infecÇÕes do trato respiratÓrio inferior profa. dra. cláudia r. v. de mendonça souza depto. de...
TRANSCRIPT
![Page 1: INFECÇÕES DO TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR Profa. Dra. Cláudia R. V. de Mendonça Souza Depto. de Patologia Faculdade de Medicina/HUAP Universidade Federal](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022062316/570638471a28abb8238f3ed2/html5/thumbnails/1.jpg)
INFECÇÕES DO TRATO
RESPIRATÓRIO INFERIOR
Profa. Dra. Cláudia R. V. de Mendonça SouzaDepto. de Patologia
Faculdade de Medicina/HUAPUniversidade Federal Fluminense
![Page 2: INFECÇÕES DO TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR Profa. Dra. Cláudia R. V. de Mendonça Souza Depto. de Patologia Faculdade de Medicina/HUAP Universidade Federal](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022062316/570638471a28abb8238f3ed2/html5/thumbnails/2.jpg)
Podem ser divididas em: Agudas Bronquite
CoquelucheBronquiolitePneumonia
Crônicas TuberculoseEmpiema
![Page 3: INFECÇÕES DO TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR Profa. Dra. Cláudia R. V. de Mendonça Souza Depto. de Patologia Faculdade de Medicina/HUAP Universidade Federal](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022062316/570638471a28abb8238f3ed2/html5/thumbnails/3.jpg)
Infecções Agudas do Trato Respiratório Inferior:
Pneumonias
![Page 4: INFECÇÕES DO TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR Profa. Dra. Cláudia R. V. de Mendonça Souza Depto. de Patologia Faculdade de Medicina/HUAP Universidade Federal](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022062316/570638471a28abb8238f3ed2/html5/thumbnails/4.jpg)
PNEUMONIA Causa mais frequente de óbito relacionado com
infecção bacteriana nos EUA/Europa.
Causa de morte por infecção mais comum em idosos.
Principal causa de óbito em crianças no mundo inteiro.
De acordo com a OMS, calcula-se que ocorram por ano cerca de 155 milhões de casos de pneumonia (PAC) e em todo o mundo, com 10 milhões necessitando de internação e 1,8 milhões de óbitos em crianças menores de cinco anos.
Ampla variedade de agentes etiológicos (virais, bacterianos e fúngicos).
![Page 5: INFECÇÕES DO TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR Profa. Dra. Cláudia R. V. de Mendonça Souza Depto. de Patologia Faculdade de Medicina/HUAP Universidade Federal](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022062316/570638471a28abb8238f3ed2/html5/thumbnails/5.jpg)
PNEUMONIA
![Page 6: INFECÇÕES DO TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR Profa. Dra. Cláudia R. V. de Mendonça Souza Depto. de Patologia Faculdade de Medicina/HUAP Universidade Federal](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022062316/570638471a28abb8238f3ed2/html5/thumbnails/6.jpg)
PNEUMONIA
Origem
Adquiridas na comunidade: PAC
Relacionadas com a assistência a saúde (IRAS)
![Page 7: INFECÇÕES DO TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR Profa. Dra. Cláudia R. V. de Mendonça Souza Depto. de Patologia Faculdade de Medicina/HUAP Universidade Federal](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022062316/570638471a28abb8238f3ed2/html5/thumbnails/7.jpg)
PNEUMONIA Transmissão: inalação de
aerossóis, aspiração ou via hematogênica.
Sintomas: febre súbita, dor torácica, tosse, falta de ar, dificuldade e dor ao respirar.
O diagnóstico laboratorial é importante!Tratamento precoce adequado diminui o risco de óbito.
![Page 8: INFECÇÕES DO TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR Profa. Dra. Cláudia R. V. de Mendonça Souza Depto. de Patologia Faculdade de Medicina/HUAP Universidade Federal](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022062316/570638471a28abb8238f3ed2/html5/thumbnails/8.jpg)
Pneumonias Bacterianas● Streptococcus pneumoniae: agente bacteriano clássico de pneumonias adquiridas na comunidade - CAP (25-60%).
