ideias e estorias

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IDEIAS E ESTÓRIAS E.B. 1,2,3 Augusto Moreno

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Trabalho escrito e ilustrado pelos alunos da Escola Basica 1,2,3 Augusto Moreno, Bragança 2011

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IDEIAS E ESTÓRIAS

E.B. 1,2,3 Augusto Moreno

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FICHA TÉCNICATítuloIdeias e Estórias

Autores e IlustradoresAlunos dos 5º D, 5º G, 6º B, 6º D, 6º G, 7ºA, 8º A e CEF A2

PublicaçãoEscola E.B. 1, 2, 3 Augusto Moreno - Bragança

EdiçãoCâmara Municipal de Bragança

OrganizaçãoEquipa da Biblioteca/CREDepartamento de Línguas

Orientação de TextosProfessores de Língua Portuguesa- Aníbal do Rosário- Fátima Mateus- Helena Ferreira- Moisés Pires

- Cesarina Teixeira- Adelina Martins- Lurdes Carlos- Anabela Figueiredo

Orientação de IlustraçõesProfessores de EVT- Isabel Afonso- Belmiro Fernandes- Assunção Fernandes- Manuel Fortes

- Ana Dias- Bruno Costa- Paula Pinto

Capa e Arranjo Gráfico- Adriano Santos

Revisão dos Textos- Elisa Ramos

MaquetagemBiblioteca/CRE

ImpressãoCasa do Trabalho - Bragança

BragançaJUNHO 2011

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IDEIAS E ESTÓRIAS

E.B. 1,2,3 Augusto Moreno

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O ASSALTO AO CASTELO

5º D

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5º D

Certo dia, um grupo de jovens, que vivia numa Vila fronteiriça de Trás-os-Montes, decidiu fazer um assalto. O Castelo, como era o edifício mais nobre da localidade, foi o alvo a atingir.

Os jovens tinham idades entre os 14 e 17 anos. Eram oriundos de famílias muito pobres. Tinham que trabalhar nos campos, de sol a sol, para poder ajudar os pais no sustento da família. A agricultura era a única actividade onde podiam trabalhar. As fábricas eram escassas.

Enquanto não atingiam a maioridade, tinham que permanecer por ali. Depois era uma emigração que os esperava. Já ouviam falar das fortunas que se ganhavam em França, Espanha, na Alemanha e Suíça. Esses países eram a galinha de Ovos de Ouro, que todos cobiçavam.

Já cansados de trabalhar a terra, numa noite calma de verão decidiram planear um as-salto ao Castelo da Vila, onde havia relíquias que poderiam valer muito dinheiro. A sua galinha de ovos de ouro podia estar lá dentro. Ali, bem perto deles.

Enquanto planeavam o assalto, um deles, o Tomás, ficou com medo e disse ao restante grupo:

- Será que não é melhor levar esta vida, a ter que roubar? A minha mãe, sempre me dizia: Mais vale um pobre honesto, do que um ladrão rico.

Todos os jovens do grupo olharam uns para os outros e riram-se. E começaram a gozar com ele: Olha o menino da mamã!....Olha o menino da mamã!

- Tu tens medo? - disse o Paulo.

- Tu não és nada corajoso! - exclamou o Rui.

- Será que não queres sair desta triste vida? - retorquiu o Pedro.

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O assalto ao castelo

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Tomás, envergonhado pelas palavras dos colegas, argumentou:

- Eu não tenho medo. Até, sou corajoso. Simplesmente, estou a ver a realidade.

- Que realidade?

Agora nós somos pobres, temos que trabalhar, temos que ajudar os nossos pais. Não temos dinheiro para mandar tocar um cego! - respondeu o Pedro.

- Mas se nos apanham a assaltar o Castelo? Somos ladrões?... Infractores da lei; pode-mos ir presos. Os nossos pais vão ter vergonha de nós, do que fizermos…- argumentou o Tomás.

-Tomás, também podemos pensar que não somos apanhados! Temos que planear as coisas de maneira que ninguém nos veja. - interveio o Pedro.

- Assim, podemos começar já a preparar o plano. - diz o Rui.

- Está bem! - exclamou o Pedro.

Todo o grupo aceitou, apesar de Tomás, o mais novo, não estar muito convencido. Mas para não ficar mal, alinhou no plano.

Os jovens começaram a expor as ideias. Uns concordavam, outros não. Até que chega-ram a um acordo. O plano para o assalto consistia:

Numa noite, no dia que havia festa na vila mais próxima. Todos os habitantes da nossa vila (das Maçãs), iam juntar-se para a festa que durava até as tantas da manhã. Assim tornava-se mais fácil porque os únicos que ficavam eram os velhotes. Estes iam para a cama cedo, por isso, não eram problema.

Depois de todos se irem embora, juntamo-nos no cruzeiro e vamos para o cimo da vila

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5º D

cumprir a nossa missão. Dois ficam à porta. Caso apareça alguém, os outros dois vão subir pelo portão e tirar o mais que poderem para depois vendermos.

Os preparativos continuavam, mas Tomás, continuava com dúvidas se devia ir ou não. Diz ele aos colegas:

- Não acham arriscado? E se os guardas nos apanham?

- Continuas na mesma, diz o Rui, se achas que não és capaz diz, ou então até ao 20 de Agosto pensa se queres participar ou não. Caso não queiras tens que prometer que não contarás a ninguém o que estamos a planear. Nem à tua namoradinha… Ouviste?

A namorada do Tomás, era uma menina trigueira, inteligente, de olhos azuis. Vestia rou-pa de marca e sempre com um aprumo e asseio inigualável na vila. Filha de umas famílias de bem e de comportamento irrepreensível.

De vez em quando, associava-se a eles. Ela só integrava aquele grupo, por causa do gran-de amor que tinha pelo Tomás. No entanto, já tinha falado com ele, que as más compa-nhias, por vezes, podiam ser maléficas. Já lhe tinha ensinado o adágio, que o seu avô lhe tinha dito: “Diz-me com quem andas e te direi quem és. Se andares com os bons, serás como eles. Se andares com os maus, serás pior do que eles.”

- Está bem, mas vocês também podiam pensar, porque esta ideia não me parece muito boa. Da minha parte fiquem descansados, caso eu não vá, da minha boca não sai nada.

Promete, dando, dois beijos nos dedos da mão em cruz.

Tomás andava triste e macambúzio, mas tinha jurado não dizer nada à namorada… …

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O assalto ao castelo

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Passam-se dias e dias e o Tomás pensou, pensou… e decidiu que não queria participar no assalto. Reuniu-se com os amigos para lhe dizer que não entrava naquela asneira.

Assim foi. Os amigos juntaram-se e ele transmitiu-lhe a sua decisão. Os amigos aceita-ram, mas também lhe lembraram a promessa que ele tinha feito.

Mais vale ir só que mal acompanhado.- diziam eles, cheios de coragem.

Chegou finalmente o dia desejado, e o grupo de jovens juntaram-se no local combinado. Lá foram para o cimo da vila, onde ficava o Castelo.

Enquanto um ficou à porta, dois entraram. Mas, quando chegaram ao portão interior, que dava acesso à Corte Real, viram que não o conseguiam abrir. O Rui foi ver se dava para entrar por alguma janela, mas nada…

Quando menos esperavam o alarme disparou e um pelotão de guardas veio ao seu al-cance e apanhou-os.

Foram levados para a esquadra e chamaram os seus pais que ficaram muito desiludidos com o acto criminoso dos seus filhos.

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Pagaram uma caução elevada e pobres eram, mais pobres ficaram.

Passado algum tempo encontraram-se na festa de anos do Tomás, onde estava a Inês, a sua namorada.

Tomás, muito contente por não ter participado no assalto ao castelo, disse para os ca-maradas:

- Se não tem sido a Inês, eu teria feito como vós. Agora, peço-vos desculpa, por não ter guardado o segredo.

Mas, Atrás de um grande Homem, está sempre uma grande Mulher!

Foi a partir desse dia, que começaram a pensar na vida e nas palavras que o Tomás tinha dito.

“Mais vale viver pobre com honestidade, do que ladrão rico” e “A vida de ladrão é boa, mas só dura até ser apanhado!”

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UMA VIAGEM DE SONHO

5º G

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5º G

Olá! Vou contar-vos uma viagem de sonho entre mim e quatro amigos, Cátia, Rui, Nuno e Mina. Foi uma longa e inesquecível viagem…!

Numa tarde de Verão, eu e os quatro amigos tentávamos planear umas férias em grande, quando o Mina sugeriu:

- E que tal irmos acampar?

- Não, toda a gente faz isso! – respondeu o Nuno.

O Rui de repente lembrou:

- É isso!

- É isso o quê? - interrogou a Cátia.

- Vamos fazer uma grande viagem! - exultou o Rui de alegria!

- Bora! - responderam os outros em coro.

Uma semana depois, preparámo-nos e segui-mos viagem em direcção ao Porto.

Quando aí chegámos, dirigimo-nos de imedia-tamente ao Hotel para fazermos a reserva dos quartos. Como estávamos esfomeados, deslocá-mo-nos até ao Norte Shopping para comer uma bela pizza.

Satisfeitos e mais repousados, decidimos visitar a Torre dos Clérigos.

- Que bonito! - disse a Cátia..

Dirigimo-nos à sala de vendas, tentando encon-trar um catálogo que nos informasse da história deste notável monumento, do século XVIII.

- Que interessante a sua história! – disse o Nuno, enquanto iniciava a leitura de uma das páginas:

Considerado por muitos o ex - libris da cida-de do Porto, esta Torre sineira faz parte da igre-ja com o mesmo nome, construída entre 1754 e

1763, a partir de um projeco de Nicolau Nasoni. Foi mandada erigir por D. Jerónimo de Távora Noronha Leme e Sernache, a pedido da Irmandade dos Clérigos Pobres. O seu arquiteto, Nicolau Nasoni, contribuiu durante muitos anos para a construção da grande torre dos clérigos sem receber nada em troca e só alguns anos depois isso aconteceu.

