impermeabilizante cimentício impermeabilização de piscina ... · patologias que por ventura...
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Impermeabilizante Cimentício – Impermeabilização de piscina construída em
alvenaria estrutural em casa de alto padrão na cidade de Manaus-AM
Klinger Wilker Batista Ribeiro, Acadêmico de Engenharia Civil Centro Universitário do Norte – UNINORTE
Orientador: Professor Esp. José Roberto de Queiroz Abreu
Manaus-AM 2019
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RESUMO
A impermeabilização garante a maior durabilidade das edificações. É sabido que a
água é a maior inimiga das construções. As infiltrações são causas de uma gama de
patologias em construções e a correta impermeabilização garante que a vida útil
dessas construções se prolongue. Muitos são os materiais disponíveis no mercado
que garantem uma boa impermeabilização. Dentre eles a manta asfáltica e os
impermeabilizantes à base de cimento. Neste trabalho, estudamos a
impermeabilização de uma piscina com material impermeabilizante cimentício da
marca SikaTop Flex, da empresa Sika S.A. Após a aplicação do material
impermeabilizante, a piscina foi deixada em teste de estanqueidade por 7 dias, o
que garantiu que o serviço foi bem executado.
Palavras chave: Impermeabilização, Estanqueidade, Piscina
ABSTRACT
The waterproofing guarantees the greater durability of the buildings. It is well known
that water is the greatest enemy of buildings. The infiltrations are causes of a range
of pathologies in constructions and the correct waterproofing ensures that the useful
life of these constructions is prolonged. Many are the materials available in the
market that guarantee a good waterproofing. Among them are the asphalt blanket
and the cement-based waterproofing agents. In this work, we studied the
waterproofing of a swimming pool with cement waterproofing material of the brand
SikaTop Flex, of the company Sika SA After the application of the waterproofing
material, the pool was left in a tightness test for 7 days, which ensured that the
service was well executed .
Key words: Waterproofing, Watertightness, Pool.
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1- INTRODUÇÃO
A vida útil de uma construção, independente da sua finalidade ou tipo, seja
ele residencial, comercial, institucional ou outros, depende muito dos processos
construtivos utilizados durante a obra e, por conseguinte, do tratamento dados às
patologias que por ventura venham a se apresentar ao longo do tempo.
Muitas das patologias presentes nas construções são causadas por
infiltrações. Há casos de fissuras, trincas, bolor (fungos), descascamento de
pinturas, descolamentos de revestimentos e até desmoronamentos causados por
infiltrações.
Assim sendo, a impermeabilização das construções é algo de extrema
importância.
Segundo Ulsalmer (1989), a umidade sempre foi um desafio para o homem
desde o tempo em que habitava as cavernas, onde os primitivos se refugiavam
nestes estes locais para escapar dos efeitos atmosféricos. Esses problemas fizeram
com que o homem fosse aprimorando seus métodos construtivos e isolando a sua
habitação de fatores que desgastam a estrutura da construção como o calor, a
abrasão e principalmente a água devido ao seu poder de penetração.
A água pode ser considerada a maior causadora de manifestações
patológicas em uma construção, gerando ambientes úmidos, causando
exteriorização de pinturas e a degradação das estruturas. No entanto, uma das
fases mais importante em uma obra é a impermeabilização considerando o tipo de
produto, o sistema ideal e mão de obra adequada para garantir uma boa aplicação,
preservando assim o patrimônio contra o intemperismo (ISCHAKEWITSCH, 1996).
Achados arqueológicos indicam que os antigos romanos utilizavam albumina
(sangue, clara de ovo, óleos, etc.) para impermeabilizar saunas e aquedutos.
No Brasil, nas chamadas cidades históricas, ainda podemos encontrar muitas
construções antigas como igrejas e pontes em perfeito estado de conservação, onde
as argamassas de assentamentos das pedras foi aditivada com óleo de baleia, que
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foi utilizado como plastificante, com o objetivo de se obter estruturas menos
permeáveis.
Os sistemas de impermeabilização correspondem a uma pequena fração que
gira em torno de 1% a 3% do custo total da obra, quando planejada anteriormente.
No projeto da impermeabilização inclui-se o peso, espessura, caimento, encaixes e
o detalhamento da sua localização juntamente com projetos hidráulicos e elétricos
eliminando possíveis problemas na fase inicial da obra (PIEPER, 1992) (SOUZA &
MELHADO, 1998).
