industrialização e imperialismo

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I Unidade 1. Industrialização e imperialismo Livro didático: Capítulo 1

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I Unidade

1. Industrialização e imperialismo

Livro didático: Capítulo 1

Processo relativo ao conjunto de transformações econômicas, sociais e tecnológicas que ocorreu inicialmente na Inglaterra durante a segunda metade do século XVIII, se alastrando para outros países europeus, EUA e de maneira desigual e irregular em outras regiões.

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

Condições:

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

Burguesia estabelecida;

Pensamento (e prática) liberal;

Disponibilidade de mão-de-obra;

Disponibilidade de matérias-primas;

Disponibilidade de mercado consumidor;

Disponibilidade de capitais;

Investimentos em inovações, tecnologias e estruturas produtivas;

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

Inovações

Novas

oportunidades de

negócios

Estímulo ao

capitalismo

Crescimento populacional Intensificação da urbanização

Características:

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

Produção fabril e maquinofatura;

Maior controle e produção em série; Aumento da

escala de produção e das margens de lucros

Linha de montagem da década de 1920

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

1767: máquina de fiar e James Hargreaves

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

1768: tear hidráulico de Richard Arkwright

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

1768: James Watt aperfeiçoou a criação da máquina a vapor

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

Com o auxílio da ciência, inventores criavam novas máquinas e novos métodos de produção industrial.

Em 1779, Samuel Crompton inventou uma máquina fiadora movida a vapor e melhorias técnicas posteriores levaram o inventor Edmund Cartwright, em 1785, a aperfeiçoar este tipo de máquina.

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

Como consequência das inovações, a produção da metalurgia do ferro também passou por melhorias técnicas, exemplo de que houve uma reação em cadeia que influiu no aumento da produção de energia, de transportes, na mineração, etc.

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

Trem a vapor de George Stephenson (1825)

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

1822: Aaron Manby (nome do primeiro navio de aço a vapor e também de seu inventor)

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

Século XIX: Expansão industrial e Segunda Revolução Industrial (por volta de 1860):

Transformação do ferro em aço;

Ampliação dos trans-portes;

Indústria química geral e petro-química;

Eletricidade; Comunicação.

Construção da Torre Eiffel

(1887)

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

1779: "Fardier à vapeur” de Nicolas-Joseph Cugnot

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

1885: “L'Obéissante” (“O Obediente”), transporte coletivo à vapor de Amédée Bollée

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

1892: “Violet”, o primeiro carro produzido nos EUA

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

Nikolaus Otto e seu motor de combustão interna movido a gás (1861)

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

Karl Benz, Gottlieb Daimler (da indústria Daimler-Benz) e o primeiro modelo de carro com motor de combustão interna (1885)

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

Gottlieb Daimler (1885): Motocicleta

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

Rudolph Diesel: Motor de óleo vegetal em 1887

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

Petróleo: Em 1850, na Escócia, James Young descobriu que o petróleo poderia ser extraído do carvão e do xisto betuminoso, desenvolvendo o processo de refinação. Em 1859 Edwin Laurentine Drake, nos EUA, realizou a primeira perfuração de poço, dando início à moderna indústria petrolífera.

Drake e um poço de petróleo do século XIX

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

Eletricidade: A Guerra das Correntes (Contínua X alternada)

Thomas Edison X George Westinhouse e Nikola Tesla

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

Telecomunicações

O sistema de telecomunicações (telégrafo) inventado em 1792 por Claude Chappe

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

Alexander Graham Bell e seu sistema telefônico (1876)

Racionalização, produtividade e sistematização:

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

Frederick Taylor: Controle de movimentos e ritmos;

Henry Ford: Linha de montagem

Henry Ford e o modelo Ford T (o primeiro carro produzido em série, em 1913)

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL Limites da livre concorrência do liberalismo Disputa por espaços no mercado desequilibrada pelas empresas mais ricas e com maior poder Processo de concentração.

• Cartel Grupo de empresas que acordam em controlar preços, produção e mercado de determinados setores e produtos.

• Holding Empresa que controla várias outras diferentes empresas, que funcionam independentes entre si e possuem até alguma autonomia.

• Truste Fusão de diversas empresas de um mesmo ramo de atividade produtiva.

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

Outros aspectos dos limites do liberalismo: • Monopólio Ausência de concorrência e existência de um único

fornecedor. • Oligopólio Poucos fornecedores e cada um detém uma parcela

grande do mercado, de forma que qualquer mudança em sua política de vendas afeta a participação de seus concorrentes e os induz a reagir.