● Após o advento da penicilina, a mesma tornou-se a principal opção terapêutica de tratamento de pneumonias.
● Verificou-se que uma proporção significativa de quadros de pneumonia não apresentava melhora com este tratamento.
Pneumonias primárias “atípicas”Mycoplasma pneumoniae
Chlamydophila pneumoniae Legionella pneumophila Chlamydophila psittaci
Coxiela burnetti
Tratamento: Eritromicina,
Tetraciclina
![Page 9: INFECÇÕES DO TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR Profa. Dra. Cláudia R. V. de Mendonça Souza Depto. de Patologia Faculdade de Medicina/HUAP Universidade Federal](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022062316/570638471a28abb8238f3ed2/html5/thumbnails/9.jpg)
Agentes Etiológicos Bacterianos de Pneumonias Adquiridas na Comunidade (PAC)
S. pneumoniae Haemophilus influenzae Klebsiela pneumoniae Staphylococcus aureus Moraxella catarrhalis Pseudomonas aeruginosa (fibrose cística)
Mycoplasma pneumoniae Chlamydophila pneumoniae Chamydia tracomatis (recém nascidos) Streptococcus agalactiae
Legionella pneumophila (exposição em viagens) P. mallei
Coxiella burnetii (exposição a animais))
Chlamydophila psittaci
![Page 10: INFECÇÕES DO TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR Profa. Dra. Cláudia R. V. de Mendonça Souza Depto. de Patologia Faculdade de Medicina/HUAP Universidade Federal](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022062316/570638471a28abb8238f3ed2/html5/thumbnails/10.jpg)
Agentes etiológicos menos diversificados.A maioria dos casos é de etiologia bacteriana.
Ocorre em 25-58% dos pacientes com ventilação mecânica.
Agentes Etiológicos Bacterianos de Pneumonias Hospitalares
● Bactérias Gram Negativas: • Klebsiella spp.• Acinetobacter spp.• P. aeruginosa
● S. aureus
● Bactérias anaeróbias
![Page 11: INFECÇÕES DO TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR Profa. Dra. Cláudia R. V. de Mendonça Souza Depto. de Patologia Faculdade de Medicina/HUAP Universidade Federal](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022062316/570638471a28abb8238f3ed2/html5/thumbnails/11.jpg)
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
![Page 12: INFECÇÕES DO TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR Profa. Dra. Cláudia R. V. de Mendonça Souza Depto. de Patologia Faculdade de Medicina/HUAP Universidade Federal](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022062316/570638471a28abb8238f3ed2/html5/thumbnails/12.jpg)
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
Para crianças < 5 anos, com PAC, sem hipoxemia e que podem ser tratadas ambulatorialmente: tratamento empírico, cobrindo S. pneumoniae.
Para crianças > 5 anos, tratamento deve cobrir também C. pneumoniae e Micoplasma.
Para recém nascidos: tratamento para C. trachomatis.
NÃO É NECESSÁRIO DIAGNÓSTICO LABORATORIAL:
![Page 13: INFECÇÕES DO TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR Profa. Dra. Cláudia R. V. de Mendonça Souza Depto. de Patologia Faculdade de Medicina/HUAP Universidade Federal](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022062316/570638471a28abb8238f3ed2/html5/thumbnails/13.jpg)
Pneumonia por S. pneumoniae
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
Bacterioscopia direta: diplococos Gram-positivos lanceolados encapsulados
![Page 14: INFECÇÕES DO TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR Profa. Dra. Cláudia R. V. de Mendonça Souza Depto. de Patologia Faculdade de Medicina/HUAP Universidade Federal](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022062316/570638471a28abb8238f3ed2/html5/thumbnails/14.jpg)
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
Cultura em ágar sangue:Presença de alfa hemólise
Sensibilidade à optoquina (halo ≥ 14mm)
Solubilidade em bile
![Page 15: INFECÇÕES DO TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR Profa. Dra. Cláudia R. V. de Mendonça Souza Depto. de Patologia Faculdade de Medicina/HUAP Universidade Federal](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022062316/570638471a28abb8238f3ed2/html5/thumbnails/15.jpg)
Pneumonias “atípicas”
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
• Mycoplasma pneumoniae • Chlamydophila pneumoniae• Coxiella burnetti
• Chlamydophila e Coxiella → parasitas intracelulares obrigatórios
Não são coradas pelo Gram
Não crescem em meios de cultura!
