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Viviane Veroni Degan Fonoaudióloga
INFLUÊNCIA DA ASSOCIAÇÃO DA REMOÇÃO DE
HÁBITOS DE SUCÇÃO E TERAPIA
MIOFUNCIONAL NAS ALTERAÇÕES
MUSCULARES, FUNCIONAIS E OCLUSAIS
Tese apresentada à Faculdade de Odontologia
de Piracicaba, da Universidade de Campinas,
para a obtenção do título de DOUTOR EM
ODONTOLOGIA, Área de FISIOLOGIA
ORAL.
Piracicaba
2003
ii
iii
UUNNIIVVEERRSSIIDDAADDEE EESSTTAADDUUAALL DDEE CCAAMMPPIINNAASS
FFAACCUULLDDAADDEE DDEE OODDOONNTTOOLLOOGGIIAA DDEE PPIIRRAACCIICCAABBAA
Viviane Veroni Degan
Fonoaudióloga
INFLUÊNCIA DA ASSOCIAÇÃO DA REMOÇÃO
DE HÁBITOS DE SUCÇÃO E TERAPIA
MIOFUNCIONAL NAS ALTERAÇÕES
MUSCULARES, FUNCIONAIS E OCLUSAIS
Tese apresentada à Faculdade de Odontologia de Piracicaba, da Universidade de Campinas, para a obtenção do título de DOUTOR EM ODONTOLOGIA, Área de FISIOLOGIA ORAL.
Orientadora: Profa. Dra. Regina Maria Puppin Rontani F.O.P./ UNICAMP
Banca Examinadora: Profa. Dra. Cláudia Maria de Felício
Prof. Dr. Fausto Bérzin Prof. Dr. João Sarmento Pereira Neto
Profa. Dra. Rita de Cássia Loiola Cordeiro
Piracicaba
2003
iv
Ficha Catalográf ica
D363i
Degan, Viviane Veroni. Influência da associação da remoção de hábitos de sucção e terapia miofuncional nas alterações musculares, funcionais e oclusais. / Viviane Veroni Degan. -- Piracicaba, SP : [s.n.], 2004. xxxii, 212p. : il. Orientadora : Profa Dra Regina Maria Puppin Rontani. Tese (Doutorado) – Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Odontologia de Piracicaba. 1. Hábitos orais. 2. Odontopediatria. 3.
Oclusão. I. Rontani, Regina Maria Puppin. II.
Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de
Odontologia de Piracicaba. III. Título.
Ficha catalográfica elaborada pela Bibliotecária Marilene Girello CRB/8–6159, da Biblioteca da Faculdade de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP.
v
DEDICO ESTE TRABALHO
Aos meus pais, EDIVALDO
O. VERONI e FLORISA A. S. VERONI,
pela dedicação e empenho em minha
educação.
Às minhas filhas NATÁLIA e
JULIANA, pela paciência e compreensão.
vi
LINO RICARDO DEGAN,
pelo apoio, incentivo e colaboração, em todos
estes anos, não só neste trabalho, mas na
minha vida.
Aos meus irmãos, CRISTIANE,
RODRIGO e LUCIANE, pelo carinho
dedicado a mim.
vii
AGRADECIMENTOS ESPECIAIS
A Profa. Dra. REGINA
MARIA PUPPIN RONTANI, pelo sentido
verdadeiro da palavra orientação, pelo
incentivo, engrandecimento e amizade
dispensados a mim, meu sincero
agradecimento.
viii
Aos voluntários e suas famílias
pela colaboração e participação, essenciais
para a execução deste trabalho.
ix
À ROSANA CRISTINA BONI,
pelo início desta linha de pesquisa e pelo
engrandecimento de nossa profissão.
x
AGRADECIMENTOS
À FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA - Universidade
de Campinas, na pessoa de seu Diretor, Prof. Dr. TALES THALES
ROCHA DE MATTOS FILHO e seu Diretor Associado Prof. Dr. MÁRIO
FERNANDO DE GÓES.
Ao Coordenador dos Cursos de Pós-Graduação da FACULDADE DE
ODONTOLOGIA DE PIRACICABA Prof. Dr. LOURENÇO CORRER
SOBRINHO.
À Coordenadora do Programa de Pós-graduação em Odontologia Profa.
Dra. MARIA CRISTINA VOLPATO.
À Representante da Sub-comissão do Programa de Pós-graduação em
Odontologia, Área de Fisiologia Oral Profa. Dra. MARIA CECÍLIA
FERRAZ DE ARRUDA VEIGA, pela sua dedicação ao curso.
xi
Aos Professores Profa. Dra. CLÁUDIA HERRERA TAMBELLI e Profa.
Dra. FERNANDA KLEIN do Curso de Pós-graduação em Odontologia,
Área de Fisiologia Oral, da Faculdade de Odontologia de Piracicaba, pelos
ensinamentos e dedicação aos alunos.
xii
A CARLOS ALBERTO APARECIDO FELICIANO, SHIRLEY ROSANA
SBRAVATTI e MARIA ELISA DOS SANTOS, pela disponibilidade e
atenção durante o curso.
Aos alunos do Curso de Fisiologia Oral, GODOFREDO PIGNATARO
NETO e FRANCO ARSATTI pela amizade e convivência durante estes
anos, em especial à SUZANE JACINTO GONÇALVES pela colaboração
neste estudo.
Ao Departamento de Odontologia Infantil, Área de Odontopediatria e às
professoras Profa. Dra. MARIA BEATRIZ DUARTE GAVIÃO, Prof. Dra.
CECÍLIA GATTI GUIRADO, Profa. Dra. MARINÊS NOBRE DOS
SANTOS, pelo acolhimento e agradável convivência em todos estes anos.
Ao Prof. Dr. AGENOR MONTEBELLO FILHO e Prof. Dr. FRAB
NORBERTO BÔSCOLO, pela colaboração para a realização das
telerradiografias deste trabalho.
xiii
Aos funcionários do Departamento de Radiologia da FACULDADE DE
ODONTOLOGIA DE PIRACICABA – UNICAMP, em especial a
WALDECK RIBEIRO MOREIRA e ANTONIO CUSTÓDIO CAMARGO,
pela disponibilidade que foram de suma importância para a execução das
telerradiografias deste trabalho.
xiv
Ao Prof. Dr. JOÃO SARMENTO PEREIRA NETO, do Curso de Pós-
Graduação em Ortodontia da Faculdade de Odontologia de Piracicaba –
UNICAMP, pelos ensinamentos da área de Ortodontia.
À HELOÍSA MARIA CECCOTTI e MARILENE GIRELLO, pela orientação
nas normas desta dissertação.
À ÉRICA PINHO e SÔNIA LORDELLO ARTHUR, pela atenção e
eficiência na secretaria de Pós-graduação.
À Profa. Dra. MARIA HELENA CASTRO ALMEIDA e Profa. Dra. MARIA
BEATRIZ BORGES DE ARAÚJO MAGNANI, que foram as primeiras
pessoas a me receber nesta instituição.
Ao Prf. Dr. RENATO CASTRO DE ALMEIDA pela solicitude meus
agradecimentos.
À fonoaudióloga ROSEMARY AP. LEITE MACIEL ORTIZ, pela sua
colaboração neste trabalho.
xv
À ROSSANA PIZZINATTO pela correção do inglês.
xvi
Às amigas GISELE CORRER e ÂNGELA CALDO TEIXEIRA pela amizade
durante o curso.
À C.D. NÁDIA LUNARDI e MEIRE A. A. SOUZA mestranda em
ortodontia pelas ilustrações de cefalogramas utilizados neste trabalho.
Ao Departamento de Morfologia – Área de Anatomia. Ao Prof. Dr.
FAUSTO BÉRZIN e às alunas MIRIAN NAGAE, ELIANE RIBEIRO,
CRISTIANE PEDRONI e à JOELMA pelo acolhimento neste
departamento.
Ao ROBERTO ALMADA LEITÃO, PALOMA DE ALMEIDA e MARCELA
CRISTINA DE SOUZA, do Departamento de Odontologia Infantil, que
foram sempre solícitos.
Aos Secretários da Saúde dos anos de 2000 e 2003 IRINEU HUMBERTO
PACKER e LEOPOLDO BELMONT FERNANDEZ pelo consentimento em
selecionar a amostra.
xvii
Á Coordenadora do Programa de Educação e Saúde SUELI APARECIDA
ARAÚJO PEREIRA por tornar viável a seleção da amostra e à auxiliar
administrativa TELMA CRISPI GIULIANO.
xviii
À E.M.E.I. PARQUE ORLANDA, E.M.E.I. JOSÉ FRANCISCO ALVES,
E.M.E.I. VILA CRISTINA, E.M.E.I. BORGHESI, E.M.E.I. BALBO, E.M.E.I.
ELDORADO, E.M.E.I. JARDIM SÃO FRANCISCO, E.M.E.I. SOL
NASCENTE, E.M.E.I. JARDIM PETRÓPOLIS, E.M.E.I. VILA FÁTIMA,
E.M.E.I. BOA ESPERANÇA, E.M.E.I. PICA-PAU AMARELO, C.I. JOSÉ
EDUARDO VOIGHT SAMPAIO e CRECHE SÃO VICENTE DE PAULO
pela colaboração na seleção dos voluntários.
Às agentes escolares de saúde CLÁUDIA REGINA FERREIRA
PARÚSSULO, ROSEMEIRE FURLAN, LILIAN CHRISTOFOLLETTI,
JENNY ROSA DE J. BAPTISTA, ELIZABETH M. C. PACCINI, MARIA
IVONE LOPES, NEUSA MARIA DE GODOI, ROSA CLÁUDIA CORRER
DALLA VILLA, ANA LILI BREBS FETTER DA SILVA, em especial à
VÂNIA HELENA BAGATINI, ADAMARIS A. R. FAUSTINO, MARIA
GERCELY DEANGELI e TIRZA REGINA MORETTI (in memorian).
Às diretoras das E.M.E.I.s MÁRICA APARECIDA P. BRUZANTIN,
FÁTIMA JANDIRA KNETSCH, DEISY CIOVOLINE FERREIRA, CLISY
KARRAJIAN DELGADO BARRICHELLO, ELAINE ANDRÉA GALANI,
ANA MARIA DE S. BELLUCO, MARIA TEREZA I.G. AMARAL, RITA
xix
APARECIDA FURLAN, SOLANGE ANTONELLI, e MARIA MARTA
JANUÁRIO SILVA.
À amiga e colega de profissão LUCIANA VOI TRAWISTZKI pela
amizade.
xx
À NELLY MONZONI LANG DEGAN e LINO DEGAN, por estes anos de
convivência, meus agradecimentos.
À LILIAN DEGAN BATISTELLA, MÔNICA DEGAN FUMAGALLI,
CRISTINA DEGAN SOARES, CRISTIANE KUCSKA MASUTTI, MARIA
JOSÉ DO CARMO ALEIXO, ROBERTA GORTAN FINGER e SILVANA
CAMARGO DEGAN pela amizade em todos esses anos.
À ADRIANA PEREIRA GOUVÊA DOS SANTOS, pela ajuda na
organização do nosso cotidiano em todos estes anos.
À FUNDAÇÃO DE AMPARO A PESQUISA (FAPESP), por tornar esta
pesquisa uma realidade.
Aos meus familiares, amigos e a todas aquelas pessoas que, direta ou
indiretamente, colaboraram para a execução desta pesquisa.
xxi
“Mais inteligente é
aquele que sabe que não
sabe”
SÓCRATES
xxii
SUMÁRIO
RESUMO ...................................................................................................................... 1
ABSTRACT....................................................................................................................3
CAPÍTULO 01
INTRODUÇÃO....................................................................................................5
CAPÍTULO 02
REVISÃO DA LITERATURA ..........................................................................9
CAPÍTULO 03
PROPOSIÇÃO................. ..................................................................................51
CAPÍTULO 04
MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................53
CAPÍTULO 05
RESULTADOS .................................................................................................77
CAPÍTULO 06
DISCUSSÃO...................................................................................................123
CAPÍTULO 07
CONCLUSÃO ...............................................................................................137
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................139
ANEXOS ......................................................................................................................151
APÊNDICE...................................................................................................................165
Resumo
Degan, V.V. 1
RESUMO
O objetivo deste estudo foi verificar a influência da terapia miofuncional na
redução da mordida aberta anterior e nas alterações musculares e funcionais do sistema
estomatognático após remoção de hábitos de sucção de chupeta e mamadeira em
crianças de 4 anos a 4 anos e 8 meses de idade. A amostra foi composta por dois grupos
de dez crianças que apresentavam mordida aberta anterior e hábitos de sucção de
chupeta e mamadeira. O grupo denominado REM foi submetido à remoção de hábitos
pelo Método de Esclarecimento modificado, enquanto que o grupo denominado TMF
também teve os hábitos de sucção removidos pelo mesmo método e foi associada a
Terapia Miofuncional. Os resultados foram analisados através de exames clínicos de
estruturas e funções do sistema estomatognático, registros eletromiográficos, análise
cefalométrica e documentação fotográfica da face, da oclusão e do terço médio e inferior
(frente e perfil). Os registros eletromiográficos foram coletados sob a superfície dos
músculos orbicular da boca superior e mentual durante as situações de repouso, sucções
de água, iogurte e creme de chocolate, sendo utilizados valores de RMS. Para o exame
cefalométrico utilizaram-se as grandezas: 1.NA, ī.1, 1-NA e Trespasse Vertical. Todos
os exames foram realizados previamente e aos 60 e 180 dias após a remoção dos hábitos
de sucção. Foram encontradas alterações estatisticamente significativas ao nível de 5%
entre os grupos, para as variáveis: Postura habitual dos lábios em repouso, Resistência
do lábio superior, Resistência do lábio inferior, Resistência da bochecha direita,
Resistência da bochecha esquerda e Posicionamento habitual da língua em repouso, com
o grupo submetido à Terapia Miofuncional apresentando melhores resultados. As
funções de deglutição e respiração também melhoraram significativamente (p<0,05) para
o Grupo TMF comparado ao REM. As avaliações da Resistência linguais e do Mento
não apresentaram diferença significativa (p<0,05) entre os grupos. O músculo orbicular
da boca superior analisado através de eletromiografia de superfície mostrou diminuição
significativa (p<0,05) dos valores de RMS durante a situação de repouso, sucção de água
Resumo
Degan, V.V. 2
e sucção de creme de chocolate. Para o músculo mentual as alterações significativas
ocorreram durante o repouso e sucção de creme de chocolate, para o grupo submetido à
Terapia Miofuncional. O grupo TMF apresentou diminuição significativa (p<0,05) da
grandeza cefalométrica Trespasse Vertical. Não houve diferença significativa entre os
grupos estudados para as demais grandezas cefalométricas. Os resultados obtidos foram
sempre melhores para o Grupo TMF. Conclui-se que a terapia miofuncional é efetiva na
redução da mordida aberta anterior, nas alterações musculares e foi responsável pela
adequação de estruturas e funções do sistema estomatognático.
Abstract
Degan, VV.
3
ABSTRACT
The objective of this study was to verify the influence of the dysfunctional
therapy in the reduction of the anterior open bite in the muscles alterations and the
stomatognatic system functions after removal of pacifier and baby bottle sucking habits in four
year-old children. Two groups was involved in this research (REM and MFT) with ten
children that presented anterior open bite and pacifier and baby bottle sucking habits. The
children in the REM group were submitted to the habits removal by the modified Awareness
Method, and MFT group were submitted to the habits removal by the Awareness Method
associated to the Myofunctional Therapy. The results were analyzed using clinical exams of
structures and functions of the stomatognatic system, facial and occlusion photography,
cephalometric and surface electromyography analyses. The electromyographics activities
(RMS) were measured on the superior orbicular oris and mentallis muscle surfaces during rest
position and in the following situations: water, yogurt and chocolate cream suctions. The
measurements used for the cephalometric exam were: 1.NA, 1.1, 1-NA and Anterior Vertical
Overlap. All the exams were accomplished previously and at the 60 and at the 180 days after
the removal of the sucking habits. It was found significant (p<0.05) alterations between the
groups concerning the variables: labial posture in rest, superior and inferior lip resistance,
right and left cheek resistance, tongue posture in rest, in the group that was subject to
Myofunctional Therapy. The tongue resistance and chin evaluation did not show statistically
significant difference between the groups (p<0,05). The MFT group showed statistically
significant better reestablishment of the swallowing and breathing functions (p<0.05). The
electromyographic results in superior orbicular oris muscle showed statistical significantly
alterations during the rest situation, water suction and chocolate cream suction. The mentallis
muscle showed statistical significantly alterations during rest situation and chocolate cream
suction in the group that was submitted to Myofunctional Therapy. The MFT group presented
significant decrease of the anterior vertical overlap. There was not statistical significantly
difference between the studied groups for the other cephalometric measurements. The
obtained results always were better for the MFT group. It is concluded that the myofunctional
Abstract
Degan, VV.
4
therapy was effective in the reduction of the anterior open bite, in muscles improve and it was
responsible for the functional adaptation of the stomatognatic system.
Introdução
Degan, V.V.
5
1-INTRODUÇÃO
Hábitos de sucção podem causar alterações no sistema estomatognático
decorrentes do de desequilíbrio das forças, que naturalmente atuam na cavidade bucal
(Black et al., 1990), podendo promover alterações na oclusão (Proffit, 1978; Black et
al., 1990; Moyers, 1991, Moresca & Feres, 1992 e Schwartz & Schwartz, 1992) e estas
podem vir acompanhadas de desordens miofuncionais (Zadik, 1977; Benkert, 1997 e
Felício, 1999).
O hábito de sucção é considerado uma das potenciais etiologias de má
oclusão, dentre elas a mordida aberta anterior (Proffit, 1978; Black et al., 1990; Moyers,
1991; Moresca & Feres, 1992 e Schwartz & Schwartz, 1992).
Dentre as características encontradas em crianças portadoras hábito de
sucção de chupeta estão: a mordida aberta anterior, o hipodesenvolvimento de
mandíbula, a protusão dos incisivos superiores, o palato ogival, alteração muscular
lingual e labial com hipofunção da resistência da musculatura labial, incompetência
labial, língua com posicionamento rebaixado, protusa e com maior mobilidade dorsal.
Essas características levam a alterações de funções, como a deglutição, onde a língua é
projetada a fim de promover o selamento anterior (Black et al.,1990).
Durante o aleitamento artificial com mamadeira, principalmente utilizando-se
bicos comuns, a musculatura facial torna-se imobilizada e a língua mal posicionada,
podendo determinar desenvolvimento dentofacial e funcional alterados (O’Brein et al.,
1996).
Há na literatura relatos de uso de diferentes métodos de remoção de hábitos
de sucção, desde aqueles que atuam bloqueando o uso da chupeta ou mamadeira, como
aqueles que utilizam o esclarecimento quanto aos transtornos causados pelo hábito ao
crescimento e ao desenvolvimento crânio-facial. Boni et al. (1997), utilizaram com
sucesso o “Método de Esclarecimento”, sendo posteriormente referendado por Degan et
al, 2001. O método consistiu de entrevista inicial, informações aos pais referentes aos
Introdução
Degan, V.V.
6
transtornos causados pelos hábitos de sucção e orientações para que os hábitos fossem
removidos. Num segundo momento a criança também é orientada e estabelece-se a
utilização de reforço positivo.
Uma vez eliminado os referidos hábitos, pode ocorrer a correção espontânea
da mordida aberta anterior (Massler, 1963; Kim, 1987; Moyers, 1991 e Boni et al.,
1997). A autocorreção tem sido atribuída à retroclinação dos incisivos superiores devido
à pressão dos lábios e bochechas sobre os arcos dentais (Massler, 1963; Larsson,1978 e
Proffit & Fields Jr.,1993 b), desde que as funções estejam adequadas.
Tem sido demonstrado o papel relevante da musculatura sobre a forma,
estrutura e função do sistema estomatognático. O sistema de forças atuantes produzidas
pela musculatura pode interferir no desenvolvimento da face, formando-a corretamente
ou deformando-a (Köhler et al., 1995).
Os lábios, as bochechas e a língua são responsáveis pelo efeito de equilíbrio
na dentição, sendo a posição dos dentes afetada pela pressão destes tecidos moles
(Watson, 1981; Massler, 1983; Proffit & Fields Jr.; 1993 b e Josell, 1995).
Estudos relataram que crianças que abandonaram o hábito de sucção na faixa
etária de quatro a seis anos, apresentaram correção espontânea da mordida aberta
anterior (Lubit & Lubit,1948; Kim, 1987; Black et al., 1990; Moyers,1991; Proffit &
Fields Jr. (b), 1993; Boni et al.,1997, e Degan et al., 2001).
Entretanto, como demonstrado por Degan (1999) nem todas as crianças que
têm o hábito removido são sujeitas a autocorreção, talvez necessitando de outras
intervenções como o restabelecimento de estruturas e funções do sistema
estomatognático. O restabelecimento destas funções depende do reequilíbrio das forças
que atuam na cavidade bucal, que podem promover a autocorreção da mordida aberta
anterior.
Como forma de devolver a estabilidade morfo-funcional às estruturas bucais,
a Terapia Miofuncional é considerada um método de tratamento que pode eliminar
hábitos nocivos da região orofacial, provocar mudanças nos padrões funcionais,
prevenindo desvios no desenvolvimento (Hahn & Hahn, 1991), pois promove nova
postura de estruturas em repouso e durante funções do sistema estomatognático (Hanson,
Introdução
Degan, V.V.
7
1978). A oclusão pode melhorar como resultado da Terapia Miofuncional, podendo
haver diminuição da mordida aberta anterior e da sobressaliência (Benkert, 1997).
Com esse propósito a intervenção precoce da disfunção da musculatura
orofacial promovida pela remoção de hábitos de sucção associada à Terapia
Miofuncional poderia aumentar o potencial do crescimento e desenvolvimento
craniofacial normais.
Introdução
Degan, V.V.
8
Revisão da Literatura
Degan, V.V. 9
2-REVISÃO DA LITERATURA
No ano de 1943, Johnson, afirmou que hábitos de sucção são fatores
etiológicos importantes de má-oclusão e que funções normais dos músculos são também
necessárias para balancear e manter uma correta oclusão. Salientou que hábitos de
sucção poderiam resultar em mordida aberta anterior.
Lubit & Lubit, em 1948, afirmaram que o ato de sucção estaria diretamente
relacionado com a sensação de prazer e não de fome, levando-se em conta que bebês
sugavam objetos como roupas e dedos, mesmo após serem alimentados. E, se o hábito
de sucção fosse eliminado até os 5 anos de idade, as deformidades causadas por ele
poderiam ser corrigidas com o crescimento, havendo assim uma correção espontânea.
Após essa idade, a má-oclusão instalada poderia causar outros hábitos anormais, como
os de sucção de lábios, língua e respiração bucal, que poderiam persistir, mesmo após a
retirada do hábito de sucção, o que acentuaria a má-oclusão.