Está classificada pelo IPPAR como Monumento Nacional desde 1910.i

- Valeu a pena subir todas estas escadas! - acrescentou o Rui.

Eram horas de regressar ao hotel…

i) wikipédia.pt

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Uma viagem de sonho

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Naquela noite tivemos que nos deitar muito cedo, pois, na manhã seguinte, o destino era Paris.

Acordámos, preparámo-nos e dirigimo-nos ao Aeroporto.

No avião, tivemos direito ao almoço, o que nos poupou tempo. Aqui, traçámos o roteiro. Decidimos ir visitar os Disney Studios.

- Isto é impressionante! - exclamava a Cátia.

- Realmente! - concordava o Rui.

- Olhem para ali! Estão a fazer um novo filme! - observou o Mina.

- Interessante, todas estas montagens! – acrescentou o Rui.

Ficaríamos aqui muito mais tempo, não fosse a fome atacar. – disse o Nuno.

- Está bem. Apanhamos o Metro e em dez mi-nutos estamos na Torre Eiffel e lá poderemos co-mer uma boa quiche - respondeu a Cátia.

- Fixe!- respondeu entusiasmado o Mina.

Quando chegaram junto da Torre Eiffel ficaram expectantes com aquela beleza. Subiram.

- Uau! – exclamaram, em conjunto.

- Que luzes tão bonitas! - dizia impressionado o Rui.

- Vê-se toda a cidade daqui! - exclamava o Mina empoleirado nas grades.

Maravilhados, com tão bela paisagem, decidi-mos, agora, ir procurar onde pernoitar, pois na manhã seguinte tinhamos que conhecer um pou-co mais desta magnífica Cidade Luz.

Todos reunidos, traçámos um percurso: Arco do Triunfo, Montmartre, Notre – Dame, Sacré--Coeur, L’Opera.

- Não acham que é demais, só para um dia? – questionou a Cátia.

- Temos que tentar, pois eu ainda gostaria de dar uma voltinha de Bateau- Mouche!- res-pondeu o Mina.

- Inesquecível esta cidade, pois chamam-lhe a Cidade Luz, mas ela é de facto bela e mo-numental - diz a Cátia, agora rendida ao esforço que fizera ao longo do dia.

Mais um dia os esperava e na bagagem a visita de outra Cidade fascinante.

Duas horas depois, aterrávamos.

- Finalmente, chegámos a Londres!!!!- exclamou o Mina contente.

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- É verdade, mas agora estes dias são de aproveitar! - retorquiu o Nuno.

- Podes querer! Aproveitar ao máximo! - disse a Cátia, também retribuindo com a sua opinião. - Temos de conhecer tudo o que for possível! Comecemos por ir pousar as malas ao Hotel. Depois sair e conhecer esta bela cidade.

A primeira escolha foi o museu Madame Tussaud, onde tiraram fotografias com a Miley Cyrus, o Robert Pattison, o Justin Bieber, o Zac Efron e o Barack Obama em cera. Decidi-ram também andar num autocarro turístico onde conheceram o Big Ben, o Buckingham Palace, o teatro de Shakespeare e o Tate Modern.

Depois, tivemos de passar a Tower of London para chegar ao outro lado da cidade.

- Esta ponte é grande. – disse o Nuno quase a desequilibrar-se.

- Vamos dar uma volta na London Eye! - sugeriu a Cátia.

- O quê? Mas aquela fila é enorme. Ainda temos de esperar até que acabe? - interrogou o Nuno à espera de um não.

- Parece que sim. – concordaram os outros.

- Até que chegou a vez de entrarmos.

- Hoje fazemos directa e amanhã partimos cedo. - aconselhou o Mina, enquanto anda-vam na roda magnífica.

De madrugada, pegaram nas malas e: “Good bye London”!

Viena era a Cidade que nos esperava!

Preparados para a descoberta, pois já tínhamos consultado um roteiro e sabíamos que Viena era a capital da Áustria e o centro cultural e político do país. É também a maior cidade sobre o rio Danúbio, magnífico espelho de água que a atravessa!

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Despertou-nos a curiosidade saber, que Viena é a melhor cidade do mundo para se viver, seguida de Zurique, Genebra, Vancouver e Auckland.

Estávamos curiosos de o sentir ao vivo!

- Partimos à descoberta! Visitámos o centro histórico, que se localiza na parte velha da cidade, uma das maiores catedrais góticas medievais, a Catedral de Santo Estêvão, um grande exemplo da arquitectura medieval que remonta ao século XI. A cidade tem vários palácios, como o Palácio de Schönbrunn (da Sissi) mandado construir por Leopoldo I em 1696, e foi sendo aperfeiçoado pela imperatriz Maria Teresa até ao seu actual estilo rococó. Deslocámo-nos lá e pudemos sentir de perto a história deste País!

- Estou maravilhado com esta cidade!- exclamou o Rui.

O mesmo pensávamos todos!

Após uma curta pausa para um refresco, numa das belas esplanadas, seguimos em direc-ção ao extenso lençol de água que avistávamos. Era o Rio Danúbio! Tínhamos lido que a cidade de Viena é cortada pelo rio Danúbio, até hoje um dos maiores símbolos da cidade

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e de essencial importância para a economia vienense e que aí se encontra a Torre de Da-núbio, uma torre de metal de 287 metros que abriga um restaurante giratório.

Mas o tempo não dava para o visitar, com pena nossa!

- Vocês sabem que ainda nos falta conhecer a casa onde viveu Mozart?! – lembrou a Cátia. - Não quero sair desta cidade sem a conhecer! – reforça ela.

Consultámos de novo o roteiro, enquanto aí nos deslocámos. O Nuno lia:

Viena foi a cidade natal de diversos escritores, compositores e artistas em geral, destacando-se entre eles Franz Schubert e Strauss. Albergou também na sua corte o grupo conhecido como clássico vienense, onde Joseph Haydn, Mozart e Beethoven pertencem. Mais tarde integra-ram-se também na corte Franz Liszt, Johannes Brahms, Johann Strauss (pai), Johann Strauss (filho), Franz Lehar, Joseph Lanne e Gustav Mahler.i

Era a vez de continuarmos a rota que tínha-mos traçado!

Fomos todos de táxi até ao aeroporto para apanhar o avião em direcção ao destino se-guinte, a Índia.

Chegados ao local pretendido, decidimos alugar um quarto no hotel Nova Déli.

Como tínhamos almoçado no avião, fomos de imediato visitar o Taj Mahal para ficar-mos a saber mais sobre aquela encantadora cidade.

Acabados de chegar, um folheto informativo chamou-nos à atenção:

- Ei, malta! Olhem o que diz aqui: O imperador Shan Janan mandou construir o Taj Mahal em memória da sua esposa favorita Aryumand que morrera após dar à luz o 14º filho tendo este grande monumento sido construído sobre o seu túmulo junto ao rio Ya-muna.

- Fixe! – disse o Nuno.

Entrámos no Taj Mahal e lá vimos coisas fenomenais, tais como decorações interessan-tes, representadas geometricamente, padrões floreados ou puramente abstractos – ara-bescos…

- Aoh! Esta visita cansou-nos. Mas foi muito divertida! – disse o Rui.

- Vá, temos de voltar ao hotel, temos que jantar – advertiu a Cátia.

Depois de terem comido uma boa refeição, foram deitar-se, pois na manhã seguinte tinham que partir.

Pequim era a cidade que se seguia. Eram ainda algumas horas de viagem.i) wikipedia.pt

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Uma viagem de sonho

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Muito cansados, pisávamos, finalmente, solo chinês.

- Malta, olhem o que eu descobri, neste guia turístico!- observa o Rui:

Na capital da China, Pequim, situa-se um incrível e ancestral palácio Imperial da Disna-tia Ming e Quing. Lá dentro encontra-se o muro dos nove dragões. O muro mostra-nos nove dragões, num excelente acabado de azulejos que demonstra o poder do Imperador. Na China existem três muros como este, na província Shanxi e no parque de Beihai.i

- E que tal fazermos uma visita a esse tal muro dos nove dragões? – sugeriu o Nuno.

- Ok, vamos lá. – concordámos todos.

Tomámos o Metro e lá fomos àquele sítio que despertava tanta curiosidade.

- Que dragão tão bonito! – exclamou a Cátia.

- Mas eu gosto mais deste dragão azul, parece ter mais poder! – exclamou o Nuno.

Divertidos, mas exaustos, decidimos, agora, ir ao Cloud 9 comer um talharim, prato típico da China.

Dois dias, cheios, proporcionaram a visita aos locais mais encantadores deste Império Magnífico!

Imparáveis que somos, era a hora de mais um País da História de muitas civilizações antigas: O Egipto.

Aterrávamos agora no Cairo!

O Nuno tinha a veia de historiador e, ainda no aeroporto, consulta o seu guia e lê para todos:

- O Egipto é um dos Países mais populosos do Continente Africano, com 1 001 450 km² de área. O litoral norte é banhado pelo Mar Mediterrâneo e o litoral oriental pelo Mar Vermelho. O país é conhecido pela sua antiga civilização e por alguns dos monumentos

i) wikipedia.pt

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mais famosos do mundo, como as pirâmides de Gizé.i

Era então que para lá nos dirigíamos, pois era uma das visitas obrigatórias!

Enquanto nos aproximávamos, ficámos boquiabertos ao vermos autênticas pirâmides, feitas ao pormenor.

Avançámos e avistámos uma espécie de Feira onde expunham comida para as pessoas provarem e apreciarem.

Malta, vamos provar este prato, chama-se Ful e diz aqui que é feito de feijão branco, co-zinhado lentamente no fogo, durante horas num caldeirão de cobre.

- Huuuuuuggggggg!!!!! Sabe muito mal – exclamava a Cátia.