• Monopsônio Forma de mercado com apenas um comprador, chamado de monopsonista, e inúmeros vendedores. É um tipo de competição imperfeita, inverso ao caso do monopólio, onde existe apenas um vendedor e vários compradores. Um monopsonista tem poder de mercado, devido ao fato de poder influenciar os preços de determinado bem, variando apenas a quantidade comprada.

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL Capitalismo monopolista: • Aproximação entre bancos e

indústrias Financiamento da produção e participação nos lucros industriais

• Aumento da produção industrial Necessidade de ampliação do mercado consumidor

• Acúmulo de capitais Geração de resultados que também eram reinvestidos para produzir mais lucros

IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO

“Como vender a produção cada vez maior e realizar novos investimentos assim gerados, se a concorrência entre as

grandes potências capitalistas fazia com que seus governos adotassem barreiras protecionistas para seus

mercados internos, a fim de dificultar a invasão de produtos vindos de países concorrentes?”

Gilberto Cotrim - “História Global: Brasil e Geral” (volume 2)

“Resposta”

encontrada para o

dilema

Repartição da Ásia, África e da Oceania

para o atendimento dos interesses

econômicos e políticos das potências

mundiais.

IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO

Imperialismo é a política de expansão e o domínio territorial, cultural e econômico de uma nação sobre outras, ou sobre uma ou várias regiões geográficas.

Neocolonialismo é o processo de exploração experimentado pelas potências industriais sobre territórios estrangeiros.

IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO

Formas de domínio:

• Territorial Por intervenção militar, caracterizada pela ocupação direta sobre o território do país “colonizado”

• Econômico Pela interferência nos assuntos políticos e econômicos do país dominado (inclui os meios intervencionistas, cooptação de lideranças e elites locais e os protetorados).

Colonialismo europeu (sec. XVI) Neocolonialismo (sec. XIX)

Principal área de dominação

América África, Ásia e Oceania

Fase do capitalismo

Capitalismo mercantilista Capitalismo financeiro e monopolista

Objetivos econômicos

• Garantia de mercado consumidor para a produção econômica europeia

• Garantia de exploração de produtos coloniais e metais preciosos

• Reserva de mercado para a produção industrial

• Garantia de fornecimento de matérias-primas

• Controle dos mercados externos para investimento de capitais excedentes

Patrocinadores Burguesia comercial e Estados metropolitanos modernos

Burguesia financeiro-industrial e Estados com industrialização desenvolvida

Justificativa ideológica

Expansão da fé cristã Missão “civilizadora” e disseminação do progresso técnico pelo mundo

IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO

Domínio sobre a África:

• 1876 – Iniciativa da Bélgica no governo de Leopoldo II Associação Internacional Africana e Grupo de Estudos do Alto Congo

• Mais de 90% do território africano foi dominado entre a segunda metade do século XIX e as primeiras décadas do século XX

IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO

Conferência de Berlim (1884/1885) Reuniões que definiram a divisão do continente, tendo a participação de 14 países europeus, EUA e Rússia.

• Fronteiras estabelecidas de maneira artificial e arbitrária conforme os interesses imperialistas

• Resistência: Reações contra os dominadores sofreu diante de oponentes militarmente mais equipados

IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO

Domínio Francês:

• Argélia (1830): De protetorado a intervenção direta com subtração de terras, domínio sobre produção, autoridade e abusos sobre a população e exploração de recursos econômicos. Genocídio argelino sob

domínio da França

IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO

Domínio Inglês:

• Egito (sobretudo por conta da construção do Canal de Suez) e Sudão, tendo o sistema de protetorado como opção de domínio. Resistência submetida diante da vantagem tecnológica inglesa. Canal de Suez

IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO

Domínio sobre a Ásia:

• Ampliação do controle britânico sobre a Índia: Influência sobre costumes, produção e política 1876: Incorporação oficial ao Império Britânico após a derrota da Revolta dos Sipaios Vítimas de fome (crises mataram

mais de 15 milhões de indianos)

IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO

Domínio sobre a Ásia:

• China: Resistência à influência externa abalada durante a Guerra do Ópio (1839/1842), que resultou em vitória britânica e abertura do território chinês para a ação imperialista. Após derrotas em mais conflitos, como a Guerra dos Boxers (1899-1901), o território foi loteado por Inglaterra, Alemanha, França, Rússia e Japão

IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO

Domínio sobre a Ásia:

• Japão: Abertura forçada pelos EUA (1854) e posteriores acordos comerciais com outros países. A partir de 1868, durante a Era Meiji, o Japão passou por um processo de modernização e iniciou sua própria experiência imperialista no continente.

IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO

O Império Britânico: Ocupação de cerca de 1/5 da superfície da Terra

IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO