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RECUPERAÇÃO DE DESASTRES UNIVERSIDADE DIGITAL A Khan Academy e a reinvenção da educação IDENTIFICAÇÃO TERÇA-FEIRA, 2 DE OUTUBRO DE 2012 | Nº 28 PAG. 30 Importância da segurança da informação nas empresas Aplicação da tecnologia biométrica O que é que personalidades tão distintas e de áreas de actividade tão diametralmente opostas como Angela Merkel, Hillary Clinton, Lionel Messi, Adele, ou Salman Khan têm em comum? A resposta é muito simples: todas elas fazem parte da lista das 100 pessoas mais influentes do mundo publicada pe- la revista Time em 2012. Fazendo uso das palavras da conceituada publicação, todos es- tes nomes, bem como os outros 95 (que prescindiremos de revelar) são de pessoas que nos “inspiram, entretêm, desafiam e mudam o mundo em que vivemos”. No entanto, de todos estes nomes vamos focar-nos apenas num, Sal- man Khan. Diremos à partida que não se trata de um político de pri- meira linha, tal como Merkel ou Clinton, nem tão pouco de um novo reforço para o FC Barcelona prepa- rado para encantar, tal como Messi, as exigentes bancadas de Camp Nou. E também não estamos a falar de alguém cujo maior talento impli- que uma utilização verdadeiramen- te impressionante das cordas vocais, como é o caso da britânica Adele. Mas quem é então Salman Khan? Começaremos por dizer que, tal como um grande número de inovadores, a sua intenção ini- cial não era propriamente mudar o mundo. Estava apenas a tentar aju- dar uma prima adolescente que morava do outro lado do país e que se debatia com persistentes dúvi- das de álgebra. Para o fazer recorreu à Internet, utilizando o software Yahoo Doo- dle como um bloco de notas com- partilhado, em conjugação com um telefone. Os progressos escolares da pri- ma foram de tal ordem que Khan se prontificou também a ajudar os ir- mãos da mesma, Ali e Arman. En- tretanto a notícia chegou a outros parentes e amigos. Todavia, com as suas obrigações do dia-a-dia, afazeres profissio- nais e distintos fusos horários, tor- nou-se extremamente difícil dar vazão às necessidades e coordenar algo que inicialmente era extrema- mente simples e controlável. O que fez então o educador para solucionar o problema entretanto criado? Começou a produzir e a colocar vídeos didácticos no You- tube para que o “seu público” os pudesse visualizar quando tivesse vontade ou disponibilidade. Entretanto vários outros utiliza- dores tiraram partido da iniciativa de Khan, e o que começou por ser familiar espalhou-se de forma vi- ral, tornando o jovem educador numa das maiores sensações do momento presentes na Web. Estavam lançadas as sementes para o desenvolvimento de um projecto denominado Khan Aca- demy. A partir de uma pequena di- visão do seu apartamento, trans- formada em escritório, em Silicon Valley, Khan, actualmente com 35 anos, produziu uma incrível bi- blioteca de aulas online sobre ma- temática, ciências e um vasto le- que de outros assuntos. Durante todo este processo o conceito de sala de aula e a própria noção de educação alteraram-se radicalmente na sua cabeça. Uma das consequências desta verdadeira revolução mental foi o facto de o educador ter abandonado o seu emprego de analista de inves- timentos para se dedicar por inteiro à sua recém-descoberta grande pai- xão – uma educação de qualidade, grátis, e em larga escala. A Khan Academy é o exemplo perfeito da democratização da educação. Fonte: http://le- tra1.com. Quando se fala de segurança da informação nas organizações, o que interessa realmente não é sa- ber se a segurança de uma organi- zação vai ou não ser quebrada. O importante é saber quando e se a organização está preparada para esse momento decisivo e se conta com os mecanismos neces- sários para assegurar a continui- dade do seu negócio. Qualquer organização, em qual- quer esfera do mercado, está de- pendente da informação que pos- sui para a gestão diária do seu ne- gócio. Mas infelizmente muitas ainda não tomaram consciência das potenciais consequências ne- fastas em caso de perda de deter- minada informação. Se a informa- ção crítica de negócio não estiver devidamente controlada em maté- ria de segurança, o risco da sua de- gradação ou perda aumenta subs- tancialmente. Por outro lado, se essa informação não puder ser ace- dida quando é necessária, algumas das actividades de negócio pode- rão vir a sofrer severos problemas, por vezes irreparáveis. Neste con- texto, para começarem a avaliar a sua situação, as organizações de- vem colocar a si mesmas e respon- der a algumas questões chave. Que impacto financeiro sofre- ria o negócio se, face a um incên- dio nas proximidades, o acesso ao edifício principal fosse bloquea- do durante 48 horas? Que prejuí- zos sofreria a organização se a do- cumentação de um contrato críti- co acabasse nas mãos da concor- rência? Quantos meses e recursos financeiros seriam necessários para recuperar a imagem do negó- cio se a informação existente so- bre os clientes ficasse publica- mente disponível? Existe na orga- nização a consciência de que as ameaças da natureza se concreti- zam ciclicamente? A informação está protegida para sobreviver ao próximo desastre natural? A res- posta a estas questões é ainda mais importante se considerar- mos alguns dados internacionais angustiantes sobre a segurança da informação. Cerca de 90 por cen- to das organizações que perdem a sua informação de negócio abrem falência em menos de 12 meses. A biometria pode ser utilizada numa grande variedade de apli- cações, pelo que é difícil defini- la de forma exaustiva. No entan- to, uma das definições que nos parece mais adequada refere que a biometria é “a utilização auto- matizada de características fi- siológicas ou comportamentais para determinar ou verificar identidades”. Segundo alguns especialistas, a expressão “biometria” já é uti- lizada desde o início do século XX, aplicando-se ao desenvol- vimento de métodos estatísticos e matemáticos para problemas de análise de dados a nível das ciências biológicas. Mais recen- temente, a divulgação da biome- tria tem estado associada à te- cnologia destinada a identificar os indivíduos através de caracte- rísticas biológicas próprias – no- meadamente as impressões digi- tais, o reconhecimento facial, a leitura da íris e da retina, a geo- metria das mãos, a escrita ma- nual, ou a voz. Ao longo deste artigo vamos considerar que a biometria en- volve um conjunto de métodos destinados ao reconhecimento de pessoas com base em caracte- rísticas únicas de tipo comporta- mental ou fisiológico. A necessi- dade de aumentar a segurança e de facilitar os processos de iden- tificação dos indivíduos nas so- ciedades modernas fomentou o recurso à biometria para o de- senvolvimento de vários tipos de soluções de verificação e identificação de pessoas. As impressões digitais representam cerca de metade do mercado das tec- nologias biométricas. PAG. 32 PAG. 31 Qualquer organização está dependente da informação que possui para a gestão do seu negócio, mas infelizmente muitas ainda não tomaram consciência das potenciais consequências nefastas em caso de perda de determinada informação.

