ideológicas da política no século xix: liberalismo e ... · principais correntes ... uma visão...

36
6. Ideias e regimes políticos. Principais correntes ideológicas da política no século XIX: liberalismo e nacionalismo. A construção dos Estados nacionais. Principais correntes ideológicas da política no século XX: democracia, fascismo, comunismo. O liberalismo no século XX.

Upload: lykien

Post on 28-Dec-2018

216 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

6. Ideias e regimes políticos. Principais correntes ideológicas da política no século XIX: liberalismo e nacionalismo. A construção dos Estados nacionais.

Principais correntes ideológicas da política no século XX: democracia, fascismo, comunismo. O liberalismo

no século XX.

As ideias podem significar “conceito” ou “objetivo”. Emambas as acepções, destinam-se a descrever ou reproduzir,através de imagens (que podem ser mais ou menos fiéis), umobjeto que na realidade não está presente nos sentidos.“IDEOLOGIA” É um conjunto de ideias e crenças, mediante as quais ohomem percebe o mundo exterior e atua sobre a informação,interpretando-a , a fim de compreender esse mundo e lidarcom ele.As ideologias tendem a ser orientadas para a ação: iniciamos comportamentos e agregam indivíduos que agem juntos(ou são influenciados para assim agirem) de modo a alcançardeterminados resultadosTodas as ideologias tratam de valores e visam a preservar oua mudar uma situação ou um estado de coisas existente. Porisso, as Ideologias podem dar origem aos movimentospolíticos e dar sustentação e legitimidade aos regimespolíticos.

NOGUEIRA (2010 p.205-206) a palavra “ideologia” foiusada pela primeira vez “em 1796, para se referir a umapossível ciência das ideias, que nunca se desenvolveu, nemchegou a se materializar”.

Mais tarde assumiu o significado de cosmovisão, ou seja:uma visão sistemática e única da totalidade do mundo e deseus problemas.

No século XIX continuou a ter o significado de cosmovisão,mas agregou a concepção de que seria uma visão distorcidaou falsificada do mundo, elaborada por ideólogos.

MARX E ENGELS é “uma falsa consciência da realidade”,podendo ser utilizada como instrumento de dominação declasse.

NISBET “as ideologias, como as teologias, tem seusdogmas: grupos de crenças e valores”

REGIME POLÍTICO é o conjunto de instituições políticaspor meio das quais um estado se organiza de maneira aexercer o seu poder sobre a sociedade. Tais instituiçõespolíticas têm por objetivo regular a disputa pelo poderpolítico e o seu respectivo exercício, inclusive orelacionamento entre aqueles que detêm o poder político(autoridade) e os demais membros da sociedade(governados). Os regimes políticos contemporâneos sãodemocracia, autoritarismo e totalitarismo

O regime político adotado por um Estado não deve serconfundido com a sua forma de Estado (unitário oufederativo), com sua forma de governo (república oumonarquia), nem com o seu sistema de governo(presidencialismo ou parlamentarismo,e suas variações)

Funções das Ideologias:

1)Solidariedade e mobilização as ideologias servem deelemento de identidade pelo compartilhamento de ideias,crenças e valores e assim definem o que é comum e o que éo alheio, o estranho, e até o inimigo. Assim, criam umsentimento de propósito e de ação comuns, operando comouma força integradora, unificadora e mobilizadora.

2)Organização e mobilização uma organização existequando os indivíduos desempenham diferentes papéis efunções com a finalidade de atingir um determinadoobjetivo. A ideologia proporciona essa percepção deobjetivos comuns e meios articulados para a sua consecuçãoe encoraja os indivíduos a executar as tarefas objetivadas.

3)Expressão a ideologia proporciona um veículo para expressartraços de personalidade (o autor fala da “personalidade autoritária”),desejos, esperanças e interesses. Mas não são somente os interessesmateriais que geram uma ideologia. John Stuart Mill “Uma pessoacom uma ideia é um poder social igual a noventa e nove outros que sótêm interesses” (in Governo Representativo)

4)Manipulação a ideologia pode envolver a deliberada formulaçãode proposições, para incitar ou induzir os indivíduos a agir em buscar definalidades que ou não estão inteiramente explícitas ou que podemestar cuidadosamente ocultas.

