impacto do exercÍcio fÍsico na aptidÃo fÍsica e funÇÕes ... · ficha catalográfica elaborada...
TRANSCRIPT
![Page 1: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/1.jpg)
FACULDADE DE MEDICINA DE MARÍLIA
MARCIA ROSA DA SILVA ROJO
IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES
COGNITIVAS DE IDOSOS
MARÍLIA
2016
![Page 2: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/2.jpg)
Marcia Rosa da Silva Rojo
Impacto do exercício físico na aptidão física e funções cognitivas de idosos
Dissertação apresentada ao Programa de Mestrado Acadêmico em “Saúde e Envelhecimento”, da Faculdade de Medicina de Marília, para obtenção do título de Mestre. Área de concentração: Saúde e Envelhecimento
Orientador: Prof. Dr. Pedro Marco Karan Barbosa Co-Orientadora: Profª. Drª. Gilsenir Maria Prevelato Dátilo
Marília
2016
![Page 3: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/3.jpg)
Autorizo a reprodução parcial ou total deste trabalho, para fins de estudo e pesquisa,
desde que citada a fonte.
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília
Rojo, Marcia Rosa da Silva. Impacto do exercício físico na aptidão física e funções cognitivas de idosos / Marcia Rosa da Silva Rojo. - - Marília, 2016. 86 f. Orientador: Prof. Dr. Pedro Marco Karan Barbosa. Coorientadora: Prof.a Dr.a Gilsenir Maria P. Dátilo. Dissertação (Mestrado Acadêmico em Saúde e Envelhecimento) - Faculdade de Medicina de Marília.
1. Idoso. 2. Exercício. 3. Aptidão física. 4. Cognição.
R741i
![Page 4: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/4.jpg)
![Page 5: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/5.jpg)
A Deus,
Ao meu esposo Luiz Rojo, aos meus
filhos Mariana, Eduardo e aos amados
Gisele e Fabiano.
![Page 6: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/6.jpg)
AGRADECIMENTOS
Ao orientador e amigo, Prof.Dr. Pedro Marco Karan Barbosa, por sua dedicação,
apoio e orientação qualificada ao longo dessa jornada.
À co-orientadora e amiga, Profª.Dra. Gilsenir Maria Prevelato Dátilo, pela paciência,
carinho e sabedoria ao transmitir os conhecimentos.
Ao Prof.Dr. Sebastião Marcos Ribeiro de Carvalho, estatístico que, com maior rigor,
competência e disposição conduziu a análise de dados deste estudo.
À Profª Dra. Maria José Sanches Marin, por sua competente colaboração e apoio a
esta pesquisa.
Aos professores doutores da banca examinadora, Profª.Dra. Maria José Sanches
Marin, Profª.Dra. Maria Helena Ribeiro de Carvalho e Prof.Dr. Marcos Eduardo
Scheicher, por compartilharem seus conhecimentos e preciosas sugestões.
À coordenação e docentes por nos apresentar os caminhos da pesquisa.
Aos secretários da pós-graduação pelo profissionalismo.
Às Bibliotecárias Helena, Cláudia, Aline e Carlos pelas valiosas contribuições.
À Instituição de Aposentados e Pensionistas de Marília/SP, pela colaboração e
utilização das instalações para a realização desta pesquisa.
Aos idosos minha gratidão especial pela dedicação, seriedade e pelo
comprometimento com que participaram deste estudo.
Ao meu amado Luiz Eduardo Rojo, pelo carinho, compreensão e apoio incansável
nessa jornada e, aos filhos, Mariana e Eduardo pela colaboração, nos momentos
difíceis.
A meus pais, Alfredo e Mariana, que certamente vibrariam muito com esta conquista.
À minha família, pelas orações, colaboração nos trabalhos e compreensão por
minha ausência durante esse período.
À amiga Rosana Castanheira, por ter sido grande encorajadora deste meu estudo.
Ao amigo Dr. Cássio Luiz Pinto, que, enquanto esteve conosco, foi grande
incentivador e seguramente compartilharia minhas alegrias.
A todos que direta ou indiretamente contribuíram para o sucesso desta pesquisa.
Ao PROAP/CAPES pelo apoio financeiro em apresentação científica em seminário.
![Page 7: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/7.jpg)
“Ao Senhor Deus e a Jesus Cristo, toda
a honra, toda a glória, todo louvor; sem
sua benção e direção não teria sido
possível realizar este sonho” (M.Rojo)
![Page 8: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/8.jpg)
RESUMO
Este estudo avalia a eficácia do exercício físico com pesos livres na aptidão física e
funções cognitivas de idosos. Trata-se de um estudo quase-experimental, composto
por um grupo de intervenção de 24 idosos com idade entre 60 a 80 anos, sendo 19
(79,2%) do sexo feminino e cinco (20,8%) do masculino, cuja idade média, no
masculino, foi de 73,0 anos e, no feminino de 68,01. Esse grupo foi submetido a um
programa de exercício físico regular de 18 sessões, em duas sessões semanais de
uma hora de duração, realizado em cadeira convencional com pesos livres de 1 e 2
Kg para membros superiores e inferiores. A coleta de dados foi realizada em uma
instituição de aposentados e pensionistas em uma cidade do interior do estado de
São Paulo, mediante aplicação de questionários, testes cognitivos e físicos, antes e
após a intervenção. Os instrumentos utilizados foram Questionário estruturado
sócio-econômico-demográfico e de saúde, Mini Exame do Estado Mental (MEEM),
International Physical Activity Questionnaire (IPAQ), versão longa, adaptado para
idosos, Functional Fitness Test, Rikli & Jones. Os resultados indicaram eficácia após
as sessões de exercício físico com pesos livres na aptidão física e nas funções
cognitivas de idosos, com p<0,05 para o aumento da média do escore do Mini
Exame do Estado Mental (MEEM) de 26,1 antes e 28,5 após. Foi evidenciado
ganho nos componentes da aptidão física: na potência aeróbica no teste TME’2
marcha estacionária, antes de 66,1 para 80,8 repetições (passos); na força muscular
dos membros superiores, em 30 segundos, a média de 13,7 flexões de cotovelo
antes e 20,7 após; nos membros inferiores, o teste de levantar da cadeira, em 30
segundos, a média antes de 10,4 evoluiu para 14,0 repetições após Quanto aos
resultados dos testes de mobilidade geral, a velocidade normal de andar (antes foi
de 3,9 segundos e após 3,1 segundos) e a velocidade máxima de andar (antes 2,6
segundos e após 2,4 segundos). Foi observado aumento da potência aeróbica e da
força muscular. Pode-se concluir que o ganho apresentado levou os idosos a
caminhar com maior velocidade de marcha, dispendendo menor tempo de
execução. Quanto ao IPAQ, optou-se por correlacionar as variáveis estudadas aos
cinco domínios, antes e após a intervenção. Foi verificada correlação positiva
significativa forte (0,6 ≤ I r I< 0,9) entre a Potência aeróbica antes x força muscular
dos membros inferiores após; e velocidade normal de andar após x velocidade
máxima de andar após. Este estudo sugere que o exercício físico exerce forte
![Page 9: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/9.jpg)
impacto sobre a saúde física e cognitiva do idoso. Por ser uma atividade de fácil
aplicabilidade e baixo custo, pode-se recomendar sua implantação em programas de
políticas visando a promoção da saúde.
Palavras-chave: Idoso. Exercício. Aptidão Física. Cognição
![Page 10: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/10.jpg)
ABSTRACT
This study aimed at evaluating the effectiveness of physical exercise with free
weights towards the physical aptitude and cognitive function in the elderly. This is a
quasi-experimental study, composed of an intervention group of 24 elderly aged
between 60-80 years, being nineteen of them (79.2%) females and five (20.8%)
males, the average age of the men was 73.0 years and the female was 68.01. This
group underwent a regular exercise program of 18 sessions, in two weekly sessions
of one hour duration, performed in conventional chair with free weights of 1 and 2 kg
for upper and lower limbs. Data collection was carried out in an institution for the
retired and pensioners in a city in the state of São Paulo, through the application of
questionnaires, cognitive and physical tests, before and after the intervention. The
instruments used were: Structured socio-economic/demographic/health
questionnaire, Mini Mental State Examination (MMSE), International Physical Activity
Questionnaire (IPAQ), long version, adapted for the elderly and Rikli & Jones
(Functional Fitness Test). The results indicated that there was effectiveness after the
sessions of physical exercise with free weights, both in physical aptitude and
cognitive function of the elderly group, with p <0.05 for the increase in the average
score of the Mini Mental State Examination (MMSE) from 26,1 before and to 28.5
after. It was proved some gain in the components of physical aptitude: aerobic power
gain in the test TME'2 stationery run, from 66.1 before to 80.8 repetitions (steps)
after; the muscle strength of upper limbs presented in 30 seconds an average of 13.7
elbow crunches before and 20.7 after, in the lower limbs; the test of lifting from the
chair in 30 seconds got the average of repetitions 10.4 before and 14.0 after.
Regarding the results of general mobility tests, normal walking speed (it was 3.9
seconds before and 3.1 seconds after) and the maximum walking speed (it was 2.6
seconds before and 2.4 seconds after). It was observed an increase in aerobic power
and also in muscle strength, which leads to the conclusion that the gain presented,
made the elderly walk in higher speed while spending less time in the execution. As
for the IPAQ, it was decided to correlate the studied variables to the five areas,
before and after the intervention. It was verified a strong and significant positive
correlation (0.6 ≤ I r I <0.9) between aerobic power before x muscle strength of the
lower limbs after; and normal walking speed after x maximum walking speed after.
This study suggests that physical exercise has a strong impact on the physical and
![Page 11: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/11.jpg)
cognitive health of the elderly. Because it is an activity that is easy to apply and
inexpensive, it can be recommended to implement it in public policy programs aimed
at health promotion.
Keywords: Elderly. Exercise. Physical aptitude. Cognition
![Page 12: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/12.jpg)
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1- Demonstrativo do Delineamento da pesquisa segundo os critérios
metodológicos para seleção dos idosos participantes do estudo. Instituição de
aposentados. Marília, SP .................................................................................................... 32
Figura 2 – Ilustração de adaptação para avaliação da capacidade aeróbica, Teste
alternativo TME2’ marcha estacionária de dois minutos, Instituição de Aposentados.
Marília,SP, 2015 .................................................................................................................... 39
Figura 3 – Ilustração de adaptação realizada para a avaliação da força muscular dos
membros superiores (Teste de flexão de cotovelo) e membros inferiores (Teste de
levantar da cadeira em trinta segundos), Instituição de Aposentados. Marília,SP,
2015 ........................................................................................................................................ 40
Figura 4 – Ilustração de percurso adaptado utilizado para avaliação da mobilidade
geral: Teste de velocidade normal de andar e velocidade máxima de andar,
Instituição de Aposentados. Marília, SP, 2015 ................................................................ 41
Quadro 1- Estrutura e fases de desenvolvimento da intervenção do exercício físico
dos idosos da Instituição de Aposentados, Marília, SP, 2015 ................................... 34
Quadro 2 - Frequência dos participantes em 18 sessões de exercício físico,
Instituição de Aposentados de Marília, SP, 2015 ...................................................... 35
![Page 13: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/13.jpg)
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Distribuição dos 24 idosos de acordo com o sexo, faixa etária e estado
civil1, presença de doença e uso de medicamento, Instituição de Aposentados,
Marília, SP, 2015 .................................................................................................................. 43
Tabela 2 -Distribuição dos 24 idosos de acordo com o sexo, escolaridade1, renda2 e
moradia3,Instituição de Aposentados, Marília, SP, 2015 ............................................... 43
Tabela 3 - Estatísticas e valor p da amostra do Teste de Levenne para igualdade de
variâncias e Teste t de Student para amostras independentes, para as variáveis1
segundo o sexo, para dados normais (Saphiro-Wilk: p>0,05), Instituição de
Aposentados, Marília, SP .................................................................................................... 45
Tabela 4 - Estatística e valor p do Teste de Normalidade de Saphiro-Wilk (n < 30)
para os dados das variáveis1 em estudo antes e após a intervenção dos 24 idosos,
Instituição de Aposentados, Marília, SP, 2015 ................................................................ 46
Tabela 5 - Distribuição das variáveis em estudo1 e resultado do teste de comparação
antes e após a intervenção dos 24 idosos da Instituição de Aposentados, Marília,
SP, 2015 ................................................................................................................................. 48
Tabela 6 - Distribuição dos domínios das funções cognitivas do MEEM (orientação
temporal, orientação espacial, memória imediata, atenção e cálculo, evocação,
linguagem, capacidade construtiva visual1) e escore total do MEEM, antes e após
teste, Instituição de Aposentados, Marília, SP, 2015 ..................................................... 50
Tabela 7 - Resumo dos resultados significantes (valor p < 0,05) da verificação das
correlações entre as variáveis quantitativas em estudo, utilizando-se o coeficiente de
Spearmann (rS) (Saphiro-Wilk p < 0,05 ao menos para uma das variáveis em
estudo) antes e após a intervenção dos 24 idosos, Instituição de Aposentados,
Marília, SP, 2015 .................................................................................................................. 51
![Page 14: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/14.jpg)
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 16
1.1 Funções cognitivas e Atividade Física ............................................................ 20
1.2 O envelhecimento e a aposentadoria .............................................................. 23
1.3 A Qualidade de Vida .......................................................................................... 25
2 JUSTIFICATIVA ..................................................................................................... 27
3 OBJETIVOS ........................................................................................................... 29
3.1 Objetivo Geral .................................................................................................... 29
3.2 Objetivos Específicos ....................................................................................... 29
4 METODOLOGIA .................................................................................................... 30
4.1 Tipo de estudo ................................................................................................... 30
4.2 População do estudo ........................................................................................ 30
4.2.1 Campo de estudo ............................................................................................. 30
4.3 Amostra .............................................................................................................. 31
4.3.1 Critérios de inclusão ......................................................................................... 32
4.4 Intervenção ........................................................................................................ 32
4.5 Coleta de dados ................................................................................................. 36
4.5.1 Questionário estruturado .................................................................................. 36
4.5.2 Avaliação cognitiva ........................................................................................... 36
4.5.3 Avaliação do nível de atividade física ............................................................... 37
4.6 Aspectos éticos ................................................................................................. 41
4.7 Análise dos dados ............................................................................................. 42
5 RESULTADOS ....................................................................................................... 43
5.1 Caracterização da amostra ............................................................................... 43
6 DISCUSSÃO .......................................................................................................... 53
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 62
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 64
APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO ESTRUTURADO ................................................ 74
PERFIL SÓCIO-ECONÔMICO-DEMOGRÁFICO E DE SAÚDE .............................. 74
ANEXO A - MINI-EXAME DO ESTADO MENTAL – MEEM..................................... 75
ANEXO B – QUESTIONÁRIO INTERNACIONAL DE ATIVIDADE FÍSICA – IPAQ 76
ANEXO C - AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA ..................................................... 79
ANEXO D – APROVAÇÃO DO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA ...................... 80
![Page 15: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/15.jpg)
ANEXO E - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO ............... 81
![Page 16: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/16.jpg)
16
1 INTRODUÇÃO
A população mundial tem aumentado nas últimas décadas: atingiu 7,2 bilhões
em 2012 e estima-se que, em 2050, será 9,6 bilhões de pessoas. Esse rápido
crescimento ocorre com mais intensidade nos países em desenvolvimento e leva a
mudanças dos padrões demográficos principalmente do grupo etário que mais
cresce, o dos idosos, “quando, pela primeira vez na história, o número de idosos
excederá o número de crianças”.¹,² o que representará 21% da população. O critério
cronológico usado para descrever os “idosos,” estabelecido pelas Nações Unidas
como padrão, é a partir de 60 anos para os países em desenvolvimento.³
O Relatório Anual, Fatos Essenciais sobre as Nações Unidas 2014, da ONU,
pode-se observar grande preocupação com a mudança do perfil etário da população
e suas implicações nas condições sociais e econômicas. Trata-se de estudos sobre
estimativas, tendências e políticas populacionais, disponibilizando base de dados
para colaborar e manter a comunidade internacional informada, seu intuito é auxiliar
os países em desenvolvimento na busca de planejamento, estratégias e soluções
que visam contribuir com decisões sólidas acerca dos novos problemas
populacionais.2
O crescimento acelerado dessa população deve-se à redução dos índices de
mortalidade, à redução da taxa de fecundidade e ao aumento da demanda feminina
no mercado de trabalho. Tais fatores têm elevado as taxas das pessoas muito
idosas (80 anos e mais), estabelecendo alterações nos padrões de saúde, sociais,
econômicos, institucionais, culturais e familiares.4
Estima-se que o Brasil em 2020 terá a sexta maior população de idosos do
mundo, alcançando a marca de 30 milhões5 e, para 2040, os muito idosos
responderão por um quarto da população idosa e cerca de 7% da população total,
representando aproximadamente 13,7 milhões de idosos acima de 80 anos,6 “o
envelhecimento da população ainda é um fenômeno relativamente recente. Além
disso, estudos sobre o impacto desse novo momento, do ponto de vista, sócio-
econômico e suas implicações no atendimento dessa demanda, ainda são poucos.”7
A Organização Mundial da Saúde (1998) conceitua o envelhecimento “como
um fenômeno altamente complexo e variável que é comum a todos os membros de
uma determinada espécie, que é progressivo e envolve mecanismos deletérios que
afetam a capacidade de desempenhar um número de funções”.8 Pode ser definido
![Page 17: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/17.jpg)
17
também, como a redução da capacidade de sobreviver, sendo um processo
dinâmico e progressivo em que ocorrem modificações morfológicas, funcionais e
psicológicas, levando à perda da capacidade de adaptação do indivíduo ao meio
ambiente. Do ponto de vista biológico, o envelhecimento se associa a uma série de
mudanças e adaptações fisiológicas que não representam, necessariamente,
alterações patológicas,9 “não há correspondência linear entre idade cronológica e
idade biológica”.10
O envelhecimento humano tem levado à prevalência de doenças
degenerativas crônicas, especialmente a demência. Estudos mostram declínio
gradual na atenção e na velocidade de processamento das informações e, em
particular, da memória. Essas mudanças decorrem de alguns fatores, além do
envelhecimento, presença de doenças e estilo de vida sedentário11, a que se
acrescentam agentes estressores e condições ambientais12.
Entre as várias alterações fisiológicas em razão do processo de
envelhecimento, estão as funções do sistema nervoso central de origem
neuropsicológica e que envolvem especialmente a cognição.13
O envelhecimento promove impacto no desempenho das funções cognitivas,
tornando-as mais vulneráveis. É um processo normal ao longo da vida, e mesmo
sem a presença de doenças, pode ser marcado por tais alterações. Como essas
mudanças podem se desenvolver de forma diferente para cada função e
indivíduo,14,15 o envelhecimento é heterogêneo.
A cognição envolve as atividades mentais conscientes que incluem o
pensamento, a aprendizagem, a compreensão e a recordação. Trata-se de um
processo mental pelo qual as informações internas e externas “são transformadas,
elaboradas, armazenadas, recuperadas e usadas”16, ou seja, refere-se a todos os
mecanismos que envolvem a aquisição de informação, englobando várias funções,
como memória, atenção, percepção, ações de planejar e executar, raciocínio e
resolução de problemas.17 Para Zoetea et al.18, “a cognição tem por finalidade
explicar e estruturar o funcionamento mental do ser humano.”
O funcionamento da memória ocorre de forma complexa. Ela interfere e sofre
interferência de outras funções cognitivas, processa informações, promove
alterações estruturais e funcionais nos neurônios e nas conexões neuronais em
várias regiões do sistema nervoso;19 podendo ser considerada como “o melhor
marcador biológico para o envelhecimento.”20
![Page 18: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/18.jpg)
18
A memória exerce um protagonismo fundamental. Norteia toda a informação,
a linguagem, o reconhecimento de pessoas e objetos, a consciência em relação à
vida; “sem a memória, seria como se começássemos uma vida nova a cada
momento, sem podermos nos valer do nosso aprendizado anterior.”21
Mesmo com o envelhecimento, o cérebro ainda possui capacidade de
adaptação à medida que é submetido a atividades cognitivamente desafiadoras,
trata-se da sua plasticidade cerebral.22
Segundo Rocha,23 “Considera-se como princípios da Plasticidade, a
possibilidade de mudanças e adaptações, em função de novas experiências e
aprendizagens, de novas incorporações e estímulos externos. Esse princípio reúne
mecanismos de reorganização cortical, que possibilita ao indivíduo, aprender novos
conhecimentos e executar tarefas diversificadas.”