As falhas de desempenho dos sistemas de impermeabilização geram custos
que superam de 5 a 10% do valor da construção, já que muitas vezes as re-
impermeabilizações envolvem quebras dos revestimentos de acabamento, além de
causar a depreciação do valor patrimonial, manchas, mofo, umidade, dentre outros
(BAUER, VASCONCELOS & GRANATO, 2010).
Existem inúmeros produtos para impermeabilização que garantem ótimos
resultados. A manta asfáltica é um exemplo tradicional na impermeabilização de
lajes, outro impermeabilizante que vem adquirindo adeptos é a manta líquida, que
tem fácil aplicação e durabilidade (BAUER, VASCONCELOS & GRANATO, 2010).
Outro produto disponível no mercado que tem a função de impermeabilizar
estruturas, é de fácil aplicação e preço relativamente baixo, em relação a outros
produtos, é o impermeabilizante cimentício.
Existem várias empresas no mercado nacional que disponibilizam o
impermeabilizante cimentício, dentre elas Vedacit com o produto VEDATOP, a SIKA
com o produto Sika Top, a Viapol com o protudo Viaplus.
Este trabalho delimita-se na impermeabilização de uma piscina construída em
alvenaria estrutural em residência de alto padrão na Cidade de Manaus com
aplicação de impermeabilizante cimentício.
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2- IMPERMEABILIZANTE CIMENTÍCIO
Os impermeabilizantes cimentícios ou membranas cimentícias de
impermeabilização são utilizadas na Europa há mais de 50 anos para proteção de
construções e estruturas expostas às intempéries periódicas ou de longo prazo,
baixa pressão hidrostática (umidade do solo) ou em combinação com engenharia
apropriada, ainda que com alta pressão hisdrostática.
As indicações de uso dos impermeabilizantes cimentícios são para a proteção
de ambientes úmidos e tanques de água e, como tem excelente resistência à
intempérie, também são indicadas para impermeabilizar superfícies exteriores.
As aplicações mais comuns são a vedação e impermeabilização de cisternas,
tanques, piscinas, paredes e pavimentos em ambientes úmidos como sanitários e
banheiros, varandas e terraços; com a camada de impermeabilização devendo ser
revestida posteriormente com revestimento cerâmico.
As membranas impermeabilizantes podem ser utilizadas, ainda, como
revestimento protetor ao sistema de concreto estrutural. Por exemplo: proteção de
estruturas reforçadas, para novas estruturas, bem como para estruturas de concreto
após a reabilitação; proteção contra penetração de água, cloretos e dióxido de
carbono livre, para evitar a corrosão do reforço. Ou até mesmo como uma camada
protetora contra produtos químicos agressivos (sulfatos, ácidos etc.)
As principais vantagens dos impermeabilizantes à base de cimento são: boa
resistência aos riscos; excelente resistência contra a água, mesmo que expostas
permanentemente; excelente resistência contra erosão de longo prazo; boa
capacidade de carga e uma permeabilidade ao vapor de água muito maior em
comparação com a maioria dos outros sistemas (consequentemente, não há
problemas com bolhas quando o vapor de água permeia a membrana
impermeabilizante).
As membranas cimentícias são fáceis de usar, não são tóxicas, fornecem
uma ligação total e superfície monolítica sem juntas, podem ser facilmente aplicadas
em substratos de superfícies complexas.
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3- IMPERMEABILIZAÇÃO DE PISCINAS COM IMPERMEABILIZANTE
CIMENTÍCIO
Quando não são impermeabilizadas de forma correta, as piscinas são
suscetíveis a infiltrações e vazamentos diversos.
Podemos citar, aqui, alguns problemas que podem causar infiltração:
a) Erro de Projeto. Mau dimensionamento da estrutura da piscina;
b) Erro na escolha ou execução do sistema de impermeabilização;
c) Desconhecimento de elementos externos à obra, mas que podem
comprometer a sua execução. Como por exemplo raízes de árvores nos lotes
vizinhos e nível do lençol freático;
d) Má execução dos sistemas construtivos;
e) Fixação inadequada de elementos posteriormente à impermeabilização.
A impermeabilização deve ser sempre executada em boa estrutura
(saudável), que seja capaz de resistir à degredação das intempéries e suportar
dilatação e retração do substrato, bem como as cargas dinâmicas e estáticas.
