icidialso' do v ftilsmemoria.bn.br/pdf/720984/per720984_1946_00078.pdf · v icidialso' do b_fl...

8
.»¦* .."¦'¦:'.." ¦:¦ ,"•- »:"¦_ V ICIDIALSO' DO B_fl ||Íx:::.vã»^^E "v^^VSp^ mLmmmmy^AmW%.^^M^^^^^BrJaP^BttiffiJS^4^ - JflSÍ ,NÉíeax lÉBs ••'" X * ^*-: flSff^í~ ' '''*^^H^F^V%ÍH^^V WH^'''"^L. iSÊrfli '^yMmmmmW^MmmmmmMmMt' '^K ^BV^^K£::;;^SXHKy^í**'': V:«EÉPT^- '; æ'MMBEt*Üs' %ar&&,-:.1MBEt: immW<>' '.*>^& b.^Bl^^fe^È*h*u ¦* * ArSu Hf&jáHKl IP^I^HHhK J^~m««•¦•*""¦^ ¦ m. -^H ¦SflE v.iwíMsHI BBB I^F^flIHWH SI JmmW*' Jfa¦ ¦¦ K'':-:*:' ;- MÍV-''- '¦¦ -'¦¦¦^¦¦^mmmW-ÊkrmV'-'^^^^K&SI^B ^á^K^^^^H¦bhbBL.^'»^uSsf '* - Tk* 'w '*üíH ^;a|JB^B|^^^ga^^^^BK> WÊ^^m___ml^mm$ffl^^t*^^^*wÊ SSawí-- a .. *:-:'' '¦¦ ^ifiíí-aaiitSfiM^ÈtM. -'''''«u^nMPjnH¦¦MhíV ^^1*yí'-. t-' Y¦• ^HaíafWÇiHÍM 'í- '$ i '*• * ^-' **HulVhHÊ^^ ¦ - ?$mlHrffrff^ By^^^^WB ftilS «WMWS^^^^^^^^V^^^«AMM Aao XXI Rio, 21 de Oulubio de IMó 78 ARTOPAi AS RAZÕES DE UMA COMPRA FEITA PELA PRESIDÊNCIA DA'REPUBLICA il i U MV Encnrailo sob o ponto dc vista «sti-itrimente residencial, o senhor Artur Bernardes fui, sem duvi- da, <i mais morigerado c o me- nos expansivo dos presidentes (lo Brasil . S . Exa'., na qualidade de supremo magistrado da na - çfio, dc ftilo, f';i extremamente modesto, cdnlcnlandolse com a ocupação de uiri único palácio, o Catcle, que era simultaneamcn- te, moradia particular do pre- sidente e sajde do governo da He- publida c de onde o chefe dai g. - yerno não saia nem a convite do Todo Poderoso.. . Oulros presidentes moraram e despacharam no Palácio das 'Águias, mas, no verão, subiam para 1'clrópolis, onde passavam a çstaçiio caimòsa; Enfim, outros chefes do Esla- do Brasileiro; mais progressis - tas c menos retraídos, c que, p*ir BÍn'àl, nâo terminaram.seus man- dalos, residiam no Palácio Gua- nabara, despachavam os papeis jio Ciitelt* e, quando apertavam' oscnloi-es. subiam a serra, ins- talando-se com armas e baga - gcus no Palácio Hio Negro.' Assim, os nossos presidentes Sb vinham arranjando muito bem cora um, deis ou, uo máximo, três palácios: um para despa. chos; outro para residência c, ííualineiile, um terceiro para vc- rauçio. Mas isso acontecia natural - mente porque o Brasil sempre teve a desgraça de ser governa- do por homens medíocres que liem Unham o senso da quarta dimensão. Felizmente agora tc- mos fundadas esperanças dc que as, coisas \âo melhorar, pois se encontra na chefia da adminis - tração nacional uin cidadão que é tão grande, mas lão grande mesmo, que não cabe cm três palácios e, por isso, teve neces- sidade à'c adquirir mas uma suntuosa residência para poder expandir a sua notável e infla- fionada persamalidade, Com que objetivo comprou o general llulru esse palácio prin- cipesco, os nossos mais saga. zes redatores não conseguiram esclarecer . Se o presidente tem um para morar, se dispõe doutro para despachar o expedi- ente e outro ainda para refres- Irar a mioleira, não percebemos para que raio quererá mais ou. tro. Evidentemente a desculpa dc que o Palácio Guanabara vai pas- sar por caríssimas reformas c gue o presidente necessitava de uma casa digna para residir du- rante o periodo cm que estiver em obras a sua atual moradia, não satisfaz . Primeiro que tu- do, porque, durante esse curto tspaço dc tempo, ele poderia mu- dar-se para o Catcte, qae, diga- »e dc passagem de ida c volta, é nma bela vivenda . Segundo que tudo, porque, se o general qm- eesse, a familia Guinlc, que 6 composta de patriotas cem por cento, cederia de bom grado o 8eu palácio das Laranjeiras pa- ra o presidente passar ali o tem- po que desejasse, c, com certe. za, até se sentiriam todos mui- to honrados em hospedá-lo gra- tuitamente, sem necessidade do país desembolsar numa epo- Ca em que o próprio presidente recomenda aos outros a máxima •couomia 50 miíiiões dc cm- zeires parti a compra daquela mansão que, a pau e corda, vale daize milli(")cs, dc porteiras fecha- das, isto é, com tildo o que tem. dentro, inclusive móveis, bugia- gaingas e bichos scmovenles de qualquer raça ou espécie. Para que, enlão, foi o presi- dente gastar inutilmente esse di- nheiro que daria para construir pelo menos 2.500 casas pòpülà- ..*a- res? Para invemar? Mas isto não pode ser, pois o Palácio Guinlc eslá na mesma altitude do Cate- le c do Guanabara. Para meditar? Também não é aceitável, pois, antes de tu. do, um . bom cristão reza em qualquer lugar c, depois, o pre- sidente dispõe de uma cape- Ia privada nos terrenos do pa- lacio Guanabara . Aliás, a bem da verdado, devemos salientar que a padroeira da referida igre- jinha é realmente milagrosa, pois o doador do templo rece- bcu como presente do céu o mi- nisterio da Fazenda, enquanto que o senhor Renault Leite, gen- ro do presidente, que alé pou- co lempo não tinha água em ca- sa, como os demais moradores do. seu bairro, foi rezar na refe- rida capelinha, c no 'dia se- guinlc apareceu, para abastecer o seu apartamento, como por cn. canto, uma pipa da Limpeza Pu- blica, levando abundante quanti- dade da preciosa li fa, milagre es- le que não beneficiou os incré- cintos que moram na mesma zo- na . aMas se não é para morar, se não é para veranear, se não é para meditar, para que diabo o nosso prcclaro presidente foi se meter nessa despesa, pagando a (leníe rica, que não sabe ondo vai pôr o dinheiro, 50 milhões por uma coisa que não vale 12? Será que o general Dutra acre- dita que os imóveis vão se va- lorizai* ainda mais e, por isso, resolveu compra na alta, para valorizar ainda mais os próprios nacionais? Mas esta hipótese é absurda, pois agora eslá a seu lado o senhor Correia e Castro, para explicar-lhe que os imó - veis devem sef comprados na baixa c vendidos na alia, assim como ele" faz no Lar Brasilci. ro NÃO ENTREVISTAS O velho marechal Izidoró l>ias Lopes, chefe militar da revolução de 1924, em São Paulo, é um lio- mem lúcido e de muito espirito. dias, convidado por um ves- pertino 'a fazer declarações, disse que o momento não era para con- versas, e, ademais, ele tinha re- solvido que daria entrevistas quando o general Dutra começasse a governar o Brasil. UM PASTEL O jornal "Isveztia", de Moscou, diz que a resposta dc Constanti- noplu ás propostas russas, 6 um pastel turco, com recheio nnglo- americano. No Rio 50 cts. No Inter. 70 cts. DUPLi REGIONAL - O momento é de harmonia. E'essa a palavra je.ordem do regente do Catete. Á maioria dos músicos concordam com o comando da Oa tuta, mas querem acompanhar a partitura, depois de ver as notas. O ensaio geral não tem dado resultado. A desaíinação é completa. Por isso, o maestro abandonou a tentativa de organizar um conjunto nacional pam se- guir a tática dos ensaios individuais. Aqui vemos, por exemplo, o primeiro ensaio de harmonia regional entre o maestro Dutra, que está de pé, e o violinista Oitavo Mangabeira, cognominado mio sr. Jurací Magalhães como "o maior dos baianos vivos , embora, durante os exames de teoria e solfejo da coalisão, nem sempre se tenha revelado o mais vivo dos baianos. A primeira exibição em público deste dueto está marcada para breve, mas duvidamos que alcance êxito perante o público, que se torna cada vez mais exu gente. No momento em que balemos esta chapa, a dupla executava, com mídias vacilações, o clwrinJio "Falsa baiana", musica de Simões Filho e letra de Pinto Aleixo. ' ^ 7v 1 / / PRAT

