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IDENTIFICAÇÃO DO FOLHASNRE: APUCARANA Município: APUCARANANome do Professor:
LUORDES ALICE FRANÇA ANTONIASSI
E-Mail:
.brEscola: C. E. HEITOR C. A. FURTADO – EFMP Fone: (43) 3426-2662Disciplina: LÍNGUA PORTUGUESA Série: 1º EMConteúdo Estruturante:
GENEROS DO DISCURSO NO PRIMEIRO CADERNO DO JORNAL: CAPA E OPINIÃOConteúdo Específico: LEITURA DE GENEROS OPINATIVOSTítulo: CONHEÇA “AS VERDADES” DOS FATOSRelação Interdisciplinar 1: QUÍMICARelação Interdisciplinar 2: SOCIOLOGIA
FIGURA 1 – Montagem da manchete do trabalho
Existe uma variedade de instrumentos que nos trazem
diariamente notícias sobre o que acontece na cidade, no país e no mundo. As
informações são transmitidas por meio da linguagem oral, como no caso dos
telejornais, ou através da linguagem escrita (jornais, revistas, folhetins...).
Todos estes instrumentos querem comunicar um fato, divulgar
idéias e formar opiniões. A televisão, através dos telejornais, divulga fatos e
imagens, e o receptor (o ouvinte) assiste rapidamente o que se passa, pois há
um tempo determinado para a exibição do programa. Por sua vez, o jornal
impresso permite uma interação maior entre o texto e o leitor, pois este
conduz a atividade de leitura dependendo do seu ritmo. Além disso, esse
veículo de comunicação permite um aprofundamento maior da informação.
Para que aconteça de fato uma leitura interativa, é necessário
reflexão:
Como posso interagir com informações? Tudo que sai no jornal é verdade?
O texto jornalístico deve ser aceito como fonte de informações,
se é confiável ou não, cabe ao leitor decidir. Afinal, “a verdade” é algo relativo,
pois depende do ponto de vista de cada um.
O fato é que há diversas matérias que possuem “chamada” já
na Primeira Página do jornal, a fim de que o leitor selecione os textos que mais
lhe interessam.
Cada jornal tem sua estrutura própria, há uma grande variação
estrutural entre um jornal de grande porte e um de pequeno, mesmo assim
todos têm o mesmo objetivo ao fazer a diagramação da capa, que é chamar
atenção do leitor, estampando de forma planejada os assuntos principais do
dia.
Para uma melhor leitura da primeira página do jornal, é
necessário conhecer cada elemento que a compõem. Estas definições foram
adaptadas do Dicionário de Comunicação de Rabaça e Barbosa (2001).
1- Cabeçalho: Título de
Jornal, revista ou outra
publicação periódica,
com apresentação
visual permanente que
permita rápida
identificação do
periódico pelos
leitores. Compreende,
além do nome, data,
número de edição,
preço e outras
informações
essenciais.
2- Manchete: Título
principal, composto por
letras garrafais e
publicado com grande
destaque, geralmente
no alto da primeira
página de um jornal ou
revista. Indica o fato
jornalístico de maior
importância entre as
notícias contidas na
edição.
3- Lide: Abertura de notícia, reportagem etc..., onde se apresenta
sucintamente o assunto. Resumo inicial, constituído pelos elementos
fundamentais do relato a ser desenvolvido no corpo do texto
Figura 2 – 1ª Página do Jornal “Folha de Londrina”
Fonte: www.folhadelondrina.com.br
jornalístico (...) Sua leitura pode também “fisgar” o interesse do leitor
e persuadi-lo a ler tudo até o final.
Além destes elementos, a primeira página costuma apresentar:
títulos, chamadas, fotos, ilustrações, sumário, índice e previsão do tempo. Sua
elaboração deve se preocupar em:
- conciliar o propósito de atrair o leitor com o de preservar a
credibilidade do
jornal;
- manter equilíbrio temático, variando os assuntos: política,
economia, cultura, esporte, entre outros;
- manter equilíbrio estético;
Enfim, a primeira página é feita com um cuidado ainda mais especial,
pois é tida como a página mais importante. Ela apresenta aos leitores
informações selecionadas como as principais do dia. A importância de cada
artigo jornalístico se encontra materializado no aspecto que cada texto
apresenta.
1) Trazer exemplares de jornais produzidos por diversas empresas jornalísticas
para fazer a leitura e a análise da estrutura de cada um.