Já à chegada, avistámos um placard que tinha escrito:

As chamadas Pirâmides do Egipto, denominadas Pirâmides de Gizé, localizam-se no planalto de Gizé, na margem esquerda do rio Nilo, próximo à cidade do Cairo, no Egito. São as únicas restantes das Sete maravilhas do mundo antigo. E foram erguidas pelos fa-raós Quéops, Quéfren e Miquerinos há cerca de 2700 a.C..

- Isto é muito mais bonito do que nós pensávamos…

Imaginam, agora, como todos nos sentimos, depois destes dias tão ricos de História, civilizações, monumentos, experiências memoráveis…, até então nunca vividas!...

i) wikipedia.pt

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O MOINHO MISTERIOSO

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6º B

No Liceu Sete Mares, os alunos do 12º B tinham acabado o ano lectivo com bri-lhantes notas. Por isso, a Directora de Turma decidiu realizar o baile de finalis-tas no Gerês, numa casa de Turismo Rural.

- Temos de ir já escolher os vestidos. – disse Beatriz, a mais vaidosa.

- Vamos já ao shopping! - exclama Madalena.

- Aproveitamos e vamos comprar o fato de escalar na Sport Zone, pode ser necessário. – disse Susana, a desportista.

Dirigiram-se então ao shopping.

- Vamos entrar aqui na Bull and Pear, deve haver cá qualquer coisa gira!

- Como tu és imaginativa, Madalena! Achas que na Bull and Pear há algum vestido de jeito? É melhor irmos à Talsa! – aconselhou a Carolina.

Quando entraram na loja, a Beatriz viu logo um monte de vestidos que lhe agradaram muito. Nesse momento encontraram o João Pedro, o Miguel, o Leonardo e o Ruben a escolherem também os fatos para o baile.

Assim, cada um comprou o seu fato de cerimónia, e foram para casa ansiosos, pelo dia seguinte.

Acordaram cedo e, às sete horas da manhã, já estavam no autocarro. Queriam chegar o mais depressa possível para conhecer a dita terra onde iriam passar os próximos dez dias.

Depois de algumas horas de viagem, chegaram, um pouco cansados. Mas logo se esque-ceram do cansaço. A casa era lindíssima e a paisagem ainda mais.

O senhor António, o responsável pela habitação, mostrou-lhes toda a casa. Como es-tavam cheios de calor, ele sugeriu que fossem todos dar um mergulho na piscina, para depois almoçarem.

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O moinho misterioso

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Antes disso instalaram-se nos respectivos quartos.

Ficaram dois a dois: Carolina com Beatriz, Madalena com Susana, Miguel com Leonar-do, João Pedro com Ruben, Rute com Lara, Laura com Joana, Mariana e Inês, Gonçalo com Carlos.

Depois do almoço o grupo foi ver as capelas, os moinhos e os museus que havia na re-gião.

- Esta cidade é linda e as pessoas são muito simpáticas! – exclama o grupo em coro, continuando a visita.

Ao jantar, o senhor António falou-lhes de um velho moinho que havia ali perto e que estava envolto num grande mistério, mas não alongaram muito a conversa. Disse-lhes principalmente para terem muito cuidado…

Depois de se deitarem a pensar no que iriam fazer no dia seguinte, acordaram com o ba-rulho de um sininho a tocar. Era a Directora de turma dizendo que aquele dia seria livre, isto é, podiam fazer o que quisessem.

Decidiram andar a cavalo. O Sr. António acompanhou-os ao estábulo. Já estavam todos em cima dos cavalos, excepto a Beatriz que estava com medo do seu. E, vendo-o aos coi-ces, com a aflição, voltou a correr para casa.

Como havia vários caminhos, perdeu-se. Avistando um moinho, curiosa, tentou entrar, mas a porta estava fechada. Tentou procurar outra entrada, mas apenas viu na parede um pequeno texto em latim. Não percebendo nada, copiou o que estava escrito para o telemó-vel, para depois mostrar aos seus amigos.

Entretanto os amigos, que andavam a explorar o local, passaram junto do moinho e, vendo a amiga desesperada, foram ao seu encontro.

- Eu pensava que tinhas ido para casa com medo do cavalo! Ah! Ah! Ah! – riu-se a Su-sana.

- Que piadinha, eu ia, mas distraí-me e vim parar aqui. – respondeu, indignada.

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6º B

- Vamos mas é para casa antes que eu desmaio por falta de alimento.

- Ó Leo, és sempre o mesmo… – comentou a Madalena.

E lá foram todos para a casa de turismo.

O dia tão desejado tinha finalmente chegado. Ao pequeno-almoço, estavam todos muito excitados, só falavam de como o baile iria decorrer.

Logo a seguir, as raparigas foram fazer os seus tratamentos de beleza, principalmente a Beatriz, e os rapazes foram correr para estarem em forma.

Antes do baile, fizeram-se os últimos preparativos para a festa: as raparigas estavam a vestir-se e a pentear-se, enquanto os rapazes arranjavam as gravatas e colocavam os bo-tões de punho.

O Ruben, já farto de camisas, exclamou:

- Não me consigo habituar a esta desconfortável camisa, e com esta gravata sinto-me como um cão preso com uma trela…

- Eu até gosto, dá-me um ar mais adulto – disse o Miguel.

-Estas calças às risquinhas são tão ridículas…pareço uma zebra – diz, com um ar chate-ado, o João Pedro.

Saíram juntos, muito aprumados.

Era hora de confortar o estômago e, para isso, dirigiram-se à sala de jantar. Começaram a comer as deliciosas entradas que estavam nas mesas. De seguida, os empregados ser-viram o jantar, um prato tradicional do Gerês - cabrito à Castro Laboreiro. E claro que não podiam faltar as tradicionais sobremesas: pudim Abade de Priscos, Toucinho do céu, Fidalguinhos e tarte de queijada de laranja.

Após o jantar, começaram a dirigir-se para um salão ao lado. Estava lindo! Cheio de ba-lões coloridos, serpentinas e, em cima das mesas, havia pequenos arranjos de flores com uma vela no meio.

Uma orquestra composta por vários músicos começou a tocar.

Os rapazes convidam as raparigas para dançar. Madalenas com João Pedro, Ruben com Susana, Miguel com Beatriz, Leonardo com Carolina… E vão trocando os pares, música após música.

A certa altura, Madalena comenta com Susana:

- Aqueles músicos carecas, com bigode e vestidos de preto parecem suspeitos…

-Não é possível, para de imaginar coisas e vai dançar.

Madalena insiste, agora para Beatriz:

- Olha, aqueles homens parecem ser suspeitos, não achas?

- Claro que não, já estou farta de ti e das tuas invenções, já és bem crescidinha para pen-sares nisso. Já não és nenhuma criança de 6 anos!

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O moinho misterioso

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A festa continuava muito animada mas, a certa altura, os dois músicos levantam-se e saem da sala. Madalena, que não os tinha perdido de vista, sai também e vai directa para o moinho.

Já perto do moinho, vê alguém a entrar e decide segui-lo.

Lá dentro não vê ninguém, parecia ter evaporado.

Ela estava às escuras, não conseguia ver nada. Mas de repente apalpa algo na parede e puxa-a. Nesse preciso momento a parede move-se e ela cai.

Ao levantar-se sentiu um formigueiro a subir-lhe perna acima, tira o telemóvel do bolso e ilumina as pernas para ver o que se passava, e…deu um grito de espanto quando vê baratas nas suas pernas. Ao mesmo tempo sente que alguém se aproxima, esconde-se de imediato atrás dumas cadeiras que estavam ali. Foi então que pôde ouvir uma conversa muito interessante sobre obras de arte e da encomenda que tinham de ir buscar ao estábu-lo onde estava um dos traficantes, o homem que tomava conta dos cavalos.

Madalena estava quase a explodir, pois não conseguia manter-se sem falar. Entretanto os traficantes vão buscar a encomenda, e ela aproveita para se escapar e vai ter com os amigos ao baile para lhes contar tudo. Quando a directora de turma fica a saber o que se passa, chama imediatamente a polícia.

Os rapazes mais valentes e o dono da casa de turismo pegam em paus para os tentar de-ter mas não foram bem sucedidos, pois os traficantes estavam armados e ameaçaram-nos.

O Sr. António, dirigindo-se ao homem do estábulo, diz:

- Ernesto, nunca pensei que fosses capaz de ser um traficante, sempre confiei em ti e agora descubro que fazes tráfico de obras de arte!?

-Toda a gente tem segredos e este é o meu. Precisei de dinheiro e esta foi a única alter-nativa que arranjei!

De repente ouve-se o comandante da polícia dizer:

- Mãos no ar! Estão cercados.

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Os ladrões foram presos.

O baile terminou, pois todos estavam muito cansados.

No dia seguinte os amigos regressaram a casa e apareceram nos jornais e na televisão, pois conseguiram desvendar o mistério do moinho.

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CAMINHO DA AMIZADE

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Era Primavera. O sol brilhava com uma intensidade inimaginável. O céu límpido, banhado de azul claro, lindíssimo, dava gosto olhar para ele. Enfim… estava uma manhã perfeita, excepto para Inês.

Inês era uma miúda baixa de cabelos compridos e ruivos e olhos azuis como cristais iluminados. Era um amor de menina. Só queria o bem-estar de todas as pessoas, mesmo daquelas que não gostavam dela.

Bom, o dia não podia começar pior para Inês.

– Inês!!! - chamava a mãe, aflitíssima, pois já estavam bastante atrasadas.

– Huuum! – respondeu ela com o ar ensonado de quem não se queria levantar de cama.

– Levanta-te filha! Já estamos super atrasadas! – reclamou a senhora Francisca, mulher alta, de olhos castanho-claro e de cabelos curtos, loiros e brilhantes como o sol que irra-diava aquela manhã.

– Sim, sim mãe, já estou a levantar-me. - disse Inês, marimbando-se para o assunto.

– Inês Maria Silva Andrade Gomes! Levanta-te imediatamente! - resmungou já chateada a senhora Francisca.

– Ai! Pronto, pronto já vou! Que coisa! Odeio que a minha mãe me trate pelo nome todo! Rrrrrrrr! - ripostou a rapariga.