Graber, em 1958 salientou a necessidade de se dar maior importância à
pressão constante exercida pela posição do tecido mole, que seria um fator determinante
na posição dos dentes.
Em 1963, Massler, descreveu que o fato de interromper a amamentação
precocemente conduz a criança à utilização da mamadeira, e se esta for utilizada de
forma prolongada, durante o período de irrompimento dos dentes, poderia deslocá-los.
Mas este fato seria apenas temporário, já que poderia ser corrigido pela ação da
musculatura dos lábios e língua depois de sua interrupção.
Subtelny & Sakuda, em relato de 1964, consideraram mordida aberta
anterior a abertura na dimensão vertical, presente entre a borda incisal dos dentes
anteriores maxilares e mandibulares. Os autores afirmaram que muitas são as causas que
podem resultar em mordida aberta anterior como: hábitos de sucção digital, alteração
dos tecidos linfáticos da orofaringe, da nasofaringe e da atividade fisiológica anormal da
língua. Relatam também que quando a mordida aberta anterior sofre autocorreção
Revisão da Literatura
Degan, V.V. 10
promovida pela remoção de hábitos de sucção digital em crianças pequenas, há uma
readaptação da função da língua durante a deglutição frente à nova relação entre os
dentes anteriores. Enfatizou que a mordida aberta anterior é mais comum na criança que
no adulto e este fato pode ser explicado pela prevalência de hábitos de sucção nesta
idade, pelo crescimento de tecidos linfáticos e inadequado crescimento das arcadas.
West afirmou em 1969, ser de grande importância o tratamento de má-
oclusões na dentição decídua, oferecendo melhores condições para o restabelecimento
normal, pois má-oclusões observadas na dentição decídua são uma versão em miniatura
do que o indivíduo poderá encontrar no dentição mista e permanente se não forem
tratadas. Afirmou também que hábitos bucais nocivos produzem seqüelas que, às vezes,
são de difícil controle. A mordida aberta anterior provocada por hábito de sucção, vai
depender da intensidade, duração e freqüência deste, mas sua etiologia é multifatorial.
Sugeriu também que tratamento para a remoção dos hábitos de sucção deveria ocorrer
após os 4 anos de idade.
Subtelny, em 1970, publicou artigo a respeito de má-oclusão, correções
ortodônticas e adaptação da musculatura orofacial. Realizaram estudo para determinar
padrões de movimentos de estruturas orofaciais através de cinerradiografia em amostra
composta por um grupo com oclusão normal e 3 grupos com diferentes tipos de má-
oclusão (classe II de Angle, mordida aberta anterior e classe III de Angle). Relatou que
em indivíduos com mordida aberta anterior dificilmente o selamento labial estaria
presente devido à abertura vertical anormal entre os dentes incisivos.
Em 1972, Gershater estudou a má-oclusão mordida aberta anterior em
crianças com retardo mental e crianças emocionalmente perturbadas, de duas diferentes
instituições. Ênfase maior foi dada à instituição para crianças mentalmente retardadas,
pela alta incidência de mordida aberta anterior. O autor concluiu que esta alta incidência
seria atribuída principalmente a seus padrões neuromusculares alterados e hábitos bucais
perniciosos. Também relatou que padrões congênitos herdados possuem uma decisiva
influência sobre crescimento e desenvolvimento das estruturas orofaciais, mas os fatores
ambientais adversos poderiam exacerbar a mordida aberta anterior e fatores etiológicos
Revisão da Literatura
Degan, V.V. 11
ambientais deveriam ser eliminados ou neutralizados antes da utilização da Terapia
Miofuncional ou dispositivos mecânicos.
Larsson, em 1972, realizou estudo de remoção do hábito de sucção digital,
em 76 crianças com idade de nove anos, utilizando três métodos diferentes. O grupo de
tratamento foi chamado de grupo de reforço positivo, em que as crianças eram
encorajadas a não sugar o dedo. No grupo denominado reforço negativo, as crianças e
seus pais foram informados sobre as conseqüências do hábito de sucção prolongado e os
riscos de seus efeitos foram enfatizados. Os pais também foram orientados a prestar
atenção na ocorrência do hábito. Modelos dos dentes das crianças foram enviados para
casa com eles. No terceiro grupo, um dispositivo palatal foi cimentado nos primeiros
molares da maxila, o qual se estendia por trás dos incisivos maxilares e não prejudicava
a oclusão. Um quarto grupo foi selecionado para funcionar como grupo controle, em que
as crianças eram examinadas e testadas como nos outros grupos, porém, nenhum
tratamento era realizado. As crianças foram reavaliadas após dois meses e meio, oito
meses e um ano após a primeira avaliação. Não foram encontradas diferenças
significativas entre os métodos de tratamento. Nenhuma conseqüência negativa dos
vários tipos de tratamento realizados foi encontrada durante exames realizados por dois
psicólogos infantis.
Também em 1972 Larsson, fez uma comparação entre crianças com hábito
de sucção digital e hábito de sucção de chupeta, todas com mais de 4 anos de idade.
Dados indicaram efeito pouco significativo no crescimento facial e na oclusão dos
sugadores de chupeta que deixaram o hábito antes dos três anos de idade e alteração
mais pronunciada em crianças que sugaram chupeta até os 4 anos ou mais,
principalmente em relação ao grau de inclinação dos incisivos. Os dois grupos foram
avaliados cefalometricamente. Relatou encontrar nove diferenças significativas entre os
sugadores de dedo e o grupo controle, tanto em meninos quanto em meninas, aumento
do arco dentário maxilar, aumento da sobressaliência, da sobremordida e aumento da
distância perpendicular da ponta do incisivo maxilar à linha násio a gnáthion em
sugadores de dedo. No grupo composto por crianças que usavam chupeta, encontrou-se
alterações menores que nos sugadores de dedo, porém maiores que no grupo controle.
Revisão da Literatura
Degan, V.V. 12
As crianças que abandonaram o hábito de sucção de chupeta antes dos 3 anos de idade
apresentaram alterações extremamente leves na oclusão. As que apresentavam hábitos
de sucção de chupeta até 4 anos tiveram efeito maior na oclusão e no crescimento facial.
O autor acrescentou que as alterações dentárias que poderiam ser alarmantes em crianças
pequenas mostraram tendência satisfatória de autocorreção quando os hábitos eram
interrompidos.
Em publicação sobre hábitos bucais, do ano de 1973, Subtelny & Subtelny
publicaram revisão de literatura para integrar e interpretar estudos clínicos sobre
deglutição. Relatam que o efeito do crescimento e desenvolvimento, remoção de hábito
de sucção de dedo, terapia miofuncional, correção mecânica e cirúrgica têm sido
relatadas para correção de má-oclusão e modificação da atividade da musculatura
orofacial durante a deglutição. Sugere que coincidentemente com o crescimento dos
maxilares, a influência da língua diminui enquanto a influência dos lábios aumenta.
Em 1975, Gustafson & Ahlgren, realizaram estudo eletromiográfico e
cefalométrico para analisar atividade dos músculos orbiculares e mentual em indivíduos
com lábios incompetentes e correlacionar esta atividade com a anatomia dentofacial.
Analisaram um grupo de 10 crianças com incompetência labial e alterações no mento
durante o selamento labial e um grupo também com 10 crianças apresentando lábios
competentes e sem qualquer sinal de tensão no mento. Utilizaram eletrodos nos
músculos orbicular da boca superior, mentual, masseter direito e masseter esquerdo.
Dados foram coletados durante o repouso labial, lábios fechados, deglutição e
mastigação. Foram usadas telerradiografias em norma lateral da cabeça para obtenção de
traçado cefalométrico. Concluíram que o mais provável seria encontrar incompetência e
aumento da atividade da musculatura perioral em indivíduos que apresentavam maior
altura facial e/ou discrepância antero-posterior entre os maxilares. Assim sendo, o
objetivo do tratamento de casos com lábios incompetentes deveria ser influenciar no
crescimento vertical e horizontal dos maxilares, especialmente mandibular. Relata
também na revisão da literatura que a pressão dos lábios em repouso é mais importante
para determinar a posição dos dentes que a atividade funcional dos lábios durante a
deglutição e mastigação ( Lear & Moorrees, 1964)
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Degan, V.V. 13
Zadik et al., em 1977, estudaram a prevalência de hábitos de sucção de
polegar e chupeta, em crianças da zona urbana e rural. Foram analisadas 303 crianças,
com idade de até sete anos, divididas em um grupo urbano e dois grupos do campo. Os
autores verificaram que 95% das crianças da zona urbana apresentavam hábitos de
sucção, enquanto que nos dois grupos rurais as taxas eram de 89% e 69%. No grupo em
que a chupeta foi removida, mais crianças sugaram o dedo. Não encontraram diferenças
entre os sexos e entre amamentação natural e os hábitos. Entretanto verificou-se alta
prevalência de hábitos entre filhos únicos. Concluíram também que sendo a sucção
digital mais prejudicial que a chupeta, esta seria recomendada como prevenção da
sucção de dedo. Afirmaram que hábitos de sucção podem causar má-oclusões como
mordida aberta anterior, mordida cruzada, sobressaliência, sobremordida, disatemas,
retrusão da posição mandibular, alterações na articulação temporomandibular e
modificações nas posturas de língua e lábios. A extensão das alterações vai depender da
duração, freqüência e intensidade de ocorrência do hábito. As alterações na oclusão
podem ser corrigidas espontaneamente, se os hábitos forem removidos até os 4 anos de
idade.
Também em 1977, Essenfelder & Vitti realizaram estudo para verificar a
participação dos músculos orbiculares da boca superior e inferior em indivíduos com
oclusão normal, tendo em vista o grau de relacionamento existente entre estes músculos
e os dentes incisivos, justamente aqueles que estão mais sujeitos a alterações de posições
provocando grande comprometimento funcional e estético ao paciente. Realizaram
análise eletromiográfica mediante 19 movimentos. Afirmaram que as regiões laterais e
mediais dos músculos orbicular da boca superior inferior poderiam funcionar como
órgãos independentes entre si, apesar de fazerem parte de um mesmo movimento.
Em publicação de 1978, Larsson comparou o desenvolvimento oclusal em
pacientes com 16 anos de idade divididos em três grupos: o grupo controle, o grupo de
pessoas que tinham hábito de sucção digital e o grupo que apresentava sucção de
chupeta. A comparação foi feita através de cefalometria em norma lateral da cabeça. O
resultado mostrou que, nos sugadores de dedo, a base da maxila estava anteriormente
deslocada e o lábio superior mais anteriorizado. O contorno do tecido mole era mais
Revisão da Literatura
Degan, V.V. 14
convexo. A mordida aberta anterior foi fechada, combinada com retroclinação dos
incisivos maxilares. Nos sugadores de chupeta pareceu haver rotação anterior do plano
nasal e mandibular. Também foi visto, aumento na altura facial anterior e no grau de
prognatismo em comparação com o grupo controle. O autor sugeriu na discussão desse
estudo que, quando o hábito de sucção de chupeta cessa, o processo alveolar cresce e os
incisivos poderiam se contactar corretamente, havendo correção espontânea. A
retroclinação dos incisivos superiores se dá devido à pressão dos lábios.
Vann Jr. realizaram estudo no ano de 1978 em amostra de 32 crianças
caucasianas de 4,5 anos de idade (± 6 meses) apresentando oclusão normal utilizando
telerradiografias em norma lateral da cabeça e posteriormente confeccionou traçado
cefalométrico. Encontraram valores de SNA=82,9; SNB=78,1; SNPg=77,4; ANB=49;
FNA=97,6; FNPg=85,5; IMPA=85,2, FMIA=65,9; UI-SN=92,4; UI-F=97,6; ī.1=148,4;
M=67,5; Yaxis=18,8; SN-MP=35,3 e FMA=29,2. Relatou que Bordbent realizou estudo
similar e encontro valores de ī.1=152,2 e IMPA=85,5. Afirmaram que o ângulo ī.1 é
muito maior em crianças (148,4°) que adultos (130°) indicando pouca inclinação dos
incisivos centrais decíduos.
Proffit afirmou em 1978, que a posição vertical dos dentes certamente
poderia ser influenciada por fatores ambientais e que houve clara evidência que hábitos
de sucção em crianças tem extrema correlação com mordida aberta anterior. Poderia
haver movimentação dentária por uma força de poucas gramas se a força se mantivesse
continuamente e a duração da força seria a variável de maior magnitude.
Também no ano de 1978, Hanson publicou artigo sobre Terapia
Miofuncional que tem como objetivo a eliminação de todas as pressões anormais de
lábios e língua contra os dentes que abrange a posição de repouso destes órgãos,
automatização de deglutição de alimentos, líquidos e saliva, fala e remoção de hábitos
como morder o lábio inferior, sucção digital, bruxismo e sucção de língua. O tratamento
não poderiam ser considerado com sucesso até todos os aspectos do problema terem sido
corrigidos ao plano subconsciente. O tratamento deve ser breve com a realização de
aproximadamente nove sessões e outras subseqüentes espaçadas, que só deveriam ser
realizadas após minuciosa avaliação ortodôntica e miofuncional, sendo a colaboração
Revisão da Literatura
Degan, V.V. 15
dos familiares indispensável para o sucesso do tratamento. Alguns riscos para o
tratamento incluiriam pacientes com posicionamento distante da oclusão normal, atitude
negativa, existência de hábitos deletérios, desordens mentais e psicológicas e pacientes
não colaboradores. Também afirmou que a Terapia Miofuncional poderia ser realizada
em crianças a partir de 4 ou 5 anos, pois antes desta idade elas não estariam prontas para
aceitar a responsabilidade de cumprir tarefas.
Ainda em 1978 De Luca fez considerações sobre eletromiografia de
superfície e afirmaram que os valores de RMS (raiz quadrada da média) forneceram
mais informações que outros parâmetros e, portanto este deveria ser mais utilizado.
No ano de 1979, Sales & Vitti realizaram estudo eletromiográfico nos
músculos orbiculares da boca em indivíduos portadores de má-oclusão classe I antes e
depois de serem submetidos a tratamento ortodôntico. Concluíram que a atividade dos
músculos orbicular da boca superior e inferior para a região lateral e medial diminui
após o alinhamento dos dentes incisivos centrais superiores e inferiores, durante o
repouso e durante os demais movimentos estudados (contato dos lábios, mastigação
molar direita e esquerda, mastigação incisiva, pressão dos lábios contra os dentes,
abertura máxima da boca, deglutição de saliva e água e articulação dos fonemas /f/
(“efe”) e /�/ (“jota”), com os resultados se aproximando a casos de oclusão normal.
Concluíram também que os músculos orbicular da boca superior e inferior funcionaram
independentemente durante os movimentos estudados.
Pierce, em 1979 descreveu em seu artigo quatro estágios da deglutição: o
estágio recém-nascido, o estágio primário de projeção lingual, o estágio transacional de
projeção lingual e o estágio maduro. Afirma que sendo terapeuta miofuncional, não trata
alteração de deglutição em crianças pequenas porque a esta função não está totalmente
desenvolvida. Sugere que se use a técnica do “espere e veja”, onde a criança é reavaliada
em períodos. Enquanto não ocorrer alterações nos dentes e na fala a deglutição não é
tratada. A decisão de indicar a realização de terapia ao pacientes deve ser tomada após
avaliação minuciosa do caso e baseie as decisões devem ser baseadas nos fatos e não na
idade.
Revisão da Literatura
Degan, V.V. 16
Para investigar a presença de hábitos de sucção e má-oclusão, Svedmyr em
1979 examinou 226 meninos e 236 meninas, de 1 a 10 anos. Dessas, 62% apresentaram
hábitos de sucção de chupeta, sendo que 60% delas possuíam má-oclusão do tipo
mordida aberta anterior, e 16% apresentavam mordida cruzada. A mordida aberta
anterior era menos comum entre crianças que tinham abandonado o hábito, enquanto que
a mordida cruzada se mantinha após a eliminação deste.
Vig & Cohen, no ano de 1979 realizaram estudo para investigar alterações
de crescimento relativas e absolutas na morfologia labial e comparar com o crescimento
da altura facial inferior. Foram feitas 50 telerradiografias em indivíduos de 3 a 20 anos
de idade. O traçado cefalométrico das radiografias permitiu a análise de cinco variáveis:
a) altura facial, b) altura do lábio inferior, c) separação dos lábios, d) distância entre o
topo do lábio inferior e a borda dos incisivos superiores, e) altura da face anterior e
inferior sob orientação de oclusão dos dentes e nenhuma orientação quanto a
posicionamento do tecido mole, assumindo uma postura habitual. O lábio inferior
mostrou ter crescido significativamente mais do que o lábio inferior. O prognóstico para
tratamento seria melhor em pacientes jovens que apresentassem separação labial do que
em pacientes mais velhos. Isso acontece porque há um crescimento dos lábios entre nove
e onze anos.
Howland em 1979 relatou a importância da Terapia Miofuncional e afirmou
que a postura lingual é o segmento mais importante da terapia. Todos os exercícios e
atividades estão centrados na boa postura lingual. O paciente deve-se manter consciente
da posição da língua o máximo de tempo possível. Se houver presença de hábitos de
sucção digital, este deverá ser eliminado previamente à Terapia Miofuncional.
Alterações respiratórias também deveriam ser corrigidas. A motivação também seria
importante para o sucesso da terapia.
Também em 1979, Hanson afirmou que desordens miofuncionais devem ser
tratadas usando a individualidade do paciente. Relata que para a interposição lingual,
cada um dos componentes contribui para um problema total e deve ser tratada com
terapia, que consiste de um ou todos os seguintes aspectos: postura de repouso lingual,
Revisão da Literatura
Degan, V.V. 17
fala, mastigação e deglutição, tanto deglutição de alimentos consistentes como saliva e
líquidos.
Ainda em 1979, Moore realizou estudo sobre o reforço inadvertido (sem
querer) de comportamento durante a Terapia Miofuncional. Concluiu que a atenção,
como contato de olho, toque, reforço verbal, da terapeuta podem funcionar como um
potente reforço positivo que aumenta significativamente algum comportamento que seria
desejado. Afirmou também que a Terapia Miofuncional é altamente dependente do nível
de motivação do paciente, principalmente porque este é tratado o mais precocemente
possível e isto significaria tratar crianças pequenas tanto em grupo como
individualmente.
Warwick & Willians atribuíram em 1979 ao músculo mentual a função de
elevar e fazer protusão do lábio inferior, e ao mesmo tempo enrugar a pele do mento,
quando se bebe ou durante a mímica facial, como na expressão de dúvida ao desdém.
Mc Carthy relatou em 1980, que quando ocorresse modificações na relação
anterior dos dentes esta afetaria a posição lingual, e quando respiração bucal fosse
corrigida, acarretaria mudanças posturais como as craniocervicais e na orientação
mandíbula-hióide. Afirmaram que em todos os casos tratados houve mudanças nas
relações posturais resultando em reposicionamento da mandíbula e hióide que tendem a
neutralizar os efeitos do crescimento.
Em 1981, Watson relatou que qualquer deformidade dentofacial, tal como
mordida aberta anterior, resulta de uma interação entre fatores genéticos e ambientais.
Afirmou que a má-oclusão é uma anomalia morfológica e funcional complexa, de
etiologia multifatorial. Relacionou causas de mordida aberta anterior como a deficiência
no crescimento vertical ou distúrbio no irrompimento dos dentes e crescimento alveolar
(dentes anquilosados); crescimento de tecido mole desproporcional, função muscular
anormal com interferência mecânica do irrompimento e crescimento alveolar (hábito de
sucção de dedo ou postura alterada de língua); mordida aberta esquelética como a
encontrada em micrognatia ou hipertrofia mandibular. Relatou também quatro fatores no
equilíbrio dentário que são forças intrínsecas de língua e de lábios; fatores extrínsecos
Revisão da Literatura
Degan, V.V. 18
como os hábitos (sucção de dedo) e aparelhos ortodônticos; força de oclusão dentária e
forças de irrompimento.
Oliveira Júnior, em 1981, relatou que as alterações na oclusão, provocadas
por hábitos de sucção, estariam relacionadas com a intensidade da sucção, força aplicada
durante esta, tempo gasto (duração), número de vezes que seria feita por dia
(freqüência). Relatou também que sucção realizada entre 4 a 6 horas por dia, poderia
provocar movimentação dentária em grau que varia com a intensidade desta. O biotipo
facial também teria influência na relação: alteração de oclusão e hábito de sucção.
Em 1982 Ingervall & Eliasson, realizaram estudo sobre o efeito do
treinamento labial em 15 crianças com lábios incompetentes, que foram comparadas
com um grupo controle composto por 10 crianças que também apresentavam
incompetência labial e não receberam o treinamento. A função labial foi avaliada
eletromiograficamente durante a atividade dos lábios em repouso, deglutição e
mastigação. A morfologia da dentição e dos ossos da face foram estudados através de
modelos em gesso e telerradiografia em norma lateral da cabeça. O treinamento labial
foi realizado durante um ano no grupo de teste e depois se comparou com o grupo
controle. O treinamento labial influenciou a morfologia dos lábios aumentando a altura
de ambos e diminuindo a distância entre eles. No grupo controle a distância interlabial
aumentou no período estudado. Os benefícios do efeito do treinamento da função e
morfologia dos lábios não mostraram modificação da posição dos dentes durante o
período de um ano de estudo.
Morban Laucer, em 1982, observou prevalência menor de hábito de sucção
em crianças do campo ou sociedades primitivas, comparadas com crianças que vivem
em centros urbanos, possivelmente devido a sua forma de vida, na qual os estados
psicológicos como insegurança, frustração, angústia e traumas aparecem com menor
freqüência. Também afirmou que em estudos de paleontologia, não encontrou anomalias
que sugerissem presença de hábitos bucais como mordida aberta anterior, palato
atrésico. Considerou como patológico hábitos de sucção presentes após 4 anos de idade.
Afirmou que hábitos de sucção eliminados até os seis anos determinam efeitos apenas
temporários na oclusão.
Revisão da Literatura
Degan, V.V. 19
Também em 1982 Ashmead fez questionamentos a dez ortodontistas sobre
associação de Terapia Miofuncional em seus tratamentos. Todos os relatos diferiam
entre si, mostrando não haver um consenso sobre o assunto. Afirmou que Terapia
Miofuncional é essencial não só para encurtar o tempo de tratamento ortodôntico, mas
também para assegurar o resultado do tratamento depois da remoção do aparelho.
Massler em 1983 afirmou que o homem revela seus sentimentos internos
através da sua face e ao redor de sua boca. Ações repetitivas podem se tornar hábitos. Os
hábitos bucais surgem de necessidades psicológicas, e podem ser transferidos quando a
criança amadurece, passando de sucção de mamilo para sucção de dedo, para mascar
chicletes e para fumar. Hábitos bucais podem ou não alterar a posição dentária e a
oclusão. O autor relatou ainda haver um conteúdo emocional durante a sucção. É
suposto que a criança sugue o polegar devido ao tempo insuficiente que mama. Isso é
verificado quando a criança continua sugando, mas afasta o mamilo assim que o leite
começa a sair. A utilização da mamadeira, durante o período de irrompimento dos dentes
pode deslocá-los. Mas este fato é apenas temporário, podendo ser corrigido pela ação
dos lábios e músculos da língua, depois que a sucção da mamadeira for interrompida.