5)Comunicação a ideologia é uma linguagem simplificada, baseadaem símbolos, conceitos simples, que favorecem a comunicação e arotulagem e, por consequência, a identificação dos diversos discursos eatores.

6)Afeto a ideologia proporciona ligação emocional, sentimento depertencimento, vínculos afetivos em torno de identidadescompartilhadas.

Tipos de Ideologias Políticas:

a)Ideologias de Status Quo defendem e racionalizam(oferecem explicações aparentemente racionais) a ordemeconômica, social e política existente em qualquer época ouem qualquer sociedade .

b)Ideologias Radicais ou Revolucionárias advogammudanças de longo alcancen a ordem econômica, social epolítica existente.

c)Ideologias Reformistas defendem mudanças graduais naordem econômica, social e política existente em qualquersociedade.

Ideologias mais Importantes critérios

1-AmplitudeÉ o âmbito de cobertura das crenças evalores de uma ideologia, sua lógica e estrutura interna

2-Difusão é a extensão de tempo na qual uma ideologia éoperativa, ou seja, é professada e afeta a vida dos indivíduosque a compartilham

3-Extensãoé o número de indivíduos (ou espaçopopulacional) que compartilham uma ideologia

4-Intensidadeé a força do apelo de uma ideologia, alealdade que suscita, a profundidade dos sentimentos quemobiliza, o compromisso emocional que desencadeia.

PRINCIPAIS CORRENTES IDEOLÓGICAS DA POLÍTICA NOSÉCULO XIX: LIBERALISMO E NACIONALISMO

LIBERALISMO

Corrente Ideológica que se originou da reação doscomerciantes, emprestadores de dinheiro, artesãos epequenos industriais contra a monarquia absoluta, anobreza agrária e a Igreja. Possui três fundamentos ounúcleos: moral, econômico e político.

1-O fundamento ou núcleo moral :

Concepção antropocêntrica.

Ideia de valor intrínseco do homem, enquanto indivíduo ( enão como membro de um grupo de status). O indivíduo “pornatureza” tem direitos : à vida, à dignidade e à liberdade.

A liberdade pessoal consiste no conjunto de proteções contra a açãoarbitrária do Estado e o seu requisito básico é o de que todos (inclusiveos governantes) vivam sob leis conhecidas. Ninguém poderá ser presosem conhecer os motivos e sem ter sido julgado por um juiz imparcial;ninguém terá o seu domínio privado violado pelo Estado, sem amparoem uma decisão judicial; ninguém terá a sua integridade física violada,ninguém terá a sua circulação pelo espaço físico impedida, ninguémpoderá ser punido pelas suas crenças religiosas, etc.

A liberdade civil refere-se aos canais e áreas livres e positivas deatividade e participação humana, que dependem da liberdade depensamento: liberdade de opinião, liberdade de expressão oral ouescrita, liberdade de divulgação de ideias, liberdade de discussão e deassociação.

A liberdade social corresponde ao que hoje se conhece como“mobilidade social”,ou o direito de progredir e de ter oportunidades dealcançar uma posição social compatível com suas potencialidades eméritos pessoais ( e não de grupo, de família ou de status).

2-O fundamento ou núcleo econômico é a ideia de que asliberdades econômicas são tão essenciais quanto as demais: odireito de propriedade, o direito de produzir, comprar, vender,acumular riquezas, tomar iniciativas de trabalho, etc.

O principal argumento em defesa dessas liberdades é o carátervoluntário das relações entre os diversos agentes econômicos,expressa como a “liberdade de contratar” . O ponto de encontrodas várias vontades individuais, onde se estabelecem as relaçõescontratuais, é o mercado. É onde se reúnem indivíduos livres,racionais e auto-interessados.

A essência do liberalismo está na passagem de uma ordembaseada no status (relações grupais fixas, baseadas na origem denascimento) para uma ordem baseada no contrato (relaçõesbaseadas na auto-determinação individual).