Antes de se iniciar os serviços de impermeabilização, se faz necessário
verificar se há fissuras. Em caso positivo, as mesmas devem ser corrigidas
previamente. Para evitar aberturas de novas fissuras, a correção das fissuras
observadas nunca deve ser feita com argamassa rígida.
Também deve se observar se há saliências na superfície a impermeabilizar e
caso haja reentrâncias, o material utilizado para o preenchimento deve ser
compatível com a base.
Em locais com falhas ou nichos de concretagem, todo o material solto deve
ser retirado até se alcançar a superfície resistente, preenchendo os espaços
também com material compatível com a base.
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Nas piscinas de alvenaria ou blocos de contreto, a regularização (reboco)
deve ser feita previamente.
Toda a área a ser impermeabilizada deve estar livre de pó, poeira,
desmoldante ou quaisquer outros materiais que possam prejudicar a aderência do
impermeabilizante.
As piscinas feitas em concreto ou alvenaria, a solução para evitar problemas
de infiltração pode se basear na utilização de impermeabilizantes cimentícios.
4- OBJETO DE ESTUDO
O objeto de estudo desta pesquisa são os serviços de impermeabilização de
uma piscina construída em alvenaria estrutural em uma residência de alto padrão na
Cidade de Manaus.
A residência em questão é de propriedade do senhor Wilklin Ferreira de
Souza Júnior e está situada à rua das Magnólias, 25. No condomínio Reserva das
Flores, bairro Tarumã, em Manaus-AM.
Não nos debruçaremos, aqui, nos processos construtivos da estrutura da
piscina, nem nos meandros do revestimento cerâmico. Nosso objetivo é tão somente
a estanqueidade da estrutura.
Diante de várias opções disponíveis no mercado, optamos por utilizar o
produto da marca SIKA TOP FLEX Revestimento impermeabilizante bicomponente
flexível, produzido por Sika S.A.
De acordo com o fabricante, o SikaTop Flex é um impermeabilizante flexível e
protetor, bicomponente, à base de cimento, areias selecionadas e resina acrílica
especial. É especialmente indicado para estruturas elevadas ou suspensas
(MANUAL TÉCNICO DE PRODUTOS SIKA 2019).
Ainda, de acordo com o fabricante, o SikaTop Flex é indicado para a
impermeabilização de:
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1- Caixas d’água elevadas ou suspensas;
2- Reservatórios elevados, enterrados ou semienterrados;
3- Piscinas;
4- Torres de refrigeração de água;
5- Áreas frias como banheiro, cozinha, etc.;
6- Estruturas de concreto;
7- Estações de tratamento de água.
Dados obtidos junto ao Manual Técnico do produto indicam que as principais
características e vantagens do produto escolhido são:
a) Tem elasticidade permanente, sendo capaz de absorver microfissuras no
concreto;
b) Fácil de aplicar com brocha, trincha ou vassourão;
c) Vem pronto para o uso;
d) Pode ser projetado para aumentar a produtividade em grandes áreas;
e) Mistura fácil e simples;
f) Excelente aderência a substratos cimentícios;
g) Protege o concreto da carbonatação;
h) Protege o concreto da penetração da água;
i) Não provoca corrosão do aço;
j) Pode ser pintado.
O produto se apresenta no mercado para compra/venda em caixas de 18kg e
consiste em uma parte A (líquido de cor branca) e uma parte B (pó de cor cinza); a
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serem misturados. Após a mistura, o produto se transforma em uma pasta de cor
cinza.
Os dados técnicos informados pelo fabricante são os seguintes:
1- Base Química
- Parte A: Polímero acrílico líquido e aditivos;
- Parte B: Cimento Portland, agregados selecionados e aditivos
2- Densidade: Da argamassa fresca: ~ 2,00 kg/L
3- Espessura: Mín. 1,0 mm/Máx. 2,0 mm
As propriedades Físicas/Mecânicas são:
1- Estanqueidade: > 0,25 MPa (25 metros de coluna d’água)
2- Aderência ao concreto: > 1,0 MPa (7 dias)
Demais informações relevantes:
1- Consumo:
a) O consumo depende da rugosidade e forma do substrato e da
espessura aplicada;
b) O consumo teórico indicado é de 3 a 4 kg/m² aplicados em três a
quatro demãos;
c) Aproximadamente 1 kg/m²/demão
2- Qualidade do substrato:
a) O substrato deverá estar estruturalmente são, livre de quaisquer tipos
de contaminação, partículas soltas, nata de cimento, óleos, graxas e
etc.