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RECUPERAÇÃO DE DESASTRES

UNIVERSIDADE DIGITAL

A Khan Academy e a reinvenção da educaçãoIDENTIFICAÇÃO

TERÇA-FEIRA, 2 DE OUTUBRO DE 2012 | Nº 28

PAG. 30

Importância da segurança da informação nas empresas

Aplicaçãoda tecnologiabiométrica

O que é que personalidades tãodistintas e de áreas de actividadetão diametralmente opostas comoAngela Merkel, Hillary Clinton,Lionel Messi, Adele, ou SalmanKhan têm em comum? A resposta émuito simples: todas elas fazemparte da lista das 100 pessoas maisinfluentes do mundo publicada pe-la revista Time em 2012.Fazendo uso das palavras da

conceituada publicação, todos es-tes nomes, bem como os outros 95

(que prescindiremos de revelar)são de pessoas que nos “inspiram,entretêm, desafiam e mudam omundo em que vivemos”.No entanto, de todos estes nomes

vamos focar-nos apenas num, Sal-man Khan. Diremos à partida quenão se trata de um político de pri-meira linha, tal como Merkel ouClinton, nem tão pouco de um novoreforço para o FC Barcelona prepa-rado para encantar, tal como Messi,as exigentes bancadas de Camp

Nou. E também não estamos a falarde alguém cujo maior talento impli-que uma utilização verdadeiramen-te impressionante das cordas vocais,como é o caso da britânica Adele. Mas quem é então Salman

Khan? Começaremos por dizerque, tal como um grande númerode inovadores, a sua intenção ini-cial não era propriamente mudar omundo. Estava apenas a tentar aju-dar uma prima adolescente quemorava do outro lado do país e quese debatia com persistentes dúvi-das de álgebra. Para o fazer recorreu à Internet,

utilizando o software Yahoo Doo-dle como um bloco de notas com-partilhado, em conjugação comum telefone.Os progressos escolares da pri-

ma foram de tal ordem que Khan seprontificou também a ajudar os ir-mãos da mesma, Ali e Arman. En-tretanto a notícia chegou a outrosparentes e amigos. Todavia, com as suas obrigações

do dia-a-dia, afazeres profissio-nais e distintos fusos horários, tor-nou-se extremamente difícil darvazão às necessidades e coordenaralgo que inicialmente era extrema-mente simples e controlável. O que fez então o educador para

solucionar o problema entretanto

criado? Começou a produzir e acolocar vídeos didácticos no You-tube para que o “seu público” ospudesse visualizar quando tivessevontade ou disponibilidade. Entretanto vários outros utiliza-

dores tiraram partido da iniciativade Khan, e o que começou por serfamiliar espalhou-se de forma vi-ral, tornando o jovem educadornuma das maiores sensações domomento presentes na Web.Estavam lançadas as sementes

para o desenvolvimento de umprojecto denominado Khan Aca-demy. A partir de uma pequena di-visão do seu apartamento, trans-formada em escritório, em SiliconValley, Khan, actualmente com 35anos, produziu uma incrível bi-blioteca de aulas online sobre ma-temática, ciências e um vasto le-que de outros assuntos. Durante todo este processo o

conceito de sala de aula e a próprianoção de educação alteraram-seradicalmente na sua cabeça. Uma das consequências desta

verdadeira revolução mental foi ofacto de o educador ter abandonadoo seu emprego de analista de inves-timentos para se dedicar por inteiroà sua recém-descoberta grande pai-xão – uma educação de qualidade,grátis, e em larga escala.

A Khan Academy é o exemplo perfeito da democratização da educação. Fonte: http://le-tra1.com.

Quando se fala de segurança dainformação nas organizações, oque interessa realmente não é sa-ber se a segurança de uma organi-zação vai ou não ser quebrada. O importante é saber quando e

se a organização está preparadapara esse momento decisivo e seconta com os mecanismos neces-sários para assegurar a continui-dade do seu negócio.Qualquer organização, em qual-

quer esfera do mercado, está de-pendente da informação que pos-sui para a gestão diária do seu ne-gócio. Mas infelizmente muitasainda não tomaram consciênciadas potenciais consequências ne-fastas em caso de perda de deter-minada informação. Se a informa-ção crítica de negócio não estiverdevidamente controlada em maté-ria de segurança, o risco da sua de-gradação ou perda aumenta subs-

tancialmente. Por outro lado, seessa informação não puder ser ace-dida quando é necessária, algumasdas actividades de negócio pode-rão vir a sofrer severos problemas,por vezes irreparáveis. Neste con-texto, para começarem a avaliar asua situação, as organizações de-vem colocar a si mesmas e respon-der a algumas questões chave.Que impacto financeiro sofre-

ria o negócio se, face a um incên-dio nas proximidades, o acesso aoedifício principal fosse bloquea-do durante 48 horas? Que prejuí-zos sofreria a organização se a do-cumentação de um contrato críti-co acabasse nas mãos da concor-rência? Quantos meses e recursosfinanceiros seriam necessáriospara recuperar a imagem do negó-cio se a informação existente so-bre os clientes ficasse publica-mente disponível? Existe na orga-

nização a consciência de que asameaças da natureza se concreti-zam ciclicamente? A informaçãoestá protegida para sobreviver aopróximo desastre natural? A res-posta a estas questões é aindamais importante se considerar-

mos alguns dados internacionaisangustiantes sobre a segurança dainformação. Cerca de 90 por cen-to das organizações que perdem asua informação de negócio abremfalência em menos de 12 meses.

A biometria pode ser utilizadanuma grande variedade de apli-cações, pelo que é difícil defini-la de forma exaustiva. No entan-to, uma das definições que nosparece mais adequada refere quea biometria é “a utilização auto-matizada de características fi-siológicas ou comportamentaispara determinar ou verificaridentidades”.Segundo alguns especialistas,

a expressão “biometria” já é uti-lizada desde o início do séculoXX, aplicando-se ao desenvol-vimento de métodos estatísticose matemáticos para problemasde análise de dados a nível dasciências biológicas. Mais recen-temente, a divulgação da biome-tria tem estado associada à te-cnologia destinada a identificaros indivíduos através de caracte-rísticas biológicas próprias – no-meadamente as impressões digi-tais, o reconhecimento facial, aleitura da íris e da retina, a geo-metria das mãos, a escrita ma-nual, ou a voz.Ao longo deste artigo vamos

considerar que a biometria en-volve um conjunto de métodosdestinados ao reconhecimentode pessoas com base em caracte-rísticas únicas de tipo comporta-mental ou fisiológico. A necessi-dade de aumentar a segurança ede facilitar os processos de iden-tificação dos indivíduos nas so-ciedades modernas fomentou orecurso à biometria para o de-senvolvimento de vários tiposde soluções de verificação eidentificação de pessoas.

As impressões digitais representamcerca de metade do mercado das tec-nologias biométricas.

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Qualquer organização está dependente da informação que possui para a gestão doseu negócio, mas infelizmente muitas ainda não tomaram consciência das potenciaisconsequências nefastas em caso de perda de determinada informação.

