operações STS, a TRANSPETRO tem feito comunicação específica à CETESB, podendo ocorrer vistorias a critério da CETESB.

OPERAÇÃO DE TRANSBORDO ENTRE NAVIOS ATRACADOS SHIP-TO-SHIP

Licença de Operação nº 68000263 V 04 Válida até 23/03/2021

Exigência nº 39 Para a atividade de transferência de produtos entre navios atracados a contrabordo, também conhecida como Ship-to-Ship atracado ou STS, deverão ser rigorosamente seguidos os critérios operacionais apontados nos estudos apresentados, bem como as diretrizes ditadas pela Marinha do Brasil para o caso específico do Terminal Aquaviário de São Sebastião. Em cada operação STS, antes de começar o bombeio e ao final, antes da desconexão dos mangotes, material absorvente do KIT SOPEP, devidamente protegido de precipitações pluviométricas, deverá estar posicionado no convés dos dois navios, próximo dos manifolds e dos mangotes, preventivamente. Situação: Atendido. CETESB pode acompanhar condições de corrente e vento em aplicativo disponibilizado pela TRANSPETRO.

OPERAÇÃO DE TRANSBORDO ENTRE NAVIOS ATRACADOS SHIP-TO-SHIP

Licença de Operação nº 68000263 V 04 Válida até 23/03/2021

OPERAÇÃO DE TRANSBORDO ENTRE NAVIOS ATRACADOS SHIP-TO-SHIP

Licença de Operação nº 68000263 V 04 Válida até 23/03/2021

OPERAÇÃO DE TRANSBORDO ENTRE NAVIOS ATRACADOS SHIP-TO-SHIP

Licença de Operação nº 68000263 V 04 Válida até 23/03/2021

Desconexão após operação S-T-S

OPERAÇÃO DE TRANSBORDO ENTRE NAVIOS ATRACADOS SHIP-TO-SHIP

Licença de Operação nº 68000263 V 04 Válida até 23/03/2021

Mangotes: são inspecionados visualmente antes de cada operação e submetidos periodicamente a testes de integridade

OPERAÇÃO DE TRANSBORDO ENTRE NAVIOS ATRACADOS SHIP-TO-SHIP

Licença de Operação nº 68000263 V 04 Válida até 23/03/2021

Exigência nº 40 Apresentar anualmente à CETESB, até março de cada ano, relatório com informações compiladas sobre as operações de transbordo entre navios atracados a contrabordo (STS) realizadas no ano anterior, contendo minimamente: data da operação, navios envolvidos e suas classes, tempo médio de operação e condições climáticas durante atracação/desatracação. Situação: Atendido (Pasta Administrativa PA/68009/18)

OPERAÇÃO DE TRANSBORDO ENTRE NAVIOS ATRACADOS SHIP-TO-SHIP

OBERVAÇÕES DAS VISTORIAS REALIZADAS PELA CETESB

Algumas operações de transbordo entre navios atracados realizadas no Píer 1 foram acompanhadas pela CETESB, não havendo registros de intercorrências ou incidentes. A atracação do navio supridor não causa a impacto perceptível no navio aliviador, sendo a maior parte das forças absorvida pelas defensas. Verificou-se familiaridade com o tema entre as tripulações, mesmo que em navios de bandeiras estrangeiras. A bordo, próximo dos manifolds há um “paiol” guarnecido com equipamentos e materiais para combate a derrames a bordo, prontamente acessíveis. As conexões ocorrem sobre uma “bandeja” de modo que eventual pequeno derrame não caia sobre o convés. Além dos sistemas eletrônicos, em cada navio há um operador observando em tempo integral da operação, podendo disparar alarmes e interromper o bombeamento.

OPERAÇÃO DE TRANSBORDO ENTRE NAVIOS ATRACADOS SHIP-TO-SHIP

COMENTARIOS FINAIS

Acidente: é um evento inesperado e indesejável que causa danos pessoais, materiais, financeiros e ambientais e que ocorre de modo não intencional, imprevisível ou muito pouco provável.

Negligência: é o termo que designa falta de cuidado ou de aplicação numa determinada situação, tarefa ou ocorrência.

Assim, mesmo com o aumento da prática da operação no TASSE, e consequentemente, melhor habilidade dos práticos e operadores, é preciso manter em nível o máximo de atenção para a atividade S-T-S, tanto no CRE e na TRANSPETRO como em ambos os navios a fim de poder combater imediatamente qualquer emergência.

OPERAÇÃO DE TRANSBORDO ENTRE NAVIOS ATRACADOS SHIP-TO-SHIP

GRATO CETESB – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo Agência Ambiental de São Sebastião Rua Francisco Cruz Maldonado, nº 132 Portal da Olaria. S. Sebastião– SP- 11604-686 Tel (012) 3862–2300 Site: www.cetesb.sp.gov.br