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ANO: 2012 PROTOCOLO: 10.954.020-0 CONSULTA Nº: 01, de 13 de janeiro de 2012. CONSULENTE: RODOPARANÁ IMPLEMENTOS RODOVIÁRIOS LTDA. SÚMULA: ICMS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. AUTOPEÇAS. CONDIÇÕES. RELATOR: CLÁUDIO CARLOS WELZEL A consulente informa que desenvolve atividade de comercialização de reboques e semirreboques de uso rodoviário, incluindo suas partes e peças, entre elas os produtos a seguir relacionados, classificados nos respetivos códigos da NCM: conexão joelho-orientá vel-tubo 730945 (7307.99.00); tiro fino 2190-lateral 2330 (8716.90.10); fixador de lona 5 mm preto 43156 (8716.90.10); reservatório de água 251 431 567 (8716.90.10); kit arco enrolar 431567 (8716.90.10); arruela côncava a6 bicromatiza 431567 (7318.21.00); parafuso sextavado-m 08 x 1,25 x 02 430945 (7318.15.00); engate rápido 3 srs 26 429268 (8716.90.10); ponteira do venturi 4 srs 26 430374 (8716.90.10) e conexão reta m 16 x 1,5 (macho) xtu (7307.92.00). Expõe que das várias mercadorias incluídas pelos Estad os no regime da substituição tributária estão as do setor de autopeças, cuja regulamentação ocorreu por meio dos Protocolos ICMS 41/2008, 49/2008 e 97/2010, tendo este último definido que nas operações interestaduais com peças, partes, componentes, acessór ios e demais produtos listados em seu anexo único cabe ao contribuinte remetente a retenção e o recolhimento do imposto. No entanto, argumenta que no anexo do referido Protocolo não há descrição específica dos produtos por ela comercializados, sendo que a única menção que poderia abrangê-los está contida em seu item 101, que foi implementada no Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto n. 1.980, de 21 de dezembro de 2007, por meio da alteração 502ª do art. 1º do Decreto n. 8.428/2010, ao acrescentar o inc. “CI” ao “caput” do art. 536-I, com a seguinte descrição: “Outras peças, partes e acessórios para veículos automotores não relacionados nos itens anteriores”. Diz ter dúvidas se o reboque e o semirreboque podem ser considerados ou não, para efeitos fiscais , peça, parte ou acessório de veículo automotor. Entende que as respostas às consultas de n. 76/2009 e n. 61/2010, foram no sentido do reconhecimento do regime de substituição tributária das operações que são realizadas pela

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ANO: 2012

PROTOCOLO: 10.954.020-0

CONSULTA Nº: 01, de 13 de janeiro de 2012.

CONSULENTE: RODOPARANÁ IMPLEMENTOS RODOVIÁRIOS LTDA.

SÚMULA: ICMS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. AUTOPEÇAS.CONDIÇÕES.

RELATOR: CLÁUDIO CARLOS WELZEL

A consulente informa que desenvolve atividade decomercialização de reboques e semirreboques de uso rodoviário,incluindo suas partes e peças, entre elas os produt os a seguirrelacionados, classificados nos respetivos códigos da NCM: conexãojoelho-orientá vel-tubo 730945 (7307.99.00); tiro fino 2190-latera l2330 (8716.90.10); fixador de lona 5 mm preto 43156 (8716.90.10);reservatório de água 251 431 567 (8716.90.10); kit arco enrolar431567 (8716.90.10); arruela côncava a6 bicromatiza 431567(7318.21.00); parafuso sextavado-m 08 x 1,25 x 02 430945(7318.15.00); engate rápido 3 srs 26 429268 (8716.9 0.10); ponteirado venturi 4 srs 26 430374 (8716.90.10) e conexão r eta m 16 x 1,5(macho) xtu (7307.92.00).

Expõe que das várias mercadorias incluídas pelos Es tad osno regime da substituição tributária estão as do se tor deautopeças, cuja regulamentação ocorreu por meio dos Protocolos ICMS41/2008, 49/2008 e 97/2010, tendo este último defin ido que nasoperações interestaduais com peças, partes, compone ntes, acessór iose demais produtos listados em seu anexo único cabe ao contribuinteremetente a retenção e o recolhimento do imposto.

No entanto, argumenta que no anexo do referido Prot ocolonão há descrição específica dos produtos por ela co mercializados,sendo que a única menção que poderia abrangê-los está contida e mseu item 101, que foi implementada no Regulamento d o ICMS, aprovadopelo Decreto n. 1.980, de 21 de dezembro de 2007, p or meio daalteração 502ª do art. 1º do Decreto n. 8.428/2010, ao acrescentaro inc. “CI” ao “caput” do art. 536-I, com a seguinte desc rição:“Outras peças, partes e acessórios para veículos au tomotores nãorelacionados nos itens anteriores”.

Diz ter dúvidas se o reboque e o semirreboque podem serconsiderados ou não, para efeitos fiscais , peça, parte ou acessóriode veículo automotor. Entende que as respostas às c onsultas de n.76/2009 e n. 61/2010, foram no sentido do reconheci mento do regimede substituição tributária das operações que são re alizadas pela

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Consulente.

A Consulente conclu i que, muito embora apenas algunsestados tenham aderido ao Protocolo ICMS 97/2010, a s vendas deautopeças efetuadas a estabelecimentos situados no Estado doParaná, cujos produtos não tenham sido objeto de re tenção doimposto por substituição tributária, deverão ter o imposto devido atal título recolhido pelo adquirente, por exemplo: quando asmercadorias forem remetidas por estabelecimento sit uado no Estadodo Rio Grande do Sul, a adquirente deverá efetuar o recolhimento doICMS por substituição tributár ia tão logo esses produtos entrem noEstado do Paraná, vez que a unidade da Federação de localização doestabelecimento remetente não é signatária do Proto colo ICMS97/2010.

Em decorrência dessa regra, afirma que a empresaadquirente de autopeças que possu a estoque de mercadoria que aindanão tenha tido o ICMS retido por substituição tribu tária deveráatentar-se para o recolhimento do imposto sobre ess es estoques.

Diante do exposto, a Consulente faz os seguintesquestionamentos:

1. Está correta a interpreta ção de que a comercializaçãodas mercadorias por ela mencionada estão sujeitas à substituiçãotributária, inclusive quanto aos procedimentos na a quisição demercadorias oriundas de outros estados não signatár ios do ProtocoloICMS 97/2010?

2. Sendo afirmati va a resposta anterior, questiona se ocálculo e o recolhimento do imposto devido por subs tituiçãotributária no ingresso da mercadoria oriunda de out ros estadosdeverá ser realizado por operação (nota fiscal de e ntrada ousaída), uma vez que não há outro procedimento que possa ser adotadopara o recolhimento global das operações por Estado .

3. Sendo afirmativa a resposta anterior, e consider ando oeventual ressarcimento do imposto, em que o contrib uintesubstituído venha promover operações interestaduais d estinadas acontribuinte cujo ICMS foi retido anteriormente, é sabido que épermitido solicitar ao Delegado Regional da Receita Estadualautorização correspondente, protocolizando requerim ento na Agênciade Rendas de seu domicílio tributário, com ressalva de que nãohavendo deliberação no prazo de 90 dias da protocol ização darecuperação do crédito, o contribuinte poderá credi tar-se de seuvalor, questiona se esse procedimento deverá ser fe ito também poroperação ou é possível a solicitação de regime espe ci al para oressarcimento do imposto de outra forma.

RESPOSTA

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Inicialmente, deve ser esclarecido que todos osProtocolos ICMS citados pela Consulente (41/2008, 4 9/2008 e97/2010, e suas respectivas alterações), dispõem so bre substituiçãotributária em oper ações interestaduais com autopeças, os quaisforam implementados no Regulamento do ICMS, aprovad o pelo Decreton. 1.980, de 21 de dezembro de 2007, no art. 536-I e seusparágrafos, vinculando, dessa forma, todos os contr ibuintes querealizarem operações so b esse regime tributário ao que estiverdeterminado nesses dispositivos, a seguir reproduzi dos:

“TÍTULO III DOS PROCEDIMENTOS ESPECIAIS

CAPÍTULO XX DA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA EM OPERAÇÕE S COMMERCADORIAS

SEÇÃO XIX DAS OPERAÇÕES COM AUTOPEÇAS

Art. 536-I . Ao estabelecimento industrial fabricante,importador ou arrematante de mercadoria importada eapreendida, que promover saída das peças, partes, c omponentes,acessórios e demais produtos a seguir relacionados,classificados nos respectivos códigos e posiç ões da NCM, deuso especificamente automotivo, assim compreendidos os que, emqualquer etapa do ciclo econômico do setor automoti vo, sejamadquiridos ou revendidos por estabelecimento de ind ústria oucomércio de veículos automotores terrestres, bem co mo deveículos, máquinas e equipamentos agrícolas ou rodo viários, oude suas peças, partes, componentes e acessórios, co m destino arevendedores situados no território paranaense, é a tribuída acondição de sujeito passivo por substituição, para efeito deretenç ão e recolhimento do ICMS relativo às operaçõessubseqüentes (Protocolo ICMS 83/08):

I - catalizadores em colméia cerâmica ou metálica p araconversão catalítica de gases de escape de veículo, NCM3815.12.10 e 3815.12.90;

II - tubos e seus acessórios (por e xemplo, juntas, cotovelos,flanges, uniões) de plásticos, NCM 3917;

III - protetores de caçamba, NCM 3918.10.00;

IV - reservatórios de óleo, NCM 3923.30.00;

V - frisos, decalques, molduras e acabamentos, NCM 3926.30.00;

VI - correias de transmissão de borr acha vulcanizada, dematérias têxteis, mesmo impregnadas, revestidas ou recobertas,de plástico, ou estratificadas com plástico ou refo rçadas commetal ou com outras matérias, NCM 4010.3 e 5910.000 0;

VII - juntas, gaxetas e outros elementos com funçã o

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semelhante de vedação, NCM 4016.93.00 e 4823.90.9;

VIII - partes de veículos automóveis, tratores e má quinasautopropulsadas, NCM 4016.10.10;

IX - tapetes e revestimentos, mesmo confeccionados, NCM4016.99.90 e 5705.00.00;

X - tecidos impregnados, revestidos, recobertos ouestratificados, com plástico, NCM 5903.90.00;

XI - mangueiras e tubos semelhantes, de matérias tê xteis,mesmo com reforço ou acessórios de outras matérias, NCM5909.00.00;

XII - encerados e toldos, NCM 6306.1;

XIII - capacetes e artefatos d e uso semelhante, de proteção,para uso em motocicletas, incluídos ciclomotores, N CM6506.10.00;

XIV - guarnições de fricção (por exemplo, placas, r olos,tiras, segmentos, discos, anéis, pastilhas), não mo ntadas,para freios, embreagens ou qualquer outro m ecanismo defricção, à base de amianto, de outras substâncias m inerais oude celulose, mesmo combinadas com têxteis ou outras matérias,NCM 6813;

XV - vidros de dimensões e formatos que permitam ap licaçãoautomotiva, NCM 7007.11.00 e 7007.21.00;

XVI - espe lhos retrovisores, NCM 7009.10.00;

XVII - lentes de faróis, lanternas e outros utensíl ios, NCM7014.00.00;

XVIII - cilindro de aço para GNV (gás natural veicu lar), NCM7311.00.00;

XIX - molas e folhas de molas, de ferro ou aço, NCM 7320;

XX - obras moldada s, de ferro fundido, ferro ou aço, NCM 7325,exceto 7325.91.00;

XXI - peso de chumbo para balanceamento de roda, NC M 7806.00;

XXII - peso para balanceamento de roda e outros ute nsílios deestanho, NCM 8007.00.90;

XXIII - fechaduras e partes de fechaduras, NCM 8301.20 e8301.60;

XXIV - chaves apresentadas isoladamente, NCM 8301.7 0;

XXV - dobradiças, guarnições, ferragens e artigos s emelhantesde metais comuns, NCM 8302.1000 e 8302.3000;

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XXVI - triângulo de segurança, NCM 8310.00;

XXVII - motores de pistão al ternativo dos tipos utilizadospara propulsão de veículos do Capítulo 87, NCM 8407 .3;

XXVIII - motores dos tipos utilizados para propulsã o deveículos automotores, NCM 8408.20;

XXIX - partes reconhecíveis como exclusiva ou princ ipalmentedestinadas aos mot ores das posições 8407 ou 8408, NCM 8409.9;

XXX - motores hidráulicos, NCM 8412.2;

XXXI - bombas para combustíveis, lubrificantes ou l íquidos dearrefecimento, próprias para motores de ignição por centelhaou por compressão, NCM 8413.30;

XXXII - bombas de vácuo, NCM 8414.10.00;

XXXIII - compressores e turbocompressores de ar, N CM8414.80.1 e 8414.80.2;

XXXIV - partes das bombas, compressores e turbocomp ressoresdos incisos XXXI, XXXII e XXXIII, NCM 8413.91.90, 8 414.90.10,8414.90.3 e 8414.90.39 (Protocol o ICMS 72/08);

XXXV - máquinas e aparelhos de ar condicionado, NCM 8415.20;

XXXVI - aparelhos para filtrar óleos minerais nos m otores deignição por centelha ou por compressão, NCM 8421.23 .00;

XXXVII - filtros a vácuo, NCM 8421.29.90;

XXXVIII - partes do s aparelhos para filtrar ou depurarlíquidos ou gases, NCM 8421.9;

XXXIX - extintores, mesmo carregados, NCM 8424.10.0 0;

XL - filtros de entrada de ar para motores de igniç ão porcentelha ou por compressão, NCM 8421.31.00;

XLI - depuradores por conversão c atalítica de gases de escape,NCM 8421.39.20;

XLII - macacos, NCM 8425.42.00;

XLIII - partes para macacos do item XLII, NCM 8431. 10.10;

XLIV - partes reconhecíveis como exclusiva ou princ ipalmentedestinadas às maquinas agrícolas ou rodoviárias, NC M 8431.4 9.2e 8433.90.90 (Protocolo ICMS 72/08);

XLV - válvulas redutoras de pressão, NCM 8481.10.00 ;

XLVI - válvulas para transmissão óleo-hidráulicas o upneumáticas, NCM 8481.2;

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XLVII - válvulas solenóides, NCM 8481.80.92;

XLVIII – rolamentos, NCM 8482;

XLIX - á rvores de transmissão (incluídas as árvores de "cam es"e virabrequins) e manivelas; mancais e "bronzes"; e ngrenagense rodas de fricção; eixos de esferas ou de roletes; redutores,multiplicadores, caixas de transmissão e variadores develocidade, incluídos os conversores de torque; volantes epolias, incluídas as polias para cadernais; embreag ens edispositivos de acoplamento, incluídas as juntas dearticulação, NCM 8483;

L - juntas metaloplásticas; jogos ou sortidos de j untas decomposições diferentes, ap resentados em bolsas, envelopes ouembalagens semelhantes; juntas de vedação mecânicas (selosmecânicos), NCM 8484;

LI - acoplamentos, embreagens, variadores de veloci dade efreios, eletromagnéticos, NCM 8505.20;

LII - acumuladores elétricos de chumbo, do tipo utilizado parao arranque dos motores de pistão, NCM 8507.10.00;

LIII - aparelhos e dispositivos elétricos de igniçã o ou dearranque para motores de ignição por centelha ou po rcompressão (por exemplo, magnetos, dínamos-magnetos , bobinasde ignição, v elas de ignição ou de aquecimento, motores dearranque); geradores (dínamos e alternadores, por e xemplo) econjuntores-disjuntores utilizados com estes motore s, NCM8511;

LIV - aparelhos elétricos de iluminação ou de sinal ização(exceto os da posição 8539) , limpadores de pára-brisas,degeladores e desembaçadores (desembaciadores) elét ricos, NCM8512.20, 8512.40 e 8512.90;

LV - telefones móveis, NCM 8517.12.13;

LVI - alto-falantes, amplificadores elétricos deaudiofreqüência e partes, NCM 8518;

LVII - apare lhos de reprodução de som, NCM 8519.81;

LVIII - aparelhos transmissores (emissores) de radi otelefoniaou radiotelegrafia (rádio receptor/transmissor), NC M 8525.50.1e 8525.60.10;

LIX - aparelhos receptores de radiodifusão que só f uncionamcom fonte externa de energia, NCM 8527.2;

LX - antenas, NCM 8529.10.90;

LXI - circuitos impressos, NCM 8534.00.00;

LXII - selecionadores e interruptores não automátic os, NCM

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8535.30.11;

LXIII - fusíveis e corta-circuitos de fusíveis, NCM8536.10.00;

LXIV - disjuntores, NC M 8536.20.00;

LXV - relés, NCM 8536.4;

LXVI - partes reconhecíveis como exclusivas ou prin cipalmentedestinadas aos aparelhos dos incisos LXII, LXIII, L XIV, LXV,NCM 8538;

LXVII - interruptores, seccionadores e comutadores, NCM8536.50.90;

LXVIII - faróis e projetores, em unidades seladas, NCM8539.10;

LXIX - lâmpadas e tubos de incandescência, exceto d e raiosultravioleta ou infravermelhos, NCM 8539.2;

LXX - cabos coaxiais e outros condutores elétricos coaxiais,NCM 8544.20.00;

LXXI - jogos de fios para ve las de ignição e outros jogos defios, NCM 8544.30.00;

LXXII - carroçarias para os veículos automóveis das posições8701 a 8705, incluídas as cabinas, NCM 8707;

LXXIII - partes e acessórios dos veículos automóvei s dasposições 8701 a 8705, NCM 8708;

LXXIV - parte e acessórios de motocicletas (incluídos osciclomotores), NCM 8714.1;

LXXV - engates para reboques e semirreboques, NCM 8 716.9090;

LXXVI - medidores de nível; medidores de vazão, NC M 9026.10;

LXXVII - aparelhos para medida ou controle da pres são, NCM9026.20;

LXXVIII - contadores, indicadores de velocidade e t acômetros,suas partes e acessórios, NCM 9029;

LXXIX - amperímetros, NCM 9030.33.21;

LXXX - aparelhos digitais, de uso em veículos autom óveis, paramedida e indicação de múltiplas grandezas t ais como:velocidade média, consumos instantâneo e médio e au tonomia(computador de bordo), NCM 9031.80.40;

LXXXI - controladores eletrônicos, NCM 9032.89.2;

LXXXII - relógios para painéis de instrumentos e re lógiossemelhantes, NCM 9104.00.00;

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LXXXIII - a ssentos e partes de assentos, NCM 9401.20.00 e9401.90.90;

LXXXIV - acendedores, NCM 9613.80.00.

(Ver art. 3º, do Decreto 4.282/2009, relativamente aosestoques existentes e inventariados em 28.02.2009 d os produtosacrescentados pelo art. 1º, alteração 208 ª do mesmo decreto.)

LXXXV - tubos de borracha vulcanizada não endurecid a, mesmoprovidas de seus acessórios, NCM 4009;

LXXXVI - juntas de vedação de cortiça natural e de amianto,NCM 4504.9000 e 6812.9910;

LXXXVII - papel-diagrama para tacógrafo, em disco , NCM4823.4000;

LXXXVIII - fitas, tiras, adesivos, autocolantes, de plástico,refletores, mesmo em rolos; placas metálicas com pe lícula deplástico refletora, próprias para colocação em carr ocerias,parachoques de veículos de carga, motocicletas, cic lomot ores,capacetes, bonés de agentes de trânsito e de condut ores deveículos, atuando como dispositivos refletivos de s egurançarodoviários, NCM 3919.1000, 3919.9000 e 8708.2999;

LXXXIX - cilindros pneumáticos, NCM 8412.3110;

XC - bomba elétrica de lavador de parabrisa, NCM 8413.1900,8413.5090 e 8413.8100;

XCI - bomba de assistência de direção hidráulica, N CM8413.6019 e 8413.7010;

XCII - motoventiladores, NCM 8414.5910 e 8414.5990;

XCIII - filtros de pólen do ar condicionado, NCM 84 21.3990;

XCIV - “máquina” de vidro elétrico de porta, NCM 8501.1019;

XCV - motor de limpador de parabrisa, NCM 8501.3110

XCVI - bobinas de reatância e de autoindução, NCM 8 504.5000;

XCVII - baterias de chumbo e de níquel-cádmio, NCM 8507.20 e8507.30;

XCVIII - aparelhos de sinaliza ção acústica (buzina), NCM8512.3000;

XCIX - instrumentos para regulação de grandezas não elétricas,NCM 9032.89.8 e 9032.89.9;

C - analisadores de gases ou de fumaças (sonda lamb da), NCM9027.1000.

Acrescentados os incisos LXXXV a C ao “caput” do ar t. 53 6-I,

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pelo art. 1º, alteração 208ª, do Decreto n. 4.282, de18.02.2009, surtindo efeitos a partir de 1º.03.2009 .

CI - outras peças, partes e acessórios para veículo sautomotores não relacionados nos itens anteriores ( ProtocoloICMS 97/10).

(Ver artigo 3º d o Decreto 8.428 de 28.09.2010. Tratamentosobre os estoques existentes e inventariados em 31. 09.2010)

Acrescentado o inciso CI pela alteração 502ª, art. 1º, doDecreto n. 8.428 de 28.09.2010, surtindo efeitos a partir de1º.10.2010.

CII - perfilados de bor racha vulcanizada não endurecida, NCM4008.11.00

CIII - catálogos contendo informações relativas a v eículos,NCM 4911.10.10;

CIV - artefatos de pasta de fibra para uso automoti vo, NCM5601.22.19;

CV - tapetes/carpetes - naylon, NCM 5703.20.00;

CVI - tapete s mat. têxteis sintéticas, NCM 5703.30.00;

CVII - forração interior capacete, NCM 5911.90.00;

CVIII - outros para-brisas, NCM 6903.90.99;

CIX - moldura com espelho, NCM 7007.29.00;

CX - corrente de transmissão, NCM 7314.50.00;

CXI - corrente transmissão, N CM 7315.11.00;

CXII - condensador tubular metálico, NCM 8418.99.00 ;

CXIII - trocadores de calor, NCM 8419.50;

CXIV - partes de aparelhos mecânicos de pulverizar oudispersar, NCM 8424.90.90;

CXV - macacos hidráulicos para veículos, NCM 8425.4 9.10;

CXVI - c açambas, pás, ganchos e tenazes para máquinasrodoviárias, NCM 8431.41.00;

CXVII - geradores de corrente alternada potência nã o superiora 75 kva, NCM 8501.61.00;

CXVIII - aparelhos elétricos para alarme de uso aut omotivo,NCM 8531.10.90;

CXIX - bússolas, NCM 9014.10.00;

CXX - indicadores de temperatura, NCM 9025.19.90;

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CXXI - partes de indicadores de temperatura, NCM 90 25.90.10;

CXXII - partes de aparelhos de medida ou controle, NCM9026.90;

CXXIII - termostatos, NCM 9032.10.10;

CXXIV - instrumentos e apar elhos para regulação, NCM9032.10.90;

CXXV - pressostatos, NCM 9032.20.00.

§ 1º A responsabilidade pela retenção e recolhiment o doimposto fica também atribuída, inclusive em relação aodiferencial de alíquotas, a qualquer estabeleciment o remetentelocaliz ado nos Estados do Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas,Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso , MinasGerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Ja neiro, RioGrande do Norte, Rio Grande do Sul, Roraima, Santa Catarina,São Paulo, Sergipe e To cantins e no Distrito Federal(Protocolos ICMS 41/08, 49/08, 119/08, 17/09 , 11 6/09 ,97/10 , 5/2011 e 46/11).

§ 2º O disposto neste artigo não se aplica às rem essas demercadoria com destino a:

a) estabelecimento industrial fabricante;

b) outro estab elecimento do mesmo titular, desde que nãovarejista.

§ 3º O disposto neste artigo se aplica, também, aos produtosrelacionados no “caput”, quando destinados à aplica ção narenovação, no recondicionamento ou no beneficiament o de peças,partes ou equipament os.

§ 4º Para os efeitos desta Seção, equipara-se aestabelecimento de fabricante o estabelecimento ata cadista depeças controlado por fabricante de veículo automoto r, queopere exclusivamente junto aos concessionários inte grantes darede de distribuição do referido fabricante, mediante contratode fidelidade.

§ 5º O disposto neste artigo não se aplica aos Est ados doAmazonas, Espírito Santo, Minas Gerais, Pará, Rio d e Janeiro,Rio Grande do Sul e São Paulo e ao Distrito Federal , no que serefere aos prod utos relacionados nos incisos LXVII e CI(Protocolos ICMS 97/10 e 5/2011 ).” (Grifou-se).

O “caput” do artigo 536-I e o seu § 1º especificam aquais estabelecimentos é atribuída a condição de su jeito passivopor substituição tributária em relação às opera ções de saída dasautopeças relacionadas nos incisos I a CXXV desse a rtigo, de usoespecificamente automotivo, quando destinadas a rev endedores

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situados no território paranaense.

Dessa forma, o fabricante, o importador ou arremata nteparanaense de mercador ia importada e apreendida, bem como qualquerestabelecimento remetente desses produtos situado n os Estadosrelacionados em seu § 1º, observada a exceção prev ista no § 5º domesmo artigo, são responsáveis pela retenção e reco lhimento doimposto a este Esta do relativo à substituição tributária.

A obrigação desse regime tributário, no entanto, nã o seaplica aos demais contribuintes remetentes de autop eças localizadosnos Estados com os quais o Paraná não tenha celebra do protocolo ouconvênio com esse objetiv o, como ocorre, por exemplo, com osEstados do Amazonas, Espírito Santo, Minas Gerais, Pará, Rio deJaneiro, Rio Grande do Sul e São Paulo no que se re fere aosprodutos relacionados nos incisos LXVII e CI do art . 536-I,conforme dispõe o § 5º deste artigo , situação em que oestabelecimento adquirente desses produtos, de uso especificamenteautomotivo, sujeitos à substituição tributária no P araná, deveráefetuar o recolhimento do imposto por ocasião da en trada destes noterritório paranaense, conforme deter minação do art. 478 do RICMS,a seguir transcrito:

“Art. 478. Fica atribuída a responsabilidade pelo r ecolhimentodo ICMS devido por substituição tributária, por oca sião daentrada da mercadoria no território paranaense, obs ervado odisposto na alínea “a” do inciso X do art. 65, ao contribuinteque receber mercadoria sujeita ao regime de substit uiçãotributária, sem retenção do imposto, de remetente q ue não sejaou tenha deixado de ser eleito substituto, devendo adotar osseguintes procedimentos:

I - calcul ar o imposto devido por substituição tributária,mediante a aplicação da alíquota vigente para as op eraçõesinternas sobre a base de cálculo própria para a sub stituiçãotributária, deduzindo-se do valor resultante o mont ante doimposto pago na operação e p restação de entradacorrespondente;

II - lançar a nota fiscal do fornecedor e o docume nto fiscalrelativo ao respectivo serviço de transporte, se fo r o caso,com a observância do disposto no inciso I do art. 4 71;

III - nas operações subseqüentes emitir no tas fiscais comobservância do inciso II e §1º do art. 471, confor me o caso.

§1º Para fins do cálculo de que trata o inciso I, q uando ovalor de partida para a formação da base de cálculo for opreço praticado pelo substituto, adotar-se-á, como tal, oval or constante do documento fiscal de entrada.

§ 2º Na hipótese da alínea "d" do inciso VIII do ar t. 489, oadquirente adotará a base de cálculo prevista no ar t. 490-D,

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sobre a qual incidirá a alíquota aplicada às operaç õesinternas.

§ 3º Sem prejuízo da res ponsabilidade atribuída aodestinatário da mercadoria, contribuinte paranaense , orecolhimento do imposto de que trata o “caput” dest e artigopoderá ser realizado pelo remetente, localizado em outraunidade federada, mediante autorização nos termos e condi çõesestabelecidos em regime especial.

§ 4º Nas operações interestaduais promovidas por em presaenquadrada no Simples Nacional, em que o adquirente damercadoria, enquadrado ou não no Simples Nacional, seja oresponsável pelo recolhimento do imposto devido porsubstituição tributária, na determinação da base de cálculoserá adotado o percentual de MVA estabelecido para asoperações internas (Convênio ICMS 35/2011).”

Em relação aos produtos informados pela Consulente,observa-se que seus códigos na NCM não estão indicados nos incisosdo art. 536-I, restando, assim, a possibilidade de seusenquadramentos no inciso CI desse artigo, como “out ras peças,partes, e acessórios para veículos automotores não relacionados nositens anteriores”, redação trazida do Prot ocolo ICMS 97/2010.

Contudo, para incluí-los nesse inciso como sujeitos àsubstituição tributária, de uso especificamente au tomotivo, damesma forma como ocorre para os demais produtos lis tados no art.536-I, esses devem ser fabricados com a finalidade de aplicação emveículos automotores ou em veículos, máquinas e equ ipamentosagrícolas e rodoviários, independentemente da desti nação a ser dadaa elas por seu adquirente final. Nesse sentido, rep roduz-se excertoda Consulta n. 54/2009:

“Em casos análogos, o Setor Consultivo manifestou-se nosentido de que para ocorrer a substituição tributár ia nasoperações com peças, partes, componentes e acessóri os, de usoespecificamente automotivo, estes produtos devem se rfabricados para aplicação em veículos automotore s ou emveículos, máquinas e equipamentos agrícolas e rodov iários.

Portanto, o que caracteriza a mercadoria como de “u soespecificamente automotivo” é a finalidade para qua l ela foifabricada, sendo irrelevante para esse fim o efetiv o destinodado à merca doria pelo consumidor. Consulta n. 04/09. No mesmosentido as Consultas n. 125/08 e 127/08.”

Cabe salientar que a responsabilidade pela classifi caçãodo produto segundo o código da NCM e a informação sobre a suafinalidade é do fabricante ou do importad or.

Feitas essas considerações, responde-se aosquestionamentos apresentados pela Consulente:

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Questões 1 e 2. As mercadorias relacionadas pelaConsulente, por não estarem incluídas nos demais in cisos do art.536-I, estarão sujeitas à substituição tributári a, comenquadramento em seu inciso CI, somente caracteriza rem-se comoautopeças e se sua fabricação se destinar ao uso es pecificamenteautomotivo, sendo irrelevante para esse fim a dest inação a serdada a elas pelo consumidor final, que, nessa condi ção, s e foremadquiridas de estabelecimentos remetentes situados em unidades daFederação com os quais o Paraná não tenha celebrado protocolo ouconvênio para esse regime tributário, deverá o impo sto serrecolhido quando da entrada neste território pelo c ontribu inteadquirente, por operação, conforme determinação do art. 478 doRICMS, podendo a Consulente, no entanto, com previs ão no § 3º desseartigo, pleitear regime especial para que esse seja realizado peloestabelecimento remetente dos produtos, nos termos e condições neleestabelecidos.

No que se refere à dúvida apontada pela Consulente, se oreboque e o semirreboque podem ser considerados peç a, parte ouacessório de veículo automotor, informa-se que o Se tor Consultivojá manisfestou entendimento no sentido d e que estes são definidoscomo veículos, conforme Consulta n. 76/2009, mencio nada pelaConsulente em seu pedido:

“CONSULTA Nº: 76, de 22 de setembro de 2009

Os produtos reboque e semirreboque estão classifica dos noCapítulo 87 - posição 8716 da Nomencl atura Comum do Mercosul,que compreende os veículos automóveis, tratores, ci clos eoutros veículos terrestres, suas partes e acessório s. Pode-se,assim, concluir que o reboque e o semirreboque são veículos,porém não autopropulsados.

Reproduz-se do Código de Trânsito Brasileiro, instituído pelaLei n. 9.503/1997, o art. 4º e excertos do Anexo I, queconceitua reboque e semirreboque:

Art. 4º Os conceitos e definições estabelecidos par a osefeitos deste Código são os constantes do Anexo I.

ANEXO I

DOS CONCEITOS E DEFINIÇÕES

REBOQUE - veículo destinado a ser engatado atrás de um veículoautomotor.

semirreboque - veículo de um ou mais eixos que se a póia na suaunidade tratora ou é a ela ligado por meio de artic ulação.

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Também na Consulta n. 064/2008 o Setor Consu ltivomanifestou-se de que não obstante os veículos possa m serconsiderados espécies do gênero máquinas ou equipam entos nãosão a mesma coisa. Tais espécies são tratadas de fo rmadiferenciada na legislação paranaense:

Não obstante os veículos possam ser co nsiderados espécies dogênero máquinas ou equipamentos não são a mesma coi sa, nem doponto de vista legal e nem do ponto de vista semânt ico dotermo.

O ordenamento jurídico (Regulamento do ICMS-PR, Reg ulamento doIPI, Lei Estadual do ICMS) trata de forma d iferenciada oveículo, as máquinas e os equipamentos, inclusive aclassificação NBM/SH é diferente. O veículo tem umaclassificação própria. Diferente das máquinas e equ ipamentos,que também diferem entre si.

O Regulamento do ICMS do Estado do Paraná, apro vado peloDecreto n. 1.980/2007, trata de forma distinta, em diversosdispositivos legais, os veículos, as máquinas e osequipamentos. De igual forma o anterior, aprovado p elo Decreto5.141/2001.”

Em vista disso, o reboque e o semirreboque não estã osujeit os à substituição tributária (Precedente Consulta n .110/2009). Porém, as peças, componentes, acessórios e partes nelesempregadas, como por exemplo a classificada no códi go da NCM8716.90.10 - “Chassis de reboques e semirreboques” (para a qual aConsulent e equivocadamente dá outras descrições que nãocorrespondem a chassis), estarão sujeitas a esse re gime tributário.

3. Os procedimentos relativos ao ressarcimento do i mpostoem que o contribuinte substituído tenha promovido o peraçõesinterestaduais destinad as a contribuinte, com mercadorias cujo ICMSfoi retido anteriormente, estão previstos nos artig os 472 a 474 doRICMS, que deverá ser feito por operação, podendo s er autorizado oressarcimento de forma simplificada por meio de reg ime especial,desde que a Consulente tenha promovido nos últimos seis meses, nomínimo, um terço de operações interestaduais, segun do previsão do §5º artigo 472 do referido regulamento.

Por derradeiro, frisa-se que, a partir da ciência d esta,terá a Consulente, em observância ao a rtigo 659 do Regulamento doICMS, o prazo de quinze dias para adequar os seus p rocedimentoseventualmente já realizados em conformidade com o q ue foi aquiesclarecido, no caso de que os tenha praticado dive rsamente.

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PROTOCOLO: 10.432.469-0

CONSULTA Nº: 02, de 18 de janeiro de 2012.

CONSULENTE: SOL E GELO COMÉRCIO DE GELO LTDA.

SÚMULA: ICMS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. OPERAÇÕES COM GELOCOMUM.

RELATOR: VALÉRIO PASSOLD

A consulente, empresa cadastrada no Simples Naciona l naatividade de fabricação de gelo comum (1099-6/04) e comérciovarejista de gelo (CNAE 4729-6/99), investida na co ndição desujeito passivo por substituição tributária nas ope rações querealiza, tendo d úvidas acerca dos artigos 469 e 481 do RICMSaprovado pelo Decreto nº 1.980/2007 (RICMS/2008), i ndaga oseguinte:

a) a alíquota do ICMS para as operações internas pa ra oproduto gelo é de 18%?

b) a base de cálculo para a substituição tributária doproduto gelo está correta de acordo com o esboço apresentad o?

c) o preenchimento da nota fiscal para o cálculo doimposto por substituição tributária, conforme model o apresentado,está correto?

d) caso a empresa tenha recolhido de forma equivoca davalores a maior do ICMS por substituição tributária terá direito arestituição e/ou compensação?

RESPOSTA

Preliminarmente, transcreve-se excertos do RICMS/20 08:

“Art. 14. As alíquotas internas são, conforme o cas o e deacordo com a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) o u aNomenclatura Brasileira de Mercadorias - Sistema Ha rmonizado(NBM/SH), assim distribuídas (art. 14 da Lei n. 11. 580/1996,com redação dada pela Lei n. 16.016/2008):

[...]

VI - alíquota de dezoito por cento (18%) nas operaç ões com osdemais bens e merca dorias.”

“Art. 65. O ICMS deverá ser pago nas seguintes form as e prazos

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(art. 36 da Lei n. 11.580/96):

[...]

X - na substituição tributária, em relação a operaç õessubseqüentes:

f) até o dia nove do mês subsequente ao das saídas:

1. nas operações com água mineral ou potável, gelo,refrigerante e cerveja, inclusive chope (Protocolos ICMS 11/91e 86/07);”

“Art. 469. O imposto a ser retido e recolhido porsubstituição tributária, em relação às operações su bseqüentes,será calculado mediante a aplicação da alí quota vigente paraas operações internas sobre a respectiva base de cá lculoprevista neste Regulamento, deduzindo-se, do valor obtido, oimposto devido pela operação própria do substituto (art. 11, §4º, Lei n. 11.580/96).

[...]

§ 4º Nas operações com merc adorias sujeitas ao regime dasubstituição tributária, a empresa enquadrada no Si mplesNacional, investida na condição de sujeito passivo porsubstituição, deverá observar o seguinte: (Ver arti go 2º, doDecreto n. 2701, de 30.05.2008) e (Veja também o ar t. 2º doDecreto n. 4.248, de 11.02.2009).

I - calcular e recolher o imposto relativo à operaç ão própriasegundo as regras previstas no Anexo VIII;

II - calcular, reter e recolher o imposto devido po rsubstituição tributária, em relação às operações su bseque ntes,mediante a aplicação da alíquota vigente para as op eraçõesinternas sobre a respectiva base de cálculo previst a nesteRegulamento, deduzindo-se, do valor obtido, o valor resultanteda aplicação da alíquota interna ou interestadual s obre ovalor da op eração própria do substituto tributário (ResoluçõesCGSN n. 51/08 e n. 61/09).”

“Art. 480. Ao estabelecimento industrial, importado r ouarrematante de mercadoria importada e apreendida, o uengarrafador de água, que promover saída de água mi neral oupotável , gelo, refrigerante e cerveja, inclusive chope,classificados nas posições 2201 a 2203 da NBM/SH, com destinoa revendedores situados no território paranaense, é atribuídaa condição de sujeito passivo por substituição, par a efeito deretenção e recolhim ento do ICMS relativo às operaçõessubseqüentes (art. 18, IV, da Lei n. 11.580/96; Pro tocolosICMS 11/91, 16/91, 31/91, 58/91, 09/05 e 86/07).

[...]

§ 2º A responsabilidade pela retenção e recolhiment o do

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imposto fica também atribuída aos estabelecimentos localizadosnos Estados do Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahi a, Ceará,Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso doSul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí , Rio deJaneiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Ro ndônia,Ror aima, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantin s e noDistrito Federal, inclusive distribuidor, depósito ouatacadista (Protocolos ICMS 11/91, 59/91, 34/92, 09 /95, 04/96,29/96, 07/97, 19/97, 04/98, 06/99, 30/99, 02/00, 10 /00, 38/01,34/03, 05/04 e 08/ 04).

[...]

§ 4º O disposto no § 2º não se aplica:

a) aos estabelecimentos localizados no Estado de Se rgipe, nasoperações com gelo (Protocolo ICMS 31/06);

b) aos estabelecimentos localizados no Estado de Mi nas Gerais,nas operações com gelo e água mineral (Protocolos ICMS 38/01 e86/07).”

“Art. 481. A base de cálculo para a retenção do imp osto será opreço máximo de venda a varejo, fixado pela autorid adecompetente ou, na sua inexistência, o preço a consu midor finalusualmente praticado, apurado segundo as regras estabelecidasno §3º do art. 11 deste Regulamento e divulgado em atoexpedido pelo Diretor da Coordenação da Receita do Estado (§§1º e 3º do art. 11 da Lei nº 11.580/96).

Parágrafo único. Na impossibilidade da aplicação da s hipótesesde que trata o "caput", a base de cálculo será o preçopraticado pelo contribuinte eleito como substituto tributário,incluídos o IPI, o frete ou carreto até o estabelec imentovarejista e demais despesas debitadas ao destinatár io,adicionado da parcela resultante da apl icação dos seguintespercentuais (Protocolo ICMS 11/91):

[...]

d) 140% nos demais casos.”

“ANEXO VIII – DAS EMPRESAS OPTANTES PELO SIMPLES NA CIONAL

Art. 5º Independentemente das obrigações relativas ao RegimeSimples Nacional, o recolhimento do ICMS devido , na qualidadede contribuinte ou responsável, deverá ser efetuado peloestabelecimento, nas seguintes hipóteses (inciso XI II do § 1ºdo art. 13 da Lei Complementar n. 123/06):

I - nas operações ou prestações sujeitas ao regime dasubstituição tributária;

Art. 6° O recolhimento do imposto nas situações pre vistas noart. 5º, deverá ser efetuado: ( Decreto n. 1.190/07 )

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[...]

III - nas operações ou prestações sujeitas ao regim e dasubstituição tributária, nos prazos e forma previst os noinciso X do art. 65 e n o Capítulo XXI do Título III desteRegulamento.”.

Da análise sistemática da legislação transcrita,verifica-se que a alíquota aplicável, por exclusão, é de 18%, nostermos do inc. VI do art. 14 da Lei nº 11.580/96 (i nc. VI do art.14 do RICMS/2008).

A base de cálculo do ICMS por substituição tributária,segundo o art. 481 do RICMS/2008, será, por ordem d e aplicação:

a) o preço máximo de venda a varejo, fixado pelaautoridade competente;

b) na inexistência do preço máximo de venda, o preç o aconsumidor final usualmente praticado, apurado segundo as regrasestabelecidas no § 3º do art. 11 do RICMS/2008 e di vulgado em atoexpedido pelo Diretor da Coordenação da Receita do Estado (§§ 1º e3º do art. 11 da Lei nº 11.580/96);

c) se inaplicáveis as hipóteses acima descritas, a basede cálculo será o preço praticado pelo contribuinte eleito comosubstituto tributário, incluídos o IPI, o frete ou carreto até oestabelecimento varejista e demais despesas debitad as aodestinatário, adicionado da Margem de Valor Agregad o (MVA) de 140%.

Considerando que não há preço máximo fixado de vend a avarejo e nem apuração do preço usual a consumidor, aplica-se aocaso em análise o preço praticado pelo contribuinte , somando-se oIPI, o frete e demais despesas debitadas ao destina tári o,adicionados da MVA de 140%. A título de exemplo, o cálculo é oseguinte:

BC ICMS_ST = {(preço praticado + frete + outras des pesas)x [1+ (MVA/100)]}.

Quanto ao cálculo do ICMS da operação própria e porsubstituição tributária para o produto gelo, tendo em vista que aconsulente é empresa enquadrada no Simples Nacional , aplica-se odisposto no § 4º do art. 469 do RICMS/2008, devendo ser observado oseguinte:

a) calcular e recolher o imposto devido na operaçãoprópria, segundo as regras previstas no Anexo VIII do RICMS/2008.

b) calcular e reter o imposto devido por substituiç ãotributária, em relação às operações subsequentes, c onforme aseguir:

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b1) aplicar a alíquota vigente para as operações in ternassobre a base de cálculo da substituição tributária;

b2) do valor obtido, deduzir o valor resultante daaplicação da alíquota interna ou interestadual sobr e o valor daoperação própria do substituto tributário: ICMS/ST: (BC ICMS_ST xalíquota interna ou interestadual) – ICMS Op. Própr ia;

c) forma e prazo de rec olhimento: recolher o ICMS daSubstituição Tributária até o dia nove do mês subse quente ao dassaídas.

O preenchimento do documento fiscal, conforme model oapresentado pela consulente, está incorreto, devend o ser obedecidaa sistemática apresentada acima.

Regra geral, aplica-se a restituição ao imposto pag oindevidamente ou a maior que o devido, atendidas as disposições dosartigos 30 e 31 da Lei nº 11.580/96.

Ressalta-se, ainda, que as orientações aqui prestad as sãoespecíficas para a situação informada pe la consulente, nãoadmitindo extensões e ilações acerca de aspectos nã o abordados.

Por derradeiro, frisa-se que, nos termos do art. 65 9 doRICMS, a partir da data da ciência da resposta, a c onsulente terá,observado o disposto no § 1º do art. 654 do RICMS e independente dequalquer interpelação ou notificação fiscal, o praz o de até quinzedias para adequar os procedimentos já realizados ao que tiver sidoesclarecido.

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PROTOCOLO: 11.210.397-0

CONSULTA Nº: 03, de 18 de janeiro de 2012.

CONSULENTE: FG FARMA GOIÁS DISTRIBUIDORA DE MEDICAMENTOS LTDA.

SÚMULA: ICMS. OPERAÇÕES INTERESTADUAIS COM CONSUMIDORESFINAIS NÃO CONTRIBUINTES. TRATAMENTO TRIBUTÁRIO.

RELATOR: VALÉRIO PASSOLD

A consulente, distribuidora de medicamentos localiz ada emAparecida de Goiânia – Goiás, pretende constituir e stabelecimentofilial no Paraná, que terá por objeto a distribuiç ão demedicamentos das posições NCM/SH 3002, 3003 e 3004, estritamentepara hospi tais, clínicas e órgãos públicos, os quais consider aserem consumidores finais não contribuintes do ICMS .

Informa que não vende seus produtos para farmácias e queuma pequena parte deles constitui-se de medicamento squimioterápicos utilizados no tratamento de câncer.

Tendo o Estado do Paraná implementado o Convênio IC MS34/96, mediante o item 82 do Anexo I do RICMS, que prevê a isençãodo ICMS nas saídas em operações internas de medicam entosquimioterápicos usados no tratamento de câncer, ind aga, dado ocon ceito de operação interna previsto art. 155, § 2º, inciso VII,alínea “b”, da Constituição Federal, se está corret o o seuentendimento de que a referida isenção também abran ge as saídasdestinadas a consumidores finais não contribuintes do ICMSlocalizados em outros estados, quais sejam, hospitais, clínica s eórgãos públicos.

RESPOSTA

Preliminarmente, transcreve-se excertos de artigos doRegulamento do ICMS aprovado pelo Decreto nº 1.980, de 21.12.2007,que dizem respeito ao assunto em análise:

“ANEXO I - ISENÇÕES

(a que se refere o parágrafo único do artigo 4º des teRegulamento)

ITEM DISCRIMINAÇÃO

82 Saídas, em operações internas de MEDICAMENTOSQUIMIOTERÁPICOS usados no tratamento de câncer (Con vênio ICMS34/96).

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Nota: não se e xigirá a anulação do crédito fiscal nas saídas aque se refere este item.

Acrescentada Nota ao item 82 do Anexo I, pelo art. 1º,alteração 632ª, do Decreto n. 1.478, de 20.05.2011, surtindoefeitos a partir de 20.05.2011.”.

Trata-se, segundo a classificaçã o de Hugo de BritoMachado¹(1) , quanto aos elementos a que se relaciona, de isenç ãoobjetiva, vez que o dispositivo legal apenas es tabelece exigênciasem função do ato, fato, negócio ou coisa, da mercad oria, suaqualidade ou destinação.(2)

O dispositivo não impõ e condições quanto aos aspectospessoais relacionados ao destinatário. Nenhuma exig ência há emrelação ao destinatário (aspecto subjetivo), podend o esse sercontribuinte ou não contribuinte do imposto.

Assim, quanto ao caráter objetivo, para que a isenç ãopossa ser outorgada é necessário que a operação sej a interna e queo medicamento seja um quimioterápico usado no trata mento de câncer.Essas são as únicas exigências.

Não se pode confundir operação interna com alíquotainterna. A alínea “b” do inc. VII do parágrafo 2º do inciso II doart. 155 da CF/1988, ao estabelecer a alíquota inte rna paradestinatário consumidor final não contribuinte do i mpostolocalizado em outro estado, estabeleceu regra espec ífica aplicávelapenas àquela hipótese.

Registre-se, confo rme prevê o inc. II do art. artigo 111do CTN, que se deve interpretar literalmente a legi slaçãotributária que disponha sobre a outorga de isenções , haja vista queas normas reguladoras que envolvam benefícios fisca is relacionadasa essas matérias não com portam interpretação ampliativa nemintegração por equidade.

Do exposto, conclui-se que as operações interestadu aisdestinadas a consumidores finais, tais como hospita is, clínicas eórgãos públicos, não são consideradas, para efeito de tratamentotributári o, como se operações internas fossem, razão pela qu al nãose lhes aplica a isenção prevista no item 82 do Ane xo I do RICMS.

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PROTOCOLOS: 10.841.194-5 e 10.953.274-6

CONSULTA Nº: 04, de 24 de janeiro de 2012.

CONSULENTE: CROSS FILTER BRASIL LTDA.

SÚMULA: ICMS. IMPORTAÇÃO POR VIA RODOVIÁRIA. CRÉDITOPRESUMIDO.

RELATORA: ELIZETE CRISPIM CARVALHO DIAS

A Consulente, que atua no ramo de comércio atacadis ta deprodutos de extração mineral, exceto combustíveis, informa queimporta os produtos carvão ativado, NCM 3802.10.00, e celites(diatomitas) de diversos tipos, NCM 2512.00.00, NCM 3802.90.10,descrevend o a composição de cada qual desses, segundo os proc essosde beneficiamento (industrialização) pelos quais pa ssam, sendo que,em relação às diatomitas, o primeiro código se refe re apenas aos“calcinados” e o segundo aos “fluxo-calcinados”.

Esclarece a cons ulente que:

1. com relação ao carvão ativado, NCM 3802.10.00, e ssepode ter origem mineral ou vegetal, sendo que no Br asil não sebeneficia o carvão mineral;

1.1. o carvão em sua forma primária, como encontrad o najazida, não poderia ser utilizado como pro duto para tratamento deágua, absorvente em compostos orgânicos na indústri a química, narecuperação de gases industriais, enfim, em inúmera s outrasatividades, por isso necessita passar por um tratam entotérmico/químico que modifica totalmente a sua estru tura e o seuaspecto físico/granulométrico, criando poros micros cópicos no seuinterior, impossíveis de serem encontrados no minér io in natura;

1.2. para a ativação do carvão, é submetido abeneficiamento para retirar a contaminação: passa, primeiramente,por um forno de aproximadamente 400ºC para retirar umidade; poroutro forno a 950ºC, no qual se adicionam agentes q uímicos paraeliminar os contaminantes do interior dos poros do carvão; éenviado por ciclones para classificação granulométr ica e separadopor distintos tamanhos; por fim, ensacado;

2. no que se refere aos celites (marca registrada d adiatomita da Celite do México), informa a consulent e que:

2.1. passam por processo de calcinação, que é reali zadosubmetendo-se o minério in natura a um forno c om temperatura acimade 1.000º C, para eliminação de umidade, matéria or gânica e turfa;após, passa por um processo de separação granulomét rica pararetirar a areia que não se consegue eliminar na cal cinação e, por

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fim, pelo processo de resfriamento e emba lagem;

2.2. o celite filter cel passa por um processo de s eleçãoao sair da jazida, porque vem com contaminação de a rgila, que nãopode ficar incorporada à diatomita; passa por três etapas demoagem, por um forno de secagem, por um moinho e, f inalmente, éclassificado por um sistema pneumático para obtençã o degranulometria uniforme, para após ser ensacado;

2.3. em relação aos celites fluxo-calcinados e com NCM3802.90.10, antes de passarem pela calcinação, mist ura-se com amatéria-prima um agente fundente que faz surgir partículas maioresque se soldam entre si, deixando o produto mais per meável parautilização em filtrações e outros processos industr iais. Após,sujeita-se à calcinação para eliminação de umidade e matériaorgânica e, em seguida, passam por um processo de separaçãogranulométrica para retirar a areia que não se elim inou nacalcinação, pelo resfriamento e se encaminha para e mbalagem.

Por serem os produtos importados já na formaindustrializada, questiona se tem direito ao diferi mento e aocréd ito presumido de que trata o art. 631, por não se e nquadraremno art. 634, inciso II, ambos do Regulamento do ICM S.

RESPOSTA

Assim determinam os artigos 631, 634 e 635 do Regul amentodo ICMS aprovado pelo Decreto n. 1.980, de 21 de de zembro de 2007(com redação modificada pelo art. 1º, Alteração 705ª, do Decreto n.2.078, de 20 de julho de 2011, que surtiu efeitos a partir de 1º desetembro de 2011), e a Resolução SEFA n. 088/2009:

“ CAPÍTULO XLIII

DAS IMPORTAÇÕES PELOS PORTOS DE PARANAGUÁ E ANTONINA EAEROPORTOS PARANAENSES

(Ver Resolução SEFA n.º 088/2009)

Art. 631. Aos estabelecimentos comerciais e não industriaiscontribuintes do imposto , que realizarem a importação de benspara integrar o ativo permanente, ou de mercadorias , por meiodos Portos de Paranaguá e de Antonina e de aeroportosparanaenses, fica concedido crédito presumido correspondente acinquenta por cento do valor do imposto devido, até o limitede seis por cento sobre o valor da base de cálculo da operaçãode importação, e que resulte em carga tributária mínima deseis por cento.

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§ 1º O imposto devido deverá ser pago por ocasião d odesembaraço aduaneiro, em moeda corrente, sendo ved ada autilização de quaisquer outras formas de compensaçã o ouliquidação.

§ 2º O crédito presumido de que trata este artigo será lançadoe demonstrado em GR-PR, para fins do recolhimento d o imposto,na forma prevista no item 3 da alínea "a" do incis o IV doart. 65.

§ 3º Deverá ser anotado no campo "Informações Compl ementares"da nota fiscal emitida para docu mentar esta operação,demonstrativo detalhado dos cálculos referentes ao impostodevido.

§ 4º Salvo expressa disposição de manutenção de cré dito, aposterior saída das mercadorias em operações isenta s ou nãosujeitas à incidência do imposto acarretará o es torno total docrédito lançado, ou, no caso de operações de saída com cargatributária reduzida, o estorno proporcional.

§ 5º O disposto neste artigo aplica-se, inclusive, aosestabelecimentos industriais que importarem mercado rias pararevenda, sem que es tas sejam submetidas a novo processoindustrial.

§ 6° Nos casos de aplicação cumulativa com o diferi mentoparcial previsto no art. 96, o recolhimento do impo sto devidopelos estabelecimentos de que trata este artigo dev erácorresponder à aplicação do perce ntual de seis por cento sobrea base de cálculo da operação de importação.

Art. 634. O tratamento tributário de que trata este Capítulonão se aplica:

...

II - aos produtos primários de origem animal, veget al oumineral, e farmacêuticos;

IV - às mercado rias alcançadas pelo diferimento de que tratamos artigos 95, 99 e 101;

VII - cumulativamente com outros benefícios fiscais .

Art. 635. O crédito presumido de que trata este Cap ítuloaplica-se cumulativamente com o diferimento parcial de quetrata o art . 96.

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RESOLUÇÃO SEFA N. 088/2009 Publicado no DOE n. ° 79 96 de22.06.2009

O SECRETÁRIO DE ESTADO DA FAZENDA, no uso das atrib uições quelhe confere o inciso II do parágrafo único do artig o 90 daConstituição do Estado do Paraná e tendo em vista o alcancedas disposições contidas nas Leis n. 14.985, de 6 de janeirode 2006, n. 15.467, de 9 de fevereiro de 2007, n. 1 6.016, de19 de dezembro de 2008 e o disposto nos artigos 629 a 635 doRegulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto 1.980, d e 21 dedezembro de 200 7, resolve expedir a seguinte Resolução:

SÚMULA: Uniformiza entendimento no âmbito da Coorde naçãoda Receita do Estado quanto à interpretação de maté riatributária referente à suspensão do pagamento do IC MS econcessão de crédito presumido nas operações deimportação realizadas por intermédio dos portos deParanaguá e Antonina, de rodovias ou de aeroportosparanaenses, com desembaraço aduaneiro no Estado.

1. A importação de matéria-prima, material intermed iário ousecundário, inclusive material de embalagem , realizada porestabelecimento industrial, com o fim específico de utilizaçãono seu processo produtivo, cujo ingresso em territó rioparanaense se dê por desembarque nos portos de Para naguá eAntonina, pelos aeroportos paranaenses ou pela via rodoviária,desde que com certificação de origem de países da A méricaLatina, gera o direito ao importador de usufruir da suspensãodo pagamento do ICMS e do crédito presumido de que tratam o"caput" e o § 1º do art. 629 do RICMS/2008 (Lei n. 15.467, de9 de fevereiro de 2007, que inseriu o parágrafo único ao art.1º da Lei n. 14.985, de 6 de janeiro de 2006, e dis posiçãocontida no art. 1º da Lei n. 16.016, de 19 de dezem bro de2008).

2. A importação de mercadorias para revenda ou de bens paraintegrar o ativo perman ente, realizada por estabelecimentocomercial e não industrial contribuinte do imposto, inclusive"trading", cujo ingresso no Estado se dê por interm édio dosPortos de Paranaguá e de Antonina, de aeroportos pa ranaensesou pela via rodoviária, desde que com certificação de origemde países da América Latina, gera direito ao import ador deusufruir do crédito presumido de que trata o art. 6 31 doRICMS/2008 (Lei n. 15.467, de 9 de fevereiro de 200 7, queinseriu o parágrafo único ao art. 1º da Lei n. 14.9 85, de 6 dejaneiro de 2006, e disposição contida no art. 1º da Lei n.16.016, de 19 de dezembro de 2008) .

3. A fruição dos benefícios da suspensão e do créditopresumido, referidos nesta Resolução, é condicionad a a que odesembaraço aduaneiro ocorra neste Estad o, estendendo-se aoscasos em que, por razões estruturais fortuitas ou p or motivo

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de força maior, as unidades portuárias e aeroportuá rias desteEstado, originalmente previstas para o desembarque, estiveremcomprovadamente impossibilitadas de atender aos se rviçosmarítimos ou aéreos exigidos, determinando que o in gresso noterritório paranaense se dê com a utilização da Dec laração deTrânsito Aduaneiro – DTA.

3.1. O importador usuário do benefício deverá compr ovardocumentalmente que o porto ou o aeroporto d este Estado,originalmente previsto para o desembarque, estavaimpossibilitado de oferecer o serviço no momento de suarequisição.

4. O crédito presumido de que trata o § 1º do art. 629 e odiferimento parcial do pagamento do imposto previst o no art.96 do RICMS/2008 não se aplicam às importações de bensdestinados ao ativo permanente realizadas por estab elecimentosindustriais.

5. Quando houver incerteza em relação à efetiva des tinação damercadoria importada por estabelecimento industrial , deve esteadota r a disciplina do art. 631 do RICMS/2008.

6. Esta Resolução entrará em vigor na data de sua p ublicação.

SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDA, em 5 de junho de 2 009.

Heron Arzua

Secretário de Estado da Fazenda”

Os dispositivos transcritos preveem, efetivamente, que naimportação por estabelecimentos comerciais e não in dustriaiscontribuintes do imposto, que realizarem a importaç ão demercadorias por meio dos Portos de Paranaguá e de A ntonina e deaeroportos paranaenses, pode ser apropriado crédito presumidocorre spondente a cinquenta por cento do valor do imposto devido,até o limite de seis por cento sobre o valor da bas e de cálculo daoperação de importação, e que resulte em carga trib utária mínima deseis por cento.

O art. 635 do Regulamento do ICMS, antes tran scrito,permite a aplicação do crédito presumido de que tra ta o art. 631,cumulativamente com o diferimento parcial do art. 9 6, devendo ovalor do imposto corresponder à apropriação do perc entual de seispor cento sobre a base de cálculo da operação de im portação.

Entretanto, há vedações ao uso do benefício. O art. 634obsta a aplicação desse tratamento nas importações relativas aprodutos primários de origem animal, vegetal ou min eral e àsmercadorias alcançadas pelo diferimento de que trat am os artigos95, 99 e 101 do Regulamento do ICMS.

Assim, considerando a atividade praticada pela

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consulente, comércio atacadista de produtos da extr ação mineral,exceto combustíveis, é de se analisar primeiramente qual a naturezados produtos carvão ativado e das diatomi tas (celites), para que nasua importação possa ser apropriado o crédito presu mido de quetrata o art. 631 do Regulamento do ICMS.

No que se refere aos celites, consta no site daconsulente na internet, www.crossfilter.com.br , que são mineraisoriginários de esqueletos de algas que se formaram há milhares deanos no fundo de lagos e oceano. Podem ser naturais , calcinados oufluxo-calcinados e são filtrantes que se diferem po r suagranulometria e permeabilidade.

Os códigos NCM objeto da consulta, 2512.00.00 , 3802.10.00e 3802.90.10, estão adiante descritos:

“SEÇÃO V

PRODUTOS MINERAIS

Capítulos Descrição

25 Sal, enxofre, terras e pedras, gesso, cal ecimento

2512.00.00 Farinhas siliciosas fósseis (por exemplo."kieselguhr", tripolita, diatomita), e outras terrassiliciosas análogas de densidade aparente não super ior a 1mesmo calcinadas.

SECÃO VI

PRODUTOS DAS INDÚSTRIAS QUÍMICAS OU DAS INDÚSTRIAS CONEXAS

Capítulos Descrição

38 Produtos diversos das indústrias químicas

Capítulo 38

Produtos di versos das indústrias químicas

38.02 Carvões ativados; matérias minerais naturaisativadas; negros de origem animal, incluído o negro animalesgotado.

3802.90.10 Farinhas siliciosas fósseis”

Na TIPI, tabela em que se encontram listados os cód igosNCM dos produtos, sua descrição e a sua tributação ou nã o peloImposto sobre Produtos Industrializados, estão agru pados noCapítulo 25 os produtos minerais "sal; enxofre; ter ras e pedras;gesso, cal e cimento". Nas especificações das notas , esclarece a“nota 1” que salvo disposições em contrário..., apenas se inclue mnas posições do presente Capítulo os produtos em es tado bruto ou osprodutos lavados (mesmo por meio de substâncias quí micas que

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eliminem as impurezas sem modificarem a estrutura d o produto),partid os, triturados, pulverizados, submetidos à levigaçã o,crivados, peneirados, enriquecidos por flotação, se paraçãomagnética ou outros processos mecânicos ou físicos (exceto acristalização). Não estão, porém, incluídos os produtos ustulados,calcinados , res ultantes de uma mistura ou que tenham recebidotratamento mais adiantado do que os indicados em ca da uma dasposições . (grifou-se)

Assim, ressaltando que é da responsabilidade daconsulente a correta classificação do produto, e pe lo contido naNCM, especia lmente em seu Capítulo 25 e na própria TIPI, osprodutos classificados no código 2512.00.00 não sãoindustrializados, mas produtos minerais, ainda na f orma primária,não havendo que se falar em aplicação do crédito pr esumido emrelação aos produtos que se incluam nesse código.

Em sendo assim classificados, como produtos minerai s eque são de uso na indústria, há também a vedação ao uso dobenefício, conforme prevê o inciso IV do art. 634, antestranscrito, por serem beneficiados com o diferiment o do item 62 doart. 95, que assim dispõe:

“Art. 95. Sem prejuízo das disposições específicas previstasneste Regulamento, são abrangidas pelo diferimento asseguintes mercadorias:

62. produtos minerais de uso na indústria , exceto ouro,petróleo, inclusive lubrifica ntes e combustíveis líquidos egasosos dele derivados;”

Já no Capítulo 38 da NCM constam listadas as posiçõ es ecódigos de produtos da indústria química e conexas; portanto, todosindustrializados.

Logo, levando-se em conta os esclarecimentos técnic osrela tivos ao processo industrial ao qual se sujeitam es ses produtosimportados, entre outros a moagem, secagem, classif icação departículas, calcinação, fluxo-calcinação e embalage m, pode-seconsiderar que não mais são primários os classifica dos nos códigosdo Capítulo 38 da NCM.

Ressalte-se que o inciso II do art. 14 da Lei n.11.580/1996 e a Resolução SEFA n. 088/2009 (fundame ntada nas Leisn. 15.467/2007 e n. 16.016/2008) dispõem que o trat amento a que serefere a Lei n. 14.985/2006 (origem dos dispositivo s do Regulamentodo ICMS que regem a matéria) se estende às importaç ões por viaterrestre, desde que o ingresso dos produtos do ext erior e odesembaraço desses se dê no território paranaense, desde que comcertificação de origem de países da América Latina.

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Assim, possível a aplicação do crédito presumido de quetrata o art. 631 do Regulamento do ICMS na importaç ão dos produtosclassificados em códigos do Capítulo 38 da NCM, des de que aimportação seja realizada pelos Portos de Paranaguá e de Antonina,por ae roportos paranaenses ou por rodovia, com desembaraç oaduaneiro neste Estado e desde que o ingresso no pa ís se dêdiretamente do exterior em território paranaense e, se por rodovia,necessário que possuam certificação de origem de pa íses da AméricaLatina.

Posto isso, nos termos do art. 659 do Regulamento d oICMS, tem a consulente, a partir da data da ciência da resposta, oprazo de até quinze dias para adequar os procedimen tos járealizados, caso esteja procedendo de modo diverso do respondido.

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PROTOCOLOS: 10.841.195-3 e 10.953.273-8

CONSULTA Nº: 05, de 24 de janeiro de 2012.

CONSULENTE: DIACEL GD INDÚSTRIA, COMÉRCIO E IMPORTAÇÃO LTDA.

SÚMULA: ICMS. IMPORTAÇÃO. CRÉDITO PRESUMIDO.

RELATORA: ELIZETE CRISPIM CARVALHO DIAS

A Consulente, que atua no ramo de comércio atacadis ta deprodutos de extração mineral, exceto combustíveis, informa queimporta os produtos carvão ativado, NCM 3802.10.00, e celites(diatomitas) de diversos tipos, NCM 2512.00.00, NCM 3802.90.10,descrevend o a composição de cada qual desses, segundo os proc essosde beneficiamento (industrialização) pelos quais pa ssam, sendo que,em relação às diatomitas, o primeiro código se refe re apenas aos“calcinados” e o segundo aos “fluxo-calcinados”.

Esclarece a cons ulente que:

1. com relação ao carvão ativado, NCM 3802.10.00, e ssepode ter origem mineral ou vegetal, sendo que no Br asil não sebeneficia o carvão mineral;

1.1. o carvão em sua forma primária, como encontrad o najazida, não poderia ser utilizado como pro duto para tratamento deágua, absorvente em compostos orgânicos na indústri a química, narecuperação de gases industriais, enfim, em inúmera s outrasatividades, por isso necessita passar por um tratam entotérmico/químico que modifica totalmente a sua estru tura e o seuaspecto físico/granulométrico, criando poros micros cópicos no seuinterior, impossíveis de serem encontrados no minér io in natura;

1.2. para a ativação do carvão, é submetido abeneficiamento para retirar a contaminação: passa, primeiramente,por um forno de aproximadamente 400ºC para retirar umidade; poroutro forno a 950ºC, no qual se adicionam agentes q uímicos paraeliminar os contaminantes do interior dos poros do carvão; éenviado por ciclones para classificação granulométr ica e separadopor distintos tamanhos; por fim, ensacado;

2. no que se refere aos celites (marca registrada d adiatomita da Celite do México), informa a consulent e que:

2.1. passam por processo de calcinação, que é reali zadosubmetendo-se o minério in natura a um forno c om temperatura acimade 1.000º C, para eliminação de umidade, matéria or gânica e turfa;após, passa por um processo de separação granulomét rica pararetirar a areia que não se consegue eliminar na cal cinação e, porfim, pelo processo de resfriamento e emba lagem;

Page 31: Imprimindo - SETOR · PDF fileseu item 101, que foi implementada no Regulamento do ICMS, aprovado ... NCM 4010.3 e 5910.0000; VII - juntas, gaxetas e outros elementos com função

2.2. o celite filter cel passa por um processo de s eleçãoao sair da jazida, porque vem com contaminação de a rgila, que nãopode ficar incorporada à diatomita; passa por três etapas demoagem, por um forno de secagem, por um moinho e, f inalmente, éclassificado por um sistema pneumático para obtençã o degranulometria uniforme, para após ser ensacado;

2.3. em relação aos celites fluxo calcinados e com NCM3802.90.10, antes de passarem pela calcinação, mist ura-se com amatéria-prima um agente fundente que faz surgir partículas maioresque se soldam entre si, deixando o produto mais per meável parautilização em filtrações e outros processos industr iais. Após,sujeita-se à calcinação para eliminação de umidade e matériaorgânica e, em seguida, passam por um processo de separaçãogranulométrica para retirar a areia que não se elim inou nacalcinação, pelo resfriamento e se encaminha para e mbalagem.

Por serem os produtos importados já na formaindustrializada, questiona se tem direito ao diferi mento e aocréd ito presumido de que trata o art. 631, por não se e nquadraremno art. 634, inciso II, ambos do Regulamento do ICM S.

RESPOSTA

Assim determinam os artigos 631, 634 e 635 do Regul amentodo ICMS aprovado pelo Decreto n. 1.980, de 21 de de zembro de 2007(com redação modificada pelo art. 1º, Alteração 705ª, do Decreto n.2.078, de 20 de julho de 2011, que surtiu efeitos a partir de 1º desetembro de 2011), e a Resolução SEFA n. 088/2009:

“ CAPÍTULO XLIII

DAS IMPORTAÇÕES PELOS PORTOS DE PARANAGUÁ E ANTONINA EAEROPORTOS PARANAENSES

(Ver Resolução SEFA n.º 088/2009)

Art. 631. Aos estabelecimentos comerciais e não industriaiscontribuintes do imposto , que realizarem a importação de benspara integrar o ativo permanente, ou de mercadorias , por meiodos Portos de P aranaguá e de Antonina e de aeroportosparanaenses, fica concedido crédito presumido correspondente acinquenta por cento do valor do imposto devido, até o limitede seis por cento sobre o valor da base de cálculo da operaçãode importação, e que resulte e m carga tributária mínima deseis por cento.

Page 32: Imprimindo - SETOR · PDF fileseu item 101, que foi implementada no Regulamento do ICMS, aprovado ... NCM 4010.3 e 5910.0000; VII - juntas, gaxetas e outros elementos com função

§ 1º O imposto devido deverá ser pago por ocasião d odesembaraço aduaneiro, em moeda corrente, sendo ved ada autilização de quaisquer outras formas de compensaçã o ouliquidação.

§ 2º O crédito presumido de que t rata este artigo será lançadoe demonstrado em GR-PR, para fins do recolhimento d o imposto,na forma prevista no item 3 da alínea "a" do incis o IV doart. 65.

§ 3º Deverá ser anotado no campo "Informações Compl ementares"da nota fiscal emitida para docume ntar esta operação,demonstrativo detalhado dos cálculos referentes ao impostodevido.

§ 4º Salvo expressa disposição de manutenção de cré dito, aposterior saída das mercadorias em operações isenta s ou nãosujeitas à incidência do imposto acarretará o esto rno total docrédito lançado, ou, no caso de operações de saída com cargatributária reduzida, o estorno proporcional.

§ 5º O disposto neste artigo aplica-se, inclusive, aosestabelecimentos industriais que importarem mercado rias pararevenda, sem que esta s sejam submetidas a novo processoindustrial.

§ 6° Nos casos de aplicação cumulativa com o diferi mentoparcial previsto no art. 96, o recolhimento do impo sto devidopelos estabelecimentos de que trata este artigo dev erácorresponder à aplicação do percent ual de seis por cento sobrea base de cálculo da operação de importação.

Art. 634. O tratamento tributário de que trata este Capítulonão se aplica:

...

II - aos produtos primários de origem animal, veget al oumineral, e farmacêuticos;

IV - às mercadoria s alcançadas pelo diferimento de que tratamos artigos 95, 99 e 101;

VII - cumulativamente com outros benefícios fiscais .

Art. 635. O crédito presumido de que trata este Cap ítuloaplica-se cumulativamente com o diferimento parcial de quetrata o art. 9 6.

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RESOLUÇÃO SEFA N. 088/2009 Publicado no DOE n. ° 79 96 de22.06.2009

O SECRETÁRIO DE ESTADO DA FAZENDA, no uso das atrib uições quelhe confere o inciso II do parágrafo único do artig o 90 daConstituição do Estado do Paraná e tendo em vista o alcancedas disposições contidas nas Leis n. 14.985, de 6 de ja neirode 2006, n. 15.467, de 9 de fevereiro de 2007, n. 1 6.016, de19 de dezembro de 2008 e o disposto nos artigos 629 a 635 doRegulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto 1.980, d e 21 dedezembro de 2007, resolve expedir a seguinte Resolução:

SÚMULA: Uniformiza entendimento no âmbito da Coorde naçãoda Receita do Estado quanto à interpretação de maté riatributária referente à suspensão do pagamento do IC MS econcessão de crédito presumido nas operações deim portação realizadas por intermédio dos portos deParanaguá e Antonina, de rodovias ou de aeroportosparanaenses, com desembaraço aduaneiro no Estado.

1. A importação de matéria-prima, material intermed iário ousecundário, inclusive material de embalagem, r ealizada porestabelecimento industrial, com o fim específico de utilizaçãono seu processo produtivo, cujo ingresso em territó rioparanaense se dê por desembarque nos portos de Para naguá eAntonina, pelos aeroportos paranaenses ou pela via rodoviária,des de que com certificação de origem de países da Amér icaLatina, gera o direito ao importador de usufruir da suspensãodo pagamento do ICMS e do crédito presumido de que tratam o"caput" e o § 1º do art. 629 do RICMS/2008 (Lei n. 15.467, de9 de fevereiro de 2007, que inseriu o parágrafo único ao art.1º da Lei n. 14.985, de 6 de janeiro de 2006, e dis posiçãocontida no art. 1º da Lei n. 16.016, de 19 de dezem bro de2008).

2. A importação de mercadorias para revenda ou de bens paraintegrar o ativo permanente , realizada por estabelecimentocomercial e não industrial contribuinte do imposto, inclusive"trading", cujo ingresso no Estado se dê por interm édio dosPortos de Paranaguá e de Antonina, de aeroportos pa ranaensesou pela via rodoviária, desde que com cer tificação de origemde países da América Latina, gera direito ao import ador deusufruir do crédito presumido de que trata o art. 6 31 doRICMS/2008 (Lei n. 15.467, de 9 de fevereiro de 200 7, queinseriu o parágrafo único ao art. 1º da Lei n. 14.9 85, de 6 dejaneiro de 2006, e disposição contida no art. 1º da Lei n.16.016, de 19 de dezembro de 2008).

3. A fruição dos benefícios da suspensão e do crédi topresumido, referidos nesta Resolução, é condicionad a a que odesembaraço aduaneiro ocorra neste Estado , es tendendo-se aoscasos em que, por razões estruturais fortuitas ou p or motivo

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de força maior, as unidades portuárias e aeroportuá rias desteEstado, originalmente previstas para o desembarque, estiveremcomprovadamente impossibilitadas de atender aos ser viço smarítimos ou aéreos exigidos, determinando que o in gresso noterritório paranaense se dê com a utilização da Dec laração deTrânsito Aduaneiro – DTA.

3.1. O importador usuário do benefício deverá compr ovardocumentalmente que o porto ou o aeroporto deste Estado,originalmente previsto para o desembarque, estavaimpossibilitado de oferecer o serviço no momento de suarequisição.

4. O crédito presumido de que trata o § 1º do art. 629 e odiferimento parcial do pagamento do imposto previst o no art.96 do RICM S/2008 não se aplicam às importações de bensdestinados ao ativo permanente realizadas por estab elecimentosindustriais.

5. Quando houver incerteza em relação à efetiva des tinação damercadoria importada por estabelecimento industrial , deve esteadotar a d isciplina do art. 631 do RICMS/2008.

6. Esta Resolução entrará em vigor na data de sua p ublicação.

SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDA, em 5 de junho de 2 009.

Heron Arzua

Secretário de Estado da Fazenda”

Os dispositivos transcritos preveem, efetivamente, que n aimportação por estabelecimentos comerciais e não in dustriaiscontribuintes do imposto, que realizarem a importaç ão demercadorias por meio dos Portos de Paranaguá e de A ntonina e deaeroportos paranaenses, pode ser apropriado crédito presumidocorrespond ente a cinquenta por cento do valor do imposto devi do,até o limite de seis por cento sobre o valor da bas e de cálculo daoperação de importação, e que resulte em carga trib utária mínima deseis por cento.

O art. 635 do Regulamento do ICMS, antes transcrit o,permite a aplicação do crédito presumido de que tra ta o art. 631,cumulativamente com o diferimento parcial do art. 9 6, devendo ovalor do imposto corresponder à apropriação do perc entual de seispor cento sobre a base de cálculo da operação de im portaç ão.

Entretanto, há vedações ao uso do benefício. O art. 634obsta a aplicação desse tratamento nas importações relativas aprodutos primários de origem animal, vegetal ou min eral e àsmercadorias alcançadas pelo diferimento de que trat am os artigos95, 99 e 101 do Regulamento do ICMS.

Assim, considerando a atividade praticada pela

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consulente, comércio atacadista de produtos da extr ação mineral,exceto combustíveis, é de se analisar primeiramente qual a naturezados produtos carvão ativado e das diatomitas ( celites), para que nasua importação possa ser apropriado o crédito presu mido de quetrata o art. 631 do Regulamento do ICMS.

No que se refere aos celites, consta no site daconsulente na internet, www.crossfilter.com.br , que são mineraisoriginários de e squeletos de algas que se formaram há milhares deanos no fundo de lagos e oceano. Podem ser naturais , calcinados oufluxo-calcinados e são filtrantes que se diferem po r suagranulometria e permeabilidade.

Os códigos NCM objeto da consulta, 2512.00.00, 380 2.10.00e 3802.90.10, estão adiante descritos:

“SEÇÃO V

PRODUTOS MINERAIS

Capítulos Descrição

25 Sal, enxofre, terras e pedras, gesso, cal ecimento

2512.00.00 Farinhas siliciosas fósseis (por exempl o."kieselguhr", tripolita, diatomita), e outras terrassiliciosas análogas de densidade aparente não super ior a 1mesmo calcinadas.

SECÃO VI

PRODUTOS DAS INDÚSTRIAS QUÍMICAS OU DAS INDÚSTRIAS CONEXAS

Capítulos Descrição

38 Produtos diversos das indústrias químicas

Capítulo 38

Produtos di versos das indústrias químicas

38.02 Carvões ativados; matérias minerais naturaisativadas; negros de origem animal, incluído o negro animalesgotado.

3802.90.10 Farinhas siliciosas fósseis ”

Na TIPI, tabela em que se encontram listados os cód igosNCM dos produtos, sua descrição e a sua tributação ou nã o peloImposto sobre Produtos Industrializados, estão agru pados noCapítulo 25 os produtos minerais "sal; enxofre; ter ras e pedras;gesso, cal e cimento". Nas especificações das notas , esclarece a“nota 1” que salvo disposições em contrário..., apenas se inclue mnas posições do presente Capítulo os produtos em es tado bruto ou osprodutos lavados (mesmo por meio de substâncias quí micas que

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eliminem as impurezas sem modificarem a estrutura d o produto),partid os, triturados, pulverizados, submetidos à levigaçã o,crivados, peneirados, enriquecidos por flotação, se paraçãomagnética ou outros processos mecânicos ou físicos (exceto acristalização). Não estão, porém, incluídos os produtos ustulados,calcinados , res ultantes de uma mistura ou que tenham recebidotratamento mais adiantado do que os indicados em ca da uma dasposições. (grifou-se)

Assim, ressaltando que é da responsabilidade daconsulente a correta classificação do produto, e pe lo contido naNCM, especia lmente em seu Capítulo 25 e na própria TIPI, osprodutos classificados no código 2512.00.00 não sãoindustrializados, mas produtos minerais, ainda na f orma primária,não havendo que se falar em aplicação do crédito pr esumido emrelação aos produtos que se incluam nesse código.

Em sendo assim classificados, como produtos minerai s eque são de uso na indústria, há também a vedação ao uso dobenefício, conforme prevê o inciso IV do art. 634, antestranscrito, por serem beneficiados com o diferiment o do item 62 doart. 95, que assim dispõe:

“Art. 95. Sem prejuízo das disposições específicas previstasneste Regulamento, são abrangidas pelo diferimento asseguintes mercadorias:

62. produtos minerais de uso na indústria , exceto ouro,petróleo, inclusive lubrifica ntes e combustíveis líquidos egasosos dele derivados;”

Já no Capítulo 38 da NCM constam listadas as posiçõ es ecódigos de produtos da indústria química e conexas; portanto, todosindustrializados.

Logo, levando-se em conta os esclarecimentos técnic osrela tivos ao processo industrial ao qual se sujeitam es ses produtosimportados, entre outros a moagem, secagem, classif icação departículas, calcinação, fluxo-calcinação e embalage m, pode-seconsiderar que não mais são primários os classifica dos nos códigosdo Capítulo 38 da NCM.

Ressalte-se que o inciso II do art. 14 da Lei n.11.580/1996 e a Resolução SEFA n. 088/2009 (fundame ntada nas Leisn. 15.467/2007 e n. 16.016/2008) dispõem que o trat amento a que serefere a Lei n. 14.985/2006 (origem dos dispositivo s do Regulamentodo ICMS que regem a matéria) se estende às importaç ões por viaterrestre, desde que o ingresso dos produtos do ext erior e odesembaraço desses se dê no território paranaense, desde que comcertificação de origem de países da América Latina.

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Assim, possível a aplicação do crédito presumido de quetrata o art. 631 do Regulamento do ICMS na importaç ão dos produtosclassificados em códigos do Capítulo 38 da NCM, des de que aimportação seja realizada pelos Portos de Paranaguá e de Antonina,por ae roportos paranaenses ou por rodovia, com desembaraç oaduaneiro neste Estado e desde que o ingresso no pa ís se dêdiretamente do exterior em território paranaense e, se por rodovia,necessário que possuam certificação de origem de pa íses da AméricaLatina.

Posto isso, nos termos do art. 659 do Regulamento d oICMS, tem a consulente, a partir da data da ciência da resposta, oprazo de até quinze dias para adequar os procedimen tos járealizados, caso esteja procedendo de modo diverso do respondido.

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PROTOCOLO: 10.906.301-0

CONSULTA Nº: 06, de 24 de janeiro de 2012.

CONSULENTE: LARIMEX DO BRASIL COMERCIAL LTDA.

SÚMULA: ICMS. IMPORTAÇÃO. CRÉDITO PRESUMIDO.

RELATORA: ELIZETE CRISPIM CARVALHO DIAS

A Consulente informa que é devidamente constituída noBrasil para realizar importação, exportação e comer cialização decarvão ativado no mercado brasileiro; que tem adqui rido carvãoativado do seu fornecedor mexicano, Clarimex S/A., utilizando-se docrédit o presumido na importação do produto, com base no a rt. 631 doRegulamento do ICMS; e que, recentemente, questiono u-se sobre aaplicabilidade de tal benefício em função do dispos to no art. 634,inciso II, do mesmo Regulamento, embasado no fato d e que o prod utoseria primário e não industrializado.

Descreve o processo de industrialização que desenvo lve,defendendo que o produto resultante não apresenta m ais o estadoprimário, mas sim industrializado.

Esclarece que o carvão ativado não existe na nature za,mas é obtido mediante um processo industrial conhecido comoativação, utilizando matérias-primas de alto teor d e carbono em suacomposição originária.

Argumenta que, embora não exista no ordenamento jur ídicopátrio uma definição legal direta do que seriam “pr odutosprimários”, diante dos processos por que passa o ca rvão para a suaativação, tratar-se-ia de produto industrializado.

Questiona se na importação do produto pode continua r aaplicar o crédito presumido referido no art. 631 do Regulamento doICMS.

RESPOSTA

Assim determinam os arts. 631, 634 e 635 do Regulam entodo ICMS aprovado pelo Decreto n. 1.980, de 21 de de zembro de 2007(com redação alterada pelo art. 1º, alteração 705ª, do Decreto n.2.078, de 20.07.2011, que surtiu efeitos a partir d e 1º.09.20 11), ea Resolução SEFA n. 088/2009:

CAPÍTULO XLIII

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DAS IMPORTAÇÕES PELOS PORTOS DE PARANAGUÁ E ANTONINA EAEROPORTOS PARANAENSES

(Ver Resolução SEFA n.º 088/2009)

Art. 631. Aos estabelecimentos comerciais e não industriaiscontribuintes do imposto , que realizarem a importação de benspara integrar o ativo permanente, ou de mercadorias , por meiodos Portos de Paranaguá e de Antonina e de aeroport osparanaenses, fica concedido crédito presumido correspondente acinquenta por cento do valor do imposto devi do, até o limitede seis por cento sobre o valor da base de cálculo da operaçãode importação, e que resulte em carga tributária mí nima deseis por cento.

§ 1º O imposto devido deverá ser pago por ocasião d odesembaraço aduaneiro, em moeda corrente, sendo vedada autilização de quaisquer outras formas de compensaçã o ouliquidação.

§ 2º O crédito presumido de que trata este artigo s erá lançadoe demonstrado em GR-PR, para fins do recolhimento d o imposto,na forma prevista no item 3 da alínea "a" do incis o I V doart. 65.

§ 3º Deverá ser anotado no campo "Informações Compl ementares"da nota fiscal emitida para documentar esta operaçã o,demonstrativo detalhado dos cálculos referentes ao impostodevido.

§ 4º Salvo expressa disposição de manutenção de cré dito, aposterior saída das mercadorias em operações isenta s ou nãosujeitas à incidência do imposto acarretará o estor no total docrédito lançado, ou, no caso de operações de saída com cargatributária reduzida, o estorno proporcional.

§ 5º O disposto neste artig o aplica-se, inclusive, aosestabelecimentos industriais que importarem mercado rias pararevenda, sem que estas sejam submetidas a novo proc essoindustrial.

§ 6° Nos casos de aplicação cumulativa com o diferi mentoparcial previsto no art. 96, o recolhiment o do imposto devidopelos estabelecimentos de que trata este artigo dev erácorresponder à aplicação do percentual de seis por cento sobrea base de cálculo da operação de importação.

Art. 634. O tratamento tributário de que trata este Capítulonão se aplic a:

...

II - aos produtos primários de origem animal, veget al ou

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mineral, e farmacêuticos;

VII - cumulativamente com outros benefícios fiscais .

Art. 635. O crédito presumido de que trata este Cap ítuloaplica-se cumulativamente com o diferimento parcial de quetrata o art. 96.

RESOLUÇÃO SEFA N. 088/2009 Publicado no DOE n. ° 79 96 de22.06.2009

O SECRETÁRIO DE ESTADO DA FAZENDA, no uso das atrib uições quelhe confere o inciso II do parágrafo único do artig o 90 daConstituição do Estado do Paraná e tendo e m vista o alcancedas disposições contidas nas Leis n. 14.985, de 6 d e janeirode 2006, n. 15.467, de 9 de fevereiro de 2007, n. 1 6.016, de19 de dezembro de 2008 e o disposto nos artigos 629 a 635 doRegulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto 1.980, d e 21 dedezembro de 2007, resolve expedir a seguinte Resolu ção:

SÚMULA: Uniformiza entendimento no âmbito da Coorde naçãoda Receita do Estado quanto à interpretação de maté riatributária referente à suspensão do pagamento do IC MS econcessão de crédito presumi do nas operações deimportação realizadas por intermédio dos portos deParanaguá e Antonina, de rodovias ou de aeroportosparanaenses, com desembaraço aduaneiro no Estado.

1. A importação de matéria-prima, material intermed iário ousecundário, inclusive ma terial de embalagem, realizada porestabelecimento industrial, com o fim específico de utilizaçãono seu processo produtivo, cujo ingresso em territó rioparanaense se dê por desembarque nos portos de Para naguá eAntonina, pelos aeroportos paranaenses ou pe la via rodoviária,desde que com certificação de origem de países da A méricaLatina, gera o direito ao importador de usufruir da suspensãodo pagamento do ICMS e do crédito presumido de que tratam o"caput" e o § 1º do art. 629 do RICMS/2008 (Lei n. 15.467 , de9 de fevereiro de 2007, que inseriu o parágrafo úni co ao art.1º da Lei n. 14.985, de 6 de janeiro de 2006, e dis posiçãocontida no art. 1º da Lei n. 16.016, de 19 de dezem bro de2008).

2. A importação de mercadorias para revenda ou de bens parainteg rar o ativo permanente, realizada por estabelecimen tocomercial e não industrial contribuinte do imposto, inclusive"trading", cujo ingresso no Estado se dê por interm édio dosPortos de Paranaguá e de Antonina, de aeroportos pa ranaensesou pela via rodoviá ria, desde que com certificação de origemde países da América Latina, gera direito ao import ador de

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usufruir do crédito presumido de que trata o art. 6 31 doRICMS/2008 (Lei n. 15.467, de 9 de fevereiro de 200 7, queinseriu o parágrafo único ao art. 1º da Lei n. 14.985, de 6 dejaneiro de 2006, e disposição contida no art. 1º da Lei n.16.016, de 19 de dezembro de 2008).

3. A fruição dos benefícios da suspensão e do créditopresumido, referidos nesta Resolução, é condicionad a a que odesembaraço aduaneiro o corra neste Estado , estendendo-se aoscasos em que, por razões estruturais fortuitas ou p or motivode força maior, as unidades portuárias e aeroportuá rias desteEstado, originalmente previstas para o desembarque, estiveremcomprovadamente impossibilitadas de atender aos serviçosmarítimos ou aéreos exigidos, determinando que o in gresso noterritório paranaense se dê com a utilização da Dec laração deTrânsito Aduaneiro – DTA.

3.1. O importador usuário do benefício deverá compr ovardocumentalmente que o porto ou o aeroporto deste Estado,originalmente previsto para o desembarque, estavaimpossibilitado de oferecer o serviço no momento de suarequisição.

4. O crédito presumido de que trata o § 1º do art. 629 e odiferimento parcial do pagamento do imposto previ sto no art.96 do RICMS/2008 não se aplicam às importações de b ensdestinados ao ativo permanente realizadas por estab elecimentosindustriais.

5. Quando houver incerteza em relação à efetiva des tinação damercadoria importada por estabelecimento industrial , deve esteadotar a disciplina do art. 631 do RICMS/2008.

6. Esta Resolução entrará em vigor na data de sua p ublicação.

SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDA, em 5 de junho de 2 009.

Heron Arzua

Secretário de Estado da Fazenda

A atividade da consulente constante no CAD/ICMS é ocomércio atacadista de combustíveis de origem veget al, excetoálcool carburante, sendo que, todavia, informa prat icar aimportação e o comércio atacadista de produtos da e xtração mineral.

Os dispositivos transcritos preveem, efetivamente, que naimportação por estabelecimentos comerciais e não in dustriaiscontribuintes do imposto, que realizarem a importaç ão demercadorias por meio dos Portos de Paranaguá e de A ntonina e deaeroportos paranaenses, pode ser aplicado crédito p resumidocorresp ondente a cinquenta por cento do valor do imposto d evido,até o limite de seis por cento sobre o valor da bas e de cálculo daoperação de importação, e que resulte em carga trib utária mínima de

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seis por cento.

O art. 635 do Regulamento do ICMS, antes transc rito,permite a aplicação do crédito presumido de que tra ta o art. 631,cumulativamente com o diferimento parcial do art. 9 6, devendo ovalor do imposto corresponder à aplicação do percen tual de seis porcento sobre a base de cálculo da operação de import ação.

Entretanto, há vedações ao uso do benefício. O art. 634obsta a aplicação desse tratamento nas importações relativas aprodutos primários de origem animal, vegetal ou min eral e àsmercadorias alcançadas pelo diferimento de que trat am os artigos95, 99 e 101 do Regulamento do ICMS.

Assim, considerando a atividade praticada pelaconsulente, é de se analisar primeiramente qual a n atureza doproduto carvão ativado para que na sua importação p ossa seraplicado o crédito presumido de que trata o art. 63 1 do Regulamentodo ICMS.

Segundo consta na Nomenclatura de Comum do Mercosul(NCM), o carvão vegetal encontra-se na posição 3802 , pelo que severifica ser produto da indústria química:

SECÃO VI

PRODUTOS DAS INDÚSTRIAS QUÍMICAS OU DAS INDÚSTRIAS CONEXAS

Capítul os Descrição

38 Produtos diversos das indústrias químicas

Capítulo 38

Produtos diversos das indústrias químicas

38.02 Carvões ativados ; matérias minerais naturaisativadas; negros de origem animal, incluído o negro animalesgotado.

Segundo os escl arecimentos técnicos relativos ao processoindustrial de ativação do carvão, e considerando qu e estáclassificado na NCM como produto da indústria quími ca, não mais seconsidera produto primário, mas industrializado.

Com efeito, no Capítulo 38 da NCM cons tam listadas asposições e códigos de produtos da indústria química e conexas;portanto, todos industrializados.

Logo, levando-se em conta os esclarecimentos técnic osrelativos ao processo industrial ao qual se sujeita esse produtoimportado, entre outros a moagem, peneiramento, ativação química oufísico-química, resfriamento, lavagem ácida, secage m e embalagem,pode-se considerar que não mais é primário esse pro duto, como os

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demais classificados nos códigos do Capítulo 38 da NCM.

Ressalte-se que o inciso II do art. 14 da Lei n.11.580/1996 e a Resolução SEFA n. 088/2009 (fundame ntada nas Leisn. 15.467/2007 e n. 16.016/2008) dispõem que o trat amento a que serefere a Lei n. 14.985/2006 (origem dos dispositivo s do Regulamentodo ICMS que regem a matéria) se estende às importações por viaterrestre, desde que o ingresso dos produtos do ext erior e odesembaraço desses se dê no território paranaense, desde que comcertificação de origem de países da América Latina.

Assim, possível a aplicação do crédito presumi do de quetrata o art. 631 do Regulamento do ICMS na importaç ão dos produtosclassificados em códigos do Capítulo 38 da NCM, des de que aimportação seja realizada pelos Portos de Paranaguá e de Antonina,por aeroportos paranaenses ou por rodovia, com dese mbaraçoaduaneiro neste Estado e desde que o ingresso no pa ís se dêdiretamente do exterior em território paranaense e, se por rodovia,necessário que possuam certificação de origem de pa íses da AméricaLatina.

Posto isso, nos termos do art. 659 do Regulame nto doICMS, tem a consulente, a partir da data da ciência da resposta, oprazo de até quinze dias para adequar os procedimen tos járealizados, caso esteja procedendo de modo diverso do respondido.

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PROTOCOLO: 11.066.517-2

CONSULTA Nº: 07, de 26 de janeiro de 2012.

CONSULENTE: INDREL – INDÚSTRIA DE REFRIGERAÇÃO LONDRINENSELTDA.

SÚMULA: ICMS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. OPERAÇÕES COMCÂMARAS DE CONGELAMENTO E CONSERVAÇÃO.

RELATORA: MAYSA CRISTINA DO PRADO

A consulente, com atividade de projeto, industriali zaçãoe comercialização de câmaras de congelamento e cons ervação parabancos de sangue, estabelecimentos médico-hospitala res elaboratoriais, compreendendo uma linha completa de refrigeraçãoespecífica e e xclusiva para a área de saúde, informa que é a únic aempresa deste Estado que fabrica câmaras de refrige ração científicapara termolábeis e hematológicos, como bancos de sa ngue e plasma,além de seus derivados, para a área da saúde e aten dimento ao setorhospitalar, universidades e centros de pesquisa, nos setorespúblico e privado.

A maior parte de seus produtos é vendida mediante p regõeseletrônicos, sendo as participações nesses pregões realizadas viaseus representantes comerciais, espalhados por todo o territórionacional, e microempresas para quem a consulente ve nde seusprodutos.

Como as vendas são feitas via pregão eletrônico, se usrepresentantes trabalham com margem reduzida de com ercialização, emtorno de vinte por cento bruto, não tendo como agre gar maiormargem, sob o risco de ficarem fora da disputa.

Destaca que esses produtos são fabricados por encom enda,após o pregão eletrônico, em razão das variáveis e opcionais quelhes são agregados, devido a especificações e neces sidades técnicasdos usuár ios, tais como registrador gráfico, alarme de tempe ratura,controles digitais, sistemas de segurança de funcio namento etc.

As câmaras são de tamanhos variados, mas sempre peq uenas,tanto para o congelamento, cuja classificação fisca l se enquadra nocódigo 8418.50.10 da NCM, como para conservação (2º a 6º C ),classificadas no código 8418.50.90 - EX 01 da NCM, com alíquota deIPI igual a zero.

Destaca que recolhe o ICMS em conta-gráfica à alíqu ota dedoze por cento para as operações internas, e, nas o peraçõesinterestaduais, com a aplicação da alíquota previst a para cadaEstado.

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Aduz que se passar a aplicar a substituição tributá rianas operações com seus produtos, nos termos determi nados peloDecreto n. 1.589, de 7 de junho de 2011, consideran do a margem devalor agregado de 37,22% e 47,26%, conforme o caso, estará fora domercado, pois as microempresas que adquirem seus pr odutos nãopossuem essa margem de comercialização e recolhem o s tributos peloRegime Simples Nacional.

Do exposto, entende que não se aplic a o regime dasubstituição tributária aos produtos de sua fabric ação, por seremexclusivamente destinados à área de saúde e não a c onsumidordomiciliar final, não sendo classificados como prod utos da chamada"linha branca", sobre os quais caberia o enquad ramento nasubstituição tributária, e que é o escopo do mencio nado decreto.

Considerando, ainda, o Decreto n. 1.589/2011, enten de queele não faz menção aos produtos enquadrados na EX 0 1 daclassificação 8418.50.90, que é o caso de seus prod utos os quaissão isentos do IPI, enquanto os produtos da linha br anca em geralsão significativamente tributados pelo IPI.

Perquire se está correta a sua interpretação.

RESPOSTA

O Decreto n. 1.589/2011 acrescentou a Seção II-A aoCapítulo XX do Título III do RICMS, im plementando na legislaçãoparanaense o Protocolo ICMS 192/2009, que dispõe s obre asubstituição tributária nas operações com produtos eletrônicos,eletroeletrônicos e eletrodomésticos.

Esse Protocolo, ao contrário do que entende a consu lente,aplica-se a todo produto eletrônico, eletroeletrônico eeletrodoméstico que relaciona, não se restringindo às operações comos produtos da linha branca destinados a consumidor domiciliarfinal.

O art. 481-C do RICMS traz a relação dos produtosalcançados pelo regime e special de tributação, com suas respectivasclassificações na NCM e margens de valor agregado, estando oscódigos NCM 8418.50.10 e 8418.50.90 relacionados ne sse dispositivo,com a descrição “Congeladores (“freezers”) de capac idade até 300litros, com apena s uma porta” e o percentual da MVA para operaçõesinternas e interestaduais, considerada a alíquota i nterna de dozepor cento.

Dessa forma, fica esclarecido que as mercadoriasproduzidas pela consulente estão submetidas ao regi me da

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substituição tributária , devendo ser aplicado o percentual de MVAprevisto no art. 481-C do RICMS.

Em relação às saídas de seus produtos em operaçõesinterestaduais, há que se verificar a legislação es pecífica de cadaunidade federada destinatária, no que diz respeito ao impostodevido por substituição tributária.

Por fim, relativamente às adquirentes enquadradas n oRegime Especial Unificado de Arrecadação de Tributo s eContribuições - Simples Nacional, estabelecidas no território desteEstado, lembra-se que, para a determinação da receita bruta quedeverá ser considerada para apurar a base de cálcul o do imposto,são excluídas as saídas de mercadorias sujeitas à s ubstituiçãotributária, nos termos do inciso I do art. 5º da Le i n. 15.562 de 4de julho de 2007.

Caso a consulente ten ha procedido diferentemente domanifestado na presente, tem o prazo de até quinze dias paraadequar os procedimentos eventualmente já realizado s, a partir dadata da ciência desta, observado o disposto no § 1º do art. 654 doRICMS, independente de qualquer interpelação ou notificação fiscal.

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PROTOCOLO: 11.285.705-2

CONSULTA Nº: 08, de 9 de fevereiro de 2012

CONSULENTE: MANUFATURA PRODUTOS KING LTDA.

SÚMULA: ICMS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. PRODUTO UTILIZADONA CONSERVAÇÃO DE MÓVEIS. CÓDIGO 2710.19.99 DANCM.

RELATORA: CLEONICE STEFANI SALVADOR

A consulente, domiciliada no Rio de Janeiro e inscr ita noCAD/ICMS na qualidade de substituta tributária, exp õe serfabricante do produto óleo de peroba, utilizado na conservação eembelezamento de móveis de madeira.

Esclarece que se trata de uma preparaçã o contendo setentapor cento ou mais, em peso, de óleos de petróleo, q ue é composta deóleo mineral e vegetal, solvente mineral, solvente vegetal earomatizante, e que sua classificação na NCM corres ponde ao código2710.19.99.

Para corroborar suas informaç ões, apresenta relatóriotécnico expedido pelo Instituto Nacional de Tecnol ogia, unidade doMinistério da Ciência e Tecnologia e Inovação, que descreve acomposição do produto e reconhece sua utilização na conservação,limpeza e polimento de artigos de ma deiras. Nos termos expostos noreferido laudo técnico, o produto não tem como fina lidade autilização como solvente, diluente ou removedor de tintas ouvernizes.

À vista do exposto, manifesta seu entendimento de q ue oreferido produto, por ser utilizado ex clusivamente na conservação eembelezamento de madeiras, não está submetido à sis temática dasubstituição tributária, já que o inciso II do art. 519 do RICMSdescreve as mercadorias sujeitas ao regime como sen do preparaçõesconcebidas para solver, diluir ou remover tintas, vernizes eoutros, classificadas nas posições 2707, 2710 (exce to 2710.1130),2901, 2902, 3805, 3807, 3810 e 3814 da NCM, não sen do esse o casodo óleo de peroba, que não tem como finalidade sua utilização comosolvente, diluente ou remov edor de tintas, vernizes e outros.

Por seu turno, registra também que o óleo de peroba ,embora utilizado em conservação e limpeza, também não se incluidentre os produtos mencionados no inciso III do art . 519 (massas,pastas, ceras, encáusticas, líquidos, preparações e outros para darbrilho, limpeza, polimento ou conservação das posiç ões 3404,3405.20, 3405.30, 3405.90, 3905, 3907 e 3910), pois não incluídodentre as citadas posições da NCM.

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Questiona se está correto seu entendimento.

RESPOSTA

Primeiram ente, ressalva-se, conforme reiteradamentemanifestado em consultas, que a correta classificaç ão demercadorias na NCM é de responsabilidade do contrib uinte, bem comoque a solução de consultas nesse sentido é de compe tência daReceita Federal do Brasil.

A questão apresentada pela consulente diz respeito a oart. 519 do Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decr eto n.1.980/2007, que assim dispõe:“Art. 519. Ao estabelecimento industrial ou importa dor é atribuídaa condição de sujeito passivo por substituição, para efeito deretenção e recolhimento do ICMS relativo às operaçõ es subseqüentes,na saída, com destino a revendedores localizados ne ste Estado, dosseguintes produtos classificados na NCM (art. 18, I V, da Lei n.11.580/96; Convênios ICMS 81/93 , 74/94 e 104/08):I - tintas, vernizes e outros - 3208, 3209 e 3210;II - preparações concebidas para solver, diluir ou remover tintas,vernizes e outros - 2707, 2710 (exceto posição 2710 .1130), 2901,2902, 3805, 3807, 3810 e 3814;III - massas, pastas, ceras, encá usticas, líquidos, preparações eoutros para dar brilho, limpeza, polimento ou conse rvação - 3404,3405.20, 3405.30, 3405.90, 3905, 3907 e 3910;”Estão, portanto, abrangidas pela substituição tribu tária, em razãodo disposto no inciso II, as preparações co ncebidas para solver,diluir ou remover tintas, vernizes e outros, classi ficadas naposição 2710 (exceto posição 2710.1130) da Nomencla tura Comum doMercosul – NCM, que apresenta o seguinte texto:

“27.10 Óleos de petróleo ou de minerais betuminosos , excetoóleos brutos; preparações não especificadas nem co mpreendidasem outras posições, contendo, como constituintes bá sicos, 70%ou mais, em peso, de óleos de petróleo ou de minera isbetuminosos; resíduos de óleos. “

A partir da redação transcrita e das merca doriasincluídas nessa classificação, verifica-se que não estão nelacontempladas apenas preparações solventes, mas vári os outrosprodutos derivados de óleos de petróleo ou de miner ais betuminosos,bem como preparações constituídas principalmente po r mistu ras dehidrocarbonetos não saturados. Dentre os produtos n elaclassificados, com códigos próprios, encontram-se a s gasolinas,naftas, óleos leves, óleo diesel, lubrificantes, qu erosenes etc.,alguns deles, inclusive, sujeitos à substituição tr ibutária em

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virtude de prescrições contidas em outros dispositiv osregulamentares.

Assim, ao ter sido especificado um determinado tipo demercadoria, dentre as que compõem a posição 2710, c onclui-se quesomente as contempladas na descrição estão submetid as aos efeitosdo regime de substituição tributária de que trata o art. 519 doRICMS, quais sejam: as preparações concebidas para solver, diluirou remover tintas, vernizes e outros. Por conseguin te, as demaisclassificadas na posição 2710, mas que não se desti nam ao fimespecificado, não estão abrangidas pela norma.

Desse modo, classificando-se o produto comercializa dopela consulente na posição 2710, mas não se tratand o de solventepara tintas e vernizes, não se encontra dentre as m ercadoriasreferidas no inciso II do a rt. 519.

Por seu turno, no tocante ao disposto no inciso III domesmo artigo, destaca-se que estão submetidos à sub stituiçãotributária as massas, pastas, ceras, encáusticas, l íquidos,preparações e outros destinados a dar brilho, limpe za, polimento oucon servação, classificados nas posições 3404, 3405.20, 3405.30,3405.90, 3905, 3907 e 3910 da NCM.

Portanto, outros produtos similares e de igual uso, masclassificados em outras posições, não se submetem a essasistemática, por ser requisito à aplicação da r egra a simultâneaidentidade entre a descrição da mercadoria e a clas sificação na NCMindicada. Precedentes: Consultas n. 27/2010 e n. 10 0/2009.

Pelos motivos expostos, conclui-se estar correto oentendimento manifestado pela consulente. Assim sen do, ficarevogada, a partir da publicação desta resposta, a Consulta n.77/2009, no que conflitar com o aqui manifestado.

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PROTOCOLO: 11.066.675-6

CONSULTA Nº: 09, de 7 de fevereiro de 2012.

CONSULENTE: SUPERMARCAS DISTRIBUIDORA LTDA.

SÚMULA: ICMS. MEDICAMENTOS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. BASEDE CÁLCULO.

RELATORA: CLEONICE STEFANI SALVADOR

A consulente, inscrita no CAD/ICMS na atividade dedistribuidora atacadista de artigos de escritório e de produtos dehigiene pessoal, informa que está iniciando operaçõ es com produtosfarmacêuticos, sendo de sua responsabilidade a rete nção do impostorel ativo às operações subsequentes, conforme estabelec e o art.536-M do RICMS, nas saídas destinadas a revendedore s paranaenses.

Expõe que o mercado de medicamentos é objeto de reg ulaçãoe controle, nos termos da Lei Federal n. 10.742/200 3, tendo sidocriada, com o fim de monitorar os preços dos produtos, a C âmara deRegulação do Mercado de Medicamentos - CMED, que te m dentre suasfunções competência para fixar as margens de comerc ialização demedicamentos. Como decorrência, a CMED divulga o Pr eço Máximo aoConsumidor - PMC, correspondente ao maior valor para venda aoconsumidor, que é determinado a partir do preço inf ormado pelofabricante (Preço Fábrica - PF).

Por seu turno, registra que a legislação tributária (§ 1ºdo art. 11 da Lei n. 11.580/1996, combinad o com o art. 536-N doRICMS) estabelece como base de cálculo para retençã o do imposto porsubstituição tributária o preço constante de tabela sugerida peloórgão competente para venda a consumidor e, na falt a deste, o preçomáximo de venda sugerido ao públ ico pelo estabelecimentoindustrial.

Desse modo, a base de cálculo de retenção em relaçã o amedicamentos deve corresponder ao PMC divulgado pel a CMED.

No entanto, esclarece não ser possível afirmar que taisvalores seriam uma sugestão de preços ao consumid or, porquanto noconcorrido setor farmacêutico o PMC não é efetivame nte praticado,em razão de substanciosos descontos concedidos pelo s comerciantes.

Assim, com fundamento no princípio da livre iniciat iva,consagrado na Constituição da República, que se op õe à cartelizaçãode preços e, paralelamente, no princípio constituci onal dalegalidade, que reserva à lei complementar a compet ência para fixara base de cálculo dos tributos, expõe que não seria constitucionala adoção do preço ao consumidor unilateralme nte sugerido pelofabricante, até porque não existe qualquer divulgaç ão ou controle

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oficial desses valores por parte da Fazenda Estadua l.

Por fim, menciona que os medicamentos fitoterápicos eoutros, classificados como de notificação simplificada , foramli berados do critério de ajuste de preços pela Resolu ção CMED n.5/2003, inexistindo para esses o PMC e, por consegu inte, qualquerlista de preços ou tabela divulgando o preço sugeri do.

Reafirmando seu entendimento de que o PMC não pode serutilizado como b ase de cálculo para determinação do ICMS devido porsubstituição tributário, expõe que, na falta de out ro parâmetro,deveria o imposto ser calculado na forma prevista n o § 1º do art.536-N do RICMS.

Após tais colocações, formula as seguintes indagaçõ es:

1. é lícita a utilização do PMC divulgado pela CMED c omobase de cálculo de retenção, tendo em vista que sua atuação estálimitada à regulação do preço máximo a ser praticad o pelo comérciovarejista, não tendo competência para sugerir preço de venda aconsumidor final?

2. Em sendo afirmativa a resposta à questão anterio r,qual a fonte oficial para consulta do PMC, levando em conta oprincípio da legalidade tributária (alínea “a” do i nciso III doart. 146 da Constituição Federal)?

3. Ainda, com fundamento no p rincípio da legalidade,poderiam ser utilizados como base de cálculo de ret enção os valoresde venda a consumidor final sugeridos pelo estabele cimentoindustrial, por meio de e-mail, tabelas promocionai s ou outrasdivulgações comerciais?

4. Em caso negativ o, qual a fonte oficial para consultado preço máximo de venda a consumidor sugerido ao p úblico peloestabelecimento industrial, previsto no art. 536-N do RICMS?

5. Caso a consulente deva utilizar o PMC para a for maçãoda base de cálculo relativa à substit uição tributária, seriaaplicável o disposto no § 1º do art. 536-N do RICMS para osmedicamentos liberados da fixação de preços pela CM ED?

RESPOSTA

As formulações postas dizem respeito à determinação dabase de cálculo, para fins de substituição tributár ia, cujas regrasestão dispostas no art. 8º da Lei Complementar n. 8 7/1996.

Nos termos prescritos pela lei, tratando-se de mercadoriaou serviço cujo preço final a consumidor, único ou máximo, seja

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fixado por órgão público competente, a base de cálc ulo do imposto,para fins de substituição tributária, é o referido preço por eleestabelecido (§ 2º do art. 8º) .

Inexistindo fixação de preços por órgão público, ma sexistindo preço final a consumidor sugerido pelo fa bricante ouimportador, poderá a lei estabelec er como base de cálculo estepreço (§ 3º do art. 8º) .

Por seu turno, a Lei n. 11.580/1996, no art. 11, ta mbémassim dispôs, mas determinando que a base de cálcul o será o preçofinal a consumidor sugerido pelo fabricante ou impo rtador, sempreque existir ta l preço, nos termos do § 2º ( Existindo preço final aconsumidor sugerido pelo fabricante ou importador, a base decálculo será este preço, na forma estabelecida em a cordo, protocoloou convênio ).

Nas demais situações, quando inexistentes preços fi xadosou sugeridos, a base de cálculo, para fins de substitu içãotributária, deverá ser dimensionada com fundamento no que dispõe oinciso II do art. 8º da Lei Complementar n. 87/1996 (inciso II doart. 11 da Lei n. 11.580/1996).

Depreende-se do exposto que a base de cálculo presumida,relativamente às operações com mercadorias, corres ponderá:

- ao preço fixado por órgão competente (§1º do art. 11 daLei n. 11.580/1996);

- ao preço sugerido pelo fabricante ou importador, naausência de preço fixado (§ 2º do art. 11 da Lei n. 11.580/1996);

- ao somatório das parcelas seguintes, na inexistên ciados preços antes referidos (inciso II da Lei n. 11. 580/1996):

a) o valor da operação realizada pelo substitutotributário ou pelo substituído intermediário;

b) o montante dos v alores de seguro, de frete e de outrosencargos cobrados ou transferíveis aos adquirentes;

c) a margem de valor agregado, inclusive lucro, rel ativaàs operações subsequentes.

Relativamente às operações com produtos farmacêutic os, oRegulamento do ICMS, a provado pelo Decreto n. 1.980/2007,observando os ditames legais, estabelece a base de cálculo parafins de substituição tributária, nos seguintes term os:

“Art. 536-N. A base de cálculo para retenção do imp osto será opreço constante de tabela sugerido pel o órgão competente paravenda a consumidor e, na falta deste, o preço máxim o de vendaa consumidor sugerido ao público pelo estabelecimen to

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industrial, acrescido, em ambos os casos, do valor do fretequando não incluído no preço.

§ 1º Inexistindo o valor d e que trata o "caput", a base decálculo será o preço praticado pelo remetente nas o peraçõescom o comércio varejista, neste incluídos o IPI, o frete oucarreto até o estabelecimento varejista, e demais d espesasdebitadas ao destinatário, adicionado da par cela resultante daaplicação dos percentuais a seguir indicados:

a) produtos classificados na NCM, nas posições 3002 - soros evacinas (exceto nos itens 3002.30 e 3002.90); 3003 -medicamentos (exceto no código 3003.9056); 3004 - m edicamentos(exceto no c ódigo 3004.9046) (LISTA NEGATIVA): 33,00%;

b) produtos classificados na NCM, nas posições 3002 - soros evacinas (exceto nos itens 3002.30 e 3002.90); 3003 -medicamentos (exceto no código 3003.9056); 3004 - m edicamentos(exceto no código 3004.9046), quan do beneficiados com aoutorga do crédito para o PIS/PASEP e a COFINS, pre visto noart. 3° da Lei Federal n. 10.147, de 21 de dezembro de 2000(LISTA POSITIVA): 38,24%;

c) produtos classificados na NCM no item 3006.30 - preparaçõesopacificantes (contrastan tes) para exames radiográficos ereagentes de diagnóstico concebidos para serem admi nistradosao paciente, e nos códigos 3005.10.10 - ataduras,esparadrapos, gazes, sinapismos, pensos, etc. e 300 6.60.00 -preparações químicas contraceptivas à base de hormô nio (LISTANEGATIVA) (Convênio ICMS 134/10):

1. 33,00%, nas operações internas;

2. 42,73%, nas operações interestaduais;

d) produtos classificados na NCM no item 3006.30 - preparaçõesopacificantes (contrastantes) para exames radiográf icos ereagentes de d iagnóstico concebidos para serem administradosao paciente, e nos códigos 3005.10.10 - ataduras,esparadrapos, gazes, sinapismos, pensos, etc. e 300 6.60.00 -preparações químicas contraceptivas à base de hormô nios,quando beneficiados com a outorga do créd ito para o PIS/PASEPe a COFINS, previsto no art. 3° da Lei Federal n. 1 0.147, de21 de dezembro de 2000 (LISTA POSITIVA) (Convênio I CMS134/10):

1. 38,24%, nas operações internas;

2. 48,35%, nas operações interestaduais;

e) produtos relacionados no art. 5 36-M, exceto aqueles de quetratam as alíneas “a” a “d” deste parágrafo, desde que nãotenham sido excluídos da incidência das contribuiçõ esprevistas no inciso I do "caput" do art. 1° da Lei n.10.147/2000, na forma do § 2° desse mesmo artigo (L ISTA

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NEUTRA):

1. 41,38%, nas operações internas;

2. 51,73%, nas operações interestaduais.

§ 2º Quando o estabelecimento industrial fabricante ,importador ou arrematante de mercadoria importada e apreendidanão realizar operações diretamente com o comércio v arejista, ovalor inicial para o cálculo mencionado no parágraf o anteriorserá o preço praticado pelo distribuidor ou atacadi sta.

§ 3º A base de cálculo prevista neste artigo será r eduzida emtrinta por cento para os medicamentos similares, 25 % (vinte ecinco por c ento) para os medicamentos genéricos e dez porcento para os demais produtos, não podendo resultar em cargade ICMS inferior a sete por cento, dispensado o est ornoproporcional dos créditos. (Ver art. 3º do Decreto n.º 8.746de 16.11.2010).

§ 4º O substitu to tributário transmitirá, via internet, para oendereço [email protected], a tabela dos preços sug eridos aopúblico referida no "caput" e, no prazo de cinco d ias, sempreque houver qualquer alteração; e informará em que r evistaespecializada ou outro mei o de comunicação a tabela foidivulgada ao consumidor.”

Com isso, responde-se ao solicitado na ordem em quecolocadas as questões.

1. A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos -CMED, criada pela Lei n. 10.742/2003 com o objetivo de adotar,implemen tar e coordenar atividades relativas à regulação ec onômicado mercado de medicamentos, tem, dentre suas atribu ições, a funçãode estabelecer critérios para fixação e ajuste de p reços demedicamentos, inclusive das margens de comercializa ção a seremobserva das pelos representantes, distribuidores, farmácias edrogarias.

A partir do Preço Fábrica - PF, que corresponde ao preçomáximo pelo qual um laboratório ou distribuidor de medicamentospode comercializar no mercado brasileiro um medicam ento que produz,e das margens de comercialização, todos apurados segu ndo critériosfixados pela CMED, é estabelecido o Preço Máximo ao Consumidor -PMC, que representa o teto a ser praticado por farm ácias edrogarias na venda de medicamentos ao consumidor, s egundo apolític a vigente de regulamentação de medicamentos.

Assim, sendo a CMED o órgão competente para fixar o scritérios para obtenção dos valores correspondentes ao PMC, essesvalores correspondem à base de cálculo do ICMS, par a fins desubstituição tributária, nos te rmos definidos em lei. Ainda que talpreço não seja de prática obrigatória pelos comerci antesvarejistas, haja vista que vendas por valores infer iores podem ser

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realizadas, sua utilização como parâmetro para a ba se de cálculo deretenção do imposto vem ao encontro do que dispõe a legislaçãotributária. Cabe registrar, ademais, que o Regulame nto do ICMSestabelece a aplicação de um percentual de redução para adeterminação da base de cálculo, conforme define o § 3º do art. 536-N.