Argumento teórico:

ADAM SMITH (A Riqueza das Nações e a Teoria dosSentimentos Morais) qualquer indivíduo é o melhorárbitro das suas ações e dos seus interesses. Se todostiverem oportunidade de realizar livremente os seusinteresses, eles o farão, e assim a sociedade irá prosperar. Aharmonia social e econômica resulta da livre concorrência eda interação de interesses e forças econômicas (dinâmica domercado) – identificação natural dos interesses.

O mercado é um sistema de liberdade natural que só podeoperar com perfeição se não sofrer as distorçõesprovenientes dos sistemas de repressão (Estado, governo).

JEREMY BENTHAM formulou os princípios do utilitarismo, quevieram a completar a fundamentação da concepção do livre-mercado. Resumidamente

(a) todos os objetos tem uma utilidade, ou seja, podem satisfazea uma necessidade;

(b) a utilidade é subjetiva, portanto, cabe a cada homem decidirqual objeto atende às suas necessidades;

(c) o princípio que rege todas as ações humanas é a busca dasatisfação (prazer) e a fuga ao sofrimento. Como todo homemé o melhor juiz da sua felicidade e todos buscam a felicidade,todos são auto-interessados.

Daí decorre que se todos tiverem a liberdade para buscar o seuprazer e evitar o sofrimento, haverá a maior felicidade do maiornúmero – sem a necessidade de intervenção do Estado. ParaBENTHAM a liberdade deve ser defendida pela sua utilidade.

JOHN STUART MILL Se a identificação natural dosinteresses não for completa, como evitar que a felicidade deum homem signifique o sofrimento de outros?

Pelo esclarecimento: o auto-interesse dá lugar ao “auto-interesse esclarecido” auto-contenção resultante daeducação.

Ao invés de buscar egoisticamente o seu prazer imediato, oshomens aprenderiam a hierarquizar os objetos de prazernão por padrões subjetivos, mas pela sua qualidadeintrínseca.

3-O fundamento ou núcleo político é composto por quatroprincípios: o consentimento individual (proposto por JohnLocke); a representação e o governo representativo (JohnLocke e John Stuart Mill); soberania popular (proposta porJean-Jacques Rousseau); e o constitucionalismo (Locke,Montesquieu e os federalistas americanos);

3.1-O consentimento individual é o que dá origem à ordempolítica: cada indivíduo consente em obedecer a uma leicomum, um juiz comum e um poder executivo comum. Oconsentimento é sempre individual, não tem que serunânime e é a fonte da autoridade e a base da obediência.Os homens consentem porque a vida em uma comunidadepolítica (ESTADO) é a melhor forma de preservar sua vida,sua liberdade e seus bens.

3.2-No sistema proposto por Locke, a autoridade política emana dopovo: esta é a ideia de governo representativo para Locke, daí aproposta de soberania parlamentar e governo da maioria.

Além de Locke, também John Stuart Mill acreditava que o governorepresentativo seria melhor proteção para os indivíduos –contra osprivilégios da nobreza e da Igreja- mas temia a tirania da maioria.

Mill apontou dois perigos do governo representativo: a ignorância eincapacidade gerais e o perigo da influência de interesses nãocoincidentes com o bem-estar geral da comunidade.

3.3-A concepção do governo representativo foi questionada por Jean-Jacques Rousseau, que defendeu uma doutrina radical de soberaniapopular, contra o absolutismo. Para Rousseau a soberania erainalienável, infalível e indestrutível. Ele a chamava de vontade geral,mas considerava que a representação poderia distorcê-la.

3.4-O Constitucionalismo é a concepção de que tantogovernantes como governados devem estar subordinados àlei.

Tanto Locke quanto Montesquieu viam na Constituição amaneira de limitar o poder político, mesmo quando esse sebaseasse na vontade do povo.