Upload: others

Post on 24-Oct-2020

0 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • .»¦* ,¦ .."¦'¦:'.." ¦:¦

    ,"•- »:"¦_

    V

    ICIDIALSO' DO

    B_fl ||Íx:::. vã» ^^E "v^^VSp^ mLmmmmy^AmW%. ^^M^^^^^BrJaP^BttiffiJS^ 4^ - JflSÍNÉíeax lÉBs ••'" X * ^*-: flSff^í ~

    ' '''*^^H^F^V%ÍH^^V WH^''' "^L. iSÊrfli

    '^yMmm mmW^M mmmmmMmMt' '^K ^B V^^K£::;;^SXHKy^í**'': V:«EÉPT^- '; 'MM BEt*Üs'

    %ar&&,-:.1M BEt: immW' '.*> ^& b. ^B l^^fe^È*h*u ¦* * ArSu Hf&jáH KlIP^I^HHhK J^~m««•¦•*""¦ ^ ¦ m. -^H ¦SflE v.iwíMsHI BB B

    I^F^fl IHWH SI JmmW* ' Jfa ¦ ¦¦ K'':-:*:' ;- MÍV-''- '¦¦ -'¦¦¦^¦¦^mmmW-ÊkrmV'-'^ ^^^K&SI ^B

    ^á^K^^^^H ¦bhbBL.^'» ^uSsf '* - Tk * 'w '*üíH

    ^;a|JB^B|^^^ga^^^^BK> WÊ^^m___ml^mm$ffl ^^t*^^^*wÊ

    SSawí-- a .. *:-:'' '¦¦ ^ifiíí-aaiitSfiM^ÈtM . -'''''«u^nMPjnH ¦¦MhíV^^1 *yí'-. t-' ¦• ^HaíafWÇiHÍM

    'í- '$ i '*• * ^-' ** HulVhHÊ^^ ¦ - ?$ml Hrffrff^ By^^^^WB

    ftilS«WMWS^^^^^^^^V^^^«AMM

    Aao XXI — Rio, 21 de Oulubio de IMó — N° 78

    ARTOPAiAS RAZÕES DE UMA COMPRA FEITA PELA

    PRESIDÊNCIA DA'REPUBLICA

    il lü iU MV

    Encnrailo sob o ponto dc vista«sti-itrimente residencial, o senhorArtur Bernardes fui, sem duvi-da, ias

    Lopes, chefe militar da revoluçãode 1924, em São Paulo, é um lio-mem lúcido e de muito espirito.Há dias, convidado por um ves-pertino

    'a fazer declarações, disse

    que o momento não era para con-versas, e, ademais, ele tinha re-solvido que sô daria entrevistasquando o general Dutra começassea governar o Brasil.