2. O PMC é amplamente divul gado, conforme exigido pelaCMED, que determina às empresas fabricantes a ampla divulgação dospreços de seus medicamentos, por meio de publicaçõe s especializadasde grande circulação, conforme previsão contida nas resoluçõeseditadas para dispor sobre a definição e reajustes de preços demedicamentos.

Da mesma forma, as unidades de comércio varejista e stãoobrigadas a manter à disposição dos consumidores e dos órgãos dedefesa do consumidor as listas dos preços de medica mentosatualizadas. Ressalta-se, in clusive, que a divulgação do PMC deverácontemplar os diferentes preços decorrentes da inci dência dascargas tributárias de ICMS praticadas nos Estados d e destino.

Ainda, menciona-se que a lista atualizada de preços(Preço Fábrica e Preço Máximo ao Consumi dor) se encontra disponívelno site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA.

3. O PMC deve corresponder à base de cálculo de ret enção,em relação a todos os medicamentos para os quais fo i estabelecido,observada a redução estabelecida no § 3º do art. 536-N do RICMS, detrinta por cento para os medicamentos similares, 25 % (vinte e cincopor cento) para os medicamentos genéricos e dez por cento para osdemais produtos, não podendo resultar em carga de i mposto inferiora sete por cento.

Para os me dicamentos não submetidos ao controle depreços, em relação aos quais não há PMC fixado e di vulgado nostermos do que dispõem as resoluções da CMED, a base de cálculo seráo preço de venda ao consumidor sugerido pelo estabe lecimentoindustrial, acrescido d o valor do frete se não incluído no preço,nos termos do que dispõe o caput do art. 536-N, qua ndo o fabricantedivulga de maneira oficial esse preço, conforme exp licitado no itemseguinte.

Assim, não encontra respaldo na legislação a utiliz açãode preços s ugeridos pelo fabricante por meio de e-mails e tabe laspromocionais na determinação de base de cálculo. Al iás, éimportante registrar que na definição da metodologi a de pesquisa aser efetuada pelas unidades federadas e pelas entid adesrepresentativas do s egmento envolvido, para fixação da margem devalor agregado de que trata o inciso II do art. 8º da LeiComplementar n. 87/1996, estabelecida no Convênio I CMS 70/1997,celebrado pelos Estados no âmbito do Conselho Nacio nal de PolíticaFazendária - CONFAZ, d ispôs-se que devem ser desconsiderados os

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preços de promoção, bem como aqueles submetidos a q ualquer tipo decomercialização privilegiada, na determinação do pr eço usualmentepraticado.

4. O preço máximo de venda sugerido ao público pelofabricante, em re lação a medicamentos não submetidos ao controle eregulação pela CMED, deve constar em listas ou tabe las oficiais eser divulgado em publicações especializadas, distri buídas aoscomerciantes varejistas e ao público em geral. O fa bricante tem,ainda, a obri gação de transmitir, via internet, para o endereç[email protected], a referida tabela de preços, sem pre que houverqualquer alteração, informando em que revista espec ializada, ououtro meio de comunicação, a tabela foi divulgada a o consumidor (§4º do ar t. 536-N).

5. No caso de o produto farmacêutico não estar suje itoaos critérios para obtenção de preços estabelecidos pela CMED equando inexistente, também, preço máximo para venda ao consumidorfinal sugerido e divulgado oficialmente pelo fabric ante, dev e seradotado, na determinação da base de cálculo, o disp osto no § 1º doart. 536-N.

Menciona-se, com fulcro no disposto no art. 659 do RICMS,que dispõe o contribuinte o prazo de até quinze dia s, a partir dadata da ciência da resposta, para adequar os pr ocedimentos járealizados ao que foi esclarecido, caso tenha proce dido de formadiversa.

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PROTOCOLO: 11.261.495-8

CONSULTA Nº: 10, de 2 de março de 2012.

CONSULENTE: IPIRANGA PRODUTOS DE PETRÓLEO S.A.

SÚMULA: ICMS. VENDA DE LUBRIFICANTES A AGROINDÚSTRIASPARANAENSES. DIFERIMENTO. INAPLICABILIDADE.

RELATORA: ORIANA CHRISTINA ZARDO

A consulente atua no ramo de comércio atacadista decombustíveis derivados de petróleo, lubrificantes e combustíveis deorigem mineral em bruto. Relata que pretende vende r lubrificantepara empresa agroindustrial, a qual atua no ramo de produção deaçúcar e etanol, dentre outros. Através de declaração, a empresaadquirente afirma que se enquadra no conceito de “e mpresapreponderantemente exportadora”, nos termos do disp osto no art. 95,item 50 e § 9º do Regulamento do ICMS aprovado pelo Decreto n.1.980, de 21.12.2007. A consulente entende que deve benefi ciar-sedo diferimento previsto no dispositivo retromencion ado, uma vez queo lubrificante, relativamente ao adquirente citado, classifica-secomo produto secundário, sendo utilizado nos veícul os de frota delavoura, para manejo e transporte da cana-de-açúcar , e nosprocessos industriais de produção de açúcar e álcoo l. Informa aindaque as notas fiscais conterão a expressão “Saída de produto comICMS diferido para empresa agroindustrial preponder antementeexportadora, de acordo com o item 50, do artigo 95, do Decreto n.1.980/2007”.

Indaga se está correto seu entendimento.

RESPOSTA

Primeiramente, transcrevem-se os dispositivos perti nentesà questão:

RICMS

“Art. 95. Sem prejuízo das disposições específicas previstasneste Regulamento, são abrangidas pelo diferimento asseguintes mercadorias:

(…)

50. matérias-primas, materiais intermediários, secu ndários eembalagens, destinados a estabelecimentos industria is queoperem preponderantemente na fabricação de pr odutos destinados

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à exportação;

(…)

§ 8º O diferimento do pagamento do imposto previsto no item 50não se aplica às aquisições de energia elétrica e d emercadorias sujeitas ao regime de substituição trib utária, eàs prestações de serviço de comunicação;

Ar t. 489. É atribuída a condição de sujeito passivo p orsubstituição, para fins de retenção e recolhimento do ICMSrelativo às operações subsequentes com os combustív eis elubrificantes, derivados ou não de petróleo, a segu irrelacionados, com a respectiva c lassificação na NCM -Nomenclatura Comum do Mercosul (art. 18, inciso IV, da Lei n.11.580/1996; Convênios ICMS 110/07, 146/07, 101/08 e 136/08):

(...)

VI - ao produtor, em relação às operações com óleos epreparações lubrificantes (2710.19.3 e 3403);”.

Conforme se observa, o entendimento da consulente est áincorreto, uma vez que o benefício descrito no art. 95, item 50 doRICMS não se aplica às mercadorias sujeitas ao regi me dasubstituição tributária, sendo esse o caso do lubri ficante.

Esse matéria já foi objeto de análise pelo SetorConsultivo, mediante a Consulta n. 52, de 3 de julh o de 2010, daqual transcrevem-se partes pertinentes para melhor elucidação doentendimento:

“CONSULTA Nº: 52, de 3 de julho de 2010

(...)

Como se vê, os lubrificantes em ques tão não são matéria-prima,material intermediário, material secundário ou mate rial deembalagem dos produtos que o destinatário industria liza, peloque inaplicável ao caso o diferimento de que trata o item 50do artigo 95 do RICMS/2008.

Com efeito, conform e esclarece a consulente, a adquirenteutilizará os lubrificantes para fins de manutenção de seusmaquinários, equipamentos e tratores agrícolas para transportede sua produção, o que não deve ser confundido com o processode transformação que visa à obten ção do produto final.

O previsto no artigo 35 do RICMS/2008, além de ter aaplicabilidade restrita ao seu próprio âmbito, diz respeitounicamente ao aspecto da não cumulatividade do impo sto.

A vedação ao mencionado diferimento também decorre do dispostono § 8º do artigo 95 do RICMS/2008, já que nele se fa zreferência a que não se aplica a mercadorias que se sujeitam à

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substituição tributária e não a operações sujeitas a essetratamento tributário.

Do exposto incorreta a aplicação do diferimento par a ahipó tese descrita pela consulente.

A questão n. 2 resulta prejudicada em vista da resp osta àquestão n. 1.”

Posto isso, nos termos do art. 659 do RICMS, tem aconsulente, a partir da data da ciência da resposta , o prazo de atéquinze dias para adequar os proce dimentos já realizados, casoesteja procedendo de modo diverso do respondido.

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PROTOCOLO: 11.193.463-0

CONSULTA Nº: 11, de 9 de fevereiro de 2012.

CONSULENTE: PADO S/A. INDUSTRIAL, COMERCIAL E IMPORTADORA.

SÚMULA: ICMS. DEVOLUÇÃO DE MERCADORIA POR NÃOCONTRIBUINTE DO ICMS.

RELATORA: MARGARETE MARIA MAZZOLA

A consulente expõe que atua no ramo de fabricação d eartigos de serralheria, como cadeados, puxadores, f echaduras,fixadores e amortecedores de porta, chaves, partes e peças decadeados e fechaduras. Aduz que realiza vendas de s ua produção paraconstrutora s localizadas em todo o território nacional. No ent anto,pode ocorrer dessas mercadorias serem devolvidas, s endo que muitasdelas não possuem inscrição estadual por não se rev estirem dacondição de contribuintes do ICMS e, por conseguint e, não possuíremnota fiscal. Ainda relata que em outros casos as cons trutorasinformam não ser possível emitir nota fiscal avulsa para documentaro retorno dos produtos. Assim, a própria consulente emite notafiscal de devolução para acompanhar o trânsito das mercadorias.

I nforma que não encontrou correspondência regulament arpara os procedimentos que vem adotando, pois entend e que o art. 148do RICMS não lhe concede o respaldo necessário.

Ante aos fatos apresentados, indaga se é possível e mitirnota fiscal de entrada para e sse tipo de operação, haja vista quenão há outra forma de documentar a devolução das me rcadoriasocorridas neste e em outros Estados. Em caso negati vo, perguntacomo deve proceder.

RESPOSTA

Observa-se, primeiramente, o que dispõe o art. 148 doRICMS, ap rovado pelo Decreto nº 1.980, de 21.12.2007, sobre o qualse sustenta a dúvida da consulente, in verbis :

“RICMS

SUBSEÇÃO IV

DA EMISSÃO DE NOTA FISCAL NA ENTRADA DE BENS OU DE MERCADORIAS

Art. 148. O contribuinte, excetuado o produtor rura l inscritono CAD/ PRO, emitirá nota fiscal (Convênio SINIEF, de 15.12 .70,

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arts. 54 a 56; Ajustes SINIEF 5/71, 16/89 e 3/94):

I - no momento em que entrarem em seu estabelecimen to, real ousimbolicamente, bens ou mercadorias:

a) novos ou usados, remetidos a qualquer título p or produtoresagropecuários ou pessoas físicas ou jurídicas não o brigados àemissão de documentos fiscais;

(…)

§ 1º Para acompanhar o trânsito das mercadorias, at é o localdo estabelecimento destinatário-emitente, o documen to previstoneste artigo será emi tido antes de iniciada a remessa, nasseguintes hipóteses:

a) quando o estabelecimento destinatário assumir o encargo deretirar ou de transportar os bens ou as mercadorias , aqualquer título, remetidos por particulares ou por produtoresagropecuários, do mesmo ou de outro Município;”.

Esclarece-se que as empresas de construção civil, n oParaná, somente estão desobrigadas de manter inscri ção estadual noscasos dispostos no art. 313 do RICMS, que não abran ge esse tipo deempresa quando há o fornecimento de m ateriais, in verbis:

“Art. 313. Não está sujeito à inscrição no CAD/ICMS :

I - a empresa que se dedicar às atividades profissi onaisrelacionadas com a construção civil, para prestação deserviços técnicos, tais como: elaboração de plantas , projetos,estudos , cálculos, sondagens de solos e assemelhados;

II - a empresa que se dedicar exclusivamente à pres tação deserviços em obras de construção civil, mediante con trato deadministração, fiscalização, empreitada ou subempre itada, semfornecimento de materiais.” (grifa-se)

Considerando o caso relatado pela consulente para a soperações internas, e entendendo que a situação apr esentada não é ade retorno de mercadoria não entregue descrita no a rt. 273 do RICMSe sim a de devolução de produtos por empresas const ruto ras nãocontribuintes do ICMS, após transcorrido algum temp o da compra, ouseja, no momento em que a devolução não pode mais s er feita com amesma nota fiscal de venda, conclui-se que para as devoluções comtrânsito dentro do território paranaense, desde q ue assuma oencargo de retirar ou de transportar os bens ou as mercadorias, osprocedimentos a serem adotados estão dispostos no a rt. 148, inc. I,§ 1º, alínea “a”, do RICMS, combinado, conforme o c aso, com osartigos 265 a 267, 271 e 274, todos do mesmo d iploma regulamentar,transcritos a seguir:

“CAPÍTULO I

DA DEVOLUÇÃO E DO RETORNO DE MERCADORIA

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SEÇÃO I

DA DEVOLUÇÃO OU TROCA DE MERCADORIA EM VIRTUDE DE GARANTIA

Art. 265. Na hipótese de devolução de mercadoria ou troca,esta entendida a substituição por u ma ou mais da mesma espécieou de espécie diversa em decorrência de garantia, r ealizadapor pessoa física ou por pessoa não obrigada a emit irdocumento fiscal, o estabelecimento recebedor dever á:

I - emitir nota fiscal para documentar a entrada, c om destaq uedo imposto, a qual terá por natureza da operação "D evolução demercadoria em garantia";

II - consignar na nota fiscal mencionada no inciso I, onúmero, a série, a data e o valor do documento fisc aloriginal, bem como o número, a data da expedição e o te rmofinal do certificado de garantia;

III - colher, nesta nota fiscal, ou em documento ap artado, aassinatura da pessoa que promover a devolução, indi cando aespécie e o número do respectivo documento de ident idade.

§ 1º Para efeito do disposto neste artig o, considera-se comogarantia a obrigação legal ou a assumida pelo remet ente oufabricante, de substituir a mercadoria.

§ 2º O prazo de garantia é aquele fixado no respect ivocertificado, contado da data de sua expedição ao co nsumidor,ou o previsto em lei .

§ 3º O documento fiscal mencionado no "caput" dever á serlançado no livro Registro de Entradas, nas colunas "ICMS -Valores Fiscais - Operações ou Prestações com Crédi to doImposto".§ 4º Quando o estabelecimento recebedor tratar-se d e empresaenquadrad a no Simples Nacional, o documento de que trata oinciso I deverá ser emitido sem destaque do imposto .

§ 5º O produtor rural emitirá Nota Fiscal de Produt or paraacompanhar o transporte da mercadoria, por ocasião de suadevolução ou troca, devendo o estabe lecimento recebedor emitirnota fiscal para documentar sua entrada, com destaq ue doimposto, se for o caso, dispensada a exigência prev ista noinciso III.

Art. 266. Na saída da mercadoria em substituição à devolvida,o estabelecimento deverá emitir nota fi scal indicando comodestinatário o adquirente original da mercadoria, c om destaquedo imposto, quando devido.

Art. 267. Na hipótese de remessa ao fabricante da m ercadoriadevolvida, o estabelecimento remetente deverá emiti r NotaFiscal, modelo 1 ou 1-A, se m destaque do imposto, que terácomo natureza da operação "Devolução ou troca de me rcadoria em

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garantia", hipótese em que deverá estornar o crédit o pelaaquisição original.

DA DEVOLUÇÃO POR PARTICULAR, SEM CLÁUSULA DE GARANTIA

Art. 271. Na devolução de mer cadoria, sem cláusula degarantia, por particular, o estabelecimento poderá creditar-sedo imposto debitado por ocasião da saída da mercado ria, desdeque:

I - haja prova inequívoca da devolução;

II - o retorno se verifique dentro do prazo de sess enta dias,contados da data da saída da mercadoria.

Parágrafo único. O estabelecimento recebedor deverá :

a) emitir nota fiscal para documentar a entrada, m encionandoo número, a série, se for o caso, a data e o valor dodocumento fiscal original;

b) colher, na nota fiscal emitida para documentar a entrada,ou em documento apartado, a assinatura da pessoa qu e promovera devolução, indicando a espécie e o número do resp ectivodocumento de identidade;

c) lançar o documento referido na alínea "a", no li vroRegistro de E ntradas, consignando os respectivos valores nascolunas "ICMS - Valores Fiscais - Operações ou Pres tações comCrédito do Imposto".

(...)

Art. 274. Na operação de devolução, total ou parci al, demercadoria ou bem, inclusive recebido em transferên cia,aplic ar-se-á, inexistindo disposição em contrário, a mes mabase de cálculo e a mesma alíquota constante do doc umento queacobertar a operação anterior de recebimento da mer cadoria oubem (Convênio ICMS 54/00).”

Ressalta-se que toda operação, inclusive de devolu ção,deve estar amparada em provas de sua efetividade, e stando dentre ascomprovações: a identificação das notas fiscais de venda com a dedevolução, o documento de trânsito, documentos fina nceiros como decomprovação de pagamento e ressarcimento da devolu ção, certificadode garantia quando for o caso, documento de substit uição damercadoria quando houver etc.

Nesses termos, entende-se correto o seu procediment o noque diz respeito à devolução de mercadorias em oper ações internaspor construtoras não inscri tas no CAD/ICMS do Paraná,equiparando-as a consumidores finais, emitindo nota fiscal deentrada nos termos regulamentares, inclusive para d ocumentar otrânsito dos produtos. Ressalvando, conforme dispos to no RICMS, anecessidade de comprovação da efetivid ade da operação.

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No entanto, esta resposta não abrange procedimentosrealizados em outras unidades da Federação, pois, e mbora o art. 148do RICMS seja proveniente de um Convênio entre os e ntes federados,podem haver particularidades em relação às empresas construtorasnas legislações de outros Estados, que não são de c ompetênciatributária do Estado do Paraná. Assim, sugere-se qu e a consulenteverifique os procedimentos definidos pelas respecti vas unidadesfederadas.

Vale observar que, quanto ao direito ao crédito, cabeatender o prazo de 60 dias para devolução de mercad orias porconsumidores finais, conforme art. 27 do RICMS, in verbis:

“Art. 27. Fica ainda garantido o direito ao crédit o:

I - quando as mercadorias anteriormente oneradas pe lo tributoforem objeto de:

a) devolução por consumidor final, desde que o reto rno ocorraaté sessenta dias contados da data do fato gerador; ”.

No que estiver procedendo de forma diversa ao expos to napresente resposta, deverá a consulente observar o d isposto noartigo 659 do RICMS, que prevê o prazo de até 15 (quinze) dia s paraa adequação de seu procedimento ao ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 10.664.380-6

CONSULTA Nº: 12, de 14 de fevereiro de 2012.

CONSULENTE: TNL PCS S/A.

SÚMULA: ICMS. PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DE COMUNICAÇÃO. PRAZOPARA O RECOLHIMENTO DO IMPOSTO.

RELATOR: CLÁUDIO CARLOS WELZEL

A consulente informa ter como objeto social a prest açãode serviço de comunicação, sendo sua atividade prin cipal aprestação de Serviço Móvel Pessoal – SMP, cadastrad a naClassificação Nacional de Atividades Econômicas – C NAE com o código6120-5/01.

Diz pr estar, também, como atividade secundária, o serviçode comunicação na modalidade de televisão por assin atura, Direct ToHome – DTH.

Aduz que o Regulamento do ICMS prescreve no inciso VII doart. 65 os prazos para o recolhimento do imposto na prestação deserviços de comunicação, dispondo que para as empres as registradasnas CNAE especificadas na alínea “b” desse disposit ivo regulamentaro recolhimento deve ser feito até o dia quinze do m ês subsequenteao da ocorrência do fato gerador, inclusive para o códig o6120-5/01; e para as demais atividades de comunicaç ão nãoclassificadas na alínea “b” antes referida, o prazo para ocumprimento dessa obrigação é o determinado pela al ínea “a” domesmo inciso: até o dia cinco do mês subsequente ao da ocorrênciado fato gerador.

Por exercer mais de uma atividade econômica, para f ins doestabelecimento do prazo para recolhimento do impos to, afirmarespeitar as regras designadas à atividade preponde rante daempresa, no caso, a de Serviço Móvel Pessoal – SMP, CNAE 6120-5/01,efetuando o recolhimento do imposto no dia quinze d o mêssubsequente ao da ocorrência do fato gerador, conso ante o dispostona alínea “b” do inciso VII do art. 65 do Regulamen to do ICMS. Aofinal, questiona se está correto esse entendimento .

RESPOSTA

I nicialmente, listam-se os códigos e as descrições d asatividades econômicas mencionados pela consulente, previstas naClassificação Nacional de Atividades Econômicas – C NAE, versão 2.0,

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aprovada pela Comissão Nacional de Classificação – CONCLA1,conforme s egue:

“6120-5/01 - TELEFONIA MÓVEL CELULAR

6120-5/99 - SERVIÇOS MÓVEIS PESSOAIS - SMP

6143-4/00 - OPERADORAS DE TELEVISÃO POR ASSINATURA PORSATÉLITE - DIRECT TO HOME – DTH”

Se analisados os dados da consulente no cadastro decontribuintes da Receita Estadual, constata-se que das atividadeseconômicas por ela referidas há apenas o registro d a atividade deprestação de serviço de Telefonia Móvel Celular – c ódigo CNAE6120-5/01, nada constando sobre a prestação de Serv iço MóvelPessoal – SMP, CNAE 6120-5 /99 (cuja descrição da atividade foiequivocadamente atribuída pela consulente ao código CNAE 6120-5/01)e sobre o serviço de comunicação na modalidade de t elevisão porassinatura por satélite, Direct To Home – DTH, CNAE 6143-4/00.

Assim, em face da falta de correspondência entre asatividades econômicas informadas e a registrada nos dadoscadastrais da consulente, deve essa verificar a cor retacaracterização dos serviços prestados para, então, se for o caso,providenciar a adequada classificação e registro .

Em que pese o exposto, serão analisados e informado s osprazos de pagamento do imposto para cada código da CNAEmencionados pela consulente.

Para isso, reproduzem-se a seguir os incisos do art . 65do Regulamento do ICMS (RICMS), aprovado pelo Decre to n. 1.980, de21 de dezembro de 2007, onde estão estabelecidos os prazos para opagamento do imposto na prestação de serviço de com unicaçãorelacionados com essas atividades econômicas:

“Art. 65. O ICMS deverá ser pago nas seguintes form as e prazos(art. 36 d a Lei n.11.580/96):

VII - na prestação de serviço de comunicação:

a) até o quinto dia do mês subsequente ao da ocorrê ncia dofato gerador, na prestação de serviço de comunicaçã o, excetoem relação ao disposto na alínea seguinte;

b) até o dia quinze do mê s subsequente ao da ocorrência dofato gerador, quando se tratar de contribuinte enqu adrado noscódigos CNAE-versão 2.0 - 6110-8/01, 6110-8/02, 611 0-8/99,6120-5/01, 6120-5/02, 6120-5/99 ou 6130-2/00, sendo que, atítulo de antecipação, até o dia cinco do mês subsequente,deverá ser recolhido o montante correspondente a 80 % do valor

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do imposto total pago no mês anterior;

XVII - em GNRE, até o dia 10 do mês subseqüente ao dasprestações de serviços de telecomunicações não medi dos, comcobrança por período s definidos, na hipótese de o prestador deserviço estar localizado em outra unidade federada e o tomadordo serviço localizado neste Estado, no montante de 50% dovalor do serviço prestado (Convênio ICMS 47/00); (G rifou-se).”

Observa-se da legislação tran scrita que os contribuintesenquadrados nos códigos CNAE 6120-5/01 e 6120-5/99, por estaremrelacionados na alínea “b” do inciso VII, deverão e fetuar orecolhimento do imposto devido na prestação desses serviços decomunicação no mês subsequente ao da ocor rência do fato gerador doimposto, em duas etapas nos, seguintes prazos: a) a té o dia cinco,a título de antecipação, no montante correspondente a 80% do valordo imposto pago no mês anterior; b) até o dia 15 em relação aorestante do imposto apurado e dev ido.

Destaca-se que nos dados cadastrais da consulente p erantea Receita Estadual já consta o prazo de pagamento p revisto naalínea “b” do inciso VII do art. 65 do RICMS para a CNAE6120-5/01, única com registro.

Em relação à atividade de prestação de ser viço decomunicação de televisão por assinatura por satélit e - DTH, CNAE6143-4/00, por ter como característica a execução p or meio deserviço não medido, assim entendido aquele em que o s clientes dasoperadoras pagam, por período definido, uma mensali dade fixa porponto de recepção, necessário, também, observarem-s e as disposiçõesda alínea “c” do inciso III e do § 8º do art. 21 do RICMS:

“Art. 21. O local da operação ou da prestação, para os efeitosda cobrança do imposto e definição do estabelecimentor esponsável, é (art. 22 da Lei n. 11.580/96):

III - tratando-se de prestação onerosa de serviço d ecomunicação:

c) o do estabelecimento ou domicílio do tomador do serviço,quando prestado por meio de satélite;

...

§ 8º Na hipótese do inciso III, tratand o-se de serviços nãomedidos, que envolvam localidades situadas em difer entesunidades federadas e cujo preço seja cobrado por períodosdefinidos, o imposto devido será recolhido em parte s iguaispara as unidades federadas onde estiverem localizad os o

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pre stador e o tomador, observado o contido nos incisos VII eXVII do art. 65.”

Depreende-se dos dispositivos transcritos que olegislador adotou como local da prestação do serviç o de comunicaçãopor satélite, como é o caso do serviço de televisão por assinat ura,para efeitos da cobrança do imposto e definição do responsávelpelo seu recolhimento, o do estabelecimento ou domi cílio do tomadordo serviço, e que, nos casos em que essas prestaçõe s envolvamlocalidades situadas em diferente unidades federada s, o i mpostodevido será rateado em partes iguais para as unidad es ondeestiverem localizados o prestador e o tomador do se rviço.

No entanto, em que pese o § 8º do art. 21 prever ofracionamento do montante do imposto devido nas pre stações deserviços não medido s, que envolvam diferentes unidades federadas,não alterou os prazos de pagamento estabelecidos no s incisos VII eXVII do art. 65 do RICMS, em relação à parcela do i mposto devida aoEstado do Paraná sobre essas prestações, conforme c onsta na partefinal de sse dispositivo regulamentar.

Desse modo, considerando que o prestador do serviço decomunicação de televisão por assinatura por satélit e – DTH, CNAE6143-4/00, esteja localizado no Paraná, o imposto sobre essasprestações deverá ser recolhido a este Esta do no prazo estabelecidona alínea “a do inc. VII do art. 65 do RICMS, vez q ue o códigodessa atividade econômica não consta relacionado na alínea “b” domesmo inciso. Integralmente, quando o tomador dess e serviço tambémestiver localizado no Paraná, e pa rcialmente quando esse estiversituado em outra unidade federada, na proporção pre vista no § 8º doart. 21 do RICMS. A outra parcela do imposto, devid a à unidadefederada de localização do tomador do serviço, tamb ém emdecorrência do previsto no § 8º do ar t. 21 citado, deverá serrecolhida nos prazos e formas por ela estabelecida em sualegislação.

O prazo de pagamento da parcela do imposto prevista noinciso XVII do art. 65 do RICMS (até dia 10 do mês subsequente),referida no § 8º do art. 21 antes reprodu zido, não tem relevânciapara o caso ora tratado, pois sua observação está d irecionada aoprestador localizado em outra unidade federada, que não é o caso daconsulente, estabelecida no Paraná.

Ainda em relação à atividade econômica classificada nocódigo CNAE 6143-4/00, em função da introdução do § 5º ao art. 319do RICMS, implementada pelo art. 1º, alteração 653ª , do Decreto n.1.635, de 09.06.2011, produzindo efeitos a partir d e 05.04.2011,abaixo reproduzido, deve ser observada a necessidad e de manutenç ãode inscrição estadual específica para o estabelecim ento que operarnessa modalidade de serviço:

“Art. 319. As empresas prestadoras de serviços de

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telecomunicação, relacionadas em Ato Cotepe, centra lizarão, emum único estabelecimento, a inscrição no CAD /ICMS, a escritafiscal e o recolhimento do imposto correspondente à sprestações efetuadas por todos os seus estabelecime ntosexistentes no território paranaense (Convênios ICMS 126/98,30/99 e 22/08).

§ 5º Será exigida inscrição estadual específica doestabelecimento responsável pela distribuição dos si naistelevisivos quando a empresa de telecomunicações, d e que tratao "caput", prestar serviço de televisão por assinat ura viasatélite (Convênio ICMS 22/2011).”

Assim, com a exigência de inscrição estadua l específicapara a CNAE 6143-4/00, verifica-se que cada modalid ade dos serviçosde comunicação informados terá regramento próprio e stabelecendo osprazos para o pagamento do imposto, quais sejam: pa ra a CNAE6143-4/00, o prazo previsto é o da na alínea “a ” do inc. VII doart. 65 do RICMS; e para as CNAE 6120-5/01 e 6120-5 /99 é o daalínea “b” do mesmo inciso, sendo que, nesse caso, será em duasetapas: até dia 5 e até dia 15.

Por derradeiro, frisa-se que, a partir da ciência d esta,terá a consulente, em ob servância ao artigo 659 do Regulamento doICMS, o prazo de até quinze dias para adequar os se us procedimentoseventualmente já realizados em conformidade com o q ue foi aquiesclarecido, no caso de que os tenha praticado dive rsamente,ressalvado o disposto na alínea “c” do § 1º do art. 654 do mesmoRegulamento.

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PROTOCOLO: 11.071.267-7

CONSULTA Nº: 13, de 9 de fevereiro de 2012.

CONSULENTE: PONTAMED FARMACÊUTICA LTDA.

SÚMULA: ICMS. ALÍQUOTA. OPERAÇÕES INTERNAS.

RELATORA: MARGARETE MARIA MAZZOLA

A consulente expõe que atua no comércio atacadista demedicamentos, drogas de uso humano, instrumentos e materiais parauso médico, cirúrgico, hospitalar e de laboratórios . E solicitaesclarecimentos sobre a aplicação da alíquota descr ita no art. 14,inc. II, alínea “w”, item 10 do RICMS/2008.

Aduz que não está claro se aplica a alíquota de 12% àssaídas em operações internas de todos os produtos a rrolados nossubgrupos das posições 9018 e 9019 da NCM. Por cons eguinte, informaque comercializa diversos prod utos que se enquadram nessessubgrupos e exemplifica: agulhas (NCM 9018.32.1), s eringas (NCM9018.31), cateteres (NCM 9018.39.29), cânulas e ins trumentossemelhantes (9018.39.29). Esclarece que, embora ent enda que adescrição do dispositivo regulamentar em questão não sejaexatamente o contido nesses códigos capitulares des sas NCM, vemaplicando a alíquota de 12% a todos os produtos des critos nossubgrupos das posições NCM 9018 e 9019.

Assim, indaga se pode ser aplicada a alíquota de 12 %nessas operações in ternas?

RESPOSTA

A Lei nº 16.016, de 19.12.2008, introduziu alteraçõ es naLei nº 11.580/1996, no tocante às alíquotas, dispon do em seu art.14, inc. II, alínea “x”, item 10, (tendo como corre spondente noRICMS, aprovado pelo Decreto nº 1.980/2007, o art. 14, inc. II,alínea “w”, item 10), in verbis :

“Art. 14. As alíquotas internas são, conforme o cas o e deacordo com a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) o u aNomenclatura Brasileira de Mercadorias - Sistema Ha rmonizado(NBM/SH), assim distribuídas:

(…)

I I - alíquota de doze por cento nas prestações de se rviço detransporte intermunicipal e nas operações com os se guintes

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bens e mercadorias, (...).

x) da indústria de automação e eletrônica:

(…)

10. instrumentos e aparelhos digitais para medicina, cirurgia,odontologia e veterinária (NCM 9018); aparelhos dig itais demecanoterapia; de ozonoterapia, de oxigenoterapia, deaerossolterapia; aparelhos digitais respiratórios d ereanimação e outros aparelhos digitais de terapia r espiratória(NCM 9019);”. (grifa-se)

O dispositivo legal em questão faz referência às NCM 9018e 9019, as quais estão relacionadas adiante:

“90.18 Instrumentos e aparelhos para medicina, cirurgia,odontologia e veterinária , incluídos os aparelhospara cintilografia e outros aparelhos eletroméd icos,bem como os aparelhos para testes visuais.(grifa-se)

90.19 Aparelhos de mecanoterapia ; aparelhos de massagem;aparelhos de psicotécnica; aparelhos deozonoterapia, de oxigenoterapia, de aerossolterapia ,aparelhos respiratórios de reanimação e outrosaparelhos de terapia respiratória.” (grifa-se)

Dos textos da legislação e da NCM se extrai que aalíquota descrita no dispositivo legal mencionado é aplicadaexclusivamente em operações internas de saída de in strumentos eaparelhos digitais para medicina, cirurgia, odontologia eveterinária, especificados no texto legal, pertinen tes à indústriade automação e eletrônica e relativos à posição 9018 da NCM, mesmoque em seus subgrupos.

Tal alíquota de 12% engloba também os aparelhos dig itaisde mecanoterapia, de ozonoterapia, de oxigenoterapia, deaerossolterapia, os aparelhos digitais respiratórios de reanimaçãoe outros aparelhos digitais de terapia respiratória da indústria deautomação e eletrônica da posição NCM 9019, estando excluídos osaparelhos de mas sagem e aparelhos de psicotécnica, mesmo quedigitais.

Diante do exposto, conclui-se que a alíquota de 12% paraas operações de saída internas, após 1º de abril de 2009, nãoabrange todos os produtos dos subitens dos códigos da NCM 9018 e9019, mas somente aqueles que se referem a instrumentos e aparelhosrelacionados na norma legal e desde que atendam às condições deserem digitais, originários da indústria de automação e e letrônica .

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Logo, entende-se que as operações com os produtosexemplificados pela con sulente não estão abrangidas por essaalíquota, pelo fato de não atenderem às condições n ormativas.Nesses termos, deve a consulente observar a alíquot a correspondentepara cada mercadoria comercializada e quantificar e ventualdiferença de imposto decorren te desta resposta.

Assim, no que estiver procedendo de forma diversa a oexposto na presente resposta, deverá a consulente o bservar odisposto no art. 659 do RICMS, que prevê o prazo de até 15 (quinze)dias para a adequação de seu procedimento ao ora es clar ecido.

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PROTOCOLO: 11.037.019-9

CONSULTA Nº: 14, de 2 de fevereiro de 2012.

CONSULENTE: SIMOLDES PLÁSTICOS BRASIL LTDA.

SÚMULA: ICMS. GÁS LIQUEFEITO DE PETRÓLEO (GLP). CRÉDITO.

RELATORA: MARGARETE MARIA MAZZOLA

A consulente, estabelecimento industrial, expõe que atuano ramo de fabricação de plásticos injetados destin ados,principalmente, à indústria automotiva. Aduz que ut iliza gásliquefeito de petróleo (GLP) em alguns equipamentos industriais,basicamente como fonte de energia para a linha de secagem depintura de peças, em substituição à energia elétric a.

Assim, indaga se é possível se creditar do valor do ICMSreferente à entrada de GLP, empregado como fonte en ergética eintegralmente utilizado no processo pr odutivo, na forma em quepermite o Regulamento do ICMS para os casos de entr ada de energiaelétrica.

Acrescenta que as Consultas nº 037/2003, nº 119/200 2 e nº111/2002 são favoráveis ao creditamento do ICMS inc idente nasaquisições de GLP, que faça parte d o processo produtivo naqualidade de fonte energética.

RESPOSTA

Veja-se, primeiramente, o que dispõem as consultasmencionadas acerca da dúvida exposta, in verbis :

“Consulta nº 037/2003

A consulente, atuando no ramo de fornecimento de al imentos,informa que para suas atividades utiliza diariamente o gás decozinha.

(…) em conformidade com o princípio da não-cumulati vidade doICMS, e consoante o admitem os dispositivos legais aquireproduzidos. Com efeito, é permitida a utilização de créditosoriundos da a quisição do gás liquefeito de petróleo, pois talproduto, neste caso, é considerado um insumo indust rial,classificado como fonte energética, imprescindível àpreparação de alimentos.

(…) O procedimento para apropriação dos créditos or iundos dasaquisições de produtos sujeitos à Substituição Tributária est á

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disciplinado no supratranscrito art 23, § 12, alíne a “a” doRICMS/01. Em se tratando de utilização parcial do i nsumo noprocesso industrial, o crédito deverá ser apropriad oproporcionalmente, na forma pr evista na alínea “b” do mesmoartigo.

Consulta nº 119/200

(…) Legítima é a apropriação de crédito do ICMS em decorrênciade aquisição tributada de gás liqüefeito de petróle o - GLP,desde que empregado como insumo no processo industr ial docontribuinte (f onte energética).

Tratando-se de operação com produto submetido à tri butaçãopelo regime da substituição tributária, deverá a co nsulenteobservar o contido no art. 440 do RICMS, aprovado p elo Decretonº 5.141/2001 (…)

Consulta nº 111/2001

(…) Sobre a matér ia em tela, este Setor Consultivo já sepronunciou algumas vezes, externando o entendimento pelalegitimidade da utilização integral do crédito do I CMS pago naaquisição do GLP utilizado como insumo no processo produtivo,na condição de fonte energética.

Em face de o GLP estar sujeito ao regime de substitu içãotributária, a recuperação do crédito de ICMS pela s ua entradaestá disciplinada no artigo 488, §§ 1º e 2º do RICM S/PR,aprovado pelo Decreto n.º 2.736/96 (...)”

Assim, em conformidade com as consultas exaradas, éentendimento deste Setor Consultivo que a consulent e pode usufruirdo crédito fiscal relativo à entrada do GLP que é u tilizado noprocesso de industrialização (fonte de energia), ob servadas asregras descritas nas consultas citadas, e enfatiza ndo o disposto noart. 22, § 11, alíneas “a” e “b” do RICMS, in verbis :

“Art. 22. O imposto é não-cumulativo, compensando-s e o que fordevido em cada operação relativa à circulação de me rcadoriasou prestação de serviços de transporte interestadua l einter municipal e de comunicação com o montante cobrado n asanteriores por este Estado ou por outra unidade fed erada,apurado por um dos seguintes critérios (art. 23 da Lei n.11.580/96):

I - por período;

II - por mercadoria ou serviço à vista de cada ope ração ouprestação;

III - por estimativa, para um determinado período e stabelecidona legislação, em função do porte ou da atividade d oestabelecimento.

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(...)

§ 11. Nas operações com mercadoria sujeitas ao regi me dasubstituição tributária, em relação às operaç ões concomitantesou subseqüentes, em que o destinatário substituído sejacontribuinte e não destine a mercadoria à comercial ização, bemcomo quando a acondicionar em embalagem para revend a ou autilizar no processo industrial, caso tenha direito ao crédit odo imposto, deverá observar o seguinte:

a) quando a mercadoria adquirida não for destinada àcomercialização, ou for acondicionada em embalagem pararevenda ou utilizada no processo industrial, o val or docrédito corresponderá ao montante resultante da aplicação daalíquota interna sobre o valor que serviu de base d e cálculopara a retenção, sendo que, em não se conhecendo o valor doimposto, o mesmo poderá ser calculado mediante a ap licação daalíquota vigente para as operações internas sobre o valor deaquisição da mercadoria, ressalvado o disposto na a línea "b";

b) quando apenas parte da mercadoria não for destin ada àcomercialização, ou for acondicionada em embalagem pararevenda ou utilizada no processo industrial, poderá o créditoser apropriado, pr oporcionalmente a esta parcela, o qualcorresponderá ao valor resultante da aplicação da a líquotainterna sobre o valor que serviu de base de cálculo para aretenção, mediante nota fiscal para este fim emitid a, cujanatureza da operação será "Recuperação d e Crédito", que deveráser lançada no campo "Outros Créditos" do livro Reg istro deApuração do ICMS, sendo que, em não se conhecendo o valor doimposto, o mesmo poderá ser calculado mediante a ap licação daalíquota vigente para as operações internas sobre o valor deaquisição da mercadoria.”

No que estiver procedendo de forma diversa ao expos to napresente resposta, deverá a consulente observar o d isposto noartigo 659 do RICMS, que prevê o prazo de até 15 (q uinze) dias paraa adequação de seu procedimento ao ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 11.062.996-6

CONSULTA Nº: 15, de 2 de fevereiro de 2012.

CONSULENTE: D'AGOSTINHO REPRESENTAÇÕES COMERCIAIS LTDA.

SÚMULA: ICMS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA.TRIBUTAÇÃO DOESTOQUE.

RELATORA: CLEONICE STEFANI SALVADOR

A consulente, que tem como atividade principal o co mércioatacadista de cosméticos e produtos de perfumaria, informa quedentre as mercadorias que revende se incluem as mam adeirasclassificadas no código 3924.90.00 da NCM, que adqu ire de empresadomiciliad a no Estado de São Paulo.

Tendo em vista que o referido produto passou a obed ecer oregime da substituição tributária, com a edição do Decreto n.1.396, de 12 de maio de 2011, que produziu efeitos a partir de 1ºde maio de 2011, indaga:

- qual o procedimen to a ser adotado para apuração doimposto devido por substituição tributária, referen te ao estoqueexistente, haja vista a falta de menção acerca dess a matéria noreferido decreto?

- Como deve proceder em relação às saídas que promo veu noperíodo de 1º.5.2 011 a 30.6.2011, uma vez que as vendas foramnormalmente debitadas, com apuração do imposto por meio deGIA/ICMS?

Esclarece que, em relação às compras ocorridas no m ês demaio, o remetente não praticou a retenção do ICMS r elativo àsoperações subsequentes e que efetuou, em 30.6.2011, o levantamentodas mercadorias em estoque, cujo ICMS devido por su bstituiçãotributária está sendo recolhido de forma parcelada (em seisparcelas), juntamente com o imposto apurado em GIA.

RESPOSTA

Primeiramente, expõe-se que a mamadeira classificada nocódigo 3924.90.00 da Nomenclatura Comum do Mercosul - NCM foiincluída na sistemática da substituição tributária a partir daedição do Decreto n. 1.396, de 12 de maio de 2011, que deu novaredação ao caput do art. 536-G do Regu lamento do ICMS, aprovadopelo Decreto n. 1.980/2007.

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A redação então vigente já contemplava o regime desubstituição tributária, com vigência a partir de 1 º.6.2010, paraas mamadeiras classificadas nos códigos 3923.30.00, 3924.10.00,4014.90.90 e 7010.20. 00 da NCM, nos termos do Decreto n. 7.091, de13.5.2010.

Relativamente aos tipos de mamadeiras já submetidos àsubstituição tributária, cabe esclarecer que a nova redação dada aodispositivo regulamentar citado (art. 536, caput ) modificou ospercentuais de margem de valor agregado a serem observados nadeterminação da base de cálculo presumida.

Ainda, menciona-se que, em razão de as disposições doDecreto n. 1.396, de 12.5.2011, produzirem efeitos a partir de1º.5.2011, conforme estabelecido em seu art. 2º, foram objeto deconvalidação os procedimentos realizados, no períod o compreendidoentre 1º.5.2011 e 12.5.2011, pelos substitutos trib utários, emconformidade com a tabela de produtos, códigos NCM e margens devalor agregado de que trata o art. 536-G, com a redação dada peloDecreto n. 7.091/2010, nos termos prescritos no art . 3º do Decreton. 1.921, editado em 8.7.2011, que tem a seguinte r edação:

“Art. 3º Ficam convalidados os procedimentos realiz ados deacordo com a tabela de que trata o art. 536-G, com redaçãodada pelo Decreto n. 7.091, de 13 de maio de 2010, peloscontribuintes substitutos tributários nas operações comcosméticos, perfumaria, artigos de higiene pessoal e detoucador, de que trata a Seção XVIII do Capítulo XX do TítuloIII do Regulament o do ICMS, aprovado pelo Decreto n. 1.980, de21 de dezembro de 2007, durante o período de 1º a 1 2 de maiode 2011.”.

Assim, diante da legislação exposta, tem-se que, a partirde 13.5.2011, as operações com mamadeiras classific adas no código3924.90.00 da NCM estão sujeitas à substituição tributária, sendoresponsável pela retenção e recolhimento do ICMS re lativo àsoperações subsequentes o estabelecimento industrial fabricante, oimportador, o arrematante de mercadoria importada e apreendida ou,ainda, qua lquer estabelecimento remetente localizado nas unid adesfederadas indicadas, dentre os quais se inclui o Es tado de SãoPaulo, segundo dispõe o art. 536-E do RICMS, in verbis :

“Art. 536-E. Ao estabelecimento industrial fabrican te,importador ou arrematante de mercadoria importada eapreendida, que promover a saída dos cosméticos, ar tigos deperfumaria, de higiene pessoal e de toucador, relac ionados noart. 536-G com suas respectivas classificações na N CM/SH, comdestino a revendedores situados no território paranaense, éatribuída a condição de sujeito passivo por substit uição, paraefeito de retenção e recolhimento do ICMS relativo àsoperações subsequentes.

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§ 1º A responsabilidade pela retenção e recolhiment o doimposto fica também atribuída a qualquer esta belecimentoremetente localizado nos Estados do Amapá, de Minas Gerais,Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, incl usive emrelação ao diferencial de alíquotas (Protocolos ICM S 92/07,2/09, 98/09, 191/09, 41/10, 55/10, 77/10, 78/10, 1 61/10,163/10 , 164/10 e 190/10).”

Sublinha-se que, em relação ao Estado do Amapá, a r egraprescrita no § 1º do art. 536-E produziu efeitos a partir de1º.12.2011 (Decreto n. 3.501/2011).

Feitas tais considerações, responde-se ao questiona do,expondo-se que:

- as operaç ões realizadas até 12.5.2011, com mamadeirasclassificadas no código 3924.90.00 da NCM, submetem -se ao regimenormal de apuração e recolhimento do ICMS, pois for am convalidadosos procedimentos dos contribuintes substitutos trib utáriosrealizados em confor midade com as disposições do art. 536-G, com aredação dada pelo Decreto n. 7.091/2010;

- a partir de 13.5.2011, as operações promovidas po rremetente paulista estão sujeitas à substituição tr ibutária, sendoo revendedor paranaense, na condição de contribu inte substituído,corresponsável pelo pagamento do imposto quando ess e não foi retidono todo ou em parte pelo substituto tributário, con forme prevê aalínea “a” do inciso IV do art. 21 da Lei n. 11.580 /1996, inverbis :

“Art. 21. São solidariamente respons áveis em relação aoimposto:

...

IV - o contribuinte substituído, quando:

a) o imposto não tenha sido retido, no todo ou em p arte, pelosubstituto tributário;”

- o ICMS devido pelas operações praticadas porcontribuinte substituído, em relação a mercadoria sujeita àsubstituição tributária adquirida sem que o imposto tenha sidoobjeto de retenção pelo substituto tributário, deve ser calculadona forma preconizada nos incisos do art. 478, obser vadas as regrasde determinação de base de cálculo estabelecidas no art. 536-F,ambos do RICMS;

- a data de vencimento do imposto corresponde à da saídada mercadoria do estabelecimento remetente, quando esse não forinscrito no CAD/ICMS (inciso I do art. 65 do RICMS) , e ao dia novedo mês subsequente ao da saída, em se tratando de contribuintesubstituto com inscrição no cadastro de contribuint es do Estado do

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Paraná (item 10 da alínea “f” do inciso X do art. 6 5 do RICMS);

- é inerente à substituição tributária a necessidad e deos contribuintes substituídos efetivarem o levantamento dosestoques no dia anterior à vigência do regime, em r elação àsmercadorias que passam a estar nele compreendidas. A obrigação delevantar o estoque objetiva a operacionalização des sa sistemática,já que, a partir de sua vigência, os contribu intes substituídos(atacadistas ou varejistas) devem comercializar ess es produtos semdébito de ICMS. Desse modo, ainda que o Decreto n. 1.396/2011 nadatenha mencionado a respeito do estoque, a regra con stou no Decreton. 7.091/2010, que incluiu as mamade iras na substituiçãotributária. Em seu art. 2º (adiante transcrito), es tá determinada aforma e o prazo de recolhimento do imposto referen te a mercadoriaestocada – mediante débito do valor no campo "Outro s Débitos" dolivro Registro de Apuração do ICMS, na apuração correspondente aomês de ingresso da mercadoria no regime –, sendo es se preceito,portanto, aplicável também às mamadeiras classifica das na NCM3924.90.00:

“Art. 2º Os estabelecimentos enquadrados na condiçã o decontribuintes substituídos nas operações com mamadeiras,classificadas nas posições 3923.30.00, 3924.10.00, 4014.90.90e 7010.20.00, da NCM/SH, de que trata o art. 536-G doRegulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto n. 1.980 , de 21 dedezembro de 2007, sobre os estoques existentes e in ventariadosem 31 de maio de 2010, deverão:

I - calcular a base de cálculo da retenção do impos to porsubstituição tributária;

II - sobre o valor calculado, aplicar a alíquota pr ópria paraas operações internas;

III - recolher o imposto apurado na forma do inciso II,mediante débito do valor no campo "Outros Débitos" do livroRegistro de Apuração do ICMS, na apuração correspon dente aomês de maio de 2010.

§ 1º Os estoques apurados serão valorados segundo o s critériosutilizados pelo contribuinte no controle permanente deestoques ou ao custo de aquisição mais recente, e deverão serescriturados no livro Registro de Inventário.

§ 2º As microempresas e empresas de pequeno porte, enquadradasno Regime Especial Unificado de Arrecadação de Trib utos eContribuiçõe s - Simples Nacional, instituído pela LeiComplementar n. 123, de 14 de dezembro de 2006, dev erão:

a) aplicar, sobre a base de cálculo obtida na forma do incisoI, o percentual do ICMS correspondente à faixa de r eceitabruta, determinado de acordo com a ta bela de que trata o art.3º da Lei n. 15.562, de 4 de julho de 2007, relativ amente aomês de maio de 2010;

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b) recolher o imposto apurado na forma da alínea “a ” em GR-PR,até o dia quinze do mês de junho de 2010.”

Por fim, informa-se que tem a consulente o prazo de atéquinze dias, a partir da data da ciência da respost a, para adequarseus procedimentos ao que foi esclarecido, conforme preconiza oart. 659 do RICMS.

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PROTOCOLO: 10.498.716-8

CONSULTA Nº: 16, de 7 de março de 2012.

CONSULENTE: CALMIX PREPARAÇÃO DE ARGAMASSA E CONCRETO LTDA.

SÚMULA: PREPARAÇÃO DE ARGAMASSA DE CONCRETO. TRANSPORTEATÉ O LOCAL DA OBRA. OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS.

RELATOR: VALÉRIO PASSOLD

A consulente informa que atua no ramo de preparação demassa de concreto e argamassa para construção civil , as quais sãocolocadas em caminhões próprios e em cujo transport e, durante otrajeto, é terminada a mistura dos ingredientes até o encerramentoda p restação de serviços que se dá pela entrega do conc reto usinadona obra.

Entende que está enquadrada no item 7.02 do Anexo I ,Tabela I, da Lei Complementar nº 116/2003, sendo, p ortanto, taisatividades tributadas pelo ISS.

Indaga se o transporte do concret o usinado deve serdocumentado por nota fiscal de transporte, muito em bora entenda quenão seja necessário, ao teor da Consulta n. 283, de 28 de dezembrode 1998, razão pela qual pretende emitir um documen to de controledenominado “Ordem de Serviço de Conc retagem” para o acompanhamentoda carga, no qual constarão as especificações do co ncreto, local daentrega, nome do cliente e dados do motorista do ca minhão.

RESPOSTA

Preliminarmente, transcrevem-se excertos do RICMSaprovado pelo Decreto nº 1.980/2007:

“Art. 312. A empresa de construção civil deverá man terinscrição no CAD/ICMS, em relação a cada estabeleci mento, paracumprimento das obrigações previstas neste Regulame nto.

§ 1º Entende-se por empresa de construção civil, pa ra osefeitos deste artigo, tod a pessoa natural ou jurídica, quepromova, em seu nome ou de terceiros, a circulação demercadoria ou a prestação de serviço de transporte, naexecução de obras de construção civil, tais como:

a) construção, demolição, reforma ou reparação de p rédios oude outras edificações;

b) construção e reparação de estradas de ferro ou r odagem,

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incluindo os trabalhos concernentes às estruturas i nferiores esuperiores de estradas e obras de arte;

c) construção e reparação de pontes, viadutos, logr adourospúblicos e out ras obras de urbanismo;

d) construção de sistemas de abastecimento de água e desaneamento;

e) execução de obras de terraplenagem, de pavimenta ção emgeral, hidráulicas, elétricas, hidrelétrica, maríti mas oufluviais;

f) execução de obras de montagem e c onstrução de estruturasem geral;

g) serviços auxiliares ou complementares necessário s àexecução das obras, tais como de alvenaria, de inst alação degás, de pintura, de marcenaria, de carpintaria, deserralheria.

§ 2º O disposto neste artigo aplica-se, ta mbém, aosempreiteiros e subempreiteiros, responsáveis pela e xecução deobras no todo ou em parte.

Art. 315. O estabelecimento inscrito sempre que pro mover saídade mercadoria ou transmissão de sua propriedade fic a obrigadoà emissão de nota fiscal.

§ 1º N a hipótese da mercadoria ser retirada diretamente d olocal da obra, tal fato será consignado no campo "I nformaçõesComplementares" do quadro "Dados Adicionais" da not a fiscal,indicando-se, além dos requisitos exigidos, o ender eço desta.

§ 2º Tratando-se d e operação não sujeita ao ICMS, amovimentação de mercadoria ou outro bem móvel, entr e osestabelecimentos do mesmo titular, entre estes e a obra ou deuma para outra obra será feita mediante a emissão d e notafiscal, com as indicações dos locais de proced ência e destino.

§ 3º A mercadoria adquirida de terceiros poderá ser remetidadiretamente para a obra, desde que no documento fis cal constemo nome, o endereço e os números de inscrição, estad ual e noCNPJ, da empresa de construção, bem como a indicaçã o ex pressado local onde será entregue.

§ 4º O contribuinte poderá manter impressos de docu mentosfiscais no local da obra, desde que conste no livro Registrode Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Oco rrências osseus números, série, sendo o caso, bem como o local da obra aque se destinarem.”

O Setor Consultivo tem se manifestado no sentido de que aatividade desenvolvida pela consulente está fora do campo deincidência do ICMS, enquadrando-se no disposto no i tem 7.02 do

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Anexo I, Tabela I, da Lei Comp lementar n. 116/2003. PrecedenteConsultas n. 043/2004, 093/2007 e 022/1997.

Entretanto, para efeito da legislação do ICMS, send o aconcretagem uma atividade da construção civil, tida como a fasefinal de um processo de elaboração de elementos de infraestr utura esuperestrutura, está sujeita ao cumprimento de obri gaçõesacessórias.

Observe-se que a relação das atividades contida no § 1ºdo art. 312 do RICMS não é exaustiva. A expressão “ tais como” émeramente exemplificativa, podendo ser enquadradas como co nstruçãocivil outras atividades além daquelas ali definidas , como é o casodo serviço de concretagem.

Nos termos do § 2º do art. 315 do RICMS, a empresa deconstrução civil inscrita no cadastro do ICMS está obrigada aemitir nota fiscal na movimentação de mercadorias ou de bensmóveis, entre os estabelecimentos do mesmo titular, entre esses e aobra ou de uma para outra, na qual deverão ser info rmados os locaisde procedência e destino.

Quanto às especificações adicionais do concreto, es taspoderão ser des critas no campo “Informações Complementares” da not afiscal. As demais informações já são de preenchimen to obrigatórioquando da emissão de tal documento fiscal.

Por derradeiro, frisa-se que, nos termos do art. 65 9 doRICMS, a partir da ciência da resposta , a consulente terá,observado o disposto no § 1º do art. 654 do RICMS e independente dequalquer interpelação ou notificação fiscal, o praz o de até 15 diaspara adequar os procedimentos já realizados ao que tiver sidoesclarecido.

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PROTOCOLO: 10.161.423-9

CONSULTA Nº: 17, de 13 de março de 2012.

CONSULENTE: TECHDAM TECNOLOGIA PARA BARRAGENS LTDA.

SÚMULA: ICMS. TRANSPORTE DE BENS DO ATIVOIMOBILIZADO. FORNECIMENTO DE MATERIAIS.INSCRIÇÃO ESTADUAL.

RELATORA: AQUILÉA ADRIANA MORESCO

A consulente, com sede em Curitiba, atua no ramo deatividade de prestação de serviços na área de engen haria civil(impermeabilização em obras), e informa que efetua operaçõesinternas e interestaduais de transporte de bens de seu ativoimobilizado e de ma teriais para consumo próprio, a título deimplementação do serviço que presta nos locais das obrascontratadas, emitindo somente nota fiscal de presta ção de serviços.

Entende que não é contribuinte do ICMS, uma vez que nãopratica o fato gerador do imposto , e cita a não incidência dotributo prevista na Lei Complementar n. 87/1996 e n o art. 4º da Lein. 11.580/1996, in verbis :

“Art. 4º O imposto não incide sobre:

(...)

V - operações relativas a mercadorias que tenham si do ou quese destinem a ser utilizadas na prestação, pelo próprio autorda saída, de serviço de qualquer natureza definido em leicomplementar como sujeito ao imposto sobre serviços , decompetência tributária dos Municípios, ressalvadas ashipóteses previstas na mesma lei complementar;

VI - op erações de qualquer natureza de que decorra atransferência de propriedade de estabelecimento ind ustrial,comercial ou de outra espécie;”.

Indaga se a legislação citada é a aplicável ao casoapresentado; se deve emitir nota fiscal referente a o transporte d osbens mencionados; que modelo de nota fiscal deverá utilizar; se énecessária sua inscrição no cadastro do ICMS; e, po r fim, se épossível documentar saídas simbólicas de seus bens que foramremetidos anteriormente a uma obra.

RESPOSTA

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Preliminarmente, faz-se necessário observar que, apósprotocolizar a inicial, a consulente providenciou s ua inscrição nocadastro de contribuintes do ICMS, sob o n. 9049971 2-97.

Na sequência, a fim de subsidiar a análise do proce sso,uma vez que a consulente informou emit ir somente nota de prestaçãode serviços, verificaram-se os seguintes itens na L ista de Serviçosanexa à Lei Complementar n. 116, de 31 de julho de 2003:

“7.02 – Execução, por administração, empreitada ousubempreitada, de obras de construção civil, hidráu lica ouelétrica e de outras obras semelhantes, inclusive s ondagem,perfuração de poços, escavação, drenagem e irrigaçã o,terraplanagem, pavimentação, concretagem e a instal ação emontagem de produtos, peças e equipamentos (exceto ofornecimento de mercado rias produzidas pelo prestador deserviços fora do local da prestação dos serviços, q ue ficasujeito ao ICMS).

7.19 – Acompanhamento e fiscalização da execução de obras deengenharia, arquitetura e urbanismo.”

Depreende-se do dispositivo legal citado e da descriçãofeita pela consulente que sua atividade é atrelada à construçãocivil. Por conseguinte, nos termos da legislação do Paraná, se aempresa atuar no ramo de construção civil em territ ório paranaense,com o fornecimento de materiais, seja em seu nome ou em nome deterceiros, deverá observar o que prevê o RICMS apro vado peloDecreto n. 1.980, de 21 de dezembro de 2007, no Cap ítulo “DaConstrução Civil”, transcrito adiante (inciso II do art. 313):

“CAPÍTULO IX

DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Art. 312. A empresa de construção civil deverá manterinscrição no CAD/ICMS, em relação a cada estabeleci mento, paracumprimento das obrigações previstas neste Regulame nto.

§ 1º Entende-se por empresa de construção civil, pa ra osefeitos deste artigo, toda pessoa natural ou jurí dica, quepromova, em seu nome ou de terceiros, a circulação demercadoria ou a prestação de serviço de transporte, naexecução de obras de construção civil, tais como:

a) construção, demolição, reforma ou reparação de p rédios oude outras edificações;

b) construção e reparação de estradas de ferro ou roda gem,incluindo os trabalhos concernentes às estruturas i nferiores esuperiores de estradas e obras de arte;c) construção e reparação de pontes, viadutos, logr adourospúblicos e outras obras de urbanismo;

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d) construção de sistemas de abastecimento de água e desaneamento;

e) execução de obras de terraplenagem, de pavimenta ção emgeral, hidráulicas, elétricas, hidrelétrica, maríti mas oufluviais;

f) execução de obras de montagem e construção de e struturasem geral;

g) serviços auxiliares ou complementares necessário s àexecução das obras, tais como de alvenaria, de inst alação degás, de pintura, de marcenaria, de carpintaria, deserralheria.

§ 2º O disposto neste artigo aplica-se, também, aosempreiteiros e subempreiteiros, responsáveis pela execução deobras no todo ou em parte.

Art. 313. Não está sujeito à inscrição no CAD/ICMS:

I - a empresa que se dedicar às atividades profissi onaisrelacionadas com a construção civil, para prestação deserviços técnicos , tais como: elaboração de plantas, projetos,estudos, cálculos, sondagens de solos e assemelhado s;

II - a empresa que se dedicar exclusivamente à pres tação deserviços em obras de construção civil, mediante con trato deadministração, fiscalização, empreit ada ou subempreitada, semfornecimento de materiais.

Art. 314. Em relação à construção civil o ICMS será devido,dentre outras hipóteses:

I - na saída de materiais, inclusive sobras e resíd uosdecorrentes da obra executada, ou de demolição, qua ndoremetido s a terceiros;

II - no fornecimento de casas e edificações pré-fab ricadas enos demais casos de execução, por administração, em preitada ousubempreitada de construção civil, de obras hidrául icas e deoutras semelhantes, inclusive serviços auxiliares o ucomplementares, quando as mercadorias fornecidas foremproduzidas pelo próprio prestador fora do local da prestaçãodos serviços;

III - na entrada de bens importados do exterior;

IV - na aquisição de mercadoria ou bem destinado ao uso ouconsumo ou ao ativo p ermanente, em operação interestadual,relativamente ao diferencial de alíquotas.

Parágrafo único. O disposto no inciso IV somente se aplica nahipótese em que o estabelecimento adquirente seja c ontribuintedo ICMS

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Art. 315. O estabelecimento inscrito sempr e que promover saídade mercadoria ou transmissão de sua propriedade fic a obrigadoà emissão de nota fiscal.

§ 1º Na hipótese da mercadoria ser retirada diretam ente dolocal da obra, tal fato será consignado no campo "I nformaçõesComplementares" do quadro "Dados Adicionais" da nota fiscal,indicando-se, além dos requisitos exigidos, o ender eço desta.

§ 2º Tratando-se de operação não sujeita ao ICMS, amovimentação de mercadoria ou outro bem móvel, entr e osestabelecimentos do mesmo titular, entre estes e a obra ou deuma para outra obra será feita mediante a emissão d e notafiscal, com as indicações dos locais de procedência e destino.

§ 3º A mercadoria adquirida de terceiros poderá ser remetidadiretamente para a obra, desde que no documento fis cal constemo nome, o endereço e os números de inscrição, estad ual e noCNPJ, da empresa de construção, bem como a indicaçã o expressado local onde será entregue.

§ 4º O contribuinte poderá manter impressos de docu mentosfiscais no local da obra, desde que conste no l ivro Registrode Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Oco rrências osseus números, série, sendo o caso, bem como o local da obra aque se destinarem.

Art. 316. Os livros serão escriturados nos prazos e condiçõesprevistos neste Regulamento.

Parágra fo único. Na hipótese do § 2º do artigo 315, a notafiscal emitida deverá ser escriturada nos respectiv os livrosfiscais, nas colunas relativas a data e ao document o fiscal,fazendo constar na coluna "Observações" a natureza daoperação.”

Ademais, deverá o bservar a legislação paranaense emrelação às obrigações a serem cumpridas, nos termo s do artigo 111do RICMS, in verbis :

“Art. 111. As pessoas físicas ou jurídicas, contrib uintes ounão, responsáveis, na forma da legislação, estão ob rigadas aocumpriment o das obrigações tributárias acessórias,estabelecidas neste Regulamento (art. 46 da Lei n.11.580/96).”

Por derradeiro, observa-se que, a partir da ciênciadesta, terá a consulente, em observância ao art. 65 9 do RICMS, oprazo de até quinze dias para adeq uar os seus procedimentoseventualmente já realizados em conformidade com o q ue foi aquiesclarecido, no caso de que os tenha praticado dive rsamente.

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PROTOCOLO: 11.062.527-8

CONSULTA Nº: 18, de 17 de janeiro de 2012.

CONSULENTE: W C LUNCA - PÃES.

SÚMULA: ICMS. NOTA FISCAL ELETRÔNICA. VENDA AMBULANTE.

RELATORA: AQUILÉA ADRIANA MORESCO

A consulente, empresa que atua no comércio atacadis ta depães, bolos, biscoitos e similares, enquadrada na C NAE –Classificação Nacional de Atividades Econômicas 463 7-1/04, expõeque realiza operações de venda ambulante de seus pr odutos.

Informa que na saí da das mercadorias do estabelecimentoemite uma NF-e - Nota Fiscal Eletrônica com o CFOP - Código Fiscalde Operações e Prestações 5.904 (venda ambulante) e , acompanhandoessa, Notas Fiscais modelo 1, para emissão no momen to da venda aoconsumidor. Pretend e emitir NF-e também em relação às vendasparciais que realizar, enviando computador e impres sora portáteis ecompatíveis com o uso em veículos para que o vended or, porintermédio de acesso ao servidor da empresa, emita as notas fiscaiscom numerações sequ enciais.

Destaca que emite os documentos observando o contid o noRICMS, em seus artigos 294 e 295, os quais descreve m osprocedimentos para emissão da nota fiscal, sendo es ses omissos,porém, quanto ao meio de impressão.

Por fim, questiona se está correto o procedimento quepretende adotar.

RESPOSTA

Inicialmente, reproduz-se o que dispõe o Protocolo ICMS42/2009:

“Cláusula primeira Acordam os Estados e o Distrito Federal emestabelecer a obrigatoriedade de utilização da Nota FiscalEletrônica (NF-e) previ sta no Ajuste SINIEF 07/05, de 30 desetembro de 2005, em substituição à Nota Fiscal, mo delo 1 ou1-A, para os contribuintes enquadrados nos códigos daClassificação Nacional de Atividades Econômicas - C NAEdescritos no Anexo Único, a partir da data indica da noreferido anexo.

§ 1º A obrigatoriedade aplica-se a todas as operaçõ es

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efetuadas em todos os estabelecimentos dos contribu intesreferidos nesta cláusula que estejam localizados na s unidadesda Federação signatárias deste protocolo, ficando v edada aemissão de Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, salvo nas hi pótesesprevistas neste protocolo.

§ 2º A obrigatoriedade de emissão de Nota Fiscal El etrônica -NF-e prevista no caput não se aplica:

I - nas operações realizadas fora do estabeleciment o,relativas às saí das de mercadorias remetidas sem destinatáriocerto, desde que os documentos fiscais relativos à remessa eao retorno sejam NF-e;”.

A referida norma, alterada pelo Protocolo ICMS 85, de 9de julho de 2010, estabelece a obrigatoriedade de e missão da NF-e,em substituição à nota fiscal modelo 1 ou 1-A, paraestabelecimentos de diversos setores da economia. E ntretanto,cumpre destacar que essa obrigatoriedade não se apl ica às operaçõesrealizadas fora do estabelecimento, desde que os do cumentos fiscaisrelativ os à remessa e retorno sejam NF-e.

A seguir, transcrevem-se os artigos do RICMS, aprov adopelo Decreto n. 1.980, de 21 de dezembro de 2007, c om pertinência àdúvida da Consulente:

“Art. 294. Nas saídas internas ou interestaduais de mercadoriapara realizaç ão de operações fora do estabelecimento, semdestinatário certo, inclusive por meio de veículo, em conexãocom estabelecimento fixo, o contribuinte emitirá no ta fiscalpara acompanhar a mercadoria no seu transporte, a q ual, alémdos requisitos exigidos, co nterá (art. 41 do Convênio SINIEFs/n, de 15.12.70):

I - o destaque do imposto, calculado com a aplicaçã o daalíquota vigente para as operações internas sobre o valortotal da mercadoria;

II - a indicação dos números e das respectivas séri es, sendo ocaso, das notas fiscais a serem emitidas por ocasião daentrega da mercadoria;

III - a natureza da operação "Remessa para venda am bulante -Nota Fiscal Geral";

IV - o número e a data do romaneio de que trata o § 8º do art.138, quando for o caso.

§ 1º A nota fiscal geral será registrada no livro Registro deSaídas de acordo com as regras estabelecidas no § 3 º do art.245.

§ 2º Na hipótese de venda da mercadoria por preço s uperior aoque serviu de base de cálculo para pagamento do imp osto, sobrea diferença ser á também debitado o imposto, mediante emissão

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de nota fiscal complementar.

§ 3º O contribuinte que operar de conformidade com esteartigo, por intermédio de preposto, fornecerá a est e documentocomprobatório de sua condição.

§ 4º Para os efeitos do inciso I, se a alíquota interna forinferior à interestadual, o contribuinte deverá efe tuar acomplementação do imposto, proporcionalmente às ope raçõesinterestaduais realizadas, por ocasião do retorno d o veículo,mediante nota fiscal para esse fim emitida, obser vando-sequanto ao prazo de recolhimento o disposto no incis o XXIV doartigo 65, ressalvadas as hipóteses previstas no in ciso II domesmo artigo.

Art. 295. Por ocasião da venda da mercadoria, dever á seremitida nota fiscal, que além dos requisitos exigid os ,conterá:

I - o número, a série, sendo o caso, e a data da em issão danota fiscal geral;

II - a natureza da operação "Venda Ambulante".

Parágrafo único. A nota fiscal referida neste artig o deveráser escriturada na coluna "Observações" do livro Re gistro d eSaídas, indicando-se o número e a série, sendo o ca so.

Art. 296. No retorno de mercadoria remetida para ve nda fora doestabelecimento, será emitida nota fiscal para docu mentar aentrada de acordo com a alínea "d" do inciso I do a rt. 148(art. 54 do Convê nio SINIEF s/n, de 15.12.70).

§ 1º Relativamente às operações realizadas fora do territórioparanaense, o contribuinte, desde que possa comprov ar opagamento do imposto no Estado de destino, poderá c reditar-sedesta parcela, cujo valor não excederá à difer ença entre odestacado na nota fiscal geral, observado o dispost o no § 4ºdo art. 294, e o devido a este Estado, calculado à alíquotaaplicável às operações interestaduais realizadas en trecontribuintes.

§ 2º O crédito de que trata o parágrafo anterior de veráocorrer no mês em que retornar o veículo mediante a emissão denota fiscal para documentar a entrada, que conterá:

a) o valor total das operações realizadas em outro Estado;

b) o número e a série, sendo o caso, das notas fisc aisemitidas por ocasião da venda efetiva da mercadoria;

c) o montante do imposto devido a outro Estado, com aaplicação da respectiva alíquota vigente sobre o va lor dasoperações efetuadas em seu território;

d) o montante do imposto devido a este Estado, com aplicação

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da alíquota i nterestadual sobre o valor das operaçõesrealizadas fora do território paranaense;

e) o valor do imposto a creditar, que corresponderá adiferença entre as alíneas "c" e "d";

f) o número da respectiva guia de recolhimento rela tiva aoimposto pago em outro Estado, cujo documento ficará arquivadopara exibição ao fisco.”.

Os procedimentos relativos à venda ambulante se apl icam,independentemente da forma de emissão do documento fiscal, ou seja,por meio de Nota Fiscal Eletrônica ou Nota Fiscal, modelo 1 ou 1- A.Diante do exposto, não há impeditivo para que NF-e documenteoperações realizadas fora do estabelecimento, haven do acesso à redemundial de computadores no veículo e credenciamento docontribuinte, bem como observadas as exigências do Protocolo ICMS42/ 2009 e do Regulamento do ICMS.

O Anexo IX do RICMS, em seu art. 2º, estabelece sob re ocredenciamento do contribuinte para emissão da NF-e e, nasequência, sobre a transmissão do arquivo digital d a NF-e:

“Art. 2º Para emissão da NF-e, o contribuinte inscr i to noCAD/ICMS deverá solicitar, previamente, seu credenc iamento, naforma disciplinada em NPF.

§ 1º O contribuinte credenciado para emissão de NF- e deveráobservar, no que couber, as disposições relativas à emissão dedocumentos fiscais por sistema eletrô nico de processamento dedados, nos termos da Subseção II da Seção V do Capí tulo IV doTítulo II e do Capítulo XVII do Título III, deste R egulamento.

(…)

Art. 5º A transmissão do arquivo digital da NF-e de verá serefetuada via internet, por meio de protoco lo de segurança oucriptografia, com utilização de software desenvolvi do ouadquirido pelo contribuinte ou disponibilizado pelo fisco.

Parágrafo único. A transmissão referida no “caput” implicasolicitação de concessão de Autorização de Uso da N F-e.”.

Denota-se, portanto, que não há óbices nos dispositivostranscritos para a emissão da NF-e da forma descrit a pelaconsulente.

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PROTOCOLO: 11.178.757-3

CONSULTA Nº: 19, de 2 de fevereiro de 2012.

CONSULENTE: COMPANHIA ULTRAGAZ S/A.

SÚMULA: ICMS. NOTA FISCAL ELETRÔNICA. CARTA DE CORREÇÃO.

RELATORA: AQUILÉA ADRIANA MORESCO

A consulente, empresa que atua no comércio varejist a degás liquefeito de petróleo – GLP, expõe que está ob rigada a emitirNota Fiscal Eletrônica - NF-e - desde abril de 2009 , de acordo como Ajuste SINIEF 7/2005 e o Protocolo ICMS 10/2007.

Informa que o a rt. 205 do RICMS prevê a utilização decarta de correção para algumas hipóteses, citando o dispositivoregulamentar:

“Art. 205. Fica permitida a utilização de carta de correção,dispensada a necessidade de visto fiscal pela repar tição deorigem, para regu larização de erro ocorrido na emissão dedocumento fiscal, desde que o erro não esteja relac ionado com(Ajuste SINIEF 01/07):

I - as variáveis que determinam o valor do imposto tais como:base de cálculo, alíquota, diferença de preço, quan tidade demercado ria e o valor da operação ou da prestação;

II - a correção de dados cadastrais que implique mu dança doemitente, tomador, remetente ou do destinatário (Aj uste SINIEF02/08);

III - a data de emissão ou de saída.

Parágrafo único. Quando o imposto destacado n o documentofiscal for maior que o devido, sem prejuízo do disp osto no §2º do art. 60, a carta de correção emitida para reg ularizaçãodeverá, obrigatoriamente, ser visada pela repartiçã o fiscal deorigem.”.

Destaca que por meio do Ajuste SINIEF 10/2011, d o qual oEstado do Paraná é signatário, ficou estabelecida a data limite de30.6.2012 para a utilização da carta de correção em papel, parasanar erros em campos específicos de NF-e.

Por fim, questiona se poderá utilizar a carta de co rreçãoem papel até a data prevista no Ajuste SINIEF citado e qual aprevisão legal que obriga os contribuintes paranaen ses à utilizaçãoda carta de correção eletrônica.

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RESPOSTA

Inicialmente, reproduz-se o que dispõe o Ajuste SIN IEF10/2011 acerca da matéria:

“ Cláusula segun da Ficam acrescentados os seguintesdispositivos no Ajuste SINIEF 07/05 , de 30 de setembro de2005, com as respectivas redações:

I - o § 3º na cláusula décima oitava:

“§ 3º As NF-e que, nos termos do inciso II do § 3º da cláusulaquarta, forem diferenciada s somente pelo ambiente deautorização deverão ser regularmente escrituradas n os termosda legislação vigente, acrescentando-se informação explicandoas razões para esta ocorrência.”;

II - o § 7º na cláusula décima quarta-A:

“§ 7º A partir de 1º de julho d e 2012 não poderá ser utilizadacarta de correção em papel para sanar erros em camp osespecíficos de NF-e.”.

Respondendo aos questionamentos da consulente, nos termosdo disposto no art. 14-A do Anexo IX do RICMS, apro vado peloDecreto n. 1.980, de 21 de d ezembro de 2007, esclarece-se que apósa concessão da Autorização de Uso da NF-e o contrib uinte poderásanar erros em campos específicos da NF-e por meio de CC-e – Cartade Correção Eletrônica e, em relação ao prazo indag ado, foiacrescentado o § 6º ao mes mo artigo, pela alteração 790ª constantedo art. 1º do Decreto n. 3.501, de 14.12.2011, nort eando osprocedimentos a serem adotados, in verbis :

“Art. 14-A. Após a concessão da Autorização de Uso da NF-e, deque trata o art. 7º, durante o prazo estabelecido no “Manualde Integração - Contribuinte” o emitente poderá san ar erros emcampos específicos da NF-e, observado o disposto no art. 205deste Regulamento, por meio de CC-e - Carta de Corr eçãoEletrônica, transmitida ao fisco (Ajustes SINIEF 7/ 2005,8/2007 e 12/2009).

§ 1º A CC-e deverá atender ao leiaute estabelecido no “Manualde Integração - Contribuinte” e ser assinada pelo e mitente comassinatura digital certificada por entidade credenc iada pelaInfraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP- Brasil,contendo o número do CNPJ de qualquer dos estabelec imentos docontribuinte, a fim de garantir a autoria do docume ntodigital.

§ 2º A transmissão da CC-e será efetivada via inter net, pormeio de protocolo de segurança ou criptografia.

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§ 3º A cientificação da recepção da CC-e será feita medianteprotocolo disponibilizado ao emitente, via internet , contendo,conforme o caso, a “chave de acesso”, o número da N F-e, a datae a hora do recebimento da solicitação pelo fisco e o númerodo protocolo, podendo ser aut enticado mediante assinaturadigital gerada com certificação digital do fisco ou outromecanismo de confirmação de recebimento.

§ 4° Havendo mais de uma CC-e para a mesma NF-e, o emitentedeverá consolidar na última todas as informações an teriormenteretif icadas.

§ 5º O protocolo de que trata o § 3º não implica va lidação dasinformações contidas na CC-e.

§ 6º A partir de 1º de julho de 2012 não poderá ser utilizadacarta de correção em papel para sanar erros em camp osespecíficos da NF-e (Ajuste SINIEF 10/2 011).”.

A título de informação, no Estado do Paraná foi edi tada aNPF - Norma de Procedimento Fiscal n. 95/2009, cons olidada com asalterações das NPF n. 67/2010, 104/2010, 108/2010 e 58/2011, quedispõem sobre a utilização de NF-e por contribuinte s parana enses.

Por fim, tendo em vista que a consulta foi efetuada emdata anterior à publicação do Decreto n. 3.501/2011 , justifica-se oconhecimento desta.

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PROTOCOLO: 11.182.496-7

CONSULTA Nº: 20, de 9 de fevereiro de 2012.

CONSULENTE: SIEMENS ENTERPRISE COMMUNICATIONS – TECNOLOGIA DAINFORMAÇÃO E COMUNICAÇÕES CORPORATIVAS LTDA.

SÚMULA: ICMS. OPERAÇÕES COM PRODUTOS DE INFORMÁTICA EAUTOMAÇÃO SUBMETIDOS AO REGIME DA SUBSTITUIÇÃOTRIBUTÁRIA PROMOVIDAS POR ESTABELECIMENTOINDUSTRIAL FABRICANTE. TRATAMENTO TRIBUTÁRIO.

RELATOR: JORGE NAOTO OKIDO

A Consulente, tendo por objeto social o desenvolvim ento,projeto, fabricação, montagem, consultoria, prestaç ão de serviços,assistência técnica, reparos, venda, revenda, locaç ão, manutenção,outsourcing , importação e exportação de produtos, equipamentosel etroeletrônicos e sistemas de telecomunicações e in formática, bemcomo a prestação de serviços de logística e depósit o de mercadoriaspara terceiros, exceto armazéns gerais e guarda-móv eis, informaque, por meio de sua unidade fabril localizada nest e Estad o,fabrica produtos de informática e telecomunicações que atendem àsdisposições da Lei Federal n. 8.248/1991, os quais sãocomercializados, em operações internas, com o benef ício da reduçãoda base de cálculo, consoante art. 3º da Lei n. 13. 214, de 29 dejunho de 2001.

Expõe que suas operações passaram a ser abrangidas peloregime da substituição tributária, de acordo com o Protocolo ICMS16, de 1° de abril de 2011, implementado por meio d o Decreto n.1.589/2011. E que desde 1° de agosto de 2011 é resp onsá vel, comosubstituta tributária, pelo recolhimento e retenção do ICMS dasoperações subsequentes.

Aduz que fabrica produtos de informática e automaçã o (i)sujeitos ao regime de substituição tributária, conf orme art. 481-Cdo RICMS e (ii) fabricados com o P rocesso Produtivo Básico (PPB),nos termos da Lei n. 8.248, de 23 de outubro de 199 1.

Entende ter o direito ao beneficio da redução da ba se decálculo previsto no art. 3º da Lei n. 13.214, de 29 de junho de2001, para o ICMS próprio da operação, tendo em v ista serestabelecimento fabricante de produtos com PPB, de acordo com osrequisitos da legislação federal.

Indaga, assim, se nas operações internas se aplica aredução de base de cálculo prevista na alínea “b”, § 1º, alínea“c”, inciso VI, do art. 3º da L ei n. 13.214/2001 ao ICMS devido porsubstituição tributária.

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RESPOSTA

A matéria foi objeto de análise na resposta à Consu lta n.79, de 13 de outubro de 2011, cujos excertos se tra nscrevem:

“A consulente, situada no Estado de Santa Catarina, informandoque industrializa o produto "alarme automotivo", cla ssificadona NCM 8512.30.00, aduz que o produto que fabrica a tende àsdisposições do art. 4º da Lei n. 8.248, de 23 de ou tubro de1991, e que está relacionado em portaria conjunta d osMinistérios da Ciênci a e Tecnologia e da Fazenda, baixada porforça do art. 6º do Decreto Federal n. 795, de 2 de abril de1993.

Atende, portanto, às disposições contidas na alínea "c" doinciso VI do art. 3º da Lei n. 13.214, de 29 de ju nho de2001, que dispõe sobre a reduçã o na base de cálculo do impostonas operações internas com os produtos que menciona , de modoque a carga tributária seja equivalente a sete por cento.

Estando o mesmo produto relacionado no Anexo ao Pro tocolo ICMS41, de 4 de abril de 2008, cujos signatári os, dentre outrasunidades federadas, são os Estados do Paraná e de S antaCatarina, reveste-se da condição de substituta trib utária nasvendas que realiza para comerciantes atacadistas e varejistassituados neste Estado.

Do exposto, entende que, no cálculo do ICMS a ser retido peloregime da substituição tributária nas operações des tinadas acomerciantes estabelecidos no Estado do Paraná, pod e aplicar aredução na base de cálculo do imposto sobre a alíqu otainterna, de modo que a carga tributária seja equiv alente asete por cento.

Perquire se está correto seu entendimento.

RESPOSTA

A Lei n. 8.248/1991, que dispõe sobre a capacitação ecompetitividade do setor de informática e automação , e dáoutras providências, prevê, em seu art. 4º, a conce ssão debenefíci os fiscais para as empresas de desenvolvimento ouprodução de bens e serviços de informática e automa ção queinvestirem em atividades de pesquisa e desenvolvime nto emtecnologia da informação.

O inciso VI do art. 3º da Lei n. 13.214/2001, que d ispõe sobrea redução da base de cálculo do imposto nas operaçõ es internascom os produtos que menciona, determina:

“Art. 3º Fica reduzida a base de cálculo nas operaç ões

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internas com os seguintes produtos, de tal modo que a cargatributária seja equivalente a 7%:

...

VI - produtos de informática adiante arrolados:

a) fonte de alimentação chaveada para microcomputad orclassificada no código 8504.40.9999 da NBM/SH;

b) gabinete classificado no código 8473.30.0100 da NBM/SH;

c) produtos de informática e automação, produzi dos porestabelecimentos industriais, que atendam às dispos ições doart. 4º da Lei n. 8.248, de 23 de outubro de 1991 - desde querelacionados em portaria conjunta dos Ministérios d a Ciência eTecnologia e da Fazenda, baixada por força do art. 6º doDecret o Federal n. 792, de 2 de abril de 1993 - ou do art . 2ºda Lei n. 8.387, de 30 de dezembro de 1991, regulam entada peloDecreto n. 1.885, de 26 de abril de 1996, observado o contidono § 1º.

§ 1º A aplicação do benefício previsto na alínea "c " do incisoVI deste artigo, dependerá da indicação, no documento fiscalcorrespondente à operação, dos dispositivos da legi slaçãofederal pertinente, estendendo-se também às operaçõ es:

a) com produtos classificados nos códigos 8471.92.0 401(impressoras de impacto), 8471 .92.0500 (terminais de vídeo),8517.30.0199 (exclusivamente equipamento digital de correioviva voz), 8517.40.0100 (moduladores/demoduladores (modem)digitais - em banda base), e 8542.19.9900 da NBM/SH(exclusivamente circuito de memória de acesso aleat óri o, dotipo "RAM", dinâmico ou estático, circuito de memór iapermanente do tipo "EPROM", circuito microcontrolad or para usoautomotivo ou áudio, circuito codificador/decodific ador de vozpara telefonia, circuito regulador de tensão para u so emalternadores, circuito para terminal telefônico nas funções dediscagem, ampliação de voz e sinalização de chamada );

b) com produtos de informática e automação promovid as porestabelecimento industrial que fabrique ao menos um produtoque atenda aos requisitos das leis federais citadas nareferida alínea "c" do inciso VI deste artigo.

§ 2º O benefício fiscal previsto neste artigo não a carretará aanulação proporcional dos créditos correspondentes àsentradas. ”

Portanto, caso o produto industrializado e vendido pelacons ulente atenda às disposições do art. 4º da Lei n. 8 .248,de 23 de outubro de 1991, e esteja relacionado em p ortariaconjunta dos Ministérios da Ciência e Tecnologia e da Fazenda,ou, ainda, esteja relacionado na alínea “a” do § 1º do art. 3ºda Lei n. 13.2 14/2001, poderá a consulente utilizar a reduçãoda base de cálculo prevista para o cálculo do impos to a ser

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retido por substituição tributária relativamente às operaçõessubsequentes ocorridas em território paranaense, de forma quea carga tributária seja equivalente a sete por cento.

Destaca-se que a alínea “b” do § 1º retrotranscrito determinaa redução da base de cálculo do imposto somente nas operaçõescom outros produtos de informática e automação prom ovidasdiretamente e apenas pelo estabelecimento in dustrialparanaense, desde que esse fabrique ao menos um pro duto queatenda aos requisitos das leis federais mencionadas nareferida alínea "c" do inciso VI desse artigo, não seaplicando, no caso, para as operações posteriores, cujoimposto deva ser retid o antecipadamente.”

Esclarece-se, portanto, que em relação à regra disp ostana alínea “b” do § 1º do art. 3º da Lei n. 13.214/ 2001, não cabe aaplicação da redução da base de cálculo no tocante ao ICMS dasubstituição tributária.

Diante do exposto, caso a consulente esteja procedendodiferentemente do manifestado na presente, tem o pr azo de atéquinze dias para adequar os procedimentos eventualm ente járealizados, a partir da data da ciência desta, obse rvado o dispostono § 1º do art. 654 do RICMS, indepen dente de qualquer interpelaçãoou notificação fiscal.

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PROTOCOLO: 10.735.350-0

CONSULTA Nº: 21, de 8 de março de 2012.

CONSULENTE: CONSTRUTORA TARJAB LTDA.

SÚMULA: INSCRIÇÃO ESTADUAL. OBRAS DE CONSTRUÇÃOCIVIL. FORNECIMENTO DE MATERIAIS.

RELATORA: AQUILÉA ADRIANA MORESCO

A consulente, com sede no Estado de São Paulo, tem comoobjeto social as atividades de compra e venda de im óveis próprios,locação, desmembramento ou loteamento de terrenos, incorporaçãoimobiliária, construção de imóveis destinados a ven da eparticipação com outras empresas em projetos específicos deempreendimentos imobiliários, e informa que pretend e adquirir benspara consumo em São Paulo e remetê-los a obra de co nstrução deimóvel no município de Curitiba. Indaga se deverá a brir filial nacapital paran aense para a implementação do empreendimentoimobiliário, se deverá ter inscrição no cadastro es tadual decontribuintes do ICMS do Paraná e quais obrigações principais eacessórias deverá atender. Por derradeiro, question a se estarásujeita a autuação fisc al caso realize transferências de bens deconsumo de São Paulo para o Paraná sem possuir fili al e inscriçãoestadual no CAD/ICMS.

RESPOSTA

Preliminarmente, faz-se necessário esclarecer que, se aempresa atuar no ramo de construção civil em territ ório par anaense,com fornecimento de materiais, seja em seu nome ou em nome deterceiros, deverá observar o que prevê o RICMS apro vado peloDecreto n. 1.980, de 21 de dezembro de 2007, no Cap ítulo “DaConstrução Civil”, transcrito adiante (inciso II do artigo 313) :

“CAPÍTULO IX

DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Art. 312. A empresa de construção civil deverá mant erinscrição no CAD/ICMS, em relação a cada estabeleci mento, paracumprimento das obrigações previstas neste Regulame nto.

§ 1º Entende-se por empresa de construção civil, para osefeitos deste artigo, toda pessoa natural ou jurídi ca, quepromova, em seu nome ou de terceiros, a circulação demercadoria ou a prestação de serviço de transporte, na

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execução de obras de construção civil, tais como:

a) construção, demolição, ref orma ou reparação de prédios oude outras edificações;

b) construção e reparação de estradas de ferro ou r odagem,incluindo os trabalhos concernentes às estruturas i nferiores esuperiores de estradas e obras de arte;

c) construção e reparação de pontes, vi adutos, logradourospúblicos e outras obras de urbanismo;

d) construção de sistemas de abastecimento de água e desaneamento;

e) execução de obras de terraplenagem, de pavimenta ção emgeral, hidráulicas, elétricas, hidrelétrica, maríti mas oufluviais;

f) execução de obras de montagem e construção de estr uturasem geral;

g) serviços auxiliares ou complementares necessário s àexecução das obras, tais como de alvenaria, de inst alação degás, de pintura, de marcenaria, de carpintaria, deserralheria.

§ 2º O d isposto neste artigo aplica-se, também, aosempreiteiros e subempreiteiros, responsáveis pela e xecução deobras no todo ou em parte.

Art. 313. Não está sujeito à inscrição no CAD/ICMS:

I - a empresa que se dedicar às atividades profissi onaisrelacionadas c om a construção civil, para prestação deserviços técnicos, tais como: elaboração de plantas , projetos,estudos, cálculos, sondagens de solos e assemelhado s;

II - a empresa que se dedicar exclusivamente à pres tação deserviços em obras de construção civil, mediante contrato deadministração, fiscalização, empreitada ou subempre itada, semfornecimento de materiais .(grifado)

Art. 314. Em relação à construção civil o ICMS será devido,dentre outras hipóteses:

I - na saída de materiais, inclusive sobras e resíd uosdecorrentes da obra executada, ou de demolição, qua ndoremetidos a terceiros;

II - no fornecimento de casas e edificações pré-fab ricadas enos demais casos de execução, por administração, em preitada ousubempreitada de construção civil, de obras hidráu licas e deoutras semelhantes, inclusive serviços auxiliares o ucomplementares, quando as mercadorias fornecidas fo remproduzidas pelo próprio prestador fora do local da prestação

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dos serviços;

III - na entrada de bens importados do exterior;

IV - na aquis ição de mercadoria ou bem destinado ao uso ouconsumo ou ao ativo permanente, em operação interes tadual,relativamente ao diferencial de alíquotas.

Parágrafo único. O disposto no inciso IV somente se aplica nahipótese em que o estabelecimento adquirente s eja contribuintedo ICMS

Art. 315. O estabelecimento inscrito sempre que pro mover saídade mercadoria ou transmissão de sua propriedade fic a obrigadoà emissão de nota fiscal.

§ 1º Na hipótese da mercadoria ser retirada diretam ente dolocal da obra, tal fa to será consignado no campo "InformaçõesComplementares" do quadro "Dados Adicionais" da not a fiscal,indicando-se, além dos requisitos exigidos, o ender eço desta.

§ 2º Tratando-se de operação não sujeita ao ICMS, amovimentação de mercadoria ou outro bem móvel, entre osestabelecimentos do mesmo titular, entre estes e a obra ou deuma para outra obra será feita mediante a emissão d e notafiscal, com as indicações dos locais de procedência e destino.

§ 3º A mercadoria adquirida de terceiros poderá ser remet idadiretamente para a obra, desde que no documento fis cal constemo nome, o endereço e os números de inscrição, estad ual e noCNPJ, da empresa de construção, bem como a indicaçã o expressado local onde será entregue.

§ 4º O contribuinte poderá manter impr essos de documentosfiscais no local da obra, desde que conste no livro Registrode Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Oco rrências osseus números, série, sendo o caso, bem como o local da obra aque se destinarem.

Art. 316. Os livros serão escri turados nos prazos e condiçõesprevistos neste Regulamento.

Parágrafo único. Na hipótese do § 2º do artigo 315, a notafiscal emitida deverá ser escriturada nos respectiv os livrosfiscais, nas colunas relativas a data e ao document o fiscal,fazendo constar na coluna "Observações" a natureza daoperação.”

Em referência ao fornecimento e transporte de mater iais eequipamentos de outra unidade da Federação para o t erritórioparanaense, deverá ser observada a legislação do Es tado de origem econsiderada a exist ência de estabelecimento inscrito no CAD/ICMS doParaná.

Ademais, deverá observar a legislação paranaense em

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relação às obrigações a serem cumpridas, nos termo s do artigo 111do RICMS, in verbis :

“Art. 111. As pessoas físicas ou jurídicas, contrib uintes o unão, responsáveis, na forma da legislação, estão ob rigadas aocumprimento das obrigações tributárias acessórias,estabelecidas neste Regulamento (art. 46 da Lei n.11.580/96).”

Por derradeiro, observa-se que, a partir da ciênciadesta, terá a consulente, em observância ao artigo 659 do RICMS, oprazo de até quinze dias para adequar os seus proce dimentoseventualmente já realizados em conformidade com o q ue foi aquiesclarecido, no caso de que os tenha praticado dive rsamente.

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PROTOCOLO: 10.831.314-5

CONSULTA Nº: 22, de 8 de março de 2012.

CONSULENTE: AZEVEDO & TRAVASSOS S/A.

SÚMULA: INSCRIÇÃO ESTADUAL. EMPRESA DE CONSTRUÇÃO CIVIL.FORNECIMENTO DE MATERIAIS.

RELATORA: AQUILÉA ADRIANA MORESCO

A consulente, com sede no Estado de São Paulo, tem comoobjeto social as atividades de planejamento e execu ção de projetose obras de engenharia civil em geral, públicas ou p rivadas, porconta própria ou de terceiros, em quaisquer das mod alidadeseconômica s previstas em lei, e informa que realiza obras emdiversos Estados, na modalidade de execução por adm inistração,empreitada ou subempreitada de obras de construção civil, queenglobam a realização dos serviços e o fornecimento dos materiais eequipamentos necessários à execução do projeto. Indaga se dever áter inscrição estadual no Paraná e se afirmativa a resposta comodeve proceder para transportar materiais e equipame ntos a partir desua sede. Também questiona como os fornecedores dev erão procedernos casos de remessa de materiais e equipamentos direta mente aolocal da obra e, caso adquiridos no local da obra, como procedersendo o destinatário sediado em São Paulo. Ainda pe rgunta qual oprocedimento que deverá adotar caso ocorra a devolu ção de material ,sendo que essa operação seria documentada por nota fiscal emitidapela sede da empresa.

RESPOSTA

Preliminarmente, insta esclarecer que, se a empresa atuarno ramo de construção civil em território paranaens e, comfornecimento de materiais, seja em seu nome ou em nome deterceiros, deverá observar o que prevê o RICMS apro vado peloDecreto n. 1.980, de 21 de dezembro de 2007, no Cap ítulo “DaConstrução Civil”, transcrito adiante (inciso II do artigo 313):

“CAPÍTULO IX

DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Art. 312. A empr esa de construção civil deverá manterinscrição no CAD/ICMS, em relação a cada estabeleci mento, paracumprimento das obrigações previstas neste Regulame nto.

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§ 1º Entende-se por empresa de construção civil, pa ra osefeitos deste artigo, toda pessoa natural ou jurídica, quepromova, em seu nome ou de terceiros, a circulação demercadoria ou a prestação de serviço de transporte, naexecução de obras de construção civil, tais como:

a) construção, demolição, reforma ou reparação de p rédios oude outras edificaçõ es;

b) construção e reparação de estradas de ferro ou r odagem,incluindo os trabalhos concernentes às estruturas i nferiores esuperiores de estradas e obras de arte;

c) construção e reparação de pontes, viadutos, logr adourospúblicos e outras obras de urba nismo;

d) construção de sistemas de abastecimento de água e desaneamento;

e) execução de obras de terraplenagem, de pavimenta ção emgeral, hidráulicas, elétricas, hidrelétrica, maríti mas oufluviais;

f) execução de obras de montagem e construção de e str uturasem geral;

g) serviços auxiliares ou complementares necessário s àexecução das obras, tais como de alvenaria, de inst alação degás, de pintura, de marcenaria, de carpintaria, deserralheria.

§ 2º O disposto neste artigo aplica-se, também, aosempreit eiros e subempreiteiros, responsáveis pela execução deobras no todo ou em parte.

Art. 313. Não está sujeito à inscrição no CAD/ICMS:

I - a empresa que se dedicar às atividades profissi onaisrelacionadas com a construção civil, para prestação deserviços t écnicos, tais como: elaboração de plantas, projetos ,estudos, cálculos, sondagens de solos e assemelhado s;

II - a empresa que se dedicar exclusivamente à pres tação deserviços em obras de construção civil, mediante con trato deadministração, fiscalização, empreitada ou subempreitada, semfornecimento de materiais . (grifado)

Art. 314. Em relação à construção civil o ICMS será devido,dentre outras hipóteses:

I - na saída de materiais, inclusive sobras e resíd uosdecorrentes da obra executada, ou de demolição , quandoremetidos a terceiros;

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II - no fornecimento de casas e edificações pré-fab ricadas enos demais casos de execução, por administração, em preitada ousubempreitada de construção civil, de obras hidrául icas e deoutras semelhantes, inclusive serviços auxiliares oucomplementares, quando as mercadorias fornecidas fo remproduzidas pelo próprio prestador fora do local da prestaçãodos serviços;

III - na entrada de bens importados do exterior;

IV - na aquisição de mercadoria ou bem destinado ao uso oucons umo ou ao ativo permanente, em operação interestadu al,relativamente ao diferencial de alíquotas.Parágrafo único. O disposto no inciso IV somente se aplica nahipótese em que o estabelecimento adquirente seja c ontribuintedo ICMSArt. 315. O estabelecimen to inscrito sempre que promover saídade mercadoria ou transmissão de sua propriedade fic a obrigadoà emissão de nota fiscal.

§ 1º Na hipótese da mercadoria ser retirada diretam ente dolocal da obra, tal fato será consignado no campo "I nformaçõesComplementares" do quadro "Dados Adicionais" da nota fiscal,indicando-se, além dos requisitos exigidos, o ender eço desta.

§ 2º Tratando-se de operação não sujeita ao ICMS, amovimentação de mercadoria ou outro bem móvel, entr e osestabelecimentos do mesmo titular, entre estes e a obra ou deuma para outra obra será feita mediante a emissão d e notafiscal, com as indicações dos locais de procedência e destino.

§ 3º A mercadoria adquirida de terceiros poderá ser remetidadiretamente para a obra, desde que no document o fiscal constemo nome, o endereço e os números de inscrição, estad ual e noCNPJ, da empresa de construção, bem como a indicaçã o expressado local onde será entregue.

§ 4º O contribuinte poderá manter impressos de docu mentosfiscais no local da obra, desd e que conste no livro Registrode Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Oco rrências osseus números, série, sendo o caso, bem como o local da obra aque se destinarem.

Art. 316. Os livros serão escriturados nos prazos e condiçõesprevistos neste Reg ulamento.

Parágrafo único. Na hipótese do § 2º do artigo 315, a notafiscal emitida deverá ser escriturada nos respectiv os livrosfiscais, nas colunas relativas a data e ao document o fiscal,fazendo constar na coluna "Observações" a natureza daoperação.”

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Em referência ao fornecimento e transporte de mater iais eequipamentos de outra unidade da Federação para o t erritórioparanaense, deverá ser observada a legislação do Es tado de origem econsiderada a existência de estabelecimento inscrit o no CAD/ICMS doParaná.

Por derradeiro, observa-se que, a partir da ciênciadesta, terá a consulente, em observância ao artigo 659 do RICMS, oprazo de até quinze dias para adequar os seus proce dimentoseventualmente já realizados em conformidade com o q ue foi aquiesclare cido, no caso de que os tenha praticado diversament e.

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PROTOCOLO: 10.831.316-1

CONSULTA Nº: 23, de 8 de março de 2012.

CONSULENTE: AZEVEDO & TRAVASSOS ENGENHARIA LTDA.

SÚMULA: INSCRIÇÃO ESTADUAL. OBRAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL.

RELATORA: AQUILÉA ADRIANA MORESCO

A consulente, com sede no Estado de São Paulo, tem comoobjeto social as atividades de planejamento e execu ção de projetose obras de engenharia civil em geral, públicas ou p rivadas, porconta própria ou de terceiros, em quaisquer das mod alidadeseconômica s previstas em lei, e informa que realiza obras emdiversos Estados, na modalidade de execução por adm inistração,empreitada ou subempreitada de obras de construção civil, queenglobam a realização dos serviços e o fornecimento dos materiais eequipamentos necessários à execução do projeto. Indaga se dever áter inscrição estadual no Paraná e, se afirmativa a resposta, comodeve proceder para transportar materiais e equipame ntos a partir desua sede. Também questiona como os fornecedores dev erão procedernos casos de remessa de materiais e equipamentos diret amente aolocal da obra e, caso adquiridos no local da obra, como procedersendo o destinatário sediado em São Paulo. Ainda pe rgunta qual oprocedimento que deverá adotar caso ocorra a devolu ção de materia l,sendo que essa operação seria documentada por nota fiscal emitidapela sede da empresa.

RESPOSTA

Preliminarmente, insta esclarecer que, se a empresa atuarno ramo de construção civil em território paranaens e, comfornecimento de materiais, seja em seu nome ou em nome deterceiros, deverá observar o que prevê o RICMS apro vado peloDecreto n. 1.980, de 21 de dezembro de 2007, no Cap ítulo “DaConstrução Civil”, transcrito adiante (inciso II do artigo 313):

“CAPÍTULO IX

DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Art. 312. A empr esa de construção civil deverá manterinscrição no CAD/ICMS, em relação a cada estabeleci mento, paracumprimento das obrigações previstas neste Regulame nto.

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§ 1º Entende-se por empresa de construção civil, pa ra osefeitos deste artigo, toda pessoa natural ou jurídica, quepromova, em seu nome ou de terceiros, a circulação demercadoria ou a prestação de serviço de transporte, naexecução de obras de construção civil, tais como:

a) construção, demolição, reforma ou reparação de p rédios oude outras edificaçõ es;

b) construção e reparação de estradas de ferro ou r odagem,incluindo os trabalhos concernentes às estruturas i nferiores esuperiores de estradas e obras de arte;

c) construção e reparação de pontes, viadutos, logr adourospúblicos e outras obras de urba nismo;

d) construção de sistemas de abastecimento de água e desaneamento;

e) execução de obras de terraplenagem, de pavimenta ção emgeral, hidráulicas, elétricas, hidrelétrica, maríti mas oufluviais;

f) execução de obras de montagem e construção de e str uturasem geral;

g) serviços auxiliares ou complementares necessário s àexecução das obras, tais como de alvenaria, de inst alação degás, de pintura, de marcenaria, de carpintaria, deserralheria.

§ 2º O disposto neste artigo aplica-se, também, aosempreit eiros e subempreiteiros, responsáveis pela execução deobras no todo ou em parte.

Art. 313. Não está sujeito à inscrição no CAD/ICMS:

I - a empresa que se dedicar às atividades profissi onaisrelacionadas com a construção civil, para prestação deserviços t écnicos, tais como: elaboração de plantas, projetos ,estudos, cálculos, sondagens de solos e assemelhado s;

II - a empresa que se dedicar exclusivamente à pres tação deserviços em obras de construção civil, mediante con trato deadministração, fiscalização, empreitada ou subempreitada, semfornecimento de materiais.

Art. 314. Em relação à construção civil o ICMS será devido,dentre outras hipóteses:

I - na saída de materiais, inclusive sobras e resíd uosdecorrentes da obra executada, ou de demolição, qua ndor emetidos a terceiros;

II - no fornecimento de casas e edificações pré-fab ricadas e

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nos demais casos de execução, por administração, em preitada ousubempreitada de construção civil, de obras hidrául icas e deoutras semelhantes, inclusive serviços auxiliares oucomplementares, quando as mercadorias fornecidas fo remproduzidas pelo próprio prestador fora do local da prestaçãodos serviços;

III - na entrada de bens importados do exterior;

IV - na aquisição de mercadoria ou bem destinado ao uso ouconsumo ou ao ativo permanente, em operação interestadual,relativamente ao diferencial de alíquotas.

Parágrafo único. O disposto no inciso IV somente se aplica nahipótese em que o estabelecimento adquirente seja c ontribuintedo ICMS.

Art. 315. O estabelecimento inscri to sempre que promover saídade mercadoria ou transmissão de sua propriedade fic a obrigadoà emissão de nota fiscal.

§ 1º Na hipótese da mercadoria ser retirada diretam ente dolocal da obra, tal fato será consignado no campo "I nformaçõesComplementares" do quadro "Dados Adicionais" da nota fiscal,indicando-se, além dos requisitos exigidos, o ender eço desta.

§ 2º Tratando-se de operação não sujeita ao ICMS, amovimentação de mercadoria ou outro bem móvel, entr e osestabelecimentos do mesmo titular, entre es tes e a obra ou deuma para outra obra será feita mediante a emissão d e notafiscal, com as indicações dos locais de procedência e destino.

§ 3º A mercadoria adquirida de terceiros poderá ser remetidadiretamente para a obra, desde que no documento fis cal constemo nome, o endereço e os números de inscrição, estad ual e noCNPJ, da empresa de construção, bem como a indicaçã o expressado local onde será entregue.

§ 4º O contribuinte poderá manter impressos de docu mentosfiscais no local da obra, desde que con ste no livro Registrode Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Oco rrências osseus números, série, sendo o caso, bem como o local da obra aque se destinarem.

Art. 316. Os livros serão escriturados nos prazos e condiçõesprevistos neste Regulamento.

Parágrafo único. Na hipótese do § 2º do artigo 315, a notafiscal emitida deverá ser escriturada nos respectiv os livrosfiscais, nas colunas relativas a data e ao document o fiscal,fazendo constar na coluna "Observações" a natureza daoperação.”

Em referê ncia ao fornecimento e transporte de materiais eequipamentos de outra unidade da Federação para o t erritório

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paranaense, deverá ser observada a legislação do Es tado de origem econsiderada a existência de estabelecimento inscrit o no CAD/ICMS doParaná.

Por derradeiro, observa-se que, a partir da ciênciadesta, terá a consulente, em observância ao artigo 659 do RICMS, oprazo de até quinze dias para adequar os seus proce dimentoseventualmente já realizados em conformidade com o q ue foi aquiesclarecido, no caso de que os tenha praticado diversamente.

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PROTOCOLO: 10.777.236-7

CONSULTA Nº: 24, de 8 de março de 2012.

CONSULENTE: DISPANSUL INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA.

SÚMULA: ICMS. NOTA FISCAL. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES.

RELATORA: AQUILÉA ADRIANA MORESCO

A consulente, atuando na atividade de fabricação deprodutos de metal não especificados, expõe que, con forme orientaçãoda Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), d eterminadasobras de construção civil devem ser matriculadas no CadastroEspecífico d o INSS (CEI) sem a necessidade de inscrição no Cada stroNacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), subentendendo -se que a obraestá devidamente registrada. Informa que em algumas situações aempresa adquirente dos produtos que revende está lo calizada emunidade da Federação diversa daquela onde está situada a o bra esolicita a entrega de produtos diretamente naquele local. Indaga seé possível aplicar o previsto no artigo 315 do RICM S, por analogia,tendo em vista que a obra de construção civil, loca lizada em Es tadodiverso ao da adquirente, está registrada perante a RFB.

RESPOSTA

Inicialmente, reproduz-se o dispositivo citado pelaconsulente, previsto no RICMS, aprovado pelo Decret o n. 1.980, de21.12.2007:

“Art. 315. O estabelecimento inscrito sempre que pr omoversaída de mercadoria ou transmissão de sua proprieda de ficaobrigado à emissão de nota fiscal.

§ 1º Na hipótese da mercadoria ser retirada diretam ente dolocal da obra, tal fato será consignado no campo "I nformaçõesComplementares" do quadro "Dados Adi cionais" da nota fiscal,indicando-se, além dos requisitos exigidos, o ender eço desta.

§ 2º Tratando-se de operação não sujeita ao ICMS, amovimentação de mercadoria ou outro bem móvel, entr e osestabelecimentos do mesmo titular, entre estes e a obra ou deuma para outra obra será feita mediante a emissão d e notafiscal, com as indicações dos locais de procedência e destino.

§ 3º A mercadoria adquirida de terceiros poderá ser remetidadiretamente para a obra, desde que no documento fis cal constemo nome, o endereço e os números de inscrição, estadual e no

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CNPJ, da empresa de construção, bem como a indicaçã o expressado local onde será entregue.

§ 4º O contribuinte poderá manter impressos de docu mentosfiscais no local da obra, desde que conste no livro Regis trode Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Oco rrências osseus números, série, sendo o caso, bem como o local da obra aque se destinarem.(grifado)”

O art. 138 da mesma norma regulamentar dispõe sobre aemissão de nota fiscal, in verbis :

“Art. 13 8. A nota fiscal conterá, nos quadros e campospróprios, observada a disposição gráfica dos modelo s 1 e 1-A,as seguintes disposições (Convênio SINIEF s/n, de 1 5.12.70,Ajustes SINIEF 07/71, 16/89 e 03/94):

(…)

II - no quadro "Destinatário/Remetente":

a) o nome ou razão social;

b) o número de inscrição no CNPJ ou no CPF;

c) o endereço;

d) o bairro ou distrito;

e) o Código de Endereçamento Postal;

f) o Município;

g) o telefone e fax;

h) a unidade da Federação;

i) o número de inscrição estadual;

(…)

VII - no quadro "Dados adicionais":

a) no campo "Informações Complementares" - outros d ados deinteresse do emitente, tais como: número do pedido, vendedor,emissor da nota fiscal, local de entrega, quando di verso doendereço do destinatário nas hipóteses previstas nalegislação, propaganda, etc.;

b) no campo "Reservado Ao Fisco" - indicações estab elecidasneste Regulamento e outras no interesse do fisco;”.

Destaca-se a Consulta n. 44/2011 como precedente, d a qualtranscreve-se excertos:

“Observa-se que a alínea “a” do inc. VII do art. 138 do

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Regulamento do ICMS permite a indicação na nota fis cal, nocampo “Informações Complementares” do quadro “DadosAdicionais”, do local da entrega de mercadorias qua ndo essefor diverso do endereço do destinatário, condiciona do ess eprocedimento, no entanto, aos casos previstos na le gislação doICMS.

O § 3º do art. 315 do Regulamento do ICMS, por sua vez,autoriza que as mercadorias adquiridas por empresa deconstrução civil sejam remetidas por seus fornecedo resdiretamente para o l ocal da obra por ela executada, devendoesse endereço constar expressamente na nota fiscal emitidapara documentar a operação de remessa.

Conjugando-se os dispositivos regulamentares transc ritos,observa-se que correto o procedimento adotado pela Consulent equanto às anotações realizadas no campo “Informaçõe sComplementares” do quadro “Dados Adicionais” das no tas fiscaisque são emitidas para documentar as operações de en trega dosprodutos no local da realização da obra.

O procedimento mencionado se aplica às operações envolvendoempresas de construção civil, bem como empresas lot eadoras eincorporadoras imobiliárias, sejam essas operações internas ouinterestaduais, vez que os produtos adquiridos por essesestabelecimentos têm como finalidade o emprego na c onstruçãocivil.”

Enfatiza-se que, no caso de operações interestaduai s,devem ser adotados os mesmos procedimentos antes ex arados,constando o número do CEI, e sugerindo-se, por caut ela, observar oque dispuserem as legislações dos outros Estados.

Por fim, frisa-se que, a partir da ciência desta, terá aconsulente o prazo de até quinze dias para adequar os seusprocedimentos eventualmente já realizados em confor midade com o quefoi aqui esclarecido, no caso de que os tenha prati cadodiversamente, em observâ ncia ao artigo 659 do RICMS.

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PROTOCOLO: 10.543.103-1

CONSULTA Nº: 25, de 8 de março de 2012.

CONSULENTE: LUNEGIL INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA.

SÚMULA: ICMS. SIMPLES NACIONAL. REMESSA PARAINDUSTRIALIZAÇÃO. OPERAÇÃO COM SUSPENSÃO DOIMPOSTO. DECLARAÇÃO ANUAL DO SIMPLES NACIONAL -DAS. PREENCHIMENTO. NÃO INCLUSÃO.

RELATOR: JORGE NAOTO OKIDO

A Consulente informa ser optante pelo regime do Sim plesNacional, atuar no ramo de facção de peças de vestu ário e que, emrelação à industrialização por encomenda de terceir os, apura oimposto na forma do Anexo II do RICMS.

Afirma que na remessa e retorno de mercadorias, para finsde conserto ou industrialização, em operações inter nas einterestaduais, o imposto estaria suspenso nos term os do art. 299do RICMS.

Quanto ao preenchimento do Documento de Arrecadação doSimples Nacional - DAS, foi lhe orientado que essas operaçõesdeveriam ser inclusas como “isentas”, uma vez que n o programagerador do DAS não haveria uma forma adequada para essa situação.

Assim, relativamente à apuração do “ICMS suspenso”questiona se é esse o procedimento correto quanto a o DAS.

RESPOSTA

Destaca-se, inicialmente, que para emissão do docum entode arrecadação (DAS) utiliza-se o Programa Gerador do Documento deArrecadação - PGDAS, um aplicativo disponível no Po rtal do SimplesNacional na internet, para que o contribuinte efetu e o cálculo dostributos devidos mensalmente na forma do Simples Na cional e imprimao documento de arrecadação (DAS), sendo que a parti r dejaneiro/2012 está disponível o aplicativo Programa Gerador doDocumento de Arrecadação do Simples Nacional - Decl aratór io,PGDAS-D.

No preenchimento do PGDAS não se deve informar os v aloresreferentes a operações com imposto suspenso, porqua nto não seconstituem em receita bruta de microempresa e de em presa de pequenoporte (EPP), nos termos do § 1º do art. 3º da LC n. 123 /2006, in

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verbis :

“Art. 3o Para os efeitos desta Lei Complementar, co nsideram-semicroempresas ou empresas de pequeno porte a socied adeempresária, a sociedade simples, a empresa individu al deresponsabilidade limitada e o empresário a que se r efere oart. 966 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Có digoCivil) , devidamente registrados no Registro de EmpresasMercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas , conformeo caso, desde que:

...

§ 1o Considera-se receita bruta, para fins do dispo sto nocaput deste artigo, o produto da venda de bens e ser viços nasoperações de conta própria, o preço dos serviços pr estados e oresultado nas operações em conta alheia, não incluí das asvendas canceladas e os descontos incondicionais con cedidos.”(grifo nosso)

Assim, considerando-se o tratamento dispensado àsempresas optantes pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação deTributos e Contribuições devidos pelas Microempresa s e Empresas dePequeno Porte, relativamente às operações de remes sa e retorno deindu strialização, apenas o valor agregado deve constar do PGDAS,por somente esse constituir-se receita bruta.

Destarte, caso a consulente esteja procedendodiferentemente do manifestado na presente, tem o pr azo de atéquinze dias, conforme art. 659 do RICMS a partir da data da ciênciadesta, para adequar os procedimentos eventualmente realizados,observado o disposto no § 1º do art. 654 do RICMS, independente dequalquer interpelação ou notificação fiscal.

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PROTOCOLO: 10.549.160-3

CONSULTA Nº: 26, 8 de março de 2012.

CONSULENTE: GLOBAL VILLAGE TELECOM – GVT.

SÚMULA: ICMS. REMESSA DE MERCADORIA DIRETAMENTE A EMPRESAQUE EXECUTA A PRESTAÇÃO DE SERVIÇO POR CONTA DOADQUIRENTE, CONTRIBUINTE DO IMPOSTO.

RELATOR: JORGE NAOTO OKIDO

A consulente, prestadora de serviços de telefonia, expõeque muitas empresas realizam a operação definida co mo "venda àordem", em que compram mercadorias para revender e solicitam queseus fornecedores a remetam diretamente a terceiros , compradores ouadquirentes finais das mercadorias, como disciplinado no art. 40 doConvênio ICM s/n., de 1970.

Explica que o inciso I do art. 108 do Código Tribut árioNacional estabeleceu que, na ausência de disposição expressa, aautoridade competente pode utilizar-se de a nalogia para aplicar alegislação tributária, desde que não resulte em exi gência detributo não previsto em lei.

Relativamente à aquisição de materiais e equipament os aserem aplicados em cabeamento e armários para ampli ação emanutenção de rede de telefon ia, observa a possibilidade deaplicar, por analogia, os procedimentos formais de venda à ordem.

Lembra que o terceiro sujeito da operação triangula r, umprestador de serviço alheio à tributação do ICMS, n ão adquire osbens, mas apenas os recebe para mante r depositado em seuestabelecimento até o momento da execução do serviç o para o qualfoi contratado, ou seja, a GVT não realiza uma oper ação de vendapara a empreiteira, apenas transfere, temporariamen te, a posse deseus bens.

Ressalta que, na operação em análise, a GVT escritura asmercadorias adquiridas em seu ativo imobilizado na condição deconsumidora final.