Lima24 apresenta uma nova forma de pensar sobre o cérebro: “O mito de que
nascemos com um cérebro cujo tamanho e potencial são geneticamente
determinados e nada alterará sua capacidade e funcionamento, está sendo
derrubado pela nova realidade cientifica: o cérebro é um órgão em crescimento e
mudança; sua capacidade e vitalidade dependem, em grande parte, de como o
nutrimos e tratamos. Desta maneira podemos influenciar o funcionamento do
cérebro, moldado por influências externas e internas.” No decorrer da vida, essa
nova compreensão de que o cérebro deve ser ativado constantemente para manter-
se com o vigor equivalente ao almejado em relação ao corpo precisa ser posta em
prática.
A plasticidade cerebral, segundo Lima,24 desde que exercitada, aumenta a
capacidade mental do indivíduo, ajudando-o a concentrar-se, sintonizar habilidades
sensório-motoras, mantê-lo motivado, melhorar a memória, acelerar o tempo de
reação, diminuir o estresse e evitar o envelhecimento cerebral.
Sabe-se que: “O cérebro do idoso reage mais lentamente e leva mais tempo
para armazenar, recuperar e processar informações. Os idosos por mais inteligentes
que sejam ou mais intactas que estejam suas memórias, não se comparam aos
jovens em testes mentais que envolvem o processo de informações desconhecidas.
Mas a precisão da memória e a fluência verbal não diminuem com a idade. Com o
tempo suficiente, o cérebro velho saudável, em geral, recupera informações tão bem
quanto os cérebros jovens, apesar de não ser tão rápido.”24
![Page 19: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/19.jpg)
19
A conexão corpo-cérebro tem sido temática de investigações da neurociência,
em busca da compreensão do mecanismo de ação desse processo complexo. Há
várias hipóteses neurobiológicas que apontam para a ação do exercício físico
regular nas atividades cerebrais. O aumento da circulação sanguínea favorece a
estimulação em áreas cerebrais específicas, promove a liberação de
neurotransmissores e a síntese de neurotrofinas, substâncias que atuam na
produção, de novos neurônios, facilitando a neurogênese (processo de formação
dos neurônios) e angiogenese (desenvolvimento dos vasos). Assim, exerce efeito
protetor das funções cognitivas.25,26
Quando são ativadas, as células nervosas produzem uma proteína conhecida
por fator neurotrófico (BDNF- Brain-derived neurotrophic factor) que tem a função
de estimular e manter o funcionamento das células cerebrais e o crescimento de
novos neurônios, juntamente com o IGF-1 (fator de crescimento insulina-símile),
hormônio liberado pelo musculo quando este necessita de energia. Como a glicose,
tanto para o músculo quanto para o cérebro, é a principal fonte de energia, e, sendo
que o IGF-1 regula a distribuição de insulina junto às células, seu foco principal está
relacionado com a aprendizagem. Durante o exercício, a produção da BDNF
contribui para que o cérebro aumente a absorção desse IGF-1, ativando a produção
de neurotransmissores, que são a serotonina e o glutamato e mais, os receptores
dessa proteína (BDNF) reforçam novas conexões para consolidar memórias.13
Estudos apresentam ligações do cerebelo com diversas regiões do cérebro.
Sabe-se também que, embora o cerebelo seja considerado uma importante estrutura
cerebral e que desempenhe outras funções além da coordenação motora, destaca-
se na conexão com os estímulos sensoriais, sugerindo que patologias nele
localizadas ocasionam deficiências motoras e também problemas cognitivos.27,28
Pesquisas anatômicas de imagens funcionais e avaliação clínica em
indivíduos com lesões focais dos gânglios da base ou doenças degenerativas que os
afetam têm possibilitado mapear as funções dos diferentes circuitos cognitivos:
funções de caráter executivo, como a memória de trabalho, planejamento e
programação de tarefas, manutenção da atenção, motivação e comportamento
social, demonstraram a relação direta na ativação do cerebelo, assim como a
avaliação neuropsicológica de doentes com patologia degenerativa do cérebro
demonstrou também problemas cognitivos em funções executivas. A presença de
circuitos cérebrocerebelares é relacionada ao córtex pré-frontal, sustenta a hipótese
![Page 20: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/20.jpg)
20
da participação do cerebelo em funções cognitivas, em analogia às interações do
cerebelo com o córtex motor na elaboração de um movimento. Vários estudos
confirmam essa proposta, inclusive a análise de imagem com tensor de difusão (DTI
– FA e TR) buscou identificar os principais feixes que conectam o cerebelo com as
outras estruturas do encéfalo. Assim, as áreas associativas, subjacentes a funções
complexas, cognitivas e comportamentais, se conectam reciprocamente aos
hemisférios cerebelares (vias cortico-ponto-cerebelar e cerebelo-tálamo-cortical),
destacando que o cerebrocerebelo se relaciona com a programação motora, com
funções cognitivas e afetivas.29,30
Levando-se em consideração que o cerebelo coordena os movimentos
motores e nos permite fazer todo tipo de movimento, e a evidência de que o tronco
de células nervosas que conectam o cerebelo ao córtex pré-frontal é
proporcionalmente mais grosso nos humanos, segundo Ratey, Hagerman13 afirmam,
“hoje parece que esse centro motor também coordena os pensamentos, a atenção,
as emoções e até as habilidades sociais, assim sendo, quando exercitamos,
principalmente se o exercício exigir um complexo movimento motor, também
estamos exercitando áreas do cérebro envolvidas no conjunto complexo de funções
cognitivas; o cérebro emite sinais junto à mesma rede de células, o que solidifica
suas conexões.”
1.1 Funções cognitivas e Atividade Física
O processo de envelhecimento implica alterações do sistema cognitivo e tem
sido foco de estudos na tentativa de compreender os múltiplos fatores que o
envolvem. Ainda que haja declínio em algumas funções cognitivas com o decorrer
da idade, pesquisadores afirmam que outras podem ser mantidas ou melhoradas.
Sendo a cognição um termo usado para descrever o funcionamento mental, pode-se
considerar sua relação com transtornos cognitivos leves, como déficit de atenção e
memória, até sua evolução para o quadro de demências.31,32
As funções cognitivas referem-se às fases do processo de informação e são
apresentadas como percepção, aprendizagem, memória, atenção, vigilância,
raciocínio, solução de problemas e funcionamento psicomotor.33,34 Um conceito
mais abrangente da função cognitiva é apresentado pelo Centers for Disease
Control e Alzheimer Association: o funcionamento cognitivo saudável inclui domínios
![Page 21: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/21.jpg)
21
como linguagem, pensamento, memória, funções executivas (capacidade de
planejar, coordenar e executar tarefas), julgamento, atenção, percepção, capacidade
de lembrar habilidades, capacidade de manter objetivos na vida.35,22
O esquecimento, alvo de acometimento e grande preocupação nessa
população, resulta, na maioria dos eventos, da falta de uso das sinapses, ou seja,
das conexões entre as células nervosas. Há pouco mais de meio século Eccles,
(1964),36 pelo estudo da sinapse entre os nervos motores e os músculos
esqueléticos, demonstrou que o desuso das sinapses ocasiona sua atrofia e a
consequente perda de suas funções, assim como o uso reiterado delas causa seu
crescimento e sua melhora funcional. Nas sinapses, a estimulação da terminação
nervosa, que traz a informação, move o músculo e libera substâncias chamadas
neurotransmissores, que atuam ativando proteínas específicas localizadas na
membrana da célula seguinte. Nesse caso, na terminação nervosa o
neurotransmissor é a acetilcolina, e a proteína a ser ativada na membrana do
músculo é uma proteína receptora à acetilcolina, que envia sinais para contrair o
músculo. Quando o estímulo se interrompe por um tempo prolongado, tanto a
terminação nervosa como a membrana do músculo atrofiam-se. Se a interrupção do
estímulo for demasiadamente longa, a sinapse pode até desaparecer. O mesmo
ocorre com as funções cerebrais, sendo mediadas por sinapses. Logo a repetição de
uma determinada combinação de estímulos, que produz uma memória, leva à
melhora dessa memória.19,22,34
Vários fatores relacionam-se à capacidade cognitiva de um indivíduo e
certamente vão influenciar, positiva ou negativamente, no envelhecimento cognitivo.
Entre eles, estão o tipo de trabalho desempenhado ao longo da vida, a idade, a
escolaridade, o estado geral de saúde, uso de medicamentos, a manutenção de
atividades mentais estimulantes, a prática regular de atividade física, e a
participação em atividades sociais e recreativas.37 Segundo Silva,22 “a participação
social, possuir melhor saúde, funcionalidade e independência parecem ser os
elementos chaves para a promoção do envelhecimento cognitivo bem sucedido e
para a saúde cognitiva na velhice”, uma vez que o bom desempenho da memória é
vital para a manutenção da vida dos idosos de forma independente.38,39
São inegáveis os benefícios da atividade física nas funções cognitivas de
idosos, entre elas, a memória, o raciocínio e a atenção, uma vez que atua de forma
preventiva no processo de envelhecimento, oferecendo maior qualidade de vida a
![Page 22: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/22.jpg)
22
essas pessoas. A prática regular de exercícios físicos traz benefícios importantes
para o processo de memorização, pois são fundamentais para manter boa atenção e
concentração, além de diminuir a tensão, a ansiedade, a depressão e a insônia, que
dificultam muito o repouso cerebral, fundamental nesse processo.13,40 Conforme
estudo para verificar alterações cognitivas em idosas, decorrentes do exercício
físico, com ênfase no metabolismo aeróbio, realizado com caminhada três vezes por
semana com duração de sessenta minutos, durante seis meses, revelou que o grupo
experimental melhorou significativamente quanto a atenção, memória, agilidade
motora, sendo significativa também a melhora do humor.41,42
Com o aumento da idade e a redução das atividades diárias, o indivíduo
torna-se menos ativo, a capacidade funcional e cerebral diminuem e, então, tais
alterações comprometem o convívio familiar e social. O uso contínuo da memória
leva à redução do déficit funcional que ocorre com a idade,19 ou à sua
desaceleração, visto que o declínio cognitivo é provocado pelo desuso de seu
funcionamento.3,43
Em geral, indivíduos fisicamente ativos têm o processamento cognitivo mais
rápido. Um estudo epidemiológico de base domiciliar, realizado em Ermelino
Matarazzo, São Paulo, com 383 idosos, com idade igual ou superior a 60 anos,
observou que os idosos ativos fisicamente apresentaram melhor desempenho na
habilidade cognitiva fluência verbal: “de modo geral os resultados destacam a
importância da promoção da atividade física como maneira de promover também a
saúde mental, isto é, a manutenção das habilidades cognitivas, essenciais para a
independência das pessoas idosas”.44
Os efeitos da atividade física e do exercício na saúde mental têm sido
relatados em vários estudos epidemiológicos e confirmam que pessoas
moderadamente ativas fisicamente têm menor risco de serem acometidas por
desordens mentais do que as sedentárias, e que a participação em programas de
exercícios físicos exerce benefícios na esfera física, psicológica e social do
envelhecimento. Sugerem ainda que o processo cognitivo é mais rápido e mais
eficiente em indivíduos fisicamente ativos, por conta da ação dos mecanismos
diretos, como melhora na circulação cerebral, alteração na síntese e degradação de
neurotransmissores; e por mecanismos indiretos como: diminuição da pressão
arterial, diminuição dos níveis de LDL no plasma, diminuição dos níveis de
![Page 23: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/23.jpg)
23
triglicerídeos e inibição da agregação plaquetária, com melhora da capacidade
funcional de uma forma geral.33,34,41
Os aspectos fisiológicos e as doenças decorrentes do processo de
envelhecimento não impedem alguns idosos de participar de programas de
condicionamento físico. Acredita-se que, na verdade, ”são os fatores psicológicos e
os sociais que levam a maior parte dos idosos a uma vida inativa”45. Sobre essa
questão, a Organização Mundial da Saúde3 considera os fatores comportamentais
fundamentais, como, por exemplo, a adoção de estilo de vida saudável e a
conscientização do cuidado da própria saúde. Assim, “o envolvimento em atividades
físicas adequadas, alimentação saudável, a abstinência do fumo e do álcool, e fazer
uso apropriado de medicamentos podem prevenir doenças e o declínio funcional,
aumentar a longevidade e a qualidade de vida do indivíduo.”45
Em recente estudo de revisão sistemática da literatura, Brigola et al.46
analisaram 19 pesquisas sobre a associação entre a cognição e a fragilidade em
idosos. A lentidão e a força muscular foram os componentes determinantes da
fragilidade, assim como a memória foi apontada como a função mais afetada. Essas
pesquisas, em sua totalidade demonstraram haver relação entre declínio cognitivo e
fragilidade, por meio de avaliações de fragilidade e de testes dos domínios
cognitivos do MEEM e outros.
Certo et al.47 analisaram 10 artigos sobre essa temática e observaram que a
estimulação cognitiva, física e social tem sido apontada como estratégia na
prevenção do quadro de fragilidade do idoso. Apresentada pelos autores como
“síndrome clínica fenótipo,” descrevem, dentre vários fatores associados, idade
avançada, idosos do sexo feminino, risco de queda, depressão e cognição
comprometida.
1.2 O envelhecimento e a aposentadoria
Essa abordagem torna-se pertinente uma vez que a aposentadoria assume a
característica de demarcador temporal da vida do sujeito aposentado, ou seja,
aposentar-se tem sido considerado, erroneamente, como sinônimo de velhice.48
A inatividade física e mental dos idosos relaciona-se muito com os hábitos
culturais, visto que, durante sua vida produtiva, o indivíduo parece almejar uma
![Page 24: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/24.jpg)
24
aposentadoria rápida e dedicar-se a não fazer nada, embora sua capacidade física
ou mental ainda lhe permita realizar muitas coisas. Assim, instala-se “um ciclo
vicioso, no qual a degeneração psicobiológica própria do envelhecimento induz à
inatividade e à pouca requisição de processos cognitivos, que por sua vez acelera a
degeneração psicobiológica e assim por diante.”49
A sociedade considera a aposentadoria como um direito e uma conquista do
trabalhador depois de muitos anos de trabalho. Por outro lado, desvaloriza a pessoa
depois de aposentada, a qual muitas vezes passa a se sentir inútil e desestimulada.
Com o fim da vida profissional, para algumas pessoas, outros fatores acabam por
extinguir-se, como a vida social, o reconhecimento da sociedade, a referência na
profissão e os compromissos. Por esses motivos, parte dessa população não se
sente feliz com a aposentadoria. Segundo Goldenberg50, “a aposentadoria pode ser
uma fase agradável para aqueles que conseguem realizar tudo aquilo que
planejaram em suas vidas. Mas, para outros, infelizmente, a aposentadoria traduz-se
em exclusão social, sensação de serem um fardo para sua família e sociedade,
acreditando que o trabalho e o êxito profissional são as únicas formas de satisfação
e ascensão social.”
Os pesquisadores desse assunto têm buscado atualmente, definir quais as
variáveis que permeiam o envelhecimento saudável ou bem-sucedido, com saúde e
bem-estar. Observa-se, porém que poucos investigaram “como os próprios idosos
definem o envelhecimento ideal e como consideram a possibilidade de se alcançar
esse envelhecimento.”51
O ser humano pensa, no decorrer de sua vida produtiva, sobre a
aposentadoria e, quando ela ocorre, alguns vivem momentos de ansiedade e crise
por projetar suas expectativas e planos de vida no trabalho. Por conta disso, essas
pessoas podem encontrar maiores dificuldades para adaptação e enfrentamento
nessa nova fase da vida. Isso não ocorre para aqueles que fazem planejamento
para esse momento e se engajam em grupos de convivência, os quais “podem servir
como substitutos da atividade profissional, no que se refere à ocupação de um papel
e o reconhecimento social.”52
Ao abordar o paradigma de curso de vida e os eventos de transição que
ocorrem na vida adulta, Neri53 considera-os “elementos que evocam a necessidade
de reestruturação do roteiro de vida de cada um”, ou seja, deve-se considerar a
importância da compreensão desse momento na vida pessoal e social para a
![Page 25: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/25.jpg)
25
motivação e a continuidade da vida. Essa questão pode ser observada no
comportamento daqueles idosos que estão isolados socialmente, afastam-se até
mesmo do convívio familiar e apresentam maior dificuldade em lidar com as perdas
e frustrações. Com isso, têm maior desgaste emocional, tornando-se vulneráveis à
depressão e a doenças associadas e mantendo baixa qualidade de vida. Foram
verbalizados por aposentados que vivenciam esta fase, sentimentos de “crise de
identidade, com baixa autoestima e uma percepção de si como um objeto sem
valor.”48
A aposentadoria, tão desejada pelo trabalhador, requer mudanças de
comportamento. Afinal, aposenta-se de uma determinada rotina de trabalho e,
portanto, deve-se combater a ociosidade, dando inicio a outros compromissos,
novos projetos em busca da satisfação pessoal e novas formas de contribuir com a
sociedade, mantendo-se ativo fisicamente e motivado para a vida.
No que se refere à aposentadoria, além dos aspectos ligados às questões
sociais que envolvem o assunto que: “outros fatores fazem parte do processo:
percepção da saúde, satisfação com a família, situação econômica, atividades fora
da família, status social, capacidade de iniciar e manter contatos sociais e avaliação
da situação atual. No geral, a competência social, a produtividade, a eficácia
cognitiva e a continuidade de relações informais em grupos, principalmente na rede
de amigos e familiares, influenciam o bem-estar e a adaptação saudável.”54
O envelhecimento não necessita ser uma fase de declínio na vida, pois,
quando saudável, é uma fase natural do ser humano, com novas possibilidades de
mudanças, adaptações e realizações. A aposentadoria é concebida por alguns como
“não sendo a etapa final da carreira, mas uma nova etapa, na qual se torna possível
realizar escolhas tão ou mais assertivas que as de outrora.”48
1.3 A Qualidade de Vida
Na perspectiva de mudanças e adaptações que esse período necessita,
torna-se um grande desafio envelhecer com qualidade de vida. Essa noção
relaciona-se às condições, ao estilo de vida, a aspectos socioeconômicos. Destaca-
se a relevância da atividade intelectual e a interação social, que são condições
reduzidas no contexto da aposentadoria. Pode-se incluir, de forma mais ampla,
questionamentos sobre o desenvolvimento sustentável e sobre os direitos humanos
![Page 26: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/26.jpg)
26
e sociais. A qualidade de vida tem estreita relação com enfrentamento de agentes
estressores durante a transição, determinada por vários fatores que interligam
dimensões que norteiam a satisfação com a vida conforme ela é percebida, incluindo
satisfação com a família, vida social e atividades físicas.54,55,56
Um estudo, realizado a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílio (PNAD), sobre as “Tendências em dez anos das condições de saúde de
idosos brasileiros”, com intervalos de cinco anos (1998, 2003, 2008), investigou
105.254 idosos e faz abordagem da autoavaliação da saúde. Os resultados
mostraram uma melhora significativa na autoavaliação de saúde dos brasileiros,
observada em todas as regiões do país.57 A autopercepção da saúde parece ser,
então um indicador seguro para sinalizar os níveis de saúde do indivíduo.58
O processo de envelhecimento, ainda que promova uma diminuição gradual
na qualidade de vida, pode ser compreendido como um conjunto harmonioso de
satisfações que o indivíduo obtém no seu cotidiano, levando-se em consideração
tanto os aspectos físicos quanto o psicológico e o social. A qualidade de vida está
relacionada ao nível de contentamento com o ritmo de vida que o indivíduo está
mantendo. Pode estar, também diretamente associada à ausência de enfermidades,
em especial de sintomas ou disfunções, podendo ser influenciada pela habilidade e
manutenção da autonomia e pelo nível de independência para as atividades da vida
diária.3,59
![Page 27: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/27.jpg)
27
2 JUSTIFICATIVA
Evidências epidemiológicas sustentam um efeito positivo do estilo de vida
ativo e/ou do envolvimento dos indivíduos em programas de atividade física ou
exercício na prevenção e minimização dos efeitos deletérios do envelhecimento
(AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE).60 Os cientistas enfatizam cada
vez mais a necessidade de que a atividade física seja parte fundamental dos
programas mundiais de promoção da saúde.34,61
Num estudo, realizado por Cupertino et al.,51 com 501 idosos para investigar a
definição de envelhecimento saudável e o que é importante para se obter esse
envelhecimento, foram apontados, os seguintes requisitos: saúde física (53%),
saúde social (46%), saúde emocional (37%), preocupação com
alimentação/exercícios (36%) e evitar fatores de risco (19%). Essa pesquisa aponta
a manutenção da saúde física como aspecto fundamental para um envelhecimento
saudável.