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14|TECNOLOGIA & GESTÃO JORNAL DE ANGOLA•Terça-feira, 2 de Outubro de 2012

A Khan Academy e a reinvenção da educaçãoUNIVERSIDADE DIGITAL

RODRIGO CHAMBEL

Por conseguinte, o grande ob-jectivo do site khanacademy.org édar a qualquer pessoa, quer se tratede uma criança, ou de um adulto, ahipótese de obter, de forma grátis,uma educação de elevada qualida-de, independentemente da geogra-fia onde essa pessoa se encontre. Osite tem cerca de 3000 lições decurta duração que permitem ao es-tudante uma aprendizagem ao seupróprio ritmo. Estão também in-cluídos exercícios práticos que,em caso de dificuldade na resolu-ção, reenviam o estudante para umvídeo pertinente que lhes serviráde auxílio.Uma vez que a Khan Academy

pode ser utilizada em contexto desala de aula – com os vídeos a se-rem visualizados em casa e osexercícios a serem feitos na escola,com a ajuda do professor – existemainda dashboards (painéis de con-trolo) que permitem ao docente sa-ber quais os progressos efectuadose quais as dificuldades enfrentadaspelos seus alunos, podendo assimajudá-los de acordo com as neces-sidades identificadas.Bill Gates, cofundador da Mi-

crosoft, é um dos maiores entu-siastas do projecto e não se coibiude utilizar a Khan Academy paraos seus próprios filhos, tendo fica-do “espantado com a amplitudedos conhecimentos de Sal e a suacapacidade para tornar compreen-síveis tópicos complicados”.Para Gates, “Khan é um verda-

deiro pioneiro educativo. Come-çou por disponibilizar uma liçãode matemática, mas o seu impactona educação poderá ser verdadei-ramente incalculável”. Durante oFestival de Ideias de Aspen, em2010, evento focado em fomentaruma discussão aberta sobre ideias,valores e questões contemporâ-neas, Gates deu a Salman Khan oapoio público que qualquer em-presário por esse mundo fora gos-

taria de receber.Quando questionado pelo seu

interlocutor sobre o que poderiaser feito para melhorar a educaçãonos Estados Unidos, Gates respon-deu de forma elogiosa em favor dacausa de Khan: “actualmente, sequisermos e estivermos verdadei-

ramente motivados para aprender,esta é uma época espantosa paratodos nós (…) existe um websiteque tenho utilizado com os meusfilhos chamado khanacademy.org.Estou a falar de uma só pessoa quecria pequenas aulas de 15 minutosque eu considero incríveis”.No âmbito da mesma conversa e

no seguimento de uma reflexão so-bre a má alocação dos recursos quese verifica actualmente na socie-

dade, Gates foi bastante explícito:“qual é a coisa mais importante pa-ra que tenhamos uma sociedadeque possua ao mesmo tempoigualdade de oportunidades e a ca-pacidade de ser competitiva relati-vamente a outros países? É a edu-cação!”. Para completar o seu ra-

ciocínio, em tom bem disposto,voltou a elogiar o jovem educador, “foi um bom dia aquele em que asua mulher o deixou desistir do seuemprego [como analista de inves-timentos]”.Khan nem sequer estava presen-

te quando estas palavras de pesoforam proferidas e tê-las-á ouvidopor intermédio do Youtube. Nãonos será, no entanto, difícil de ima-ginar a sua reacção de regozijo pe-rante a declaração pública de apoiodo filantropo e cofundador da Mi-crosoft.Embora a educação à distância

já exista há muito tempo e, por essaWeb fora, existam inúmeras possi-bilidades à disposição daquelesque desejem aprender por essa via,o que é notável na Khan Academy,e o que a distingue da maior parteda oferta existente é, por um lado,o facto de ser grátis e, por outro, asua grande capacidade de resumoe de conseguir chegar, de forma rá-pida e aparentemente competente,ao cerne da questão. Diz-se que,em menos de 15 minutos, Khan écapaz de chegar à essência de umassunto que muitos outros demo-rariam, quem sabe, horas a tentarexplicar.Para além disso, a Khan Acade-

my representa o exemplo perfeitoda democratização da educação.Se visitarmos o site khanacade-my.org e clicarmos na palavra“about” essa ideia salta de imedia-to à vista através das palavras quereproduzimos em seguida: “aKhan Academy é uma organização

envolvida numa missão. Sem finslucrativos, temos o objectivo demudar a educação para melhor,fornecendo uma educação de clas-se mundial a qualquer pessoa, emqualquer lugar. Todos os recursos do site estão

disponíveis para qualquer um. Nãointeressa se é um estudante, profes-sor (…) adulto a regressar às aulasapós 20 anos, ou um alienígenaamigável a tentar saber umas coi-sas sobre biologia terrestre. Os ma-teriais e recursos da Khan Acade-my estão disponíveis de formacompletamente grátis”.No entanto, como acontece com

tudo aquilo que atinge grande visi-bilidade pública, o projecto deKhan não está imune às críticas.Algumas pessoas, incluindo pro-fessores, embora não duvidandodas boas intenções da iniciativa,põem em causa a validade pedagó-gica daquilo que é ensinado atra-vés dos vídeos da Khan Academy,chegando a defender que os exem-plos apresentados pelo educadorsão pobres, de escolha aleatória epotencialmente geradores de maisconfusão na mente dos estudantes.Sugerem também que deveria terprofessores experientes a ajuda-rem-no na preparação dos exem-plos que utiliza nos seus vídeos,aumentando assim a validade pe-dagógica dos mesmos.Quem não se parece importar

com as críticas são os utilizadoresoriundos das várias partes do mun-do que beneficiaram do trabalho deKhan e que depositaram os seusagradecimentos no site do projec-to. É o caso de William, um profes-sor de engenharia, reformado ecom 91 anos, que afirma estar “agostar imenso de visualizar os ví-deos de matemática” e que a abor-dagem de Khan a outros assuntos étambém “excelente”. Este antigoprofessor conclui a sua declaraçãocom o seguinte raciocínio, “quemme dera que a academia já existissequando eu dava aulas. Obrigado”.Já Scot, outro utilizador do site,

diz o seguinte no seu depoimento:“a matemática nunca foi minhaamiga. Depois conheci a KhanAcademy e senti que me tinham ti-rado a venda dos olhos”. Por fim,reproduzimos as palavras de Ann,uma jovem de 26 anos que diz nun-ca ter sido boa a matemática, masque agora, com a ajuda de Khan,pode “finalmente compreenderaquilo em que falhou”.Para o filósofo alemão Imma-

nuel Kant “é no problema da edu-cação que assenta o grande segre-do do aperfeiçoamento da humani-dade”. Se nos abstrairmos das críti-cas mais ou menos ferozes, ou dosapoios mais ou menos exacerbadosao seu projecto, pensamos poderdizer algo indiscutível acerca deSalman Khan: apesar de não ter re-solvido o “problema da educação”,terá seguramente contribuído commais uma gota para o grande ocea-no de aperfeiçoamento que estahumanidade de que fazemos partenecessita.

Salman Khan foi considerado pela revista Time, em 2012, uma das 100 pessoas mais influentes do mundo. Fonte: http://www.kurzweilai.net.

Durante o Festival de Ideias de Aspen, em 2010, Bill Gates declarou o seu apoio públicoà causa de Salman Khan. Fonte: http://www.aspentimes.com.