Descreve, para operações internas, os procedimentospretendidos:

1. venda do fornecedor para a GVT, por meio da notafiscal de "venda à ordem", co m o CFOP 5.118 e com destaque do ICMS;

2. a GVT lança a entrada desses bens em seuestabelecimento como ativo imobilizado e, logo após , emite notafiscal de "Remessa de bem do ativo para uso/instala ção fora do

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estabelecimento”, com CFOP 5.554 e sem o desta que do ICMS, para aempreiteira;

3. por conta e ordem da GVT, o fornecedor remete asmercadorias diretamente para a empreiteira, por mei o da nota fiscalde "Remessa de mercadoria por conta e ordem de terc eiro, em venda àordem", com o CFOP 5.923 e sem o de staque do ICMS, descrevendo asnotas fiscais de venda e de remessa mencionadas nos itensanteriores.

E, também, para as operações interestaduais:

1. venda do fornecedor para a GVT, por meio da notafiscal de "Venda à ordem", com o CFOP 6.118 e com d estaque do ICMS;

2. a GVT lança a entrada desses bens em seuestabelecimento como ativo imobilizado e, logo após , emite uma notafiscal de "Remessa de bem do Ativo para uso/instala ção fora doestabelecimento", com o CFOP 6.554 e com o destaque do ICMS, para aempreiteira;

3. por conta e ordem da GVT, o fornecedor remete asmercadorias diretamente para uma empreiteira, atrav és de notafiscal de "Remessa de mercadoria por conta e ordem de terceiro, emvenda à ordem", com o CFOP 6.923 e sem o destaque d o ICMS, citand oas notas fiscais de venda e de remessa mencionadas nos itensanteriores.

Salienta, ainda, que os bens adquiridos pela GVT(equipamentos e materiais aplicados em cabeamento e armário paraampliação e manutenção de rede de telefonia) ficam depositados naempreiteira até a execução do serviço contratado, qu e se iniciasomente após autorização da respectiva prefeitura. Nos casos em quea empreiteira é contribuinte do imposto estadual, a remessa para olocal da execução de seus serviços é efetuada por m eio de notasfiscais emitidas por ela própria; porém, nos casos em que aempreiteira não tem inscrição estadual, a remessa d os equipamentose materiais é acompanhada de nota fiscal emitida pe la GVT.

Assim, questiona a possibilidade de utilização dosprocedimentos previstos para as "vendas à ordem" nas operaçõesanteriormente citadas.

RESPOSTA

Na Consulta n. 52/2011, o Setor Consultivo se manif estouacerca de situação semelhante, cuja resposta, ressa lvadas aspeculiaridades, esclarece as dúvidas trazidas a apr eci ação, inverbis :

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“A consulente, cadastrada com a atividade econômica defabricação de equipamentos transmissores de comunic ação, expõeter firmado contrato com empresa estabelecida no Es tado de SãoPaulo para produzir antenas que serão utilizadas pe laadqu irente na prestação de seus serviços de televisão p orassinatura. Esses bens serão incorporados ao ativo imobilizadoda encomendante e remetidos, sob forma de comodato, a seusclientes.

Em função dos custos de armazenagem e de transporte , a empresaadquire nte e a consulente pretendem estruturar a operação nosmoldes da venda à ordem (art. 293 do RICMS).

Detalha o procedimento da seguinte forma:

- será emitida pela consulente uma nota fiscal dest inada aoadquirente original, com destaque de ICMS, indicand o c omonatureza da operação “remessa simbólica - venda à o rdem”;

- a adquirente emitirá nota fiscal, sem destaque do ICMS, emnome do destinatário final, utilizando a expressão “remessa debem em comodato” e indicará, além dos requisitos ex igidos, onome, end ereço e o número da inscrição estadual e do CNPJ daconsulente e, também, os dados relativos à nota fis calreferida no item anterior;

- a consulente emitirá nota fiscal em nome do desti natáriofinal, para acompanhar o transporte da mercadoria, semdestaque de ICMS, tendo como natureza da operação “remessa porconta e ordem de terceiros” e mencionando, além dos requisitosexigidos, os dados cadastrais da adquirente e da no ta fiscalpor ela emitida.

olocados os fatos, questiona se poderá proceder da formades crita, em analogia às operações de venda à ordem, e se estácorreto indicar como natureza da operação “remessa simbólica -venda à ordem” na nota fiscal emitida em nome da ad quirenteoriginal, quando a operação por essa praticada não é de vendamas uma saí da em comodato.

RESPOSTA

A operação descrita pela consulente se ajusta à mol dura de umaoperação “à ordem”, em que a entrega da mercadoria seráefetuada a terceiro por solicitação da empresa adqu irente.

Os procedimentos referentes a tal modalidade de ope ra ção estãoestabelecidos no art. 293 do Regulamento do ICMS ap rovado peloDecreto n. 1.980/2007, a seguir transcrito:

“Art. 293. Na venda à ordem ou para entrega futura, poderá seremitida nota fiscal, para simples faturamento, veda do odestaque do ICMS (ar t. 40 do Convênio SINIEF s/n, de 15.12.70;Ajustes SINIEF 01/87 e 01/91).

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...

§ 4º No caso de venda à ordem, por ocasião da entre ga globalou parcial da mercadoria a terceiros, deverá ser em itida notafiscal:

a) pelo adquirente original, com destaque do IC MS, quandodevido, em nome do destinatário, consignando-se, al ém dosrequisitos exigidos, o nome, o endereço e os número s deinscrição, estadual e no CNPJ, do estabelecimento q ue irápromover a remessa da mercadoria;

b) pelo vendedor remetente:

1. em nome do destinatário, para acompanhar o transporte damercadoria, sem destaque do imposto, na qual, além dosrequisitos exigidos, constarão, como natureza da op eração,"Remessa por conta e ordem de terceiros", o número, a série,sendo o caso, e a data da emissã o da nota fiscal de que trataa alínea anterior, bem como o nome, o endereço e os números deinscrição, estadual e no CNPJ, do seu emitente;

2. em nome do adquirente original, com destaque do valor doimposto, quando devido, na qual, além dos requisito s ex igidos,constarão, como natureza da operação, "Remessa simb ólica -Venda à ordem", o número, a série, sendo o caso, e a data daemissão da nota fiscal prevista no item anterior.”

Depreende-se da norma transcrita que o procedimento nelaretratado compreende a entrega de mercadoria, por contribuintedo ICMS, a terceiros, por ordem de quem a adquiriu, quepromove sua saída antes mesmo de recebê-la. Desse m odo, não hánecessidade de que a mercadoria seja remetida fisic amente aoestabelecimento que fez a primeir a aquisição, para depois serencaminhada ao destinatário final. Trata-se de situ ação fáticacomumente praticada, tendo o dispositivo antes tran scrito oobjetivo de regulamentar a forma como devem ser rep resentadasdocumentalmente as operações.

Ainda que co ncebida para documentar duas operações de venda,aquela praticada pelo vendedor remetente e a pratic ada peloadquirente original, é cabível valer-se desse proce dimento nassituações em que as saídas promovidas pelo comprado r, tambémcontribuinte do ICMS, o corram sob outro título, pois está esseobrigado a emitir nota fiscal sempre que promover a saída debem ou mercadoria. Precedente: Consultas n. 68/1994 e n.29/2005.

Registre-se que os procedimentos relativos a “venda à ordem”têm origem no Convênio SINIE F s/n, de 15 de dezembro de 1970,firmado por todas as unidades da Federação; entreta nto, deve oadquirente das mercadorias fabricadas pela consulen te, quandodomiciliado em outras unidades federadas, observar asdisposições estabelecidas na legislação loc al, no que concerne

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à forma de emissão e preenchimento da nota fiscal q ue irádocumentar a saída do bem ou mercadoria por ele pro movida.

Por seu turno, as notas fiscais de emissão da consu lentedeverão ser preenchidas em conformidade com o que d ispõem osi tens 1 e 2 da alínea “b” do § 4º do art. 293, deven do serindicado o Código Fiscal de Operações e Prestações - CFOP,constantes na Tabela I do Anexo IV do RICMS, própri o a cadaoperação. Ainda, no campo “Informações Complementar es”,poderão ser discriminad os dados adicionais de interesse daemitente, inclusive com o fim de esclarecer a natur eza dasaída promovida pelo adquirente.”

Assim, relativamente às operações internas, aplica- se oentendimento citado na consulta antes transcrita.

Quanto aos procediment os em operações interestaduais, cominício em outra unidade federada, o Estado do Para ná não temcompetência para se manifestar.

Do mesmo modo, este Setor deixa de se pronunciar so breprocedimentos de terceiros, destacando não haver re spaldoregulamentar para emissão de nota fiscal pela consulente com afinalidade de documentar a saída de bens do estabel ecimentoprestador de serviço.

Diante do exposto, caso a consulente esteja procede ndodiferentemente do manifestado na presente, tem o pr azo de atéquinze dias, a partir da data da ciência desta, nos termos do art.659 do RICMS, para adequar os procedimentos eventua lmente járealizados, observado o disposto no § 1º do art. 65 4 do mesmoRegulamento, independente de qualquer interpelação ou notificaçãofiscal.

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PROTOCOLO: 10.915.749-0

CONSULTA Nº: 27, de 6 de março de 2012

CONSULENTE: LATICÍNIO SIMIONATO LTDA.

SÚMULA: ICMS. DERIVADOS DE LEITE. INDUSTRIALIZAÇÃO PORENCOMENDA. ISENÇÃO. REDUÇÃO DA BASE DE CÁLCULO.CRÉDITOS.

RELATORA: CLEONICE STEFANI SALVADOR

A consulente, que tem como atividade principal afabricação de laticínios, informa que comercializa leitepasteurizado de diversos tipos, bebidas lácteas, io gurtes,requeijão e ricota, e que pretende receber leite in natura decontribuinte do ICMS para in dustrialização (pasteurização) porencomenda.

Submete à apreciação do Setor Consultivo as situaçõ es aseguir relatadas, expondo sua interpretação a resp eito e osprocedimentos que entende aplicáveis.

1. Considerando que a operação de recebimento de le ite deencomendante da industrialização (CFOP 1.901) está amparada pelodiferimento do pagamento do ICMS (item 43 do art. 9 5 do RICMS),expõe que, por ocasião do retorno do leite pasteuri zado, deveemitir nota fiscal para documentar a devolução do l eite, opera çãoque também está submetida ao diferimento (CFOP 5.90 2), devendo,ainda, emitir uma nota fiscal relativa ao valor agr egado pelaindustrialização (CFOP 5.124), com incidência de IC MS.

2. Embora as saídas internas de leite pasteurizadointegral, desnatado e padronizado (item 73 do Anexo I do RICMS)estejam abrangidas pela isenção do ICMS, aduz ter d ireito àutilização do imposto pago nas entradas de embalage ns plásticasadquiridas de contribuintes paranaenses (crédito qu e não estáutilizando), uma vez que a regra instituidora do benefício prevêque: não se exigirá a anulação do crédito nas saídas de que trataeste item, exceto se oriundo de outros Estados .

3. Em razão de a regra de redução da base de cálcu loaplicável à saída de bebidas lácteas, iogurtes, r equeijão e ricota(item 3-A do Anexo II do RICMS) prever que não será exigido oestorno dos créditos, entende fazer jus ao aproveit amento doimposto pago nas aquisições de embalagens em operaç ões internas ouinterestaduais, conforme procedimento que vem ad otando.

4. Considerando o disposto na legislação, que prevê amanutenção de créditos, expõe que teria direito à u tilização doimposto pago nas entradas da energia elétrica consu mida no processo

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de industrialização dos produtos arrolados nos iten s 1 e 2 (cr éditoque não está utilizando). Em relação aos produtos m encionados nasituação 3, informa que está aproveitando o crédito , já que aoperação de saída é tributada e a regra de redução de base decálculo prevê sua manutenção.

Questiona se está correto seu e ntendimento.

RESPOSTA

Para exame das questões postas, transcreve-se,primeiramente, a legislação aplicável aos produtos e às situaçõesretratadas.

“Art. 94. O pagamento do imposto em relação às merc adoriasarroladas no art. 95, fica diferido para o momen to em queocorrer uma das seguintes operações (arts. 18 e 20 da Lei n.11.580/96):

...

II - saída para estabelecimento de empresa enquadra da noSimples Nacional, exceto em relação ao item 80 e à alínea "c"do § 1º do art. 95;

...

VI - saída promovida pelo estabelecimento industrializador, deproduto resultante da industrialização de mercadori as cujaentrada tenha ocorrido sob a égide do diferimento.

Art. 95. Sem prejuízo das disposições específicas p revistasneste Regulamento, são abrangidas pelo diferiment o asseguintes mercadorias:

43. leite fresco;

44. leite pasteurizado, tipos "A", "B" e "C", oureconstituído, com 2% de gordura;

§ 1º Fica igualmente diferido o pagamento do impost o nasoperações a seguir mencionadas:

c) nas operações internas, no re torno da mercadoria ou bemrecebido para industrialização, nas condições estab elecidas noart. 299, referente à parcela do valor agregado, pa ra omomento em que ocorrer a saída ou a transmissão de propriedade

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do produto resultante da industrialização, prom ovida peloestabelecimento do contribuinte autor da encomenda;d) o disposto na alínea "c" não se aplica nas saída spromovidas por estabelecimento industrializador, de produtoresultante da industrialização de mercadorias cuja entradatenha ocorrido sob a égide do diferimento, de que trata oinciso VI do art. 94.

Art. 103. Na operação interna de remessa de produto s sujeitosao diferimento para industrialização em outro estab elecimentoe posterior retorno à origem, aplicar-se-ão:I - as regras da suspensão d o pagamento do imposto, previstasno inciso VII do art. 93, quando o produto resultan te daindustrialização não estiver amparado pelo diferime nto;

II - as regras deste Capítulo, quando o produto res ultante daindustrialização estiver, também, amparado pelo diferimento.

ANEXO I - ISENÇÕES

...

73 Saídas, em operações internas, de LEITE pasteuri zado, tipos"A", "B" e "C", ou reconstituído, com 2% de gordura (ConvêniosICM 25/83, 10/84 e 19/84 e Convênio ICMS 124/93).

Nota: não se exigirá a anulação do crédito nas saídas de quetrata este item, exceto se oriundo de outros Estado s.

ANEXO II - REDUÇÃO NA BASE DE CÁLCULO (em vigor no período de1º.11.2008 até 31.10.2011)

...

3-A A base de cálculo é reduzida, em percentual qu e resultena carga tributária de sete po r cento, nas operações internascom BEBIDA LÁCTEA, IOGURTE, “PETIT SUISSE”, DOCE DE LEITE,REQUEIJÃO, QUEIJO RALADO, QUEIJO PROVOLONE e RICOTA ,promovidas por estabelecimento industrial fabricant e (ConvênioICMS 128/94).

Nota:

1. o benefício de que trata e ste item se aplica, também, nasoperações internas promovidas por centro de distrib uição, comos produtos que relaciona, quando industrializados emestabelecimento localizado neste Estado, pertencent e ao mesmotitular;

2. nas operações indicadas neste item não se exigirá o estornode crédito de que trata o inciso IV do art. 61.

ANEXO III - CRÉDITO PRESUMIDO (Acrescentado o item 5-E doAnexo III, dada pelo art. 1º, alteração 772ª, do De creto n.3.199, de 08.11.2011, surtindo efeitos a partir de1º.11.2011).

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5-E. Ao estabelecimento industrializador de BEBIDA LÁCTEA,IOGURTE, "PETIT SUISSE", DOCE DE LEITE, MASSA COALH ADA,REQUEIJÃO, QUEIJO RALADO, QUEIJO PROVOLONE, QUEIJO FRESCOINTEGRAL ou LIGHT e RICOTA, ou ao que tenha encomen dado aindustrialização, no perc entual de cinco por cento sobre ovalor das saídas em operações internas.

Nota: o benefício de que trata este item se aplica, também,nas operações internas promovidas por centro de dis tribuição,com os produtos que relaciona, quando industrializa dos emes tabelecimento localizado neste Estado, pertencente ao mesmotitular, desde que não tenha sido utilizado na oper ação detransferência.”

Expostos os dispositivos regulamentares, passa-se aanalisar as questões e conclusões trazidas pela con sulente,relativam ente a cada situação relatada.

1. Industrialização (pasteurização) de leite porencomenda.

As operações internas com leite fresco e leitepasteurizado estão abrangidas pelo diferimento do p agamento doICMS, conforme dispõem os itens 43 e 44 do art. 95 do R ICMS,aprovado pelo Decreto n. 1.980/2007.

Assim, na industrialização de leite realizada porencomenda de terceiro, contribuinte do ICMS domici liado no Paranáe submetido ao regime normal de apuração e pagament o, quando oproduto resultante do processo in dustrial for leite pasteurizado,aplicam-se à operação de remessa da mercadoria in natura aoestabelecimento industrializador e ao posterior ret orno do produtoindustrializado as disposições comuns ao diferiment o, nos termosprevistos no inciso II do art. 103 do mesmo Regulamento.

Desse modo, estando o leite pasteurizado, produtoresultante do processo de industrialização, alberga do pelodiferimento do pagamento do imposto, assim como oco rre com aoperação de remessa de leite fresco, tanto essa ope ração qu anto ade retorno ao encomendante ocorrem sob a égide do d iferimento.

Cabe mencionar, ainda, que a disposição contida na alínea“d” do § 1º do art. 95 é aplicável à hipótese de o produtoresultante da industrialização não estar albergado pelo diferimentonem pela regra da suspensão (art. 299), ocorrendo a operação deretorno ao encomendante com débito de ICMS.

Por seu turno, na escrituração das entradas de leit e deveser utilizado o Código Fiscal de Operação e Prestaç ão - CFOP 1.901( Entrada para industrial ização por encomenda ) e, no posteriorretorno do produto industrializado, a nota fiscal d estinada aoencomendante deve mencionar os CFOP 5.902 ( Retorno de mercadoria

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utilizada na industrialização por encomenda ) e 5.124( Industrialização efetuada para outra empresa ), compreendendo esseúltimo o valor referente à industrialização e os va lores dasmercadorias de propriedade do industrializador even tualmenteempregadas no processo industrial. Destaca-se que é permitida ainclusão de operações enquadradas em dif erentes códigos fiscaisnuma mesma nota fiscal, de forma que a devolução do produto aoencomendante pode ser retratada em um único documen to (§ 18 do art.138 do RICMS).

2. Comercialização de leite pasteurizado integral,desnatado e padronizado.

As operaçõ es internas com leite pasteurizado, tipos "A","B" e "C", ou reconstituído, com 2% de gordura, est ão abrangidaspela isenção de ICMS, conforme prevê o item 73 do A nexo I do RICMS.

Os leites pasteurizados podem ser classificados nos tipos“A”, “B” ou “C”, d e acordo com o tipo de rebanho, ordenha, processode obtenção, número de bactérias presentes após o p rocesso depasteurização etc., conforme dispõe a legislação fe deral editadapelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abasteci mento. Assim,depreende-se d o exposto pela consulente que os tipos de leitepasteurizado por ela comercializados (integral, des natado epadronizado), compreendidos dentre os tipos mencion ados pelodispositivo regulamentar, estão abrangidos pela ise nção nas saídasinternas.

Ressalta-s e que o leite longa vida UHT (UAT - Ultra-AltaTemperatura) não está incluído na regra que se anal isa, pois possuiidentidade e características diversas do leite past eurizado.

Relativamente aos créditos pelas entradas, tem-se q ue anota inserida no item 73 ( não se exigirá a anulação do crédito nassaídas de que trata este item, exceto se oriundo de outros Estados )expressa não dar direito ao crédito o ICMS pago na aquisição doleite pasteurizado de que trata o referido item, qu ando oriundo deoutros Estados .

Corrobora essa conclusão o texto original da normaisentiva, que vigorou até 31.12.1999, cuja redação estava retratadano item 41 do Anexo I (Isenções) do RICMS/1996, apr ovado peloDecreto n. 2.736, de 5.12.1996, in verbi s:

"41 Saídas, em operações int ernas, de LEITE pasteurizado,tipos "A", "B" e "C", ou reconstituído, com 2% de g ordura, doestabelecimento varejista com destino a consumidor final(Convênios ICM 25/83, 10/84, 19/84 e Convênios ICMS 43/90,78/91 e 124/93, cláusula primeira, V, item 06).

Nota: não se exigirá a anulação do crédito nas saíd as, emoperações internas, de leite pasteurizado, tipos “A ”, “B” e

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“C”, ou reconstituído, do estabelecimento varejista comdestino a consumidor final, exceto se oriundo de ou trosEstados."

A regra com essa redação determinava, de forma a nãodeixar dúvidas, que deveria ser anulado o crédito r elativo aoproduto abrangido pela isenção, quando esse fosse o riundo de outroEstado.

A partir de 1º.1.2000, com a edição do Decreto n. 1 .735,de 21.1.2000, que alterou o RICMS/1996, a norma passou a vigorarcom a mesma redação atualmente vigente. Dessa alter açãodepreende-se que a isenção foi estendida a todas as saídas internascom os produtos indicados, não se restringindo apen as à etapa finalde comercialização.

Para acompanhar a nova redação dada ao caput do item fo itambém suprimida, da nota que dispunha sobre a manu tenção docrédito, a seguinte expressão: do estabelecimento varejista comdestino a consumidor final.

Por seu turno, a mencionada nota alterou, ainda, aexpressão – nas saídas, em operações internas, de l eitepasteurizado, tipos “A”, “B” e “C”, ou reconstituíd o, com 2% degordura – para reduzi-la ao texto: nas saídas de qu e trata esteitem.

Infere-se do exposto serem equivalentes os enunciad os.Desse modo , mantendo fidelidade ao sentido prolatado pelo tex tooriginal, a conclusão é de que a anulação compreend e o créditorelativo aos ingressos dos produtos abrangidos pela isenção (leitepasteurizado, tipos "A", "B" e "C", ou reconstituíd o, com 2% degordura) , quando originários de outra unidade federada.

Por conseguinte, no caso de a consulente revender, emoperação interna, apenas leite por ela industrializ ado poderá secreditar do ICMS pago na aquisição de embalagens, i ndependentementedo local de domicílio do fornecedor.

O crédito de ICMS que não está autorizada a manter é odecorrente de entradas de leite pasteurizado, dos t ipos tipos "A","B" e "C", ou reconstituído, com 2% de gordura, qua ndo provenientede outros Estados.

3. Comercialização de bebidas lá cteas, iogurtes,requeijão e ricota.

As operações internas com os produtos bebida láctea ,iogurte, petit suisse , doce de leite, requeijão, queijo ralado,queijo provolone e ricota, promovidas por estabelec imentoindustrial fabricante, no período de 1º.11.2 008 até 31.10.2011,estavam abrigadas pela regra de redução da base de incidência

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estabelecida no item 3-A do Anexo II do RICMS.

Nos termos da Nota 2 do referido item ( não se exigirá oestorno de crédito de que trata o inciso IV do art. 61 ), a reduçãoda b ase de cálculo não exigia do contribuinte a anulaçã o do créditona proporção dessa redução.

Esclarece-se que o inciso IV do art. 61 prescreve aobrigatoriedade do estorno do crédito, proporcional à redução,quando a operação estiver submetida à redução de base deincidência. No entanto, havendo expressa previsão d e manutenção docrédito não será exigida tal anulação (inciso II do art. 62 doRICMS).

Assim, em relação às operações internas com bebidaslácteas, iogurtes, requeijão e ricota promovidas pe la cons ulente,na condição de fabricante, realizadas com a redução da base decálculo estabelecida no item 3-A do Anexo II do RIC MS, que vigorouaté 31.10.2011, está garantido o direito ao crédito do ICMS pago nacompra das embalagens utilizadas no acondicionamen to dos produtos.

Informa-se que a partir de 1º.11.2011 os produtosmencionados pela consulente incluem-se na regra de créditopresumido de que trata o item 5-E do Anexo III do R ICMS.

4. Créditos decorrentes de aquisição de energia elé trica.

O crédito deco rrente de imposto pago na aquisição deenergia elétrica consumida no processo de industria lização segue asmesmas regras de creditamento a que se submetem às mercadorias oubem entrados no estabelecimento para emprego nessa atividade.Portanto, na situação em o produto industrializado for objeto deoperação isenta ou não tributada, a regra geral apl icável é deestorno do crédito, salvo expressa determinação em contrário.

Assim sendo, em relação às situações relatadas pelaconsulente expõe-se que:

- na indus trialização de leite realizada por encomendade terceiros, em razão de a saída do leite pasteuri zado ocorrer soba égide do diferimento, está autorizado o crédito r elativo àenergia elétrica consumida nesse processo;

- no que diz respeito ao leite pasteuri zado produzidoe comercializado pela consulente, a regra de isençã o de que trata oitem 73 do Anexo I do RICMS prevê apenas a anulação do imposto pagonas aquisições de leite pasteurizado, tipos "A", "B " e "C", oureconstituído, com 2% de gordura, oriundo de outros Estados, de talforma que, no tocante às entradas de energia elétri ca, é possível ocreditamento do ICMS em relação à parcela consumida no processo deindustrialização;

- relativamente às saídas de bebidas lácteas,

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iogurtes, requeijão e ricota, c om redução da base de cálculoestabelecida no item 3-A do Anexo II do RICMS, está autorizado ocreditamento do ICMS em relação à parcela consumida no processo deindustrialização.

Informa-se, por fim, que tem a consulente o prazo d e atéquinze dias, a part ir da data da ciência da resposta, para adequarseus procedimentos ao que foi esclarecido, conforme preconiza oart. 659 do RICMS.

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PROTOCOLO: 11.194.807-0

CONSULTA Nº: 28, de 1º de março de 2012.

CONSULENTE: COUROTEC REVESTIMENTOS EM COURO LTDA.

SÚMULA: ICMS. REVESTIMENTO DE BANCOS DE VEÍCULOS.SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA.

RELATORA: CLEONICE STEFANI SALVADOR

A consulente, cadastrada nas atividades econômicas decomércio atacadista de peças e acessórios novos par a veículos e defabricação de bancos e estofados para veículos auto motores, informaque executa a troca do tecido de bancos de automóve is para pessoasfísicas e para concessionárias, substituindo-o por couro, emtrabalho artesanal.

Esclarecendo estar a empresa enquadrada no SimplesNacional, questiona se está obrigada a efetuar a re tenção de ICMS,por substituição tributária, em relação à atividade de tr oca detecido dos bancos por couro, quando o faz por solic itação deconcessionárias de veículos automotores.

RESPOSTA

Primeiramente, informa-se que matéria similar foi o bjetoda Consulta n. 77/2010, tendo sido esclarecido que a execução derevestimento p ara bancos, por serem esses acessórios de veículo sautomotores e por estar a atividade inserida em uma das etapas dociclo econômico do setor automotivo, submete-se à s ubstituiçãotributária, quando solicitada por revendedor de aut omóveis. Aindaque exer cida sob encomenda, essa atividade amolda-se ao con ceito deindustrialização, sendo a consulente sujeito passiv o porsubstituição tributária.

A obrigatoriedade de realizar a retenção do impostorelativo à operação subsequente, nas saídas destina das areven dedores paranaenses, encontra-se estabelecida no ar t. 566-I doRICMS, cujo texto vinculado à questão em exame se t ranscreve aseguir:

“Art. 536-I. Ao estabelecimento industrial fabrican te,importador ou arrematante de mercadoria importada eapreendida, que promover saída das peças, partes, componentes,acessórios e demais produtos a seguir relacionados,classificados nos respectivos códigos e posições da NCM, deuso especificamente automotivo, assim compreendidos os que, em

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qualquer etapa do ciclo econômico do setor automotivo, sejamadquiridos ou revendidos por estabelecimento de ind ústria oucomércio de veículos automotores terrestres, bem co mo deveículos, máquinas e equipamentos agrícolas ou rodo viários, oude suas peças, partes, componentes e acessórios , com destino arevendedores situados no território paranaense, é a tribuída acondição de sujeito passivo por substituição, para efeito deretenção e recolhimento do ICMS relativo às operaçõ essubseqüentes (Protocolo ICMS 83/08):

...

LXXXIII - assentos e p artes de assentos, NCM 9401.20.00 e9401.90.90;

CI - outras peças, partes e acessórios para veículo sautomotores não relacionados nos itens anteriores ( ProtocoloICMS 97/10);”.

Por estar a consulente enquadrada no Simples Nacion al, nocálculo do imposto devido pela operação própria cabe observar asregras aplicáveis a esse regime de tributação, tend o em conta que ototal cobrado do adquirente corresponde ao valor da operação.

Registre-se que, nas situações em que é encomendant e umconsumidor final, pessoa física ou jurídica, a operação não seencontra submetida à substituição tributária, deve ndo sercalculado o imposto de acordo com as regras previst as no Anexo VIIIdo RICMS.

Por seu turno, para calcular o ICMS devido porsubstituição tributária, deve ser observado o disposto no § 4º doart. 469, considerando, na determinação da base de cálculo, o queestabelece o § 1º do art. 536-J, ambos do RICMS e a seguirtranscritos:

“Art. 469. O imposto a ser retido e recolhido porsubstituição tributária, em relaçã o às operações subseqüentes,será calculado mediante a aplicação da alíquota vig ente paraas operações internas sobre a respectiva base de cá lculoprevista neste Regulamento, deduzindo-se, do valor obtido, oimposto devido pela operação própria do substitu to (art. 11, §4º, Lei n. 11.580/96).

§ 4º Nas operações com mercadorias sujeitas ao regi me dasubstituição tributária, a empresa enquadrada no Si mplesNacional, investida na condição de sujeito passivo porsubstituição, deverá observar o seguinte: (Ver artigo 2º, doDecreto n. 2701, de 30.05.2008) e (Veja também o art. 2º doDecreto n. 4.248, de 11.02.2009).

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I - calcular e recolher o imposto relativo à operaç ão própriasegundo as regras previstas no Anexo VIII;

II - calcular, reter e recolher o impost o devido porsubstituição tributária, em relação às operações su bsequentes,mediante a aplicação da alíquota vigente para as op eraçõesinternas sobre a respectiva base de cálculo previst a nesteRegulamento, deduzindo-se, do valor obtido, o valor resultanteda aplicação da alíquota interna ou interestadual s obre ovalor da operação própria do substituto tributário (ResoluçõesCGSN n. 51/08 e n. 61/09);

III - para fins de base de cálculo da substituição tributárianas operações interestaduais, o percentual de MVA adotado seráo estabelecido para as operações internas (Convênio ICMS35/2011).

...

Art. 536-J. A base de cálculo para a retenção do im posto seráo valor correspondente ao preço máximo de venda a v arejofixado por autoridade competente, ou na falta de ste, o preçosugerido ao público pelo fabricante ou importador, acrescido,em ambos os casos, do valor do frete quando não inc luído nopreço.

§ 1º Inexistindo os valores de que trata o “caput”, a base decálculo corresponderá ao montante formado pelo preç o praticadopelo remetente, acrescido dos valores correspondent es a frete,seguro, impostos e outros encargos transferíveis ou cobradosdo destinatário, adicionado da parcela resultante d aaplicação, sobre o referido montante, do percentual de margemde val or agregado de quarenta por cento.”

Informa-se, por fim, que tem a consulente o prazo d e atéquinze dias, a partir da data da ciência da respost a, para adequarseus procedimentos ao que foi esclarecido, conforme preconiza oart. 659 do RICMS.

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PROTOCOLO: 11.306.541-9

CONSULTA Nº: 29, de 8 de março de 2012.

CONSULENTE: B. A. P. AUTOMOTIVA LTDA.

SÚMULA: ICMS. COMÉRCIO ATACADISTA DE AUTOPEÇAS E DEPRODUTOS DE OUTROS SEGMENTOS TAMBÉM SUBMETIDOS ÀSUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. TRATAMENTO TRIBUTÁRIO.

RELATORA: CLEONICE STEFANI SALVADOR

A consulente, inscrita no CAD/ICMS na atividade decomércio atacadista de peças e acessórios novos par a veículosautomotores, expõe que em relação a todos os produt os quecomercializa pratica a sistemática da substituição tributária,porquanto a maioria de les está incluída no segmento de autopeças e,alguns, no agrupamento da indústria química ou de c ombustíveis,lubrificantes e outros produtos.

Expõe que, em relação às mercadorias incluídas noreferido regime pelas disposições aplicáveis aos pr odutos dain dústria química ou de combustíveis e lubrificantes, observa asregras pertinentes a esses segmentos e, quanto aos demais produtos,as normas relativas às autopeças.

Entretanto, ressalta que determinados produtos, queentende estarem incluídos no inciso CI do art. 536-I do RICMS( outras peças, partes e acessórios para veículos aut omotores nãorelacionados nos itens anteriores ), introduzido na legislaçãoparanaense com fundamento no Protocolo ICMS 97/2010 , têm naturezade ferramentas ou de materiais de constr ução ou, ainda, demateriais elétricos e semelhantes, muito embora sej am adquiridospor clientes varejistas de autopeças. Informa que o estoque dessasmercadorias já foi levantado de forma a observar as regras detributação da substituição tributária aplic áveis ao segmento deprodutos automotivos, tendo inclusive orientado seu s fornecedores apraticarem a retenção antecipada do ICMS quando de suas remessas àconsulente.

Sua dúvida relaciona-se à necessidade de efetuar no volevantamento de estoque para se ad equar às normas aplicáveis aosmateriais eletrônicos e eletroeletrônicos ou aos m ateriais deconstrução, em virtude de o Estado do Paraná ter fi rmado com outrasunidades federadas os Protocolos ICMS 70/2011, 71/2 011, 84/2011 e85/2011, uma vez que revende produtos que se classificam em códigosda NCM indicados nesses protocolos. Cita, como exem plo, o produtode código NCM 9032.89.11 (reguladores de voltagem e letrônicos),relacionado no Protocolo ICMS 70, de 30.9.2011, que dispõe sobre asubstituição tribut ária nas operações com produtos eletrônicos,

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eletroeletrônicos e eletrodomésticos.

Declara que pretende adotar, até que sejam prestado s osesclarecimentos que solicita, as seguintes ações:

a) informará seus fornecedores de produtos classifi cáveisno inciso CI do mencionado art. 536-I (outras peças, partes eacessórios para veículos automotores) da intenção d e esclarecer osfatos por meio da presente consulta;

b) solicitará que esses fornecedores continuem a pr aticara substituição tributária segundo as regr as do Protocolo ICMS97/2010 (autopeças);

c) assumirá a responsabilidade por eventualirregularidade cometida por seus fornecedores por a girem conforme oentendimento da consulente (até porque os próprios protocolosestabelecem a solidariedade por parte do destinatário);

d) continuará observando as regras pertinentes àsubstituição tributária do segmento de combustíveis e lubrificantesou de tintas, vernizes e outras mercadorias da indú stria química,em relação às mercadorias cujas NCM nelas se inclue m;

e) continuará observando as regras de substituiçãotributária aplicáveis às autopeças em relação ao re stante de seuestoque, independentemente da classificação do prod uto na NCM,respeitando ao conceito do tudo , introduzido na legislação peloProtocolo ICMS 9 7//2010, ao incluir dentre os produtos listados oitem 101 ( Outras peças, partes e acessórios para veículosautomotores não relacionados nos itens anteriores ), desde que asmercadorias destinem-se à utilização em veículos au tomotores,máquinas agrícolas e rodoviárias, aplicando a margem de valoragregado de 40%, tanto nas operações internas quant o nasinterestaduais, uma vez que a alíquota interna está fixada em 12%;

f) que manterá cem por cento de seus estoques tribu tadospela sistemática da substituição t ributária, uma vez que tem porobjeto social a comercialização por atacado de peça s e acessóriosnovos para veículos, óleos e lubrificantes.

Feitas tais considerações, indaga se está correto s euentendimento.

Caso contrário, requer seja esclarecida a forma a serseguida.

RESPOSTA

Primeiramente, expõe-se que a consulente, atuando n a

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atividade de comércio atacadista de peças e acessór ios paraveículos, ao adquirir produtos que estão sujeitos à substituiçãotributária por força de disposições contidas no Reg ulamento do ICMSaprovado pelo Decreto n. 1.980/2007, em operações i nternas ouinterestaduais, se originárias de unidades federada s signatáriasdas normas instituidores dessa forma de tributação, é contribuintesubstituído, devendo, como regra, adquirir as mercadorias com oICMS já retido.

Nessa condição, tem a obrigação de efetivar olevantamento dos estoques no dia anterior ao do iní cio de vigênciadessa sistemática, quando da inclusão de novas merc adorias noreferido regime, sendo que, a partir de então, passa acomercializar esses produtos em operações sem débit o de ICMS.

Cabe também registrar que, em relação às aquisiçõesefetuadas sem retenção do imposto, em razão de o re metente não sersubstituto tributário porque domiciliado em unidade s da Federaçãonão participantes do acordo (convênio ou protocolo) que instituiu oregime, deve a consulente cumprir o disposto no art . 478 do RICMS,que atribui ao destinatário a responsabilidade pelo recolhimento doICMS devido por substituição tributária, por ocasiã o da entrada damercadoria no território paranaense, conforme melho r explicitado aseguir.

Por fim, no tocante às regras gerais pertinentes àsubstituição tributária, menciona-se, ainda, que os contribuintessubstituídos são corresponsáveis pelo pagamento do imposto quandoesse não foi retido no todo ou em parte pelo substi tuto tributário,conforme prevê a alínea “a” do inciso IV do art. 21 da Lei n.11.580/1996.

Esclarecidos esses pontos, passa-se a dispor acerca dasquestões apresentadas.

1. As mercadorias sujeitas à substituição tributária emvirtude do que prescreve o Regulamento do ICMS no a rt. 489, quedispõe sobre as operações com combustíveis e lubrif icantes,derivados ou não de petróleo (Convênio ICMS 110/200 7), e no art.519, que trata das operações com tintas, vernizes e outrasmercadorias da indústria química (Convênio ICMS 74/ 94), devem ter oimposto retido e recolhido de acordo com as regras aplicáveis aosegmento específico nas quais se enquadram, uma vez que osdispositivos regulamentares citado s descrevem o produto e acorrespondente classificação na Nomenclatura Comum do Mercosul -NCM.

Assim, estando a mercadoria inserida simultaneament e nadescrição e código NCM indicados, na determinação d a base dacálculo do ICMS devido por substituição tri butária, são aplicáveisas regras próprias estabelecidas para o segmento ao qual pertence oproduto, sendo substituto tributário, em relação às operações

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internas, o fabricante ou importador e, relativamen te às operaçõesinterestaduais, qualquer estabeleci mento situado em outra unidadefederada (inciso VII e § 1º do art. 489 e alínea “a ” do § 1º doart. 519).

2. Relativamente ao segmento das autopeças, ressalt a-sejá ter este Setor Consultivo se pronunciado no sent ido de que paraocorrer a substituição trib utária nas operações com peças, partes,componentes e acessórios, de uso especificamente au tomotivo, taisprodutos devem ser fabricados para aplicação em veí culosautomotores terrestres ou em veículos, máquinas e e quipamentosagrícolas ou rodoviários, send o irrelevante para esse fim o efetivodestino dado à mesma pelo consumidor. (Precedentes: Consultas n.04/2009, n. 99/2010 e n. 76/2011).

Nesses termos, a aplicação das regras atinentes àsubstituição tributária desse segmento abrange os p rodutos quetenha m por finalidade original o uso automotivo, ainda q ue possamser destinados, também, a outros fins.

Registre-se que, a partir de 1º.10.2010, com a incl usãodo item CI no art. 536-I do RICMS, cuja redação se transcreve aseguir, passou a ser praticável a su bstituição tributária àsoperações com mercadorias que comportam a acepção d e peça, parte ouacessório para veículos automotores, independenteme nte de suadescrição e classificação na NCM.

“Art. 536-I. Ao estabelecimento industrial fabrican te,importador ou arrematante de mercadoria importada eapreendida, que promover saída das peças, partes, c omponentes,acessórios e demais produtos a seguir relacionados,classificados nos respectivos códigos e posições da NCM, deuso especificamente automotivo, assim co mpreendidos os que, emqualquer etapa do ciclo econômico do setor automoti vo, sejamadquiridos ou revendidos por estabelecimento de ind ústria oucomércio de veículos automotores terrestres, bem co mo deveículos, máquinas e equipamentos agrícolas ou rodo viá rios, oude suas peças, partes, componentes e acessórios, co m destino arevendedores situados no território paranaense, é a tribuída acondição de sujeito passivo por substituição, para efeito deretenção e recolhimento do ICMS relativo às operaçõ essubseqü entes (Protocolo ICMS 83/08):

CI - outras peças, partes e acessórios para veículo sautomotores não relacionados nos itens anteriores ( ProtocoloICMS 97/10);”.

Assim, as aquisições promovidas pela consulente,originárias de operações internas ou interesta duais provenientes deEstados signatários do Protocolo ICMS 97/2010, deve m ocorrer com aretenção do ICMS.

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Por seu turno, a partir de 1º.7.2011, as entradasdecorrentes de operações internas e interestaduais provenientes deEstados signatários do Protocolo ICMS 41/2008 passaram a ocorrercom a retenção do ICMS, em relação às mercadorias d escritas eclassificadas nas NCM indicadas nos incisos CII a C XXV do caput doart. 536-I.

Nas demais situações, quando as aquisições não sesubordinam às disposições dos pr otocolos citados (41/2008 e97/2010), com suas alterações, fica a consulente re sponsável pelorecolhimento do ICMS devido por substituição tribut ária, nos termosdo art. 478 do RICMS, a seguir transcrito, devendo observar a formae o prazo de recolhimento nele fixados, ressalvadas as situações emque atribuída ao remetente tal responsabilidade, po r seu interesse,mediante autorização estabelecida em regime especia l (§ 3º do art.478).

“Art. 478. Fica atribuída a responsabilidade pelo r ecolhimentodo ICMS de vido por substituição tributária, por ocasião daentrada da mercadoria no território paranaense, obs ervado odisposto na alínea “a” do inciso X do art. 65, ao c ontribuinteque receber mercadoria sujeita ao regime de substit uiçãotributária, sem retenção do imposto, de remetente que não sejaou tenha deixado de ser eleito substituto, devendo adotar osseguintes procedimentos:

I - calcular o imposto devido por substituição trib utária,mediante a aplicação da alíquota vigente para as op eraçõesinternas sobre a base de cálculo própria para a substituiçãotributária, deduzindo-se do valor resultante o mont ante doimposto pago na operação e prestação de entradacorrespondente;

II - lançar a nota fiscal do fornecedor e o docume nto fiscalrelativo ao respectivo ser viço de transporte, se for o caso,com a observância do disposto no inciso I do art. 4 71;

III - nas operações subseqüentes emitir notas fisca is comobservância do inciso II e §1º do art. 471, confor me o caso.

1º Para fins do cálculo de que trata o inciso I, quando ovalor de partida para a formação da base de cálculo for opreço praticado pelo substituto, adotar-se-á, como tal, ovalor constante do documento fiscal de entrada.

§ 2º Na hipótese da alínea "d" do inciso VIII do ar t. 489, oadquirente adotará a base de cálculo prevista no art. 490-D,sobre a qual incidirá a alíquota aplicada às operaç õesinternas.

§ 3º Sem prejuízo da responsabilidade atribuída aodestinatário da mercadoria, contribuinte paranaense , orecolhimento do imposto de que trata o “cap ut” deste artigo

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poderá ser realizado pelo remetente, localizado em outraunidade federada, mediante autorização nos termos e condiçõesestabelecidos em regime especial.

§ 4º Nas operações interestaduais promovidas por em presaenquadrada no Simples Naciona l, em que o adquirente damercadoria, enquadrado ou não no Simples Nacional, seja oresponsável pelo recolhimento do imposto devido porsubstituição tributária, na determinação da base de cálculoserá adotado o percentual de MVA estabelecido para asoperaç ões internas (Convênio ICMS 35/2011).”

3. No tocante às mercadorias comercializadas pelaconsulente, que não se incluem dentre aquelas trata das no item 1desta resposta nem têm como finalidade original a a plicação emveículos automotores terrestres ou em v eículos, máquinas eequipamentos agrícolas ou rodoviários, somente esta rão abrangidaspela substituição tributária se enquadráveis na des crição ecorrespondente classificação na NCM indicadas em ou trosdispositivos regulamentares que disponham acerca da su bstituiçãotributária, porquanto esse regime passa a ser aplic ado às operaçõesdestinadas a revendedores paranaenses quando implem entado peloParaná em sua legislação, não bastando para vigorar apenas a adesãodeste Estado a determinado convênio ou protoco lo.

Especificamente em relação ao produto regulador devoltagem, mencionado pela consulente, classificado no código9032.89.11 da NCM, que está nominado no item 72 do art. 481-Cdentre as mercadorias sujeitas à substituição tribu tária dosegmento de produ tos eletrônicos, eletroeletrônicos eeletrodomésticos, expõe-se que esse produto estaria também incluídono inciso CI do art. 536-I ( outras peças, partes e acessórios paraveículos automotores não relacionados nos itens ant eriores ), quandooriginalmente fa bricado para uso automotivo. Nessa situação,submeter-se-ia às regras do segmento automotivo, c aso contrário àsdo segmento de eletrônicos. Esse entendimento privi legia o expostopor este Setor Consultivo em respostas anteriores, no sentido deque se a pe ça ou acessório, quando originalmente fabricados pa rauso automotivo, estão submetidos à substituição tri butária dosegmento de autopeças.

4. A mesma interpretação retratada no item anteriorutiliza-se em relação à aplicação da alíquota de do ze por centoestabelecida na alínea “u” do inciso II do art. 14 d a Lei n.11.580/1996, destinada a veículos automotores novos e peças paraveículos automotores, inclusive para veículos, máqu inas eequipamentos agrícolas e rodoviários, quando a oper ação sejarealizada so b o regime da sujeição passiva por substituiçãotributária, com retenção do imposto relativo às ope raçõessubsequentes .

Nos termos dispostos no § 7º do art. 14 do RICMS

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( Consideram-se, também, peças para veículos automoto res, paraefeitos do disposto na alínea “u” do inciso II, partes,componentes, acessórios e demais produtos relacion ados no art.536-I ), a alíquota de doze por cento aplica-se às operaç ões commercadorias submetidas à substituição tributária qu e se enquadramnas disposições do art. 536-I , lembrando-se que tais produtos devemser fabricados com a finalidade de emprego no segme nto de que trataesse artigo regulamentar.

Do exposto, destaca-se que compete à consulente,juntamente com seus fornecedores, a determinação da regra aplicávelàs mer cadorias que comercializa, observando que o fato de seremrevendidas por comerciantes atacadistas ou varejist as de autopeças,por si só, não lhes confere a característica de suj eitas àsubstituição tributária de que trata o art. 536-I d o RICMS.

Informa-se, ainda, que tem a consulente o prazo de atéquinze dias, a partir da data da ciência da respost a, para adequarseus procedimentos ao que foi esclarecido, conforme preconiza oart. 659 do RICMS.

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PROTOCOLO: 10.906.210-3

CONSULTA Nº: 30, de 14 de fevereiro de 2012.

CONSULENTE: FAMOSSUL MÓVEIS S.A.

SÚMULA: ICMS. OPERAÇÃO INTERESTADUAL. DESTINATÁRIAEMPRESA DE CONTRUÇÃO CIVIL. ALÍQUOTA.

RELATOR: JORGE NAOTO OKIDO

A consulente informa que atua no ramo de fabricação demóveis de madeira e que incorporou em sua atividade a produção decomponente madeira destinado à construção civil, cl assificado nocódigo 4418.20.00 da TIPI.

Expõe que nas saídas destinadas a empresas de construçãocivil sediadas nos Estados da Região Norte, Nordest e eCentro-Oeste, aplica a alíquota de 7%, nos termos d o parágrafoúnico do art. 15 do RICMS.

Inobstante o procedimento adotado, informa que foiautuada nos postos de fiscalização de entrada de outros Estados eque teve de recolher a diferença de alíquotas corre spondente a 12%.

Diante do exposto, indaga qual alíquota aplicável àoperação interestadual mencionada e se haveria nece ssidade decomplementação do pagamento do ICMS por ocasião do ing resso dasmercadorias em outros Estados.

RESPOSTA

Dispõem o art. 14, § 1º, inciso IV e o art. 15, par ágrafoúnico, ambos da Lei n. 11.580/1996, que versam sobr e a matériaquestionada, in verbis :

“Art. 14. As alíquotas internas são, conforme o cas o e deacordo com a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) ou aNomenclatura Brasileira de Mercadorias - Sistema Ha rmonizado(NBM/SH), assim distribuídas:

...

§ 1º Entre outras hipóteses as alíquotas internas s ãoaplicadas quando:

...

IV - o destinatário da mercador ia ou do serviço for consumidor

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final localizado em outra unidade federada, desde q ue nãocontribuinte do imposto.

...

Art. 15. As alíquotas para operações e prestaçõesinterestaduais são:

I - 12% (doze por cento) para as operações e presta çõesinterestadu ais que destinem bens, mercadorias e serviços acontribuintes estabelecidos nos Estados de Minas Ge rais, RioGrande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo;

II - 7% (sete por cento) para as operações e presta çõesinterestaduais que destinem bens , mercadorias ou serviços acontribuintes estabelecidos no Distrito Federal, e nos demaisEstados não relacionados no inciso anterior.

III - 4% (quatro por cento) na prestação serviço de transporteaéreo interestadual de passageiro, carga e mala pos tal(Re solução do Senado n. 95/96).

Parágrafo único. Na saída de mercadoria para a empr esa deconstrução civil inscrita no cadastro de contribuin tes do ICMSda unidade federada de destino aplica-se a respecti va alíquotainterestadual.”

Assim, de acordo com o disp osto no parágrafo único doart. 15, antes transcrito, na saída de mercadorias para empresa deconstrução civil inscrita no cadastro de contribuin tes do ICMS daunidade federada de destino se aplica a respectiva alíquotainterestadual.

E, caso a destinatári a localizada em outra unidadefederada seja consumidora final e não contribuinte do imposto,aplica-se alíquota interna, conforme estabelece o a rt. 14, § 1º,inciso IV, da Lei n. 11.580/1996.

Quanto à questão relacionada à complementação do im posto,este S etor Consultivo deixa de manifestar-se por se trata r deprocedimento de outra unidade federada.

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PROTOCOLO: 11.285.025-2

CONSULTA Nº: 31, de 15 de março de 2012.

CONSULENTE: PETROBRAS DISTRIBUIDORA S.A.

SÚMULA: ICMS. VENDA DE COMBUSTÍVEIS E LUBRIFICANTES ACOOPERATIVAS. TRATAMENTO TRIBUTÁRIO.

RELATORA: CLEONICE STEFANI SALVADOR

A consulente, que opera como distribuidora atacadis ta decombustíveis, formula questionamento a respeito de operações devenda de combustíveis e lubrificantes a cooperativa s agrícolas, notocante à classificação da adquirente como consumid or final ourev endedor varejista.

No seu entender, a cooperativa deve ser considerada :

1. consumidor final, quando:

- seu contrato social não contemplar o comércio decombustíveis;

- possuir máquinas e implementos agrícolas próprios;

- o valor do combustível fornecido ao s cooperadosestiver incluído na taxa de adesão paga mensalmente por esses, jáque nessa situação o produto caracteriza-se como me rcadoriadestinada ao uso ou consumo do estabelecimento;

2. revendedor, quando:

- seu contrato social contemplar o comércio decombustíveis;

- não possuir máquinas e implementos agrícolaspróprios;

- o valor do combustível é repassado aos cooperadosindividualmente, não estando incluído na taxa de a desão, situaçãoque caracterizaria circulação de mercadoria.

Registra que, nas op erações com mercadorias sujeitas àsubstituição tributária, em que a consulente é resp onsável pelaretenção e recolhimento do ICMS relativo às operaçõ es subsequentes,a condição da adquirente é importante para determin ar o tratamentotributário a ser dado à operação, uma vez que inaplicável aretenção de ICMS com observância da margem de valor agregadocorrespondente ao produto, nas saídas destinadas ao consumo daadquirente.

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Questiona se está correto seu entendimento.

RESPOSTA

Expõe-se que, para fins de aplicação da legislação doICMS, a cooperativa caracteriza-se como revendedo r varejistaquando fornecer a seus cooperados, seja qual for a contrapartida,mercadorias por ela adquiridas.

Por conseguinte, devem ser observadas, na situação em quea coopera tiva adquirir combustível para emprego em veículos emáquinas agrícolas de propriedade de seus cooperado s, as regras aque estão submetidas as operações praticadas por re vendedoresvarejistas. Isso porque estará praticando, de forma habitual,operações de circulação de mercadorias, sendo que a forma dequitação das aquisições estabelecida entre a cooper ativa e oscooperados não é relevante para a determinação do t ratamentotributário do ICMS a ser aplicado às operações de s aídas.

Por outro lado, quando a co operativa, contribuinte ou nãodo ICMS, adquirir combustível para emprego em veícu los e máquinasagrícolas ou industriais de sua propriedade, utiliz ado nodesempenho de suas atividades, a operação que lhe d estinarcombustíveis não se submete à substituiçã o tributária, uma vez queo referido produto não será objeto de nova operação de circulação.

Cabe esclarecer, ainda, que deve também ser pratica da aretenção do imposto pelo substituto tributário quan do parte docombustível for utilizado pela cooperativa e m suas atividades eparte for objeto de fornecimento aos cooperados, um a vez que,antecipadamente, não há como se precisar que quanti dade serádestinada a cada finalidade.

Nesse caso, sempre que o combustível for empregado naatividade fim do estabelecimen to de cooperativa, tem esse,respeitadas as determinações específicas da legisla ção tributária,o direito de aproveitar, a título de crédito, o imp osto relativo àoperação própria e aquele retido por substituição t ributária,conforme prevê a alínea “b” do § 11 do art. 22 do RICMS, aprovadopelo Decreto n. 1.980/2007.

Informa-se, por fim, que tem a consulente o prazo d e atéquinze dias, a partir da data da ciência da respost a, para adequarseus procedimentos ao que foi esclarecido, conforme preconiza oart. 659 do RICMS.

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PROTOCOLO: 10.431.081-8

CONSULTA Nº: 32, de 13 de março de 2012.

CONSULENTE: BRAZIL TRADING LTDA.

SÚMULA: ICMS.BASE DE CÁLCULO. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA.TABELA ELABORADA POR NÃO FABRICANTE.IMPOSSIBILIDADE.

RELATORA: MARISTELA DEGGERONE

A consulente informa que nas suas operações de vend a deveículos novos que importa de fabricante localizado na Coréia doSul, na qualidade de substituta tributária do ICMS, tem utilizadocomo base de cálculo o valor correspondente ao preç o de suaoperação, acrescido da margem de valor agregado de 30%, conf ormedetermina a Cláusula terceira do Convênio ICMS 132/ 92.

Esclarece que comercializa os veículos, via de regr a, aempresas concessionárias da marca KIA, por autoriza ção expressa daKIA Motors do Brasil L tda., empresa nacional com sede no Estado deSão Paulo, detentora, no Brasil, da autorização da fabricanteexportadora para utilizar a marca KIA.

Aduz que a Kia Motors do Brasil Ltda., no exercício desua competência, pode, facultativamente, elaborar l ista de preçossugeridos para venda de veículos novos ao público e a enviar aosconcessionários da marca KIA. Essa empresa, após se r indagada pelaconsulente, afirmou que emite tal lista, a envia ao s seusconcessionários e lhes autoriza a utilizá-la para f ins desubstituição tributária.

Transcreve dispositivos do Convênio ICMS 132/92, de ntreos quais a previsão de utilização como base de cálc ulo do impostodevido pelo regime de substituição tributária os va loresconsignados na tabela sugerida pelo fabricante, a crescido dosdemais valores previstos na legislação.

Questiona se é possível, nas suas operações de vend a aestabelecimentos varejistas concessionários, utiliz ar como base decálculo do ICMS a ser retido pelo regime de substit uição tributáriao valor const ante da lista de preços elaborada pela empresa quedetém autorização para representar a fabricante no Brasil.

RESPOSTA

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As regras relativas à substituição tributária nasoperações com veículos automotores, de que trata o Convênio ICMS132/92 e alterações posteriores, encontram-se inseridas nalegislação paranaense nos artigos 486 a 488 do Regu lamento do ICMSaprovado pelo Decreto n. 1.980, de 21 de dezembro d e 2007, dosquais se transcreve:

“Art. 486. Ao estabelecimento industrial fabricante ouimportador é atribuída a condição de sujeito passivo porsubstituição, para efeito de retenção e recolhiment o do ICMSrelativo às operações subsequentes, na saída, com d estino arevendedores situados no território paranaense (art . 18, IV,da Lei n. 11.580/96; Convêni os ICMS 132/92, 143/92, 01/93 e52/93):

(...)

Art. 488. A base de cálculo para a retenção do impo sto será(Convênio ICMS 83/96):

I - em relação aos veículos saídos, real ou simboli camente,das montadoras ou de suas concessionárias em operaç ãointerestadual , o valor correspondente ao preço de venda aconsumidor constante de tabela estabelecida por órg ãocompetente (ou sugerido ao público) ou, na falta de sta, atabela sugerida pelo fabricante, acrescido do valor do frete,do IPI e dos acessórios a que se refe re a alínea "a" do § 1ºdo art. 486;

II - em relação às demais situações, o preço máximo ou únicode venda utilizado pelo contribuinte substituído, f ixado pelaautoridade competente, ou, na falta desse preço, o valor daoperação praticado pelo substituto, incluídos os valorescorrespondentes a frete, carreto, seguro, impostos e outrosencargos transferíveis ao varejista, acrescido do v alorresultante da aplicação do percentual de 30%.

§ 1º Em se tratando de veículo importado, o valor d a operaçãopraticado p elo substituto a que se refere o inciso II, paraefeito de apuração da base de cálculo, não poderá s er inferiorao que serviu de base de cálculo para pagamento dos impostosde importação e sobre produtos industrializados.

§ 2º Aplicam-se às importadoras qu e promoverem a saída dosveículos constantes da tabela sugerida pelo fabrica ntereferida no inciso I, as disposições nele contidas, inclusivecom a utilização dos valores da tabela.”

Para análise da questão transcreve-se, também, a Cl áusulaterceira do Con vênio ICMS 132/92, vigente até 17.12.1996:

“Cláusula terceira A base de cálculo do imposto par a fins desubstituição tributária será:

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I - em relação aos veículos de fabricação nacional, o valorcorrespondente ao preço de venda a consumidor const ante detab ela estabelecida por órgão competente (ou sugerido aopúblico) ou, na falta desta, pelo fabricante, acres cido dovalor do frete, do IPI e dos acessórios a que se re fere o § 2ºda cláusula primeira;

II - em relação aos veículos importados, o preço má ximo ouúnico de venda utilizado pelo contribuinte substitu ído, fixadopela autoridade competente, ou, na falta desse preç o, o valorda operação praticado pelo substituto, nunca inferi or ao queserviu de base de cálculo para pagamento dos impost os deImportação e sobre Produtos Industrializados, incluídos osvalores correspondentes a frete, carreto, seguro, i mpostos eoutros encargos transferíveis ao varejista, acresci do do valorresultante da aplicação do percentual de 30% (trint a porcento) de margem de lucro.”

A redação da então cláusula terceira previa duas ba ses decálculo para fins de substituição tributária: uma p ara veículosnacionais e outra para veículos importados.

A nova redação dada à referida cláusula, em vigor d esde18.12.1996, prevê também duas base s de cálculo. Entretanto,estabeleceu que para aqueles veículos que saírem re al ousimbolicamente das montadoras ou das concessionária s, nainexistência de tabela estabelecida por órgão compe tente, deve serutilizado como base de cálculo o valor da tabela sugerida pelofabricante, acrescido do valor do frete, do IPI e d os acessórios aque se refere a alínea "a" do § 1º do art. 486. Par a as demaissituações, ou seja, para o caso em que o veículo nã o saia real ousimbolicamente da montadora ou da concessionár ia, a base de cálculoé o preço máximo ou único de venda utilizado pelo c ontribuintesubstituído, fixado pela autoridade competente, ou, na falta dessepreço, o valor da operação praticado pelo substitut o, incluídos osvalores correspondentes a frete, carr eto, seguro, impostos e outrosencargos transferíveis ao varejista, acrescido do v alor resultanteda aplicação do percentual de 30%.

A dúvida da consulente decorre do parágrafo segundo daCláusula terceira do Convênio ICMS 132/92, que foi inseridoconcomit antemente com a nova redação dada a essa cláusula, cujavigência foi a partir de 18.12.1996.

Conclui-se dessa regra, implementada na legislaçãoparanaense no § 2º do art. 488 do Regulamento do I CMS, que para osveículos importados a condição para o substi tuto tributárioutilizar os valores consignados na tabela elaborada pelo fabricanteé que o veículo saia real ou simbolicamente da mont adora ou de suasconcessionárias.

Partindo-se dessa premissa, afirma-se que a importa dora,

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com unidade fabril no país, po derá incluir esses veículosimportados na sua tabela de preços sugerida ao vare jo e calcular oICMS da substituição tributária com base nos valore s constantesdessa tabela. Em relação àquelas empresas que são s omenteimportadoras de veículos, cuja montador a está estabelecida noexterior, a base de cálculo da substituição tributá ria é aquelaprevista no inciso II do art. 488 da norma regulame ntar.Precedente: Consulta n. 146/2000.

Posto isso, responde-se que está equivocado oentendimento manifestado pela co nsulente.

A partir da ciência desta, terá a consulente, emobservância ao artigo 659 do Regulamento do ICMS, o prazo de quinzedias para adequar os seus procedimentos eventualmen te járealizados, em conformidade com o que foi aqui escl arecido, no casode q ue os tenha praticado diversamente.

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PROTOCOLO: 11.367.602-7

CONSULTA Nº: 33, de 20 de março de 2012

CONSULENTE: MAZER DISTRIBUIDORA LTDA.

SÚMULA: ICMS. REGIME DA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA.TRANSFERÊNCIA. INAPLICABILIDADE.

RELATORA: MARISTELA DEGGERONE

A consulente informa que tem como atividade o comér cioatacadista de equipamentos de informática e aduz qu e, com a ediçãodo Decreto n. 1.589/2011, o Paraná implementou no a rt. 481-A doRegulamento do ICMS o Protocolo ICMS 192/2009, inst ituindo asubstitu ição tributária nas operações internas e interestad uais comprodutos eletrônicos, eletroeletrônicos e eletrodom ésticos.

Conforme tal dispositivo, conclui que o responsáveltributário é o estabelecimento industrial fabricant e, importador ouarrematante de m ercadoria importada, bem como o remetentelocalizado nos Estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e SantaCatarina, independentemente de sua qualificação com o indústria oucomércio.

Afirma que a alínea “b” do inciso I do art. 479 do RICMSafasta o regime de substituição tributária na hipótese detransferência para outro estabelecimento do mesmo t itular, excetovarejista, cabendo a responsabilidade pela retenção e recolhimentodo imposto ao estabelecimento que promover a saída de mercadoriacom destino a e mpresa diversa.

Posto isso, questiona se está correto o seu entendi mentode que, por atuar no comércio atacadista de mercado rias e receberprodutos eletrônicos das unidades localizadas nos Estados do RioGrande do Sul ou de Santa Catarina, o imposto devid o pelo regime desubstituição tributária deverá ser retido por ocasi ão da saída damercadoria do seu estabelecimento para outra empres a.

RESPOSTA

Preliminarmente, transcrevem-se os dispositivos doRegulamento do ICMS aprovado pelo Decreto n. 1.980, de 21 dedezembro de 2007, que têm vínculo com a dúvida apre sentada:

“Art. 479. Não se aplica o disposto:

I - neste Capítulo:

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(...)

b) às transferências para outro estabelecimento, ex cetovarejista, do sujeito passivo por substituição, hip ótese emque a respons abilidade pela retenção e recolhimento do impostorecairá sobre o estabelecimento que promover a saíd a damercadoria com destino a empresa diversa (cláusula quinta,inciso II, do Convênio ICMS 81/93);

Art. 481-A. Ao estabelecimento industrial fabricant e,i mportador ou arrematante de mercadoria importada eapreendida, que promover a saída dos produtos eletr ônicos,eletroeletrônicos e eletrodomésticos, relacionados no art.481-C com suas respectivas classificações na NCM, c om destinoa revendedores situados n o território paranaense, é atribuídaa condição de sujeito passivo por substituição, par a efeito deretenção e recolhimento do ICMS relativo às operaçõ essubsequentes

Parágrafo único. A responsabilidade pela retenção erecolhimento do imposto fica também a tribuída a qualquerestabelecimento remetente localizado nos Estados do Amapá,Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Sa ntaCatarina e São Paulo, inclusive em relação ao difer encial dealíquotas (Protocolos ICMS 192/2009, 16/2011, 70/2 011 e121/ 2011)."

O Setor Consultivo tem manifestado o entendimento d e quenão se aplica o regime de substituição tributária n a hipótese detransferência de mercadorias, cabendo a retenção e recolhimento doimposto relativo às operações subsequentes ao estab elecime nto querealizar a posterior saída das mercadorias para est abelecimentorevendedor de empresa diversa da consulente. Preced entes: Consultasn. 047/2004 e n. 71/2006.

Sublinhe-se que a regra prevista na alínea “b” do i ncisoI do art. 479 não se aplica na hi pótese de transferência paraestabelecimento varejista.

Posto isso, responde-se que está correto o entendim entoda consulente.

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PROTOCOLO: 10.809.457-5

CONSULTA Nº: 34, de 27 de março de 2012.

CONSULENTE: AGRÍCOLA DALL'OGLIO IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO LTDA.

SÚMULA: ICMS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. CONTRIBUINTESUBSTITUÍDO. OPERAÇÃO INTERESTADUAL. EMISSÃO DANOTA FISCAL. DESTAQUE DO IMPOSTO.

RELATOR: VALÉRIO PASSOLD

A consulente, concessionária de fabricante de trato res ecolheitadeiras agrícolas e distribuidora de peças, comercializabasicamente para revendedores de peças e produtores rurais,inscritos e não inscritos no CAD/ICMS, em operações internas einterestadua is, e informa que esses produtos estão incluídos noregime da Susbtituição Tributária (ST), recebendo-o s com o impostojá retido, conforme artigos 536-I e 536-L do RICMS.

Em obediência ao Decreto nº 3.160/2008, que alterou otexto do § 4º do art. 472 do RI CMS, passou a imprimir os valores dabase de cálculo e do imposto da operação própria no campo“Informações Complementares”, porém os Estados não signatários dosprotocolos de substituição tributária questionam es ses valores comocrédito pelo fato de que o destaque do imposto da operação própriadeve ser feito no campo específico para esse fim.

Em razão disso, passou a imprimir os valores da bas e decálculo tanto no campo “Informações Complementares” como nosrespectivos campos próprios da nota fiscal.

Em f ace do exposto, indaga se:

a) Os valores da base de cálculo e do imposto podem serimpressos nos campos próprios do DANFE e armazenado s nosrespectivos campos do XML da NF-e?

b) Está correto lançar a nota fiscal da operaçãointerestadual na coluna “Outras – Operações e Prestações sem Débitodo Imposto”?

c) Em caso negativo, como fazer para proteger o dir eitoao crédito do imposto dos clientes de outros Estado s e como fazerpara evitar ser autuado?

RESPOSTA

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Preliminarmente, transcrevem-se excertos de artig os doRegulamento do ICMS aprovado pelo Decreto nº 1.980, de 21.12.2007(RICMS), que dizem respeito ao assunto em análise:

“Art. 472. Caso o contribuinte substituído venha a promoveroperação interestadual destinada a contribuinte, co mmercadoria cujo ICMS foi retido, poderá, proporcionalmente àsquantidades saídas, recuperar em conta-gráfica ouressarcir-se, junto ao estabelecimento que efetuou a retençãona operação anterior, da diferença entre o valor do imposto daprópria operação e o somatório do ICMS próprio do substitutotributário com o valor do ICMS retido, observado o seguinte(cláusula terceira, § 2º, do Convênio ICMS 81/93):

I - quando se tratar de operações com veículos, apl icar-se-áapenas em relação ao distribuidor autorizado;

II - em se trata ndo de operações com combustíveis derivados depetróleo, o ressarcimento poderá ser efetuado junto aoestabelecimento paranaense de produtor nacional, o qual seráindicado como destinatário da nota fiscal mencionad a no art.473, desde que confirmados o rec olhimento do imposto retidopor parte do substituto tributário e a operação que deu ensejoao ressarcimento.

Nova redação dada ao caput do art. 472, pelo art. 1 º,alteração 114ª, do Decreto n. 3.160, de 1º.08.2008.

Redação original em vigor no período de 1 º.01.2008 até31.07.2008:

"Art. 472. Caso o contribuinte substituído venha a promoveroperação interestadual destinada a contribuinte com mercadoriacujo ICMS foi retido, poderá, proporcionalmente às quantidadessaídas (cláusula terceira, § 2º, do Convênio ICMS 81/93):

I - recuperar o crédito do ICMS pela entrada, corr espondenteao débito próprio do contribuinte substituto e da p arcelaretida, em conta-gráfica;

II - sendo eleito contribuinte substituto pela unid adefederada de destino da mercadoria, recupe rar em conta-gráficaou ressarcir-se, junto ao estabelecimento que efetu ou aretenção na operação anterior, da diferença entre o valor doimposto da própria operação e o somatório do ICMS p róprio dosubstituto tributário com o valor do ICMS retido, o bserva do oseguinte:

a) quando se tratar de operações com veículos, apli car-se-áapenas em relação ao distribuidor autorizado;

b) em se tratando de operações com combustíveis der ivados depetróleo, o ressarcimento previsto neste inciso pod erá ser

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efetuado junto ao estabelecimento paranaense de produtornacional, o qual será indicado como destinatário da notafiscal mencionada no art. 473, desde que confirmado s orecolhimento do imposto retido por parte do substit utotributário e a operação que deu ensejo ao ressa rcimento."

§ 1º O estabelecimento mencionado no "caput" deverá solicitarao Delegado Regional da Receita autorização para oressarcimento de que trata este artigo, protocoliza ndorequerimento na ARE de seu domicílio tributário, co m aindicação do destinatá rio do crédito, acompanhado dacomprovação da efetividade da operação.

Nova redação dada ao §1º do art. 472, pelo art. 1º, alteração745ª, do Decreto n. 3.200, de 08.11.2011.

Redação original em vigor no período de 1º.01.2008 até07.11.2011:

"§ 1º O estabe lecimento mencionado no "caput" deverá solicitarao Delegado Regional da Receita autorização para a recuperaçãoou ressarcimento de que trata esse artigo, protocol izandorequerimento na ARE de seu domicílio tributário, co m aindicação do destinatário do cr édito, acompanhado dacomprovação inequívoca da efetividade da operação, ressalvadosos casos que se refiram a operações com combustívei s derivadosde petróleo, hipóteses em que a autorização deverá serrequerida ao Diretor da CRE."

§ 2º A Inspetoria Gera l de Fiscalização ficará encarregada daanálise do pedido protocolado nos termos do §1º, na s situaçõesde competência do Diretor da CRE, preparando o resp ectivodespacho.

§ 3º O disposto neste artigo aplica-se, no que coub er, no casode desfazimento do neg ócio antes da entrega da mercadoria, seo imposto retido já houver sido recolhido.

§ 4º A nota fiscal emitida para acobertar a operaçã ointerestadual mencionada no "caput" deverá conter o destaquedo imposto da operação própria, devendo ser lançada :

a) na hipótese de recuperação do crédito do imposto pelaentrada da mercadoria, em conta-gráfica, que corres ponderá aosomatório do débito próprio do contribuinte substit uto e daparcela retida, nas colunas "Base de Cálculo do Imp osto" e"Imposto Debitado";

b) n as outras situações, na coluna "Outras - Operações ouPrestações sem Débito do Imposto".

Nova redação do §4º, do art. 472, pelo art. 1º, alt eração642ª, do Decreto n. 1.473, de 17.05.2011, surtindo efeitos apartir de 1º.06.2011.

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Redações anteriores:

a) or iginal em vigor no período de 1º.01.2008 até 31.07. 2008:

"§ 4º A nota fiscal emitida para acobertar a operaç ãointerestadual mencionada no "caput" deverá conter o destaquedo imposto da operação própria e ser lançada nas co lunas "Basede Cálculo do Imposto " e "Imposto Debitado", na hipótese doinciso I, e na coluna "Outras - Operações ou Presta ções semDébito do Imposto", na hipótese do inciso II."

b) dada pelo art. 1º, alteração 114ª, do Decreto n. 3.160, de1º.08.2008, em vigor no período de 1º.08.2008 at é 31.05.2011:

"§ 4º A nota fiscal emitida para acobertar a operaç ãointerestadual mencionada no "caput", que será lança da nacoluna "Outras - Operações ou Prestações sem Débito doImposto" do livro Registro de Saídas, não deverá co nter odestaque do valor do imposto da operação própria, que seráconsignado no campo "Informações Complementares" do quadro"Dados Adicionais”."

§ 5º Poderá ser autorizada, mediante regime especia l, arecuperação ou o ressarcimento, de forma simplifica da, aocontribuinte que tenh a promovido nos últimos seis meses, nomínimo, um terço de operações interestaduais.

Acrescentado o §5º ao art. 472, pelo Art. 1º, alter ação 119ª,do Decreto n.º 3.364, de 03.09.2008, surtindo efeit os a partirde 1º.09.2008.

§ 6º Nas operações com combustí veis derivados de petróleo, arecuperação ou o ressarcimento do imposto deverão s errequeridos ao Diretor da CRE.

Acrescentado o §6º ao art. 472, pelo Art. 1º, alter ação 745ª,do Decreto n.º 3.200, de 08.11.2011.

Art. 473. A nota fiscal emitida para os fin s do art. 472deverá conter como natureza da operação "Ressarcime nto" ou"Recuperação de crédito", a data de emissão, o valo r,inclusive por extenso, e sua equivalência em FCA na data deemissão, além da identificação do destinatário.

§ 1º O estabeleciment o destinatário da nota fiscal poderádeduzir do próximo recolhimento a importância corre spondente,mediante lançamento do valor constante do mencionad o documentono campo "Outros Créditos" da GIA/ICMS ou no campo "ICMS deDevoluções de Mercadorias" da GIA- ST, relativa à inscriçãoespecial de substituição tributária, no mês em que receber ocitado documento;

§ 2º As vias da nota fiscal mencionada no "caput" t erão aseguinte destinação:

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a) 1ª via, que ficará em poder do emitente ou desti natário,conforme o ca so, para fins de lançamento no campo "OutrosCréditos" do livro Registro de Apuração do ICMS, na qualconstará a aposição, pelo fisco, de visto e do núme ro dodespacho autorizativo sobre o carimbo da reparticão ;

b) 3ª via, fisco para fins de controle.

§ 3 º Não havendo deliberação no prazo de noventa dias contadosda data da protocolização do requerimento de "Recup eração decrédito", o contribuinte poderá se creditar do valo r objeto dopedido, exceto em relação ao ressarcimento de que t rata oinciso II do a rtigo 472.”.

A forma de proceder foi alterada com a nova redação dadaao § 4º do art. 472 do RICMS, pelo art. 1º, alteraç ão 642ª, doDecreto n. 1.473, de 17.5.2011, surtindo efeitos a partir de1º.6.2011, que trata dos procedimentos para a emiss ão da notafiscal da operação e para a recuperação de crédito, os quaispassaram a ser os seguintes:

a) emissão da nota fiscal da operação interestadual , comdestaque do imposto nos campos próprios, que deverá ser lançada nascolunas "Base de Cálculo do Imposto" e "I mposto Debitado" (§ 4º doart. 472);

b) emissão de nota fiscal para recuperação do crédi to emconta-gráfica, constando como imposto a recuperar o somatório dodébito próprio do contribuinte substituto e da parc ela retida(alínea “a” do § 4º do art. 472 c/c alínea “a” do § 2º do art.473).

Pela nova redação, as notas fiscais emitidas pelocontribuinte substituído para documentar operação i nterestadual commercadoria cujo ICMS foi retido em razão do regime da substituiçãotributária, destinadas a contribuinte , deverão conter o destaque doimposto. Precedente: Consulta n. 57, de 5 de julho de 2011.

O preenchimento dos campos próprios e o armazenamen to doscampos XML da NF-e devem obedecer a sistemática est abelecida pelaalteração introduzida no § 4º do art. 472 do RICMS.

Ressalta-se, ainda, que as orientações aqui prestad as sãoespecíficas para a situação informada pela consulen te, nãoadmitindo extensões e ilações acerca de aspectos nã o abordados.

Por derradeiro, frisa-se que, nos termos do art. 65 9 doRICMS, a partir da data da ciência da resposta, a consulent e terá,observado o disposto no § 1º do art. 654 do RICMS e independente dequalquer interpelação ou notificação fiscal, o praz o de até quinzedias para adequar os procedimentos já realizados ao que tiver sidoesclarecido.

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PROTOCOLO: 10.950.019-4

CONSULTA Nº: 35, de 20 de março de 2012.

CONSULENTE: IVANÊS ADRIANE PETTERS - ME

SÚMULA: ICMS. PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DE TRANSPORTE DEPESSOAS. DISPONIBILIZAÇÃO DE VEÍCULO COMMOTORISTA.

RELATOR: JORGE NAOTO OKIDO

A consulente, atuando no serviço de transporte depassageiros com disponibilização de veículo com mot orista, afirmaincidir ICMS na prestação de serviço de transporte interestadual eintermunicipal, por qualquer via, de pessoas, bens, mercadorias ouvalor es, conforme disposto no art. 2º, inciso II, do RIC MS.

Em relação à sua atividade, observa que o veículo d eveatender às especificações exigidas pela contratante e ser conduzidopela consulente, consistindo em transportar funcion ários aoaeroporto ou à cid ade de Blumenau para participação em cursos oureuniões.

Relata, ainda, que o contrato é realizado sem que h ajadia, hora e itinerário certos, sendo que, por vezes , deixa deprestar o serviço e, quando impossibilitada, contra ta outra empresapara prestá-l o.

Entende que sua atividade seria uma prestação de se rviçode locação, de competência municipal, e não de tran sporte, decompetência estadual.

Indaga acerca da correção desse entendimento.

RESPOSTA

Esclarece-se que a locação de bens móveis não se co nfun decom a prestação de serviço de transporte, sendo ess a última sujeitaà hipótese de incidência do ICMS, conforme art. 2º, inciso II, daLei n. 11.580/1996, entendimento já assentado, conf orme Consulta n.88/2000.

Na situação descrita, a disponibilização d e veículos e decondutor vinculados à consulente caracteriza presta ção de serviçode transporte, que, se intermunicipal ou interestad ual, configurafato gerador do ICMS, cabendo o seu recolhimento pe la consulente.

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Caso esteja procedendo diferentemente do m anifestado napresente, no prazo de até quinze dias, a partir da data da ciênciadesta, deve adequar os procedimentos eventualmente já realizados,observado o disposto no § 1º do art. 654 do RICMS/2 008,independente de qualquer interpelação ou notificaçã o fiscal.

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PROTOCOLO: 10.934.169-0

CONSULTA Nº: 36, de 3 de abril de 2012.

CONSULENTE: ATT – ARMAZENAGEM, TRANSPORTE E TRANSBORDO LTDA.

SÚMULA: ICMS. ARMAZÉM GERAL. RETORNO COM ENTREGA DAMERCADORIA EM RECINTO ALFANDEGADO, POR CONTA EORDEM DO DEPOSITANTE.

RELATORA: ELIZETE CRISPIM CARVALHO DIAS

A consulente, que atua como armazém geral, informa que emoperações exclusivamente internas:

1. recebe mercadorias para depósito por um período,devolvendo-a posteriormente em retorno ao remetent e. Para aremessa ao depositante emite nota fiscal de saída, com CFOP 5.906,de retorno de mercadoria depositada em depósito fec hado ou armazémgeral, com base no art. 280, incisos I e II, do Reg ulamento doICMS, inserindo no Campo “DADOS ADICIONAIS” menção acerca dasuspensão do pagamento do imposto, conforme o co ntido no art. 93,inciso IX, do mesmo Regulamento;

2. seu cliente solicita que ao devolver em retorno partedos produtos o faça emitindo nota fiscal de retorno normal aodepositante (CFOP 5.906), mas com endereço de entre ga no RecintoAlfandegado no Porto de Paranaguá, sendo o depositante situado nomunicípio de Cambé.

Analisando o contido no art. 281, também do Regulam entodo ICMS, entende que o correto a fazer seria o dep ositante emitirnota fiscal de remessa ao destinatário efetivo da m ercadoriadeposit ada com destaque do imposto, quando fosse o caso, i ndicandoque a mercadoria seria retirada no armazém geral, c om o endereço eidentificação desse.

A consulente entende que deve emitir, então, nota f iscalpara o estabelecimento depositante, sem destaque do imposto, comnatureza da operação “Outras Saídas, retorno simból ico demercadoria depositada”, como disposto no § 1º do ar t. 281,especificando o número da nota fiscal emitida pelo depositante e osdados do estabelecimento de terceiro (no Estado), d estina tárioefetivo da mercadoria depositada, sendo que no vers o da nota fiscalemitida pelo depositante, e que servirá para acompa nhar otransporte, o armazém deve indicar os dados da nota fiscal por eleemitida.

Questiona se está correto o seu entendimento.

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RESPOSTA

Primeiramente, saliente-se que se parte da premissa ,única para a qual tem validade a presente resposta, de que odestinatário efetivo da mercadoria, conforme inform a consulente, é“recinto alfandegado”, no caso, situado em zona pri mária.

Assim se ndo, a matéria objeto da consulta decorre não sódo contido no art. 281 do Regulamento do ICMS aprov ado pelo Decreton. 1.980/2007, mas também do contido no seu art. 46 4, ambosimplementados com base no Convênio ICMS 83/2006, qu e estabelecem aforma de emi ssão de documentos fiscais quando da remessa demercadorias para formação de lote de exportação em recintosalfandegados, a seguir transcritos, com grifos:

“Art. 281. Na saída de mercadoria depositada em arm azém geral,situado no mesmo Estado do estabeleci mento depositante, comdestino a outro estabelecimento, ainda que da mesma empresa, odepositante emitirá nota fiscal em nome do destinat ário,contendo os requisitos exigidos e, especialmente (a rt. 28 doConvênio SINIEF s/n, de 15.12.70):

I - o valor da op eração;

II - a natureza da operação;

III - o destaque do imposto, se devido;

IV - a indicação de que a mercadoria será retirada do armazémgeral, mencionando-se o endereço e os números de in scrição,estadual e no CNPJ, deste.

§ 1º Na hipótese deste artigo, o armazém geral, no ato dasaída da mercadoria, emitirá nota fiscal em nome doestabelecimento depositante, sem destaque do valor do imposto,contendo os requisitos exigidos e, especialmente:

a) o valor da mercadoria, que corresponderá àquele atribuídopor ocasião de sua entrada no armazém geral;

b) a natureza da operação "Outras saídas - Retorno simbólicode mercadoria depositada";

c) o número, a série, se for o caso, e a data da no ta fiscalemitida pelo estabelecimento depositante, na forma do "caput"deste artigo;

d) o nome, o endereço e os números de inscrição, es tadual e noCNPJ, do estabelecimento a que se destinar a mercad oria.

§ 2º O armazém geral indicará, no verso das vias da notafiscal emitida pelo estabelecimento depositante, de stinadas aac ompanhar a mercadoria, a data da sua efetiva saída, o

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número, a série, se for o caso, e a data da emissão da notafiscal a que se refere o parágrafo anterior.

§ 3º A nota fiscal a que alude o § 1º será enviada aoestabelecimento depositante, que deverá reg istrá-la no livroRegistro de Entradas, dentro de dez dias, contados da saídaefetiva da mercadoria do armazém geral.

§ 4º A mercadoria será acompanhada, no seu transpor te, da notafiscal emitida pelo estabelecimento depositante.

Art. 464. Por ocasião da remessa para formação de lotes emrecintos alfandegados para posterior exportação, oestabelecimento remetente deverá emitir nota fiscal em seupróprio nome, sem destaque do valor do imposto, ind icando comonatureza da operação "Remessa para Formação de L ote paraPosterior Exportação" (Convênio ICMS 83/06).

§ 1º Além dos demais requisitos exigidos, a nota fi scal de quetrata o "caput" deverá conter:

a) a indicação de não-incidência do imposto, por se tratar desaída de mercadoria com destino ao exterior;

b) a identificação e o endereço do recinto alfandega do ondeserão formados os lotes para posterior exportação.

As questões levantadas pela consulente dizem respei to aobrigações acessórias relativas ao retorno de merca doriasdepositadas em armazém geral por depositante também estabelecidodentro do Estado, com remessa direta da mercadoria, por conta eordem do depositante, a “Recinto Alfandegado”.

Há de ser, efetivamente, observado o contido no art . 281do Regulamento do ICMS antes transcrito, porém, no que se refere ànota fiscal emitida pelo depositante, deve-se atend er aosrequisitos constantes no art. 464 do mesmo Regulame nto, que trataespecificamente da remessa para recinto alfandegado , constando comodestinatário, por exemplo, o nome do próprio deposi t ante, além dosdemais requisitos exigidos no inciso IV e no § 4º d o art. 281, e deconstar que se trata de mercadoria depositada em ar mazém geralsituado no mesmo Estado do estabelecimento deposita nte com destinoa outro estabelecimento (frisando ser Recin to Alfandegado), e aindicação de que a mercadoria será retirada do arma zém geral,mencionando-se o endereço e os números de inscrição desse (estaduale no CNPJ).

Ademais, deve a consulente, por sua vez, observar t odo ocontido nos parágrafos do art. 281, notadamente no que se refere àemissão do documento relativo ao retorno simbólico de mercadoriadepositada, e às anotações fazendo a vinculação dos documentos,deixando plenamente caracterizada a operação realiz ada.

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Posto isso, nos termos do art. 659 do Re gulamento doICMS, tem a consulente, a partir da data da ciência da resposta, oprazo de até quinze dias para adequar os procedimen tos járealizados, caso esteja procedendo de modo diverso do respondido.

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PROTOCOLO: 11.179.863-0

CONSULTA Nº: 37, de 23 de fevereiro de 2012.

CONSULENTE: GL ELETRO-ELETRÔNICOS LTDA.

SÚMULA: ICMS. REMESSA PARA INDUSTRIALIZAÇÃO EM OUTROPAÍS. PROCEDIMENTO DE RETORNO. IMPORTAÇÃO.

RELATORA: MARGARETE MARIA MAZZOLA

A consulente expõe que atua no ramo de fabricação d ematerial elétrico para instalações em circuito de c onsumo, CNAE2732-5/00, e pretende enviar matéria-prima ao exter ior para serindustrializada, sendo que deverão retornar ao esta belecimento osprodutos e a sucata gerada nesse processo. Relata que o proc esso deindustrialização não irá agregar outros materiais q ue não osenviados pela empresa, ou seja, irá ocorrer um proc esso detransformação da matéria-prima em novos produtos.

Informa que a remessa está sendo feita perante aSecretaria da Receita Federal do Brasil na condição de ExportaçãoTemporária para Aperfeiçoamento Passivo, nos termos da Portaria MFnº 675/1994, que permite a saída do país, por tempo determinado, demercadorias que devam ser submeti das a operações de transformação,elaboração, beneficiamento ou montagem, no exterior , e a posteriorreimportação, sob a forma do produto resultante, co m pagamento detributos sobre o valor agregado a esse (art. 2º da Portariamencionada). Acrescenta que n ão encontrou embasamento normativo noRegulamento do ICMS do Estado do Paraná para a oper ação dereimportação.

Ante aos fatos apresentados, indaga qual o disposit ivolegal e como deve proceder para a reimportação dos produtos esucatas advindos do processo de industrialização da matéria-primaenviada.

RESPOSTA

A operação realizada pela consulente compreende aexportação de um produto, que qualifica como matéri a-prima, e aimportação de outros produtos, nos quais aquela mat éria-prima étransformada.

Salien ta-se que a operação de exportação está reguladapelo art. 3º, inciso II, parágrafo único da Lei Com plementar nº 87,de 13.9.1996, e art. 4º, inciso II, parágrafo único da Lei nº

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11.580, de 14.11.1996, que trazem a mesma redação, e a manutençãodo crédito da operação está prevista no art. 29, § 2º dessa úl timalei, assim dispondo:

“Lei nº 11.580/1996

Art. 4º O imposto não incide sobre:

(...)

II - operações e prestações que destinem ao exterio rmercadorias, inclusive produtos primários e produto sindustriali zados semi-elaborados, ou serviços;

(...)

Parágrafo único. Equipara-se às operações de que tr ata oinciso II a saída de mercadoria realizada com o fim específicode exportação para o exterior, destinada a:

I - empresa comercial exportadora, inclusive "trad ings" ououtro estabelecimento da mesma empresa;

II - armazém alfandegado ou entreposto aduaneiro.

Art. 29. O sujeito passivo deverá efetuar o estorno do impostocreditado sempre que o serviço tomado ou a mercador ia ou bementrados no estabelecimento:

(…)

§ 2º Não se estornam créditos referentes a mercador ias eserviços que venham a ser objeto de operações ou pr estaçõesdestinadas ao exterior.”

No que tange ao ICMS incidente sobre a operação deimportação, está prevista a competência dos Estados e do Distri toFederal na Constituição Federal de 1988, em seu inc iso II do art.155, para exigir o imposto. Assim, com base na outo rgaconstitucional, a Lei Complementar nº 87/1996 e a L ei Estadual nº11.580/1996 estabelecem no inciso I e no § 1º do ar t. 2º:

“Lei Est adual nº 11.580/1996

Art. 2º O imposto incide sobre:

I - operações relativas à circulação de mercadorias , inclusiveo fornecimento de alimentação e bebidas em bares, r estaurantese estabelecimentos similares;

(...)

§ 1º O imposto incide também:

I - sobre a entrada de mercadoria ou bem importados doexterior, por pessoa física ou jurídica, ainda que não sejacontribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua

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finalidade (Lei Complementar nº. 114/02);”

Verifica-se, conforme já constatado pela consulente , queo Regulamento do ICMS (RICMS), aprovado pelo Decret o nº 1.980, de21.12.2007, não define procedimentos específicos pa ra remessa paraindustrialização no exterior. E dispositivos regula mentares como osartigos 93, 103, 299 a 306, e itens 3 e 84, alíne a “a”, do Anexo I,todos do RICMS não se ajustam ao caso.

Não obstante, menciona-se a disposição do § 8º do a rt. 93do RICMS como hipótese de suspensão do pagamento do impostomediante a concessão de regime especial, “in verbis ”:

“RICMS

Art. 93. Há suspens ão do pagamento do imposto (art. 19 da Lein. 11.580/96):

(…)

§ 8º Mediante regime especial poderá ser autorizada asuspensão do pagamento do imposto em outras hipótes es,observadas, subsidiariamente, as regras estabelecid as nesteCapítulo.”

Ante ao expost o e à operação retratada pela consulente, oprocedimento a ser adotado no retorno da mercadoria industrializadaa este país deve ser o mesmo da importação, de acor do com as regrasexpostas no Regulamento do ICMS.

O mesmo tratamento, em operação similar, fo i examinado naConsulta nº 191/2002.

No que estiver procedendo de forma diversa ao expos to napresente resposta, deverá a consulente observar o d isposto noartigo 659 do RICMS, que prevê o prazo de até 15 (q uinze) dias paraa adequação de seus procedimento s ao ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 11.038.330-4

CONSULTA Nº: 38, de 27 de março de 2012.

CONSULENTE: IPIRANGA ASFALTOS S.A.

SÚMULA: ICMS. INDUSTRIALIZAÇÃO POR ENCOMENDA. REMESSA DEMATÉRIA-PRIMA DO FORNECEDOR PARA OINDUSTRIALIZADOR POR CONTA E ORDEM DOENCOMENDANTE. PRODUTO INDUSTRIALIZADO REMETIDO AESTABELECIMENTO DE TERCEIRO.

RELATORA: CLEONICE STEFANI SALVADOR

A empresa consulente, com dois estabelecimentos ins critosno Estado do Paraná, cadastrados com a atividade de fabricação deprodutos químicos não especificados, informa que es ses, dentreoutras atividades, comercializam cimento asfáltico de petróleo eemul sões asfálticas utilizados na pavimentação urbana e derodovias.

Formula consulta acerca da forma de documentar oper açãode aquisição de matéria-prima (asfalto classificado no código2713.20.00 da NCM) a ser entregue por seu fornecedo r diretamente aestabe lecimento industrializador, que após a industrializ açãoremeterá o produto resultante diretamente aos clien tes daconsulente.

Expõe o procedimento que pretende adotar, nos segui ntestermos:

- para documentar a operação de aquisição damatéria-prima, o forn ecedor emitirá nota fiscal destinada àconsulente, com destaque de ICMS, mencionando o CFO P 5.122,conforme o disposto nas alíneas “a” e “b” do inciso I do art. 305do RICMS;

- para acompanhar o transporte da mercadoria aoestabelecimento industrializador, o fornecedor da matéria-primaemitirá nota fiscal, sem destaque de ICMS, observan do a formaestabelecida na alínea “c” do inciso I do art. 305 do RICMS;

- para documentar o retorno simbólico do produtoindustrializado à consulente, o industrializador em it irá notafiscal com a natureza de simples remessa simbólica, conforme dispõeo art. 304, caput, do RICMS, tributando os insumos aplicados noprocesso de industrialização;

- para documentar a venda do produto industrializado,será emitida pela consulente no ta fiscal de venda destinada ao seucliente, com destaque de ICMS e CFOP 5.101 (venda d e produto

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industrializado ou produzido pelo estabelecimento, bem como a demercadoria por estabelecimento industrial);

- o transporte do produto, que sairá doestabeleci mento industrializador diretamente ao adquirente,far-se-á acompanhado da NF-e emitida pela consulent e paradocumentar a venda, já transmitida à Fazenda do Par aná.

Esclarece, ainda, que a industrialização será execu tadapor estabelecimento paranaense, que tem como atividade econômica afabricação de produtos químicos e que pertence a em presa diversa daconsulente e das adquirentes do produto final, gera lmente empresasdo ramo de construção civil, sendo o produto result ante daindustrialização denominado de CAP 50/60, classificado no código2715.00.00 da NCM.

Questiona se está correto seu entendimento e se pod eráadotá-lo para a situação em que seu cliente está si tuado em outraunidade federada.

RESPOSTA

Verifica-se que a operação descrita envolve quatroagentes: a consulente, seu fornecedor, o estabelecime ntoindustrializador e o adquirente do produto industri alizado.

Os dispositivos do Regulamento do ICMS aprovado pel oDecreto n. 1.980/2007, vinculados ao assunto questi onado, são os aseguir transcritos:

“ Art. 95. Sem prejuízo das disposições específicas p revistasneste Regulamento, são abrangidas pelo diferimento asseguintes mercadorias:

§ 1º Fica igualmente diferido o pagamento do impost o nasoperações a seguir mencionadas:

c) nas operações internas, no retorno da mercadoria ou bemrecebido para industrialização, nas condições estab elecidas noart. 299, referente à parcela do valor agregado, pa ra omomento em que ocorrer a saída ou a transmissão de propriedadedo produto resultante da industrialização , promovida peloestabelecimento do contribuinte autor da encomenda;

DA REMESSA PARA INDUSTRIALIZAÇÃO OU CONSERTO

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Art. 299. É suspenso o pagamento do imposto nas ope raçõesinternas ou interestaduais, na saída e no retorno, de bem oumercadoria remetida p ara conserto ou industrialização,promovida por estabelecimento de contribuinte, sob a condiçãode retorno real ou simbólico ao estabelecimento rem etente, noprazo de até 180 dias, contados da data da saída (C onvênio AE15/74; Convênios ICM 01/75 e 35/82 e Convênios ICMS 34/90 e151/94).

...

§ 2º Em relação ao valor agregado na industrializaç ão,aplica-se o diferimento previsto na alínea "c" do § 1º do art.95.

§ 3º O prazo de 180 dias poderá ser prorrogado por igualperíodo, admitida excepcionalmente uma s egunda prorrogação,mediante despacho do Delegado Regional da Receita a serproferido em petição justificada do interessado.

...

Art. 304. Na nota fiscal emitida para documentar a saída realou simbólica da mercadoria em retorno ao estabeleci mentoencomendante do conserto ou da industrialização, deverá seranotado o número, a data e o valor da nota fiscal r elativa àremessa.

§ 1º Na saída da mercadoria para estabelecimento de terceiro,diretamente do estabelecimento industrializador, oencomendante localiza do no Paraná deverá emitir nota fiscal,com débito do imposto, se devido, à vista da nota f iscalcorrespondente ao retorno simbólico, para documenta r otrânsito do estabelecimento que realizou a industri alização aodestinatário.

§ 2º No retorno da mercador ia remetida para conserto, além danota fiscal relativa aos serviços, será emitida not a fiscalreferente às peças ou aos materiais eventualmente a plicados,admitindo-se a emissão de apenas uma nota fiscal de sde que nostermos dos §§ 12 e 18 do art. 138.

Ar t. 305. Nas operações em que um estabelecimento man darindustrializar mercadoria, com fornecimento de maté ria-prima,produto intermediário ou material de embalagem, adq uiridos deoutro, os quais, sem transitar pelo estabelecimentoadquirente, forem entregu es pelo fornecedor diretamente aoindustrializador, observar-se-á (art. 42 do Convêni o SINIEFs/n, de 15.12.70,):

I - o estabelecimento fornecedor deverá:

a) emitir nota fiscal em nome do estabelecimento ad quirente, aqual, além das exigências previstas, c onterá o nome, o

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endereço e os números de inscrição, estadual e no C NPJ doestabelecimento em que os produtos serão entregues, bem como acircunstância de que se destinam à industrialização ;

b) efetuar na nota fiscal referida na alínea anteri or odestaque do valor do imposto, quando devido, que seráaproveitado como crédito pelo adquirente, se for o caso;

c) emitir nota fiscal, sem destaque do valor do imp osto, paraacompanhar o transporte da mercadoria ao estabeleci mentoindustrializador, onde, além das ex igências previstas,constará o número, a série, sendo o caso, e a data da emissãoda nota fiscal referida na alínea "a", o nome, o en dereço e osnúmeros de inscrição, estadual e no CNPJ, do adquir ente, porcuja conta e ordem a mercadoria será industrializa da;

II - o estabelecimento industrializador deverá:

a) emitir nota fiscal, na saída do produto industri alizado comdestino ao adquirente, autor da encomenda, na qual, além dasexigências previstas, constará o nome, o endereço e os númerosde inscrição, est adual e no CNPJ, do fornecedor e o número, asérie, sendo o caso, e a data da emissão da nota fi scalreferida na alínea "c" do inciso anterior, bem como o valor damercadoria recebida para industrialização, o valor dasmercadorias empregadas e o total cobr ado pelo industrializadordo autor da encomenda, referente ao serviço e peças oumateriais por este eventualmente fornecidas;

b) efetuar na nota fiscal referida na alínea anteri or, sendo ocaso, o destaque do valor do imposto sobre o valor totalcobrado do autor da encomenda, que será por este aproveitadocomo crédito, quando de direito.”

O art. 299 estabelece o tratamento tributário dispe nsadoàs operações de remessa de matéria-prima para indus trialização e deretorno do produto industrializado, sendo que os artigos 304 e 305tratam da forma de documentar operações que envolve m mais de doisestabelecimentos.

Quanto ao tratamento tributário, considerando que o sprodutos mencionados pela consulente não se encontr am dentre ashipóteses de vedação à regra da su spensão dispostas no § 1º do art.299, expõe-se que:

a) está suspenso o pagamento do imposto nas remessa s deasfaltos promovidas pela consulente para industrial ização e noposterior retorno, mesmo simbólico, do produto indu strializado,quando observado o p razo de regresso fixado ( caput e § 3º do art.299);

b) aplica-se o diferimento previsto na alínea "c" d o § 1ºdo art. 95, em relação ao valor agregado na industr ialização, sendodevido o ICMS por ocasião da saída ou da transmissã o de propriedade

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do produto resultante da industrialização, promovida pelaconsulente (§ 2º do art. 299);

c) o valor agregado na industrialização representa ototal cobrado da consulente pelo estabelecimento in dustrializador,compreendendo o valor da industrialização e das mer cadori aseventualmente empregadas nesse processo. Precedente s: Consultas n.16/2008 e n. 27/2011.

No tocante à forma de documentação das operações, orelatado pela consulente guarda consonância com o d isposto nosartigos 304 e 305. De qualquer modo, detalham-se a seguir osdocumentos a serem emitidos e os dados que devem ne sses constar:

1. pelo fornecedor da matéria-prima (alíneas “a”, “ b” e“c” do inciso I do art. 305):

a) emitir nota fiscal em nome da consulente, comdestaque de ICMS, a qual, além das exigênci as previstas, conterá onome, o endereço e os números de inscrição, estadua l e no CNPJ doestabelecimento em que o produto será entregue, bem como acircunstância de que se destina à industrialização, mencionado oCódigo Fiscal de Operação e Prestação - CF OP 5.122 ( Venda deprodução do estabelecimento remetida para industria lização, porconta e ordem do adquirente, sem transitar pelo est abelecimento doadquirente );

b) emitir nota fiscal em nome do estabelecimentoindustrializador, sem destaque do valor do i mposto, a qual, alémdas exigências previstas, conterá os dados da nota fiscal referidana alínea "a" e o nome, o endereço e os números de inscrição,estadual e no CNPJ, do adquirente, encomendante daindustrialização, com o CFOP 5.924 ( Remessa para indust rializaçãopor conta e ordem do adquirente da mercadoria ), devendo essedocumento acompanhar o transporte da mercadoria ao estabelecimentoindustrializador;

2. pelo estabelecimento industrializador ( caput do art.304 e alíneas “a” e “b” do inciso II do art . 305):

a) emitir nota fiscal em nome da consulente, sem de staquedo ICMS, consignando tratar-se de devolução simbóli ca do produtoindustrializado, com CFOP 5.902 ( Retorno de mercadoria utilizada naindustrialização por encomenda ), e a operação de industri alização,com CFOP 5.124 ( Industrialização efetuada para outra empresa ), naqual, além das exigências previstas, constará a ide ntificação dofornecedor da matéria-prima e os dados da nota fisc al quedocumentou sua remessa, bem como o valor da mercado ria re cebidapara industrialização, o valor das mercadorias empr egadas e o totalcobrado da consulente pelo industrializador, mencio nando-se que ovalor agregado está abrangido pelo diferimento do p agamento doimposto;

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b) informar nesse documento que a remessa d a mercadoriaao adquirente do produto industrializado será docum entada pela notafiscal emitida pela consulente, referida na alínea “a” do item 3,identificando seus dados;

3. pela consulente (§ 1º do art. 304):

a) emitir nota fiscal, com débito de ICMS, e m nome doestabelecimento adquirente do produto industrializa do, mencionandoo CFOP 5.102/6.102 ( Venda de mercadoria adquirida ou recebida deterceiros (...), que não tenham sido objeto de qual quer processoindustrial no estabelecimento ) na qual, além dos demais requisitos,deverá constar o nome, o endereço e os números de i nscrição,estadual e no CNPJ do estabelecimento industrializa dor e os dadosda nota fiscal referida na alínea "a" do item 2;

b) informar, ainda, nessa nota fiscal, a data efeti va dasaíd a das mercadorias do estabelecimento industrializad or comdestino ao adquirente e a circunstância de que a de volução doproduto industrializado à consulente ocorreu de mod o simbólico.

Conforme se depreende do exposto, o mais importante naemissão das notas fiscais é a identificação completa das operações,demonstrando a correlação dos documentos.

Por seu turno, a circulação das mercadorias deve oc orreracompanhada do Documento Auxiliar da Nota Fiscal E letrônica,DANFE, que representa graficamente a NF-e ex igida para documentar otransporte.

Quanto ao fato de o adquirente do produto industria lizado(CAP 50/60) estar domiciliado em outra unidade fede rada,ressalta-se que nada altera o procedimento descrito , uma vez que,conforme expôs a consulente, o estabele cimento industrializadorestá situado no Paraná, assim como o encomendante d aindustrialização.

Cabe salientar, ainda, que as operações devem estarrespaldadas em elementos de prova de sua realização como descritas,sob pena de serem desconsideradas pela f iscalização, caso sejaverificada a utilização dessa sistemática, que pres supõe ingressode matéria-prima que não transita pelo estabelecime nto adquirente eretorno simbólico de produto industrializado, como forma depostergação do recolhimento do imposto.

Menciona-se, por fim, que a realização de operações sob acondição de remessa ou retorno simbólico entre fili ais de mesmaempresa não encontra amparo na legislação, conforme reiteradasmanifestações do Setor Consultivo. Precedentes: Con sultas n.94/2009 e n. 76/2010.

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PROTOCOLO: 11.261.784-1

CONSULTA Nº: 39, de 10 de abril de 2012.

CONSULENTE: TELHAÇO MARINGÁ IND. E COM. DE TELHAS LTDA.

SÚMULA: ICMS. REDUÇÃO DA BASE DE CÁLCULO. ENQUADRAMENTODE PRODUTOS.

RELATORA: MARGARETE MARIA MAZZOLA

A consulente, atuando no ramo de produção de artefa tosestampados de metal, está enquadrada no regime norm al de tributaçãoe expõe que comercializa os produtos que estão rela cionados nosgrupos da posição NBM/SH 7214 e 7216. Aduz que o Co nvênio ICMS33/199 6 confere direito à empresa de proceder à redução d a base decálculo sobre alguns produtos, para os quais relaci ona asclassificações NBM/SH: 7214.2000, 7214.2001, 7214.2 002. 7214.2100,7214.4099, 7214.2200, 7214.9100, 7216.2100, 7216.31 00, 7216.9100,7216 .3102 e 7216.3200.

Assim, indaga se os produtos que comercializa e quepossuem NBM/SH específicas dentro das posições 7214 e 7216 estariamincluídos nesse benefício, embora não se classifiqu em nos códigosrelacionados nesse Convênio.

RESPOSTA

De início, enfatiza-se que é de responsabilidade docontribuinte a adequada classificação dos produtos na norma,cabendo registrar que o dispositivo que trata da ma téria se referea NBM e não à NCM, com o que devem ser considerados pelos seuscódigos originais NBM/SH (Convênio ICMS 117/1996 e Decreto nº6.498/2010).

Observa-se que o Convênio ICMS 33/1996 está contemp ladono item 7 do Anexo II do RICMS, aprovado pelo Decre to nº 1.980, de21.12.2007, com a seguinte redação:

“7 A base de cálculo é reduzida para 66,66% na s operaçõesinternas, até 31.12.2012, com FERROS E AÇOS NÃO PLA NOS adiantediscriminados (Convênios ICMS 33/96, 148/07 e 53/08 ):

CÓDIGO NBM/SH DISCRIMINAÇÃO DAS MERCADORIAS

(...)

7214 Barras de ferro ou aços não ligados, simplesmenteforjadas, laminadas , estiradas ou extrudadas, a quente,

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incluídas as que tenham sido submetidas a torção ap ós alaminagem

7214.20 Dentadas, com nervuras, sulcos ou relevos, obtidosdurante a laminagem, ou torcidas após a laminagem

7214.20.0100 De menos de 0,25% de carbono

7214.20.0200 De 0,25% ou mais, mas menos de 0,6% de carbono7214.40 Outras, contendo, em peso, menos de 0,25% decarbono7214.40.0100 De seção circular

7214.40.9900 Outras

7216 Perfis de ferro ou aços não ligados

7216.21.0000 Perfis em L, simplesmente lamina dos, estiradosou extrudados, a quente, de altura inferior a 80 m m

7216.31 Perfis em U, simplesmente laminados, estirados ouextrudados, aquente, de altura igual ou superior a 80 mm

7216.31.0100 De altura igual ou superior a 80 mm, mas nãosuperior a 200 mm

7216.31.0200 De altura superior a 200 mm

7216.32 Perfis em I, simplesmente laminados, estirados ouextrudados, a quente, de altura igual ou superior a 80 mm

7216.32.0100 De altura igual ou superior a 80 mm, mas nãosuperior a 200 mm

7216.32.0200 De alt ura superior a 200 mm

Nota: não se exigirá a anulação do crédito nas saíd as dasmercadorias beneficiadas com a redução da base de c álculo aque se refere este item.”

Pelo disposto na legislação anteriormente exposta, assimcomo no art. 111 do Código Tribut ário Nacional, essa deve serinterpretada literalmente, ou seja, somente se apli ca a redução debase de cálculo em questão para os produtos classif icados nossubitens do item, de sua correspondente subposição e respectivaposição da NBM/SH por ela enumerad os. Por conseguinte, não abrangeoutros subitens, itens ou subposições da mesma posi ção da NBM/SHque não estejam contemplados nesse item 7, do Anexo II do RICMS,pois o texto descrito nas posições 7214 e 7216 serv e apenas paradiscriminar a mercadoria a q ue faz referência suas subposições,itens e subitens, que as especificam.

Assim, por exemplo, é reduzida a base de cálculo do ICMSnas operações internas de saída de:

1) barras de ferro ou aços não ligados, simplesment e

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forjadas, laminadas, estiradas ou ex trudadas, a quente, incluídasas que tenham sido submetidas a torção após a lamin agem / dentadas,com nervuras, sulcos ou relevos, obtidos durante a laminagem, outorcidas após a laminagem / de menos de 0,25% de ca rbono (NBM/SH7214.20.0100);

2) barras de ferro ou aços não ligados, simplesmenteforjadas, laminadas, estiradas ou extrudadas, a que nte, incluídasas que tenham sido submetidas a torção após a lamin agem / dentadas,com nervuras, sulcos ou relevos, obtidos durante a laminagem, outorcidas após a laminagem / de 0,25% ou mais, mas menos de 0,6% decarbono (NBM/SH 7214.20.0200);

3) outras / barras de ferro ou aços não ligados,simplesmente forjadas, laminadas, estiradas ou extr udadas, aquente, incluídas as que tenham sido submetidas a t orção após alaminagem / contendo, em peso, menos de 0,25% de ca rbono / de seçãocircular (NBM/SH 7214.40.0100);

4) e assim sucessivamente.

Dessa forna, no que estiver procedendo de forma div ersaao exposto na presente resposta, deverá a consulent e observar odisposto no artigo 659 do RICMS, que prevê o prazo de até 15(quinze) dias para a adequação de seus procedimento s já realizadosao ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 11.067.151-2

CONSULTA Nº: 40, de 10 de abril de 2012.

CONSULENTE: MÓVEIS ROMERA LTDA.

SÚMULA: ICMS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. ENQUADRAMENTO DEPRODUTOS.

RELATORA: MARGARETE MARIA MAZZOLA

A consulente, atuando no ramo de comércio varejistaespecializado de eletrodomésticos e equipamentos de áudio e vídeo,apresenta dúvida a respeito do enquadramento de alg umas mercadoriasna substituição tributária sobre as operações com p rodutoseletrônico s, eletroeletrônicos e eletrodomésticos, segundodetermina o Decreto nº 1.589, de 7 de junho de 2011 , conformesegue:

1. pergunta se devem ser inclusas na substituiçãotributária as máquinas de lavar roupa de capacidade até 6 kg,classificadas na NCM/SH 84 50.19 (Nomenclatura Comum do Mercosul –Sistema Harmonizado), uma vez que, na opinião da co nsulente, odecreto descreve com essa NCM/SH apenas máquinas “d e capacidadeentre seis e dez kg”;

2. questiona também se estão enquadrados no referid odecreto os tel evisores de LCD e LED acima de 29 polegadas,classificados na NCM/SH 8528.7, pois em seu entendi mento essesprodutos não estão incluídos na substituição tribut ária, uma vezque essa mesma NCM/SH descrita na referida norma fa z referênciasomente a “televiso res de CRT” (tubo de raios catódicos),“televisores de plasma” e “outros aparelhos recepto res de televisãonão dotados de monitores ou display de vídeo”.

RESPOSTA

Observa-se, primeiramente, que até 1º.11.2011 o art .481-C do RICMS, aprovado pelo Decreto nº 1.980, de 21.12.2007,tinha a seguinte redação:

“Art. 481-C. Nas operações com os produtos relacion ados, comsuas respectivas classificações na NCM, devem ser c onsideradosos seguintes percentuais de margem de valor agregad o:

NCM DESCRIÇÃO Margem de val or agregado– MVA (%)

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Interna Interestadual

(...)

8450.11 Máquinas de lavar roupa atéseis kg

31,06 31,06

8450.11 Máquinas de lavar roupa,mesmo com dispositivos desecagem, de uso doméstico,de capacidade entre seis adez kg, em peso de roupaseca, in teiramenteautomáticas

31,06 40,65

8450.12 Outras máquinas de lavarroupa, mesmo comdispositivos de secagem, deuso doméstico, decapacidade até seis kg, comsecador centrífugoincorporado

38,58 48,72

8450.19 Outras máquinas de lavarroupa, mesmo comdis positivos de secagem, deuso doméstico, decapacidade entre seis a dezkg

31,28 40,89

(...)

8528.7 Aparelhos receptores detelevisão de até 29polegadas

42,00 42,00

8528.7 Aparelhos receptores detelevisão, mesmo queincorporem um aparelhoreceptor de radiodifusão ouum aparelho de gravação oureprodução de som ou deimagens - televisores deCRT (tubo de raioscatódicos)

42,00 52,39

8528.7 Aparelhos receptores detelevisão, mesmo queincorporem um aparelhoreceptor de radiodifusão ouum aparelho de grav ação oureprodução de som ou deimagens - televisores deplasma

29,06 38,5

8528.7 Outros aparelhos receptores 34,22 44,04

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de televisão não dotados demonitores ou display devídeo.

Parágrafo único. Para fins do cálculo do ICMS por s ubstituiçãotributária, quando o valor de partida para a formação da basede cálculo for o preço praticado pelo remetente, ad otar-se-á,como tal, o valor constante do documento fiscal emi tido paradocumentar a operação de aquisição.”

Assim, partindo da premissa de que é de respo nsabilidadedo contribuinte a adequada classificação do produto na NCM/SH,verifica-se que está correto o entendimento da cons ulente para asoperações realizadas até 1º.11.2011, em relação aos produtosdenominados máquinas de lavar roupa com capacidade até 6 kg eaparelhos receptores de televisão de LCD e LED maio res que 29polegadas, dispostos nas posições NCM/SH 8450.19 e 8528.7,respectivamente, no sentido de que não estavam abra ngidos peloregime de recolhimento do imposto por substituição tributária, p ornão estarem incluídos na descrição dos produtos rel acionados noreferido dispositivo regulamentar.

Tal assertiva se deve ao fato de que o legislador, aodescrever os códigos de produtos NCM/SH citados no art. 481-C doRICMS, restringiu o campo de incidê ncia a outras máquinas de lavarroupa, mesmo com dispositivos de secagem, de uso do méstico, decapacidade entre seis a dez kg, deixando de incluir aquelas comcapacidade até 6 kg. Comparando-se tal situação ao descrito na NCM8450.11, onde o legislador div idiu a capacidade em “até 6 kg” e“entre 6 a 10 kg”, isso se deve pelo motivo de que a NCM/SH8450.19, em seu texto original, é mais abrangente q uanto àcapacidade.

Referido dispositivo regulamentar também está emconformidade com o relatado pela consulent e quanto aos aparelhos detelevisão de LCD e LED, pois a descrição de um dos itens da NCM/SH8528-7 limitou esses produtos em tamanho de até 29 polegadas , ouseja, inclusive os de 29 polegadas. E, nos demais i tens da mesmaNCM/SH, não houve restrição em te rmos de tamanho, mas fezreferência a outros tipos de televisores, qualifica dos como CRT eplasma, ou não dotados de monitores ou display de v ídeo, quediferem dos televisores qualificados como LCD e LED .

Posteriormente, o Decreto nº 3.200, de 8 de novembr o de2011, alterou o art. 481-C do RICMS, transcrito em seguida,ampliando o regime de substituição tributária para todos osaparelhos receptores de televisão de LCD e LED (ite ns 64 e 65), bemcomo a todas as máquinas de lavar roupa da subposiç ão NCM 8450. 19(itens 25 e 26), ao introduzir as Alterações 746ª e 751ª nessedispositivo regulamentar:

“Art. 481-C. Nas operações com os produtos relacion ados, com

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suas respectivas classificações na NCM, devem ser c onsideradosos seguintes percentuais de margem de va lor agregado: (Verart. 2º e 3º do Decreto n.º 3.200 de 08.11.2011) - (Ver art.2º do Decreto n.º 3.503 de 14.12.2011)

ITEM NCM DESCRIÇÃO MARGEM DE VALOR

AGREGADO - MVA (%)

INTERNA INTERESTADUAL

25 8450.19 Outras máquinas delavar roupa, mesmo comdispositivos desecagem, de usodoméstico, decapacidade até seis kg

31,28 31,28

26 8450.19 Outras máquinas delavar roupa, mesmo comdispositivos desecagem, de usodoméstico

31,28 40,89

62 8528.7 Aparelhos receptoresde televisão,mesmo queincorporem u m aparelhoreceptor deradiodifusão ou umaparelho de gravaçãoou reprodução de somou de imagens -televisores de CRT(tubo de raioscatódicos), de até 29polegadas

42,00 42,00

63 8528.7 Aparelhos receptoresde televisão, mesmoque incorporem umaparelho receptor deradiodifusão ou umaparelho de gravaçãoou reprodução de somou de imagens -televisores de CRT(tubo de raioscatódicos)

42,00 52,39

64 8528.7 Aparelhos receptoresde televisão, mesmoque incorporem umaparelho receptor deradiodifusão ou umaparelho de gravação

29,06 29,06

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ou reprodução de somou de imagens - de até29 polegadas

65 8528.7 Aparelhos receptoresde televisão, mesmoque incorporem umaparelho receptor deradiodifusão ou umaparelho de gravaçãoou reprodução de somou de image ns

29,06 38,5

66 8528.7 Outros aparelhosreceptores detelevisão não dotadosde monitores oudisplay de vídeo, deaté 29 polegadas

34,22 34,22

67 8528.7 Outros aparelhosreceptores detelevisão não dotadosde monitores oudisplay de vídeo

34,22 44,04

Parágrafo único. Revogado.”

Esse decreto convalidou, em seu art. 2º, os procedi mentosadotados pelos contribuintes no período de 1º de ag osto a 31 deoutubro de 2011, em conformidade com a Alteração 74 6ª, introduzidapelo seu art. 1º, bem como descreveu, em seu art. 3º, osprocedimentos em relação aos estoques de produtos d os contribuintessubstituídos. Seguem excertos do decreto antes menc ionado:

“ DECRETO Nº 3.200/2011

Alteração 751ª Ficam revogados o parágrafo único do art. 481-Ce o § 2º do art. 536.