Inês lavou-se, vestiu-se, penteou-se, tomou o pequeno-almoço e foi para a escola. Quan-do lá chegou já sabia o que a esperava. Um monte de gente que apoiava Raquel, por ela ser rica e vaidosa. Raquel gostava de se meter com os mais novos e de lhes impor respeito para com ela. Só se servia deles para serem seus escravos. Ela era uma menina fascinante, com os olhos verdes como alfaces e cabelos encaracolados, compridos e castanhos.

Tinha uma beleza fora do vulgar!

Inês, ao chegar à escola cruzou-se com Raquel que, com um ar de convencida e gozo, lhe disse:

– Olá totó. Então? Já deste de comer aos porcos?

Inês vivia numa aldeia com os avós e a mãe. Seu pai tinha morrido há dez anos. A aldeia era muito pequena e chamava-se Rabadal.

Esta localidade era conhecida pelo seu famoso fumeiro e pela sua igreja monumental, construída pelos romanos.

Todos se riram. Inês ficou envergonhada e, respondeu-lhe:

– Eu não tenho porcos, mas se quiseres posso domesticar-te!

Raquel ficou furiosa e disse-lhe com um ar ameaçador:

– Olha lá, pirralha, nunca ouviste dizer que não se responde aos mais velhos?

– Desculpa… não volta a acontecer. - justificou amedrontada.

Por fim, o toque de saída para as aulas e da entrada das férias de verão travou aquela briga.

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Inês saiu do átrio, revoltada consigo própria e exclamou:

– Estou farta! É sempre a mesma coisa, se isto volta a acontecer eu juro que me…

– Olá Inês, estás bem? - perguntou J.P. o rapaz de quem ela gostava.

J.P. era alto, tinha os cabelos loiros como o sol que descai do céu durante o verão. Seus olhos eram duas pérolas azuis, brilhantes e resplandecentes; parecia que flutuavam ali dentro dois mares sem fim. Era muito simpático e inteligente.

Inês, um pouco envergonhada, respondeu:

– S… si… im… sim… sim, quer dizer, um pouco triste, mas estou bem.

Quando Raquel os viu a conversar, fingiu que se tinha aleijado só para o J.P. ir ter consi-go, pois ela também estava apaixonada por ele.

– Estás bem? - inquiriu J.P.

– Não. Por favor ajuda-me a ir até à enfermaria. Está a doer-me imenso a perna. - escla-receu Raquel.

Chateada, Inês foi-se embora, pois as aulas já tinham terminado e dado o início às férias de verão.

Cheia de vergonha, no dia seguinte, Inês foi a casa de J.P. e pediu-lhe namoro. A resposta foi afirmativa e ela ficou felicíssima. O pior foi que Raquel lhe tinha feito o mesmo pedido e a resposta foi a mesma que tinha dado a Inês.

Ambas estavam doidas de felicidade, e quando se encontraram na rua, confrontaram-se com a novidade.

Ao descobrirem a falta de lealdade com que eram tratadas pelo J.P., insultaram-no, cheias de raiva e acabaram tudo com ele.

As férias passaram a correr…

No seu último dia de aulas, Raquel, soube que a sua mãe tinha falecido num acidente de viação.

Na escola, ninguém apoiou Raquel a não ser Inês que já tinha passado por uma situação idêntica.

Depois disso, Raquel percebeu que não valia a pena ser má e tornou-se muito amiga de Inês.

A partir daquele dia todas as pessoas com quem ela tinha gozado tornaram-se amigas de Raquel, depois de esta lhes ter pedido desculpa.

Raquel que era má e convencida tornou-se boa e doce como um rebuçado.

O tempo foi passando. O dia vinte de Setembro que era um dia muito especial por ser o dia do aniversário de Inês, aproximava-se velozmente. Raquel tinha - lhe preparado uma festa surpresa na praia. Quando Inês se dirigia para lá, tropeçou e, inesperadamente, caiu num buraco que a levou até a um mundo mágico.

A praia estava cheia de gente! A paisagem era deslumbrante! O mar estava com um

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azul tão vivo, brilhante e intenso que nunca ninguém se cansava de olhar para ele. O sol radiava luminosamente! A areia amarela, fina e brilhante como o sol que cintilava no horizonte, aconchegava carinhosamente os pés dos adultos e crianças que sobre ela des-contraidamente deslizavam. Era uma imagem perfeita! Ver o sol a enamorar o mar sem fim. E ver o mar a deixar a sua espuma na areia com uma elegância indescritível. Era uma imagem surpreendentemente rara!

Raquel que estava a ver tudo da janela foi para junto do buraco misterioso e, antes que ele se fechasse, saltou lá para dentro.

Quando se encontraram naquele mundo paralelo ao nosso ficaram assustadas e foram fazer o reconhecimento. Encontraram por lá duendes, fadas, unicórnios, dragões e muitas criaturas mitológicas de aspecto estranhíssimo. Raquel e Inês foram até ao castelo onde conheceram a Rainha D. Estefânia que lhes disse que a única forma de voltarem para a Terra era recuperarem um cristal que o terrível mago Pierre tinha roubado.

Puseram-se a caminho. Ao longo do percurso defrontaram-se com grandes perigos: areias movediças, árvores assassinas, cavaleiros sem cabeça… Finalmente chegaram ao castelo do mago Pierre.

– Como vamos entrar? - perguntou Inês.

– Não faço ideia. Talvez haja uma passagem secreta para lá. - respondeu Raquel.

– Tu andas a ver muitos filmes! - troçou Inês.

– Então e se experimentássemos tocar à campainha? – declarou Raquel.

– Não achas que é um pouco óbvio! - exclamou Inês.

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– Tens razão. - admitiu Raquel.

Deram a volta ao castelo e encontraram o que queriam: uma porta nas traseiras entrea-berta, por onde entraram.

Chegaram até meio do caminho, mas infelizmente caíram numa armadilha inesperada.

Quando o mago as viu ficou com fome e decidiu que primeiro tinha que as engordar para depois as comer.

Raquel e Inês ficaram presas na torre mais alta do castelo. Mas tiveram a sorte de en-contrar um unicórnio anão com um palmo e meio de altura. Ele soltou-as e ajudou-as a chegar até ao cristal.

O mago viu-as a fugir e começou a lançar raios contra Raquel e Inês, que se conseguiram desviar deles e atirá-lo da janela abaixo.

Quando o mago chegou ao chão transformou-se num lindo rapaz chamado Jorge. Era um rapaz maravilhoso. Tinha os olhos castanhos e os cabelos negros como a escuridão da noite.

O seu irmão também tinha sido submetido a um feitiço que o transformou no unicórnio anão que as ajudou. As raparigas pegaram no unicórnio e atiraram-no da janela. João, que era o unicórnio, voltou à sua forma original. O João tinha olhos verdes e cabelos lisos e loiros como o sol.

Inexplicavelmente, Raquel apaixonou-se por Jorge e Inês por João.

As raparigas voltaram para a terra mas os rapazes tiveram de ficar ali a governar aquele estranho reino.

Elas estavam tristíssimas. Todos os dias procuravam vórtices que as levassem de novo até ao mundo mágico.

Viram cerca de quinze vórtices, mas antes de os conseguirem atravessar eles fechavam--se.

Já quase sem esperança, viram um vórtice acabado de abrir e entraram nele. Foram parar a uma parte longínqua da cidade e tiveram de andar dez dias até chegarem ao Castelo São Bartolomeu. Perguntaram pelos rapazes mas eles tinham ido passar férias, para o outro lado daquele mundo e só voltavam depois de um ano.

Voltaram para a Terra deprimidas. Passado um ano voltaram lá, mataram saudades dos rapazes e conseguiram convencê-los a ir com elas para a Terra, onde começaram a viver e a ter aulas.

Aprenderam muitas coisas, tiraram um curso e, sem darem por isso tinham emprego e namoravam com umas raparigas lindíssimas.

– Raquel, não tens saudades do mundo mágico? - perguntou Inês numa conversa infor-mal.

– Tenho. Mas que podemos fazer?

– Não sei, mas os rapazes podem-nos dizer o que fazer. - respondeu Inês.

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Eles aconselharam-nas a encontrar um vórtice e a porem-se a caminho do mundo mági-co. Quando lá chegaram souberam que os pais de Jorge e os pais de João tinham falecido. Por isso eles tinham de ficar no governo do reino, pois os seus pais eram Reis.

Jorge e João agora, na qualidade de Reis, tinham convidado Raquel e Inês para suas Rainhas. Elas aceitaram, mas sabiam que ao passarem lá o resto da vida iam sentir mui-tas saudades dos pais e tentaram arranjar uma forma de unir os dois mundos. Para isso tinham de encontrar e juntar as quatro partes do “Amuleto da União”.

– Como vamos encontrar as quatro partes do amuleto? - perguntou Inês.

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– Não faço a mais pequena ideia. - respondeu João.

– Vamos perguntar a alguém. - sugeriu Raquel.

– Claro, mas, a quem? - perguntou João.

– Pode ser à fada mais sábia deste mundo. Mas ela vive do outro lado da floresta. - es-clareceu Jorge.

Puseram-se a caminho. Foi uma viagem longa e demorada. Quando chegaram, a pri-meira coisa que fizeram foi falar com a fada Sabónia. Souberam que a primeira parte do amuleto estava no pântano, que a segunda estava na terra das tempestades, que a terceira estava num oceano infestado de tubarões, e que a quarta no edifício mais alto da Terra.

Fizeram-se ao caminho e avistaram o pântano. Aproximaram-se e viram a primeira par-te do amuleto, mas a rodeá-lo estavam cobras, crocodilos, e plantas carnívoras.

Passaram pelos crocodilos e pelas plantas carnívoras mas, quando chegaram às cobras, Raquel foi mordida, mas mesmo assim conseguiram apanhar a parte do amuleto e fugir dali.

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Muito preocupados com Raquel tentaram tratar da sua mordedura mas sem êxito.

Observaram bem aquela parte do amuleto e viram que este também tinha o poder de curar feridas graves.