• Mycoplasma e Legionella → difícil cultivo em meio de cultura
![Page 16: INFECÇÕES DO TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR Profa. Dra. Cláudia R. V. de Mendonça Souza Depto. de Patologia Faculdade de Medicina/HUAP Universidade Federal](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022062316/570638471a28abb8238f3ed2/html5/thumbnails/16.jpg)
Pneumonias “atípicas”
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
IMUNOENSAIOS
MÉTODOS MOLECULARES: PCR → Legionella e Chlamydophila
Imunocromatografia → Legionella (urina)ImunofluorescênciaELISA
Legionella
![Page 17: INFECÇÕES DO TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR Profa. Dra. Cláudia R. V. de Mendonça Souza Depto. de Patologia Faculdade de Medicina/HUAP Universidade Federal](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022062316/570638471a28abb8238f3ed2/html5/thumbnails/17.jpg)
Diagnóstico Bacteriológico das Infecções do TRI
![Page 18: INFECÇÕES DO TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR Profa. Dra. Cláudia R. V. de Mendonça Souza Depto. de Patologia Faculdade de Medicina/HUAP Universidade Federal](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022062316/570638471a28abb8238f3ed2/html5/thumbnails/18.jpg)
Materiais Clínicos Lavado broncoalveolar Escovado Aspirado traqueal
Escarro Biópsia pulmonar
Materiais não aceitáveis:- Saliva- Escarro colhido durante 24 h- Swabs
Cultura quantitativa!
![Page 19: INFECÇÕES DO TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR Profa. Dra. Cláudia R. V. de Mendonça Souza Depto. de Patologia Faculdade de Medicina/HUAP Universidade Federal](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022062316/570638471a28abb8238f3ed2/html5/thumbnails/19.jpg)
Diagnóstico Bacteriológico das Infecções do TRI
ESTRATÉGIAS:
No caso do escarro, valorizar apenas amostras de boa qualidade.
Quantificar culturas de lavados, escovados brônquicos e aspirado traqueal.
Utilizar amostras sem contaminação (punções e/ou biópsias).
Diferenciação da infecção pulmonar de simples colonização
![Page 20: INFECÇÕES DO TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR Profa. Dra. Cláudia R. V. de Mendonça Souza Depto. de Patologia Faculdade de Medicina/HUAP Universidade Federal](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022062316/570638471a28abb8238f3ed2/html5/thumbnails/20.jpg)
ESCARRO
Bacterioscopia para avaliação da qualidade do escarro:
Amostra de BOA qualidade:
●>25 polimorfonucleares e <10 células descamativas, por campo no aumento de 100 x (Murray & Washington, 1975)*
● Predomínio de um tipo morfológico bacteriano no GRAM (1000x).
S: 31-50%
* Outros autores: >10 leucócitos/célula epitelial (100x) -- S: 80-93%
![Page 21: INFECÇÕES DO TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR Profa. Dra. Cláudia R. V. de Mendonça Souza Depto. de Patologia Faculdade de Medicina/HUAP Universidade Federal](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022062316/570638471a28abb8238f3ed2/html5/thumbnails/21.jpg)
Bacterioscopia para avaliação da qualidade do escarro:
Amostra INADEQUADA:
●>10 células descamativas e <25 leucócitos por campo no aumento de 100 x.
● Predomínio de flora mista no GRAM (1000x).