Ar t. 2º Ficam convalidados, no período de 1º de agost o a 31 deoutubro de 2011, os procedimentos adotados pelos co ntribuintesem conformidade com a alteração 746ª, introduzida p elo art. 1ºdeste Decreto.

Art. 3º Os estabelecimentos enquadrados na condição decontribuintes substituídos em relação aos produtos(televisores de LCD e de LED), que foram incluídos nasubstituição tributária em razão da alteração 746ª,introduzida no Regulamento do ICMS, aprovado pelo D ecreto n.1.980, de 21 de dezembro de 2007, pel o art. 1º deste Decreto,sobre os estoques de produtos existentes e inventar iados em 31de outubro de 2011 deverão:

I - considerar como base de cálculo, para fins da r etenção doimposto, o resultado da somatória do valor do estoq ue

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acrescido do resultante da aplicação da margem de valoragregado interna de que trata o art. 481-C do RICMS ;

II - sobre o valor calculado, aplicar a alíquota pr ópria paraas operações internas;

III - recolher o imposto apurado na forma dos incis os I e II,em até vinte parcelas me nsais, iguais e sucessivas, mediantedébito do valor no campo "Outros Débitos" do livro Registro deApuração do ICMS, sendo a primeira parcela lançada na apuraçãocorrespondente ao mês de outubro de 2011, e as dema is parcelasnos meses subsequentes.

§ 1º O s estoques apurados serão valorizados segundo oscritérios utilizados pelo contribuinte no controle permanentede estoques ou ao custo de aquisição mais recente, e deverãoser escriturados no livro Registro de Inventário.

§ 2º As microempresas e empresas d e pequeno porte enquadradasno Regime Especial Unificado de Arrecadação de Trib utos eContribuições - Simples Nacional, instituído pela L eiComplementar n. 123, de 14 de dezembro de 2006, dev erão:

I - aplicar, sobre a base de cálculo obtida na form a do inc isoI do "caput", o percentual de ICMS correspondente à faixa dereceita bruta, determinado de acordo com a tabela d e que tratao art. 3° da Lei n. 15.562, de 4 de julho de 2007,relativamente ao mês de outubro de 2011;

II - recolher o imposto apurado na f orma do inciso I em atévinte parcelas mensais, iguais e sucessivas, que nã o poderãoser inferiores a cem reais;

III - o pagamento da primeira parcela deverá ser ef etuado emGR-PR, até o dia quinze do mês de novembro de 2011, e o dasdemais parcelas até o dia quinze dos meses subsequentes.

Art. 4º Este Decreto entrará em vigor na data da suapublicação, produzindo efeitos a partir de 1º.11.20 11 emrelação à alteração 746ª e 748ª a 751ª.”

Assim, a consulente deve adequar seus procedimentos semnecessidade de reverter a substituição tributária eventualmentepraticada entre 1º de agosto e 31 de outubro de 201 1.

Caso tenha recebido algum produto sem o recolhiment o porsubstituição tributária a que estava sujeito, no pe ríodo de 1º deagosto a 31 de outubro de 201 1, a situação deve ser regularizadapelo recolhimento da substituição tributária sobre os produtosexistentes em estoque e inventariados em 31 de outu bro de 2011(procedimento próprio ao ser alterado o modo de rec olhimento doICMS para substituição tributá ria).

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PROTOCOLOS: 11.061.091-2 e 11.062.246-5

CONSULTA Nº: 41, de 10 de abril de 2012.

CONSULENTE: SOM E IMAGEM COMÉRCIO E LOCAÇÃO DE PRODUTOSELETRÔNICOS LTDA.

SÚMULA: ICMS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. ENQUADRAMENTO DEPRODUTOS ELETRODOMÉSTICOS.

RELATORA: MARGARETE MARIA MAZZOLA

A consulente, atuando no ramo de importação e comér cio deprodutos eletrônicos, equipamentos de informática, utilidadesdomésticas e eletrodomésticos, dentre outros produt os integrantesde seu objeto social, expõe que em consulta efetuad a ao Estado deSant a Catarina obteve resposta de que, quanto à legisla ção daqueleEstado, não haveria a incidência de substituição tr ibutária emrelação aos televisores de LCD e LED, pois que, emb ora estivessemenquadradas na NCM/SH 8528.7, não estariam contidos na descriçãodos itens 63 e 64 da Seção XLV, Anexo 1, do RICMS/S C.

Assim, pergunta se o mesmo entendimento pode ser am pliadoao Estado do Paraná, uma vez que a aplicação da sub stituiçãotributária advém do disposto no Protocolo ICMS 192/ 2009 do CONFAZ,recepcionada pe lo Decreto nº 1.589/2011, que não faz referência atelevisores de LCD e LED, mas apenas a televisores de CRT e plasma.No entanto, todos esses tipos de televisores estão enquadrados namesma subposição NCM/SH 8528.7.

Expõe ainda que o Estado do Rio Grande do Sul inseriu, emseu regulamento do ICMS, um outro item com a NCM/SH em questão edescreveu como “outros”, o que implicou, segundo a consulente,incidência da substituição tributária sobre todos o s televisores, oque não seria o caso dos Estados do Paran á e de Santa Catarina.

RESPOSTA

Observa-se, primeiramente, que até 1º.11.2011 o art .481-C do RICMS, aprovado pelo Decreto nº 1.980, de 21.12.2007,tinha a seguinte redação:

“Art. 481-C. Nas operações com os produtos relacion ados, comsuas respectivas cl assificações na NCM, devem ser consideradosos seguintes percentuais de margem de valor agregad o:

NCM DESCRIÇÃO Margem de valor agregado

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– MVA (%)

Interna Interestadual

(...)

8528.7 Aparelhos receptores detelevisão de até 29polegadas

42,00 42,00

8528 .7 Aparelhos receptores detelevisão, mesmo queincorporem um aparelhoreceptor de radiodifusão ouum aparelho de gravação oureprodução de som ou deimagens - televisores deCRT (tubo de raioscatódicos )

42,00 52,39

8528.7 Aparelhos receptores detelevisã o, mesmo queincorporem um aparelhoreceptor de radiodifusão ouum aparelho de gravação oureprodução de som ou deimagens - televisores deplasma

29,06 38,5

8528.7 Outros aparelhos receptoresde televisão não dotados demonitores ou display devídeo.

34,2 2 44,04

Parágrafo único. Para fins do cálculo do ICMS por s ubstituiçãotributária, quando o valor de partida para a formaç ão da basede cálculo for o preço praticado pelo remetente, ad otar-se-á,como tal, o valor constante do documento fiscal emi tido paradocumentar a operação de aquisição.”

A consulente relata que os aparelhos receptores detelevisão de LCD e LED, dispostos na subposição NCM /SH 8528.7, nãoestão abrangidos pelo regime de recolhimento do imp osto porsubstituição tributária descrita no Decre to nº 1.589, de 7 de junhode 2011, pelo fato de esse fazer referência a outro s tipos detelevisores de tecnologias diferentes, plasma e CRT (tubo de raioscatódicos), em relação à mesma NCM/SH citada.

Assim, partindo-se da premissa de que é deresponsabil idade do contribuinte a adequada classificação doproduto na NCM/SH, verifica-se que está incorreto o entendimentoexarado pela consulente para as operações realizada s até1º.11.2011, pois deixou de observar que o legislado r paranaense fezconstar também n a descrição de um dos itens da NCM/SH 8528.7“aparelhos receptores de televisão de até 29 polega das”, que

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abrangem os tipos LCD e LED. E, nos demais itens da mesma NCM/SH dodispositivo regulamentar citado, não houve restriçã o em termos detamanho, mas fez referência a outros tipos de televisores,qualificados como CRT e plasma, ou não dotados de m onitores oudisplay de vídeo, que diferem dos televisores quali ficados como LCDe LED.

Por conseguinte, somente não estavam sujeitos ao re gimede substituição tri butária até 1º.11.2011 os aparelhos receptoresde televisão de LCD e LED maiores que 29 polegadas, pelo fato deque as descrições dos produtos classificados na NCM /SH 8528.7, doart. 481-C do RICMS, não compreendiam esse tipo de mercadoria.

Posteriormente, o Decreto nº 3.200, de 8 de novembro de2011, alterou o art. 481-C do RICMS, transcrito em seguida,ampliando o regime de substituição tributária para todos osaparelhos receptores de televisão de LCD e LED (ite ns 64 e 65), aointroduzir as Alterações 746 ª e 751ª nesse dispositivoregulamentar:

“Art. 481-C. Nas operações com os produtos relacion ados, comsuas respectivas classificações na NCM, devem ser c onsideradosos seguintes percentuais de margem de valor agregad o: (Verart. 2º e 3º do Decreto n.º 3.20 0 de 08.11.2011) - (Ver art.2º do Decreto n.º 3.503 de 14.12.2011)

ITEM NCM DESCRIÇÃO MARGEM DE VALOR

AGREGADO - MVA (%)

INTERNA INTERESTADUAL

62 8528.7 Aparelhos receptores detelevisão,mesmo queincorporem um aparelhoreceptor de radiodifusãoou um aparelho degravação ou reproduçãode som ou de imagens -televisores de CRT (tubode raios catódicos), deaté 29 polegadas

42,00 42,00

63 8528.7 Aparelhos receptores detelevisão, mesmo queincorporem um aparelhoreceptor de radiodifusãoou um aparelh o degravação ou reproduçãode som ou de imagens -televisores de CRT (tubode raios catódicos)

42,00 52,39

64 8528.7 Aparelhos receptores detelevisão, mesmo que

29,06 29,06

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incorporem um aparelhoreceptor de radiodifusãoou um aparelho degravação ou reproduçãode som ou de imagens -de até 29 polegadas

65 8528.7 Aparelhos receptores detelevisão, mesmo queincorporem um aparelhoreceptor de radiodifusãoou um aparelho degravação ou reproduçãode som ou de imagens

29,06 38,5

66 8528.7 Outros aparel hosreceptores de televisãonão dotados de monitoresou display de vídeo, deaté 29 polegadas

34,22 34,22

67 8528.7 Outros aparelhosreceptores de televisãonão dotados de monitoresou display de vídeo

34,22 44,04

Parágrafo único. Revogado.”

Esse decreto convalidou, em seu art. 2º, os procedimentosadotados pelos contribuintes no período de 1º de ag osto a 31 deoutubro de 2011, em conformidade com a Alteração 74 6ª, introduzidapelo seu art. 1º, bem como descreveu, em seu art. 3 º, osprocedimentos em relaçã o aos estoques de produtos dos contribuintessubstituídos. Seguem excertos do decreto antes menc ionado:

“ DECRETO Nº 3.200/2011

Alteração 751ª Ficam revogados o parágrafo único do art. 481-Ce o § 2º do art. 536.

Art. 2º Ficam convalidados, no período de 1º de agosto a 31 deoutubro de 2011, os procedimentos adotados pelos co ntribuintesem conformidade com a alteração 746ª, introduzida p elo art. 1ºdeste Decreto.

Art. 3º Os estabelecimentos enquadrados na condição decontribuintes substituídos em relação aos produtos(televisores de LCD e de LED), que foram incluídos nasubstituição tributária em razão da alteração 746ª,introduzida no Regulamento do ICMS, aprovado pelo D ecreto n.1.980, de 21 de dezembro de 2007, pelo art. 1º dest e Decreto,sobre os estoques de produtos existentes e inventariados em 31de outubro de 2011 deverão:

I - considerar como base de cálculo, para fins da r etenção do

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imposto, o resultado da somatória do valor do estoq ueacrescido do resultante da aplicação da margem de v aloragregado i nterna de que trata o art. 481-C do RICMS;

II - sobre o valor calculado, aplicar a alíquota pr ópria paraas operações internas;

III - recolher o imposto apurado na forma dos incis os I e II,em até vinte parcelas mensais, iguais e sucessivas, mediantedébit o do valor no campo "Outros Débitos" do livro Regis tro deApuração do ICMS, sendo a primeira parcela lançada na apuraçãocorrespondente ao mês de outubro de 2011, e as dema is parcelasnos meses subsequentes.

§ 1º Os estoques apurados serão valorizados segu ndo oscritérios utilizados pelo contribuinte no controle permanentede estoques ou ao custo de aquisição mais recente, e deverãoser escriturados no livro Registro de Inventário.

§ 2º As microempresas e empresas de pequeno porte e nquadradasno Regime Espe cial Unificado de Arrecadação de Tributos eContribuições - Simples Nacional, instituído pela L eiComplementar n. 123, de 14 de dezembro de 2006, dev erão:

I - aplicar, sobre a base de cálculo obtida na form a do incisoI do "caput", o percentual de ICMS cor respondente à faixa dereceita bruta, determinado de acordo com a tabela d e que tratao art. 3° da Lei n. 15.562, de 4 de julho de 2007,relativamente ao mês de outubro de 2011;

II - recolher o imposto apurado na forma do inciso I em atévinte parcelas men sais, iguais e sucessivas, que não poderãoser inferiores a cem reais;

III - o pagamento da primeira parcela deverá ser ef etuado emGR-PR, até o dia quinze do mês de novembro de 2011, e o dasdemais parcelas até o dia quinze dos meses subseque ntes.

Art. 4º Este Decreto entrará em vigor na data da suapublicação, produzindo efeitos a partir de 1º.11.20 11 emrelação à alteração 746ª e 748ª a 751ª.”

Assim, a consulente deve adequar seus procedimentos , semnecessidade de reverter a substituição tributária e vent ualmentepraticada entre 1º de agosto e 31 de outubro de 201 1.

Caso tenha recebido algum produto sem o recolhiment o porsubstituição tributária a que estava sujeito, no pe ríodo de 1º deagosto a 31 de outubro de 2011, a situação deve ser regularizadapelo recolhimento da substituição tributária sobre os pr odutosexistentes em estoque e inventariados em 31 de outu bro de 2011(procedimento prórpio ao ser alterado o modo de rec olhimento doICMS para substituição tributária).

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PROTOCOLO: 11.160.747-8

CONSULTA Nº: 42, de 16 de abril de 2012.

CONSULENTE: DIPLOMATA S/A COMERCIAL E INDUSTRIAL

SÚMULA: ICMS. REGIME DE DRAWBACK. ISENÇÃO NA IMPORTAÇÃODE MATÉRIA-PRIMA. EXPORTAÇÃO INDIRETA DO PRODUTORESULTANTE.

RELATORA: ORIANA CHRISTINA ZARDO

A consulente atua no ramo de fabricação de alimento s paraanimais, CNAE 1066-0/00. Informa que realiza operaç ões deexportação direta e indireta, aduzindo que as empre sas comerciaisexportadoras com as quais contrata podem ou não est ar situadas noEstado do Paraná. Relata ainda que promove operações de im portaçãodas mercadorias aplicadas na industrialização dos produtos a seremexportados, sob o regime especial de “Drawback Inte gradoSuspensão”.

Entende que a isenção prevista no item 39 do Anexo I doRICMS para as operações de importação de mercadorias e mpregadas noseu processo industrial aplica-se tanto no caso do produtoresultante ser exportado de forma direta quanto no caso de serexportado de forma indireta, ainda que a exportação seja realizadapor empresas comerciais exportadoras localizadas em ou tra unidadefederada. Afirma, contudo, que a redação do disposi tivo não deixaclaro se a comprovação da exportação exigida no Ato Concessóriopode ser feita com documentos que demonstrem a efet ividade daexportação indireta, a qual é promovida por estabele cimentodistinto do beneficiário do regime especial de “Dra wback”.

Cita a Portaria SECEX n. 23, de 14/7/2011 (Capítulo II,artigos 4º a 11º - a qual estabelece que a exportaç ão indiretacomprova o adimplem ento do compromisso de exportação assumido noAto Concessório), o art. 3º, inciso II, parágrafo ú nico da LeiComplementar n. 87/1996 e o art. 3º, inciso II, par ágrafo único doRICMS.

Indaga se está correto seu entendimento.

RESPOSTA

Primeiramente, transc revem-se os dispositivos pertinentesà questão:

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RICMS -ANEXO I - ISENÇÃO

“39 Operações de importação realizadas sob o regime“DRAWBACK”, em que a mercadoria seja empregada ou c onsumida noprocesso de industrialização de produto a ser expor tado, desdeque ( Convênios ICMS 27/90, 94/94, 16/96, 65/96 e 185/10 )

a) a mercadoria esteja beneficiada com suspensão do s impostosfederais sobre importação e sobre produtos industri alizados;

b) da mercadoria importada resultem, para exportaçã o, produtosindustrializados ou os arrolados na lista de que trata acláusula segunda do Convênio ICMS 15, de 25 de abri l de 1991;

c) o importador comprove a efetiva exportação por e lerealizada do produto resultante da industrialização damercadoria importada, mediante a entrega, à r epartição fiscalde seu domicílio, da cópia da DDE - Declaração de D espacho deExportação, devidamente averbada com o respectivo e mbarquepara o exterior, até 45 (quarenta e cinco) dias apó s o términodo prazo de validade do ato concessório do regime o u, n ainexistência desse, de documento equivalente expedi do pelasautoridades competentes.

Notas:

1. em relação à isenção tratada neste item, o impor tador:

a) deverá entregar, na repartição fiscal a que esti vervinculado, cópias da Declaração de Importação, dacorrespondente nota fiscal emitida para documentar a entrada edo Ato Concessório do regime ou, na inexistência de ste, dedocumento equivalente, em qualquer caso, com a expr essaindicação do bem a ser exportado, até 30 dias após aliberação, pela repartiç ão federal competente, da mercadoriaimportada;

b) deverá, no prazo de 30 dias contados da respecti va emissão,proceder a entrega de cópias dos seguintes document os: AtoConcessório aditivo, emitido em decorrência da pror rogação doprazo de validade origin almente estipulado, ou novo AtoConcessório, resultante da transferência dos saldos de insumosimportados ao abrigo de Ato Concessório original e ainda nãoaplicados em mercadorias exportadas, sendo o caso;

2. o benefício estende-se também às saídas e reto rnos dosprodutos importados com destino à industrialização por conta eordem do importador, exceto nas quais participemestabelecimentos localizados em unidades da Federaç ãodistintas;

3. na nota fiscal de saída da mercadoria importada ou deprodutos resu ltantes da industrialização deverá constar onúmero do correspondente Ato Concessório da importa ção sob o

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regime de "drawback";

4. a inobservância das disposições contidas neste i temacarretará a exigência do ICMS devido na importação e nassaídas prevista s na nota 2, devendo o imposto ser recolhidocom a atualização monetária e demais acréscimos leg ais,calculados a partir da data da entrada da mercadori a importadano estabelecimento, ou da data da saída, conforme o caso, e dovencimento do prazo em que o imposto deveria ter sidorecolhido caso a operação não fosse realizada com a isenção;

5. a Coordenação da Receita do Estado enviará ao De partamentode Comércio Exterior - DECEX do Ministério da Fazen da relaçãomensal dos contribuintes que, tendo descumprid o a legislaçãodo ICMS em operações de comércio exterior:

a) respondam a processos administrativos ou judicia is queobjetivem a cobrança de débito fiscal;

b) forem punidos em processos administrativos ou ju diciaisinstaurados para apuração de infração de q ualquer natureza àlegislação do ICMS;

6. cabe à Inspetoria Geral de Fiscalização da Coord enação daReceita do Estado, exercer o controle dos documento s recebidosdo Departamento de Comércio Exterior - DECEX, previ stos nacláusula oitava do Convênio ICMS 2 7/90;

7. o benefício aplica-se, no que couber, às importa ções doPROEX/SUFRAMA.

8. para efeitos do disposto no “caput” deste item,considera-se:

8.1. empregada no processo de industrialização, a m ercadoriaque for integralmente incorporada ao produto a ser exportado;

8.2. consumida, a mercadoria que for utilizada dire tamente noprocesso de industrialização na finalidade que lhe é própria,sem implicar sua integração ao produto a ser export ado;

9. o disposto neste item não se aplica às operações comcombustí veis e energia elétrica e térmica.”.

Portaria SECEX n. 23

“Art. 139. Além das exportações realizadas diretame nte porempresa beneficiária do regime de drawback, poderão serconsideradas, também, para fins de comprovação:

I – vendas, no mercado interno, com o fim específico deexportação, a empresa comercial exportadora constit uída naforma do Decreto-Lei nº 1.248, de 1972;

II – vendas, no mercado interno, com o fim específi co deexportação, a empresa de fins comerciais habilitada a operar

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em comércio exteri or;

III – vendas, no mercado interno, com o fim específ ico deexportação, no caso de drawback intermediário, real izada porempresa industrial para:

a) empresa comercial exportadora, nos termos do Dec reto-Lei nº1.248, de 1972; e

b) empresa de fins comercia is habilitada a operar em comércioexterior.

IV – vendas, nos casos de fornecimento no mercado i nterno, deque tratam os incisos I e II do art. 69.”.

Observe-se que a legislação que dispõe sobre outorg a deisenção deve ser interpretada de forma literal, n ão podendo seraplicada a interpretação extensiva, nos termos do a rt. 111, incisoII do CTN:

“Art. 111. Interpreta-se literalmente a legislação tributáriaque disponha sobre:

(...)

II - outorga de isenção;”.

A alínea “c” do item 39 do Anexo I do RICMS prev ê que oimportador deve comprovar a exportação “por ele rea lizada”, nãohavendo flexibilização quanto à situação de exporta ção indireta.Assim, incorreto o entendimento da consulente acerc a dapossibilidade de aplicação da isenção na importação dematérias -primas utilizadas na industrialização de produtos a seremexportados de forma indireta, mesmo diante das disp osições daPortaria SECEX n. 23/2011.

Posto isso, nos termos do art. 659 do RICMS, tem aconsulente, a partir da data da ciência da resposta , o pr azo de atéquinze dias para adequar os procedimentos já realiz ados, casoesteja procedendo de modo diverso do respondido.

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PROTOCOLO: 11.196.793-8

CONSULTA Nº: 43, de 7 de maio de 2012.

CONSULENTE: L H SANTOS & CIA. LTDA.

SÚMULA: ICMS. OPERAÇÕES COM CARTÕES TELEFÔNICOS ERECARGAS PARA APARELHOS CELULARES.

RELATORA: MAYSA CRISTINA DO PRADO

A consulente, que atua no ramo de comércio atacadis ta evarejista de cartões telefônicos, "chip" e recargas para aparelhoscelulares, aduz que adquire as mercadorias de vária s operadoras,revendendo-as aos lojistas.

Destaca que, segundo o art. 5º da Lei n . 11.580/1996, ofato gerador do ICMS ocorre no momento da ativação dos créditos porparte do usuário, entendendo que, em razão disso, s ua atuação éatípica, pois o fato gerador irá ocorrer em momento posterior ao davenda do cartão físico, sendo o imposto devido pela operadora nomomento em que esses créditos forem ativados.

Assim, embora esteja inscrita no CAD/ICMS, entende quenão é contribuinte do imposto nessas situações, con forme jáexplanado nas Consultas n. 103/2006 e n. 21/2010, a s quais tratamda mesma situação.

Perquire, ao final, se é considerada contribuinte d o ICMSou não, bem como a respeito da obrigatoriedade de e mitir notasfiscais, uma vez que se encontra dispensada do regi stro dessesdocumentos no livro próprio e, no caso de ser cabív el a emissão denotas fiscais, se poderá consignar, como destinatár ia, a operadora.

RESPOSTA

A matéria consultada já se encontra retratada na Co nsultan. 21, de 16 de março de 2010, a qual transcreve-se a seguir:

"A consulente informa que atua no comércio ata cadista decartões telefônicos adquirindo-os de uma operadora, bem como arecarga de aparelhos celulares e revendendo-os aos lojistas.

Afirma que, segundo o art. 5º da Lei n. 11.580/1996 , o fatogerador do ICMS ocorre no momento da ativação dos c réditos po rparte do usuário. Entende que em razão disso, tem-s e umasituação atípica já que o fato gerador vai ocorrer

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posteriormente a venda do cartão físico e o imposto é devidopela operadora no momento em que esses créditos são ativados.

Assim, embora esteja in scrito no CAD/ICMS entende que não écontribuinte do imposto. Reporta-se à consulta n. 1 03/2006,pois entende que se trata da mesma matéria e se ap lica a suasituação.

Posto isso, questiona se é ou não contribuinte do i mpostoestadual, bem como solicita o rientação sobre a emissão denotas fiscais e sobre a dispensa do registro das no tas fiscaisde aquisição no livro próprio. Requer orientação, a inda, nahipótese de haver a obrigação de emitir nota fisc al, sepode consignar como destinatária a operadora .

RESPOSTA

A respeito da prestação de serviço de comunicação d ispõe a Lein. 11.580/1996:

Art. 5º Considera-se ocorrido o fato gerador do imp ostono momento:

(…)

VII - das prestações onerosas de serviços de comuni cação,feitas por qualquer meio, inclusive a geração, a emissão,a recepção, a transmissão, a retransmissão, a repet ição ea ampliação de comunicação de qualquer natureza;

(…)

§ 1º Quando a operação ou prestação for realizadamediante o pagamento de ficha, cartão ou assemelhad os,considera-se ocorr ido o fato gerador no fornecimentodesses instrumentos ao adquirente ou usuário.

No Regulamento do ICMS aprovado pelo Decreto n. 1.9 80, de 21de dezembro de 2007, as prestações pré-pagas de ser viço detelefonia estão assim disciplinadas:

Art. 329. O presta dor de serviços de telefonia,relativamente às modalidades pré-pagas de prestaçõe s deserviços de telefonia fixa, telefonia móvel celular e detelefonia com base em voz sobre Protocolo Internet -VoIP, disponibilizados por fichas, cartões ouassemelhados, mesmo que por meios eletrônicos, deveráemitir Nota Fiscal de Serviços de Telecomunicação, Modelo22 - NFST, com destaque do imposto devido, calculad o combase no valor tarifário vigente, na hipótese dadisponibilização (Convênio ICMS 55/05):

I - para util ização exclusivamente em terminais de usopúblico em geral, por ocasião de seu fornecimento ausuário ou a terceiro intermediário para fornecimen to ausuário, cabendo o imposto à unidade federada onde se der

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o fornecimento;

II - de créditos passíveis de ut ilização em terminal deuso particular, por ocasião da sua disponibilização ,cabendo o imposto à unidade federada onde o termina lestiver habilitado.

§ 1º Para os fins do disposto no inciso II, adisponibilização dos créditos ocorre no momento de seurecon hecimento ou ativação pela empresa detelecomunicação, que possibilite o seu consumo noterminal.

§ 2º Aplica-se o disposto no inciso I quando se tra tar decartão, ficha ou assemelhado, de uso múltiplo, ou s eja,que possa ser utilizado em terminais de uso público eparticular (Convênio ICMS 12/07).

Transcreve-se, também, do Regulamento do ICMS/2008 o dispostono art. 334:

Art. 334. A empresa de telecomunicação deverá emiti r NotaFiscal, Modelo 1 ou 1-A, sem destaque do imposto, n aentrega real ou simbólica, a terceiro ou aestabelecimento filial da própria empresa prestador a doserviço, localizados neste Estado, para acobertar acirculação dos cartões ou assemelhados até o referi doestabelecimento, em que fará constar:

I - no quadro "Destinatário", os dados do terceiro ou doestabelecimento filial;

II - no campo "Informações Complementares" do quadr o"Dados Adicionais", a seguinte expressão "Simples R emessapara intermediação de cartões telefônicos - o ICMS serárecolhido pela NFST a ser emitida no momento da ativaçãodos créditos nos termos do inciso II do art. 329 doRICMS".

Com base na legislação transcrita e partindo-se da premissainformada pela consulente de que atua somente comodistribuidora de cartões telefônicos e assemelhados , não háque se confundi r sua atividade com a prestação de serviço decomunicação, realizada pela empresa de telecomunica ção, comotambém não se caracteriza a prática de operações co mmercadorias, já que os cartões e assemelhados não a ssumem essacondição. Precedente Consulta 114 /2007.

Assim, responde-se que a consulente ao executar a m encionadaatividade não se enquadra como contribuinte do ICM S.

Em razão desse entendimento não há, em decorrência, que secogitar acerca da emissão de documentos fiscais e d aescrituração de livros Registro de Entradas e Registro deSaídas, o que não afasta, porém, a natural obrigato riedade da

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consulente comprovar, mediante documentos fiscais i dôneos, aorigem dos cartões que detenha em seu poder, já que são, estesmeios físicos, hábeis para a prest ação de serviço decomunicação inserto na competência tributária estad ual, namodalidade de serviço de telefonia pré-paga."

Dessa forma, em relação à atividade descrita nestaconsulta, conclui-se que a consulente não se enquad ra na condiçãode contribuinte do ICMS.

Do exposto, terá a consulente o prazo de até quinzequinze dias, a partir da ciência desta, para adequa r o seuprocedimento ao que foi aqui esclarecido, caso este ja adotandoprocedimento diverso, em observância ao art. 591 do RICMS.

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PROTOCOLO: 11.404.852-6

CONSULTA Nº: 44, de 17 de maio de 2012.

CONSULENTE: MULTIVAC DO BRASIL SISTEMAS PARA EMBALAGEM LTDA.

SÚMULA: ICMS. SUSPENSÃO DO PAGAMENTO DO IMPOSTO NAIMPORTAÇÃO.

RELATORA: AQUILÉA ADRIANA MORESCO

A consulente, empresa que atua no ramo de comércioatacadista de máquinas e equipamentos para uso indu strial, informaque importa máquinas desmontadas, destinadas à emba lagem deprodutos a vácuo, diretamente pelo Porto de Paranag uá e peloAeroporto Intern acional Afonso Pena, e que em seu estabelecimentosão feitos os procedimentos de montagem e testes de configuração eatualização antes de efetuar a venda aos seus clien tes.

Aduz que os procedimentos de montagem e configuraçã o dosequipamentos caracterizam um processo de industrialização e indagase o ICMS pode ser exonerado com a Guia para Libera ção deMercadoria Estrangeira – GLME, sem a comprovação do pagamento doimposto, nos termos do inciso I do art. 629 do RICM S.

RESPOSTA

Inicialmente, reproduz-se o art. 629 do RICMS aprovadopelo Decreto n. 1.980, de 21 de dezembro de 2007:

“Art. 629. Fica concedida ao estabelecimento indust rial querealizar a importação de bem ou mercadoria por meio dos portosde Paranaguá e Antonina e de aeroportos paranaenses , co mdesembaraço aduaneiro no Estado, a suspensão do pag amento doimposto devido nesta operação, quando da aquisição de (Lei n.14.985/06):

I - matéria-prima, material intermediário ou secund ário,inclusive material de embalagem, para ser utilizado em seupro cesso produtivo;

II - bens para integrar o seu ativo permanente.

§ 1º Em relação às aquisições de que trata o inciso I, opagamento do imposto suspenso será efetuado por oca sião dasaída dos produtos industrializados, podendo o esta belecimentoindustrial e scriturar em conta gráfica, no período em queocorrer a respectiva entrada, um crédito correspond ente a 75%

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(setenta e cinco por cento) do valor do imposto dev ido, até olimite máximo de nove por cento sobre o valor da ba se decálculo da operação de import ação, e que resulte em cargatributária mínima de três por cento.

§ 2º O pagamento do imposto suspenso, relativamente àimportação dos bens referidos no inciso II, será ef etivado nosquarenta e oito meses subsequentes ao que ocorrer a entrada,devendo ser observado o disposto no item 1 da alínea "a" doinciso IV do art. 65.

§ 3º O disposto neste artigo, em relação às mercado riasmencionadas no inciso I, aplica-se no caso de indus trializaçãoem estabelecimento diverso do importador.

§ 4° Nos casos de aplicaç ão cumulativa do diferimento parcialprevisto no art. 96, o estabelecimento industrial d everáescriturar diretamente em conta gráfica, por ocasiã o daentrada da mercadoria, crédito presumido de nove po r centocalculado sobre a base de cálculo da operação d e importação,hipótese em que o débito relativo ao imposto suspen so de quetrata o §1º ficará incorporado ao imposto recolhido porocasião da saída da mercadoria industrializada.

§ 5º O estabelecimento importador deverá consignar no campo"Informações Comp lementares" da nota fiscal emitida paradocumentar a operação, a anotação "ICMS suspenso de acordo como Decreto n. ..../...." e o cálculo dos valores rel ativos aocrédito presumido e ao imposto suspenso.

§ 6º Quando se tratar de microempresa ou de empres a de pequenoporte optante do Simples Nacional, o valor do impos tosuspenso, relativamente à importação dos bens refer idos noinciso II, será considerado como incorporado ao val or doimposto devido pelas operações praticadas pela micr oempresanos quarenta e oito meses subsequentes ao que ocorrer aentrada.

§ 7º Não se exigirá o imposto suspenso relativament e àimportação dos bens referidos no inciso II quando t ratar-se deimportação realizada por microempresa optante do Si mplesNacional alcançada pela deson eração do imposto prevista nalegislação própria.”.

Do dispositivo citado, tem-se que um pressuposto,necessário mas não suficiente, para fazer jus ao tr atamentotributário nele definido é tratar-se de importação realizada porestabelecimento industrial. V encida essa condição, necessário queimporte matéria-prima, material intermediário ou se cundário,inclusive material de embalagem, para ser utilizado em seu processoprodutivo, ou bens para integrar o seu ativo perman ente.

Registra-se que a consulente se e ncontra cadastrada noCAD/ICMS com o Código Nacional de Atividade Econômi ca – CNAE n.

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3321-0/00 – instalação de máquinas e equipamentos i ndustriais,tendo ainda cadastrado o código n. 2539-0/01 – serv iços deusinagem, tornearia e solda – como principal e o n. 4663-0/00 –comércio atacadista de máquinas e equipamentos para uso industrial;partes e peças – e outros, como secundários.

A legislação federal, especificamente o Decreto n. 7.212,de 15 de junho de 2010, que regulamenta a cobrança do Imposto sobreProdutos Industrializados – IPI, define o que é cons ideradoindustrialização:

“Art. 4º Caracteriza industrialização qualquer oper ação quemodifique a natureza, o funcionamento, o acabamento , aapresentação ou a finalidade do produto, ou o aperf eiçoe paraco nsumo, tal como (Lei nº 5.172, de 1966, art. 46, pa rágrafoúnico, e Lei nº 4.502, de 1964, art. 3º, parágrafo único):

I-a que, exercida sobre matérias-primas ou produtosintermediários, importe na obtenção de e spécie nova(transformação);

II-a q ue importe em modificar, aperfeiçoar ou, de qualque rforma, alterar o funcionamento, a utilização, o a cabamentoou a aparência do produto (beneficiamento);

III-a que consista na reunião de produtos, peças ou partes ede que resulte um novo produto ou uni dade autônoma, ainda quesob a mesma classificação fiscal (montagem);

IV-a que importe em alterar a apresentação do produ to, pelacolocação da embalagem, ainda que em substituição d a original,salvo quando a embalagem colocada se destine apenas aotranspor te da mercadoria (acondicionamento oureacondicionamento); ou

V-a que, exercida sobre produto usado ou parte rema nescente deproduto deteriorado ou inutilizado, renove ou resta ure oproduto para utilização (renovação ou recondicionam ento).

Parágrafo único. São irrelevantes, para caracterizar aoperação como industrialização, o processo utilizad o paraobtenção do produto e a localização e condições dasinstalações ou equipamentos empregados.”

Pela descrição na inicial, a consulente, ao importa r asmercadoria s que irá revender e que chegam desmontadas noestabelecimento, procede a respectiva montagem e a configuração dasmáquinas. No entanto, fica claro que não promove ef etiva reunião deprodutos e que as máquinas não têm suas característ icas alteradas etampo uco resulta em um novo produto, já que é apenas mon tado paraentrega aos clientes.

Da exigência inicial do art. 629 do RICMS, pode-seconcluir que a consulente não é estabelecimento ind ustrial quando

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pratica a situação descrita, não se enquadrando na hipó tese doart. 4º do Decreto n. 7.212/2010. Ademais, não se c onfigura aimportação de “matéria-prima, material intermediári o ou secundário,inclusive material de embalagem”, como determina ex pressamente odispositivo.

Do exposto, vale ressaltar que o recolhi mento do impostodeverá ocorrer na forma e no prazo exigidos no RICM S, em seu art.65.

No que estiver procedendo de forma diversa, a consu lenteterá, de acordo com o art. 659 do RICMS, o prazo de até quinze diaspara adequar o seu procedimento ao que tiver sido esclarecido,independentemente de qualquer interpelação ou notif icação fiscal.

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PROTOCOLO: 11.286.027-4

CONSULTA Nº: 45, de 24 de abril de 2012.

CONSULENTE: PEDREIRA MANDIRITUBA LTDA.

SÚMULA: ICMS. DEVOLUÇÃO DE COMPRA DE BEM DO ATIVOIMOBILIZADO. PROCEDIMENTO QUANTO AO CRÉDITO DOICMS.

RELATORA: MARGARETE MARIA MAZZOLA

A consulente expõe que atua no ramo de extração ebritamento de pedras e outros materiais para constr ução ebeneficiamento associado.

Relata que adquiriu parte de um britador de uma emp resasituada no Estado de São Paulo, em operação tributa da à alíquota de12%, sendo que esse produto foi integrado ao seu br itador primário,tendo sido considerado como bem do ativo imobilizad o.

Acrescenta que efetuou o pagamento do diferencial d ealíquotas nos termos do art. 65, § 5º do RICMS, apr ovado peloDecreto nº 1.980 /2007, lançando esse valor no campo “OutrosDébitos” do livro Registro de Apuração do ICMS no p eríodo em que amercadoria entrou no seu estabelecimento.

Aduz que efetuou a apropriação do crédito destacado nanota fiscal de compra e do diferencial de alíquo tas, à razão de1/48 ao mês desde o início de sua atividade, preenc hendo o Controlede Crédito de ICMS do Ativo Permanente (CIAP).

Informa que, após 5 meses de uso, o equipamento foidevolvido ao fornecedor, nos termos do acordo de co mpra, pois nãocorresp ondeu às garantias de funcionalidade oferecidas. Pa ra tanto,emitiu nota fiscal de devolução, com CFOP 6.553 e d estaque do ICMSà alíquota de 12%, entendendo ser essa uma anulação da compra.

Assim, indaga se seu procedimento está correto e s e podese cred itar do valor das parcelas remanescentes do ICMS co nstanteno CIAP, em razão do débito do imposto efetivado na operaçãorelativa à devolução do equipamento.

RESPOSTA

De acordo com o exposto, entende-se que houve a dev oluçãoda mercadoria sem garantia de substituição ou troca dessa, ou mesmo

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a substituição de peças e partes do produto, ou sej a, nos própriostermos da consulente, a anulação da compra. E, aind a, parte-se dapremissa de que o bem adquirido é do ativo imobiliz ado, conformerelatado, sem avalia r-se o seu correto enquadramento como tal.Esses são os pressupostos iniciais em que passa a s er respondida aconsulta.

As situações descritas se encontram regulamentadas peloart. 22, art. 23, § 6º, art. 65, § 5º e art. 138, § 14, todos doRICMS, assim di spondo:

“RICMS

Art. 22. O imposto é não-cumulativo, compensando-se o que fordevido em cada operação relativa à circulação de me rcadoriasou prestação de serviços de transporte interestadua l eintermunicipal e de comunicação com o montante cobr ado nasante riores por este Estado ou por outra unidade federad a,apurado por um dos seguintes critérios (art. 23 da Lei n.11.580/96):

I - por período;

II - por mercadoria ou serviço à vista de cada oper ação ouprestação;

(...)

Art. 23. Para a compensação a que se re fere o artigo anterior,é assegurado ao contribuinte o direito de creditar- se doimposto anteriormente cobrado em operações de que t enharesultado a entrada de mercadoria, real ou simbólic a, noestabelecimento, inclusive a destinada ao seu uso o u consumoou ao ativo permanente, ou o recebimento de serviços detransporte interestadual e intermunicipal ou de com unicação(art. 24 da Lei n. 11.580/96).

(...)

§ 1º O direito de crédito, para efeito de compensaç ão comdébito do imposto, reconhecido ao estabelecime nto que tenharecebido as mercadorias ou para o qual tenham sido prestadosos serviços, está condicionado à idoneidade da docu mentação e,se for o caso, à escrituração nos prazos e condiçõe sestabelecidos na legislação.

(...)

§ 3º Para efeito do disposto n o "caput", em relação aoscréditos decorrentes de entradas de mercadorias noestabelecimento destinadas ao ativo permanente, dev erá serobservado:(...)

e) na hipótese de saída, perecimento, extravio ou d eterioração

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do bem do ativo permanente, antes de dec orrido o prazo dequatro anos contado da data de sua entrada no estab elecimento,não será admitido, a partir da data da ocorrência, ocreditamento de que trata este parágrafo em relação à fraçãoque corresponderia ao restante do quadriênio;

f) para efeito da compensação prevista neste artigo e no art.22, e para a aplicação do disposto nas alíneas "a" a "e" desteparágrafo, além do lançamento no campo "Outros Créd itos" dolivro Registro de Apuração do ICMS, serão objeto de outrolançamento no formulário Con trole de Crédito de ICMS do AtivoPermanente - CIAP, conforme o contido na Tabela I d o Anexo Vdeste Regulamento (Ajuste SINIEF 08/97);

(…)

§ 6º O CIAP, para fins do disposto no § 3º, atendid as as notasda respectiva Tabela, será escriturado (Ajuste SINI EF 08/97):

a) até cinco dias da entrada ou saída do bem doestabelecimento, respectivamente, a correspondente notafiscal;

b) no último dia do período de apuração, o valor do crédito aser apropriado;

c) até cinco dias da data em que ocorrer deterioraç ão,perecimento ou extravio do bem ou em que se completar oquadriênio, o cancelamento do crédito.

(...)

Art. 65. O ICMS deverá ser pago nas seguintes forma s e prazos(art. 36 da Lei n. 11.580/96):

(...)

§ 5º O diferencial de alíquotas devido por contribu intein scrito no CAD/ICMS deverá ser pago, mediante o lanç amento dovalor devido, no campo "Outros Débitos" do livro Re gistro deApuração do ICMS.

(...)

Art. 138. A nota fiscal conterá, nos quadros e camp ospróprios, observada a disposição gráfica dos modelo s 1 e 1-A,as seguintes disposições (Convênio SINIEF s/n, de 1 5.12.70,Ajustes SINIEF 07/71, 16/89 e 03/94):

§ 14. Na nota fiscal emitida relativamente à saída demercadorias em retorno ou em devolução deverão ser indicados,ainda, no campo "Informações Complem entares", o número, a datada emissão e o valor da operação do documento origi nal.

SEÇÃO IV

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DA DEVOLUÇÃO POR CONTRIBUINTE INSCRITO

Art. 272. O estabelecimento que devolver mercadoria emitiráNota Fiscal modelo 1 ou 1-A, com o destaque do impo sto, sedevido , mencionando-se o número e a data do documento fis caloriginário, o valor da operação e o motivo da devol ução.

§ 1º É assegurado ao estabelecimento que receber a mercadoriaem devolução, o crédito do imposto destacado na not a fiscal.

§ 2º Quando se tratar de devolução efetivada por empresaenquadrada no Simples Nacional:

a) estas empresas poderão, em substituição à Nota F iscal,modelo 1 ou 1-A, efetuar a devolução por meio da No ta FiscalAvulsa emitida por processamento de dados - NFAe, n os termosda Norma de Procedimento Fiscal de que trata o § 5º do art.136.

b) o estabelecimento recebedor da mercadoria poderá recuperaro imposto anteriormente debitado, mediante "estorno dedébito".

(…)

Art. 274. Na operação de devolução, total ou parcia l, demercadoria o u bem, inclusive recebido em transferência,aplicar-se-á, inexistindo disposição em contrário, a mesmabase de cálculo e a mesma alíquota constante do doc umento queacobertar a operação anterior de recebimento da mer cadoria oubem (Convênio ICMS 54/00).

ANEXO V – FORMULÁRIOS

TABELA I – CONTROLE DE CRÉDITO DE ICMS DO ATIVO PER MANENTE(CIAP)

Notas:

1. no CIAP modelo D, o controle dos créditos de ICM S dos bensdo ativo permanente será efetuado individualmente, devendo asua escrituração ser feita nas linhas, n os campos, nos quadrose nas colunas próprias, da seguinte forma:

(...)

d) quadro 3 - SAÍDA: as informações fiscais relativ as à saídado bem, contendo os seguintes campos:

d.1) Nº DA NOTA FISCAL: o número do documento fisca l relativoà saída do bem;

d.2) M ODELO: o modelo do documento fiscal relativo à saíd a dobem;

d.3) DATA DA SAÍDA: a data da saída do bem do estab elecimento

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do contribuinte;

e) quadro 4 - PERDA: as informações relativas à oco rrência deperecimento, extravio, deterioração do bem, ou, ain da, outrasituação estabelecida na legislação de cada unidade daFederação, contendo os seguintes campos:

e.1) o tipo de evento ocorrido, com descrição sumár ia domesmo;

e.2) a data da ocorrência do evento;

O desfazimento da operação de aquisição, com a devo l uçãodo bem, não se enquadra nas situações tratadas na a línea “e” do §3º do art. 23 do RICMS, ou como saída do ativo imob ilizado, ou nãosujeita à incidência do imposto.

Assim, entende-se que a operação inicial, que se tr ata denegócio jurídico de compra e venda, foi totalmente desfeita,culminando com a devolução do bem. Logo, devem ser anulados tambémos efeitos relativos à integração do bem ao ativo p ermanente daempresa.

Nesses termos, no que tange às operações de compra evenda e de devolução do bem ( CFOP 5.553/6.553) deve a consulenteconsiderar a entrada com crédito do imposto a alíqu ota de 12%,efetuando esse lançamento na Guia de Informação e A puração mensal(GIA/ICMS), mesmo que extemporaneamente (art. 23, § 5º, alínea “a”,do RICMS), bem como o c orrespondente débito do valor do ICMSrelativo à nota fiscal de saída (devolução), compen sando-se osvalores. Observado, principalmente, o disposto no a rt. 274 doRICMS, quanto ao preenchimento da nota fiscal de de volução com amesma base de cálculo e alíq uota constante no documento derecebimento do bem.

Ato contínuo, a consulente deve estornar os crédito sproporcionais (1/48) informados no CIAP e creditado s na GIA/ICMS,lançando os valores no campo “estorno de créditos d e bens do ativoimobilizado”. Desta rte, para regularizar o CIAP antes preenchidodeve informar os dados da nota fiscal de saída e ob servar o motivoda devolução, bem como o mês do estorno dos crédito s.

Da mesma forma, quanto ao diferencial de alíquotasrecolhido, o valor lançado a débito na apuração deverá ser lançadoa crédito como “Estorno de Débitos”, no livro Regis tro de Apuraçãodo ICMS.

Por fim, frisa-se que não há qualquer direito a cré ditopara esse caso.

No que estiver procedendo de forma diversa ao expos to napresente resposta, dev erá a consulente observar o disposto noartigo 659 do RICMS, que prevê o prazo de até 15 (q uinze) dias para

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a adequação de seu procedimento ao ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 10.575.889-8

CONSULTA Nº: 46, de 24 de maio de 2012.

CONSULENTE: RIBEIRO S.A. COMÉRCIO DE PNEUS.

SÚMULA: ICMS. PNEUS. IMPORTAÇÃO. SUSPENSÃO DO PAGAMENTODO IMPOSTO E CRÉDITO PRESUMIDO.

RELATOR: VALÉRIO PASSOLD

A consulente, comerciante de pneus e câmaras de ar, tantoimportados do exterior como adquiridos no mercado i nterno, informaque vem realizando importações e regularizando o IC MS com base noDecreto nº 5.989, de 24.12.2010, que introduziu o a rt. 631-A noRICMS aprovado pelo Decreto n. 1.980/2007, o qual es tabelece regrasaplicáveis às operações com pneus importados por me io dos Portos deParanaguá e de Antonina e de aeroportos paranaenses , concedendo asuspensão do pagamento do imposto devido na importa ção e o créditopresumido de 75% do imposto devido na saída subsequ ente.

Entende, que, independentemente do país de origem e daexistência de certificação, essas importações gozam do benefício dasuspensão do imposto e do crédito presumido de 75% incidentes so breo imposto devido no momento da saída.

Ante o exposto, indaga se está certo o seu entendim ento.

RESPOSTA

Preliminarmente, transcrevem-se excertos de artigos doRegulamento do ICMS (RICMS), que dizem respeito ao assunto emanálise:

“Art. 631-A. Fica co ncedida a suspensão do pagamento doimposto ao estabelecimento comercial que realizar a importaçãode pneus por meio dos Portos de Paranaguá e de Anto nina e deaeroportos paranaenses.

§ 1º O imposto suspenso deverá ser pago incorporado ao débitoda saída s ubsequente, podendo o estabelecimento importadorescriturar em conta-gráfica, no período em que ocor rer arespectiva entrada, crédito correspondente a:

I - 75% (setenta e cinco por cento) do valor do imp ostodevido, até o limite máximo de nove por cento so bre o valor dabase de cálculo da operação de importação, e que re sulte emcarga tributária mínima de três por cento, até 31 d e dezembro

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de 2013;

II - cinquenta por cento do valor do imposto devido , até olimite máximo de seis por cento sobre o valor da ba se decálculo da operação de importação, e que resulte em cargatributária mínima de seis por cento, a partir de 1º de janeirode 2014.

Nova redação dada ao §1º do art. 631-A, pelo art. 1 º,alteração 833ª, do Decreto n. 3.827, de 08.02.2012, surtindoefeit os a partir de 1º.01.2012.

Redações anteriores:

a) original acrescentada pelo Decreto 5.989 de 24.1 2.2009, emvigor no período de 1º.01.2010 até 31.08.2011:"§ 1º O imposto suspenso deverá ser pago incorporad o ao débitoda saída subsequente, podendo o est abelecimento importadorescriturar em conta-gráfica, no período corresponde nte àsaída, um crédito equivalente a 75% (setenta e cinc o porcento) do valor do imposto devido pela operação pró pria.";

b) dada pelo art. 1º, alteração 707ª, do Decreto n. 2.078, de20.07.2011, (deveria vigorar a partir de 1º.09.2011 - Veralteração 766ª, do Decreto n. 3.104, de 27.10.2011) :

"§ 1º O imposto suspenso deverá ser pago incorpora do aodébito da saída subsequente, podendo o estabelecime ntoimportador escriturar em conta gráfica, no períodocorrespondente à saída, um crédito equivalente a ci nquenta porcento do valor do imposto devido pela operação próp ria."

c) dada ao §1º do art. 631-A, pelo art. 1º, alteraç ão 766ª, doDecreto n. 3.104, de 27.10.2011, em vigor no períod o de1º.09.2011 até 31.12.2011:

"§ 1º O imposto suspenso deverá ser pago incorporad o ao débitoda saída subsequente, podendo o estabelecimento imp ortadorescriturar em conta-gráfica, no período em que ocor rer arespectiva entrada, crédito correspondente a:

I - 75% (setenta e cinco por cento) do valor do imp ostodevido, até o limite máximo de nove por cento sobre o valor dabase de cálculo da operação de importação, e que re sulte emcarga tributária mínima de três por cento, até 31 d e dezembrode 2011;

II - cinquenta por cento do valor do imposto devido, até olimite máximo de seis por cento sobre o valor da ba se decálculo da operação de importação, e que resulte em cargatributária mínima de seis por cento, a partir de 1º de janeirode 2012."

§ 2º Deverá se r anotado no campo "Informações Complementares"da nota fiscal emitida para documentar a operação d eimportação: “Imposto suspenso - art. 631-A do RICMS /2008”.

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§ 3º O crédito presumido de que trata este artigo s erá lançadono campo "Outros Créditos" do liv ro Registro de Apuração deICMS - RAICMS, consignando a expressão "Crédito Pre sumido -art. 631-A do RICMS/2008”.

§ 4º O disposto neste artigo se aplica, inclusive, aosestabelecimentos industriais que importarem pneus p ararevenda, sem que esses sejam sub metidos a novo processoindustrial.

Nova redação dada ao §4º do art. 631-A, pelo art. 1 º,alteração 766ª, do Decreto n. 3.104, de 27.10.2011, surtindoefeitos a partir de 1º.09.2011.

Redação do §4º acrescentada pelo art. 1º, alteração 402ª, doDecreto n. 5 .989, de 24.12.2009, em vigor no período de1º.01.2010 até 31.08.2011:

"§ 4º O disposto neste artigo se aplica, inclusive, aosestabelecimentos industriais que importarem pneus p ararevenda, sem que esses sejam submetidas a novo proc essoindustrial."

Redação original do art. 631-A acrescentada pelo art. 1 º,alteração 402ª, do Decreto n. 5.989, de 24.12.2009, surtindoefeitos a partir de 1º.01.2010.

Art. 632. Sem prejuízo do disposto na alínea "e" do § 3º doart. 23, na hipótese de saída, perecimento, extra vio oudeterioração do bem do ativo permanente, antes de d ecorrido oprazo de quatro anos contado da data de sua entrada noestabelecimento, o contribuinte deverá efetuar o es tornoproporcional do crédito presumido de que trata este Capítulo,em relação à fração que corresponderia ao restante doquadriênio.”

Transcreve-se, também, a Resolução SEFA nº 088/2009 , queuniformiza o entendimento quanto à interpretação de matériatributária referente à suspensão do pagamento do IC MS e concessãode crédito presumid o nas operações de importação realizadas porintermédio dos Portos de Paranaguá e Antonina, de a eroportosparanaenses ou de rodovias, com desembaraço aduanei ro neste Estado:

“RESOLUÇÃO SEFA N. 088/2009

Publicado no DOE n.º 7996 de 22.06.2009

O SECRETÁRIO DE ESTADO DA FAZENDA, no uso das atribuições quelhe confere o inciso II do parágrafo único do artig o 90 daConstituição do Estado do Paraná e tendo em vista o alcancedas disposições contidas nas Leis n. 14.985, de 6 d e janeirode 2006, n. 15.467, de 9 de fevereiro de 2007, n. 16.016, de19 de dezembro de 2008 e o disposto nos artigos 629 a 635 doRegulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto 1.980, d e 21 dedezembro de 2007, resolve expedir a seguinte Resolu ção:

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SÚMULA: Uniformiza entendimento no âmbito da Co ordenação daReceita do Estado quanto à interpretação de matéria tributáriareferente à suspensão do pagamento do ICMS e conces são decrédito presumido nas operações de importação reali zadas porintermédio dos portos de Paranaguá e Antonina, de r odovias oude aeroportos paranaenses, com desembaraço aduaneir o noEstado.

1. A importação de matéria-prima, material intermed iário ousecundário, inclusive material de embalagem, realiz ada porestabelecimento industrial, com o fim específico de utilizaçãono seu pr ocesso produtivo, cujo ingresso em territórioparanaense se dê por desembarque nos portos de Para naguá eAntonina, pelos aeroportos paranaenses ou pela via rodoviária,desde que com certificação de origem de países da A méricaLatina, gera o direito ao impo rtador de usufruir da suspensãodo pagamento do ICMS e do crédito presumido de que tratam o"caput" e o § 1º do art. 629 do RICMS/2008 (Lei n. 15.467, de9 de fevereiro de 2007, que inseriu o parágrafo úni co ao art.1º da Lei n. 14.985, de 6 de janeiro de 2006, e disposiçãocontida no art. 1º da Lei n. 16.016, de 19 de dezem bro de2008).

2. A importação de mercadorias para revenda ou de b ens paraintegrar o ativo permanente, realizada por estabele cimentocomercial e não industrial contribuinte do imposto, i nclusive"trading", cujo ingresso no Estado se dê por interm édio dosPortos de Paranaguá e de Antonina, de aeroportos pa ranaensesou pela via rodoviária, desde que com certificação de origemde países da América Latina, gera direito ao import ador deusufru ir do crédito presumido de que trata o art. 631 doRICMS/2008 (Lei n. 15.467, de 9 de fevereiro de 200 7, queinseriu o parágrafo único ao art. 1º da Lei n. 14.9 85, de 6 dejaneiro de 2006, e disposição contida no art. 1º da Lei n.16.016, de 19 de dezembro de 2008).

3. A fruição dos benefícios da suspensão e do crédi topresumido, referidos nesta Resolução, é condicionad a a que odesembaraço aduaneiro ocorra neste Estado, estenden do-se aoscasos em que, por razões estruturais fortuitas ou p or motivode força maior, as unidades portuárias e aeroportuárias des teEstado, originalmente previstas para o desembarque, estiveremcomprovadamente impossibilitadas de atender aos ser viçosmarítimos ou aéreos exigidos, determinando que o in gresso noterritório paranaense se dê com a utilização da Declaração deTrânsito Aduaneiro – DTA.

3.1. O importador usuário do benefício deverá compr ovardocumentalmente que o porto ou o aeroporto deste Es tado,originalmente previsto para o desembarque, estavaimpossibilitado de oferecer o serviço no momento de suarequisição.

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Nova Redação dada ao item 3 pela Resolução 51/2010 de28.06.2010 surtindo efeitos a partir de 06.07.2010.

Texto original em vigor no período de 22.06.2009 at é05.07.2010:

"3. A fruição dos benefícios da suspensão e do créditopresumido, referidos nesta Resolução, é condicionad a a que odesembaraço aduaneiro ocorra neste Estado. "

4. O crédito presumido de que trata o § 1º do art. 629 e odiferimento parcial do pagamento do imposto previst o no art.96 do RICMS/2008 não se aplicam às importações de bensdestinados ao ativo permanente realizadas por estab elecimentosindustriais.

5. Quando houver incerteza em relação à efetiva des tinação damercadoria importada por estabelecimento industrial , deve esteadotar a disciplina do art. 631 do RICMS/2008.

6. Esta Resolução entrará em vigor na data de sua p ublicação.

SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDA, em 5 de junho de 2 009.

Heron Arzua

Secretário de Estado da Fazenda”.

Da legislação retrotranscrita, verifica-se que oestabelecimento comercial que realizar a importação de pneus, pormeio dos Portos de Paranaguá e de Antonina e de aer oportosparanaenses, e rodovias paranaenses, desde que, em relação a esseúltimo modal de transporte, as mercadorias tenham c ertificação deorigem de paíse s da América Latina, tem direito:

a) à suspensão do pagamento do imposto, o qual deve rá serincorporado ao débito da saída subsequente (§ 1º do art. 631-A doRICMS), observando-se o disposto no § 2º do art. 63 1-A do RICMS;

b) a escriturar, em conta-gráfica , atendendo ao previstono § 3º do art. 631-A, o crédito presumido:

b.1) de 1º.1.2010 a 31.8.2011, no período em que oc orrera saída, equivalente a 75% do valor do imposto devi do pela operaçãoprópria (§ 1º do art. 631-A do RICMS, com a redação dada peloDecreto n. 5.989/2009);

b.2) no período em que ocorrer a respectiva entrada :

b.2.1) de 1º.9.2011 até 31.12.2013, correspondente a 75%do valor do imposto devido, até o limite máximo de nove por centosobre o valor da base de cálculo da operação de imp ortaçã o, e queresulte em carga tributária mínima de três por cent o (inc. I do §1º do art. 631-A do RICMS, com a redação dada pelo art. 1º,

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alteração 833ª, do Decreto n. 3.827/2012);

b.2.2) a partir de 1º.1.2014, correspondente a 50% dovalor do imposto devido, até o limite máximo de seis por centosobre o valor da base de cálculo da operação de imp ortação, e queresulte em carga tributária mínima de seis por cent o (inc. II do §1º do art. 631-A, com a redação dada pelo art. 1º, alteração 833ª,do Decreto n. 3.8 27/2012).

Ressalte-se que o pneu submete-se à substituiçãotributária, no entanto, observa-se que até 31.8.201 1 o créditopresumido era calculado sobre o ICMS da operação pr ópria, quando dasaída da mercadoria. A partir de 1º.9.2011, o cálcu lo do créditopresumido passou a ser feito sobre a base de cálculo da operação deimportação.

Para usufruir do benefício é obrigatório que, além dodesembaraço aduaneiro, o ingresso no país ocorra di retamente nesteEstado. A única exceção admitida é aquela prevista no it em 3 daResolução SEFA n. 088/2009, na hipótese em que, emb ora conste naDeclaração de Importação e nos documentos relativos ao transporte aunidade portuária ou aeroportuária deste Estado, or iginalmenteprevista para o desembarque das mercadorias, o ingr esso por esseslocais seja frustrado por razões estruturais fortui tas ou pormotivo de força maior, sendo determinado que o ingr esso se dê com autilização da Declaração de Trânsito Aduaneiro (DTA ).

Nessa situação, o importador deverá comprovardocumentalme nte que a unidade originalmente prevista para odesembarque estava operacionalmente impossibilitada (item 3.1 daResolução SEFA n. 088/2009).

Quanto à exigência de certificação de origem, nos t ermosda Lei n. 14.985/2006, alterada pela Lei n. 16.016/ 2008, e do item2 da Resolução SEFA nº 088/2009, a mesma é obrigató ria apenasquando o ingresso no país ocorrer diretamente em te rritórioparanaense pela via rodoviária e as mercadorias ten ham certificaçãode origem de países integrantes da ALADI. Em relaçã o às demaismodalidades (portos e aeroportos) de ingresso das m ercadorias, odireito à suspensão do pagamento do imposto e ao cr édito presumidoindepende de certificação de origem.

O benefício descrito se aplica exclusivamente a pne us.Deverão ser cumpridas as demais obrigações acessórias previstas nos§§ 2º e 3º do art. 631-A do RICMS. Aos demais produ tos, inclusivecâmaras de ar, poderá, sendo o caso, ser aplicada a penas a regrageral prevista no art. 631 do RICMS.

Ressalta-se, ainda, que as orientações aqui p restadas sãoespecíficas para a situação informada pela consulen te, nãoadmitindo extensões e ilações acerca de aspectos nã o abordados.

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Por derradeiro, frisa-se que, nos termos do art. 65 9 doRICMS, a partir da data da ciência da resposta, a c onsulente ter á,observado o disposto no § 1º do art. 654 do RICMS e independente dequalquer interpelação ou notificação fiscal, o praz o de até quinzedias para adequar os procedimentos já realizados ao que tiver sidoesclarecido.

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PROTOCOLO: 10.976.844-8

CONSULTA Nº: 47, de 22 de maio de 2012.

CONSULENTE: NC GAMES & ARCADES - COMÉRCIO, IMPORTAÇÃO,EXPORTAÇÃO E LOCAÇÃO DE FITAS E MÁQUINAS LTDA.

SÚMULA: ICMS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. DISCOSFONOGRÁFICOS. JOGOS DE VIDEOGAME.

RELATORA: ELIZETE CRISPIM CARVALHO DIAS

A consulente, cadastrada como comércio atacadista d efilmes, compact disc , DVD, fitas e discos informa que:

1. por ser distribuidora oficial de softwares para jogosde videogame no Brasil e por adquirir jogos de vide ogame doexterior, licenciando-os novame nte no mercado interno, éconsiderada contribuinte substituta tributária em r elação aoimposto devido sobre as mídias dos jogos que licenc ia no mercadointerno, nos temos do Protocolo ICMS 19/1985, na su a redação dadapelo Protocolo ICMS 8/2009;

2. nesse s entido, um dos produtos por ela comercializadosencerra mídias para jogos eletrônicos, as quais con têm gravadosprogramas de computador ( softwares ), que pressupõem, dentre outroscomponentes, uma programação eletrônica, designers gráficos,animações e efei tos sonoros, componentes esses que, tão somentereunidos, atendem à finalidade a que se propõe o mo delo deentretenimento comercializado;

3. conforme notas fiscais de entrada e de saída emi tidas,algumas anexas ao processo, o código NCM pelo qual comercial iza asmídias é o 8523.40.29, que está incluído no protoco lo referido;

4. a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) rege a Ta rifaExterna Comum (TEC) e é base para a Tabela de Incid ência do IPI(TIPI), sendo que a Resolução CAMEX n. 43/2006 crio u aclassifica ção fiscal hoje vigente, em que prevê o código 8523 .40.29como “Outros suportes ópticos gravados que não os c lassificados nocódigo 8523.40.21 - suportes ópticos gravados para reproduçãoapenas do som” - e, no código 8523.40.22, “suportes ópticosgravados para reprodução de fenômenos diferentes do som ou d aimagem”;

5. o código por ela utilizado (8523.40.29) paraoperacionalizar suas atividades de importação e lic enciamento desoftwares de jogos eletrônicos corresponde à classificação f iscalde outros supor tes ópticos gravados (seu grifo), caracterizando umproduto específico diverso, em nada se confundindo com os softwares

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de jogos eletrônicos gravados em tais suportes ópti cos.

Questiona, em virtude do exposto:

1. se nas operações de saída dos jogos eletrôn icos quelicencia no mercado interno, nos quais se observa u ma programaçãode informática sofisticada e que não se resume tão somente à merareprodução de áudio (produtos fonográficos), aplica -se ou não aregra da substituição tributária antes mencionada;

2. sendo positiva a resposta, se incide o imposto a penassobre o suporte físico que sustenta o software licenciado pelaconsulente ou sobre o valor total do produto (supor te gravado +software do jogo nele gravado);

3. entendendo que se trata de substituiç ão tributáriasobre o suporte físico que contém o programa de com putador (jogoseletrônicos), se a base de cálculo seria somente o valor do suportefísico (mídia) segregado do valor do software .

Esclarece que, no âmbito da União, a Secretaria daReceita Fe deral do Brasil, no desembaraço aduaneiro dos jogoseletrônicos importados, utiliza como base de cálcul o de incidênciado imposto de importação, do IPI, do PIS e da COFIN S,exclusivamente, o valor do suporte informático, eli minando qualquerincidência dess es tributos sobre o programa de computador, conform econtido na Solução de Consulta n. 63/2002.

RESPOSTA

A matéria a ser analisada, relativamente à tributaç ão nasaída de jogos eletrônicos (sujeição ao regime de s ubstituiçãotributária e a base de cálcul o do ICMS a ser adotada), encontra-seno art. 528 do Regulamento do ICMS aprovado pelo De creto n.1.980/2007, notadamente nos incisos V e VI:

“DAS OPERAÇÕES COM DISCO FONOGRÁFICO, FITA VIRGEM OU GRAVADA

Art. 528. Ao estabelecimento industrial ou importad or éatribuída a condição de sujeito passivo por substit uição, paraefeito de retenção e recolhimento do ICMS relativo àsoperações subsequentes, nas saídas, com destino a r evendedoreslocalizados no território paranaense, de disco fono gráfico, defita virg em ou gravada e de outros suportes para reprodução ougravação de som e imagem, a seguir relacionados, cl assificadosnos seguintes códigos NCM/SH (Protocolos ICM 19/85, 39/85 e8/88; Protocolos ICMS 53/91, 7/00, 72/07 e 8/09):

...

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V - discos para sistemas de leitura por raio "laser" parareprodução apenas de som, 8523.40.21;

VI - outros discos para sistemas de leitura por rai o “laser”,8523.40.29; ”.

Segundo informa a consulente, os suportes ópticos q uecomercializa são classificados no código NCM 8523.4 0.29 , sendo desua inteira responsabilidade a correta classificaçã o do produto.

Pelo disposto na legislação, as operações especific adasno art. 528 do Regulamento do ICMS, com mídias que se enquadrem naespecificação “outros discos para sistemas de leitu ra por raiolaser ” e na NCM 8523.40.29, sujeitam-se à substituição tributária,já que no seu inciso VI constam listados esses prod utos.

No que concerne à base de cálculo da substituiçãotributária, como dispõe o art. 529 do Regulamento d o ICMS, a seguirtranscr ito, na informada condição de importadora do produt o, alegislação prevê que se deve partir do preço pelo q ual a consulenteo comercializa, ou seja, do preço por ela própria p raticado comesse produto, aplicando as regras contidas nesse ar tigo:

“Art. 529. A base de cálculo do imposto, para os fins desubstituição tributária, será o valor correspondent e ao preçomáximo de venda a varejo fixado por autoridade comp etente ou,na falta desse, o preço sugerido ao público pelo fa bricante ouimportador, acrescido, em ambos os casos, do valor do fretequando não incluído no preço (Protocolo ICMS 8/09).

§ 1º Inexistindo os valores de que trata o “caput”, a base decálculo corresponderá ao montante formado pelo preç o praticadopelo remetente, acrescido dos valores corr espondentes a frete,seguro, impostos e outros encargos transferíveis ou cobradosdo destinatário, adicionado do percentual de 25% (v inte ecinco por cento).§ 2º Na impossibilidade de inclusão do valor do fre te nacomposição da base de cálculo, o recolhim ento do impostocorrespondente será efetuado pelo estabelecimentodestinatário, mediante débito do valor acrescido do percentualde que trata o § 1º, no campo "Outros Débitos" do l ivroRegistro de Apuração do ICMS, no mês das aquisições .”.

Em regra, o ICMS incide sobre o valor da operação ouprestação; porém, os produtos que a consulente come rcializaabrangem os “suportes físicos” ou “mídias” e também o software (emforma de jogo eletrônico) nesses inseridos, e que p ossuem seuespecífico valor de comerciali zação. Sobre o valor total dessesjogos (mídia e software) é que incidiria o ICMS, nã o fosse aisenção prevista no item 130 do Anexo I do Regulame nto do ICMS, queassim determina:

“Anexo I - Isenções

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130 Saídas em operações internas e interestaduais de"SOFTWARE", personalizado ou não, exceto em relação ao valordos suportes informáticos, "mouse", "eprons", placa s emateriais similares.”.

Portanto, no que se refere ao “software”, personali zadoou não, como o contido no produto comercializado pe la consulente naforma de jogos eletrônicos, a legislação prevê ben efício fiscalisentando as saídas interna e interestadual desse p roduto.

Assim, embora dentro do campo de incidência do ICMS , nasoperações próprias de saída interna ou interestadua l do produto ounas sujeitas à substituição tributária (relativamente a operaçõessubsequentes a serem realizadas no território paran aense) a base decálculo corresponde ao valor dos jogos eletrônicos e não abrange ovalor do software no produto inseridos.

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PROTOCOLO: 11.085.948-1

CONSULTA Nº: 48, de 15 de maio de 2012.

CONSULENTE: PETROPAR PETRÓLEO E PARTICIPAÇÕES LTDA.

SÚMULA: ICMS. OPERAÇÕES COM ÁLCOOL ETÍLICO HIDRATADOCOMBUSTÍVEL. PRAZO DE VENCIMENTO.

RELATORA: CLEONICE STEFANI SALVADOR

A consulente, que tem como atividade econômica adistribuição de combustíveis, informa que, por auto rizaçãojudicial, mediante concessão de antecipação de tute la nos Autos deAção Ordinária n. 1.474/2008, da 1ª Vara da Fazenda Pública daComarca da Região Metropolitana de Curitiba, foi autorizada arecolher o ICMS decorrente de operações com álcool hidratadocombustível pelo regime da conta-gráfica, tanto em relação aoimposto incidente sobre a operação própria quanto a o devido porsubstituição tributária.

Menciona que o Decreto n. 1.473, de 17.5.2011, intr oduziualterações no Regulamento do ICMS, relativamente à forma e prazo derecolhimento do ICMS referente às operações com o p roduto, restandorevogados todos os regimes especiais concedidos pel a ReceitaEstadual, que autorizavam as empresas a procederem a apuração e orecolhimento do imposto, mensalmente, em conta-gráf ica.

Aduz, ainda, que, ao dispor sobre a revogação dos r egimesespeciais, o art. 3º do referido decreto faz menção expressa apenasao prazo estabelecido no inciso XXIV do art. 65 do RICMS, qu e érelativo ao ICMS devido pela operação própria, nada mencionandoacerca do prazo estabelecido no item 4 da alínea “d ” do inciso X doart. 65 do RICMS, que diz respeito ao imposto devid o porsubstituição tributária.

Diante dessa omissão, entende que, em relação ao im postodevido por substituição tributária, a regra continu a vigente,devendo ser recolhido o ICMS até o dia 10 do mês su bsequente ao dasoperações.

Expõe, ainda, que tem dúvida, também, em rela ção aovencimento do imposto da operação própria, pois nã o está claro se,a partir da edição do Decreto n. 1.473/2011, deve s er recolhido porocasião do fato gerador ou, mensalmente, mediante a puração emconta-gráfica. Fundamenta sua incerteza no fato de o álcool etílicohidratado combustível estar listado dentre os produ tos sujeitos aodiferimento, no art. 95 do RICMS, incluindo-se dent re as hipótesesressalvadas pelo inciso II do art. 65 do mesmo regu lamento.

Diante do exposto, questiona:

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- se, à vista d a redação da regra revogadora dos regimesespeciais, que nada menciona acerca do ICMS devido porresponsabilidade, está mantido o regime especial co ncedido porautorização do Poder Judiciário, em relação ao ICMS devido porsubstituição tributária, podendo ser recolhido até o dia 10 do mêssubsequente ao das saídas;

- se poderá recolher o ICMS relativo à operação pró priano prazo de que trata o inciso XXIV do art. 65 do R ICMS;

- como deverá proceder, no caso de ter havidorecolhimento de imposto em prazo div erso do próprio para asituação, especialmente em razão de que já houve su a liquidação.

RESPOSTA

Como menciona a consulente, o Decreto n. 1.473/2011introduziu alterações no Regulamento do ICMS, aprov ado pelo Decreton. 1.980/2007, no que diz respeito às operações com álcool etílicohidratado combustível, passando a vigorar, a partir de 1º.6.2011,as regras que se expõem a seguir.

1. Com a revogação da alínea "a" do inciso II do ar t. 65,foi afastada a obrigatoriedade de o pagamento do IC MS relativo àoperação própria ser efetuado por ocasião do fato ge rador.

Assim, em relação a esse imposto, uma vez que não f oiestipulado prazo de recolhimento específico, é apli cável a regrageral disposta no inciso XXIV do art. 65, destinada aos casos paraos quais não há regramento próprio de pagamento, devendo o impo stoser recolhido no mês seguinte ao de apuração, de ac ordo com oalgarismo final da numeração sequencial da inscriçã o estadual noCAD/ICMS.

“Art. 65. O ICMS deverá ser pago nas seguintes form as e prazos( art. 36 da Lei n. 11.580/96):

...

XXIV - nos demais casos de pagamento, no mês seguin te ao deapuração, de acordo com o algarismo final da numera çãoseqüencial estadual do número de inscrição no CAD/I CMS,observados os seguintes prazos:

a) até o dia 11 - f inais 1 e 2;

b) até o dia 12 - finais 3 e 4;

c) até o dia 13 - finais 5 e 6;

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d) até o dia 14 - finais 7 e 8;

e) até o dia 15 - finais 9 e 0;”.

2. Relativamente ao imposto devido por substituiçãotributária, há norma específica dispondo sobre a fo rma e o pr azo depagamento, no item 4 da alínea “d” do inciso X do m esmo art. 65,devendo esse ocorrer a cada operação, no momento da saída doestabelecimento:

“Art. 65. O ICMS deverá ser pago nas seguintes form as e prazos(art. 36 da Lei n. 11.580/96)

...

X - na su bstituição tributária, em relação a operaçõessubsequentes:

d) nas operações com combustíveis:

...

4. a cada operação, no momento da saída do estabele cimento, emrelação às operações com álcool etílico hidratado c ombustível,devendo uma via do documento de arrecadação acompanhar otransporte da mercadoria;”.

Desse modo, com a revogação dos regimes especiais q ueautorizavam as distribuidoras a recolher o ICMS em conta-gráfica,tanto o próprio quanto o devido por substituição tr ibutária,passaram a ser de obs ervância obrigatória os prazos de pagamentoantes descritos.

Especificamente sobre o alcance da norma revogadora dostermos de acordo, informa-se que o art. 3º do Decr eto n.1.473/2011, com efeitos a partir de 1º.6.2011, revo gou em suaintegralidade todos os regimes especiais, até porque não é práticausual sua revogação parcial. Corrobora essa afirmaç ão o fato de tersido acrescentado, exclusivamente com o fim de escl arecimento, oparágrafo único ao art. 3º, com a redação dada pelo art. 2º doDecreto n. 3 .947/2012, nos seguintes termos:

“Art. 3º Ficam revogados, a partir de 1º.6.2011, os regimesespeciais que autorizam as empresas que realizam op erações comálcool etílico hidratado combustível a proceder a a puração e orecolhimento do ICMS em conta-gráfica , no prazo estabelecidono inciso XXIV do art. 65 do RICMS, aprovado pelo D ecreto n.1.980, de 21 de dezembro de 2007.

Parágrafo único. A revogação de que trata o "caput" tambémabrange os Regimes Especiais que tratam do recolhim ento doICMS devido por sub stituição tributária.”

Conclui-se, portanto, que o imposto devido por

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responsabilidade pelas distribuidoras de combustíve is, nasoperações com álcool etílico hidratado combustível, deve serrecolhido por ocasião da ocorrência do fato gerador , a partir de1º.6.2011.

3. No tocante ao ICMS diferido, expõe-se que, com a novaredação dada ao item 4 do art. 95, a seguir transcr ita, surtindoefeitos a partir de 1º.6.2011, a saída de álcool et ílico hidratadocombustível de estabelecimento de distribuidora par a post orevendedor varejista passou a estar albergada pelo diferimento dopagamento do ICMS, na proporção de 33,33% (trinta e três inteiros etrinta e três centésimos por cento) do valor da ope ração, regraque, até então, aplicava-se apenas às saídas promov idas por usinasprodutoras e comercializadoras de etanol, nas condi çõesespecificadas.

“Art. 95. Sem prejuízo das disposições específicas previstasneste Regulamento, são abrangidas pelo diferimento asseguintes mercadorias:

...

4. álcool etílico hidratado comb ustível, na proporção de33,33% (trinta e três inteiros e trinta e três cent ésimos porcento) do valor da operação, nas saídas promovidas por:

4.1. usina produtora com destino a estabelecimentos de empresacomercializadora de etanol ou de distribuidora decombustíveis, observado o disposto no § 6º, como ta l definidase autorizadas pelo órgão federal competente;

4.2. empresa comercializadora de etanol com destino aestabelecimentos de distribuidora de combustíveis, observado odisposto no § 6º, como tal defi nidas e autorizadas pelo órgãofederal competente;

4.3. distribuidora de combustíveis, como tal defini da eautorizada pelo órgão federal competente, com desti no aestabelecimento varejista de combustíveis;”.

Dessa forma, no cálculo do ICMS devido pela oper açãoprópria da distribuidora deve ser observada essa re gra, de modo quea carga tributária incidente seja de 12% e não de 18% , que é aalíquota do produto.

Por sua vez, o imposto relativo à substituição trib utáriadeve ser calculado mediante a aplicação da alíquota de 18% sobre abase de cálculo de retenção, descontando-se o impos to da operaçãoprópria, calculado na forma antes descrita.

Nos termos expostos, conclui-se que, nas operações cometanol hidratado, ocorridas a partir da vigência da s disposiçõe strazidas pelo Decreto n. 1.473/2011, a consulente s ubmete-se àsseguintes normas:

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- ao recolhimento do ICMS relativo à operação própr ia,observado o diferimento de 33,33% do valor da opera ção, medianteapuração em conta-gráfica, no prazo estabelecido no inciso XXIV doart. 65 do RICMS, segundo o algarismo final do núme ro de inscriçãono CAD/ICMS;

- ao recolhimento do imposto devido por substituiç ãotributária a cada operação, no momento da saída do estabelecimento,mediante guia de recolhimento (GR-PR), sendo que uma via dessedocumento deve acompanhar o transporte da mercadori a para entregaao adquirente.

Assim, caso a consulente tenha procedido de formadiversa, informa-se que tem o prazo de até quinze d ias, a partir dadata da ciência da resposta, para adequar seus procedimentos járealizados ao que foi esclarecido, conforme preconi za o art. 659 doRICMS.

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PROTOCOLO: 11.413.130-0

CONSULTA Nº: 49, de 15 de maio de 2012.

CONSULENTE: ALLIED ADVANCED TECHNOLOGIES S/A.

ED TECHNOLOGIES S/A

SÚMULA: ICMS. COMÉRCIO ATACADISTA DE COMPONENTESELETRÔNICOS E EQUIPAMENTOS DE INFORMÁTICA.SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA.

RELATORA: CLEONICE STEFANI SALVADOR

A consulente, estabelecida no Estado de São Paulo,informa ser contribuinte por substituição tributári a, em relação àsoperações com aparelhos celulares e cartões intelig entes comdestino a revendedores localizados no território pa ranaense.

Esclarece que c omercializa aparelhos de telefoniacelular, classificados na NCM 8517.12.31, e que, na determinação doimposto a ser retido por responsabilidade, observa a alíquota de18% e a margem de valor agregado prescrita para as operaçõesinterestaduais, que é de 16 ,98%.

No entanto, manifesta dúvida quanto a esse entendim ento,em razão do que dispõe a Lei n. 13.214/2001 e, tamb ém, respostasdadas pelo Setor Consultivo, dentre elas a de n. 27 /2008, queexpressam ser aplicável às operações internas a car ga tributária d esete por cento.

Questiona qual o procedimento correto.

RESPOSTA

Depreende-se do exposto pela consulente que seuquestionamento diz respeito aos efeitos da redução da base decálculo prevista no art. 3º da Lei n. 13.214/2001, aplicável aosprodutos de informática e automação beneficiados pela Lei F ederaln. 8.248/1991, no cálculo do ICMS devido por substi tuiçãotributária.

A regra referida está disciplinada na Lei n. 13.214 /2001com a seguinte redação:

"Art. 3º Fica reduzida a base de cálculo nas op eraçõesinternas com os seguintes produtos, de tal modo que a cargatributária seja equivalente a 7%:

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...

VI - produtos de informática adiante arrolados:

a) fonte de alimentação chaveada para microcomputad orclassificada no código 8504.40.9999 da NBM/SH;

b) gabinete classificado no código 8473.30.0100 da N BM/SH;

c) produtos de informática e automação, produzidos porestabelecimentos industriais, que atendam às dispos ições doart. 4º da Lei n. 8.248, de 23 de outubro de 1991 - desde querelacionados em porta ria conjunta dos Ministérios da Ciência eTecnologia e da Fazenda, baixada por força do art. 6º doDecreto Federal n. 792, de 2 de abril de 1993 - ou do art. 2ºda Lei n. 8.387, de 30 de dezembro de 1991, regulam entada peloDecreto n. 1.885, de 26 de abril de 1996, observado o contidono § 1º.

§ 1º A aplicação do benefício previsto na alínea "c " do incisoVI deste artigo, dependerá da indicação, no documen to fiscalcorrespondente à operação, dos dispositivos da legi slaçãofederal pertinente, estendendo-se t ambém às operações:

a) com produtos classificados nos códigos 8471.92.0 401(impressoras de impacto), 8471.92.0500 (terminais d e vídeo),8517.30.0199 (exclusivamente equipamento digital de correioviva voz), 8517.40.0100 (moduladores/demoduladores (modem)digitais - em banda base), e 8542.19.9900 da NBM/SH(exclusivamente circuito de memória de acesso aleat ório, dotipo "RAM", dinâmico ou estático, circuito de memór iapermanente do tipo "EPROM", circuito microcontrolad or para usoautomotivo ou áudio, circuit o codificador/decodificador de vozpara telefonia, circuito regulador de tensão para u so emalternadores, circuito para terminal telefônico nas funções dediscagem, ampliação de voz e sinalização de chamada );

b) com produtos de informática e automação prom ovidas porestabelecimento industrial que fabrique ao menos um produtoque atenda aos requisitos das leis federais citadas nareferida alínea "c" do inciso VI deste artigo.§ 2º O benefício fiscal previsto neste artigo não a carretará aanulação proporciona l dos créditos correspondentes àsentradas."

Verifica-se que a norma alcança os produtos express amenteindicados, com a correspondente classificação na NB M/SH e, também,os produtos de informática e automação, produzidos porestabelecimentos industriais, que atendam às disposições do art. 4ºda Lei n. 8.248, de 23 de outubro de 1991, desde qu e relacionadosem portaria conjunta dos Ministérios da Ciência e T ecnologia e daFazenda, conforme dispõe a alínea "c".

Portanto, se o produto comercializado pela cons ulente

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atende às disposições do art. 4º da Lei n. 8.248/19 91, estandorelacionado em portaria interministerial, ou, ainda , encontre-seexpressamente mencionado nas alíneas "a" e "b" do i nciso VI ou naalínea “a” do § 1º, ambos do art. 3º da Lei n. 13.2 14/2 001, estaráalbergado pela referida redução de base de cálculo. Por outro lado,ainda que classificado como bem de informática e au tomação, a regraprevista na alínea "c" do inciso VI da Lei n. 13.21 4/2001 não seaplica aos fabricantes e produtos não benef iciados pelos incentivosfiscais federais.

Nesses termos, estando o produto submetido ao regim e dasubstituição tributária e considerando que o substi tuto tributáriodeve obedecer, para determinar o imposto devido porresponsabilidade, o tratamento tributá rio aplicável ao contribuintesubstituído, cabe observar, no cálculo do ICMS devi do ao Paraná, emrazão de operações subsequentes aqui praticadas, a redução da basede incidência que resulte em carga tributária equiv alente a setepor cento. Precedente: Con sulta n. 79/2011.

Por fim, registre-se que o imposto a ser pago porsubstituição tributária corresponde à diferença pos itiva entre ovalor resultante da aplicação da alíquota própria p ara o produtosobre a respectiva base de cálculo prevista para a substit uiçãotributária e o valor do imposto devido pela operaçã o própria dosubstituto.

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PROTOCOLO: 11.370.478-0

CONSULTA Nº: 50, de 15 de maio de 2012.

CONSULENTE: CONDOR SUPER CENTER LIMITADA.

SÚMULA: ICMS. PRODUTOS DE INFORMÁTICA. SUBSTITUIÇÃOTRIBUTÁRIA.

RELATORA: CLEONICE STEFANI SALVADOR

A consulente, que opera no ramo de supermercados,esclarece que, a partir de 1º de janeiro de 2012, p assou a vigoraro regime de substituição tributária em relação a di versos produtosde informática que comercializa, em decorrência da alteraçãointroduzida pelo Decreto n. 3.503/2011 no art. 481-C doRegulamento do ICMS.

Sua dúvida se refere à forma de calcular o ICMS dev idopor substituição tributária, na situação em que a m ercadoria estáalcançada por incentivos fiscais (Processo Produtiv o Básico - PPB).Para demonstrar os diferentes resultados, apresenta exemplos decálculo do imposto, tanto para operações internas q uantointerestaduais, aplicando a alíquota do produto sob re a base decálculo da operação, sem considerar qualquer reduçã o, ou observandoa r edução da carga tributária para sete por cento.

RESPOSTA

Depreende-se do exposto pela consulente que seuquestionamento diz respeito aos efeitos da redução da base decálculo de que trata o art. 3º da Lei n. 13.214/200 1, aplicável aosprodutos de informá tica e automação beneficiados pela Lei Federaln. 8.248/1991, no cálculo do ICMS devido por substi tuiçãotributária.

A regra de redução de base de cálculo retratada est áestabelecida no inciso VI do art. 3º da Lei n. 13.2 14/2001, cujaredação se transcreve a seguir:

"Art. 3º Fica reduzida a base de cálculo nas operaç õesinternas com os seguintes produtos, de tal modo que a cargatributária seja equivalente a 7%:

...

VI - produtos de informática adiante arrolados:

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a) fonte de alimentação chaveada para microc omputadorclassificada no código 8504.40.9999 da NBM/SH;

b) gabinete classificado no código 8473.30.0100 da NBM/SH;

c) produtos de informática e automação, produzidos porestabelecimentos industriais, que atendam às dispos ições doart. 4º da Lei n. 8.248, de 23 de outubro de 1991 - desde querelacionados em portaria conjunta dos Ministérios d a Ciência eTecnologia e da Fazenda, baixada por força do art. 6º doDecreto Federal n. 792, de 2 de abril de 1993 - ou do art. 2ºda Lei n. 8.387, de 30 de dezembro de 1991, regulamentada peloDecreto n. 1.885, de 26 de abril de 1996, observado o contidono § 1º.

§ 1º A aplicação do benefício previsto na alínea "c " do incisoVI deste artigo, dependerá da indicação, no documen to fiscalcorrespondente à operação, dos disp ositivos da legislaçãofederal pertinente, estendendo-se também às operaçõ es:

a) com produtos classificados nos códigos 8471.92.0 401(impressoras de impacto), 8471.92.0500 (terminais d e vídeo),8517.30.0199 (exclusivamente equipamento digital de correiovi va voz), 8517.40.0100 (moduladores/demoduladores (m odem)digitais - em banda base), e 8542.19.9900 da NBM/SH(exclusivamente circuito de memória de acesso aleat ório, dotipo "RAM", dinâmico ou estático, circuito de memór iapermanente do tipo "EPROM", circu ito microcontrolador para usoautomotivo ou áudio, circuito codificador/decodific ador de vozpara telefonia, circuito regulador de tensão para u so emalternadores, circuito para terminal telefônico nas funções dediscagem, ampliação de voz e sinalização de chamada);

b) com produtos de informática e automação promovid as porestabelecimento industrial que fabrique ao menos um produtoque atenda aos requisitos das leis federais citadas nareferida alínea "c" do inciso VI deste artigo.

§ 2º O benefício fiscal p revisto neste artigo não acarretará aanulação proporcional dos créditos correspondentes àsentradas."

Verifica-se que a referida norma alcança os produto s deinformática expressamente indicados, com a correspo ndenteclassificação na NBM/SH e, também, os produtos de informática eautomação, produzidos por estabelecimentos industri ais, que atendamàs disposições do art. 4º da Lei n. 8.248, de 23 de outubro de1991, desde que relacionados em portaria conjunta d os Ministériosda Ciência e Tecnologia e da Faze nda, nos termos do que dispõe aalínea "c".

Assim, se o produto comercializado pela consulente atendeàs disposições do art. 4º da Lei n. 8.248/1991, est ando relacionado

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em portaria interministerial, ou, ainda, encontra- se expressamentemencionado no art. 3º, nas alíneas "a" e "b" do inciso VI ou naalínea “a” do § 1º, da Lei n. 13.214/2001, estará a lbergado pelareferida redução de base de cálculo.

Nesses termos, estando o produto submetido ao regim e dasubstituição tributária e tendo em conta que o subs t itutotributário deve observar, para determinar o ICMS de vido porresponsabilidade, o tratamento jurídico aplicável a o contribuintesubstituído, cabe considerar, no cálculo do ICMS de vido ao Paraná,em razão de operações subsequentes aqui praticadas, a red ução dabase de incidência, de modo que a carga tributária incidente sejaequivalente a sete por cento. Consulta n. 79/2011.

Por fim, observa-se que o imposto a ser pago porsubstituição tributária corresponde à diferença ent re o valorresultante da aplic ação da alíquota própria para o produto sobre arespectiva base de cálculo da substituição tributár ia e o valor doimposto devido pela operação própria do substituto tributário,conforme prevê o § 4º do art. 11 da Lei n. 11.580/1 996.

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PROTOCOLO: 11.370.484-5

CONSULTA Nº: 51, de 26 de junho de 2012.

CONSULENTE: TCS INDÚSTRIA DE COMPONENTES DE COMUNICAÇÃO ESISTEMAS DE SEGURANÇA LTDA.

SÚMULA: ICMS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. OPERAÇÕES COMALARMES AUTOMOTIVOS DIGITAIS.

RELATORA: MAYSA CRISTINA DO PRADO

A consulente, sediada no Estado do Rio Grande do Su l,industrializa produtos eletrônicos, dentre os quais o alarmeautomotivo baseado em técnica digital, que classifi ca na NCM8512.30.00.

Aduz que esse produto atende às disposições do art. 4º daLei n. 8.2 48, de 23 de outubro de 1991, e se encontra relacio nadoem portaria conjunta dos Ministérios da Ciência e T ecnologia e daFazenda, baixada por força do art. 6º do Decreto Fe deral n. 792, de2 de abril de 1993.

Informa que remete o mencionado produto paradestinatários, atacadistas e varejistas, situados no Estado doParaná, sendo que a classificação NCM 8512.30.00, com a descrição"aparelhos de sinalização acústica (buzina)", está relacionada noart. 536-I do RICMS, que trata do regime da substit uição trib utárianas operações com autopeças.

Destaca que o inciso CI do art. 536-I dispõe sobre aincidência do regime da substituição tributária par a outras peças,partes e acessórios para veículos automotores, e qu e o § 5º domesmo dispositivo exclui as operações com o Estado do Rio Grande doSul.

Do exposto, perquire:

1. o alarme automotivo baseado em tecnologia digita l,classificado na NCM sob o código 8512.30.00, está s ujeito ao regimeda substituição tributária nas operações mercantis originadas noEstado do R io Grande do Sul com destino a contribuintes situad os noParaná?

2. Se a resposta à pergunta 1 é que as operaçõesmencionadas não estão submetidas ao regime da subsi tuiçãotributária, então o destinatário sediado no Paraná deverá anteciparo pagamento do I CMS para o momento de entrada da mercadoria noEstado, por força do inciso CI do art. 536-I. Indag a se poderá seraplicada a redução na base de cálculo do ICMS sobre a alíquota daunidade federada de destino ("ALQ intra"), de modo que a carga

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tributária se ja equivalente a sete por cento, para que seja mant idaa intenção do legislador paranaense com a Lei n. 13 .214/2001, deque os produtos incentivados pela Lei Federal n. 8. 248/1991,conhecida como Lei de Informática, tenha, nas vend as internas, acarga tri butária de ICMS equivalente a sete por cento, sendo a "ALQinter" de 12%. Entende que a resposta seria afirmat iva, com base nodisposto na Consulta n. 079/2011.

RESPOSTA

A matéria consultada já se encontra retratada na Co nsultan. 79, de 13 de outubro de 2011, a qual se transcreve a seguir:

"A consulente, situada no Estado de Santa Catarina,informando que industrializa o produto "alarme auto motivo",classificado na NCM 8512.30.00, aduz que o produto que fabricaatende às disposições do art. 4º da Lei n. 8.248, de 23 deoutubro de 1991, e que está relacionado em portaria conjuntados Ministérios da Ciência e Tecnologia e da Fazend a, baixadapor força do art. 6º do Decreto Federal n. 795, de 2 de abrilde 1993.

Atende, portanto, às disposições contidas na a línea "c"do inciso VI do art. 3º da Lei n. 13.214, de 29 de junho de2001, que dispõe sobre a redução na base de cálculo do impostonas operações internas com os produtos que menciona , de modoque a carga tributária seja equivalente a sete por cento.

Est ando o mesmo produto relacionado no Anexo ao Protoc oloICMS 41, de 4 de abril de 2008, cujos signatários, dentreoutras unidades federadas, são os Estados do Paraná e de SantaCatarina, reveste-se da condição de substituta trib utária nasvendas que realiza para comerciantes atacadistas e varejistassituados neste Estado.

Do exposto, entende que, no cálculo do ICMS a ser r etidopelo regime da substituição tributária nas operaçõe sdestinadas a comerciantes estabelecidos no Estado d o Paraná,pode aplicar a red ução na base de cálculo do imposto sobre aalíquota interna, de modo que a carga tributária se jaequivalente a sete por cento.

Perquire se está correto seu entendimento.

RESPOSTA

A Lei n. 8.248/1991, que dispõe sobre a capacitação ecompetitividade do seto r de informática e automação, e dáoutras providências, prevê, em seu art. 4º, a conce ssão debenefícios fiscais para as empresas de desenvolvime nto ouprodução de bens e serviços de informática e automa ção queinvestirem em atividades de pesquisa e desenv olvimento em

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tecnologia da informação.

O inciso VI do art. 3º da Lei n. 13.214/2001, que d ispõesobre a redução da base de cálculo do imposto nas o peraçõesinternas com os produtos que menciona, determina:

“Art. 3º Fica reduzida a base de cálculo nas opera çõesinternas com os seguintes produtos, de tal modo que acarga tributária seja equivalente a 7%:

...

VI - produtos de informática adiante arrolados:

a) fonte de alimentação chaveada para microcomputad orclassificada no código 8504.40.9999 da NBM/SH;

b) g abinete classificado no código 8473.30.0100 daNBM/SH;

c) produtos de informática e automação, produzidos porestabelecimentos industriais, que atendam às dispos içõesdo art. 4º da Lei n. 8.248, de 23 de outubro de 199 1 -desde que relacionados em portaria conjunta dosMinistérios da Ciência e Tecnologia e da Fazenda, b aixadapor força do art. 6º do Decreto Federal n. 792, de 2 deabril de 1993 - ou do art. 2º da Lei n. 8.387, de 3 0 dedezembro de 1991, regulamentada pelo Decreto n. 1.8 85, de26 de abril de 1996, observado o contido no § 1º.

§ 1º A aplicação do benefício previsto na alínea "c " doinciso VI deste artigo, dependerá da indicação, nodocumento fiscal correspondente à operação, dosdispositivos da legislação federal pertinente,estendendo-se tamb ém às operações:

a) com produtos classificados nos códigos 8471.92.0 401(impressoras de impacto), 8471.92.0500 (terminais d evídeo), 8517.30.0199 (exclusivamente equipamento di gitalde correio viva voz), 8517.40.0100(moduladores/demoduladores (modem) digi tais - em bandabase), e 8542.19.9900 da NBM/SH (exclusivamente cir cuitode memória de acesso aleatório, do tipo "RAM", dinâ micoou estático, circuito de memória permanente do tipo"EPROM", circuito microcontrolador para uso automot ivo ouáudio, circuito c odificador/decodificador de voz paratelefonia, circuito regulador de tensão para uso emalternadores, circuito para terminal telefônico nasfunções de discagem, ampliação de voz e sinalização dechamada);

b) com produtos de informática e automação promovi das porestabelecimento industrial que fabrique ao menos umproduto que atenda aos requisitos das leis federaiscitadas na referida alínea "c" do inciso VI deste a rtigo.

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§ 2º O benefício fiscal previsto neste artigo nãoacarretará a anulação proporcional d os créditoscorrespondentes às entradas. ”

Portanto, caso o produto industrializado e vendido pelaconsulente atenda às disposições do art. 4º da Lei n. 8.248,de 23 de outubro de 1991, e esteja relacionado em p ortariaconjunta dos Ministérios da Ciência e Tecnologia e da Fazenda,ou, ainda, esteja relacionado na alínea “a” do § 1º do art. 3ºda Lei n. 13.214/2001, poderá a consulente utilizar a reduçãoda base de cálculo prevista para o cálculo do impos to a serretido por substituição tributária relativamen te às operaçõessubsequentes ocorridas em território paranaense, de forma quea carga tributária seja equivalente a sete por cent o.

Destaca-se que a alínea “b” do § 1º retrotranscritodetermina a redução da base de cálculo do imposto s omente nasoperações com outros produtos de informática e automaçãopromovidas diretamente e apenas pelo estabeleciment oindustrial paranaense, desde que esse fabrique ao m enos umproduto que atenda aos requisitos das leis federaismencionadas na referida alínea "c" do inciso VI desse artigo,não se aplicando, no caso, para as operações poster iores, cujoimposto deva ser retido antecipadamente.

Salienta-se que a classificação fiscal adotada é deresponsabilidade do contribuinte. "

Conforme esclarecido, o benefício previsto no ar t. 3º daLei n. 13.214/2001 se aplica a todas as operações internas com osprodutos que relaciona, dentre esses os produtos de informática eautomação produzidos por estabelecimentos industria is, que atendamàs disposições do art. 4º da Lei n. 8.248, de 2 3 de outubro de1991, desde que relacionados em portaria conjunta d os Ministériosda Ciência e Tecnologia e da Fazenda, baixada por f orça do art. 6ºdo Decreto Federal n. 792, de 2 de abril de 1993, o u do art. 2º daLei n. 8.387, de 30 de dezembro de 1991, regulamentada pelo Decreton. 1.885, de 26 de abril de 1996, desde que conste a indicação, nodocumento fiscal correspondente à operação, dos dis positivos dalegislação federal pertinente.

Esse benefício se estende às operações com produtos deinformática e automação promovidas por estabelecimento industr ialparanaense que fabrique ao menos um produto que ate nda aosrequisitos das leis federais citadas, porém não é o caso daconsulente, que simplemente retém o imposto devido pelas oepraçõessubsequentes pr aticadas por revendedores no Estado do Paraná.

Considerando a classificação na NCM adotada pelaconsulente, o produto por ela nominado se encontra inserto noinciso CI do art. 536-I do RICMS, que relaciona os produtos de usoespecificamente automotivo subm etidos ao regime da substituiçãotributária, e, dessa forma, está contido na excessã o trazida no §

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5º do mesmo dispositivo regulamentar:

"§ 5º O disposto neste artigo não se aplica aos Es tados doAmazonas, Espírito Santo, Minas Gerais, Pará, Rio d e Janeir o,Rio Grande do Sul e São Paulo e ao Distrito Federal , no que serefere aos produtos relacionados nos incisos LXVII e CI(Protocolos ICMS 97/10 e 5/2011)."

Dessa forma, o imposto relativo à substituição trib utáriadevido nas operações com os mencionados p rodutos, promovidas pelaconsulente, deverá ser pago pelo destinatário, nos termos do art.478 do RICMS, exceto na hipótese de regime especial com o fiscoparanaense, conforme disposto no § 3º do art. 478 d o RICMS.

"Art. 478. Fica atribuída a responsabili dade pelo recolhimentodo ICMS devido por substituição tributária, por oca sião daentrada da mercadoria no território paranaense, obs ervado odisposto na alínea “a” do inciso X do art. 65, ao c ontribuinteque receber mercadoria sujeita ao regime de substit uiçãotributária, sem retenção do imposto, de remetente q ue não sejaou tenha deixado de ser eleito substituto, devendo adotar osseguintes procedimentos:

...

§ 3º Sem prejuízo da responsabilidade atribuída aodestinatário da mercadoria, contribuinte paran aense, orecolhimento do imposto de que trata o “caput” dest e artigopoderá ser realizado pelo remetente, localizado em outraunidade federada, mediante autorização nos termos e condiçõesestabelecidos em regime especial."

Deixa-se de responder ao segundo questionamento por nãoser de interesse da consulente, uma vez que se refe re aprocedimento a ser realizado pelo destinatário das operações porela promovidas.

Do exposto, terá a consulente o prazo de até quinzequinze dias, a partir da ciência desta, para adequar o seuprocedimento ao que foi aqui esclarecido, caso este ja adotandoprocedimento diverso, em observância ao art. 591 do RICMS.

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PROTOCOLO: 11.066.875-9

CONSULTA Nº: 52, de 17 de maio de 2012.

CONSULENTE: SOLUBRÁS LTDA.

SÚMULA: ICMS. OBRAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL. OBRIGAÇÕESACESSÓRIAS.

RELATORA: AQUILÉA ADRIANA MORESCO

A consulente, empresa que atua no ramo de atividade deprestação de serviços na área da construção civil, com emprego dematerial e de mão de obra, indaga qual seria o proc edimento corretoperante a legislação estadual para transportar seus materiais emaquinários a serem utilizados em obras localizadas em outrosmunicípios e/ou Estados.

Relata que emite nota fiscal de saída, em seu nome,informando os Códigos Fiscais de Operações e Presta ções – CFOP5.949/6.949 para a remessa de material a ser aplica do na obra e5.554/6.554 para a remessa de bem do ativo imobiliz ado(maquinário), e a informação do local de entrega n o campo “DadosAdicionais”. No entanto, tem se deparado com a recu sa de astransportadoras prestarem o serviço de transporte c om essedocumento , as quais alegam que o fato de o remetente e odestinatário do documento serem os mesmos invalida a operação.

RESPOSTA

Inicialmente, faz-se necessário transcrever capítul oespecífico do RICMS, aprovado pelo Decreto n. 1.980 , de 21 dedezembro de 2007, q ue trata da construção civil:

“TÍTULO III

CAPÍTULO IX

DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Art. 312. A empresa de construção civil deverá mant erinscrição no CAD/ICMS, em relação a cada estabeleci mento, paracumprimento das obrigações previstas neste Regulame nto.

§ 1º Ente nde-se por empresa de construção civil, para osefeitos deste artigo, toda pessoa natural ou jurídi ca, quepromova, em seu nome ou de terceiros, a circulação demercadoria ou a prestação de serviço de transporte, naexecução de obras de construção civil, t ais como:

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(...)

§ 2º O disposto neste artigo aplica-se, também, aosempreiteiros e subempreiteiros, responsáveis pela e xecução deobras no todo ou em parte.

Art. 313. Não está sujeito à inscrição no CAD/ICMS:

I - a empresa que se dedicar às atividades prof issionaisrelacionadas com a construção civil, para prestação deserviços técnicos, tais como: elaboração de plantas , projetos,estudos, cálculos, sondagens de solos e assemelhado s;

II - a empresa que se dedicar exclusivamente à pres tação deserviços em ob ras de construção civil, mediante contrato deadministração, fiscalização, empreitada ou subempre itada, semfornecimento de materiais.

Art. 314. Em relação à construção civil o ICMS será devido,dentre outras hipóteses:

I - na saída de materiais, inclusive sobras e resíduosdecorrentes da obra executada, ou de demolição, qua ndoremetidos a terceiros;

II - no fornecimento de casas e edificações pré-fab ricadas enos demais casos de execução, por administração, em preitada ousubempreitada de construção civil, de obras hidráulicas e deoutras semelhantes, inclusive serviços auxiliares o ucomplementares, quando as mercadorias fornecidas fo remproduzidas pelo próprio prestador fora do local da prestaçãodos serviços;

III - na entrada de bens importados do exterior ;

IV - na aquisição de mercadoria ou bem destinado ao uso ouconsumo ou ao ativo permanente, em operação interes tadual,relativamente ao diferencial de alíquotas.

Parágrafo único. O disposto no inciso IV somente se aplica nahipótese em que o estabelecimen to adquirente seja contribuintedo ICMS

Art. 315. O estabelecimento inscrito sempre que pro mover saídade mercadoria ou transmissão de sua propriedade fic a obrigadoà emissão de nota fiscal.

§ 1º Na hipótese da mercadoria ser retirada diretam ente dolocal da obra, tal fato será consignado no campo "Informa çõesComplementares" do quadro "Dados Adicionais" da not a fiscal,indicando-se, além dos requisitos exigidos, o ender eço desta.

§ 2º Tratando-se de operação não sujeita ao ICMS, amovimentação de mercadori a ou outro bem móvel, entre osestabelecimentos do mesmo titular, entre estes e a obra ou de

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uma para outra obra será feita mediante a emissão d e notafiscal, com as indicações dos locais de procedência e destino.

§ 3º A mercadoria adquirida de terceiros p oderá ser remetidadiretamente para a obra, desde que no documento fis cal constemo nome, o endereço e os números de inscrição, estad ual e noCNPJ, da empresa de construção, bem como a indicaçã o expressado local onde será entregue. (grifado)

§ 4º O contrib uinte poderá manter impressos de documentosfiscais no local da obra, desde que conste no livro Registrode Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Oco rrências osseus números, série, sendo o caso, bem como o local da obra aque se destinarem.

Art. 31 6. Os livros serão escriturados nos prazos e condiç õesprevistos neste Regulamento.

Parágrafo único. Na hipótese do § 2º do artigo 315, a notafiscal emitida deverá ser escriturada nos respectiv os livrosfiscais, nas colunas relativas a data e ao document o fiscal,fazendo constar na coluna "Observações" a natureza daoperação.”

No que diz respeito à emissão de notas fiscais, a d úvidada consulente está na remessa de material a ser apl icado na obra ena remessa de bem do ativo imobilizado até o local onde se rárealizado o serviço, que deverão ser documentadas p or nota fiscalmodelo 1 ou 1-A, nos termos do que dispõe o art. 31 5 e §§, doRICMS. Portanto, tratando-se de execução de obras d e construçãocivil, com fornecimento de materiais, quando do tra nsporte de bense materiais entre o estabelecimento e a obra, dever ão constar dodocumento fiscal as indicações dos locais de proced ência e destino,informando como emitente e destinatário o responsáv el pela execuçãodo serviço.

Lembra-se, ainda, que, conforme § 3º do art. 315 doRICMS, se o estabelecimento inscrito adquirir merca dorias deterceiros a serem empregadas na obra, essas poderão ser remetidasdiretamente ao local, desde que observadas as deter minaçõescontidas naquele dispositivo.

Cabe frisar que, acerca da nota fiscal a ser emitida emprestações de serviços que não envolvam o tributo e stadual, deveser observada a legislação municipal, quanto à disc riminação dosserviços e do material empregado, e, quando do tran sporte demateriais e equipamentos de outra unidade da Federação para oterritório paranaense, deverá ser observada a legis lação do Estadode origem e considerada a existência de estabelecim ento inscrito noCAD/ICMS do Paraná.

Por derradeiro, observa-se que, a partir da ciênciadesta, terá a consul ente, em observância ao art. 659 do RICMS, o

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prazo de até quinze dias para adequar os seus proce dimentoseventualmente já realizados em conformidade com o q ue foi aquiesclarecido, no caso de que os tenha praticado dive rsamente.

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PROTOCOLO: 11.177.545-1

CONSULTA Nº: 53, de 15 de maio de 2012.

CONSULENTE: STYNER+BIENZ DO BRASIL LTDA.

SÚMULA: ICMS. IMPORTAÇÃO DE MATÉRIA-PRIMA E INSUMOSUTILIZADOS NA FABRICAÇÃO DE PEÇAS E ACESSÓRIOSPARA VEÍCULOS AUTOMOTORES, VIA PORTOS EAEROPORTOS PARANAENSES, PARA INDUSTRIALIZAÇÃO NOBRASIL SOB O REGIME DE DRAWBACK COM BENEFÍCIO DAISENÇÃO. IMPOSSIBIL IDADE DE APLICAR A SUSPENSÃODO IMPOSTO.

RELATORA: MARGARETE MARIA MAZZOLA

A consulente expõe que atua nos ramos de fabricação depeças e acessórios para veículos automotores e prod ução deartefatos estampados de metal, importando a matéria -prima e osinsumos para a sua produção por meio do Porto de Pa ranaguá e deaeroportos para naenses.

Considera que teria o direito ao benefício do art. 629 doRICMS, aprovado pelo Decreto nº 1.980/2007, ou seja , à suspensão doICMS quando da importação por estabelecimento indus trial dematéria-prima, material intermediário ou secundário para util izaçãoem seu processo produtivo, via portos de Paranaguá e Antonina eaeroportos paranaenses, com desembaraço aduaneiro n este Estado, bemcomo à apropriação de crédito correspondente a 75% (setenta e cincopor cento) do valor do imposto devido, até o limi te máximo de novepor centro sobre o valor da base de cálculo da oper ação deimportação, e que resulte em carga tributária mínim a de três porcento, conforme determina o § 1º do art. 629 do RIC MS.

Aduz que o art. 634 do RICMS descreve situações em quenão se aplica o referido tratamento tributário, dentre as quais ade seu inciso VII que proíbe cumular esse com outro s benefíciosfiscais.

A consulente relata que importa as matérias-primas einsumos sob o “Regime Especial do Drawback ”, e que dessa formaessas operações possuem o benefício fiscal da isenção do item 39 doAnexo I do RICMS.

No entanto, entende que esse fato não a impede deusufruir também do crédito presumido do ICMS dispos to no § 1º doart. 629 do RICMS, sob argumento de que com a intro dução da alínea“c” no parágrafo único do art. 634, em 1º.7.2009, d eixou de servedada a aplicação cumulativa de outros benefícios com essetratamento tributário, quando ocorrem “importações de

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matérias-primas, materiais intermediários e insumos , utilizados naprod ução de peças e acessórios para veículos automotore s,realizadas por estabelecimentos fabricantes”, como seria o seucaso.

Conclui, então, que a partir de 1º.7.2009 está auto rizadaa usufruir do benefício da suspensão do ICMS sobre suas aquisiçõesde matér ia-prima e insumos utilizados na fabricação de peça s eacessórios para veículos automotores, via portos e aeroportosparanaenses, bem como a escriturar o correspondente crédito, nosmoldes estabelecidos no § 1º do art. 629 do RICMS, independente dofato de também usufruir da isenção do ICMS para o “Regime Especialdo Drawback” .

Acrescenta ainda que objetiva se apropriarextemporaneamente dos créditos não registrados à ép oca própria,conforme art. 24, § 1º e § 2º, da Lei nº 11.580/199 6, combinado como art. 23, § 2º e § 5º, alínea “a”, do RICMS e com a respo sta àConsulta nº 135/2008.

Questiona se está correto o seu entendimento sobre autilização concomitante de ambos os benefícios, o d a isenção doitem 39 do Anexo I do RICMS e o da suspensão do pag amento doimposto devido na importação com crédito presumido, em conformidadecom o art. 629 e seu § 1º, também do RICMS. E, em s endo afirmativaa resposta, pergunta se pode realizar o lançamento extemporâneo docrédito presumido do ICMS.

RESPOSTA

Inicialmente, e sclarece-se que a atuação da consulentecompreende a importação de matéria-prima e de insum os sob o “RegimeEspecial do Drawback ”, a sua industrialização e a posteriorexportação dos produtos industrializados, nos quais a matéria-primae os insumos são tra nsformados. Consta em seu contrato social comoobjeto da sociedade: “... fabricação, montagem, com ércio,importação e exportação de peças relacionadas à est amparia edeformação de aço, com suas respectivas montagens p ara asindústrias automobilísticas, ele trônicas, eletrodomésticos, deembalagem e telecomunicações”.

Salienta-se que o regime aduaneiro de drawback consistena suspensão ou eliminação de tributos federais inc identes sobreinsumos importados para utilização em produto expor tado. Nessesentido, a legislação paranaense também beneficiou as operaçõ es deimportação realizadas sob esse regime, atribuindo-l hes a isenção,nos termos do item 39 do Anexo I do RICMS, em vigor desde1º.1.2008, in verbis :

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“ANEXO I – ISENÇÕES

39 Operações de importação realiz adas sob o regime“DRAWBACK”, em que a mercadoria seja empregada ou c onsumida noprocesso de industrialização de produto a ser expor tado, desdeque (Convênios ICMS 27/90, 94/94, 16/96, 65/96 e 1 85/10)

a) a mercadoria esteja beneficiada com suspensão do s i mpostosfederais sobre importação e sobre produtos industri alizados;

b) da mercadoria importada resultem, para exportaçã o, produtosindustrializados ou os arrolados na lista de que tr ata acláusula segunda do Convênio ICMS 15, de 25 de abri l de 1991;

c) o importador comprove a efetiva exportação por elerealizada do produto resultante da industrialização damercadoria importada, mediante a entrega, à reparti ção fiscalde seu domicílio, da cópia da DDE - Declaração de D espacho deExportação, devidamente aver bada com o respectivo embarquepara o exterior, até 45 (quarenta e cinco) dias apó s o términodo prazo de validade do ato concessório do regime o u, nainexistência desse, de documento equivalente expedi do pelasautoridades competentes.

Nova redação do "cap ut" e alíneas do item 39, dada pelaalteração 579ª, art. 1º, do Decreto n. 479, de 11.0 2.2011,surtindo efeitos a partir de 1º.03.2011. (...)”

Ressalta-se que há a impossibilidade de fruiçãoconcomitante de ambos os institutos, o da isenção e o da suspensã odo pagamento do imposto.

Com efeito, a suspensão do crédito tributário, comodescrito no art. 629 e seu § 1º do RICMS, adiante t ranscrito,pressupõe que é devido o imposto, com a obrigatorie dade de serrecolhido por ocasião da entrada de mercadoria impo r tada doexterior, no momento do desembaraço aduaneiro, mas, por opção dolegislador, a sua exigência foi postergada para out ra etapa decirculação da mercadoria, para o momento da saída d os produtosindustrializados do estabelecimento, permitindo a e scritu ração docrédito descrito nos termos do texto regulamentar c itado.

“Art. 629. Fica concedida ao estabelecimento indust rial querealizar a importação de bem ou mercadoria por meio dos portosde Paranaguá e Antonina e de aeroportos paranaenses , comdesembara ço aduaneiro no Estado, a suspensão do pagamento doimposto devido nesta operação , quando da aquisição de (Lei n.14.985/06):

I - matéria-prima, material intermediário ou secund ário,inclusive material de embalagem, para ser utilizado em seuprocesso produ tivo;

(...)

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§ 1º Em relação às aquisições de que trata o inciso I, opagamento do imposto suspenso será efetuado por oca sião dasaída dos produtos industrializados , podendo o estabelecimentoindustrial escriturar em conta-gráfica, no período em queocorrer a respectiva entrada, um crédito correspondente a 75%(setenta e cinco por cento) do valor do imposto dev ido, até olimite máximo de nove por cento sobre o valor da ba se decálculo da operação de importação, e que resulte em cargatributária mínima de trê s por cento.” (grifa-se)

Já a isenção constitui hipótese de exclusão do créd itotributário (art. 175, inc. I do Código Tributário N acional). Porconseguinte, se não há a exigência do imposto na op eração deimportação não há ICMS devido, nos termos do item 39 do Anexo I doRICMS, não sendo, então, possível a aplicação da su spensão daexigibilidade do tributo prevista no art. 629 e § 1 º do mesmoRegulamento.

Considerando o exposto pela consulente, ressalta-se queela vem utilizando o benefício da isenção do I CMS antes citada emsuas operações de importação. Dessa maneira, não há débito deimposto na importação, sendo incongruente com a reg ra regulamentarda suspensão do pagamento do tributo. É cediço que é próprio doregime drawback a entrada e saída da mercad oria e do produto,respectivamente, e, observadas as regras normativas , o Estado nãoexige a incidência do tributo nem na importação e n em na operaçãoposterior, a de exportação do produto industrializa do.

Logo, a consulente não pode usufruir do tratamentotributário definido no art. 629 do RICMS, porque su as operações deimportação pelo regime de drawback estão amparadas por benefíciofiscal próprio, isenção, que exclui o crédito tribu tário, sendoespecífico. Não há de se cogitar para esse caso, p ortanto,quaisquer outras regras desse Capítulo XLIII do Tít ulo III doRICMS, uma vez que resta afastada integralmente sua aplicabilidade.

E quanto ao questionamento sobre a apropriação de c réditoextemporâneo resta ele prejudicado.

No que estiver procedendo de fo rma diversa ao exposto napresente resposta, deverá a consulente observar o d isposto noartigo 659 do RICMS, que prevê o prazo de até 15 (q uinze) dias paraa adequação de seus procedimentos já realizados ao ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 11.071.215-4

CONSULTA Nº: 54, de 21 de junho de 2012.

CONSULENTE: MASISA DO BRASIL LTDA.