É importante destacar que a atividade física tem sido apontada como um dos
fatores ligados à manutenção das funções cognitivas na velhice e se associa a
diminuição de fatores de risco cardiovasculares. Ela promove o aumento de
processos relacionados a neurogênese e angiogênese, favorecendo a plasticidade
do cérebro adulto e a manutenção do desempenho cognitivo em idades avançadas,
sendo referida como “importante protetor contra o declínio cognitivo e demência em
indivíduos idosos”,33 podendo retardar declínios funcionais.3,22,62
Considerando-se que o envelhecimento populacional é uma preocupação
mundial e exige estratégias de prevenção de saúde a serem adotadas com a maior
brevidade possível; visto que, ainda que tal processo seja acompanhado pelo
declínio das habilidades cognitivas, especialmente queixas de memória, da
capacidade funcional e aptidão física, a atividade física é indicada, por desempenhar
papel importante na manutenção da qualidade de vida.32,63,64,65
A Organização Mundial da Saúde diz que o envelhecimento ativo “é o
processo de otimização das oportunidades de saúde, participação e segurança, com
o objetivo de melhorar a qualidade de vida à medida que as pessoas ficam mais
velhas,” aumentando a expectativa de vida saudável para todas as pessoas que
estão envelhecendo.3,10
![Page 28: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/28.jpg)
28
Com foco no sedentarismo global, estudo66 aponta um dado preocupante 31%
da população mundial, são inativos fisicamente, ou seja não praticam o tempo
mínimo em atividades físicas moderadas rotineiras, preconizado pela OMS
(Organização Mundial da Saúde) para adultos, que é de 150 minutos por semana
em atividade moderada ou 75 minutos de atividade física vigorosa por semana, em
sessões de, pelo menos, 10 minutos de duração.67
Assim, justifica-se a necessidade de promover ações de promoção de saúde
que ofereçam melhores condições de vida à população idosa. Pretende-se, com
esta pesquisa, colaborar com programas que contribuam com a saúde integral do
idoso nas esferas física, mental e social, vislumbrando-se o “envelhecimento ativo” .
Diante da constatação do reduzido número de pesquisas existentes, no que
tange ao impacto do exercício físico na evolução da aptidão física e cognitiva de
idosos, e as evidências científicas apresentando-se ainda insuficientes quanto ao
modelo de intervenção observado na literatura internacional e nacional, propôs-se a
seguinte questão: “Em que medida o exercício físico poderia contribuir para melhorar
a aptidão física e as funções cognitivas de idosos?”
Com base no exposto, esta pesquisa tem como hipótese demonstrar que o
idoso que pratica exercício físico sistematizado apresenta melhora em seu
desempenho cognitivo, podendo prevenir, ou retardar, possíveis declínios em sua
cognição.
![Page 29: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/29.jpg)
29
3 OBJETIVOS 3.1 Objetivo Geral
Avaliar a eficácia do exercício físico com pesos livres na aptidão física e
funções cognitivas de idosos.
3.2 Objetivos Específicos
Traçar o perfil socioeconômico-demográfico e de saúde dos idosos;
Desenvolver um programa de exercício físico.
Avaliar e comparar o nível cognitivo dos idosos a partir dos resultados obtidos
no MEEM (Mini Exame de Estado Mental) antes e após a intervenção do
programa de exercício físico;
Investigar o nível de atividade física dos idosos, pelo tempo semanal gasto
em atividade física, antes e após a intervenção do programa de exercício
físico;
Avaliar e comparar a aptidão física dos idosos antes e após a intervenção do
programa de exercício físico.
![Page 30: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/30.jpg)
30
4 METODOLOGIA
4.1 Tipo de estudo
Trata-se de um estudo quase experimental. Foi composto por apenas um
grupo que recebeu a intervenção. Nos estudos não randomizados ou quase
experimentais, a alocação dos participantes do grupo não é aleatória, portanto,
houve manipulação da variável independente para examinar a relação de causa e
efeito com as outras variáveis dependentes.26,68-70 Seu desenvolvimento deu-se a
partir de análise pré e pós teste.
4.2 População do estudo
Esse estudo foi desenvolvido com um grupo de 24 idosos de uma instituição
de aposentados e pensionistas da cidade de Marília, Estado de São Paulo, com
idade entre 60 a 80 anos, de ambos os sexos.
4.2.1 Campo de estudo
A instituição de aposentados em que se desenvolveu esta pesquisa oferece
atividades aos idosos associados que desfrutam de projetos, como Geração Saúde,
Esporte, Cultura e Lazer, que atendem pessoas aposentadas e pensionistas de
todas as categorias, de ambos os sexos e acima de 50 anos, de Marília/SP e região.
Essa associação, fundada em 17 de dezembro de 1998, oferece atividades
esportivas, culturais, de lazer e de promoção de saúde a seus associados.
Preocupa-se com a manutenção da atividade social, que é fundamental para a
qualidade de vida; dá oportunidade aos associados de convivência em grupo para
compartilhar suas estórias de vida por meio da reinclusão social do aposentado ou
pensionista; promove a redescoberta da motivação e novas propostas de vida.
Entre as atividades oferecidas estão matinê dançante, atividades culturais,
coral, curso de estimulação cognitiva (memória), aulas de informática, dança,
teclado, inglês, pintura e mosaico, atividades esportivas e saúde, alongamento,
yoga, tai chi, ginástica para idosos - Geração Saúde, palestras educativas, eventos
sociais, festas comemorativas e confraternizações, além de um salão de carteado
![Page 31: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/31.jpg)
31
onde os associados passam suas tardes. A associação realiza, também, passeios e
viagens nacionais e internacionais.
4.3 Amostra
Para a participação neste estudo, houve divulgação de duas formas: primeiro
o convite para uma reunião pelo envio de carta-convite aos 780 idosos
frequentadores da instituição, com informações e esclarecimentos sobre a pesquisa
e, depois, a divulgação nos bingos oferecidos pela instituição.
Compareceram à solicitação 96 idosos, os quais participaram de uma pré-
seleção por meio de aplicação de um questionário de triagem, sendo aceitos
aqueles que atenderam aos critérios de inclusão, descritos a seguir, e, de igual
modo, excluídos aqueles que não se moldaram aos propósitos de constituição do
grupo de estudo.
Com base nesses critérios, foi possível identificar 27 idosos com potencial
para participação na pesquisa.68 Devido a problemas familiares, houve desistência
de três participantes com frequência apenas nas sessões iniciais. Portanto, foram
estudados 24 idosos, com idade entre 60 a 80 anos, sendo 19 (79,2%) do sexo
feminino e cinco (20,8%) do masculino.
Na FIGURA 1, apresentam-se detalhadamente as fases de seleção da
amostra a partir da população de idosos frequentadores da Instituição.
![Page 32: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/32.jpg)
32
Figura 1- Demonstrativo do Delineamento da pesquisa segundo os critérios metodológicos para seleção dos idosos participantes do estudo. Instituição de aposentados. Marília, SP
4.3.1 Critérios de inclusão
Ter idade entre 60 a 80 anos;
Sexo masculino e feminino;
Ter autonomia física e mental;
Ter liberação comprovada pelo médico para prática de exercício físico;
Não estar frequentando cursos de estimulação cognitiva;
Não estar realizando atividades físicas regulares.
4.4 Intervenção
Este estudo investigou 24 idosos de ambos os sexos com idade entre 60 a 80
anos, os quais foram submetidos a um programa de exercício físico regular com
utilização de pesos livres (1Kg e 2 Kg), realizado na cadeira (nas posições sentado e
População (N=780) Pré-seleção n=96
Pré-seleção = 96 Critérios de Inclusão = 27
Amostra n= 27 idosos Avaliação Pré-Teste e TCLE
QuestSocEcDemSaúde, MEEM, IPAQ. AptFísica Desistentes= 3
INTERVENÇÃO: n = 24 idosos 18 semanas Avaliação Pré e Pós-Teste
![Page 33: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/33.jpg)
33
em pé). Foram realizadas dezoito sessões, distribuídas em duas vezes por semana,
com uma hora de duração cada sessão.
O local de desenvolvimento das atividades foi a própria sede da instituição de
aposentados, que conta com um salão com aproximadamente 100 metros
quadrados, arejado e ventilado; com cadeiras de tamanho grande; além dos demais
materiais necessários para a realização do estudo (halteres, pesos de tornozelo,
bastão e faixa theraband). Todas as fases do estudo, incluindo os exercícios físicos,
foram aplicadas pela pesquisadora, que é educadora física e pedagoga.
Os participantes foram devidamente orientados para que durante o período da
pesquisa, não se engajassem em nenhum programa de exercício físico, tampouco
realizassem qualquer tipo de atividade física fora de sua rotina, ou seja, mantendo
apenas as atividades físicas desempenhadas no cotidiano, incluindo deslocamentos
como ir à igreja, supermercado, banco etc.
A intervenção teve início a partir da aplicação dos instrumentos de avaliação,
ou seja, pré-teste com a devida apresentação de atestado médico, que comprova
nível de saúde adequado à prática de exercício físico. Para a coleta dos dados
antropométricos (peso e a altura), foi utilizada uma balança especifica para tal
finalidade. O pós-teste foi realizado imediatamente ao término das 18 semanas.
Na prescrição dos exercícios físicos buscou-se desenvolver a mobilidade
geral, soltura musculo-articular e agilidade (deslocamento lateral), resistência
muscular localizada com treinamento de força muscular para os membros inferiores
com pesos ajustáveis nos tornozelos de 1kg e 2kg e, para os membros superiores,
pesos livres de 1kg e 2 kg e exercícios de alongamento com bastões e theraband.
O Quadro 1 apresenta o detalhamento da estrutura e das fases de
desenvolvimento da intervenção do exercício físico.
![Page 34: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/34.jpg)
34
Quadro 1- Estrutura e fases de desenvolvimento da intervenção do exercício físico dos idosos da Instituição de Aposentados, Marília, SP, 2015
As 18 sessões foram desenvolvidas com frequência semanal de duas
sessões,26,67,71-73 estruturadas em três partes, sendo, inicial: 10 minutos de
aquecimento, combinando elementos para desenvolver a percepção corporal global
e ativação da mobilidade musculo-articular, exercícios de flexão, extensão e rotação
e alongamentos; principal: 40 minutos de exercícios de coordenação, deslocamento
lateral de intensidade leve a moderada, fortalecimento muscular, flexibilidade, entre
outros e a parte final da sessão: 10 minutos dedicados ao relaxamento (massagem,
manipulação em duplas).
Quanto à intensidade dos exercícios, foi de leve a moderada, sendo que, na
fase de adaptação ao exercício (duas primeiras sessões), eles foram desenvolvidos
sem carga (halteres e pesos ajustáveis nos tornozelos) em razão de os idosos
estudados serem fisicamente sedentários. Na sequência, foram utilizados 1kg e 2 kg
para os grupos musculares dos membros superiores e inferiores. Atentou-se em
Prescrição dos Exercícios Físicos
Estrutura das 18 sessões
Intensidade Séries e Repetições
Exercícios de mobilidade geral -Soltura músculo-articular -Agilidade (deslocamento lateral) -Resistência muscular localizada -O treinamento de força muscular foi desenvolvido sistematicamente em todas as sessões, para os membros inferiores com pesos ajustáveis nos tornozelos de 1Kg e 2Kg e, para os membros superiores, pesos livres de 1Kg e 2 kg -Exercícios de alongamento com bastões e theraband.
Duração: 1 hora Frequência: 2 vezes na semana Inicial: 10 minutos
Aquecimento: combinando elementos para desenvolver a percepção corporal global e ativação da mobilidade musculo-articular, exercícios de flexão, extensão e rotação e alongamentos Principal: 40 minutos
Exercícios de coordenação, deslocamento lateral, fortalecimento muscular, flexibilidade, entre outros Final: 10 minutos
Relaxamento (massagem, manipulação em duplas).
Leve a moderada Fase de adaptação ao exercício (duas primeiras sessões), foram desenvolvidos sem carga (halteres e pesos nos tornozelos) em razão de os idosos estudados serem fisicamente sedentários. Na sequência 1Kg e 2 Kg para os grupos musculares dos membros superiores e inferiores. Manteve-se o desempenho equivalente à sensação subjetiva do esforço, foram orientados a realizar o exercício atendendo à limitação física de cada idoso.
Fortalecimento muscular: três séries de 8 a 15 repetições para cada grupo muscular, durante todo o processo de intervenção. Fase de adaptação entre 1 a 3 séries de exercícios com 8 repetições em cada série, com aumento gradativo até três séries e
15 repetições.
A recuperação cardiorrespiratória e músculo-articular foi administrada com intervalos de 1 minuto
entre cada exercício
![Page 35: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/35.jpg)
35
manter o desempenho equivalente à sensação subjetiva do esforço, ou seja, foram
orientados a realizar o exercício atendendo à limitação física de cada idoso.
Em relação às séries e repetições dos exercícios de fortalecimento muscular,
eles foram desenvolvidos em três séries, de oito a quinze repetições para cada
grupo muscular, durante todo o processo de intervenção. Para a fase de adaptação,
foi proposta entre uma a três séries de exercícios com oito repetições em cada série,
com aumento gradativo até três séries e quinze repetições.
A recuperação dos sistemas cardiorrespiratório e músculoarticular foi
administrada com intervalos de um minuto, com realização de exercícios
respiratórios a fim de prevenir o aumento ou aceleração desnecessários nessas
funções.
O Quadro 2 demonstra a frequência dos idosos às 18 sessões de exercícios
físicos durante o período de intervenção.
Quadro 2 - Frequência dos participantes em 18 sessões de exercício físico, Instituição de Aposentados de Marília, SP, 2015
Sessão Presença % Total
1 20 83,3 24
2 20 83,3 24
3 21 87,5 24
4 23 95,8 24
5 23 95,8 24
6 20 83,3 24
7 22 91,7 24
8 19 79,2 24
9 20 83,3 24
10 20 83,3 24
11 20 83,3 24
12 22 91,7 24
13 19 79,2 24
14 22 91,7 24
15 21 87,5 24
16 20 83,3 24
17 19 79,2 24
18 24 100,0 24 Média/ sessão
21
86,8
24
![Page 36: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/36.jpg)
36
A frequência de participação dos idosos às atividades propostas pelo estudo
foi igual ou superior a 75%. A média de presença dos idosos em cada sessão de
exercício físico foi de 21 (86,8%).
4.5 Coleta de dados
Para a coleta de dados, realizou-se o pré-teste no mês de outubro de 2015,
mediante a aplicação de questionários, testes físicos e cognitivos. No período de
outubro a dezembro foi desenvolvida a intervenção e, no final foram aplicados os
mesmos instrumentos do pré-teste.
4.5.1 Questionário estruturado
Perfil sócio-econômico-demográfico e de saúde dos idosos, composto por
perguntas abertas e fechadas. (APÊNDICE A)
4.5.2 Avaliação cognitiva
MEEM – Mini-Exame do Estado Mental
O comprometimento cognitivo foi mapeado pelo Mini Exame do Estado Mental
(MEEM), desenvolvido por Folstein et al.74, com o objetivo de detectar declínio
cognitivo em idoso.32,75,76
O MEEM é composto por questões agrupadas em sete categorias elaboradas
para avaliação das funções cognitivas específicas: orientação temporal (5 pontos),
orientação espacial (5 pontos), memória imediata-registro de três palavras (3
pontos), atenção e cálculo (5 pontos), evocação (3 pontos), linguagem (8 pontos) e
capacidade construtiva visual (1 ponto). Os escores desse teste variam de 0 a 30
pontos, que indicam o maior nível de comprometimento cognitivo (zero) até o melhor
desempenho das funções cognitivas do indivíduo (trinta). (ANEXO A)
Esse instrumento apresenta-se como a versão brasileira mais aplicada nas
pesquisas na versão de Bertolucci et al.75 e Brucki et al.,76 também modificada para
melhor aplicabilidade para indivíduos analfabetos ou com menor escolaridade, em
diferentes cenários, na clínica ou em pesquisa na comunidade.
Devido à forte influência determinada pelo grau de escolaridade, diferentes
pesquisadores estabeleceram diferentes pontos de corte para a avaliação do MEEM:
![Page 37: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/37.jpg)
37
Bertolucci et al.75 estabeleceram pontos de corte sendo: 13 pontos para analfabetos;
18 pontos para os indivíduos com baixa escolaridade (1 a 4 anos incompletos) e
média escolaridade (4 a 8 anos incompletos); e 26 pontos para alta escolaridade (8
anos ou mais). Entretanto, outros estudos77-79 encontraram resultados nos escores
do MEEM, quando aplicado em analfabetos, a pontuação de 18 e 20. Tornou-se,
assim, extremamente baixo o corte estabelecido anteriormente.75
Assim sendo, esses autores76 propõem algumas alterações, como, por
exemplo, da questão da atenção e cálculo devido à facilidade de indivíduos
analfabetos, ou com baixa escolaridade, terem na resolução do cálculo do sete
seriado em substituição à soletração invertida da palavra “mundo”; na orientação
temporal o “semestre” foi substituído pela informação da “hora aproximada”; na
questão da orientação espacial quando solicitado o “nome do hospital” e “andar”
foram alterados para “local geral e específico”, como também a informação do
“bairro” por “rua próxima”.
De acordo com alguns estudos que utilizaram o MEEM para rastreio cognitivo
em idosos, foi constatada uma importante variabilidade da performance cognitiva na
pontuação desse teste em idosos com maior escolaridade.26,32,80-84
No presente estudo, em relação ao nível educacional, sabe-se que a
nomenclatura, utilizada atualmente para a escolaridade, compreende o ensino
fundamental I e II, ensino médio e ensino superior. Foi utilizada a nomenclatura de
1º e 2º graus com vistas a facilitar o entendimento da população estudada.
4.5.3 Avaliação do nível de atividade física
Para avaliar o Nível de Atividade Física foi aplicado o International Physical
Activity Questionnaire (IPAQ) versão longa, validado no Brasil em 2001 e adaptado
para a população idosa, avaliação de homens e mulheres por Benedetti et al.,85-88 No
Brasil, o CELAFISCS (Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São
Caetano do Sul), São Paulo, é o Centro Coordenador do IPAQ.88 É um instrumento
amplamente utilizado para medir o tempo dispendido semanalmente em atividades
físicas de intensidade vigorosa, moderada e leve, com a duração de no mínimo de
10 minutos contínuos.85,86
O IPAQ adaptado para idosos (forma longa, semana usual/normal),85,86 é
composta por quatro domínios de atividades físicas desempenhadas no cotidiano e
![Page 38: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/38.jpg)
38
um domínio referente ao tempo despendido em um dia normal e final de semana na
posição sentada; são apresentados em 15 questões, com registro do tempo em um
dia e total semanal, gasto em atividades físicas. (ANEXO B)
Uma vez realizado o teste de comparação dessas variáveis, antes e após a
intervenção, optou-se por correlacionar cada variável proposta aos cinco domínios
do IPAQ (Questionário Internacional de Atividade Física); diferentemente dos
estudos que utilizam habitualmente esse instrumento, segundo a classificação dos
níveis de atividade física (ativo, insuficientemente ativo e sedentário). Isso permitiu
ampliar a discussão para comparar os efeitos do exercício físico nas capacidades
físicas e investigar se houve implicações em mudanças no estilo de vida do idoso,
durante o período de intervenção.