Os federalistas americanos orientaram-se para aformalização legal – uma Constituição escrita queestabelecesse limitações explícitas aos governantes,institucionalizasse a separação dos Poderes com controlesmútuos e estabelecesse procedimentos que impusessem aresponsabilidade dos governantes frente aos governadosatravés de eleições periódicas.

O liberalismo é uma teoria e uma ideologia anti-Estado, queatribui mais valor ao indivíduo e às suas iniciativas do queao Estado e sua intervenção. Os indivíduos e as instituiçõessociais são vistos como claramente separados do Estado,duas diferentes esferas de vida e de ação.

Segundo MILL, quando essas duas esferas se relacionam, afunção do Estado é a de proteger as liberdades pessoais,civis e econômicas – em outras palavras: proteger oindivíduo.

As relações entre Estado e sociedade ou individuo sãoantitéticas: onde cresce o poder do Estado diminui o poderdos indivíduos.

O grande problema do pensamento liberal é definir ondedeve passar a linha demarcatória que separa o Estado dasociedade e dos indivíduos.

Mill oferece um critério: os atos individuais que afetamsomente o próprio indivíduo não dizem respeito ao Estado.Somente cabe ao Estado regulamentar os atos que afetamnegativamente outras pessoas ou terceiros.

Outra questão é quando o Estado pode atuar sobre os atosque afetam terceiros: após o efeito ter acontecido, oupreventivamente, antes que o efeito se faça sentir?

NACIONALISMO

Conceitos básicos:

1-Estado é o poder soberano exercido como monopólio douso da violência sobre um povo em um determinadoterritório

2-Nacionalidade implica identidade étnica e/ou cultural,com base em critérios variados; língua, religião, raça,tradições, consciência histórica, território, destino comum.

3-Estado-Nação ou Estado nacional é o Estado que derivasua legitimidade e identidade de uma nacionalidade.

Um Estado pode incluir uma ou várias nacionalidades (ex:Império Austro-Húngaro, URSS, Iugoslávia, pré-1992).

O Nacionalismo é a ideologia que afirma o direito de umadada nacionalidade de formar um Estado e se organizacomo um “movimento” político para consegui-lo.

NACIONALISMO

Critérios Objetivos de Nacionalidadelíngua, religião,história e tradições comuns, território comum.

Religião especial importância no período de formação daconsciência nacional e de afirmação da independênciapolítica de Estados-Nações nos séculos XVI e XVIIguerrasreligiosas mobilizavam o povo

Raça usada principalmente no século XX pelos nazistas

Etnicidade é expressão mais ampla, que pode ou não incluira raça, mas refere-se a atributos culturais comuns queformam o senso de nacionalidade

NACIONALISMO

Critérios Subjetivos de Nacionalidade

nacionalismo e autodeterminação

Nacionalismo se torna uma ideologia e um movimentoquando expressa uma auto-consciência que quer afirmarsua singularidade e formar um Estado. O elemento subjetivoestá na vontade e no propósito.

Autodeterminaçãodireito dos que constituem umanacionalidade para formarem seu próprio Estado soberano.

Século XVIII Iluminismo,Racionalismo, Liberalismo

Século XIXmarcado pelo lirismo, pela subjetividade e pelaemoção O Romantismo foi uma ideologia que originouum movimento artístico, filosófico e político, surgido nasúltimas décadas do século XVIII na Europa, que perduroupor grande parte do século XIX, num ambiente intelectualde grande rebeldia.

O Romantismo valorizava as forças criativas do indivíduo eda imaginação popular. Opunha-se aos clássicos e baseava-se na inspiração fugaz dos momentos fortes da vidasubjetiva: na fé, no sonho, na paixão, na intuição, nasaudade, no sentimento da natureza e na força das lendasnacionais.

O Romantismo surgiu primeiro onde mais tarde veio a ser aAlemanha, e teve uma fundamental importância naunificação germânica. Caracterizou-se como uma visão domundo contrária ao racionalismo e ao iluminismo e buscouo nacionalismo, que viria a consolidar os estados nacionaisna Europa

O NACIONALISMO é uma ideologia de desenvolvimentorecente Europa, no final do século XVIII. Originou-se doideal da Fraternidade da Revolução Francesa e desenvolveu-se com base no Romantismo.