SÚMULA: ICMS. ÓLEO MINERAL THERMIA B. MATERIAL DE USO OUCONSUMO. INADMISSIBILIDADE DO CRÉDITO.

RELATORA: MARISTELA DEGGERONE

A consulente informa que sua atividade é a fabricaç ão demadeira laminada e de chapas de madeira compensada, prensada eaglomerada, e que utiliza óleo mineral Thermia B, produzidoespecificamente para a atividade industrial, sendo empregado noseu process o produtivo de MDF.

Aduz que, embora esse óleo não se incorpore ao prod uto, éessencial para manter a temperatura no processo ind ustrial, sem oque não há a produção de MDF. Esclarece que o calor transferido poresse óleo tem a finalidade de extrair a umid ade contida namatéria-prima, promover a prensagem e, através do c alor, colar opapel de melamina para acabamento do produto final.

Afirma que o produto se compara à utilização do gásliquefeito de petróleo como fonte de energia, condi ção em que éreconhec ido o direito ao crédito, conforme reiteradas consu ltas doSetor Consultivo.

Entende que, diante dos §§ 10 e 11 do art. 23 doRegulamento do ICMS, tal produto não se enquadra co mo de uso ouconsumo, sendo indispensável e totalmente consumido no processo deindustrialização.

Questiona se está correto o seu entendimento.

RESPOSTA

Preliminarmente, esclarece-se que o Setor Consultiv o teminterpretado que o gás liquefeito de petróleo, quan do utilizadocomo fonte energética em substituição à energia elé trica, g eradireito ao crédito, considerando-o nessa hipótese c omo insumo doprocesso industrial. Essa matéria não se confunde c om a expostapela consulente, pois o produto questionado tem por finalidade atransferência de calor no processo produtivo do MDF , não s econfigurando como fonte energética.

Para análise da dúvida apresentada transcrevem-se o s §§

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9º a 11 do art. 23 do Regulamento do ICMS aprovado pelo Decreto n.1.980, de 21 de dezembro de 2007:

"Art. 23. Para a compensação a que se refere o arti goanterio r, é assegurado ao contribuinte o direito decreditar-se do imposto anteriormente cobrado em ope rações deque tenha resultado a entrada de mercadoria, real o usimbólica, no estabelecimento, inclusive a destinad a ao seuuso ou consumo ou ao ativo permanente , ou o recebimento deserviços de transporte interestadual e intermunicip al ou decomunicação (art. 24 da Lei n. 11.580/96).

(...)

§ 9º As mercadorias destinadas ao uso ou consumo doestabelecimento somente darão direito a crédito qua ndo neleentradas a pa rtir de 1º de janeiro de 2020 (Lei Complementarn. 138/2010).

§ 10. Para efeitos do disposto no § 9º, entende-se comomercadoria destinada ao uso ou consumo do estabelec imento, aque não seja utilizada na comercialização e a que n ão sejaempregada para int egração no produto ou para consumo norespectivo processo de industrialização ou na produ ção rural.

§ 11. Entende-se por consumo no processo de industr ializaçãoou produção rural a total destruição da mercadoria. "

Reproduz-se, também, do folder apensado pe la consulente,a descrição e aplicação do óleo mineral Thermia B :

“Óleo mineral parafínico altamente refinado, desenv olvido paraaplicação em sistemas de troca térmica por aquecime ntoindireto, presentes em indústrias de processo, indú striastêxteis, plant as químicas etc.

Thermia B pode ser usado em sistemas que trabalhem emtemperaturas contínuas de até 320ºC com picos de 34 0ºC.”

Das referidas disposições regulamentares se conclui quepara a mercadoria não ser qualificada como de uso o u consumo eladeve in tegrar o produto ou, então, ser totalmente consumid a, ouseja, destruída, durante o processo de industrializ ação.

O Setor Consultivo, relativamente a essas disposiçõ es,manifestou seu entendimento no sentido de que a tot al destruição domaterial utilizado no processo de industrialização prevista nomencionado § 11 significa sua desintegração de mane ira imediata eintrínseca no processo, não sendo suficiente o seu desgaste oudeterioração de elementos e o seu consumo exterior ao processo detransformação da matéria-prima e de formação do novo produto.Precedentes: Consultas n. 98/2000 e n. 23/2009.

Conforme informado pela própria consulente, tal óle o não

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integra o produto que foi industrializado e também permiteconcluir, com fundamento na sua descrição e apl icação, que não seconsome durante o processo produtivo, mas é utiliza do em processoexterior ao da transformação do produto.

Posto isso, responde-se que está equivocado oentendimento da consulente, pois se tratando de mat erial de uso ouconsumo a apropri ação do ICMS somente pode ser realizada paraaquelas aquisições que ocorrerem a partir de 1º de janeiro de 2020,segundo o inciso I do art. 65 da Lei n. 11.580/1996 .

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PROTOCOLO: 11.071.214-6

CONSULTA Nº: 55, de 21 de junho de 2012.

CONSULENTE: MASISA DO BRASIL LTDA.

SÚMULA: ICMS. PRODUTOS UTILIZADOS NO TRATAMENTO DE ÁGUAPARA PRESERVAÇÃO DE EQUIPAMENTO INDUSTRIAL.INADMISSIBILIDADE DO CRÉDITO PELAS ENTRADAS.

RELATORA: MARISTELA DEGGERONE

A consulente, que tem como atividade a fabricação d emadeira laminada e de chapas de madeira compensada, prensada eaglomerada, aduz que aplica produtos químicos para tratamentoindustrial da água que utiliza no processo produtiv o de MDF.

Esclarece que a á gua é oriunda da captação da chuva emlagoas e de poços artesianos instalados na própria empresa e quetem por finalidade a lavagem dos cavacos de madeira , sendo essaetapa um processo de industrialização. Acrescenta que utiliza talágua também em caldeir as para geração de vapor e gases quentesusados no processo de produção de MDF, nas fases de desfibragem esecagem de madeira.

Esclarece que, como o sistema de água é em circuitofechado, toda essa carga deve ser tratada para evit ar danos aosequipamentos, manter continuidade do processo produtivo e não ge rarpassivo ambiental, pois a água deve obedecer aos pa drões ambientaisestabelecidos pelos órgãos responsáveis.

Informa que são utilizados produtos químicos paratratamento de água de resfriamento, de águ a de caldeira, desistemas fechados e da estação de reciclagem de águ a. Anexa folhetoexplicativo do fornecedor do produto químico a resp eito dafinalidade e descrição do produto.

Entende que, diante dos §§ 10 e 11 do art. 23 doRegulamento do ICMS, tais p rodutos não se enquadram como de uso ouconsumo, mas sim como material secundário, sendo in dispensáveis etotalmente consumidos no processo de industrializaç ão.

Questiona se está correto o seu entendimento.

RESPOSTA

A consulente apensa à sua consulta fol heto explicativo,elaborado pelo fornecedor dos produtos químicos que serão

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utilizados para o tratamento da água, com as seguin tescaracterísticas básicas de cada um deles:

a) tratamento de água de resfriamento: preservação dosequipamentos (corrosões e in crustações) e qualificar a trocatérmica;

b) tratamento de água de caldeira: inibir incrusta ções ea corrosão, bem como manter a limpeza dos equipamen tos;

c) tratamento de sistemas fechados: conservar o sis temalivre de “fouling” microbiológico, mantendo as taxas de trocatérmica e diminuindo o potencial de corrosão sob de pósito einibidor de corrosão;

d) estação de reciclos de água: evitar que a água t ratadasaia com elevada turbidez e garantir a qualidade da água paraevitar que o processo da fábrica oc asione danos aos equipamentos.

Conclui-se dos elementos apresentados pela consulen te queos produtos químicos utilizados no tratamento da ág ua têm porfinalidade a manutenção e conservação dos equipamen tos industriais.

Assim, não sendo tais produtos empreg ados para integraçãono produto ou para consumo no respectivo processo d eindustrialização, mas utilizado em processo exterio r àtransformação do produto, conclui-se que a consulen te não temdireito ao crédito do imposto pago pelas aquisições dos jámencio nados produtos, pois se tratando de material de con sumo aapropriação do crédito de ICMS somente pode ser rea lizada paraaquelas aquisições que ocorrerem a partir de 1º de janeiro de2020, segundo dispõe o inciso I do art. 65 da Lei n . 11.580/1996.

Diante do exposto, responde-se que está equivocado oentendimento da consulente.

A partir da ciência desta, terá a consulente, emobservância ao artigo 659 do Regulamento do ICMS, o prazo de quinzedias para adequar os seus procedimentos eventualmen te járealiza dos, em conformidade com o que foi aqui esclarecido , no casode que os tenha praticado diversamente.

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PROTOCOLO: 11.327.711-4

CONSULTA Nº: 56, de 29 de maio de 2012.

CONSULENTE: M. R. PARMEGIANI DISTRIBUIDORA DE COSMÉTICOS LTDA.

SÚMULA: ICMS. COSMÉTICOS. VENDA PORTA A PORTA PORESTABELECIMENTO COMERCIAL.

RELATORA: CLEONICE STEFANI SALVADOR

A consulente, cadastrada com a atividade de comérci oatacadista de cosméticos, produtos de perfumaria e higiene, informaque todos os produtos que revende estão submetidos à substituiçãotributária, sendo seus clientes estabelecimentos va rejistas ouatacad istas.

Registra que a responsabilidade pelo recolhimento d o ICMSrelativo às operações subsequentes foi atribuída ao s fabricantes,portanto se encontra na situação de contribuinte su bstituído.

Esclarece, ainda, que pretende operar no sistema devendas port a a porta, em que revendedoras autônomas passariam aadquirir seus produtos para revendê-los aos consumi dores finais.

Assim, tendo em vista que esse sistema de vendas po ssuiregulamentação própria, estando previsto no inciso V do § 1º doart. 522 do RICMS o percentual de 72% como margem de valor agregadopara cosméticos e produtos de higiene pessoal, quan do não houvercatálogo de preços ao consumidor, questiona se, nes sa hipótese,passa a ser responsável pelo recolhimento do impost o, devendoinscrever-se no Cadastro do ICMS como substituta tributária.

Pergunta, também, se terá direito, na condição desubstituta tributária, à aplicação da redução da ba se de cálculoprevista no item 21-A do Anexo II do RICMS, na come rcializaçãoporta a porta.

RESPOSTA

Depre ende-se do exposto que a consulente éestabelecimento comercial atacadista, revendendo pa ra outroscontribuintes do ICMS mercadorias que foram adquiri das com impostoretido, porque sujeitas à substituição tributária, em razão do quedispõem os artigos 536 -E a 536-H do RICMS, aprovado pelo Decreton. 1.980/2007. Além dessa atividade, pretende reali zar vendas forado estabelecimento, como maneira de incrementar sua receita.

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Acerca do assunto, expõe-se que o tratamento tribut áriodisciplinado nos artigos 521 a 523 do RICMS destina-se às empresasestabelecidas neste ou em outro Estado, que utiliza m o sistema devenda direta na comercialização de seus produtos. E ssa modalidadede venda, chamada também de venda por relacionament o, constitui-senuma atividade espe cífica, desenvolvida em círculos sociais, forade estabelecimentos comerciais. Na legislação tribu tária, essaprática de vendas foi denominada de sistema de mark eting direto(art. 521).

Conforme a definição dada pela Associação Brasileir a dasEmpresas de V enda Direta – ABEVD, a venda direta é um sistema decomercialização de bens de consumo e serviços difer enciado, baseadono contato pessoal, entre vendedores e compradores, fora de umestabelecimento comercial fixo .

A legislação retratada, portanto, regula menta essaatividade específica de comercialização, a venda di reta, que seconstitui num modelo de vendas distinto do desenvo lvido pelocomércio varejista em estabelecimentos fixos.

Ainda que as revendedoras autônomas das empresas qu eutilizam o sistema d e venda direta realizem vendas porta a porta,essa atividade não se confunde com a prática de ven da fora doestabelecimento (porta a porta) de produtos que são comercializadosem lojas, distribuidoras, supermercados etc.

Essa atividade que a consulente pre tende implementar,paralelamente ao comércio que já desenvolve, amold a-se à vendaambulante, que consiste na realização de operações fora doestabelecimento, sem destinatário certo, mas em con exão com oestabelecimento fixo.

Os procedimentos referentes a tal modalidade de operaçãoestão estabelecidos na Seção I (Operações Realizada s porContribuinte Inscrito no CAD/ICMS) do Capítulo V ( Das DisposiçõesSobre Venda Ambulante) do Título III (Dos Procedime ntos Especiais)do RICMS.

Diante dos esclarecimentos e xpostos, verifica-se estarincorreta a conclusão da consulente de que passaria à condição desubstituta tributária ao praticar venda ambulante, na modalidade deporta a porta. Ainda que incorpore essa prática em sua atividade,continuará sendo contribuinte substituído para fins de tributaçãodo ICMS, pois não é uma empresa que comercializa se us produtos pelosistema de venda direta, cuja regulamentação está d isposta nosartigos 521 a 523 do RICMS.

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PROTOCOLO: 11.413.302-7

CONSULTA Nº: 57, de 29 de maio de 2012.

CONSULENTE: VOLVO DO BRASIL VEÍCULOS LTDA.

SÚMULA: ICMS. VENDA DE CHASSI A CONCESSIONÁRIA. REMESSAAO ESTABELECIMENTO INDUSTRIALIZADOR POR CONTA DOCLIENTE DA CONCESSIONÁRIA.

RELATORA: CLEONICE STEFANI SALVADOR

A empresa consulente, que tem por objeto social afabricação e comercialização de veículos automotore s, informa querealiza operações de venda de chassis de caminhões e de ônibus àssuas concessionárias, remetendo-os para industriali zação aosestabelecimen tos encarroçadores, por conta e ordem dos clientes dasconcessionárias.

Esclarece, ainda, que as concessionárias e os clien tesdessas podem estar domiciliados em território paran aense ou emoutras unidades federadas.

A consulente define essa operação como quadrangular, jáque envolve os seguintes participantes:

- o fornecedor das mercadorias (Volvo do Brasil Veí culosLtda.);

- o adquirente do chassi e revendedor (concessionár iaVolvo);

- o industrializador (encarroçador);

- o adquirente final e encomendante da industrialização(cliente da concessionária Volvo).

Após a exposição dos fatos, registra que, a princíp io, asituação subordinar-se-ia às regras estabelecidas à operação deremessa para industrialização por conta e ordem de terceiros.Pondera, no entan to, que não são as concessionárias asencomendantes da industrialização, mas seus cliente s, que quandoadquirem os chassis solicitam que esses sejam remet idos, por suaconta e ordem, para industrialização.

Desse modo, ao emitir a nota fiscal de venda do ch assi àconcessionária, utilizando-se do CFOP 5.122/6.122 ( Venda deprodução do estabelecimento remetida para industria lização, porconta e ordem do adquirente, sem transitar pelo est abelecimento doadquirente ), estaria indicando ser a concessionária a enco mendanteda industrialização. Por outro lado, aduz que somen te procedendo

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dessa forma possui respaldo para documentar a remes sa do chassipara o estabelecimento industrializador, utilizando o CFOP5.924/6.924 ( Remessa para industrialização por conta e orde m doadquirente da mercadoria ) e informando nos “Dados Adicionais” dessedocumento o número da nota fiscal de venda da conce ssionária aoadquirente final e seus demais e respectivos dados.

Mencionando que essa situação não está prevista den tre ashipóteses retratadas na legislação tributária (no Convênio S INIEFs/n, de 15 de dezembro de 1970, e no Regulamento do ICMS, artigos299 a 306), questiona se está correta sua interpret ação quanto àadequação à legislação vigente e, por conseguinte, à utilização dosCFOP referidos.

Caso contrário, pergunta quais os códigos de operaç ãodeveria utilizar e, ainda, se haveria a possibilida de de criação decódigos específicos para documentar essas operações , por meio deAjuste SINIEF disciplinando a matéria.

RESPOSTA

Ver ifica-se, conforme expôs a consulente, que a operaç ãodescrita envolve quatro agentes: a consulente, sua concessionária,o cliente da concessionária (encomendante da indust rialização) e oestabelecimento industrializador.

Transcreve-se a seguir o disposto no art. 305 doRegulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto n. 1.980 /2007, que tratada situação vinculada ao assunto:

“Art. 305. Nas operações em que um estabelecimento mandarindustrializar mercadoria, com fornecimento de maté ria-prima,produto intermediár io ou material de embalagem, adquiridos deoutro, os quais, sem transitar pelo estabelecimentoadquirente, forem entregues pelo fornecedor diretam ente aoindustrializador, observar-se-á (art. 42 do Convêni o SINIEFs/n, de 15.12.70,):

I - o estabelecimento fornecedor deverá:

a) emitir nota fiscal em nome do estabelecimento ad quirente, aqual, além das exigências previstas, conterá o nome , oendereço e os números de inscrição, estadual e no C NPJ doestabelecimento em que os produtos serão entregues, bem como acircunstância de que se destinam à industrialização ;

b) efetuar na nota fiscal referida na alínea anteri or odestaque do valor do imposto, quando devido, que se ráaproveitado como crédito pelo adquirente, se for o caso;

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c) emitir nota fiscal, sem destaqu e do valor do imposto, paraacompanhar o transporte da mercadoria ao estabeleci mentoindustrializador, onde, além das exigências previst as,constará o número, a série, sendo o caso, e a data da emissãoda nota fiscal referida na alínea "a", o nome, o en der eço e osnúmeros de inscrição, estadual e no CNPJ, do adquir ente, porcuja conta e ordem a mercadoria será industrializad a;

II - o estabelecimento industrializador deverá:

a) emitir nota fiscal, na saída do produto industri alizado comdestino ao adquirente , autor da encomenda, na qual, além dasexigências previstas, constará o nome, o endereço e os númerosde inscrição, estadual e no CNPJ, do fornecedor e o número, asérie, sendo o caso, e a data da emissão da nota fi scalreferida na alínea "c" do inciso an terior, bem como o valor damercadoria recebida para industrialização, o valor dasmercadorias empregadas e o total cobrado pelo indus trializadordo autor da encomenda, referente ao serviço e peças oumateriais por este eventualmente fornecidas;

b) efetuar na nota fiscal referida na alínea anterior, sendo ocaso, o destaque do valor do imposto sobre o valor totalcobrado do autor da encomenda, que será por este ap roveitadocomo crédito, quando de direito.”

Ainda que concebida para documentar operação de rem essade mercadoria para industrialização, por conta e or dem do primeiroadquirente e autor da encomenda, é cabível valer-se dessasdisposições para fins de documentar a operação retr atada pelaconsulente, em que não é a primeira adquirente do c hassi(conce ssionária) a encomendante da industrialização, mas a segundaadquirente, a quem será destinado o produto indust rializado. Amercadoria revendida, o chassi, seguirá para indust rializaçãodiretamente do estabelecimento da consulente, sem t ransitarfisicamen te pelos estabelecimentos das primeira e segundaadquirentes.

Verifica-se que o procedimento relatado guardaconsonância com o disposto no referido art. 305, se ndo importanteobservar, na emissão das notas fiscais, a descrição perfeita dasoperações e a de monstração da correlação entre os documentos, paraque possa ser fácil e corretamente identificada a o peraçãoquadrangular.

Para melhor esclarecimento, detalham-se a seguir osdocumentos a serem emitidos e os dados que devem ne sses constar,quando os envol vidos estejam domiciliados no Paraná:

1. pela consulente (inciso I do art. 305):

a) nota fiscal destinada à concessionária, com des taquede ICMS, a qual, além das exigências previstas, con terá o nome, o

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endereço e os números de inscrição, estadual e no C NPJ doestabelecimento em que o produto será entregue, bem como acircunstância de que se destina à industrialização, mencionado oCódigo Fiscal de Operação e Prestação - CFOP 5.122 ( Venda deprodução do estabelecimento remetida para industria lização, porconta e ordem do adquirente, sem transitar pelo esta belecimento doadquirente );

b) nota fiscal em nome do estabelecimentoindustrializador, sem destaque do valor do imposto, a qual, alémdas exigências previstas, conterá os dados da nota fiscal referidana alínea "a", com a identificação dos dados cadastrai s daconcessionária, bem como os dados da nota fiscal po r esta emitidapara documentar a venda do chassi à segunda adquire nte, indicandoseus dados cadastrais e a informação de que a merca doria segue paraindustrialização por conta desta, com menção do CFO P 5.924 ( Remessapara industrialização por conta e ordem do adquiren te damercadoria ), devendo esse documento acompanhar o transporte d amercadoria ao estabelecimento industrializador;

2. pela concessionár ia:

a) nota fiscal em nome da adquirente do chassi, por cujaconta e ordem será esse industrializado, com destaq ue do ICMS, naqual, além das exigências previstas, constará os da dos da notafiscal que documentou a aquisição da mercadoria, re ferida na alíne a“a” do item 1, com a identificação do fornecedor e de seus dadoscadastrais, consignando, ainda, nesse documento, o CFOP 5.123( Venda de mercadoria adquirida ou recebida de tercei ros remetidapara industrialização, por conta e ordem do adquire nte, semtr ansitar pelo estabelecimento do adquirente ) e a observação de quea remessa da mercadoria ao estabelecimento industri alizador,devidamente qualificado, far-se-á documentada por n ota fiscalemitida pela consulente, conforme referido na alíne a “b”.

Registre- se que, dentre as notas fiscais mencionadas, aúltima a ser emitida será aquela que documentará a remessa dochassi ao estabelecimento industrializador (alínea “b” do item 1),devendo acompanhar o transporte da mercadoria. Port anto, nessedocumento deverão estar identificadas as duas notas fiscaisrelativas à comercialização do chassi: aquela emiti da pelaconsulente (alínea “a” do item 1) e aquela emitida pelaconcessionária (alínea “a” do item 2), consignando- se,respectivamente, os dados cadastrais das du as emitentes (nomeempresarial e números de inscrição, no CNPJ e no ca dastro estadualde contribuintes).

Por seu turno, o estabelecimento encarroçador, na n otafiscal a ser emitida para documentar a remessa do produtoindustrializado, observado o tratame nto tributário pertinente,consignará os dados da nota fiscal emitida pela con cessionária para

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documentar a venda do chassi à encomendante da indu strialização eda emitida pela consulente para documentar sua reme ssa, nos moldesdo que dispõem as alíneas “ a” e “b” do inciso II do art. 305.

Frisa-se, por fim, que as orientações antes descrit asdecorrem do Convênio SINIEF s/n, de 15 de dezembro de 1970, firmadopor todas as unidades da Federação, que disciplina os procedimentosrelativos à operação de remessa de mercadoria para industrializaçãopor conta do adquirente, que não a recebe fisicamen te; entretanto,na situação em que a concessionária e o industriali zador não sesituem no Paraná, devem esses observar as disposiçõ es e orientaçõesdisciplinados pela u nidade federada de seu domicílio tributário, noque concerne à forma de emissão e preenchimento das notas fiscaisque irão documentar as operações por eles realizada s.

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PROTOCOLO: 10.852.452-9

CONSULTA Nº: 58, de 17 de maio de 2012.

CONSULENTE: DALBA ENGENHARIA E EMPREENDIMENTOS LTDA.

SÚMULA: ICMS. OBRAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL. OBRIGAÇÕESACESSÓRIAS.

RELATORA: AQUILÉA ADRIANA MORESCO

A consulente, que tem como objeto social a atividad e deconstrução civil e está cadastrada no CAD/ICMS sob a CNAE – CódigoNacional de Atividade Econômica n. 4211-1/01 – cons trução derodovias e ferrovias, informa que executa em especi al esse tipo deobra, mediante formalização de contrato, com o fornecime nto dosmateriais e da mão de obra que serão utilizados.

Entende que, conforme dispõe o § 2º do art. 315 do RICMS,a emissão de nota fiscal é necessária para o trânsi to demercadorias entre o local da obra e a sua origem, observando que osdemais artigos do Capítulo IX do RICMS, que trata s obre aconstrução civil, dispõem que a empresa que executa obras deconstrução civil por empreitada não está obrigada à emissão de notafiscal de faturamento de seus mate riais em separado, sendo o seuvalor informado juntamente com a nota fiscal dos se rviçosexecutados. Aduz, ainda, que a empresa não é contri buinte do ICMS.

Na sequência, indaga se as empresas que executam ob ras deconstrução civil, estabelecidas no Estado do Paraná, são obrigadasa emitir nota fiscal de venda de mercadorias e dos materiaisaplicados na execução de obras de construção civil, de formaseparada da nota fiscal de serviços executados, ou devem emitirapenas nota fiscal série “F”, referente à exe cução da obra, a qualengloba todos os valores de materiais e serviços ap licados.

RESPOSTA

Preliminarmente, faz-se necessário esclarecer que, se aempresa atuar no ramo de construção civil em territ ório paranaense,com fornecimento de materiais, seja em seu nome ou em nome deterceiros, no âmbito do tributo estadual (ICMS) dev erá observar oque prevê o RICMS aprovado pelo Decreto n. 1.980, d e 21 de dezembrode 2007, no capítulo “Da Construção Civil”, transcr ito adiante:

“TÍTULO III

CAPÍTULO IX

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DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Art. 312. A empresa de construção civil deverá mant erinscrição no CAD/ICMS, em relação a cada estabeleci mento, paracumprimento das obrigações previstas neste Regulame nto.

§ 1º Entende-se por empresa de construção civil, pa ra osefeitos deste art igo, toda pessoa natural ou jurídica, quepromova, em seu nome ou de terceiros, a circulação demercadoria ou a prestação de serviço de transporte, naexecução de obras de construção civil, tais como:

a) construção, demolição, reforma ou reparação de p rédi os oude outras edificações;

b) construção e reparação de estradas de ferro ou r odagem,incluindo os trabalhos concernentes às estruturas i nferiores esuperiores de estradas e obras de arte;

c) construção e reparação de pontes, viadutos, logr adourospúblic os e outras obras de urbanismo;

d) construção de sistemas de abastecimento de água e desaneamento;

e) execução de obras de terraplenagem, de pavimenta ção emgeral, hidráulicas, elétricas, hidrelétrica, maríti mas oufluviais;

f) execução de obras de mont agem e construção de estruturasem geral;

g) serviços auxiliares ou complementares necessário s àexecução das obras, tais como de alvenaria, de inst alação degás, de pintura, de marcenaria, de carpintaria, deserralheria.§ 2º O disposto neste artigo aplic a-se, também, aosempreiteiros e subempreiteiros, responsáveis pela e xecução deobras no todo ou em parte.

Art. 313. Não está sujeito à inscrição no CAD/ICMS:

I - a empresa que se dedicar às atividades profissi onaisrelacionadas com a construção civil, par a prestação deserviços técnicos, tais como: elaboração de plantas , projetos,estudos, cálculos, sondagens de solos e assemelhado s;

II - a empresa que se dedicar exclusivamente à pres tação deserviços em obras de construção civil, mediante con trato deadmi nistração, fiscalização, empreitada ou subempreitad a, semfornecimento de materiais.

Art. 314. Em relação à construção civil o ICMS será devido,dentre outras hipóteses:

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I - na saída de materiais, inclusive sobras e resíd uosdecorrentes da obra executada, ou de demolição, quandoremetidos a terceiros;

II - no fornecimento de casas e edificações pré-fab ricadas enos demais casos de execução, por administração, em preitada ousubempreitada de construção civil, de obras hidrául icas e deoutras semelhantes, incl usive serviços auxiliares oucomplementares, quando as mercadorias fornecidas fo remproduzidas pelo próprio prestador fora do local da prestaçãodos serviços;

III - na entrada de bens importados do exterior;

IV - na aquisição de mercadoria ou bem destinado ao uso ouconsumo ou ao ativo permanente, em operação interes tadual,relativamente ao diferencial de alíquotas.

Parágrafo único. O disposto no inciso IV somente se aplica nahipótese em que o estabelecimento adquirente seja c ontribuintedo ICMS

Art. 315. O estabelecimento inscrito sempre que promover saíd ade mercadoria ou transmissão de sua propriedade fic a obrigadoà emissão de nota fiscal.

§ 1º Na hipótese da mercadoria ser retirada diretam ente dolocal da obra, tal fato será consignado no campo "I nform açõesComplementares" do quadro "Dados Adicionais" da not a fiscal,indicando-se, além dos requisitos exigidos, o ender eço desta.

§ 2º Tratando-se de operação não sujeita ao ICMS, amovimentação de mercadoria ou outro bem móvel, entr e osestabelecimentos do mesmo titular, entre estes e a obra ou deuma para outra obra será feita mediante a emissão d e notafiscal, com as indicações dos locais de procedência e destino.

§ 3º A mercadoria adquirida de terceiros poderá ser remetidadiretamente para a obra, desde que no documento fiscal constemo nome, o endereço e os números de inscrição, estad ual e noCNPJ, da empresa de construção, bem como a indicaçã o expressado local onde será entregue.

§ 4º O contribuinte poderá manter impressos de docu mentosfiscais no loca l da obra, desde que conste no livro Registrode Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Oco rrências osseus números, série, sendo o caso, bem como o local da obra aque se destinarem.

Art. 316. Os livros serão escriturados nos prazos e condiçõesprev istos neste Regulamento.

Parágrafo único. Na hipótese do § 2º do artigo 315, a notafiscal emitida deverá ser escriturada nos respectiv os livros

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fiscais, nas colunas relativas a data e ao document o fiscal,fazendo constar na coluna "Observações" a natureza daoperação.”(grifou-se)

Em referência ao fornecimento e ao transporte demateriais e equipamentos, cita-se como precedente a Consulta n.40/2010, exarada neste Setor, conforme excertos tra nscritos aseguir:

“(...)O item 7.02 da Lista de Serviços anexa à LeiComplementar (LC) n. 116, de 31 de julho de 2003, t raz aseguinte redação:

7.02. Execução, por administração, empreitada ousubempreitada, de obras de construção civil, hidráu lica ouelétrica e de outras obras semelhantes, inclusive s ondagem,perfuraçã o de poços, escavação, drenagem e irrigação,terraplanagem, pavimentação, concretagem e a instal ação emontagem de produtos, peças e equipamentos (exceto ofornecimento de mercadorias produzidas pelo prestad or deserviços fora do local da prestação dos ser viços, que ficasujeito ao ICMS). (grifos nosso).

O art. 4º, inciso V, da Lei n. 11.580/1996, assim d ispõe:

Art. 4º O imposto não incide sobre:

(...)

V - operações relativas a mercadorias que tenham si do ou quese destinem a ser utilizadas na prestação, pe lo próprio autorda saída, de serviço de qualquer natureza definido em leicomplementar como sujeito ao imposto sobre serviços , decompetência tributária dos Municípios, ressalvadas ashipóteses previstas na mesma lei complementar;” (gr ifosnosso).

Da anál ise dos dispositivos retro transcritos, observa-se quea atividade praticada pela Consulente, de acordo co m o querelata e conforme seu cadastro estadual, amolda-se ao dispostono item 7.02 da Lista anexa à LC n. 116/2003, dispõ e acerca doImposto Sobre Se rviços de Qualquer Natureza, de competênciados Municípios e do Distrito Federal.

Por seu turno, o disposto no art. 1º, § 2º, da refe rida LeiComplementar, determina que: § 2º Ressalvadas as exceçõesexpressas na lista anexa, os serviços nela menciona dos n ãoficam sujeitos ao Imposto Sobre Operações Relativas àCirculação de Mercadorias e Prestações de Serviços deTransporte Interestadual e Intermunicipal e de Comu nicação -ICMS, ainda que sua prestação envolva fornecimento demercadorias. (grifado)

A regra de exceção especificada ao final do item 7.02 da L istade Serviços diz respeito ao fornecimento de mercad orias

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produzidas pelo prestador fora do local da prestaçã o dosserviços, que fica sujeito ao ICMS.

Sendo assim, ressalvando-se a exceção mencionada, responde-seque está correta a Consulente quanto à não incidênc ia do ICMSna operação especificada, ou seja, serviços de mão- de-obra deinstalação elétrica com fornecimento de materiais a dquiridosde terceiros, quando atuar nos moldes traçados pelo contido noitem 7.02 da Lista de Serviços anexa à Lei Compleme ntar n.116/2003.

(…)

No que diz respeito à emissão de notas fiscais, o t ransportedas ferramentas e materiais (não incidência, nos te rmos doart. 3º, inciso XI, do RICMS/08) até o local onde s eráreal izado o serviço, deverá ser acobertado por nota fi scalmodelo 1 ou 1A, nos termos do que dispõe o art. 315 e §§, doRICMS/08, lembrando que, conforme seu §3º, a mercad oriaadquirida de terceiros poderá ser remetida diretame nte aolocal da obra, observadas as determinações nele contidas:

(…)

No campo “Informações Complementares” da nota fisca l deveráser anotado que sobre a operação não há incidência do impostoestadual, por força do art. 4º, inciso V, da Lei 1 1.580/1996e também do art. 3º, inciso XI do R ICMS/08.

Cabe lembrar que quanto à nota fiscal a ser emitida emprestações de serviços e que não envolvam o tributo estadual,deve ser observada a legislação municipal quanto adiscriminação dos serviços e do material empregado. ”.

Ademais, deverá observar a legislação paranaense emrelação às obrigações a serem cumpridas, nos termo s do art. 111 doRICMS, in verbis :

“Art. 111. As pessoas físicas ou jurídicas, contrib uintes ounão, responsáveis, na forma da legislação, estão ob rigadas aocumprimento das obri gações tributárias acessórias,estabelecidas neste Regulamento (art. 46 da Lei n.11.580/96).”

Frisa-se que, em se tratando de contrato de empreit adacom fornecimento de materiais, a operação de remes sa/transporte debens e mercadorias durante a realizaçã o da obra, ainda que nãocaracterize venda, exige a emissão de nota fiscal n os termos dodisposto no § 2º do art. 315 do RICMS.

Assim, em resposta ao questionamento da consulente,quando realizar as operações descritas entre as hip óteses definidasno art. 315 do RICMS, deverá emitir nota fiscal modelo 1 ou 1-A. Naemissão de nota fiscal de prestação de serviços, qu e não envolva o

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tributo estadual, deverá observar a legislação muni cipal em relaçãoà discriminação dos serviços e do material utilizad o.

Por der radeiro, observa-se que, a partir da ciênciadesta, terá a consulente, em observância ao artigo 659 do RICMS, oprazo de até quinze dias para adequar os seus proce dimentoseventualmente já realizados em conformidade com o q ue foi aquiesclarecido, no caso de que os tenha praticado diversamente.

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PROTOCOLO: 10.433.200-5

CONSULTA Nº: 59, de 14 de junho de 2012.

CONSULENTE: ÓTIMA INDÚSTRIA, COMÉRCIO, IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃOLTDA.

SÚMULA: ICMS. NF-E. OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS.

RELATORA: AQUILÉA ADRIANA MORESCO

A consulente, empresa que atua no ramo de edição eimpressão de produtos gráficos e que pratica operaç ões queacarretam tanto fato gerador do ICMS quanto do ISSQ N, informa queestá obrigada a emitir notas fiscais eletrônicas – NF-e.

Aduz que ainda não há c onvênio entre as Fazendas Estaduale Municipal que possibilite a emissão de um mesmo tipo de notafiscal e que, devido às peculiaridades do mercado, está obrigada aemitir nota fiscal de simples faturamento, anterior mente à efetivasaída dos produtos, e q ue, não obstante algumas operações sejamtributadas apenas pelo ISSQN, o transporte do produ to não épossível somente com a nota fiscal de prestação de serviços.

Por fim, questiona se pode emitir nota fiscal eletr ônicade simples faturamento, destacando os CFOP 5.922/6.922,independentemente do tributo devido na operação, e de simplesremessa, destacando os CFOP 5.949/6.949, nas operaç ões tributadasapenas pelo ISSQN, em que é necessário emitir nota fiscal desimples remessa para o transporte, informando so bre a nãoincidência do ICMS e os dados da nota fiscal de pre stação deserviços, sendo que, no último caso, emitiria també m a nota fiscalde prestação de serviços com o destaque do tributo municipal. Casonegativa a resposta, indaga acerca do procedimento correto.

RESPOSTA

Inicialmente, reproduz-se o que dispõem o § 12 do a rt.138 e o § 1º do art. 206, ambos do RICMS aprovado p elo Decreto n.1.980, de 21 de dezembro de 2007:

“Art. 138. A nota fiscal conterá, nos quadros e cam pospróprios, observada a disp osição gráfica dos modelos 1 e 1-A,as seguintes disposições (Convênio SINIEF s/n, de 1 5.12.70,Ajustes SINIEF 07/71, 16/89 e 03/94):

(…)

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§ 12. Os dados relativos ao Imposto sobre Serviços de QualquerNatureza serão inseridos, quando for o caso, entre os q uadros"Dados do Produto" e "Cálculo do Imposto", conforme legislaçãomunicipal, observado o disposto na alínea "d" do § 2° do art.206. ”.

“Art. 206. Os documentos fiscais não poderão conter emenda ourasura e serão emitidos por decalque, a carbono ou em p apelcarbonado ou auto-copiativo, podendo ser preenchido s à máquinaou manuscrito a tinta ou, ainda, por sistema de pro cessamentode dados ou por equipamento emissor de cupom fiscal , devendoos seus dizeres e indicações estarem bem legíveis e m todas asvia s (art. 7º do Convênio SINIEF s/n, de 15.12.70, e a rt. 89do Convênio SINIEF 06/89, e Ajustes SINIEF 16/89 e 03/94).

§ 1º Relativamente aos documentos fiscais é permiti do:

a) o acréscimo de indicações necessárias ao control e de outrostributos federais e m unicipais, desde que atendidas as normasda legislação específica; ”.(grifou-se)

Tendo em vista que a inclusão de indicações relativ as aocontrole de outros tributos, desde que não contrari em a legislaçãoprópria, possui previsão em Convênio SINIEF, conclu i -se que épermitido emitir a NF-e de forma conjugada. No enta nto, com razão aconsulente quando afirma que ainda não há convênio firmado entre oEstado e os municípios que permita a transmissão, p or sistemainterligado, dos dados da “nota conjugada”, embor a tecnicamenteseja viável tal procedimento se observados, em rela ção ao sistemaautorizador da NF-e, os termos do disposto no Ajust e SINIEF 7/2005,que instituiu a Nota Fiscal Eletrônica e o Document o Auxiliar daNota Fiscal Eletrônica, in verbis :

“ Cláusu la segunda Para emissão da NF-e, o contribuinte deverásolicitar, previamente, seu credenciamento na unida de federadaem cujo cadastro de contribuinte do ICMS estiver in scrito.

§ 1º O contribuinte credenciado para emissão de NF- e deveráobservar, no que co uber, as disposições relativas à emissão dedocumentos fiscais por sistema eletrônico de proces samento dedados, constantes dos Convênios 57/95 e 58/95, ambo s de 28 dejunho de 1995 e legislação superveniente.

(...)

Cláusula oitava Concedida a Autorização de Uso da NF-e, aadministração tributária da unidade federada do emi tentedeverá transmitir a NF-e para a Receita Federal do Brasil.

§ 1º A administração tributária da unidade federada doemitente também deverá transmitir a NF-e para:

I - a unidade federa da de destino das mercadorias, no caso de

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operação interestadual;

II - a unidade federada onde deva se processar o em barque demercadoria na saída para o exterior;

III - a unidade federada de desembaraço aduaneiro, tratando-sede operação de importação de mercadoria ou bem do exterior;

IV - a Superintendência da Zona Franca de Manaus - SUFRAMA,quando a NF-e tiver como destinatário pessoa locali zada nasáreas incentivadas.

§ 2º A administração tributária da unidade federada doemitente ou a Receita Federal do Brasil também poderãotransmitir a NF-e ou fornecer informações parciais para:

I - administrações tributárias municipais, nos caso s em que aNF-e envolva serviços sujeitos ao ISSQN, mediante p révioconvênio ou protocolo;

II - outros órgãos da administra ção direta, indireta,fundações e autarquias, que necessitem de informaçõ es da NF-epara desempenho de suas atividades, mediante prévio convênioou protocolo de cooperação, respeitado o sigilo fis cal.

§ 3º Na hipótese da administração tributária da uni dadefederada do emitente realizar a transmissão previst a no caputpor intermédio de WebService, ficará a Receita Fede ral doBrasil responsável pelo procedimento de que trata o §1º oupela disponibilização do acesso a NF-e para as admi nistraçõestributárias qu e adotarem esta tecnologia;”.(grifou-se)

Em relação aos questionamentos da consulente, obser va-seque à nota fiscal eletrônica se aplicam as regras e specíficas,inseridas no Anexo IX do Regulamento do ICMS, com b ase no AjusteSINIEF 07/05 e suas alterações , e no Manual de Orientação doContribuinte, aprovado pelo Ato Cotepe 11/2012. Reg ra geral deveráser observada, em relação aos códigos fiscais das o perações, asdisposições do art. 254 do RICMS, em se tratando de operaçõessujeitas ao ICMS.

Assim, entende -se que os Códigos Fiscais de Operações ePrestações – CFOP citados devem ser utilizados da f orma prevista emnorma fiscal e para os fins a que se destinam, pode ndo serinseridas informações complementares em campo própr io, em relação àincidência ou não d o ICMS, e outras que o contribuinte julgarnecessárias.

Insta informar que a consulente pretende emitir a n otafiscal eletrônica, “independentemente do tributo de vido naoperação”. No entanto, enquanto não houver o convên io já mencionadoentre os entes tri butários, deverá observar qual será o destinodado ao produto (participação ou não em etapas segu intes decomercialização ou industrialização), pelo adquiren te, para

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determinar o ente tributário competente e o consequ ente tributoincidente na operação e as sim determinar o documento fiscal a seremitido.

Corroborando com esse entendimento, no sítio da Rec eitaFederal do Brasil, especificamente em relação à Not a FiscalEletrônica, foram disponibilizadas duas questões so bre o assuntotratado, as quais são tran scritas a seguir:

“Como emitir a nota conjugada com ISS no caso da ut ilização daNF-e?

- A utilização de NF-e como sendo nota fiscal conju gadadepende de prévio convênio ou protocolo de cooperaç ão entre aSefaz e cada prefeitura municipal. Na maior parte d os estados,esses convênios ou protocolos ainda não foram firma dos, demodo que o contribuinte que venda mercadorias e pre steserviços deverá atualmente, em utilizando a NF-e, e mitir doisdocumentos distintos.

A Nota Fiscal Eletrônica de serviços das prefe ituras segue omesmo modelo da NF-e dos Estados?

- Não. Algumas prefeituras já possuem modelo própri o de notafiscal eletrônica de serviços, de uso restrito aos prestadoresde serviço do município que estão sujeitos ao ISS - Impostosobre Serviços. É possí vel haver casos em que a mesma empresaseja contribuinte do ISS e do ICMS e, neste caso, d eva emitiras notas fiscais eletrônicas de serviços e também s ejacredenciada para emitir nota fiscal eletrônica, que substituias notas fiscais de mercadorias modelo s 1 ou 1A.”.

Ademais, sendo contribuinte do ICMS, como é o caso,deverá transitar com NF-e sempre que promover o tra nsporte de bemou de materiais vinculados à prestação de serviço s ujeito aotributo municipal, submetendo-se à regra prevista n o art. 137 doRICMS.

Reportando-se à mencionada emissão de nota fiscal d esimples faturamento, observa-se que, na venda à ord em ou paraentrega futura, é facultada ao contribuinte conform e demonstrado noart. 293 do RICMS.

Ressalta-se que para quaisquer procedimentos r elativos àemissão de documento fiscal que envolva tributo de competênciamunicipal deverão ser observadas as normas pertinen tes àqueletributo e, se for o caso, formulado pedido de orien tação ao órgãocompetente correspondente.

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PROTOCOLO: 07.536.201-3

CONSULTA Nº: 60, de 24 de maio de 2012.

CONSULENTE: NACIONAL GÁS BUTANO DISTRIBUIDORA LTDA.

SÚMULA: ICMS. VENDA AMBULANTE. EMISSÃO DE NOTA FISCALGERAL. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA.

RELATOR: JORGE NAOTO OKIDO

A consulente, atuando no envazamento, comércio edistribuição do gás liquefeito de petróleo – GLP, i nforma realizarvenda de seus produtos na forma de comércio ambulan te, fora doEstado.

Cita o artigo 294 do RICMS e, em relação à emissão danota fiscal de stinada a documentar o transporte de mercadorias pa rarealizar a venda ambulante, diz estar se consignand o comodestinatária.

Em vista da implementação da Nota Fiscal eletrônica –NF-e, apresenta indagações relativamente à situaç ão descrita:

1. qual info rmação deve constar no campo destinatário danota fiscal?

2. O que consignar no campo “inscrição substitutotributário no Estado de destino”? Pois, caso regist re o próprioemitente como destinatário e se mencione a inscriçã o docontribuinte substituto de o utro Estado, esse documento seráautorizado pelo fisco no momento da geração da NF-e ?

RESPOSTA

Em sede de preliminares observa-se:

a) que o simples fato de emitir nota fiscal eletrôn icageral para o trânsito de mercadoria a ser comercial izada emoperaçõe s de venda ambulante em nada altera os procedimento sdefinidos nos artigos 294 a 296 do RICMS para tais operações;

b) que em operações interestaduais com combustível gasosoderivado do petróleo não incide o imposto (art. 4º da Lei n.11.580/1996);

c) confo rme determina o art. 12, XII, da Lei Complementarn. 87/1996, ocorre fato gerador do ICMS na entrada no território da

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unidade federada de combustível gasoso derivado de petróleo,oriundo de outro Estado e que não seja destinado à comercializaçãoou à indu strialização;

d) no caso da venda ambulante em outro Estado eocorrência da substituição tributária, deve a consu lente atentar-seà legislação da unidade federada na qual está local izado odestinatário;

e) nas operações com gás liquefeito de petróleo, emoperações interestaduais, o ICMS devido ao Estado da Federação dedestino é repassado por meio de Sistema de Captação e Auditoria dosAnexos de Combustíveis – SCANC.

Feita as considerações, responde-se:

Questão 1. Na nota fiscal geral para venda fora doest abelecimento ambulante deve-se consignar como desti natário opróprio emitente, no caso, a consulente.

O CFOP a ser mencionado nesse documento, saídas par aoutros estados, é 6.415 - “Remessa de mercadoria adquirida ourecebida de terceiros para venda fora d o estabelecimento, emoperação com mercadoria sujeita ao regime de substi tuiçãotributária

Classificam-se neste código as remessas de mercador iasadquiridas ou recebidas de terceiros para serem ven didas fora doestabelecimento, inclusive por meio de veícu los, em operações commercadorias sujeitas ao regime de substituição trib utária. ”

E no retorno de operação interestadual o CFOP 2.415 -“Retorno de mercadoria adquirida ou recebida de ter ceiros, remetidapara venda fora do estabelecimento em operação com mercadoriasujeita ao regime de substituição tributária

Classificam-se neste código as entradas, em retorno , demercadorias adquiridas ou recebidas de terceiros re metidas paravendas fora do estabelecimento, inclusive por meio de veículos, emoperações com mercadorias sujeitas ao regime de substituiçãotributária, e não comercializadas.”

Questão 2. Considerando que na nota fiscal geral nã oserão informados os dados de retenção de ICMS e que os mesmossomente constarão das notas fiscais parciais que do cumentarão asefetivas vendas, não cabe preencher a inscrição est adual desubstituto tributário da UF de destino (Manual de I ntegração –Contribuinte versão 4.01).

Para as operações de venda efetiva, em saídas para outrosestados, deve-se utilizar o CFOP 6.403 - “Venda de mercadoriaadquirida ou recebida de terceiros em operação com mercadoria

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sujeita ao regime de substituição tributária, na co ndição decontribuinte substituto

Classificam-se neste código as vendas de mercadoria sadquiridas ou recebidas de tercei ros, na condição de contribuintesubstituto, em operação com mercadorias sujeitas ao regime desubstituição tributária.”

Destaca-se, ainda, relativamente às informações dasoperações interestaduais com combustíveis por meio do Sistema deCaptação e Auditor ia dos Anexos de Combustíveis – SCANC, que seconsidera apenas as operações de vendas (CFOP 6.403 ), garantindorepasse do imposto ao Estado de destino do “GLP”, o bservando-seque, para essa situação, não poderão ser considerad as a notasfiscais gerais de r emessa e de retorno para venda fora doestabelecimento.

Caso a consulente esteja procedendo diferentemente domanifestado na presente, tem o prazo de até quinze dias paraadequar os procedimentos realizados, a partir da da ta da ciênciadesta, observado o d isposto no § 1º do art. 654 do RICMS,independente de qualquer interpelação ou notificaçã o fiscal.

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PROTOCOLO: 11.068.049-0

CONSULTA Nº: 61, de 21 de junho de 2012.

CONSULENTE: SANTOS ANDIRÁ INDÚSTRIA DE MÓVEIS LTDA.

SÚMULA: ICMS. OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS. REMESSA POR CONTA EORDEM DE TERCEIROS.

RELATORA: ELIZETE CRISPIM CARVALHO DIAS

A consulente, com atividade de fabricação ecomercialização de móveis de madeira, informa que r ealiza vendaspara empresa comercial varejista que possui página na internet paravenda a consumidores finais e que, na maioria das v ezes, não tem oproduto em s eu estoque no ato da venda on line , pelo que essa faz opedido da mercadoria à consulente, solicitando que a entreguediretamente ao efetivo adquirente.

Esclarece que não possui com o varejista qualquer r elaçãode parceria ou de distribuição dos produtos d esse.

Entende que na emissão dos documentos fiscais dessa soperações deve observar o contido no art. 293, caput e § 4º, doRegulamento do ICMS, que trata das operações de ven da à ordem, eque, na nota fiscal de remessa por conta e ordem de terceiro, queac obertará o transporte da mercadoria até o efetivo a dquirente,devem constar os dados contidos na nota fiscal emi tida pelovarejista para a efetiva venda ao consumidor final, inclusive noque diz respeito ao valor da operação, permitindo a o lojista mantersigilo relativo ao preço de aquisição dos produtos da fábrica.

Aponta manifestação anterior do Setor Consultivo so bre amatéria.

Pede que seja esclarecido sobre a prevalência desseentendimento, que retrata também a sua posição sobr e a matéria.

RESPOSTA

A questão trazida pela consulente se resume em inda garqual valor da operação deve constar nas notas fisca is de remessapor conta e ordem de terceiros, de produtos vendido s via internetpelo seu cliente varejista a consumidores finais.

A matéria está conti da no art. 293 do Regulamento do ICMSaprovado pelo Decreto n. 1.980/2007, que a seguir s e transcreve:

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Art. 293. Na venda à ordem ou para entrega futura, poderá seremitida nota fiscal, para simples faturamento, veda do odestaque do ICMS (art. 40 do Convên io SINIEF s/n, de 15.12.70;Ajustes SINIEF 01/87 e 01/91).

§ 1º Na hipótese deste artigo, o ICMS será debitado porocasião da efetiva saída da mercadoria.

...

§ 4º No caso de venda à ordem, por ocasião da entre ga globalou parcial da mercadoria a terceiros , deverá ser emitida notafiscal:

a) pelo adquirente original, com destaque do ICMS, quandodevido, em nome do destinatário, consignando-se, al ém dosrequisitos exigidos, o nome, o endereço e os número s deinscrição, estadual e no CNPJ, do estabelecimento que irápromover a remessa da mercadoria;

b) pelo vendedor remetente:

1. em nome do destinatário, para acompanhar o trans porte damercadoria, sem destaque do imposto , na qual, além dosrequisitos exigidos, constarão, como natureza da op eração,"Remessa por conta e ordem de terceiros", o número, a série,sendo o caso, e a data da emissão da nota fiscal de que trataa alínea anterior, bem como o nome, o endereço e os números deinscrição, estadual e no CNPJ, do seu emitente;

2. em nome do adquirente original, com destaque do valor doimposto, quando devido, na qual, além dos requisito s exigidos,constarão, como natureza da operação, "Remessa simb ólica -Venda à ordem", o número, a série, sendo o caso, e a data daemissão da nota fiscal prevista no item anterio r.

Efetivamente, para clareza na realização das operaç õesrelacionadas à venda por conta e ordem de terceiros , até porenvolver três interessados (operação triangular), n ecessária avinculação dos documentos fiscais, conforme disposi ções dalegislação, dev endo, na nota de “remessa por conta e ordem deterceiros” a ser emitida pela consulente (fabricant e) para entregaefetiva da mercadoria ao destinatário (consumidor f inal doproduto), por ordem do adquirente original da merca doria(varejista), e para acompa nhar o transporte, constar os dados danota de venda emitida pelo varejista ao seu cliente , isto é, onúmero, a série (se for o caso) e a data da emissão daquela notafiscal, bem como “o nome, o endereço e os números d e inscriçãoestadual e no CNPJ do seu emitente”, sendo que não poderá conterdestaque do imposto, mas deverá apresentar os demai s dados exigidosna legislação.

No dispositivo, constam, portanto, os dados que são

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exigidos para se vincular a operação ao contexto em que foi essaefetivamente real izada, não estando incluído o valor da operação,até porque entre o fabricante e o consumidor final não háefetivamente tal valor.

Assim, embora possa ser aposto, se assim entenderem aspartes envolvidas, quanto ao valor da operação cons tante dodocumento da efetiva venda ao consumidor final é facultativa a suaindicação nesse documento.

Posto isso, nos termos do art. 659 do Regulamento d oICMS, tem a consulente, a partir da data da ciência da resposta, oprazo de até quinze dias para adequar os procedimen t os járealizados, caso esteja procedendo de modo diverso do respondido.

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PROTOCOLO: 11.158.996-8

CONSULTA Nº: 62, de 21 de junho de 2012.

CONSULENTE: COPACOL – COOPERATIVA AGROINDUSTRIAL CONSOLATA

SÚMULA: ICMS. TRATAMENTO TRIBUTÁRIO NA PRESTAÇÃO DESERVIÇO DE TRANSPORTE INTERESTADUAL EMEXPORTAÇÃO DIRETA.

RELATORA: ELIZETE CRISPIM CARVALHO DIAS

A consulente, que entre outras atividades atua norecebimento, industrialização e comercialização dos produtosderivados do abate de aves (produtos do código NCM 0207.14.00), nomercado interno e no exterior (abatedouro de aves), informa que:

1. utiliza os Portos de Paranaguá e de Antonina, noParaná, e o Porto de Itajaí, em Santa Catarina, par a embarque deseus produtos ao exterior;

2. nas exportações diretas, é responsável pelo fret erodoviário, do abatedouro, localizado em Cafelância – PR, até osportos de embarque;

3. no que se refere às exportações realizadas atrav és dosportos paranaenses, sobre o frete rodoviário, julga não incidir oICMS, entendimento embasado nas disposições do art. 3º, inciso II,do Regulamento do ICMS, que dispõe sobre a imunidad e nas operaçõese prestações que destinem mercadorias ao exterior;

4. o Paraná, implementando o Convênio ICMS 06/2011,inseriu no Regulamento do ICMS, com efeitos retroat ivos a 1º dejunho de 2011, o item 102-A, isentando a prestação de serviço detransport e interestadual e intermunicipal de cargas com fimespecífico de exportação;

5. no caso da exportação “direta”, na qual entende nãoestar caracterizado o fim específico de exportação, cujo embarquese dá por outras unidades federadas e em que a cons ulente é aresponsável pelos serviços de transporte das mercad orias remetidasda sua unidade industrial (em Cafelândia - PR) até o Porto deItajaí - SC, considera que o serviço efetuado é tri butado peloICMS, à alíquota de 12%, estando assim procedendo;

6. entend e dessa forma porque a expressão “com fimespecífico de exportação” restringir-se-ia às refer idas noparágrafo único do art. 3º do Regulamento do ICMS, que seriam asdestinadas a empresa comercial exportadora, inclusi ve “tradings” ououtro estabelecimento da mesma empresa, ou, ainda, a armazémalfandegado ou entreposto aduaneiro.

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Questiona se está correto o seu entendimento eprocedimento.

RESPOSTA

A questão trazida pela consulente se restringe àinterpretação a ser dada ao item 102-A do Anexo I d o Regula mento doICMS, aprovado pelo Decreto n. 1.980/2007, nas pres tações deserviço de transporte interestadual realizadas do e stabelecimentoda consulente até o Porto de Itajaí, em Santa Catar ina, tendo emvista serem exportações diretas e não com fim espec ífic o deexportação ao exterior, via “tradings”, outro estab elecimento damesma empresa, armazém alfandegado ou entreposto ad uaneiro,conforme previsto no parágrafo único do art. 3º do mesmoRegulamento, que dispõe:

Art. 3º O imposto não incide sobre (art. 4º da Lei n.11.580/96):

...

Parágrafo único. Equipara-se às operações de que tr ata oinciso II a saída de mercadoria realizada com o fim específicode exportação para o exterior, destinada a:

a) empresa comercial exportadora, inclusive "tradin gs" ououtro e stabelecimento da mesma empresa;

b) armazém alfandegado ou entreposto aduaneiro.

Anexo I – Isenções

102-A. A PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DE TRANSPORTE INTERES TADUAL EINTERMUNICIPAL DE CARGAS, nas remessas com fim espe cífico deexportação (Convênio ICMS 6/2011 ).

Acrescentado o item 102-A pelo art. 1º, alteração 6 62ª, doDecreto n.º 1.635 de 09.06.2011, em vigor a partir de1º.06.2011.

Revela-se equivocado o entendimento da consulente. Obenefício fiscal da isenção nas prestações de servi ço de transportede merc adorias com fim específico de exportação abrange a operaçãoem que a exportadora remete a mercadoria diretament e do seuestabelecimento no Paraná até o Porto de Itajaí, em Santa Catarina.

Não somente o objetivo do benefício era desonerar otransporte da me rcadoria que estava sendo exportada, como no

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próprio texto do parágrafo único do art. 3º, em que consta talexpressão, há dois comandos: que a operação seja ef etuada “com fimespecífico de exportação” e que sejam as mercadoria s destinadas atradings, comer cial exportadora, outro estabelecimento da mesmaempresa, armazém alfandegado ou entreposto aduaneir o”.

A finalidade da remessa, na operação objeto doquestionamento, é especificamente a exportação, no caso diretamenteefetuada pela consulente, pelo que o serviço de transporterodoviário a ela vinculado está isento do imposto.

Ressalte-se que nas prestações de serviço de transp orteintermunicipal mencionadas pela consulente, em que a exportaçãodireta da mercadoria é efetuada por portos paranaen ses, o impo stonão é devido também por desoneração existente na le gislaçãoestadual, inserta no próprio dispositivo questionad o (item 102-A doAnexo I), bem como mesmo antes da vigência desse já existia aprevisão de desoneração, pela isenção na prestação de serviço detransporte intermunicipal de cargas, com início e t érmino noterritório paranaense e cujo tomador do serviço sej a contribuintedo imposto inscrito no CAD/ICMS deste Estado (item 102 do Anexo Ido Regulamento do ICMS, decorrente do Convênio ICMS 04/04).

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PROTOCOLO: 11.197.463-2

CONSULTA Nº: 63, de 21 de junho de 2012.

CONSULENTE: TEREZINHA ITELINA DE OLIVEIRA & CIA. LTDA.

SÚMULA: ICMS. TRANSPORTE DE PASSAGEIROS. INCIDÊNCIA.

RELATORA: ELIZETE CRISPIM CARVALHO DIAS

A consulente, que atua no ramo do transporte rodovi áriocoletivo de passageiros sob o regime de fretamento intermunicipal,interestadual e internacional (CNAE 4929-9/02) e tr ansporte escolar(CNAE 4929-1/00), informa que realiza o transporte de passageirospara destinos predeterminados pelos mesmos, não age nciando viagens,pacotes turísticos nem organizando excursões.

Com base nos artigos 5º e 163 do Regulamento do ICM Sentende que deve recolher os tributos para o Estado , aduzindo,inclusive, que o DER exig e que tenha inscrição estadual.

Entretanto, a Prefeitura Municipal de Londrina estáquestionando suas prestações de serviço por entende r que seenquadram como turismo, devendo recolher o ISS.

Questiona se está correto o seu entendimento.

RESPOSTA

A dúvid a da consulente se refere à tributação ou não peloICMS das prestações de serviço de transporte de pas sageiros querealiza.

Assim determina a legislação:

Lei n. 11.580/1996:

Art. 2º O imposto incide sobre:

...

II - prestações de serviços de transporte inte restadual eintermunicipal, por qualquer via, de pessoas, bens,mercadorias ou valores;.

Portanto, sendo as prestações de serviço de transpo rterealizadas pela consulente intermunicipais ou inter estaduais nelasincide o ICMS, já que os passageiros contrata m o transporte de umgrupo de pessoas para determinado destino.

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A Lei Complementar n. 116/2003, no item 9.2 da list a aela anexa, prevê a incidência do ISS quando há o ag enciamento,organização, promoção, intermediação e execução de programas deturismo, p asseios, viagens, hospedagens e congêneres. Entreta nto,não é o caso das prestações de serviço descritas pe la consulente eque são objeto desse questionamento:

LEI COMPLEMENTAR n. 116/2003

Art. 1o O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Nature za, decompetênc ia dos Municípios e do Distrito Federal, tem comofato gerador a prestação de serviços constantes da listaanexa, ainda que esses não se constituam como ativi dadepreponderante do prestador.

Lista de Serviços Anexa à Lei Complementar n. 116/2 003

9.2 – Agenciamento, organização, promoção, intermediação eexecução de programas de turismo, passeios, viagens ,excursões, hospedagens e congêneres.

Assim já se manifestou o Setor Consultivo da Secret ariade Estado da Fazenda, como na resposta à Consulta n . 077/ 1998:

CONSULTA n.: 077, de 07 de abril de 1998.

SÚMULA: ICMS. SERVIÇO DE TRANSPORTE E DE TURISMO.INCIDÊNCIA DO IMPOSTO SOBRE O PRIMEIRO.

...

A consulente, empresa que atua no ramo de agenciam ento deviagens de turismo e venda de passagens, informa que éproprietária de três ônibus, prestando serviços de transporteintermunicipal e interestadual de passageiros.

Acrescenta que para documentar tais viagens, emite Nota Fiscalde Serviço de Transporte, conforme art. 164 do RIC MS,aprovado pelo Decreto n .º 1.966/92, com destaque do ICMS àalíquota de 12%, sempre que é contratada para efetu ar viagenseventuais no transporte de times de futebol, estud antes decolégios, idosos, doentes etc., para outros Municíp ios ouEstados.

Esclarece, ainda, que quando o passeio turístico é promovidopela própria empresa, efetua o destaque do imposto decompetência municipal, ISS, e não, do ICMS.

Diante do exposto, indaga:

1- Quando a empresa é contratada para levar um tim e de

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futebol ou alunos de colégio para outro Muni cípio ou Estado,utilizando-se dos ônibus de sua propriedade, deverá emitirnota fiscal com destaque do ICMS ou do ISS?

2- Em não sendo tributada pelo ICMS, poderá a empr esa pedirbaixa de sua inscrição no CAD-ICMS?

...

RESPOSTA

A sujeição do serviço de t ransporte de pessoas em operaçõesintermunicipal e interestadual, à incidência do ICM S, estáprevista na Lei n.º 11.580/96, em seu art. 2.º, inc iso II,verbis:

Art. 2º O imposto incide sobre:

I - (...)

II - prestações de serviços de transporte interesta dua l eintermunicipal, por qualquer via, de pessoas, bens,mercadorias ou valores;

Assim sendo, está correto o procedimento descrito p elaconsulente quanto à emissão da Nota Fiscal de Servi ço deTransporte com destaque do ICMS à alíquota de 12%, ao realizaro transporte de passageiros a outros Municípios ou E stados,quando contratada por terceiros.

A título de esclarecimento, informamos que o item 4 9 da listade serviços de que trata a Lei Complementar n.º 56/ 87 elencacomo sujeitos à incidência do imposto de competência dosMunicípios, o ISS, os seguintes serviços:

49. Agenciamento, organização, promoção e execução deprogramas de turismo, passeios, excursões, guias de turismo econgêneres.

Dessa forma, em relação a passeios turísticos promo vidos pelaprópri a empresa, não há que se falar em incidência de ICM S, esim, de ISS e, nesse sentido, encontra-se também co rreto oprocedimento adotado pela consulente.

Posto isso, nos termos do art. 659 do Regulamento d oICMS, tem a consulente, a partir da data da ciênci a da resposta, oprazo de até quinze dias para adequar os procedimen tos járealizados, caso esteja procedendo de modo diverso do respondido.

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PROTOCOLO: 11.122.235-5

CONSULTA Nº: 64, de 21 de junho de 2012.

CONSULENTE: VENEZA COMERCIAL IMPORTADORA LTDA.

SÚMULA: ICMS. OPERAÇÕES DE IMPORTAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃODE CARTÕES INTELIGENTES.

RELATORA: ELIZETE CRISPIM CARVALHO DIAS

A consulente, com atividade de comercial importador a, decomercialização de produtos de terceiros e de prest ação deserviços, informa que adquire, no exterior, cartão smart card , deacordo com composições gráficas e característica té cnicasolicitadas pelos seus encomendantes.

Esclarece que esses cartões são destinados a dar ac essoaos usuários das concessionárias de transporte públ ico a ônibus,metrôs, trens etc., sendo que essas empresas operam com váriastarifas (estudantes, idosos, deficientes, visitas t écnicas e uso emgeral), cada qual com suas características, impress ão e composiçãográfica distintas.

As encomendas dos cartões smart card semiprontos sãoefetuadas pela consulente a duas empresas na Argent ina,especificando as quantidades, característica s técnicas, composiçãográfica e espaço de memória no chip, sendo que essa s observam o quedetermina a Concessionária de Serviço Público, de a cordo com asespecificações técnicas requeridas por seu sistema de bilhetagemeletrônica.

Para atender ao solicita do pelas concessionárias detransporte coletivo de passageiros, o processo é ex ecutado por duasempresas, uma no exterior (responsável pelos serviç os de fabricaçãoe composição gráfica) e outra (a consulente) no ter ritórionacional, que realiza testes de l eitura dos chips , personaliza,grava os códigos de segurança, imprime o número de série dos chipsnos cartões, procede ao controle de qualidade, veri fica acompatibilização dos serviços com as característica s solicitadaspela encomendante, embala, transpor ta o material etc.

Relativamente a essa operação de importação realiza da comos cartões semiprontos nacionalizados, código NCM 8 523.59.10(cartões de acionamento por aproximação), no moment o dodesembaraço:

1. deverá recolher o PIS, a COFINS e o IPI, de ac ordo coma legislação federal, e o ISS, de acordo com o art. 1º, § 1º, daLei Complementar n. 116/2003;

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2. por se tratar de importação de serviços e não demercadoria, a consulente chancelará na Agência da R eceita Estaduala Guia de Liberação de Mercadoria Sem Comprovação do Recolhimentodo ICMS com a informação “importação de serviços de composiçãográfica (Lei Complementar n. 116/2003, art. 1º, § 2 º);

3. visando à correta conceituação jurídica atribuív el aobem corpóreo que será descrito nas guias de impo rtação, entende quea consulente encomenda do exterior uma execução de serviços decomposição gráfica, a que se refere o item 13.05 da citada lista, eque, quando do fornecimento pela consulente dos car tões àsconcessionárias, o imposto incidente continuar á sendo o ISS, por setratar de um serviço iniciado no exterior e concluí do em Curitiba,estando, portanto, fora da incidência do ICMS.

Diversamente, quando a operação efetuada no exterio r érelativamente ao produto final, na qual entende tam bém que aenco menda é relativa à execução de serviços de composiç ão gráfica aque se refere o item 13.05 da lista de serviços, es tando os cartõesprontos e totalmente acabados, quando da entrega do s cartões àsconcessionárias, deverá a consulente emitir NF-e de venda damercadoria, operação comercial que se encontra dent ro do campo deincidência do ICMS e não do imposto municipal.

Pede que sejam analisadas as questões postas, para quesejam caracterizadas com maior precisão a tributaçã o na realizaçãodas operações.

RESPOSTA

A questão trazida pela consulente, se resume emquestionar acerca da tributação das operações de im portação desmart cards , que faz em virtude de encomenda das concessionári as detransporte público, pelo que tais produtos tem de s eguir asespecificaç ões técnicas determinadas pela encomendante.

Em que pese a tese adotada pela consulente, de“importação de serviço” para a tributação dessa ope ração, trata-sede importação de mercadoria, porquanto o que está a dquirindo não éo serviço da empresa que os in dustrializa no exterior, mas aaquisição efetiva dos cartões que, segundo informa, alguns passampor nova etapa de industrialização em seu estabelec imento e outrossão importados já acabados e em condições de serem vendidos àencomendante, concessionária d e serviço público.

O Regulamento do ICMS aprovado pelo Decreto n. 1.98 0/2007assim disciplina a tributação dos smart cards :

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“Art. 14. As alíquotas internas são, conforme o cas o e deacordo com a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) o u aNomenclatura Brasil eira de Mercadorias - Sistema Harmonizado(NBM/SH), assim distribuídas (art. 14 da Lei n. 11. 580/1996,com redação dada pela Lei n. 16.016/2008):

...

II - alíquota de doze por cento nas prestações de serviço detransporte intermunicipal e nas operações com os seguintesbens e mercadorias :

...

w) da indústria de automação e eletrônica:

...

4. discos, fitas, dispositivos de armazenamento não volátil dedados à base de semicondutores, "cartões inteligentes" ("smartcards") e outros suportes para gravação de so m ou paragravações semelhantes, mesmo gravados, incluídos as matrizes emoldes galvânicos para fabricação de discos (8523);

Art. 65. O ICMS deverá ser pago nas seguintes forma s e prazos(art. 36 da Lei n. 11.580/96):

16. nas operações com aparelhos ce lulares e cartõesinteligentes (“Smart Cards” e “Sim Card” ) - (Convênio ICMS135/06);

Título III dos Procedimentos Especiais

Capítulo XX Da Substituição Tributária em Operações comMercadorias

Seção II-A Das Operações com Produtos Eletrônicos,Eletroelet rônicos e Eletrodomésticos

Art. 481-C Nas operações com os produtos relacionad os, comsuas respectivas classificações na NCM, devem ser c onsideradosos seguintes percentuais de margem de valor agregad o:

MARGEM VALORAGREGADO

ITEM NCM DESCR IÇÃO INTERNAINTERESTADUAL

86. 8523.51.10 Cartões de memória ("memory 49,68

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49,68 cards")

...

Anexo III – Crédito Presumido

7-A. Até 30.6.2015, aos estabelecimentos fabricante s dosprodutos classi ficados nos códigos da NCM a seguirrelacionados, no percentual de sete por cento sobre o valordas operações interestaduais sujeitas à alíquota de doze porcento e no percentual de dois por cento sobre o val or dasoperações interestaduais sujeitas à alíqu ota de sete porcento:

a) 8471.90.19 - leitores magnéticos de cartões inte ligentes;

b) 8517.62.62 - módulos de comunicação "wireless" - aparelhosemissores com receptor incorporado de sistema tronc alizado("trunking"), de tecnologia celular;

c) 8517.70.10 - módulos de comunicação automotivo comcircuitos impressos e componentes elétricos ou elet rônicos,montados;

d) 8523.52.00 - CARTÕES INTELIGENTES bancários com chip;cartões inteligentes GSM de telefonia móvel - "Sim Card";cartões inteligentes de identid ade digital (RIC, passaporteeletrônico e outros); cartões inteligentes para mobilidadeurbana (cartões de transporte e acesso) ; cartões inteligentespara certificação digital (PKI); cartões inteligent es paracontato M2M ("machine to machine");

e) 8542.31. 20 - módulos de comunicação automotivo comcircuitos integrados eletrônicos montados, próprios paramontagem em superfície (SMD - "Surface Mounted Devi ce");

f) 8542.31.90 - módulos de comunicação para cartõesinteligentes - microcontroladores com circuito integradomonolítico digital;

g) 8543.70.99 - "tokens" - aparelho eletrônico paraautenticação de dados e validação de assinatura.

Notas:

1. o benefício de que trata este item fica condicio nado a queo beneficiário não utilize o crédito presumido de q ue tr ata oart. 629;

2. a opção por este crédito presumido, bem como a r enúncia,deverá ser declarada em termo lavrado no livro RUDF TO;

3. tanto a opção quanto a renúncia produzirão efeit os porperíodo não inferior a doze meses, contados do prim eiro dia domês subsequente ao da lavratura do correspondente termo .”

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No caso, os clientes da consulente não estão solici tandoque sejam inseridos serviços de composição gráfica nos cartões porela fornecidos, mas adquirindo cartões inteligentes , evidentemente,com as car acterísticas que atendam ao objetivo por eles almej ado.

A título ilustrativo, informa-se que o Supremo Trib unalFederal, alterando até posicionamentos anteriores d o Judiciário,manifestou-se sobre a matéria na decisão em Cautela r na ADI4389-DF, no sentido de que “o ISS não incide sobre operações deindustrialização sob encomenda... destinadas à inte gração ouutilização, direta ou em processo subsequente de in dustrializaçãoou de circulação de mercadoria”. , portanto que, sendo fase deindustrialização do pr oduto colocado no comercio, incide o ICMS.

Assim sendo, deve o contribuinte emitir os document os erecolher o imposto de acordo com as disposições da Lei n.11.580/1996 e do Regulamento do ICMS para a operaçã o específicarealizada, de importação dos cartõ es “inteligentes” ou de saída dosprodutos industrializados.

Posto isso, nos termos do art. 659 do Regulamento d oICMS, tem a consulente, a partir da data da ciência da resposta, oprazo de até quinze dias para adequar os procedimen tos járealizados, caso esteja procedendo de modo diverso do respondido.

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PROTOCOLO: 10.735.846-3

CONSULTA Nº: 65, de 30 de novembro de 2012.

CONSULENTE: MAREL FOOD SYSTEMS DO BRASIL LTDA.

SÚMULA: ICMS. BEM DO ATIVO IMOBILIZADO. RECEBIMENTO PARACONSERTO. DEVOLUÇÃO.

RELATOR: VALÉRIO PASSOLD

A consulente, varejista enquadrada na CNAE 4789-0/ 99,solicita manifestação do Setor Consultivo acerca da devolução debens do ativo imobilizado recebidos para conserto n o seuestabelecimento.

Aduz que, segundo o inc. VII do art. 93, c/c os art igos299 a 306 do RICMS aprovado pelo Decreto n. 1.980/2007, as remessaspara conserto devem ser tributadas após o encerrame nto da fase desuspensão, que se dá decorridos 180 dias da emissão da nota fiscalde remessa para conserto.

Considera que não incide ICMS sobr e as saídas de bens doativo permanente (art. 3º, inc. XIII do RICMS) e in daga se oretorno da remessa para conserto desse bem, que já ultrapassou os180 dias de prazo, deve ser tributado (art. 229 do RICMS) ou adevolução deve ser sem incidência do ICMS ( art. 3º, inc. XIII doRICMS).

RESPOSTA

Do exposto pela consulente se verifica que sua dúvi daestá relacionada ao conserto de bem de terceiro por ela realizado ecujo prazo de 180 dias para a devolução foi extrapo lado.

Preliminarmente, transcrevem-se exce rtos do atual RICMSaprovado pelo Decreto n. 6.080/2012, que dizem resp eito ao assunto:

“Art. 3º O imposto não incide sobre (art. 4º da Le i n.11.580/96):

[…]

XIII - saídas de bens do ativo permanente.

Art. 23. Para a compensação a que se refere o artig o anterior,é assegurado ao contribuinte o direito de creditar- se do

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imposto anteriormente cobrado em operações de que t enharesultado a entrada de mercadoria, real ou simbólic a, noestabelecimento, inclusive a destinada ao seu uso o u consumoou ao ativo per manente, ou o recebimento de serviços detransporte interestadual e intermunicipal ou de com unicação(art. 24 da Lei n. 11.580/96).

[…]

§ 3º Para efeito do disposto no "caput", em relação aoscréditos decorrentes de entradas de mercadorias noestabelecimen to destinadas ao ativo permanente, deverá serobservado:

[...]

e) na hipótese de saída, perecimento, extravio ou d eterioraçãodo bem do ativo permanente, antes de decorrido o pr azo dequatro anos contado da data de sua entrada no estab elecimento,não será admitido, a partir da data da ocorrência, ocreditamento de que trata este parágrafo em relação à fraçãoque corresponderia ao restante do quadriênio;

Art. 105. Há suspensão do pagamento do imposto (art . 19 da Lein. 11.580/96):[…]

VII - nas remessas para industrialização ou para conserto, nostermos dos arts. 334 a 341;

Art. 334. É suspenso o pagamento do imposto nas ope raçõesinternas ou interestaduais, na saída e no retorno, de bem oumercadoria remetida para conserto ou industrializaç ão,promovida por estabelecimento de contribuinte, sob a condiçãode retorno real ou simbólico ao estabelecimento rem etente, noprazo de até 180 dias, contados da data da saída (C onvênio AE15/74; Convênios ICM 01/1975 e 35/1982 e Convênios ICMS34/1990 e 151/1994).

[...]

§ 3º O prazo de 180 dias poderá ser prorrogado por i gualperíodo, admitida excepcionalmente uma segunda pror rogação,mediante despacho do Delegado Regional da Receita a serproferido em petição justificada do interessado.

Art. 335. Considerar-se-á encerrada a fase de suspensão dopagamento do imposto, nas seguintes situações:

I - não atendimento da condição de retorno, no pra zo de 180dias, contados da data da remessa;

II - saída ou transmissão de propriedade promovida peloestabelecimento de contribuinte, do produto industrializadorecebido, em anterior operação, com suspensão do pa gamento doimposto, em retorno de industrialização realizada s ob sua

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encomenda por estabelecimento industrializador loca lizado noterritório deste Estado;

Art. 336. Encerrada a f ase de suspensão, é responsável pelopagamento do imposto suspenso:

I - na hipótese do inciso I do artigo anterior, o r emetente,mediante lançamento, em conta-gráfica, de Nota Fisc al, modelo1 ou 1-A, para esse fim emitida, com o destaque do impostodevido e com a identificação do documento fiscal relativo àremessa;”.

Considerando tratar-se de conserto de um bem do ati voimobilizado, esgotado o prazo previsto, deverá ser emitida notafiscal sem destaque do imposto pelo estabelecimento que efetuou oconsert o, em relação à devolução do bem, conforme interpre taçãosistemática do inc. I do art. 335, inc. I do art. 3 36 e inc. VII doart. 105, c/c art. 3º XIII, todos do RICMS.

Ressalta-se que, em relação às peças ou materiaisaplicados no conserto, conforme deter minam os artigos 337 ou 338 doRICMS , se operações internas ou interestaduais, o imposto deveráser pago por ocasião da devolução, observado o disp osto no incisoIV do art. 6º, todos do RICMS.

As orientações aqui prestadas são específicas para asituação informada pela consulente, não admitindo extensões eilações acerca de aspectos não abordados.

Por derradeiro, frisa-se que, nos termos do art. 66 4 doRICMS, a partir da data da ciência da resposta, a c onsulente terá,observado o disposto no § 1º do art. 6 59 do RICMS e independente dequalquer interpelação ou notificação fiscal, o praz o de até quinzedias para adequar os procedimentos já realizados ao que tiver sidoesclarecido.

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PROTOCOLO: 10.828.161-8

CONSULTA Nº: 66, de 26 de junho de 2012.

CONSULENTE: CHIAPERINI INDUSTRIAL LTDA.

SÚMULA: ICMS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. VENDA EMCONSIGNAÇÃO MERCANTIL. POSSIBILIDADE.

RELATOR: CLÁUDIO CARLOS WELZEL

A consulente, empresa situada no Município de Santa Rosade Viterbo, Estado de São Paulo, informa que é fabr icante doproduto classificado no código da NBM/SH 8414.80.11 – compressorese que há intenção em comercializá-lo, com suas peça s e partes, naforma de consignação mercantil.

No entanto, expõe que pelo fato desse produto estarincluído no regime da substituição tributária não l he é permitidorealizar operações em consignação mercantil, segund o determinaçãodo § 3º do art. 574 do Regulamento do ICMS, a provado pelo Decreton. 1.980, de 21 de dezembro de 2007.

Apresenta sugestão de procedimentos a serem adotado squanto à emissão e preenchimento de notas fiscais n as operações deremessa, de reajustamento de preço, de venda e de d evolução demercadorias em consignação mercantil e, em que pese o impedimentoda legislação paranaense, indaga se haveria possibi lidade derealizar venda ou remessa a esse título de mercador ias sujeitas aoregime da substituição tributária.

RESPOSTA

Ao afirmar que é fabricante do compressor especificado nainicial e que esse produto está sujeito ao regime d a substituiçãotributária, pressupõe-se que a consulente seja subs titutatributária para efeitos de retenção e recolhimento do impostorelativo às operações subsequentes. Nesse l imite será respondidaessa consulta, já que, embora esteja a consulente l ocalizada emoutro Estado, é contribuinte paranaense do imposto para essesefeitos.

Assim, caso a consulente seja substituta tributária nasoperações que menciona, deve observar o dis posto no inc. I do art.470 do RICMS em relação à inscrição especial para e sse regime, oqual se transcreve a seguir juntamente com o inc. I I do mesmo

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artigo em face desse ser referenciado mais adiante:

“ Art. 470. O estabelecimento substituto tributário, d entreoutras obrigações previstas neste Regulamento, deve rá:

I - obter inscrição especial no CAD/ICMS;

II - emitir, por ocasião da saída das mercadorias d estinadas acontribuinte substituído, nota fiscal que:

a) contenha, além dos demais requisitos exigido s:

1. o valor que serviu de base de cálculo para a ret enção e ovalor do imposto retido;

2. separadamente, no campo "Informações Complementa res", osvalores do imposto retido por substituição relativo s aoperação interestadual com produtos tributados e nã otributados, sempre que a operação for acobertada co m a mesmanota fiscal (Ajuste SINIEF 01/96);

3. no campo "Reservado ao Fisco":

3.1. o valor da base de cálculo para a retenção de cadamercadoria;

3.2. a expressão "Substituição Tributária", seguida do nú merodo correspondente artigo deste Regulamento ou do re spectivoProtocolo ou Convênio;

b) será escriturada no livro Registro de Saídas (cl áusulaquarta do Ajuste SINIEF 4/93,):

1. nas colunas próprias, os dados relativos a sua o peração, naforma prevista no art. 245;

2. na coluna "Observações", na mesma linha do lança mento deque trata o item anterior, os valores do imposto re tido e darespectiva base de cálculo, utilizando colunas dist intas paratais indicações, sob o título comum "Substituição T ributária "ou, sendo o caso de contribuinte que utilize o sist ema deprocessamento de dados, na linha abaixo do lançamen to daoperação própria, sob o título comum "Substituição Tributária"ou "ST";".

Cumpre observar, também, que as regras especificand o osprocedime ntos a serem adotados pelos contribuintes nas opera çõesque realizarem em consignação mercantil (remessa, r eajuste depreço, venda e devolução de mercadorias), decorrem do AjusteSINIEF 02/93 e sua alteração dada pelo Ajuste SINIE F 09/08, asquais foram i mplementadas no RICMS em seu Capítulo XXVIII, a seg uirreproduzido:

“ CAPÍTULO XXVIII

DAS OPERAÇÕES DE CONSIGNAÇÃO MERCANTIL

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“Art. 574. Na saída de mercadoria a título de consi gnaçãomercantil o consignante emitirá nota fiscal contend o, além dosdemais requ isitos exigidos, o seguinte (Ajuste SINIEF 02/93):

I - a natureza da operação: Remessa em consignação;

II - o destaque do ICMS e do IPI, quando devidos.

§ 1º Havendo reajuste do preço contratado por ocasi ão daremessa em consignação mercantil, o consignant e emitirá notafiscal complementar contendo, além dos demais requi sitosexigidos, o seguinte:

a) a natureza da operação: Reajuste de preço de mer cadoria emconsignação;

b) a base de cálculo: o valor do reajuste;

c) o destaque do ICMS e do IPI, quando devid os;

d) a expressão "Reajuste de preço de mercadoria em consignação- NF n. .... de ..../..../.... .".

§ 2º Na hipótese deste artigo, o consignatário lanç ará a notafiscal no livro Registro de Entradas, creditando-se do valordo imposto, quando permitido.

§ 3º O disposto neste artigo não se aplica a mercado riassujeitas ao regime de substituição tributária em re lação aoperações subseqüentes.

Art. 575. Na venda da mercadoria remetida a título deconsignação mercantil:

I - o consignatário deverá:

a) emitir no ta fiscal contendo, além dos demais requisitosexigidos, como natureza da operação, a expressão "V enda demercadoria recebida em consignação";

b) emitir nota fiscal contendo, além dos demais req uisitosexigidos (Ajuste SINIEF 9/08):

1. como natureza da ope ração, a expressão “Devolução simbólicade mercadoria recebida em consignação”;

2. no campo Informações Complementares, a expressão “NotaFiscal emitida em função de venda de mercadoria rec ebida emconsignação pela NF n. ..., de .../.../...”;

c) registrar a Nota Fiscal de que trata o inciso II, no LivroRegistro de Entradas, apenas nas colunas “Documento Fiscal” e“Observações”, indicando nesta a expressão “Compra emconsignação - NF n. ..., de .../.../...” (Ajuste SI NIEF 9/08).

II - o consignante emitirá n ota fiscal, sem destaque do ICMS e

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do IPI, contendo, além dos demais requisitos exigid os, oseguinte:

a) a natureza da operação: Venda;

b) o valor da operação: o valor correspondente ao p reço damercadoria efetivamente vendida, neste incluído, qu ando for ocaso, o valor relativo ao reajuste do preço;

c) a expressão "Simples faturamento de mercadoria e mconsignação - NF n. .... de ..../..../.... e, se fo r o caso,reajuste de preço - NF n. .... de ..../..../....".

Parágrafo único. O consignante lançará a nota fiscal a que serefere o inciso II, no livro Registro de Saídas, ap enas nascolunas "Documento Fiscal" e "Observações", indican do nesta aexpressão "Venda em consignação - NF n. .... de..../..../....".

Art. 576. Na devolução de mercadoria remetida em co nsignaçãomercantil, o consignatário emitirá nota fiscal cont endo, alémdos demais requisitos exigidos, o seguinte:

I - a natureza da operação: Devolução de mercadoria recebidaem consignação;

II - a base de cálculo: o valor da mercadoria efeti vamentedevol vida, sobre o qual foi pago o imposto;

III - o destaque do ICMS e a indicação do IPI nos v aloresdebitados por ocasião da remessa em consignação;

IV - a expressão "Devolução (parcial ou total, conf orme ocaso) de mercadoria em consignação - NF n. .... de. .../..../....".

Parágrafo único. O consignante lançará a nota fisca l, no livroRegistro de Entradas, creditando-se do valor o impo sto.”

Ressalta-se que o disposto no § 3º do art. 574 do R ICMSnão traz impedimento para que as mercadorias sujeit as ao regime desubstituição tributária sejam comercializadas por m eio de operaçõesem consignação mercantil, determina apenas que as r egras do artigo574 não se aplicam no que forem conflitantes com o regime dasubstituição tributária, vez que, em razão das norm as pró priasrelacionadas com esse regime de tributação, não est ão contempladasnos procedimentos previstos daquele artigo e sim em capítuloespecífico da legislação, devendo prevalecer em rel ação aos daconsignação mercantil (Precedentes: Consultas n. 94 /1999 e n.27/2006).

Assim, estando os produtos mencionados pela consule ntesujeitos à substituição tributária, essa, na condiç ão deconsignante, emitirá e escriturará o documento fisc al relativo àremessa desses produtos ao consignatário, observand o os

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procedimen tos desse regime tributário previstos no inc. II do art.470 do RICMS, anteriormente reproduzido, cuja natur eza da operaçãoserá a de “Remessa em consignação”.

No caso em que, após a remessa originária em consig naçãomercatil, ocorrer posterior reajuste d o preço contratado, deverá oconsignante emitir nota fiscal complementar e adota r os mesmosprocedimentos estabelecidos pelo inc. II do art. 47 0 do RICMS,indicando-se nela, todavia, como natureza da operaç ão “Reajuste depreço de mercadoria em consignação ”, e no campo “InformaçõesComplementares” a expressão "Reajuste de preço de m ercadoria emconsignação - NF n. .... de ..../..../....".

A consulente (consignante) ao tomar ciência da efet ivavenda da mercadoria remetida a título de consignaçã o (à vista danota fiscal de devolução simbólica emitida pelo con signatário, nostermos do inc. I do art. 575 do RICMS), emitirá not a fiscal de“simples faturamento”, de acordo com as especificaç ões edeterminações do inc. II do art. 575 e seu parágraf o único, doRICMS.

Ocorrendo devolução de mercadorias anteriormenteremetidas em consignação mercantil não comercializa das peloconsignatário, por força também da especificidade d a legislação,essa deve ser realizada de acordo com os preceitos do regime dasubstituição trib utária, previsto no art. 476 do RICMS, a seguirreproduzido, cuja nota fiscal indicará a natureza d a operação como“Devolução de mercadoria recebida em consignação”, consignando-se,ainda, no campo “Informações Complementares” a expr essão “Devolução(parci al ou total, conforme o caso) de mercadoria em cons ignação -NF n. .... de ..../..../....":

“ Art. 476 . Na devolução de mercadoria adquirida em regime desubstituição tributária, promovida por contribuintesubstituído, o remetente emitirá documento fiscal n a formaregulamentar, sem destaque do imposto, indicando o número e adata da nota fiscal emitida, quando da remessa orig inária, eos motivos da devolução.

§ 1º O contribuinte substituto que receber mercador ia emdevolução na forma deste artigo:

a) deverá lançar no livro Registro de Entradas (cláusulaquinta do Ajuste SINIEF 4/93):

1. o documento fiscal relativo à devolução, na colu na"Operações com Crédito do Imposto", na forma previs ta no art.244;

2. na coluna "Observações", na mesma linha do lança mentoreferido na alínea anterior, o valor da base de cál culo e doimposto retido, relativos à devolução, ou, na linha abaixo dolançamento da operação própria, sob o título comum

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"Substituição Tributária" ou o código "ST", caso ut ilizesistema de processamento de dados;

b) terá direito, até o limite do valor legal, aos s eguintescréditos fiscais do imposto:

1. em sua conta-gráfica própria, na parte proporcio nal àoperação por ele praticada;

2. na conta-gráfica especial para substituição, na condição deresponsáv el, na parte proporcional ao imposto retido.

§ 2º Os valores constantes na coluna relativa ao im postoretido serão totalizados no último dia do período d e apuração,para lançamento no livro Registro de Apuração do IC MS(cláusula quinta, parágrafo único, Aj uste SINIEF

4/93).

§ 3º O contribuinte substituído que receber mercado ria emdevolução na forma deste artigo deverá lançar a not a fiscal nacoluna "Outras - Operações ou Prestações sem Crédit o doImposto" do livro Registro de Entradas.”

Em vista do exposto , esclareça-se que as sugestões deprocedimentos apresentadas pela consulente somente se aplicam nassituações em que coincidirem com o disposto na legi slação citada enos termos da resposta desta consulta.

Por derradeiro, frisa-se que, a partir da ciência desta,terá a consulente, em observância ao art. 659 do Re gulamento doICMS, o prazo de até quinze dias para adequar os se us procedimentoseventualmente já realizados em conformidade com o q ue foi aquiesclarecido, no caso de que os tenha praticado dive rs amente.

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PROTOCOLO: 11.369.084-4

CONSULTA Nº: 67, de 31 de julho de 2012.

CONSULENTE: GRÁFICA CRISTOVAM LINERO LTDA.

SÚMULA: ICMS. OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA. EMISSÃO DE NOTAFISCAL. APURAÇÃO DO IMPOSTO. SIMPLES NACIONAL.

RELATORA: MARGARETE MARIA MAZZOLA

A consulente informa que atua no ramo de atividadegráfica e que tem por objeto social o ramo de confe cção deimpressos sob encomenda e comércio de papelaria em geral. Asseveraser estabelecimento enquadrado no regime do Simples Nacional e,dessa forma, co nforme a Lei nº 9.317/1996 e o entendimento exaradopela Secretaria da Receita Federal do Brasil, calcu la o tributodevido com base na receita bruta mensal auferida, n os percentuaisdeterminados pelo art. 5º, incisos I e II da mesma lei,acrescentando 0,5 ponto percentual no caso de pessoa jurídica,contribuinte do IPI, e ainda que é dedicada exclusi vamente àindustrialização de produtos tributados à alíquota zero desseimposto.

Expõe que, em consulta à Secretaria da Receita Fede ral doBrasil, foi respondid o na Solução de Consulta nº 121-2009, da 9ªRegião Fiscal, em relação a empresas enquadradas no SimplesNacional, que:

“Em tese, a atividade gráfica pode ser: (i) simulta neamenteindústria e serviço, (ii) exclusivamente indústria ou (ii)exclusivamente ser viço. Regra geral, a atividade gráfica é umaoperação de transformação, i.e., industrial. Como t al, étributada pelo Anexo II da Lei Complementar nº 123, de 2006.Caso ela seja considerada, simultaneamente, uma pre stação deserviços (o chamado "serviço de industrialização"), devem serfeitos os ajustes de ICMS e ISS previstos no art. 1 8, § 5º-G,e art. 79-D, da Lei Complementar nº 123, de 2006. C aso sejauma operação exclusivamente industrial, esses ajust es nãodevem ser feitos. Já a atividade gráfica reali zada porencomenda direta do consumidor ou usuário, na resid ência dopreparador ou em oficina, com preponderância do tra balhoprofissional, constitui prestação de serviços sem o peração deindustrialização. Sendo assim, é tributada pelo Ane xo III daLei Com plementar nº 123, de 2006.

Dispositivos Legais: Lei Complementar nº 123, de 20 06, art.18, §§ 5º, 5º-F e 5º-G, art. 79-D; Ripi, art. 4º, I , art. 5º,V, art. 7º, II; PN CST nº 127, de 1971; PN CST nº 4 50, de1971; ADI RFB nº 26, de 2008.

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Assunto: Processo A dministrativo Fiscal

CONSULTA. COMPETÊNCIA FEDERAL. Caso a atividade grá fica de umoptante pelo Simples Nacional seja reputada uma ope raçãoindustrial (tributada pelo Anexo II), a RFB não temcompetência para responder a processos de consulta sobredúvidas quanto ao fato de ela ser ou não simultaneamente u mserviço. Isso porque se trata de matéria de interes seexclusivamente estadual e municipal, porquanto essa dúvidarepercute apenas na necessidade ou não de se fazer os ajustesde ICMS e ISS previstos no a rt. 18, § 5º-G, e art. 79-D, daLei Complementar nº 123, de 2006.

Dispositivos Legais: Lei Complementar nº 123, de 20 06, art.40; Resolução CGSN nº 13, de 2007, art. 3º, § 1º.”

Ato contínuo, a consulente colaciona a legislaçãopertinente: art. 18, § 5º-G e art. 79-D da Lei Complementar nº123/2006, que dispõe sobre a forma de apuração dos tributos para oSimples Nacional; art. 3º, inc. XX da Resolução do Comitê Gestor doSimples Nacional nº 51/2008, a qual diz respeito às receitas quedevem ser consideradas para apuração mensal dos impostos; e art.3º, inc. X do Regulamento do ICMS, aprovado pelo De creto nº1980/2007, que corresponde à não incidência de ICMS nas “saídas deprodução do estabelecimento gráfico de impressos pe rsonalizados quenão participem de etapa posterior de circulação promovida pelodestinatário”.

“ LC 123/2006

Art. 18. O valor devido mensalmente pela microempresa eempresa de pequeno porte comercial, optante pelo Si mplesNacional, será determinado mediante aplicação da ta bela doAnexo I des ta Lei Complementar.

(…)

§ 5º-G. As atividades com incidência simultânea de IPI e deISS serão tributadas na forma do Anexo II desta LeiComplementar, deduzida a parcela correspondente ao ICMS eacrescida a parcela correspondente ao ISS prevista no AnexoI II desta Lei Complementar.

Art. 79-D . Excepcionalmente, para os fatos geradores ocorrid osentre 1º de julho de 2007 e 31 de dezembro de 2008, as pessoasjurídicas que exerçam atividade sujeita simultaneam ente àincidência do IPI e do ISS deverão recolher o ISS diretamenteao Município em que este imposto é devido até o últ imo diaútil de fevereiro de 2009, aplicando-se, até esta d ata, odisposto no parágrafo único do art. 100 da Lei nº 5 .172, de 25de outubro de 1966 - Código Tributário Nacional - C TN.

(CGSN) nº 51/2008

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Art. 3º As ME e as EPP optantes pelo Simples Nacional deve rãoconsiderar, destacadamente, mensalmente e por estab elecimento,para fim de pagamento, conforme o caso:

(…)

XX – as receitas decorrentes de atividades com inci dênciasimultânea de I PI e de ISS.”

De todo exposto, indaga:

1. O estabelecimento gráfico que praticar operação semincidência de ICMS, nos termos do art. 3º, inc. X d o RICMS, estáobrigado a emitir NF-e e o respectivo DANFE para ac obertar otransporte do produto resultante de prestação de serviço?

2. Os estabelecimentos gráficos enquadrados no regi me doSimples Nacional, ao executarem operações sem incid ência de ICMS,devem apurar os tributos devidos na forma do Anexo II da LC nº123/2006 e deduzir a parcela do ICMS corresponde nte, acrescendo ado ISS, nos termos do Anexo III dessa mesma lei?

RESPOSTA

Dispõe o art. 3º, inc. X do RICMS:

“Art. 3º O imposto não incide sobre (art. 4º da Le i n.11.580/96):

(...)

X - saídas de produção do estabelecimento gráfico d e impressosperson alizados que não participem de etapa posterior decirculação promovida pelo destinatário; (grifa-se). ”

Observa-se, dessa maneira, que quando a consulenteexecutar operação de saída que não esteja de acord o com essedispositivo regulamentar deve adimplir a obrigação principalrelativa ao ICMS, na forma preconizada no regulamen to desseimposto.

Quanto ao questionamento sobre a emissão de DANFE d a NotaFiscal eletrônica (NF-e) para acobertar o transport e dos produtosem situações em que haja incidência de IPI e ISS e não haja aincidência do ICMS, nos termos do art. 3º, inc. X d o RICMS,esclarece-se ser necessário por ser a consulente co ntribuinte doICMS. Nesses termos, está obrigada à emissão de NF- e, nos termos doart. 1º do Anexo IX do RICMS, combinado com o item 2, subitem 2.1,e item 3, bem como com o Anexo Único da Norma de Pr ocedimentoFiscal (NPF) nº 095/2009, adiante transcritos, deve rá informar

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nesse documento fiscal que o ICMS está dispensado n a forma do inc.X do art. 3º do RICMS (art. 209), bem co mo especificar os produtosde modo que não reste dúvida de que a operação corr esponda a umasaída de impressos de produção do estabelecimento g ráfico,discriminando a personalização realizada e que esse produto nãofará parte de etapa posterior de circulaç ão de mercadoria promovidapelo destinatário.

Assim, quanto ao ICMS, a nota fiscal deve estar de acordocom o que dispõem os artigos 138, § 12 e 206, § 1º, alínea “a”,combinados com os artigos 136 e 137, todos do RICMS .

Destacam-se excertos da legislação pertinentes a essaobrigação acessória:

“RICMS

Art. 136. O contribuinte emitirá ou utilizará, conf orme asoperações ou prestações que realizar, os seguintes documentosfiscais (art. 45 da Lei n. 11.580/96); (art. 6º do ConvênioSINIEF s/n, de 15.12.70, e a rt. 1º do Convênio SINIEF 06/89;Ajustes SINIEF 03/78, 04/78, 01/89, 04/89, 14/89, 1 5/89 e03/94):

I - Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A;

(…)

§ 2º A Nota Fiscal de Venda a Consumidor, cumpridos osrequisitos dos arts. 146 e 356, poderá ser substitu ída pelaNota Fiscal-Ordem de Serviço ou pelo Cupom Fiscal.

(...)

Art. 137. O contribuinte, excetuado o produtor rura l inscritono CAD/PRO, emitirá nota fiscal (Convênio SINIEF, d e 15.12.70,arts. 7º, 18, 20 e 21; Ajuste SINIEF 4/87):

I - sempre que promover a saída de bem ou mercadoria, antes doinício dessa;

(...)

Art. 138. A nota fiscal conterá, nos quadros e camp ospróprios, observada a disposição gráfica dos modelo s 1 e 1-A,as seguintes disposições (Convênio SINIEF s/n, de 1 5.12.70,Ajustes SINIEF 07/71, 16/89 e 0 3/94):

(...)

§ 12. Os dados relativos ao Imposto sobre Serviços de QualquerNatureza serão inseridos, quando for o caso, entre os quadros"Dados do Produto" e "Cálculo do Imposto", conforme legislaçãomunicipal, observado o disposto na alínea "d" do § 2° d o art.206.

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(…)

Art. 204. Os documentos fiscais serão também emitid os nosseguintes casos (art. 21 do Convênio SINIEF s/n, de 15.12.70;arts. 4º e 89 do Convênio SINIEF 06/89; Ajuste SINI EF 01/89):

(...)

VI - nas demais hipóteses previstas neste Regulamen t o.

(...

Art. 206. (...)

§ 1º Relativamente aos documentos fiscais é permiti do:

a) o acréscimo de indicações necessárias ao control e de outrostributos federais e municipais, desde que atendidas as normasda legislação específica;

b) o acréscimo de indicaç ões de interesse do emitente, que nãolhes prejudiquem a clareza;

(...)

§ 3º Norma de procedimento fiscal poderá determinar quecontribuinte enquadrado em atividade econômica que especificardeva emitir os documentos fiscais utilizando o sist emaeletrônico de processamento de dados (Ajuste SINIEF10/01).”.(grifado)

(…)

Art. 209. Quando a operação ou a prestação estiver beneficiadapor isenção ou amparada por imunidade, não-incidênc ia,diferimento ou suspensão do recolhimento do imposto , essacircunstância s erá mencionada no documento fiscal,indicando-se o respectivo dispositivo legal (art. 9 º doConvênio SINIEF s/n, de 15.12.70, e art. 89 do Conv ênio SINIEF06/89). (grifa-se)

ANEXO IX - DOS DOCUMENTOS FISCAIS ELETRÔNICOS E AUX ILIARES

CAPÍTULO I

DA NOTA FIS CAL ELETRÔNICA - NF-e E DO DOCUMENTO AUXILIAR DANF-e – DANFE

Art. 1º A Nota Fiscal Eletrônica - NF-e, modelo 55, poderá serutilizada em substituição à Nota Fiscal, modelo 1 o u 1-A, e àNota Fiscal de Produtor, modelo 4, pelos contribuin tes doImposto so bre Operações Relativas à Circulação de Mercadoriase sobre a Prestação de Serviços de Transporte Inter estadual eIntermunicipal e de Comunicação - ICMS (Ajustes SIN IEF 07/05,11/08 e 15/10).

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§ 1º Considera-se Nota Fiscal Eletrônica - NF-e o d ocumentoemit ido e armazenado eletronicamente, de existência ape nasdigital, com o intuito de documentar operações e pr estações,cuja validade jurídica é garantida pela assinatura digital doemitente e autorização de uso pelo fisco, antes da ocorrênciado fato gerador.

§ 2º A obrigatoriedade da utilização da NF-e será f ixada porintermédio de Protocolo ICMS, que será dispensado:

a) na hipótese de contribuinte inscrito unicamente no CAD/ICMSdeste Estado;

b) a partir de 1º de dezembro de 2010 (Ajuste SINIE F 9/09).

§ 3º N orma de Procedimento Fiscal - NPF fixará aobrigatoriedade de que trata o § 2º, determinando o scontribuintes, atividade econômica ou natureza da o peração poreles exercida.

(…)

Art. 9º Fica instituído o Documento Auxiliar da NF- e - DANFE,conforme leiaute estabelecido no “Manual de Integração -Contribuinte”, para acompanhar o trânsito das merca doriasacobertadas por NF-e ou para facilitar a consulta d a NF-e,prevista no art. 15 deste Anexo (Ajuste SINIEF 12/0 9 e 8/10).

§ 1º O DANFE somente poderá ser uti lizado para transitar comas mercadorias após a concessão da Autorização de U so da NF-e,de que trata o inciso III do art. 7º, ou na hipótes e previstano art. 11, todos deste Anexo.

(…)

Art. 19. Aplicam-se à NF-e, no que couber, as norma s previstasno Capí tulo IV do Título II deste Regulamento.

NORMA DE PROCEDIMENTO FISCAL N° 095/2009

2. É obrigatória a utilização da NF-e - Nota Fisca lEletrônica a que se refere o art. 1º do Anexo IX do RICMS/PR:

2.1. para os estabelecimentos empresariais paranaen sesenqua drados nos códigos da Classificação Nacional deAtividades Econômicas -CNAE descritos no Anexo Únic o, a partirda data indicada no referido Anexo;

(...)

3. A obrigatoriedade a que se refere o item 2 aplic a-se atodas as operações efetuadas pelos estabeleci mentos obrigadosao uso de NF-e, ficando vedada a emissão de Nota Fi scal modelo1 ou 1-A, ressalvadas as hipóteses previstas no ite m 4.

(...)

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ANEXO ÚNICO

Relação de códigos CNAE a que se refere item 2 dest a Norma deProcedimento Fiscal.

CNAE - Descrição CN AE - Início da obrigatoriedade

1749400 FABRICACAO DE PRODUTOS DE PASTAS CELULOSICAS, PAPEL,CARTOLINA, PAPEL-CARTAO E PAPELAO ONDULADO NAO ESPECIFICADOSANTERIORMENTE 01/04/2010”

Ressalta-se que os contribuintes do imposto que rea lizemoperações ou presta ções de serviços que configurem fato gerador doICMS e, ao mesmo tempo, incluam a incidência de out ros impostos,podem utilizar documento fiscal que apresente infor maçõesnecessárias ao controle de mais de um tributo, ou s eja, a notafiscal conjugada, desd e que atendidas as normas de cada legislaçãoespecífica.

Esclarece-se ainda que, para a emissão da nota fisc alconjugada, a respectiva legislação municipal deve aceitar evalidar o uso da NF-e nos mesmos moldes previstos n a legislação doICMS e atender a previsão constitucional (inciso XXII do art. 37)de compartilhamento do cadastro e das informações n a forma de leiou convênio, bem como as condições relativas ao sis tema autorizadorda NF-e, que, tecnicamente, deve estar preparado pa ra recepcionardados, nos termos do disposto no Ajuste SINIEF 7/2005, queinstituiu a Nota Fiscal Eletrônica e o Documento Au xiliar da NotaFiscal Eletrônica, in verbis :

“Cláusula oitava Concedida a Autorização de Uso da NF-e, aadministração tributária da unidade federada do emitentedeverá transmitir a NF-e para a Receita Federal do Brasil.

(...)

§ 2º A administração tributária da unidade federada doemitente ou a Receita Federal do Brasil também pode rãotransmitir a NF-e ou fornecer informações parciais para:

I - administraç ões tributárias municipais, nos casos em que aNF-e envolva serviços sujeitos ao ISSQN, mediante p révioconvênio ou protocolo;”.

Para os optantes do Simples Nacional, a legislação nãodispensa a obrigação da emissão de documento fiscal próprio para asoper ações ou prestações que realizem, dispondo, inclusi ve, sobre asobrigações acessórias, que estão dispostas, no que é pertinente aocaso, nos artigos 57, §§ 1º e 2º, e 61, § 4º da Res olução CGSN nº94, de 29 de novembro de 2011, “in verbis”:

“ Art. 57 . A ME ou EPP optante pelo Simples Nacional utilizará,conforme as operações e prestações que realizar, os documentos

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fiscais, inclusive os emitidos por meio eletrônico,autorizados pelos entes federados onde possuirestabelecimento. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 26,inciso I e § 4º)

§ 1º Relativamente à prestação de serviços sujeita ao ISS, aME ou EPP optante pelo Simples Nacional utilizará a NotaFiscal de Serviços, conforme modelo aprovado e auto rizado peloMunicípio, ou Distrito Federal, ou outro do cumento fiscalautorizado conjuntamente pelo Estado e pelo Municíp io da suacircunscrição fiscal. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art.26, inciso I e § 4º)

§ 2º A utilização dos documentos fiscais fica condi cionada:(Lei Complementar nº 123, de 2006, ar t. 26, inciso I e § 4º)

I - à inutilização dos campos destinados à base de cálculo eao imposto destacado, de obrigação própria, sem pre juízo dodisposto no art. 56; e

II - à indicação, no campo destinado às informaçõescomplementares ou, em sua falta, no corpo do documento, porqualquer meio gráfico indelével, das expressões:

a) "DOCUMENTO EMITIDO POR ME OU EPP OPTANTE PELO SI MPLESNACIONAL"; e

b) "NÃO GERA DIREITO A CRÉDITO FISCAL DE IPI".

(…)

Art. 61 . A ME ou EPP optante pelo Simples Nacional deveráadot ar para os registros e controles das operações eprestações por ela realizadas: (Lei Complementar nº 123, de2006, art. 26, §§ 2º e 4º)

(...)

§ 4º O ente tributante que adote sistema eletrônico de emissãode documentos fiscais ou recepção eletrônica de inf ormaçõespoderá exigi-los de seus contribuintes optantes pel o SimplesNacional, observados os prazos e formas previstos n asrespectivas legislações. (Lei Complementar nº 123, de 2006,art. 2º, inciso I e § 6º)”.

Portanto, também as empresas do Simples Naci onal, queestejam no âmbito da obrigatoriedade da NF-e, devem utilizar apenasesse tipo de documento fiscal, pois a norma que reg e a emissão deNota Fiscal é a mesma para contribuintes desse regi me ou do regimenormal de apuração e pagamento.

Vale ressalta r que a informação cadastral da consulente,descreve a atividade da empresa como de industrial e não prestadorade serviço, o CNAE em que está enquadrada está inse rido dentre osobrigatórios ao uso da NF-e. Em sendo o caso de as informações

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cadastrais esta rem incorretas, como no caso de desenvolveratividade exclusiva de prestação de serviço e não d e indústria, agráfica deve providenciar as devidas correções.

Já no caso de a legislação referente ao imposto decompetência municipal não permitir a utilização de nota fiscalconjunta a consulente deve observar as normas espec íficas paraemissão do documento fiscal correto.

Nesse mesmo sentido esclarecem as Consultas nº 205/ 1996 e94/2001.

Quanto à segunda indagação, acerca da forma de apur açãodo imposto para a indústria gráfica enquadrada no regime do SimplesNacional, registre-se que, quando o seu enquadramen to no CNAE forrelativo à atividade industrial e o estabelecimento executaroperações sujeitas ao ICMS, mesmo que efetue operaç ões mistas (come sem a ob rigação de recolher o ICMS), a receita bruta auferi da ourecebida deverá ser inserida no programa (PGDAS) qu e gera oDocumento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS) de formasegregada, nos termos do art. 16, § 3º, inc. I, e a rt. 25, inc. IIda Resolução do CGSN nº 94/2011.

“Resolução nº 94 do CGSN

Art. 16 . A base de cálculo para a determinação do valor de vidomensalmente pela ME ou EPP optante pelo Simples Nac ional seráa receita bruta total mensal auferida (Regime de Co mpetência)ou recebida (Regime de Caixa), conforme opção feita pelocontribuinte. (Lei Complementar nº 123, de 2006, ar t. 18,caput e § 3º)

§ 1º O regime de reconhecimento da receita bruta se ráirretratável para todo o ano-calendário. (Lei Compl ementar nº123, de 2006, art. 18, § 3º)

§ 2º Na hipótese de a ME ou EPP possuir filiais, deverá serconsiderado o somatório das receitas brutas de todo s osestabelecimentos. (Lei Complementar nº 123, de 2006 , art. 18,caput)

§ 3º Para efeitos do disposto neste artigo: (Redaçã o dada pelaResolução CGS N nº 98, de 13 de março de 2012)

I - a receita bruta auferida ou recebida será segre gada naforma do art. 25; (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18,§ 4º) (Incluído pela Resolução CGSN nº 98, de 13 de março de2012)

II - considera-se a receita bruta t otal mensal auferida ourecebida nos mercados interno e externo. (Lei Compl ementar nº123, de 2006, art. 3º, § 15). (Incluído pela Resolu ção CGSN nº98, de 13 de março de 2012)

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(...)

Art. 25 . A ME ou EPP optante pelo Simples Nacional deveráconsiderar a re ceita destacadamente, por mês e porestabelecimento, para fins de pagamento, conforme o caso,aplicando a alíquota prevista na:

(…)

II - tabela do Anexo II, sobre a receita decorrente da vendade mercadorias por elas industrializadas: (Lei Comp lementar nº123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º; art. 18, §§ 3º, 4º,incisos II, IV e V, 5º, 5º-G, 12, 13 e 14, inciso I I)

a) não sujeitas à substituição tributária, sem a tr ibutaçãoconcentrada em uma única etapa (monofásica) e, com relação aoICMS, sem a antecipa ção tributária com encerramento detributação, exceto as receitas especificadas nas al íneas "c" e"d";

b) sujeitas à substituição tributária, ou a tributa çãoconcentrada em uma única etapa (monofásica), ou, co m relaçãoao ICMS, a antecipação tributária com encerramento detributação, desconsiderando-se os percentuais dos r espectivostributos, exceto as receitas especificadas nas alín eas "c" e"d";

c) com incidência simultânea de IPI e de ISS, desco nsiderandoo percentual relativo ao ICMS e acrescida do perc entualcorresponde ao ISS previsto na tabela do Anexo III, exceto asreceitas especificadas na alínea "d";d) para exportação, desconsiderando os percentuais relativosao IPI, ICMS, Cofins e PIS/Pasep;” (grifa-se).

Por conseguinte, deve ser informada a rec eita na qualincide o ICMS, sendo apurado o imposto devido nos t ermos do art.13, inc. VII, e Anexo II da Lei Complementar nº 123 /2006, combinadocom o disposto na Tabela I do Anexo VIII do RICMS. E também incluirno PGDAS a receita relativa às operações q ue se enquadram no art.3º, inc. X do RICMS, conforme descrito no § 5º - G do art. 18, dareferida lei complementar. Assim, a receita bruta t otal será asomatória das receitas cadastradas de forma segrega da.

Seguem excertos da legislação pertinente:

“ LC nº 123/2006

Art. 13 . O Simples Nacional implica o recolhimento mensal,mediante documento único de arrecadação, dos seguin tesimpostos e contribuições:

(...)

VII - Imposto sobre Operações Relativas à Circulaçã o de

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Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços d e TransporteInterestadual e Intermunicipal e de Comunicação – I CMS;

Art. 18 . O valor devido mensalmente pela microempresa eempresa de pequeno porte comercial , optante pelo SimplesNacional, será determinado mediante aplicação da ta bela doAnexo I desta L ei Complementar. (grifa-se)

§ 1º Para efeito de determinação da alíquota, o suj eitopassivo utilizará a receita bruta acumulada nos 12 (doze)meses anteriores ao do período de apuração.

§ 2º Em caso de início de atividade, os valores de receitabruta acum ulada constantes das tabelas dos Anexos I a V destaLei Complementar devem ser proporcionalizados ao nú mero demeses de atividade no período.

§ 3º Sobre a receita bruta auferida no mês incidirá a alíquotadeterminada na forma do caput e dos §§ 1º e 2º dest e artigo,podendo tal incidência se dar, à opção do contribui nte, naforma regulamentada pelo Comitê Gestor, sobre a rec eitarecebida no mês, sendo essa opção irretratável para todo oano-calendário.

§ 4º O contribuinte deverá considerar, destacadamen te, parafim de pagamento :

I - as receitas decorrentes da revenda de mercadori as;

II - as receitas decorrentes da venda de mercadoria sindustrializadas pelo contribuinte:

III - as receitas decorrentes da prestação de servi ços, bemcomo a de locação de bens móv eis;

§ 5º As atividades industriais serão tributadas na forma doAnexo II desta Lei Complementar.

(…)

§ 5º As atividades industriais serão tributadas na forma doAnexo II desta Lei Complementar.

(...)

§ 5º-G. As atividades com incidência simultânea de IPI e deISS serão tributadas na forma do Anexo II desta LeiComplementar, deduzida a parcela correspondente ao ICMS eacrescida a parcela correspondente ao ISS prevista no AnexoIII desta Lei Complementar.”

No que concerne às normas atinentes aos demais impo stosincidentes nas operações da indústria gráfica, como ISS ou IPI,convém consultar os órgãos próprios que os regem, p or não serem decompetência Estadual, motivo pelo qual este Setor C onsultivo deixade se pronunciar.

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Assim sendo, no que estiver proceden do de forma diversaao exposto na presente resposta, deverá a consulent e observar odisposto no artigo 659 do RICMS, que prevê o prazo de até 15(quinze) dias para a adequação de seus procedimento s já realizadosao ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 10.949.463-1

CONSULTA Nº: 68, de 17 de julho de 2012.

CONSULENTE: MOSAIC FERTILIZANTES DO BRASIL LTDA.

SÚMULA: ICMS. AQUISIÇÃO DA MERCADORIA PELOINDUSTRIALIZADOR. NOTA FISCAL SIMBÓLICA.POSSIBILIDADE.

RELATORA: MARISTELA DEGGERONE

A consulente, cadastrada na atividade de fabricação deadubos e fertilizantes, aduz que efetua remessas de insumos paraindustrialização em estabelecimentos localizados em territórioparanaense.

Informa que, excepcionalmente, após a remessa damercadoria p ara industrialização, pode ocorrer que oindustrializador necessite e queira adquirir essa m ercadoria parautilização em seu processo industrial ou então adqu irir o produtoresultante da industrialização por encomenda.

Entende que o produto industrializado ou o insumoremetido para industrialização, ao ser vendido ou e mprestado para oindustrializador, deve ser documentado com a emissã o de notasfiscais simbólicas de retorno de produto industrial izado ou deproduto não industrializado e a da respectiva vend a.

Destaca que as notas fiscais são emitidas simbolica mente,pois as mercadorias já se encontram com o industria lizador, sendoque o retorno físico do industrializador para o enc omendante e aposterior remessa física do encomendante para o ind ustrializadorseria impróprio do ponto de vista logístico.

Reporta-se ao art. 299 do RICMS para fundamentar o seuentendimento de que a industrialização por encomend a está neleprevista e nos dispositivos seguintes do RICMS, e a o art. 496 doRegulamento do IPI, que pre vê a possibilidade de o industrializadoradquirir mercadoria do autor da encomenda sem que haja o retornofísico.