Continuaram o seu caminho até à terra das tempestades, onde encontraram um rio con-gelado, florestas a arder e uma gaiola de relâmpagos a rodear a segunda parte do amuleto.

O gelo do rio tinha três centímetros de grossura, por isso, só podia ir um buscar aquela parte do amuleto. Foi Jorge. Passou cuidadosamente pelo rio, mas, para passar pelo fogo teve de se proteger com o casaco, que não ficou em grande estado.

– Agora já sei como se sentem as batatas fritas! - exclamou Jorge.

Havia uma ranhura numa rocha que tinha a forma perfeita de uma parte do amuleto. Quando se preparava para inserir nela uma parte do amuleto ela caiu para dentro da gaiola, mas conseguiu recuperá-la. O pior foi que queimou o braço. Ouviu-se Jorge gritar mas ele foi muito corajoso e levou as duas partes com ele, e lá tiveram de voltar a utilizar o poder da primeira parte.

– Não sei como consegui sobreviver àquilo. - disse Jorge.

– Tens de ver o lado positivo das coisas, já temos metade do amuleto. - anunciou Inês.

– Vamos para o oceano à procura da terceira! - gritou Raquel.

Chegaram e viram que tinham de retirar aquela parte do amuleto de dentro do maior tubarão daquele oceano.

Passado algum tempo, encontraram um barco e o tubarão.

Cada um utilizou um remo para manter a boca dele aberta, foi então que Raquel entrou e removeu de lá aquela parte do amuleto.

– Aquele tubarão tinha um hálito insuportável. Quase que desmaiava! - exclamou Ra-quel enjoada.

– E agora?! Qual será o edifício mais alto da Terra? - questionou Inês.

– Deve ficar na China - sugeriu Jorge - ou nos E.U.A.. como iremos lá chegar?

– De avião, eu pago as viagens. - disse João.

Continuaram o seu percurso. Chegaram aos E.U.A., mas com algumas informações sou-beram que o edifício mais alto do Mundo se situava na China.

Apanharam outro avião e depois um táxi. Finalmente tinham chegado. Procuraram em todo o edifício mas a única coisa que encontraram foi um papel que dizia: “O Amuleto será unido pela amizade”.

– Como é que o podemos unir sem a quarta parte? - interrogou-se João.

– Acho que já sei! - disse Inês.

Então deram as mãos e, por magia, a quarta parte do amuleto apareceu e uniu-se com as outras três, fazendo com que também os dois mundos se juntassem.

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O que aconteceu deixou toda a gente feliz!

Espero que esta história sirva de lição para aqueles que pensam que a amizade não pres-ta. Porque, há sempre um dia em que os amigos são um bem precioso!

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A LIVROLÂNDIA

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Há muitos anos, em Colinas de Riolindo, passava um dos mais belos rios do mun-do, o que a tornava uma aldeia encantadora. Era rodeada por uma grande e bela floresta onde vários animais habitavam. Todos os que por ali passavam ficavam

maravilhados!

No cimo da montanha, havia uma escola, outrora muito bonita e muito frequentada, com uma biblioteca grandiosa e rica em livros de várias gerações, mas agora abandonada. A relva já estava tão alta como a fonte que existira perto do velho parque de diversões: tapava as janelas, havia silvas por todo o lado... No entanto, os livros continuavam nas prateleiras antigas e poeirentas.

- Não temos condições para continuar a viver aqui! – exclamou Dício Rei, com um ar de-siludido. Ele era o Presidente da Assembleia dos Livros, era muito organizado e sabedor, aliás, Dício tinha resposta para qualquer questão levantada pelos seus súbditos.

- Tens razão pai, não podemos continuar assim – apoiou Sofia, filha de Dício, a enciclo-pédia que arrasava o coração da maioria dos livros.

«O Piadas e o Rambóia, irmãos gémeos e inseparáveis estão desaparecidos, provavel-mente a tramar alguma» – pensava Maria, a revista conhecida por estar sempre a meter-se onde não era chamada.

Entretanto, Fisco, Matt e Quimio discutiam com D. Antigamente o futuro do reino.

- Todos aos vossos lugares! Vem aí alguém!!! – avisou Dício Rei com preocupação.

De repente, entrou uma família de quatro pessoas. Não pareciam daquela terra. O pai abriu a porta da Biblioteca. Encontraram dois livros no chão… Eram os livros de anedo-tas: o Piadas e o Rambóia. Estavam todos de boca aberta ao ver tantos livros inutilizados e de grande valor.

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A Livrolândia

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Os livros repararam num rapaz adolescente, de braços cruzados que aparentava não ter grande interesse por eles. Ao contrário, a sua irmã mais nova inspeccionava todos os livros, com muito entusiasmo:

- Mano, olha! Está aqui um dos meus livros favoritos.

Ricardo nem a ouviu, estava demasiado concentrado no maior e mais antigo livro da Bi-blioteca, um Dicionário. Pegou nele, folheou-o e não o achou interessante por isso atirou--o para o chão com bastante força…

- Tem mais cuidado com os livros, Ricardo! Não são nossos, são antigos e por isso têm muito mais valor! – recomendou o pai.

- Bem, já está na hora de ir embora, meninos – chamou a mãe abrindo a porta.

Enquanto iam para casa, os livros discutiam sobre aquela inesperada visita:

- Gostei muito daquela menina, parecia muito culta e simpática – declarou Orlando, uma triste história sobre um adolescente que passou grande parte da sua vida a fazer disparates.

- Eu cá não gostei nada daquele rapaz! – desdenhou Dício Rei – atirou-me ao chão com tanta força que acho que rasguei uma página. Bem, já é tarde, é hora de fechar a capa.

Enquanto os dois meninos dormiam profundamente na sua casa de férias (uma casa rústica de pedra e com ar acolhedor) pois tinha sido um dia muito cansativo, os pais con-versavam sobre as atitudes de Ricardo:

- O nosso filho não pode continuar assim, ele está muito mudado – assumiu a mãe abor-recida.

- Temos de educar o Ricardo de uma maneira diferente. A Matilde é muito mais obe-diente, tem notas altíssimas e comporta-se lindamente, enquanto que o Ricardo é um rapaz extremamente complicado.

- Não nos podemos esquecer que têm idades diferentes…

Enquanto comparavam os seus filhos, Ricardo ouviu uma parte da conversa, aquela em que eles o referiram, pois tinha--se levantado para beber um copo de leite. Sabendo o que os pais pensavam acerca dele, pe-gou na roupa do dia anterior e dirigiu-se sorrateiramente até à janela do seu quarto. Saiu sem fazer o mínimo ruído enquanto a irmã continuava a dormir.

Caminhou até à escola onde reparou num bonito parque de diversões. Dirigiu-se à Biblioteca e, enervado como estava com o que os pais disseram sobre si, abriu a porta com um grande pontapé. Os livros

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assustaram-se! Ricardo pegou no enorme saco para onde atirou bastantes livros entre os quais se encontravam Orlando, o seu irmão Super-livro, D. Antigamente, Quimio, Matt, Fisco, Maria, Sofia, Dício Rei, Sissi, um livro de receitas, o Piadas e o Ramboia. Levou-os para a casa da árvore onde os despejou como um monte de lixo.

- O que faço com isto? Vendo-os ou não? – interrogou-se Ricardo.

- Por que estás a agir dessa maneira? – inquiriu Orlando.

- Chiiiiiiiiiiiiiiiiuuu! Por que é que falaste? – sussurraram todos em coro.

- Quem falou? - perguntou Ricardo com medo de estar a enlouquecer. - Vá, apareça quem falou!

- Fui eu, um livro chamado Orlando.

Ricardo olhou para o chão e viu um livro a saltitar.

- Ah! Um livro falante, nunca tinha visto nenhum antes!

- Todos nós falamos. Agora que já sabes que temos vida não nos podes tratar desta ma-neira, como se fôssemos quinquilharias – ralhou o Super-livro.

- Como é possível os livros falarem? – interrogou em voz alta Ricardo.

- É tão possível como tu seres um rapaz mal comportado – contestou Dício Rei.

Depois destas palavras, Ricardo ficou envergonhado e fez-se silêncio durante algum tempo.

- Nós podemos ajudar-te. Claro, se tu quiseres mudar – ofereceu-se Maria.

- Mas ajudar-me em quê? – inquiriu Ricardo.

- Lê a história escrita nas minhas páginas! – sugeriu Orlando.

- Olha, só vou ler para tu parares de me chatear.

Ricardo rapidamente abriu a capa do livro e começou a ler a triste história de um rapaz rebelde, tal como ele, que acabou mal e sozinho.

Passado algum tempo, Ricardo fechou o livro e apercebeu-se do mal que tinha feito. Pousou o livro, levantou-se e exclamou:

- Muito obrigado, vocês conseguiram mudar a minha atitude. Doravante vou ser um rapaz novo!

- Agora, como já somos amigos queremos mostrar-te um sítio que nunca ninguém antes viu: a “Livrolândia”, a nossa Terra Natal. Nós gostaríamos de ficar a habitar naquele sítio! Estamos desaproveitados, sentimo-nos inúteis! Aquela Biblioteca está cheia de pó e as condições não são as melhores… Precisamos que tu nos leves até lá, nós explicamos -te o caminho.

Durante o percurso, o Super-livro olhava muito para Maria, que, lisonjeada, lhe pergun-tou:

- Por que estás a olhar para mim com um ar tão sério, Super-livro?

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A Livrolândia

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- Eu eu…eu na... não es..estou a…a olhar pa…pp…para ti – respondeu muito engasgado e envergonhado.

E foi o início de uma livração (relação) entre Maria e o Super-livro.

- Olha os namorados, páginas e letras… – começaram a troçar o Piadas e o Rambóia.

Ricardo seguia as instruções de Dício Rei com muito cuidado.

A grande cidade de “Livrolândia” situava-se no parque de diversões da escola. Era um local magnífico, colorido e cheio de diversão. Tinha jardins enormes e muito belos, pre-enchidos por flores, arbustos e relva verde com gotas de água cristalina. Imensos edifícios adaptados a cada situação do dia a dia.

