ilustríssimo senhor agente da cemig distribuição

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ILUSTRÍSSIMO SENHOR AGENTE DA CEMIG DISTRIBUIÇÃO (NOME DO CONSUMIDOR) , nacionalidade, estado civil, profissão, inscrito no CPF sob n o :, residente na (endereço), nº da instalação , por sua Advogada constituída nos termos do incluso instrumento de mandato e ao final assinado, com escritório profissional (caso tenha advogado), vem respeitosamente à honrosa presença de Vossa Senhoria, interpor o presente RECURSO ADMINISTRATIVO contra o Aviso de Débito de Irregularidade, referência: , pelos motivos de fato e de direito que abaixo expõe: I – DOS FATOS Esteve em sua residência , em xx/xx/xxxx, conforme TOI/M sob nº xxxxxxx., o funcionário de nome (nome do funcionário da concessionária de energia elétrica), que informou à ( nome de quem assinou o termo de ocorrência de irregularidade), filha (ou filho, ou o parentesco) do Recorrente E QUE NÃO RESIDE NO IMÓVEL, que havia um defeito no medidor, e que o mesmo seria trocado. Ocorre que, por total desconhecimento a filha do recorrente, após informação enganosa do agente in loco, permitiu a troca, sem as devidas cautelas, e incontinenti assinou o termo já mencionado, desconhecendo o conteúdo das acusações, acreditando apenas se tratar de um

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(NOME DO CONSUMIDOR), nacionalidade, estado civil, profissão, inscrito no CPF sob no :, residente na (endereço), nº da instalação , por sua Advogada constituída nos termos do incluso instrumento de mandato e ao final assinado, com escritório profissional (caso tenha advogado), vem respeitosamente à honrosa presença de Vossa Senhoria, interpor o presente

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Page 1: Ilustríssimo Senhor Agente Da Cemig Distribuição

ILUSTRÍSSIMO SENHOR AGENTE DA CEMIG DISTRIBUIÇÃO

(NOME DO CONSUMIDOR), nacionalidade, estado civil, profissão, inscrito no CPF sob no :, residente na (endereço), nº da instalação , por sua Advogada constituída nos termos do incluso instrumento de mandato e ao final assinado, com escritório profissional (caso tenha advogado), vem respeitosamente à honrosa presença de Vossa Senhoria, interpor o  presente

RECURSO ADMINISTRATIVO

contra o Aviso de Débito de Irregularidade, referência: ,  pelos motivos de fato e

de direito que abaixo expõe:

I – DOS FATOS

Esteve em sua residência , em xx/xx/xxxx, conforme

TOI/M sob nº xxxxxxx., o funcionário de nome (nome do funcionário da

concessionária de energia elétrica), que informou à ( nome de quem assinou o

termo de ocorrência de irregularidade), filha (ou filho, ou o parentesco) do

Recorrente E QUE NÃO RESIDE NO IMÓVEL, que havia um defeito no

medidor, e que o mesmo seria trocado.

Ocorre que, por total desconhecimento a filha do

recorrente, após informação enganosa do agente in loco, permitiu a troca, sem

as devidas cautelas, e incontinenti assinou o termo já mencionado,

desconhecendo o conteúdo das acusações, acreditando apenas se tratar de

um defeito no medidor, nunca de uma investigação de pseudofraude.

Destarte, informar que a mesma nem sabia do que se

tratava tal termo, e após informação do agente de que seria procedimento

rotineiro, apostou sua assinatura em tal documento.

Mas em momento algum foi informada de uma PSEUDO-

IRREGULARIDADE, a única informação que recebeu, era de que por ser um

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medidor muito antigo, que este estava com defeito, e necessitaria de troca,

jamais lhe foi informado que o mesmo estava violado, sendo que se tal

informação tivesse sido informado, teriam tomado providencias para resguardar

o direito do Recorrente.

O Recorrente afirma, que nunca ninguém mexeu, no

medidor, e mais que somente os agentes da concessionária é tiveram contato

com o medidor, que sempre cumpriu com suas obrigações com regularidade,

respeitando sempre a lei, e sempre adimpliu com os pagamentos da tarifas

cobradas pela concessionária dos serviços de energia, jamais tocou ou

permitiu que estranhos tocassem no medidor, e que somente tiveram acesso

ao medidor, agentes da concessionária, devidamente identificados, portanto

todo e qualquer defeito existente no medidor é responsabilidade daqueles que

sempre tiveram acesso, quais sejam os agentes da concessionária. Ou pela

utilização que se protraiu no lapso temporal de mais ou menos 20 (vinte) anos .

Ademais, informa o Recorrente, que possui um imóvel

em outra cidade, e que sempre ocorrerá grandes disparidades em seu

consumo, pois como é aposentado, bem como também o é sua esposa, ambos

ficam , tanto na outra cidade, como nesta, e em alguns meses consomem, mais

nesta cidade, e alguns meses consomem mais na outra, pois ambas as

residências ficam completamente fechadas em sua ausência.

Informa ainda o Recorrente, que somente moram em

suas residências ele e a esposa, que são aposentados, e que jamais

conseguiriam pagar uma divida de valor tão exorbitante.

Para maiores esclarecimentos, informam ainda que no

período das férias, datas festivas, bem como feriados, recebem os familiares, e

netos para passarem temporadas, portanto já ocorreu aumento de consumo

desproporcional à média de consumo natural da residência, como poderá vir a

ocorrer futuramente.