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Importância da segurança da informação nas organizaçõesRECUPERAÇÃO DE DESASTRES

JORNAL DE ANGOLA•Terça-feira, 2 de Outubro de 2012 TECNOLOGIA & GESTÃO|15

Cerca de 60 por cento das orga-nizações sofreram uma quebra desegurança nos últimos dois anos.Mais de 30 por cento das organi-zações não dá a devida importân-cia à sua informação de negócio.Quase 75 por cento das organiza-ções não possui um plano de con-tingência para resolver as quebrasde segurança. O custo de uma úni-ca quebra de segurança costumaser de muitos milhares de dólares,dependendo da organização e dotipo de quebra de segurança. A se-gurança da informação é definiti-vamente uma matéria que não po-de ser ignorada. Em qualquer par-te do mundo, a informação é es-sencial para qualquer organizaçãoque deseje manter e desenvolver

as suas vantagens competitivas.Consequentemente, é necessáriopreservar a disponibilidade, a in-tegridade e a confidencialidade dainformação de negócio.Podemos considerar várias

ameaças para as empresas e vá-rios tipos de informação que in-fluenciam o negócio. No entanto,a aplicação das boas práticas ex-pressas nas normas internacionaisISO incrementa a capacidade dasorganizações para gerirem e so-breviverem a situações de desas-tre. Se a informação não estiversegura, o futuro da organizaçãoestá em risco. Na esfera das amea-ças podemos considerar os desas-tres naturais (inundações, relâm-pagos, tremores de terra, incên-

dios..), as falhas humanas (errosde manutenção, erros de utiliza-ção…), as falhas técnicas (falhasde comunicação, quebra de ener-gia, avaria de equipamentos…),ou as questões sociais (greves,atentados, legislação…). Relati-vamente aos tipos de informaçãoque influenciam o negócio das or-ganizações, convém considerar ainformação acústica (conversa-ções telefónicas, em público, emreuniões…), a informação física(faxes, contratos, relatórios, ma-nuais…), a informação intelec-tual (conhecimentos dos funcio-nários), a informação visual (ví-deo, videoconferência, fotogra-fia…), ou a informação lógica (re-gistos electrónicos).

Desde os finais do século XXque a informação é tomada comoum dos componentes fundamen-tais de qualquer forma de negócio.Um sistema de gestão da seguran-ça da informação (SGSI) é um ele-mento essencial para proteger a in-formação de negócio dos variadostipos de ameaças que sobre elapendem diariamente, asseguran-do-se continuidade do negócio,minimização de riscos e maximi-zação de oportunidades.Para uma protecção adequada

do negócio têm que se identificar eavaliar, quanto à sua criticidadepara a organização, matérias es-senciais intimamente ligadas coma informação, nomeadamente aresposta a incidentes de segurança,os procedimentos operacionais ede controlo, a segurança organiza-cional, a segurança e formação dosrecursos humanos, o acesso de ter-ceiros, a classificação e controlode bens/recursos. Estes seis exem-plos de um conjunto mais vasto detemas não podem ser descuradospelas organizações.

Referencial de excelênciaISO/IEC 27002

Tendo sido inicialmente desen-volvido por grupos da indústriabritânica e publicada a primeiraversão como norma britânicaBS7799-1 no início de 1993, estereferencial tinha como mote a cria-ção de uma base comum para as or-ganizações desenvolverem, im-plementarem e medirem de formaefectiva as práticas da gestão desegurança da informação e, conse-quentemente, incrementarem aconfiança nos relacionamentos in-ter-organizacionais.Como resposta às necessidades

apresentadas pela comunidade in-ternacional, esta norma britânicaevoluiu substancialmente ao longodo tempo, tanto na sua forma, co-mo na sua abrangência, tendo sidoadoptada no ano 2000 como normainternacional em matéria de segu-rança da informação sob a desig-nação ISO/IEC 17799. Mais re-

centemente (em 2007) foi atuali-zada para a numeração ISO/IEC27002. É uma norma de segurançada informação revisada em 2005pela ISO e pela IEC.Apesar destas actualizações ao

longo do tempo, a norma continuaa ser um conjunto de recomenda-ções para práticas na gestão da se-gurança da informação, destinan-do-se a ajudar as organizações aimplementar e a manter um siste-ma de segurança da informação.A aplicação e utilização desta

norma têm sido adoptadas por di-ferentes organizações, de dimen-são pequena, média e grande, e eminúmeros países, sendo utilizadacomo “linguagem comum” em ter-mos de boas práticas em segurançada informação. A norma interna-cional ISO/IEC 27002 é um códi-go de boas práticas para a imple-mentação de um sistema de gestãoda segurança da informação.Esta norma internacional possui

como pilares fundamentais maté-rias essenciais a abordar por qual-quer organização que pretenda es-tabelecer uma postura de minimi-zação dos riscos que pairam sobrea segurança da sua informação denegócio. É desses pilares que va-mos falar a seguir.• Política de segurança.Demons-tração de suporte e compromissoda gestão de topo em implementaruma gestão eficaz do risco que pai-ra sobre a informação de negócio.Inclui, entre outras, a abordagemda organização para as diversaspráticas e posturas a tomar por to-dos os seus recursos humanos.• Organização de segurança.Existência de um fórum ou comitéde segurança da informação com a

participação da gestão de topo, es-pecialistas de segurança e respon-sáveis pelas diversas áreas de ne-gócio existentes na organizaçãopara debater e planear proactiva-mente que acções empreender,bem como traçar as políticas de se-gurança a aplicar em toda a organi-zação, definir as responsabilidadesde segurança dos diversos elemen-tos humanos e definir as condiçõesde segurança da informação a in-cluir em contratos com terceiros,por exemplo.• Controlo e classificação de re-cursos.Existência de um sistemade gestão de inventário de recur-sos críticos e não críticos da orga-nização, identificação de respon-sáveis para assegurar uma efecti-va protecção ao longo do tempo devida útil do recurso, entre outrasmatérias.• Segurança dos elementos hu-manos. Desenvolvimento de ac-ções de formação e sensibilizaçãopara a problemática da inseguran-ça da informação para todos os re-cursos humanos da organização.Atribuição de responsabilidades epapéis a desempenhar por cada umdos elementos humanos face auma situação de quebra de segu-rança ou catástrofe.• Segurança física e ambiental.Definição concreta e concisa domodelo de segurança física e am-biental a implementar, com baseem requisitos identificados paracontrolo e segurança de locais epessoas.• Gestão de operações e comuni-cações. Planeamento para o desen-volvimento de uma postura comu-nicativa eficaz que optimize a ges-tão das operações de sistemas e re-

des de comunicações. Definiçãode procedimentos de operação e desegurança dos equipamentos, ges-tão de alterações, segregação deambientes de desenvolvimento eprodução, planeamento e gestãode capacidades, cópias de seguran-ça, entre outros itens.• Controlo de acessos.Definiçãode controlos que permitam assegu-rar que determinada informação sóé acessível por aqueles que pos-suam as devidas credenciais.• Desenvolvimento e manuten-ção de sistemas. Assegurar que osprojectos de tecnologias de infor-mação e as actividades de suportesão conduzidos, desde o seu início,tendo em conta a segurança da in-formação e respeitando as políti-cas em vigor na organização.

• Gestão da continuidade do ne-gócio. Desenvolvimento de pro-cessos que permitam a gestão con-tinuada e a melhoria contínua deplanos de contingência que prote-jam os processos críticos do negó-cio contra os riscos existentes.• Conformidades. Capacidade dedemonstração a todos os elemen-tos humanos da organização,clientes, fornecedores e autorida-des externas do compromisso rela-tivamente ao cumprimento dasnormas legais e outras (internas ouexternas) relacionadas com a in-formação.A ISO/IEC 27002 permite ende-

reçar a estrutura de um Sistema deGestão de Segurança da Informa-ção de uma forma prática, comcustos eficazes, de forma realista ecompreensiva. A adopção destanorma internacional assegura oaumento da qualidade do negócio.