Quando chegaram, Maria e Super-livro anunciaram:

- Vamos organizar um magnífico baile de máscaras no dia 8 de Março, o dia do nosso famoso e sempre muito divertido Carnaval. Estão todos convidados.

Estavam todos muito felizes e entusiasmados…

Os dois livros, atarefados com as decorações do futuro evento, começaram a preparar tudo: fizeram marcação no melhor bar da cidade chamado “Páginas Abertas”, onde já muitos acontecimentos importantes se tinham passado, que todos os livros adoravam e pensavam sempre repetir.

Matilde acordou e viu que a cama onde Ricardo dormira estava vazia. Foi ver se estava numa outra divisão da casa, mas não o encontrou em nenhum lado. Preocupada, apres-sou-se a contar aos pais o que acontecera.

De repente, Ricardo aparece em casa com um grande sorriso na cara.

- Onde estiveste? – perguntaram os pais perturbados.

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- Fui passear pela floresta para arejar as ideias e tomei a decisão de mudar as minhas atitudes.

Os pais, ouvindo estas palavras, emocionaram-se e deram um grande abraço ao filho.

No dia seguinte, Ricardo voltou à “Livrolândia,” com um pedido:

- Amigos, tenho um pedido a fazer-vos: gostaria que o meu pai, a minha mãe e a minha irmã soubessem do vosso segredo.

Os livros discutiram durante alguns minutos e:

- Essas pessoas são de confiança? – questionou Fisco.

- Com toda a certeza, eles são boas pessoas.

- Então aceitamos.

Quando regressou a casa para dar a boa notícia à família reparou que os pais e a irmã faziam as malas de regresso.

- Ainda bem que chegaste. Podes começar a fazer as tuas malas.

- Mas não podemos ir já embora! Conheci uns novos amigos… Bem, por falar nisso tenho uma coisa muito importante para vos contar.

- O que é que se passa? Estamos a ficar preocupados.

- Sei que parece estranho e vão pensar que eu estou maluco… mas quero mostrar-vos uma coisa extraordinária! Por favor, sigam-me…

A família aceitou e seguiu atrás dele. Chegaram ao velho parque de diversões e ele ex-plicou-lhes tudo. Os pais começaram por não acreditar mas Ricardo mostrou-lhes aquela pequena grande cidade. Ficaram de boca aberta e durante alguns minutos não reagiram.

- Isto é fenomenal! Nunca tínhamos visto seres inanimados com vida!

Toda a família simpatizou de imediato com os livros, por isso Maria e Super-livro deci-diram convidá-los para o baile.

- Tenho muita pena de não estarmos presentes nesse dia.

- Nós temos que ficar, pelo menos até ao dia de Carnaval! Façam o possível, por favor! – imploraram os dois irmãos.

Os pais reflectiram sobre o assunto e anunciaram:

- Como gostaram tanto deste local, decidimos continuar nesta bonita aldeia.

Os dias iam passando e a família visitava os livros diariamente…

O Carnaval estava a aproximar-se e todos queriam ter um fato para levarem à grande festa, ninguém podia faltar.

Os convidados já tinham decidido os seus fatos: o Piadas e o Rambóia é claro que se iam disfarçar de palhaços, visto que eram os mais traquinas e engraçados. A Sofia ia dis-farçada de princesa; a grande chefe de culinária, a Sissi, ia vestida de pizza; a enfermeira de seringa; o Fisco de pirata; o Matt ia disfarçado de vampiro; o Quimio, de médico; D.

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A Livrolândia

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Antigamente ia de guerreiro. Ricardo ia com um fato do Zorro, a sua irmã Matilde de fada madrinha, o seu pai de polícia e a mãe de pintora.

Chegou o dia… Balões rodeavam o bar e em cima das capas havia fitas, confetis, serpen-tinas… e muita animação.

A festa estava fantástica, todos se divertiam imenso.

- Temos uma surpresa para todos! - afirmou Maria com um copo de champanhe na mão – Temos prémios para as melhores máscaras. Começo a fazer a contagem decrescente para a entrega dos prémios.

De seguida o Super-Livro anunciou o terceiro prémio:

- O terceiro prémio vai ser entregue à linda princesa Sofia…

- Sem mais demoras apresento o segundo prémio. – apressou-se Maria – Vai para os palhaços Rambóia e Piadas.

- O fabuloso primeiro prémio…

- Treeeeeeeeeee – fazia a caixa da Banda Associação dos Livros criando uma imensa expectativa em todos os presentes.

- Vai para o Ricardo! Parabéns!

Os três premiados subiram ao palco para receberem os prémios de valor monetário ofe-recido pela Câmara de “Livrolândia”.

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Ricardo teve a excelente ideia de, com o dinheiro dos prémios da festa, remodelar a obsoleta escola.

E foi assim mesmo, a escola foi remodelada. Ricardo e a irmã puderam estudar e apren-der muitas histórias nos livros que agora eram diariamente utilizados.

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UMA VIAGEM ENTRE AMIGOS

7º A

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7º A

Além de amigos inseparáveis, Hugo, Pedro, Joana e Vera integram a mesma turma de 12º Ano. Como obtiveram boas notas, as famílias proporcionaram-lhes umas pequenas férias, comemorando simultaneamente os dezoito anos de idade, aca-

bados de fazer.

Logo que terminaram as aulas do segundo período, deixaram Bragança, rumo ao Algar-ve, onde nunca tinham estado, chegando a Portimão ao anoitecer.

No dia seguinte, começaram por percorrer a cidade e assistiram a um concerto que de-corria, numa praça apinhada de gente. No final do espectáculo, deram pela falta da Vera. Preocupadíssimos, iniciaram a sua procura no local e arredores. Em seguida foram à es-quadra da polícia comunicar o desaparecimento.

Entretanto, Vera acordou num armazém, imaginando que tinha sido raptada, pois esta-va presa e não sabia como foi ali parar. A porta abriu, era uma pessoa encapuzada que lhe levava comida. A maneira de agir dessa pessoa parecia-lhe familiar.

Quando ele retirou o capuz, Vera ficou estupefacta, ali estava o ex-namorado!

Após uma longa conversa, ela confessou que estava apaixonada pelo Pedro. Então, ele saiu, deixando-a amarrada com as cordas e a boca tapada.

Enquanto isto, os seus amigos procuravam-na desesperadamente. Partiram juntos de Bragança e ainda não tinham comunicado o sucedido aos pais da Vera. A viagem ao Al-garve não estava a decorrer como o planeado, ainda nem tinham visto a praia.

Os jovens brigantinos não pensavam mais nas férias tão desejadas! Uma imensa preocu-pação preenchia-lhes o pensamento. O que teria acontecido à amiga?

Enquanto deambulavam pelas ruas de Portimão, ouviram falar de uma rapariga que fora violada por um desconhecido. Correram imediatamente para a esquadra, na esperança de obterem notícias e a confirmação que não se tratava da Vera.

A ansiedade era tanta, que nem conseguiam falar. Queriam ouvir que a pessoa em ques-tão não era a amiga. O comandante mostrou umas fotografias de suspeitos de um crime, recomendando que tivessem cuidado, caso se cruzassem com algum deles. Uma foto des-pertou a atenção do Hugo e do Pedro, era jovem, alto, moreno, com o nariz perfeitinho, um rosto familiar ou alguém que participou num concurso televisivo!

À saída, sentiam um misto de satisfação e tristeza, não se tratava da Vera, mas também não havia qualquer notícia sobre a mesma.

Vera, por seu lado, não cessava de pensar nos amigos, deviam estar preocupados com ela, não encontrando maneira de sair dali e sem telemóvel para comunicar com eles.

Joana não parava de chorar, temendo que Vera nunca mais aparecesse. Pedro estava inconsolável. Que férias…!

Entretanto, Joana lembrou-se que o ex-namorado da Vera estava no Algarve, onde o pai tinha uma carpintaria. Ao comentar este facto com o grupo, os rapazes pensaram de ime-diato na fotografia. Não havia dúvidas, aquela pessoa era o jovem conterrâneo.

Com a ajuda do mapa da cidade, encaminharam-se para a morada que tinham. Ao lado da carpintaria, existia um anexo com a porta trancada. Intrigados, gritavam o nome de

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Uma viagem entre amigos

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Vera, quando se aperceberam da aproximação de um carro. Esconderam-se, esperando conseguir alguma informação útil. O condutor dirigiu-se para o anexo.

Os três amigos aproximaram-se, cuidadosamente, até que ouviram a Vera, implorando que a deixasse ir embora. Como a porta não ficara trancada, empurraram-na e qual não foi o espanto, ao verem a amiga atada de pés e mãos com umas cordas, junto do jovem que acabara de chegar, o mesmo da fotografia. Rapidamente, soltaram-na e deixaram-no a ele no seu lugar. Em seguida, correram até à esquadra da polícia, para relatarem o aconteci-mento. O raptor tencionava mantê-la presa mas não a violou.

Terminada esta aventura, Vera fez questão de não apresentar queixa, desejava ir para longe dali com os amigos e esquecer o que tinha acontecido. Como já era suspeito de ter cometido um crime, acabaria por ser julgado e condenado.

Após uma longa conversa, foram ao hospital de Portimão para terem a certeza que nada de mal acontecera à amiga. Satisfeitos com o resultado dos exames médicos, decidiram continuar no Algarve. Escolheram Vila Real de Santo António, sabendo que podiam usu-fruir do rio Guadiana e da praia de Monte Gordo.

Quando chegaram a Vila Real de Santo António, procuraram um hotel e instalaram-se. No dia seguinte, acordaram cedo, caminharam algum tempo junto ao Guadiana e em se-guida foram até ao mar, Monte Gordo fica ali ao lado. Deliciaram-se com o primeiro dia de praia. Foi um dia calmo, descontraído e divertidíssimo!