4.5.4 Avaliação da Aptidão Física
Para essa avaliação foi aplicada a bateria de testes físicos, proposta por Rikli
e Jones (Functional Fitness Test),89 1999; específica para avaliar a aptidão física do
idoso. É utilizada pelo Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São
Caetano do Sul – CELAFISCS.90 como testes alternativos devido à praticidade para
medir os componentes da aptidão física. Foram investigadas neste estudo, a
capacidade aeróbica mediante a aplicação do TME2’ (Teste marcha estacionária de
dois minutos), a força muscular dos membros superiores (Teste de Flexão e
extensão de cotovelo) e dos membros inferiores (Teste de levantar da cadeira em 30
segundos). Os Testes para medir a mobilidade geral, avaliaram a velocidade normal
de andar e velocidade máxima de andar, descritos por Spirduso*. (ANEXO C)
Esse protocolo foi elaborado de acordo com as normas para avaliação do
idoso, desenvolvido e prescrito pelo CELAFISCS, que estabelece sua aplicação de
forma bastante simples. Dessa forma, seguindo esses parâmetros, uma sala foi
devidamente adaptada e preparada para esse fim.
As figuras a seguir ilustram o referido protocolo adaptado, utilizado pela
pesquisadora para as avaliações do pré e pós-teste. A capacidade aeróbica foi
realizada com aplicação do TME2`. Para o Teste de marcha estacionária de dois
minutos (FIGURA 2), foi fabricada uma barra de ferro e fixada à parede e nela foi
* Spirduso W. Physical dimensions of aging. Champaign: Human Kinetics; 1995.
![Page 39: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/39.jpg)
39
anexada uma fita de 76,2 centímetros, sendo utilizado cronômetro e fita métrica. O
preparo para o teste se deu com o idoso posicionado de frente a essa estrutura,
inicialmente sendo determinada a altura correta de elevação dos joelhos. Para tal
procedimento, mediu-se o ponto médio da patela à crista ilíaca. O avaliador orientou
o idoso a realizar o movimento de marchar por dois minutos, e contando-se o
número de passos sempre que a perna direita atingia a altura da medida
determinada à frente.
Figura 2 – Ilustração de adaptação para avaliação da capacidade aeróbica, Teste alternativo TME2’ marcha estacionária de dois minutos, Instituição de Aposentados. Marília,SP, 2015
Fonte: Foto do próprio autor
A avaliação da força muscular dos membros superiores e inferiores é ilustrada
na FIGURA 3. A força dos membros superiores foi estimada mediante o Teste de
flexão de cotovelo com halteres de 2 kg para mulheres e 4 kg para homens. Para os
membros inferiores, o Teste de levantar da cadeira em 30 segundos foi realizado
com os braços cruzados no peito (tórax). Ambos os testes foram realizados na
posição sentada em uma cadeira apoiada à parede, com as costas retas no encosto
e pés apoiados no chão; utilizou-se o cronômetro em trinta segundos e contou-se o
![Page 40: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/40.jpg)
40
número total dos movimentos completos de flexão de braço e, na sequência,
levantar e sentar da cadeira (sem o apoio dos braços). Para esse último teste o
idoso sentou-se no meio da cadeira.
Figura 3 – Ilustração de adaptação realizada para a avaliação da força muscular dos membros superiores (Teste de flexão de cotovelo) e membros inferiores (Teste de levantar da cadeira em trinta segundos), Instituição de Aposentados. Marília,SP, 2015
Fonte: Foto do próprio autor
A FIGURA 4 ilustra os parâmetros do percurso realizado para o
desenvolvimento dos Testes de mobilidade geral, com desdobramento em
velocidade normal de andar e velocidade máxima de andar (podendo determinar
também o equilíbrio dinâmico segundo Matsudo)90. O percurso foi demarcado no
chão com fita adesiva medindo 3,33 metros de comprimento e 33,3 centímetros de
largura.90 Foi solicitado ao idoso que, ao sinal do avaliador, percorresse o trajeto,
caminhando na velocidade normal que anda em sua rotina diária. Segundo o
protocolo, foram realizadas três tentativas e calculada a média; verificou-se o tempo
cronometrado em segundos e centésimos de segundo. A mesma padronização foi
adotada para aplicação do teste de velocidade máxima de andar, sendo orientados a
![Page 41: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/41.jpg)
41
caminhar na máxima velocidade possível, não sendo permitido correr. Foi calculada
a média após as três tentativas com resultado em segundos e centésimos de
segundo.
Figura 4 – Ilustração de percurso adaptado utilizado para avaliação da mobilidade geral: Teste de velocidade normal de andar e velocidade máxima de andar, Instituição de Aposentados. Marília, SP, 2015
Fonte: Foto do próprio autor
4.6 Aspectos éticos
O presente Projeto foi aprovado pelo Parecer 1.289.323, de 21 de outubro de
2015, do Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina de Marilia, por
tratar-se de um estudo que envolveu seres humanos para a coleta de dados,
obedecendo aos critérios da Resolução nº 466/2012 (Anexo D). Os idosos
participantes da pesquisa assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(TCLE). Assim, foram devidamente informados sobre o propósito e critérios
pertinentes à investigação. (Anexo E)
![Page 42: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/42.jpg)
42
4.7 Análise dos dados
Devido à natureza das variáveis em estudo, no resumo dos dados, utilizaram-
se tabelas, número de indivíduos por sexo, média, desvio-padrão, mediana, valor
mínimo, valor máximo, valor das estatísticas dos testes estatísticos de normalidade e
de comparações entre grupos. A normalidade dos dados foi verificada por meio do
Teste de Saphiro-Wilk.91,92 Para a comparação entre duas amostras independentes,
utilizou-se o Teste t de Student e, se necessário, por restrição teórica, o Teste de
Mann-Whitney; entre duas amostras relacionadas, o Teste t pareado e, se
necessário, por restrição teórica, o Teste de Wilcoxon; para a verificação de
associações entre variáveis qualitativas, utilizou-se o Teste do qui-quadrado de
Pearson e, se necessário, por restrição teórica, o teste de Fisher, SPSS 21.91,92
Para avaliar qualitativamente as correlações entre o escore do MEEM,
domínios do IPAQ e os componentes estudados da Aptidão Física, foi calculado o
coeficiente de correlação de Pearson(r) ou o de Spearmann, por restrição teórica,
adotando-se os seguintes critérios para a correlação: i) nula: r = 0; ii) fraca: 0< I r I
<0,3; iii) regular: 0,3≤ I r I <0,6; iv) forte: 0,6≤ I r I <0,9; v) muito forte: 0,9 ≤ I r I < 1e
vi) perfeita: r = 1 segundo Callegari-Jacques.93
Adotou-se o nível de significância de 5% de probabilidade para a rejeição da
hipótese nula em todos os testes e na avaliação das correlações.
![Page 43: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/43.jpg)
43
5 RESULTADOS
5.1 Caracterização da amostra Os dados relativos aos 24 idosos em estudo estão resumidos nas Tabelas 1 e
2 a seguir.
Tabela 1 - Distribuição dos 24 idosos de acordo com o sexo, faixa etária e estado civil1, presença de doença e uso de medicamento, Instituição de Aposentados, Marília, SP, 2015
1 Estado Civil: divorc (divorciado)
Tabela 2 -Distribuição dos 24 idosos de acordo com o sexo, escolaridade1, renda2 e moradia3,Instituição de Aposentados, Marília, SP, 2015
Masculino Feminino
Renda 2a3 SM
6a9 SM
1 SM
2a3 SM
4a5 SM
6a9
SM
≥ 10 SM Total
Freq. (%)
3 (12,5)
2 (8,33)
1 (4,17)
6 (25,0)
7 (29,17)
2
(8,33)
3 (12,5)
24 (100)
Masculino Feminino
Moradi Soz. Esp. Outros Soz. Filho(a) Par. Marido Total Freq. (%)
1 (4,2)
3 (12,5)
1 (4,2)
6 (25)
4 (16,7)
2 (8,3)
7 (29,1)
24 (100)
1 1ºG Inc (1º Grau Incompleto), 1ºG Comp.(1º Grau Completo, 2º G Inc (2º Grau Incompleto), 2ºG
Com(2º Grau Completo), Sup.Inc(Superior Incompleto), SupComp(Superior Completo), PG(Pós-Graduação).
. 2 Renda: SM Salário Mínimo.
3 Moradia: Soz (sozinho), Esp (esposo), Par (parente)
Masculino Feminino
Faixa Etária
60-69 70-80 60-69 70-80 Total
Freq. (%) 1 (4,2) 4(16,7) 11(45,8) 8(33,3) 24(100)
Masc. Fem.
Estado Civil
Casado Divorc Solteiro Casado Viúvo Div. Total
Freq. (%) 3(12,5) 2(8,3) 1(4,2) 7(29,2) 6(25,0) 5(20,8) 24(100)
Masc. Fem.
Doença Não Sim Não Sim Total
Freq. (%)
1(4,2)
4(16,7)
5(20,8)
14(58,3)
24(100)
Medicame Freq. (%)
Masc. Sim
5(20,8)
Não 0 (0)
Fem. Sim
16(66,7)
Não
3(12,5)
Total
24(100)
Masculino Feminino
Escola ridade
1ºG Inc
2ºG Inc
Sup. Inc
Sup. Com
1ºG Inc
1ºG Com
2ºG Inc
2ºG Com
Sup. Inc
Sup. Com
PG To tal
Freq. (%)
1 (4,2)
1 (4,2)
2 (8,3)
1 (4,2)
3 (12,5)
2 (8,3)
2 (8,3)
2 (8,3)
1 (4,2)
8 (33,33)
1 (4,17)
24 (100)
![Page 44: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/44.jpg)
44
Participaram do estudo 24 idosos sendo 19 do sexo feminino (79,2%) e cinco,
do sexo masculino (20,8%). Do total, 10 (41,7%) são casados, e divorciados sete
(29,1). A presença de viuvez foi encontrada em seis (25,0%) mulheres.
Quanto ao desenvolvimento de algum tipo de doença, quatro (16.67%)
homens e 14 (58.33%) mulheres responderam positivamente; sendo que cinco
(20.83%) do sexo masculino e 16 (66.67%) do sexo feminino revelaram fazer uso de
medicamentos.
Em referência à escolaridade dos idosos entrevistados, constatou-se que
quatro não concluíram o primeiro grau (16.67%). Apenas um do sexo masculino
concluiu o ensino superior e, do sexo feminino, oito (33,33%), sendo que uma idosa
(4,17%) possuía pós-graduação.
Quanto à renda mensal, apenas uma (4,17) idosa do sexo feminino referiu
manter-se com renda de um salário mínimo. Nove idosos (37,5%), de ambos os
sexos, contam com dois a três salários mínimos mensais; sete idosas do sexo
feminino (29,17%) recebem entre quatro a cinco salários mínimos mensais e quatro
idosos (16,66%) vivem com renda entre seis a nove salários mínimos. Três idosos
do sexo feminino (12,50%) possuem renda maior ou igual a dez salários mínimos.
Dos idosos do sexo masculino, três (12,5%) referiram morar com a esposa,
apenas um reside sozinho (4,2%), sete (29,1%) mulheres vivem com o companheiro.
Residem com filhos ou parentes seis idosas (25,0%). Moram sozinhas seis idosas
(25,0%).
5.2 Testes de normalidade e Testes de comparações entre os sexos, nos
momentos antes e após intervenção para variáveis quantitativas.
O resultado do Teste de normalidade de Saphiro-Wilk foi não significante
(p>0,05) para todas as variáveis em estudo segundo o sexo, com exceção da altura,
indicando o uso do Teste t de Student para dados independentes, para a verificação
de diferenças significativas.
Continuação
![Page 45: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/45.jpg)
45
Tabela 3 - Estatísticas e valor p da amostra do Teste de Levenne para igualdade de variâncias e Teste t de Student para amostras independentes, para as variáveis1 segundo o sexo, para dados normais (Saphiro-Wilk: p>0,05), Instituição de Aposentados, Marília, SP
Teste Levenne
Teste t de Student
Variável 2
z Valor p
T gl Valor p
Idade 0,871 0,361 1,762 22 0,092
ESCMEEM 0,248 0,623 -0,566 22 0,577
IPAQD1THTrab 1,142 0,297 -0,505 22 0,619
IPAQD2THTransp 0,773 0,389 0,073 22 0,942
IPAQD3THCasa 0,143 0,709 1,006 22 0,325
IPAQD5TSDSN 0,914 0,350 -0,667 22 0,512
IPAQD5TSFS 4,211 0,052 -0,306 22 0,763
Peso 0,001 0,974 1,150 22 0,262
Altura 0,113 0,740 2,146 22 0,043
PotAerób 0,060 0,808 0,869 22 0,394
ForMMSup 2,030 0,168 -0,798 22 0,433
ForMMInf 0,051 0,824 -0,226 22 0,823
MGVNorAnd 1,870 0,185 -0,549 22 0,588
MGVMáxAnd 3,482 0,075 -1,125 22 0,273
1 Idade, ESCMEEM (Escore do Mini Exame do Estado Mental.), IPAQD1 (Questionário Internacional de Atividade Física,
Domínio 1, Atividade Física no Trabalho), IPAQD2(Questionário Internacional de Atividade Física, Domínio 2,Atividade Física como meio de transporte), IPAQD3(Questionário Internacional de Atividade Física, Domínio 3, Atividade Física em casa, trabalho, tarefas domésticas), IPAQD5TSDSN (Questionário Internacional de Atividade Física, Domínio 5, Tempo/Horas gasto Sentado um dia Semana Normal), IPAQD5TSFS (Questionário Internacional de Atividade Física, Domínio 5, Tempo/Horas gasto Sentado Final de Semana), Peso, Altura, PotAerob (Potência Aeróbica), ForMMSup (Força Muscular dos Membros Superiores), ForMMInferiores (Força Muscular dos Membros Inferiores), MGVNorAnd (Mobilidade Geral :Velocidade Normal de Andar), MGVMáxAnd (Mobilidade Geral: Velocidade Máxima de Andar) 2 Foi excluída a variável IPAQD4 (Questionário Internacional de Atividade Física, Domínio 4, Atividades Físicas de
Recreação, Esporte, Exercício e de Lazer) , pois todos os valores obtidos são nulos
Em relação ao sexo, os resultados dos testes de Levenne e t de Student para
grupos independentes foram não significantes (p>0,05) para todas as variáveis, com
exceção da altura, cujo resultado foi significante (p<0,05). Portanto neste estudo
optou-se por juntar os dados em um único conjunto (ambos os sexos) para análise,
em cada um dos momentos, antes e após a intervenção (Tabela 3).
![Page 46: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/46.jpg)
46
Tabela 4 - Estatística e valor p do Teste de Normalidade de Saphiro-Wilk (n < 30) para os dados das variáveis1 em estudo antes e após a intervenção dos 24 idosos, Instituição de Aposentados, Marília, SP, 2015
Grupo
Saphiro-Wilk
Variáveis2 Estatística Df valor p
ESCMEEM Antes da interv 0,937 24 0,141
Após interv 0,869 24 0,005
IPAQD1THtrab Antes da interv 0,209 24 0,000
Após interv 0,209 24 0,000
IPAQD2THtrans Antes da interv 0,784 24 0,000
Após interv 0,622 24 0,000
IPAQD3THcasa Antes da interv 0,825 24 0,001
Após interv 0,900 24 0,022
IPAQD5TSDSN Antes da interv 0,952 24 0,294
Após interv 0,959 24 0,424
IPAQD5TSFS Antes da interv 0,970 24 0,669
Após interv 0,979 24 0,871
Peso Antes da interv 0,932 24 0,109
Após interv 0,935 24 0,123
Altura Antes da interv 0,977 24 0,828
Após interv 0,981 24 0,917
PotAerób. Antes da interv 0,984 24 0,958
Após interv 0,980 24 0,904
ForçaMMInf Antes da interv 0,950 24 0,277
Após interv 0,975 24 0,779
ForçaMMSup Antes da interv 0,968 24 0,607
Após interv 0,960 24 0,448
MGVNorAndar Antes da interv 0,939 24 0,158
Após interv 0,876 24 0,007
MGVMáxAndar Antes da interv 0,883 24 0,010
Após interv 0,905 24 0,027
1 ESCMEEM (Escore do Mini Exame do Estado Mental.), IPAQD1 (Questionário Internacional de Atividade Física,
Domínio 1, Atividade Física no Trabalho), IPAQD2(Questionário Internacional de Atividade Física, Domínio 2,Atividade Física como meio de transporte), IPAQD3(Questionário Internacional de Atividade Física, Domínio 3, Atividade Física em casa, trabalho, tarefas domésticas), IPAQD5TSDSN (Questionário Internacional de Atividade Física, Domínio 5, Tempo/Horas gasto Sentado um dia Semana Normal), IPAQD5TSFS (Questionário Internacional de Atividade Física, Domínio 5, Tempo/Horas gasto Sentado Final de Semana), Peso, Altura, PotAerob (Potência Aeróbica), ForMMSup (Força Muscular dos Membros Superiores), ForMMInferiores (Força Muscular dos Membros Inferiores), MGVNorAndar (Mobilidade Geral :Velocidade Normal de Andar), MGVMáxAndar (Mobilidade Geral: Velocidade Máxima de Andar) 2 Foi excluída a variável IPAQD4 (Questionário Internacional de Atividade Física, Domínio 4, Atividades Físicas de
Recreação, Esporte, Exercício e de Lazer), pois todos os valores obtidos são nulos
![Page 47: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/47.jpg)
47
Em relação à normalidade dos dados, para os momentos antes e após a
intervenção, os resultados dos Testes de Saphiro-Wilk foram não significantes
(p>0,05) para as variáveis IPAQD5TSDSN, IPAQD5TSFS, Peso, Altura, Potência
Aeróbica, Força Muscular dos Membros Inferiores e Membros Superiores, indicando,
para a verificação de diferenças significativas, o uso do Teste t para grupos
dependentes, nos momentos antes e após intervenção. Obtiveram-se resultados
significantes (p<0,05) para, ao menos um dos momentos, segundo as variáveis
ESCMEEM, IPAQD1TH, IPAQD2TH, IPAQD3TH, MGVNorAndar e MGVMáxAndar,
indicando o Teste de Wilcoxon para grupos dependentes para a verificação da
igualdade das distribuições dos dados entre os momentos antes e após a
intervenção (Tabela 4).