    UM PASTEL

    O jornal "Isveztia", de Moscou,diz que a resposta dc Constanti-noplu ás propostas russas, 6 umpastel turco, com recheio nnglo-americano. •

    No Rio 50 cts.No Inter. 70 cts.

    DUPLi REGIONAL - O momento é de harmonia. E'essa a palavra je.ordemdo regente do Catete. Á maioria dos músicos concordam com o comando da

    Oa

    tuta, mas só querem acompanhar a partitura, depois de ver as notas.

    O ensaio geral não tem dado resultado. A desaíinação é completa. Por isso,o maestro abandonou a tentativa de organizar um conjunto nacional pam

    se-

    guir a tática dos ensaios individuais.

    Aqui vemos, por exemplo, o primeiro ensaio de harmonia regional entre omaestro Dutra, que está de pé, e o violinista Oitavo Mangabeira, cognominadomio sr. Jurací Magalhães como "o maior dos baianos vivos , embora, durante osexames de teoria e solfejo da coalisão, nem sempre se tenha revelado o mais vivodos baianos.

    A primeira exibição em público deste dueto está marcada para breve, mas

    duvidamos que alcance êxito perante o público, que se torna cada vez mais exu

    gente.No momento em que balemos esta chapa, a dupla executava, com mídias

    vacilações, o clwrinJio "Falsa baiana", musica de Simões Filho e letra de PintoAleixo. ' ^ 7v 1/ / PRAT

  • £ MANHA'mm mwMmm mmmmammmmmma

    ||AI ||*||"A Manha" há um anoPOLÍTICA E "GLAMOUR" - Foi tocado por ^teamtott-

    to um concurso popular par» a escolha dos gg^S^J*mourosos» do Rio. Há um ano esses homens »?d»vam J^»'™"o

    conquistar a simpatia do eleitorado fasendo mais !£»»"£

    de amor que os artistas de einema. Andavam de voz *%*?"

    JnetoandH. olhos, como verdadelrw falas. As jura. de fideli-

    "aTSÍSÍÍSa MANHA visava apurar certas preferência,

    do p^v "

    c em plíticular, d. eleitorado em relaçào ao. h.me».

    públicos e particulares do Distrito Federal.

    CONFERÊNCIA - Realiiou-se uma conferência«a Acade-

    mia Brasileira de Letras. A certa altura dos acontecimento. f um

    5 STniíi convidados, embaixador de uma nação amiga,

    começou a cochilar.Um acadêmico comentou .-Como se vê, é nm homem fino. Está dormindo so para

    fingir que escntou o discurso...

    CONSELHO - Publicamos este conselho útil: "Desconfia

    flc todos e de tudo. Não reveles a ninguém, nem a teu pa^ nem, a

    teus filhos, os teus projetos relativos a negócios. Se puderes,oculta-os de ti mesmo !"

    PALAVRAS CABAL1STICAS - Causaram cerU «««saçáo

    cm São Pauto, as palavras que o sr Getulio Vargas jgj..«ando homenageado por empregados da Light. ^«"J» £,!m discurso importante e o então presidente disse apenas:

    Minhavozi,r. wüSTiíiíft-. * »• *•* -**. —no espírito público.

    HOMENAGEMUma nlil e luminosa

    lembrança

    Rio, 24 — 10 — 1944Í,..Jt ¦ '--- '""

    Um caso magnífico

    NÃO QCJEKEMA GUEIÍRA

    Uma delegação il(HÂPublica-sc ás quintas-feiras

    Diretor-responsavel:APPARICIO TORELLY

    Gerente :ARLY TORELLY

    Redação e administração —Vv. Rio Branco, 257, 17.°

    andar — Tel. 42-2033 — Rio

    EXPEDIENTE — Nãotem. Jornal sério não vivede expedientes. Em todo ocaso cobra.

    ANÚNCIOS — Os anun-cios, para evitar constrangi-mentos, não os cobramos di-retamente, mas por tabela, arazão dc Cr.? 30,00 por cen-iímetro dc coluna, cm pag'-iva indeterminada.

    NÚMERO AVULSODistrito Federal . Cr| 0,50Nos Estados CrÇ u,tv

    ASSINATURAS(sob registro)

    danUal e interior Cr$ 50,00EsSiro . • - • Cr$ 100,00

    Edição dc hoj.; -- 8 PMfc.«SU^UnsAL EM S. PAULODiretor" £du*rdo Palmeriot Avenida S 3°8°. 324¦i*17: 4-4371

    A DIFERENÇAPerguntaram ft Pitágoras qual a

    diferença existente entre a mulher,c homem e o ouro. E o filósoforespondeu:

    O ouro se prova com o fogo,a mulheT com o ouro e o homemcom a mulher.

    PERFEIÇÃOConta se que Mascagni escutava

    atentamente a prova de um prin-cipiante que se candidatara a can-tar "Dinorá"', sob a direção dogrande compositor. A ária eecolhi-da foi a do caçador, e o pobrerapaz fez o possível para impres-sionar o maestro.

    Quando terminou, este últimoaplaudiu o calorosamente.

    Cantei bem? — perguntou ojovem cheio dc esperança-...

    otimamsnte! — exclamouMascagni. — Na sua voz sonti per-íeitamente a voz do caçador e atémesmo os cfies ladrando. .