Harden & Rydell ainda em 1983, concluíram que posturas de repouso labial
afetam o irrompimento dos dentes e contribuem para má-oclusão. Fazem referência a
Barret que sugere que o terapeuta use de habilidades para criar uma atmosfera de
cooperação entre paciente, pais e outros profissionais. Relataram estudos em pacientes
que receberam Terapia Miofuncional e grupo que não foi submetido à terapia.
Concluiram que a maioria dos indivíduos que foi submetido à Terapia Miofuncional
baseada em Barret tiveram sucesso em manter deglutição correta, principalmente na
deglutição de saliva. O fator mais significativo na manutenção da correta deglutição
seria a postura de repouso habitual de lábios e língua do indivíduo.
Ainda neste mesmo ano de 1983, Campos afirmou que, condutas
indesejáveis poderiam ser mantidas quando recebem reforço do ambiente. Técnicas de
modificação de comportamento são eficientes, quando são programadas
individualmente, obedecendo a suas particularidades. As técnicas para mudança de
comportamento são baseadas nas teorias de condicionamento, em que reforço positivo
Revisão da Literatura
Degan, V.V. 20
seria qualquer elemento que, quando apresentado, aumentasse a freqüência de
comportamento. Poderia ser, por exemplo, a utilização de sorrisos, abraços, elogios,
doces, quando o comportamento desejado fosse obtido. O reforço negativo seria
qualquer elemento cujo afastamento provocasse um comportamento adequado realizado
com apresentação de coisas ou eventos desagradáveis, os quais são interrompidos assim
que o comportamento desejado é obtido.
Lowe & Takada, em 1984 relataram estudo em que uma amostra constituída
por crianças com oclusão do tipo Classe I de Angle, Classe II divisão 1 e divisão 2. A
relação entre atividade muscular mandibular e variáveis craniofaciais foi quantificada.
Foram coletados dados dos músculos temporal, masseter e orbicular da boca, no
repouso, na máxima interscupidação, durante apertamento, movimento de abertura
mandibular e deglutição. A amplitude dos músculos orbicular da boca foi maior no
repouso e na máxima interscupidação em indivíduos Classe II, divisão 2. A amplitude do
temporal anterior foi significativamente menor durante o apertamento no indivíduo
Classe II divisão 1. É comum a variabilidade de amplitude dos músculos orbiculares da
boca, ao passo que a angulação dos incisivos superiores e acentuação do plano oclusal
são freqüentemente identificados nas variações craniofaciais. Esta interdependência de
atividade do lábio inferior principalmente e a posição dos incisivos sugerem uma relação
entre a musculatura e o desenvolvimento da dentição anterior em crianças em
crescimento.
Em 1984, Mikell afirmou que músculos intrínsecos e extrínsecos da língua
conferem a ela movimentos de protuir, elevar e contrair, que a torna capaz de realizar
movimentos motores finos utilizados para a fala, mastigação e deglutição. Outros fatores
como respiração bucal, métodos de alimentação inadequados e hábitos de sucção digital
prolongados podem resultar em língua flácida, fraca e por ter efeitos prejudiciais no
crescimento e desenvolvimento craniofacial. Quando o paciente é avaliado deve ter uma
postura reta, porque alterações na postura desta poderia alterar relação muscular entre os
músculos da cabeça e pescoço. Sugere que se investigue se o paciente apresenta hábitos
de respiração bucal, sucção ou morder lábios, se há alterações labiais, se há evidências
Revisão da Literatura
Degan, V.V. 21
de alergia respiratória, acúmulo de saliva durante a fala e se há alterações ao nível de
mento.
Jankelson & Pulley afirmaram em 1984 que fibras musculares representam a
unidade de contração. Cada neurônio motor inerva muitas diferentes fibras musculares.
Todas as fibras musculares inervadas pelo mesmo e único neurônio motor pertencem à
mesma unidade motora. A unidade motora é a unidade funcional de contração, esta
consiste de um corpo de célula nervosa, o longo axônio do nervo motor, ramos terminais
e todas as fibras musculares supridas por estes ramos. Relatam que para produzir um
aumento de força, unidades motoras são recrutadas e, se um aumento do esforço é
requisitado, mais unidades motoras são ativadas. Os dois mecanismos que regulam a
força contrátil de um músculo são o recrutamento de unidades motoras adicionais e
descargas repetidas na unidade motora individual. Afirmam também que repetidas
atividades de força muscular causam aumento no tamanho do músculo (hipertrofia).
Neste caso o diâmetro individual da fibra muscular aumenta e as fibras aumentam o
número de miofibrilas. Portanto hipertrofia resulta de mudanças no sarcoplasma de
fibras individuais e não no aumento do número de fibras.
De Angell, em estudo de 1985, utilizou técnicas de modificações de
condutas aplicadas a hábitos bucais, associadas à colaboração da família. Foram feitos
registros diários nos quais foi possível constatar quais os horários em que a sucção de
dedo ocorria, as atividades que reforçavam esse hábito e substituições que poderiam ser
feitas com intenção de dificultar a ação. A autora concluiu que a associação da seleção e
técnica adequada para cada caso, juntamente com a colaboração familiar são decisivos
para a eliminação do hábito de sucção.
Ainda em 1985, Wedell & Lawler concluíram, que o sucesso do tratamento
para eliminação de hábito de sucção ficava em torno de 90%, em pacientes de 3 a 17
anos, utilizando terapias de 30 minutos, num período de 2 a 3 vezes por semana. Depois
de 3 a 5 semanas, se não houvesse progresso e os níveis de frustração fossem muito
altos, as terapias seriam interrompidas e só retornariam quando a criança solicitasse. O
método se utilizaria de recursos como lembretes em espelhos, geladeira, em marcadores
de livros, no carro, na cama entre outros. Adesivos, com figuras de seus animais
Revisão da Literatura
Degan, V.V. 22
preferidos, ou para pacientes mais velhos, figuras de seus ídolos, que poderiam ser
utilizados em locais estratégicos da casa como geladeira, televisão, espelhos, telefone e
também no carro, além de bandagens que fariam o paciente se lembrar de não sugar o
dedo. Também ganhariam tickets, quando não apresentassem o hábito de sucção, mas
teriam que devolvê-los quando sugassem. Esses tickets poderiam ser trocados, quando
atingissem uma determinada quantidade, por uma pequena surpresa. O paciente
escolheria o nome de uma pessoa ou comida de que não gostasse e substituiria o nome
do hábito por esse nome escolhido. Sugeria que o paciente colocasse sua língua sobre os
lábios por cinco minutos como um substituto da sucção de dedo. Era instruído a se
apertar quando sentisse um ímpeto para sugar o dedo. O paciente também era orientado
a repetir 5 vezes antes de dormir frases como “eu ficarei a noite toda sem sugar meu
dedo”. Concluíram que, o programa terapêutico deve ser individualizado, e, devido à sua
versatilidade, acreditaram terem tido um alto índice de sucesso.
No ano de 1986, Pierce relata que casos documentados de movimentação
dentária mostram alteração antes e depois de tratamento miofuncional de projeção
lingual. A autora questiona se estas mudanças ocorreram devido a alterações no padrão
de deglutição ou na posição de repouso. Recomenda programa para conter a projeção
lingual, mas também o programa de adequação das posturas de repouso e se diz
satisfeita com os resultados. Para as crianças que apresentam lábios incompetentes
indica exercícios que aumentem a força dos lábios. Após tratamento com sucesso o
paciente fica apto a manter selamento labial confortável, sem alterações na musculatura
perioral. Para crianças que apresentam posicionamento de língua contra a superfície dos
dentes incisivos, ou entre os dentes anterior superior e inferior, são utilizados exercícios
de reposicionamento lingual, como língua em papila retroincisal, dorso de língua contra
o palato duro e o final da língua contra o palato mole. O objetivo destes exercícios é o
fortalecimento dos músculos linguais e o reposicionamento da língua em uma posição de
repouso confortável no teto da cavidade bucal. Recomenda exercícios três vezes ao dia
utilizando diagrama ou calendário, onde adesivos são colados a cada vez que o exercício
é realizado.
Revisão da Literatura
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Kim fez considerações em 1987, sobre tratamento de mordida aberta
anterior, afirmando que a etiologia desta é multifatorial, sendo que o hábito de sucção
digital seria um dos fatores desencadeantes, dependendo da posição do dedo na boca, da
intensidade e da freqüência em que ocorre. Afirmou que a correção espontânea pode
ocorrer, uma vez eliminado o hábito.
Hanson & Adrianopoulos, em 1987 relataram fatores que contribuem para a
saúde intra-oral dentre eles a oclusão, saúde dos dentes, estruturas de suporte como
gengiva e periodonto, ossos e força muscular vinda das bochechas, língua e lábios.
Muitos estudos mostram a inter-relação entre projeção lingual e má-oclusão, mas poucos
fornecem bases para concluir se um causa o outro. Relataram que pacientes
apresentando Classe II de Angle divisão I, que receberam terapia para projeção lingual,
tiveram menos recidiva do tratamento ortodôntico do que aqueles que não receberam
terapia. Os autores concluíram que: 1) não houve relação significativa entre os grupos
com má-oclusão e saúde dental ou periodontal; 2) não houve relação significativa entre
presença e ausência de projeção lingual e saúde dental ou periodontal; 3) uma grande e
significativa porcentagem de indivíduos com oclusão em classe I de Angle não
apresentavam projeção lingual; 4) uma grande e significativa porcentagem de indivíduos
com Classe II tinham projeção lingual; 5) somente dois indivíduos possuíam oclusão em
Classe III de Angle, um deles apresentava projeção lingual e os outros dois não; 6) três
dos indivíduos tinham oclusão molar mista, sendo que todos apresentavam projeção
lingual; 7)significativamente mais indivíduos com mordida aberta anterior apresentaram
projeção lingual; 8) diferença não significativa foi encontrada em grau de overjet entre
projetores linguais e não projetores linguais.
Em 1988, Larsson realizou estudo com 76 crianças, sobre tratamento de
remoção de hábito prolongado de sucção de dedo e chupeta. No grupo chamado de
positivo, o objetivo era reforçar o comportamento de não sugar, através de diferentes
formas de encorajamento. No grupo negativo, as crianças e os pais eram informados
sobre as conseqüências do hábito de sucção de dedo e o risco da má-oclusão foi
enfatizado. No grupo denominada grade, um dispositivo palatal foi acoplado em bandas.
No grupo controle, as crianças foram examinadas e avaliadas da mesma maneira das
Revisão da Literatura
Degan, V.V. 24
crianças dos outros grupos, mas nenhum tratamento foi realizado. No grupo positivo,
26% das crianças abandonaram o hábito em dois meses e meio e 58% em 1 ano. No
grupo negativo 53% abandonou o hábito em dois meses e meio e 74% em um ano. No
grupo grade, 42% abandonou em 2 meses e meio e 61% em um ano. No grupo controle,
5% abandonou em dois meses e meio e 11% em um ano. A comparação entre os três
grupos de tratamento, após dois meses e meio, não foi estatisticamente significativa.
Após um ano, a comparação foi estatisticamente significativa. Dessas, nenhuma retornou
e hábito após um ano. Nesse trabalho, o autor também relatou que, o uso da chupeta,
naquela época era mais comum que há 10 anos antes, e persistia por mais tempo, além
de ser mais aceita do que a sucção digital. Afirmou também que sucção de chupeta
normalmente não indica um caso para tratamento ortodôntico, já que muitas vezes a
mordida aberta anterior sofre autocorreção quando o hábito é interrompido.
Em 1988 Pierce relatou a grande maioria dos pacientes tratados por
terapeutas miofuncionais tem entre 10 e 15 anos, por essa ser a idade em que muitos
iniciam tratamento ortodôntico. Como muitos dentistas têm se preocupado com o
desenvolvimento de má-oclusão e os possíveis efeitos da língua e da postura de repouso
labial e projeção lingual durante a deglutição, há um aumento do número de crianças
mais novas sendo tratadas do ponto de vista preventivo. Quando a criança é pequena,
nós podemos oferecer técnicas como terapia de posturas de repouso, por haver tempo
para terapia adicional se houver necessidade. O objetivo principal é criar um ambiente
bucal normal e também facilitar um desenvolvimento e crescimento adequado.
Corrigindo-se as posturas e repouso de língua e lábios também ocorre melhora na
aparência física e aumentam a oportunidade para a boa oclusão.
Meyers & Hetzberg, em 1988, realizaram estudo para tentar determinar se
havia uma associação entre o uso da mamadeira e má-oclusão. O estudo foi feito com
733 pacientes, de 10 a 12 anos de idade. Sobre a etiologia da má-oclusão, os autores
concordam que hereditariedade de certas características oclusais tem sido relatada, assim
como fatores ambientais. Afirmaram que má-oclusão é uma doença de civilizações
industrializadas. Muitos fatores ambientais têm sido descritos como etiologia da má-
oclusão. A menor consistência da alimentação moderna pode ter influência, assim como
Revisão da Literatura
Degan, V.V. 25
sucção de dedo. Similarmente, a evidência para associação de má-oclusão com uso de
chupeta é conflitante. Consideraram alguns fatores pelos quais a mamadeira poderia
contribuir para o desenvolvimento da má-oclusão, dentre eles um efeito direto de
alterações no mecanismo de sucção sobre o crescimento dos ossos faciais da criança,
uma crescente tendência para padrão de deglutição alterado, e um aumento da incidência
de sucção não nutritiva (dedo ou chupeta).
Hanson em 1988 sugeriu que se ao avaliar um paciente deve-se examinar
estruturas (lábios, freio labial superior, oclusão, freio lingual e língua), funções (postura
de repouso, fala, deglutição de saliva, alimento e líquidos) e musculatura. Para avaliação
da musculatura, propõe o uso de uma escala tendo zero como ausência de contração, 1
como alguma contração e 2 como contração realizada. Propõe que tratamento para
crianças pequenas, de 4 a 5 anos, deve-se levar em conta: se a má-oclusão apresentada
está piorando ou é severa, se os lábios estão separados, se apresenta alterações na fala, se
a criança é inteligente e cooperativa, se estes fatores estiverem presentes ela é uma boa
candidata para Terapia Miofuncional. O tratamento deverá durar de 15 a 25 semanas,
contando coma sessões de reavaliação. A seqüência da terapia consiste em 3 fases:
a)treinamento de padrões musculares, b)força (resistência) destes padrões, c)manutenção
deles. Como postura de repouso labial e lingual são importantes, exercícios para casa são
dados pata tratar a postura. Maneiras de tabular posturas incorretas podem ser feitas
através dae utilização de lembretes e sinais. As sessões para a Terapia Miofuncional são
realizadas semanalmente.
Também em 1988, Case descreveu uma seqüência onde se utiliza
primeiramente a realização de fotografias com a postura de repouso labial aberto e outra
com lábios fechados em repouso, língua alta, dentes apenas se tocando e lábios fechados
naturalmente. Mostra-se a diferença entre as duas fotos e explica-se que a postura de
lábios fechados podem contribuir para relação de amizade, companheirismo, e que todos
o (a) olharão melhor. Sugere que encoraje o paciente a observar hábitos orofaciais na
escola, trabalho e outras situações sociais, e estas visualizações de outras pessoas com
postura de lábios em repouso afastados poderão ser usadas para identificar a própria
Revisão da Literatura
Degan, V.V. 26
postura. Orienta também que a principal causa para o trabalho de posturas em repouso
não é a estética, mas esta poderá ser beneficiada com a Terapia Miofuncional.
Ainda em 1988, Zimmerman relatou que dentes podem ter um profundo
impacto na estética. Esse fato pode ser um instrumento para a motivação particularmente
com a população adolescente e adulta. Afirmou que a maioria dos pacientes que
apresentam projeção lingual possui postura labial aberta durante o repouso. Isto não
significa que o paciente seja respirador bucal, ele poderia ser descrito como tendo um
lábio incompetente. O paciente e os pais devem ser informados das implicações deste
problema e que não é fácil corrigí-lo. O lábio do indivíduo que passou parte da vida em
ele aberto, não poderia fechar confortavelmente. O lábio superior se torna curto e levado
com relação aos dentes incisivos superiores, enquanto que o lábio inferior pode estar
pesado, hipotônico, evertido e muitas vezes seco. A ajuda dos pais é de grande
importância. Quando os pais notarem que os lábios estão fechados eles devem
cumprimentar a criança pela postura correta ao invés de chamar sua atenção quando os
lábios estão abertos. A terapeuta deve fazer comentários incentivando a criança para que
continue se esforçando para mudar sua postura habitual de repouso. A motivação do
paciente também pode ser feita usando fotografias intrabucais que serão realizadas
periodicamente, obedecendo ao mesmo padrão de distância e ângulo.
No ano de 1989, Gross et al. realizaram estudo para investigar a relação
entre anomalias dentofaciais e o comportamento miofuncional, analisando a presença de
comportamentos e hábitos oromusculares. Foram observadas 1083 crianças da zona rural
com idade média de oito anos e 4 meses. A oclusão e vários aspectos anatômicos e
fisiológicos sobre mecanismo facial e bucal como hábitos bucais, modo de deglutir e
posicionamento em repouso de língua e lábios. Concluíram que a maior relação com
problemas dentofaciais é a postura de boca aberta, o que mostra a importância da
correção de comportamentos musculares durante a intervenção ortodôntica.
Black et al. em 1990, relataram a unanimidade de autores em afirmar que a
forma do arco dentário depende de um equilíbrio harmonioso entre os tecidos moles que
o circundam e toda e qualquer alteração nesse equilíbrio pode acarretar má-oclusão,
principalmente quando esse desequilíbrio se estabelece através de hábito bucal
Revisão da Literatura
Degan, V.V. 27
inadequado. Os autores consideram como hábito bucal nocivo, a sucção realizada de
maneira inadequada, como a utilização de bicos longos e orifícios aumentados, em que o
líquido é retirado pelo pressionamento posterior e pela frustração no instinto de sucção,
pela retirada imediata do bebê do seio após a amamentação, ou pelo uso da mamadeira,
principalmente se for utilizada como dispositivo para acalmá-la ou induzí-la ao sono. O
tipo de má-oclusão provocado pelo hábito depende de variáveis como intensidade, força,
duração, posição dos dedos na boca, números de dedos sugados e chupetas envolvidas
no ato. As alterações encontradas nos portadores de hábitos de sucção de chupeta foram
alterações na musculatura de lábios e língua, hipodesenvolvimento de mandíbula,
protusão de incisivos superiores, mordida aberta anterior e palato ogival.
No mesmo ano de 1990, Almeida & Ursi afirmaram que na dentição mista a
prevalência de mordida aberta anterior chega a 17%, e é causada por fatores como
irrompimento parcial dos incisivos, tamanho anormal do tecido linfóide, provocando
alterações na postura lingual, persistência de deglutição infantil e hábitos bucais. Entre
os hábitos bucais os mais freqüentemente encontrados são sucção digital, de chupetas,
hábitos linguais e postura labial alterada.
Também em 1990, Vandergorn realizou estudo sobre hábitos bucais (dedo,
chupeta e mamadeira) e sua relação com a deglutição em crianças de sete, oito, nove, e
dez anos e concluíram que: hábitos de sucção de chupeta aparecem mais freqüentemente
que mamadeira ou sucção digital; hábitos bucais ocorreram igualmente em meninos e
meninas; os hábitos bucais ocorreram igualmente entre os quatro grupos analisados;
tipos de deglutição atípica ocorreram relativamente iguais entre crianças com e sem a
presença de hábitos bucais. Um dos principais fatores responsáveis para padrões
anormais de músculos orofaciais são hábitos de sucção (dedos, mamadeira e chupeta),
respiração bucal, presença de hipertrofia de amígdalas e adenóide, perda precoce dos
dentes, continuidade de alimentação usando alimentos moles em idades avançadas e
outros hábitos como roer unha e bruxismo.
Van der Linden em 1990 afirmou que durante o crescimento deve-se dar
maior importância para a posição da língua e dos lábios em repouso do que durante a
Revisão da Literatura
Degan, V.V. 28
deglutição e estas forças seriam importantes na determinação da posição vestíbulo-
lingual dos incisivos
No ano de 1991, Moyers analisou fatores etiológicos de má-oclusão.
Salientou que, embora a hereditariedade fosse um fator importante, durante a infância a
região orofacial seria altamente adaptável embora este fato diminuísse com o decorrer da
idade. O mesmo fator etiológico de uma má-oclusão teria diferentes efeitos, dependendo
do indivíduo e de sua idade.
Zante, em 1991 descreve que o objetivo da terapia é manter um padrão
correto de deglutição e uma correta postura de lábios e língua. A terapia segue uma
seqüência que avança à medida que o paciente atinge um outro nível. Essa seqüência
geralmente é dividida em quatro fases. A primeira fase consiste em desenvolver novos
padrões musculares necessários para uma correta deglutição e postura de repouso de
lábios e língua. A ênfase não é na força muscular, mas para estes músculos atuarem
usando novos e deficientes movimentos e posições. A seqüência de treino muscular
começa com a porção anterior da língua e progride para o centro e parte posterior. A
segunda fase integra a nova estabilização dos movimentos junto a padrões funcionais, o
paciente está pronto para colocar estes padrões musculares na seqüência de deglutição de
alimentos, saliva e líquidos. A terceira fase é uma continuação da segunda com ênfase
no local, força e para a automatização a nível habitual. Estímulos auditivos, visuais e
táteis para lembrá-lo são freqüentemente dados neste estágio. A quarta fase fornece
subsídios para ajudar no monitoramento da retenção dos padrões comportamentais
aprendidos.
Em 1991 Moore descreve exercícios para corrigir alterações posturais. Eles
podem ser feitos através de fortalecimento, colocação da postura ideal e automatização
da nova condição. Dentre eles cita exercícios para fortalecimento de lábios realizados
com botões e fios, onde é oferecida resistência, além de assobios, sopro e beijos. Para o
fortalecimento de língua cita exercícios como remover pasta de amendoim do palato
duro, estalar língua no palato abrindo e fechando a mandíbula, resistência usando o
dedo, segurar água com a língua estalada e degluti-la com a boca aberta. Para postura
labial de repouso, recomenda segurar algum objeto entre os lábios por 30 minutos,
Revisão da Literatura
Degan, V.V. 29
enquanto faz alguma atividade, como, por exemplo, assistir televisão, por três a quatro
semanas. Para postura lingual relata exercício onde um elástico ortodôntico é segurado
na papila retroincisal por 10 a 20 minutos por dia, ou segurar bala sem açúcar. Para
automatização recomenda adesivo colocado em lugares estratégico da casa para que a
criança se lembre das posturas novas. Utiliza também fotografias do paciente
apresentando a postura inadequada e recompensas em dinheiro, onde certa quantia é
retirada pelos pais a cada momento onde o paciente apresentar a postura inadequada.