Desenvolveu-se ao longo de todo o século XIX, alimentandoas lutas nacionalistas, e propagou-se, após a SegundaGuerra Mundial, às antigas colônias europeias da África,Oriente Médio e Ásia.

O nacionalismo é uma ideologia que destina-se adesenvolver e mobilizar uma consciência nacional em umapopulação politicamente inconsciente, com o objetivo demobilizar a população e fazer surgirem novas lideranças.

Sua característica central é uma mensagem de unificação eintegração, que solidifica a comunidade, cria lealdades euniformidades, a fim de absorver o indivíduo nos propósitose na vida do Estado-Nação.

A CONSTRUÇÃO DOS ESTADOS NACIONAIS

O Nacionalismo evoluiu em duas fases:

1-De 1800 a 1848: baseado na identidade cultural e linguística eno desejo de libertar-se da opressão estrangeira resultante doCongresso de Viena: a negociação dos territórios e das dinastiasdos países europeus após Napoleão(1815) envolveu uma série decrimes contras as nacionalidades houve a repartição dosterritórios, sem levar em consideração os povos ali existentesesse foi o germe das lutas nacionalistas que se seguiram: em 1830,houve revoltas nacionalistas na Bélgica (contra a dominação daHolanda); na Itália (contra a dominação Austríaca), na Polônia(contra a dominação pela Rússia), etc.

2-Após 1848 houve um movimento ativo em prol da grandezanacional e do direito dos povos à autodeterminação. O grandeinimigo dos movimentos nacionalistas era a Igreja Católica, quedefendia a infalibilidade papal, o domínio católico sobre todos ospovos e as bandeiras universalistas do cristianismo católico.

Vários foram os movimentos:A Revolução de 1848 – “Revolução de Fevereiro” - na Françanacionalista. CAUSAS: Governo abusivo em favor da burguesia, contra

proletariadopovo demandava democracia Disseminação do socialismo entre os trabalhadores Revolta pela corrupção do Rei e de sua corte Descontentamento dos católicos com a atitude anti-clerical

do Rei Nacionalismo para satisfazer a burguesia, o Rei se recusa

aos clamores de intervenção contra a Rússia (pelospoloneses) ou contra a Áustria (pelos italianos) os patriotasfranceses queriam restaurar a liderança francesa na Europa.

RESULTADO O Rei abdicou, proclamou-se a SegundaRepúblicaeleito presidente em 1848 Luis Napoleão Bonaparte,que em 1852 tornou-se imperador (até ser deposto em18703ª. República)

Revolução de 1848 na França desencadeou diversas lutasnacionalistas

AUSTRIA e HUNGRIAdeposição do príncipeMetternich+ nova Constituição+ tentativa de separaçãoentre os alemães austríacos e os magiares húngarosmonarquia dual (um mesmo rei, dois povos autônomos) dosHabsburgos durou até 1918

ALEMANHA

A Confederação Germânica, desde 1815, reunia mais detrinta principados semi-independentes mas o povoqueria a unificação.

A Revolução de 1848 fracassou, mas Bismarck unificou aAlemanha, primeiramente vencendo a Dinamarca e aÁustria e formando a Confederação Germânica do Norte;

Fomentou a Guerra Franco-prussiana para acender onacionalismo

Venceu a Guerra Franco-prussiana e incorporou osterritórios da Alsácia e da Lorena, unificando o sul daAlemanha.

Também na Alemanha houve forte anti-clericalismo lutascontra a Igreja Católica.

ITÁLIAA Itália viveu um processo muito parecido com oda Alemanha. Eram várias repúblicas, algumas das quaistinham sido anexadas pela Áustria (como Veneza) e poroutros países ou pelo Vaticano (estados pontifícios).