    ^^sttAtmmmmtm^tm^Ar>t>*s***r+a*

    CONVERSA DETIGRES

    Encontram se dois tigres, em pie-na mata

    Anda por aqui um caçador,de boné e perneiras. Vamoe terum bom filé para hoje — diz oprimeiro.

    Qual! — adverte o outro! —

    Esse negocio de perneiras me fazmuito mal ao estômago...

    EPITAFI0 MODERNOAqui jaz Dona Clarice:Morreu de contentamento,Quando o esposo lhe disseQue achara um apartamento

    A quete cavalheiro entrou no apartamento, pendwrou a capa e o chapéu no cabide do corredor e aspiroucom satisfação o cheiro que mia da cozinha. Unha umafome de lobo. „ M

    Passou para a sala de jantar. Serviram-lhe sopata seguir frango eom arroz à valenciana. Depois de

    nt-

    her um copo de vinho, perguntou:Alberto escreveu ?Nào sei — respondeu a senhora.

    _ Por que não sabe ? - perguntou aquele senhor.surpreendido. — Devias saber.

    Eu não conheço nenhum Alberto - replicou a se-

    -_ & teu filho ? — protestou ele, zangado.Não tenho filhos, — replicou a senhora.E Jóca e Fininha e Felipe ? Que são, então ? -

    insistiu aquele cavalheiro. - Tambem não os conheces l___ jvõo — respondeu a dama.Então, o senhor observou algo de novo na parede.

    Por que compraste esse quadro tão horrível ? —

    perguntou.Porque gosto dele.O cavalheiro estava por conla, furioso. Obserion

    atentamente a senhora e verificou que nao era a suamulher. Nem tambem a sala de jantar era a sua, nema Ca*l'Perdoe

    — disse, levantando-se. - Enganei-me deapartamento.

    Bem eu estava desconfiada de que era uma camnova - disse a senhora, acompanhando-o até a porta.

    Inclinaram-se, saudaram-se e aquele cavalheirosaiu e subiu até o outro andar.

    SBéRhk

    ímifBRRRnoo IOUVIDDR.88E FILIAIS

    AUTOMÓVEIS INGLESESUm r»o\o lipo dcveiculo eeoMomico

    S. PAULO. 23 (MankçrPress) — As fábricas in-glesas de automóveis estãoanunciando um novo tipode veículo verdadeiramen-te espantoso, não só peloreduzido custo de produ-ção, como lambem pela eco-nomia que proporciona aosseus proprietários. Comquatro cavalos, apenas, deforça, o novo automóvelbritânico desenv olveráuma velocidade de noven-la quilômetros horários eescalará as mais fortesrampas. O consumo de ga-sol ina está previsto na ba-se de um litro para quinzequilômetros.

    A vantagem maior é es-ta, caro leitor: com quatrocavalos somente, menorcapital em... patas.

    CLÁSSICOS

    FASANSL l Q£ NADA MAIS

    ¦ S^M^^^^T^. m[Z mmmmVmmmmmm^^mmm%%mmmrm mJmtmmmWSmmmm ' *t -I '^' JmmmmmW Ámím^íl

  • Rio, 24 — 10 —1946 >*! rÁ MANHA*±~ S^***f*sr^m*S***S**S*+'*f*t^^ +^*Pt**m*S*,t*^**i^0lf*S*)*m****0&

    Grande €enceríe Sinfeniwfia j ^ififil l*m'.WT|-M IfÉ WL WÊÊÊWÊÊÊÈt,m\ wàiíjkmWmíimm m\ 'mVfãMwMjm '-ml mWmT^m mwL *>, »íMl^':.ai^^HR^^MJ-S^li*1*^^^» ¦ I- -{#• -XH bhh I>':SY:ilI N ai "*. •"-> 1 k __. BÜB^^^^B^^mmmWm\W'$*• k'^-wr^ÍB^B ¦ 3P f HBI ¦¦'lí:f#'1»l b. :jkiflBlM«Jg; .¦

  • A MANHA1..^juw.n.r-i-vv,,*, **«**Am>mm>*m******~-***+*~»-

    Kio. 24 — 10 — 1946

    O que se leva desta vida é a vida que a gente leva

    "^ - ^ - *¦ ¦ ..».».«¦¦-*»¦» a»a»^A/SÉ»*^A^^»^^^'VV,'^r,r,r^^^^

    I BANANAS |Tremor de terraRe^istroa-so o fenômeno

    em Poço- dr Caldas

    S. PAULO, 23 — Este anode 194G da graça de Nosso Sc-ul-or Jesus Cristo parece quevai terminar mal. TVcmem osfazendeiros do sul tio país an-te a praga dos gafanhotos, cem Focos de Cuidas, não tendeo povo do que tremer, treme aprópria terra, de medo do quenão sabemos... Talvez de rai-vil — dc raiva por terem aca-"bado com o seu tradicional jo-guinho.. .

    Pois foi assim mesmo. Nodia 14 do corrente, ãs 10.45 ho-ras da manhã, leve tremor deterra foi verificado naquelaesplêndida estância aquática.Os danos, porém, foram ape-nas morais; nenhuma casaruiu, a torre da Igreja conti-nua de pé, c as águas conti-nuam tranqüilamente operan-do os seus milagres, sem sederramarem abruptamente dojbanheiros. Foi um simples sus-

    propaganda gratuita nos jor-nais. Teria tremido mesmo aterra ?