![Page 48: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/48.jpg)
48
Tabela 5 - Distribuição das variáveis em estudo1 e resultado do teste de comparação antes e após a intervenção dos 24 idosos da Instituição de Aposentados, Marília, SP, 2015
Variáveis
n
Mé dia
DP
Mín
Máx
Percentis valor p do teste 25º 50º
Mediana 75º t Wilco-
xon
Peso Masculino 5 76.4 9.2
64.0
86.0
68.0
75.0
85.5
0,479
Peso Feminino 19 70,5 10.5 56.0 94.0 62.5 69.0 72.5
Altura Masculino 5 1.6 0.1 1.5 1.7 1.6 1.7 1.7 0,421
Altura Feminino
19 1.6 0.1 1.5 1.7 1.6 1.6 1.6
ESCMEEM Antes
24 26,1 3,0 18,0 30,0 24,0 26,5 28,0 < 0,001
ESCMEEM Após
24 28,5 1,5 25,0 30,0 27,3 28,5 30,0
IPAQD1THtrab Antes
24 0,4 2,1 0,0 10,4 0,0 0,0 0,0 0,317
IPAQD1THtrab Após
24 0,9 4,2 0,0 20,6 0,0 0,0 0,0
IPAQD2THtrans Antes
24 5,8 5,0 0,0 21,5 3,0 4,0 7,4 0,457
IPAQD2THtrans Após
24 6,4 5,9 1,3 31,0 3,6 4,8 7,0
IPAQD3THcasa Antes
24 3,9 4,5 0,0 15,5 0,0 1,6 8,3 0,578
IPAQD3THcasa Após
24 3,8 3,1 0,0 13,0 1,6 2,9 5,8
IPAQ5TSDSNor Antes
24 7.8 2.9 1.2 13.0 5.7 7.1 10.4 0,419
IPAQ5TSDSNor Após
24 10.6 2.0 6.7 14.5 9.5 10.9 12.0
IPAQ5TSFSem Antes
24 6.9 2.4 0.2 11.5 5.4 7.2 8.2 0,192
IPAQ5TSFSem Após
24 8.7 1.9 5.3 13.0 7.2 9.0 10.0
PotAerobAntes
24 66.1 19.8 32.0 114.0 53.0 65.5 77.8 < 0,001
PotAerobApós
24 80.8 19.4 33.0 119.0 65.8 83.5 93.3
ForMMSupAntes 24 13,7 3,3 5,0 19,0 12,0 13,0 16,8 < 0,001
ForMMSupApós 24 20,7 4,1 11,0 29,0 18,0 20,5 24,5
ForMMInfAntes 24 10,4 2,4 6,0 15,0 9,0 10,0 12,8 < 0,001
ForMMInfApós 24 14,0 3,0 6,0 20,0 12,3 14,0 15,8
MGVNorAndar Antes
24 3,9 0,6 3,0 5,3 3,5 3,9 4,1 < 0,001
MGVNorAndar Após
24 3,1 0,5 2,4 4,4 2,7 3,0 3,2
MGVMáxAndar Antes
24 2,6 0,4 2,1 3,9 2,3 2,6 2,9 < 0,001
MGVMáxAndar Após
24 2,4 0,4 2,4 4,4 2,7 3,0 3,2
![Page 49: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/49.jpg)
49
1 Idade, peso, altura, ESCMEEM (Escore do Mini Exame do Estado Mental.), IPAQD1 (Questionário Internacional de
Atividade Física, Domínio 1, Atividade Física no Trabalho), IPAQD2(Questionário Internacional de Atividade Física, Domínio 2,Atividade Física como meio de transporte), IPAQD3(Questionário Internacional de Atividade Física, Domínio 3, Atividade Física em casa, trabalho, tarefas domésticas), IPAQD5TSDSN (Questionário Internacional de Atividade Física, Domínio 5, Tempo/Horas gasto Sentado um dia Semana Normal), IPAQD5TSFS (Questionário Internacional de Atividade Física, Domínio 5, Tempo/Horas gasto Sentado Final de Semana), PotAerob (Potência Aeróbica), ForMMSup (Força Muscular dos Membros Superiores), ForMMInferiores (Força Muscular dos Membros Inferiores), MGVNorAndar (Mobilidade Geral :Velocidade Normal de Andar), MGVMáxAndar (Mobilidade Geral: Velocidade Máxima de Andar) 2 Foi excluída a variável IPAQD4 (Questionário Internacional de Atividade Física, Domínio 4, Atividades Físicas de
Recreação, Esporte, Exercício e de Lazer), pois todos os valores obtidos são nulos Obs: Os valores Min, Máx, Q1, Q2(Md) e Q3 estão na tabela como indicativos de centralidade e de dispersão em vista do uso do teste não-paramétrico de Wilcoxon.
Independentemente do sexo, os resultados segundo o Teste de Wilcoxon
(antes-após com Teste de Saphiro-Wilk p < 0,05) foram significantes para as
variáveis do escore do MEEM, componente físico mobilidade geral: velocidade
normal de andar e velocidade máxima de andar; não significante para IPAQ
Domínio1, IPAQ Domínio 2, IPAQ Domínio 3 e IPAQ Domínio 4; também
independentemente do sexo, de acordo com o teste t de Student pareado (antes-
após com Teste de Saphiro-Wilk p > 0,05) foram significantes (p<0,05) Potência
Aeróbica, Força Muscular dos Membros Superiores, Força Muscular dos Membros
Inferiores – Força Muscular dos Membros Inferiores/Após; não significantes
(p>0,05) para as variáveis idade, peso, altura, IPAQ Domínio 5: Tempo/hora
Sentado em dia Normal da semana e para IPAQ Domínio 5: Tempo/hora Sentando
Final de semana (Tabela 5).
![Page 50: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/50.jpg)
50
Tabela 6 - Distribuição dos domínios das funções cognitivas do MEEM (orientação temporal, orientação espacial, memória imediata, atenção e cálculo, evocação, linguagem, capacidade construtiva visual1) e escore total do MEEM, antes e após teste, Instituição de Aposentados, Marília, SP, 2015
Variável
Média
DP
Mínimo
Máximo
Q1
Mediana
Q3
Teste Wilcoxon:
Valor p
Orientação temporal Antes
4,8
0,5
3,0
5,0
5,0
5,0
5,0
0,687
Orientação temporal Após 4,9 0,3 4,0 5,0 5,0 5,0 5,0
Orientação espacial Antes 4,8 0,6 3,0 5,0 5,0 5,0 5,0 0,125
Orientação espacial Após 5,0 0,2 4,0 5,0 5,0 5,0 5,0
Memória imediata Antes 2,9 0,4 1,0 3,0 3,0 3,0 3,0 1,000
Memória imediata Após 3,0 0,0 3,0 3,0 3,0 3,0 3,0
Atenção e cálculo Antes 3,5 1,7 0,0 5,0 2,3 4,0 5,0 < 0,001
Atenção e cálculo Após 4,8 0,6 3,0 5,0 5,0 5,0 5,0
Evocação Antes 2,4 0,6 1,0 3,0 2,0 2,0 3,0 0,344
Evocação Após 2,5 0,7 1,0 3,0 2,0 3,0 3,0
Linguagem Antes 7,4 0,8 6,0 8,0 7,0 8,0 8,0 0,146
Linguagem Após 7,8 0,5 6,0 8,0 8,0 8,0 8,0
Capac. const. visual Antes 0,4 0,5 0,0 1,0 0,0 0,0 1,0 0,180
Capac. const. visual Após 0,6 0,5 0,0 1,0 0,0 1,0 1,0
Escore Total MEEM Antes 26,1 3,0 18,0 30,0 24,0 26,5 28,0 < 0,001
Escore Total MEEM Após 28,5 1,5 25,0 30,0 27,3 28,5 30,0
1Capac. const. visual (capacidade construtiva visual
O resultado do Teste de Wilcoxon para dados emparelhados foi significante,
aumentaram significativamente, a Atenção e Cálculo apresentados pelos idosos
após a participação no programa de exercícios físicos. Fato semelhante ocorreu
para o Score Total do MEEM (p < 0,001), que também indicou aumento significativo,
antes da intervenção de 26,1 para 28,5, após a participação no programa de
exercícios físicos. Para as demais funções cognitivas do MEEM, o resultado do
Teste de Wilcoxon, não indicou diferenças significativas nas distribuições de valores
entre os momentos antes e após intervenção.
![Page 51: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/51.jpg)
51
Tabela 7 - Resumo dos resultados significantes (valor p < 0,05) da verificação das correlações entre as variáveis quantitativas em estudo, utilizando-se o coeficiente de Spearmann (rS) (Saphiro-Wilk p < 0,05 ao menos para uma das variáveis em estudo) antes e após a intervenção dos 24 idosos, Instituição de Aposentados, Marília, SP, 2015
Correlação positiva regular
rS ; p
Correlação negativa regular
rS ; p
Correlação positiva forte
rS ; p
Correlação negativa forte
rS ; p
Idade x IPAQD5TSDNor
Antes
0,502; 0,012
Peso x IPAQD5TSDNor
Após
-0,437; 0,033
PotAerób Antes x
FMMSupApós
0,622; 0,001
PotAeróbAntes x MGVNorAndar
Antes
-0,650; 0,001
Peso x Altura
0,597; 0,002
Altura x IPAQD5TSDNor
Antes
-0,560; 0,004
PotAerób Antes x
FMMInfApós
0,658; <
0,001
PotAeróbAntes x MGVMaxAndar
Antes
-0,771; < 0,001
IPAQD3 Antes x
PotAeróbAntes
0,520; 0,009
IPAQD2Antes x IPAQD5TSDNor
Antes
-0,501; 0,013
MGVNorAndar Após x
MGVMaxAndarApós
0,831; <
0,001
PotAerapós x MGVNorAndar
Após
-0,676; < 0,001
IPAQD3 Antes x
FMMSup Antes
0,512; 0,010
IPAQD2Antes x MGVNor Andar
Antes
-0,417; 0,043
PotAerób Após x
MGVMaxAndar Após
-0,805; < 0,001
IPAQD5TSDSNAntes x
IPAQD5TSFS Antes
0,473; 0,020
IPAQD3Antes x IPAQD5TSDNor
Antes
-0,487; 0,016
FMMSupApós x MGVNorAndar
Após
-0,669; < 0,001
IPAQD5SNorantes x
MGVNorAntes
0,474; 0,019
FMMInfAntes x MGVNorAndar
Antes
-0,451; 0,027
FMMInfApós x MGVNorAndar
Após
-0,756; < 0,001
PotAerób Antes x
FMMInfAntes
0,510; 0,011
FMMInfAntes x MGVMaxAndar
Antes
-0,431; 0,036
FMMInfApós x MGVMaxAndar
Após
-0,693; < 0,001
FMMSupAntes x FMMInfAntes
0,544; 0,006
IPAQD3Após x IPAQD5TSFS
Após
-0,412; 0,046
FMMInfAntes x FMMInfApós
0,523; 0,009
FMSupapós x MGVMaxAndar
Após
-0,693; 0,001
ESCMEEM Antes x
FMMSupApós
0,596; 0,002
IPAQD5TSDS Nor Após x
IPAQD5TSFS Após
0,411; 0,046
FMMSup Após x FMMInfApós
0,528; 0,008
1 Correlações significativas ao nível de 5%;
2 Avaliação qualitativa i) nula: r = 0; ii fraca: 0< I r I <0,3; iii) regular: 0,3≤ I r I <0,6; iv) forte: 0,6≤ I r I <0,9; v) muito
forte: 0,9 ≤ I r I < 1e vi) perfeita: r = 1; 3 Idade, peso, altura, ESCMEEM (Escore do Mini Exame do Estado Mental.), IPAQD2(Questionário Internacional de
Atividade Física, Domínio 2,Atividade Física como meio de transporte), IPAQD3(Questionário Internacional de Atividade Física, Domínio 3, Atividade Física em casa, trabalho, tarefas domésticas), IPAQD5TSDSN (Questionário Internacional de Atividade Física, Domínio 5, Tempo/Horas gasto Sentado um dia Semana Normal), IPAQD5TSFS (Questionário Internacional de Atividade Física, Domínio 5, Tempo/Horas gasto Sentado Final de Semana), PotAerob (Potência Aeróbica), ForMMSup (Força Muscular dos Membros Superiores), ForMMInferiores (Força Muscular dos Membros Inferiores), MGVNorAndar (Mobilidade Geral :Velocidade Normal de Andar), MGVMáxAndar (Mobilidade Geral: Velocidade Máxima de Andar) 4
Foi excluída a variável IPAQD4 (Questionário Internacional de Atividade Física, Domínio 4, Atividades Físicas de Recreação, Esporte, Exercício e de Lazer), pois todos os valores obtidos são nulos
![Page 52: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/52.jpg)
52
Na Tabela 7 foi observada correlação positiva significativa forte (0,6 ≤ I r I< 0,9)
entre PotAeróbAntes x FMMSupApós; PotAeróbAntes x FMMInfApós e
MGVNorAndarApós x MGVMáxApós; correlação negativa forte significativa (0,6 ≤ I r
I< 0,9) entre Peso x IPAQD5TSDNorApós; Altura x IPAQD5TSDNorantes;
IPAQD2Antes x IPAQD5TSDNorAntes; IPAQD2Antes x MGVNorAndarAntes;
IPAQD3Antes x IPAQD5TSDNorAntes; FMMInfAntes x MGVNorAndarAntes;
FMMInfAntes x MGVMaxAndarAntes; IPAQD3Após x IPAQD5TSFSemapós;
FMMSupApós x MGVMaxApós
Foi observada também, nessa tabela, a correlação positiva regular significativa
(0,3 ≤ I r I < 0,6) entre Idade x IPAQD5TSDNorAntes;Peso x Altura; IPAQD3Antes x
PotAeróbAntes; IPAQD3Antes x FMMSupAntes; IPAQD5TSDNorAntes x
IPAQD5TSFSAntes; IPAQD5TSDNorAntes x MGVNorAntes; PotAeróbAntes x
FMMInfAntes; FMMSupAntes x FMMInfAntes; FMMInfAntes x FMMInfApós;
ESCMEEMAntes x FMMSupApós; IPAQD5TSDNorApós x IPAQD5TSFSApós e
FMMSupApós x FMMInfApós; correlação negativa regular (0,3 ≤ I r I < 0,6) entre
Peso x IPAQD5TSDNorApós; Altura x IPAQD5TSDNorAntes; IPAQD2Antes x
IPAQD5TSDNorAntes; IPAQD2Antes x MGVNorAndarAntes; IPAQD3Antes x
IPAQD5TSDNorAntes; FMMInfAntes x MGVNorAndarAntes; FMMInfAntes x
MGVMaxAndarAntes; IPAQD3Após x IPAQD5FApós e FMMSupApós x
MGVMaxAndarApós.
As demais variáveis estudadas não apresentaram resultado significativo na
verificação das correlações.
No que se refere à sequência do programa de exercício físico, igual ao
proposto nesta pesquisa; dos 24 idosos, nove decidiram continuar
espontaneamente, pelo período de seis meses.
Até o término da análise deste estudo, ou seja, 10 meses após a intervenção
do exercício físico, 50% relataram que ainda estavam fazendo exercício físico e 12
(50%) continuaram na condição de sedentários.
![Page 53: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/53.jpg)
53
6 DISCUSSÃO
O envelhecimento traz consequências naturais e mudanças fisiológicas que
implicam a perda gradual da capacidade física e das funções cognitivas, que podem
alterar a qualidade de vida do idoso e desencadear, entre outras patologias, o déficit
cognitivo progressivo e os quadros demenciais.18
Segundo as recomendações da Organização Mundial da Saúde de 2010,
quanto à prática de atividade física, orienta adultos a realizar pelo menos 150
minutos por semana de atividade física moderada ou 75 minutos de atividade física
vigorosa por semana em sessões de pelo menos 10 minutos de duração.67 Dessa
forma, estudos investigaram os efeitos do exercício físico na cognição de idosos,
foram desenvolvidos em duas sessões semanais.26,71-73
Este estudo foi realizado com 24 idosos com idade entre 60 a 80 anos, sendo
19 (79,2%) do sexo feminino e cinco (20,8%) do masculino. A média de idade dos
participantes, no masculino foi de 73,0 anos e feminino de 68,01, corroborando o
observado em outros estudos94,95 realizados com idosos que praticam atividade
física.
Com o aumento da expectativa de vida ao nascer, o IBGE (2013) revela que
essa, para a mulher, ao nascer, era de 78,6 anos e para os homens, de 71,3 anos
em 2013. As mulheres, em média vivem cerca de sete anos a mais que os homens.
Assim sendo, representam a maioria da população idosa. A possível causa de
mortalidade dos homens pode relacionar-se ao estilo de vida, já que os torna mais
expostos a fatores de risco96 e menor procura ao sistema de saúde que as mulheres.
Dados apontam que a população idosa do Brasil é cerca de 23 milhões. Desse total,
55% são mulheres, fenômeno destacado como feminização da velhice.97,98
Em estudo de corte transversal com 108 idosos, com características
socioeconômicas diversas, observou-se que o grupo praticante de atividades físicas
regulares apresentou nível de escolaridade e socioeconômico mais elevado em
relação ao grupo que desenvolvia atividades psicossociais (corte e costura e
artesanato). A participação de idosos do sexo feminino foi determinante nessa
pesquisa, corroborando o fato de as mulheres se apresentarem mais participativas
em programas de atividades físicas e sociais, fator que pode contribuir com a maior
longevidade feminina.99,100
![Page 54: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/54.jpg)
54
O nível socioeconômico e baixa renda, favorecem o desestímulo à prática de
atividade física e cognitiva, podendo ser apontados como uma questão prejudicial e
responsável pelo déficit de funcionamento cognitivo no processo de
envelhecimento.101
A presente pesquisa teve como objetivo avaliar a eficácia do exercício físico
com pesos livres na aptidão física e funções cognitivas de idosos em 18 sessões de
exercício físico, estando esses na condição de sedentários. Podem-se observar nos
resultados, diferenças estatísticas significativas, quando comparados os testes antes
e após a intervenção.
Os valores de referência utilizados para mensurar os resultados da aptidão
física, são encontrados em estudos com idosos americanos89 e brasileiros90,102. No
entanto, adotou-se neste estudo os valores padrões de referência desenvolvidos por
pesquisadores do Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São
Caetano do Sul (CELAFISCS), para o teste físico de mobilidade geral, para idosas
até 80 anos. Os demais testes: potência aeróbica, força muscular dos membros
superiores e inferiores, utilizou-se padrões americanos de referência, embora a
diversidade cultural existente entre os países, com resultados de desempenho
heterogêneos, não há padrões normativos estabelecidos para idosos brasileiros até
80 anos.
Nesse sentido, Mazo et al.,102 observaram diferenças entre valores de
referência, ao comparar idosas brasileiras, americanas e portuguesas com idade
entre 60 a 69 anos, praticantes de atividade física.
No presente estudo, os resultados dos testes de aptidão física mostraram que
houve ganho; na potência aeróbica com aumento significativo na média do número
de repetições em passos, realizados no Teste de marcha estacionária de dois
minutos: antes, foi de 66,1 para 80,8 após o teste. O valor de referência da média
para idosos americanos,89,90 é de 92,12. Observa-se que a melhora apresentada na
amostra estudada foi significativa, porém não suficiente para alcançar a média dos
padrões de referência da capacidade aeróbica nesse teste quando realizado por
idosos americanos.
Foi verificado o aumento da força muscular dos membros superiores,
realizado com flexão de cotovelo em 30 segundos: a média dos 24 idosos foi de 13,7
flexões antes e 20,7 flexões após a intervenção Esse valor se apresentou acima da
média dos padrões de referência, que é de 16,35 (até 79 anos) para a população
![Page 55: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/55.jpg)
55
idosa americana. Quanto à força muscular dos membros inferiores, no Teste de
levantar da cadeira em 30 segundos, a média antes foi de 10,4 repetições e após,
14,0. Os valores de referência de idosos americanos (até 79 anos é de 14,2).88,89
Quanto à mobilidade geral, os resultados apontam para melhora nessa
capacidade em decorrência da diminuição do tempo gasto para realizar o percurso
do teste, por conta do aumento da velocidade adquirida pelos idosos durante a
intervenção.