2) Localizar, no interior dos jornais, as notícias apresentadas na primeira
página e, através da leitura, classificá-las por ordem de importância.
Quadro 1 – Atividades propostas
VERDADE OU MENTIRA?
Há muitas informações que nos deixam duvidosos quanto a sua
veracidade. Por exemplo: vários jornais brasileiros trouxeram denúncias de
adulteração do leite longa vida, contendo soda cáustica e água oxigenada, fato
que apavorou os consumidores. Logo no dia seguinte, a Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa) tenta minimizar tal problema com a publicação do
seguinte texto informativo.
1) Na sua opinião, qual a aceitação do público leitor com relação à postura
da Anvisa?
2) É possível observar no texto informações contraditórias em relação às
conseqüências que estes produtos podem causar no organismo das
pessoas, daí a validade de uma pesquisa mais profunda sobre o caso,
antes de formarmos uma opinião. Procure ler mais sobre este episódio,
para preparar-se, expor e defender seus argumentos, através de um júri
simulado. Mais informações sobre o tema podem ser pesquisadas em
páginas eletrônicas: http://www.veja.com.br, http://www.istoe.com.br,
http://www.epoca.com.br
Quadro 2 – Atividades propostasNa esfera jornalística circulam temas atuais e polêmicos, em
outras palavras, que possibilitam a discordância de opiniões. O escritor pode
expor seu ponto de vista de diversas maneiras e através de uma linguagem
interativa, referir-se a diferentes vozes de textos lidos e ouvidos para
expressar seu ponto de vista.
A página Opinião de cada jornal traz vários gêneros textuais:
Artigo Opinativo, Carta do leitor, Editorial, Crônica e Charge. Ali é o espaço
permitido aos leitores para apresentarem opiniões sobre assuntos expostos em
diversos cadernos do jornal. Melhor dizendo, a seção de cartas expressa a
opinião do leitor; o editorial, opinião da empresa jornalística. Jornalistas e
colaboradores opinam em artigos e colunas.
Figura 3 – Matéria “O Leite da Vergonha”Fonte: Jornal o Estado do Paraná (28/out/2007)
Observe que este texto é um Editorial e provoca uma reflexão sobre a
fraude contra as pessoas que consomem leite longa vida. Ele interpreta a
ocorrência fraudulenta como uma afronta vergonhosa aos padrões de
dignidade humana e de civilização. As vozes arroladas contribuem para
fundamentar a argumentação desejada.
É necessário lembrar que um texto é qualquer tipo de comunicação
realizado através de um sistema de signos (verbal ou não-verbal), podendo
relacionar-se a outros textos e carregar outras vozes. Através dessa
afirmação, podemos entender que em um mesmo texto existe um diálogo
entre diferentes afirmações.
l) Sublinhe as vozes de outros textos presentes no editorial que você
acabou de ler:
.2)Faça uma coletânea de textos de opinião, se possível de diversos jornais.
Através da leitura, descubra qual é o tema em foco em cada texto e
grife as vozes que estão presentes no discurso do autor.
Quadro 3 – atividades propostas
GÊNERO JORNALÍSTICO – CARTA DO LEITOR
Essa importante seção está presente nos jornais e nas
revistas e é destinada para os leitores expressarem suas opiniões sobre
temas de seus interesses. As cartas têm que ser identificadas de acordo
com as especificações solicitadas pelo meio de comunicação para o qual ela
for enviada, deve-se constar, por exemplo das referências pessoais de
quem está escrevendo, só o nome do autor por extenso e a localidade de
origem, ou também indicar a profissão ou cargo que exerce, cada jornal ou
revista estabelece suas normas pra a publicação
Por ser uma faceta nova do Gênero Carta, as cartas do leitor
trazem características próprias, pelas possibilidades de as pessoas
opinarem a respeito de assuntos variados, abordados na imprensa. Toda
carta é um texto utilizado em situação de ausência de contato imediato
entre remetente e destinatário.
Enquanto a carta pessoal é de caráter privado/particular, a
carta do leitor um gênero de domínio público, de caráter aberto, com o
objetivo de divulgar seu conteúdo, possibilitando ao público em geral a sua
leitura.
Nessa perspectiva funcional-interativa, assuntos como leite
adulterado, são temas utilizados pelo leitor para expressar sua opinião
sobre o fato de interesse público.