Aspectos essenciais para protecção dos negócios

Um sistema de gestão da segurança da informação é um elemento essencial para prote-ger a informação de negócio.

As organizações não podem descurar a segurança da sua informação. Precisam de im-plementar sistemas robustos que lhes permitam garantir a segurança e a resposta emcaso de quebra dessa segurança.

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BIOMETRIA

16|TECNOLOGIA & GESTÃO JORNAL DE ANGOLA•Terça-feira, 2 de Outubro de 2012

Uma tecnologia cada vez mais presenteÀ medida que aumentam as

quebras de segurança e as fraudes,aumenta também o recurso a solu-ções de elevada segurança. Ac-tualmente podemos encontrar so-luções biométricas em vários ti-pos de organizações, incluindo asde natureza governamental, mili-tar, educacional, ou comercial.Goste-se ou não, a biometria

tem vindo a mudar a forma comomuitas actividades são realizadaspelos humanos. A utilização decaracterísticas únicas de cada in-divíduo e a possibilidade de com-paração rápida, fornecida pelossistemas de informação actuais,apresenta inegáveis vantagens nocombate à fraude, ao crime e aoterrorismo, mas também levantaquestões relativamente ao velhoproblema dos atentados à infor-mação individual.

As soluções de biometria

Em linguagem muito simples,as soluções de biometria não fa-zem mais do que ler ou medir ca-racterísticas únicas dos indiví-duos e compará-las com as mes-mas características do mesmo in-divíduo que já tinham sido reco-lhidas e armazenadas anterior-mente num sistema (normalmenteuma base de dados). Quase todosnós já estamos habituados a iden-

tificarmo-nos regularmente nasmais diversas situações – apresen-tando o bilhete de identidade, opassaporte ou outro cartão, ouainda introduzindo códigos ou pa-lavras de passe.Com as soluçõesde biometria, o que muda é o rigorda informação utilizada para ser-mos autenticados e a verificaçãoda mesma. As impressões digitais já são uti-

lizadas actualmente em muitos do-cumentos, mas ninguém costumaverificar, por exemplo, se as im-pressões digitais do bilhete deidentidade correspondem real-mente às da pessoa que o apresenta– a não ser que existam descon-fianças de falsificação. O elementoidentificador, neste caso, costumaser uma rápida comparação entre afotografia que consta do documen-to e a pessoa que o apresenta.As soluções de biometria au-

mentam a segurança porque com-param quase de imediato as carac-terísticas únicas de um indivíduocom as mesmas que estão armaze-nadas numa base de dados. Além disso, como envolvem

características biométricas (in-trínsecas ao indivíduo), não existeo risco de perdermos os elementosidentificadores ou de nos esque-cermos deles (exceptuando os ca-sos de acidentes com consequên-cias físicas e/ou comportamen-

tais). Isto quer dizer que é realiza-da uma identificação mais com-pleta das pessoas sempre que pre-cisamos de nos autenticar, dimi-nuindo assim substancialmente aspossibilidades de fraude. Além do

rigor da identificação, podemosclassificar as soluções de biome-tria em três categorias. Uma pri-meira categoria inclui as soluçõesque se baseiam em característicascomportamentais – coisas que fa-

zemos de forma consistente (veri-ficação da voz ou da escrita ma-nual, por exemplo). Numa segun-da categoria incluem-se as solu-ções que se baseiam em caracterís-ticas fisiológicas que se mantêmestáveis ao longo da vida de qual-quer pessoa, nomeadamente as ca-racterísticas faciais, a geometriada mão e a escrita manual. A terceira categoria inclui as so-

luções que se baseiam em caracte-rísticas discretas – por exemplo, aestrutura vascular da retina.

Exemplos de informação biométrica

São muitos e variados os exem-plos de informação biométrica. Osmais comuns são as impressões di-gitais, reconhecimento da face, re-conhecimento da voz, reconheci-mento da íris, leitura da retina,geometria da mão, verificação daassinatura. Além destes exemplos de infor-

mação biométrica, existem outrosque não têm apresentado tanta via-bilidade comercial. Entre eles po-demos destacar as análises deADN, a forma das orelhas, o odorou cheiro de cada indivíduo, a lei-tura das veias das costas ou da pal-ma da mão, a geometria dos dedos,a identificação através das unhas,ou o reconhecimento da forma deandar. Convém sublinhar que al-guns dos exemplos referidos po-dem envolver várias tecnologias.Por exemplo, o reconhecimentoda face pode ser efectuado de for-ma óptica ou térmica.

Vantagens da aplicação da biometriaA biometria veio revolucionar a

identificação e a autenticação daspessoas. No passado a identifica-ção e a autenticação baseava-se so-bretudo em elementos externos –palavras de passe, códigos, nomesde utilizador, cartões, etc. Com a biometria a invadir cada

vez mais os sistemas de segurança,a identificação e a autenticaçãopassam a ser algo mais pessoal e in-trínseco aos indivíduos, de modoque muitas vezes até poderemosnem nos aperceber que estamos aser autenticados e identificados.Por exemplo, se quisermos co-

meçar a trabalhar com um com-putador, normalmente é-nos soli-citada uma palavra de passe.Com a informação biométrica,poderemos ter um leitor de im-pressões digitais ou da estruturada mão que acumula também asfunções de rato. Assim, a identificação e a au-

tenticação do utilizador passaráquase despercebida, uma vez queé efectuada logo que se coloca amão no rato. O mesmo se passacom a leitura dos olhos e das ca-racterísticas faciais, ou com aidentificação da voz.As vantagens deste tipo de

identificação e autenticação daspessoas são óbvias. Por exemplo,os elementos identificadores ex-ternos podem ser perdidos (car-tões) ou esquecidos (palavras depasse, códigos, nomes de utiliza-

dor). De igual modo, podem serutilizados facilmente por outraspessoas. Contrariamente, as ca-racterísticas biológicas utilizadaspela biometria são pessoais e in-transmissíveis (ou quase), alémde exigirem a presença física dapessoa. De qualquer forma, tam-bém existem modos de contornaros sistemas biométricos.Com base no que foi dito atrás,

a segurança tende a ser maiorcom as soluções de biometria.Por exemplo, deixam de se escre-ver códigos em folhas de papelque se guardam na carteira ounoutro local para evitar o esque-cimento, e não se perdem ou sedeixam em casa os cartões deidentificação. As característicasbiométricas de uma pessoa an-dam sempre com ela (fazem parteintegrante dela).Há mesmo quem resuma as

vantagens dos sistemas biométri-cos em duas palavras: segurança econveniência. A segurança muitoapertada tende a deixar de serconveniente (pelo que é boicotada pelos utilizadores). De igual

modo, a grande conveniência (fa-cilidade) tende a ser pouco segu-ra. É a este ciclo vicioso que pre-tendem responder os sistemas debiometria, tornando os processosde identificação e de autenticaçãomais seguros e convenientes.A detecção de fraudes também

fica mais facilitada. Imagine que

uma pessoa optou por se identifi-car perante um sistema com o de-do indicador direito e/ou com aleitura do olho direito. Numa tentativa de intrusão ilí-

cita, essa pessoa terá que ser utili-zada pelos intrusos, tendo assimoportunidade de alertar o sistemada potencial fraude, colocando,por exemplo, outro dedo para lei-tura e mostrando o outro olho.Claro que as amputações tambémsão possíveis, mas a conjugaçãode vários dados biométricos tor-nará os sistemas quase inquebrá-veis, embora também diminua aconveniência referida atrás.