Cita o art. 44 do Convênio SINIEF s/nº, de 15.12.19 70,que possibilita a emissão de nota fiscal que não co rresponda a umaefetiva saída de mercadoria, desde que essa hipótese estejaprevista na legislação.

Diante do relatado, expõe o seu entendimento a resp eitoda emissão das notas fiscais para documentar as ope rações:

1. a consulente emite nota fiscal de remessa para

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industrialização, com diferimento do ICMS, de acordo com odisposto nos incisos I, II e XI do art. 101 do RICM S;

2. o industrializador emite nota fiscal simbólica d eretorno de industrialização;

3. a consulente emite nota fiscal simbólica de vend a demercadoria, com diferimento do ICMS, de acordo com os incisos I, IIe XI do art. 101 do RICMS.

Destaca que tais operações não trazem qualquer prej uízoao fisco porque se encontram albergadas pelo diferi mento do ICMS deque trata o art. 101 do RICMS, inclusive na remessa e no retorno daindustrialização, em razão do que dispõe o art. 103 da mesma normaregulamentar.

Posto isso, questiona se pode emitir nota fiscalsimbólica para as operações antes especificadas, be m como queanotações deve citar nos documentos fiscais.

Caso a resposta seja negativa, indaga como deve procederpara documentar as operações.

Em razão da diligência solicitada por este Setor, aconsulente esclarece que, diferentemente do que afi rmou na inicial,o estabelecimento industrializador não emite nota fiscal deret orno simbólico. Especifica, ainda, dos produtos env iados paraindustrialização, quais podem ser comercializados s em qualquerprocesso industrial e quais são de uso exclusivo co momatéria-prima.

RESPOSTA

Transcrevem-se os dispositivos do Regulamento do IC MSaprovado pelo Decreto n. 1.980, de 21 de dezembro d e 2007, que têmvínculo com a dúvida apresentada pela consulente:

Art. 95. Sem prejuízo das disposições específicas p revistasneste Regulamento, são abrangidas pelo diferimento asseguintes mercadorias:

(…)

§ 1º Fica igualmente diferido o pagamento do impost o nasoperações a seguir mencionadas:

(…)

c) nas operações internas, no retorno da mercadoria ou bemrecebido para industrialização, nas condições estab elecidas noart. 299, referente à parcela do val or agregado, para o

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momento em que ocorrer a saída ou a transmissão de propriedadedo produto resultante da industrialização, promovid a peloestabelecimento do contribuinte autor da encomenda;

Art. 101. É diferido o pagamento do ICMS nas operaç ões com asseguintes mercadorias:

I - ácido nítrico, ácido sulfúrico, ácido fosfórico , fosfatonatural bruto, enxofre, amônia, fosfato de amônio, nitrato deamônio ou de suas soluções, nitrato de amônio e cál cio, rochafosfática, uréia e cloreto de potássio;

II - adub os simples ou compostos, e fertilizantes, inclusiveda espécie inoculante biológico, de uso na agricult ura e napecuária;

(…)

XI - DL metionina e seus análogos, DAP (di-amônio f osfato),MAP (mono-amônio fosfato), nitrocálcio, sulfato de amônio,polpa cítri ca e esterco animal;

(…)

§ 1º O diferimento de que trata o inciso I:

a) aplica-se exclusivamente nas operações com:

1. estabelecimento onde sejam industrializados adub os simplesou compostos, fertilizantes e fosfato bicálcio dest inado àalimentação animal;

2. estabelecimento de cooperativa ou de produtoragropecuário;

3. quaisquer estabelecimentos com fins exclusivos dearmazenagem;

4. outro estabelecimento da mesma empresa daquela o nde tenhasido processada a industrialização;

b) estende-se às saídas pr omovidas, entre si, pelosestabelecimentos referidos nos itens da alínea ante rior, e àssaídas, a título de retorno, real ou simbólico, da mercadoriaremetida para fins de armazenagem.

Art. 103. Na operação interna de remessa de produto s sujeitosao diferi mento para industrialização em outro estabeleciment oe posterior retorno à origem, aplicar-se-ão:

I - as regras da suspensão do pagamento do imposto, previstasno inciso VII do art. 93, quando o produto resultan te daindustrialização não estiver amparado p elo diferimento;

II - as regras deste Capítulo, quando o produto res ultante daindustrialização estiver, também, amparado pelo dif erimento.

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Art. 217. Sempre que for obrigatória a emissão de d ocumentosfiscais, aqueles a quem se destinarem as mercadoria s eserviços são obrigados a exigir tais documentos dos que devamemiti-los, contendo todos os requisitos legais (art s. 14 e 15do Convênio SINIEF s/n, de 15.12.70, e Convênio SIN IEF 06/89,art. 89).

(...)

§ 2º Fora dos casos previstos na legislação é veda da aemissão de documento fiscal que não corresponda a u ma efetivasaída ou entrada de mercadoria ou uma efetiva prest ação deserviço (art. 44 do Convênio SINIEF s/n, de 15.12.7 0, e art.89 do Convênio SINIEF 06/89).

Art. 299. É suspenso o pagamento do impo sto nas operaçõesinternas ou interestaduais, na saída e no retorno, de bem oumercadoria remetida para conserto ou industrializaç ão,promovida por estabelecimento de contribuinte, sob a condiçãode retorno real ou simbólico ao estabelecimento rem etente, n oprazo de até 180 dias, contados da data da saída (C onvênio AE15/74; Convênios ICM 01/75 e 35/82 e Convênios ICMS 34/90 e151/94).

§ 1º O disposto no caput não se aplica:

a) às saídas, em operações interestaduais, de sucat as e deproduto primário de orig em animal, vegetal ou mineral, salvose a remessa e o retorno real ou simbólico se fizer em nostermos de protocolo celebrado entre o Estado do Par aná eoutros Estados interessados;

b) quando a operação interna de retorno real ou sim bólico damercadoria obj eto da industrialização estiver ainda sujeita àsnormas relativas ao diferimento, nos termos do inci so II doart. 103;

c) nas saídas, em operações internas, em que o obje to sejagado bovino, bubalino, suíno, ovino e caprino ou av es;

d) na saída de produto primário para fins de beneficiamento;

e) no retorno de álcool etílico combustível anidro ouhidratado.

§ 2º Em relação ao valor agregado na industrializaç ão,aplica-se o diferimento previsto na alínea "c" do § 1º do art.95.

Preliminarmente, lembra-se qu e este Setor tem semanifestado que no art. 101 do RICMS estão listados insumosagropecuários. Os produtos relacionados no inciso I , diferentementedos demais, são insumos industriais, aplicando-se a os daqueleinciso o diferimento do pagamento do imposto n as circunstâncias

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excepcionais arroladas no seu § 1º, nelas se inseri ndo, a exemplo,a remessa para industrialização.

Assim, para ser objeto do diferimento do pagamento doimposto, os produtos mencionados nos demais incisos já devem estarprontos para sere m usados na agricultura e na pecuária.(Precedente: Consulta n. 25, de 29 de março de 2011 ).

Feitas essas considerações a respeito do tratamentotributário nas operações com os produtos mencionado s no art. 101,passa-se a analisar a dúvida apresentada pel a consulente,ressaltando que se parte do princípio de que a cons ulente nãoestaria transfigurando uma operação de venda em rem essa paraindustrialização de mercadorias, aspecto reservado à açãofiscalizadora.

Não há vedação na legislação para que a consu lente emitanota fiscal para documentar a operação de venda de mercadoria quejá se encontra em poder do destinatário, pois foi r emetida,inicialmente, para industrialização, mas, por quest ões comerciais,acabou sendo adquirida pelo estabelecimento industr ializador,devendo naquele documento ser mencionada tal circun stância, bemcomo citados os números das notas fiscais relativas à remessa paraindustrialização e ao retorno, mesmo que esse seja simbólico.

Em razão do manifestado, nos termos do art. 659 d o RICMS,a consulente tem, a partir da data da ciência da re sposta, o prazode até quinze dias para adequar os procedimentos já realizados,caso esteja procedendo de modo diverso do respondid o.

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PROTOCOLOS: 10.613.539-8 e 11.441.541-3

CONSULTA Nº: 69, de 7 de agosto de 2012.

CONSULTA: DENSO DO BRASIL LTDA.

SÚMULA: ICMS. EMBALAGENS RETORNÁVEIS. CRITÉRIO PARADETERMINAÇÃO DE CRÉDITO RELATIVO AO ATIVOIMOBILIZADO.

RELATORA: CLEONICE STEFANI SALVADOR

A consulente, informando que tem como atividadepreponderante a fabricação e comercialização de aut opeças, expõeque usualmente adquire embalagens (caixas metálicas ou deplásticos) para utilização no transporte dos produt os aos clientes,as quais posteri ormente retornam ao estabelecimento para seremreutilizadas.

Esclarece que, quando da realização das operações, emitenota fiscal das referidas embalagens retornáveis, s em destaque deICMS, em razão da isenção estabelecida no item 138 do Anexo I doRICMS/2 008 (Convênio ICMS 88/91), registrando-a no livro R egistrode Saídas.

Transcrevendo as disposições do § 3º do art. 23 do RICMS,que disciplina a forma de creditamento do ICMS rela tivamente àsentradas de bens do ativo permanente, menciona ter dúvidas quant o àinclusão do valor das embalagens retornáveis no tot al das operaçõesde circulação de mercadorias, para fins de determin ação daproporção das operações e prestações tributadas sob re o total dassaídas e prestações do período.

Seu entendimento é de que e ssas saídas não devem serconsideradas no cálculo da proporção para quantific ação do crédito,pois as mencionadas embalagens não são objeto de co mercializaçãopela empresa, de modo que não guardam correlação co m as saídasmencionadas no comando previsto no referido art. 23, estabelecidoem função da regra da não cumulatividade, cujo obje tivo é a nãoconcessão de créditos de ICMS aos contribuintes que praticamoperações de saídas definitivas não tributadas ou b eneficiadas pelaisenção do imposto.

RESPOSTA

Os dispositivos da Lei n. 11.580/1996, que se refer em ao

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regime de compensação do ICMS e ao direito ou vedaç ão ao crédito,assim dispõem:

“Art. 24. Para a compensação a que se refere o arti goanterior, é assegurado ao contribuinte o direito decreditar-se do imposto anteriormente cobrado em operações deque tenha resultado a entrada de mercadoria, real o usimbólica, no estabelecimento, inclusive a destinad a ao seuuso ou consumo ou ao ativo permanente, ou o recebim ento deserviços de transporte interestadua l e intermunicipal ou decomunicação.

§ 4º Para efeito do disposto no "caput" deste artig o,relativamente aos créditos decorrentes de entrada d emercadorias no estabelecimento destinadas ao ativo permanente,deverá ser observado (Lei Complementar n. 102/ 00):

a) a apropriação será feita à razão de um quarenta e oito avospor mês, devendo a primeira fração ser apropriada n o mês emque ocorrer a entrada no estabelecimento;

b) em cada período de apuração do imposto, não será admitido ocreditamento de que tra ta a alínea anterior, em relação àproporção das operações de saídas ou prestações ise ntas ou nãotributadas sobre o total das operações de saídas ou prestaçõesefetuadas no mesmo período;

c) para aplicação do disposto nas alíneas "a" e "b" , omontante do crédito a ser apropriado será o obtidomultiplicando-se o valor total do respectivo crédit o pelofator igual a um quarenta e oito avos da relação en tre o valordas operações de saídas e prestações tributadas e o total dasoperações de saídas e prestações d o período, equiparando-se àstributadas, para fins desta alínea, as saídas e pre stações comdestino ao exterior;

d) o quociente de um quarenta e oito avos seráproporcionalmente aumentado ou diminuído, "pro rata " dia, casoo período de apuração seja superi or ou inferior a um mês;

e) na hipótese de alienação dos bens do ativo perma nente,antes de decorrido o prazo de quatro anos contado d a data desua aquisição, não será admitido, a partir da data daalienação, o creditamento de que trata este parágra fo emr elação à fração que corresponderia ao restante do q uadriênio;

f) serão objeto de outro lançamento, além do lançam ento emconjunto com os demais créditos, para efeito da com pensaçãoprevista neste artigo e no art. 23, na forma regula mentadapelo Poder Execu tivo, para aplicação do disposto nas alíneas"a" a "e" deste parágrafo;

g) ao final do quadragésimo oitavo mês contado da d ata da

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entrada do bem no estabelecimento, o saldo remanesc ente docrédito será cancelado.

Art. 27. É vedado, salvo determinação em contrário dalegislação, o crédito relativo a mercadoria ou bem entrados noestabelecimento ou a prestação de serviços a ele fe ita:

I - decorrentes de operações ou prestações isentas ou nãotributadas, ou que se refiram a bens, mercadorias, ou serviçosalh eios à atividade do estabelecimento;

II - para integração ou consumo em processo deindustrialização ou produção rural, quando a saída do produtoresultante não for tributada ou estiver isenta do i mposto,exceto se tratar-se de saída para o exterior;

III - para comercialização ou prestação de serviço, quan do asaída ou a prestação subseqüente não forem tributad as ouestiverem isentas do imposto, exceto as destinadas aoexterior;”

Depreende-se dos dispositivos transcritos que o dir eitoao crédito, relativame nte à atividade de circulação de mercadorias,está condicionado à prática de saídas tributadas, c abendo sercomputadas, no cálculo da proporcionalidade, as saí das relacionadasa atos de promoção de circulação de mercadorias.

Assim, para fins de apuração da proporcionalidade de quetrata a alínea “b” do § 4º do art. 24 da Lei n. 11. 580/1996, nãodevem ser consideradas as saídas que não exibam car áter definitivoe que não impulsionam mercadorias em direção a nova etapa decomercialização ou ao consumo final. Incluem-se nesse rol ossimples deslocamentos e saídas provisórias, tais co mo as remessaspara conserto, para demonstração, para industrializ ação emestabelecimento de terceiros etc., pois dessas saíd as não resulta oencaminhamento da mercadoria, ou do bem , para o consumo ou pararevenda, por parte do adquirente.

Nesse sentido, ressalta-se que os materiais retorná veismencionados pela consulente não são adquiridos para revenda, nãoocorrendo a transferência de posse ou de propriedad e nem seuencaminhamento com destino ao consumo. São denominadas de“embalagens para transporte” porque acondicionam as mercadoriaspara tal fim, mas retornam ao estabelecimento após a entrega dosprodutos, sendo reutilizadas até seu descarte.

As unidades federadas reconheceram qu e tais saídas devemser desoneradas de ICMS, razão pela qual editaram o Convênio ICMS88/91. Não obstante, pelas razões antes expostas, n ão devem sercomputadas para fins de apuração da relação entre o valor dasoperações tributadas e o total das operações de saídas, devendo seu

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montante ser excluído do cálculo do fator de propor cionalidade.

Registre-se que assim retratam as disposições conti das naalínea “j” do § 3º do art. 23 e na Nota 4 da Tabela I do Anexo V doRegulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto n. 1.980/2007,introduzidas no referido diploma regulamentar pelo Decreto n.5.255, de 16.7.2007:

“Art. 23. Para a compensação a que se refere o arti goanterior, é assegurado ao contribuinte o direito decreditar-se do imposto anteriormente cobrado em ope rações deque tenha resultado a entrada de mercadoria, real o usimbólica, no estabelecimento, inclusive a destinad a ao seuuso ou consumo ou ao ativo permanente, ou o recebim ento deserviços de transporte interestadual e intermunicip al ou decomunicação (a rt. 24 da Lei n. 11.580/96).

§ 3º Para efeito do disposto no "caput", em relação aoscréditos decorrentes de entradas de mercadorias noestabelecimento destinadas ao ativo permanente, dev erá serobservado:

...

“j) para efeitos da determinação do fator de p roporcionalidadede que trata a alínea “c”, não devem ser considerad os osvalores das saídas que não apresentem caráter defin itivo,assim compreendidas as que contenham previsão de re torno realou simbólico, nos termos deste Regulamento.”

“ANEXO V - FORMUL ÁRIOS

TABELA I - CONTROLE DE CRÉDITO DE ICMS DO ATIVO PE RMANENTE –CIAP

...

Notas:

4. para efeitos do fator de proporcionalidade de qu e trata aalínea “f” da nota 1, não devem ser considerados no cálculo osvalores das saídas que não apresentem caráter de finitivo,assim compreendidas as que contenham previsão de re torno realou simbólico, nos termos deste Regulamento, como po r exemplo:remessa para conserto e para industrialização, saíd as deembalagens retornáveis, remessa para demonstração e tc. (alínea“j ” do § 3º do art. 23 deste Regulamento).”.

Logo, está correto o entendimento manifestado pelaconsulente.

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PROTOCOLO: 11.178.948-7

CONSULTA Nº: 70, de 12 de julho de 2012.

CONSULENTE: WHITE MARTINS GASES INDUSTRIAIS LTDA.

SÚMULA: ICMS. VENDA À ORDEM. VALOR DA OPERAÇÃO.

RELATORA: ORIANA C. ZARDO

A consulente atua no ramo de fabricação de gasesindustriais e medicinais. Informa que pratica opera ções de venda àordem, nos termos do art. 293 do Regulamento do ICM S aprovado peloDecreto n. 1.980/2007.

Partindo do pressuposto de que o consumidor final, porrazões comerciais, não deve conhecer o preço de ven da praticado como adquirente original, entende que a nota fiscal de remessa emitidanos termos do art. 293, § 4º, alínea “b”, item 1 do RICMS, deve tero mesmo valor do documento fiscal emitido pelo adquirente originalpara o destinatário, conforme disposto na alínea “a ” do artigoantes mencionado. Informa que seu entendimento se a linha ao daConsulta n. 2, de 19 de janeiro de 2006, que trata do mesmoassunto.

Indaga se está correto seu entendimento.

RESPOSTA

Primeiramente, transcrevem-se os dispositivos perti nentesà questão:

RICMS

“Art. 293. Na venda à ordem ou para entrega futura, poderá seremitida nota fiscal, para simples faturamento, veda do odestaque do ICMS (art. 40 do Convênio SINIEF s/n, d e 15.12.70;Ajustes SINIEF 01/87 e 01/91).

§ 1º Na hipótese deste artigo, o ICMS será debitado porocasião da efetiva saída da mercadoria.

(…)

§ 4º No caso de venda à ordem, por ocasião da entre ga globalou parcial da mercadoria a terceiros, deverá ser em i tida notafiscal:

a) pelo adquirente original, com destaque do ICMS, quando

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devido, em nome do destinatário, consignando-se, al ém dosrequisitos exigidos, o nome, o endereço e os número s deinscrição, estadual e no CNPJ, do estabelecimento q ue irápromover a remessa da mercadoria;

b) pelo vendedor remetente:

1. em nome do destinatário, para acompanhar o trans porte damercadoria, sem destaque do imposto, na qual, além dosrequisitos exigidos, constarão, como natureza da op eração,"Remessa por conta e ordem d e terceiros", o número, a série,sendo o caso, e a data da emissão da nota fiscal de que trataa alínea anterior, bem como o nome, o endereço e os números deinscrição, estadual e no CNPJ, do seu emitente;

2. em nome do adquirente original, com destaque do valor doimposto, quando devido, na qual, além dos requisito s exigidos,constarão, como natureza da operação, "Remessa simb ólica -Venda à ordem", o número, a série, sendo o caso, e a data daemissão da nota fiscal prevista no item anterior.”.

Os disposit ivos retrotranscritos estabelecem os dadosexigidos no documento fiscal para vincular a operaç ão de remessa aocontexto em que é realizada (operação triangular), não estandoincluído o valor da operação.

Assim, é facultativa a sua indicação na nota fiscal deremessa, podendo ter o mesmo valor do documento fis cal emitido peloadquirente original para o destinatário final, como entende aconsulente.

Tal posicionamento tem precedente na Consulta 61/20 12.

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PROTOCOLO: 11.263.647-1

CONSULTA Nº: 71, de 21 de agosto de 2012.

CONSULENTE: PROTEÇÃO SOLDAS E FERRAMENTAS LTDA.

SÚMULA: ICMS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. ENQUADRAMENTO DEPRODUTO.

RELATORA: MARGARETE MARIA MAZZOLA

A consulente, disposta no regime normal de tributaç ão,informa que atua na atividade de transporte de carg as e de comérciovarejista de ferragens, ferramentas e outros. Expõe que dentre osprodutos que comercializa está o “protetor facial ( segurançaindivi dual – EPI)”, o qual classifica no código 3926.90.9 0 da NCM.Aduz que esse código está relacionado no item 11 do art. 481-G doRICMS, que trata das mercadorias sujeitas ao regime da substituiçãotributária em operações relativas a materiais de co nstrução,acabamento, bricolagem ou adorno. No entanto, infor ma que o produtoem questão não é adquirido com fim de uso na constr ução civil.

Acrescenta que vende outras mercadorias, que também nãose destinam à construção civil, acabamento, bricola gem ou adorno.

Ass im, indaga se deve ser aplicada a substituiçãotributária aos produtos que comercializa, mesmo que não sejamaterial destinado ao uso na construção, acabamento , bricolagem ouadorno.

RESPOSTA

De início, enfatiza-se que é de responsabilidade docontribuin te a adequada classificação dos produtos na Nomencl aturaComum do Mercosul (NCM) e, em caso de dúvida, a com petência pararesponder consultas é da Secretaria da Receita Fede ral do Brasil.

Observa-se que o regime de recolhimento do ICMS porsubstituição tri butária em questão está previsto no art. 481-Edo Regulamento do ICMS (RICMS), aprovado pelo Decre to nº1.980/2007, e que o produto identificado pela consu lente estáinserido na subposição 3926.90 da NCM, a qual está relacionadono art. 481-G desse mesmo d iploma regulamentar, com a seguinteredação:

“Art. 481-E. Ao estabelecimento industrial fabrican te,importador ou arrematante de mercadoria importada eapreendida, que promover a saída dos materiais de c onstrução,

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acabamento, bricolagem ou adorno, relacion ados no art. 481-Gcom suas respectivas classificações na NCM, com des tino arevendedores situados no território paranaense, é a tribuída acondição de sujeito passivo por substituição, para efeito deretenção e recolhimento do ICMS relativo às operaçõ essu bsequentes.

Parágrafo único. A responsabilidade pela retenção erecolhimento do imposto fica também atribuída a qua lquerestabelecimento remetente localizado nos Estados do Amapá,Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e S ão Paulo,inclusive em re lação ao diferencial de alíquotas (ProtocolosICMS 196/2009, 69/2011 e 71/2011).

(…)

Art. 481-G. Nas operações com os produtos relaciona dos, comsuas respectivas classificações na NCM, devem ser c onsideradosos seguintes percentuais de margem de valor agre gado:

(...)

ITEM - 11

NCM - 3926.90

DESCRIÇÃO DAS MERCADORIAS - Outras obras de plástic o, para usona construção civil

MARGEM DE VALOR AGREGADO - MVA (%):

- INTERNA - 36

- INTERESTADUAL – 45,95”.

Importa salientar que devem ser utilizados tanto o códigoda mercadoria na NCM quanto a sua respectiva descriçã o nalegislação que atribui o regime de substituição tri butária paraidentificar se o produto comercializado a ele se su jeita.

Na tabela da NCM se constata que a posição 3926 des creve“outras obras de plás ticos e obras de outras matérias das posições39.01 a 39.14” e que o código relativo ao item 3926 .90.90 descreveapenas “outras” que se enquadram nas característica s descritas nasubposição 3926.90, e sendo também definida como “o utras”, pelo quedeve ser entendido como as outras que não fazem parte das de maissubposições da posição 3926.

Na lista de materiais de construção, acabamento,bricolagem e adorno, especificada no art. 481-G do RICMS, estárelacionado o produto da NCM 3926.90 com a descriçã o “outra s obrasplásticas, para uso na construção civil”, pelo que estão sujeitosao regime de substituição tributária todos os produ tosclassificados dentro dessa subposição, inclusive o da NCM3926.90.90, desde que possam ser utilizados no ramo da construção

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civ il.

Assim, estando a mercadoria inserta, por sua descri ção epor sua classificação na NCM, no artigo 481-G do RI CMS,independentemente de ter uso efetivo na construção civil, estarásujeita ao regime de substituição tributária. Exceç ão que se faztão somen te às mercadorias dos itens 1, 3, 11, 13, 25, 45, 5 3, 54,58 e 66, deste artigo, para os quais a necessária u tilização naconstrução civil está especificamente neles express a.

Note-se que na relação de mercadorias desse disposi tivoregulamentar constam pro dutos que podem ser utilizados tanto naconstrução civil quanto em outros setores e ativida des, podendoser considerados de uso misto, circunstância em que será aplicávelo regime de substituição tributária.

Logo, se a mercadoria comercializada, “protetor facial,de plástico”, classificada no código 3926.90.90 da NCM, inserta nasubposição 3926.90 da NCM e disposta no item 11 do art. 481-G, tema possibilidade de ser utilizada na construção civi l, sujeita-se aoregime da substituição tributária do art. 481 -E e seguintes doRICMS, independe da finalidade efetivamente dada a o produto peloadquirente. O mesmo se aplica a outros produtos ins ertos na NCM3926.90 e que possam ser destinados à construção ci vil.

Dessa forma, no que estiver procedendo de forma div ersaao exposto na presente resposta, deverá a consulent e observar odisposto no artigo 659 do RICMS, que prevê o prazo de até 15(quinze) dias para a adequação de seus procedimento s já realizadosao ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 11.413.298-5

CONSULTA Nº: 72, de 14 de agosto de 2012.

CONSULENTE: SINDICATO DAS INDÚSTRIAS GRÁFICAS DO ESTADO DOPARANÁ.

SÚMULA: ICMS. OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS.

RELATORA: AQUILÉA ADRIANA MORESCO.

A consulente, entidade representativa da categoria dasindústrias gráficas do Estado do Paraná, informa qu e suasassociadas estão encontrando dificuldades em interp retar sedeterminados dispositivos da legislação estadual e da LeiComplementar n. 123, de 1 4 de dezembro de 2006, em relação àsobrigações acessórias do ICMS, lhes são aplicáveis.

Faz referência à exigência prevista no inciso I do art.137 do RICMS, sobre a emissão de nota fiscal pelo c ontribuinte doICMS sempre que promover a saída de bem ou de mercadoria,informando que sua dúvida recai nos casos em que osestabelecimentos gráficos não são contribuintes do impostoestadual, estando sua atividade sob a incidência ap enas do IPI e doISS.

Cita a Consulta n. 26/2011, exarada neste SetorConsultivo, mencionando o entendimento de que “a produção deplacas, de sinalização visual, de banners , adesivos e congêneres,fabricados e instalados segundo projeto desenvolvid o peloencomendante ou pelo consulente, não está sujeita à tributação peloICMS” e que, “ não estando a sua atividade no campo de incidência doICMS, desnecessária a sua inscrição no cadastro de contribuintesdesse imposto”, deduzindo que, nesses casos, não ha veria anecessidade de emitir nota fiscal para o transporte daquelasmercadorias. No e ntanto, aduz haver dúvidas quanto aos casos em queos estabelecimentos gráficos exercem atividades mis tas, ou seja,nesses casos, por ser contribuinte do ICMS, a obrig atoriedade daemissão do documento fiscal é para todas as operaçõ es ou, nos casosde tran sporte de mercadoria sujeita ao ISS, essa obrigator iedadedeixa de existir.

Também menciona entendimento exarado pela Secretari a daReceita Federal do Brasil sobre a tributação das op eraçõesrealizadas por estabelecimentos, optantes pelo Simp les Nacional,que pratiquem a atividade gráfica.

Expõe sobre a legislação do Simples Nacional no queconcerne à forma de tributação na atividade gráfica e sobre a nãoincidência do ICMS prevista no inciso X do art. 3º do RICMS, por

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fim indagando:

1. com relação ao trans porte dos bens ou mercadoriasproduzidos pelos estabelecimentos gráficos, enquadr ados ou não noSimples Nacional, qual o correto procedimento quant o à emissão dedocumento fiscal, tanto para os estabelecimentos gr áficos quepratiquem operações com incidênc ia de IPI e ISS exclusivamente,quanto aos que efetuam operações com incidência de IPI e ICMS(atividade mista)?

2. Quais requisitos a administração tributária para naenseentende que os estabelecimentos gráficos enquadrado s no SimplesNacional, que exercem exclusivamente atividade fora da incidênciado ICMS e que praticam operações com incidência sim ultânea de IPI eISS, deduzindo o ICMS, devem preencher para se enqu adrarem nahipótese de tributação prevista no Anexo II da Lei Complementar n.123/2006 e, ai nda, o entendimento se coaduna com o manifestado pe laSecretaria da Receita Federal do Brasil?

RESPOSTA

O Regulamento do ICMS aprovado pelo Decreto n. 1.98 0, de21 de dezembro de 2007, estabelece:

“Art. 3º O imposto não incide sobre...:

I - operações co m:

a) livros, jornais e periódicos e o papel destinado a suaimpressão;

b) livros, jornais e periódicos em meio eletrônico ou mídiadigital;

(…)

X - saídas de produção do estabelecimento gráfico d e impressospersonalizados que não participem de etapa poste rior decirculação promovida pelo destinatário;

(...)

Art. 137. O contribuinte, excetuado o produtor rura l inscritono CAD/PRO, emitirá nota fiscal (Convênio SINIEF, d e 15.12.70,arts. 7º, 18, 20 e 21; Ajuste SINIEF 4/87):

I - sempre que promover a saída d e bem ou mercadoria, antes doinício dessa;

II - no momento do fornecimento de alimentação, be bidas eoutras mercadorias, em restaurantes, bares, cafés eestabelecimentos similares;

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III - antes da tradição real ou simbólica da mercad oria:

a) no caso de tr ansmissão de propriedade ou de título que arepresente, quando esta não transitar pelo estabele cimento dotransmitente;

b) no caso de ulterior transmissão de propriedade d emercadoria que, tendo transitado pelo estabelecimen totransmitente, deste tenha saí do sem o pagamento do imposto, emdecorrência de locação ou de remessa para armazém g eral oudepósito fechado;

IV - na perda ou perecimento de mercadoria que impl ique noencerramento da fase de diferimento ou suspensão, p aralançamento do imposto das etapa s anteriores;

V - na realização de estorno de crédito ou de débit o doimposto.

Art. 138. A nota fiscal conterá, nos quadros e camp ospróprios, observada a disposição gráfica dos modelo s 1 e 1-A,as seguintes disposições (Convênio SINIEF s/n, de 1 5.12.70,Ajustes SINIEF 07/71, 16/89 e 03/94):

(…)

§ 12. Os dados relativos ao Imposto sobre Serviços de QualquerNatureza serão inseridos, quando for o caso, entre os quadros"Dados do Produto" e "Cálculo do Imposto", conforme legislaçãomunicipal, observado o disp osto na alínea "d" do § 2° do art.206.

Art. 206. Os documentos fiscais não poderão conter emenda ourasura e serão emitidos por decalque, a carbono ou em papelcarbonado ou auto-copiativo, podendo ser preenchido s à máquinaou manuscrito a tinta ou, ainda, por sistema de processamentode dados ou por equipamento emissor de cupom fiscal , devendoos seus dizeres e indicações estarem bem legíveis e m todas asvias (art. 7º do Convênio SINIEF s/n, de 15.12.70, e art. 89do Convênio SINIEF 06/89, e Ajustes SINIEF 16/89 e 03/94).

§ 1º Relativamente aos documentos fiscais é permiti do:

a) o acréscimo de indicações necessárias ao control e de outrostributos federais e municipais, desde que atendidas as normasda legislação específica;. (grifou-se)

Anexo IX

CAPÍTULO I

DA NOTA FISCAL ELETRÔNICA - NF-e E DO DOCUMENTO AUX ILIAR DANF-e –

DANFE

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Art. 1º A Nota Fiscal Eletrônica - NF-e, modelo 55, poderá serutilizada em substituição à Nota Fiscal, modelo 1 o u 1-A, e àNota Fiscal de Produtor, modelo 4, pelos contribuin tes doImposto sobre Operações Relativas à Circulação de M ercadoriase sobre a Prestação de Serviços de Transporte Inter estadual eIntermunicipal e de Comunicação - ICMS (Ajustes SIN IEF 07/05,11/08 e 15/10).”.

Faz-se necessário precisar a hipótese de incidência doICMS para responder aos questionamentos da consulen te, poisessencial esse esclarecimento para a exigência de q uaisquerobrigações acessórias decorrentes de operações prat icadas porcontribuintes do imposto estadual. Nesse sentido, o aspectomaterial d a hipótese de incidência do ICMS é a realização deoperações relativas à circulação de mercadorias, cu jas definiçõesforam estabelecidas pela Lei Complementar n. 87/199 6 para oterritório nacional e pela Lei n. 11.580/1996 para o Estado doParaná.

Verifica -se, diante dos dispositivos transcritos, queincide o imposto estadual nas saídas de impressos d e produção deestabelecimento gráfico que participem de alguma fo rma de etapasseguintes de circulação, comercialização ou industr ialização.

A fim de corrobora r com esse entendimento, cita-seexcerto da Consulta n. 71/2007 deste Setor Consulti vo:

“Os estabelecimentos gráficos, em sua grande maiori a, exercematividade mista, que ora se insere no campo de inci dência doimposto municipal, ora no do tributo estadual . Insere-se nocampo de incidência estadual quando o produto, mesm opersonalizado, participar de uma etapa seguinte de circulaçãode mercadoria , tais como bulas e etiquetas. Inteligência doinciso X do art. 4º do RICMS/01.”.(grifado)

Assim, necessária a e missão de documento fiscal nasoperações de transporte de bens ou mercadorias prod uzidos pelosestabelecimentos gráficos, enquadrados ou não no Si mples Nacional,que sejam contribuintes do ICMS.

Ademais, sendo contribuinte do ICMS, deverá transit ar comnot a fiscal, modelo 1 ou 1-A ou DANFE de NF-e, sempre que promovera saída de bem ou mercadoria, submetendo-se à regra prevista noart. 137 do RICMS, e deverá observar a legislação p aranaense emrelação às obrigações a serem cumpridas, nos termos do art. 111 doRICMS, in verbis :

“Art. 111. As pessoas físicas ou jurídicas, contrib uintes ounão, responsáveis, na forma da legislação, estão ob rigadas aocumprimento das obrigações tributárias acessórias,estabelecidas neste Regulamento (art. 46 da Lei n.11.580/96) .”

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Quanto à inclusão de indicações relativas ao contro le deoutros tributos, desde que não contrariem a legisla ção própria, éviável e possui previsão no Convênio SINIEF, sendo permitido emitira nota fiscal de forma conjugada. No entanto, quand o se tratar deemissão de Nota Fiscal eletrônica - NF-e, há a nece ssidade deconvênios entre o Estado e os Municípios que permit am atransmissão, por sistema interligado, dos dados da “notaconjugada”. Registre-se que é viável tal procedimen to desde queobservados, e m relação ao sistema autorizador da NF-e, os termos dodisposto no Ajuste SINIEF 7/2005, que instituiu a N ota FiscalEletrônica e o Documento Auxiliar da Nota Fiscal El etrônica –DANFE, in verbis :

“ Cláusula segunda Para emissão da NF-e, o contribuinte deve rásolicitar, previamente, seu credenciamento na unida de federadaem cujo cadastro de contribuinte do ICMS estiver in scrito.

§ 1º O contribuinte credenciado para emissão de NF- e deveráobservar, no que couber, as disposições relativas à emissão dedocument os fiscais por sistema eletrônico de processamento dedados, constantes dos Convênios 57/95 e 58/95, ambo s de 28 dejunho de 1995 e legislação superveniente.

(...)

§ 2º A administração tributária da unidade federada doemitente ou a Receita Federal do Bras il também poderãotransmitir a NF-e ou fornecer informações parciais para:

I - administrações tributárias municipais, nos caso s em que aNF-e envolva serviços sujeitos ao ISSQN, mediante p révioconvênio ou protocolo;”. (grifou-se)

Insta informar que, tratan do-se de estabelecimentosgráficos que não são contribuintes do ICMS, para qu aisquerprocedimentos relativos à emissão de documento fisc al deverão serobservadas as normas pertinentes àqueles tributos e , se for o caso,formulado pedido de orientação ao órg ão competente.

Nesses casos, se a operação realizada se enquadrarexclusivamente na previsão do inciso X do art. 3º d o RICMS (com nãoincidência do ICMS) e sendo estabelecimento optante pelo SimplesNacional, deverá efetuar os ajustes previstos no ar t. 18, § 5º-G eart. 79-D, da Lei Complementar n. 123/2006, in verbis :

“LC 123/2006

Art. 18 . O valor devido mensalmente pela microempresa eempresa de pequeno porte comercial, optante pelo Si mplesNacional, será determinado mediante aplicação da ta bela doAnexo I desta Lei Complementar.

(…)

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§ 5º-G. As atividades com incidência simultânea de IPI e deISS serão tributadas na forma do Anexo II desta LeiComplementar, deduzida a parcela correspondente ao ICMS eacrescida a parcela correspondente ao ISS prevista no An exoIII desta Lei Complementar.

(...)

Art. 79-D . Excepcionalmente, para os fatos geradores ocorrid osentre 1º de julho de 2007 e 31 de dezembro de 2008, as pessoasjurídicas que exerçam atividade sujeita simultaneam ente àincidência do IPI e do ISS deverão recolher o ISS diretamenteao Município em que este imposto é devido até o últ imo diaútil de fevereiro de 2009, aplicando-se, até esta d ata, odisposto no parágrafo único do art. 100 da Lei nº 5 .172, de 25de outubro de 1966 - Código Tributário Nacional – CTN.”.

Há que se ressaltar, porém, que aqueles estabelecim entosgráficos que confeccionam impressos de documentos f iscais estãoobrigados à emissão de nota fiscal, conforme se ver ifica no art.250 do RICMS, a seguir transcrito, sendo compulsóri a sua insc riçãono cadastro estadual:

“SEÇÃO V

DO LIVRO REGISTRO DE IMPRESSÃO DE DOCUMENTOS FISCAIS

Art. 250. O livro Registro de Impressão de Document os Fiscaisdestina-se à escrituração da confecção de impressos dedocumentos fiscais para terceiros ou para o próp rioestabelecimento impressor (art. 74 do Convênio SINI EF s/n, de15.12.70).

§ 1º Os lançamentos serão feitos operação a operaçã o, em ordemcronológica das saídas dos impressos de documentos fiscaisconfeccionados ou de sua elaboração, no caso de ser emut ilizados pelo próprio estabelecimento.

§ 2º Os lançamentos serão feitos nas seguintes colu nas:

a) Autorização de Impressão - Número: o número da A utorizaçãode Impressão de Documentos Fiscais, quando exigida;

b) Comprador:

1. Número de Inscrição: os númer os de inscrição, estadual e noCNPJ;

2. Nome: o nome do contribuinte usuário do document o fiscalconfeccionado;

3. Endereço: o local do estabelecimento do contribu inteusuário do documento fiscal confeccionado;

c) Impressos:

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1. Espécie: a espécie do docume nto fiscal confeccionado;

2. Tipo: o tipo do documento fiscal confeccionado, tal comobloco, talonário, folhas soltas ou formulários cont ínuos;

3. Série e Subsérie: a série e subsérie corresponde nte aodocumento fiscal confeccionado;

4. Numeração: os númer os de ordem dos documentos fiscaisconfeccionados; no caso de impressão de documentos fiscais semnumeração tipográfica sob regime especial, tal circ unstânciadeverá constar da coluna "Observações";

d) Entrega:

1. Data: a data da efetiva entrega dos docume ntos fiscaisconfeccionados ao contribuinte usuário;

2. Notas Fiscais: a série e subsérie e o número da nota fiscalemitida pelo estabelecimento gráfico relativa à saí da dosdocumentos fiscais confeccionados;(grifado)

e) Observações: informações diversas.” .

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PROTOCOLO: 11.493.472-0

CONSULTA Nº: 73, de 7 de agosto de 2012.

CONSULENTE: COSTA RICA MALHAS E CONFECÇÕES LTDA.

SÚMULA: ICMS. NOTA FISCAL. CÓDIGO DE PRODUTOS.

RELATORA: CLEONICE STEFANI SALVADOR

A consulente, informando que seu objeto social comp reendea fiação, indústria e comércio de malhas, tecidos e confecções,apresenta questionamento relacionado ao preenchimen to de notasfiscais, especificamente quanto à identificação do produtocomercializa do.

Transcreve o disposto na alínea “b” do inciso IV do art.138 e no art. 252, ambos do RICMS/2008, que tratam dasespecificações do produto na nota fiscal e no livro Registro deInventário, respectivamente, para questionar se:

- o rol de dados que compre ende a descrição dos produtosmencionado na alínea “b” do inciso IV do art. 138 é taxativo ouexemplificativo;

- a falta de consignação na nota fiscal do tamanho daspeças, comercializadas nos tamanhos P, M, G e GG, c ompromete aprescrição contida no art. 138, mesmo com a indicação de outroselementos que permitam a perfeita identificação do produto, taiscomo: camiseta gola “V”, Costa Rica, 100% algodão, 1000 fios, tipoexportação;

- a falta de controle do elemento tamanho, no livroRegistro de Inventári o, compromete a prescrição contida no art. 252do RICMS, mesmo com a identificação do produto conf orme antesexemplificado;

- há viabilidade normativa para que o controle de e stoquenão contenha o elemento tamanho das peças (P, M, G e GG) e esseelemento s eja obrigatório na nota fiscal.

RESPOSTA

Primeiramente, transcrevem-se os dispositivos doRegulamento do ICMS aprovado pelo Decreto n. 1.980/ 2007relacionados à matéria e mencionados pela consulent e:

“Art. 138. A nota fiscal conterá, nos quadros e cam pos

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próprios, observada a disposição gráfica dos modelo s 1 e 1-A,as seguintes disposições (Convênio SINIEF s/n, de 1 5.12.70,Ajustes SINIEF 07/71, 16/89 e 03/94):

IV - no quadro "Dados do Produtos":

a) o código adotado pelo estabelecimento para ident ificaç ão doproduto;

b) a descrição dos produtos, compreendendo: nome, m arca, tipo,modelo, série, espécie, qualidade e demais elemento s quepermitam sua perfeita identificação;

c) o código estabelecido na Nomenclatura Comum doMercosul/Sistema Harmonizado - NCM /SH, nas operaçõesrealizadas por estabelecimento industrial ou a ele equiparado,nos termos da legislação federal, e nas operações d e comércioexterior (Ajuste SINIEF 11/09);

d) o Código de Situação Tributária - CST;

e) a unidade de medida utilizada para a quantificação dosprodutos;

f) a quantidade dos produtos;

g) o valor unitário dos produtos;

h) o valor total dos produtos;

i) a alíquota do ICMS;

j) a alíquota do IPI, quando for o caso;

l) o valor do IPI, quando for o caso;”

“Art. 252. O livro Registro de Inventário destina-se aarrolar, pelos seus valores e com especificações qu e permitamsua perfeita identificação, as mercadorias, asmatérias-primas, os produtos intermediários, os mat eriais deembalagem, os produtos manufaturados e os produtos emfabr icação, existentes no estabelecimento à época do ba lanço(art. 76 do Convênio SINIEF s/n, de 15.12.70).”

Depreende-se das normas regulamentares transcritas que ocontribuinte deve indicar nos campos próprios da no ta fiscal e emqualquer outro documento, la nçamento ou registro que efetuar, ocódigo do produto, a correspondente descrição e a u nidade demedida, de forma a permitir sua perfeita identifica ção para fins detodo e qualquer controle.

Assim, em se tratando de peças de vestuário, quando otamanho e a té a cor constituem-se em variações relevantes aocontrole dos estoques praticados pelo contribuinte, a perfeita

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identificação do produto não prescinde dessa especi ficação, aindaque o preço seja equivalente.

Por conseguinte, na emissão de notas fiscais, a o seridentificado o código do produto, no caso desse se r exclusivo paracada tamanho da peça confeccionada, a descrição ret ratará o itemcom essa particularidade.

Entende-se oportuno registrar que o Ato COTEPE/ICMS n.9/2008, que dispõe sobre as especifi cações técnicas para a geraçãode arquivos da Escrituração Fiscal Digital (EFD), t rata da matéria,trazendo regras esclarecedoras, nos seguintes termo s:

“2.4- CÓDIGOS EM OPERAÇÕES E LANÇAMENTOS

2.4.1- As operações e os lançamentos constantes no arquivoser ão identificados através de códigos associados a ta belasexternas oficiais previamente publicadas, a tabelas internas,a tabelas intrínsecas ao campo do registro informad o e atabelas elaboradas pelo informante.

2.4.2- São tabelas elaboradas pelo informa nte:

..

2.4.2.2- Tabela de Identificação do Item (Produtos e Serviços)- A identificação do item (produto ou serviço) deve rá recebero mesmo código em qualquer documento, lançamento ef etuado ouarquivo informado observando-se que:

a) O código utilizado não pode ser duplicado ou atribuído aitens (produto ou serviço) diferentes. Os produtos e serviçosque sofrerem alterações em suas características bás icasdeverão ser identificados com códigos diferentes. E m caso dealteração de codificação, deverão ser info rmados o código e adescrição anteriores e as datas de validade inicial e final;

b) Não é permitida a reutilização de código que ten ha sidoatribuído para qualquer produto anteriormente.

c) O código de item/produto a ser informado no Inve ntáriodeverá ser aquele utilizado no mês inventariado.

d) A discriminação do item deve indicar precisament e o mesmo,sendo vedadas discriminações diferentes para o mesm o item oudiscriminações genéricas (a exemplo de "diversas en tradas","diversas saídas", "mercadorias par a revenda", etc),ressalvadas as operações abaixo, desde que não dest inada àposterior circulação ou apropriação na produção:

1- de aquisição de "materiais para uso/consumo" que não geremdireitos a créditos;

2- que discriminem por gênero a aquisição de be ns para o

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"ativo fixo" (e sua baixa);

3- que contenham os registros consolidados relativo s aoscontribuintes com atividades econômicas de fornecim ento deenergia elétrica, de fornecimento de água canalizad a, defornecimento de gás canalizado, e de prestaçã o de serviço decomunicação e telecomunicação que poderão, a critér io doFisco, utilizar registros consolidados por classe d e consumopara representar suas saídas ou prestações.”

Por seu turno, o Ajuste SINIEF 7/2005, que institui u anota fiscal eletrônica , também delineou as regras a seremobservadas na geração e emissão de documentos e arq uivoseletrônicos. No que se refere à identificação do pr oduto, dentre asexigências, consta a indicação do código da mercado ria naNomenclatura Comum do Mercosul (NCM) e a inserção do código debarras com GTIN (Numeração Global de Item Comercial ), esseobrigatório a partir de 1º de julho de 2011, quando o produtocomercializado possuir tal código de barras, confor me estabelecidona cláusula terceira do mencionado ajuste:

“Cláusula terceira A NF-e deverá ser emitida com b ase emleiaute estabelecido no “Manual de Integração - Con tribuinte”,por meio de software desenvolvido ou adquirido pelocontribuinte ou disponibilizado pela administração tributária,observadas as segui ntes formalidades:

V - A identificação das mercadorias comercializadas com autilização da NF-e deverá conter, também, o seu cor respondentecódigo estabelecido na Nomenclatura Comum do Mercos ul - NCM,nas operações:

a) realizadas por estabelecimento indu strial ou a eleequiparado, nos termos da legislação federal;

b) de comércio exterior.

§ 6º A partir de 1º de julho de 2011, fica obrigató rio opreenchimento dos campos cEAN e cEANTrib da NF-e, q uando oproduto comercializado possuir código de barras com GTIN(Numeração Global de Item Comercial).”

Essas regras, complementares ao disposto no Regulam entodo ICMS, direcionadas aos contribuintes obrigados à escrituraçãodigital e aos comercializadores de produtos que pos suam códigos debarras com GTIN, sinal izam que os registros do produto na notafiscal e nos demais documentos e arquivos exigidos pela legislaçãodevem ser específicos, de modo a identificar precis amente amercadoria comercializada e estocada.

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Nesses termos, conclui-se não ser taxativo, masex emplificativo, o rol de dados mencionado na alínea “b” do incisoIV do art. 138 do RICMS, sendo relevante observar, nesse aspecto,que a descrição deve permitir a perfeita identifica ção damercadoria.

Assim, se o tamanho da peça está compreendido nadescri ção da mercadoria, o correspondente código deve ser indicadoem qualquer documento, lançamento efetuado ou arqui vo informadopelo contribuinte. Por conseguinte, a identificação do produto(código e descrição) deve ser a mesma tanto na nota fiscal quantono livro Registro de Inventário.

Ainda, no tocante ao preenchimento dos campos da no tafiscal eletrônica, cabe observar as regras contidas no Manual deOrientação do Contribuinte, aprovado por Ato COTEPE edisponibilizado no Portal da Nota Fiscal Eletrônica , no endereçowww.nfe.fazenda.gov.br , quanto ao tamanho e formatação dos dados.

Por fim, observa-se que a correta e perfeitaidentificação da mercadoria resguarda o contribuint e de embaraços,haja visa que a nota fiscal poderá ser considerada irregular, talqual prescreve o art. 207 do RICMS, quando verifica da a omissão deinformações.

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PROTOCOLO: 11.446.849-5

CONSULTA Nº: 74, de 31 de julho de 2012.

CONSULENTE: GAMBINE & ALVES LTDA.

SÚMULA: ICMS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. MATERIAIS DECONSTRUÇÃO EMPREGADOS EM OUTRA FINALIDADE.

RELATORA: ORIANA C. ZARDO

A consulente tem como atividade principal o “comérc iovarejista especializado de eletrodomésticos e equip amentos de áudioe vídeo” - CNAE 4753-9/00 e, como atividade secundá ria, o “comérciovarejista de outros produtos não especificados ante riormente” –CNAE 4789-0/99. Informa que revende produtos enquadra dos no TítuloIII, Capítulo XX, Seção II-B do Regulamento do ICMS aprovado peloDecreto n. 1.980/2007, os quais seus clientes utili zam com o fim deautomação industrial. Acrescenta que adquire tais p roduto s deempresas que também não os comercializam com fins d e aplicação comomaterial de construção, não havendo a retenção do i mposto porsubstituição tributária.

Indaga se a situação descrita pode ser interpretada damesma forma utilizada para as operações c om autopeças, as quaisapenas se sujeitam à substituição tributária quando empregadas parauso especificamente automotivo.

RESPOSTA

Primeiramente, transcrevem-se os dispositivos perti nentesà questão:RICMS

“Art. 481-E. Ao estabelecimento industrial fabr icante,importador ou arrematante de mercadoria importada eapreendida, que promover a saída dos materiais de construção,acabamento, bricolagem ou adorno, relacionados no a rt. 481-Gcom suas respectivas classificações na NCM , com destino arevendedores si tuados no território paranaense, é atribuída acondição de sujeito passivo por substituição, para efeito deretenção e recolhimento do ICMS relativo às operaçõ essubsequentes.( grifos nossos )

Art. 536-I. Ao estabelecimento industrial fabricant e,importador ou arrematante de mercadoria importada eapreendida, que promover saída das peças, partes, c omponentes,acessórios e demais produtos a seguir relacionados,

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classificados nos respectivos códigos e posições da NCM, deuso especificamente automotivo , assim co mpreendidos os que, emqualquer etapa do ciclo econômico do setor automoti vo, sejamadquiridos ou revendidos por estabelecimento de ind ústria oucomércio de veículos automotores terrestres, bem co mo deveículos, máquinas e equipamentos agrícolas ou rodo viá rios, oude suas peças, partes, componentes e acessórios, co m destino arevendedores situados no território paranaense, é a tribuída acondição de sujeito passivo por substituição, para efeito deretenção e recolhimento do ICMS relativo às operaçõ essubseqü entes (Protocolo ICMS 83/08):”. ( grifos nossos )

O disposto no art. 481-E não condiciona a sujeição àsubstituição tributária nas operações com as mercad orias listadasno art. 481-G ao seu emprego específico nas ativida des ali citadas(com exceção daquelas que constam de itens que tem sua aplicaçãorestrita a uma finalidade mencionada), ao contrário do que ocorrecom as operações com autopeças, onde a previsão é e xpressa, havendodefinição regulamentar do que deve ser compreendid o como “de usoespecificamen te automotivo”.

Assim, se o produto comercializado pela consulente temdescrição e classificação NCM ali arroladas, a ope ração se sujeitaà substituição tributária, independentemente da fin alidade em queserá utilizado (observadas as exceções expressas).

O próprio exemplo citado pela consulente corrobora esseentendimento, pois os produtos classificados na pos ição 84.81(Tabela TIPI - Capítulo 84: Reatores nucleares, caldeiras,máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos, e sua s partes ) tambémpodem ser aplicados em máquinas industriais, não havendo rela çãoespecífica com a atividade de construção civil.

Por fim, caso a consulente adquira os produtosrelacionados no art. 481-G de fornecedores estabele cidos emunidades federadas não signatárias dos Protoc olos ICMS 196/2009,69/2011 e 71/2011, deve observar o disposto no art. 478 do RICMS:

“Art. 478. Fica atribuída a responsabilidade pelo r ecolhimentodo ICMS devido por substituição tributária, por oca sião daentrada da mercadoria no território paranaense, observado odisposto na alínea “a” do inciso X do art. 65, ao c ontribuinteque receber mercadoria sujeita ao regime de substit uiçãotributária, sem retenção do imposto, de remetente q ue não sejaou tenha deixado de ser eleito substituto, devendo adotar osseguintes procedimentos:

I - calcular o imposto devido por substituição trib utária,mediante a aplicação da alíquota vigente para as op eraçõesinternas sobre a base de cálculo própria para a sub stituiçãotributária, deduzindo-se do valor resultante o mont ante doimposto pago na operação e prestação de entradacorrespondente;

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II - lançar a nota fiscal do fornecedor e o docume nto fiscalrelativo ao respectivo serviço de transporte, se fo r o caso,com a observância do disposto no inciso I do art. 4 71;

III - n as operações subseqüentes emitir notas fiscais comobservância do inciso II e §1º do art. 471, confor me o caso.

§1º Para fins do cálculo de que trata o inciso I, q uando ovalor de partida para a formação da base de cálculo for opreço praticado pelo subst ituto, adotar-se-á, como tal, ovalor constante do documento fiscal de entrada.§ 2º Na hipótese da alínea "d" do inciso VIII do ar t. 489, oadquirente adotará a base de cálculo prevista no ar t. 490-D,sobre a qual incidirá a alíquota aplicada às operaç õesinternas.

§ 3º Sem prejuízo da responsabilidade atribuída aodestinatário da mercadoria, contribuinte paranaense , orecolhimento do imposto de que trata o “caput” dest e artigopoderá ser realizado pelo remetente, localizado em outraunidade federada, medi ante autorização nos termos e condiçõesestabelecidos em regime especial.

§ 4º Nas operações interestaduais promovidas por em presaenquadrada no Simples Nacional, em que o adquirente damercadoria, enquadrado ou não no Simples Nacional, seja oresponsável pelo recolhimento do imposto devido porsubstituição tributária, na determinação da base de cálculoserá adotado o percentual de MVA estabelecido para asoperações internas (Convênio ICMS 35/2011).”.

Observe-se, ainda, que, em sendo o fornecedor respo nsáve lpela retenção do imposto, nos termos da legislação tributária, ocontribuinte substituído que receber mercadorias se m o recolhimentopor substituição tributária deve observar o dispost o no art. 21,inciso IV, alínea “a” da Lei n. 11.580/1996:

“Art. 21. S ão solidariamente responsáveis em relação aoimposto:

(…)

IV - o contribuinte substituído, quando:

a) o imposto não tenha sido retido, no todo ou em p arte, pelosubstituto tributário;”.

Posto isso, nos termos do art. 659 do Regulamento d oICMS, tem a consu lente, a partir da data da ciência da resposta, oprazo de até quinze dias para adequar os procedimen tos járealizados, caso esteja procedendo de modo diverso do respondido.

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PROTOCOLO: 11.178.794-8

CONSULTA Nº: 75, de 22 de maio de 2012.

CONSULENTE: PONTUAL BRASIL PETRÓLEO LTDA.

SÚMULA: ICMS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. EMPRÉSTIMO DEMERCADORIAS.

RELATORA: ELIZETE CRISPIM CARVALHO DIAS

A consulente, que atua no ramo de comércio atacadis ta deálcool carburante, biodiesel, gasolina e demais der ivados depetróleo, informa que comumente nessa atividade oco rrem empréstimosentre empresas distribuidoras paranaenses de combus tíveis, no casocom devolução em até sessenta dias.

Esclarece que, ao realizar tais empréstimos, nessasoperações internas e respectivas devoluções, emite respectivamentenotas fiscais com CFOP 5.917 – consignação empréstimo decombustível – e CFOP 1.918 – devolução consigna ção empréstimo decombustível .

Expõe seu entendimento de que tais operações não sesujeitam a nova tributação pelo ICMS, haja vista qu e o impostoincidente já foi recolhido antecipadamente pelo reg ime dasubstituição tributária, sobre toda a cadeia de cir culação dosmencionados combustíveis, conforme dispõem o art. 4 89 e seguintesdo Regulamento do ICMS.

Questiona se está correto o seu entendimento.

RESPOSTA

A matéria a ser analisada se refere à tributação naoperação de empréstimo entre distribuidoras de combustíveis,produtos em regra sujeitos ao regime de substituiçã o tributária.

Para os efeitos da incidência e cobrança do ICMS, otratamento tributário a ser dispensado aos emprésti mos é o mesmoaplicável a qualquer outra comercialização ou saída normal, devendoser verificado o tratamento atribuído às operações de venda de cadamercadoria, observadas as determinações do órgão re gulador daatividade, quando existirem.

Em relação à responsabilidade pela retenção do impo stopor substituição tributária, a co nsulente deve observar o dispostonos artigos 469 a 481 e 489 a 514 da Seção I do Cap ítulo XX do

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Título III do Regulamento do ICMS aprovado pelo Dec reto n.1.980/2007.

Necessário frisar que sendo álcool o combustível, c aso emque a distribuidora de combust íveis é a substituta tributária,quando a saída for destinada a outro substituto tri butário da mesmamercadoria não se aplica o regime da substituição t ributária,devendo ser efetuado o recolhimento somente do impo sto da operaçãoprópria. Inteligência do a rt. 479 do Regulamento do ICMS.

Para efeitos de futuras verificações fiscais, deve aconsulente especificar no documento fiscal emitido para acobertartais operações, também, os detalhes da operação rea lizada, mantendoarquivada para os mesmos fins a comp rovação da efetividade daaquisição dos produtos e dos empréstimos.

No que se refere ao código fiscal da operação, equi vocadaestá a utilização do CFOP 5.917 na saída para empré stimo e o CFOP1.918 para o retorno do combustível, tendo em vista que são cód igospróprios para remessas e respectivos retornos de me rcadorias emconsignação mercantil (o que não ocorre no caso obj eto doquestionamento), devendo ser utilizados os códigos específicos paraa venda de mercadorias recebidas de terceiros e a s ua compra CFOP -5.102 - Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros -e CFOP 1.102 - Compra para comercialização.

Posto isso, nos termos do art. 659 do Regulamento d oICMS, tem a consulente, a partir da data da ciência da resposta, oprazo de até quin ze dias para adequar os procedimentos járealizados, caso esteja procedendo de modo diverso do respondido.

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PROTOCOLOS: 11.370.180-3 e 11.414.601-3

CONSULTA Nº: 76, de 14 de agosto de 2012

CONSULENTE: TECNOCOLD LOCAÇÃO DE ESPAÇOS E DISTRIBUIÇÃO DEPRODUTOS REFRIGERADOS LTDA.

SÚMULA: ICMS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA COM PRODUTOSFARMACÊUTICOS.

RELATORA: ELIZETE CRISPIM CARVALHO DIAS

A consulente, com atividade cadastrada de comércioatacadista de medicamentos e drogas de uso humano, informa que sededica à distribuição de vacinas classificadas na p osição 3002 daNCM, não vende seus produtos para farmácias, mas e stritamente parahospi tais, clínicas, órgãos públicos e médicos vacinador es, que sãoconsumidores finais não contribuintes do imposto, p orque adquiremprodutos como insumos a serem aplicados na prestaçã o de serviçoshospitalares não sujeitos ao ICMS.

Argumenta que a distribuiçã o para os citadosdestinatários torna a cadeia produtiva mais abrevia da - daindústria para a distribuidora e dessa para hospita is ou clínicasou os demais citados - não havendo que se falar em aplicação dasubstituição tributária nas operações com medicam entos de que tratao art. 536-M do Regulamento do ICMS, que pressupõe a revenda pelovarejista (substituído tributário) para consumidore s finais,situação em que há mais uma etapa na cadeia de come rcialização dosprodutos.

Entende estar correto seu raciocí nio, tanto que ospercentuais de Margem de Valor Agregado contidos no art. 536-N domesmo Regulamento partem de margem média praticadas pelosatacadistas e pelos varejistas que, somados, perfaz em os referidospercentuais.

Esclarece também que:

1. possui in scrição estadual como substituto tributário,CAD/ICMS 90479072-90, recolhendo o imposto na entra da das vacinasno estabelecimento, não havendo débito do imposto n a posteriorsaída, porque os destinatários são consumidores fin ais nãocontribuintes do impost o;

2. os seus fornecedores de vacinas são laboratórios queestão localizados nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro, osquais, tendo em vista o contido no § 2º do art. 536 -N, não retêm oimposto, gerando dúvida se a incidência do ICMS nas operaçõesprat icadas pelos distribuidores ocorre na entrada dos p rodutos ou

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na sua saída;

3. está atualmente recolhendo o imposto na entrada, comaplicação dos percentuais de MVA de 33% ou 38,24%, previstos noart. 536-N do Regulamento do ICMS, o que está torna ndo a ati vidadeeconomicamente inviável, pois a margem média pratic ada pelaconsulente fica abaixo da utilizada pelos distribui doresfarmacêuticos convencionais, tendo que atribuir pre ço fora darealidade para absorver o impacto do ICMS-ST, o que a faz perderespaç o para a concorrência;

4. entende que o art. 65, inciso X, alínea “f”, ite m 12,do Regulamento do ICMS, quando prevê a substituição tributária nasoperações com produtos farmacêuticos, dispõe que a incidência doICMS por substituição tributária seja efetua da pelas “operações desaída”;

5. verificou que recolhendo o imposto pelas entrada sestava observando uma “previsão geral” e não a “pre visãoespecifica” para o caso, pelo que pretende, em oper ações futuras,aplicar a previsão do recolhimento do imposto no mês subsequente aodas saídas, que entende ser a regra específica para os produtosfarmacêuticos, assim como constou da recente respos ta à Consulta n.97/2011.

Questiona se está correto o seu entendimento.

RESPOSTA

Assim dispõe o Regulamento do ICMS apro vado pelo Decreton. 1.980/2007, a respeito da tributação das operaçõ es com produtosfarmacêuticos e a resposta invocada pela consulente à Consulta n.97/2011:

REGULAMENTO DO ICMS

SEÇÃO II

DO LOCAL, DA FORMA E DOS PRAZOS DE PAGAMENTO

Art. 65. O ICMS deve rá ser pago nas seguintes formas e prazos(art. 36 da Lei n. 11.580/96):

X - na substituição tributária, em relação a operaç õessubseqüentes:

a) por ocasião da entrada das mercadorias no territ órioparanaense, na hipótese do art. 478;

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f) até o dia nove d o mês subsequente ao das saídas:

...

12. nas operações com produtos farmacêuticos (Convê nios ICMS76/94 e 19/08);

SEÇÃO XX

DAS OPERAÇÕES COM PRODUTOS FARMACÊUTICOS

(Ver artigo 2º do Decreto 4.007 de 17.12.2008. Trat amentosobre os estoques existentes e i nventariados em 31.03.2009)

(Ver art. 2º do Decreto 4.430 de 18.03.2009. Alíquo ta internaprevista do inciso II do art. 14)

Art. 536-M. Na saída de produtos farmacêuticos com destino arevendedores situados no território paranaense, é a tribuída aresponsab ilidade pela retenção e recolhimento do ICMS, nacondição de sujeito passivo por substituição, em re lação àsoperações subsequentes ou à entrada para uso ou con sumo dodestinatário:

I - ao estabelecimento industrial fabricante, impor tador ouarrematante de mercadoria importada e apreendida, nas vendasdestinadas a estabelecimentos varejistas;

II - ao estabelecimento distribuidor, nas demais hi póteses.

§ 1º O disposto neste artigo aplica-se à operações com osseguintes produtos, com a respectiva classificaçã o na NCM:

a) soros e vacinas, 3002;

b) medicamentos, 3003 e 3004;

§ 2º A responsabilidade pela retenção e recolhiment o doimposto fica também atribuída a qualquer estabeleci mentoremetente localizado em outra unidade federada, exc eto nosEstados do Amazo nas, Ceará, Goiás, Minas Gerais, São Paulo eRio de Janeiro, e no Distrito Federal (Convênios IC MS 76/1994,19/2008, 25/2010, 127/2010 e 43/2011).

§ 3º O disposto neste artigo não se aplica aos medi camentos,soros e vacinas destinados a uso veterinário.

Art. 536-N. A base de cálculo para retenção do impo sto será opreço constante de tabela sugerido pelo órgão compe tente paravenda a consumidor e, na falta deste, o preço máxim o de venda

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a consumidor sugerido ao público pelo estabelecimen toindustrial, acre scido, em ambos os casos, do valor do fretequando não incluído no preço.

§ 1º Inexistindo o valor de que trata o "caput", a base decálculo será o preço praticado pelo remetente nas o peraçõescom o comércio varejista, neste incluídos o IPI, o frete oucar reto até o estabelecimento varejista, e demais desp esasdebitadas ao destinatário, adicionado da parcela re sultante daaplicação dos percentuais a seguir indicados:

a) produtos classificados na NCM, nas posições 3002 - soros evacinas (exceto nos itens 30 02.30 e 3002.90); 3003 -medicamentos (exceto no código 3003.9056); 3004 - m edicamentos(exceto no código 3004.9046) (LISTA NEGATIVA): 33,0 0%;

b) produtos classificados na NCM, nas posições 3002 - soros evacinas (exceto nos itens 3002.30 e 3002.90); 3003 -medicamentos (exceto no código 3003.9056); 3004 - m edicamentos(exceto no código 3004.9046), quando beneficiados c om aoutorga do crédito para o PIS/PASEP e a COFINS, pre visto noart. 3° da Lei Federal n. 10.147, de 21 de dezembro de 2000(LISTA POSITIV A): 38,24%;

...

PROTOCOLO: 11.210.399-6

CONSULTA Nº: 97, de 15 de dezembro de 2011

SÚMULA: ICMS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. PRODUTOSFARMACÊUTICOS.

A consulente, empresa estabelecida em Goiás, preten dendoconstituir estabelecimento filial em São José dos P in hais,alega atuar como distribuidora de medicamentos das posições3002, 3003 e 3004 da NCM, estritamente para hospita is,clínicas e órgãos públicos, não os revendendo para farmácias,informando que:

1. por serem os destinatários consumidores finais d os pro dutose não contribuintes do imposto, tem a cadeia produt ivareduzida, porque o medicamento passa da indústria p ara adistribuidora e do seu estabelecimento direto para oconsumidor final;

2. a substituição tributária aplicável às operações commedicamento s, prevista no art. 536-M do Regulamento do ICMS,por ter a cadeia produtivaindústria/distribuidora/farmácias/consumidores, par te dospercentuais de margem média praticados pelos atacad istas evarejistas, que, somados, perfazem os percentuais d e MVA a seraplicados;

3. como pretende se estabelecer no Paraná, e seus c lientes

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serão somente consumidores finais não contribuintes doimposto, portanto atuando diferentemente dos distri buidoresfarmacêuticos convencionais, tem dúvidas se estará sujeita ounão ao r ecolhimento do imposto por substituição tributária nasentradas, porque:

3.1. segundo os §§ 4º e 5º do art. 536-M do Regulam ento doICMS, que foram revogados pelo Decreto n. 855, de 2 4 de marçode 2011, a responsabilidade pela retenção do impost o porsubst ituição tributária de que trata esse o artigo poder ia sertransferida ao substituído e serem alterados o praz o e a formade pagamento, desde que não ultrapassado o prazo de que tratao inciso XXIV do art. 65 (de 11 a 15 do mês subsequ ente ao mêsde apuraçã o, de acordo com o algarismo final do número deinscrição no CAD/ICMS), e que fosse emitida autoriz ação peloDiretor da CRE, precedida de análise da Inspetoria Geral deFiscalização, quanto à segurança fiscal, e com pare cer daInspetoria Geral de Tributaçã o, quanto à validade legal de taltratamento;

4. a constituição da filial somente se torna econom icamenteviável se a tributação das operações for instituída nas saídaspraticadas pela consulente, já que as margens de va loragregado nas entradas são, no ca so, de 33% ou de 38,24%, o queexigiria a prática de preço incompatível com o merc ado;

5. adquire os seus produtos de laboratórios localiz ados em SãoPaulo e no Rio de Janeiro, sendo que, segundo o dis posto no §2º do art. 536-M do Regulamento do ICMS, ess es vêm oneradoscom a substituição tributária;

6. há de se esclarecer se os distribuidores paranae nses terãoa incidência do imposto em razão das entradas, porsubstituição tributária, ou, como pleiteia, pelas s aídasrealizadas, o que significaria a aplica ção da alíquota de 12%sobre o valor das operações (art. 14, inciso II, al ínea “g”,do Regulamento do ICMS);

7. o art. 478, combinado com o art. 65, inciso X, a línea “a”,do Regulamento do ICMS, permite que, não sendo reti do oimposto pelo fornecedor de o utro Estado, deve o contribuinteparanaense realizar o recolhimento por substituição tributáriapela entrada, mesmo no seu caso, em que não há oper açãosubsequente, mas sim a destinação a consumidor fina l;

8. pode ser aplicada a regra contida no art. 65, i nciso X,alínea “f”, item 12, do Regulamento do ICMS, que es tabelece oprazo até o dia nove do mês subsequente ao das saíd as pararecolhimento do imposto devido por substituição nas operaçõesde saída de produtos farmacêuticos.

Questiona, com base em todo o exposto, sobre a possibilidadede que a tributação das operações que realizar na f ilial quepretende instalar no Estado seja pelas saídas prati cadas e sem

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substituição tributária, bem assim que, se entendid o que deverecolher o imposto pela entrada das m ercadorias no territórioparanaense, com substituição tributária, se é possí vel obterregime especial para quitação do imposto no dia nov e do mêssubsequente ao das saídas, viabilizando a sua insta lação noEstado.

RESPOSTA

Assim dispõe o Regulamento do ICM S sobre o regime desubstituição tributária de produtos farmacêuticos:

...

Conforme determinação dos dispositivos antes transc ritos, noEstado do Paraná o distribuidor é o substituto trib utário nasoperações de saída de medicamentos, somente cabendo aofab ricante ou importador a condição de substituto trib utárioquando realizar a saída das mercadorias diretamente aestabelecimentos varejistas.

Não há na legislação, por ser a consulente distribu idora,previsão para que o fornecedor remetente - laborató riofa bricante - de outra unidade da Federação faça a ret enção doimposto por substituição tributária, como também nã o háprevisão para retenção, no recebimento de produtosfarmacêuticos de outro distribuidor em operação int erestadual,por não se aplicar a subst ituição entre estabelecimentossubstitutos tributários da mesma mercadoria, como e stabelece oart. 479, inciso I, alínea “a”, do Regulamento do I CMS. Nãocabe à consulente, em consequência, promover o reco lhimento doimposto quando da entrada dos produtos no seu estabelecimento,conforme dispõe o art. 478 do mesmo diploma regulam entar.

Assim, muito embora este Estado seja signatário do ConvênioICMS 76/1994, em virtude do Convênio ICMS 19/2008, alegislação paranaense estabelece que o distribuidor situado n oParaná é o substituto tributário e deve efetuar a r etenção doimposto nessa condição quando efetuar a saída de pr odutosfarmacêuticos a estabelecimento revendedor aqui loc alizado.

Quando, todavia, a distribuidora paranaense promove r a saídadesses produt os a clínicas, a hospitais e a órgãos públicos,na condição de consumidores finais, não será aplica da asubstituição tributária, devendo praticar a tributa ção normalpela saída do produto com a alíquota e o tratamento tributárioaplicável ao caso.

Não tend o ocorrido alteração na legislação a respeito damatéria e havendo equivalência nos questionamentos responde-se nomesmo sentido da Consulta antes transcrita.

Esclareça-se, primeiramente, como pressuposto sob o qualse embasa a análise da presente, que é d a natureza do regime da

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substituição tributária, em operações interestaduai s, adeterminação de ser o imposto devido e retido pelo substituto emrelação às saídas subsequentes realizadas pelo subs tituído e aodiferencial de alíquotas devido pela entrada da mercadoria noestabelecimento de contribuinte do ICMS para o seu uso ou consumoou integração no ativo imobilizado. Nessa última hi pótese,unicamente, em relação a produtos cujas alíquotas i nternas einterestaduais sejam diversas.

A presente resposta cons idera, também, o fato de aconsulente ser cadastrada como comércio atacadista e declarar demaneira expressa ser distribuidora de medicamentos, notadamente devacinas, estritamente para hospitais, clínicas, órg ãos públicos emédicos vacinadores, quando con sumidores finais desses produtos,não se aplicando na hipótese da saída das vacinas d oestabelecimento da consulente com destino a estabel ecimentos quecomercializem os produtos farmacêuticos, bem como c onsidera,também, a declaração de que a consulente nã o efetua vendasdiretamente a varejistas, o que implicaria alteraçã o na resposta.

Assim, conforme determinação do art. 536-N do Regul amentodo ICMS, o distribuidor é o substituto tributário n as operações desaída de produtos farmacêuticos, somente cabendo ao fabricante ouimportador a condição de substituto tributário quan do realize asaída com destino a varejistas paranaenses.

Por ser a consulente distribuidora, não há na legis laçãoprevisão para que o fornecedor remetente de outra u nidade daFederação faç a a retenção do imposto por substituição tributária ,como também não há previsão para retenção, no receb imento deprodutos farmacêuticos de outro distribuidor em ope raçãointerestadual, por não se aplicar a substituição en treestabelecimentos substitutos t ributários da mesma mercadoria, comoestabelece o art. 479, inciso I, alínea “a”, do Reg ulamento doICMS. Não cabe à consulente, por consequência, e na s circunstânciasinformadas, promover o recolhimento do imposto quan do da entradados produtos no seu est abelecimento, conforme dispõe o art. 478 domesmo Regulamento.

Assim, muito embora este Estado seja signatário doConvênio ICMS 76/1994, observa-se que em virtude do Convênio ICMS19/2008 a legislação paranaense estabelece que o di stribuidorsituado no Par aná é o substituto tributário, motivo pelo qual,estando nessa condição, deve a consulente efetuar a retenção doimposto quando efetuar a saída de produtos farmacêu ticos aestabelecimento revendedor aqui localizado.

De outro modo, quando a distribuidora pa ranaense promovera saída dos produtos listados no § 1º do art. 536-M com destino aclínicas, a hospitais e a órgãos públicos, na condi ção deconsumidores finais, não será aplicada a substituiç ão tributária,

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devendo praticar a tributação normal pela saída do produto com aalíquota e o tratamento tributário aplicável ao cas o.

Posto isso, nos termos do art. 659 do Regulamento d oICMS, tem a consulente, a partir da data da ciência da resposta, oprazo de até quinze dias para adequar os procedimen tos járealiza dos, caso esteja procedendo de modo diverso do resp ondido.

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PROTOCOLO: 11.294.713-2

CONSULTA Nº: 77, de 18 de setembro de 2012.

CONSULENTE: PROADEC BRASIL LTDA.

SÚMULA: ICMS. OPERAÇÕES SUJEITAS AO REGIME DASUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. GRUPO DOS MATERIAIS DECONSTRUÇÃO, ACABAMENTO, BRICOLAGEM OU ADORNO.

RELATORA: MARISTELA DEGGERONE

A consulente, cadastrada na atividade de fabricação deartefatos de material plástico de uso industrial, e m razão de teremsido inseridos os artigos 481-E a 481-G no Regulame nto do ICMS, quetratam do regime da substituição tributária nas ope rações com ogrupo dos materiais de construção, acabamento, brico lagem ouadorno, pretende ver esclarecido se as operações co m fita de bordade PVC, classificada na NCM 3920.49.00, encontra-se ou não sujeitaao regime de substituição tributária, já que a posi ção 39.20 d a NCMestá mencionada duas vezes no art. 481-G, uma no it em 5 e outra noitem 6.

Manifesta o entendimento de que não se aplica o reg ime desubstituição tributária, pois além de não estar esp ecificado nodispositivo regulamentar o código 3920.49.00 da NC M o produto sedestina ao acabamento de móveis e não para os fins especificados noart. 481-E.

Destaca que os Protocolos ICMS 196/2009 e 71/2011, quedão amparo ao Estado do Paraná para exigir que esta belecimentoslocalizados em outras unidades federadas, si gnatárias de taisprotocolos, sejam eleitos substitutos tributários, relativamente àposição 39.20 da NCM tem redação diversa daquela im plementada noRegulamento do ICMS, pois neles não há previsão par a a substituiçãotributária nas operações com “outras chapas, folhas, películas,tiras e lâminas, de plástico não alveolares”, mas s im para “vedarosca, lona plástica, fitas isolantes e afins”.

Informa que, não obstante discordar da informação v erbalde que as operações com tal produto se sujeitam ao regime d esubstituição tributária, tentou obter inscrição aux iliar.Entretanto, a Norma de Procedimento Fiscal n. 099/2 011, no seuAnexo I, é omissa em relação à atividade principal desenvolvidapela empresa, contendo apenas atividades quanto à c onstrução civil,ramo diferente do seu.

Após a sua exposição, questiona:

1) as operações com o produto “fita de borda de PVC ”,classificado na NCM 3920.49.00, submete-se ao regim e da

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substituição tributária, diante da ausência de tal código nalistagem de que trata o art. 481-G do RICMS, bem como aliado aofato de o art. 481-E referir-se apenas às “Operaçõe s com materiaisde construção, acabamento, bricolagem ou adorno”?

2) Caso a resposta ao item anterior seja positiva, apenasa título de argumentação, em qual item da list agem do art. 481-Gdeve ser enquadrado o produto, haja vista que a pos ição 39.20 foicitada duas vezes com descrição diversa, uma no ite m 5 e outra noitem 6 do art. 481-G?

3) Como cadastrar um grupo de atividade econômica p arainscrição auxiliar compatíve l com a sua, diante da ausência de seuramo no Anexo I da Norma de Procedimento Fiscal n. 099/2011?

4) Na hipótese de a resposta ser positiva para o i tem“1”, é correto o entendimento de que tal regime se aplica somenteàs operações internas realizadas co m compradores com domiciliotributário no Estado do Paraná, diante da ausência decorrespondência entre o item 6 do mesmo art. 481-G e os ProtocolosICMS 196/2009 e 71/2011?

RESPOSTA

Transcreve-se a legislação que tem correlação com o squestionamentos:

LEI N. 11.580/1996 .

Art. 18. São responsáveis pelo pagamento do imposto :

(...)

§ 1º A adoção do regime de substituição tributária seráefetivada através de decreto do Poder Executivo, se ndo que emrelação às operações interestaduais dependerá de ac ordoespe cífico celebrado pelas unidades federadas interessa das.

RICMS APROVADO PELO DECRETO N. 1.980/2007 .

Art. 481-E. Ao estabelecimento industrial fabricant e,importador ou arrematante de mercadoria importada eapreendida, que promover a saída dos materiais de c onstrução,acabamento, bricolagem ou adorno, relacionados no a rt. 481-Gcom suas respectivas classificações na NCM, com des tino arevendedores situados no território paranaense, é a tribuída acondição de sujeito passivo por substituição, para efeito deret enção e recolhimento do ICMS relativo às operaçõessubsequentes.

Parágrafo único. A responsabilidade pela retenção e

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recolhimento do imposto fica também atribuída a qua lquerestabelecimento remetente localizado nos Estados do Amapá,Minas Gerais, Rio Grand e do Sul, Santa Catarina e São Paulo,inclusive em relação ao diferencial de alíquotas (P rotocolosICMS 196/2009, 69/2011 e 71/2011).

ITEM NCM DESCRIÇÃO DASMERCADORIAS

MARGEM DEVALOR AGREGADO

– MVA (%)

INTERNAINTERESTADUAL

5 39.19, 39.20,39.21

Veda rosca,lonaplástica,fitasisolantes eafins(excetoprodutos daposição3921.90.20)

2837,37

6 39.20 Outraschapas,folhas,películas,tiras elâminas, deplásticos nãoalveolares

2828

PROTOCOLO ICMS 196, DE 11 DE DEZEMBR O DE 2009.

Cláusula primeira Nas operações interestaduais com asmercadorias listadas no Anexo Único, com a respecti vaclassificação na Nomenclatura Comum do Mercosul / S istemaHarmonizado - NCM/SH, destinadas ao Estado de Minas Gerais ouao Estado de Sant a Catarina, fica atribuída ao estabelecimentoremetente, na qualidade de sujeito passivo por subs tituiçãotributária, a responsabilidade pela retenção e reco lhimento doImposto sobre Operações Relativas à Circulação de M ercadoriase sobre Prestações de Ser viços de Transporte Interestadual eIntermunicipal e de Comunicação - ICMS relativo às operaçõessubseqüentes.

Parágrafo único. O disposto no “caput” aplica-se ta mbém à

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diferença entre a alíquota interna e a interestadua l sobre abase de cálculo da operaçã o própria, incluídos, quando for ocaso, os valores de frete, seguro, impostos e outro s encargostransferíveis ou cobrados do destinatário, na hipót ese deentrada decorrente de operação interestadual, emestabelecimento de contribuinte, de mercadoria dest i nada auso, consumo ou ativo permanente.

ITEM NCM DESCRIÇÃO DAS MERCADORIAS

MVA (%)ORIGINAL

6 39.19 Chapas, folhas,tiras, fitas,películas eoutras formasplanas,auto-adesivas,de plásticos,mesmo em rolos,para uso naconstruçãocivil.

39

7 39.19 39. 2039.21

Veda rosca,lona plástica,fitas isolantese afins

28

PROTOCOLO ICMS 71, DE 30 DE SETEMBRO DE 2011.

Cláusula primeira Nas operações interestaduais com asmercadorias listadas no Anexo Único deste protocolo ,destinadas ao Estado do Paraná, fica atribuída aoestabelecimento remetente, na qualidade de sujeito passivo porsubstituição tributária, a responsabilidade pela re tenção erecolhimento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulaçãode Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Tr anspor teInterestadual e Intermunicipal e de Comunicação - I CMSrelativo às operações subsequentes.

Parágrafo único. O disposto no caput aplica-se tamb ém àdiferença entre a alíquota interna e a interestadua l sobre abase de cálculo da operação própria, incluído s, quando for ocaso, os valores de frete, seguro, impostos e outro s encargostransferíveis ou cobrados do destinatário, na hipót ese deentrada decorrente de operação interestadual, emestabelecimento de contribuinte, de mercadoria dest inada auso, consumo ou ativo permanente.

ITEM NCM DESCRIÇÃO DASMERCADORIAS

5 39.19,39.20

Veda rosca, lonaplástica, fitas

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39.21 isolantes e afins(exceto produtos daposição 3921.90.20)

NORMA DE PROCEDIMENTO FISCAL N. 099/2011.

SÚMULA: Estabelece procedimentos para o Cadas tro deContribuintes do ICMS -

CAD/ICMS. Revoga as NPF 089/2006, 064/2008, 087/2008,036/2009,

010/2010, 066/2010, 080/2010 e 074/2011.

O DIRETOR DA COORDENAÇÃO DA RECEITA DO ESTADO, no u so dasatribuições que lhe confere o inciso X do ar t. 9º do Regimentoda Coordenação da Receita do Estado, aprovado pela ResoluçãoSEFA nº 88, de 15 de agosto de 2005, resolve expedi r aseguinte Norma de Procedimento Fiscal:

Art. 5º A inscrição simplificada no CAD/ICMS será c oncedidaautomaticamente, desde que:

I - a empresa, seus sócios e seus documentos esteja m emsituação regular perante o CAD/ICMS do Paraná;

II - o contribuinte não exerça qualquer uma das ati vidadeslistadas no Anexo I;

III - o ato constitutivo, de acordo com a exigência de suanatureza jurídica, esteja registrado na JUCEPAR.

§ 1º A inscrição auxiliar de substituição tributári a paraestabelecimento localizado no Estado também será co ncedidaautomaticamente, desde que a inscrição principal es teja emsituação regular perante o CAD/ICMS do Paraná.

§ 2º Nos casos de inscrição simplificada, o contrib uintepoderá obter o número da sua inscrição estadual, po r meio daimpressão, via internet, do Comprovante de Inscriçã o Cadastral- CICAD - Anexo IV.

Preliminarmente, fazem-se necessárias as seguin tesconsiderações:

- a classificação da mercadoria na NCM éresponsabilidade do contribuinte;

- a expressão “Materiais de construção, acabamento,bricolagem ou adorno” de que trata a Seção II-B do Capítulo XX doTítulo III, bem como o “caput” do artigo 48 1-E do RICMS, temaplicação meramente denominativa, sendo irrelevante para efeitos dedeterminação dos produtos sujeitos à substituição t ributária;

- estando a mercadoria inserta, por sua descrição e por

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sua classificação na NCM, no artigo 481-G do RICMS,independentemente de ter uso efetivo na construção civil, estarásujeita ao regime de substituição tributária. Exceç ão que se faztão somente às mercadorias dos itens 1, 3, 11, 13, 25, 45, 53, 54,58 e 66 desse artigo, para os quais a necessária ut ilização naconstrução civil está especificamente neles express a;

- observadas as condições do parágrafo anterior, no sitens em que esteja indicada a posição NCM, e como descrição damercadoria o respectivo título da posição apresenta da na mesmanorma, todas as me rcadorias desse item estarão sujeitas àsubstituição tributária.

Passa-se, na sequência, a responder aos questioname ntos.

Em relação à primeira indagação, sujeitam-se ao reg ime desubstituição tributária os produtos da posição 39.2 0 da NCM queestejam com a descrição da mercadoria especificada no art. 481- G,que é o caso da fita de borda de PVC. Sublinhe-se q ue quando écitada a posição de produtos na NCM, ao invés do có digo, issosignifica que a substituição tributária é mais abra ngente,albergando os prod utos da posição que estejam especificados nadescrição da mercadoria.

O desmembramento das mercadorias da posição 39.20 d a NCMnos itens 5 e 6 do art. 481-G do Regulamento do ICM S se feznecessária em razão de as margens de valor agregad o interestaduaisserem diversas.

Assim, responde-se que está equivocado o entendimen toexarado, pois deverá ser retido e recolhido pela co nsulente oimposto devido pelo regime de substituição tributár ia quando darealização de operações com revendedores.

Quanto à segunda in dagação, o produto comercializado pelaconsulente se enquadra no item 6 do art. 481-G do R egulamento doICMS.

Relativamente ao terceiro questionamento, em razão de aNorma de Procedimento Fiscal n. 099/2011 prever reg ras especiaispara a concessão de inscr ição estadual para determinadasatividades, o Anexo I tem a finalidade de especific ar quais sejamelas.

Sublinhe-se que está previsto no § 1º do art. 5º dacitada norma que a inscrição auxiliar de substituiç ão tributáriapara estabelecimento localizado no Estado será concedidaautomaticamente, desde que a inscrição principal es teja em situaçãoregular perante o CAD/ICMS do Paraná.

Assim, está equivocada a interpretação da consulent equanto à finalidade do Anexo I da NPF 099/2011.

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Em relação à última indagaç ão, partindo-se da premissa deque o item 6 do art. 481-G não decorre da celebraçã o de protocolocom outras unidades federadas, o estabelecimento lo calizado fora doterritório paranaense não está obrigado a realizar a retenção e opagamento do imposto devi do por tal regime. Inteligência do § 1º doart. 18 da Lei n. 11.580/1996.

A partir da ciência desta, terá a consulente, emobservância ao artigo 659 do Regulamento do ICMS, o prazo de atéquinze dias para adequar os seus procedimentos even tualmente járeal izados, em conformidade com o que foi aqui esclarec ido, no casode que os tenha praticado diversamente.

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PROTOCOLO: 11.446.140-7

CONSULTA Nº: 78, de 18 de setembro de 2012.

CONSULENTE: HIDROMATIC COM. DE EQUIP. PARA AUTOMAÇÃO INDUSTRIALLTDA.

SÚMULA: ICMS. OPERAÇÕES SUJEITAS AO REGIME DASUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. GRUPO DOS MATERIAIS DECONSTRUÇÃO, ACABAMENTO, BRICOLAGEM OU ADORNO.

RELATORA: MARISTELA DEGGERONE

A consulente, cadastrada na atividade de comércioatacadista de máquinas e equipamentos para uso indu strial, partes epeças, informa que em razão da edição do Decreto n. 3.949, de 27 defevereiro de 2012, foram inseridos no Regulamento d o ICMS osartigos 4 81-E a 481-G, dispondo acerca do regime da substitu içãotributária nas operações com o grupo de materiais d e construção,acabamento, bricolagem ou adorno.

Informa que comercializa as mercadorias especificad as nositens 2, 6, 14, 43, 51, 52, 53, 64 e 69 do art. 481-G doRegulamento do ICMS com indústrias, para uso na aut omação demáquinas e equipamentos e não para uso na construçã o civil.

Sustenta que as operações que pratica com os mencio nadosprodutos não estão sujeitas ao regime de substituiç ão tributária ,inclusive em relação a outros produtos que estejam relacionados noreferido artigo, pois não têm por finalidade o uso na construçãocivil.

Questiona se está correto o seu entendimento.

RESPOSTA

Inicialmente, esclarece-se que, embora a consulente seenquadre na condição de substituído tributário, já que atua nocomércio, responde-se ao questionamento por ela fo rmulado, pois,caso o imposto devido pelo regime de substituição t ributária nãoseja retido e recolhido pelo responsável tributário designado nanorma regulamentar, a consulente poderá responder s olidariamentepelo montante correspondente em razão do que dispõe o inciso IV doart. 21 da Lei n. 11.580/1996.

A matéria questionada está assim implementada noRegulamento do ICMS aprovado pelo Decreto n. 1.980, de 21 de

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dezembro de 2007:

Art. 481-E. Ao estabelecimento industrial fabricant e,importador ou arrematante de mercadoria importada eapreendida, que promover a saída dos materiais de c onstrução,acabamento, bricolagem ou adorno, relacionados no a rt . 481-Gcom suas respectivas classificações na NCM, com des tino arevendedores situados no território paranaense, é a tribuída acondição de sujeito passivo por substituição, para efeito deretenção e recolhimento do ICMS relativo às operaçõ essubsequentes.

Parágrafo único. A responsabilidade pela retenção erecolhimento do imposto fica também atribuída a qua lquerestabelecimento remetente localizado nos Estados do Amapá,Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e S ão Paulo,inclusive em relação ao di ferencial de alíquotas (ProtocolosICMS 196/2009, 69/2011 e 71/2011).

(…

Art. 481-G. Nas operações com os produtos relaciona dos, comsuas respectivas classificações na NCM, devem ser c onsideradosos seguintes percentuais de margem de valor agregad o:

ITEM NCM DESCRIÇÃO MARGEM DE VALOR

AGREGADO - MVA (%)

INTERNA INTERESTADUAL

2 3916.20.00 Perfis de PVC 44 44

6 39.20 Outras chapas, folhas,películas, tiras elâminas, de plásticosnão alveolares

28 28

14 1016.93.00 Juntas, gaxetas esemelhantes, deborrac ha vulcanizadanão endurecida, parauso não automotivo

47,00 57,76

43 73.07 Acessórios para tubos(inclusive uniões,cotovelos, luvas oumangas), de ferrofundido, ferro ou aço

33 42,73

51 73.26 Abraçadeiras 52 63,12

52 74.07 Barras de cobre 38 48,10

53 7411.10.10 Tubos de cobre e suas 32 41,66

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ligas, parainstalações de águaquente e gás, para usona construção civil

64 8302.10.00 Dobradiças de metaiscomuns, de qualquertipo

46 56,68

69 84.81 Torneiras, válvulas(incluídas asredutoras de pressão eas t ermostáticas) edispositivossemelhantes, paracanalizações,caldeiras,reservatórios, cubas eoutros recipiente

34 43,80

Preliminarmente, fazem-se necessárias as seguintesconsiderações:

- a classificação da mercadoria na NCM éresponsabilidade do contri buinte;

- a expressão “Materiais de construção, acabamento,bricolagem ou adorno” de que trata a Seção II-B do Capítulo XX doTítulo III, bem como o “caput” do artigo 481-E do R ICMS, temaplicação meramente denominativa, sendo irrelevante para efeitos dedeterminação dos produtos sujeitos à substituição tr ibutária;

- estando a mercadoria inserta, por sua descrição e porsua classificação na NCM, no artigo 481-G do RICMS,independentemente de ter uso efetivo na construção civil, estarásujeita ao regime de s ubstituição tributária. Exceção que se faztão somente às mercadorias dos itens 1, 3, 11, 13, 25, 45, 53, 54,58 e 66 desse artigo, para os quais a necessária ut ilização naconstrução civil está especificamente neles express a;

- observadas as condições do parágrafo anterior, nositens em que esteja indicada a posição NCM, e como descrição damercadoria o respectivo título da posição apresenta da na mesmanorma, todas as mercadorias desse item estarão suje itas àsubstituição tributária.

Passando ao questiona mento da consulente, responde-se queestá equivocado o seu entendimento, pois as operaçõ es com asmercadorias descritas nos itens 2, 6, 14, 43, 51, 5 2, 64 e 69 doart. 481-G do Regulamento do ICMS se sujeitam ao re gime desubstituição tributária, independe ntemente de sua destinação.Quanto às operações com as mercadorias do item 53 d o mesmo artigo,essas se sujeitam a tal regime caso sejam destinada s ao uso naconstrução civil.

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A partir da ciência desta, terá a consulente, emobservância ao artigo 659 do Re gulamento do ICMS, o prazo de atéquinze dias para adequar os seus procedimentos even tualmente járealizados, em conformidade com o que foi aqui escl arecido, no casode que os tenha praticado diversamente.

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PROTOCOLO: 11.466.284-4

CONSULTA Nº: 79, de 18 de setembro de 2012.

CONSULENTE: R M SIGNOR & CIA. LTDA.

SÚMULA: ICMS. AUTOPEÇAS USADAS. COMÉRCIO VAREJISTA.TRATAMENTO TRIBUTÁRIO.

RELATORA: ORIANA C. ZARDO

A consulente expõe que está enquadrada no regime doSimples Nacional e que tem como atividade principal o “comércio avarejo de peças e acessórios usados para veículos a utomotores” -CNAE 4930-2/02.

Informa que adquire veículos em leilões e que, apósdesmontá-los, revende as respectivas peças, recondiciona das ou não.

Cita os artigos 486 e 536-I do Regulamento do ICMSaprovado pelo Decreto n. 1.980, de 21.12.2007 e ind aga:

1. Nas operações de revenda das peças nãorecondicionadas, o imposto deve ser recolhid o com a utilização doPrograma Gerador do Documento de Arrecadação do Sim ples Nacional –Declaratório (PGDAS-D)?

2. As operações de revenda das peças recondicionada sestão sujeitas ao regime da substituição tributária ?

RESPOSTA

Primeiramente, o art. 486 do RICMS citado pela consulentenão é aplicável aos fatos descritos, pois atribui a condição deresponsável pela retenção do imposto devido por sub stituiçãotributária ao estabelecimento industrial fabricante ou aoimportador nas operações com veículos nov os:

“Art. 486. Ao estabelecimento industrial fabricante ouimportador é atribuída a condição de sujeito passiv o porsubstituição, para efeito de retenção e recolhiment o do ICMSrelativo às operações subseqüentes, na saída, com d estino arevendedores situad os no território paranaense (art. 18, IV,da Lei n. 11.580/96; Convênios ICMS 132/92, 143/92, 01/93 e52/93):

I - dos veículos novos classificados nos códigos NB M/SH,adiante relacionados (Convênio ICMS 81/01):

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(...)

II - de veículos novos motorizados, cla ssificados na posição8711 da NBM/SH (Convênio ICMS 09/01).”.

Dispõe o artigo 536-I do mesmo Regulamento:

“Art. 536-I. Ao estabelecimento industrial fabrican te,importador ou arrematante de mercadoria importada eapreendida, que promover saída das peças, partes, componentes,acessórios e demais produtos a seguir relacionados,classificados nos respectivos códigos e posições da NCM, deuso especificamente automotivo, assim compreendidos os que, emqualquer etapa do ciclo econômico do setor automoti vo, sejamadquiridos ou revendidos por estabelecimento de ind ústria oucomércio de veículos automotores terrestres, bem co mo deveículos, máquinas e equipamentos agrícolas ou rodo viários, oude suas peças, partes, componentes e acessórios, co m destino arevendedore s situados no território paranaense, é atribuída acondição de sujeito passivo por substituição, para efeito deretenção e recolhimento do ICMS relativo às operaçõ essubseqüentes (Protocolo ICMS 83/08).

(…)

§ 3º O disposto neste artigo se aplica, também, a os produtosrelacionados no “caput”, quando destinados à aplica ção narenovação, no recondicionamento ou no beneficiament o de peças,partes ou equipamentos.”.

Observe-se que a sujeição ao regime da substituiçãotributária nas operações com autopeças, usada s ou não, estácondicionada ao atendimento das seguintes situações : 1) que oadquirente seja estabelecimento industrial fabrican te, importadorou arrematante de mercadoria importada e apreendida ; 2) que amercadoria seja destinada a revendedores situados n o territórioparanaense.

Quanto ao primeiro questionamento, nota-se que oestabelecimento industrial fabricante que realiza o perações comrevendedores paranaenses pode figurar como responsá vel tributário,nos termos do art. 536-I retrotranscrito, não send o essa condiçãoatendida, entretanto, no caso da venda das peças us adas nãorecondicionadas, em razão de que a desmontagem do v eículo não éconsiderada processo de industrialização. Precedent es: Consulta n.107/2008 e Consulta n. 95/2010.

Como a Consulente está enquadrada no Simples Nacional, aapuração e o pagamento do valor devido, nesse caso, deve observar odisposto na Lei Complementar n. 123, de 14.12.2006.

Todavia, no caso da venda a varejo das peçasrecondicionadas, por inexistir operação subsequente , também não é

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aplicado o regime de substituição tributária. Contu do, se essasoperações forem destinadas ao comércio varejista ou atacadista, aconsulente estará obrigada a promover a retenção do imposto, nostermos do art. 536-I do RICMS.

Posto isso, nos termos do art. 659 do Regulamento doICMS, tem a consulente, a partir da data da ciência da resposta, oprazo de até quinze dias para adequar os procedimen tos járealizados, caso esteja procedendo de modo diverso do respondido.

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PROTOCOLO: 11.331.200-9

CONSULTA Nº: 80, de 18 de setembro de 2012.

CONSULENTE: CRISTAL SETE VIDROS TEMPERADOS LTDA.

SÚMULA: ICMS. OPERAÇÃO COM MERCADORIA SUJEITA AO REGIMEDA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. CFOP.

RELATORA: MAYSA CRISTINA DO PRADO

A consulente, com atividade econômica principal defabricação de vidros planos, CNAE 23.11-7/00, aduz que passou a serindicada como substituta tributária nas operações c om os produtosque fabrica, classificados na NCM 7007.19.00 (vidro s temperados),surgi ndo dúvidas em relação às notas fiscais que emite n as vendas aclientes cadastrados na atividade de fabricação de algum produto,com, por exemplo, esquadrias de metal, móveis, arti gos deserralheria, artefatos de materiais de plásticos et c., mas que têmco mo atividade secundária o comércio varejista de vid ros ou demateriais de construção, quando o produto vendido p ode serutilizado como insumo ou simplesmente encaminhado p ara revenda.

Perquire se o cliente informar que o vidro será uti lizadocomo insumo de verá emitir nota fiscal de venda utilizando o Códig oFiscal de Operação e Prestação - CFOP 5.402 ou 6.4 02 (venda deprodução do estabelecimento de produto sujeito ao r egime dasubstituição tributária em operação entre contribui ntes substitutostributários do mesmo produto), não retendo o ICMS na nota fisc al devenda, ou deverá utilizar o CFOP 5.101 ou 6.101 (ve nda de produçãodo estabelecimento de produto a ser utilizado como insumo de suafabricação), também não aplicando a retenção do ICM S porsubstituiç ão tributária.

Destaca que não tem como se resguardar da destinaçã o dadaao produto no caso de seu cliente possuir como ativ idade secundáriade comércio de materiais de construção ou de vidros , situação emque seria obrigatória a retenção do imposto por s ubstituiçãotributária, com a aplicação do CFOP 5.401 ou 6.401.

Perquire, ainda, em que caso específico poderá util izar oCFOP 5.402 ou 6.402.

RESPOSTA

A dúvida apresentada pela consulente se refere àaplicação do código CFOP nas notas fiscais de venda s de mercadorias

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de produção própria submetidas ao regime da substit uição tributáriapor força do Decreto n. 3.949, de 27 de fevereiro d e 2012, queintroduziu a Seção II-B no Regulamento do ICMS apro vado peloDecreto n. 1.980, de 21 de dezembro de 2007, para dispor sobre asubstituição tributária nas operações com materiais de construção,acabamento, bricolagem ou adorno, e quanto à necess idade daretenção do imposto nessas operações, considerando que não tem comose resguardar da destinação dada ao produto n o caso de seu clientepossuir como atividade primária a industrialização de mercadorias,e atividade secundária, o comércio de materiais de construção ou devidros, não sabendo, dessa forma, de que maneira de ve emitir osdocumentos fiscais de venda de sua produção, se com a aplicação doCFOP 5.101 ou 6.101, do CFOP 5.401 ou 6.401, ou, ai nda, do CFOP5.402 ou 6.402.

De acordo com as notas explicativas postas na Tabel a I-Bdo Anexo IV do RICMS, que trata dos CFOP a serem ut ilizados nassaídas de mercadorias, bens ou prestações de serviços, tem-sequanto ao códigos mencionados pela consulente:

CFOP 5.101 ou 6.101 - Venda de produção doestabelecimento

Classificam-se neste código as vendas de produtosindustrializados ou produzidos pelo próprio estabel ecimento. Tambémserão classificadas neste código as vendas de merca dorias porestabelecimento industrial ou produtor rural de coo perativadestinadas a seus cooperados ou a estabelecimento d e outracooperativa.

CFOP 5.401 ou 6.401 - Venda de produção doestabelecime nto em operação com produto sujeito ao regime desubstituição tributária, na condição de contribuint e substituto

Classificam-se neste código as vendas de produtosindustrializados ou produzidos pelo próprio estabel ecimento emoperações com produtos sujeito s ao regime de substituiçãotributária, na condição de contribuinte substituto. Também serãoclassificadas neste código as vendas de produtos in dustrializadospor estabelecimento industrial ou produtor rural de cooperativasujeitos ao regime de substituiçã o tributária, na condição decontribuinte substituto.

CFOP 5.402 ou 6.402 - Venda de produção doestabelecimento de produto sujeito ao regime de sub stituiçãotributária, em operação entre contribuintes substit utos do mesmoproduto

Classificam-se neste códi go as vendas de produtossujeitos ao regime de substituição tributária indus trializados noestabelecimento, em operações entre contribuintes s ubstitutos domesmo produto.

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Considerando a impossibilidade da consulente saber, com anecessária certeza, a desti nação final dada aos produtos por elacomercializados, se utilizados como insumo de produ ção de seusclientes ou se encaminhados para revenda, como ela mesma mencionouem sua consulta, deverá considerar, em todas as sua s vendas, suacondição de contribuint e substituto, conforme determina o art.481-E do RICMS, a seguir transcrito, utilizando o C FOP 5.401 ou6.401, e efetuar a retenção do imposto.

“Art. 481-E. Ao estabelecimento industrial fabrican te,importador ou arrematante de mercadoria importada eapree ndida, que promover a saída dos materiais de constr ução,acabamento, bricolagem ou adorno, relacionados no a rt. 481-Gcom suas respectivas classificações na NCM, com des tino arevendedores situados no território paranaense, é a tribuída acondição de sujeit o passivo por substituição, para efeito deretenção e recolhimento do ICMS relativo às operaçõ essubsequentes.”

Assim, não poderá utilizar o CFOP 5.101 ou 6.101, q ue serefere às vendas de produtos industrializados ou pr oduzidos pelopróprio estabeleciment o, pois esse código não se aplica às vendasde produtos submetidos à substituição tributária.

Quanto ao CFOP 5.402 ou 6.402 somente poderá serutilizado na venda de produtos sujeitos ao regime d e substituiçãotributária industrializados no estabelecimento, quando odestinatário também for substituto nas operações co m os mesmosprodutos.

Nesse caso, descabe a retenção antecipada do impost o, nostermos do art. 479, inciso I, alínea "a", do RICMS , uma vez quenão se aplicam as regras da substituição tributári a às operaçõesque destinem mercadorias a sujeito passivo por subs tituiçãotributária da mesma mercadoria, exceto nas saídas p raticadas porprodutor de combustível derivado de petróleo ou ao remetente quedestine combustível derivado de petróleo ao Estado do Paraná, ou,ainda, se o destinatário for eleito substituto trib utárioexclusivamente na condição de importador.

Por fim, caso o adquirente das mercadorias produzid aspela consulente as utilize como insumos em seu proc esso produtivo,poderá creditar o im posto recolhido seguindo as determinações do §11 do art. 22 do RICMS, a seguir transcrito:

"Art. 22. O imposto é não-cumulativo, compensando-s e o que fordevido em cada operação relativa à circulação de me rcadoriasou prestação de serviços de transporte i nterestadual eintermunicipal e de comunicação com o montante cobr ado nasanteriores por este Estado ou por outra unidade fed erada,apurado por um dos seguintes critérios (art. 23 da Lei n.11.580/96):

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...

§ 11. Nas operações com mercadoria sujeitas ao reg ime dasubstituição tributária, em relação às operações co ncomitantesou subseqüentes, em que o destinatário substituído sejacontribuinte e não destine a mercadoria à comercial ização, bemcomo quando a acondicionar em embalagem para revend a ou autilizar no processo industrial, caso tenha direito ao crédi todo imposto, deverá observar o seguinte:

a) quando a mercadoria adquirida não for destinada àcomercialização, ou for acondicionada em embalagem pararevenda ou utilizada no processo industrial, o val or docrédito corresponderá ao montante resultante da apl icação daalíquota interna sobre o valor que serviu de base d e cálculopara a retenção, sendo que, em não se conhecendo o valor doimposto, o mesmo poderá ser calculado mediante a ap licação daalíquota vigente para as operações internas sobre o valor d eaquisição da mercadoria, ressalvado o disposto na a línea "b";

b) quando apenas parte da mercadoria não for destin ada àcomercialização, ou for acondicionada em embalagem pararevenda ou utilizada no proc esso industrial, poderá o créditoser apropriado, proporcionalmente a esta parcela, o qualcorresponderá ao valor resultante da aplicação da a líquotainterna sobre o valor que serviu de base de cálculo para aretenção, mediante nota fiscal para este fim em itida, cujanatureza da operação será "Recuperação de Crédito", que deveráser lançada no campo "Outros Créditos" do livro Reg istro deApuração do ICMS, sendo que, em não se conhecendo o valor doimposto, o mesmo poderá ser calculado mediante a ap licação d aalíquota vigente para as operações internas sobre o valor deaquisição da mercadoria. "

Caso a consulente tenha procedido diferentemente domanifestado na presente, tem o prazo de até quinze dias paraadequar esses procedimentos a partir da data da ciê nc ia desta,observado o disposto no § 1º do art. 654 do RICMS, independente dequalquer interpelação ou notificação fiscal.

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PROTOCOLO: 11.326.894-8

CONSULTA Nº: 81, de 18 de setembro de 2012.

CONSULENTE: SIGN LOGOS COMUNICAÇÃO VISUAL E SINALIZAÇÃO LTDA.

SÚMULA: ICMS. CONFECÇÃO DE PAINÉIS, BANNERS E ADESIVOSPARA USO EXCLUSIVO DO ENCOMENDANTE. NÃOINCIDÊNCIA.

RELATORA: MAYSA CRISTINA DO PRADO

A consulente aduz estar discutindo com a PrefeituraMunicipal de Londrina questão relativa à controvérs ia quanto acompetência para a cobrança do tributo incidente so bre asatividades por ela desenvolvidas.

Relacionou as atividades de confecção que realiza , com afinalidade de que este Setor Consultivo venha a dir imir suasdúvidas a respeito da obrigação do recolhimento do ICMS ou do ISS:

1. BACK LIGHT: formada por uma parte metálica,confeccionada com metalon e chapa galvanizada, ou a lumíniocomposto, sold ados na serralheria da empresa, e uma parte elétric aconstituída de lâmpadas homogêneas, reator e fio. A montagem éefetuada na empresa. A arte, fornecida pelo cliente , é impressa emlona, em máquina de impressão digital de propriedad e da empresa. Ainstal ação também é efetuada pela consulente;

2. FRONT LIGHT: parte metálica confeccionda em meta lon,com solda efetuada na serralheria da empresa. Ilum inação externarealizada por holofotes. A arte, fornecida pelo cli ente, é impressaem lona, em máquina de imp ressão digital de propriedade da empresa.A instalação também é efetuada pela consulente;

3. ENVELOPAMENTO DE AUTOS: colocação de adesivosconfeccionados por impressão digital em máquinas de propriedade daempresa, efetuada por seus funcionários, em veícul os, caminhões eônibus. Arte fornecida pelo cliente;

4. PLACAS DE SINALIZAÇÃO INTERNA: confeccionadas co m osseguintes materiais: PS, MDF, ACM, vidro e acrílico , todosadesivados. Materiais comprados e adesivados pela c onsulente;

5. FAIXAS: lona com impres são digital, com arte fornecidapelo cliente;

6. BANNERS: lona com impressão digital, com artefornecida pelo cliente;

7. ADESIVOS: com impressão digital ou em recorte (m áquina

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plotter).

RESPOSTA

A consulente relacionou as atividades que realiza(confecc ção e instalação de painéis iluminados de propagand a;confeccção e instalação de adesivos em veículos; co nfecção deplacas de sinalização interna; impressão digital de faixas, bannerse adesivos), com materiais por ela adquiridos e seg undo a artefornecida pelos seus clientes, e perquire a respeito da inci dênciado ICMS ou do ISS sobre tais atividades.

A competência para a instituição dos diversos impos tosprevistos na Constituição da República já é determi nada no própriotexto constitucional. Assim, aos Es tados e ao Distrito Federal cabeinstituir imposto sobre operações relativas à circu lação demercadorias e sobre prestações de serviços de trans porteinterestadual e intermunicipal e de comunicação, ai nda que asoperações e as prestações se iniciem no exte rior (art. 155, incisoII), e aos municípios compete a instituição do impo sto sobreserviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155,inciso II, definidos em lei complementar (art. 156, inciso III).

A Lei Complementar a que se refere o texto co nstitucionalé a de n. 116, de 31 de julho de 2003, que estabele ce em seu art.1º:

"Art. 1º O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natur eza, decompetência dos Municípios e do Distrito Federal, t em comofato gerador a prestação de serviços constantes da list aanexa, ainda que esses não se constituam como ativi dadepreponderante do prestador.".

As atividades informadas pela consulente estão prev istasno item 24.01 da referida Lista de Serviços, nos se guintes termos:"24.01 – Serviços de chaveiros, confecção de carimbos, placas,sinalização visual, banners, adesivos e congêneres. "

Dessa forma, em face de expressa disposição legal s obreas atividades informadas pela consulente, conclui-s e que aconfeccção e a instalação de painéis iluminados de propaganda, aconf eccção e a instalação de adesivos em veículos, a co nfecção deplacas de sinalização interna e a impressão digital de faixas, debanners e de adesivos, tratam-se de prestações de s erviços dacompetência tributária dos municípios, e não se tra tam deprestaçõ es insertas na competência tributária dos Estados.

Quanto à instalação desses produtos, bem como aosmateriais empregados para essa instalação, não estã o submetidos ao

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ICMS, nos termos do inciso V do art. 4º da Lei n. 1 1.580/1996, aseguir transcrito:

“Art . 4º O imposto não incide sobre:

...

V - operações relativas a mercadorias que tenham si do ou quese destinem a ser utilizadas na prestação, pelo pró prio autorda saída, de serviço de qualquer natureza definido em leicomplementar como sujeito ao imposto s obre serviços, decompetência tributária dos Municípios, ressalvadas ashipóteses previstas na mesma lei complementar;”.

Por fim, cumpre destacar que, por força do art. 27 ,inciso I, da Lei n 11.580, de 14 de novembro de 199 6, é vedado àconsulente o apro veitamento de quaisquer créditos do ICMS emrelação à execução dos serviços por ela informados.

Precedentes: Consultas n. 39/2006, 75/2006, 94/2007 ,127/2007, 87/2008, 43/2009, 36/2010, 92/2010 e 26/ 2011.

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PROTOCOLO: 11.413.723-5

CONSULTA Nº: 82, de 21 de agosto de 2012.

CONSULENTE: MIPEL INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE VÁLVULAS LTDA.

SÚMULA: ICMS. OPERAÇÕES COM MERCADORIAS ARROLADAS NASEÇÃO DO REGULAMENTO QUE TRATA DA CONSTRUÇÃOCIVIL, ACABAMENTO, BRICOLAGEM OU ADORNO.SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. HIPÓTESES.

RELATORA: MARISTELA DEGGERONE

A consulente, estabelecida no Estado do Rio Grande doSul, informa que produz e comercializa peças destin adas ao usoindustrial, encontrando-se dentre elas as classific adas na NCM4016.90.33 (juntas, gaxetas e semelhantes, de borra cha vulcanizadanão endur ecida, para uso não automotivo) e na posição NCM 84 .81(torneiras, válvulas - incluídas as redutoras de pr essão e astermostáticas - e dispositivos semelhantes, para c analizações,caldeiras, reservatórios, cubas e outros recipiente s).

Em razão da edição do Decreto n. 3.949, de 27 defevereiro de 2012, foram inseridos no Regulamento d o ICMS osartigos 481-E a 481-G dispondo acerca do regime da substituiçãotributária nas operações com o grupo dos materiais de construção,acabamento, bricolagem ou adorno.

Aduz que a dúvida se as operações com as mercadoriascomercializadas pela empresa se sujeitam ao regime da substituiçãotributária decorre do fato de que, apesar de ter si do mencionadoexpressamente no caput do art. 481-E que se aplica o mencionadoregime n as saídas dos materiais de construção, acabamento,bricolagem ou adorno, nos itens 14 e 69 foram relac ionadasmercadorias que por diversas vezes não são destinad as ao uso naconstrução civil.

Afirma que comercializa mercadorias, mais especific amenteválvul as, destinadas prioritariamente ao uso industrial. Apesardisso, adota a sistemática da substituição tributár ia, muito emboraesse procedimento venha sendo questionado por seus clientes, que,em sua maioria, são revendedores dos produtos.

Assevera que no m omento da venda dos produtos não temcomo certificar a quem seu cliente destinará as vál vulasindustriais e se o destinatário final as utilizará numa finalidadeque possa ser caracterizada como de construção civi l.

Posto isso, questiona:

1. está correto o seu entendimento de que às operações

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que envolvam as mercadorias classificadas no código NCM 4016.93.00e na posição 84.81, que por suas características ti verem destinaçãoindustrial, não se aplica a sistemática da substitu ição tributária,independentemen te da atividade do adquirente e posterior destinaçã odas mercadorias?

2. Na hipótese de as mercadorias classificadas na N CMpossuírem destinação industrial e serem vendidas a empresas quepromovem obras de construção civil, o procedimento para essaoperaçã o se sujeita ao mesmo tratamento tributário da ques tãoanterior?

3. Caso o entendimento exposto nas questões anterio resnão esteja correto, qual deve ser o procedimento a ser adotadoquando da comercialização das mercadorias a cliente s consumidoresfinais e a clientes que revenderão tais mercadorias?

4. No caso de cliente que não seja consumidor final , comopoderá saber de antemão a destinação que tal client e dará àsválvulas de uso industrial, se a aplicação do regim e desubstituição tributária dependeria de fatos futuros e imprevisíveisno momento da venda, que extrapolam o seu controle?

RESPOSTA

A matéria questionada pela consulente está assimimplementada no Regulamento do ICMS aprovado pelo D ecreto n. 1.980,de 21 de dezembro de 2007:

“Art. 481-E. Ao estabelecimento industrial fabricante,importador ou arrematante de mercadoria importada eapreendida, que promover a saída dos materiais de c onstrução,acabamento, bricolagem ou adorno, relacionados no a rt. 481-Gcom suas respectivas classificações na NCM , com destino arevendedores situados no território paranaense, é a tribuída acondição de sujeito passivo por substituição, para efeito deretenção e recolhimento do ICMS relativo às operaçõ essubsequentes.

Parágrafo único. A responsabilidade pela retenção erecolhimento do imposto fica também atribuída a qua lquerestabelecimento remetente localizado nos Estados do Amapá,Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e S ão Paulo,inclusive em relação ao diferencial de alíquotas (P rotocolosICMS 196/2009, 69/2011 e 71/2011).

(…)

Art. 481-G. Nas operações com os produtos relaciona dos, comsuas respectivas classificações na NCM, devem ser c onsiderados

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os seguintes percentuais de margem de valor agregad o:

ITEM NCM DESCRIÇÃO DAS MERCAD ORIAS MVA(%) INT E INTEREST

14 4016.93.00 Juntas, gaxetas e semelhantes, deborracha 47 57,76 vulcanizada não endurecida, para usonão automotivo

...

69 84.81 Torneiras, válvulas (incluída s asredutoras de 34 43,80

pressão e as termostáticas) edispo sitivos

semelhantes, para canalizaçõ es,caldeiras,

reservatórios, cubas e outro srecipientes”.

