incentivos festival2011 danilo
DESCRIPTION
Incentivos fiscais federais: Cultura, Esporte, Criança, OSCIP e Utilidade publica federalTRANSCRIPT
Comissão de Direito do Terceiro Setor
Danilo Brandani [email protected]
Comissão de Direito do Terceiro Setor
CAPTAÇÃO DE RECURSOS POR MEIO DE INCENTIVOS FISCAIS FEDERAIS
Comissão de Direito do Terceiro Setor
TEMAS DE HOJE
• Contexto: incentivos fiscais e Mobilização de recursos
• Conceito de Incentivos Fiscais
• Incentivos fiscais Federais (cultura, criança e adolescente, esporte, OSCIP e UPF)
• Conclusão
Comissão de Direito do Terceiro Setor
INCENTIVOS FISCAIS
Contexto
Comissão de Direito do Terceiro Setor
Atividade planejada e complexa: envolve marketing, comunicação, relações públicas, elaboração de projetos, questões jurídicas e ética
Objetivo: geração de diferentes recursos
Apoio à finalidade principal da organização (meio)
CAPTAÇÃO DE RECURSOSCaracterísticas da Atividade
Comissão de Direito do Terceiro Setor
Estatuto adequado
— Finalidade clara (missão) e atividades meio
— Relação das fontes de recursos
— Governança (órgãos, tomada de decisão e implementação;transparência)
REQUISITOS DE CREDIBILIDADE PARA MOBILIZAÇÃO DE RECURSOS
Comissão de Direito do Terceiro Setor
Planejamento para obtenção de títulos concedidos pelo poder público (cláusulas específicas)
Regularidade jurídica: tributária e trabalhista
Identificação das possibilidades para utilização de incentivos fiscais
REQUISITOS DE CREDIBILIDADE PARA MOBILIZAÇÃO DE RECURSOS
Comissão de Direito do Terceiro Setor
INCENTIVOS FISCAIS
Modalidades e Conceito
Comissão de Direito do Terceiro Setor
Imunidades (limitação constitucional, de competência)
Isenções (direito de cobrar tributo não exercido)
Incentivos fiscais (dirigidos aos financiadores dos projetos socioambientais e culturais)
BENEFÍCIOS FISCAIS
Benefícios tributários e incentivos fiscais
Comissão de Direito do Terceiro Setor
9DIFERENÇAS BÁSICAS ENTRE IMUNIDADE E ISENÇÃO
IMUNIDADE ISENÇÃO
Regida pela Constituição Federal. Regida por legislação infraconstitucional.
Não pode ser revogada, nem mesmo por Emenda Constitucional.
Pode ser revogada a qualquer tempo.
Não há o nascimento da obrigação tributária.
A obrigação tributária nasce, mas a entidade é dispensada de pagar o tributo.
Não há o direito de cobrar o tributo.
Há o direito de cobrar, mas ele não é exercido.
GERAÇÃO DE RENDAAspectos Jurídicos
Comissão de Direito do Terceiro Setor
Estímulos concedidos pelo governo, na área fiscal, para que recursos sejam canalizados para segmentos específicos (econômico, cultural, social)
Por um lado, os incentivos funcionam como estratégia de captação de recursos
Por outro lado, os incentivos promovem a criação de uma cultura de participação cidadã
INCENTIVOS FISCAIS
Comissão de Direito do Terceiro Setor
Doações para
Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente
Entidades sem fins lucrativos que prestam serviços gratuitos – de Utilidade Pública ou OSCIPs
Operações de caráter cultural e artístico (Lei Rouanet)
Projetos desportivos e paradesportivos
INCENTIVOS FISCAIS (FEDERAIS)Principais Modalidades no Terceiro Setor
Comissão de Direito do Terceiro Setor
Formas de dedução do investimento incentivado
Dedução da base de cálculo do Imposto de Renda como despesa operacional
Dedução direta do valor do Imposto de Renda devido
Combinação das duas formas anteriores
INCENTIVOS FISCAIS (FEDERAIS)Principais Modalidades no Terceiro Setor
Comissão de Direito do Terceiro SetorINCENTIVOS FISCAIS PARA CRIANÇA E ADOLESCENTE
Comissão de Direito do Terceiro Setor
Conquistas
A Constituição Federal de 1988
– O artigo 227 - garantia da prioridade absoluta (proteção integral) à criança e ao adolescente
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) - 1990
– Avanços na da visão da infância na sociedade brasileira (Lei 8.069/90 - proteção integral, origem dos Conselhos, Fundos e do incentivo)
CRIANÇA E ADOLESCENTEHistórico do Incentivo