Recomenda também a utilização de sinais entre os pais e filhos, como, por exemplo,
piscar os olhos quando há necessidade de corrigir a postura de repouso.
Nelson & Nelson em1991 relataram estudo realizado para verificar se havia
relação entre o tamanho da distância interlabial em população que apresentava mordida
aberta anterior. A amostra foi composta por 150 indivíduos entre 15 e 21 anos. Estes
indivíduos iniciaram tratamento ortodôntico com distância interdental de pelo menos
dois milímetros. Embora obtiveram dados que poderiam sugerir alguma correlação,
porém, estes não foram significativos.
Também em 1991, Hanson & Peachey escreveram artigo para discutir quatro
áreas: a) terminologia; b) considerações sobre o tratamento; c) relação entre atividade
dos músculos orofaciais e má-oclusão; d) termo de consentimento (um importante
documento de proteção). Afirmam que o termo deglutição é muito limitado para
descrever desordens neuromusculares, assim como deglutição infantil e respirador bucal.
Sobre exercícios labiais afirmam que em casos onde não há selamento labial, nem
sempre exercícios para fortalecimento dos lábios são indicados, seria mais útil que se
facilitasse o selamento labial. Sobre musculatura orofacial e oclusão os autores
acreditam que a deglutição sendo função intermitente, embora de grande força não seja
capaz de abrir mordida; o mais relevante seria a postura de repouso lingual, pois é
constante embora mais leve que a deglutição.
Hahn & Hahn, em 1991 afirmaram que somente a Terapia Miofuncional
pode não causar mudanças esqueletais e portanto não podem substituir a ortodontia, mas
complementam o tratamento ortodôntico e contribuem para a estabilização de estrutura
oral alterando a força muscular. Definem Terapia Miofuncional como método de
Revisão da Literatura
Degan, V.V. 30
tratamento que pode eliminar hábitos nocivos da região orofacial e provocar mudanças
nos padrões de movimentos e prevenir desvios no desenvolvimento. Citam linhas de
tratamento, como o tratamento ortodôntico preventivo, baseado em Balters; o método
neuromotor utilizado por Strauber, Hanson, Padovan e Garliner; a estimulação tátil e
cinestésica ou método sensitivo (Dahar e outros) e a terapia de reabilitação com
deficientes mentais desenvolvida por Castillo-Moralles.
Snow, em 1991 sugeriu o uso de auto-avaliação do comportamento orofacial
devido a deglutição ser um processo inconsciente e, portanto, haver necessidade de
trazê-la para o nível consciente. A criança deverá anotar o número de vezes que deglute
saliva conscientemente, a posição dos lábios, deglutição de líquidos com observação
também da posição dos lábios. Depois faz uma descrição de olhos fechados da posição
da língua, durante três deglutições com água.
Em publicação de 1991, Weinfield relata que acredita que não só a postura
de repouso lingual, deglutição de saliva e postura labial são importantes, mas também a
deglutição de alimentos. Devido a este fato, a autora incluiu alimentos em sua Terapia
Miofuncional. Sustenta que isto é feito para que o paciente entenda a correta deglutição.
Inicialmente os exercícios são feitos diante do espelho, depois este é retirado. Cita com
alimentos usados: pasta de amendoim, usada na deglutição primeiramente com a língua
colocada em região de papila retroincisal tanto com lábios abertos como fechados;
pudim ou iogurte cremoso utilizados com auxílio de colher adequada; banana usando
garfo; refeições como vegetais, saladas e sobremesas; alimentos que se come com as
mãos como pizzas, sanduíches, bolachas; sólidos com líquidos, como cereal com leite e
“snacks”como pipoca e biscoitos pequenos.
Moresca & Feres, em 1992, relatam que crianças que são amamentadas
desenvolvem menos hábitos de sucção. Também que a sucção de chupeta é menos
prejudicial que o dedo, pois as modificações seriam limitadas à região anterior. Hábitos
de sucção, mantidos até os 4 anos de idade, podem causar alterações como mordida
aberta anterior, interposição lingual, respiração bucal, alteração da musculatura labial,
atresia palatal e outros. Sugerem três etapas para a remoção do hábito de sucção, sendo
que a primeira deveria ocorrer durante a dentição decídua, quando os pais e as crianças
Revisão da Literatura
Degan, V.V. 31
deveriam ser conscientizados sobre os efeitos nocivos dos hábitos de sucção. A segunda
etapa ocorreria durante o irrompimento dos dentes incisivos permanentes, quando
poderiam então utilizar mecanismos de auto-ajuda, para anotações de ocorrência ou não
dos hábitos. A terceira etapa seria após o irrompimento dos dentes permanentes, quando
seriam utilizados dispositivos intra-bucais, e, quando necessário, a indicação de
tratamento psicológico conjuntamente.
Em 1992, Urias considerou as relações dentárias, determinadas
principalmente pelas bases de suporte ósseo, sugeriu que o estudo cefalométrico seria
importante para a avaliação do esqueleto craniofacial nas má-oclusões, pois se tratando
de uma má-oclusão de origem dentoalveolar teria uma abordagem terapêutica diferente
de má-oclusões esqueletais. A mordida aberta anterior foi classificada em duas
características: as dentoalveolares relacionadas a distúrbios de irrompimento de dentes e
crescimento alveolar, e as esqueléticas, que além dos distúrbios dentoalveolares existia
também uma desproporção entre os componentes do complexo craniofacial. Salientou
ainda que alterações dentofaciais, como a mordida aberta, resultam de uma interação
entre fatores genéticos e ambientais, sendo que os hábitos de sucção poderiam estar
relacionados. Afirmou também que mordida aberta poderia sofrer correção espontânea,
se o hábito fosse eliminado até os 5 anos de idade. Um hábito prolongado poderia ainda
acarretar um estreitamento do arco palatal, o que ocasionaria uma mordida cruzada
unilateral.
Horn em 1992 propôs em seu estudo o uso da proporção altura facial
posterior e altura facial anterior, denominada índice de altura facial (IAF) durante o
tratamento ortodôntico. Afirmou que este índice é um indicador de rotação mandibular.
Quando há um aumento no IAF, este pode indicar uma tendência de rotação de
crescimento mandibular para cima e para frente.
Schwartz & Schwartz, também em 1992, consideraram que uma má-oclusão
poderia ser de origem hereditária, em que as anomalias são congênitas ou poderiam ser
adquiridas, após o nascimento, por ação de fatores externos, como por exemplo, sucção
de dedo ou chupeta, interposição lingual e/ou labial, levando a alterações como mordida
aberta anterior.
Revisão da Literatura
Degan, V.V. 32
No ano de 1993, Päunio et al. realizaram estudo e concluíram que hábitos de
sucção aos 3 anos de idade são fortemente associados com má-oclusões. O uso da
chupeta nesta mesma idade é freqüentemente encorajada pelos pais que querem acalmar
seus filhos. A mordida aberta anterior foi observada em 27.2% das crianças examinadas.
Também associaram aleitamento natural prolongado com menor índice de uso de
chupeta.
Em 1993, Proffit & Fields Jr. descreveram que o prolongamento de sucção
não nutritiva poderia provocar má-oclusão. O deslocamento suave dos incisivos
decíduos é geralmente percebido em uma criança com o hábito de sucção entre 3 ou 4
anos de idade, porém se o hábito for abandonado nesta fase, a pressão dos lábios e
bochechas e língua logo restabelecerá os dentes para a posição correta. Afirmaram
também que quando há presença de mordida aberta anterior e/ou protusão dos incisivos
superiores, como freqüentemente ocorre nos hábitos de sucção é mais difícil selar a parte
da frente da boca durante a deglutição para prevenir que alimentos e líquidos escapem.
Trazer os lábios de encontro um ao outro e colocar a língua entre os dentes anteriores
separados é a maneira encontrada para promover selamento anterior, como isso ocorre
alteração no padrão de deglutição. A deglutição com interposição lingual, portanto,
deveria ser considerada como resultados de incisivos mal posicionados e não como
causa de mordida aberta anterior. Ressaltaram que a correção da posição dentária pode
desencadear um padrão normal de deglutição. Afirmaram que os incisivos decíduos
tendem a se posicionar mais verticalizados e que à medida que os incisivos permanentes
os substituem, inclinam-se levemente para frente os quais se dispõem no arco em
circunferência maior, contribuindo para o aumento de 1 a 2 mm. de espaço adicional
ajudando a resolver o apinhamento.
Ainda em 1993, Snow afirmou que a Terapia Miofuncional com ênfase na
postura em repouso de língua no palato poderia remover forças físicas como as
provocadas pelo repouso lingual entre os dentes. Relatou também que hábitos de sucção,
onicofagia e interposição lingual poderiam ser eliminados e como resultados destas
mudanças poderia haver um fechamento de espaço vertical aberto se não houver outras
interferências e se ocorrerem antes da idade adulta.
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Degan, V.V. 33
No mesmo ano de 1993, De Luca recomendou o uso do valor de RMS (Root
Mean Squared) para medir a amplitude do sinal eletromiográfico, pois este representaria
a força do sinal e assim teria um significado físico claro.
Portney, também em 1993 recomenda que se faça algum tipo de
normalização para validar comparações entre sessões, músculos ou pacientes e esta pode
ser feita através da contração máxima. Para a interpretação das alterações ocorridas na
atividade da unidade motora recomenda a determinação da raiz quadrada da média
(RMS). Estes valores fornecem um sinal (output) praticamente instantâneo da força do
sinal eletromiográfico, sendo considerada a forma preferida de output por alguns
pesquisadores. Afirmou também que a eletromiografia registra a atividade da unidade
motora do músculo estudado e não a tensão muscular que é uma função de processos
contráteis. Ressalta que uma atividade maior detectada no registro eletromiográfico
pode, na verdade indicar uma eficiência muscular diminuída.
Sá Filho em 1994, afirmou que a motricidade da face é desempenhada por
uma musculatura muito diferenciada em ações. Ali se concentram músculos que
exercem várias funções. Relata que a eletromiografia registra uma atividade elétrica
muscular e é mais útil para medir tensão isométrica, não sendo confiável no registro de
tônus muscular de repouso. Descreve também que a atrofia muscular ocorre pelo desuso
como conseqüência de pouca atividade funcional. Observou que nos músculos faciais,
cuja motricidade é falha, pode ocorrer oclusão incorreta como conseqüência da relação
entre músculo, osso e dente.
Zilli, em estudo de 1994 realizou estudo que teve como objetivo verificar o
funcionamento dos músculos orbicular superior e inferior em indivíduos com oclusão
em Classe I de Angle, no repouso e em movimentos lábio-mandibulares e detectar
possíveis diferenças nas funções deste em tais movimentos e também diferenças da
atividade muscular em indivíduos Classe I e com oclusão normal. Após os resultados a
autora concluiu que a atividade é maior nos movimentos inclusive mastigação, com
maior atividade dos músculos orbiculares inferiores em relação aos superiores.
Comparando-se o grupo com oclusão normal e Classe I, constatou maior atividade dos
Revisão da Literatura
Degan, V.V. 34
orbiculares inferiores no grupo Classe I. Os músculos orbicular superior e inferior
funcionam independentemente durante movimentos lábio-mandibulares.
Seminara & Seminara afirmaram em 1994, que na presença de mordida
aberta dentoalveolar, a Terapia Miofuncional inclui a eliminação de hábitos,
retreinamento da função lingual e fortalecimento de alguns grupos musculares. A
mordida aberta esqueletal pode ser um impedimento para a Terapia Miofuncional, pois
nestes casos a língua pode ser a vítima e não a causa do problema.
Mora, também em 1994, definiu como aprendizagem o processo pelo qual a
experiência prática ou observação permitem desenvolver modificações na conduta que
favorece a adaptação ao meio ambiente. Afirmou também que comumente o termo
aprendizagem é reservado para o período inicial, durante o qual é adquirido um novo
hábito. Atribuiu ao termo memória o que se refere ao processo de armazenagem pelo
qual a modificação é preservada através do tempo. Em conseqüência graças a
aprendizagem, o organismo adquiri a capacidade para demonstrar, após certo tempo a
conduta modificada.
Ainda em 1994, Bydlowski & Bydlowski relatam que o músculo esquelético
é formado pelas células ou fibras musculares e que cada fibra muscular possui
subunidades denominadas de miofibrilas que apresentam filamentos grossos
denominados de miosina e filamentos finos denominados de actina. Descreve que a
unidade motora consiste na via final comum e funcional de toda a atividade motora e a
capacidade que um determinado músculo possui para executar uma função é devido a
soma das capacidades das unidades motoras que o compõe.
Em 1995, Köhler et al. enfatizaram a ação da musculatura sobre a forma,
estrutura e função do sistema estomatognático, podendo formá-la corretamente ou
deformá-la. A sucção, fundamental e vital para a preservação da vida, é que dá início à
dinamização de toda a cadeia neuromuscular facial, portanto interferências na
normalidade deste primeiro ato da vida de relação do bebê em sua fase extra-uterina
pode iniciar a geração de malformações na região dentofacial que não são nem
hereditárias nem congênitas e sim de caráter adquirido. A falta de amamentação no seio
materno começa a gerar as primeiras inadequações funcionais que atuarão sobre a
Revisão da Literatura
Degan, V.V. 35
morfofuncionalidade facial. O uso inadequado e o tempo prolongado do uso de
mamadeiras alterariam a ação neuromuscular que provoca um desequilíbrio da
neuromusculatura facial conduzindo a uma configuração osteoesqueletal
progressivamente deformada e anormal.
Hanson & Barret em 1995 afirmaram que para o restabelecimento da postura
correta de lábios é necessário que a respiração se realize habitualmente pelo nariz.
Propõem também que os lábios devem repousar um contra o outro confortavelmente, ou
pelo menos com o mínimo de esforço. Da mesma forma a língua deve tocar a papila
superior sem qualquer dificuldade e sendo assim é de fundamental importância orientar
o paicente pra que preste bastante atenção a estas posturas de repouso. Para isso
lembretes podem ser utilizados. Relatam duas contribuições importantes do programa de
terapia que seria o conceito de (1)“desmontagem do motor, usinagem de algumas peças
e substituição de outras e a remontagem com um funcionamento mais suave e
homogêneo e os procedimentos e (2) procedimentos que permitam alcançar mudanças
no nível subconsciente com relativa rapidez” . Os autores também citam quatro fases
gerais para o tratamento fonoaudiológico de alterações miofuncionais: a fase de
desenvolvimento de novos padrões musculares, a fase de integração das novas atividades
musculares aos padrões funcionais, a automatização dos padrões corretos e a
manutenção dos padrões aprendidos.
Josell, em estudo realizado em 1995, concluiu que a função oral ou posição
de repouso alteradas tem significativa influência no desenvolvimento da região
orofacial. No caso de hábito de sucção não nutritiva, o compromisso e desejo da criança
em abandonar o hábito, são importantes para o sucesso de sua eliminação.
Também em 1995, Haruki et al. estudaram relação entre língua e lábios e a
inclinação dos incisivos centrais superiores e inferiores em 83 pacientes. Relataram que
muitos pacientes com hábito de projeção lingual tinham uma postura de língua baixa,
enquanto que muitos do grupo controle tinham postura de língua em repouso no palato e
lábios relaxados e fechados. 71% do grupo controle tinham a postura de repouso ideal.
Através de cefalometria observaram que o grupo que apresentava hábito de interposição
lingual apresentou maior ângulo FMA. Pacientes com hábitos bucais apresentaram
Revisão da Literatura
Degan, V.V. 36
menor sobremordida e overjet que o grupo controle. Esses dados podem ser importantes
na avaliação de crianças com interposição lingual que muitas vezes é de difícil
diagnóstico.
Em estudo do ano de 1995 Ahlgreen, realizou estudo utilizando
eletromiografia de superfície e relatou que a atividade aumentada dos lábios e mento é
desenvolvida durante a sucção de dedo ou chupeta. A atividade do bucinador é menos
evidente, demonstrando pouca e moderada atividade. A atividade de lábios e
bucinadores é mais evidente entre sugadores de chupeta do entre sugadores de dedo.
Sucção de água através de canudo e a função de deglutição produziram padrões
funcionais similares para sugadores de dedo, ou seja, forte atividade dos músculos
orbicular da boca e mentual e menor atividade nos bucinadores. A atividade em repouso
dos músculos periorais foi pronunciada entre sugadores de dedo e chupeta, enquanto que
dos bucinadores não foram significativas. A atividade de lábios e bucinadores foram
substancialmente menores, tanto no repouso quanto durante a sucção no grupo controle
que foi composto por indivíduos que não eram sugadores de dedo.
No mesmo ano de 1995, Yamaguchi e Sebata, publicaram estudo em que
realizaram Terapia Miofuncional em pacientes que haviam sido submetidos à cirurgia
ortognática e concluíram que após o tratamento miofuncional houve melhora nas
posturas orofaciais, melhora na força muscular e melhora nas funções de fala e
deglutição.
Annunciato, também em 1995, relatou que em crianças ou adultos, adptações
de funções neuronais dependem de condições ambientais. Citou que uma das primeiras
formas de plasticidade neuronal seria freqüentemente chamada de estimulação de
maturação dependente (fatores epigenéticos) do sistema nervoso. A segunda forma de
plasticidade no organismo normal pode ser entendida como “processo de aprendizagem”
que envolve tanto o aprendizado motor inconsciente (memória neuromuscular
inconsciente {automatismo}) e aprendizado consciente (memória). Os dois processos
são baseados em mecanismos fisiológicos similares e constituem a base para a
organização neural do sistema nervoso, como também a reabilitação após um processo
de dano.
Revisão da Literatura
Degan, V.V. 37
No mesmo ano de 1995, Takahashi et al., demonstraram três casos diferentes
tratados com Terapia Miofuncional combinada à ortodontia. Afirmaram que a melhora
da postura e da função muscular podem causar excelentes alterações na forma dentária.
Ainda no ano de 1995, Neiva & Wertzner realizou uma pesquisa que tinha
como objetivo comparar as características em indivíduos com e sem desordens
miofuncionais orais, com o propósito de confeccionar um protocolo contendo os mais
relevantes aspectos para o diagnóstico destas desordens. Resultados mostraram que as
principais características diferenciando indivíduos com e sem desordens miofuncionais
são alterações respiratórias, postura de repouso de lábios e língua, tônus labial, palato
duro, deglutição, respiração e oclusão.
O’Brien et al. em uma revisão de literatura, no ano de 1996, afirmaram que o
tipo de aleitamento (natural ou artificial) interfere diferentemente nas estruturas
dentofaciais da criança, sendo que a amamentação natural é a que promove um melhor
desenvolvimento dessas estruturas. Os efeitos da sucção através de mamadeira nas
estruturas dentofaciais variam de acordo com o tipo de bico utilizado. Quando um bico
não fisiológico é utilizado, o final deste fica contra a parede faríngea, o líquido escoa
diretamente para o trato digestivo, sem que a musculatura utilizada para a sucção tenha
sido utilizada. Quando o tamanho do orifício do bico da mamadeira é grande, o fluxo se
torna mais rápido e a criança necessita regulá-lo ou pará-lo com a ponta da língua. Os
bicos denominados ortodônticos parecem se adaptar melhor com a anatomia, permitindo
participação maior da musculatura oral e perioral. Afirmaram também que os efeitos dos
hábitos de sucção no desenvolvimento da mandíbula, maxila e dos arcos dentários
dependem da freqüência, intensidade, duração, desenvolvimento osteogênico e genética
da criança.
Thiele, em 1996, descreve uma seqüência para tratamento de alterações
miofuncionais. Inicia pela fase denominada de instrução, em que o paciente e a família
são informados sobre o que está fazendo de adequado e inadequado. A segunda fase é
denominada de fase de motivação e se caracteriza por fazer com que o paciente entenda
a necessidade das mudanças visando maior colaboração. Na seqüência a fase de
sensibilização é utilizada em que é feito um seqüenciamento de diferentes categorias de
Revisão da Literatura
Degan, V.V. 38
exercícios que ajudam na sensibilidade, onde primeiramente é trabalhada a sensibilidade
na superfície, pele ou mucosa, até chegar em uma propriocepção profunda. Em seguida a
fase de orientação é realizada onde se escolhe exercícios que o paciente seja capaz de
executar. A eutonização é o momento onde são escolhidos exercícios tanto para
aumentar ou diminuir o trabalho de fortalecimento de tônus do músculo alvo ou de um
grupo muscular. A fase da coordenação acontece no primeiro momento guiada pelo
instrutor, num segundo momento guiada pelo paciente e na da fase de automatização
(habituação) controlada pelo subconsciente dele. A automatização (habituação) consiste
em o paciente usar automaticamente os movimentos musculares e posturas que foram
treinados.
Também em 1996, Rasheed & Munshi afirmaram que a atividade muscular e
a espessura da musculatura perioral em crianças apresentando oclusão em Classe I de
Angle, tendo relação anterior normal, mordida profunda e mordida aberta anterior foram
avaliadas usando técnicas eletromiográficas e ultrassonográficas. Os resultados
demonstraram que a espessura do músculo do lábio superior foi menor em indivíduos
com mordida aberta anterior e a espessura do músculo labial inferior foi máxima em
indivíduos com mordida profunda. Uma correlação negativa significativa entre a
atividade muscular e a espessura dos lábios inferiores em indivíduos que apresentaram
relação anterior normal. Os músculos dos lábios superiores contribuíram para atividade
eletromiográfica máxima em todos os três grupos observados.
Luttmann, 1996 afirmou que a contração muscular e a produção de força
ocorrem devido a uma mudança nas posições relativas de várias moléculas alinhadas ou
filamentos organizados no interior do músculo. Esse deslizamento dos filamentos é
ativado por um fenômeno elétrico conhecido como potencial de ação. O registro do
padrão do potencial de ação do músculo é chamado eletromiografia.
Boni et al., em 1997, realizaram estudo para verificar o comportamento da
mordida aberta anterior, em 20 crianças, de 4 a 6 anos, após remoção de hábitos de
sucção de chupeta e/ou mamadeira. O Método de Esclarecimento foi utilizado para a
remoção dos hábitos. Esse método consitia de esclarecimentos feitos às crianças e seus
pais, sobre as possíveis alterações que os tais hábitos poderiam determinar. As alterações
Revisão da Literatura
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morfológicas, decorrentes da remoção do hábito de sucção, foram avaliadas, através de
telerradiografias em norma lateral da cabeça. A avaliação cefalométrica considerou as
grandezas cefalométricas angulares: FMA, SNA, Ângulo Z, Ângulo Interincisivos,
1.NA; as lineares: 1-NA, AFA e Sobressaliência. Os resultados coletados, através de
traçado cefalométrico, mostraram que as medidas cefalométricas, 1.NA, 1-NA, Ângulo
Interincisivos e Sobressaliência, sofreram alterações estatisticamente significativas. Os
autores concluíram que houve redução da mordida aberta anterior após a remoção do
hábito de sucção, sem o uso do aparelho ortodôntico.