Antes de regressarem a Bragança, resolveram conhecer um pouco mais do nosso país, fazendo paragem em Lisboa, Évora, Portalegre e Porto.

Na capital, quiseram conhecer o Castelo de S. Jorge e após o almoço à beira Tejo, foram

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7º A

saborear os pastéis de Belém. Em seguida visitaram alguns monumentos.

No Porto foram bem recebidos em casa dos tios do Hugo. Passaram uma tarde na praia e no regresso a casa tiveram uma visita inesperada, o ex-namorado da Vera. Pretendia conversar com ela, como não quis vê-lo, ele foi embora. À noite, foram ao bar da praia, onde tinham visto um cartaz que anunciava uma festa. Quando lá chegaram, tinha sido cancelada devido a uma briga entre um grupo de jovens.

No dia seguinte, apareceu um morto, frente à casa dos tios do Hugo, o ex-namorado da Vera. Este facto estava ligado ao que aconteceu no bar. No Instituto de Medicina Legal, foram informados que fora vítima de envenenamento, talvez uma bebida.

Não podiam ter férias mais atribuladas! Pensando bem, o melhor era regressar a Bragan-ça. Foi o que fizeram, depois de terem ido ao Castelo do Queijo.

Durante a viagem, pensaram no trabalho de grupo que deviam entregar na primeira se-mana de aulas. Conheceram monumentos e outros espaços de que falariam no trabalho, sobre cultura e tradições portuguesas.

Após uma paragem no Marão, o autocarro em que viajavam sofreu um acidente do qual resultaram quatro feridos e um morto. A Vera ligou rapidamente para o 112, mas o con-dutor não resistiu aos ferimentos.

Em Bragança, decidiram organizar um jantar com todos os amigos. No dia seguinte, levaram os primos da Joana, ao Parque de Montesinho e à noite foram ao cinema ver a estreia de um filme baseado na natureza. Entre amigos tudo parece mais fácil!

Entregaram o trabalho de grupo, dentro do prazo previsto e obtiveram uma boa nota.

Afinal, aquelas férias também tiveram muitos aspectos positivos. Conheceram novas localidades que os enriqueceram culturalmente.

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O AVISO

8º A

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8º A

Num habitual dia escolar, durante a aula de Língua portuguesa, Joana repara que há algo de novo na sala, um Aviso. Ela reúne com o seu grupo e questiona:

- Por que motivo será estritamente proibido mexer no aquecedor?

- Será que há algo misterioso por detrás desta história toda? -intriga-se Mário.

- Porque não vamos lá ver? – perguntam o Joel e a Stéphanie, em coro.

E lá foram.

- Mas o que é isto? Um botão por baixo do aquecedor! - exclamou Joel.

Joana toma iniciativa e “tenta” cli-car nele…

- Espeeera!- Ordenam Joel e Má-rio cheios de medo.

Mas ela não hesita e clica na mes-ma. O aquecedor começa a subir e começa a visualizar-se um grande buraco. Dão todos as mãos e sal-tam lá para dentro. Mesmo sem o dizerem em voz alta todos pensa-vam o mesmo, a aventura estava a começar.

Para espanto deles caem num grande e confortável sofá e, à sua frente, está um grande LCD 3D* e nos seus lados estão pipocas e ice tea´s. De repente uma pessoa idosa aparece no ecrã e com uma voz rouca diz:

- Estão prontos? Tudo começa agora, foram os primeiros a descobrir a passagem, já não era sem tempo, preciso da vossa ajuda!

- Que temos de fazer? – pergunta Stéphanie

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O aviso

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- Sigam em frente e lá encontrarão as instruções. - declara o idoso enquanto se eleva a televisão.

Cheio de pena, Joel pensa ficar ali a comer pipocas e a beber ice tea.. Acabam por encon-trar um livro gigantesco, cheio de pó e teias de aranha.

Stéphanie toma a iniciativa, abre o livro e repara que ele não tem sequer uma palavra escrita… Bem… tinha, mas eles não percebiam nada daquilo! O livro continha vários símbolos estranhos: “Estais a correr o maior perigo da vossa vida”

- Mas o que é que isto quer dizer? – perguntaram todos em coro, muito intrigados.

- Deve ser um código e a sua legenda deve estar algures por aqui! – exclamou a Joana

- Está ali. - afirmou Joel.

- Ora bem, segundo a legenda isto quer dizer: “Estais a correr o maior perigo da vossa vida”- decifrou Joana.

- Ah, acreditais nisso? - pergunta Mário

- Sim, mesmo. - respondem Joel e Stéphanie.

- Por acaso, eu não… Acho que isto é tudo uma brincadeira. – retorquiu Mário

- Mais vale arriscar - afirma Stéphanie - já o meu avô dizia: Quem não arrisca não pe-tisca.

- Ok, mas o que fazemos agora? -pergunta Joana

- Agora? Vamos arriscar, lê mais à frente talvez nos diga como iniciar a nossa busca. - ordena Mário

- Aqui diz: quando encontrarem a palavra “amizade” (Amizade) juntem as mãos e to-quem nela, após isso aparecerá um novo desafio, mas não será pera doce, como este.

Depois de o encontrarem e lhe tocarem, uma porta escondida abriu-se para um compar-timento muito parecido com uma sala de professores. Aí encontraram livros de ponto e arquivos que lhes fazia perceber que aquilo era uma escola. Depois de procurarem muito, atrás das mesas e debaixo das cadeiras encontraram um armário com fotos dos quartos. Como esperado, Stéphanie reage:

- Aaaaaaaa! O que é isto?

- Parece suspeito. -repara Joel

Olharam todos uns para os outros e, mais uma vez, por mero acaso, como se actualmen-te conseguissem comunicar por telepatia.

- Reparem bem nisto, não está a ter nenhum sentido: caímos num sofá com pipocas e um televisor LCD à vista. Depois, aparece um senhor idoso, também encontrámos um livro de instruções quase sem nada escrito e agora uma sala muito parecida com uma sala de professores que continha um armário com fotos nossas!

- Começo a assustar-me! - geme a Joana.

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8º A

Após repararem melhor no armário, descobriram uma mensagem escrita a tinta verme-lha: Fujam!

Os quatro acharam estranho e muito, muito assustador.

- Podemos mas é sair daqui! - pede Mário.

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O aviso

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Subitamente, encontravam-se numa praia deserta. As gaivotas percorriam o ar cinzento, lá em cima. O silêncio era tão cinzento como o ar. Desataram todos a correr e chegaram ao cimo da praia, onde se depararam com uma paisagem completamente diferente.

O oceano ainda lá estava, mas agora tinha um azul mais escuro e mais rico. Ficaram to-dos paralisados, por momentos, a brisa marítima a agitar-lhes os cabelos. Havia palmeiras luxuriantes, crianças lindas que brincavam na praia, adultos com sorrisos doces e descon-traídos. O ar era quente e com um pequeno travo a sal, devido aos pequenos salpicos que as ondas atiravam delicadamente para a praia. O sol era forte e brilhante e espalhava-se como tinta.

- É isso mesmo - referiu a Joana - as coisas podem ser boas ou más, tudo depende do ângulo em que nos colocamos para as conseguir ver.

- Agora é que estou a compreender a professora quando nos fala da beleza da natureza e de como podemos transformá-la através do nosso olhar. – Quem finalmente falou foi o Mário, visto que os restantes estavam demasiado estarrecidos para falar.

Como vislumbraram umas amoras a cerca de dois metros dali, aperceberam-se que esta-vam esfomeados. Resolveram deslocar-se para lá.

Joana estendeu a mão e colheu uma mão-cheia de amoras e meteu-as na boca. Sorrindo, pensou que nunca tinha comido uma coisa tão boa, embora talvez não fosse apenas pelas amoras; parte do prazer provinha da incrível limpidez do ar.

Parou para olhar para o Sol que lhe parecia mais forte. Não teria um leve tom alaranjado?

De repente, sentiu os músculos das suas pernas a fraquejar, de um modo desagradável. Ergueu de novo o olhar para os seus amigos, mas apenas conseguia ver, de forma desfoca-da um cartaz com a palavra AVISO.

Soou no ar um grito desagradável e metálico. Era uma enorme gaivota que planava no céu, repentinamente escurecido.

Começaram a correr, a correr, a correr e bumnm. Todos acordaram! Sim todos acor-daram. Tinha sido tudo um sonho. E por mais estranho que pareça, todos eles tinham adormecido ao mesmo tempo na aula.

A professora ainda disse:

- O problema da vossa geração é não conseguir viver as aventuras que são retratadas nas obras que lemos.

Os quatro amigos explodiram numa gargalhada. Dos restantes, ninguém compreendeu nada.

A professora voltou à carga:

- Como trabalho de casa, têm de inventar uma aventura.

- Podemos falar de amoras? – questionou Stéphanie, com o ar mais inocente do mundo.

- Ou de praias?

- E já agora, sobre livros gigantescos?- desta vez foi o Mário quem falou.

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8º A

- Sim a todos ! – respondeu a professora intrigada, ao mesmo tempo que pensava que os alunos estavam cada vez mais estranhos. O mundo já não é o que era! -pensou ela para os seus botões.

Saíram todos. A aula tinha terminado!

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UMA VIAGEM PELO MUNDO

CEF A2

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CEF A2

Num dia diferente de Setembro, nasceu uma criança na cidade de Forks. Era Ou-tono. Estava um sol radiante; as folhas já começavam a cair das árvores e o ar começava a cheirar a castanhas. Essa criança teve uma infância normal até que,

um dia, ao acordar, sentiu-se diferente. Assustou-se com as mudanças, sobretudo pelo seu corpo e resolveu estar sozinha. Saiu apressadamente e notou que estava a correr a uma velocidade incrível. Decidiu experimentar o seu pequeno poder e apercebeu-se que corria a uma velocidade estonteante.