![Page 22: INFECÇÕES DO TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR Profa. Dra. Cláudia R. V. de Mendonça Souza Depto. de Patologia Faculdade de Medicina/HUAP Universidade Federal](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022062316/570638471a28abb8238f3ed2/html5/thumbnails/22.jpg)
BRONCOSCOPIA DE FIBRA ÓPTICA
FLEXÍVEL
Apresenta quatro canais: dois que servem para iluminar, um canal de observação e um canal aberto que acomoda instrumentos ou permite a administração de anestésico ou oxigênio.
O broncoscópio é introduzido através da traquéia até o bronquíolos.
![Page 23: INFECÇÕES DO TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR Profa. Dra. Cláudia R. V. de Mendonça Souza Depto. de Patologia Faculdade de Medicina/HUAP Universidade Federal](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022062316/570638471a28abb8238f3ed2/html5/thumbnails/23.jpg)
BRONCOSCOPIA DE FIBRA ÓPTICA FLEXÍVELLavado broncoalveolar:são injetados cerca de 100mL de solução fisiológica estéril através do canal aberto. Após 3 a 5 minutos, é recuperado, por aspiração, no mínimo, 40% do volume injetado. Este pode ser coletado em dois ou mais frascos estéreis.
![Page 24: INFECÇÕES DO TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR Profa. Dra. Cláudia R. V. de Mendonça Souza Depto. de Patologia Faculdade de Medicina/HUAP Universidade Federal](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022062316/570638471a28abb8238f3ed2/html5/thumbnails/24.jpg)
CULTURAS QUANTITATIVAS
Alto valor preditivo, sugerindo fortemente infecção do TRI
Critérios de Interpretação:
● Escovado Protegido: 103 UFC/mL
● Lavado Bronco-alveolar (LBA): 104 UFC/mL
● Aspirado Traqueal: 106 UFC/mL
*A bacteremia está presente em cerca de 25% dos pacientes com pneumonia → realização de
Hemoculturas:
RECOMENDADA PARA PACIENTES HOSPITALIZADOS!
![Page 25: INFECÇÕES DO TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR Profa. Dra. Cláudia R. V. de Mendonça Souza Depto. de Patologia Faculdade de Medicina/HUAP Universidade Federal](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022062316/570638471a28abb8238f3ed2/html5/thumbnails/25.jpg)
ASPIRADO TRAQUEAL DILUIR 1: 2 COM AGENTE MUCOLÍTICO* AGITAR EM VORTEX DILUIR 1:10 COM SALINA (1mL em 9mL) SEMEAR COM ALÇA CALIBRADA (0,001mL)
• 0,001 mL:• 1 colônia = 20 x 1000 = 20.00020.000 UFC/mL• Contagem significativa = > 50 UFC = 1.000.000 (106)
• * N-acetil-l-cisteína a 1%
CULTURA QUANTITATIVA DE ASPIRADO TRAQUEAL
![Page 26: INFECÇÕES DO TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR Profa. Dra. Cláudia R. V. de Mendonça Souza Depto. de Patologia Faculdade de Medicina/HUAP Universidade Federal](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022062316/570638471a28abb8238f3ed2/html5/thumbnails/26.jpg)
CULTURA QUANTITATIVA DE ASPIRADO TRAQUEAL
o DILUIR 1: 2 COM AGENTE MUCOLÍTICO* (1mL em 1mL)o AGITAR EM VORTEX, 15 min TAo DILUIR 1:100 COM SALINA ESTÉRIL (0,1mL em 9,9mL)o SEMEAR COM ALÇA CALIBRADA (0,01mL)
•0,01 mL:•1 colônia = 200 x 100 = 20.000 UFC/mL• Contagem significativa = > 50 UFC = 1.000.000 (106)
•* N-acetil-l-cisteína a 1%
![Page 27: INFECÇÕES DO TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR Profa. Dra. Cláudia R. V. de Mendonça Souza Depto. de Patologia Faculdade de Medicina/HUAP Universidade Federal](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022062316/570638471a28abb8238f3ed2/html5/thumbnails/27.jpg)
Cultura quantitativa pelo método da alça calibrada