Comissão de Direito do Terceiro Setor
Os conselhos são canais legais de participação da sociedade civil nas políticas de crianças e adolescentes
Podem ser municipais, estaduais ou federal
São órgãos paritários (a sociedade civil e o poder público têm igual número de representantes)
Controlam os Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente
CONSELHOS DE DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
Comissão de Direito do Terceiro Setor
Os Fundos são instrumentos para captação de recursos (promoção e defesa da criança e do adolescente)
Podem ser municipais, estaduais ou federal
Os recursos dos fundos são movimentados pelos Conselhos
FUNDOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
Comissão de Direito do Terceiro Setor
Acesso aos recursos dos Fundos
Apenas organizações credenciadas nos Conselhos
Cada Conselho define a aplicação dos recursos (editais)
A aprovação de um projeto é necessária
Em alguns casos, o investidor direciona a destinação
FUNDOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTEAplicação dos Recursos
Comissão de Direito do Terceiro Setor
FUNDOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTEAplicação dos Recursos
Projetos - Linhas Gerais
Crianças e adolescentes em situação de risco pessoal e social (situação de rua, drogadição, vítimas de abuso sexual, físico e psicológico)
Acompanhamento de medidas socioeducativas destinadas a reinserir adolescentes autores de ato infracional
Erradicação do trabalho infantil
Comissão de Direito do Terceiro Setor
Linhas Gerais
Incentivo à guarda e adoção
Estudos e diagnósticos
Qualificação de membros dos Conselhos
Divulgação dos Direitos da Criança e do Adolescente
FUNDOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTEAplicação dos Recursos
Comissão de Direito do Terceiro Setor
Pessoa física
Dedução de doações feitas aos fundos da criança e do adolescente limitadas a 6% do imposto de Renda devido
o A declaração deve ser pelo modelo completo
Pessoa jurídica
Dedução do imposto de renda das doações feitas até o limite de 1% do valor do Imposto de Renda devido
o Empresa deve declarar IR pelo Lucro Real
FUNDOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTEQuem pode investir e benefícios
Comissão de Direito do Terceiro SetorENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS QUE PRESTAM SERVIÇOS GRATUITOS – DE
UTILIDADE PÚBLICA OU OSCIPs
Características
Comissão de Direito do Terceiro Setor
Lei nº 9.249/95 – Quem pode se beneficiar do incentivo:
Pessoas jurídicas podem fazer doações diretas a entidades civis, sem fins lucrativos, constituídas no Brasil, utilizando esse incentivo específico
As entidades devem prestar serviços gratuitos em benefício da comunidade
INCENTIVOS FISCAISDoação para Organizações de UPF ou OSCIPs
Comissão de Direito do Terceiro Setor
Lei nº 9.249/95
O valor da doação será deduzido como despesa operacional
Limite da doação incentivada: até 2% do lucro operacional
A declaração de Imposto de Renda da empresa doadora deve ser com base no Lucro Real (vedado às de lucro presumido ou Simples)
34% da doação é “recuperada” (deixa-se de pagar para o Governo e investe-se na entidade); 66% da doação é efetiva
INCENTIVOS FISCAISDoação para Organizações de UPF ou OSCIPs
Comissão de Direito do Terceiro Setor
INCENTIVOS FISCAISDoação para Organizações de UPF ou OSCIPs
EXEMPLO DE INVESTIMENTO (R$)
Descrição Sem Investimento Com Investimento Economia Tributária
Lucro operacional 1.000.000,00 1.000.000,00
Valor máximo dedutível (2%) 20.000,00
Lucro antes1.000.000,00 980.000,00
do IRPJ e da CSLL
CSLL (alíquota 9%) 90.000,00 88.200,00 1.800,00
IRPJ (alíquota 15%) 150.000,00 147.000,00 3.000,00
Adicional lRPJ (10%) 76.000,00 74.000,00 2.000,00
Total carga tributária 316.000,00 309.200,00 6.800,00
Limite: 2% do lucro operacional
Comissão de Direito do Terceiro Setor
Lei nº 9.249/95 - Requisitos
Doações em dinheiro (crédito em conta corrente diretamente em nome da beneficiária)