Então, decidiu viajar. Vai ser uma viagem longa mas, pelo caminho, vai apreciar a paisa-gem e vai levar consigo a sua fiel amiga – a Joaninha – uma pequena ratinha. No entanto, tudo começou numa longa conversa entre mãe e filha. A mãe contara-lhe o seu grande sonho, que não tinha sido possível concretizar. Foi então que Vénus, assim se chamava a filha, decidiu aproveitar os seus poderes para realizar o sonho da mãe: partir numa grande viagem ao encontro dos mais necessitados. Ela estava ansiosa por partir, embora sentisse um grande aperto no coração. A missão tinha começado!

De imediato, encontrou um rapaz que, no dia do seu aniversário, recebera a horrível no-tícia de que a rapariga por quem estava apaixonado tinha sofrido um acidente e estava em coma numa cidade distante. Ele nem queria acreditar no que os seus ouvidos escutavam: a rapariga com quem desejava casar estava quase a morrer!

Rapidamente, pega no carro para chegar ao destino, mas tem uma avaria e quem o ajuda é Vénus, que depressa o coloca junto à pessoa que ele ama.

Esta missão estava cumprida e, por isso, tencionava continuar a viagem, sentindo-se satisfeita por ter ajudado alguém. Depressa se vê numa serra onde um grupo de amigas decidiu montar um acampamento. Era já noite, quando sentiram um enorme estrondo. Assustadas, começaram a gritar, ecoando pelos montes o seu grito de aflição. Em pâni-co, começaram a correr. Duas delas caíram e foi Vénus que as socorreu, divertindo-as, contando-lhes uma história:

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Uma viagem pelo mundo

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- Era uma vez uma princesa que estava presa nas masmorras de um castelo. Um bravo guerreiro prometeu-lhe que a salvaria, mas o tempo escasseava: faltavam sete dias para ser enforcada por ter planeado assassinar o rei…

Efectivamente, o grupo de amigas juntou-se e sentiu-se melhor ao ouvir esta breve histó-ria. Vénus ficou feliz por ter ajudado estas jovens, tendo socorrido as que se tinham alei-jado e, então, decidiu partir ao nascer do dia. O que ela não desconfiou foi que as amigas tinham ido para aquela serra para descobrir o rasto de vampiros ou lobisomens – coisas que para nós não existem. No entanto, sem saber se viram ou imaginaram o estrondo, e, sem perceberem o que realmente aconteceu, elas assustaram-se quando viram um rasto de sangue e julgaram estar a ser perseguidas por crias de lobos.

Depois disso, não se soube mais de Vénus. Talvez esteja na Escócia ou em Inglaterra, à procura de quem ajudar. Quan-to às amigas, elas foram salvas por três rapazes, que decidiram viajar num Renault Clio, sem saber muito bem para onde ir e, de repente, se aperceberam que estavam fora da estrada. Sentiram-se deslumbradas, ao descobrir aquele grupo tão sin-gular!

Contudo, não sabiam onde se encontravam. Não havia ninguém e estavam a ficar sem gasolina, por isso a preocupação começava a aumentar. Já estava a anoitecer e eles con-tinuavam a andar de forma errante. Os três rapazes despertaram a atenção das meninas, pois tinham um aspecto muito estranho, apesar de serem simpáticos. Sem saberem o que eles realmente eram, as três raparigas continuaram a viagem na sua companhia, até conseguirem chegar a casa deles. Nessa noite, eles deram-lhes guarida, mas um segredo continuava por revelar…

Quanto à princesa, história que elas recordaram no sonho que tiveram nessa mesma noite, ela não chegou a ser enforcada, porque três cavaleiros a salvaram da morte certa, raptando-a e fugindo para terras longínquas, onde viverão felizes para sempre.

Continuando a sonhar, elas aperceberam-se de que o seu destino era reencontrarem Vénus e decidiram ir à procura dela. Já na Alemanha, elas souberam que ela continuava a sua missão de ajudar o mundo, sempre acompanhada pela sua fiel amiga, Joaninha, e guardaram a sua imagem com uma enorme alegria e emoção.

No dia seguinte, quando acordaram, convidaram os seus novos amigos para um pas-seio em conjunto. Pelo caminho, encontraram uma mala cheia de dinheiro e, intrigados, ficaram indecisos em relação a esta estranha descoberta. Seria dinheiro verdadeiro ou uma mera alucinação? Quem eram afinal aqueles três rapazes? Que segredo é que eles escondiam?

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Como as raparigas estavam cada vez mais intrigadas com o segredo destes três rapazes, eles acabaram por desvendá-lo. No entanto, pediram às três raparigas para terem calma e não se assustarem. Lasco, Arone e Myke começaram, então, a revelar o seu misterioso segredo, demonstrando mais alguns dos seus poderes, até chegarem à parte em que lhes disseram que eram feiticeiros especiais e muito poderosos. As raparigas recuaram alguns passos, amedrontadas e pensativas, mas a amizade entre eles acabou por falar mais alto e elas aceitaram-nos como eles eram, tendo constatado que eles agiam sempre em prol do bem!

E assim chegou ao fim o seu segredo, e também esta história, em que os protagonistas e os seus novos amigos, que se tornaram coloridos, viveram grandes aventuras, por dife-rentes locais, aplicando algum daquele dinheiro, que, sem qualquer dúvida, não era falsi-ficado, em diferentes instituições humanitárias, lutando, assim, por um mundo melhor e mais justo, mas, acima de tudo, diferente…!

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Índice

O ASSALTO AO CASTELO 5

UMA VIAGEM DE SONHO 11

O MOINHO MISTERIOSO 19

CAMINHO DA AMIZADE 25

A LIVROLÂNDIA 33

UMA VIAGEM ENTRE AMIGOS 41

O AVISO 45

UMA VIAGEM PELO MUNDO 51

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“Sim. Mas escrever sobre quê? Porque tem um romance (ou um poema) não se escreve apenas com palavras. Há um pacto entre a vida e a arte mas ninguém o formulou para lhe impor os termos que deseja.”

Vergílio FerreiraEscrever

Obras da E.B. 1, 2, 3 Augusto MorenoAmigos em Férias, 2007

Em demanda da Amizade, 2008

Crescer em Família, 2009

Conto Contigo, 2010

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5º DAlexandre R.Ana L.Ana F.André P.Braulio P.Bruno F.Diogo M.Emilie M.Érica S.Irene M.Jéssica C.Joana E.Maria P.Miguel P.Paulo R.Raquel C.Bruna M.João J.

5º GAlexandra A.Ana A.Ana V.André E.António B.Bruna A.Catarina F.Daniela A.Diana M.Diogo V.Gonçalo P.Guilherme L.Helena V.Hugo F.Inês Q.Inês B.João E.João C.Mariana M.Paulo S.Ricardo S.Tânia P.Tatiana S.João G.

6º BAndré S.Cátia F.Daniela L.David S.Eugénia F.Helena A.Inês G.Inês C.João C.Jonathan B.Júlia L.Leticia G.Luís M.Margarida PMaria F.Pedro P.Pedro A.Ricardo S.Sofia R.Sofia M.Sofia A.

6º DAna V.Ana F.Carolina P.Diogo R.Eduarda E.Élia F.Fernando D.Jéssica F.João R.Joel T.Jorge S.Márcia V.Miguel R.Nuno G.Ricardo A.Rodrigo G.Soraia P.Telma G.Tiago G.Ygor P.Diana V.

6º GAna A.Ana P.Anaísa F.Catarina B.Catarina A.David P.Diana B.Estefano F.Francisca G.Francisco F.Gonçalo S.João D.Luís P.Mariana P.Mariana G.Pedro C.Ruben J.Sara S.Vicente G.Josué B.

7º BAlex C.Ana A.Ana G.António M.Daniela L.Diana J.Franklin C.Hermenegildo C.José B.Maria R.Marta J.Miguel G.Pedro O.Pedro Q.Roman O.Tânia M.Tatiana V.Vitor C.Vladyslav B.Vladyslav I.

8º AAna G.Ana Filipa G.Carla A.Cristiana A.Daniel R.Danny D.Diogo P.Duarte R.Elisabete R.Filipe M.Isabel M.José P.Kristophe T.Maria J.Maria A.Marta F.Mirian S.Paulo C.Pedro C.Sara A.

CEF-A2Carina P.Cátia A.Claudina S.Damien D.Diogo M.Jorge S.Milay M.Ricardo R.Cristiana N.Jéssica D.Isaias R.Albino M.Andreia N.Diogo V.Marco A.Olívia M.PauloS.Raquel F.Rúben S.Vitor P.

TURMAS E ALUNOS AUTORES DA OBRA COLECTIVA 2011

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Enquanto não atingiam a maioridade, tinham que permanecer por ali. Depois era uma emigração que os esperava. Já ouviam falar das fortunas que se ganhavam em França, Espanha, na Alemanha e Suíça.Assalto ao CasteloImparáveis que somos, era a hora de mais um País da História de muitas civili-zações antigas: O Egipto.Uma viagem de SonhoNo Liceu Sete Mares, os alunos do 12º B tinham acabado o ano lectivo com bril-hantes notas.O Moinho Misterioso No seu último dia de aulas, Raquel, soube que a sua mãe tinha falecido num aci-dente de viação.Caminho da amizadeNo cimo da montanha, havia uma escola, outrora muito bonita e muito frequen-tada, com uma biblioteca grandiosa e rica em livros de várias gerações...A LivrolândiaOs jovens brigantinos não pensavam mais nas férias tão desejadas! Uma imensa preocupação preenchia-lhes o pensamento.Uma Viagem Entre AmigosA professora ainda disse:- O problema da vossa geração é não conseguir viver as aventuras que são retrata-das nas obras que lemos.O AvisoEra uma vez uma princesa que estava presa nas masmorras de um castelo. Um bravo guerreiro prometeu-lhe que a salvaria, mas o tempo escasseava...Uma viagem pelo mundo

Ideias e Estórias é a quinta aventura da Escrita na Escola Augusto Moreno!Num espaço de construção, em dimensões múltiplas, onde escritas variadas tecem sentimentos, humores, valores e imaginação, crianças e jovens enleiam-se no saber e sabor da Escrita!