    E o mais notável, o mais sur-preendente de tudo isso, nâofoi a terra ter tremido, coisaque acontece em toda parte,até no mar... Tremeu nos mu-nicipios vizinhos também. Tre-meu em Parreiras, tremeu einBoteihos. E agora c que vemo surpreendente, o incrível! Ocoletor estadual de Boteihoscomunicou tclegraficamente oseguinte: "A terra tremeu hojenesta cidade às 10,51,2°, duran-te dois segundos exatamente".Este portentoso coletor mere-ce uma medalha de ouro c umaImediata promoção ! Pela rapi-dez com que puxou do seu cro-nômetro e contou com a maisrigorosa precisão os dois se-gundos cm que tremeu a lerracm Boteihos !

    Imaginem! Com um coletorassim, como andarão precisas ecronométricas as contas da suacoletoria !

    F.üllu i ütfiboro.ea fnilano mererdo

    S. PAULO, 23 (ManhaPress) — Desde que alguns cientistas polacos tiveiam a má idéia de.acusar a presença de va-rias vitaminas na banana,]este produto disparou a\subir de preço que não pa-\ra mais. Depois, espalha-ram o boalo de que a ba-nana engorda e faz crês-cer... Nova alta. Enfim,cada virtude nova que sedescobre no saboroso fru-to, é motivo de encareci-mento, de explorações.

    Antes destas inoportu-nas descobertas, com umcruzeiro trazia-se do mer-cado bananas a mãoscheias. Hoje, volta-se comas mãos "abanano".

    FaIícciiéit ne luarEDUARDO PALME RIO

    Humilde o pequenino gafanhoto,Da nuvens desgarrado, andava ao luar..Magrelo, feio, esfarrapado e roto,Tinha um ar trhie de fazer chorar !

    Perdera-se dos seus, pobre piloto !Naufrago do éter ! Bandeirante do ar <

    Nisto, surge-lhe à frente, hediondo, ignoto,Um monstro horrível, de sinistro olhar...

    — "Que fazes aí, ó mísero inseto,A devorar, e a me estragar o chão ?A terra é minha ! Gaganhoto abjeto .

    Tudo o que comes, desde a folha ao grão,Do trigo verde a rama, o caule ereto,Me pertencem ! Eu sou o tubarão !"iil --•

    Roupa usada

    to, e nada mais.Mas se fosse no tempo do jo*

    go, era para a gente descon-fiar. Cuidaríamos logo tratar-se de maromba dos banqueiros,que fizeram a terra tremer pa-ra aesviar a bolinha da roletado competente buraco. Mas nãose trata disso. Uma hora destas,dormem as roletas o seu so-nho dc glorias e perdição sobo manto verde dás flanelas,nos porões dos cassinos trans-formados em tristes e melan-eólicos museus.

    roços dc Caldas é hoje umacidade santa e purificada, livredo jogo e do pecado original.Pecado, aliás, que não tem na-da de original; pode ser quelenha sido, mas isso já faz mui-to tempo...

    E ái de Poços de Caldas, sede vez em quand não lhe tre-mer a terra ! Corre o risco dccair no esquecimento eterno,assim como eternas são as vir-tudes das suas águas, da sualama e daa suas mulheres. So-mos até inclinados* a acreditarque este tremor de terra nãopasse de boato, de truque de

    CARTAZ DE HONESTIDADECuriosa invenção dos

    diligente»: da Associação

    Comercial

    S. PAULO, 23 — No louva-vel propósito de orientar o pú-blico pagante com relação aosestabelecimentos come rciaisque o exploram deslavadamen-te — sem alusão às lavande-rias _, a Associação Comercialdescobriu e pôs em prática ummétodo deveras interessante.Mandou imprimir um vistosocartaz em duas cores, em quese lê o seguinte: "Esta casa nãocompra nem vende no cambionegro. Nossos lucros são ho-nestos".

    As principais casas comer-ciais de São Paulo já ostentamet-te dístico em suas vitrines ouem um lugar bem visível.

    O processo de que lança mãoa Associação Comercial para

    „* conferir este diploma de ho-aj ^J^^l¦*¦s.•,•'**^^****¦*^**,**+'***'*%A*1*,'

    %,;§?. / ^ ^ %$mí V '-¦ m

    y* ,re->ionante

    S. PAULO. 23 — De algunsanos para cá está tomandogrande incremento o comérciode roupas usadas.

    Acontece que, com os atuaispreços de roupa, não c todomundo que se pode dar ao lu-xo dc ir ao alfaiate e mandarfazer um terno novo. Haja vis-to o caso daquele camaradaque, sem o dinheiro suficientepara pagar a primeira presta-ção de um terno que pretendiafazer, brigou com o alfaiate eacabou puxando da navalha...O coitado queria fazer um ter-no de roupa com um corte...de navalha ! Naturalmente pa-ra fazer a corte a alguma pe-quena...

    Mas o que é certo é que mui-ta gente bôa vê-se agora obri-gada a usar esse último recur-so: adquirir um terno que jáfoi vestido por outrem. Ex-cusamo-nos de apontar osgrandes inconvenientes destaprática a que a penúria eco-nômíca, obriga a classe pobre.Não só sob o ponto de vistaeconômico conto tambei de elegância e higiene, é um comer-cio absolutamente condenável.

    O terno de roupa, com o

    tempo, torna-se uma segundaepiderme do indivíduo. Im*>pregna-se dos seus humores,toma a sua forma anatômica eidentifica-se também com asua personalidade. Ora, admi-tamos a hipótese de um cama**rada bem humorado, emborapobre. Adquire o terno quepertenceu a um rico neurastê-nico; forçosamente ficará tam-bem neurastenico, com a agra*.vante de continuar pobre; ccomo neurastenia em pobrechama-se má - criação, ficarámalcriado, o que absolutamen-te não está direito !