3- Preparo do substrato:
a) O substrato deve ser preparado de forma a garantir uma superfície
absorvente e resistente;
b) Recomenda-se o jateamento com água em alta pressão, ou o
lixamento seguido da lavagem;
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c) Os cantos devem estar arredondados à garrafa, e trincas e bicheiras
tratadas;
d) Antes da aplicação, molhar a superfície, que deverá estar saturada e
seca para a aplicação do produto.
As condições de aplicação bem como as limitações são, segundo o
fabricante, as seguintes:
1- Temperatura do substrato: Mín. +8°C / Máx. +35°C
2- Temperatura ambiente: Mín. +8°C / Máx. +35°C
O fabricante dá as instruções abaixo para aplicação:
1- Relação de mistura: A:B = 3:7 em peso
2- Tempo de mistura: Mín. +8°C / Máx. +35°C
3- Ferramentas de mistura: O SikaTop Flex deve ser misturado
mecanicamente com misturador elétrico de baixa rotação (máx. 500 rpm).
Não se deve utilizarbetoneira ou equipamento similar para misturar o
produto.
4- Método de aplicação e ferramentas:
a) Adiciona-se o componente A (líquido) a um recipiente limpo e não
absorvente (plástico ou metal) e mistura-se para homogeneizar;
b) Adiciona-se o componente B aos poucos, misturando. Após toda a
adição do componente B, continua-se misturando por mais 3 minutos
até a obtenção de uma argamassa de consistência fluida.
c) A superfície deverá estar saturada e seca para a aplicação.
d) Aplica-se o SikaTop Flex em 3 a 4 demãos cruzadas, com brocha,
trincha ou vassourão de pelos;
e) Em aplicações por projeção, o produto deve ser preparado conforme
descrito e seguir as instruções do fabricante do equipamento.
f) Para reservatórios, caixas, piscinas, etc.:
Deve-se aguardar a cura de 3 a 5 dias dependendo das
condições climáticas (temperatura) e da ventilação;
Deve-se sempre realizar o teste de carga adequado antes de
utilizar qualquer revestimento sobre o SikaTop Flex;
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Caso seja necessário revestir o SikaTop Flex, chapiscar a
superfície 24 horas após a aplicação da última demão e aplicar o
revestimento (o que não é o caso deste estudo);
Caso deseje-se aplicar azulejos ( o que é o objeto deste estudo,
visto que trata-se de uma piscina), a argamassa colante para a
fixação poderá ser aplicado diretamente sobre o SikaTop Flex;
O prazo mínimo para a aplicação é de 24 horas; o máximo, de 7
dias.
g) Para reservatórios de água potável:
Após a cura adequada, lave todo o reservatório com água e
sabão neutro, e enxágue bem. Depois desse procedimento o
reservatório poderá ser utilizado.
5- Limpeza das ferramentas: Todas as ferramentas devem ser limpas com
água imediatamente após a aplicação. O material endurecido só poderá
ser removido mecanicamente.
6- Tempo de vida útil da mistura: ~ 30 minutos a +20°C
7- Intervalo entre as demãos:
a) Temperatura: +10 °C / Tempo: ~ 12 horas
b) Temperatura: +20 °C / Tempo: ~ 6 horas
c) Temperatura: +30 °C / Tempo: ~ 3 horas
8- Demais notas do fabricante:
a) SikaTop Flex não é indicado para tratamentos decorativos;
b) Deve-se evitar aplicar o produto sob a luz direta do sol e/ou sob vento
forte;
c) Depois de aplicado, deve-se proteger a superfície aplicada da chuva e
do frio intenso;
d) Não se deve adicionar água ao produto;
e) Para impermeabilizações, aplica-se no mínimo em 3 demãos;
f) SikaTop Flex não é adequado para áreas sujeitas ao tráfego;
g) Não se deve perfurar a impermeabilização com fixações; sob risco de
inutilizar toda a impermeabilização feita.
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A imagem abaixo mostra a piscina antes de receber o tratamento com o
impermeabilizante cimentício:
Imagem 1: Piscina antes da impermeabilização
Fonte: O próprio autor
As próximas imagens destacam a aplicação do impermeabilizante,
primeiramente, na vertical:
Imagem 2: Aplicação do impermeabilizante
Fonte: O próprio autor
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Imagem 3: Aplicação do impermeabilizante na vertical
Fonte: O próprio autor
As imagens a seguir mostram o operário aplicando o material
impermeabilizante no sentido horizontal, visto que há a necessidade de cruzar as
demãos.