Aplicações da biometria

As aplicações da biometria sãomuitas e bastante variadas. Desdeos aeroportos (passaportes comdados biométricos, por exemplo),até às instituições de ensino, pas-sando ainda pelos próprios super-mercados e outras lojas, pelos con-troladores de entrada nas organi-zações, ou pelo próprio acesso aostransportes públicos, as possibili-dades são praticamente ilimitadas.Se quisermos fazer compras,

actualmente temos que ir para asuperfície comercial com algumaforma de pagamento (dinheiro oucartões). No entanto, se as nossasimpressões digitais ou outros da-dos biométricos estiverem rela-cionados de alguma forma com a

nossa conta bancária (a exemplodo que acontece actualmentecom os cartões de crédito), o dé-bito poderá ser efectuado comuma simples leitura de uma ca-racterística pessoal e após a auto-rização desse débito. No entanto,esta não parece ser uma tendên-cia, dado que o futuro parece per-

tencer aos pagamentos móveiscom aplicações de carteira digi-tal, de que já falámos neste cader-no em semanas anteriores.Antes de se optar por um deter-

minado sistema biométrico, ouconjugação de sistemas, conviráavaliar sempre os prós e os con-tras de cada solução concreta.

Com a biometria a invadir cada vez mais os sistemas de segurança, muitas vezes atépoderemos nem nos aperceber que estamos a ser autenticados e identificados.

Os passaportes são um meio comum de identificação internacional. A informação bio-métrica reduz grandemente as possibilidades de falsificação.

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TECNOLOGIA & GESTÃO|17JORNAL DE ANGOLA•Terça-feira, 2 de Outubro de 2012

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Reduzir custos e optimizar processosGESTÃO DE ARMAZÉM

18|TECNOLOGIA & GESTÃO JORNAL DE ANGOLA•Terça-feira, 2 de Outubro de 2012

A qualidade de serviço, a renta-bilização dos espaços nos arma-zéns, a gestão de stocks e as novasnormas internacionais são facto-res preponderantes que obrigamas empresas do sector a investirem soluções informáticas. Nenhuma tecnologia permite

uma resolução perfeita de todos osproblemas, mas pode ajudar a re-duzir drasticamente os erros hu-manos e a aumentar a produtivida-de de todos os processos de umaempresa de logística.Um bom sistema de gestão de

armazém permite um melhor con-trolo dos stocks, reduz os erros eoptimiza os processos e a utiliza-ção dos espaços. Com uma concorrência cada

vez maior, esse ganho de eficiên-cia pode ser vital no sector da dis-

tribuição, tendo em conta a neces-sidade de reduzir ao máximo oscustos das operações e os stocksem armazém (gestão do stocksjust-in-time).O aumento de encomendas per-

sonalizadas de baixo volume su-jeitas a manipulação (picking àpeça) também condiciona expo-nencialmente a eficiência dos pro-cessos de armazenamento. A per-da de tempo para a procura de pe-quenos artigos, os stocks paradose as zonas aleatoriamente vaziassão fontes de improdutividade.

O que é um sistema de gestão de armazém

Um sistema de gestão de arma-zém baseia-se fundamentalmentenuma base de dados estruturada,

onde todos os artigos e localiza-ções estão referenciados e respec-tivamente associados. Quando édada a entrada de um item em ar-mazém (palete, caixa, envelo-pe...), o seu código único, bilhetede identidade do produto, é lidocom a ajuda de um leitor óptico e asua informação detalhada é regis-tada na base de dados (origem, da-ta de validade, peso etc.).O artigo fica então imediatamen-

te disponível no sistema e pode serde seguida arrumado numa zonadevidamente identificada. Todos os processos internos (ar-

rumação, reposicionamento, pi-cking, cross docking, inventá-rios...) são controlados com a ajudade terminais portáteis, que lêem si-multaneamente os códigos dos ob-jectos e as suas localizações res-pectivas. A leitura do código dedestino é sempre obrigatória paraassegurar a rastreabilidade do pro-duto.Durante o tratamento das recep-

ções e das expedições de mercado-ria, o sistema de gestão indica aosoperadores onde devem ser colo-cados ou de onde devem ser retira-dos artigos, indicando, por exem-plo, o caminho ou o percurso maisrápido para finalizar a preparaçãode uma encomenda. O sistema de gestão de armazém

em tempo real traduz-se noutragrande vantagem: enquanto os in-ventários anuais paralisam uma

empresa durante vários dias segui-dos, a gestão em tempo real tornapossível a realização de inventá-rios cíclicos ao longo do ano, du-rante períodos normalmente im-produtivos.Através deste sistema também é

possível emitir alertas quando osstocks atingem certos valores. Sãoassim emitidos avisos de rupturasde stock, ou de stock que atingiu adata limite de armazenamento,permitindo o reaprovisionamentodo armazém a tempo e horas. As várias ferramentas de análi-

se, como os relatórios de estatísti-cas de fluxos em armazém, ou o es-tado das estenderias através degráficos explícitos, proporcionamaos responsáveis logísticos umamelhor gestão das encomendas.Tudo isto é possível com equipa-

mentos portáteis munidos de te-cnologia de comunicações sem fioe de leitores ópticos. Estes termi-nais de registo estão permanente-mente ligados ao sistema central,permitindo um controlo de tarefasem tempo real no próprio local on-de as mesmas são realizadas. O tra-balho dos operadores fica assimfacilitado e os erros de registos di-minuem significativamente.Desta forma, uma empresa de

logística equipada com um siste-ma de gestão de armazém pode se-guir constantemente e de formaexacta o percurso de uma merca-doria, desde a recepção, até à saí-

da, garantindo uma melhor quali-dade de serviço.A rastreabilidadedos produtos é devidamente asse-gurada desde a produção até aodestino final. Por sua vez, o aumento do con-

trolo da mercadoria, os monos, oserros de entrega e os desvios em ar-mazém são consideravelmente re-duzidos. A informatização de todosestes processos logísticos tambémdá aos gestores a oportunidade deintroduzirem novas regras em or-ganizações resistentes à mudança. Ao quebrar métodos de trabalho

arcaicos, a evolução de uma em-presa torna-se possível, adoptandométodos muito mais eficazes.

Um bom sistema de gestão de armazémpermite um melhor controlo dos stocks,reduz os erros e optimiza os processos ea utilização dos espaços.

A tecnologia ajuda a reduzir drasticamente os erros humanos e a aumentar a produtividade.