No presente trabalho, a velocidade será considerada como tempo em
segundos, mediante protocolo utilizado. Em relação à velocidade normal de andar, o
resultado, antes, foi de 3,9 segundos para a realização do percurso e após 3,1
segundos para o mesmo trajeto. O valor de referência, em média, da população
brasileira aplicado para mulheres (até 79 anos) é de 3,14 segundos, segundo o
grupo de pesquisadores do Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de
São Caetano do Sul, SP (CELAFISCS).90 Os resultados da velocidade máxima de
andar antes reduziram de 2,6 segundos gastos para 2,4 segundos gastos após a
intervenção, sendo o valor de referência de 2,64 segundos para mulheres até 79
anos.88,89
O ganho de força foi observado em outros estudos que demonstraram relação
entre o aumento da força muscular e a melhora nas capacidades funcionais dos
idosos, no equilíbrio e maior disposição para a realização das atividades da vida
diária e qualidade de vida.103,104
Ter boa condição física é fundamental para favorecer a independência
funcional da pessoa idosa, possibilita a movimentação diária de deslocamento como
ir a banco, supermercado e praticar atividades sociais. Além disso, permite a
execução de movimentos básicos, como pegar objetos, subir e descer escadas,
levantar-se da cadeira com maior disposição física, contribuindo para redução do
tempo que o idoso passa sentado.47,86
Os efeitos do envelhecimento intervêm na capacidade funcional, condição
essa que é importante para a realização das atividades da vida diária com
independência física, cognitiva, emocional e social. Com o aumento da idade e a
redução da atividade física rotineira, instala-se o sedentarismo. Sendo assim, o
idoso passa a sofrer perdas importantes, como a força muscular e a capacidade
cardiovascular, condições que favorecem o declínio da capacidade funcional.105
![Page 56: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/56.jpg)
56
A força muscular é um componente essencial no desempenho de idosos e
tem sido tema de várias pesquisas.103 Um estudo de revisão bibliográfica fez uma
análise detalhada em relação à força muscular de idosos com exercícios resistidos
(em máquinas),106 entre 2003 e 2014. Os resultados apontaram melhoras do
componente força muscular, que influenciou positivamente outras aptidões físicas
como flexibilidade, equilíbrio, mobilidade e capacidade funcional, tendo como ganho
mais significativo de força, quando utilizadas cargas maiores, em média 80% de
1RM (uma repetição máxima). Esse teste é utilizado para estipular o percentual de
carga máxima que o indivíduo pode executar por repetição em treinamento resistido
em máquinas, detalhadamente descrito por Cazelato.107 No entanto, esse último
difere do presente estudo, que foi realizado com protocolo específico para avaliar o
idoso e, de acordo com os objetivos e a metodologia, utilizou a carga máxima de
dois quilos, com pesos livres (halteres) para os membros superiores e inferiores.
Estudos que relacionam os efeitos do exercício físico na cognição ainda são
pouco encontrados na literatura. Dias108 verificou o efeito da atividade física e
exercícios de estimulação cognitiva tradicionais sobre a memória de idosas (n=54),
em 12 sessões. Foram distribuídas em três grupos; um grupo que desenvolveu
atividades de estimulação cognitiva tradicional, com oficinas de memória, técnicas
mnemônicas, exercícios de atenção e palestras educativas; o grupo de estimulação
cognitiva e movimentos corporais, que participou das mesmas atividades que o outro
grupo, no entanto associou-se a movimentos corporais (resistência aeróbica e
muscular localizada, flexibilidade, caminhada e jogos) e o grupo controle, que
manteve suas rotinas diárias. Quando comparados os grupos, foi observado que
ambos os grupos o de estimulação cognitiva tradicional e o de estimulação cognitiva
associado aos movimentos, produziram efeitos similares sobre a memória.
Bittar et al.109 realizaram ensaio clínico randomizado com 53 mulheres
sedentárias, em que se buscaram investigar os efeitos de jogos adaptados nos
fatores psicobiológicos de idosas: um grupo controle (n=27) não se envolveu em
atividades físicas e o grupo experimental (n=26) foi submetido a um programa de
atividade física com jogos pré-desportivos e exercícios localizados, por seis meses.
Utilizou-se o MEEM (Mini Exame do Estado Mental) para o rastreio cognitivo. No
entanto, após a intervenção, os dois grupos não apresentaram diferenças
significativas no score total, tendo como resultado antes da intervenção 26,42 e após
26,93. Apesar de considerado longo o período do estudo (seis meses), a modalidade
![Page 57: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/57.jpg)
57
de atividade física proposta não se mostrou influenciadora nos aspectos cognitivos
da população estudada.
Estudo com duração de seis meses verificou alterações cognitivas em idosas,
em decorrência do exercício físico, com mecanismo aeróbio, caminhada três vezes
por semana com duração de sessenta minutos. Demonstrou-se que o grupo
experimental melhorou significativamente em atenção, memória, agilidade motora,
sendo significativa também a melhora do humor.41,42
Outra modalidade foi testada por Marques110 combinou exercícios aeróbicos e
resistidos (em aparelhos), verificou-se os efeitos do treinamento nas funções
cognitivas com 33 idosos (sexo masculino), duração de seis meses, esse
treinamento combinado promoveu aumento da força, da capacidade aeróbica e
trouxe melhoras em algumas funções cognitivas (memória de curto prazo e na
aprendizagem). Intervenção conduzida por Ferreira,26 com duração de quatro
meses, foi realizada com 40 idosos, de ambos os sexos. Desenvolveu-se caminhada
duas vezes por semana durante 60 minutos. O autor considera que o exercício físico
pode ser uma opção não farmacológica que desacelera o declínio cognitivo.
Ao analisar os resultados do teste de comparação antes e após a intervenção
apresentados na Tabela 5, os dados apontam que foi significante (p<0,05). A média
dos 24 idosos para as funções cognitivas, representadas pelo escore total do MEEM
(Mini Exame do Estado Mental), apresentou aumento na média de 26,1 antes e após
o teste 28,5 pontos. Na Tabela 6, também os componentes da atenção e cálculo
apresentaram resultados estatisticamente significantes (p<0,05).
Melo e Barbosa79, por meio de uma revisão sistemática, analisaram 74
estudos brasileiros com idosos, entre 1998 a 2013 e observaram o crescente uso
desse instrumento pelos pesquisadores por ser de fácil aplicação (cerca de 15
minutos). Esse estudo aponta as versões modificadas mais utilizadas para a
população brasileira.75,76
Igualmente a idade influencia os resultados desse teste, demonstrando que
quanto mais elevada a idade e menor o nível educacional, obtêm-se menor
desempenho cognitivo.32,80
Santos et al.81 avaliaram e comprovaram a confiabilidade desse teste em 503
idosos atendidos por equipes de saúde pública de Dourados(MS) e, corroborando a
outras pesquisas que utilizaram o MEEM, observaram a forte influência da educação
no desempenho cognitivo.
![Page 58: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/58.jpg)
58
Segundo Frota et al.82, o comprometimento cognitivo leve é determinado
quando a cognição é afetada envolvendo uma ou mais funções cognitivas. No
entanto, mantém-se a normalidade da capacidade funcional; fase de transição entre
o estado cognitivo normal do indivíduo e a demência.83
A análise de Machado84 demonstrou que idosos com baixa escolaridade (um
ano ou menos) aumentam a chance em 3,83 vezes de apresentarem déficit
cognitivo, quando comparados aos que estudaram de um a quatro anos.
Estudo realizado por Paulo e Yassuda111 investigou 67 idosos com queixas de
memória e a relação com o nível de escolaridade, cognição e sintomas psicológicos
(depressão e ansiedade). Os resultados sugeriram que não há relação entre o nível
educacional e a queixa de memória e, sim associação positiva identificada com os
sintomas de ansiedade.
No cenário internacional, o Cohorte Studies of memory is an International
Consortium (COSMIC)112, a partir de 11 estudos longitudinais com idosos de 60 a 89
anos, sendo três dos EUA, quatro na Europa, dois na Ásia e dois na Austrália,
realizou pesquisa transversal de análise de prevalência de declínio cognitivo leve.
Apesar da padronização das variáveis estabelecidas, como idade e educação, a
prevalência do comprometimento cognitivo apontou um índice de variabilidade alto
nos resultados devido às diferenças etnoculturais e geográficas dessas regiões.
Essa avaliação foi realizada pelo do Mini Exame do Estado Mental (MEEM),
segundo Neale,113 que utilizou a escala: nenhum (28 – 30 pontos); leve (24 – 27
pontos); moderado (19 – 23 pontos) e grave (0–18 pontos).
O comprometimento cognitivo leve e a possibilidade de reversão para a
cognição normal foi discutido em revisão de literatura e meta-análise, concluída em
2016, por pesquisadores114 da Itália e França, que analisaram 25 estudos
longitudinais (dois anos ou mais), dos quais 10 foram desenvolvidos em ambiente
clínico e 15 realizados com base populacional, no período de 1999 a 2015. Desses,
a maioria investigou a autonomia funcional, alguns observaram quadros
depressivos, prejuízos na realização das atividades instrumentais da vida diária
(AIVD) e outros. Apenas sete estudos trouxeram dados relevantes sobre o assunto e
apontaram resultados com taxas de reversão do comprometimento cognitivo leve
para a cognição normal, num total de 1.243 (18%) dos indivíduos pesquisados, ou
seja, quase um, de cinco indivíduos voltaram às condições cognitivas normais. Essa
frequência foi aumentada para 26%, quando selecionadas apenas as pesquisas
![Page 59: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/59.jpg)
59
mais estruturadas, consistentes e de melhor qualidade. O alto nível de escolaridade
foi a variável apontada nesses estudos.
No entanto, o estudo referido acima não aborda os fatores que influenciaram
diretamente a reversão dessa condição, apontada como algo de ocorrência
frequente. Novos estudos são necessários, pois, certamente, o estilo de vida dos
indivíduos pode ter papel relevante nesse processo. Segundo os autores, embora
não se trate de uma doença, pode evoluir para tal condição.
Essa temática foi pesquisada por uma coorte norte-americana115 que analisou
a incidência do comprometimento cognitivo leve, o desenvolvimento e o processo de
reversão numa comunidade afro-americana com 4.104 idosos acima de 65 anos,
inscritos em 1992 (foram submetidos a sete avaliações cognitivas) e 2001(quatro
avaliações) com seguimento até 2009. Os dados demográficos, idade, escolaridade
e as condições clínicas foram investigados. Os idosos foram alocados em três
grupos, conforme o desempenho nos escores obtidos nos testes, sendo
classificados em nível bom, intermediário e fraco. Após foram encaminhados à
avaliação clínica. Os resultados desse estudo, de acordo com os autores “indicam
uma taxa de transição muito maior à demência em indivíduos com comprometimento
cognitivo leve do que aqueles com cognição normal.” Notou-se, também, que os
idosos de idade menos avançada são mais propensos a reverter o quadro de
comprometimento cognitivo à cognição normal (cerca de 18,6%, anualmente),
havendo redução dessa taxa com o aumento da idade.
Outro estudo londitudinal116 francês analisou, no período de quatro anos a
evolução dos escores do Mini Exame do Estado Mental (MEEM) em 687 idosos
(acima de 60 anos) saudáveis e sem demência. Observou-se que as variáveis
escolaridade e nível de atividade física e emocional dos participantes influenciaram
os resultados das avaliações desse teste. Concluiu-se que a baixa pontuação pode
não predizer o declínio cognitivo em idosos.
Ao analisar estudos que utilizaram o MEEM para o rastreio cognitivo de idosos
praticantes de exercícios físicos, estudo transversal71 (observacional e analítico)
apontou que, independentemente da modalidade (hidroginástica, academia da
terceira idade e musculação) e do nível de escolaridade, os idosos apresentaram
escore elevado com média de 27,4. Resultados semelhantes foram encontrados em
estudo117 que aplicou esse teste cognitivo em um grupo sem comprometimento
cognitivo e observou que quanto maior a escolaridade, maiores são os escores do
![Page 60: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/60.jpg)
60
MEEM, apresentando associação com a força muscular, ou seja, quanto maior a
pontuação, melhores são os resultados obtidos nesse componente da aptidão física.
Esta pesquisa em questão apresentou estudos desenvolvidos com modelos
metodológicos diversos, utilizando mecanismo aeróbio, exercícios resistidos com
pesos em máquinas (musculação), que buscaram respostas aos efeitos do exercício
físico na cognição. O modelo desenvolvido pela pesquisadora, propôs uma
intervenção em que foi testada a eficácia de um programa de exercícios físicos,
entretanto, denota singularidade quanto aos materiais utilizados que foram pesos
livres (halteres) com carga de até 2 kg para os membros superiores e inferiores,
apresentando resultados satisfatórios em relação ao impacto do exercício físico
tanto na aptidão física quanto na cognição.
Dos 24 idosos estudados, nove decidiram dar sequência a um programa de
exercício físico igual ao proposto pela pesquisa, desenvolvido na mesma instituição
da coleta de dados, pelo período de seis meses, o que trouxe muita satisfação à
pesquisadora. Houve desistência de alguns idosos por motivos de doença ou de
caráter particular.
Até o término da análise deste estudo, ou seja, 10 meses após a intervenção
do exercício físico, dos 24 idosos, 12 (50%) relataram que ainda estão fazendo
exercício físico e 12 (50%) continuam na condição de sedentários.
A partir da análise desta pesquisa, torna-se evidente que essa área da ciência
necessita do olhar dos pesquisadores voltado à descoberta dos fenômenos que
permeiam o envelhecimento cognitivo, visto que a fase inicial desse processo pode
apresentar-se como queixas de memória, atenção, raciocínio; enfim são sinais que
se acentuam no decorrer da vida e que antecedem o quadro de declínio ou
comprometimento cognitivo.
A Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz),118 com base em estudos do
cérebro, alerta que alterações ocorrem no cérebro cerca de 15 a 20 anos que
antecedem o diagnóstico da doença, o que torna mais preocupante, e também
necessário, o acompanhamento de idosos que apresentam queixa em alguma
função cognitiva, a fim de possibilitar a investigação precoce da doença.
Sugere-se que em outras pesquisas com análise longitudinal e intervenção
com grupo controle, período de aplicação e amostras maiores, sejam melhor
observadas melhor as correlações da prática do exercício físico com o nível de
escolaridade e os resultados nos domínios do MEEM, em diferentes populações de
![Page 61: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/61.jpg)
61
idosos com demência e DA (Doença de Alzheimer), assim como a análise dos
efeitos do exercício físico na reversão do comprometimento cognitivo leve para o
estado de cognição normal. Trata-se de uma temática de estudo relevante.
Considera-se importante destacar que, nesta pesquisa não tínhamos nenhum
participante analfabeto, sendo este o ponto de corte, “ser alfabetizado”.
![Page 62: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/62.jpg)
62
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A pesquisa em questão indica uma inovação no que se refere a um programa
de exercício físico com pesos livres (halteres) com carga de apenas 1Kg e 2Kg para
os membros superiores e inferiores, realizados em cadeira convencional, em 18
sessões com séries e repetições aplicadas, progressiva e rigorosamente, durante
todo o processo de intervenção.
Ao comparar o efeito da intervenção realizada no presente estudo, observou-
se que houve correlação positiva entre a melhora da capacidade aeróbica, a força
muscular dos membros inferiores e superiores e da mobilidade geral, que se refere à
velocidade de marcha do idoso. Esses fatores tornam possível verificar que à
medida que se aumenta a capacidade física do indivíduo, sua conexão corpo-
cérebro, melhora, fato demonstrado nesta pesquisa por meio do ganho nos
componentes da aptidão física e aumento do escore do MEEM.
De acordo com os resultados significativos desta intervenção, pode-se fazer
inferência de que o idoso que pratica exercício físico regularmente apresenta melhor
desempenho físico e cognitivo. Assim, podemos considerar que quando o indivíduo
ativa seu corpo, ele está ativando também sua mente, ou seja, nosso corpo foi
projetado para receber estímulos e, ao fazê-lo, estaremos estimulando nosso
cérebro simultaneamente. Trata-se de um funcionamento organizado e coordenado
como uma via de “mão-dupla”, corpo-cérebro, para se estabelecer a harmonia
necessária para enfrentar e/ou amenizar as mudanças que ocorrem ao longo da
vida.
Nessa perspectiva, conclui-se que o exercício físico com pesos livres exerce
um impacto positivo não apenas nas capacidades físicas e metabólicas, como
também contribui para o bom funcionamento das funções cognitivas de idosos.
Este estudo poderá subsidiar a inserção de disciplinas ligadas ao idoso e às
questões do envelhecimento, na formação do Educador Físico.
Salientamos que esta proposta pode ser desenvolvida em condições de fácil
aplicabilidade, apresenta baixo custo, oferece segurança na execução (posição
sentado e com apoio da cadeira) e boa aceitação da população idosa sedentária,
com independência funcional.
Desse modo, pode-se recomendar sua implantação em programas de
políticas públicas ou em setores de medicina preventiva, pautados na promoção da
![Page 63: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/63.jpg)
63
saúde e prevenção de doenças ligadas ao envelhecimento, possibilitando
identificação precoce de algum comprometimento cognitivo ou quadro de demência.
Assim, uma estratégia que proporcione a atividade física como componente
essencial e protetor à saúde, para minimizar ou retardar o avanço do déficit funcional
e cognitivo dos idosos.
Espera-se que este estudo possa contribuir com futuras pesquisas nessa
área do conhecimento, com novos desenhos metodológicos, duração e o tipo de
intervenção em idosos, ou mesmo para estabelecer a relação do exercício físico
com o comportamento de idosos com prejuízo cognitivo e demência, como a Doença
de Alzheimer.
![Page 64: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/64.jpg)
64
REFERÊNCIAS
1. United Nations. World population prospects: the 2012 revision [Internet]. New
York; 2013 [cited 2014 dec 9]. Available from: esa.un.org/wpp/ 2. Organização das Nações Unidas. Fatos Essenciais sobre as Nações Unidas
[Internet]. Bruxelas; 2014. Edição Portuguesa produzida por Centro Regional de Informação das Nações Unidas (UNRIC); [citado 8 dez 2014]. Disponível em: http://issuu.com/unric/docs/factosessesciais_web
3. World Health Organization. Envelhecimento ativo: uma política de saúde. Brasília:
Organização Pan-Americana da Saúde; 2005. 4. Camarano AM, Kanso S. As instituições de longa permanência para idosos no
Brasil. Rev Bras Estud Popul. 2010;27(1):232-5. 5. Veras R. Envelhecimento populacional contemporâneo: demandas, desafios e
inovações. Rev Saúde Pública. 2009;43(3):548-54. 6. Camarano AA, organizador. Cuidados de longa duração para a população idosa:
um novo risco social a ser assumido?. Rio de Janeiro (RJ): IPEA; 2010. 7. Esteves OS, Slongo LA, Esteves CS. O crescimento da terceira idade:
necessidade de adaptações no mercado. Negócios e Talentos. 2012;(9):33-47. 8. Heikkinen RL. The role of physical activity in healthy ageing. Geneva: World
Health Organization; 1998. 9. Papaléo Neto M. Gerontologia. São Paulo: Ateneu; 1996. 10. Assis M. Envelhecimento ativo e promoção da saúde: reflexão para as ações
educativas com idosos. Rev APS. 2005;8(1):15-24. 11. Santos FS. Estimulação cognitiva para idosos: ênfase em memória. Rio de
Janeiro (RJ): Atheneu; 2013. 12. Souza EMS. Fragilidade em idosos institucionalizados: aplicação da Edmonton
Frail Scale associada à independência funcional [tese na Internet]. Ribeirão Preto(SP): Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto/USP; 2014. 154 p.[citado 6 novembro 2016]. Disponível em http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/83/83131/tde-22052014-184011/pt-br.php
13. Ratey J, Hagerman E. Corpo ativo mente desperta: a nova ciência do exercício
físico e do cérebro. Rio de Janeiro (RJ): Objetiva; 2012. 14. Petry DM. Satisfação de vida, cognição e exercício físico em idosospraticantes
de exercícios físicos [dissertação]. Porto Alegre. Universidade Federal do Rio Grande do Sul: 2012. 62p.
![Page 65: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/65.jpg)
65
15. Fino SS. Funcionamento cognitivo em idosos, o papel da estimulação cognitiva e do uso da internet nas funções executivas [dissertação]. Porto (Portugal). Universidade Fernando Pessoa: 2016. 63p.
16. Merrian-Webster (Internet). Dicionary. [citado 12 set 2016]. Disponível em: http//www.merrian.webster.com/dicionary/cognition. 17. Bandimonte MA, Bruno N, Collina S. Cognition. In: Pawlik, Ydewalle G, eds.
Psychological concepts: na International Historical Perspective. Hove, UK: Psychology Press, 2006.
18. Zortea B, Abreu DPG, Santos, SSC, Silva BT, Ilha S, Cruz VD. Avaliação
cognitiva de pessoas idosas em atendimento ambulatorial. Rev Rene. 2015;16(1):123-31.
19. Izquierdo I. Memória. 2ª ed. Porto Alegre (RS): Artmed; 2011. 20. Soares E. Memória e envelhecimento: aspectos neuropsicológicos e estratégias
preventivas. Universidade Estadual Paulista-Unesp São Paulo, Brasil. 2006. Disponível em: http//www.psicologia.pt/artigos/textos/AO302.pdf.