E mais diante da troca, realizada, que seu medidor antigo

já contava com mais de vinte anos de uso, pois esta foi a primeira troca, dentro

deste período de utilização, o mesmo era um medidor deveras antigo,  que

poderia sim estar com avarias, mas que tais avarias podem ser em decorrência

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do longo período de utilização, pois são muitos anos de uso, jamais por

adulteração ilegal, E REPUDIA TERMINANTEMENTE QUALQUER TIPO DE

INSINUAÇÃO (OU FALSA IMPUTAÇÃO POR ATO SEU OU DE QUALQUER

FAMILIAR PARA   ADULTERAÇÃO ILEGAL DO MEDIDOR INSTALADO EM

SUA RESIDÊNCIA.

II – DO DIREITO

O Código de Defesa do Consumidor  dispõe em seus art

22 e .42, que o Consumidor na cobrança de débitos não pode ser submetido a

constrangimentos, sendo que a cobrança motivo do presente Recurso, causou

todo tipo de inconveniência e constrangimentos ao Consumidor e sua esposa,

pois ambos são pessoas idosas, e de pouca leitura.

O CDC veda em seu art. 39, que o fornecedor prevalece

da fraqueza do consumidor, sendo cristalino que o consumidor não pode ser

responsabilizado por desgaste natural de equipamento emplazado em sua

residência.

E mais ao assinar o termo de Ocorrência de

Irregularidade, não foi informado ao consumidor nada, e quem assinou o termo

não tinha o mínimo conhecimento do que assinava, o agente agiu de forma

abusiva, ofendendo os princípios da boa-fé e do equilíbrio, como também o

direito básico à informação precisa .

 O Código de Defesa do Consumidor no seu artigo

39 V, define , entre outras atividades, como prática abusiva “exigir do

consumidor vantagem manifestamente excessiva”.

O Código de Defesa do Consumidor é informado

pelo princípio da vulnerabilidade (art. 4, I) e da harmonização dos interesses ,

com base no equilíbrio e na boa-fé e no seu no seu artigo 6º , entre outros

Page 4: Ilustríssimo Senhor Agente Da Cemig Distribuição

direitos básicos , estabelece-se o direito a informações adequadas , claras

sobre os serviços , com especificação correta da quantidade e preço.

E para imputar ao consumidor ato manifestamente

ilegal, deve o fornecedor provar suas alegações, demonstrando, que foi

efetivamente o consumidor o responsável pelo ato a ele imputado, em

conformidade com o art. 5º da Constituição Federal que dispõe o que segue:

“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

       (...)

LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o

contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória; (...) ”.

            Segundo a Carta Magna, ninguém pode ser considerado culpado de um

ato ilícito, grave como este de adulteração de equipamento de propriedade da

concessionária, sem o devido processo legal, e direito à ampla defesa, portanto

é descabida a presente cobrança, sob a alegação de que o Recorrente, foi

único responsável pelo “DEFEITO DO MEDIDOR”, diante de tão

irresponsável acusação, declara seu repudio, e restará provado se tratar

de uma falsa acusação, imputada ao consumidor com adrede malícia e

cínica má-fé,  por se tratar de uma inverdade.

Solicita desta forma uma perícia imparcial, a ser

realizada por terceiro habilitado, para provar não só a ocorrência da fraude ,

mas sobretudo o valor a ser arbitrado pelo ato ilícito que lhe está sendo

imputado,  para garantia dos direitos do consumidor, como também o seu

direito fundamental inerente à natureza do contrato que é o direito à informação

precisa da quantidade de energia consumida.

Cristalino a necessidade de tal perícia, no intuito de

garantia do objeto do contrato ou mesmo do equilíbrio das partes contratantes,

pois a concessionária ao exigir pagamento de valores arbitrados em

R$8;825,06, sob pena de corte no fornecimento de energia a concessionária,

acabará por privar o consumidor parte hipossuficiente no contrato existente

para a prestação deste serviço essencial ou exigir pagamento que muitas

vezes supera, e em muito aquele valor a que está o consumidor acostumado a

adimplir regularmente.

Page 5: Ilustríssimo Senhor Agente Da Cemig Distribuição

III – DO PEDIDO

Diante dessa justificativa, vem à presença de Vossa Senhoria,

encaminhar o presente Recurso Administrativo para que seja imediatamente

suspensa a cobrança constante no aviso de Débito, conforme art.4º, III e 6º,

VI,VII, VIII,X  do CDC, e ainda pede o Recorrente em conformidade com o art.

72, II  da Resolução 456/00 da ANEEL, que diz o seguinte:

Art. 72. Constatada a ocorrência de qualquer procedimento irregular cuja responsabilidade não lhe seja atribuível e que tenha provocado faturamento inferior ao correto, ou no caso de não ter havido qualquer faturamento, a concessionária adotará as seguintes providências:I – (...)II – promover a perícia técnica, a ser realizada por terceiro legalmente habilitado, quando requerida pelo consumidor;

            Em decorrência do anteriormente exposto o consumidor ora Recorrente solicita perícia técnica a ser realizada por terceiro habilitado.

Seja novamente analisado o medidor, com base nas

informações prestadas pelo Recorrente e finalmente seja julgado procedente o

presente Recurso, concedendo-se a suspensão imediata da cobrança de

débito.

Nestes temos,

Pede Deferimento.

Local, data

Nome do consumidor 

ou do advogadoOAB/XX: numero da oab