industrializa ç ão brasileira ud: ii - assunto: 1. a industrialização pós-2ª guerra mundial....
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Industrialização Brasileira
UD: II - ASSUNTO: 1. A Industrialização pós-2ª Guerra Mundial.
BIBLIOGRAFIA DE REFERÊNCIA: ADAS, Melhen e ADAS, Sérgio. Panorama Geográfico do Brasil: contradições, impasses e desafios socioespaciais. 4ª edição reformulada. São Paulo: Moderna, 2004.
I. OBJETIVO(S) ESPECÍFICO(S) A SER(EM) ATINGIDO(S):a. Correlacionar o processo de industrialização no Brasil, após a Segunda Guerra Mundial, ao modelo de substituição de importações.b. Analisar o papel das empresas transnacionais e do Estado no processo de industrialização brasileira.c. Caracterizar as antigas e recentes áreas de concentração industrial.
Conceitos Básicos• passagem da sociedade agrária para a urbano-
industrial:– 1808 – revogação do Alvará de 1785;– 1844 – Tarifa Alves Branco (taxas de importação variáveis – 20
a 60%);– incentivos fiscais e isenção de taxas alfandegárias para
matérias-primas.• Causas do fraco/atrasado desenvolvimento industrial
brasileiro: – permanência da escravidão – fraco mercado de consumo
interno;– domínio político da aristocracia agroexportadora;– elevada concorrência externa – Inglaterra e EUA;
• bases para cres. industrial – fins do séc. XIX – economia cafeeira (não proposital):
• capitais – rede bancária e comercial – rede ferroviária – mão-de-obra qualificada e não qualificada – energia elétrica – mercado consumidor;
Classificação das indústrias segundo os bens produzidos
- Indústria de Bens Intermediários – fabricam produtos semi-acabados utilizados como matérias-primas por outros setores industriais. São também chamadas de indústrias pesadas por transformarem grandes quantidades de matérias primas. Próximas de recursos naturais, portos e ferrovias.
- Indústrias de Bens de Capital – responsáveis por equipar as indústrias em geral, assim como a agricultura, os serviços e toda a infra-estrutura. Próximas a regiões com boa infra-estrutura industrial e mercados consumidores (regiões urbano-industriais).
- Indústrias de Bens de Consumo – chamadas de indústrias leves, são bastante dispersas e buscam regiões urbano-industriais onde há maior disponibilidade de mão de obra e maior facilidade de acesso aos mercados consumidores.
Processo de “industrialização tardia”
a) até 1930 – nossa 1ª Revolução Industrial:• predomínio da ibcñd ou indústria leve;• dependência tecnológica (importações) – Ing/EUA;• concentração industrial (Sudeste) – reunião de fatores
atrativos;• nova polarização social: burguesia industrial X
operariado;• ligas operárias – sindicatos trabalhistas (influência
externa - greves);• ausência de legislação trabalhista – desrespeito –
contenção policial;• controle social – bairros operários – segregação –
guetos – cortiços.
Até 1930...
b) 1930 a 1955 (início da 2ª RI brasileira):• crise cafeeira – êxodo rural – disponibilidade de mão-de-
obra – exército industrial de reserva;• redução das importações – início do projeto ISI;• política nacionalista – desenvolvimento autônomo;• intervencionismo estatal – abandono do liberalismo;• 1930 - O Ministério do Trabalho procura conter o
operariado dentro dos limites do Estado burguês. Política de conciliação entre capital e trabalho;
• indústria de base e diversificação da agricultura;• 2ª Guerra Mundial;• período Dutra (1946/50) – favorecimento ao capital
externo.• alta da balança comercial/reestruturação.
c) período JK (1956 a 1961):• maior enfrentamento aos obstáculos à industrialização;• Plano de Metas (2/3 do orçamento para energia e transporte);• forte participação do capital estrangeiro – internacionalização da
economia – multinacionais;• panorama externo: fim da 2ª GM, descolonização, sobra de
capitais;• transplante de tecnologias;• marketing agressivo – sociedade de consumo;• papel do governo brasileiro: criação de infra-estrutura;• consolidação da dependência norte-americana;• aumento de encargos exteriores (royalties, juros, serviços);• reforço da indústria de base;• carro chefe: ibcd (automobilística e eletroeletrônicos);• desenvolvimento associado ao capital estrangeiro (não integrado,
mas participante);• nesse período, o projeto ISI foi abandonado???
Pirâmide Industrial
IBCÑD
IB ou IBI
IBCD
d) 1962 a 1964:• renúncia de Jânio Quadros – governo Jango;• grupos liberais/progressivas (pol. Nacionalista +
reformas) X grupos conservadores (apoio ao grande capital nacional e estrangeiro);
• desestabilização do governo – participação estrangeira – financiamento: IBAD e IPES;
• Revolução Democrática de 31 de março de 1964;
• paralisia e retrocesso industrial – momento de esperar.
• e) 1964 a década de 1980:• modelo associado e dependente do capitalismo mundial;• penetração do capital estrangeiro (indústria, agricultura
e mineração);• controle estatal: industrialização e modernização
conservadora;• 1967/74 – “milagre econômico” – cresc. PIB supera os
10%;• sustentação do milagre:
– incentivo às exportações de manufaturados e primários;– desvio de subsídios (agric. subsist. - agric. comercial);– financiamento do consumo das classes alta/média;– endividamento externo (petrodólares);
• supressão de liberdades/controle;• política recessiva imposta pelo FMI – diminuição de
invest. sociais;• elevada inflação.
f) década de 1980 – a década perdida:• crises do petróleo – impossib. de pagamento de juros –
queda de invest. sociais;• redirecionamento de capitais: forma produtiva (infra-
estrutura) – empréstimos;• queda do PIB;• continuação do êxodo rural – urbanização
descontrolada;• ciranda financeira – venda de papéis (títulos públicos) –
falta de invest. em indústrias;• cresc. populacional (1,91%) > cresc. PIB (1,5%);• conseqüências: modelo dependente, associado e
excludente – conc. de renda – conc. Fundiária;• e o bolo, foi distribuído???
- Anos 1980 – década perdida- Culpado? Liberalismo? Não!- Consenso de Washington (1989) – medidas
neoliberais que derrubavam o Keynesianismo e salvariam os países pobres da crise econômica em que se encontravam:- abertura econômica;- privatizações;- redução papel do Estado.
- Tais medidas foram, muitas vezes, colocadas como imposições na negociação de dívidas.
g) década de 1990 – abertura comercial:• modernização produtiva (seleção natural):
dependência do capital estrangeiro – vulnerabilidade;
• Plano Real: combate à inflação – aumento do consumo;
• desestatização;• desemprego estrutural (tendência
irreversível);• tecnologia + mão-de-obra especializada –
educação.
Fim