Leia estes quatro exemplos de carta do leitor:
Figura 4 – Cartas do Leitor do Jornal Folha de LondrinaFonte: Jornal Folha de Londrina
O tema das três cartas é o mesmo “Leite sob suspeita de
fraude”; os textos foram publicados na Página de Opinião do Jornal Folha de
Londrina, em 27 de outubro de 2007. Todos estão identificados com nome,
profissão e endereço e apresentam o mesmo propósito, mas com argumentos
diferentes.
As autoras possuem diferentes níveis de formação e
expressaram sua indignação perante o fato, por meio de um texto e conciso,
relacionado a um assunto anteriormente publicado na mídia.
A)Leia em revistas e jornais as seções em que Cartas Argumentativas
são apresentadas e identifique as características próprias do Gênero
Carta do Leitor.
B) Escolha um tema que está em pauta na mídia e produza uma Carta
Argumentativa para uma possível publicação no jornal da sua cidade.
GÊNERO JORNALÍSTICO - CHARGE
A charge é um
desenho humorístico inspirado em
cenas da vida política, econômica
e social. Ela costuma ocupar um
espaço próximo ao editorial, mas é
de responsabilidade de seu autor.
A diagramação do jornal preocupa-
se em colocar a charge na Página
de Opinião ao lado do Editorial,
pois o Gênero Charge é considerado um Gênero Opinativo, podendo observar a
intertextualidade e a polifonia, presentes em seu conteúdo.
A charge é um texto não verbal em que predomina a imagem.
Motiva o leitor de tal modo a interpretar a cena que se torna um forte
instrumento de persuasão para a leitura do noticiário sobre a qual ela se
inspirou.
Figura 5 – ChargeFonte: ?
“A Intertextualidade ocorre quando, em um texto, está inserido
outro texto anteriormente produzido, que faz parte da memória social de
uma coletividade ou da memória discursiva dos interlocutores” (Koch, 2007,
p.17).
Todo o texto é um intertexto, pois ele se relaciona ao conteúdo
e/ou a forma de outros textos. Mas, nem todo o texto é polifônico.
Polifonia é a pluralidade de vozes, caracterizada como a
incorporação de afirmações atribuídas a outros, que um locutor faz no seu
discurso.
Quadro 4 - ....
Divirta-se com estas charges e descubra qual é a crítica.
Fonte: www.amarildo.com.br fonte: www.oglobo.com.br
Fonte: www.amarildo.com.br
Quadro 5 - .....
Para que se entenda o humor da charge é necessário conhecer o
intertexto ao qual se refere, reconhecer a intertextualidade com outros
elementos que aparecem na charge é um caminho para entender o sentido
pleno da mesma.
A qual fato as três charges se referem?
Comente os aspectos criticados pelas charges?
Qual conhecimento é preciso o leitor ter para entender estas charges?
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DIONISIO, Ângela Paiva et al (Orgs.). Gêneros textuais & ensino – 4.ed. –
Rio de Janeiro : Lucerna, 2005.
DISCINI, Norma. A comunicação nos texto. São Paulo: Contexto, 2005.
FARIA, Maria Alice. O jornal na sala de aula. – 7ª ed. – São Paulo: Contexto.
1996.
KOCH, Ingedore G. Villaça et al. Intertextulidade: diálogos possíveis. – São
Paulo: Cortez, 2007.
PAVANI, Cecília et al. Jornal: Uma abertura para a educação. – Campinas,
SP: 2007.
ROMUALDO, Edson Carlos. Charge jornalística: intertextualidade e
polifonia: um estudo de charges da Folha de S.Paulo. – Maringá: Eduem,
2000.
JORNAL FOLHA DE LONDRINA
JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO
JORNAL GAZETA DO POVO
JORNAL O ESTADO DO PARANÁ
JORNAL TRIBUNA DO NORTE – APUCARANA
REFERÊNCIAS ON-LINE
http://www.folhadelondrina.com.br. Acesso em: 26 fev. 2008http://www.veja.com.br. Acesso em: 08 fev. 2008.
http://wwwistoé.com.br. Acesso em: 08 fev. 2008.http://wwwépoca.com.br. Acesso em: 08 fev. 2008.http://wwwamarildo.com.br. Acesso em 15 fev. 2008.http://wwwoglobo.com.br. Acesso em 26 fev. 2008.