Com os níveis actuais de concor-rência, o posicionamento no mer-cado exige capacidade de resposta,qualidade de serviço e organizaçãodos dados relativos à prestação dosserviços. Estes são factores essen-ciais para a fidelização dos clien-tes. A imagem, a competitividade ea organização das empresas queactuam na área do field service po-dem ser fortalecidas consideravel-mente com a ajuda de uma soluçãode mobilidade.A estrutura de uma empresa de fieldservice sem solução móvel pode serrepresentada da seguinte forma:• Recolha das ordens de trabalho.Geralmente, os técnicos têm que seapresentar na sede da empresa pararecolherem e entregarem as ordensde trabalho do dia e para carrega-rem os veículos. Esta ida ao escritó-rio representa em média uma horade trabalho por dia e para cada umdos técnicos. Devido aos horários de trabalho, ostécnicos costumam chegar todos aomesmo tempo, o que provoca al-gum caos na empresa. Por sua vez,as ordens de trabalho são estáticas(suporte em papel).• Stocks. Neste tipo de actividade,torna-se muito complicado inven-tariar os stocks e as ferramentas queestão presentes nos armazéns, bemcomo nas carrinhas de serviço. Énecessário verificar a disponibili-dade dos produtos.• Central telefónica. Os dados reco-

lhidos pela central telefónica nãopodem ser tratados imediatamente,o que faz com que não exista umagestão rigorosa das equipas.• Entregas. O serviço prestado temque ser facturado nos dias a seguir àsua execução. Por isso, é necessárioentregar no final do dia todos os do-cumentos relativos aos serviçosefectuados.• Concorrência. Os clientes que nãopodem ou não querem esperar mui-to tempo, acabam por recorrer àempresa que lhe oferecer maior ra-pidez e melhor organização.Neste contexto, os técnicos po-

dem ser profissionais excelentes,efectuando um serviço de qualida-de. No entanto, devido à falta de or-ganização, os serviços prestadospodem não ter o tempo de respostaadequado às necessidades do cliente.

Vantagens de uma solução móvel para as empresas

A gestão documental é geral-mente muito pesada e a gestão dosarmazéns não existe, pelo que osinventários tornam-se fastidiosose incertos. A exemplo do que foidito atrás, também podemos iden-tificar várias vantagens de uma so-lução móvel para ajudar as empre-sas a melhorarem o seu desempe-nho de negócio.• Ordens de trabalho.As ordensde trabalho passam a ser dinâmi-cas. Os técnicos vão directamente

para o cliente. No caso dos veícu-los disporem de um sistema deGPS (Global Positioning System),a distribuição das tarefas é facilita-da, uma vez que pode ser feita a ve-rificação da disponibilidade e daproximidade. Quanto aos dados,são integrados automaticamenteno sistema de gestão.• Servidor. A centralização da infor-mação permite uma melhor gestãodos stocks disponíveis, das ferra-mentas, das equipas, dos clientes edo trabalho efectuado. Pode ser apli-cado o conceito de rastreabilidade

para acompanhar os processos des-de a sua origem até ao seu desfecho.• Central telefónica. Os pedidosdos clientes podem ser considera-dos de imediato. Com a ajuda deuma aplicação de gestão de frotas alocalizar e a verificar a disponibili-dade de cada uma das equipas pre-sentes no terreno, o cliente pode teruma resposta imediata.• Armazéns. Cada viatura passa aser um armazém. A sincronizaçãodos dados em tempo real permiteuma visão real dos stocks disponí-veis (e onde estão disponíveis).

• Sincronização dos dados. Os ter-minais móveis podem sincronizaros dados com o servidor a qualquermomento, recebendo novas ordensde trabalho em praticamente qual-quer local e em qualquer altura.Num nível mais global, as vanta-

gens referidas atrás traduzem-se emganhos relativamente à organiza-ção das empresas e à produtividadedas equipas. No que se refere à or-ganização da empresa, a integraçãode uma solução móvel pode revolu-cioná-la. A centralização e a infor-matização dos dados permitemuma melhor gestão das frotas, dosstocks e das ferramentas. A automatização dos processos

elimina grande parte dos suportesem papel, eliminando assim muitasfontes de introdução e de multipli-cação de erros nos dados sensíveisda gestão. Os arquivos informatiza-dos permitem uma ratreabilidadeavançada dos serviços.Do lado da produtividade das

equipas, os técnicos passam a termais tempo disponível para as suasintervenções no terreno (podendoassim aumentar as vendas). Por sua vez, a implementação de

sistemas de GPS nas viaturas per-mite uma localização fiável dasequipas té-cnicas, o que possibilitauma melhor distribuição de tarefase o consequente aumentando deprodutividade dos funcionários. Otempo de resposta ao cliente tam-bém é melhorado.

Vantagens das soluções móveis para empresas de field service

A imagem, a competitividade e a organização das empresas que actuam na área do fieldservice podem ser fortalecidas com a ajuda de uma solução de mobilidade.

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TECNOLOGIA & GESTÃO|19JORNAL DE ANGOLA•Terça-feira, 2 de Outubro de 2012

NOVIDADES TECNOLÓGICAS

Algumas novidades do salão internacional IFAA estratégia da Seiko Epson Cor-

poration trouxe uma nova palavra eum novo conceito para os não japo-neses. Durante uma apresentaçãona feira internacional de Berlim(IFA), o presidente global da com-panhia, Minoru Usui, disse quequer “construir produtos que consi-gam exceder a imaginação dosclientes”. Para isso está determina-do a criar uma companhia que seconcentre nos seus pontos fortes eque possa, a curto e médio prazo,ignorar as tendências económicas.A ideia subjacente desta estraté-

gia da Seiko Epson é a da tradiçãojaponesa designada por Monozu-kuri, que é a arte e a ciência de criarprodutos que desencadeiem umsorriso nos clientes. O outsourcingde produção para outras empresasnão é uma forma ideal de criar pro-dutos genuinamente excepcionais,

afirmou Usui. Para tornar a estraté-gia realidade, o presidente globalda Seiko Epson criou na sede dacompanhia uma escola Monozuku-ri, onde todos os novos empregadosaprendem a montar uma impresso-ra e um relógio e a desmontá-los denovo.Entre os mais recentes desenvol-

vimentos da Seiko Epson, MinoruUsui falou de vidros (ecrãs) de ví-deo transparentes que podem serutilizados para ver filmes ou outrasimagens, permitindo também ver oque está a acontecer atrás do ecrã. Aempresa está a trabalhar já numasegunda geração mais leve deste ti-po de tecnologia de ecrã transpa-rente.Outra tecnologia em que a Seiko

Epson está a trabalhar inclui brace-letes que podem transmitir a ummédico ou a um familiar dados so-

bre a saúde de quem as utiliza. Essemédico ou familiar pode ser aleter-tado para eventuais problemas atra-vés de um televisor “inteligente”.Estas pulseiras são adequadas parapessoas de mais idade que vivemsozinhas, podendo assim ser moni-torizadas em permanência por al-guém e socorridas prontamente emcaso de problemas de saúde.Evidentemente, Usui também se

referiu aos desenvolvimentos que aSeiko Epson está a introduzir naárea das impressoras, sublinhandoque imagina um futuro em que po-deremos imprimir tudo, incluindopeças de roupa, ou mesmo apare-lhos de televisão. A ideia de MinoruUsui e da Seiko Epson é alargar asfronteiras do possível o mais quepuderem. Sem dúvida, uma pales-tra inovadora, optimista e voltadapara o futuro.