Schievano realizou estudo em 1997 em que através de eletromiografia de
superfície e exame clínico concluiu que a Terapia Miofuncional provocou alterações
positivas no padrão de deglutição e realização da respiração nasal.
Farsi et al, em 1997, realizaram estudos para determinar a prevalência de
hábitos de sucção entre crianças sauditas, de 3 a 5 anos, a influência de fatores culturais
e também os efeitos que esses hábitos poderiam causar na dentição primária. Os autores
concluíram que a maior prevalência de hábito de sucção era o uso de chupeta. O número
de sugadores de dedo ou chupeta foi menor entre as crianças que foram mais expostas a
amamentação. Os sugadores de chupeta abandonavam seus hábitos nos primeiros anos
de vida enquanto que os sugadores de dedo ainda o apresentavam aos 5 anos de idade.
Houve diferença significativa entre as que apresentavam hábito de sucção com relação a
molares mais distalizados, relação de caninos em classe II, sobressaliência e mordida
aberta anterior. Não foram observadas relações entre o grau de instrução dos pais e o uso
de chupeta ou sucção de dedo como os encontrados em estudos de outros autores.
Afirmou também que as crianças que abandonam os hábitos de sucção por volta dos 5
anos de idade podem apresentar autocorreção das alterações oclusais apresentadas.
Benkert em 1997 relatou que desordens miofuncionais podem influenciar ou
criar má-oclusões e que a Terapia Miofuncional que promove nova postura de estruturas
em repouso e durante a deglutição tem uma influência positiva na oclusão. Concluiu que
a oclusão melhora como resultado da Terapia Miofuncional havendo uma diminuição da
mordida aberta anterior e a sobressaliência e estas podem ocorrem sem prévia ou
concomitante intervenção ortodôntica, embora este não seja o objetivo inicial da Terapia
Revisão da Literatura
Degan, V.V. 40
miofuncional. A terapia miofuncional do ponto de vista de saúde pública pode ser uma
forma de primeira intervenção para saúde global e bem estar do indivíduo. Afirma
também que a intervenção precoce da disfunção da musculatura orofacial aumenta o
potencial de um crescimento e desenvolvimento normal.
Ngan & Fields, 1997 relatam características clínicas e cefalométricas da
mordida aberta anterior esqueletal. Dentre as alterações clínicas estão à incompetência
labial (separação maior ou igual a 4 mm na postura de repouso labial). Para as alterações
cefalométricas foram evidenciados excesso na altura facial, particularmente no terço
inferior. Descrevem com etiologia da mordida aberta anterior forças resultantes da
sucção digital, uso de chupeta, hábitos linguais e labiais e obstruções aéreas que
induzem a respiração bucal. Afirmam que há uma tendência da mordida aberta anterior
fechar depois que os hábitos de sucção de chupeta são interrompidos.
Ervilha et al., em 1998 afirmam que o sinal eletromiográfico deve ser
normalizado para que se possa comparar valores obtidos de diferentes sujeitos e em dias
diferentes e que o valor médio ou pico da amplitude do sinal obtido em tarefas cíclicas
mostram-se valores adequados para a realização do procedimento.
Ríspoli & Bacha, 1998 relataram que a Terapia Miofuncional atua nas
desordens miofuncionais restabelecendo as funções de respiração, mastigação,
deglutição e fala. Pode se associar à Terapia Miofuncional a Mioterapia, que irá adequar
força e movimento dos músculos do sistema estomatognático, além de remover hábitos
parafuncionais e restabelecer posturas de repouso. Descreveram um tipo de intervenção
denominada Intervenção Fonoaudiológica Breve que consistiu de 8 sessões realizadas
uma vez por semana, em que os pacientes eram atendidos em grupo por duas
fonoaudiólogas. Concluíram que este tipo de intervenção foi efetiva para a melhora da
respiração nasal diurna e postura labial e que pode ser realizada antes ou associada a
Terapia Miofuncional e Mioterapia.
Também em 1998, Landis afirmou que alterações na musculatura e funções
orofaciais podem ocorrer por muitas razões entre elas pela presença de hábitos bucais.
Ainda em 1998, Murray et al. realizaram estudo para verificar a força labial
em adultos jovens durante a fase preparatória e oral da deglutição de líquidos. Utilizaram
Revisão da Literatura
Degan, V.V. 41
a sucção por canudo e constaram que a atividade elétrica dos lábios é ausente durante o
repouso e a sucção por canudo produziu maior atividade elétrica nos músculos labiais
que durante a máxima compressão deles. Concluíram que é possível que os grupos
musculares adicionais sejam recrutados durante a sucção por canudo.
Felício em 1999 descreveu a sucção nutritiva e não nutritiva prolongada
como um fator que provocaria desequilíbrio de forças atuando contra o crescimento da
maxila. E este além de ser um fator negativo para o bom desenvolvimento das estruturas
ósseas e dentárias, provoca também mudanças no funcionamento da musculatura do
sistema estomatognático. Afirmou também que a criança que suga por muitos anos tende
a permanecer de boca aberta e pode, como conseqüência, desenvolver um padrão de
respiração bucal viciosa e os lábios deixarem de exercer sua função de selamento labial.
Com o estabelecimento de um padrão respiratório bucal ou misto ocorrem respostas
neuromusculares como abaixamento da mandíbula e língua, os lábios não exercem o
selamento da cavidade oral. Relatou também que os lábios separados deixam de exercer
a ação de contenção dos arcos dentários e geralmente os dentes superiores tornam-se
vestibularizados, fato que dificultaria ainda mais o selamento labial. Lábios separados
implicam numa diminuição de impulsos sensoriais e conseqüentemente diminuição de
impulsos motores que tornaria o lábio superior hipotrófico e o inferior flácido. A
tentativa de selamento nestes casos levaria a tensão do músculo mentual que entra em
ação para auxiliar a elevação do lábio inferior incompetente e assim promover o contato
com o superior que muitas vezes se encontra encurtado. Também fez considerações
sobre o músculo mentual em que deveria ser uma preocupação menor do que a
necessidade de alongar o lábio superior quando este estivesse encurtado e normalizar a
função do inferior, pois o músculo mentual tenderia a reduzir sua atividade quando os
lábios se normalizassem. Ressaltou a importância dos bucinadores para mastigação que
junto com a língua tem a função de reconduzir os alimentos dos vestíbulos para o centro
da cavidade bucal e para as faces oclusais.
Schievano et al. em 1999 realizaram estudo utilizando eletromiografia de
superfície e exame clínico para avaliar a influência da Terapia Miofuncional nos
músculos orbiculares da boca superior, inferior e mentual em repouso e com os lábios
Revisão da Literatura
Degan, V.V. 42
fechados em 13 crianças de 5 a 10 anos de idade, respiradores bucais sem obstrução
nasal. Concluíram que a Terapia Miofuncional pode melhorar a morfologia e função
destes músculos em respiradores bucais.
Pereira em 1999 em seu estudo faz considerações sobre a atuação da
fonoaudiologia em saúde pública, ressaltando a importância da prevenção em
fonoaudiologia que deve ser realizada em três níveis: primária (visando a promoção da
saúde geral e a proteção específica a determinada patologia), a secundária (visando a
detecção, diagnóstico e tratamento precoce) e terciária (que tenta minimizar as seqüelas
através da reabilitação). Durante seu experimento constatou que 72,4% das queixas
abordavam algum aspecto de fala e 12,25% relativas a distúrbios miofuncionais.
Em publicação de 1999, Stormer & Pancherz avaliaram
eletromiograficamente indivíduos com mordida aberta anterior e padrão de deglutição
atípica e um grupo controle com indivíduos normais antes e depois do tratamento
ortodôntico que consistiu em fechamento da mordida aberta anterior. Os músculos
estudados foram os orbiculares superior e inferior, mentual, masseteres, temporais e
região de modíolo,. Para os indivíduos com mordida aberta anterior e deglutição alterada
foram evidenciadas maior atividade eletromiográfica dos músculos periorais e menor
atividade dos músculos mastigatórios que o grupo controle. Não foi encontrado
normalização eletromiográfica do padrão de deglutição após o fechamento da mordida.
Também no ano de 1999, Bacha & Ríspoli publicaram estudo utilizando a
Intervenção Fonoaudiológica Breve que consistiu de 8 sessões em grupo realizadas por 2
fonoaudiólogas, com duração de uma hora, semanalmente, na presença dos pacientes e
seus acompanhantes. Concluíram que este programa foi efetivo para a melhora da
respiração diurna e postura labial.
Ainda em 1999, Degan relatou que a mordida aberta anterior pode ter como
fator etiológico hábitos de sucção, implicando em alterações no desenvolvimento de
estruturas e funções do sistema estomatognático. Sendo assim, hábitos de sucção devem
ser removidos o mais precocemente possível para que má-oclusões do tipo mordida
aberta anterior sejam evitadas, corrigidas ou atenuadas, favorecendo o equilíbrio no
desenvolvimento das estruturas e funções do sistema estomatognático. O
Revisão da Literatura
Degan, V.V. 43
restabelecimento destas funções depende do reequilíbrio das forças que atuam na
cavidade bucal, que podem promover a autocorreção da mordida aberta anterior.
Entretanto, nem todas as crianças que têm o hábito removido são sujeitas a autocorreção,
necessitando de outras intervenções.
Em 2000, Carrara de Angelis et al. descreveram exercícios isotônicos como
aqueles que ocorre tensão muscular acompanhada de modificação no tamanho da fibra
muscular. Indicados para aumentar a oxigenação muscular, coordenação da musculatura
e aumento da amplitude de movimento. Os exercícios isométricos são aqueles em que é
desenvolvida tensão sem modificação do tamanho da fibra muscular, sendo indicado
para aumento de força muscular.
González em 2000 afirmou ser imprescindível a respiração nasal para o bom
desenvolvimento das funções orofaciais e conseqüentemente, o crescimento esquelético
harmonioso. Durante a respiração bucal os lábios ficam entreabertos e assim não existe a
ação da cinta muscular que modela o crescimento dos maxilares e das arcadas dentárias.
Fez considerações sobre uso da chupeta e ressaltou que a sucção que altera a oclusão
dentária é aquela em que os movimentos são substituídos por “lamber” e não sugar, pois
durante este tipo de sucção a língua encontrasse baixa e impulsiona o objeto para fora da
cavidade bucal, sem que chegue a expulsá-lo por completo, sem que cheguem a cair.
Em publicação do ano de 2000, Hermens et al, fizeram recomendações sobre
procedimentos e sensores para realização de eletromiografia de superfície. Quanto aos
sensores estabeleceu-se que o tamanho deste não deve ultrapassar a 10 mm. A distância
entre eles deve ser de 20 mm. O material indicado é Ag/AgCl. A pele deve ser preparada
e o posicionamento do paciente também é importante. Os eletrodos devem ser
posicionados paralelamente às fibras musculares num local que propicie uma coleta de
qualidade, tentando-se evitar ponto motor, tendões e outros músculos ativos nas
proximidades dos sensores, evitando assim crosstalk.
Degan et al., em 2001, realizou estudo para verificar se a autocorreção da
mordida aberta anterior variava de acordo com a faixa etária, após a remoção de hábitos
de sucção de chupeta e/ou mamadeira, em crianças na faixa etária de 4 anos a 6 anos e 3
meses. Foi utilizada uma amostra de 30 crianças, divididas em 3 grupos, conforme a
Revisão da Literatura
Degan, V.V. 44
faixa etária, sendo que o Grupo I foi composto de crianças na faixa etária de 4 anos a 4
anos e 3 meses. O Grupo II compreendeu a faixa de 5 anos a 5 anos e 8 meses e o
Grupo III com idades entre 5 anos e 10 meses a 6 anos e 3 meses. Os participantes das
amostras foram selecionados em pré-escolas e creches da rede pública ou privada da
região de Limeira – SP. Para a remoção dos hábitos de sucção de chupeta e/ou
mamadeira foi utilizado o Método de Esclarecimento. A alteração da mordida aberta
anterior foi documentada através de fotografias intra-bucais realizadas antes do
tratamento e após 30 a 45 dias da remoção dos hábitos de sucção. A variação ocorrida na
mordida aberta anterior foi avaliada cefalometricamente em telerradiografias, em norma
lateral da cabeça, a primeira realizada antes do tratamento e a segunda, de 30 a 45 dias
após a remoção dos hábitos, utilizando-se grandezas angulares e lineares. As grandezas
cefalométricas angulares utilizadas foram: 1.NA e Ângulo Interincisivos. As grandezas
lineares foram: 1-NA e Trespasse Vertical. Após análise dos resultados, concluímos que
apesar de todas medidas terem tido alterações estatisticamente significativas, decorrentes
da remoção dos hábitos de sucção, os pacientes do Grupo I, quando comparados aos
demais grupos, apresentaram maior alteração da medida cefalométrica Trespasse
Vertical, estatisticamente significativa em nível de 5%. Portanto, hábitos de sucção de
chupeta e/ou mamadeira, preferencialmente devem ser removidos aos 4 anos de idade,
para que má-oclusões do tipo mordida aberta anterior, não se estabeleçam, sejam
atenuadas, ou mesmo corrigidas, proporcionando um desenvolvimento harmônico das
estruturas do sistema estomatognático e de suas funções.
Também em 2001, Camargo et al., afirmaram que o a ausência de contato
dos lábios leva a um desequilíbrio muscular que poderá afetar várias funções, como a
respiração, deglutição, fonação e crescimento harmonioso da face. A postura correta de
lábios em contato, mantendo a boca fechada, é a maior garantia de que a respiração é
realizada corretamente pelo nariz, favorecendo o crescimento da face. Relataram
também que as forças constantes, tais como as resultantes do tipo de postura de repouso
dos lábios, são muito importantes na definição da oclusão e quando em desequilíbrio são
os mais poderosos fatores de deformação dos arcos e posição dos dentes.
Revisão da Literatura
Degan, V.V. 45
No mesmo ano de 2001, Boni realizou estudo com objetivo de verificar a
influência do biotipo facial nas alterações oclusais da mordida aberta anterior em
crianças de 4 a 6 anos de idade que abandonaram hábitos de sucção de chupeta ou
mamadeira. Concluiu que ocorreram modificações no posicionamento dos incisivos, em
decorrência do abandono do hábito de sucção, porém sem influência do biótipo facial.
Ainda em 2001, Boni et al. publicaram artigo descrevendo um método para
remoção de hábitos de sucção de chupeta e mamadeira intitulado Método de
Esclarecimento. O método consiste de uma entrevista inicial, onde foram coletadas as
informações citadas anteriormente. Num segundo momento foram feitos esclarecimentos
aos pais, sobre as possíveis alterações que os hábitos de sucção podem determinar e as
seqüelas decorrentes da manutenção dos hábitos de sucção. Foram utilizandos
fotografias e figuras de livros sobre as possíveis alterações clínicas que os hábitos de
sucção de chupeta e mamadeira poderiam produzir nas crianças e de posse das
fotografias, telerradiografias e resultados do exame clínico, foram identificadas as
possíveis alterações produzidas pelos hábitos de sucção no paciente. Os pais foram
orientados a não interferirem na decisão da criança, reforçando positivamente quando
esta apresentasse o comportamento desejado, ou seja, a diminuição da freqüência dos
hábitos ou seu abandono. Portanto, quando a criança não apresentava o hábito de sucção
num horário em que ele freqüentemente era utilizado, ela recebia um reforço social
positivo. O reforço positivo foi programado individualmente como elogios, sorrisos ou
abraços, dependendo do que fosse mais reforçador para a criança em questão. Através
das informações colhidas com os pais, puderam ser identificados quais os horários mais
freqüentes da utilização dos hábitos e era sugerido que se alterasse a rotina da criança.
Foram estipulados encontros semanais para remoção do hábito. Um número máximo de
6 sessões foi estipulado, a partir da sessão de esclarecimento feito somente com os pais.
Caso esse número fosse atingido e o hábito não tivesse sido eliminado, houve a
suspensão do tratamento, e este somente seria retomado por solicitação do paciente.
As sessões de atendimento foram realizadas com os pacientes
individualmente, onde o mesmo tipo de esclarecimento dado aos pais foi realizado, para
isso, foram utilizados recursos como espelho, fotografias, gravuras de livros que
Revisão da Literatura
Degan, V.V. 46
mostravam as alterações clínicas provocadas por hábitos de sucção. Também foram
mostradas fotografias de casos tratados, e a primeira fotografia intra-bucal frontal do
paciente que estava sendo atendido. A criança então fazia uma comparação dessas
fotografias e escolhia entre uma mordida aberta anterior e uma oclusão sem alterações,
como padrão para sua oclusão.
No ano de 2002, Biasotto afirma que a normalização do sinal
eletromiográfico utilizada para reduzir a variabilidade entre sujeitos e dar um referencial
comum aos diferentes dados eletromiográficos deve ser realizada quando não há intuito
de observar a eficácia de um determinado tratamento, portanto este procedimento não foi
utilizado em seu estudo.
Também em 2002 Douglas definiu como motricidade a natureza dos
fenômenos fisiológicos que controlam a função motora esquelética e que os adaptam aos
requerimentos funcionais do organismo como os movimentos voluntários ou
involuntários, a postura, as posições específicas e a ritmicidade motora. Sendo que quem
determina estes efeitos é o sistema nervoso central, de maneira que as estruturas
envolvidas no controle motor fazem parte do sistema motor. A célula nervosa é
denominada neurônio motor ou motoneurônio.
Em 2003, Gomes de Sá Filho em seu artigo cita que Posen verificou que,
após tratamento corretivo, variando a situação espacial do processo dentoalveolar, o
músculo se adapta a nova situação normalizando a sua função em muitas ocasiões, e em
biprotrusões, depois da retração dos incisivos a tonicidade labial aumenta.
Camargo & Miori em 2003, afirmaram que má-oclusões são freqüentemente
originárias de hábitos orofaciais atribuídos à sucção não nutritiva prolongada, entre
outros. Afirmaram também que a perda da propriocepção do contato labial durante a fase
de desenvolvimento pode ser atribuída ao hábito de sucção prolongada, uma vez que o
bulbo da chupeta ou o dedo se comportam como um corpo estranho provocando o
afastamento dos lábios e não permitindo que eles se toquem em toda a extensão da rima
bucal, de comissura a comissura. Quando a criança perde a propriocepção de contato
labial, faz-se necessária à adoção de procedimentos interceptivos através de manobras
como exercícios funcionais, toques e massagens para a retomada da memória sensorial
Revisão da Literatura
Degan, V.V. 47
de toque labial, pois além de tudo, lábios afastados significam um convite a respiração
bucal. Quando os lábios adquirem a postura correta em contato mantendo a boca
fechada, reflete a garantia de que a respiração esteja sendo realizada corretamente pelo
nariz.
Também em 2003, Cardoso e Machado afirmaram que hábitos são ações
adquiridas pela repetição freqüente de um ato, uso ou costume. Neurologicamente,
hábitos são atividades neuromusculares conscientes ou inconscientes reguladas pelos
arcos reflexos. Relataram também que em todas as idades as pessoas revelam seus
sentimentos e reações e liberam suas tensões com algum movimento muscular ou ação.
Entretanto quando uma ação é repetida muitas vezes pode vir a se tornar um hábito, isto
normalmente reflete um sentimento inconsciente sendo o estímulo original ou causa
esquecidos. Definiram hábitos deletéreos como funções bucais que alteram o padrão de
crescimento e deterioram a oclusão, determinado funções musculares inadequadas que
durante o crescimento distorcem a foram dos arcos e alteram a morfologia normal.
Gadotti em 2003 descreveu que RMS é a raiz quadrada da média dos
quadrados da corrente ao longo de todo ciclo, sendo a forma preferida de saída de sinal
(output) utilizada pelos pesquisadores, pois fornece o número de unidades motoras
ativadas (recrutamento), a freqüência de disparos das unidades motoras e a forma dos
potenciais de ação das unidades motoras. Descreve também que normalização do sinal
eletromiográfico não foi efetiva para visualização real do sinal eletromiográfico em seu
estudo, porém este procedimento é recomendado pela ISEK (International Society of
Electrophysiology and Kinesiology), embora não seja obrigatório. Sugere que a
normalização do sinal eletromiográfico seja utilizada com discernimento.
Ainda em 2003, Marchand afirmou que a diminuição da força muscular pode
ser alterada favoravelmente por meio do treinamento assistido e, que ganhos de força são
devido a capacidade dos músculos desenvolverem tensão e a do sistema nervoso em
ativá-los. Dentre os mecanismos para aumentar a força, os principais são o maior
número de miofibrilas, a melhor coordenção neuromuscular e a maior solicitação de
unidades motoras. Relatou também que o treinamento de exercícios contra resistência
Revisão da Literatura
Degan, V.V. 48
faz com que ocorra aumento de força e hipertrofia muscular, e esta é semelhante em
indivíduos de diferentes faixas etárias.
Araújo & Bitar, em 2003 verificaram os efeitos da terapia miofuncional oral
em crianças respiradoras bucais. As crianças foram submetidas à avaliação miofuncional
oral e acompanhadas terapeuticamente por 12 sessões, em que utilizaram espelho nasal
milimetrado de Altmann e o monitor de pico de fluxo expiratório nas avaliações inicial e
final, assim como no início e no fim de cada sessão para cada paciente, com o propósito
de obter valores quantitativos indicadores da evolução de aeração nasal e potência
respiratória. Constataram que houve aumento estatisticamente significativo da aeração
nasal, segundo dados obtidos por meio do espelho de Altmann, entre a avaliação inicial,
com média de 14,80cm2 e a avaliação final, com 26,33 cm2, assim como para a potência
expiratória obtida pelo monitor de pico de fluxo expiratório, concluindo que os
exercícios miofuncionais foram eficazes no direcionamento e na potencialização
respiratória das crianças respiradoras bucais e que os instrumentos utilizados foram
eficazes para a quantificação destes progressos. Pôde-se observar a importância do
envolvimento e participação das próprias crianças e de suas famílias na promoção da
respiração nasal, notados no incômodo apresentado pela obstrução nasal, pela eficiência
na limpeza das narinas, na melhora na qualidade do sono e melhora na postura dos lábios
durante o repouso.
Sadakiyo et al., em 2003 verificaram a prevalência de hábitos de sucção
nutritivos (natural e mamadeira) e não nutritivos (chupeta), os métodos de remoção
utilizados e também os sucessos obtidos. Os resultados mostraram que a mamadeira foi
usada por 83,3% e a chupeta por 62,9% das crianças. Entre as crianças amamentadas
naturalmente até 1 a 2 anos de idade, o uso da chupeta foi 3,7 vezes menor do que
aquelas que foram amamentadas apenas até 3 meses. Grande parte da amostra declarou
não ter tentado remover os hábitos de sucção. A explicação realizada por profissionais
como odontopediatras e médicos, o uso de substâncias na chupeta, a interrupção abrupta
do hábito e explicações dadas pelos pais foi eficiente em 90%, 80%, 64% e 38% dos
casos,respectivamente. Concluiu-se que a sucção de chupeta e mamadeira foi
amplamente usada pela amostra. Houve uma relação linear indireta entre amamentação
Revisão da Literatura
Degan, V.V. 49
natural e o uso de chupeta (quanto mais a criança foi amamentada, menos freqüente foi a
utilização de chupeta). O método mais eficiente para remoção da chupeta foi a
explicação feita por profissionais, porém foi o menos usado.