21. Carvalho AFT, Peixoto ERS. Memória na prática da terapia ocupacional e da
fonoaudiologia. Rio de Janeiro(RJ): Rubio; 2012. 22. Silva HS, Silva TBL. Saúde cognitiva e promoção do envelhecimento cognitivo
bem sucedido. In: Santos FS, Silva TBL, Almeida EB, Oliveira EM, organizadores. Estimulação cognitiva para idosos: ênfase em memória. Rio de Janeiro (RJ): Atheneu; 2013. p. 9-14.
23. ROCHA, M. A M. Envelhecimento saudável, através de intervenção
psicopedagógica, com enfoque neuropsicológico. Constr. Psicopedag.2012; 20(20). Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo. php?script=sci_arttext&pid=S1415-69542012000100007&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em:15 out.2015.
24. LIMA, M. P. Reformas paradigmáticas na velhice do século XXI. In: Kachar, V. (org.). Longevidade um novo desafio para a educação, p. 15-26. Editora: Cortez, São Paulo, 2001.
25. Portugal EMM et al. Neuroscience of Exercise: From Neurobiology Mechanisms to Mental Health. Neuropsychobiology. 2013;68(1):1-14.(DOI: 10.1159/000350946)
26. Ferreira LA. Efeitos de um programa de Exercício Físico na melhoria da Função
Cognitiva em Idosos [dissertação]. Vila Real, Portugal: Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro; 2015.p.71.
27. Sens PM, Almeida CIR. Participação do cerebelo no processamento auditivo.
Rev Bras Otorrinolaringol. 2007;73(2):584-8.
![Page 66: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/66.jpg)
66
28. Bugalho P, Correa B, Baptista MV. Papel do cerebelo nas funções cognitivas e comportamentais. Bases científicas e modelos de estudo. Acta Med Port. 2006;19:257-68.
29 Bugalho PMF. Avaliação clínica na disfunção fronto-estriatal: movimento e
cognição [dissertação]. Lisboa: Universidade Nova de Lisboa; 2013. 341 p. 30. Engelhardt E, Moreira DM. O cerebelo e suas principais conexões: estudo com
tensor de difusão. Rev Bras Neurol. 2009;45(3):17-27. 31. Argimon IIL, Bicca M, Timm LA, Vivan A. Funções executivas e a avaliação de
flexibilidade de pensamento em idosos. Rev Bras Cienc Envel Human. 2006;3(2):35-42.
32. Argimon, IIL, Lopes RMF, Terroso LB, Farina M, Wendt G, Esteves CS. Gênero e
escolaridade: estudo através do miniexame do estado mental (MEEM) em idosos. Aletheia. 2012;(38-39):153-61.
33. Antunes HKM, Santos, RF, Cassilhas SR, Santos RVT, Bueno OFA, Mello MT.
Exercício Físico – função cognitiva: uma revisão. Rev Bras Med Esporte. 2006;12(2):108-13.
34. Matsudo SM, Matsudo VKR, Barros Neto TL. Efeitos benéficos da atividade
física na aptidão física e saúde mental durante o processo de envelhecimento. Rev Bras Ativ Fís Saúde. 2000;5(2):60-76.
35. Centers for Disease Control and the Alzheimer’s Association. The Healthy Brain
Initiative: a national public health road map to maintaining cognitive health. Chicago (IL): Alzheimer’s Association; 2007.
36. Eccles JC. The physiology of synapses. Waltham (MA): Academic Press; 1964. 37. Diniz BSO. Envelhecimento cognitivo. In: Santos FS, Silva TBL, Almeida EB,
Oliveira EM, organizadores. Estimulação cognitiva para idosos: ênfase em Memória. Rio de Janeiro (RJ): Atheneu; 2013. p. 9-14.
38. Oliveira DLC, Goretti LC, Pereira LSM. O desempenho de idosos
institucionalizados com alterações cognitivas em atividades de vida diária e mobilidade: estudo piloto. Rev Bras Fisioter. 2006;10(1):91-6.
39. Yassuda MS, Batistoni SST, Fortes AG, Neri AL. Treino de memória no idoso
saudável: benefícios e mecanismos. Psicol Reflex Crít. 2006;19(3):470-81. 40. Cardoso SH. Memória: é o que é e como melhorá-la [Internet]. São Paulo: Folha
Online; 2005. [citado 4 dez 2014]. Disponível em: http://www.cerebromente.org.br
![Page 67: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/67.jpg)
67
41. Antunes HKM, Santos RF, Heredia RA, Bueno OFA, Mello MT. Alterações cognitivas em idosos decorrentes do exercício físico sistematizado. Rev Sobama. 2001;6(1):27-33.
42. Cendoroglo MS, Teixeira JO Jr. Avaliação geriátrica e prescrição do exercício
físico para idosos. In: Vaisberg M, Rosa LFBPC, Mello M, organizadores. O exercício como terapia na prática médica. São Paulo (SP): Artes Médicas; 2005. p. 41-6.
43. Izquierdo I. A arte de esquecer: cérebro e memória. 2ª ed. Rio de Janeiro (RJ):
Vieira & Lent; 2010. 44. Silva TBL, Yassuda MS, Guimarães VV, Florindo AA. Fluência verbal e atividade
física no processo de envelhecimento normal: um estudo epidemiológico em Ermelino Matarazzo, São Paulo, Brasil. Rev Bras Ativ Fís Saúde. 2010;15(1):50-6.
45. Dantas E. Fatores afetivos indispensáveis para o sucesso nos programas de
atividade física para a 3ª idade. Rev Bras Ativ Fís Saúde. 1997;2(2):75-82. 46. Brigola AG , Rossetti ES , Santos BR , Neri AL , Zazzetta MS , Inouye K ,
Pavarini SCI. Relationship between cognition and frailty in elderly. A systematic review. Dement Neuropsychol 2015;9(2):110-19. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/dn/v9n2/1980-5764-dn-09-02-00110.pdf
47. Certo A, Sanches K, Galvão A, Fernandes H. A síndrome da fragilidade nos
idosos: revisão da literatura. Actas de Gerontologia. 2016;2(1):p. 2. 48. Antunes MH, Parizotto AP. Reflexões sobre a aposentadoria: contribuições a
partir das experiências de professores aposentados. Psicol Argum. 2013;31(75):769-79.
49. Souza JN, Chaves EC. O efeito do exercício de estimulação da memória em
idosos saudáveis. Rev Esc Enferm USP. 2005;39(1):13-9. 50. Goldenberg J. Promoção de saúde na terceira idade: dicas para viver melhor.
São Paulo (SP): Atheneu; 2008. 51. Cupertino APFB, Rosa FHM, Ribeiro PCC. Definição de envelhecimento
saudável na perspectiva de indivíduos idosos. Psicol Reflex Crít. 2007;20(1);81-6.
52. Piovesan L, Bernardes AG. Envelhecimento e projetos de vida: influências da
aposentadoria. Rev Ciênc Hum. 2012;10(14):89-110. 53. Néri AL. Teorias psicológicas do envelhecimento: percurso histórico e teorias
atuais. In: Freitas EV, Py L, editores. Tratado de geriatria e gerontologia. Rio de Janeiro (RJ): Guanabara Koogan; 2013. p. 34-46.
![Page 68: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/68.jpg)
68
54. Zanelli JC. Processos psicossociais, bem-estar e estresse na aposentadoria. Rev Psicol Organ Trab. 2012;12(3):329-40.
55. Pimenta FAP, Simil FF, Tôrres HOG, Amaral CFS, Rezende CF, Coelho TO,
Rezende NA. Avaliação da qualidade de vida de aposentados com a utilização do questionário SF-36. Rev Assoc Med Bras. 2008;54(1):55-60.
56. Dawalibi NW, Anacleto GMC, Witter C, Goulart RMM, Aquino RC.
Envelhecimento e qualidade de vida: análise da produção cientifica da Scielo. Estud Psicol (Campinas). 2013;30(3):393-403.
57. Lima-Costa MF, Matos DL, Camargos VP, Macinko J. Tendências em dez anos
das condições de saúde de idosos brasileiros: evidências da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (1998, 2003, 2008). Ciênc Saúde Coletiva. 2011;16(9):3689-96.
58. Pinheiro DO, Medeiros TGS, Alves RF, Eulálio MC. Auto percepção da saúde por
idosos economicamente ativos e inativos. In: Anais do III Congresso Internacional de Envelhecimento Humano: Avanços da ciência e das políticas públicas para o envelhecimento; 13-15 jun 2013; Campina Grande, PB [Internet]. Campina Grande (PB): Cieh; 2013 [citado 9 dez 2014]. Disponível em: www.editorarealize.com.br/revistas/cieh/resumo.php?idtrabalho=1092
59. Cheik NC, Reis IT, Heredia RAG, Ventura ML, Antunes HKM, Mello MT. Efeitos
do exercício físico e da atividade física na depressão e ansiedade em indivíduos idosos. Rev Bras Ciênc Mov. 2003;11(3):45-52.
60. American College of Sports Medicine, Chodzko-Zajko WJ, Proctor DN, Fiatarone
Singh MA, Minson CT, Nigg CR, Salem GJ, Skinner JS. American College of Sports Medicine position stand. Exercise and physical activity for older adults. Med Sci Sports Exerc. 2009;41(7):1510-30.
61. Schveitzer V, Claudino R. A importância da atividade física durante o processo
de envelhecimento. Rev Digital [Internet]. 2010 [citado 4 dez 2014];14(141):[cerca de 4 p.]. Disponível em: http://www.efdeportes.com/efd141/atividade-fisica-durante-o-envelhecimento.htm
62. Hernandez SSS, Coelho FGM, Gobbi S, Stella F. Efeitos de um programa
atividade física nas funções cognitivas, equilíbrio e risco de quedas em idosos com demência de Alzheimer. Rev Bras Fisioter. 2010;14(1):68-74.
63. Paulo DLV, Yassuda MS. Queixas de memória de idosos e sua relação com
escolaridade, desempenho cognitivo e sintomas de depressão e ansiedade. Rev Psiquiatr Clín (São Paulo). 2010;37(1):23-6.
64. Gonçalves LHT, Silva AH, Mazo GZ, Benedetti TRB, Santos SMA, Marques S,
Rodrigues RAP, Portella MR, Scortegagna HM, Santos SSC, Pelzer MT, Souza AS, Meira EC, Sena ELS, Creutzber M, Rezende TL. O idoso institucionalizado: avaliação da capacidade funcional e aptidão física. Cad Saúde Pública. 2010; 26(9):1738-46.
![Page 69: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/69.jpg)
69
65. Carvalho ED, Valadares ALR, Costa-Paiva LH, Pedro AO, Morais SS, Pinto Neto AM. Atividade física e qualidade de vida em mulheres com 60 anos ou mais: fatores associados. Rev Bras Ginecol Obstet. 2010;32(9):433-40.
66. Kohl, HW et al. The pandemic of physical inactivity: global action for public
health. Lancet. 2012; 380(9838): 294-05. 67. Lima DF, Levy RB, Luiz OC. Recomendações para atividade física e saúde: Consensos, controvérsias e ambiguidades. Rev Panam Salud Publica. 2014. 36(3): 164-70. 68. Sampieri RH, Collado CF, Lucio PB. Metodologia de Pesquisa. São Paulo(SP);
MacGraw Hill: 2006. 69. Sousa VD, Driessnack M, Mendes IAC. Revisão dos desenhos de pesquisa
relevantes para enfermagem. Parte 1. Desenho de pesquisa quantitativa. Ver Latin Am.Enferm. Ribeirão Preto (SP). 2007.15(3). [citado 23 ago 2015]. Disponível em http://dx.doi.org/10.1590/S0104-11692007000300022
70. Alves CF, Percepção do estado de saúde, força muscular e composição corporal -efeito de um programa de intervenção em idosos institucionalizados [tese]. Bragança (Portugal): Escola Superior de Saúde; 2014. 71. Oliveira DV, Araújo APS, Bertolini SMMG. Capacidade funcional e cognitiva de
idosas praticantes de diferentes modalidades de exercícios físicos. Rev Rene. 2015 ; 16(6):872-80. DOI: 10.15253/2175-6783.2015000600014
72. Forte R, Boreham CAG, Leite JC, De Vito G, Brennan L, Gibney ER, et al.
Enhancing cognitive functioning in the elderly: multicomponent vs resistance training. Clinical Interventions in Aging. 2013:8.19-27.
73. Nagamatsu LS, Handy TC, Liang Hsu C, Voss M, Liu-Ambrose T. Resistance
training promotes cognitive and functional brain plasticity in seniors with probable mild cognitive impairment: A 6-month randomized controlled trial. Arch Intern Med. 2012 April 23; 172(8): 666–68. (DOI:10.1001/archinternmed.2012.379)
74. Folstein MF, Folstein SE, Mchugh PR. Mini-mental state: a practical method for
grading the cognitive state of patients for the clinician. J Psychiatr Res. 1975;12(3):189-98.
75. Bertolucci PHF, Brucki SMD, Campacci S. O mini-exame do estado mental em
uma população geral: impacto da escolaridade. Arq Neurosiquiatr.1994;52(1):1-7.
76. Brucki SMD, Nitrini R, Caramelli P, Bertolucci PHF, Okamoto IH. Sugestões para
o uso do mini-exame do estado mental no Brasil. Arq Neuropsiquiatr. 2003;61(3B):777-81.
![Page 70: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/70.jpg)
70
77. Caramelli P, Herrera JR E, Nitrini R. O mini-exame do estado mental no diagnóstico de demência em idosos analfabetos. Arq Neuropsiquiatr. 1999;57(11):7.
78. Almeida O. Mini exame do estado mental e o diagnóstico de demência
no Brasil. Arq Neuropsiquiatr.1998;56:605-12.
79. Melo DM, Barbosa AJG. O uso do Mini-Exame do Estado Mental em pesquisas com idosos no Brasil: uma revisão sistemática. Ciênc Saúde Coletiva. 2015;20(12):3865-76. (DOI: 10.1590/1413-812320152012.06032015).
80. Nascimento RAS, Batista RTS, Rocha SV, Vasconcelos LRC. Prevalência e fatores associados ao declínio cognitivo em idosos com baixa condição econômica: estudo MONIDI. J bras psiquiatr. 2015; 64(3):187-92.
81. Santos CS, Cerchiari EAN, Alvarenga MRM, Faccenda O, Oliveira MAC. Avaliação da confiabilidade do mini-exame do estado mental em idosos e associação com variáveis sociodemográficas. Cogitare Enferm. 2010; 15(3):406-12.
82. Frota, N.A.F., Nitrini, R., Damasceno, B.P., Forlenza, O., Dias-Tosta, E., da Silva,
A.B., Herrera Junior, E., Magaldi, R.M. (2011). Critérios para o diagnóstico de doença de Alzheimer. Dement Neuropsychol 2011; 5(1):5-10.
83. Petersen RC, Smith GE, Waring SC, Ivnik RJ, Tangalos EG, Kokmen E. Mild
cognitive impairment: clinical characterization and outcome. Arch Neurol. 1999; 56(3):303–8. [PubMed:10190820]
84. Machado JC, Ribeiro RCL, Cotta RMM, Leal PFG. Declínio cognitivo de idosos e sua associação com fatores epidemiológicos em Viçosa, Minas Gerais. Rev Bras Geriatr Gerontol. 2011; 14(1):109-21.
85. Benedetti TRB, Mazo GZ, Barros MV. Aplicação do Questionário Internacional de Atividade Física para avaliação do nível de atividades físicas de mulheres idosas: validade concorrente e reprodutibilidade teste/reteste. Rev Bras Ciênc Mov. 2004;12(1):25-33.
86. Benedetti TRB, Antunes P, Rodriguez-Anez C. Reprodutibilidade e validade do Questionário Internacional de Atividade Física (IPAC) em homens idosos. Rev Bras Med Esporte. 2007;13(1):11-6.
87. Mazo GZ, Benedetti TRB. Adaptação do Questionário Internacional de Atividade
Física para Idosos. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum. 2010;12(6):480-4.
88. Matsudo S, Araújo Timóteo, Matsudo V, Andrade D, Andrade E, Oliveira LC,
Braggion G. Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ): Estudo de validade e reprodutibilidade no Brasil.Rev bras fis saúde; 2001;6(2):05-18.
89. Rikli RE, Jones CJ. Functional fitness normative scores for community-residing
![Page 71: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/71.jpg)
71
Older adults, ages 60-94. J Aging Phys Act. 1999;7:162-81. 90. Matsudo SMM. Avaliação do Idoso: física & funcional. Londrina (PR): Midiograf;
2000. 91. SPSS 21,0; 2012© Copyright IBM Corporation 2012; IBM Corporation; Route
100; Somers, NY 10589.
92. Armitage P, Berry G. Estadística para la investigación biomédica, 3ª Edição
Madrid: Harcourt Brace, 1997,593p.
93. Callegari-Jacques SM. Bioestatística: princípios e aplicações. Porto
Alegre:Artmed;2003. 246p.
94. Santos SL, Soares MJGO, Ravagni E, Costa MML, Fernandes MGM, Desempenho da marcha de idosos praticantes de psicomotricidade. Rev Bras Enferm.2014; 67(4):617-22.
95. Rios JCS, Leite TKM, Pereira MM, Sousa FC, Safons MP. Efeitos de um
programa educacional de autocuidado de coluna em idosos com dor lombar crônica: um estudo quasi-experimental. Motri. 2015;11(1):53-63.
96. Kuznier TP, Souza CC, Chianca TCM, Ercole FF, Alves M. Fatores de risco para
quedas descritos na taxonomia da nanda-i para uma população de idosos. R. Enferm Cent O Min. 2015;5(3):1855-70.
97. Dátilo GMPA. Feminização do envelhecimento: porque as mulheres vivem
mais?. In: Brabo TSAM, organizadora. Educação: mulheres, gênero e violência. Marília (SP): Cultura Acadêmica; 2015. p.181-93.
98. Massi G , Santos AR, Berberian AP, Ziesemer NB. Impacto de atividades
dialógicas intergeracionais na percepção de crianças, adolescentes e idosos. Rev CEFAC. 2016;18(2):399-07.
99. Oliveira JGD, Stobaus CD, Moriguchi Y, Malezan WR, Detoni Filho A, Pacheco
MN, Casellani L. Correlação socioeconômica e antropométrica em idosos praticantes e não praticantes de exercícios físicos. Rev Bras Ativ Fis Saúde.2013;18(1):121-31.
100.Oliveira JGD, Stobaus CD, Costa JM. Diferenças socioeconômicas e qualidade
de vida em idosos praticantes de atividades físicas/psicossociais ConScientiae Saúde. 2015;14(2):200-12. 101.Araujo CCR, Silveira C, Simas JPN, Zappelini A, Parcias SR, Guimarães ACA.
Aspectos cognitivos e nível de atividade física de idosos. Saúde (Santa Maria), Santa Maria.2015; 41(2):193-02.
102. Mazo GZ, Petreça DR, Sandreschi PF, Benedetti TRB.Valores normativos da
aptidão física para idosas brasileiras de 60 a 69 anos de idade. Rev Bras Med Esporte. 2015; 21(4):318-22.
![Page 72: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/72.jpg)
72
103.Souza Junior SS, Guimarães ACA, Kom S, Boing L, Machado Z. Força de membros superiores e inferiores de idosas praticantes e não praticantes de ginástica funcional. Saúde (Santa Maria). 2015;41(1):255-62.
104.Dias RMR, Gurjão ALD, Maruci MFN. Benefícios do treinamento com pesos
para aptidão física de idosos. Acta Fisiatr. 2006;13(2): 90-05. 105.Rocha CAQC, Moreira MHR; Mesa EIA, Guimarães AC, Dória CH, Dantas EHM.
Efeitos de um programa de treinamento concorrente sobre a autonomia funcional em idosas pós-menopáusicas. R Bras Cien e Mov. 2015;23(3):122-34.
106.Dourado CS, Santos EL, Romero Junior, Alcaide AR, Silva AS. Efeitos do
exercício resistido sobre a força muscular de idosos: uma revisão de literatura. Revistainspirar • movimento & saúde. 2015;7(2):11-5.