Minoru Usui, presidente global da Seiko Epson proferiu um discurso inovador, optimistae voltado para o futuro durante a IFA.

Durante a IFA 2012 a Telefunkenapresentou um dos computadoresmais pequenos do mundo. Tem omesmo formato de um acessórioUSB e pode transformar qualquertelevisor ou ecrã num terminal in-teligente. Esta marca bem conheci-da um pouco por todo o mundo estáa ser gerida pela Live Holding soba forma de licença a nível interna-cional, com um standard uniformede qualidade e uma rede de 50companhias parceiras, de acordo

com as explicações dadas por Sergio Klaus-Peter Voigt, presi-dente da Telefunken.A gama de produtos da Telefun-

ken disponíveis no mercado in-cluem televisores (em parceriacom a Vestel), unidades hi-fi, ta-blets e telefones móveis. Tambémforam criadas divisões para a ilu-minação LED, edifícios inteligen-tes e autotainment (tecnologiaorientada para o entretenimento in-corporada nos automóveis).

Computador mais pequeno do mundo é da Telefunken

A presença da Deutsche Tele-kom (operador alemão de teleco-municações) na IFA foi marcadapela aposta da companhia no en-tretenimento móvel. A gama En-tertain-IPTV passou a incluir oEntertain to go. O objectivo do operador ale-

mão é expandir a sua oferta DSL,não apenas às televisões domés-ticas, mas também aos smart-phones, tablets e PCs.Por razões legais, o Entertain to

go ainda está limitado à rede do-méstica WLAN, mas a ideia é queposteriormente possam ser utili-zadas as redes 3G (de terceira ge-ração), ou mesmo as redes de te-lefone móvel LTE. O tradicionalserviço SMS (serviço de mensa-

gens curtas) também está prestesa ver as suas funcionalidadesalargadas, dado que um conjuntode operadores de redes de teleco-municações e de fabricantes determinais querem dar início auma nova era, desenvolvendo es-pecificações conjuntas para essaexpansão funcional do SMS. A ideia é passar a incluir com-

ponentes de vídeo, permitir atransmissão de dados e de ima-gens ao mesmo tempo que está adecorrer uma conversa telefóni-ca, ou permitir videochamadassem custos adicionais.No que se refere aos iPhones e

iPads à prova de quedas e deágua, a Lifeproof resolveu brin-dar os visitantes da IFA com estes

equipamentos a caírem de alturasde um metro para o chão ou amergulharem num aquário, con-tinuando a funcionar. O segredoestá nas caixas disponibilizadaspor esta empresa da Califórnia(Estados Unidos da América),com uma espessura de 11,1 milí-metros e um material ultra-leve àbase de policarbonato e um plás-tico elástico que reduz o impacto.A empresa garante que os equi-

pamentos equipados com estascaixas podem ser mergulhadosem água até uma profundidade dedois metros e que podem cair pa-ra o chão (de cimento) de alturasaté 1,2 metros. Já estão a ser de-senvolvidas caixas idênticas paramodelos de outros fabricantes.

Entretenimento móvel com iPhones e iPads à prova de quedas e de água

Na opinião de Pim van der Jagt,director de gestão na Ford Research& Advanced Engineering Europe, aFord não se vê a si mesma apenascomo fabricante de automóveis,mas também como uma empresa detecnologia. Para provar isso mes-mo, na IFA 2012 apresentou a se-gunda geração do seu sistemaSYNC, desenvolvido em conjuntocom a Microsoft. Esta segunda ge-ração, designada por “My FordTouch”, permite a utilização de te-lefone móvel em modo mãos livrese converte as mensagens SMS parafala e vice-versa. De igual modo, osistema de entretenimento pode sercontrolado com comandos de voz.No que se refere à segurança au-

tomóvel, é activada uma função dechamada de emergência automáticaem caso de acidente. A tecnologiada Ford inclui ainda um sistemaque, a exemplo do que acontece naaviação, evita colisões, bem comouma forma de assistência que assu-me o controlo do veículo em situa-ções de tráfego congestionado.Quanto aos notebooks que se

transformam em tablets, foi uma no-vidade da Dell, que mostrou grandeinteresse nos equipamentos convertí-veis ou adaptáveis. Mais concreta-

mente, o novo equipamento DellXPS Duo 12, apresentado como umnotebook, pode transformar-se emtablet. Este equipamento foi cons-truído em fibra de carbono e tem umamoldura de alumínio em torno doecrã. Por sua vez, o modelo XPS 10permite que o ecrã seja retirado do te-clado para ser utilizado como tablet.O presidente da Dell EMEA (Eu-

ropa, Médio Oriente e África) des-tacou ainda alguns números na suaconferência de imprensa durante aIFA. Por exemplo, referiu que sãoenviados 168 milhões de emails porminuto em todo o mundo e que sãodescarregadas (downloaded) 24 ho-ras de conteúdos vídeos da Internet.Por sua vez, o Facebook regista oimpressionante número de 250 mi-lhões de fotos por dia.

Carros com comando de voz e equipados com notebooks

Sabia que existe uma associa-ção da indústria de ajuda à audi-ção? É mais ou menos desta formaque podemos traduzir o nome daNational Association of the Hea-ring Aid Industry. E não se destinaapenas a quem tem falta de ouvi-do! Na realidade poderá ter umpapel extremamente importantena tecnologia do futuro.É cada vez maior o número de

equipamentos que utilizam o con-trolo com base na voz. Ou seja,

baseiam-se na voz e na audição.No entanto, a National Associa-tion of the Hearing Aid Industryapresentou um relatório na IFA2012 que mostra que só 50 porcento dos inquiridos estão satis-feitos com essa tecnologia. Ou se-ja, metade dos utilizadores não es-tá satisfeita. As críticas recaemsobretudo nos problemas técnicose na reprodução ineficaz da voz.Uma minoria dos inquiridos tam-bém referiu que sofre de proble-

mas auditivos. É aqui que entramos membros da associação da in-dústria de ajuda à audição, dadoque as ajudas à audição modernaspodem ajudar os utilizadores comtecnologia avançada e sem fio.Essa tecnologia pode ser ligada aecrãs de televisão, telefones mó-veis e tablets, de modo a que nin-guém se veja constrangido a evi-tar os equipamentos controladosatravés da voz (que tende a ser ca-da vez mais).

Associação da indústria de ajuda à audição

Para muita gente a lavagemdos dentes continua a ser um in-cómodo. Nem as escovas eléctri-cas respondem a muita gente.Pois bem, agora a Emmi Ultraso-nic apresentou um sistema de la-vagem dos dentes revolucioná-

rio. O sistema de cuidados dentá-rios “Emmi-dental-Professio-nal” produz até 96 milhões de os-cilações por minuto no ar paraformar espuma com uma pastade dentes especial. Essa espumapenetra nos mais pequenos espa-

ços entre os dentes e conseguedestruir as paredes e o núcleo dascélulas das bactérias que po-voam a boca. Pelo menos foi issoque afirmou Hugo Hosefelder,gestor de desenvolvimento naEmmi Ultrasonic.

Lavagem de dentes destrói literalmente as bactérias

A Ford não se vê a si mesma apenas comofabricante de automóveis, mas também como uma empresa de tecnologia.

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