Degan et al., 2003 avaliaram clinicamente as relações morfológicas oclusais
de 243 crianças com idade entre 3 anos e 6 meses a 6 anos e 11 meses, a fim de
estabelecer índices de má-oclusão e sua relação com hábitos de sucção. Verificaram que
59,7% desta população apresentava algum tipo de hábito de sucção (sucção de
mamadeira, chupeta e dedo) e destas 63,8% apresentavam algum tipo de má-oclusão
anterior. A associação de diferentes hábitos aumentavam os índices de má-oclusão. Para
a associação de sucção de mamadeira e chupeta, 57,4% apresentavam mordida aberta
anterior, 24,1% relação vertical normal, 7,4% sobressaliência, 5,5% relação de topo,
3,7% mordida aberta anterior associada a sobressaliência, 1,8% mordida cruzada
anterior. Concluíram em que hábitos de sucção são fatores determinantes de alteração
oclusal na região antero-posterior dos incisivos e a associação de hábitos eleva em 9
vezes os índices de má-oclusão.
Revisão da Literatura
Degan, V.V. 50
Proposição
Degan, V.V. 51
3-PROPOSIÇÃO
O objetivo deste estudo foi verificar a influência da terapia miofuncional
associada à remoção de hábitos de sucção de chupeta e mamadeira na redução da
mordida aberta anterior e nas alterações musculares e funcionais do sistema
estomatognático em crianças na faixa etária de 4 anos a 4 anos e 8 meses, através das
avaliações: clínica, eletromiográfica e cefalométrica.
Proposição
Degan, V.V. 52
Material e Métodos
Degan, V.V. 53
4-MATERIAL E MÉTODOS
4.1- SELEÇÃO DA AMOSTRA
O projeto de pesquisa teve a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da
FOP/UNICAMP n° 19/2000 (anexo 1), foi encaminhado à Secretaria Municipal de
Educação e Saúde da cidade de Piracicaba e autorizado pelo Sr. Secretário de Educação
a execução do experimento.
Realizou-se reunião com as agentes municipais de saúde para exposição do
projeto e em seguida 15 creches foram visitadas. Foram submetidas a exame clínico
oclusal 421 crianças realizado por um cirurgião dentista e pela pesquisadora, depois de
obtida a permissão dos pais. Destas crianças, 43 obedeciam aos critérios de inclusão e
tiveram seus pais contatados para se confirmar a presença de hábitos de sucção de
chupeta e/ou mamadeira. Coube aos pais a decisão de participar ou não da pesquisa.
Apenas, 36 pais de crianças aceitaram participar do estudo. A eles foi apresentado um
termo de consentimento com os esclarecimentos sobre a pesquisa o qual foi assinado.
Eles também tinham o direito de desistir da participação a qualquer momento, sem que
houvesse qualquer restrição por parte da pesquisadora. Das 36 que aceitaram participar
do estudo uma foi eliminada por apresentar obstrução nasal detectada por
telerradiografia em norma lateral da cabeça, uma se recusou a abandonar os hábitos de
sucção de chupeta e mamadeira, 4 foram excluídas por não abandonarem os hábitos e
completarem 5 anos de idade, uma foi excluída por ter os dentes incisivos centrais
esfoliados e 10 abandonaram o experimento com alegação dos pais de não terem tempo
de levar a criança para o tratamento.
A amostra final consistiu de 20 pacientes na faixa etária de 4 anos a 4 anos e
8 meses de idade, de ambos os sexos, segundo os critérios de inclusão: portadores de
mordida aberta anterior, dentição decídua completa e ausência de sinais clínicos de
Material e Métodos
Degan, V.V. 54
fácies de respiração bucal obstrutiva. Todas as crianças apresentavam hábitos de sucção
de chupeta, utilizando-a livremente tanto durante o dia quanto à noite, e mamadeira em
uma freqüência média de 2 vezes ao dia. A idade para remoção dos hábitos acima
citados foi determinada por estudo anterior (Degan et al., 2001), em que se concluiu que
entre as idades de 4 a 6 anos o grupo de crianças com 4 anos de idade demonstrou
melhores resultados na autocorreção da mordida aberta anterior. Os pacientes foram
divididos em dois grupos, aleatoriamente de acordo com o tratamento empregado em:
1- GRUPO REM – com 10 crianças que foram submetidas à remoção de
hábitos de sucção de chupeta e mamadeira pelo Método de Esclarecimento modificado.
2- GRUPO TMF – com 10 crianças que foram submetidas à remoção de
hábitos de sucção de chupeta e mamadeira pelo Método de Esclarecimento modificado e
realização de Terapia Miofuncional.
No momento da inclusão da criança na pesquisa feita através de assinatura
do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, estas foram encaminhadas para a
realização dos exames iniciais: exame clínico, radiográfico utilizando-se telerradiografia
em norma lateral da cabeça, exame eletromiográfico e documentação fotográfica.
CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO
Não foram selecionadas crianças portadoras de interferências como mordida
cruzada anterior e/ou posterior, respiradores bucais obstrutivos e presença de algum
outro tipo de hábito de sucção que não fosse chupeta e mamadeira. Foram eliminadas da
amostra as crianças que não abandonaram o(s) hábito(s) de sucção de chupeta e/ou
mamadeira ao completarem 5 anos de idade e/ou que tiveram os incisivos centrais
decíduos esfoliados durante o período do experimento e os que apresentavam fácies de
Síndrome da Respiração Bucal.
4.2- ENTREVISTA INICIAL
Foi realizada uma entrevista inicial, individualmente com os pais de cada
criança que aceitaram participar da pesquisa, quando foram coletados dados referentes
Material e Métodos
Degan, V.V. 55
aos hábitos de sucção apresentados naquele momento como freqüência, duração,
intensidade e existência de hábitos associados, assim como atitude da criança com
relação aos hábitos de sucção em locais públicos, comportamento dos pais ou
responsáveis em relação aos hábitos de sucção, atitudes atuais em relação à utilização
dos hábitos de sucção e tentativas anteriores para removê-los. Também foram coletados
dados quanto ao comportamento social, a freqüência de choro, timidez, relacionamento
com outras crianças, relacionamentos com os pais. Também foram questionados quanto
à alimentação da criança, substituição de alimentos por leite, histórico de má-oclusão
familiar, saúde geral, tipo respiratório, doenças já apresentadas, desenvolvimento motor,
preferências da criança com relação aos jogos e situações agradáveis. Estes dados foram
coletados para que se montasse um programa individual de remoção dos hábitos de
sucção, com base no Método de Esclarecimento modificado.
4.3- APLICAÇÃO DO MÉTODO DE ESCLARECIMENTO
A aplicação do Método de Esclarecimento (BONI et al., 2001) foi utilizada
para remoção dos hábitos de sucção também utilizado em pesquisas anteriores (Boni et
al,1997 e Degan et. al, 2001 e Boni, 2001). O método consistiu de uma entrevista inicial,
em que foram coletadas as informações citadas anteriormente. Num segundo momento
foram feitos esclarecimentos aos pais, sobre as possíveis alterações que os hábitos de
sucção podem determinar e as seqüelas decorrentes da manutenção dos hábitos de
sucção. Foram utilizadas fotografias e figuras de livros sobre as possíveis alterações
clínicas que os hábitos de sucção de chupeta e mamadeira poderiam produzir nas
crianças e de posse das fotografias, telerradiografias e resultados do exame clínico,
foram identificadas as possíveis alterações produzidas pelos hábitos de sucção no
paciente. Os pais foram orientados a não interferirem na decisão da criança, reforçando
positivamente quando esta apresentasse o comportamento desejado, ou seja, a
diminuição da freqüência dos hábitos ou seu abandono. Portanto, quando a criança não
apresentava o hábito de sucção num horário em que ele freqüentemente era utilizado, ela
recebia um reforço social positivo. O reforço positivo foi programado individualmente
como elogios, sorrisos ou abraços, dependendo do que fosse mais reforçador para a
Material e Métodos
Degan, V.V. 56
criança em questão. Através das informações colhidas com os pais, puderam ser
identificados quais os horários mais freqüentes da utilização dos hábitos e era sugerido
que se alterasse a rotina da criança. Foram estipulados encontros semanais para remoção
do hábito. Um número máximo de 6 sessões foi estipulado, a partir da sessão de
esclarecimento feito somente com os pais. Caso esse número fosse atingido e o hábito
não tivesse sido eliminado, houve a suspensão do tratamento, e este somente seria
retomado por solicitação do paciente.
As sessões de atendimento foram realizadas com os pacientes
individualmente, onde o mesmo tipo de esclarecimento dado aos pais foi realizado, para
isso, foram utilizados recursos como espelho, fotografias, gravuras de livros que
mostravam as alterações clínicas provocadas por hábitos de sucção. Também foram
mostradas fotografias de casos tratados, e a primeira fotografia intrabucal frontal do
paciente que estava sendo atendido. A criança então fazia uma comparação dessas
fotografias e escolhia entre uma mordida aberta anterior e uma oclusão sem alterações,
como padrão para sua oclusão.
Modificações do Método de Esclarecimento
Alguns procedimentos foram acrescentados levando-se em conta o fato de
que as crianças freqüentavam creches municipais durante o dia, por suas mães
trabalharem e passarem pouco tempo com a criança, exceto aos finais de semana quando
o contato era mais longo.
Foram distribuídos relatórios confeccionados com ilustrações a cada sessão
que indicavam dia e noite, em que a criança era orientada a fazer desenhos ou marcações
quando não estivesse fazendo uso de hábitos de sucção nutritivo (mamadeira) e não
nutritivo (chupeta) naquele momento (anexo 5). A criança era estimulada a fazer muitos
desenhos e assim poderia trocá-los por adesivos. Os relatórios eram trocados
semanalmente até que ela abandonasse todos os hábitos completamente. Com este
instrumento era possível observar a diminuição da freqüência até a eliminação dos
hábitos apresentados pela criança.
Material e Métodos
Degan, V.V. 57
Além dos relatórios, fotomicrografias em microscopia eletrônica de
varredura de esporos sobre a superfície de uma chupeta eram mostradas explicando
ludicamente que estes microrganismos estavam em sua chupeta (anexo 7).
Ao final de cada sessão, os pais tinham suas dúvidas esclarecidas, relatavam
o que tinha ocorrido após o último encontro e eram incentivados para que continuassem
o programa. Nesse momento os pais descreviam se havia ocorrido alterações na
freqüência e intensidade dos hábitos e novas estratégias que seriam utilizadas até a
próxima sessão eram elaboradas, sempre levando em conta o que fosse mais reforçador
para a criança.
As freqüências, assim como o registro do trabalho realizado, e dados
coletados da família em cada sessão foram documentados através de relatórios, onde foi
possível fazer o acompanhamento de cada caso, anexado ao prontuário clínico do
paciente.
4.4-TRATAMENTO MIOFUNCIONAL
Logo após a remoção dos hábitos apresentados, as crianças do grupo TMF
foram submetidas a 8 sessões de Terapia Miofuncional realizadas uma vez por semana
durante 30 minutos. Durante estas sessões a criança realizava os exercícios isométricos e
funcionais e recebia um calendário (Pierce, 1986) para que os executasse também em
casa uma vez ao dia. Os calendários eram trocados semanalmente (anexo 6). Um adulto
participava do final da sessão para que também aprendesse a executar os exercícios
corretamente e pudesse assim supervisionar a criança.
A Terapia Miofuncional foi realizada visando:
Melhora da resistência dos músculos: orbicular da boca superior, orbicular da boca
inferior, bucinadores e músculos linguais. Estes músculos foram trabalhados através
de exercícios isométricos utilizando-se abaixador de língua de madeira com a mão,
aplicando contra-resistência no músculo ou grupo muscular desejado.
Adequação das seguintes funções do sistema estomatognático: deglutição e
respiração (nasal). Foram utilizados exercícios preparatórios de deglutição como
Material e Métodos
Degan, V.V. 58
língua estalada no palato, e deglutição de líquidos e alimentos sólidos. Para a
respiração nasal iniciou-se com estímulos para utilizar-se o nariz.
Adequação de estruturas durante o repouso: adequação do posicionamento dos lábios
(em selamento) e adequação do posicionamento lingual (em região de papila
retroincisal). Durante a automatização das estruturas em repouso, exercícios
respiratórios foram associados.
Para cada voluntário foi traçado um plano de tratamento personalizado que visava a
adequação das estruturas e funções citadas acima.
A remoção de hábitos de sucção de chupeta e mamadeira foi efetuada antes
da realização da Terapia Miofuncional segundo recomendação de Gershater (1972).
4.5- DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA
Realizada utilizando-se câmara fotográfica digital MAVICA FD 97 SONY
para documentação dos casos, sendo realizadas antes da remoção dos hábitos, 60 e 180
dias após.
a)Fotografias Extrabucais:
- Fotografia frontal da face
- Fotografia frontal de terço médio e inferior
- Fotografia lateral da face
- Fotografia lateral de terço médio e inferior
b)Fotografias Intrabucais
- Fotografia frontal da oclusão padrão intermaxilar anterior
Fotografia lateral da oclusão padrão intermaxilar anterior
4.6 - FORMA DE ANÁLISE DOS RESULTADOS
Os resultados foram analisados através de exames clínicos, fotográficos,
eletromiográficos e cefalométricos realizados previamente e aos 60 e 180 dias após a
remoção dos hábitos de sucção.
Material e Métodos
Degan, V.V. 59
Para o Grupo REM os hábitos foram removidos e a partir da data de
remoção foi esperado 60 dias e 180 dias para a realização dos exames.
Para o Grupo TMF os hábitos foram removidos e realizaram-se 8 sessões de
Terapia Miofuncional, totalizando-se 2 meses após a remoção dos hábitos.
Portanto todas as crianças da amostra foram submetidas concomitantemente
à realização dos exames 60 e 180 dias após a remoção dos hábitos de sucção.
4.6.1-EXAME CLÍNICO
As crianças selecionadas foram submetidas a exame de estruturas e funções
do sistema estomatognático, realizado por uma fonoaudióloga devidamente calibrada
com a pesquisadora, que não tinha conhecimento sobre qual era o grupo a que a criança
pertencia (Kappa 85%).
Foram avaliadas as seguintes estruturas: lábios, mento, língua, bochechas,
oclusão e funções como deglutição e respiração.
As estruturas e funções foram verificadas por uma fonoaudióloga avaliadora
segundo os escores relacionados a seguir.
ESTRUTURAS:
1-LÁBIOS:
Posicionamento de repouso habitual: avaliada através de observação enquanto a
criança realizava alguma atividade lúdica e classificado em:
- Lábios selados: Quando o lábio superior tocava o lábio inferior
- Lábios entreabertos: Quando os lábios superior e inferior não se apresentavam
em contato, porém mantendo distância mínima entre eles.
- Lábios afastados: Quando os lábios superior e inferior se apresentavam afastados
possibilitando visualizar estruturas como dentes e também língua.
Material e Métodos
Degan, V.V. 60
QUADRO 01 – Escores atribuídos ao posicionamento dos lábios em
repouso
Resistência do lábio superior: avaliada através de prova de resistência utilizando-
se abaixador de língua descartável de madeira.
Resistência do lábio inferior: avaliada através de prova de resistência utilizando-
se abaixador de língua descartável de madeira.
A resistência das estruturas foi classificada em:
- Resistente: Quando a estrutura era afastada pelo abaixador de língua de madeira
e o paciente realizava contração que oferecia forte resistência, movimentando-o
vigorosamente.
- Hiporresistente leve: Quando a estrutura era afastada pelo abaixador de língua de
madeira e o paciente realizava contração que oferecia leve resistência,
movimentando-o de maneira menos intensa que o anterior.
- Hiporresistente moderada: Quando a estrutura era afastada pelo abaixador de
língua de madeira e o paciente realizava contração que oferecia moderada
resistência, executando pouco movimento.
- Hiporresistente severa: Quando a estrutura era afastada pelo abaixador de língua
de madeira e o paciente realizava contração que não oferecia resistência, sem
movimentação do abaixador lingual.
Posicionamento Habitual
Dos Lábios em Repouso
Valor
Lábios selados 0
Lábios entreabertos 1
Lábios afastados 2
Material e Métodos
Degan, V.V. 61
QUADRO 02 – Escores atribuídos à resistência
de estruturas: lábios superior, lábio inferior,
bochecha direita, bochecha esquerda e língua.
2- BOCHECHAS:
Resistência das bochechas: avaliada através de prova de resistência utilizando-se
abaixador de língua descartável de madeira.
Utilizou-se os mesmos critérios quanto a resistência descrito anteriormente.
3-LÍNGUA:
Posicionamento habitual da língua em repouso: avaliada através de observação
enquanto a criança realizava alguma atividade lúdica, observando e se necessário
afastando os lábios para sua visualização.
QUADRO 03 – Escores atribuídos ao posicionamento
Habitual da língua em repouso
Resistência Valor
Resistente 0
hiporresistente leve 1
hiporresistente moderada 2
hiporresistente severa 3
Posicionamento Habitual da Língua
em repouso
Valor
Língua em região de papila retroincisal 0
Língua em soalho bucal 1
Língua posicionada entre os incisivos 2
Material e Métodos
Degan, V.V. 62
Resistência da língua: avaliada através de prova de resistência utilizando-se
abaixador de língua descartável de madeira utilizando-se os mesmos critérios, quanto
a resistência, descrito anteriormente.
4-MENTO:
• Posicionamento em repouso habitual: avaliada através de observação enquanto a
criança realizava alguma atividade lúdica. Classificado em:
- Mento relaxado: Quando em repouso facial o mento não apresentava rugosidades.
- Mento tenso: Quando em repouso facial o mento apresentava rugosidades
QUADRO 04 – Escores atribuídos ao aspecto
do mento
OCLUSÃO:
1- Relação dos incisivos decíduos
1.1- Sentido vertical:
Mordida aberta anterior
Sobremordida (Overbite)
Normal – incisivo superior cobrindo até 1/3 do incisivo inferior
1.2- Relação dos incisivos decíduos – sentido horizontal:
Mordida cruzada anterior
Sobressaliência (Overjet)
Normal - incisivo superior cobrindo até 1/3 do incisivo inferior, por vestibular.
Aspecto Valor
Mento relaxado valor 0
Mento tenso valor 1
Material e Métodos
Degan, V.V. 63
1.3- Relação antero-posterior de caninos decíduos (considerando-se separadamente a
análise dos lados Direito e Esquerdo):
Classe I – canino superior ocluindo no espaço entre o canino e o primeiro molar
inferior.
Classe II - canino superior ocluindo anteriormente ao espaço entre o canino e o
primeiro molar inferior
Classe III - canino superior ocluindo posteriormente ao espaço entre o canino e o
primeiro molar inferior.
1.3- Relação terminal dos segundos molares decíduos:
Degrau mesial
Degrau distal
Plano Vertical
FUNÇÕES:
DEGLUTIÇÃO:
Avaliada durante prova de função de deglutição de água e alimentos.
Classificadas em:
- Presença de interposição lingual: Quando durante a deglutição a língua se interpõe
entre os dentes incisivos centrais.
- Ausência de interposição lingual: Quando durante a deglutição a língua se interpõe
entre os dentes incisivos centrais.
Deglutição Valor
Presença de interposição lingual 0
Ausência de interposição lingual 1
QUADRO 05 – Escores atribuídos a variável deglutição
Material e Métodos
Degan, V.V. 64
RESPIRAÇÃO:
- Avaliada através de prova utilizando-se Espelho nasal milimetrado de Altmann. Este
era colocado sob as narinas da criança enquanto ela mantinha respiração sem
instrução prévia. O fluxo de ar expirado pelas narinas produzia uma marca no espelho
que era reproduzida em papel igualmente milimetrados denominado de “bloco de
referência”. Os espaços marcados pelo fluxo de ar foram então contados para
atribuição de um valor.
FIGURA 01 – Espelho de Altmann (A) e bloco de referência (B)
4.6.2-ANÁLISE ELETROMIOGRÁFICA
Para observar a efetividade da Terapia Miofuncional no músculo orbicular da
boca superior e mentual foi utilizada a eletromiografia de superfície por ser menos
invasiva e de resultados fidedignos.
Equipamentos, Materiais e Procedimentos:
Condicionador de Sinais:
- Para o registro da atividade elétrica dos músculos estudados foram utilizados
sistema de aquisição de sinais (Módulo condicionador de Sinais, MCS-V2 da
B A
Material e Métodos
Degan, V.V. 65
Lynx Eletrônica Ltda.) de 16 canais, com 12 bites de resolução de faixa dinâmica;
filtro analógico de segunda ordem Butterworth, de passa-baixa de 509 Hz e
passa-alta de 10,6 Hz, ganho de 600 vezes.
Placa conversora de sinal Analógicos para Digital (A/D) de 12 bites de resolução
de faixa dinâmica e freqüência de amostragem de 1 KHz, modelo CAD 12/36 da
Lynx Eletrônica Ltda., “Software” Aqdados versão 4.18.
- Para apresentação simultânea dos sinais de vários canais e tratamento do sinal
(valor de RMS, média, mínimo, máximo e desvio padrão) com freqüência de
amostragem de 1000Hz.
Gaiola de Faraday:
- Possui a função de isolar o campo eletromagnético do ambiente e assim reduzir a
interferência do ruído, permitindo uma análise mais fidedigna do sinal
eletromiográfico. É constituída por um cubo com estrutura de madeira e caibro
5x5 cm, com dimensão interna de 2,3m de altura, 2,8 m de largura e 2,6m de
comprimento, revestida por uma tela de cobre (malha 1x1 mm). A estrutura é
aterrada em seus quatro vértices, por cabo de cobre nu de 25 mm2, o qual é
conectado em hastes de aterramento. O aterramento é composto por seis hastes de
cobre 5/6’’ por 2,40 metros pareadas, formando um triângulo. Todas as conexões
foram realizadas com fundição e o aterramento tratado com sologel.
Filtro de linha, “nobreak” e estabilizador:
- Utilizados para minimizar a interferência de componentes de 60Hz e suas
harmônicas (120, 180, 240...) presentes na rede elétrica de alimentação dos
equipamentos, foram conectados dois filtros de linha ligados em série, “nobreak”
e estabilizador, o qual foi ligado a uma tomada elétrica de 110V. Esta tomada
também estava aterrada no mesmo aterramento da gaiola de Faraday.
Computador 486
Material e Métodos
Degan, V.V. 66
Eletrodo de referência:
- O eletrodo de referência retangular (33x31 mm) de aço inoxidável, pertencente
ao Laboratório de Eletromiografia da FOP/Unicamp, utilizado para reduzir ruído
durante a aquisição do sinal eletromiográfico (Figura 7).