Preliminarmente, fazem-se necessárias as seguintesconsiderações:

- a classificação da mercadoria na NCM érespons abilidade do contribuinte;

- a expressão “Materiais de construção, acabamento,bricolagem ou adorno” de que trata a Seção II-B do Capítulo XX doTítulo III, bem como o “caput” do artigo 481-E do R ICMS, temaplicação meramente denominativa, sendo irrelevant e para efeitos dedeterminação dos produtos sujeitos à substituição t ributária;

- estando a mercadoria inserta, por sua descrição e porsua classificação na NCM, no artigo 481-G do RICMS,independentemente de ter uso efetivo na construção civil, estarásuj eita ao regime de substituição tributária. Exceção que se faztão somente às mercadorias dos itens 1, 3, 11, 13, 25, 45, 53, 54,58 e 66 desse artigo, para os quais a necessária ut ilização naconstrução civil está especificamente neles express a;

- observad as as condições do parágrafo anterior, nositens em que esteja indicada a posição NCM, e como descrição damercadoria o respectivo título da posição apresenta da na mesmanorma, todas as mercadorias desse item estarão suje itas àsubstituição tributária.

Passa-se, na sequência, a responder aos questionamento s.

Da legislação antes transcrita, constata-se que osprodutos mencionados pela consulente estão arrolado s no dispositivo

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que prevê a substituição tributária. Assim, em razã o do que foiexposto se responde à primeira indagação no sentido de que estáequivocado o seu entendimento, devendo observar as regras dasubstituição tributária previstas no Regulamento do ICMS paranaensenas operações que realizar.

Sublinhe-se, todavia, que na hipótese de a consulen terealizar operações diretamente com indústrias, que irão utilizar osprodutos mencionados como insumo de produção de uma novamercadoria, está afastada a aplicação do regime da substituiçãotributária, já que essa sistemática é adotada na hi pótese de acon sulente realizar operações com revendedores ou entã o comconsumidor final, contribuinte do imposto, sendo ne ssa últimahipótese a responsável pelo recolhimento do tributo a título dediferencial de alíquotas.

No que diz respeito ao segundo e terceiroquest ionamentos, partindo-se, primeiramente, da premissa de que odestinatário, contribuinte do imposto, adquire a me rcadoria nacondição de consumidor final, a consulente é a resp onsável pelaretenção do imposto a título de diferencial de alíq uotas, nahipóte se de haver diferença entre as alíquotas interna e ainterestadual com o produto. Inteligência do parágr afo único doart. 481-E da referida norma regulamentar.

Por outro lado, se o seu cliente adquirir a mercado riapara revenda deverá a consulente reter o imposto observando asregras da substituição tributária.

Quanto à última indagação, resta prejudicada em raz ão doque foi manifestado anteriormente.A partir da ciência desta, terá a consulente, em ob servância aoart. 659 do Regulamento do ICMS, o prazo de até quinze dias paraadequar os seus procedimentos eventualmente já real izados, emconformidade com o que foi aqui esclarecido, no cas o de que ostenha praticado diversamente.

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PROTOCOLO: 11.413.724-3

CONSULTA Nº: 83, de 21 de agosto de 2012.

CONSULENTE: LUPATECH S.A. - VALMICRO

SÚMULA: ICMS. OPERAÇÕES COM MERCADORIAS ARROLADAS NASEÇÃO QUE TRATA DA CONSTRUÇÃO CIVIL,ACABAMENTO, BRICOLAGEM OU ADORNO. SUBSTITUIÇÃOTRIBUTÁRIA. HIPÓTESES.

RELATORA: MARISTELA DEGGERONE

A consulente, estabelecida no Estado do Rio Grande doSul, informa que produz e comercializa peças destin adas ao usoindustrial, encontrando-se dentre elas as classific adas na NCM4016.90.33 (juntas, gaxetas e semelhantes, de borra cha vulcanizadanão endur ecida, para uso não automotivo) e na posição NCM 84 .81(torneiras, válvulas - incluídas as redutoras de pr essão e astermostáticas - e dispositivos semelhantes, para ca nalizações,caldeiras, reservatórios, cubas e outros recipiente s).

Em razão da edição d o Decreto n. 3.949, de 27 defevereiro de 2012, foram inseridos no Regulamento d o ICMS osartigos 481-E a 481-G dispondo acerca do regime da substituiçãotributária nas operações com o grupo dos materiais de construção,acabamento, bricolagem ou adorno.

Aduz que a dúvida se as operações com as mercadoriascomercializadas pela empresa se sujeitam ao regime da substituiçãotributária decorre do fato de que, apesar de ter si do mencionadoexpressamente no caput do art. 481-E que se aplica o mencionadoregime na s saídas dos materiais de construção, acabamento,bricolagem ou adorno, nos itens 14 e 69 foram relac ionadasmercadorias que por diversas vezes não são destinad as ao uso naconstrução civil.

Afirma que comercializa mercadorias, mais especific amenteválvula s, destinadas prioritariamente ao uso industrial. A pesardisso, adota a sistemática da substituição tributár ia, muito emboraesse procedimento venha sendo questionado por seus clientes, que,em sua maioria, são revendedores dos produtos.

Assevera que no mo mento da venda dos produtos não temcomo certificar a quem seu cliente destinará as vál vulasindustriais e se o destinatário final as utilizará numa finalidadeque possa ser caracterizada como de construção civi l.

Posto isso, questiona:

1. está correto o s eu entendimento de que às operações

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que envolvam as mercadorias enquadradas no código N CM 4016.93.00 ena posição 84.81, que por suas características tive rem destinaçãoindustrial, não se aplica a sistemática da substitu ição tributária,independentemente d a atividade do adquirente e posterior destinaçãodas mercadorias?

2. Na hipótese de as mercadorias enquadradas na NCMpossuírem destinação industrial e serem vendidas a empresas quepromovem obras de construção civil, o procedimento para essaoperação se s ujeita ao mesmo tratamento tributário da questãoanterior?

3. Caso o entendimento exposto nas questões anterio resnão esteja correto, qual deve ser o procedimento a ser adotadoquando da comercialização das mercadorias a cliente s consumidoresfinais e a cl ientes que revenderão tais mercadorias?

4. No caso de cliente que não seja consumidor final , comopoderá saber de antemão a destinação que tal client e dará àsválvulas de uso industrial, se a aplicação do regim e desubstituição tributária dependeria de fat os futuros e imprevisíveisno momento da venda, que extrapolam o seu controle?

RESPOSTA

A matéria questionada já foi objeto de análise pelo SetorConsultivo, mediante a Consulta n. 82, de 21 de ago sto de 2012, daqual se transcrevem excertos:

“A matéria questionada pela consulente está assim implementad ano Regulamento do ICMS aprovado pelo Decreto n. 1.9 80, de 21de dezembro de 2007:

“Art. 481-E. Ao estabelecimento industrial fabrican te,importador ou arrematante de mercadoria importada eapreendida, qu e promover a saída dos materiais de construção,acabamento, bricolagem ou adorno, relacionados no a rt. 481-Gcom suas respectivas classificações na NCM, com des tino arevendedores situados no território paranaense, é a tribuída acondição de sujeito passivo por substituição, para efeito deretenção e recolhimento do ICMS relativo às operaçõ essubsequentes.

Parágrafo único. A responsabilidade pela retenção erecolhimento do imposto fica também atribuída a qua lquerestabelecimento remetente localizado nos Esta dos do Amapá,Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e S ão Paulo,inclusive em relação ao diferencial de alíquotas (P rotocolosICMS 196/2009, 69/2011 e 71/2011).

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(…)

Art. 481-G. Nas operações com os produtos relaciona dos, comsuas respectivas clas sificações na NCM, devem ser consideradosos seguintes percentuais de margem de valor agregad o:

ITEM NCM DESCRIÇÃO DASMERCADORIAS MVA(%) INT E INTEREST

14 4016.93.00 Juntas, gaxetas e semelhantes, deborrac ha 47 57,76 vulcanizada não endurecida, para uso não

automotivo

...

69 84.81 Torneiras, válvulas (incluíd as asredutoras de 34 43,80

pressão e as termostáticas) edispositivos

semelhantes, para canalizaç ões,caldeiras,

reservatórios, cubas e outr osrecipientes”.

Preliminarmente, fazem-se necessárias as seguintesconsiderações:

- a classificação da mercadoria na NCM é responsabilidade docontribuinte;

- a expressão “Materiais de construção, acabamento, bricolagemou adorno” de que trata a Seção II-B do Capítulo XX do TítuloIII, bem como o “caput” do artigo 481-E do RICMS, t emaplicação meramente de nominativa, sendo irrelevante paraefeitos de determinação dos produtos sujeitos à sub stituiçãotributária;

- estando a mercadoria inserta, por sua descrição e por suaclassificação na NCM, no artigo 481-G do RICMS,independentemente de ter uso efetivo na construção civil,estará sujeita ao regime de substituição tributária . Exceçãoque se faz tão somente às mercadorias dos itens 1, 3, 11, 13,25, 45, 53, 54, 58 e 66 desse artigo, para os quais anecessária utilização na construção civil está espe cificament eneles expressa;

- observadas as condições do parágrafo anterior, no s itens emque esteja indicada a posição NCM, e como descrição damercadoria o respectivo título da posição apresenta da na mesmanorma, todas as mercadorias desse item estarão suje itas à

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substituição tributária.

Passa-se, na sequência, a responder aos questioname ntos.

Da legislação antes transcrita, constata-se que os produtosmencionados pela consulente estão arrolados no disp ositivo queprevê a substituição tributária. Assim, em razão do que foiexposto se responde à primeira indagação no sentido de queestá equivocado o seu entendimento, devendo observa r as regrasda substituição tributária previstas no Regulamento do ICMSparanaense nas operações que realizar.

Sublinhe-se, todavia, que na hipótese de a consulente realizaroperações diretamente com indústrias, que irão util izar osprodutos mencionados como insumo de produção de uma novamercadoria, está afastada a aplicação do regime dasubstituição tributária, já que essa sistemática é adotada nahipótese de a consulente realizar operações com rev endedoresou então com consumidor final, contribuinte do impo sto, sendonessa última hipótese a responsável pelo recolhimen to dotributo a título de diferencial de alíquotas.

No que diz respeito ao segundo e terceiro questionamentos,partindo-se, primeiramente, da premissa de que o de stinatário,contribuinte do imposto, adquire a mercadoria na c ondição deconsumidor final, a consulente é a responsável pela retençãodo imposto a título de diferenc ial de alíquotas, na hipótesede haver diferença entre as alíquotas interna e ainterestadual com o produto. Inteligência do parágr afo únicodo art. 481-E da referida norma regulamentar.

Por outro lado, se o seu cliente adquirir a mercado ria pararevenda d everá a consulente reter o imposto observando asregras da substituição tributária.

Quanto à última indagação, resta prejudicada em raz ão do quefoi manifestado anteriormente.”.

A partir da ciência desta, terá a consulente, emobservância ao art. 659 do Re gulamento do ICMS, o prazo de atéquinze dias para adequar os seus procedimentos even tualmente járealizados, em conformidade com o que foi aqui escl arecido, no casode que os tenha praticado diversamente.

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PROTOCOLO: 11.490.269-1

CONSULTA Nº: 84, de 28 de agosto de 2012.

CONSULENTE: ROLESTE ROLAMENTOS LTDA.

SÚMULA: ICMS. IMPORTAÇÃO. CRÉDITO PRESUMIDO.INAPLICABILIDADE.

RELATORA: MARISTELA DEGGERONE

A consulente, cadastrada na atividade principal decomércio a varejo de peças e acessórios novos para veículosautomotores, aduz que importa rolamentos, classific ados na posição8482 da Nomenclatura Comum do Mercosul, e que as op erações com talproduto se enquadram nas disposições do art. 631 do Regulament o doICMS.

Afirma que pretende ver esclarecida a forma de emis são danota fiscal para documentar a referida operação, já que o impostodecorrente da entrada de mercadoria importada do ex terior deve serrec olhido por ocasião do desembaraço aduaneiro com a c argatributária de 6%, razão pela qual faz os seguintes questionamentos:

1. o valor a ser informado no campo “ICMS Próprio” danota fiscal de entrada deve ser aquele recolhido pe la guia dearrecadação, que , no caso, corresponde à carga tributária de 6%, oudeve ser informado o imposto apurado com a aplicaçã o da alíquota de18% sobre a base de cálculo?

2. No valor total da nota fiscal deve ser somado o ICMSque efetivamente foi recolhido, considerando a carg a tributária de6%, ou o montante do imposto resultante da aplicaçã o da alíquota de18% sobre a base de cálculo?

3. Considerando que efetua o pagamento do ICMS inci dentena operação de entrada de mercadoria importada do e xteriorcorrespondente à carga trib utária de 6%, o valor a ser apropriadoem sua escrita fiscal é o correspondente a tal valo r ou o montanteresultante da aplicação da alíquota de 18% sobre a base de cálculoda operação?

RESPOSTA

Preliminarmente, transcreve-se a legislação que temcorrela ção com a matéria questionada:

Art. 536-I. Ao estabelecimento industrial fabricant e,

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importador ou arrematante de mercadoria importada eapreendida, que promover saída das peças, partes, c omponentes,acessórios e demais produtos a seguir relacionados,clas sificados nos respectivos códigos e posições da NCM , deuso especificamente automotivo, assim compreendidos os que, emqualquer etapa do ciclo econômico do setor automoti vo, sejamadquiridos ou revendidos por estabelecimento de ind ústria oucomércio de veí culos automotores terrestres, bem como deveículos, máquinas e equipamentos agrícolas ou rodo viários, oude suas peças, partes, componentes e acessórios, co m destino arevendedores situados no território paranaense, é a tribuída acondição de sujeito passiv o por substituição, para efeito deretenção e recolhimento do ICMS relativo às operaçõ essubsequentes (Protocolo ICMS 83/08):

(…)

XLVIII – rolamentos, NCM 8482;

Art. 631. Aos estabelecimentos comerciais e não ind ustriaiscontribuintes do imposto, que reali zarem a importação de benspara integrar o ativo permanente, ou de mercadorias , por meiodos Portos de Paranaguá e de Antonina e de aeroport osparanaenses, fica concedido crédito presumido corre spondente acinquenta por cento do valor do imposto devido, at é o limitede seis por cento sobre o valor da base de cálculo da operaçãode importação, e que resulte em carga tributária mí nima deseis por cento.

Art. 634. O tratamento tributário de que trata este Capítulonão se aplica:

(...)

VIII - às operações com:

i) peças, partes, componentes, acessórios e demais produtos,de uso automobilístico, relacionados no art. 536-I.

Acrescentada a alínea “i” ao inciso VIII do art. 63 4, pelaalteração 848ª, art. 1º, do Decreto n. 4.174, de 29 .03.2012,surtindo efeitos a par tir de 1º.04.2012.

Denota-se da legislação transcrita que, a partir de 1º deabril de 2012, começaram a surtir efeitos as dispos ições do Decreton. 4.174/2012, que inseriu a alínea “i” ao inciso V III do art. 634do Regulamento do ICMS, vedando a aplicação do contido no CapítuloXLIII do Título III, que trata das “Importações pel os Portos deParanaguá e Antonina e Aeroportos Paranaenses”, qua ndo daimportação de peças, partes, componentes, acessório s e demaisprodutos de uso automobilístico de que trata o ar t. 536-I.

Assim, considerando que o produto importado pelaconsulente, rolamentos, classificado na posição NCM 8482, de uso

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especificamente automotivo, encontra-se no rol do a rt. 536-I,desde 1º de abril de 2012 não é mais possível usufr uir do créditopre sumido nas operações de entrada de mercadoria impor tada doexterior pelos portos e aeroportos paranaenses.

Posto isso, deixa-se de responder aos questionament os daconsulente por perda de objeto em decorrência da al teração dalegislação que trata da matéri a.

Caso a consulente esteja procedendo diferentemente docontido nesta resposta, em razão da determinação do artigo 659 doRICMS, tem o prazo de até 15 dias, a partir da ciên cia desta, paraadequar os procedimentos já realizados ao que foi e sclarecido,obs ervadas ainda as determinações do art. 651 do mesmo Regulamento.

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PROTOCOLO: 10.718.483-0

CONSULTA Nº: 85, de 21 de agosto de 2012.

CONSULENTE: SCANCOM DO BRASIL LTDA.

SÚMULA: ICMS. REMESSA PARA INDUSTRIALIZAÇÃO POR CONTA EORDEM. OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS. NOTA FISCAL DEREMESSA SIMBÓLICA PARA INDUSTRIALIZAÇÃO.IMPOSSIBILIDADE.

RELATORA: MARISTELA DEGGERONE

A consulente, que tem como atividade o comércio,importação e exportação de madeira e indústria de b eneficiamento demadeira, incluindo a venda de toras de madeira e pr estação deserviços relacionados a tais atividades, aduz que, para aindustrialização e beneficiamento de madeira, adquirematérias-primas de fornecedores situados no territó rio paranaense,solicitando que enviem essas mercadorias para estab elecimentosindustrializadores também localizados no Paraná.

Para cumprimento das obrigações acessórias são emitidasnotas fiscais de conformidade com o art. 305 do Reg ulamento do ICMSaprovado pelo Decreto n. 1.980/2007, bem como, não obstanteinexistir previsão na norma regulamentar, emite not a fiscal deremessa simbólica relativamente à mercadoria que fo i remetida paraindustrialização pelo seu fornecedor, por sua conta e ordem, com ajustificativa de entender devida para que a operaçã o estejacorretamente documentada.

Posto isso, questiona se está correto o seuposicionamento.

RESPOSTA

O Setor Consulti vo, ao analisar o dispositivo que tratadas operações em que um estabelecimento manda indus trializarmercadoria, com fornecimento de matéria-prima, a qu al, semtransitar pelo estabelecimento adquirente, é entreg ue pelofornecedor diretamente ao industriali zador, manifestou-se nosentido de que não há previsão regulamentar para em issão, por partedo encomendante, no caso a consulente, de nota fisc al de remessasimbólica de mercadoria para a hipótese tratada no art. 305 doRegulamento do ICMS. Precedente: Co nsultas n. 152/2004 e n.118/2007.

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Sublinhe-se que os dispositivos da legislação paran aensepertinentes à remessa para industrialização de merc adoria que nãotransita pelo estabelecimento adquirente decorre do Convênio S/Nº,de 15 de dezembro de 1970, cele brado por todas as unidadesfederadas, que não prevê a emissão de nota fiscal s imbólica porparte do estabelecimento encomendante da industrial ização.

Assim, responde-se que está incorreto o procediment o daconsulente.

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PROTOCOLO: 10.910.167-2

CONSULTA Nº: 86, de 18 de setembro de 2012.

CONSULENTE: LILLO DO BRASIL INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE PRODUTOSINFANTIS LTDA.

SÚMULA: ICMS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. MAMADEIRA.

RELATOR: JORGE NAOTO OKIDO

A consulente, com sede no Estado do Rio de Janeiro,informa atuar no ramo de indústria e comércio de di versos produtospara bebês e gestantes, como: copos, canecas, prato s, pinçahigiênica, funil e coador, classificados no código NCM 3924.10.00,e prendedo r de chupeta, mordedor, aspirador nasal, protetor d echupeta e de mamilos, classificados na NCM 3924.90. 00.

Esclarece que o produto chupeta de bico de silicone estáclassificado no código NCM 3926.90.40 e mamadeira n o código NCM3924.90.00, conforme consul tas à Secretaria da Receita Federal doBrasil.

Em relação às mamadeiras de borracha vulcanizada, v idro eplástico, classificadas na NCM 3924.10.00, aduz que aplica regimeda substituição tributária, nos termos do art. 536- G do RICMS.

Quanto aos copos, can ecas, pratos, pinça higiênica, funile coador, classificados na NCM 3924.10.00 da Seção VII – Plásticose suas obras, borracha e suas obras, entende, també m, estaremsujeitos ao regime da substituição tributária.

Assim, em relação aos produtos que nomina, questiona asujeição ao regime da substituição tributária e os procedimentos aserem adotados.

RESPOSTA

No Regulamento do ICMS aprovado pelo Decreto n. 1.9 80, de21 de dezembro de 2007, tem-se a seguinte previsão:

Art. 536-E. Ao estabelecimento industria l fabricante,importador ou arrematante de mercadoria importada eapreendida, que promover a saída dos cosméticos, ar tigos deperfumaria, de higiene pessoal e de toucador, relac ionados noart. 536-G com suas respectivas classificações na N CM/SH, comdestin o a revendedores situados no território paranaense, éatribuída a condição de sujeito passivo por substit uição, para

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efeito de retenção e recolhimento do ICMS relativo àsoperações subsequentes.

Art. 536-G. Nas operações com os produtos relaciona dos, comsuas respectivas classificações na NCM, devem ser c onsideradosos seguintes percentuais de margem de valor agregad o(Protocolos ICMS 98/09, 191/09, 163/10, 164/10 e 1 90/10):(Ver art. 3º, do Decreto n.º 1.921/2011)

CÓDIGO NCM/SH DESCRIÇÃO MARGEM DE VALOR

AGREGADO – MVA (%)

INTERNA INTERESTADUAL

3923.30.00

3924.10.00

3924.90.00

4014.90.90

7010.20.00

Mamadeiras 51 62,05

Destaca-se, inicialmente, que para se identificar q uaismercadorias estão sujeitas ao regime da substituiçã o tributáriadeve haver conco mitante atendimento à descrição do produto e aocódigo correspondente na Nomenclatura Comum do Merc osul – NCM.

Assim, dentre os produtos mencionados pela consulen te,apenas as “mamadeiras” com classificação nas NCM in dicadas norespectivo item do art. 536 -G encontram-se incluídas nasubstituição tributária.

Quanto aos procedimentos a serem observados pelaconsulente, informa-se que deve atentar, dentre out ros dispositivosdo RICMS, ao previsto no art. 470.

Caso esteja procedendo diferentemente do manifesta do napresente, no prazo de até quinze dias, a partir da data da ciênciadesta, deverá adequar os procedimentos eventualment e já realizados,observado o disposto no § 1º do art. 654 do RICMS,independentemente de qualquer interpelação ou notif icação fiscal .

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PROTOCOLO: 10.829.684-4

CONSULTA Nº: 87, de 20 de setembro de 2012.

CONSULENTE: TORTUGA COMPANHIA ZOOTÉCNICA AGRÁRIA.

SÚMULA: ICMS. REDUÇÃO DA BASE DE CÁLCULO. PRODUTOSREGISTRADOS NO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA,PECUÁRIA E ABASTECIMENTO – MAPA. CONDIÇÕES.

RELATOR: JORGE NAOTO OKIDO

A consulente, revendedora de medicamentos veterinár ios esuplementos minerais, informa atuar como centro de distribuição deestabelecimento matriz sediado em São Paulo e que o s suplementossão destinados, exclusivamente, para uso na pecuári a.

Aduz que o Convênio ICMS 100/97, implementado no RI CMS,conforme art. 99, inciso VII, §§ 1º e 2º; art. 101, inciso IV eitens 8 e 8-A do Anexo II, disciplina que as vendas de insumosagropecuários e medicamentos veterinários, em opera ções internas,sejam realizadas ao abrigo do diferimento, e as interesta duais comredução da base de cálculo em 60%, regras aplicadas pelaconsulente.

Expõe que em 17.12.2010 foi publicada no Diário Ofi cialda União a Instrução Normativa n. 42/2010, do Minis tério daAgricultur a, Pecuária e Abastecimento – MAPA, que dispõe em s euart. 3º, inciso I, acerca da isenção de registro, n a forma dispostanaquela Instrução, do produto destinado à alimentaç ão animalclassificado como suplemento para ruminante, premix , núcleo,concentrado, ração e os ingredientes listados no Anexo III dareferida instrução.

Deduz que o Ministério da Agricultura, Pecuária eAbastecimento – MAPA não efetuará mais o registro d os produtosfabricados pela consulente, assim como de todo o se gmento.

Destaca, não o bstante essa previsão, que o Convênio ICMS100/97 e o RICMS preveem a obrigatoriedade da indic ação do númerodo registro fornecido pelo MAPA nas notas fiscais d estinadas adocumentar as operações alcançadas pelo diferimento e pela reduçãoda base de cálcul o.

Em função do relatado, observa o seguinte cenário:

1. para os produtos que já eram registrados e que f oramadequados, o número de registro será válido por cin co anos e seráimpresso na nota fiscal, sem alteração quanto à des crição doproduto.

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2. Em rela ção aos novos produtos, sem registro,mencionará: “isento de registro – IN 42/2010”, na n omenclatura doitem.

Do exposto, indaga:

1. se poderá comercializar os produtos que passarão a nãopossuir o número de registro no Ministério da Agric ultura, Pecuáriae Abastecimento – MAPA, por conta da IN 42/2010, co m os benefíciosestabelecidos pelo Convênio ICMS 100/97 e implement ados no RICMS,especificamente no art. 99, inciso VII, § 1º, alíne as “a”,“b” e “c”e § 2º; no art. 101, inciso IV; e no item 8, alínea s “a ” e “c” eitem 8-A, alíneas “a” e “b”, todos do Anexo II;

2. se por ocasião da emissão da nota fiscal poderámencionar: “isento de registro – IN 42/2010”, no ca mpo “DadosAdicionais”, identificando-se os respectivos itens.

RESPOSTA

Esclarece-se, inicialm ente, que para fins de diferimentonão há a obrigatoriedade de que os produtos estejam registrados noMinistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA e de queos números dos registros devam ser indicados nas no tas fiscaisemitidas para documenta r as operações.

Em relação à redução da base de cálculo, colacionam -se osdispositivos regulamentares mencionados pela consul ente, in verbis :

“8 - A base de cálculo é reduzida para quarenta por cento nasoperações, até 31.12.2012, com os seguintes INSUMOSAGROPECUÁRIOS (Convênios ICMS 100/97, 148/07 e 53/0 8):

a) inseticidas, fungicidas, formicidas, herbicidas,parasiticidas, germicidas, acaricidas, nematicidas, raticidas,desfolhantes, dessecantes, espalhantes, adesivos,estimuladores e inibidores de cresci mento (reguladores),produzidos para uso na agricultura e na pecuária, i nclusiveinoculantes, vedada a sua aplicação quando dada ao produtodestinação diversa (Convênio ICMS 99/04);

b) …

c) concentrados, suplementos, aditivos, premix ou n úcleo,fabricados pelas respectivas indústrias, devidamenteregistradas no Ministério da Agricultura, Pecuária eAbastecimento - MAPA, desde que (Convênio ICMS 93/0 6): (verart. 2º do Decreto n.º 1.635/2011)

1. produtos estejam registrados no órgão competente do

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Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e o númerodo registro seja indicado no documento fiscal, quando exigido(Convênio ICMS 17/2011);

Nova redação dada a posição 1 da alínea "c" do o c aput doItem 8 do Anexo II, pelo art. 1º, alteração 663ª, do Decr eton. 1.365, de 09.06.2011, produzindo efeitos a parti r de1º.06.2011.

Redação dada pela alteração 219ª, art. 1º, do Decre to n. 4.430de 18.03.2009 em vigor no período de 1º.04.2009 a 3 1.05.2011:

"1. os produtos estejam registrados no órgão compet ente doMinistério da Agricultura e da Reforma Agrária e o número doregistro seja indicado no documento fiscal ;"

2. haja o respectivo rótulo ou etiqueta identifican do oproduto;

3. os produtos se destinem exclusivamente ao uso na pecuária;

...

8-A. A base de cálc ulo é reduzida para quarenta por cento nasoperações interestaduais e para sessenta por cento nasoperações internas, até 31.12.2012, com os seguinte s INSUMOSAGROPECUÁRIOS (Convênios ICMS 100/97, 148/07 e 53/0 8):

Nova redação dada ao caput do Item 8-A do Anexo II, peloart. 1º, alteração 227ª, do Decreto n. 4.498, de 30 .03.2009,produzindo efeitos a partir de 1º.04.2009.

Redação original, acrescentada pelo art. 1º, altera ção 172ª,do Decreto n. 4.007, de 17.12.2008, que não surtiu efeitos:

"8-A. A base de cálculo é reduzida para sessenta por cento nasoperações, até 31.7.2009, com os seguintes INSUMOSAGROPECUÁRIOS (Convênios ICMS 100/97, 148/07 e 53/0 8"

a) vacinas, soros e medicamentos, produzidos para u so naagricultura e na pecuária, inclusive inocula ntes, vedada a suaaplicação quando dada ao produto destinação diversa (ConvênioICMS 99/04);

b) rações para animais, fabricadas pelas respectiva sindústrias, devidamente registradas no Ministério d aAgricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA, desde que(Convênio ICMS 93/06): (ver art. 2º do Decreto n. º1.635/2011)

1. os produtos estejam registrados no órgão compete nte doMinistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e o númerodo registro seja indicado no documento fiscal, quando exigido(Convêni o ICMS 17/2011);

Nova redação da posição 1 da alínea "b" do Item 8-A do Anexo

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II, dada pelo art. 1º, alteração 664ª, do Decreto n. 1.365,de 09.06.2009, produzindo efeitos a partir de 1º.06 .2011.

Redação original acrescentada pela alteração 219ª, art. 1º, doDecreto n. 4.430 de 18.03.2009 em vigor no período de1º.04.2009 a 31.05.2011:

"1. os produtos estejam registrados no órgão compet ente doMinistério da Agricultura e da Reforma Agrária e o número doregistro seja indicado no documento fiscal;"

2. haja o respectivo rótulo ou etiqueta identificando oproduto;

3. os produtos se destinem exclusivamente ao uso napecuária;”.

(grifos nossos)

Verifica-se da legislação transcrita, que as altera çõespromovidas no RICMS por meio do Decreto n. 1.635, d e 9.6.2011,originado do Convênio ICMS 17/2011, que modificou o Convênio ICMS100/97, acrescentando a expressão “quando exigido”, possibilitou acomercialização dos produtos mencionados com a redu ção da base decálculo, em conformidade com a Instrução Normativa 42/201 0.

Observa-se, também, o disposto no art. 2º do Decret o n.1.635/2011, in verbis :

“Art. 2º Ficam convalidados os benefícios concedido s àsoperações com as mercadorias descritas na alínea "c " do item 8e na alínea "b" do item 8-A do Anexo II, realizadas dur ante operíodo compreendido entre 16 de dezembro de 2010 e 1º dejunho de 2011, que tenham ocorrido sem a indicação, nodocumento fiscal, do registro do órgão competente d oMinistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento .”.

De acordo com o texto reprod uzido, apura-se que foiconvalidado o benefício fiscal concedido às operaçõ es realizadasdurante o período compreendido entre 16 de dezembro de 2010 e 1º dejunho de 2011, que tenham ocorrido sem a indicação, no documentofiscal, do registro do órgão compe tente do Ministério daAgricultura, Pecuária e Abastecimento.

Quanto à indicação na nota fiscal de que os produto sestariam isentos de registro, observa-se não haver óbice para que aconsulente aponte no quadro “Dados Adicionais”, con forme definidono inci so VII do art. 138 do RICMS, informações que permit am aperfeita caracterização das operações.

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PROTOCOLO: 11.601.278-2

CONSULTA Nº: 88, de 2 de outubro de 2012.

CONSULENTE: INOXPOOL INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA.

SÚMULA: ICMS. OPERAÇÃO COM MERCADORIA NÃO SUJEITA AOREGIME DA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. PRODUTOS DOGRUPO DOS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO, ACABAMENTO,BRICOLAGEM OU ADORNO.

RELATORA: MARISTELA DEGGERONE

A consulente, cadastrada na atividade de fabricação deprodutos de trefilados de metal padronizados, infor ma que produzescadas para piscina em inox, classificadas no códi go 7326.90.90 daNCM - Nomenclatura Comum do Mercosul.

Aduz que em razão da edição do Decreto n. 3.949, de 27 defevereiro de 2012, que inseriu no Regulamento do IC MS os artigos481-E a 481-G, dispondo acerca do regime da substit uição tributárianas operações com produtos do grupo de materiais de construção,acabamento, bricolagem ou adorn o, tem dúvidas se a mencionadaescada está arrolada no item 51 do art. 481-G do RI CMS ou se esseitem alberga somente as abraçadeiras da posição 73. 26 da NCM.

RESPOSTA

Reproduz-se do Regulamento do ICMS aprovado pelo De creton. 1.980, de 21 de dezembro d e 2007, os dispositivos que tratam damatéria:

Art. 481-E. Ao estabelecimento industrial fabricant e,importador ou arrematante de mercadoria importada eapreendida, que promover a saída dos materiais de c onstrução,acabamento, bricolagem ou adorno, relacio nados no art. 481-Gcom suas respectivas classificações na NCM, com des tino arevendedores situados no território paranaense, é a tribuída acondição de sujeito passivo por substituição, para efeito deretenção e recolhimento do ICMS relativo às operaçõ essubsequentes.

(…)

Art. 481-G. Nas operações com os produtos relaciona dos, comsuas respectivas classificações na NCM, devem ser c onsideradosos seguintes percentuais de margem de valor agregad o:

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ITEM NCM DESCRIÇÃO DAS

MERCADORIAS

MARGEM DE VALORAGREGADO – MVA

(%)

INTERNAINTERESTADUAL

51 73.26 Abraçadeiras 5263,12

Primeiramente, sublinhe-se que é de responsabilidad e daconsulente a classificação da mercadoria na NCM.

O Setor Consultivo tem reiteradamente se manifestad o nosentido de que se sujeitam ao regime da substituição tribu tária asmercadorias que estão descritas no dispositivo regu lamentar com asua respectiva classificação na Nomenclatura Comum do Mercosul.

No caso em análise, denota-se que o item 51 do art. 481-Gdo RICMS alberga somente as abraçadeiras da posição 73.26 d a NCM.Assim, está correto o entendimento da consulente de que o produtopor ela comercializado não se sujeita ao regime da substituiçãotributária.

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PROTOCOLOS: 11.489.979-8 e 11.496.103-5

CONSULTA Nº: 89, de 2 de outubro de 2012.

CONSULENTE: FGVTN BRASIL LTDA.

SÚMULA: ICMS. OPERAÇÕES SUJEITAS AO REGIME DASUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. PRODUTOS DO GRUPO DOSMATERIAIS DE CONSTRUÇÃO, ACABAMENTO, BRICOLAGEMOU ADORNO.

RELATORA: MARISTELA DEGGERONE

A consulente, que atua na indústria e comércio deferragens para móveis, informa que realiza operaçõe s com osprodutos classificados na posição 73.18, subposição 8302.4 e nocódigo 8301.10.00, citado na inicial, em verdade có digo 8302.10.00,todos da NCM - Nomenclatura Comum do Mercosul.

Em razão de terem sido inseridos no Regulamento do ICMSaprovado pelo Decreto n. 1.980, de 21 de dezembro d e 2007, osartigos 481-E a 481-G, que tratam do regime da sub stituiçãotributária nas operações com produtos do gru po de materiais deconstrução, acabamento, bricolagem ou adorno, apres enta osseguintes questionamentos:

1. as disposições dos arts. 481-E a 481-G do RICMS sãoaplicáveis somente às operações com materiais de c onstrução,conforme disposto na denominação d a Seção II-B do Capítulo XX doTítulo III do RICMS?

2. Por atuar exclusivamente no setor de ferragens p aramóveis, não tendo participação alguma no segmento d e materiais deconstrução, deve mesmo assim observar a legislação citada quandorealizar operações com os produtos mencionados nas referidasclassificações da NCM?

RESPOSTA

A matéria questionada está assim implementada noRegulamento do ICMS:

Art. 481-E. Ao estabelecimento industrial fabricant e,importador ou arrematante de mercadoria importada eapreendida, que promover a saída dos materiais de con strução,acabamento, bricolagem ou adorno, relacionados no a rt. 481-Gcom suas respectivas classificações na NCM, com des tino a

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revendedores situados no território paranaense, é a tribuída acondição de suj eito passivo por substituição, para efeito deretenção e recolhimento do ICMS relativo às operaçõ essubsequentes.

Parágrafo único. A responsabilidade pela retenção erecolhimento do imposto fica também atribuída a qua lquerestabelecimento remetente localiz ado nos Estados do Amapá,Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e S ão Paulo,inclusive em relação ao diferencial de alíquotas (P rotocolosICMS 196/2009, 69/2011 e 71/2011).

(…)

Art. 481-G. Nas operações com os produtos relaciona dos, comsuas resp ectivas classificações na NCM, devem ser considerad osos seguintes percentuais de margem de valor agregad o:

ITEM NCM DESCRIÇÃODAS

MERCADORIAS

MARGEM DE VALOR

AGREGADO - MVA (%)

INTERNA INTERESTADUAL

50 73.18 Parafusos,pinos oupernos,roscados,porc as,tira-fundos,ganchosroscados,rebites,chavetas,cavilhas,contrapinos,arruelas(incluídasas depressão) eartefatossemelhantes,de ferrofundido,ferro ou aço

46 56,68

62 76.16

8302.4

Outrasguarnições,ferragens eartigossemelhantesde metais

36 45,95

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co muns, paraconstruções,inclusivepuxadores,excetopersianas dealumínio

64 8302.10.00 Dobradiçasde metaiscomuns, dequalquertipo

46 56,68

Preliminarmente, fazem-se necessárias as seguintesconsiderações:

- a classificação da mercadoria na NCM é responsabilidadedo contribuinte;

- a expressão “Materiais de construção, acabamento,bricolagem ou adorno” de que trata a Seção II-B do Capítulo XX doTítulo III, bem como o “caput” do artigo 481-E do R ICMS, temaplicação meramente denominativa, sendo irrelevante para efeitos dedeterminação dos produtos sujeitos à substituição t ributária;

- estando a mercadoria inserta, por sua descrição e porsua classificação na NCM, no artigo 481-G do RICMS,independentemente de ter uso efetivo na construção civil, estarásujeita ao regime de substituição tributária. Exceç ão que se faztão somente às mercadorias dos itens 1, 3, 11, 13, 25, 45, 53, 54,58 e 66 desse artigo, para os quais a necessária ut ilização naconstrução civil, mesmo que não exclusivamente, est áespecificamente neles expressa;

- observadas as condições do parágrafo anterior, no sitens em que esteja indicada a posição NCM, e como descrição damercadoria o respectivo título da posição apresenta da na mesmanorma, todas as mercadorias desse item estarã o sujeitas àsubstituição tributária.

Passando aos questionamentos da consulente, respond e-senegativamente à primeira indagação, pois a denomina ção dada à SeçãoII-B do Capítulo XX do Título III como “Materiais d e construção,acabamento, bricolagem ou ad orno” nada mais é que um nome escolhidopara reunir um novo grupo de mercadorias, cujas ope rações sesubmetem ao regime da substituição tributária, não tendo esse fato,portanto, o condão de restringir os produtos sujeit os a esseregime.

Em relação à segun da indagação, exceto para aqueles itensdo art. 481-G em que há a ressalva de que a finalid ade da

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mercadoria é para uso na construção civil, as opera ções com osdemais produtos listados que tenham como destino e stabelecimentosrevendedores se sujeitam ao regime da substituição tributária.

A partir da ciência desta, terá a consulente, emobservância ao artigo 659 do Regulamento do ICMS, o prazo de atéquinze dias para adequar os seus procedimentos even tualmente járealizados, em conformidade com o que foi a qui esclarecido, no casode que os tenha praticado diversamente.

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PROTOCOLO: 11.492.632-9

CONSULTA Nº: 90, de 2 de outubro de 2012.

CONSULENTE: ELETROTRAFO PRODUTOS ELÉTRICOS LTDA.

SÚMULA: ICMS. OPERAÇÕES SUJEITAS AO REGIME DASUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. PRODUTOS DO GRUPO DOSMATERIAIS DE CONSTRUÇÃO, ACABAMENTO, BRICOLAGEMOU ADORNO.

RELATORA: MARISTELA DEGGERONE

A consulente, cadastrada na atividade de comérciovarejista de material elétrico, informa que adquire mercadoriaspara revenda de outras unidades federadas e tem dúv idas se aexpressão “outros plásticos”, no item 8 do art. 481 -G doRegulamento do ICMS, ref ere-se ao tipo de material de que sãofabricados os produtos telhas, cumeeiras e caixas d 'água, ou entãose diz respeito a outros produtos de plásticos clas sificados na NCM- Nomenclatura Comum do Mercosul 3925.90.00.

Manifesta o entendimento de que se enc ontram inseridos noregime da substituição tributária de que trata o ci tado itemsomente os produtos nele expressamente mencionados.

RESPOSTA

Inicialmente, esclarece-se que, embora a consulente seenquadre na condição de substituído tributário, já que at ua nocomércio, responde-se ao questionamento por ela for mulado, pois,caso o imposto devido pelo regime de substituição t ributária nãoseja retido pelo responsável tributário designado n a normaregulamentar, a consulente poderá responder solidar iamente pe lomontante correspondente, em razão do que dispõe o i nciso IV do art.21 da Lei n. 11.580/1996.

Para análise da questão, reproduz-se o dispositivo doRegulamento do ICMS aprovado pelo Decreto n. 1.980, de 21 dedezembro de 2007:

Art. 481-E. Ao estabelecim ento industrial fabricante,importador ou arrematante de mercadoria importada eapreendida, que promover a saída dos materiais de c onstrução,acabamento, bricolagem ou adorno, relacionados no a rt. 481-Gcom suas respectivas classificações na NCM, com des ti no arevendedores situados no território paranaense, é a tribuída a

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condição de sujeito passivo por substituição, para efeito deretenção e recolhimento do ICMS relativo às operaçõ essubsequentes.

Parágrafo único. A responsabilidade pela retenção erecolhim ento do imposto fica também atribuída a qualquerestabelecimento remetente localizado nos Estados do Amapá,Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e S ão Paulo,inclusive em relação ao diferencial de alíquotas (P rotocolosICMS 196/2009, 69/2011 e 7 1/2011).

(...)

Art. 481-G. Nas operações com os produtos relaciona dos, comsuas respectivas classificações na NCM, devem ser c onsideradosos seguintes percentuais de margem de valor agregad o:

ITEM NCM DESCRIÇÃO DASMERCADORIAS

MARGEM DE VALORAGREGADO –

MVA (%)

INTERNAINTERESTADUAL

8 3925.90 Telhas,cumeeiras ecaixas d’água depolietileno eoutros plásticos

4050,24

Alterada de 3925.90.00 para 3925.90 a NCM constante do item 8acima, pela alteração 859ª, do Decreto n. 4.487 de 08.05.2012 ,surtindo efeitos a partir de 1º.04.2012.

O Setor Consultivo tem reiteradamente se manifestad o nosentido de que se sujeitam ao regime da substituiçã o tributária asmercadorias que estão descritas no dispositivo regu lamentar com asua respectiva classific ação na NCM. E, também, que é deresponsabilidade do contribuinte a classificação da mercadorianessa nomenclatura.

No caso em análise, a expressão “outros plásticos”,contida no item 8 do art. 481-G, refere-se ao tipo de material,além do polietileno, de que são fabricados os produtos telhas,cumeeiras e caixas d’água, não significando a inclu são em talregime de outros produtos de plásticos além daquele s especificadosno dispositivo.

Assim, responde-se que as mercadorias sujeitas ao r egimede substituição tributária de que trata o referido item são apenastelhas, cumeeiras e caixas d’água.

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PROTOCOLO: 11.492.761-9

CONSULTA Nº: 91, de 2 de outubro de 2012.

CONSULENTE: SAGIPEÇAS COMÉRCIO DE PEÇAS E ACESSÓRIOS LTDA.

SÚMULA: ICMS. OPERAÇÕES SUJEITAS AO REGIME DASUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. PRODUTOS DO GRUPO DEMATERIAIS DE CONSTRUÇÃO, ACABAMENTO, BRICOLAGEMOU ADORNO.

RELATORA: MARISTELA DEGGERONE

A consulente, cadastrada na atividade principal decomércio atacadista de máquinas e equipamentos para uso industrial,partes e peças, em razão da edição do Decreto n. 3. 949, de 27 defevereiro de 2012, que inseriu no Regulamento do IC MS aprovado peloDecr eto n. 1.980, de 21 de dezembro de 2007, os artigos 481-E a481-G dispondo acerca do regime da substituição tri butária nasoperações com produtos do grupo de materiais de con strução,acabamento, bricolagem ou adorno, tem dúvidas acerc a da adoçãodesse regi me quando da comercialização das mercadoriasespecificadas nos itens 14, 43 e 69 do art. 481-G d o RICMS, cujafinalidade é o emprego em compressores de ar indust riais ehidrolavadoras, de alta e baixa pressão, e não para uso naconstrução civil.

Questiona se está correto o seu entendimento de que asoperações praticadas com os mencionados produtos nã o estão sujeitasao regime da substituição tributária.

RESPOSTA

Inicialmente, esclarece-se que, embora a consulente seenquadre na condição de substituído tri butário, já que atua narevenda dos produtos por ela adquiridos, responde-s e aoquestionamento formulado, pois, caso o imposto dev ido pelo regimeda substituição tributária não seja retido pelo res ponsáveltributário designado na norma regulamentar, a con sulente poderáresponder solidariamente pelo montante corresponden te, em razão doque dispõe o inciso IV do art. 21 da Lei n. 11.580/ 1996.

A matéria questionada está assim implementada noRegulamento do ICMS:

Art. 481-E. Ao estabelecimento industrial fabri cante,importador ou arrematante de mercadoria importada e

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apreendida, que promover a saída dos materiais de c onstrução,acabamento, bricolagem ou adorno, relacionados no a rt. 481-Gcom suas respectivas classificações na NCM, com des tino arevendedores sit uados no território paranaense, é atribuída acondição de sujeito passivo por substituição, para efeito deretenção e recolhimento do ICMS relativo às operaçõ essubsequentes.

Parágrafo único. A responsabilidade pela retenção erecolhimento do imposto fica também atribuída a qualquerestabelecimento remetente localizado nos Estados do Amapá,Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e S ão Paulo,inclusive em relação ao diferencial de alíquotas (P rotocolosICMS 196/2009, 69/2011 e 71/2011).

(…)

Art. 481 -G. Nas operações com os produtos relacionados, comsuas respectivas classificações na NCM, devem ser c onsideradosos seguintes percentuais de margem de valor agregad o:

ITEM NCM DESCRIÇÃODAS

MERCADORIAS

MARGEM DE VALOR

AGREGADO - MVA (%)

INTERNA INTERESTADUAL

14 4016.93.00 Juntas,gaxetas esemelhantes,de borrachavulcanizadanãoendurecida,para uso nãoautomotivo

47 57,76

43 73.07 Acessóriospara tubos(inclusiveuniões,cotovelos,luvas oumangas), deferrofundido,ferro ou aço

33 42,73

69 84.81 Torneiras,válvulas(incluídasas redutoras

34 43,80

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de pressão eastermostáticas) edispositivossemelhantes,paracanalizações, caldeiras,reservatórios, cubas eoutrosrecipientes

Preliminarmente, fazem-se necessárias as seguintesconsiderações:

- a cl assificação da mercadoria na NCM – NomenclaturaComum do Mercosul é responsabilidade do contribuint e;

- a expressão “Materiais de construção, acabamento,bricolagem ou adorno” de que trata a Seção II-B do Capítulo XX doTítulo III, bem como o “caput” do ar tigo 481-E do RICMS, temaplicação meramente denominativa, sendo irrelevante para efeitos dedeterminação dos produtos sujeitos à substituição t ributária;

- estando a mercadoria inserta, por sua descrição e porsua classificação na NCM, no artigo 481-G do RICMS,independentemente de ter uso efetivo na construção civil, estarásujeita ao regime de substituição tributária. Exceç ão que se faztão somente às mercadorias dos itens 1, 3, 11, 13, 25, 45, 53, 54,58 e 66 desse artigo, para os quais a necessária ut i lização naconstrução civil, mesmo que não exclusivamente, est áespecificamente neles expressa;

- observadas as condições do parágrafo anterior, no sitens em que esteja indicada a posição NCM, e como descrição damercadoria o respectivo título da posição a presentada na mesmanorma, todas as mercadorias desse item estarão suje itas àsubstituição tributária.

Passando ao questionamento da consulente, responde- se queestá equivocado o seu entendimento, pois as opera ções com asmercadorias descritas nos itens 14, 43 e 69 do art. 481-G doRegulamento do ICMS se sujeitam ao regime da substi tuiçãotributária, independentemente de sua destinação.

Sublinhe-se, todavia, que na hipótese de a consulen teadquirir diretamente de indústrias os produtos ant es mencionados eos utilizar como insumo de produção de uma nova mer cadoria, estariaafastada a aplicação do regime da substituição trib utária, já queessa sistemática é adotada quando o substituto trib utário realiza

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operações com revendedores, ou, então, com consumid or final,contribuinte do imposto, sendo nessa última hipótes e o responsávelpelo recolhimento do tributo a título de diferencia l de alíquotas,quando se tratar de operação interestadual.

A partir da ciência desta, terá a consulente, emobservância ao art. 65 9 do Regulamento do ICMS, o prazo de atéquinze dias para adequar os seus procedimentos even tualmente járealizados, em conformidade com o que foi aqui escl arecido, no casode que os tenha praticado diversamente.

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PROTOCOLO: 11.414.690-0

CONSULTA Nº: 92, de 4 de outubro de 2012.

CONSULENTE: TECELAGEM ROMA LTDA.

SÚMULA: ICMS. OPERAÇÕES SUJEITAS AO REGIME DASUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. PRODUTOS DO GRUPO DOSMATERIAIS DE CONSTRUÇÃO, ACABAMENTO, BRICOLAGEMOU ADORNO.

RELATORA: MARISTELA DEGGERONE

A consulente, estabelecida no Estado de São Paulo, indagase os produtos “tela plástica para sinalização de o bras” e“forração”, classificados na NCM – Nomenclatura Com um do Mercosul3925.90.90, encontram-se ou não inseridos no item 8 do art. 481-Gdo Regu lamento do ICMS, que trata do regime da substituiçã otributária nas operações com os produtos do grupo d os materiais deconstrução, acabamento, bricolagem ou adorno.

Afirma que o questionamento decorre do fato de cons tar noreferido item a expressão “outro s plásticos”, gerando dúvidas seela se refere ao tipo de material de que são fabric ados os produtosnele especificados, ou, então, se diz respeito a ou tros produtos deplásticos classificados na citada NCM.

RESPOSTA

Preliminarmente, esclarece-se que a c onsulente temlegitimidade para consultar, muito embora não estej a inscrita nocadastro de contribuintes paranaense, pois na hipót ese de realizaroperações sujeitas ao regime da substituição tribut ária é oresponsável pela retenção e recolhimento do impost o. Inteligênciado parágrafo único do art. 481-E do RICMS.

Para análise da questão, reproduz-se os dispositivo s doRegulamento do ICMS:

Art. 481-E. Ao estabelecimento industrial fabricant e,importador ou arrematante de mercadoria importada eapreendida, qu e promover a saída dos materiais de construção,acabamento, bricolagem ou adorno, relacionados no a rt. 481-Gcom suas respectivas classificações na NCM, com des tino arevendedores situados no território paranaense, é a tribuída acondição de sujeito passivo por substituição, para efeito deretenção e recolhimento do ICMS relativo às operaçõ essubsequentes.

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Parágrafo único. A responsabilidade pela retenção erecolhimento do imposto fica também atribuída a qua lquerestabelecimento remetente localizado nos Esta dos do Amapá,Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e S ão Paulo,inclusive em relação ao diferencial de alíquotas (P rotocolosICMS 196/2009, 69/2011 e 71/2011).

(...)

Art. 481-G. Nas operações com os produtos relaciona dos, comsuas respectivas cl assificações na NCM, devem ser consideradosos seguintes percentuais de margem de valor agregad o:

ITEM NCM DESCRIÇÃO DAS

MERCADORIAS

MARGEM DE VALORAGREGADO –

MVA (%)

INTERNAINTERESTADUAL

8 3925.90 Telhas, cumeeirase caixas d’águade polie tileno eoutros plásticos

4050,24

Sublinhe-se que é responsabilidade da consulente aclassificação da mercadoria na NCM.

O Setor Consultivo tem reiteradamente se manifestad o nosentido de que se sujeitam ao regime de substituiçã o tributária asmercadorias que estão descritas no dispositivo regu lamentar com asua respectiva classificação na NCM.

No caso em análise, a expressão “outros plásticos” ,contida no item 8 do art. 481-G, refere-se ao tipo de material dosprodutos telhas, cumeeiras e cai xas d’água, não significando ainclusão em tal regime de outros produtos de plásti cos alémdaqueles especificados no dispositivo.

Assim, responde-se que as mercadorias mencionadas p elaconsulente não se encontram relacionadas no citado dispositivoregulam entar.

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PROTOCOLOS: 11.503.984-9 e 11.594.204-2

CONSULTA Nº: 93, de 25 de setembro de 2012.

CONSULENTE: LUA NOVA INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE PRODUTOSALIMENTÍCIOS LTDA.

SÚMULA: ICMS. IMPORTAÇÃO DE AERONAVE. FORMA E PRAZO DEPAGAMENTO DO IMPOSTO.

RELATORA: ELIZETE CRISPIM CARVALHO DIAS

A consulente expõe que atua na atividade deindustrialização, comércio e distribuição de produt os alimentícios(pães, bolos, biscoitos, macarrões, derivados de le ite, conservasem geral, congelados e outros), fabricação e comerc ialização deembalagens e ar tefatos de plástico, fabricação de máquinas para us opróprio, fabricação e comercialização de rampas e c avaletesmetálicos e outras obras de estamparia e conformaçã o de ferro ouaço.

Informa que adquiriu do exterior um helicóptero AgustaGrand New AW 109S P, de origem italiana, da empresa Augusta S.P.A.,para utilização pela administração da empresa e não paracomercialização; que a aeronave está no recinto adu aneiro daSecretaria da Receita Federal do Brasil, no Aeropor to Internacionalde Foz do Iguaçu, pa ra procedimento de desembaraço aduaneiro; e quepretende contabilizá-lo como ativo imobilizado do e stabelecimento.

Esclarece que não se trata de questionamento quanto àpossibilidade de crédito ou não do ICMS pago quando do desembaraçodo bem destinado ao ativo permanente do estabelecimento, indagandotão somente acerca da forma de pagamento do imposto incidente nodesembaraço, se deve ser efetuado com o lançamento do valorcorrespondente, à razão de um quarenta e oito avos por mês doimposto, no campo “Out ros Débitos” do livro Registro de Apuração doICMS, conforme é o seu entendimento.

Fundamenta a sua conclusão mediante o contido no ar t. 65,inciso IV, alínea “a”, item 1, e no art. 629, inci so II e § 2º,ambos do Regulamento do ICMS.

Questiona se está co rreto o seu entendimento.

RESPOSTA

Impõe-se analisar, portanto, a forma e prazo de pag amento

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do imposto na importação, pela consulente (estabele cimentoindustrial), de aeronave para compor o ativo imobil izado do seuestabelecimento matriz.

Assim dispõe o Regulamento do ICMS aprovado pelo Decreton. 1.980/2007, a respeito da matéria:

“SEÇÃO II

DO LOCAL, DA FORMA E DOS PRAZOS DE PAGAMENTO

Art. 65. O ICMS deverá ser pago nas seguintes forma s e prazos(art. 36 da Lei n. 11.580/96):

IV - na importação de mercadoria ou bem destinado ao ativofixo ou para uso ou consumo:

a) quando realizada por contribuinte inscrito no CAD/I CMS ecom despacho aduaneiro no território paranaense :

1. sendo bem destinado a integrar o ativo imobilizado doestabelecimento industri al e do prestador de serviço detransporte interestadual e intermunicipal ou de com unicação,enquadrados no regime normal de pagamento, mediante lançamentodo valor correspondente à razão de um quarenta e oi to avos pormês do imposto devido no campo "Outr os Débitos" do livroRegistro de Apuração do ICMS, com a indicação do nú mero e dadata da nota fiscal emitida para documentar a entra da, real ousimbólica, no estabelecimento, devendo a primeira f ração serdebitada no mês em que ocorrer o fato gerador, obs ervando-se,ainda, o disposto nos §§ 9º e 10 ;

2. quando se tratar de aquisição de insumos, compon entes,peças e partes, por estabelecimento industrial, enq uadrado noregime normal de pagamento, que os utilize na produ ção demercadorias que industrialize, mediante lançamento do valor nocampo "Outros Débitos" do livro Registro de Apuraçã o do ICMS,no mês da ocorrência do fato gerador, com a indicaç ão donúmero e da data da nota fiscal emitida para docume ntar aentrada;

3. nos demais casos, no momento do de sembaraço;

§ 9º. Para efeitos da apuração do débito de que tra ta o item 1da alínea "a" do inciso IV, o valor do imposto será convertidoem Fator de Conversão e Atualização Monetária - FCA , na datada ocorrência do fato gerador, e reconvertido em mo edacorrente no mês do lançamento a débito.

§ 10. Na hipótese de saída, perecimento, extravio ou

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deterioração do bem do ativo imobilizad o, antes de decorrido oprazo de quarenta e oito meses contados da data de sua entradano estabelecimento, o contribuinte dev erá efetuar orecolhimento do ICMS devido na importação, de que t rata o item1 da alínea "a" do inciso IV, relativamente às parc elasrestantes, no mês em que ocorrer o fato, devidament ecorrigido.

CAPÍTULO XLIII

DAS IMPORTAÇÕES PELOS PORTOS DE PARANAGUÁ E ANTONINA EAEROPORTOS PARANAENSES

Art. 629. Fica concedida ao estabelecimento industr ial querealizar a importação de bem ou mercadoria por meio dos portosde Paranaguá e Antonina e de aeroportos paranaenses , comdesembaraço aduaneiro no Estado, a suspen são do pagamento doimposto devido nesta operação, quando da aquisição de (Lei n.14.985/06):

I - matéria-prima, material intermediário ou secund ário,inclusive material de embalagem, para ser utilizado em seuprocesso produtivo;

II - bens para integrar o seu ativo permanente.

§ 2º O pagamento do imposto suspenso, relativamente àimportação dos bens referidos no inciso II, será ef etivado nosquarenta e oito meses subsequentes ao que ocorrer a entrada,devendo ser observado o disposto no item 1 da alíne a " a" doinciso IV do art. 65.

...

§ 5º O estabelecimento importador deverá consignar no campo"Informações Complementares" da nota fiscal emitida paradocumentar a operação, a anotação "ICMS suspenso de acordo como Decreto n. ..../...." e o cálculo dos val ores relativos aocrédito presumido e ao imposto suspenso.”

Art. 634. O tratamento tributário de que trata este Capítulonão se aplica:

I - às importações de petróleo e seus derivados, combustíveise lubrificantes de qualquer natureza, veículos automotor es ,armas e munições, cigarros, bebidas, perfumes e cos méticos ;

O ICMS incide, assim, na entrada de mercadoria ou b emimportado do exterior (inciso I do § 1º do art. 2º da Lei n.

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11.580/1996), cujo fato gerador ocorre no desembara ço aduaneirodesses (incis o IX do art. 5º da Lei n. 11.580/1996).

A legislação tributária estabelece, em regra, que édevido o imposto quando ocorre o fato gerador, pode ndo ser essecobrado pelo Estado.

Não obstante essa disposição e considerando diversa speculiaridades, como a con dição do contribuinte (se inscrito ou nãono CAD/ICMS) e as próprias características das merc adorias ou dosbens, ou até (como na legislação questionada) objet ivandoincentivar a atividade industrial e o desenvolvimen to dos portos eaeroportos paranaenses, a legislação fixa também outros momentospara o recolhimento do imposto e diferentes formas de realizá-lo.

Para tanto, estabelece no próprio texto ou contexto oscontornos e limitações para a aplicação da norma tr ibutáriaespecífica.

A legislação determin a, também, quais as regras para ocreditamento do imposto anteriormente cobrado, tend o em vista oprincípio constitucional da não cumulatividade do I CMS, pelo queestabelece a possibilidade de creditamento do impos to na aquisiçãode bens destinados ao ativ o imobilizado do estabelecimento, desdeque destinado à atividade produtiva, industrial, op eracional doestabelecimento, estipulando regra própria para que esse créditoseja apropriado, parceladamente, à razão de 1/48 po r mês,proporcionalmente às operaçõe s tributadas.

Objetivando incentivar a atividade industrial no Es tado olegislador estabeleceu a possibilidade de que o imp osto devido naimportação de bem destinado ao ativo imobilizado se ja tambémrecolhido nesse prazo, à razão de 1/48 ao mês, com lançam ento nocampo próprio da GIA/ICMS.

Procura-se, com isso, a convergência de prazos para acompensação com o respectivo imposto devido, denota ndo-se, ainda,no caso da importação, que tal dilação de prazo pre ssupõe o direitoao crédito na forma legal.

Na que stão em exame e quanto à aeronave importada,nota-se que o próprio contribuinte reconhece que se destina àatividade administrativa, vinculada ao transporte d e executivos daempresa, e para que pudesse ter esse tratamento dif erenciado derecolhimento à raz ão de 1/48 ao mês necessitaria ter, e não tem,direito a crédito na mesma proporção (1/48 ao mês), por não serimobilizado efetivamente e diretamente vinculado à atividadeindustrial (produtiva) do estabelecimento.

A própria leitura dos demais itens da alí nea “a” doinciso IV do art. 65 do Regulamento do ICMS corrobo ra no sentido deque, não sendo a importação referente a bem destina do ao ativo

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imobilizado do estabelecimento industrial, o impost o será pago deuma só vez, ou na conta gráfica ou no momento do desembaraço,conforme se atendam às disposições dos itens 2 ou 3 da mesmaalínea.

Observa-se que se vinculou a que o “estabelecimento ” sejaindustrial, ou seja, que possua atividade operacion al de indústria,não se aplicando inclusive a demais estabeleci mentos com atividadeapenas de comercialização, justamente por estar o t ratamentoespecificado vinculado a ser um bem destinado à ati vidade produtivado estabelecimento.

Assim, embora a consulente seja inscrita no CAD/ICM S eenquadrada no regime normal de apuração e recolhimento do imposto,com atividade principal de indústria, e atuando na fabricação deprodutos alimentícios, embalagens e artefatos de pl ástico, máquinaspara uso próprio, rampas e cavaletes metálicos e ou tras obras deestamparia e conformaç ão de ferro ou aço, como o bem importado nãose destina à atividade produtiva (industrial) do es tabelecimento,mas sim à atividade administrativa da empresa como um todo, oimposto deve ser recolhido observando-se a regra do item 3 daalínea “a” do inciso IV do art. 65 do Regulamento do ICMS, ou seja,no momento do desembaraço aduaneiro.

Destaque-se, ainda, que o benefício constante do ar t.629, que está contido no Capítulo XLIII do Título I II doRegulamento do ICMS não se aplica ao caso, tendo em vista que oart. 634 expressamente veda a aplicação do tratamen to dessecapítulo às importações de veículos automotores.

Posto isso, nos termos do art. 659 do Regulamento d oICMS, tem a consulente, a partir da data da ciência da resposta, oprazo de até quinze dias para adequar os procedimentos járealizados, caso esteja procedendo de modo diverso do respondido.

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PROTOCOLO: 10.215.689-7

CONSULTA Nº: 94, de 11 de outubro de 2012.

CONSULENTE: POTENCIAL PETRÓLEO LTDA.

SÚMULA: ICMS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA NAS OPERAÇÕES COMÁLCOOL ETÍLICO HIDRATADO COMBUSTÍVEL,LUBRIFICANTES E GRAXAS.

RELATORA: MARGARETE MARIA MAZZOLA

A consulente, que tem como atividade principal o“comércio atacadista de álcool carburante, biodiese l, gasolina edemais derivados de petróleo, exceto lubrificantes, não realizadopor transportador retalhista (TRR)” e, dentre as se cundárias, a“fabricação de outros produtos derivados de petróleo, excetoprodutos do refino” e “comércio atacadista de lubri ficantes”, expõeque a ela fica atribuída a condição de sujeito pass ivo porsubstituição, para fins de retenção e recolhimento do ICMS relativoàs operações subsequentes, nos termos do art. 489, incisos I e IIIdo RICMS, aprovado pelo Decreto nº 1.980/2007, na r evenda de álcooletílico hidratado combustível e na venda de produçã o própria, nacondição de fabricante, de lubrificantes e graxas.

Indaga se está co rreto o seu entendimento de que não há aretenção do ICMS pelo regime da substituição tribut ária nas vendasa consumidor final com os produtos antes relacionad os. Em sendoafirmativa a resposta, pergunta se há a necessidade de incluirinformações complemen tares no corpo da nota fiscal, bem como qual otexto a ser descrito.

Ainda, faz o mesmo questionamento em relação às ven dasinterestaduais a consumidores finais, interpelando se, em sendonegativa a resposta, haveria a incidência de algum diferencial deal íquotas.

RESPOSTA

Esclarece-se, em princípio, que o dispositivoregulamentar mencionado pela consulente foi alterad o pelo Decretonº 1.165, de 18.4.2011, com efeitos a partir de 1º. 4.2011, e seencontra regulamentado, atualmente, no art. 29 da S eção IV do AnexoX do RICMS, aprovado pelo Decreto nº 6.080, de 28.9 .2012, nosseguintes termos:

“REGULAMENTO DO ICMS/201

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Art. 29. É atribuída a condição de sujeito passivo porsubstituição, para fins de retenção e recolhimento do ICMSrelativo às operações subseq uentes com os combustíveis elubrificantes, derivados ou não de petróleo, a segu irrelacionados, com a respectiva classificação na NCM -Nomenclatura Comum do Mercosul (art. 18, inciso IV, da Lei n.11.580/1996; Convênios ICMS 110/2007 e 136/2008):

(...)

I V - à distribuidora, em relação às operações com AEHC;gasolina de aviação (2710.11.5); querosene de aviaç ão equerosene iluminante (2710.19.1) e com gás natural (2711)recebido por meio de gasoduto;

(…)

VI - ao produtor, em relação às operações com óleos epreparações lubrificantes (2710.19.3 e 3403);

(...)

§ 1º O disposto neste artigo também se aplica ao pr odutorparanaense ou ao remetente estabelecido em outras u nidadesfederadas:

I - em relação às operações realizadas com os produ tos aseguir relacionad os, com a respectiva classificação na NCM,ainda que não derivados de petróleo, todos para uso emaparelhos, equipamentos, máquinas, motores e veícul os:

a) preparações antidetonantes, inibidores de oxidaç ão,aditivos peptizantes, beneficiadores de viscosid ade, aditivosanticorrosivos e outros aditivos preparados, para ó leosminerais (incluída a gasolina) ou para outros líqui dosutilizados para os mesmos fins que os óleos minerai s (3811);

b) líquidos para freios (travões) hidráulicos e out roslíquidos prepar ados para transmissões hidráulicas, nãocontendo óleos de petróleo nem de minerais betumino sos, oucontendo-os em proporção inferior a 70%, em peso(3819.00.00);”.

Considerando a premissa de ter a consulente, nos te rmosem que expõe, a condição de contribu inte substituto tributáriodesses produtos, passa-se a responder.

Da análise dos dispositivos regulamentares antestranscritos se entende que, tanto na regulamentação em vigor àépoca da protocolização da consulta quanto na atual , os produtosmencionados p ela consulente, álcool etílico hidratado combustíve l egraxa e lubricante como fabricante, não estão sujei tos ao regime dasubstituição tributária nas operações de venda dest inadas aconsumidor final localizado no Estado do Paraná, um a vez que o art.

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29 da Seção IV do Anexo X do RICMS estabelece esse regim e emrelação às “operações subsequentes” e, nas vendas a consumidorfinal, não haverá outras etapas de circulação das m ercadorias emquestão.

Nada obsta, sendo inclusive recomendável, que ocontribuinte in sira anotações no documento fiscal no sentido detornar claro e evidenciar que se trata de venda a c onsumidor final.

Por seu turno, ressalta-se que não se consideradestinação a consumidor final a hipótese de o adqui rente fornecer oproduto a terceiros a q ualquer título, em operações que revelem aexistência de mais etapas de circulação a serem rea lizadas pelodestinatário. Precedente na Consulta nº 31/2012.

Ainda cabe mencionar que a atividade de distribuiçã o decombustíveis, derivados ou não de petróleo, é regulamentada pelaAgência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocomb ustíveis – ANP,a qual, em regra, não permite a comercialização des ses produtospelos distribuidores com consumidores finais, sendo permitida,excepcionalmente, somente para consumidor es que atendam aosrequisitos e condições estabelecidas na Portaria AN P 29/1999 edemais dispositivos da legislação específica.

Assim, observadas as ressalvas, está correto oentendimento da consulente em relação às operações internas, noscasos em que est eja certa de que não há operações subsequentes.

Em relação às operações interestaduais este setor d eixade responder, devendo o contribuinte observar as no rmas de cadaEstado destinatário.

No que estiver procedendo de forma diversa ao expos to napresente r esposta, deverá a consulente observar o disposto noartigo 664 do RICMS, que prevê o prazo de até 15 (q uinze) dias paraa adequação de seus procedimentos já realizados ao ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 10.914.086-4

CONSULTA Nº: 95, de 11 de outubro de 2012.

CONSULENTE: CIAPETRO DISTRIBUIDORA DE COMBUSTÍVEIS LTDA.

SÚMULA: ICMS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA NAS OPERAÇÕES COMÁLCOOL ETÍLICO HIDRATADO COMBUSTÍVEL.

RELATORA: MARGARETE MARIA MAZZOLA

A consulente, que atua no ramo de comércio atacadis ta deálcool combustível, biodiesel, gasolina e demais de rivados depetróleo, exceto lubrificantes, não realizado por t ransportadorretalhista (TRR), expõe que a ela fica atribuída a condição desujeito p assivo por substituição tributária (ST), para fins deretenção e recolhimento do ICMS relativo às operaçõ es subsequentescom álcool etílico hidratado combustível (AEHC), no s termos do art.489, inc. I do RICMS, aprovado pelo Decreto nº 1.98 0/2007.

Informa ainda que sua clientela é composta, basicamente,de estabelecimentos que atuam no comércio varejista (postos decombustíveis) e de consumidores finais (transportad oras,prefeituras etc).

Expõe que o dispositivo regulamentar mencionado det erminaa retenção do imposto “nas saídas de combustíveis, derivados o u nãode petróleo, para comerciantes atacadistas ou varej istasestabelecidos no território paranaense”. Por conseg uinte, entendeque as vendas para consumidores finais não estão no campo deaplicação da su bstituição tributária.

Assim, indaga se está correto o seu entendimento de quenas vendas de álcool hidratado para consumidores finais não seaplica o art. 489, inc. I, alínea “a” do RICMS.

RESPOSTA

Esclarece-se, em princípio, que o dispositivoregulamen tar mencionado pela consulente foi alterado pelo De cretonº 1.165, de 18.4.2011, com efeitos a partir de 1º. 4.2011, e seencontra regulamentado, atualmente, no art. 29 da S eção IV do AnexoX do RICMS, aprovado pelo Decreto nº 6.080, de 28.9 .2012, nossegu intes termos:

“REGULAMENTO DO ICMS/2012

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Art. 29. É atribuída a condição de sujeito passivo porsubstituição, para fins de retenção e recolhimento do ICMSrelativo às operações subsequentes com os combustív eis elubrificantes, derivados ou não de petróleo, a seguirrelacionados, com a respectiva classificação na NCM -Nomenclatura Comum do Mercosul (art. 18, inciso IV, da Lei n.11.580/1996; Convênios ICMS 110/2007 e 136/2008):

(...)

IV - à distribuidora, em relação às operações com AEHC;gasolina de aviação (2710.11.5); querosene de aviação equerosene iluminante (2710.19.1) e com gás natural (2711)recebido por meio de gasoduto;”

Da análise dos dispositivos regulamentares antestranscritos se entende que, tanto na regulamentação em vigor àépoca da protocol ização da consulta quanto na atual, o produtomencionado pela consulente, álcool etílico hidratad o combustível,na condição de distribuidora, não está sujeito ao r egime dasubstituição tributária nas operações de venda dest inada aconsumidor final localiza do no Estado do Paraná, uma vez que o art.29 da Seção IV do Anexo X do RICMS estabelece esse regime emrelação às “operações subsequentes” e, nas vendas e fetivamenterealizadas a consumidor final, não haverá outras et apas decirculação da mercadoria em qu estão.

Nada obsta, sendo inclusive recomendável, que ocontribuinte insira anotações no documento fiscal n o sentido detornar claro e evidenciar que se trata de venda a c onsumidor final.

Por seu turno, ressalta-se que não se consideradestinação a consumi dor final a hipótese de o adquirente fornecer oproduto a terceiros a qualquer título, em operações que revelem aexistência de mais etapas de circulação a serem rea lizadas pelodestinatário. Precedente na Consulta nº 31/2012.

Ainda cabe mencionar que a at ividade de distribuição decombustíveis, derivados ou não de petróleo, é regul amentada pelaAgência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocomb ustíveis – ANP,a qual, em regra, não permite a comercialização des ses produtospelos distribuidores com consumid ores finais, sendo permitida,excepcionalmente, somente para consumidores que ate ndam aosrequisitos e condições estabelecidas na Portaria AN P 29/1999 edemais dispositivos da legislação específica.

Assim, observadas as ressalvas, está correto oentendimen to da consulente em relação às operações internas, noscasos em que esteja certo de que não há operações s ubsequentes.

No que estiver procedendo de forma diversa ao expos to napresente resposta, deverá a consulente observar o d isposto no

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artigo 664 do RICM S, que prevê o prazo de até 15 (quinze) dias paraa adequação de seus procedimentos já realizados ao ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 11.527.416-3

CONSULTA Nº: 96, de 16 de outubro de 2012.

CONSULENTE: DELCAS IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO LTDA.

SÚMULA: ICMS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. ENQUADRAMENTO DEPRODUTO.

RELATORA: MARGARETE MARIA MAZZOLA

A consulente, que atua no ramo de importação e expo rtaçãode vários produtos, e tem CNAE principal de comérci o a varejo deautomóveis, camionetas e utilitários novos, e com s ede emCuritiba-PR, expõe que comercializa bateria para mo tocicletas,abaixo de 2 0 amperes, classificada na posição 8507.10.10 da NC M(Nomenclatura Comum do Mercosul), a qual aduz não e star relacionadano art. 536-I do RICMS, que trata da substituição t ributária deautopeças.

Destaca que também não consta o produto nos Protoco losICMS 18/95 e 97/10, embora haja previsão no Protocolo IC MS 97/10 deser possível aos Estados estenderem o regime de sub stituiçãotributária a outras peças, partes, componentes e ac essórios de usoespecificamente automotivo não listados no Anexo Ún ico. E o Estad odo Paraná inseriu no inciso CI do art. 536-I a segu inte redação:“outras peças, partes e acessórios para veículos au tomotores nãorelacionados nos itens anteriores (Protocolo ICMS 9 7/10)”.

Assim, indaga se deve ser aplicada a substituiçãotributária ao p roduto baterias para motocicletas abaixo de 20amperes (NCM 8507.10.10).

RESPOSTA

De início, enfatiza-se que é de responsabilidade docontribuinte a adequada classificação dos produtos na NomenclaturaComum do Mercosul (NCM) e, em caso de dúvida, a com petência pararesponder consultas é da Secretaria da Receita Fede ral do Brasil.

Observa-se que o regime de recolhimento do ICMS porsubstituição tributária pertinente à dúvida da cons ulente estáatualmente previsto no art. 97 da Seção XXI do Anex o X doRegulamento do ICMS (RICMS), aprovado pelo Decreto nº 6 .080, de 28de setembro de 2012, “ in verbis”:

“Art. 97. Ao estabelecimento industrial fabricante, importadorou arrematante de mercadoria importada e apreendida , que

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promover saída das peças, partes, comp onentes, acessórios edemais produtos a seguir relacionados, classificado s nosrespectivos códigos e posições da NCM, de uso espec ificamenteautomotivo, assim compreendidos os que, em qualquer etapa dociclo econômico do setor automotivo, sejam adquirid os ourevendidos por estabelecimento de indústria ou comé rcio deveículos automotores terrestres, bem como de veícul os,máquinas e equipamentos agrícolas ou rodoviários, o u de suaspeças, partes, componentes e acessórios, com destin o arevendedores situados n o território paranaense, é atribuída acondição de sujeito passivo por substituição, para efeito deretenção e recolhimento do ICMS relativo às operaçõ essubsequentes (Protocolo ICMS 83/2008):

(…)

LII - acumuladores elétricos de chumbo, do tipo utilizado p arao arranque dos motores de pistão, NCM 8507.10.00;

(...)

XCVII - baterias de chumbo e de níquel-cádmio, NCM 8507.20 e8507.30;

(…)

CI - outras peças, partes e acessórios para veículo sautomotores não relacionados nos itens anteriores ( ProtocoloICMS 97/ 10).

(...)

§ 1º A responsabilidade pela retenção e recolhiment o doimposto fica também atribuída, inclusive em relação aodiferencial de alíquotas, a qualquer estabeleciment o remetentelocalizado nos Estados do Acre, Alagoas, Amapá, Ama zonas,Bahia, Espíri to Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, MinasGerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Ja neiro, RioGrande do Norte, Rio Grande do Sul, Roraima, Santa Catarina,São Paulo, Sergipe e Tocantins e no Distrito Federa l(Protocolos ICMS 41/08, 49/08, 119 /08, 17/09 , 116/09 , 97/10, 5/2011 e 46/11).

§ 2º O disposto neste artigo não se aplica às reme ssas demercadoria com destino a:

a) estabelecimento industrial fabricante;

b) outro estabelecimento do mesmo titular, desde qu e nãovarejista.

(…)

§ 4º Para os efeitos desta Seção, equipara-se aestabelecimento de fabricante o estabelecimento ata cadista depeças controlado por fabricante de veículo automoto r, que

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opere exclusivamente junto aos concessionários inte grantes darede de distribuição do referido fa bricante, mediante contratode fidelidade.

§ 5º O disposto neste artigo não se aplica aos Est ados doAmazonas, Espírito Santo, Minas Gerais, Pará, Rio d e Janeiro,Rio Grande do Sul e São Paulo e ao Distrito Federal , no que serefere aos produtos relaciona dos nos incisos LXVII e CI(Protocolos ICMS 97/10 e 5/2011 ).

(...)

Art. 99. Fica, também, atribuída a responsabilidade pelaretenção e recolhimento do imposto pelas saídas sub sequentesdas peças, partes, componentes e acessórios conceit uados no"caput" do art. 97 deste anexo, ainda que não estejam listada snos seus incisos, na condição de sujeito passivo po rsubstituição, ao estabelecimento de fabricante (Pro tocolo ICMS5/2011):

I - de veículos automotores para estabelecimento co mercialdistribuidor, para atender índice de fidelidade de compra deque trata o art. 8º da Lei Federal n. 6.729, de 28 de novembrode 1979;

II - de veículos, máquinas e equipamentos agrícolas ourodoviários, para estabelecimento comercial distrib uidor, cujadistribuição seja efetua da de forma exclusiva, mediantecontrato de fidelidade.

Parágrafo único. A responsabilidade prevista neste artigopoderá ser atribuída a outros estabelecimentos desi gnados nasconvenções da marca celebradas entre o estabelecime ntofabricante de veículos au tomotores e os estabelecimentosconcessionários integrantes da rede de distribuição .”

Na análise do questionamento há de se considerar qu e asubstituição tributária nas operações interestaduai s com autopeçasfoi instituída pelo Protocolo ICMS 41, de 4 de a bril de 2008, oqual foi introduzido neste Estado pelo Decreto n.º 2.473, de9.4.2008, listando os produtos e correspondente pos ição na NCMsujeitos a esse regime.

Ocorre que após a expedição dessas normas houve alt eraçãona Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), adiante demonstrada,conforme se verifica na Circular nº 65, de 4 de dez embro de 2009,do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comér cio Exterior –

Secretaria de Comércio Exterior (consultado no site doMinistério do Desenvolvimento,Indústria e Comércio Exterior em28.9.2012, no endereço eletrônicohttp://www.mdic.gov.br/arquivos/dwnl_1260192128.pdf ), sendosubdividido o código 8507.10.00, que era único para todos os tiposde acumuladores elétricos e seus separadores, mesmo de forma

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quadrada ou retangular de chumbo, do tipo utilizado para o arra nquedos motores de pistão, passando essa descrição a se r a genérica, emdois subitens, 8507.10.10 e 8507.10.90, que passara m a especificara subposição 8507.10, respectivamente, como: “acumu ladoreselétri cos e seus separadores, mesmo de forma quadrada ou retangularde chumbo, do tipo utilizado para o arranque dos mo tores de pistão,de capacidade inferior ou igual a 20Ah e tensão inf erior ou igual a12 V”; e “outros”.

“NCM anterior

85.07 Acumuladores elétri cos e seus separadores, mesmo deforma quadrada ou retangular.

8507.10.00 -De chumbo, do tipo utilizado para o arr anque dosmotores de pistão

NCM atual

85.07 Acumuladores elétricos e seus separadores, me smo deforma quadrada ou retangular.

8507.10 - De chu mbo, do tipo utilizado para o arranque dosmotores de pistão

8507.10.10 - De capacidade inferior ou igual a 20 A h e tensãoinferior ou igual a 12 V

8507.10.90 – Outros".

Nesse sentido foi firmado o Convênio ICMS 117/96, v isandoesclarecer o contribuinte de que as reclassificações, agrupamentose desdobramentos de códigos de mercadorias na Nomen claturaBrasileira de Mercadoria/Sistema Harmonizado – NBM/ SH relacionadosem Convênios e Protocolos ICMS/ICMS não implicam mu danças quanto aotratamento tributário i nstituído.

Importa salientar que devem ser utilizados tanto o códigoda mercadoria na NCM quanto a sua respectiva descri ção nalegislação que atribui o regime de substituição tri butária paraidentificar se o produto comercializado a ele se su jeita.

Por tod o o exposto, estaria o produto, baterias paramotocicletas abaixo de 20 amperes (NCM 8507.10.10), enquadrado noinciso CI do art. 97 do Anexo X do RICMS somente se não estivesseespecificado como parte integrante da NCM disposta no inciso LII domesmo arti go. Logo, está incorreto o entendimento explicitado nainicial, estando o produto em questão sujeito à sub stituiçãotributária e às regras próprias da Seção XXI, Anexo X, do RICMS,sendo aplicável esse regime à consulente no que lhe couber.

Dessa forma, no que estiver procedendo de forma diversaao exposto na presente resposta, deverá a consulent e observar odisposto no artigo 664 do RICMS, que prevê o prazo de até 15

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(quinze) dias para a adequação de seus procedimento s já realizadosao ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 11.329.421-3

CONSULTA Nº: 97, de 4 de outubro de 2012.

CONSULENTE: MICROSENS LTDA.

SÚMULA: ICMS. Produtos de informática. Substituiçãotributária e redução da base de cálculo.

RELATORA: ELIZETE CRISPIM CARVALHO DIAS

A consulente, que informa ter como atividade a fabr icaçãode equipamentos de informática e comércio e importa ção deequipamentos elétricos e eletrônicos, eletroeletrôn icos,eletrodomésticos, reprográficos de informática e te lecomunicações,e suprimentos de informática, expõe que:

- usufrui dos benefícios fiscais da legislação fede ral,conforme Portaria Interministerial n. 292/2006, por ser fabricantede Unidade de Processamento Digital de pequena capa cidade, baseadaem microprocessadores, conforme Diário Of icial do dia 16 de maio de2006;

- por atender aos quesitos da legislação federal, e ntendefazer jus à fruição do benefício da redução da base de cálculo doICMS nas operações internas com os produtos de que trata a alínea“c” do inciso I do art. 3º da Lei n. 13.214/2001, não necessitandoanular proporcionalmente os créditos pelas entradas , em razão docontido no § 2º do mesmo artigo da referida lei;

- os produtos que fabrica estão amparados pelo bene fícioreferido e estão sujeitos ao regime da substituição tributária, nostermos do art. 481-A a 481-C do Regulamento do ICMS , pelo que,quando da aplicação dessa, a base de cálculo é nega tiva.

Questiona, em virtude do exposto, se é correto apli car aredução da base de cálculo da substituição tributár ia; se ess aredução de que trata a alínea “c” do inciso VI do a rt. 3º da Lei n.13.214/2001 tem aplicação extensiva aos demais prod utos fabricadospela empresa, conforme consta da alínea “b” do § 1° do art. 3º dareferida lei e como deve emitir o documento fiscal nesses casos;qual CFOP deve utilizar na nota fiscal do produto p or elaindustrializado; se positiva a resposta sobre a ext ensão dobenefício, qual CFOP deve utilizar nos demais produ tos descritos nanota fiscal que não são de sua produção; e se é dev ido or ecolhimento da substituição tributária negativa apu rada.

RESPOSTA

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Primeiramente, destaca-se que a resposta aosquestionamentos partem do pressuposto de que a cons ulente é ocontribuinte substituto tributário em relação aos p rodutos eoperações questionad os, nos termos da legislação, com fundamento naafirmativa que traz ao processo, e de que ao menos um dos produtosque fabrique esteja listado em Portaria Ministerial , por atenderaos requisitos da Lei Federal n. 8.248/1991.

As dúvidas suscitadas já foram em parte respondidas poreste Setor Consultivo na resposta à Consulta n. 49/ 2012, a seguirtranscrita:

“CONSULTA n. 49, de 15 de maio de 2012.

...

SÚMULA: ICMS. COMÉRCIO ATACADISTA DE COMPONENTES ELETRÔNICOS EEQUIPAMENTOS DE INFORMÁTICA. SUBSTITUIÇÃO TRI BUTÁRIA.

...

A consulente, estabelecida no Estado de São Paulo, informa sercontribuinte por substituição tributária, em relaçã o àsoperações com aparelhos celulares e cartões intelig entes comdestino a revendedores localizados no território pa ranaense.

Esclarece que comercializa aparelhos de telefonia cel ular,classificados na NCM 8517.12.31, e que, na determin ação doimposto a ser retido por responsabilidade, observa a alíquotade 18% e a margem de valor agregado prescrita para asoperações interestaduais , que é de 16,98%.

No entanto, manifesta dúvida quanto a esse entendim ento, emrazão do que dispõe a Lei n. 13.214/2001 e, também, respostasdadas pelo Setor Consultivo, dentre elas a de n. 27 /2008, queexpressam ser aplicável às operações internas a car gatributária de sete por cento.

Questiona qual o procedimento correto.

RESPOSTA

Depreende-se do exposto pela consulente que seu que stionamentodiz respeito aos efeitos da redução da base de cálc uloprevista no art. 3º da Lei n. 13.214/2001, aplicáve l aospr odutos de informática e automação beneficiados pela LeiFederal n. 8.248/1991, no cálculo do ICMS devido po rsubstituição tributária.

A regra referida está disciplinada na Lei n. 13.214 /2001 com aseguinte redação:

"Art. 3º Fica reduzida a base de cálculo nas operações

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internas com os seguintes produtos, de tal modo que a cargatributária seja equivalente a 7%:

...

VI - produtos de informática adiante arrolados:

a) fonte de alimentação chaveada para microcomputad orclassificada no código 8504.40.9999 da NBM /SH;

b) gabinete classificado no código 8473.30.0100 da NBM/SH;

c) produtos de informática e automação, produzidos porestabelecimentos industriais, que atendam às dispos ições doart. 4º da Lei n. 8.248, de 23 de outubro de 1991 - desde querelacionados em portaria conjunta dos Ministérios da Ciência eTecnologia e da Fazenda, baixada por força do art. 6º doDecreto Federal n. 792, de 2 de abril de 1993 - ou do art. 2ºda Lei n. 8.387, de 30 de dezembro de 1991, regulam entada peloDecreto n. 1.885, de 26 de abril de 1996, observado o contidono § 1º.

§ 1º A aplicação do benefício previsto na alínea "c " do incisoVI deste artigo , dependerá da indicação, no documento fiscalcorrespondente à operação, dos dispositivos da legi slaçãofederal pertinente, estendend o-se também às operações :

a) com produtos classificados nos códigos 8471.92.0 401(impressoras de impacto), 8471.92.0500 (terminais d e vídeo),8517.30.0199 (exclusivamente equipamento digital de correioviva voz), 8517.40.0100 (moduladores/demoduladores (modem)digitais - em banda base), e 8542.19.9900 da NBM/SH(exclusivamente circuito de memória de acesso aleat ório, dotipo "RAM", dinâmico ou estático, circuito de memór iapermanente do tipo "EPROM", circuito microcontrolad or para usoautomotivo ou áudio, c ircuito codificador/decodificador de vozpara telefonia, circuito regulador de tensão para u so emalternadores, circuito para terminal telefônico nas funções dediscagem, ampliação de voz e sinalização de chamada );

b) com produtos de informática e automaçã o promovidas porestabelecimento industrial que fabrique ao menos um produtoque atenda aos requisitos das leis federais citadas nareferida alínea "c" do inciso VI deste artigo.

§ 2º O benefício fiscal previsto neste artigo não a carretará aanulação proporcional dos créditos correspondentes àsentradas."

Verifica-se que a norma alcança os produtos express amenteindicados, com a correspondente classificação na NB M/SH e,também, os produtos de informática e automação, produzidospor estabelecimentos industriais, que atendam às di sposiçõesdo art. 4º da Lei n. 8.248, de 23 de outubro de 199 1, desde

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que relacionados em portaria conjunta dos Ministéri os daCiência e Tecnologia e da Faz enda, conforme dispõe a alínea"c".

Portanto, se o produto comercializado pela consulen te atendeàs disposições do art. 4º da Lei n. 8.248/1991, est andorelacionado em portaria interministerial, ou, ainda ,encontre-se expressamente mencionado nas alíneas " a" e "b" doinciso VI ou na alínea “a” do § 1º, ambos do art. 3 º da Lei n.13.214/2001, estará albergado pela referida redução de base decálculo. Por outro lado, ainda que classificado com o bem deinformática e automação, a regra prevista na alínea "c" doinciso VI da Lei n. 13.214/2001 não se aplica aos f abricantese produtos não beneficiados pelos incentivos fiscai s federais.

Nesses termos, estando o produto submetido ao regim e dasubstituição tributária e considerando que o substi tutotributário deve ob edecer, para determinar o imposto devido porresponsabilidade, o tratamento tributário aplicável aocontribuinte substituído, cabe observar, no cálculo do ICMSdevido ao Paraná, em razão de operações subsequente s aquipraticadas, a redução da base de incid ência que resulte emcarga tributária equivalente a sete por cento. Prec edente:Consulta n. 79/2011.

Por fim, registre-se que o imposto a ser pago por s ubstituiçãotributária corresponde à diferença positiva entre o valorresultante da aplicação da alíquot a própria para o produtosobre a respectiva base de cálculo prevista para asubstituição tributária e o valor do imposto devido pelaoperação própria do substituto.”

A questão abordada na consulta retro transcrita dif ere,porém, em parte da abordada nesta consulta porque o sujeito passivosubstituto tributário se encontra estabelecido no E stado do Paraná,o que significa que a carga tributária do imposto p róprio (comredução na base de cálculo, já que essa é aplicada nas operaçõesinternas com os produtos q ue especifica) é menor que a devida porsubstituição, não devendo gerar qualquer base de cá lculo negativa,mais ainda em relação aos produtos para os quais nã o se aplica aredução da base de cálculo da substituição tributár ia, o que ocorrecom os produtos de que trata a alínea “b” do § 1º do art. 3º dareferida lei, porque somente as saídas promovidas p elo industrial éque teriam redução, sendo que o imposto devido por substituiçãotributária é relativo a operações subsequentes prom ovidas pelosdemais contr ibuintes que atuarem na comercialização desses.

No que se refere à possibilidade da redução da base decálculo, essa se aplica nas operações internas com os produtoslistados no inciso VI do art. 3º da Lei n. 13.214/2 001, que incluemos produtos de informá tica e automação para os quais a empresapossua comprovação de que atende às disposições do art. 4º da Lein. 8.248, de 23 de outubro de 1991, em conformidade com o Processo

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Produtivo Básico (PPB) estabelecido em portaria con junta dosMinistros de Estado d o Desenvolvimento, Indústria e ComércioExterior e da Ciência e Tecnologia, conforme ainda determina aalínea “c” do inciso VI do art. 3º da Lei n. 13.214 /2001, a seguirtranscrita:

“Art. 3º Fica reduzida a base de cálculo nas operaç õesinternas com os seguintes produtos, de tal modo que a cargatributária seja equivalente a 7%:

...

VI - produtos de informática adiante arrolados:

a) fonte de alimentação chaveada para microcomputad orclassificada no código 8504.40.9999 da NBM/SH;

b) gabinete classificado no código 8473.30.0100 da NBM/SH;

c) produtos de informática e automação, produzidos porestabelecimentos industriais, que atendam às dispos ições doart. 4º da Lei n. 8.248, de 23 de ou tubro de 1991 - desde querelacionados em portaria conjunta dos Ministérios d a Ciência eTecnologia e da Fazenda, baixada por força do art. 6º doDecreto Federal n. 792, de 2 de abril de 1993 - ou do art. 2ºda Lei n. 8.387, de 30 de dezembro de 1991, regu lamentada peloDecreto n. 1.885, de 26 de abril de 1996, observado o contidono § 1º.

§ 1º A aplicação do benefício previsto na alínea "c " do incisoVI deste artigo, dependerá da indicação, no documen to fiscalcorrespondente à operação, dos dispositivos da legislaçãofederal pertinente, estendendo-se também às operaçõ es:

a) com produtos classificados nos códigos 8471.92.0 401(impressoras de impacto), 8471.92.0500 (terminais d e vídeo),8517.30.0199 (exclusivamente equipamento digital de correioviva voz), 85 17.40.0100 (moduladores/demoduladores (modem)digitais - em banda base), e 8542.19.9900 da NBM/SH(exclusivamente circuito de memória de acesso aleat ório, dotipo "RAM", dinâmico ou estático, circuito de memór iapermanente do tipo "EPROM", circuito microco ntrolador para usoautomotivo ou áudio, circuito codificador/decodific ador de vozpara telefonia, circuito regulador de tensão para u so emalternadores, circuito para terminal telefônico nas funções dediscagem, ampliação de voz e sinalização de chamada );

b) com produtos de informática e automação promovidas porestabelecimento industrial que fabrique ao menos um produtoque atenda aos requisitos das leis federais citadas nareferida alínea "c" do inciso VI deste artigo.”

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No que se refere à extensão do bene fício às operações comoutros produtos de informática e automação, desde q ue possua oreconhecimento do benefício de que trata a alínea “ c” do inciso VIpara um dos produtos que fabrique, determina a alín ea “b” do § 1ºdo mesmo art. 3º da Lei n. 13.214/200 1 que, por ser estabelecimentoindustrial, a redução na base de cálculo se estende às operaçõespróprias praticadas também com produtos de informát ica e automaçãolistados.

Entretanto, em relação ao estorno proporcional doscréditos, é de se observar que a Lei n. 17.214/2012 alterou o § 2ºdo art. 3º da Lei n. 13.214/2001, acrescentando a e sse artigo o §3º, cujas redações desses estão transcritas a segui r:

“ § 2º O benefício fiscal previsto neste artigo não a carretaráo estorno proporcional dos créditos, qu ando:

a) o imposto, na operação anterior, já tenha sido c alculadosobre a base de cálculo reduzida;

b) trate-se de aquisição, em operação interestadual , porestabelecimento industrial-fabricante.

Nova redação do §2º do art. 3º, dada pelo art. 1ºda Lei 17. 214 de 09.07.2012, surtindo efeitos apartir de 1º.01.2012

Redação anterior em vigor até 31.12.2011:

“§ 2º O benefício fiscal previsto neste artigo nãoacarretará a anulação proporcional dos créditoscorrespondentes às entradas."

§ 3º A redução da base de cálculo de que trata este artigo nãose aplica nas operações com telefones para redes ce lulares epara outras redes sem fio, classificados na posição 8517.12 daNCM.

Acrescentado o §3º do art. 3º, pelo art. 1º da Lei17.214 de 09.07.2012, surtindo efeitos a partir de1º.01.2012”

Quanto aos CFOP a serem utilizados para as operaçõe s como produto industrializado pela consulente, ou rela tivamente aosdemais somente comercializados pelo estabelecimento , que éindustrial, com produto sujeito ao regime de substi tuiçãotributária, deve ser observado o disposto no Anexo IV, Tabela I, doRegulamento do ICMS, adotando-se o que apropriadame nte caracterizea operação realizada, conforme abaixo:

“5.401 6.401 Venda de produção do estabelecimento emoperação com produ to sujeito ao regime de substituiçãotributária, na condição de contribuinte substituto

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Classificam-se neste código as vendas de produtosindustrializados ou produzidos pelo próprio estabel ecimento emoperações com produtos sujeitos ao regime de substi tuiç ãotributária, na condição de contribuinte substituto. Tambémserão classificadas neste código as vendas de produ tosindustrializados por estabelecimento industrial ou produtorrural de cooperativa sujeitos ao regime de substitu içãotributária, na condição de contribuinte substituto.

...

5.403 6.403 Venda de mercadoria adquirida ou recebida deterceiros em operação com mercadoria sujeita ao reg ime desubstituição tributária, na condição de contribuint esubstituto

Classificam-se neste código as vendas de m ercadoriasadquiridas ou recebidas de terceiros, na condição d econtribuinte substituto, em operação com mercadoria s sujeitasao regime de substituição tributária.”

Posto isso, nos termos do art. 664 do Regulamento d o ICMSaprovado pelo Decreto n. 1.980/20 07, tem a consulente, a partir dadata da ciência da resposta, o prazo de até quinze dias paraadequar os procedimentos já realizados, caso esteja procedendo demodo diverso do respondido.

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PROTOCOLO: 11.047.666-3

CONSULTA Nº: 98, de 4 de outubro de 2012

CONSULENTE: COAMO AGROINDUSTRIAL COOPERATIVA.

SÚMULA: ICMS. PAGAMENTO DE IMPOSTO DE MERCADORIA REMETIDAPARA FIM ESPECÍFICO DE EXPORTAÇÃO EREINTRODUZIDA NO MERCADO INTERNO.

RELATORA: ELIZETE CRISPIM CARVALHO DIAS.

A consulente, cooperativa de produção, estabelecime ntocentralizador de apuração do imposto, informa que c omercializaprodutos com fim específico de exportação, que é ef etuada peloadquirente, que a comprova por memorando de exporta ção.

Um desses adquirent es de soja da cooperativa, queinformou ter sido o produto comercializado no própr io Estado,posiciona-se no sentido da desnecessidade de recolh imento doimposto, tendo em vista que a saída desse produto e m operaçãointerna está beneficiada com o diferimen to do pagamento do imposto.

Expõe que não concorda com esse entendimento porque oart. 459 do Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decr eto n.1.980/2007, determina que o imposto deve ser recolh ido quando aexportação não for efetivada e o produto reintroduz i do no mercadointerno.

Indaga sobre o procedimento correto a ser seguido e m taissituações, bem como, sendo devido o imposto, se ess e pode ser pagoem conta-gráfica, já que a consulente possui Regime Especial,conforme art. 67 do Regulamento do ICMS, se o adquirente poderá secreditar desse imposto e qual o documento hábil par a que oaproprie.

RESPOSTA

Esclarece-se, primeiramente, que a questão abordadaocorreu à época em que estava vigente o Regulamento do ICMSaprovado pelo Decreto n. 1.980/2007.

Todavi a, tendo em vista que a consulente realizaráprocedimentos futuros relativos à matéria e conside rando que oRegulamento do ICMS aprovado pelo Decreto n. 6.080, de 28 desetembro de 2012, teve eficácia a partir de 1º de o utubro de 2012,não tendo trazido qu alquer inovação em relação à matéria a ser

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abordada, apenas tendo sido renumerados artigos, tr anscrevem-seabaixo os dispositivos desse último, relacionados a o assunto:

“Art. 3º O imposto não incide sobre (art. 4º da Le i n.11.580/96):

....

Parágrafo únic o. Equipara-se às operações de que trata oinciso II a saída de mercadoria realizada com o fim específicode exportação para o exterior, destinada a:

I - empresa comercial exportadora, inclusive "tradi ngs" ououtro estabelecimento da mesma empresa;

II - armazém alfandegado ou entreposto aduaneiro.

Art. 75. O ICMS deverá ser pago nas seguintes forma s e prazos(art. 36 da Lei n. 11.580/96):

II - por ocasião da ocorrência do fato gerador, nas oper açõescom os seguintes produtos, ressalvadas as hipótese s dediferimento, de suspensão ou do regime especial de que trata aSeção III do Capítulo VIII do Título I , e nas operaçõesrealizadas pela Companhia Nacional de Abastecimento -CONAB/PGPM:...

i) soja em grão;

XIV - dentro do prazo de quinze dias, conta dos da data daocorrência do fato, nas hipóteses dos incisos I e I I do art.459, na data em que for efetuada a reintrodução , na hipótesedo inciso III ou na data da descaracterização, na h ipótese doinciso IV, ambos do mesmo artigo (Convênio ICMS 85/ 09)

Art. 107 . Sem prejuízo das disposições específicas prevista sneste Regulamento, são abrangidas pelo diferimento asseguintes mercadorias :

...

70. soja em grão , inclusive nas saídas destinadas à elaboraçãode ração em estabelecimento de produtor localizado no Paraná;

71. soja em grão, farelo ou torta de soja e de outr os produtosa granel, no suprimento para o embarque marítimo - porempréstimo, em operações internas - tanto na operaç ão de

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remessa ao exportador, quanto na devolução por este .

...

Art. 499 . Rel ativamente às operações de que trata esta Seção,o estabelecimento destinatário, além das demais obr igaçõesprevistas neste Regulamento, deverá emitir o docume ntodenominado " Memorando-Exportação ", de acordo com o modeloconstante do Anexo Único do Convêni o ICMS 84, de 25 desetembro de 2009, em duas vias, contendo, no mínimo , asseguintes indicações (Convênios ICMS 107/01 e 84/09 ):

...

§ 1° Até o último dia do mês subsequente ao do emba rque damercadoria para o exterior, o estabelecimento expor tadorencami nhará ao estabelecimento remetente a 1ª via do“Memorando-Exportação”, que será acompanhada:

a) da cópia do Conhecimento de Embarque;

b) do comprovante de exportação;

c) do extrato completo do Registro de Exportação, c om todos osseus campos;

d) da Declara ção de Exportação.

§ 2º A 2ª via do memorando de que trata este artigo seráanexada à 1ª via da nota fiscal do remetente ou à s ua cópiareprográfica, ficando tais documentos no estabeleci mentoexportador para exibição ao fisco.

§ 3º Até o último dia do mês subsequente ao do embarque damercadoria para o exterior, o estabelecimento expor tadorencaminhará ao fisco, quando solicitado, a cópia re prográficada 1ª via da nota fiscal da efetiva exportação.

§ 4º O estabelecimento destinatário exportador, loc alizadoneste Estado, deverá entregar as informações contid as nosregistros Tipos 85 e 86, conforme Tabela I do Manua l deOrientação descrito no Anexo VI.

§ 5º Para fins fiscais, somente será considerada ex portada amercadoria cujo despacho de exportação esteja a verbado.

...

Art. 501. O estabelecimento remetente ficará obriga do aorecolhimento do imposto devido , inclusive o relativo àprestação de serviço de transporte quando for o cas o,sujeitando-se aos acréscimos legais, inclusive mult a, emqualquer dos seguint es casos em que não se efetivar aexportação, observado o disposto no inciso XIV do a rt. 75(Convênio ICMS 84/09):

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I - no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contado da data dasaída da mercadoria do seu estabelecimento;

II - em razão de perda, furto, rou bo, incêndio, calamidade,perecimento, sinistro da mercadoria, ou qualquer ou tra causa;

III - em virtude de reintrodução da mercadoria no m ercadointerno;

IV - em razão de descaracterização da mercadoria re metida,seja por beneficiamento, rebeneficiamento ou industrialização.

§ 1º Em relação a produtos primários e semielaborad os, o prazode que trata o inciso I será de noventa dias, excet o quantoaos produtos classificados no código 2401 da NCM pa ra os quaiso prazo será de 180 (cento e oitenta) dias.

§ 3 º O recolhimento do imposto não será exigido na dev oluçãoda mercadoria, nos prazos fixados neste artigo, aoestabelecimento remetente.

§ 4º A devolução da mercadoria de que trata o § 3º deve sercomprovada pelo extrato do contrato de câmbio cance lado, pel afatura comercial cancelada e pela comprovação do ef etivotrânsito de retorno da mercadoria....

Art. 503. O armazém alfandegado e o entreposto aduaneiro, sefor o caso, exigirão, para liberação das mercadoria s, sempreque ocorrerem as hipóteses previstas no "caput" do art. 501, ocomprovante de recolhimento do imposto.

Art. 504. O estabelecimento remetente ficará exonerado documprimento da obrigação prevista no art. 501, se o pagamentodo débito fiscal tiver sido efetuado pelo adquirent e ao Estadodo Par aná.

Art. 505. Aplicar-se-á o disposto no art. 501 às operações q uedestinem mercadorias a armazém alfandegado ou entre postoaduaneiro.”

O art. 501 determina efetivamente que se a mercador iaremetida com fim específico de exportação for reint roduzida nomercado interno é necessário que seja recolhido o imp osto “devido”pelo remetente dessa.

No caso, não havia incidência do imposto na operaçã o deremessa com fim específico de exportação, condicion ada a que secomprovasse a efetivação dessa no prazo de 180 d ias de que trata o§ 1º do art. 501.

Portanto, não havendo imposto “devido” na operação, que

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ao final não se concretizou como uma remessa com fi m específico deexportação, mas sim como uma saída da mercadoria co mercializadaentre a consulente e o mesmo de stinatário dentro do Estado, não háque se falar em recolhimento do imposto, caso confi rmada umaoperação com imposto diferido.

Entretanto, não se concretizando a condição, sendo essaoperação entre a consulente e o destinatário que nã o exportou umaoperaç ão normal de saída da mercadoria entre contribuinte s dentrodo Estado, necessária a alteração dos dados da nota fiscalanteriormente emitida, com o tratamento tributário adequado, atéporque os tratamentos tributários diversos dessa op eração geramconsequê ncias diversas, quanto a comprovantes a serem apres entadose arquivados e até quanto ao, porventura existente, créditoacumulado.

Como, no caso, as operações internas com o produto sojaestava diferido, não há que se falar em recolhiment o do imposto,porq ue o diferimento (substituição tributária das opera çõesantecedentes) transfere ao adquirente a responsabil idade pelorecolhimento do imposto incidente nessa operação pa ra a próximaetapa de circulação da mercadoria.

Restaria, portanto, a necessidade de se verificar ocumprimento das obrigações acessórias relativamente a essa operaçãoefetivamente realizada.

Primeiramente, há de se frisar que o destinatário q uereintroduziu a mercadoria no mercado interno (comer cialização dessano Estado), necessita inserir nos documentos fiscais a vinculaçãoentre eles, de maneira a se confirmar que não ocorr eu a exportaçãodepois do prazo, e o destino dado à mercadoria, faz endo constar ofato inclusive no documento emitido para efeitos da reintroduçãoefetuada.

Se a mercad oria fosse efetivamente exportada, odestinatário exportador remeteria, na forma do § 1º do art. 499 doRegulamento do ICMS, até o último dia do mês subseq uente ao doembarque da mercadoria para o exterior, a primeira via do“Memorando-Exportação” acompanh ada de cópia do Conhecimento deEmbarque, de comprovante de exportação, do extrato completo doRegistro de Exportação, com todos os seus campos, e da Declaraçãode Exportação, e o destinatário exportador também a nexaria a 2ª viado “Memorando-Exportação” à 1ª via da nota fiscal do remetente ou àsua cópia reprográfica, e os arquivaria no estabele cimentoexportador para exibição ao Fisco.

Não sendo, como no caso exposto, exportada a mercad oria,e reinserida esta no mercado interno, significando que a operaçã oanterior, realizada entre contribuintes do imposto estabelecidos noterritório paranaense, estaria diferida, necessário que nodocumento da operação conste tal condição, com o ob jetivo de

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regularizar a situação.

Assim, verifica-se que é possível e necess ário, no caso,corrigir os dados da nota fiscal anteriormente emit ida com naturezade remessa com fim específico de exportação para a de saída damercadoria realizada entre contribuintes dentro do Estado, comdiferimento do imposto. Para tanto, observado o disposto no art.217 do Regulamento do ICMS, deve ser utilizada a Ca rta de CorreçãoEletrônica (CCE), conforme dispõe o art. 14 do Capí tulo I do AnexoIX do Regulamento do ICMS, especificamente os dados relativos aoscampos “Natureza da Operação”, “CFOP”, “Situação Tributária” e“Informações Complementares”, sendo que nesse últim o há de seesclarecer toda a ocorrência e motivo da alteração dos dados eemissão da CCE, para efeitos de eventual verificaçã o fiscal futura.

Assim estão regulamentadas as referi das Carta de Correçãoe Carta de Correção Eletrônica (CCE), no art. 217 e no art. 14 doCapítulo I do Anexo IX, ambos do Regulamento do IC MS aprovado peloDecreto n. 6.080/2012:

Art. 217 . Fica permitida a utilização de carta de correção,dispensada a nece ssidade de visto fiscal pela repartição deorigem, para regularização de erro ocorrido na emi ssão dedocumento fiscal, desde que o erro não esteja relac ionado com(Ajuste SINIEF 01/2007):

I - as variáveis que determinam o valor do imposto tais como:base de cálculo, alíquota, diferença de preço, quantidad e demercadoria e o valor da operação ou da prestação;

II - a correção de dados cadastrais que implique mu dança doemitente, tomador, remetente ou do destinatário (Aj uste SINIEF02/2008);

III - a data de e missão ou de saída.

Parágrafo único. Quando o imposto destacado no docu mentofiscal for maior que o devido, sem prejuízo do disp osto no §2º do art. 70, a carta de correção emitida para reg ularizaçãodeverá, obrigatoriamente, ser visada pela repartiçã o fis cal deorigem.

Art. 14 . Após a concessão da Autorização de Uso da NF-e, d eque trata o art. 7º, durante o prazo estabelecido n o “Manualde Orientação do Contribuinte” o emitente poderá sa nar errosem campos específicos da NF-e, observado o disposto no ar t.217 deste Regulamento, por meio de CC-e - Carta de CorreçãoEletrônica, transmitida ao fisco (Ajustes SINIEF 7/ 2005,8/2007 e 12/2009).

§ 1º A CC-e deverá atender ao leiaute estabelecido no “Manualde Integração - Contribuinte” e ser assinada pelo e mite nte com

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assinatura digital certificada por entidade credenc iada pelaInfraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP- Brasil,contendo o número do CNPJ de qualquer dos estabelec imentos docontribuinte, a fim de garantir a autoria do docume ntodigital.

§ 2º A transmissão da CC-e será efetivada via interne t, pormeio de protocolo de segurança ou criptografia.

§ 3º A cientificação da recepção da CC-e será feita medianteprotocolo disponibilizado ao emitente, via internet , contendo,conforme o caso, a “chave de acesso”, o número da NF-e, a datae a hora do recebimento da solicitação pelo fisco e o númerodo protocolo, podendo ser autenticado mediante assi naturadigital gerada com certificação digital do fisco ou outromecanismo de confirmação de recebimento.

§ 4° Havendo mais de uma CC-e para a mesma NF-e, o e mitentedeverá consolidar na última todas as informações an teriormenteretificadas.

§ 5º O protocolo de que trata o § 3º não implica va lidação dasinformações contidas na CC-e.

§ 6º A partir de 1º de julho de 2012 não poderá ser utilizadacarta de correção em papel para sanar erros em camp osespecíficos da NF-e (Ajuste SINIEF 10/2011).

Os questionamentos decorrentes da interpretação de que orecolhimento haveria de ser efetuado, logo, estão p rejudicados.

Posto isso, nos termos do art. 664 do Regulamento doICMS, tem a consulente, a partir da data da ciência da resposta, oprazo de até quinze dias para adequar os procedimen tos járealizados, caso esteja procedendo de modo diverso do respondido.

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PROTOCOLO: 10.850.944-9

CONSULTA Nº: 99, de 18 de outubro de 2012

CONSULENTE: MOINHO SÃO LUIZ LTDA.

SÚMULA: ICMS. CRÉDITO PRESUMIDO. OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS.

RELATOR: CLÁUDIO CARLOS WELZEL

A consulente, empresa enquadrada no regime normal d eapuração do ICMS, informa que produz farinha de tri go, classificadana subposição 1101.00 da Nomenclatura Brasileira de Mercadorias -Sistema Harmonizado (NBM/SH) e que tem as seguintes dúvidas emrelaçã o ao crédito presumido previsto nos itens 10 e 12 d o AnexoIII do Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto n . 1.980, de 21de dezembro de 2007:

1. De que forma deve indicar a alíquota nas notas f iscaisde saídas nas operações internas e interestaduais?

2. As empresas destinatárias poderão fazer uso integ raldo crédito do ICMS destacado nas notas fiscais à al íquota de 12%?

3. Os destinatários dentro do Estado, não consumido resfinais, poderão se creditar do ICMS correspondente à alíquota de12% destacado n as notas fiscais?

4. Existe alguma vedação aos destinatários quanto àutilização do crédito do ICMS destacado nas notas f iscais?

5. O contribuinte emissor da nota fiscal precisa fa zeralguma indicação em relação ao crédito presumido no campo“observações” do documento fiscal?

RESPOSTA

Inicialmente, deve ser informado que o Regulamento doICMS aprovado pelo Decreto n. 1.980, de 21 de dezem bro de 2007, foirevogado pelo Decreto n. 6.080, de 28 de setembro d e 2012, queaprovou o Regulamento do ICMS atualment e em vigor, o qual passou aproduzir efeitos a partir de 1º.10.2012. Em vista d isso, as normasque tratam do assunto em questão, mencionadas pela consulente,estão postas no novo Regulamento, nos itens 24 e 26 do Anexo III, aseguir reproduzidos:

“ 24 Aos e stabelecimentos fabricantes de FARINHA DE TRIGO ,obtida a partir da moagem do trigo em grão no própr io

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estabelecimento, classificada na subposição 1101.00 da NBM/SH,e de macarrão, mesmo que com molho, inclusive espag uete, nopercentual de cinco por cento sobre o valor das saídas, emoperações internas.

Notas: o benefício de que trata este item:

1. será utilizado sem prejuízo dos demais créditos e somentese aplica às operações com mercadorias industrializ adas ouproduzidas em território paranaense;

2. apl ica-se, também, a estabelecimento fabricante quepromover operações com farinha de trigo que tenha s idoproduzida, sob sua encomenda, a partir da moagem de trigo emgrão em estabelecimento industrial localizado neste Estado.

26 Aos estabelecimentos fabri cantes, em operaçõesinterestaduais com destino a contribuintes localiza dos nosEstados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais , nopercentual de dez por cento sobre o valor das saída s dasseguintes mercadorias classificadas na NBM/SH:

a) FARINHA DE T RIGO obtida a partir da moagem do trigo em grãono próprio estabelecimento (subposição 1101.00);

Notas: o benefício de que trata este item:

1. será utilizado sem prejuízo dos demais créditos e somentese aplica às operações com mercadorias industrializ adas ouproduzidas em território paranaense;

2. será atribuído às operações com farinha de trigo e commistura pré-preparada de farinha de trigo para pani ficação,opcionalmente, em substituição à redução na base de cálculoprevista na alínea "b" do art. 4º d a Lei n. 13.214, de 29 dejunho de 2001, observado o disposto no art. 3º da L ei n.14.160, de 16 de outubro de 2003;

3. aplica-se, também, a estabelecimento fabricante quepromover operações com farinha de trigo que tenha s idoproduzida, sob sua encomenda, a partir da moagem de trigo emgrão em estabelecimento industrial localizado neste Estado.”.

No que se refere à questão n. 1, esclarece-se que a notafiscal emitida pelo estabelecimento da consulente p ara documentaras saídas com os produtos por ela indus trializados (farinha detrigo) deverá indicar o percentual da alíquota próp ria para aoperação que estiver realizando, previsto no art. 1 4 (operaçõesinternas) e no art. 15 (operações interestaduais) d o RICMS.

Ressalta-se que a aplicação dessas alíquotas n ão implica

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prejuízo da utilização do crédito presumido pela co nsulente,devendo observar, no entanto, para sua apropriação, osprocedimentos e os requisitos dos incisos I e III d o art. 69 doRICMS, a seguir reproduzidos:

“Art. 69. Para a apropriação do cré dito presumido, de quetrata o Anexo III, o contribuinte, salvo disposição emcontrário, deverá:

I - em sendo inscrito no CAD/ICMS:

a) emitir Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, fazendo con star nocampo "Natureza da Operação" a expressão "Crédito P resumido"e, n o quadro "Dados do Produto", o número, a data e o v alordos documentos relativos às operações que geraram d ireito aocrédito presumido;

b) lançar a nota fiscal a que se refere a alínea an terior nocampo "Observações" do livro Registro de Saídas e o valor d ocrédito no campo "Outros Créditos" do livro Registr o deApuração do ICMS;

III - observar as seguintes condições:

a) esteja em situação regular perante o fisco;

b) não possua, por qualquer de seus estabelecimento s:

1. débitos fiscais inscritos na dívid a ativa deste Estado;

2. débitos fiscais decorrentes de auto de infração, em relaçãoao qual não caiba mais defesa ou recurso na esferaadministrativa, não pagos no prazo previsto na legi slação;

c) na hipótese de não atender ao disposto na alínea "b":

1. o s débitos estejam garantidos, a juízo da Procurador iaGeral do Estado, se inscritos na dívida ativa;

2. os débitos declarados ou apurados pelo fisco sej am objetode pedido de parcelamento deferido, que esteja send oregularmente cumprido;

d) apresente, regu larmente, suas informaçõeseconômico-fiscais.”.

Informa-se que restam prejudicadas as respostas àsquestões de números 2, 3 e 4, visto que a consulent e não temlegitimidade para questionar sobre o creditamento d o imposto emrelação às operações relatadas, vez que tal matéria é procedimentoexclusivo dos estabelecimentos destinatários das me rcadorias.

Quanto à questão n. 5, ressalta-se que não há previ são nalegislação do ICMS exigindo que a nota fiscal que d ocumentar a

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saída de mercadorias contenha informaç ão sobre o crédito presumidoconcedido ao estabelecimento que tenha promovido a operação.

Por derradeiro, frisa-se que, a partir da ciência d esta,terá a consulente, em observância ao art. 664 do RI CMS, o prazo deaté quinze dias para adequar os seus proce dimentos, eventualmentejá realizados, em conformidade com o que foi aqui e sclarecido, nocaso de que os tenha praticado diversamente.

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PROTOCOLO: 11.413.530-5

CONSULTA Nº: 100, de 18 de outubro de 2012.

CONSULENTE: REFRIMATE ENGENHARIA DO FRIO LTDA.

SÚMULA: ICMS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. NCM.REFRIGERADORES.

RELATOR: CLÁUDIO CARLOS WELZEL

A consulente, com sede no município de Venâncio Air es, noEstado do Rio Grande do Sul, informa ter como ativi dade econômicaprincipal a fabricação de máquinas e aparelhos de r efrigeração eaquecimento.