Na Itália o nacionalismo se apresentou como o movimentoconhecido pelo nome de “Risorgimento”, que significava aressurreição do espírito italiano, que iria restaurar a naçãoem sua posição e domínio glorioso do passado imperial(império romano). (Líderes: Cavour e Garibaldi)

Porém, embora houvesse a forte ideia de unificação, nãohavia acordo sobre como deveria ser governado o novoEstado italiano: república, monarquia, federação, etc.Também na Itália o movimento de unificação se caracterizoupor uma forte hostilidade à Igreja.

NACIONALISMO NOS BÁLCÃS: em 1829 a Grécia se tornoulivre do Império Otomano, que também liberou a Sérvia. Ospovos balcânicos se dividiam em inúmeras etnias e tinhamforte ressentimento do domínio Otomano.

RÚSSIA era um grande país unificado sob um regimeextremamente despótico e militarista. Ao final da segundametade do século XIX desenvolveu-se a doutrina da“russificação”, um equivalente do nacionalismo das outrasregiões da Europa. A diferença era que, tendo comoargumento a defesa da língua, da religião, da cultura e dasinstituições tradicionais, a Rússia rejeitava as instituiçõesdemocráticas do “ocidente” e subjugou principalmente ospoloneses e finlandeses além de perseguir os judeus.

Entre 1830 e 1914 a Europa viveu um forte movimentonacionalista . Na maioria dos casos os fatores da unificaçãodos grupos eram a consciência de uma história comum, deaspirações comuns ou a crença em um destino comum.

No início o movimento nacionalista alimentou lutas pelaliberdade, porém depois acabou se tornando militarista etotalitário com ocorreu com o nacional-socialismo(nazismo).

Alexander Gerschenkron o nacionalismo econômico leva àguerra reação contra a industrialização pelos grupos queperdiam poder com ela + protecionismo x imperialsimo nocomércio exterior

PRINCIPAIS CORRENTES IDEOLÓGICAS DA POLÍTICA NO SÉCULO XX: FASCISMO, COMUNISMO, DEMOCRACIA.

IDEOLOGIAS TOTALITÁRIAS:

ORIGENS ideias de elitismo, racismo, darwinismo social,irracionalismo, exaltação da violência, subordinação doindivíduo ao grupo e nacionalismo

Elitismo as massas necessitam ser conduzidas, precisamde líderes

Lenin (vanguarda revolucionária)

Nietzsche ( o super-homem heróico)

Pareto (a massa é amorfa e medíocre)

Irracionalismo

O conhecimento é subjetivo; a intuição é que permite oconhecimento absoluto eliminação de restrições externas

Schopenhauer “O mundo é uma ideia minha...”

Mitos e Violência

A contrapartida para a intuição é o mito não admitecontra-argumentação e apela para as emoções mobilizamassas

Platão o mito é uma “mentira de ouro” a ser propagadapelo filósofo-rei para manter o povo unido e sob controle

Mitos totalitários: supremacia racial, pureza racial, forçanacional, ressurreição de impérios, recuperação da glóriapassada (facismo), reafirmação dos laços tribais(germânicos nazismo), etc

Violência:

Georges Sorel a violencia é em si mesma enobrecedora eajuda o povo a desenvolver a coragem, a moral e asemoções necessárias para se distinguir da covardia eracionalidade burguesa

Lenin revolução violenta

Hitler eliminação dos que conspurcavam a pureza racialfaxina étnica

Darwinismo Social os que conseguem sobreviver, nasociedade, são superiores e melhores do que os quefracassam o conflito entre indivíduos e grupos é umprocesso natural e necessário para eliminar os mais fracos eselecionar os mais fortes.

Racismo os homens não são iguais, eles se diferenciampor raças; e há raças superiores e inferiores. As raçasinferiores devem ser eliminadas para que as raçassuperiores possam viver melhor.

Espírito grupal o todo é maior que a soma das partes, logotem precedência. O grupo tem predominância sobre oindivíduo. Não existe moralidade individual, mas apenasconformidade grupal

Pertencimentoos indivíduos necessitam de laços paraancorar sua existência: precisam pertencer, estar ligados agrupos ou hierarquias que tomam decisões e ser parte deum todo com obrigações e direitos fixos consequentes.