Eletrodos de superfície passivos:
- Foram escolhidos para o experimento eletrodos de superfície por serem capazes
de captar a atividade elétrica de várias unidades motoras ao mesmo tempo, e não
provocarem desconforto ao paciente.
- Os eletrodos usados foram do tipo passivo de Ag/AgCl Meditrace® Kendall-
LTP (Chicopee, MA 01), para ECG infantil com condutor adesivo por terem
melhores condições para se adequarem ao menor tamanho do músculo estudado,
por se tratar de crianças de quatro anos de idade (Figura 2).
FIGURA 02- Eletrodos passivos Ag/AgCl, recortado (A) e original (B)
- Estes foram conectados à placa por cabos condutores de 1,5 metro de
comprimento, confeccionados para o estudo.
Para captação dos sinais foram utilizados:
- Canudo sanfonado com 5 mm de diâmetro
A B
Material e Métodos
Degan, V.V. 67
- Água mineral
- Iogurte de morango (Bliss®- Nestlé)
- Creme de chocolate (Chandelle® – Nestlé)
- Copos descartáveis de 20 ml, sem tampa
FIGURA 03 – Eletrodos passivos, canudo e
materiais usados para
sucção.
Procedimentos para coleta do sinal eletromiográfico
Os procedimentos para coleta obedeceram a normas preconizadas pelo SENIAM
(Surface Electromyograph for NonInvasive Assessment of Muscles).
POSICIONAMENTO: Os voluntários eram colocados sentados em posição
habitual, olhando para frente, com as mãos apoiadas sobre os membros inferiores e
palmas viradas para cima.
LIMPEZA DA PELE: Para favorecer a fixação dos eletrodos de superfície, nos
músculos estudados, e diminuir a impedância da pele, fez-se a limpeza com
algodão e álcool etílico hidratado 92,8° G.L., na região de filtro labial, mento e
pulso (Figura 4).
Material e Métodos
Degan, V.V. 68
FIGURA 04 – Procedimento de limpeza da pele
FIXAÇÃO DE ELETRODOS:
- Os eletrodos passivos foram recortados para se adequarem ao tamanho dos
músculos estudados e fixados com TRANSPORE ®- 3M, mantendo-se à distância
de 20 mm intereletrodos.
FIGURA 05 – Colocação e fixação de eletrodos em voluntário
- Foram fixados:
Material e Métodos
Degan, V.V. 69
o Músculo orbicular da boca superior: 2 mm acima da borda livre do lábio,
ficando o centro dos pares a 20 mm de distância entre si, um de cada lado da
linha mediana do lábio (Figura 6).
o Músculo mentual: um pouco acima da borda livre do mento, ficando o centro
dos pares a 20 mm de distância entre si, um de cada lado da linha mediana
(Figura 6).
FIGURA 06 – Esquema de localização de fixação de eletrodos
- O eletrodo de referência, após aplicação de gel condutor foi colocado no
pulso do voluntário e fixado com fita de velcron (Figura 7).
Músculo Mentual
Músculo orbicular da boca superior
FIGURA 07 – Colocação e fixação de eletrodo de referência em voluntário
Material e Métodos
Degan, V.V. 70
COMANDOS:
- O voluntário era orientado a olhar para frente, com a cabeça reta, e não fazer
movimentos com o corpo.
- Para a coleta de repouso o paciente era solicitado para que ficasse imóvel até que
a pesquisadora finalizasse a coleta.
- Para as provas de sucção deveria sugar sem parar e somente deglutir quando lhe
fosse solicitado.
CAPTAÇÃO DO SINAL ELETROMIOGRÁFICO
- Os canais de entrada dos eletrodos foram calibrados e gravados para que fosse
utilizado sempre o mesmo para todas as coletas, para obtenção de padronização de
captação de sinal eletromiográfico. Esse procedimento foi realizado para atribuir
como valor zero de referência à voltagem registrada durante o curto-circuito do
eletrodo passivo e o eletrodo de referência.
- Foram utilizados 2 canais de entrada dos eletrodos, para captação de sinais dos
músculos estudados (orbicular da boca superior e mentual). - Os sinais foram captados dentro da gaiola de Faraday, situada no laboratório de
Eletromiografia da FOP/UNICAMP .
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Os sinais foram captados em 3 situações:
As coletas dos sinais eletromiográficos foram realizadas nos músculos orbicular
oris superior e mentual de todos os voluntários em três tempos distintos:
Tempo 1 - pré – tratamento;
Tempo 2 - 60 dias após a remoção dos hábitos de sucção;
Tempo 3 - 180 dias após a remoção dos hábitos de sucção;
Material e Métodos
Degan, V.V. 71
As coletas foram realizadas durante 5 segundos cada, em três situações que
foram repetidas 3 vezes:
Situação A – Repouso;
Situação B – Sucção de iogurte Bliss® (Nestlé);
Situação C- Sucção de água;
Situação D- Sucção de creme de chocolate (Chandelle® – Nestlé);
Para a sucção foi utilizado canudo sanfonado de 5 mm de diâmetro e 21,5 cm
de comprimento e copo descartável de 20 ml.
ANÁLISE DOS DADOS
Após a coleta dos sinais mioelétricos brutos, estes tiveram sua amplitude
avaliada pelos valores de RMS. Para cada canal, ou seja, para o músculo orbicular da
boca superior e para o músculo mentual, foram escolhidas janelas de 1 segundo, dentro
do período de 5 segundos coletados, onde os sinais brutos se apresentavam com menores
interferências. Este procedimento foi realizado para cada uma das três coletas realizadas
em cada prova. Por exemplo: Utilizou-se as médias provenientes das três coletas de
repouso (repouso 1, repouso 2 e repouso 3), para o músculo orbicular da boca e para o
músculo mentual, nos três diferentes tempos (pré-tratamento, 60 e 180 dias após).
Os dados foram normalizados conforme sugestão de Ervilha et al. (1998) e
Portney (1993) para reduzir a variabilidade inerente aos procedimentos de
eletromiografia, diferença entre sujeitos e assim propiciar um referencial comum aos
diferentes dados eletromiográficos. Utilizaram-se os valores de RMS obtidos pela
contração máxima como preconizada por Portney (1993) para efetuação do
procedimento, porém este procedimento não foi efetivo para visualização real do sinal
eletromiográfico fato também citado por Gadotti (2003), além de Biasotto (2002) que
afirmou que este procedimento não é recomendado quando há intenção de observar
eficácia de um determinado tratamento. Portanto preferiu-se utilizar os dados brutos
Material e Métodos
Degan, V.V. 72
apenas retificados para posterior análise estatística, ou seja, sem a normalização como
em estudos realizados por Biasotto (2002) e Gadotti (2003).
4.6.3-AVALIAÇÃO CEFALOMÉTRICA
As telerradiografias, em norma lateral da cabeça, foram realizadas no
Departamento de Radiologia da FOP/UNICAMP. A primeira tomada foi feita antes da
remoção dos hábitos de sucção, logo após a entrevista inicial, portanto, antes da
aplicação do Método de Esclarecimento. A segunda tomada radiográfica foi realizada 60
dias após a remoção dos hábitos e a terceira, 180 dias após. As três telerradiografias
realizadas tiveram níveis de radiação e técnicas de proteção determinados pelas
legislações vigentes, tanto estaduais quanto federais, seguindo o “Programa de Garantia
de Qualidade em Radiologia”, podendo praticar valores inferiores aos seguidos, ou seja,
para tomadas extrabucais sugere-se 0,5 mGy, não ultrapassando a 100 mGy/mês. Os
valores praticados pela área de Radiologia da FOP-UNICAMP são em média 1 mGy –
dose por tomada radiológica. Sendo feita uma tomada radiológica antes da retirada do
hábito e duas após a remoção dele, resultando num total de três tomadas com 1 mGy
cada, ainda assim ficando distante do nível aceitável de 100 mGy/mês, que é
considerado seguro, portanto não oferecendo risco para o paciente.
A análise cefalométrica foi realizada pela pesquisadora (VVD), sendo
calculado o índice de coincidência pelo Teste Kappa (p=0,3726).
De posse das telerradiografias, em norma lateral da cabeça, foram feitos
cefalogramas, com o objetivo de verificar o comportamento das estruturas ósseas e
dentárias, decorrentes dos tratamentos empregados. Para tanto, utilizou-se algumas
grandezas angulares e lineares da análise cefalométrica padrão UNICAMP como:
• 1.NA: Ângulo formado pela intersecção da linha NA e o eixo longo do dente
incisivo superior;
Material e Métodos
Degan, V.V. 73
FIGURA 8- Cefalograma da medida cefalométrica angular 1.NA
• ī.1: Ângulo formado pela intersecção do longo eixo do dente incisivo superior e do
longo eixo do incisivo inferior;
FIGURA 9- Cefalogramas da medida cefalométrica angular ī.1
1.1
1.1
1.NA
1.NA
Material e Métodos
Degan, V.V. 74
As grandezas lineares utilizadas foram:
• 1-NA: Distância entre a linha NA e a borda incisal do dente incisivo superior,
perpendicular à linha NA;
FIGURA 10- Cefalograma da medida cefalométrica angular 1-NA
• TRESPASSE VERTICAL: Distância entre a borda incisal do dente incisivo superior
e o plano oclusal, perpendicular a este.
FIGURA 11- Cefalograma da medida cefalométrica linear TRESPASSE
VERTICAL
1-NA1-NA
1-NA
TRESPASSE VERTICAL TRESPASSE
VERTICAL
Material e Métodos
Degan, V.V. 75
4.6.4-ANÁLISE ESTATÍSTICA
Os dados coletados da análise cefalométrica, eletromiográfica e exame
clínico da motricidade oral foram submetidos à análise estatística. Foram utilizados para
as variáveis pertencentes ao exame clínico os testes de Mann-Whitney e Wilcoxon. Para
a análise das variáveis referentes à respiração, eletromiografia de superfície e
cefalometria utilizou-se Test t para duas amostras independentes e o Teste t para dados
pareados, considerando nível de significância valores p< 0,05.
Material e Métodos
Degan, V.V. 76
Resultados
Degan, V.V. 77
RESULTADOS
5.1-EXAME CLÍNICO
• FUNÇÕES:
1-LÁBIOS:
POSICIONAMENTO HABITUAL EM REPOUSO:
A Tabela 1 demonstra os percentuais observados em relação à variável
posicionamento habitual adequado dos lábios em repouso, para as crianças da
amostra.
TABELA 1 Distribuição percentual de crianças com posicionamento labial adequado
durante o experimento, na avaliação do POSICIONAMENTO HABITUAL DOS LÁBIOS EM REPOUSO.
Avaliações
Inicial 60 dias 180 dias
REM 20% Aa 30% Aa 40% Aa
TMF 0 Aa 70% Bb 90% Bb
Percentuais seguidos por mesma letra Maiúscula na comparação entre grupos não diferem entre si pelo teste Mann-Whitney (p>0,05).
Percentuais seguidos por mesma letra Minúscula na comparação dentro do mesmo grupo não diferem entre si pelo teste Wilcoxon (p>0,05).
Pode-se observar pela tabela 1 que as crianças do Grupo TMF passaram a
demonstrar comportamento mais adequado para a posição labial em repouso após a
Terapia Miofuncional, enquanto que o grupo que apenas foi submetido à remoção dos
hábitos de sucção não apresentou diferença significativa no percentual de crianças
que tiveram a posição dos lábios em repouso habitual adequada durante o período do
experimento (Início x 60 dias – p=0,1088; 60 dias x 180 dias – p=0,3616; Início x
180 dias – p=0,0679). Estas apresentaram leve tendência a exibir comportamento
Resultados
Degan, V.V. 78
TMF1 – grupo TMF período de pré-tratamento; TMF2 – Grupo TMF aos 60 dias; TMF3 – Grupo TMF aos 180 dias REM1 – Grupo REM período de pré-tratamento; REM2 –Grupo REM aos 60 dias; REM 3 – Grupo REM aos 180 dias;
adequado dos lábios em repouso apenas 180 dias após a remoção de hábitos Após
60dias 70% das crianças apresentaram escore 0, ou seja, posição labial adequada,
enquanto que aos 180 dias 90% das crianças apresentavam essas mesmas
características ao exame clínico, para o grupo TMF. O grupo de crianças submetido à
associação de tratamentos (TMF) apresentou proporcionalmente mais crianças com
posicionamento adequado após 60 dias (p=0,0051) e aos 180 dias (p=0,0051).
Comparando-se ambos os grupos pode-se observar que o grupo que recebeu a Terapia
Miofuncional associada à remoção de hábitos apresentou posicionamento
significativamente mais adequado que o grupo que apenas passou pela remoção dos
hábitos de sucção, tanto na avaliação aos 60 dias (p=0,0494) quanto na avaliação aos
180 dias (p=0,0452).
A figura 12 ilustra os escores atribuídos para a avaliação da posição dos lábios
em repouso habitual, durante o período do estudo para a amostra.
FIGURA 12 - Ilustração gráfica da freqüência dos escores atribuídos ao POSICIONAMENTO HABITUAL DOS LÁBIOS EM REPOUSO, para as crianças dos grupos tratados durante o período de estudo.
0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%
100%
REM1 TMF1 REM2 TMF2 REM3 TMF3
SeladosEntreabertosAfastados
Resultados
Degan, V.V. 79
Analisando-se a figura 12, pode-se verificar que o Grupo TMF exibiu redução
acentuada no percentual de escore 2 quanto ao repouso labial, isto é, houve
posicionamento mais adequado dos lábios durante o repouso, que passaram de
afastados para entreabertos ou selados aos 60 dias, com continuada melhora aos 180
dias, sendo que 90% das crianças apresentaram escore 0 ao final do período de
observação. Observou-se melhora, quanto à posição de repouso labial, porém não
significativa para o Grupo REM, ou seja, apenas a remoção dos hábitos de sucção não
permitiu correto posicionamento labial, referendado pela proporção de crianças que
ainda apresentaram os lábios entreabertos.
2- RESISTÊNCIA DO LÁBIO SUPERIOR:
A Tabela 2 demonstra os percentuais atribuídos às crianças de ambos os grupos
durante os períodos de avaliação com referência à RESISTÊNCIA DO LÁBIO
SUPERIOR à tração por abaixador de língua de madeira.
TABELA 2 Distribuição percentual de crianças com RESISTÊNCIA DO LÁBIO
SUPERIOR adequada (Escore 0) nos períodos de avaliação.
Avaliações
Inicial 60 dias 180 dias
REM 10% Aa 30% Ab 30% Ab
TMF 10% Aa 60% Bb 70% Bb
Percentuais seguidos por mesma letra Maiúscula na comparação entre grupos não diferem entre si pelo teste Mann-Whitney (p>0,05).
Percentuais seguidos por mesma letra Minúscula na comparação dentro do mesmo grupo não diferem entre si pelo teste Wilcoxon (p>0,05).
O grupo de crianças submetido à remoção dos hábitos exibiu diferença
significativa entre os escores de resistência do lábio superior durante os períodos de
avaliação, isto é, entre a avaliação inicial e a segunda (p= 0,0431) e a inicial e terceira
avaliações (p= 0,0431). Entretanto, não foi observada diferença significativa entre a
Resultados
Degan, V.V. 80
TMF1 – grupo TMF período de pré-tratamento; TMF2 – Grupo TMF aos 60 dias; TMF3 – Grupo TMF aos 180 dias; REM1 – Grupo REM período de pré-tratamento; REM2 –Grupo REM aos 60 dias; REM 3 – Grupo REM aos 180 dias;
segunda e a terceira avaliação (p= 1). Para o Grupo TMF observou-se melhora
acentuada na resistência labial, de maneira mais intensa após 60 dias (p=0,0077) e na
terceira avaliação (p=0,0117), com 70% das crianças apresentando resistência do
lábio superior adequada (escore 0). Não houve diferença estatisticamente significativa
entre as avaliações aos 6 e 180 dias (p=1). Considerando-se os grupos REM e TMF
separadamente, pode-se observar que o grupo submetido à associação de tratamentos
apresentou adequação significativa da resistência do lábio superior em relação ao
REM, nas avaliações aos 60 (p=0,0821) e 180 dias (p=0,0494).
A Figura 13 ilustra a variação dos escores médios da resistência do lábio
superior para os grupos TMF e REM durante os períodos de avaliação.
FIGURA 13-Ilustração gráfica da distribuição da freqüência dos escores
atribuídos à RESISTÊNCIA DO LÁBIO INFERIOR para as crianças dos grupos tratados durante o período de estudo.
Pode-se constatar que as crianças do Grupo TMF chegaram mais
rapidamente que o Grupo REM aos escores 1 e 0, isto é, adequação da resistência do
lábio superior à tração por abaixador de língua, sendo que ao final do período de
estudo 70% das crianças encontravam-se muito próximas à normalidade, ou seja,
0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%
100%
REM1 TMF1 REM2 TMF2 REM3 TMF3
ResistenteHiporresistente leveHiporresistente moderadoHiporresistente severo
Resultados
Degan, V.V. 81
houve adequação da resistência do lábio superior ao final do período do experimento.
Enquanto que as crianças do grupo REM, apenas submetidas à remoção dos hábitos
de sucção apresentaram em menor proporção escores próximos à normalidade,
embora 30% das crianças do grupo REM apresentassem escores máximos de
alteração da resistência à tração no início do experimento, chegando à leve melhora
ao final do período de 180 dias.
RESISTÊNCIA DO LÁBIO INFERIOR:
Na Tabela 3 pode ser verificada a distribuição percentual das crianças com
resistência do lábio inferior adequada durante o período do experimento.
TABELA 3 Distribuição percentual de crianças com RESISTÊNCIA DO LÁBIO
INFERIOR adequada (Escore 0) nos períodos de avaliação.
Avaliações
Inicial 60 dias 180 dias
REM 0% Aa 20% Ab 20% Ab
TMF 0% Aa 60% Bb 90% Bb
Percentuais seguidos por mesma letra Maiúscula na comparação entre grupos não diferem entre si pelo teste Mann-Whitney (p>0,05).
Percentuais seguidos por mesma letra Minúscula na comparação dentro do mesmo grupo não diferem entre si pelo teste Wilcoxon (p>0,05).
Observou-se diferença estatisticamente significativa entre os grupos REM
e TMF, durante os períodos de avaliação 60 dias (p=0,0343) e 180 dias (p=0,0052).
Considerando-se a resistência labial apresentadas pelas crianças do Grupo
REM pode-se observar alterações significativas na resistência do lábio inferior entre a
pré-avaliação e os demais períodos de estudo, 60 dias (p=0,0431) e 180 dias
(p=0,0431). O Grupo TMF mostrou diminuição significativa nos escores da
resistência do lábio inferior aos 60 (p=0,0117) e 180 dias (p=0,0051) comparadas
com a avaliação inicial.
Resultados
Degan, V.V. 82
TMF1 – grupo TMF período de pré-tratamento; TMF2 – Grupo TMF aos 60 dias; TMF3 – Grupo TMF aos 180 dias; REM1 – grupo REM período de pré-tratamento; REM2 –Grupo REM aos 60 dias; REM 3 – Grupo REM aos 180 dias;
A figura 14 ilustra a distribuição dos escores atribuídos à resistência do
lábio inferior das crianças da amostra, durante o período do estudo para a amostra.
FIGURA 14 - Ilustração gráfica da freqüência dos escores atribuídos à RESISTÊNCIA
DO LÁBIO INFERIOR para as crianças dos grupos tratados durante o período de estudo.
Pela análise da figura 14 pode-se identificar a melhor eficiência para o
Grupo TMF, com as crianças conseguindo adequação da resistência labial mais
rapidamente que as do grupo REM aos 60 dias (p=0,0343) e aos 180 dias (p=0,0052).
Ao final de 180 dias pode-se observar que o Grupo TMF apresentou 90% das crianças
com escores adequados de resistência do lábio inferior (zero), enquanto que o Grupo
REM na mesma avaliação encontrava-se ainda distante da normalidade, apenas 20%
das crianças desse grupo apresentavam escore de adequação da resistência labial.
2- BOCHECHAS:
RESISTÊNCIA DA BOCHECHA DIREITA:
A Tabela 4 evidencia a distribuição do percentual de crianças com
resistência da bochecha direita adequada.
0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%
100%
REM1 TMF1 REM2 TMF2 REM3 TMF3
ResistenteHiporresistente leveHiporresistente moderadoHiporresistente severo
Resultados
Degan, V.V. 83
TABELA 4 Distribuição percentual de crianças com RESISTÊNCIA BOCHECHA DIREITA adequada (Escore 0) nos períodos de avaliação.
Avaliações
Inicial 60 dias 180 dias
REM 10% Aa 30% Aa 30% Aa
TMF 20% Aa 80% Bb 100% Bb
Percentuais seguidos por mesma letra Maiúscula na comparação entre grupos não diferem entre si pelo teste Mann-Whitney (p>0,05).
Percentuais seguidos por mesma letra Minúscula na comparação dentro do mesmo grupo não diferem entre si pelo teste Wilcoxon (p>0,05).
Para as crianças do grupo TMF, no segundo exame comparado com o
exame inicial pode-se observar o aumento significativo de crianças com adequação da
resistência da bochecha mantida até o último período de análise. Para o grupo que só
recebeu a remoção do hábito (REM) não foi observado alteração significativa na
resistência da bochecha direita, apenas uma tendência entre os exames pré-
trratamento e 60 dias (exame inicial/segundo exame – p=0,0679, exame
inicial/terceiro exame - p = 0,2249; segundo exame/terceiro exame – p=0,3173),
enquanto que o grupo que recebeu Terapia Miofuncional apresentou melhora
significativa na segunda avaliação em relação à primeira (p= 0,018) e na terceira
avaliação apresentou padrões normais de resistência (p=0,0117) com 100% das
crianças apresentando resistência adequada da bochecha direita.
A figura 15 ilustra os escores médios obtidos durante o período do
estudo para a amostra.
Resultados
Degan, V.V. 84
TMF1 – grupo TMF período de pré-tratamento; TMF2 – Grupo TMF aos 60 dias; TMF3 – Grupo TMF aos 180 dias ;REM1 – Grupo REM período de pré-tratamento; REM2 –Grupo REM aos 60 dias; REM 3 – Grupo REM aos 180 dias;
0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%
100%
REM1 TMF1 REM2 TMF2 REM3 TMF3
ResistenteHiporresistente leveHiporresistente moderadoHiporresistente severo
FIGURA 15 – Ilustração gráfica da freqüência dos escores atribuídos às crianças para a RESISTÊNCIA DA BOCHECHA DIREITA, dos grupos tratados, durante o período de estudo.
Pela análise da figura 15 pode-se observar melhor eficiência para o Grupo
TMF, chegando mais rapidamente a escores menores, isto é, adequação da resistência
da bochecha direita à tração por abaixador de língua. Aos 60 dias 80% das crianças
do grupo TMF apresentavam adequada resistência da bochecha direita em
comparação com 30% daquelas do grupo REM (p=0,0343). Ao final de 180 dias
pode-se observar que 100% das crianças do Grupo TMF apresentaram escores
adequados (zero), enquanto que o Grupo REM na mesma avaliação apenas 30% das
crianças apresentaram adequada resistência da bochecha direita (p=0,0082).