A PJ doadora deverá manter em arquivo declaração (modelo IN SRF 87/1996) da beneficiária
Beneficiária reconhecida como de Utilidade Pública Federal ou OSCIP
INCENTIVOS FISCAISDoação para Organizações de UPF ou OSCIPs
Comissão de Direito do Terceiro SetorINCENTIVOS FISCAIS DE CARÁTER
CULTURAL E ARTÍSTICO
Histórico e Lei Rouanet
Comissão de Direito do Terceiro Setor
Início do Incentivo
Lei Sarney (Lei nº 7.505, aprovada em 02 de julho de 1986), que durou até 1990, primeiro mecanismo de incentivo fiscal cultural do Brasil
Sua sistemática, pautada no simples cadastramento do proponente, deu margem a uma seqüência de fraudes
INCENTIVO CULTURAL E ARTÍSTICOPanorama Brasileiro
Comissão de Direito do Terceiro Setor
Início dos Incentivos
Em 1991, o Secretário da Cultura da Presidência da República, Sérgio Paulo Rouanet, cria o Lei Rouanet
Diferencial: maior rigor formal no cadastramento do projeto, na análise de conteúdo e do proponente e prestação de contas
INCENTIVO CULTURAL E ARTÍSTICOPanorama Brasileiro
Comissão de Direito do Terceiro Setor
Lei Federal de incentivo à cultura (nº 8.313/91)
Dedução de investimentos (pessoas físicas e jurídicas) em projetos culturais (tributos federais)
Projetos têm que ser previamente aprovados pelo MINC (critérios legais)
LEI ROUANET
Comissão de Direito do Terceiro Setor
Quem pode propor projetos
Pessoas físicas que tenham atuação na área cultural
Pessoas jurídicas com ou sem fins lucrativos (empresas, fundações privadas, associações para fins não econômicos, cooperativas etc) de natureza cultural
Fundações públicas
LEI ROUANET
Comissão de Direito do Terceiro Setor
Formas de investimento
A DOAÇÃO é a transferência definitiva e irreversível de dinheiro ou bens em favor de pessoas físicas ou jurídicas de natureza cultural, sem fins lucrativos
O investidor não pode utilizar publicidade nem exigir gratuitamente parte do produto cultural
LEI ROUANET
Comissão de Direito do Terceiro Setor
Formas de investimento
O PATROCÍNIO é a transferência definitiva e irreversível de dinheiro ou serviços, ou a cobertura de gastos ou a utilização de bens móveis ou imóveis do patrocinador. Pode ser dado a pessoas físicas, ou jurídicas de natureza cultural, com ou sem fins lucrativos.
O objetivo geral do patrocinador é divulgar sua marca (publicidade)
LEI ROUANET
Comissão de Direito do Terceiro Setor
Quem pode investir: PESSOA FÍSICA
Declaração completa
O percentual máximo de dedução do IR é de 6%
Pode-se deduzir 80% do montante investido nas doações
Pode-se deduzir 60% do montante investido nos patrocínios
LEI ROUANET
Comissão de Direito do Terceiro Setor
Quem pode investir: PESSOA JURÍDICA
Tributadas pelo do lucro real
O limite máximo de dedução do IR é de 4%
Pode-se deduzir 40% do montante investido nas doações
Pode-se deduzir 30% do montante investido nos patrocínios
LEI ROUANET
Comissão de Direito do Terceiro Setor
Casos de dedução de 100% do montante investido (artigo 18 da Lei Rouanet)
Artes cênicas e exposição de artes visuais
Livros de valor artístico, literário ou humanístico
Música erudita ou instrumental
Doação de acervos para bibliotecas públicas, museus, cinematecas
Produção de obras cinematográficas e videofonográficas de curta e média metragem
Preservação do patrimônio cultural material e imaterial
LEI ROUANET
Comissão de Direito do Terceiro Setor
Formas de dedução do investimento incentivado
Dedução da base de cálculo do Imposto de Renda como despesa operacional
Dedução direta do valor do Imposto de Renda devido
Combinação das duas formas anteriores
LEI ROUANET
Comissão de Direito do Terceiro Setor
Dedução (% sobre investimento)
Benefícios 100% Doação Patrocínio
Dedução do IR 100 40 30
*Dedução como despesa operacional
0 34 34
Total dos benefícios 100 74 64
Desembolso do
investidor0 26 36
* CSLL (9%), IR (15%) e adicional de IR sobre o lucro real que excede a R$ 240.000 (10%)
LEI ROUANETPessoas Jurídicas