    Poderá também pegar algu-ma doença — o que é muitocomum. Se o dono da roupa,algum granfino, sofresse deacaríase, o pobre que a vestis-se certamente ficaria sarnento.Admitamos agora o caso de umterno elegantemente confec-cioando para algum freqüenta»dor do Jóquei. Vestindo-o, ooperário ficará um sujeito ar-rogante, metido a besta, e istonão lhe convém.

    BOAS MANEIRASQuando uma pessoa é convi-

    dada a jantar na casa de umamigo, não deve carregar con-sigo nenhum talher, por me-nor que seja. Se se tratar deum objeto de reconhecido va-lor, pode-se abrir uma exce-ção. Mas toda cautela é pouca.

    ¦•-¦•¦ >

  • Kio, 24 — 10 — 1946 A MANHff>AI>>^VVVV>(VS*V* ** *«"«««««*«''*«**''*,'w*,'>**'''>','»>*'

    VIRTUDESOs nossos credores deviam

    ter pelo menos três virtudes:fé, esperança e caridade.

    E' MAIS DIFÍCILDiz Agripino Grieco que é

    mais difícil vencer as pulgasque vencer os leões.

    - ^^^ Ji_ ^^^-ftrtftftftnj>/xi*tjViJiJ*jV>/XAi^^

    agentes para fiscalizarem o jarrão. Evidentemente fica rãoescondidos no capinzal e, àsseis, quando Degtiaref puser amão para tirar a carta, seráapanhado. Que belo susto le-vara! Terá então tempo de so-bra para meditar sobre seusamores enquanto instruem oprocesso até a sentença final...Que beleza !

    Leon Savitch pessoalmentesela a carta e leva-a ao cor-reio. Dorme com um sorriso dcsatisfação e passa a noite emsonhos agradáveis. Pela ma-nhã, ao recordar sua façanha,põe-se a cantar e até acariciao rosto da esposa. No escritóriosorri continuamente, antego-zando o terror de Degtiaref aocair na armadilha...

    Antes das seis consegue do-minar a impaciência e corrçao jardim público para rego-zijar-se com a situação deses-perada do amigo."Já estão lá" — pensa ao verum policial.

    Ao chegar na praça senta-sodebaixo de uma árvore e era-va os olhos no jarro. Sua im-paciência não tem limites. A'sseis em ponto Degtiaref apa-rece. Pelo que se vê, está deexcelente humor. Traz o cha-P/ími iofado nara trás. aberto ocasaco e, com um ar alegre, fu-L.ti prazenteiro um cigano."Agora é que voce- vai co-nhecer o tolo e o pançudo! Es-pere um pouquinho c verá!" —diz Leon Savitch para si pro-prio.

    Degtiaref a p r oxinia-se dojarro e mete a mão nele.

    Leon Savitch levanta o cor-po e, devorando-o com osolhos, vê o jovem tirar do jar-ro um pequeno embrulho, exa-miná-lo por todos os lados, en-colher os ombros e abri-lo va-diante-... Encolhe de novoos ombros e o assombro estam-pa-se-lhe na face. O embrulhocontem duas notas de cem ru-blos. Durante longo tempoDegtiaref contempla as notas.Por fim, sem deixar de enco-casa dc Dulinof, ameaçando-ocom os punhos cerrados emurmurando eom indignação:lher outra vez os ombros, põeo dinheiro no bolso e exclama:

    Muito obrigado.O desgraçado Leon Savitch

    ouve o agradecimento e passaa noite inte;;a em frente da

    Covarde! Vsndeiro infa-me lAlma de lacaio!... Mise-ravel!...

    Ser democrata não é somente acreditar na DE' sobretudo, comprar e ler diariamente

    "De * 13

  • A MANHA^uTLrux.vxaru-nir.-.-,-, imwuwiw^wim^wm^^-^***^^

    Rio, 24 — 10 — 1946

    y**^**^*****^^-^-**"^*^.-*^^*-^*-^*St*,*********»*

    A facanhofo esta umg pichinho ekcensialrnènde acrícola

    Ml Sanda Gadharrina!

    Neng¦r 1* í

    0 le l@stg— DAMPENG RIBtNTROP ?

    . Sing, as pracilérras infendi este hisdória te ticê gue achende'nong vive só te bong. Nadurralmente gue a chendechende vive dampeng te game, te leite, te mandêka, tefeiçhong, te arois, te padatos, bong-te-lo, marmelada e...chòp! A ', , A,

    Orra, se a chende deng e bode gome dandos odrosgoisas mais te gue bong, borgausa te guê endong se vaiface este parrulhada gom as batêrras e os batarrias?Borguê face dampeng este esgulhampasong gom a se-nhor Berrou borgausa gue ele nong têxa empargá asua drrigo bra nóis? Gwando deng bong, se gome bong!Nong se vai more t«- fome bra isto. Nalcumas sitades taPracil a chende deng a gosdume te façê uma tôces nofrichitêrra gue se jama «sonhos», e borgausa te istoteng danda chende na Pracil gue vive sonhando... Nengsó te bong se vive; se bode vive dampeng te sonhos..r

    'Gue nong ha bong! Nong ha bongsA chende vive cridando!Gueng nong deng bong pede EsbirtiOu fais gomo uma alemong:Gwando nong deng bong, pede chopp!