Aduz que entre os equipamentos que produz estão osmodelos de autosserviço, expositores e “visa coolers” , os quaisdevem ser considerados refrigeradores, pois têm a finalidade deapenas conservar resfriados os alimentos neles arma zenados.

Afirma que também fabrica congeladores (“freezers”) , comopor exemplo o “visa cooler gelo” e o “expositor ilha supertop” , osquais, diferentemente dos refrigeradores, têm por o bjetivo mantercongelados os produtos neles armazenados a uma temp eratura que podevariar entre -12 ºC (doze graus Celsius negativos) a -18 ºC(dezoi to graus Celsius negativos).

Expõe que o item 8 do art. 481-C do RICMS aprovado peloDecreto n. 1.980, de 21 de dezembro de 2007, prevê a aplicação dasubstituição tributária para os produtos classifica dos nas NCM8418.50.10 e NCM 8418.50.90, cuja descriç ão, para ambas, constacomo “outros congeladores (“freezers”)”.

Argumenta a consulente que o dispositivo citado tra z aobrigação da substituição tributária apenas para os equipamentosclassificados como congeladores “freezers” que não estão referidosnos i tens anteriores da subposição, ou seja, não há exte nsão desseregime tributário para os refrigeradores, pois, fos se diferente,teria o legislador disposto no item 8 a descrição r efrigeradores econgeladores (“freezers”).

Assim, com base na classificação da da pela tabela TIPI,conclui que os refrigeradores devem ser enquadrados na NCM8418.50.90 - “Outros”.

Diante do exposto, pretende confirmar o seu entendi mentode que os refrigeradores que comercializa estão cla ssificados naNCM 8418.50.90 e que não se apl ica a eles a substituição tributáriaprevista no item 8 do art. 481-C do RICMS, por não se enquadrarem

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como congeladores (“freezers”).

RESPOSTA

Inicialmente, deve ser informado que o Regulamento doICMS aprovado pelo Decreto n. 1.980, de 21 de dezem bro d e 2007, foirevogado pelo Decreto n. 6.080, de 28 de setembro d e 2012, queaprovou o Regulamento do ICMS atualmente em vigor, o qual passou aproduzir efeitos a partir de 1º.10.2012. Em vista d isso, as normasque tratam do assunto em questão, mencionadas pela consulente,estão agora inseridas nesse Regulamento nos seguint es dispositivos:

“ ANEXO X - DA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA EM OPERAÇÕES C OMMERCADORIAS

SEÇÃO III DAS OPERAÇÕES COM PRODUTOS ELETRÔNICOS,ELETROELETRÔNICOS E ELETRODOMÉSTICOS

Art. 15 . Ao estab elecimento industrial fabricante, importadorou arrematante de mercadoria importada e apreendida , quepromover a saída dos produtos eletrônicos, eletroel etrônicos eeletrodomésticos, relacionados no art. 17 deste ane xo, comsuas respectivas classificações na NCM, com destino arevendedores situados no território paranaense, é a tribuída acondição de sujeito passivo por substituição, para efeito deretenção e recolhimento do ICMS relativo às operaçõ essubsequentes.

Parágrafo único. A responsabilidade pela re tenção erecolhimento do imposto fica também atribuída a qua lquerestabelecimento remetente localizado nos Estados do Amapá,Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Sa ntaCatarina e São Paulo, inclusive em relação ao difer encial dealíquotas (Prot ocolos ICMS 192/2009, 16/2011, 70/2011 e121/2011).

Art. 16 . A base de cálculo para a retenção do imposto será opreço máximo de venda a varejo fixado pela autorida decompetente ou, na falta desse, o preço sugerido ao consumidorfinal pelo fabricante ou im portador, acrescido, em ambos oscasos, do valor do frete, quando não incluído no pr eço.

§ 1º Inexistindo o valor de que trata o "caput", a base decálculo corresponderá ao montante formado pelo preç o praticadopelo remetente, acrescido dos valores corresp ondentes a frete,seguro, impostos, contribuições e outros encargostransferíveis ou cobrados do destinatário, ainda qu e porterceiros, adicionado da parcela resultante da apli cação,sobre o referido montante, do percentual de margem de valoragregado prev isto no art. 17 deste anexo.

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§ 2º Na impossibilidade de inclusão do valor do fre te, seguroou outro encargo, na composição da base de cálculo, orecolhimento do imposto correspondente será efetuad o peloestabelecimento destinatário, acrescido dos percent uais demargem de valor agregado previstos no art. 17 deste anexo.

Art. 17 . Nas operações com os produtos relacionados, com s uasrespectivas classificações na NCM, devem ser consid erados osseguintes percentuais de margem de valor agregado:

ITEM NCM DESCRIÇÃO MARGEM DE VALOR AGREGADO -MVA (%)

INTERNA INTERESTADUAL

...

8 8418.50.108418.50.90

Outroscongeladores(“freezers”)

37,22 47,26

8-A 8418.50.108418.50.90

Outroscongeladores(“freezers”)até 300litros comapenas umaporta

37,22 37,22

Os códigos da Nom enclatura Comum do Mercosul - NCM e adescrição dos produtos em discussão constam na Tabe la de Incidênciado Imposto sobre Produtos Industrializados -TIPI, d a seguinteforma:

"

84.18 Refrigeradores, congeladores(freezers) e outros materiais,máquinas e ap arelhos para aprodução de frio, com equipamentoelétrico ou outro; bombas de calor,excluindo as máquinas e aparelhosde ar-condicionado da posição84.15.

...

8418.50 - Outros móveis (arcas, armários,vitrines, balcões e móveissemelhantes) para a conserv ação eexposição de produtos, queincorporem um equipamento para a

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produção de frio

8418.50.10 Congeladores (freezers)

8418.50.90 Outros

Esclarece-se que o correto tratamento tributário dedeterminada mercadoria depende da sua adequada clas sificação em umdos códigos da NCM e da respectiva descrição, sendo que aclassificação da mercadoria é de responsabilidade d o contribuinte,e a competência para apreciar eventual dúvida quant o ao corretoenquadramento de produtos na classificação fiscal é da Secretariada Receita Federal do Brasil.

A substituição tributária nas operações com eletrôn icos,eletroeletrônicos e eletrodomésticos, disciplinada nos dispositivosde que trata a Seção III do Anexo X do RICMS se apl ica em relação aqualquer produto incluído em um do s códigos da NCM relacionados noart. 17 parcialmente transcrito, desde que integre a respectivadescrição. Logo, se o produto classificado no códig o da NCM estiverrelacionado em determinado item do artigo referido e,cumulativamente, enquadrar-se na desc rição contida nesse mesmoitem, aplica-se o referido regime, independentement e do emprego aser dado a esse produto.

Assim, estando correta a classificação no código8418.50.90 da NCM dada pela consulente ao seu prod uto, aplica-se asubstituição tributári a, pois o referido código comporta “outrosrefrigeradores, vitrines, balcões etc. para produçã o de frio”.

Dessa forma, interpreta-se que a substituição tribu tária,em relação aos produtos dos itens 8 e 8-A (item acr escentadoposteriormente à formulação da consulta) do art. 17 do Anexo X doRICMS, nos quais constam os códigos 8418.50.10 e 84 18.50.90, amboscom a mesma descrição de “outros congeladores (“fre ezers”)”,alcança os congeladores (“freezers”) não previstos em outrasposições da NCM, bem como as vit rines, balcões etc. para produçãode frio, que possibilitem o congelamento de produto s, ainda quetambém possam ser utilizados para refrigerar.

Ressalta-se que a subposição 8418.50 contempla os c ódigos8418.50.10 e 8418.50.90, alcançando todos os outros co ngeladores(“freezers”) não previstos em outras posições da NC M e “outrosmóveis (arcas, armários, vitrines, balcões e móveis semelhantes)para a conservação e exposição de produtos, que inc orporem umequipamento para a produção de frio”.

Portanto, incorre to o entendimento da consulente, pois seos produtos por ela comercializados forem efetivame nteclassificados nos códigos das NCM 8418.50.10 e 8418 .50.90 dos itens8 e 8-A do art. 17 do Anexo X do RICMS, sujeitar-se -ão àsubstituição tributária, inclusive os refrigeradores.

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Por derradeiro, frisa-se que, a partir da ciência d esta,terá a consulente, em observância ao art. 664 do RI CMS, o prazo deaté quinze dias para adequar os seus procedimentos eventualmente járealizados, em conformidade com o que foi aqu i esclarecido, no casode que os tenha praticado diversamente.

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PROTOCOLO: 11.087.496-0

CONSULTA Nº: 101, de 18 de outubro de 2012.

CONSULENTE: REFRIMATE ENGENHARIA DO FRIO LTDA.

SÚMULA: ICMS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. MVA. ALÍQUOTA.

RELATOR: CLÁUDIO CARLOS WELZEL

A consulente, com sede no município de Venâncio Air es, noEstado do Rio Grande do Sul, informa ter como ativi dade econômicaprincipal a fabricação de máquinas e aparelhos de r efrigeração eaquecimento.

Aduz que, em razão da adesão do Estado do Paraná aoProtocolo ICMS 192/2009, editou-se o Decreto n. 1.58 9, de 7 dejunho de 2011, que introduziu no Regulamento do IC MS aprovado peloDecreto n. 1.980, de 21 de dezembro de 2007, dispos itivos para oregramento da substituição tributária nas operações com produ toseletrônicos, eletroeletrônicos e eletrodomésticos ( Seção II-A doCapítulo XX do Título III), entre eles o art. 481-C , queestabeleceu o percentual de Margem de Valor Agregad o – MVA de47,26% para as operações interestaduais com os prod utosclassificado s na NCM 8418.50.90 (“visa cooler”, autosserviço,vitrine de açougue e similares).

Afirma que para o cálculo da apuração do percentual daMVA referida foi considerada a alíquota de 18% para esses produtos.

No entanto, entende a consulente que os equipament os derefrigeração por ela fabricados estão sujeitos à al íquota de 12%,pois se enquadram nas operações com máquinas e equi pamentosindustrias, exceto peças e partes, previstas no art . 14, inc. II,alínea “r” do RICMS, incluindo, portanto, os da NCM 8418.5 0.90, oque resultaria na aplicação do percentual da MVA de 37,22% paraessas operações.

Diante disso, questiona qual percentual da MVA deveaplicar nas operações com esses produtos: o de 37,2 2% ou o de47,26%?

RESPOSTA

Inicialmente, deve ser informado q ue o Regulamento doICMS aprovado pelo Decreto n. 1.980, de 21 de dezem bro de 2007, foirevogado pelo Decreto n. 6.080, de 28 de setembro d e 2012, que

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aprovou o Regulamento do ICMS atualmente em vigor, o qual passou aproduzir efeitos a partir de 1º.10.201 2. Em vista disso, as normasque tratam do assunto em questão, mencionadas pela consulente,estão inseridas nesse Regulamento nos seguintes dis positivos:

“Art. 14. As alíquotas internas são, conforme o cas o e deacordo com a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), assimdistribuídas (art. 14 da Lei n. 11.580/1996, com re dação dadapela Lei n. 16.016/2008):

...

II - alíquota de doze por cento nas prestações de s erviço detransporte intermunicipal e nas operações com os se guintesbens e mercadorias:

...

k) de u so doméstico:

3. refrigeradores e freezers de até 300 litros com apenas umaporta;

r) máquinas e aparelhos industriais, exceto peças e partes(8417 a 8422, 8424, 8434 a 8435, 8438 a 8449, 8451, 8453 a8465, 8468, 8474 a 8480 e 8515);

...

VI - alíquota de dezoito por cento (18%) nas operações com osdemais bens e mercadorias.

ANEXO X - DA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA EM OPERAÇÕES C OMMERCADORIAS

SEÇÃO III DAS OPERAÇÕES COM PRODUTOS ELETRÔNICOS,ELETROELETRÔNICOS E ELETRODOMÉSTICOS

Art. 15. Ao estabelecimento industrial fabricante, importadorou arrematante de mercadoria importada e apreendida , quepromover a saída dos produtos eletrônicos, eletroel etrônicos eeletrodomésticos, relacionados no art. 17 deste ane xo, comsuas respectivas classificações na NCM, com destino arevendedores situados no território paranaense, é a tribuída acondição de sujeito passivo por substituição, para efeito deretenção e recolhimento do ICMS relativo às operaçõ essubsequentes.

Parágrafo único. A responsabilidade pela retenção ere colhimento do imposto fica também atribuída a qualq uerestabelecimento remetente localizado nos Estados do Amapá,Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Sa nta

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Catarina e São Paulo, inclusive em relação ao difer encial dealíquotas (Protocolos ICMS 192/2009, 16/2011, 70/2011 e121/2011).

Art. 16. A base de cálculo para a retenção do imposto será opreço máximo de venda a varejo fixado pela autorida decompetente ou, na falta desse, o preço sugerido ao consumidorfinal pelo fabricante ou importador, a crescido, em ambos oscasos, do valor do frete, quando não incluído no pr eço.

§ 1º Inexistindo o valor de que trata o "caput", a base decálculo corresponderá ao montante formado pelo preç o praticadopelo remetente, acrescido dos valores correspondent es a frete,seguro, impostos, contribuições e outros encargostransferíveis ou cobrados do destinatário, ainda qu e porterceiros, adicionado da parcela resultante da apli cação,sobre o referido montante, do percentual de margem de valoragregado previsto no art . 17 deste anexo.

§ 2º Na impossibilidade de inclusão do valor do fre te, seguroou outro encargo, na composição da base de cálculo, orecolhimento do imposto correspondente será efetuad o peloestabelecimento destinatário, acrescido dos percent uais demarge m de valor agregado previstos no art. 17 deste anex o.

Art. 17. Nas operações com os produtos relacionados, com su asrespectivas classificações na NCM, devem ser consid erados osseguintes percentuais de margem de valor agregado:

ITEM NCM DESCRIÇÃO MARGEM DE VALOR AGREGADO -MVA (%)

INTERNA INTERESTADUAL

...

8 8418.50.10

8418.50.90

Outroscongeladores(“freezers”)

37,22

47,26

8-A 8418.50.10

8418.50.90

Outroscongeladores(“freezers”) até 300litros comapenas umaporta

37,22

37,22

"

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Informa-se também que o D ecreto n. 1.589/2011, queintroduziu o art. 481-C no RICMS então vigente (Dec . n.1.980/2007), prevendo a descrição e os percentuais da MVA relativosà NCM 8418.50.90, foi alterado após a sua edição, t endo a redaçãoatual, antes transcrita, sido dada pelo Decreto n. 3.500, de 14 dedezembro de 2011, que acrescentou o item 8-A ao ref erido artigo,alterando a descrição e o percentual da MVA dessa N CM nas operaçõesinterestaduais realizadas com os produtos que espec ifica.

Esclarece-se que o correto tratamento tributário dedeterminada mercadoria depende da sua adequada clas sificação em umdos códigos da Nomenclatura Comum do Mercosul - NCM e da respectivadescrição, sendo que a classificação da mercadoria é deresponsabilidade do contribuinte, e a competência para apreciareventual dúvida quanto ao correto enquadramento de produtos naclassificação fiscal é da Secretaria da Receita Fed eral do Brasil.

Observa-se da legislação citada que as operaçõesrealizadas com os refrigeradores fabricados pela co nsulente,cl assificados na NCM 8418.50.90, somente terão a apli cação daalíquota interna de 12% se a capacidade de armazena mento for de até300 litros e tenham apenas uma porta, conforme prev isto no art. 14,inc. II, alínea “k”, item 3 do RICMS/2012. Nesse ca so, o per centualda MVA a ser aplicado pela consulente nas operações interestaduaiscom esses produtos, na condição de sujeito passivo por substituiçãotributária, será de 37,22%, segundo previsão do ite m 8-A do art. 17do mesmo Regulamento.

As outras operações com esses refrigeradores, tambémclassificados na NCM 8418.50.90, ou seja, aqueles q ue não atendam àconfiguração do produto especificado no item 8-A, e starão, porexclusão, enquadradas no item 8 do referido artigo e sujeitar-se-ãoà alíquota de 18% prevista no inc. VI do art. 14 do RICMS,destinada para as operações com as demais mercadori as, já que nãose enquadram em nenhum outro dispositivo do mesmo a rtigo, sendo opercentual da MVA, nesse caso, de 47,26%.

Ressalta-se que não cabe para o caso relatado pelaconsulente a aplicação da alíquota de 12% prevista no art. 14, inc.II, alínea “r” do RICMS. Tal alíquota somente será utilizada quandoas operações com as máquinas e os aparelhos industr iaisrelacionados nas NCM da referida alínea forem de us o industrial , ouseja, sejam utilizados na atividade operacional do estabelecimentoadquirente, estando atrelados ao seu processo produ tivo.

Esse não é o caso, por exemplo, de aparelhos derefrigeração destinados ao uso em lanchonetes, açou gues, padarias emercearias, que têm finalidade primordial de exposição econservação de produtos.

Dessa forma, as operações com refrigeradores

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classificados na NCM 8418.50.90, remetidos pela con sulente arevendedores situados no território paranaense, est ão sujeitas aoregime da su bstituição tributária nos percentuais da MVAespecificados nos itens 8 e 8-A do art. 17 do RICMS /2012, comoanteriormente esclarecido.

Por derradeiro, frisa-se que, a partir da ciência d esta,terá a Consulente, em observância ao artigo 664 do Regulamento doICMS, o prazo de até quinze dias para adequar os se us procedimentoseventualmente já realizados em conformidade com o q ue foi aquiesclarecido, no caso de que os tenha praticado dive rsamente.

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PROTOCOLO: 11.561.790-7

CONSULTA Nº: 102, de 9 de outubro de 2012.

CONSULENTE: HSBC BANK BRASIL S.A. - BANCO MÚLTIPLO

SÚMULA: ICMS. TRANSFERÊNCIA DE BENS DO ATIVO FIXO E DEMATERIAIS DE USO OU CONSUMO. INSTITUIÇÕESFINANCEIRAS.

RELATORA: ORIANA C. ZARDO

A consulente, instituição financeira sediada em Cur itiba,Estado do Paraná, informa que não realiza operações tributadas peloICMS, não se revestindo, portanto, da condição de c ontribuintedesse imposto.

Aduz que realiza operações internas e interestaduai s detransferência de bens do ativo fixo e de materiais de uso ouconsumo entre suas agências, utilizando-se de docu mentos queindicam sua quantidade, natureza, origem e destino. Esseprocedimento não é aceito pelas demais unidades da Federação, vindoa s ofrer constantes autuações por falta de emissão de documentofiscal.

Entende que, por não ser contribuinte do imposto, n ão seenquadra no previsto no art. 318 do RICMS/2008 (atu almente, art.352 do RICMS aprovado pelo Decreto n. 6.080, de 28. 9.2012, surtin doefeitos a partir de 1.10.2012), não estando obrigad a a requererinscrição estadual e a emitir a nota fiscal modelo 1 ou 1-A para otransporte dos bens do ativo fixo.

Por não estar habilitada para a emissão de nota fis calavulsa prevista do art. 136, § 1 º do RICMS/2008 (atualmente, art.148, § 1º do RICMS/2012), a consulente entende que necessitasolicitar regime especial.

RESPOSTA

O Setor Consultivo já manifestou seu entendimento s obre amatéria, tendo como precedente, dentre outras, a Co nsulta n. 171,de 25 de setembro de 1997, da qual se transcreve a resposta:

“Conforme manifestação em consultas precedentes (Co nsulta nº15/94 e 78/94), entende esta Comissão que o transpo rte de bense materiais de uso interno pertencentes a instituiç õesfinanceiras, qu e não promovam fatos geradores do ICMS e,

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portanto, não sejam contribuintes do tributo estadu al, poderáser realizado com qualquer documento que os acompan he duranteo transporte, identificando-lhes a origem e o desti no.

Nestes casos, em razão de ausência de documento específicopara acobertar o transporte, poderá a consulente, a d cautelam,mencionar a própria consulta como referência.

Já em relação ao serviço de transporte, lembramos q ue se nãoexecutado pelo próprio consulente e sim contratado comterceir o (transportadora), torna-se necessária a emissão d odocumento fiscal relativo à prestação do serviçointermunicipal ou interestadual, devendo ser recolh ido oimposto devido sobre a prestação realizada.”.

O regime especial aventado pela consulente seguepr ocedimento próprio (art. 96 e seguintes do RICMS/20 12), nãocabendo ao Setor Consultivo se manifestar sobre seu acolhimento.

Posto isso, nos termos do art. 664 do Regulamento d oICMS, tem a consulente, a partir da data da ciência da resposta, oprazo de at é quinze dias para adequar os procedimentos járealizados, caso esteja procedendo de modo diverso do respondido.

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PROTOCOLO: 11.542.038-0

CONSULTA Nº: 103, de 9 de outubro de 2012.

CONSULENTE: MEGATECH BRASIL COMPONENTES AUTOMOTIVOS LTDA.

SÚMULA: ICMS. IMPORTAÇÃO. INGRESSO DAS MERCADORIAS PELOSPORTOS E AEROPORTOS PARANAENSES. APROVEITAMENTODO CRÉDITO ATUAL E EXTEMPORÂNEO.

RELATORA: ORIANA C. ZARDO

A consulente, que atua no ramo de fabricação de art efatosde material plástico para usos industriais e de out ras peças eacessórios para veículos automotores, informa que p romove aimportação de matéria-prima e insumos para sua prod ução através dosportos e aeroportos paranaenses, com desembaraço aduaneiro noterritório do Estado.

Entende ter direito ao crédito presumido previsto n o art.629 do Regulamento do ICMS aprovado pelo Decreto n. 1980, de21.12.2007 (RICMS/2008), benefício já previsto ante riormente noart. 572-O do Regulamento do ICMS aprovado pelo Dec reto n. 5.141,de 12.12.2001 (RICMS/2001).

Aduz que, até junho de 2009, a legislação paranaens evedava o aproveitamento do benefício ora analisado nas operações deimportação de mercadorias alcançadas pelo diferimento, conformeart. 634, incisos III e IV do RICMS/2008. Com a pub licação doDecreto n. 5.129, de 20.7.2009, com efeitos a parti r de 1º.7.2009,foi acrescentada a alínea “c” ao parágrafo único do art. 634,permitindo a aplicação do benefício às importações dematérias-primas, materiais intermediários e insumos utilizados naprodução de peças e acessórios para veículos automo tores. Ainda, oreferido decreto previu a convalidação dos procedim entos adotadospelo contribuinte no período de 6.1.2006 a 30.6.2009.

Por tudo isso, indaga:

1. está correto o entendimento de que, a partir daalteração do RICMS pelo Decreto n. 5.129, de 20.7.2 009, estáautorizada a aproveitar o benefício fiscal previsto no art. 629,respeitadas as vedações do art. 634?2. dad a a convalidação dos procedimentos adotados peloscontribuintes no período de 6.1.2006 a 30.6.2009, estáautorizada a escriturar o crédito presumido sobr e as aquisiçõesrealizadas e que, por equívoco, deixou de fazer, re speitado o prazoprescriciona l de 5 anos?

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RESPOSTA

Primeiramente, transcrevem-se os dispositivos perti nentesdo atual Regulamento do ICMS aprovado pelo Decreto n. 6.080, de28.9.2012 (RICMS/2012), surtindo efeitos a partir d e 1º.10.2012,haja vista a revogação do RICMS/2008:

RICMS/2 012

“Art. 615. Fica concedida ao estabelecimento indust rial querealizar a importação de bem ou mercadoria por meio dos portosde Paranaguá e Antonina e de aeroportos paranaenses , comdesembaraço aduaneiro no Estado, a suspensão do pag amento doimposto dev ido nesta operação, quando da aquisição de (Lei n.14.985/06):I - matéria-prima, material intermediário ou secund ário,inclusive material de embalagem, para ser utilizado em seuprocesso produtivo;

(..)

§ 1º Em relação às aquisições de que trata o inciso I, opagamento do imposto suspenso será efetuado por oca sião dasaída dos produtos industrializados, podendo o esta belecimentoindustrial escriturar em conta-gráfica, no período em queocorrer a respectiva entrada, um crédito correspond ente a 75%(setenta e cinco por cento) do valor do imposto devido, até olimite máximo de nove por cento sobre o valor da ba se decálculo da operação de importação, e que resulte em cargatributária mínima de três por cento.

(...)

§ 4° Nos casos de aplicação cumulativa do dif erimento parcialprevisto no art. 108, o estabelecimento industrial deveráescriturar diretamente em conta-gráfica, por ocasiã o daentrada da mercadoria, crédito presumido de nove po r centocalculado sobre a base de cálculo da operação de im portação,hipót ese em que o débito relativo ao imposto suspenso de quetrata o §1º ficará incorporado ao imposto recolhido porocasião da saída da mercadoria industrializada.

Art. 621. O tratamento tributário de que trata este Capítulonão se aplica:

(…)

III - às mercad orias alcançadas por diferimento concedido peloregime especial de que trata o § 4º do art. 106;

IV - às mercadorias alcançadas pelo diferimento de que tratamos artigos 107, 111 e 113;

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(…)

Parágrafo único. A vedação de que trata este artigo não seaplica :

(…)

c) às importações de matérias-primas, materiais int ermediáriose insumos, utilizados na produção de peças e acessó rios paraveículos automotores, realizadas por estabeleciment osfabricantes.

Art. 106. O pagamento do imposto em relação às merc adoriasarroladas no art. 95, fica diferido para o momento em queocorrer uma das seguintes operações (arts. 18 e 20 da Lei n.11.580/96):

(…)

§ 4º Mediante autorização do Secretário de Estado d a Fazendapoderá ser aplicado o diferimento do pagamento do i mposto emrelação a outros produtos, observadas, subsidiariam ente, asregras estabelecidas neste Capítulo.

Art. 107. Sem prejuízo das disposições específicas previstasneste Regulamento, são abrangidas pelo diferimento asseguintes mercadorias:

(…)

48. matérias-pri mas, materiais intermediários e insumos, naimportação do exterior por estabelecimentos fabrica ntes demáquinas, equipamentos e implementos agrícolas e de peças eacessórios para veículos automotores, para utilizaç ão norespectivo processo industrial;

Decr eto n. 5.129/2009

Art. 1º Ficam introduzidas no Regulamento do ICMS, aprovadopelo Decreto n. 1.980, de 21 de dezembro de 2007, a s seguintesalterações:

Alteração 267ª Fica acrescentada a alínea “c” ao pa rágrafoúnico do art. 634:

“c) às importações de mat érias-primas, materiaisintermediários e insumos, utilizados na produçã o de peçase acessórios para veículos automotores, realizadas porestabelecimentos fabricantes.”

(…)

Art. 2º Ficam convalidados os procedimentos adotado s peloscontribuintes, no pe ríodo compreendido entre 6 de janeiro de2006 e 30 de junho de 2009, com base no disposto na Alteração267ª do artigo 1º deste Decreto

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Art. 3º Este Decreto entrará em vigor na data da su apublicação, produzindo efeitos a partir de 1° de ju lho de2009.”.

Relativamente ao primeiro questionamento, as operaçõ es deimportação de matérias-primas e insumos utilizados na produção depeças e acessórios para veículos automotores, uma v ez observados osrequisitos previstos no art. 615 e a permissão cons tante do art.621, parágrafo único, alínea “c”, a partir de 1º.7. 2009(convalidados os procedimentos adotados no período de 6.1.2006 a30.6.2009), têm direito à suspensão do imposto, cuj o pagamento serárealizado por ocasião da saída dos produtos industr ializados,poden do ser apropriado crédito presumido no valor corres pondente a75% do valor do imposto devido, até o limite máximo de 9% sobre ovalor da base de cálculo da operação de importação , e que resulteem carga tributária mínima de 3%, o qual deve ser e scritura do emconta-gráfica, no período em que ocorrer a respecti va entrada.

Havendo aplicação cumulativa do diferimento parcialprevisto no art. 108, o estabelecimento industrial deveráescriturar diretamente em conta-gráfica, por ocasiã o da entrada damercadoria , crédito presumido de 9% calculado sobre a base decálculo da operação de importação, hipótese em que o débitorelativo ao imposto suspenso de que trata o § 1º fi cará incorporadoao imposto recolhido por ocasião da saída da mercad oriaindustrializada.

Quanto à segunda questão, verifica-se a impossibilidad ede apropriação extemporânea do crédito presumido em razão daconvalidação dos procedimentos adotados pelo con tribuinte noperíodo de 6.1.2006 a 30.6.2009. Tal decorre do fato de que aconvalida ção atinge os “procedimentos adotados” relativamen te àsoperações de importação de matérias-primas e ins umos utilizadosna produção de peças e acessórios para veículos au tomotores. Comisso, o crédito presumido apropriado à época, apesa r da vedaçã olegal, foi legitimado pela retroatividade do dispos to no art. 621,parágrafo único, alínea “c”. Seguindo o mesmo racio cínio, asoperações praticadas somente com aplicação do difer imento tambémforam legitimadas, não cabendo a alteração do regim e de tribu taçãoutilizado nos termos do art. 2º do Decreto n. 5.129 /2009.

Posto isso, nos termos do art. 664 do Regulamento d oICMS, tem a consulente, a partir da data da ciência da resposta, oprazo de até quinze dias para adequar os procedimen tos járealizados, ca so esteja procedendo de modo diverso do respondido.

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PROTOCOLO: 11.542.039-9

CONSULTA Nº: 104, de 9 de outubro de 2012.

CONSULENTE: MEGATECH BRASIL COMPONENTES AUTOMOTIVOS LTDA.

SÚMULA: ICMS. IMPORTAÇÃO. INGRESSO DAS MERCADORIAS PORMEIO RODOVIÁRIO. APROVEITAMENTO DO CRÉDITO ATUALE EXTEMPORÂNEO.

RELATORA: ORIANA C. ZARDO

A consulente, que atua no ramo de fabricação de art efatosde material plástico para usos industriais e de out ras peças eacessórios para veículos automotores, informa que p romove aimportação de matéria-prima e insumos para sua prod ução através dosportos e aeroportos paranaenses, com desembaraço aduaneir o noterritório paranaense.

Nesse sentido, entende que tem direito ao créditopresumido previsto no art. 629 do Regulamento do IC MS aprovado peloDecreto n. 1.980, de 21.12.2007 (RICMS/2008), benef ício tam bémprevisto anteriormente no art. 572-O do Regulamento do ICMSaprovado pelo Decreto n. 5.141, de 12.12.2001 (RICM S/2001).

Aduz que, até junho de 2009, a legislação paranaens evedava o aproveitamento do benefício ora analisado nas operações deimportação de mercadorias alcançadas pelo diferimento, conform eart. 634, incisos III e IV do RICMS. Com a publicaç ão do Decreto n.5.129, de 20.7.2009, com efeitos a partir de 1º.7.2 009, foiacrescentada a alínea “c” ao parágrafo único do art . 634,permitindo a apli cação do benefício às importações dematérias-primas, materiais intermediários e insumos utilizados naprodução de peças e acessórios para veículos automo tores. Ainda, oreferido decreto previu a convalidação dos procedim entos adotadospelo contribuinte no período de 6.1.2006 a 30.6.2009.

A previsão específica referente às aquisições dematérias-primas e insumos realizados por meio de ro dovias foieditada na Lei n. 15.467, de 9.2.2007, a qual inclu iu o parágrafoúnico no art. 1º da Lei n. 14.985, de 6.1.200 6. Posteriormente, foipublicada a Resolução SEFA n. 88, de 22.6.2009, com o fito deuniformizar o entendimento no âmbito da Coordenação da Receita doEstado.

Por tudo isso, indaga:

1. está correto o entendimento de que, a partir dainclusão do parágrafo ú nico no art. 1º da Lei n. 14.985/2006, em9.2.2007, está autorizada a aproveitar o benefício do crédito

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presumido, respeitadas as condições do art. 2º?

2. ainda, está autorizada a escriturar o créditopresumido sobre as aquisições que realizou desde a publ icação daLei n. 15.467/2007 e que, por equívoco, deixou de a propriar,respeitado o prazo prescricional de 5 anos?

RESPOSTA

Primeiramente, transcrevem-se os dispositivos perti nentesdo atual Regulamento do ICMS aprovado pelo Decreto n. 6.080, de28.9.20 12 (RICMS/2012), haja vista a revogação do RICMS/20 08:

RICMS

“Art. 615. Fica concedida ao estabelecimento indust rial querealizar a importação de bem ou mercadoria por meio dos portosde Paranaguá e Antonina e de aeroportos paranaenses , comdesembaraço adu aneiro no Estado, a suspensão do pagamento doimposto devido nesta operação, quando da aquisição de (Lei n.14.985/06):

I - matéria-prima, material intermediário ou secund ário,inclusive material de embalagem, para ser utilizado em seuprocesso produtivo;

(..)

§ 1º Em relação às aquisições de que trata o inciso I, opagamento do imposto suspenso será efetuado por oca sião dasaída dos produtos industrializados, podendo o esta belecimentoindustrial escriturar em conta-gráfica, no período em queocorrer a resp ectiva entrada, um crédito correspondente a 75%(setenta e cinco por cento) do valor do imposto dev ido, até olimite máximo de nove por cento sobre o valor da ba se decálculo da operação de importação, e que resulte em cargatributária mínima de três por c ento.

(...)

§ 4° Nos casos de aplicação cumulativa do diferimen to parcialprevisto no art. 108, o estabelecimento industrial deveráescriturar diretamente em conta-gráfica, por ocasiã o daentrada da mercadoria, crédito presumido de nove po r centocalculad o sobre a base de cálculo da operação de importação ,hipótese em que o débito relativo ao imposto suspen so de quetrata o §1º ficará incorporado ao imposto recolhido porocasião da saída da mercadoria industrializada.

(...)

Art. 621. O tratamento tributári o de que trata este Capítulo

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não se aplica:

(…)

III - às mercadorias alcançadas por diferimento con cedido peloregime especial de que trata o § 4º do art. 106;

IV - às mercadorias alcançadas pelo diferimento de que tratamos artigos 107, 111 e 113;

(…)

Parágrafo único. A vedação de que trata este artigo n ão seaplica:

(…)

c) às importações de matérias-primas, materiais int ermediáriose insumos, utilizados na produção de peças e acessó rios paraveículos automotores, realizadas por estabeleciment osfabricant es.

(…)

Art.107. Sem prejuízo das disposições específicas p revistasneste Regulamento, são abrangidas pelo diferimento asseguintes mercadorias:

(…)

48. matérias-primas, materiais intermediários e ins umos, naimportação do exterior por estabelecimentos fab ricantes demáquinas, equipamentos e implementos agrícolas e de peças eacessórios para veículos automotores, para utilizaç ão norespectivo processo industrial;

(…)

Decreto n. 5.129/2009

Art. 1º Ficam introduzidas no Regulamento do ICMS a provadopelo Decre to n. 1.980. de 21 de dezembro de 2007. as seguinte salterações:

Alteração 267ª Fica acrescentada a alínea “c” ao pa rágrafoúnico do art. 634:

“c) às importações de matérias-primas, materiaisintermediários e insumos, utilizados na produção de peças eaces sórios para veículos automotores, realizadas porestabelecimentos fabricantes.”

(…)

Art. 2º Ficam convalidados os procedimentos adotado s peloscontribuintes, no período compreendido entre 6 de j aneiro de2006 e 30 de junho de 2009, com base no disposto na Alteração

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267ª do art. 1º deste Decreto.

Art. 3º Este Decreto entrará em vigor na data da su apublicação, produzindo efeitos a partir de 1º de ju lho de2009.”.

Lei n. 15.467/2007

Art. 1º Acrescenta-se parágrafo único ao art. 1º da Lei nº14.985, de 06 de j aneiro de 2006, com a seguinte redação:

"Art. 1º. ..........

Parágrafo único. O disposto no caput também se apli ca àimportação de bem ou mercadoria com certificação de origem depaíses da América Latina, cujo ingresso em territór ioparanaense se dê por r odovia."

Lei n. 14.985/2006

Art. 2º. O estabelecimento que realizar a importaçã o dos bense das mercadorias descritos nos incisos I e III do artigoanterior poderá escriturar em sua conta gráfica, no período emque ocorrer a entrada das mercadorias no est abelecimento, umcrédito correspondente a 75% (setenta e cinco por c ento) dovalor do imposto devido na importação, até o limite máximo de9% (nove por cento) sobre o valor da respectiva bas e decálculo, e que resulte em carga tributária mínima d e 3% (trêspor cento).

Resolução SEFA n. 88/2009

SÚMULA: Uniformiza entendimento no âmbito da Coorde nação daReceita do Estado quanto à interpretação de matéria tributáriareferente à suspensão do pagamento do ICMS e conces são decrédito presumido nas operações de i mportação realizadas porintermédio dos portos de Paranaguá e Antonina, de r odovias oude aeroportos paranaenses, com desembaraço aduaneir o noEstado.

1. A importação de matéria-prima, material intermed iário ousecundário, inclusive material de embalagem, realizada porestabelecimento industrial, com o fim específico de utilizaçãono seu processo produtivo, cujo ingresso em territórioparanaense se dê por desembarque nos portos de Paranaguá eAntonina, pelos aeroportos paranaenses ou pela via rodoviária ,desde que com certificação de origem de países da Amé ricaLatina, gera o direito ao importador de usufruir da suspensãodo pagamento do ICMS e do crédito presumido de que tratam o"caput" e o § 1º do art. 629 do RICMS/2008 (Lei n. 15.467, de9 de fevereiro d e 2007, que inseriu o parágrafo único ao art.1º da Lei n. 14.985, de 6 de janeiro de 2006, e dis posiçãocontida no art. 1º da Lei n. 16.016, de 19 de dezem bro de2008). ( grifos nossos )

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(...)

3. A fruição dos benefícios da suspensão e do crédi topresumido, referidos nesta Resolução, é condicionada a que odesembaraço aduaneiro ocorra neste Estado , estendendo-se aoscasos em que, por razões estruturais fortuitas ou p or motivode força maior, as unidades portuárias e aeroportuá rias desteEstado, originalmente previstas para o desembarque, estiveremcomprovadamente impossibilitadas de atender aos ser viçosmarítimos ou aéreos exigidos, determinando que o in gresso noterritório paranaense se dê com a utilização da Dec laração deTrânsito Aduaneiro – DTA. ( grifos n ossos )

As operações de importação de matérias-primas e ins umosutilizados na produção de peças e acessórios para v eículosautomotores, uma vez observados os requisitos previ stos no art. 615e a permissão constante do art. 621, parágrafo únic o, alínea “c”, apartir de 1º.7.2009, têm direito à suspensão do imp osto, cujopagamento será realizado por ocasião da saída dos p rodutosindustrializados, podendo ser apropriado crédito pr esumido no valorcorrespondente a 75% do valor do imposto devido, at é o limitemáximo de 9% sobre o valor da base de cálculo da opera ção deimportação, e que resulte em carga tributária mínim a de 3%, o qualdeve ser escriturado em conta-gráfica, no período e m que ocorrer arespectiva entrada.

Havendo aplicação cumulativa do diferimento parcialprevisto no art. 108, o estabelecimento industrial deveráescriturar diretamente em conta-gráfica, por ocasiã o da entrada damercadoria, crédito presumido de 9% calculado sobre a base decálculo da operação de importação, hipótese em que o débitor elativo ao imposto suspenso de que trata o § 1º fic ará incorporadoao imposto recolhido por ocasião da saída da mercad oriaindustrializada.

De se notar que, especificamente no ingresso do ext eriordessas mercadorias por meio rodoviário, a aplicação do bene fícioestá condicionada a que aquele ocorra diretamente p or rodoviasparanaenses, não bastando apenas a realização do de sembaraçoaduaneiro no território do Estado (Precedente: Cons ulta n. 23, de 7de fevereiro de 2007).

Em relação ao primeiro questionamen to, responde-senegativamente, uma vez que a previsão da aplicação do benefícioprevisto no art. 615 do RICMS/2012 para as importaç ões por meiorodoviário se dá com a edição da Lei n. 15.467, de 9.2.2007,surtindo efeitos a partir de 12.2.2007. Contudo, no período de12.2.2007 a 30.6.2009, estava prevista a vedação do art. 621 doRICMS/2012, não sendo possível, portanto, a utiliza ção do benefíciopara as operações praticadas. Somente a partir de 1 º.7.2009,atendidas às condições legais, pode a consulente se apropriar do

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crédito presumido previsto.

O segundo questionamento resta prejudicado em razão daresposta à primeira questão.

Posto isso, nos termos do art. 664 do RICMS/2012, t em aconsulente, a partir da data da ciência da resposta , o prazo de atéquinze dias para adequar os procedimentos já realizados, casoesteja procedendo de modo diverso do respondido.

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PROTOCOLO: 11.446.669-7

CONSULTA Nº: 105, de 13 de novembro de 2012.

CONSULENTE: CDM MÁRMORES E GRANITOS LTDA.

SÚMULA: ICMS. OPERAÇÕES COM MÁRMORES E GRANITOS.SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA.

RELATOR: JORGE NAOTO OKIDO.

A consulente, com atividade de comércio atacadista demármores e granitos e de materiais de construção em geral, informaadquirir e comercializar mármores e granitos classi ficados na NCM6802.23.00, em forma de chapas, com tamanho aproxim ado de 5 m²,tendo marmorarias e condomínios como destinatários.

Aduz que esses produtos estão listados no art. 481- G doRICMS, aprovado pelo Decreto n. 1.980/2007, como su jeitos ao regimeda substituição tributária.

Entende que, não obstante estarem relacionados, osprodut os comercializados pela consulente não estão sujeit os àsubstituição tributária porquanto suas medidas são superiores a 2m².

Indaga se está correto esse entendimento.

RESPOSTA

Observa-se, inicialmente, que a presente estáfundamentada no novo Regulament o aprovado pelo Decreto n. 6.080, de28.9.2012, com efeitos a partir de 1º.10.2012.

Dispõe o art. 19 e art. 21, item 22, da Seção IV do AnexoX do RICMS:

“Art. 19. Ao estabelecimento industrial fabricante, importadorou arrematante de mercadoria importada e apreendida, quepromover a saída dos materiais de construção, acaba mento,bricolagem ou adorno, relacionados no art. 21 deste anexo, comsuas respectivas classificações na NCM, com destino arevendedores situados no território paranaense, é a tribuída acondição de sujeito passivo por substituição, para e feito deretenção e recolhimento do ICMS relativo às operaçõ essubsequentes.

Parágrafo único. A responsabilidade pela retenção erecolhimento do imposto fica também atribuída a qua lquer

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estabelecimento rem etente localizado nos Estados do Amapá,Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e S ão Paulo,inclusive em relação ao diferencial de alíquotas (P rotocolosICMS 196/2009, 69/2011 e 71/2011).

Art. 21. Nas operações com os produtos relacionados , com suasrespectivas classificações na NCM, devem ser consid erados osseguintes percentuais de margem de valor agregado:

ITEM NCM DESCRIÇÃODAS

MERCADORIAS

MARGEM DE VALOR AGREGADO -MVA (%)

INTERNA INTERESTADUAL

... ... ... ... ...

22 68.02 Ladrilhos demármores,travertinos,lajotas,quadrotes,alabastro,ônix eoutrasrochascarbonáticas, eladrilhos degranito,cianito,charnoquito,diorito,basalto eoutrasrochassilicáticas,com área deaté 2 m2

44 54,54

...”.

Verifica-se que somente os produtos que cumulativamenteestejam nominados e classificados na posição NCM 68 .02, constantesno item 22 do art. 21 da Seção IV do Anexo X do RIC MS e que possuamárea de até 2m² é que estarão sujeitos ao regime da substituiçãotributária.

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PROTOCOLO: 11.263.610-2

CONSULTA Nº: 106, de 25 de outubro de 2012.

CONSULENTE: TEMPERFRIO DISTRIBUIÇÃO E IMPORTAÇÃO DE PEÇAS PARAREFRIGERAÇÃO LTDA.

SÚMULA: ICMS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. NCM. DESCRIÇÃO.DESTINAÇÃO DO PRODUTO.

RELATOR: JORGE NAOTO OKIDO.

A consulente, desenvolvendo sua atividade no ramo d ecomércio atacadista de peças para refrigeração, máq uinas de lavarroupas e aparelhos de ar condicionado splits, infor ma como seuobjeto social a distribuição, o comércio e a import ação de peças,ferrame ntas, aparelhos e de equipamentos para refrigeração , e quecomercializa mais de 2000 itens de diversas naturez as.

Aduz que surgiram dúvidas quanto a aplicação das re grasda substituição tributária previstas em protocolos que tratam deramos de atividades d iversos do explorado pela consulente,porquanto trazem algumas NCM e descrições comuns ao s itens por elacomercializados.

Explica que revende produtos para reposição emeletrodomésticos, dentre os quais o TB.PL. 9,5X2,0X 1,40 TR CINZARF, classificado no có digo NCM 3917.3900 (mangueira de entradautilizada em máquinas de lavar roupas), e que, ape sar da NCMconstar do Protocolo 49/2008 (autopeças), entende n ão se aplicar asubstituição tributária porque o seu ramo de ativid ade não destinapeças a veículos au tomotores, do mesmo modo em relação ao Decreton. 3.949, de 27.2.2012, que acrescentou a Seção II- B ao Capítulo XXdo Título III ao RICMS, porquanto estabelece regras a comerciantesda área de materiais de construção.

Diante disso, a consulente assevera qu e, para certificarse um produto está ou não sujeito à substituição tr ibutária,comunga do entendimento fixado na Consulta n. 109, de 17 de outubrode 2008, o qual estabelece que para estar sujeito à substituiçãotributária deve, cumulativamente, constar d a legislação aclassificação na NCM, a descrição e a sua destinaçã o.

Ante o exposto, indaga se o produto “mangueira” est áabrangido pela substituição tributária e qual seria o protocolo,haja vista que a NCM e a descrição são listadas em dois protocolos,sendo que não se enquadra em nenhum quando considera da adestinação? Se a interpretação da cumulatividade de quesitos, NCM,descrição e destinação, que a consulente adota para averiguar se um

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item está ou não sujeito à substituição tributária, conformeente ndimento da consulta, analogicamente utilizada, é c orreta? Ecomo se pode analisar tais protocolos se, em muitas oportunidades,a NCM está inserida em protocolos, mas não se refer e ao ramo deatividade da consulente?

RESPOSTA

Inicialmente, observa-se que a presente está sendorespondida com base no novo Regulamento do ICMS apr ovado peloDecreto n. 6.080, de 28.9.2012, com efeitos a parti r de 1º.10.2012,e que a adequada classificação dos produtos na Nome nclatura Comumdo Mercosul (NCM) é de responsabilida de do contribuinte, sendo que,havendo dúvidas a respeito, a competência para escl arecimentos é daSecretaria da Receita Federal do Brasil.

Assim, indicadas as observações, destaca-se que oentendimento fixado na resposta à Consulta n. 109, de 17 de outub rode 2008, que tratou da substituição tributária no s etor automotivo,não foi alterado.

Acerca da matéria indagada, citam-se os dispositivo sregulamentares mencionados: art. 19 e 21 da Seção I V do Anexo X doRICMS, que tratam das operações com produtos do grupo de materiaisde construção, acabamento, bricolagem ou adorno e o art. 97, incisoII, da Seção XXI do Anexo X do RICMS, que dispõe so bre autopeças.

“SEÇÃO IV

DAS OPERAÇÕES COM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO, ACABAMENTO,BRICOLAGEM OU ADORNO

Art. 19. Ao esta belecimento industrial fabricante, importadorou arrematante de mercadoria importada e apreendida , quepromover a saída dos materiais de construção, acaba mento,bricolagem ou adorno, relacionados no art. 21 deste anexo, comsuas respectivas classificações na NCM, com destino arevendedores situados no território paranaense, é a tribuída acondição de sujeito passivo por substituição, para efeito deretenção e recolhimento do ICMS relativo às operaçõ essubsequentes.

Parágrafo único. A responsabilidade pela re tenção erecolhimento do imposto fica também atribuída a qua lquerestabelecimento remetente localizado nos Estados do Amapá,Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e S ão Paulo,inclusive em relação ao diferencial de alíquotas (P rotocolosICMS 196/ 2009, 69/2011 e 71/2011).

...

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Art. 21. Nas operações com os produtos relacionados , com suasrespectivas classificações na NCM, devem ser consid erados osseguintes percentuais de margem de valor agregado:

ITEM NCM DESCRIÇÃODASMERCADORIAS

MARGEM DE VALOR AGREGADOMVA (%)

INTERNA INTERESTADUAL

3 39.17 Tubos, eseusacessórios(porexemplo:juntas,cotovelos,flanges,uniões), deplásticos,para uso naconstruçãocivil

33 33

...

Art. 97. Ao estabelecimento industrial fabricante, importadorou arrematante de mercadoria importada e apreendida, quepromover saída das peças, partes, componentes, aces sórios edemais produtos a seguir relacionados, classificado s nosrespectivos códigos e posições da NCM, de uso espec ificamenteautomotivo, assim compreendidos os que, em qualquer etapa dociclo econômico do setor automotivo, sejam adquirid os ourevendidos por estabelecimento de indústria ou comé rcio deveículos automotores terrestres, bem como de veícul os,máquinas e equipamentos agrícolas ou rodoviários, o u de sua speças, partes, componentes e acessórios, com destin o arevendedores situados no território paranaense, é a tribuída acondição de sujeito passivo por substituição, para efeito deretenção e recolhimento do ICMS relativo às operaçõ essubsequentes (Protocol o ICMS 83/2008):

...

II - tubos e seus acessórios (por exemplo, juntas, cotovelos,flanges, uniões) de plásticos, NCM 3917;”.

Assim, relativamente às mercadorias insertas nasubstituição tributária da Seção IV do Anexo X do R ICMS, pela suadescrição e clas sificação na NCM, conforme definido no art. 21 domesmo anexo, independentemente do uso efetivo na co nstrução civil,

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estará sujeita ao regime de substituição tributária , exceção que sefaz às mercadorias dos itens 1, 3, 11, 13, 25, 45, 53, 54, 58 e 66,des se artigo, para os quais a necessária possibilidade dautilização na construção civil está especificamente neles expressa.

Observa-se que na relação de mercadorias dessedispositivo regulamentar constam produtos que podem ser utilizadosna construção civil ou em outros setores e atividades, podendo serconsiderados de uso misto, circunstância em que ser á aplicável oregime de substituição tributária.

Logo, se a mercadoria comercializada, mangueira deentrada utilizada em máquinas de lavar roupas, clas sifica da nocódigo NCM 3917.3900, tiver a possibilidade de ser utilizada naconstrução civil, sujeita-se ao regime da substitui ção tributária,independente da finalidade efetivamente dada ao pro duto peloadquirente.

Relativamente ao disposto no art. 97, inciso I I, do AnexoX do RICMS, a substituição tributária nele definida será aplicadaaos produtos de uso especificamente automotivo quan do foremfabricados para serem empregados em veículos automo tores ou emveículos, máquinas e equipamentos agrícolas e rodov iári os,aplicando-se o entendimento da destinação inserta n a consultacitada.

Destarte, conforme informação da consulente de queproduto “mangueira de entrada utilizada em máquinas de lavarroupas”, classificado no código 3917.39.00 da NCM, não se destina àco nstrução civil, não está sujeito à substituição tri butária.

Ressalta-se que o entendimento aqui manifestado seaplica, no que couber, aos demais produtos que a co nsulente dizcomercializar.

Caso esteja procedendo diferentemente do manifestad o napresente, no prazo de até quinze dias, a partir da data da ci ênciadesta, deve adequar os procedimentos eventualmente já realizados,observado o disposto no art. 659 do RICMS, independ ente de qualquerinterpelação ou notificação fiscal.

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PROTOCOLO: 11.307.560-0

CONSULTA Nº: 107, de 26 de novembro de 2012.

CONSULENTE: CAZARIM & PINHEIRO LTDA.

SÚMULA: ICMS. REVENDA DE BRINDES E PRODUTOS DEMERCHANDISING. REMESSA PARA EVENTOS.PROCEDIMENTOS.

RELATOR: VALÉRIO PASSOLD

A consulente, cadastrada no ramo de comércio vareji staespecializado de peças e acessórios para aparelhoseletroeletrônicos para uso doméstico, exceto inform ática ecomunicação, CNAE 4757-1/100, indaga sobre o proced imento corretopara a emissão de nota fi scal nas seguintes operações:

1.) revenda de mercadorias (produtos de merchandisi ng ebrindes), em operações interna e interestadual, com entrega emlocal diferente do faturado, em nome do adquirente. Cita o exemplode adquirente situado em Curitiba, cuja entrega deverá ser feita emSão Paulo, no local do evento, com nota fiscal de r emessa;

2.) revenda de mercadorias (produtos de merchandisi ng ebrindes), em operações interna e interestadual, com entrega paraterceiros em locais diferentes do faturado. Dá o exemplo deadquirente situado em Curitiba, porém com a entrega feita em SãoPaulo, para outra pessoa jurídica (estabelecimento de terceiros)que fará a distribuição dos brindes.

Segundo orientações que aduz ter recebido, deveriaaplicar o art. 635-A do RI CMS aprovado pelo Decreto n. 1.980/2007(RICMS/2007), atual art. 623 do RICMS aprovado pelo Decreto n.6.080/2012 (RICMS/2012), porém referido artigo trat a da aquisição eentrega de medicamentos de laboratório farmacêutico pelo Ministérioda Saúde.

Indaga como deve proceder e se caso utilize o art. 635-Ado RICMS poderá ser autuada, haja vista que poderá ocorrer ofaturamento para um endereço e entrega em outro.

RESPOSTA

Preliminarmente, transcrevem-se excertos da legisla ção doICMS que dizem respeito ao tema, in verbis:

“ RICMS aprovado pelo Decreto n. 6.080/2012:

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Art. 221. Quando a operação ou a prestação estiver beneficiadapor isenção ou amparada por imunidade, não-incidênc ia,diferimento ou suspensão do recolhimento do imposto , essacircunstância será mencionada no documento fiscal,indicando-se o respectivo dispositivo legal (art. 9 º doConvênio SINIEF s/n, de 15.12.1970, e art. 89 do Co nvênioSINIEF 06/1989).

Art. 328. Na venda à ordem ou para entrega futura, poderá seremitida nota fiscal, para sim ples faturamento, vedado odestaque do ICMS (art. 40 do Convênio SINIEF s/n, d e15.12.1970; Ajustes SINIEF 01/1987 e 01/1991).

§ 1º Na hipótese deste artigo, o ICMS será debitado porocasião da efetiva saída da mercadoria.

§ 2º No caso de venda para entreg a futura, por ocasião daefetiva saída global ou parcial da mercadoria, o ve ndedoremitirá nota fiscal em nome do adquirente, com dest aque dovalor do imposto, quando devido, indicando-se, além dosrequisitos exigidos, como natureza da operação "Rem essa -Entrega Futura", bem como o número, a data e o valo r daoperação da nota fiscal relativa ao simples faturam ento.

§ 3º Na hipótese do parágrafo anterior, o imposto d everá sercalculado com a observância do disposto no § 6º do art. 6º.

§ 4º No caso de venda à ordem, por ocasião da entrega globalou parcial da mercadoria a terceiros, deverá ser em itida notafiscal:

a) pelo adquirente original, com destaque do ICMS, quandodevido, em nome do destinatário, consignando-se, al ém dosrequisitos exigidos, o nome, o endereço e os números deinscrição, estadual e no CNPJ, do estabelecimento q ue irápromover a remessa da mercadoria;

b) pelo vendedor remetente:

1. em nome do destinatário, para acompanhar o trans porte damercadoria, sem destaque do imposto, na qual, além dosrequisitos exigidos, constarão, como natureza da op eração,"Remessa por conta e ordem de terceiros", o número, a série,sendo o caso, e a data da emissão da nota fiscal de que trataa alínea anterior, bem como o nome, o endereço e os números deinscriç ão, estadual e no CNPJ, do seu emitente;

2. em nome do adquirente original, com destaque do valor doimposto, quando devido, na qual, além dos requisito s exigidos,constarão, como natureza da operação, "Remessa simb ólica -Venda à ordem", o número, a série , sendo o caso, e a data daemissão da nota fiscal prevista no item anterior.

Art. 329. Nas saídas internas ou interestaduais de mercadoria

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para realização de operações fora do estabeleciment o, semdestinatário certo, inclusive por meio de veículo, em cone xãocom estabelecimento fixo, o contribuinte emitirá no ta fiscalpara acompanhar a mercadoria no seu transporte, a q ual, alémdos requisitos exigidos, conterá (art. 41 do Convên io SINIEFs/n, de 15.12.1970):

I - o destaque do imposto, calculado com a aplic ação daalíquota vigente para as operações internas sobre o valortotal da mercadoria;

II - a indicação dos números e das respectivas séri es, sendo ocaso, das notas fiscais a serem emitidas por ocasiã o daentrega da mercadoria;

III - a natureza da operaçã o "Remessa para venda ambulante -Nota Fiscal Geral";

IV - o número e a data do romaneio de que trata o § 8º do art.150, quando for o caso.

§ 1º A nota fiscal geral será registrada no livro R egistro deSaídas de acordo com as regras estabelecidas no § 3 º do art.259.

§ 2º Na hipótese de venda da mercadoria por preço s uperior aoque serviu de base de cálculo para pagamento do imp osto, sobrea diferença será também debitado o imposto, mediant e emissãode nota fiscal complementar.§ 3º O contribuinte que op erar de conformidade com esteartigo, por intermédio de preposto, fornecerá a est e documentocomprobatório de sua condição.

§ 4º Para os efeitos do inciso I, se a alíquota int erna forinferior à interestadual, o contribuinte deverá efe tuar acomplementação do imposto, proporcionalmente às operaçõesinterestaduais realizadas, por ocasião do retorno d o veículo,mediante nota fiscal para esse fim emitida, observa ndo-sequanto ao prazo de recolhimento o disposto no incis o XXII doart. 75, ressalvadas as hipótes es previstas no inciso II domesmo artigo.

Art. 330. Por ocasião da venda da mercadoria, dever á seremitida nota fiscal, que além dos requisitos exigid os,conterá:

I - o número, a série, sendo o caso, e a data da em issão danota fiscal geral;

II - a nature za da operação "Venda Ambulante".

Parágrafo único. A nota fiscal referida neste artig o deveráser escriturada na coluna "Observações" do livro Re gistro deSaídas, indicando-se o número e a série, sendo o ca so.

Art. 331. No retorno de mercadoria remetida pa ra venda fora do

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estabelecimento, será emitida nota fiscal para docu mentar aentrada de acordo com a alínea "d" do inciso I do a rt. 160(art. 54 do Convênio SINIEF s/n, de 15.12.1970).

§ 1º Relativamente às operações realizadas fora do territórioparanaens e, o contribuinte, desde que possa comprovar opagamento do imposto no Estado de destino, poderá c reditar-sedesta parcela, cujo valor não excederá à diferença entre odestacado na nota fiscal geral, observado o dispost o no § 4ºdo art. 329, e o devido a e ste Estado, calculado à alíquotaaplicável às operações interestaduais realizadas en trecontribuintes.

§ 2º O crédito de que trata o parágrafo anterior de veráocorrer no mês em que retornar o veículo mediante a emissão denota fiscal para documentar a entr ada, que conterá:

a) o valor total das operações realizadas em outro Estado;

b) o número e a série, sendo o caso, das notas fisc aisemitidas por ocasião da venda efetiva da mercadoria ;

c) o montante do imposto devido a outro Estado, com aaplicação da resp ectiva alíquota vigente sobre o valor dasoperações efetuadas em seu território;

d) o montante do imposto devido a este Estado, com aplicaçãoda alíquota interestadual sobre o valor das operaçõ esrealizadas fora do território paranaense;

e) o valor do impo sto a creditar, que corresponderá adiferença entre as alíneas "c" e "d";

f) o número da respectiva guia de recolhimento rela tiva aoimposto pago em outro Estado, cujo documento ficará arquivadopara exibição ao fisco.”

Os procedimentos previstos no art. 6 23 do RICMS/2012 nãosão adequados para o caso em análise.

Antes de adentrar-se às respostas são necessários a lgunsesclarecimentos. São classificados como brindes aqu eles produtosadquiridos ou recebidos de terceiros, não pertencen tes à linha decomercial ização da empresa e destinados à distribuição gratu ita.

Tais produtos são tributados desde a produção até a vendapara o destinatário que fará a distribuição, de for ma que, estandoa operação perfeitamente enquadrada no conceito aci ma, o tratamentotributá rio nessa etapa será o da não incidência do ICMS.

O merchandising praticado por empresas comerciais o u porfabricantes, com produtos que pertençam à linha nor mal decomercialização, geram operações tributadas em toda s as etapas decirculação.

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Feitas essas considerações, passa-se a responder àsindagações na ordem em que foram formuladas:

Situação 1 . Na hipótese, revenda de mercadorias pelaconsulente (produtos de merchandising e brindes), e m operaçõesinterna e interestadual, com entrega em local difer ente dofaturado, diretamente no local do evento, em nome d o adquirente, orevendedor remetente deverá:

a) emitir nota fiscal de venda, CFOP 5.101 ou 6.101 ,conforme se tratar, respectivamente, de operações i nterna ouinterestadual, para o destinatário (adquire nte);

b) em seguida, emitir nota fiscal de simples remess a,CFOP 5.949 ou 6.949, tendo como destinatário o adqu irente,preencher como endereço o local do evento e, no cam po “InformaçõesComplementares”, os dados da nota fiscal de venda. Recomenda-se quea cópia da 1ª via da nota fiscal de venda seja anexad a à notafiscal de remessa para documentar o transporte das mercadorias;

Situação 2 . Revenda pela consulente de mercadorias(produtos de merchandising e brindes), em operações interna ouinterestadual, com entrega para terceiros em locais diferentes dofaturado. Tal situação se assemelha à venda à ordem , devendo orevendedor remetente:

a) emitir nota fiscal de venda com CFOP 5.102 ou 6. 102,com destaque do ICMS, contra o adquirente;

b) na sequência, emitir nota fiscal de remessa por contae ordem de terceiros contra o destinatário (terceir o), CFOP 5.949ou 6.949, constando os dados da nota fiscal de saíd a do adquirentepara o evento;

Por derradeiro, frisa-se que, a partir da ciência d esta,terá a Consulente, em observância ao artigo 664 do RICMS/2012, oprazo de até quinze dias para adequar os seus proce dimentoseventualmente já realizados em conformidade com o q ue foi aquiesclarecido, no caso de que os tenha praticado dive rsamente.

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PROTOCOLO: 11.542.580-3

CONSULTA Nº: 108, de 22 de novembro de 2012.

CONSULENTE: KLIMA REFRIGERAÇÃO LTDA.

SÚMULA: ICMS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. OPERAÇÃOINTERESTADUAL. ALÍQUOTA.

RELATORA: MARGARETE MARIA MAZZOLA

A consulente, sediada no Estado do Rio Grande do Su l,informa que atua na atividade de produção de balcõe s refrigerados esecos, câmaras frigoríficas, freezers, enfim, toda a linha deprodutos para mercados, minimercados, padarias, res taurantes etc.

Expõe que vende ao Estado do Paraná produtosclassificados nos códigos NCM 8418.50.90, 8418.50.1 0 e 8418.30.00,tais como “freezers” e balcões refrigerados, os qua is estãolistados como sujeitos ao regime da Substituição Tr ibutária, e que,quando da venda desse s produtos a revendedores localizados nesteEstado, recolhe o ICMS relativo a esse regime.

Aduz que a dúvida é em relação à alíquota interna q uedeve adotar nas operações com os produtos mencionad os, se de 18% oude 12% referente à alínea “r” do inciso II do art. 14 do RICMS.Para tanto, esclarece que no cálculo da substituiçã o tributária énecessária a aplicação da Margem de Valor Agregado (MVA) e depoisdeve ser calculada a Margem de Valor Agregado ajust ada(MVA-ajustada), que requer a determinação da alí quota interna doproduto, sendo que nesse caso, entende-se que a con sulente estáfazendo menção à MVA interestadual constante na tab ela dos produtossujeitos ao regime da substituição tributária. Afir ma que a MVAdisposta considera a alíquota interna de 18 % para os produtosobjeto desse questionamento, ficando em 51,86% para os produtosclassificados na NCM 8418.30.00 e em 47,26% para os classificadosnas NCM 8418.50.10 e 8418.50.90.

RESPOSTA

De início, enfatiza-se que é responsabilidade docontribuinte a adequada classificação dos produtos na norma. Nocaso de dúvida sobre a correta classificação da mer cadoria na NCM,a competência para responder consultas é da Receita Federal doBrasil (RFB).

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Observa-se que a legislação relacionada com o assun to emquestão está disposta, em relação às alíquotas interna s, nasalíneas “k” e “r” do inc. II ou no inc. VI do art. 14 da Lei nº11.580/1996 e, quanto ao regime de recolhimento do ICMS porsubstituição tributária nas operações com produtos eletrônicos,eletroelet rônicos e eletrodomésticos, está previsto, atualmen te,nos artigos 15 a 18 do Anexo X do RICMS, aprovado p elo Decreto nº6.080/2012, estando os produtos classificados nas N CM 8418.50.10,8418.50.90 e 8418.30.00 descritos, dentre outros, n o art. 17 antesci tado. Seguem excertos da legislação pertinente ao c aso:

“Lei nº 11.580/1996

Art. 14. As alíquotas internas são, conforme o caso e deacordo com a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) o u aNomenclatura Brasileira de Mercadorias - Sistema Ha rmonizado(NBM/SH), assim distribuídas:(…)

II - alíquota de doze por cento nas prestações de s erviço detransporte intermunicipal e nas operações com os se guintesbens e mercadorias, exceto em relação às saídas pro movidaspelos estabelecimentos beneficiados pelas leis 148 95/2005 e15634/2007, estendendo-se às importações realizadas viasterrestres o tratamento disposto na lei 14985/2006.

k) de uso doméstico:

(...)

3. refrigeradores e freezers até 300 litros com ape nas umaporta.

(…)

r) máquinas e aparelhos industriais, e xceto peças e partes(NCM 8417 a 8422, 8424, 8434 a 8435, 8438 a 8449, 8 451, 8453 a8465, 8468, 8474 a 8480 e 8515);

(...)

VI - alíquota de dezoito por cento (18%) nas operaç ões com osdemais bens e mercadorias.”

RICMS: ANEXO X - SEÇÃO III

DAS OPERAÇÕES COM PRODUTOS ELETRÔNICOS, ELETROELETRÔNICOS EELETRODOMÉSTICOS Art. 15. Ao estabelecimento industrial fabricante, importadorou arrematante de mercadoria importada e apreendida , quepromover a saída dos produtos eletrônicos, eletroel etrônicos eeletrodomést icos, relacionados no art. 17 deste anexo, comsuas respectivas classificações na NCM, com destino arevendedores situados no território paranaense , é atribuída a

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condição de sujeito passivo por substituição, para efeito deretenção e recolhimento do ICMS relativo às operaçõessubsequentes.

Parágrafo único. A responsabilidade pela retenção erecolhimento do imposto fica também atribuída a qua lquerestabelecimento remetente localizado nos Estados do Amapá,Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Sa ntaCatarina e São Paulo, inclusive em relação ao difer encial dealíquotas (Protocolos ICMS 192/2009, 16/2011, 70/20 11 e121/2011).

Art. 16. A base de cálculo para a retenção do impos to será opreço máximo de venda a varejo fixado pela autorida decompetente ou, na falta desse, o preço sugerido ao consumidorfinal pelo fabricante ou importador, acrescido, em ambos oscasos, do valor do frete, quando não incluído no pr eço.

§ 1º Inexistindo o valor de que trata o "caput", a base decálculo corresponderá ao mont ante formado pelo preço praticadopelo remetente, acrescido dos valores correspondent es a frete,seguro, impostos, contribuições e outros encargostransferíveis ou cobrados do destinatário, ainda qu e porterceiros, adicionado da parcela resultante da apli cação,sobre o referido montante, do percentual de margem de valoragregado previsto no art. 17 deste anexo .

§ 2º Na impossibilidade de inclusão do valor do fre te, seguroou outro encargo, na composição da base de cálculo, orecolhimento do imposto correspo ndente será efetuado peloestabelecimento destinatário, acrescido dos percent uais demargem de valor agregado previstos no art. 17 deste anexo.

Art. 17. Nas operações com os produtos relacionados , com suasrespectivas classificações na NCM, devem ser consi derados osseguintes percentuais de margem de valor agregado:

(...)

ITEM NCM DESCRIÇÃO MARGEM DE VALOR AGREGADO -MVA (%)

INTERNA INTERESTADUAL

6 8418.30.00 Congeladores(“freezers”)horizontaistipo arca,decapacidadenão superior

41,51 51,86

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a 800 litros

6-A 8418.30.00 Congeladores(“freezers”)horizontaistipo arca,até 300litros comapenas umaporta

41,51 41,51

8 8418.50.108418.50.90

Outroscongeladores(“freezers”)

37,22 47,26

8-A 8418.50.108418.50.90

Outroscongeladores(“freezers”)até 300li tros comapenas umaporta

37,22 37,22

Cabe enfatizar que devem ser utilizados tanto o cód igo damercadoria na Nomeclatura Comum do Mercosul – Siste ma Harmonizado –NCM/SH quanto a sua respectiva descrição na legisla ção específicapara definir a aplicação do regime da substituição tributária ou daalíquota a ser atribuída às operações com o produto comercializado.Então, veja-se a descrição na NCM para os produtos em questão:

84.18 Refrigeradores, congeladores(freezers) e outros materiais,máquinas e apar elhos para aprodução de frio, com equipamentoelétrico ou outro; bombas de calor,excluindo as máquinas e aparelhosde ar-condicionado da posição84.15.

8418.30.00 Congeladores ( freezers ) horizontaistipo arca, de capacidade nãosuperior a 800 l

8418.50 Outros móveis (arcas, armários,vitrines, balcões e móveissemelhantes) para a conservação eexposição de produtos, que

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Esclarece-se que, para o cálcul o do ICMS da substituiçãotributária, aplica-se a alíquota interna após ser e stabelecida abase de cálculo para tanto, a qual é definida agreg ando, dentreoutros valores, o percentual de MVA interestadual j á previsto noart. 17, combinado com o § 1º do art . 16 do Anexo X do RICMS, poisassim determina esse dispositivo regulamentar.

Nesse sentido, informa-se que a alíquota de 12% da alínea“r” do inc. II do art. 14 da Lei nº 11.580/1996 som ente é utilizadaquando os produtos descritos nos itens 6 e 8 do art . 17 do Anexo Xdo RICMS sejam máquinas e aparelhos fabricados para utilização ematividade operacional de estabelecimento industrial , estandoatrelados ao processo produtivo. Aplicando-se també m essa alíquotapara o caso de refrigeradores e freezers de uso doméstico, decapacidade até 300 litros e com apenas uma porta, c onforme item 3da alínea “k” do mesmo dispositivo legal inicialmen te citado.

No entanto, em sendo verificado que a maioria dosprodutos descritos pela consulente são por ela come rcializados coma finalidade mais específica de exposição e conserv ação deprodutos, sendo utilizados em grande parte pelo com ércio, como, porexemplo, em bares, lanchonetes, açougues, supermerc ados, e que nãoatendem ao disposto no parágrafo anterior, a alíquo ta inte rna a seratribuída a essas mercadorias específicas é de 18%, conformedetermina o inc. VI do art. 14 da Lei nº 11.580/199 6.

Destarte, no que estiver procedendo de forma divers a aoexposto na presente resposta, deverá a consulente o bservar odisposto no ar tigo 664 do RICMS, que prevê o prazo de até 15(quinze) dias para a adequação de seus procedimento s já realizadosao ora esclarecido.

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CONSULTA Nº:

CONSULENTE:

ASSUNTO:

RELATORA:

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PROTOCOLO: 11.602.791-7

CONSULTA Nº: 110, de 27 de novembro de 2012.

CONSULENTE: TMT MEMORY – INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE TECNOLOGIA DAINFORMAÇÃO LTDA.

SÚMULA: ICMS. PRODUTOS DE INFORMÁTICA E AUTOMAÇÃO.SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. NÃO APLICAÇÃO DO REGIMENOS TERMOS DO ART. 12 DO ANEXO X.

RELATORA: ORIANA C. ZARDO

A consulente informa que tem como atividade princip al afabricação de equipamentos de informática – CNAE 26 21-3/00, e comoatividade secundária, o comércio atacadista de equi pamentos deinformática – CNAE 4651-6/01.

Aduz que atende os requisitos da legis lação federal,podendo usufruir dos benefícios fiscais da Lei n. 8 .248, de 23 deoutubro de 1991, sendo fabricante dos produtos “ unidade deprocessamento digital de pequena capacidade, basead a emmicroprocessadores ” (Portaria Interministerial 286/2003) e “ unidadedigital de armazenamento de dados (pendrive) ” (PortariaInterministerial 30/2012). Com isso, também se util iza do benefícioda redução da base de cálculo prevista no art. 3º, inciso VI,alínea “c” da Lei n. 13.214/2001.

Por fim, informa que os prod utos que fabrica estãosujeitos ao regime da substituição tributária, nos termos dosartigos 481-A e seguintes do Regulamento do ICMS ap rovado peloDecreto n. 1.980, de 21.7.2012 (RICMS/2008).

Com base no art. 479 do RICMS/2008, entende que, po ratuar no r amo industrial e no ramo de comércio atacadista deprodutos de automação listados no art. 481-C, deve reter o impostopor substituição tributária quando promover sua saí da, seja dosprodutos que fabrica ou daqueles que adquire de ter ceiros, não seaplicand o o regime por ocasião da sua entrada.

Por tudo isso, indaga:

1. Aplica-se o disposto no art. 479 do RICMS/2008relativamente aos produtos adquiridos para revenda e listados noart. 481-C, já que, por também atuar como estabelec imentoindustrial, reveste-s e da condição de substituto tributário nasoperações subsequentes com os produtos que fabrica?

2. Em sendo afirmativa a resposta à questão anterio r, a

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base de cálculo para retenção é o valor de aquisiçã o pela indústriaou o preço de venda da distribuição?

3. Sendo o substituto tributário, deve proceder aorecolhimento do imposto relativo às mercadorias exi stentes emestoque?

RESPOSTA

Ressalta-se que os dispositivos do Regulamento do I CMSaprovado pelo Decreto n. 1.980, de 21.12.2007, menc ionados pelacons ulente, foram revogados pela entrada em vigor do Re gulamentoaprovado pelo Decreto n. 6.080, de 28.9.2012, surti ndo efeitos apartir de 1°.10.2012. Com isso, os dispositivos tra tados naresposta são os atualmente em vigor.

Transcrevem-se os dispositivos pe rtinentes:

RICMS/2012 – ANEXO X

Art. 12. Não se aplica o disposto:

I - neste Capítulo:

a) às operações que destinem mercadorias a sujeito passivo porsubstituição tributária da mesma mercadoria, exceto :

(...)

2. se o destinatário for eleito substituto trib utárioexclusivamente na condição de importador;

(…)

Art. 15. Ao estabelecimento industrial fabricante, importadorou arrematante de mercadoria importada e apreendida , quepromover a saída dos produtos eletrônicos, eletroel etrônicos eeletrodomésticos, rel acionados no art. 17 deste anexo, comsuas respectivas classificações na NCM, com destino arevendedores situados no território paranaense, é a tribuída acondição de sujeito passivo por substituição, para efeito deretenção e recolhimento do ICMS relativo às operaçõessubsequentes.

Parágrafo único. A responsabilidade pela retenção erecolhimento do imposto fica também atribuída a qua lquerestabelecimento remetente localizado nos Estados do Amapá,Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Sa ntaCatari na e São Paulo, inclusive em relação ao diferencial dealíquotas (Protocolos ICMS 192/2009, 16/2011, 70/2 011 e121/2011).

Art. 16. A base de cálculo para a retenção do impos to será opreço máximo de venda a varejo fixado pela autorida de

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competente ou, na falta desse, o preço sugerido ao consumidorfinal pelo fabricante ou importador, acrescido, em ambos oscasos, do valor do frete, quando não incluído no pr eço.

§ 1º Inexistindo o valor de que trata o "caput", a base decálculo corresponderá ao montante for mado pelo preço praticadopelo remetente, acrescido dos valores correspondent es a frete,seguro, impostos, contribuições e outros encargostransferíveis ou cobrados do destinatário, ainda qu e porterceiros, adicionado da parcela resultante da apli cação,so bre o referido montante, do percentual de margem de valoragregado previsto no art. 17 deste anexo.

§ 2º Na impossibilidade de inclusão do valor do fre te, seguroou outro encargo, na composição da base de cálculo, orecolhimento do imposto correspondente s erá efetuado peloestabelecimento destinatário, acrescido dos percent uais demargem de valor agregado previstos no art. 17 dest e anexo.

Art. 17. Nas operações com os produtos relacionados , com suasrespectivas classificações na NCM, devem ser consid erados osseguintes percentuais de margem de valor agregado:

(…).”

Relativamente ao primeiro questionamento, o assunto jáfoi tratado na Consulta n. 084, de 26 de outubro de 2011, da qualse transcreve a resposta:

“Como regra geral, quando a operação se sujeita ao regime desubstituição tributária, o contribuinte eleito subs tituto quepromover a saída da mercadoria com destino a revend edoresparanaenses deve proceder a retenção e recolhimento do impostodevido em relação às operações subsequentes.

Sublinhe-se que , dentro do território paranaense, forameleitos como substitutos o industrial fabricante, o importadore o arrematante de mercadoria importada e apreendid a. Já emrelação aos remetentes localizados nas unidadesfederadas que são signatária s do Protocolo ICMS 192/2009, aresponsabilidade pela retenção é de qualquer contri buinte,independentemente da atividade na qual ele esteja c adastrado.

Para aplicação do art. 479 do RICMS é necessário qu e oremetente e o destinatário sejam substitutos tr ibutários e queo sejam em relação à mesma mercadoria, não sendo su ficientepara o afastamento desse regime, portanto, a condiç ão desubstituto tributário do remetente e do destinatári o de outrasmercadorias, ainda que arroladas no art. 481-C.

Partindo des sa premissa, quando a consulente adquire umamercadoria em operação interestadual de remetente q ue não sejaou tenha deixado de ser eleito substituto, não deve rá efetuara retenção por ocasião da entrada da mercadoria no territórioparanaense somente na hi pótese de ser a substituta tributária

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dessa mercadoria, condição que autoriza a realizaçã o dasubstituição na saída das mercadorias do seu estabe lecimentocom destino a revendedores.

Menciona-se, ainda, que o item 2 da alínea “a” do a rt. 479 doRICMS deter mina que o remetente da mercadoria efetue asubstituição tributária quando o destinatário for s ubstitutotributário exclusivamente na condição de importador , situaçãoque, conforme informa, não é o caso da consulente, pois não éeleita substituta tributári a somente por tal hipótese, mastambém por ser industrial fabricante.

Assim, conclui-se que a consulente, ao adquirir os produtoslistados no art. 481-C do RICMS, somente não estará obrigada aproceder na forma e prazo previstos na alínea “a” d o inciso Xdo art. 65 do Regulamento do ICMS na hipótese de ser asubstituta tributária da mesma mercadoria.”.

Quanto à segunda questão, o assunto está tratado no art.16 retrotranscrito, estando discriminada a composiç ão da base decálculo para retenção no art. 11, i nciso II, do RICMS/2012:

“Art. 11. A base de cálculo, para fins de substitui çãotributária, será (art. 11 da Lei n. 11.580/1996):

(…)

II - em relação às operações ou prestações subseque ntes,obtida pelo somatório das parcelas seguintes:

a) o valor da opera ção ou prestação própria realizada pelosubstituto tributário ou pelo substituído intermedi ário;

b) o montante dos valores de seguro, de frete e de outrosencargos cobrados ou transferíveis aos adquirentes outomadores de serviço;

c) a margem de valor agre gado, inclusive lucro, relativa àsoperações ou prestações subsequentes.

(…).”

Quanto ao último questionamento, por não ter a cons ulenteinformado a origem desse estoque, ou seja, se compo sto por produtosadquiridos antes ou após a vigência do regime de su bstituiçãotributária, ou se adquiridos de contribuintes eleit os ou nãosubstitutos tributários, deixamos de responder, haj a vista asvárias hipóteses possíveis.

Posto isso, nos termos do art. 664 do Regulamento d oICMS, tem a consulente, a partir da data da ciência da resposta, oprazo de até quinze dias para adequar os procedimen tos járealizados, caso esteja procedendo de modo diverso do respondido.

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PROTOCOLO: 10.821.455-4

CONSULTA Nº: 111, de 6 de dezembro de 2012.

CONSULENTE: BONIFOR CONFECÇÕES LTDA.

SÚMULA: ICMS. CRÉDITO PRESUMIDO. ESTORNO.

RELATOR: VALÉRIO PASSOLD

A consulente, atuando no ramo de confecções de peça s dovestuário, com exceção de roupas íntimas e sob medi da, CNAE14.12-6/0, no caso de venda para outra unidade fede rada, na qualfoi aplicada a alíquota de 12% e utilizado o crédit o presumido de9%, previ sto no item 24-A do Anexo III do RICMS aprovado pel oDecreto n. 1.980/2007, atualmente previsto no item 50 do Anexo IIIdo RICMS aprovado pelo Decreto n. 6.080/2012, indag a se nadevolução da mercadoria deverá arcar com o prejuízo de 3% ou poderáse credit ar dessa diferença.

RESPOSTA

Preliminarmente, transcreve-se a resposta da Consul ta nº266/1996, a qual atende à indagação formulada, post o que, ainda quetrate de outro produto, seu fundamento está na sist emática docrédito presumido:

“SÚMULA: ICMS. CRÉDITO PRESUMIDO. DEVOLUÇÃO DE MERCADORIAS.

A consulente, indústria eletrônica, informa que seu s produtosestão enquadrados nas disposições do inciso IV do a rt. 62 doRegulamento do ICMS, que trata do crédito presumido nasoperações com produtos de informátic a, e que emite a notafiscal com o destaque da alíquota do produto, lança ndo nocampo "Outros Créditos" a diferença entre o imposto destacadona nota fiscal e o correspondente à carga tributári a de 7%.

Questiona, no caso de a mercadoria cuja saída foi f eit a comcrédito presumido ser devolvida, se deve fazer o cr édito dovalor lançado na nota fiscal ou o relativo à carga tributáriade 7%.

RESPOSTA

[…]

Na devolução de mercadorias, cuja saída foi benefic iada comcrédito presumido, ocorre o desfazimento do negó cio, somentepodendo a consulente apropriar-se de um percentual de 7%, que

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foi o efetivamente debitado na operação de saída.

Para tal, deverá ser feito o crédito pela alíquota destacadana nota fiscal e, consequentemente, ser efetuado o estorno docrédito presumido lançado na operação de saída, observando- setodos os dispositivos legais com relação ao crédito doimposto, especialmente o contido no § 1º do art. 24 .

"Art. 24. Para a compensação a que se refere o arti goanterior, é assegurado ao contribuinte o direito decreditar-se do imposto anteriormente cobrado em ope raçõesde que tenha resultado a entrada de mercadoria, rea l ousimbólica, no estabelecimento, inclusive a destinad a aoseu uso ou consumo ou ao ativo permanente, ou orecebimento de serviços de transporte interestadual eintermunicipal ou de comunicação (art. 24 da Lei11.580/96).

§ 1º O direito de crédito, para efeito de compensaç ão comdébito do imposto, reconhecido ao estabelecimento q uetenha recebido as mercadorias ou para o qual tenham sid oprestados os serviços, está condicionado à idoneida de dadocumentação e, se for o caso, à escrituração nos p razose condições estabelecidos na legislação."

[...]”.

Do transcrito, verifica-se que o Setor Consultivo t ementendimento firmado de que na devol ução de mercadorias, cuja saídatenha sido beneficiada com crédito presumido, ocorr e o desfazimentodo negócio, devendo ser efetuado o estorno do crédi to presumidoaproveitado quando da saída, conforme interpretação dosdispositivos legais que regem o ICMS , especialmente o § 1º do art.23 do RICMS aprovado pelo Decreto 6.080/2012.

Frente a isso, a consulente deverá proceder da segu inteforma:

a) tratando-se de “retorno de mercadoria não entreg ue”,em que houve o retorno com a mesma nota fiscal, apl icar o d ispostono § 3º do art. 160 e art. 298 do RICMS, bem como e stornar ocrédito presumido aproveitado quando da saída, conf orme transcriçãoa seguir:

“Art. 160. O contribuinte, excetuado o produtor rur al inscritono CAD/PRO, emitirá nota fiscal (Convênio SINI EF, de15.12.1970, artigos 54 a 56; Ajustes SINIEF 5/71, 1 6/1989 e3/1994):

[...]

§ 3° A nota fiscal será também emitida pelos contri buintes noscasos de retorno de bens ou de mercadorias não entr egues aodestinatário, hipótese em que deverá conter, no cam po"Informações Complementares" do quadro "Dados Adici onais", as

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indicações do número, da série, da data da emissão e do valorda operação do documento original.

“Art. 298. O estabelecimento que receber, em retorn o,mercadoria por qualquer motivo não entre gue ao destinatário,deverá:

I - emitir nota fiscal para documentar a entrada co m mençãodos dados identificativos do documento fiscal origi nal,lançando-a no livro Registro de Entradas, consignan do osrespectivos valores nas colunas "ICMS - Valores Fis cai s -Operações ou Prestações com Crédito do Imposto" ou "ICMS -Valores Fiscais - Operações ou Prestações sem Crédi to doImposto", conforme o caso;

II - manter arquivada a 1ª via da nota fiscal emiti da porocasião da saída, que deverá conter a indicação pre vista noparágrafo único;

III - mencionar a ocorrência na via que ficou em po der doemitente ou em documento equivalente;

IV - exibir ao fisco, quando exigido, todos os elem entos,inclusive os contábeis, comprobatórios de que a imp ortânciaeventualmente de bitada ao destinatário não tenha sidorecebida.

Parágrafo único. O transporte da mercadoria em reto rno seráacompanhado pela própria nota fiscal emitida pelo r emetente,cuja 1ª via deverá conter a indicação, no verso, ef etuada pelodestinatário ou pelo tra nsportador, do motivo de não ter sidoentregue a mercadoria.”;

b) caso se trate de devolução, em que, primeirament e, odestinatário deu entrada da mercadoria, e, posterio rmente, emitiunota fiscal de devolução, deverá escriturar a nota fiscal dedevolução, creditar-se do imposto nela destacado, na forma pr evistana legislação tributária, bem como estornar o crédi to presumidoaproveitado por ocasião da saída.

Por derradeiro, frisa-se que, nos termos do art. 66 4 doRICMS, a partir da data da ciência da respos ta, a consulente terá,observado o disposto no § 1º do art. 659 do RICMS, e independentede qualquer interpelação ou notificação fiscal, o p razo de atéquinze dias para adequar os procedimentos já realiz ados ao quetiver sido esclarecido.

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PROTOCOLO: 10.960.188-8

CONSULTA Nº: 112, de 20 de novembro de 2012.

CONSULENTE: NOVO AMBIENTE INDÚSTRIA DE RECICLAGEM LTDA.

SÚMULA: ICMS. MATERIAL RECICLÁVEL. DIFERIMENTO. EMPRESADO REGIME SIMPLES NACIONAL.

RELATOR: CLÁUDIO CARLOS WELZEL

A consulente, empresa enquadrada no Regime EspecialUnificado de Arrecadação de Tributos e Contribuiçõe s - SimplesNacional, informa que pretende atuar no ramo de rec iclagem degarrafas plásticas usadas e que essas serão adquiri das decooperativa de catad ores de recicláveis com diferimento do ICMS,conforme previsão do item 48 do art. 95 do Regulame nto do ICMS,aprovado pelo Decreto n. 1.980, de 21 de dezembro d e 2007.

Expõe que as garrafas plásticas adquiridas serão po r elaindustrializadas, resultando, desse processo, no produto denominado“flake”, que são pequenos flocos de plásticos, o qu al serárevendido para indústrias que utilizam esse materia l para afabricação de outros produtos de plásticos, como sa colas, cordas esacos.

Argumenta a consulente qu e a venda na operação interna dofloco plástico por ela produzido se encontra também ao abrigo dodiferimento do imposto, nos termos da legislação já citada (item 48do art. 95 do RICMS), pois considera que tanto na a quisição(garrafas plásticas) como na v enda dessa mercadoria (“flake”) nãoperde a característica de material reciclável.

Indaga se está correto seu entendimento.

RESPOSTA

Inicialmente, informa-se que o Regulamento do ICMSaprovado pelo Decreto n. 1.980, de 21 de dezembro d e 2007, foirevogad o pelo Decreto n. 6.080, de 28 de setembro de 2012, queaprovou o Regulamento do ICMS atualmente em vigor, o qual passou aproduzir efeitos a partir de 1º.10.2012. Em vista d isso, as normasque tratam do assunto em questão, mencionadas pela consulente,est ão inseridas nesse Regulamento nos seguintes dispos itivos:

“Art. 107. Sem prejuízo das disposições específicas previstasneste Regulamento, são abrangidas pelo diferimento as

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seguintes mercadorias:

47. materiais renováveis, recicláveis ou recondicio návei s;”

Ressalta-se que o pagamento do ICMS nas sucessivas saídasdas mercadorias relacionadas no art. 107 do RICMS, fica diferidoaté que ocorra qualquer das hipóteses de encerramen to previstas noart. 106 do mesmo Regulamento, a seguir transcrito:

“Art. 106. O pagamento do imposto em relação às mercadoriasarroladas no art. 107, fica diferido para o momento em queocorrer uma das seguintes operações (artigos 18 e 2 0 da Lei n.11.580/1996):

I - saída para consumidor final;

II - saída para estabelecimento de em presa enquadrada noSimples Nacional, exceto em relação ao item 79 e ao inciso IIIdo § 1º do art. 107;

III - saída para outro Estado ou para o exterior;

IV - saída para vendedor ambulante, não vinculado aestabelecimento fixo;

V - saída para estabelecimen to de produtor agropecuário,exceto em relação aos itens 2, 13, 18, 25, 28, 35, 52, 68, 70e 72 do art. 107;

VI - saída promovida pelo estabelecimento industria lizador, deproduto resultante da industrialização de mercador ias cujaentrada tenha ocorrido s ob a égide do diferimento.

§ 1º Para efeitos de encerramento da fase do diferi mentoprevisto no inciso I, consideram-se ainda como saíd as paraconsumidor final, as que destinem mercadorias para:

I - restaurantes, hotéis, pensões e estabelecimento ssimilare s;

II - empresas prestadoras de serviços, clubes, asso ciações ehospitais;

III - estabelecimentos que empreguem as mercadorias nofornecimento de refeições aos seus empregados;

IV - empresas de construção civil, de obras hidrául icas esemelhantes.

V - prod utores rurais, pessoas físicas ou jurídicas, nãoinscritos no CAD/PRO ou no CAD/ICMS.

§ 2º O disposto no inciso VI do "caput", não se apl ica nasremessas, em operações internas, para depósito a qu alquertítulo, assim como no retorno ao estabelecimento re metente.

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§ 3º Para fins do disposto no inciso VI, do "caput" ,considera-se industrialização qualquer operação que modifiquea natureza, o funcionamento, o acabamento, a aprese ntação ou afinalidade da mercadoria, ou a aperfeiçoe para o co nsumo.

§ 4º Mediante autorização do Secretário de Estado da Fazendapoderá ser aplicado o diferimento do pagamento do i mposto emrelação a outros produtos, observadas, subsidiariam ente, asregras estabelecidas neste Capítulo.

§ 5º Os estabelecimentos enquadrados em programas deincentivos fiscais para implantação, ampliação, mod ernizaçãoou reativação industrial, autorizados, mediante reg imeespecial, a adquirir mercadorias com o diferimento dopagamento do imposto, em operações internas, poderã o renunciarao benefício, no tod o ou em parte, por operação ou porperíodo, em relação a todos ou a alguns fornecedore sselecionados, observando-se:

I - o estabelecimento renunciante deverá enviar a s eufornecedor, comunicado por escrito desta opção, daproporcionalidade do benefício ren unciado e do período ou daoperação a que se refere;

II - o documento mencionado no inciso anterior deve rá serregistrado no livro Registro de Utilização de Docum entosFiscais e Termos de Ocorrências - RUDFTO e arquivad o peloestabelecimento renunciante e pelo seu fornecedor;

III - o emitente da nota fiscal deverá debitar o va lorcorrespondente à renúncia do diferimento.

§ 6º A renúncia de que trata o parágrafo anterior, para osestabelecimentos ali referidos, também se estende à s operaçõesinternas benefic iadas com o diferimento parcial do pagamentodo imposto estabelecido no art. 108 deste Regulamen to.”

Observa-se da legislação exposta, que uma dessashipóteses é a prevista no inc. II, que trata da saí da de mercadoriacom destino à estabelecimento enquadra do no regime tributário doSimples Nacional, do qual a consulente é optante.

Em razão disso, observa-se que equivocado o seuentendimento de que na remessa das garrafas plástic as usadas para oseu estabelecimento há aplicação do diferimento do pagamento doimposto, pois, na condição de destinatária adquiren te enquadrada noregime tributário do Simples Nacional, tal operação constitui fasede seu encerramento, devendo o remetente dessas mer cadorias, nessecaso, recolher o tributo (Precedentes Consultas n. 09/2009 e n.90/2009).

Equivocado também o entendimento da consulente de q ue asaída em operação interna dos flocos de plásticos p or ela

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produzidos, sob a argumentação de que esses ainda s ão materiaisrecicláveis, está abrangida pelo diferimento do pag ament o doimposto nos termos do item 47 do art. 107 do RICMS, vez que asempresas do Simples Nacional, como a da consulente, têm suasatividades reguladas por legislação especial (LC 12 3/2006) prevendobenefícios específicos e regime tributário diferenc iado de apuraçãoe recolhimento do imposto (receita bruta), afastand o, assim, aaplicação do diferimento nas operações que realizar em.

Além disso, não cabe a interpretação para o referid o itemde que o legislador ao mencionar a expressão “mater iais renováveis,rec icláveis ou recondicionáveis” quis ampliar a possib ilidade dautilização do diferimento do pagamento do imposto p ara além da fasede aquisição das mercadorias a serem industrializad as.

Assim, no caso em análise, para efeitos fiscais, areciclagem se comple tou no momento da industrialização das garrafasplásticas usadas, estando o produto resultante dess e processo(flocos de plásticos) dissociado, portanto, do cont exto“recicláveis” do qual se originou (garrafas plástic as).

Sendo assim, incabível o diferimen to do pagamento doimposto nessas operações.

Por derradeiro, frisa-se que, a partir da ciência d esta,terá a Consulente, em observância ao art. 664 do Re gulamento doICMS, o prazo de quinze dias para adequar os seus p rocedimentoseventualmente já realizado s em conformidade com o que foi aquiesclarecido, no caso de que os tenha praticado dive rsamente.

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PROTOCOLO: 11.542.451-3

CONSULTA Nº: 113, de 13 de dezembro de 2012.

CONSULENTE: BMS LOGÍSTICA LTDA.

SÚMULA: ICMS. CONSULTA. CONHECIMENTO PARCIAL. CRÉDITO DEIMPOSTO NAS AQUISIÇÕES DE MATÉRIA-PRIMA. SAÍDASCOM DIFERIMENTO. MANUTENÇÃO DO CRÉDITO.ABRANGÊNCIA DO REGIME ESPECIAL.

RELATORA: MARISTELA DEGGERONE

A consulente informa que atua como operador logísti co eindustrializador de mercadorias para destinatár io que celebrouregime especial com o Estado do Paraná, o qual aut oriza o seucliente a adquirir, em território paranaense, merc adorias com odifer imento do pagamento do ICMS.

Expõe que muitas vezes recebe a mercadoria para serindustrializada diretamente do fornecedor de seu cl iente, por contae ordem deste.

Após a industrialização, emite nota fiscal paradocumentar o retorno da mercadoria industria lizada para oencomendante sem o destaque do imposto relativo à d evolução doproduto recebido para ser industrializado, aos insu mos neleaplicados e à industrialização efetivada.

Conforme esclarecimentos solicitados em diligência,informa a consulente que os créditos de ICMS apropriados emconta-gráfica são originários da aquisição de insum os e detransferência da sua filial localizada no Estado de São Paulo.

Posto isso, questiona:

1. se é correta a apropriação de créditos de ICMSoriginários de aquisição de insumos que são aplicados naindustrialização de mercadorias, mesmo que o valor daindustrialização esteja albergado pelo diferimento.

2. Caso a resposta ao item anterior seja positiva,poderia adquirir os insumos também com o diferiment o do pagamentodo imposto, quando eles forem aplicados na industria lização demercadorias do cliente que tem regime especial?

3. Na hipótese de não ser possível adotar o requeri do noitem anterior, poderia adquirir ativo imobilizado e pagá-lo comcrédito de ICMS? Qual o procedimento a ser adotado?

4. Se existe previsão na legislação que a autorize a

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transferir créditos de ICMS a outro contribuinte? Caso a respostaseja afirmativa, questiona qual o procedimento.

RESPOSTA

Quanto ao primeiro questionamento, o Setor Consul tivo temreiteradamente se posicionado no sentido de que não há dispositivosna legislação do ICMS que vedem o creditamento ou e xijam o estornodo crédito do imposto pago nas aquisições de mercad orias que,posteriormente, saem do estabelecimento adquirente em operações soba égide do diferimento do pagamento do tributo esta dual.Precedente: Consultas n. 041/1990 e 289/1997.

No que diz respeito à segunda indagação, o regimeespecial celebrado entre contribuinte e o Estado do Paraná vinculaas partes envolvi das, não havendo previsão legal para estender asregras nele estabelecidas para as aquisições efetiv adas pelaconsulente.

Relativamente à terceira e à quarta questões, deixa -se deresponder com fundamento no § 1º do art. 655 do RIC MS, em razão dasua gene ralidade.

A partir da ciência desta, terá a consulente, emobservância ao art. 664 do Regulamento do ICMS apro vado peloDecreto n. 6.080, de 28 de setembro de 2012, o praz o de até quinzedias para adequar os seus procedimentos eventualmen te járealizados, em conformidade com o que foi aqui esclarecido, no casode que os tenha praticado diversamente.

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PROTOCOLO: 11.446.192-0

CONSULTA Nº: 114, de 13 de dezembro de 2012.

CONSULENTE: DECISION COMUNICAÇÃO VISUAL LTDA.

SÚMULA: ICMS. HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA NÃO CONFIGURADA.CONFECÇÃO DE PLACAS, SINALIZAÇÃO VISUAL,BANNERS, ADESIVOS E CONGÊNERES, PARA USOEXCLUSIVO DO ENCOMENDANTE.

RELATORA: MARISTELA DEGGERONE

A consulente, cadastrada na atividade de impressão dematerial para uso publicitário, tem dúvidas acerca da sujeiçãoativa para exigência do imposto incidente nas saída s de bannersimpressos, faixas, adesivos impressos e placas de p oliestileno comadesivos impressos, para uso do encomendante final, com o a rgumentode haver incerteza se tratam-se de operações de ind ustrialização demercadorias para terceiros ou de prestação de servi ço no âmbito dacompetência municipal.

RESPOSTA

A matéria questionada já fo i analisada por este SetorConsultivo, que se manifestou no sentido de que os serviçosnoticiados são estranhos ao universo da tributação do ICMS, já queregulados em legislação específica que assim determ ina. Entretanto,foi destacado que a exclusividade e a destinação final que lhes sãopeculiares é que os diferencia de uma circulação de mercadorias oude um processo de industrialização no ciclo de prod ução demercadorias, estes sim de competência tributária es tadual.Precedentes Consultas n. 39/2006, 43 /2009 e 36/2010, que podem seracessadas na página da Secretaria de Estado da Faze nda na internetwww.fazenda.pr.gov.br (Legislação tributária – Setor Consultivo).

PROTOCOLO: 11.493.601-4

CONSULTA Nº: 115, de 6 de dezembro de 2012.

CONSULENTE: ICATUBOS INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE PLÁSTICOS LTDA.

SÚMULA: ICMS. TUBOS DE IRRIGAÇÃO. VENDA ISOLADA. REDUÇÃODA BASE CÁLCULO NAS OPERAÇÕES COM MÁQUINAS E

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IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS. INAPLICABILIDADE.

RELATORA: MARGARETE MARIA MAZZOLA

A consulente, que está enquadrada no regime normal detributação, informa que atua no ramo de indústria e comércio dematerial plástico, inclusive manilhas, canos, tubos e conexões,eletrodutos e conduítes, e expõe que vende tubos pa ra uso nosistema de i rrigação classificados na NCM 8424.81.21.

Indaga se está correto o seu entendimento de que ta lproduto está afeito ao benefício da redução da base de cálculo,disposto na posição 10.3 do item 15 do Anexo II do RICMS aprovadopelo Decreto nº 1.980/2007, de acordo com sua interpretação daparte final do texto descrito nessa codificação: “i nclusive oselementos integrantes desses sistemas, como máquina s, aparelhos,equipamentos e dispositivos e instrumentos”.

RESPOSTA

Observa-se que o dispositivo regulament ar relativo aobenefício citado pela consulente está, atualmente, inserido no item16 do Anexo II do RICMS aprovado pelo Decreto nº 6. 080/2012, “inverbis”:

“16 A base de cálculo é reduzida, até 31.12.2012, n asoperações com as MÁQUINAS E IMPLEMENTOS AGRÍC OLAS adiantearrolados, para o percentual que resulte na carga t ributáriaequivalente a (Convênios ICMS 52/1991 e 69/2009):

a) 4,1% quando se tratar de operações interestaduai sdestinadas aos Estados das regiões Norte, Nordeste eCentro-Oeste ou ao Estado do Espírito Santo, exceto asrealizadas com consumidor ou usuário final, não con tribuintesdo ICMS;

b) 5,6% nas operações interestaduais com consumidor ou usuáriofinal, não contribuintes do ICMS, e nas operações i nternas;

c) sete por cento nas demais oper ações interestaduais.

Nota: o disposto neste item:

1. aplica-se às operações de importação do exterior ;

2. não se aplica aos bens usados beneficiados com a redução dabase de cálculo a que se refere o item 3 deste Anex o;

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3. não acarretará a anulação do cré dito em relação à entradade mercadorias;

4. desobriga o contribuinte do pagamento do diferen cial dealíquotas.

Posição Descrição NCM/SH

10.3 Irrigadorese sistemasdeirrigaçãopara uso nalavoura,poraspersão,inclusiveoselementosintegrantesdessessistemas,comomáquinas,aparelhos,equipamentos,dispositivos einstrumentos (ConvênioICMS140/2010)

8424.81.21"

De início, enfatiza-se que é de responsabilidade docontribuinte a adequada classificação dos produtos na NomenclaturaComum do Mercosul (NC M) e, em caso de dúvida, a competência pararesponder consultas é da Secretaria da Receita Fede ral do Brasil(RFB).

Verifica-se que a descrição da subposição 8424.81 d a NCMdiz respeito a outros aparelhos irrigadores e ?sist emas deirrigação?, compostos po r um conjunto de elementos, como máquinas,aparelhos e demais elementos que participam no todo , de forma adesempenhar a função de irrigar na agricultura ou n a horticultura,ou seja, trata-se de unidades funcionais.

Nesse sentido, a Instrução Normativa da Receita Federaldo Brasil nº 807, de 11 de janeiro de 2008, aprovou as NotasExplicativas do Sistema Harmonizado (NESH), explici tando a respeito

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de unidades funcionais e sistemas de irrigação, con forme segue:

“Instrução Normativa RFB nº 807 de 11 de janeir o de 2008 –Notas Explicativas do Sistema Harmonizado de Design ação e de

Codificação de Mercadorias

VII.- UNIDADES FUNCIONAIS

(Nota 4 da Seção)

Aplica-se esta Nota quando uma máquina ou uma combi nação demáquinas são constituídas por elementos distintos c oncebidospara executar conjuntamente uma função bem determin adaincluída em uma das posições do Capí tulo 84 ou, maisfrequentemente, do Capítulo 85. O fato de que, por razões decomodidade, por exemplo, estes elementos estejam se parados ouinterligados por condutos (de ar, de gás comprimido , de óleo,etc.), dispositivos de transmissão, cabos elétricos ou outrosdispositivos, não se opõe à classificação do conjun to naposição correspondente à função que este executa.

Na acepção da presente Nota, a expressão “concebido s paraexecutar conjuntamente uma função bem determinada” abrangesomente as máquinas e co mbinações de máquinas necessárias pararealização da função própria ao conjunto, que forma umaunidade funcional, excetuando-se as máquinas ou aparelhos quetenham funções auxiliares e não concorram para a função doconjunto.

Constituem, por exemplo, unida des funcionais deste gênero, naacepção desta Nota:

(...)

3) Os sistemas de irrigação constituídos por uma es tação decontrole que compreende principalmente filtros, inj etores ecomportas, canalizações primárias e secundárias sub terrâneas euma rede na sup erfície (posição 84.24).

(...)

E.- SISTEMAS DE IRRIGAÇÃO

Estes sistemas são constituídos por um certo número deelementos ligados entre si, compreendendo especialm ente:

1º) uma unidade de comando de malha dupla, injetores deadubos, válvulas reguladoras de retenção, reguladores depressão, manômetros, dispositivos para purgar, etc. ;

2º) uma rede subterrânea (canalizações primárias ousecundárias para conduzir a água da unidade de coma ndo até olocal a irrigar); e

3º) uma rede de superfície (condutos gota a gota comgotejadores).

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O conjunto classifica-se na presente posição como c onstituindouma “unidade funcional” na acepção da Nota 4 da Seç ão XVI (verConsiderações Gerais da presente Seção).

(...)

PARTES

Ressalvadas as disposições gerais relativas a classif icaçãodas partes (ver Considerações Gerais da Seção), tam bém seclassificam aqui as partes das máquinas ou aparelho s dapresente posição, tais como os reservatórios, bicosaspersores, cabeças de irrigação, mecanismos de dis persão( exceto os artefatos da posição 84.81 ), etc.

Por outro lado, para determinar o correto enquadram entodo produto no referido benefício deve haver corresp ondência entre aNCM e a descrição disposta na norma tributária espe cífica.

Assim sendo, o conteúdo da posição 10.3 do item 16 doAnexo II do RICMS, ao trazer a expressão “inclusiv e os elementosintegrantes desse sistema de irrigação”, somente ve io explicar quetodo sistema de irrigação é composto por diversos e lementos e que,quando comercializado o conjunto, visando a constit uir uma unidadefuncional de irrigação destinada diretamente ao uso na lavoura, enão apenas as suas partes constitutivas isoladament e, é que cabe aredução de base de cálculo prevista no dispositivo supracitado(precedentes: Consultas nº 48/1996 e nº 78/2002) .

Portanto, se a mercadoria comercializada for uma un idadefuncional de aparelhos irrigadores por aspersão ou de sistemas deirrigação para uso na lavoura, da NCM 8424.81.21 es tará beneficiadapela redução de base de cálculo prevista na posição 10.3 do ite m 16do Anexo II do RICMS, inclusive em relação aos elem entos que acompõem. No entanto, os elementos, isoladamente, nã o são alcançadospelo referido dispositivo regulamentar.

Por fim, nos termos do art. 664 do RICMS, tem aconsulente, a partir da data da ciência da resposta, o prazo de atéquinze dias para adequar os procedimentos já realiz ados, casoesteja procedendo de modo diverso do respondido.

PROTOCOLO: 11.405.848-3

CONSULTA Nº: 116, de 6 de dezembro de 2012.

CONSULENTE: PHD PEÇAS E COMPONENTES LTDA.

SÚMULA: ICMS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. AUTOPEÇAS.APLICAÇÃO.

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RELATORA: MARGARETE MARIA MAZZOLA

A consulente, que está enquadrada no regime normal detributação, informa que atua nas seguintes atividad es: serviços deusinagem de peças para máquinas, veículos e equipam entos;industrialização por encomenda para a indústria aut omotiva;estamparia; fundi ção de ferro e aço; e transportes rodoviários decargas intermunicipal, interestadual e internaciona l.

Aduz que adquire do Estado de São Paulo o produto “ molase folhas de molas, de ferro e aço”, código 7320.90. 00 da NCM, queestá sujeito ao regime da subs tituição tributária, conformeProtocolo ICMS 41, de 4 de abril de 2008. E acresce nta que essesprodutos são utilizados no maquinário da empresa, d esgastando-se noprocesso industrial, ou seja, destina-se ao uso e c onsumo.

Relata que o inciso I do § 2º da C láusula Primeira doProtocolo ICMS 41/08 estabelece que a substituição tributária paraautopeças não se aplica às remessas de mercadoria c om destino aestabelecimento industrial, e o item II do § 3º da CláusulaPrimeira desse mesmo protocolo dispõe que é a plicável às operaçõescom os produtos relacionados no § 1º, relativamente ao impostocorrespondente ao diferencial de alíquotas, quando destinados aserem integrados ao ativo imobilizado ou ao uso ou consumo dodestinatário.

Assim, informa que sua dúvida está no fato de a empresavendedora do Estado de São Paulo aplicar a substitu ição tributáriaem relação ao diferencial de alíquotas a esses prod utos, o queentende não ser devido.

Nesse sentido, argui se haveria a necessidade de re colhero diferencial de alíquotas ao Estado do Paraná, uma vez que o seuestabelecimento é industrial.

RESPOSTA

De início, enfatiza-se que é de responsabilidade docontribuinte a adequada classificação dos produtos na NomenclaturaComum do Mercosul (NCM) e, em caso de dúvida, a competência pararesponder consultas é da Secretaria da Receita Fede ral do Brasil(RFB).

Observa-se que o regime de recolhimento do ICMS porsubstituição tributária referente ao Protocolo ICMS 41/2008 estáprevisto no art. 97 da Seção XXI do Anexo X do R egulamento do ICMS(RICMS), aprovado pelo Decreto nº 6.080/2012, e que o produto

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identificado pela consulente, classificado na NCM 7 320.90.00, estárelacionado no inciso XIX desse mesmo dispositivo r egulamentar.Seguem excertos da legislação citada:

“ANEXO X

(...)

SEÇÃO XXI

DAS OPERAÇÕES COM AUTOPEÇAS

Art. 97. Ao estabelecimento industrial fabricante, importadorou arrematante de mercadoria importada e apreendida , quepromover saída das peças, partes, componentes, aces sórios edemais produtos a seguir rela cionados, classificados nosrespectivos códigos e posições da NCM, de uso especificamenteautomotivo, assim compreendidos os que, em qualquer etapa dociclo econômico do setor automotivo, sejam adquirid os ourevendidos por estabelecimento de indústria ou c omércio deveículos automotores terrestres, bem como de veícul os,máquinas e equipamentos agrícolas ou rodoviários, o u de suaspeças, partes, componentes e acessórios , com destino arevendedores situados no território paranaense, é a tribuída acondição de sujeito passivo por substituição, para efeito deretenção e recolhimento do ICMS relativo às operaçõ essubsequentes (Protocolo ICMS 83/2008):

(...)

XIX - molas e folhas de molas, de ferro ou aço, NCM 7320;

(...)

§ 1º A responsabilidade pela retenção e rec olhimento doimposto fica também atribuída, inclusive em relação aodiferencial de alíquotas, a qualquer estabeleciment o remetentelocalizado nos Estados do Acre, Alagoas, Amapá, Ama zonas,Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso , MinasGerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, R ioGrande do Norte, Rio Grande do Sul, Roraima, Santa Catarina,São Paulo , Sergipe e Tocantins e no Distrito Federal(Protocolos ICMS 41/2008 e 46/2011).

§ 2º O disposto neste artigo não se aplica às re messas demercadoria com destino a:

a) estabelecimento industrial fabricante;

b) outro estabelecimento do mesmo titular, desde qu e nãovarejista.”

Esclarece-se que, em sendo atendidos os requisitos do“caput” do art. 97 da Seção XXI do Anexo X do RICMS /201 2, inclusivequanto ao uso exclusivamente automotivo do protudo em questão,

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haverá, por parte do remetente, a sujeição ao regim e dasubstituição tributária, sendo eleito responsável p ela retenção erecolhimento do ICMS relativo às operações subseque ntes oestabelecimento industrial fabricante, importador o u arrematante demercadoria importada e apreendida, ou, ainda, em op eraçõesinterestaduais, qualquer estabelecimento remetente localizado nasunidades federadas indicadas no § 1º do mesmo artig o, dentre osquais se inclui o Estado de São Paulo, observada a exceção previstano § 5º do mesmo dispositivo regulamentar.

Assim, considerando que a consulente adquire o prod utoinserido no art. 97 da Seção XXI do Anexo X do RICM S, deve serrecolhido o diferencial d e alíquotas pelo estabelecimentofornecedor das mercadorias, na forma do § 1º do mes mo art. 97. Nãofosse tal fato, a responsabilidade pelo recolhiment o dessediferencial de alíquotas recairia sobre o estabelec imentoadquirente deste Estado, conforme deter mina o art. 5º, inc. XIV,combinado com o art. 6º, inc. IX, e seus §§ 3º e 5º , todos doRICMS.

Dessa forma, no que estiver procedendo de forma div ersa do expostona presente resposta, deverá a consulente observar o constante noartigo 664 do RICMS, que pr evê o prazo de até 15 (quinze) dias paraa adequação de seus procedimentos já realizados ao ora esclarecido.

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ROTOCOLO: 11.586.215-4

CONSULTA Nº: 117, de 20 de dezembro de 2012.

CONSULENTE: C. O. MUELLER COMÉRCIO DE MOTORES E BOMBAS LTDA.

SÚMULA: ICMS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. OPERAÇÕES COMPRODUTOS DO GRUPO DOS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO,ACABAMENTO, BRICOLAGEM OU ADORNO.

RELATORA: MARGARETE MARIA MAZZOLA

A consulente, que está enquadrada no regime normal detributação e que atua sob o CNAE 4669-9/99 - “comér cio atacadistade outras máquinas e equipamentos não especificados anteriormente;partes e peças”, expõe que seu ramo de atividade é o comércio demoto res elétricos e bombas hidráulicas e que comerciali za algunsdos produtos inclusos no regime da substituição tri butária,descritos no art. 481-G do RICMS/2008, os quais não são destinadosao ramo da construção civil.

Expressa o entendimento de que, para os itens cujadescrição contenha o termo “para uso na construção civil”, não deveaplicar a substituição tributária, citando como exe mplo o item 53do art. 481-G do RICMS/2008. Já para os demais iten s, nos quais nãoconsta tal expressão, deve aplicar a subst ituição tributária.

Assim, indaga se está correto o seu entendimento.

RESPOSTA

Esclarece-se que, embora a consulente não se enquad re nacondição de substituta tributária, pois atua no com ércioatacadista, revendendo os produtos mencionados, res ponde-se a oquestionamento formulado, pois, caso o imposto devi do pelo regimeda substituição tributária não seja retido pelo res ponsáveldesignado na legislação, a consulente poderá respon dersolidariamente pelo montante correspondente, em raz ão do que dispõeo inc iso IV do art. 21 da Lei n. 11.580/1996.

Observa-se que o regime de recolhimento do ICMS porsubstituição tributária em questão está atualmente previsto no art.19 do Anexo X do Regulamento do ICMS (RICMS), aprov ado pelo Decretonº 6.080/2012, com a redaçã o a seguir descrita:

“SEÇÃO IV

DAS OPERAÇÕES COM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO, ACABAMENTO,

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BRICOLAGEM OU ADORNO

Art. 19. Ao estabelecimento industrial fabricante, importadorou arrematante de mercadoria importada e apreendida , quepromover a saída dos materiais de construção, acabamento,bricolagem ou adorno, relacionados no art. 21 deste anexo, comsuas respectivas classificações na NCM, com destino arevendedores situados no território paranaense, é a tribuída acondição de sujeito passivo por substituição, par a efeito deretenção e recolhimento do ICMS relativo às operaçõ essubsequentes.

Parágrafo único. A responsabilidade pela retenção erecolhimento do imposto fica também atribuída a qua lquerestabelecimento remetente localizado nos Estados do Amapá,Minas Ge rais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo ,inclusive em relação ao diferencial de alíquotas (P rotocolosICMS 196/2009, 69/2011 e 71/2011).”

No sentido de esclarecer a consulente, fazem-senecessárias as seguintes considerações:

1. a adequada clas sificação da Nomenclatura Comum doMercosul (NCM) é de responsabilidade do contribuint e e, em caso dedúvida, a competência para responder consultas é da Secretaria daReceita Federal do Brasil;

2. a expressão “Materiais de construção, acabamento ,bricolag em ou adorno” de que trata a Seção IV, bem como o “ caput”do art. 19, todos do Anexo X do RICMS/2012, tem apl icação meramentedenominativa, sendo irrelevante para efeitos de det erminação dosprodutos sujeitos à substituição tributária;

3. estando a mercado ria inserta, por sua descrição e porsua classificação na NCM, no art. 21 do Anexo X do RICMS/2012,independentemente de ter uso efetivo na construção civil, estarásujeita ao regime de substituição tributária. Exceç ão que se faztão somente às mercadorias para os quais a necessária utilização naconstrução civil, mesmo que não exclusivamente, est áespecificamente expressa no item desse artigo, tais como os itens1, 3, 11, 13, dentre outros;

4. observadas as condições do parágrafo anterior, n ositens em que esteja indicada a posição NCM, e como descrição damercadoria o respectivo título da posição apresenta da na mesmanorma, todas as mercadorias desse item estarão suje itas àsubstituição tributária.

Posto isso, responde-se que está parcialmente corre to oentendimento da consulente, pois nos itens do art. 19 do Anexo X doRICMS/2012, em que consta a expressão “para uso na construçãocivil”, se houver a possibilidade de ser também uti lizado naconstrução civil, ainda que não tenha essa destinaç ão, o produto

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es tará sujeito ao regime da substituição tributária. Já naquelesitens em que não consta tal expressão está correto o que expõe, nosentido de aplicar a substituição tributária soment e peloenquadramento do produto.

Dessa forma, no que estiver procedendo de forma diversaao exposto na presente resposta, deverá a consulent e observar oconstante no artigo 664 do RICMS, que prevê o prazo de até 15(quinze) dias para a adequação de seus procedimento s já realizadosao ora esclarecido.

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Notas de Fim1 (Janela-flutuante - Janela-flutuante)MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário . 28 ed. SãoPaulo: Malheiros, 2007.2 (Nota - Nota)(1)MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributá rio. 28 ed. SãoPaulo: Malheiros, 2007.