Comissão de Direito do Terceiro Setor
MECENATO: Quantitativo de projetosNÚMEROS ABSOLUTOS
Apresentado Aprovado Captado
Comissão de Direito do Terceiro SetorINCENTIVOS FISCAIS PARA
O ESPORTE
Comissão de Direito do Terceiro Setor
Lei Federal 11.438/06, regulamentada pelo Decreto 6.180 de 03.08.2007
Incentivo específico para projetos desportivos e paradesportivos
Características dos projetos
— Devem promover a inclusão social por meio do esporte
— Dar preferência às comunidades de vulnerabilidade social
INCENTIVOS FISCAISESPORTE
Comissão de Direito do Terceiro Setor
Formas de desporto
Desporto educacional: complementar às atividades educacionais e com a finalidade de alcançar o desenvolvimento integral do indivíduo e o exercício da cidadania
Desporto de participação: finalidade de contribuir para a integração dos praticantes na plenitude da vida social, na promoção da saúde e preservação do meio ambiente
Desporto de rendimento: finalidade de obter resultados e integrar pessoas e comunidades do país, e estas com as de outras nações
INCENTIVOS FISCAISESPORTE
Comissão de Direito do Terceiro Setor
Proponente
Entidade de natureza desportiva: pessoa jurídica de direito privado ou público, com fins não econômicos, cujo ato constitutivo disponha expressamente sobre sua finalidade esportiva
Deve estar em funcionamento há pelo menos 1 ano
O proponente deve cadastra-se no Ministério do Esporte e ter o projeto aprovado por comissão técnica
INCENTIVO AO ESPORTEQuem pode propor projetos
Comissão de Direito do Terceiro Setor
A Lei veda
Remuneração de atletas de rendimento profissionais
Despesas administrativas das organizações e publicidade
Destinação de recursos incentivados a pessoa jurídica ligada ao doador ou patrocinador (acionista ou sócio, cônjuge ou parente até o terceiro grau)
INCENTIVOS FISCAISESPORTE
Comissão de Direito do Terceiro Setor
Formas de investimento
O PATROCÍNIO permite a transferência gratuita de numerário com finalidade promocional e institucional de publicidade, bem como a cobertura de gastos ou a utilização de bens sem transferência de domínio para o proponente do projeto
A DOAÇÃO é a transferência gratuita de numerário, bens ou serviços, desde que não empregados em publicidade
INCENTIVOS FISCAISESPORTE
Comissão de Direito do Terceiro Setor
Pessoas jurídicas
Tributadas pelo lucro real podem deduzir até 1% do Imposto de Renda devido
Pessoas físicas
Com modelo de declaração completa podem deduzir até 6% do Imposto de Renda
INCENTIVOS FISCAISESPORTE
Comissão de Direito do Terceiro Setor
INCENTIVO AO ESPORTECadastro
2007 2008 2009 2010 TOTALQTD Aprovados 21 186 301 588 1096
QTD Captados 17 102 216 283 618
Valor Aprovado 64,1 268,6 418,8 367,1 1.119
Valor Captado 50,9 82,2 110,8 87,9 332
2007 2008 2009 2010 TOTALQTD Aprovados 21 186 301 588 1096
QTD Captados 17 102 216 283 618
Valor Aprovado 64,1 268,6 418,8 367,1 1.119
Valor Captado 50,9 82,2 110,8 87,9 332
Comissão de Direito do Terceiro Setor
PENSAMENTOS FINAIS
Incentivos Fiscais podem fazer parte da uma atividade de mobilização de recursos.
A captação efetiva de recursos será o resultado de:
Planejamento adequado (jurídico e de gestão)
Plano de ação claro e implementável
Eficiência na implementação
Comissão de Direito do Terceiro Setor
OBRIGADO!
Danilo Brandani TiiselComissão de Direito do Terceiro Setor
Comissão de Direito do Terceiro Setor
Alterações da Nova Lei
Criação de 6 (seis) faixas de dedução do imposto sobre a renda dos investidores culturais: 100%, 90%, 80%, 70%, 60%, 30%
Criação de 5 (cinco) novos fundos de financiamento diretos à Cultura: Livro e Leitura, Artes, Patrimônio e Memória, Diversidade e Cidadania e Audiovisual, além do FNC
Novos poderes e atribuições da CNIC - Comissão Nacional de Incentivo à Cultura
Novas fontes de recursos além da renúncia fiscal, como o Tesouro Nacional, a criação de um percentual nas extrações de loterias federais, a elaboração da loteria federal da cultura, etc.
LEI ROUANET