    «•V*|V

  • Uio 24 — 10 — 1946 A MANHAnn-» à^w

    JwÉin t$m% vttmm

    VETERINÁRIOSDR. BARONE

    Largo do Machado, 9Tel. 25-4645

    Laboratório de Análise»nu „ i. -

    Dr. Curvelío de OliveiraRua São José, 85-4.° and. — S.406. Fone: 22-2717 — Edificc

    Candelária

    DR. ANÍBAL DE GOUVÊATUBERCULOSE — RADIOLO-

    GIA PULMONARPç». Floriano, 35 — 7.° — sala

    14. Tel.: 22-8727Lelelba Rodrigues de Brilo

    ADVOGADOOrdem dos Advogados Brasi-

    leiros — Inscrição n. 1302Travessa do Ouvidor, 32 — 2.'

    andar. Telefone : 23-4295

    DEMETR10 HAMAMADVOGADO

    Rua São José, 76 — 1.° andarDas 2 ás 5 horas

    TELEFONE 22-0363

    DR. SIDNEY REZENDEEXAMES DE SANGUE

    Rua S. José, 118 — 1.° andarFone 42-8880

    ttenedito Gallaciros BoinfimADVOGADO

    Av. jp«*°sidcntc Antônio Carlos,20T, *. ..003 — Fone: 42-5071

    FelHiano PintoAyeniiia Villas'Boa8

    PãitoCãrui-giõcs-dentisías

    2,as., 4as., c Cas. — 13 às 19horas.

    3as., 5as., c sala. — 8 às 13horas.

    Rua México, 41 — 13.°, sala1.301-A — Fone 22-7273.

    DR. SANTOS ROCHAVias urinárias

    Avenida Rio Branco, 183-85

  • Pode-se arbitrar um jogo por correspondência?

    %mWtwm\ MOSESPORTESEDI C AO f IN AL! S91K4-WUMA EXPERIÊNCIA ROVOLUC

    A TAREFA DOS JUIZES POD&tA' SEREXECUTADA COM ABSOLUTA SE-

    GURANÇA E CONFORTO

    Foi o rttirio-iittjro quem consègiíiirá transic-rência do jogo dc domingo último.

    ()iií*r dizer, enlão, qne o Flamengo já venceua preliminar.

    "CHEGOU k HORA H"[A OPINTÃO DÉ MARIO

    FILHO SOFRE OSPRÓXIMOS JOGOS

    "Neste fim de semana é que va-tnos ver quem tem roupa na mo-f-hila" — disse Mario Filho, aca-tado historiador do futeb.l carioca,ao. ser habilmente interrogado porum dos nossos mais impertinentesrepórteres dc setor. — "Os jogospróximos irão decidir com que Umeficarão os louros, ou as louras, davitoria. Chegou a hora H".

    Mario Filho afirmou-nos que temestado em contacto com dirigentes,técnicos e jogadores dos quatro du-bes empenhados nes dois sensacio-nais encontros, e já sentiu a vibra-ção e as descargas elétricas de cer-tos meios, não sendo de estranhar,a seu ver, que se verifiquem peri-gosos curto-circuitos.

    — Em Álvaro Chaves e na Gá-vea, em General Severiano e emSâo Januário, a espectativa é deuma guerra. Os jogos estão sen-do aguardados como se fossem ba-talhas de verdade. Andam os téc-nicos como se fossem generais comlongo curso de estado-maior, tra-çando mapas em quadro negro eorganizando planos estratégicos. Asquestões de tática são estudadas aportas trancadas, com um sigilomais rigoroso que o observado pelasforças aliadas quando tiveram dcpreparar a invasão da Europa.

    Falar com Martin 011 com Fia vioé o mesmo que conversar com um

    »* '-^ÊÊ ¦fT™^'""' a3£wÍ««nSB§& fttBfl^l

    , A Associação dos Árbitros dc Fu-1 tcbol de São Paulo resolveu cecen-

    temente criar a Escola de Juizespor Correspondência, abrindo, des-

    Ide logo, as inscrições de candidatosi i>, esse curso.

    A noticia causou certa sensaçãocm nossos meios esportivos, habi-tuãdos á rotina e efeitos aos pro-cessos rudimentares ainda em vogaentre nós. Mas devemos lealmen-te confessar que ela nâo obteve amesma repercussão nos largos ocompridos-corredores da nossa re-dação, porque os esportistas queáquí mourejam, espíritos arejadose progressistas, nunca se espantamljfjxjXj^J^j»lj^fvmymvmrm^m.A%lmmmm

    m m m m ft^^^^^^^»

    Eisenhower na hora de tomar umadecisão importante. Gentil e Jucáparecem velhos militares resolven-do um ataque a Mcnigomciy.

    Enquanto isso cs seus soldados,que são os jogadores, nem se pre-ocupam com a aproximação do diaD. Tranqüilamente jogam as suaspartidas de damas ou de baralhoe contam, uns aos ouiros, piadasde arrepiar cabelos.

    Mais nervosos que os técnicos —afirmou Mario Filho —- só mesmocertos torcedores impenitentes. Seo Bartrand anda de mãos frias, oZelins anda pior, um sofrendo peloFluminense e o outro pelo Flamen-go. O pessoal do Botafogo e doAmerica há uma semana que nâodorme.

    DOIS GOLPISTASCerto cavalheiro perdera grande

    soma no poquer. Tentando recu-perar ao menos parte da impor-tancia, disse para o parceiro:' Aposto 20 mil cruzeiros comovocê não está aqui.

    ; O outro pensou um pouco e res-pondeu:

    | — Aceito.I Colocaram as notas sobre umamesa e o cavalheiro começou;

    j — Você está em Recife?I — Não, náo estou em Recife.| —. Você . está no Amazonas?

    Tambem nfto.Bem, se vocô nüo está em

    Recrie nem no Amazonas, devoestar em algum out.ro lugar, es-tando em algum outro lugar, nãopode estar aqui. .

    '. - '

    Tem razão — disse o outro.E, rapidamente, pegou o dinheiroe guardou o no bolso.

    Espere aí! — exclamou o ca-valheíro. -- Eu ganhei a aposta.