107.Cazelato L. Respostas da frequência cardíaca ao teste de 1RM e da Modulação
autonômica da frequência cardíaca no período de Recuperação em indivíduos com fatores de risco para doenças Cardiovasculares [dissertação]. Rio Claro: Universidade Estadual Paulista; 2015.p.33.
108.Dias MS, Lima RM. Estimulação cognitiva por meio de atividades físicas em
idosas: examinando uma proposta de intervenção. Rev bras geriatr gerontol.2012;15(2) 325-34.
109.Bittar IGL, Gerra RLF, Lopes FC, Mello MT, Antunes HKM. Efeitos de um
programa de jogos pré-desportivos nos aspectos psicobiológicos de idosas. Rev Bras Geriatr Gerontol. 2013;16(4):713-25.
110.Marques VG. Os efeitos do treinamento físico combinado sobre as funções
cognitivas de idosos saudáveis [dissertação]. São Paulo: Universidade Federal de São Paulo; 2010.71p.
111.Paulo DLV , Yassuda MS. Queixas de memória de idosos e sua relação com
escolaridade, desempenho cognitivo e sintomas de depressão e ansiedade. Rev Psiq Clín. 2010;37(1):23-6.
112.Sachdev PS, Lipnicki DM, Kochan NA, Crawford JD, Thalamuthu A, Andrews G,
et al. The Prevalence of Mild Cognitive Impairment in Diverse Geographical and Ethnocultural Regions: The COSMIC Collaboration. PLoS ONE. 2015; 10(11): e0142388. DOI:10.1371/journal.pone.0142388
113.Neale R, Brayne C, Johnson AL. Cognition and survival: an exploration in a large
multicentre study of the population aged 65 years and over. Int J Epidemiol. 2001; 30(6):1383–8.
114.Canevelli M, Grande G, Lacorte E, Quarchioni E, Cesari M, Mariani C, Bruno G,
Vanacore N. Spontaneous Reversion of Mild Cognitive Impairment to Normal Cognition: A Systematic Review of Literature and Meta-Analysis. Jamda. 2016;17(10): 943–48. DOI: http://dx.doi.org/10.1016/j.jamda.2016.06.020
![Page 73: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/73.jpg)
73
115. Gao S, Unverzagt FW, Hall KS, KA, Murrell JR, Hake AM, Smith-Gamble V, Hendrie HC. Mild cognitive impairment, incidence, progression, and reversion: findings from a community-based cohort of elderly African Americans. Am J Geriatric Psychiatry. 2014;22(7): 670-81. DOI:10.1016/j.jagp.2013.02.015.
116. Watfa G, Husson N, Buatois S, Laurian MC, Miget P, Benetos A. Study of Mini-
Mental State Exam evolution in community-dwelling subjects aged over 60 years
without dementia. J Nutr Health Aging. 2011;15(10):901-4. 117. Ferreira SDP. Atividade física e aptidão física funcional em pessoas idosas com
défice cognitivo [dissertação] Évora. Portugal: Universidade de Évora; 2016.95p.
118. Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz). Atualizações científicas. Exame de marcadores biológicos. [Internet]. São Paulo,SP. [citado 31 out 2016]. Disponível em :http://www.abraz.org.br/sobre-alzheimer/atualizacoes-cientificas
.
![Page 74: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/74.jpg)
74
APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO ESTRUTURADO
PERFIL SÓCIO-ECONÔMICO-DEMOGRÁFICO E DE SAÚDE
Data ___/___/___
1) Nome completo _____________________________________________ 2) Endereço:__________________________________________________ 3) Telefone: ____________________Celular: ________________________ 4) Idade: ______ anos 5) Sexo: ( ) masculino ( ) feminino 6) Estado Civil: ( ) solteiro(a) ( ) casado(a) ( ) viúvo(a) ( ) divorciado(a) ( ) outros 7) Possui alguma doença? ( ) sim ( ) não ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ 8) Faz uso de algum medicamento? ( ) sim ( ) não Quais: ____________________________________
_________________________________________________________ _________________________________________________________ 9) Escolaridade: ( ) analfabeto ( ) 1º grau incompleto ( ) 1º grau completo ( ) 2º grau incompleto ( ) 2º grau completo ( ) superior incompleto ( ) superior completo ( ) pós-graduação ( ) mestrado ( ) doutorado 10) Sua renda mensal: ( ) 1 salário mínimo ( ) de 2 a 3 salários mínimos ( ) de 4 a 5 salários mínimos ( ) de 6 a 9 salários mínimos ( ) acima de 10 salários mínimos 11) Com quem você mora? ____________________________________
![Page 75: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/75.jpg)
75
ANEXO A - MINI-EXAME DO ESTADO MENTAL – MEEM (Folstein, Folstein & McHugh, 1975)
Nome:______________________________________________________________
Data da Avaliação: ____/____/____ Avaliador:___________________________
ORIENTAÇÃO
Dia da semana (1 ponto)..............................................................................( )
Dia do mês (1 ponto)....................................................................................( )
Mês (1 ponto)...............................................................................................( )
Ano (1 ponto)................................................................................................( )
Hora aproximada (1 ponto)...........................................................................( )
Local específico (andar ou setor ) (1 ponto)................................................( )
Instituição (residência, hospital, clínica) (1 ponto).......................................( )
Bairro ou rua próxima (1 ponto)....................................................................(. )
Cidade (1 ponto)...........................................................................................( )
Estado (1 ponto)...........................................................................................( )
MEMÓRIA IMEDIATA
Fale 3 palavras não relacionadas: posteriormente pergunte ao Paciente pelas 3 palavras. Dê 1 ponto para cada resposta correta............( )
Depois repita as palavras e certifique-se de que o paciente as aprendeu, pois mais adiante você irá perguntá-las novamente. ATENÇÃO E CÁLCULO
(100 - 7) sucessivas, 5 vezes sucessivamente (1 ponto para cada cálculo correto)..............................................................( ) (alternativamente soletrar MUNDO de trás para frente)
EVOCAÇÃO
Pergunte pelas 3 palavras ditas anteriormente (1 ponto por palavra)....................................................................................( )
LINGUAGEM
Nomear um relógio e uma caneta................................................................( )
Repetir (nem aqui, nem ali, nem lá) (1 ponto).............................................( )
Comando: “pegue este papel com a mão direita,
Dobre ao meio e coloque no chão (3 pontos)..............................................( )
Ler e obedecer: “feche os olhos” (1 ponto)..................................................( )
Escrever uma frase (1 ponto).......................................................................( )
Copiar um desenho (1 ponto).......................................................................( )
Escore: (........./30)
![Page 76: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/76.jpg)
76
ANEXO B – QUESTIONÁRIO INTERNACIONAL DE ATIVIDADE FÍSICA – IPAQ Forma longa, semana usual/normal, adaptado por Benedetti et al (2004)
As perguntas estão relacionadas ao tempo que você gasta fazendo atividade física em uma semana normal/habitual. Para responder as questões lembre que:
atividades físicas vigorosas são aquelas que precisam de um grande esforço
físico e que fazem respirar muito mais forte que o normal.
atividades físicas moderadas são aquelas que precisam de algum esforço físico e que fazem respirar um pouco mais forte que o normal.
atividades físicas leves são aquelas em que o esforço físico é normal, fazendo com que a respiração seja normal.
Das questões 1b a 4c O quadro abaixo deverá estar disponível para preenchimento
Dia da Semana Tempo horas/min manh tarde noite
Dia da Semana Tempo horas/min manhã tarde noite
2ª feira 6ª feira
3ª feira Sábado
4ª feira Domingo
5 feira xxxxxxxx
DOMÍNIO 1 – ATIVIDADE FÍSICA NO TRABALHO: Este domínio inclui as atividades que você faz no seu trabalho remunerado ou voluntário, e as atividades na universidade, faculdade ou escola (trabalho intelectual). Não inclui as tarefas domésticas, cuidar do jardim e da casa ou tomar conta da sua família. Estas serão incluídas no Domínio 3. 1a. Atualmente você tem ocupação remunerada ou faz trabalho voluntário fora de sua casa? ( ) sim ( ) não - Caso você responda não. Vá para o Domínio 2: Transporte As próximas questões relacionam-se com toda a atividade física que você faz em uma semana normal/habitual, como parte do seu trabalho remunerado ou voluntário. Não inclua o transporte para o trabalho. Pense apenas naquelas atividades que durem pelo menos 10 minutos contínuos dentro de seu trabalho: 1b. Quantos dias e qual o tempo (horas e minutos) durante uma semana normal você realiza atividades VIGOROSAS como: trabalho de construção pesada, levantar e transportar objetos pesados, cortar lenha, serrar madeira, cortar grama, pintar casa, cavar valas ou buracos, subir escadas como parte do seu trabalho remunerado ou voluntário, por pelo menos 10 MINUTOS CONTÍNUOS? ____horas____min ____dias por semana ( ) Nenhum. Vá para a questão 1c. 1c. Quantos dias e qual o tempo (horas e minutos) durante uma semana normal você realiza atividades MODERADAS, como: levantar e transportar pequenos objetos, lavar roupas com as mãos, limpar vidros, varrer ou limpar o chão, carregar crianças no colo, como parte de seu trabalho remunerado ou voluntário, por pelo menos 10 minutos CONTÍNUOS? ____horas____min____dias por semana ( ) Nenhum. Vá para a questão 1d. 1d. Quantos dias e qual o tempo (horas e minutos) durante uma semana normal você CAMINHA, NO SEU TRABALHO remunerado ou voluntário por pelo menos 10 MINUTOS CONTÍNUOS? Por favor, não inclua o caminhar como forma de transporte para ir ou voltar do trabalho ou do local que você é voluntário. ____horas____min____dias por semana ( ) Nenhum. Vá para o Domínio 2 – Transporte.
![Page 77: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/77.jpg)
77
DOMÍNIO 2 – ATIVIDADE FÍSICA COMO MEIO DE TRANSPORTE Estas questões se referem à forma normal como você se desloca de um lugar para outro, incluindo seu grupo de convivência para idosos, igreja, supermercado, trabalho, cinema, lojas e outros. 2a. Quantos dias e qual o tempo (horas e minutos) durante uma semana normal você ANDA DE ÔNIBUS E CARRO/MOTO? ____horas____min____dias por semana ( ) Nenhum. Vá para a questão 2b. Agora pense somente em relação a caminhar ou pedalar para ir de um lugar para outro em uma semana normal. 2b. Quantos dias e qual o tempo (horas e minutos) durante uma semana normal você ANDA DE BICICLETA para ir de um lugar para outro por pelo menos 10 minutos contínuos? (não inclua o pedalar por lazer ou exercício) ____horas____min____dias por semana ( ) Nenhum. Vá para a questão 2c. 2c. Quantos dias e qual o tempo (horas e minutos) durante uma semana normal você CAMINHA para ir de um lugar para outro, como: ir ao grupo de convivência para idosos, igreja, supermercado, médico, banco, visita a amigo, vizinho e parentes por pelo menos 10 minutos contínuos? (NÃO INCLUA as Caminhadas por Lazer ou Exercício Físico) ____horas____min____dias por semana ( ) Nenhum. Vá para o Domínio 3. DOMÍNIO 3 – ATIVIDADE FÍSICA EM CASA OU APARTAMENTO: TRABALHO, TAREFAS DOMÉSTICAS E CUIDAR DA FAMÍLIA Esta parte inclui as atividades físicas que você fez em uma semana normal/habitual dentro e ao redor da sua casa ou apartamento. Por exemplo: trabalho doméstico, cuidar do jardim, cuidar do quintal, trabalho de manutenção da casa e para cuidar da sua família. Novamente pense somente naquelas atividades físicas com duração por pelo menos 10 minutos contínuos. 3a. Quantos dias e qual o tempo (horas e minutos) durante uma semana normal você faz atividades Físicas VIGOROSAS ao redor de sua casa ou apartamento (quintal ou jardim) como: carpir, cortar lenha, serrar madeira, pintar casa, levantar e transportar objetos pesados, cortar grama, por pelo menos 10 minutos contínuos? ____horas____min____dias por semana ( ) Nenhum. Vá para a questão 3b. 3b. Quantos dias e qual o tempo (horas e minutos) durante uma semana normal você faz atividades MODERADAS AO REDOR de sua casa ou apartamento (quintal ou jardim) como levantar e carregar pequenos objetos, limpar a garagem, serviço de jardinagem em geral, por pelo menos 10 minutos contínuos? ____horas____min____dias por semana ( ) Nenhum. Vá para a questão 3c. 3c. Quantos dias e qual o tempo (horas e minutos) durante uma semana normal você faz atividades MODERADAS DENTRO de sua casa ou apartamento como: carregar pesos leves, limpar vidros e/ou janelas, lavar roupas a mão, limpar banheiro e o chão. Por pelo menos 10 minutos contínuos? ____horas____min____dias por semana ( ) Nenhum. Vá para o Domínio 4 DOMÍNIO 4 – ATIVIDADES FÍSICAS DE RECREAÇÃO, ESPORTE, EXERCÍCIO E DE LAZER Este domínio se refere às atividades físicas que você faz em uma semana normal/habitual unicamente por recreação, esporte, exercício ou lazer. Novamente pense somente nas
![Page 78: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/78.jpg)
78
atividades físicas que você faz por pelo menos 10 minutos contínuos. Por favor não inclua atividades que você já tenha citado. 4a. Sem contar qualquer caminhada que você tenha citado anteriormente, quantos dias e qual o tempo (horas e minutos) durante uma semana normal, você CAMINHA (exercício físico) no seu tempo livre por pelo menos 10 minutos contínuos? ____horas____min____dias por semana ( ) Nenhum. Vá para a questão 4b. 4b. Quantos dias e qual o tempo (horas e minutos) durante uma semana normal, você faz atividades VIGOROSAS no seu tempo livre como: correr, nadar rápido, musculação, canoagem, remo, enfim, esportes em geral por pelo menos 10 minutos contínuos? ____horas____min____dias por semana ( ) Nenhum. Vá para a questão 4c. 4c. Quantos dias e qual o tempo (horas e minutos) durante uma semana normal, você faz atividades MODERADAS no seu tempo livre como: pedalar em ritmo moderado, jogar voleibol recreativo, fazer hidroginástica, ginástica para a terceira idade, dançar... pelo menos 10 minutos contínuos? ____horas____min____dias por semana ( ) Nenhum. Vá para o Domínio 5. DOMÍNIO 5 – TEMPO GASTO SENTADO Estas últimas questões são sobre o tempo que você permanece sentado em diferentes locais como exemplo: em casa, no grupo de convivência para idosos, no consultório médico e outros. Isso inclui o tempo sentado, enquanto descansa, assiste a televisão, faz trabalhos manuais, visita amigos e parentes, faz leituras, telefonemas e realiza as refeições. Não inclua o tempo gasto sentado durante o transporte em ônibus, carro, trem e metrô. 5a. Quanto tempo, no total, você gasta sentado durante UM DIA de semana normal? UM DIA _____horas____minutos
Dia da Semana Um dia
Tempo horas/Min. Manhã tarde noite
5b.Quanto tempo, no total, você gasta sentado durante UM DIA de final de semana normal? UM DIA ____horas____minutos
Dia da Semana Um dia
Tempo horas/Min. Manhã tarde noite
Benedetti,2007 Matsudo S, Araújo T, Matsudo V, Andrade D, Andrade E, Oliveira LC, Braggion G. 2001.
![Page 79: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/79.jpg)
79
ANEXO C - AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA
NOME:__________________________________________ DATA:____/____/____
Sexo:______________ Data nasc_____/____/____ Idade: _____________
Endereço___________________________________________________________
CIDADE:_______________________ESTADO: ____ Fone:____-______________
Medidas Antropométricas:
Peso (Kg) ___________
Altura (cm) ___________ 1. POTÊNCIA AERÓBICA:
Marcha estacionária de 2 min. _______________
2. FORÇA MUSCULAR MEMBROS SUPERIORES:
Teste de Flexão de cotovelo com halteres ____________
3. FORÇA MUSCULAR MEMBROS INFERIORES:
Teste de Levantar da cadeira em 30 seg. ____________
4. MOBILIDADE GERAL: Velocidade normal de andar (seg.): __________ __________ __________
Velocidade máxima de andar(seg.): __________ __________ __________
Spirduso,1995 Rikli RE, Jones CJ,1999 Matsudo SMM. 2000.
![Page 80: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/80.jpg)
80
ANEXO D – APROVAÇÃO DO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA
![Page 81: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/81.jpg)
81
ANEXO E - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO 1- DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO SUJEITO DA PESQUISA: Nome: ________________________________________________Sexo: ________ Doc.Identidade RG _____________________________Data Nasc.____/____/____ Endereço:_____________________________________Cidade:_______________ Telefone:______________________________________CEP:_________________ 2- DADOS SOBRE A PESQUISA: a) Título: Impacto do exercício físico nas funções cognitivas de idosos b) Pesquisador(a): Marcia Rosa da Silva Rojo c) Objetivo: Avaliar a eficácia do exercício físico com pesos livres nas funções cognitivas de idosos. d) Participantes: Idosos com idade entre 60 a 80 anos. Esta pesquisa será desenvolvida na UAPEM (União dos Aposentados e Pensionistas de Marília, à Av. Nelson Spielman, 188 em Marília/SP. e) Procedimentos: Este estudo será composto por um grupo de intervenção o qual será a um programa de exercício físico por período de 18 sessões, sendo 2 sessões semanais com 1 hora de duração. Avaliação: Serão aplicados questionários e testes antes do início do Exercício Físico e após as 18 sessões para: Traçar o perfil dos participantes segundo o sexo, idade, estado civil, escolaridade, renda, moradia e saúde; verificar o nível cognitivo dos idosos; investigar o nível de atividade física dos idosos; verificar a aptidão física dos idosos – através de Testes de Aptidão Física. Desenvolvimento do Exercício Físico: Após consentimento de participação da pesquisa e apresentação de atestado médico para liberação para a prática de exercícios físicos, serão prescritos exercícios de mobilidade geral e deslocamento de média e baixa intensidade, treinamento para os membros inferiores com pesos ajustáveis nos tornozelos e para os membros superiores pesos livres de 1 kg e 2 kg e exercícios de alongamento com bastões, bola e theraband, respeitando os limites físicos de cada participante. Serão realizados na posição sentada e em pé, com apoio da cadeira e respeitando a condição física de cada idoso. Desta forma, a realização dos exercícios físicos propostos aos participantes da pesquisa não oferecerá quaisquer riscos previsíveis ou desconforto a estes. Participar desta pesquisa é uma opção e no caso de não aceitar participar poderá desistir em qualquer fase da pesquisa. Caso aceite participar desta pesquisa, esclarecemos que os dados obtidos dos questionários e testes físicos, serão tabulados e terão seus resultados divulgados
![Page 82: IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA E FUNÇÕES ... · Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina de Marília Rojo , M a rcia Rosa da Silva](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022050111/5f48fa9df19f1158130a084f/html5/thumbnails/82.jpg)
82
para fins científicos, como revista, congressos e uso de imagem com a não identificação do sujeito (identidade preservada). Acredito ter sido suficientemente informado(a) a respeito das orientações do desenvolvimento desta pesquisa, que foram lidas para mim, descrevendo o estudo: “Impacto do exercício físico nas funções cognitivas de idosos”. Fica claro também que minha participação é isenta de despesas. Concordo voluntariamente em participar deste estudo e poderei retirar o meu consentimento a qualquer momento, antes ou durante o mesmo. Certos de poder contar com sua autorização, colocamo-nos à disposição para esclarecimentos através dos telefones: 3417-8211 e (14) 99703-3700 com a pesquisadora Márcia Rosa da Silva Rojo ou no telefone (14) 99784-7108 com o Orientador Responsável pela Pesquisa Prof.Dr. Pedro Marco Karan Barbosa, docente do Curso de Mestrado Acadêmico em Saúde e Envelhecimento da Faculdade de Medicina de Marília- Famema.
Data:____/____/_____ __________________________________________ Assinatura