Imagem 4: Aplicação do impermeabilizante na horizontal
Fonte: O próprio autor
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Imagem 5: Aplicação do impermeabilizante na horizontal
Fonte: O próprio autor
A piscina, objeto de nosso estudo foi impermeabilizado com o produto
descrito em quatro demãos, cruzadas entre si, a saber, 2 demãos horizontais e 2
demãos verticais, respeitando o tempo de cura entra as demãos, indicado pelo
fabricante, descrito anteriormente.
Após os serviços de impermeabilização, deve-se executar o teste de
estanqueidade; que consiste em encher a piscina com água e assim permanecer por
72 horas, para verificar se há vazamentos.
Para o teste de estanqueidade, a piscina deverá ser cheia lentamente para
evitar impactos que danifiquem a impermeabilização.
A piscina aqui estudada permaneceu cheia, em teste de estanqueidade, por
decisão do engenheiro civil Daniel Matos, apenas como forma de precaução, com
acompanhamento deste autor.
Após a verificação de que não havia nenhum tipo de vazamento, deu-se início
à colocação dos revestimentos cerâmicos e demais instalações da piscina.
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A imagem a seguir mostra a piscina acabada, concluída, pronta para uso:
Imagem 6: Piscina concluída
Fonte: O próprio autor
5- CONCLUSÃO
Os esforços para prolongar a vida útil das construções passam por controle e
prevenção de infiltrações.
A água é o maior inimigo das edificações, sendo ela em estado natural ou
gasoso, penetra em estruturas desprotegidas até atingir as estruturas de ferro/aço e
concreto, causando oxidação das armações estruturais e, por fim, comprometem
toda a estrutura da edificação.
Portanto, se faz necessário que a água seja impedida de atuar nas estruturas,
seja por infiltração ou percolação.
Se faz necessário impermeabilizar as estruturas das edificações. Quando se
diz estruturas, refere-se às partes componentes da edificação que venham a ter
contado com água, através do solo (fundações), das intempéries (telhado), ou
mesmo áreas destinadas à utilização com água, as ditas áreas molhadas
(banheiros, piscinas, pátios externos, varandas, etc)
Muitos são os produtos disponíveis no mercado, destinados a
impermeabilizar. A variedade de produtos é tão vasta que existe um tipo de produto
para cada indicação de local a ser impermeabilizado.
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Também há aqueles produtos que, segundo os fabricantes, podem ser
utilizados em diversas indicações, devendo apenas ter cuidado na característica de
o produto ser rígido ou flexível.
Entre os diversos produtos impermeabilizantes, podemos citar a manta
asfáltica, a manta líquida e o impermeabilizante cimentício, alvo primordial desta
pesquisa.
Este estudo se baseou na construção de uma piscina onde nos detivemos
nos serviços de impermeabilização, que foi feita com impermeabilizante cimentício
da marca SikaTop Flex, da Empresa Sika S.A.
A piscina em questão foi construída em alvenaria estrutural, onde foram
observadas todas as Normas referentes a este tipo de construção.
Quando concluída a fase de construção da estrutura da piscina, foi dado início
aos trabalhos de impermeabilização.
A aplicação do produto impermeabilizante foi feita de acordo com as
instruções do fabricante, descritas na embalagem e no Manual Técnico.
A aplicação foi feita com brocha em quatro demãos, cruzadas entre si;
respeitando o tempo de cura.
Quando decorrido o tempo de cura da última demão, foi feito o teste de
estanqueidade. Segundo a Norma, a piscina deve permanecer cheia por um tempo
mínimo de 72 horas para verificar se há vazamentos ou infiltrações.
Neste caso, por decisão do engenheiro da obra, o teste durou 7 dias.
Após este prazo, não foram verificados nenhum tipo de vazamento e/ou
infiltração na estrutura da piscina.
Assim sendo, a piscina foi esvaziada e deram-se início aos trabalhos de
instalações hidráulicas e revestimento da piscina e entorno.
Observadas todas as Normas e instruções acerca da construção da piscina,
tanto de processos construtivos quanto de aplicação do impermeabilizante, o
resultado foi considerado satisfatório, tanto para o executor quanto para, e
principalmente, para o proprietário.
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6- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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