    E' certo.Então, passe o dinheiro.Escute aqui: você não disse

    que eu estava em outro lugar? Polabem, se eu estava em outro lugarnão poderia estar aqui. E, se nãoestou aqui, de que modo agarreio dinheiro?

    diante das iniciativas corajosas emesmo revolucionárias.

    De há muito que se devia terpensado numa solução assim auda-ciosa para o grave e eterno pro-blema das arbitragens. Já se viuque, em matéria de juizes dc fato— não nos referimos aos juizes dedireito — podemos limpar as mãosá parede. No Rio, então, a coisac de causar tristeza. Os dirigen-tes do futebol carioca checaram áconclusão de que o quadro de ár-bitres, na realidade, é composto deum só: Mario Viana. O resto óapenas resto.

    Que fazer diante de tão alarman-te situação? Evidentemente, deve-se tomar uma iniciativa capaz deresolver o caso, mesmo que aosolhos dos elementos conservadoresela possa aer tida como uma re-matada tolice ou uma extravagan-cia sem nome.

    O curso instituído em São Paulorepresenta uma experiência notável.A primeira vantagem que ele re-presenta inegavelmente é a de ha-bituar os juizes aos exercícios deredação. Até aqui só se exige dc;les capacidade física e os forçamosa treinamentos rigorosos e provasde resistência. Ora, os grandescasos de futebol surgem, no entan-to, em virtude da péssima redaçãodas súmulas. Os juizes correm emcampo, suam a camisa, perdem pesocomo qualquer crack, mas terminamdemonstrando a sua incapacidadena hora de preparar o relatóriopara a Federação, que, por sinal,está cheia de escritores e poetas,homens, portanto, muito exigentesem matéria r' linguagem e estilo.

    O preparo teórico dos controla-dores de pelejas trará naturalmen-te os melhores resultados, sendo li-cito esperar que a estas horas jáestejam inscritos naquele cur3o to-dos, ou quase todos, os juizes es-tabelecidos nesta praça. E se acoisa tiver o êxito que se anun-cia, é claro que se poderá avançaro sinal e empreender uma expe-riencla singular, que sem dúvida

    1III; í m Ta

    â___S 'JaH s^W8>$W&mWwZtffl&&w v ' ^sí&Hs§fflBí#'^s_?«W :m\\mW^mmÊÊmM, ¦'$&•ffif mmmvaWtm* ,;''$s¦ misWSasT^&t,f>* 1 ^3W fim SbW ^-^mW^^l^mW'% íí\" %I M mcanvSSHralg lifw PllÉP

    jlJB sÊi ii m k. TÊÊ

    mm ül ** MB Wl!»MppSf mm '- WÊs&

    mm .mdÊL WÊ-

    V«M^WWWVWWVWW^W^M^M^MMW^AMAM^AM^^M^M^^M^

    IVWtiTFffMBffiHMffKBlIMWBlWlBBBWfTTnfiWHWIIIHIIOfWl^BffM mWMBnmTmTmmmm,JPN0Í9 Boi BBHSHflp^PVB^ViHBHHHBHBD^HHHHDBBPr^vVHMlHHBHBa

    WS, .-^z—Zr^^^ Sn»] â lJ 11 W. 1 ^^X í~7 -3 n

    ' '" ¦—~==~r*^.T,l'~- *i 9

    I

    V DISTRAÍDO l Caricatura dc Dcbout,[ainoso caricatuvista {rances).

    MAMO VUNÂrevolucionará o futebol intemacio-nai — a experiência da arbitragempor correspondência.

    O leitor já pensou um instanteno que isso significa? Veja bemo que pode representar para areestruturação, em novos moldes,do quadro de juizes, que já nãoprecisarão passar por exames rlgo-i-osps.de aptidão física, como stfossem candidatos a vagas na Po-licia Especial. Uma vez que se-jam bons intérpretes das leis es-portivas e se revelem doutores emmatéria de regulamento do "association", não importa que pesemcem ou cento e cinqüenta quilosou sejam pernetas ou paralitlcos,O essencial é que possam dar umaexata interpretação des fatos e conduzam qualquer partida com absoluta isenção e imparcialidade, retíigindo súmulas que constituam tt-tulos para a sua candidatura á Aca-tíemla de.Letras.

    Será resolvida assim a questãodo conforto e da segurança indi-vidual desses cavalheiras, que po-derão exercer tranqüilamente aasuas atividades sem sair de casae metidos nos seus pijamas de lis-tas.

    E' muito importante, mais im-portante que se pensa, assa quês-tão do conforto. Atualmente, o ár>bitro é obrigado a envergar umuniforme — camisa azul, calç_branca e sapatos de tênis — e acorrer em campo sob o sol impla-cável ou a chuva de inverno. Fei-ta aquela inovação, ele poderá de-cidir tudo sem tomai- esses incô-modos, sentado numa cadeira dabalanço ou deitado numa rede.

    E quanto á segurança? Já saviu o que o juiz agüenta quandoerra na marcação de uma penal"'dade perigosa ou quando interpr*ta mal as Intenções de certos jo-gadores na hora do perigo? So-fre o diabo: laranjas, pedras, no-mes feios e garrafas vazias, qua*do nfto se vê alvo de tentatlvaide linchamento. E tudo isso seráevitado, porque a integridade físicado juiz estará resguardada pela dis-tancia em que ele ae conserva.

    Outras vantagens podem ser adu-zldas aqui: em jogos decisivos dacampeonatosi as partidas poderãoser arbitradas por cavalheiros dagrande responsabilidade, acima dequalquer suspeita, sob pseudônimos,por exemplo. Pode ser que nemassim nos livremos das niarmela-das. Mas não há dúvida que »coisa seria outra.