RESISTÊNCIA DA BOCHECHA ESQUERDA:
A TABELA 5 evidencia a distribuição do percentual de crianças com
resistência da bochecha esquerda adequada.
Resultados
Degan, V.V. 85
TABELA 5 Distribuição percentual de crianças com RESISTÊNCIA DA
BOCHECHA ESQUERDA adequada (Escore 0) nos períodos de avaliação.
Avaliações
Inicial 60 dias 180 dias
REM 10% Aa 30% Aa 30% Aa
TMF 20% Aa 80% Bb 100% Bb
Percentuais seguidos por mesma letra Maiúscula na comparação entre grupos não diferem entre si pelo teste Mann-Whitney (p>0,05).
Percentuais seguidos por mesma letra Minúscula na comparação dentro do mesmo grupo não diferem entre si pelo teste Wilcoxon (p>0,05).
Para as crianças do grupo TMF, no segundo exame comparado com o
exame inicial pode-se observar o aumento significativo de crianças com adequação da
resistência da bochecha mantida até o último período de análise. Para o grupo que só
recebeu a remoção do hábito (REM) não foi observado alteração significativa na
resistência da bochecha direita (exame inicial/segundo exame – p = 0,1088, exame
inicial/terceiro exame - p = 0,2249; segundo exame/terceiro exame – p=1), enquanto
que o grupo que recebeu Terapia Miofuncional apresentou melhora significativa na
segunda avaliação em relação à primeira (p= 0,018) e na terceira avaliação apresentou
padrões normais de resistência (p=0,0117).
A figura 16 ilustra os escores médios obtidos durante o período do
estudo para a amostra.
Resultados
Degan, V.V. 86
TMF1 – grupo TMF período de pré-tratamento; TMF2 – Grupo TMF aos 60 dias; TMF3 – Grupo TMF aos 180 dias; REM1 – Grupo REM período de pré-tratamento; REM2 –Grupo REM aos 60 dias;REM 3 – Grupo REM aos 180 dias;
0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%
100%
REM1 TMF1 REM2 TMF2 REM3 TMF3
ResistenteHiporresistente leveHiporresistente moderadoHiporresistente severo
FIGURA 16 – Ilustração gráfica da freqüência dos escores atribuídos às crianças para a RESISTÊNCIA DA BOCHECHA ESQUERDA, dos grupos tratados, durante o período de estudo.
Pela análise da figura 16 pode-se observar melhor eficiência para o Grupo
TMF, chegando mais rapidamente a escores menores, isto é, adequação da resistência
da bochecha direita à tração pelo abaixador de língua. Aos 60 dias 80% das crianças
do grupo TMF apresentavam adequada resistência da bochecha esquerda em
comparação com 30% das do grupo REM (p=0,0126). Ao final de 180 dias pode-se
observar que 100% das crianças do Grupo TMF apresentaram escores adequados
(zero), enquanto que o Grupo REM na mesma avaliação apenas 30% das crianças
apresentaram adequada resistência da bochecha direita (p=0,0082).
3- LÍNGUA:
POSICIONAMENTO HABITUAL DA LÍNGUA EM
REPOUSO
Na tabela 6 pode-se observar a distribuição das crianças posicionamento
adequado da língua (escore 0).
Resultados
Degan, V.V. 87
TABELA 6
Distribuição percentual de crianças com adequado POSICIONAMENTO HABITUAL DA LÍNGUA EM REPOUSO (Escore 0) nos períodos de avaliação.
Avaliações
Inicial 60 dias 180 dias
REM 0% Aa 0% Aa 0% Aa
TMF 0% Aa 50% Aab 60% Bb
Percentuais seguidos por mesma letra Maiúscula na comparação entre grupos não diferem entre si pelo teste Mann-Whitney (p>0,05).
Percentuais seguidos por mesma letra Minúscula na comparação dentro do mesmo grupo não diferem entre si pelo teste Wilcoxon (p>0,05).
Pode-se observar que as crianças do Grupo TMF apresentaram melhor
posicionamento da língua durante o repouso aos 180 dias (p=0,0191). Das crianças do
Grupo TMF 50% apresentaram reposicionamento lingual na segunda avaliação,
porém não estatisticamente diferente em relação à primeira (p=0,1797). Observou-se
o reposicionamento lingual durante o repouso na terceira avaliação em relação à
primeira (p=0,018). Estas alterações foram significativas comparadas ao exame
inicial, o que não foi observado para as crianças do Grupo REM, que não
apresentaram diferença significativa nos períodos de avaliação (exame
inicial/segundo exame – p =0,593, exame inicial/terceiro exame - p = 0,593; segundo
exame/terceiro exame – p=1).
A figura 17 ilustra a distribuição dos escores atribuídos às crianças devido
à posição lingual durante o período do estudo, para a amostra.
Resultados
Degan, V.V. 88
TMF1 – grupo TMF período de pré-tratamento; TMF2 – Grupo TMF aos 60 dias; TMF3 – Grupo TMF aos 180 dias; REM1 – Grupo REM período de pré-tratamento; REM2 –Grupo REM aos 60 dias; REM 3 – Grupo REM aos 180 dias;
0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%
100%
REM1 REM2 REM3
Papila RetroincisalSoalho BucalInterdental
FIGURA 17 – Ilustração gráfica da freqüência dos escores atribuídos às crianças para o POSICIONAMENTO DE REPOUSO LINGUAL HABITUAL, dos grupos tratados, durante o período de estudo.
Pela análise da figura 17 pode-se observar melhor eficiência para o Grupo
TMF, pois as crianças chegaram mais rapidamente a escores adequados para o
posicionamento lingual em repouso. Mesmo com o grupo TMF apresentando 10%
das crianças com alteração extrema do posicionamento lingual, com o auxílio da
Terapia Miofuncional 60% das crianças chegaram aos escores adequados (zero) do
posicionamento lingual em repouso aos 180 dias (p=0,018), enquanto que o Grupo
REM, demonstrou melhora do posicionamento de repouso aos 60 dias, porém em
seguida houve recidiva alcançando escores maiores que os iniciais, isto é, o
posicionamento lingual em repouso apresentou-se mais inadequado ao final do
tratamento. Nenhuma das crianças que passou pela remoção dos hábitos de sucção
apresentou adequado posicionamento lingual no final do experimento.
Resultados
Degan, V.V. 89
• RESISTÊNCIA LINGUAL:
Na tabela 7 pode-se observar a distribuição das crianças posicionamento
adequado da língua (escore 0).
TABELA 7 Distribuição percentual de crianças com RESISTÊNCIA DA LÍNGUA
adequada (Escore 0) nos períodos de avaliação.
Avaliações
Inicial 60 dias 180 dias
REM 0% Aa 40% Ab 40% Ab
TMF 10% Aa 60% Ab 40% Aab
Percentuais seguidos por mesma letra Maiúscula na comparação entre grupos não diferem entre si pelo teste Mann-Whitney (p>0,05).
Percentuais seguidos por mesma letra Minúscula na comparação dentro do mesmo grupo não diferem entre si pelo teste Wilcoxon (p>0,05).
Pela análise da Tabela 7 pode-se observar significativo aumento da
resistência lingual entre o exame inicial e o segundo exame (REM p=0,0277; TMF
p=0,018) e entre o inicial e o terceiro exame para o grupo REM (p=0,0423). Porém
não se observou diferença significativa na resistência lingual entre o segundo e o
terceiro exame para ambos os grupos (REM p=0,593; TMF p=0,1797), como
observado na Tabela 7. Pôde-se constatar pela avaliação clínica, que independente do
tratamento oferecido às crianças, a remoção dos hábitos associada ou não à Terapia
Miofuncional produziu significativa alteração na resistência lingual das crianças da
amostra.
A figura 18 ilustra os escores atribuídos à resistência lingual durante o
período do estudo para a amostra.
Resultados
Degan, V.V. 90
TMF1 – grupo TMF período de pré-tratamento; TMF2 – Grupo TMF aos 60 dias; TMF3 – Grupo TMF aos 180 dias; REM1 – Grupo REM período de pré-tratamento; REM2 –Grupo REM aos 60 dias; REM 3 – Grupo REM aos 180 dias;
0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%
100%
REM1 TMF1 REM2 TMF2 REM3 TMF3
ResistenteHiporresistente leveHiporresistente moderadoHiporresiste severo
FIGURA 18 - Ilustração gráfica da freqüência dos escores atribuídos às crianças em função da RESISTÊNCIA LINGUAL apresentada durante os períodos de exame.
Na figura 18 observa-se o comportamento similar dos dois grupos, porém
com escores mais adequados da resistência lingual para as crianças do Grupo TMF. É
importante notar que houve um aumento acentuado na resistência lingual aos 60 dias
para ambos os grupos, mais acentuada para o TMF que demonstrou aos 180 dias
diminuição na resistência lingual aproximando-se dos escores obtidos para o Grupo
REM.
4-MENTO:
ASPECTO CLÍNICO:
A TABELA 8 apresenta a distribuição percentual de crianças com Mento
adequado em posição de repouso, isto é, ausência de tensão evidenciada pela ausência
de rugosidade.
Resultados
Degan, V.V. 91
TMF1 – grupo TMF período de pré-tratamento; TMF2 – Grupo TMF aos 60 dias; TMF3 – Grupo TMF aos 180 dias ;REM1 – Grupo REM período de pré-tratamento; REM2 – Grupo REM aos 60 dias; REM 3 – Grupo REM aos 180 dias;
TABELA 8 Distribuição percentual de crianças com adequado relaxamento do
MENTO (Escore 0) nos períodos de avaliação. Avaliações
Inicial 60 dias 180 dias
REM 30% Aa 50% Aa 60% Aa
TMF 50% Aa 70% Aa 80% Aa
Percentuais seguidos por mesma letra Maiúscula na comparação entre grupos não diferem entre si pelo teste Mann-Whitney (p>0,05).
Percentuais seguidos por mesma letra Minúscula na comparação dentro do mesmo grupo não diferem entre si pelo teste Wilcoxon (p>0,05).
Não se observou diferença estatisticamente significativa entre os grupos
REM e TMF (p=0,1230) quanto à tensão do mento evidenciada pela presença de
rugosidades superficiais. Não houve também diferença estatisticamente significativa
entre os períodos de avaliação, embora 80% das crianças do grupo TMF não
apresentassem tensão no mento ao final do experimento.
A figura 19 ilustra os escores médios obtidos durante o período do estudo
para a amostra.
0%
20%
40%
60%
80%
100%
REM1 TMF1 REM2 TMF2 REM3 TMF3
Ausência derugosidadePresença derugosidade
FIGURA 19 – Ilustração gráfica da freqüência dos escores atribuídos à tensão do mento às crianças dos grupos tratados durante o período de estudo.
Resultados
Degan, V.V. 92
Pode-se constatar que os dois grupos apresentaram perfil de alteração
similar, isto é, sem diferença estatística, porém, o Grupo TMF exibiu escores
inferiores em todos os períodos de avaliação, aproximando-se dos valores
considerados normais.
FUNÇÕES:
5-DEGLUTIÇÃO:
A Tabela 9 apresenta a distribuição percentual de crianças com adequação
da Deglutição.
TABELA 9 Distribuição percentual de crianças com padrão de DEGLUTIÇÃO
considerada adequada (Escore 0) nos períodos de avaliação.
Avaliações
Inicial 60 dias 180 dias
REM 0% Aa 20% Aa 50% Ab
TMF 0% Aa 70% Bb 80% Ab
Percentuais seguidos por mesma letra Maiúscula na comparação entre grupos não diferem entre si pelo teste Mann-Whitney (p>0,05).
Percentuais seguidos por mesma letra Minúscula na comparação dentro do mesmo grupo não diferem entre si pelo teste Wilcoxon (p>0,05).
Pode-se observar em média que o Grupo TMF apresentou padrão de
deglutição significativamente mais adequado, ou seja, com menor projeção da língua
e associação de movimentos exagerados da musculatura peri-oral. Em média, as
avaliações aos 60 e 180 dias não demonstraram diferença estatisticamente
significativa entre si (p=0,3173), entretanto diferiram estatisticamente da avaliação
Resultados
Degan, V.V. 93
TMF1 – grupo TMF período de pré-tratamento; TMF2 – Grupo TMF aos 60 dias; TMF3 – Grupo TMF aos 180 dias; REM1 – Grupo REM período de pré-tratamento; REM2 –Grupo REM aos 60 dias; REM 3 – Grupo REM aos 180 dias;
inicial (avaliação 2 – p= 0,018; avaliação 3- p=0,0117). Pôde-se constatar que embora
as crianças de ambos os grupos apresentassem perfil similar de deglutição
previamente ao estudo, apenas as que passaram pela Terapia Miofuncional e remoção
de hábitos associados apresentaram significativa melhora nos padrões de deglutição.
As crianças do grupo que apenas recebeu a remoção dos hábitos, somente no final do
experimento, após 180 dias apresentaram padrão similar ao do grupo TMF. Portanto,
a associação dos tratamentos representou a melhora mais rápida nos padrões de
deglutição para a amostra estudada, porém não chegando aos níveis apresentados pelo
Grupo TMF.
A figura 20 ilustra os escores atribuídos ao padrão de deglutição
apresentado pelas crianças durante o período do estudo para a amostra.
0%
20%
40%
60%
80%
100%
REM1 TMF1 REM2 TMF2 REM3 TMF3
Padrão adequado dedeglutiçãoPadrão inadequado dedeglutição
FIGURA 20 - Ilustração gráfica da freqüência dos escores exibidos pelos grupos tratados durante o período da variável DEGLUTIÇÃO.
Pela análise da figura 20, pode-se observar que ambos os grupos
apresentavam alterações iniciais similares (p=1), porém o Grupo TMF, aos 60 dias
exibiu melhores resultados (p=0,0588). Na avaliação de 180 dias os grupos
mostraram diferença menor, porém novamente o Grupo TMF finalizou com melhores
Resultados
Degan, V.V. 94
resultados. Das crianças examinadas quanto ao padrão de deglutição, 80% daquelas
do grupo TMF apresentaram padrão de deglutição considerado adequado ao final do
experimento e 50% daquelas do grupo REM, demonstrando que a associação de
tratamentos foi essencial para a adequação mais rápida dos padrões de deglutição.
7-RESPIRAÇÃO:
A função respiração foi quantificada em cm2 através do espelho de
Altmann, sendo que os resultados das avaliações encontram-se na Tabela 10.
TABELA 10
Distribuição da área (cm2) da quantificação da aeração nasal pelas crianças nos períodos de avaliação.
Avaliações
Inicial 60 dias 180 dias
REM 10,70 Aa 18,10 Ab 18,40 Ab
TMF 14,10 Aa 26,40 Bb 26,50 Bb
Percentuais seguidos por mesma letra Maiúscula na comparação entre grupos não diferem entre si pelo teste t para 2 amostras independentes (p>0,05).
Percentuais seguidos por mesma letra Minúscula na comparação dentro do mesmo grupo não diferem entre si pelo teste t para dados pareados (p>0,05).
Pode-se observar que as médias obtidas da quantificação da aeração nasal
observadas após os tratamentos, no Grupo TMF foram significativamente maiores
que no Grupo REM (p< 0,0001), ressaltando o maior aproveitamento da aeração
nasal para as crianças que receberam a associação dos tratamentos. Esta constatação
pode ser observada na segunda e terceira avaliações não diferindo estatisticamente
entre si em ambos os grupos estudados, REM (p=0,7905) e TMF (p=0,9352).
Entretanto, diferiram significativamente da avaliação inicial, em ambos os grupos
REM (p=0) e TMF (p=0,0024).
Ainda na tabela 10 pode-se observar que na avaliação inicial os grupos
não diferiram entre si, apresentando menor utilização do espaço aéreo nasal
Resultados
Degan, V.V. 95
(p=0,0912). Na segunda avaliação o Grupo TMF apresentou aumento significativo da
utilização do espaço aéreo nasal (p=0,0062), mantendo em média na terceira
avaliação (p=0,0095) aumento significativo.
A figura 22 ilustra as médias das áreas medidas no espelho de Altmann
obtidas durante o período do estudo para a amostra.
0
5
10
15
20
25
30
1 2 3
FIGURA 22 - Ilustração gráfica dos escores médios exibidos pelos grupos tratados durante o período de estudo quanto a RESPIRAÇÃO.
A figura 22 demonstra que os grupos REM e TMF iniciaram com graus
similares de aeração nasal. Na segunda avaliação observou-se melhores padrões
respiratórios para ambos os grupos, porém com o grupo TMF exibindo melhores
resultados. Este perfil foi mantido até a terceira avaliação.
5.2-ANÁLISE ELETROMIGRÁFICA
MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA
Situação A – Repouso:
A Tabela 11 apresenta as médias dos valores da atividade muscular expressos
em RMS observados para as crianças da amostra durante o período do experimento.
TEMPOS
TMF REM
E S C O R E S
Antes 60 dias 180 dias
Resultados
Degan, V.V. 96
TABELA 11
Valores médios da atividade eletromiográfica (RMS) observados para o MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA EM SITUAÇÃO DE REPOUSO de acordo
com o os grupos e períodos do estudo.
Avaliações
Inicial 60 dias 180 dias
REM 24,47 Aa 19,36 Aa 15,19 Aa
TMF 20,14 Aa 11,42 Ab 8,93 B*c
Médias seguidas por mesma letra Maiúscula na comparação entre grupos não diferem entre si pelo teste t para 2 amostras independentes (p>0,05). *p=0,0548 para variâncias iguais. Médias seguidas por mesma letra Minúscula na comparação dentro do mesmo grupo não diferem entre si pelo teste t para dados pareados (p>0,05).
Apenas as crianças do grupo TMF apresentaram diminuição significativa
dos valores de RMS, isto é, a manutenção postural do músculo orbicular da boca na
situação de repouso após 60 e 180 dias requisitou menor quantidade de unidades
motoras comparando-se ao exame inicial, pré-tratamento (p=0 e p=0,0013). Pode-se
observar pela tabela 11 que ao final do experimento as crianças do grupo TMF
apresentaram tendência de menores médias de RMS que as do grupo REM, podendo-
se inferir que a associação de métodos foi mais eficiente na produção do repouso do
músculo orbicular da boca superior que apenas a remoção dos hábitos de sucção.
A figura 23 ilustra os valores médios de RMS obtidos pelas crianças dos
grupos tratados durante o período de estudo quanto ao REPOUSO DO MÚSCULO
ORBICULAR DA BOCA SUPERIOR.
Resultados
Degan, V.V. 97
05
1015202530
1 2 3
FIGURA 23 - Ilustração gráfica dos valores médios da atividade eletromiográfica expressos em RMS pelas crianças dos grupos tratados durante o período de estudo quanto ao REPOUSO DO MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA SUPERIOR.
A Figura 23 ilustra os valores médios de RMS observados para o músculo
ORBICULAR DA BOCA SUPERIOR, em situação de repouso, para os grupos TMF
e REM durante os períodos de avaliação. Pode-se constatar que os dois grupos
apresentaram diminuição nos valores de RMS, porém o Grupo TMF exibiu escores
inferiores em todos os períodos de avaliação, sendo significativamente menor nas
avaliações após 60 e 180 dias.
Situação B- Sucção de água:
A tabela 12 apresenta os valores médios da atividade muscular expressos
em RMS de acordo com os fatores em estudo.
TMF REM
TEMPOS
Ativ
idad
e el
etro
mio
gráf
ica
(RM
S - µ
V)
Antes 60 dias 180 dias
Resultados
Degan, V.V. 98
TABELA 12
Valores médios (RMS) da variável SUCÇÃO DE ÁGUA para o MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA de acordo com os grupos e período do estudo.
Avaliações
Inicial 60 dias 180 dias
REM 98,05 Aa 97,34 Aa 90,05 Aa
TMF 93,17 Aa 66,38 Bb 55,39 Bb
Médias seguidas por mesma letra Maiúscula na comparação entre grupos não diferem entre si pelo teste t para 2 amostras independentes (p>0,05).
Médias seguidas por mesma letra Minúscula na comparação dentro do mesmo grupo não diferem entre si pelo teste t para dados pareados (p>0,05).
Em relação aos períodos de avaliação não se observou diminuição
significativa dos valores médios de RMS para as crianças submetidas à remoção de
hábitos (REM), entre as avaliações realizadas. Entretanto, as crianças submetidas à
associação de métodos, isto é, remoção de hábitos e Terapia Miofuncional, exibiram
diminuição significativa dos valores de RMS durante a sucção de água entre as
avaliações. Comparando-se o comportamento do músculo orbicular da boca superior
durante a sucção de água, entre os dois grupos, pode-se verificar que os valores
médios de RMS para as crianças do grupo TMF foi significativamente menor que as
do grupo REM aos 60 dias (p=0,0354) e 180 dias (p=0,0269).
A figura 24 ilustra os valores médios da atividade eletromiográfica
expressos em RMS durante o período do estudo para a amostra.
Resultados
Degan, V.V. 99
0
20
40
60
80
100
120
1 2 3
FIGURA 24 - Ilustração gráfica dos valores médios de RMS
exibidos pelos grupos tratados durante o período de estudo quanto à sucção de ÁGUA PELO MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA.
A figura 24 demonstra valores médios de RMS similares para ambos os grupos,
no início do estudo, ou seja, na pré-avaliação, porém na avaliação de 60 dias o Grupo
REM não apresentou alterações, enquanto que o Grupo TMF mostrou diminuição dos
valores médios de RMS em relação ao início. Na avaliação de 180 dias houve
redução mais discreta em ambos os grupos, porém o Grupo TMF exibiu ao final do
período de estudo um comportamento melhor que o Grupo REM apresentando
menores valores de RMS, sugerindo que a Terapia Miofuncional foi uma conduta
efetiva.
Situação C – Sucção de iogurte:
A Tabela 13 apresenta as médias dos valores médios da atividade muscular
expressos em RMS, observados para as crianças da amostra durante o período do
experimento durante a sucção de iogurte.
TMF REM
TEMPOS
Ativ
idad
e el
etro
mio
gráf
ica
(RM
S µV
) Antes 60 dias 180 dias
Resultados
Degan, V.V. 100
TABELA 13
Valores médios (RMS) da variável SUCÇÃO DE IOGURTE para o MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA de acordo com os grupos e período do estudo.
Avaliações
Inicial 60 dias 180 dias
REM 85,53 Aa 81,41 Aa 81,36 Aa
TMF 88,93 Aa 66,36 Ab 54,77 Ab
Médias seguidas por mesma letra Maiúscula na comparação entre grupos não diferem entre si pelo teste t para 2 amostras independentes (p>0,05).
Médias seguidas por mesma letra Minúscula na comparação dentro do mesmo grupo não diferem entre si pelo teste t para dados pareados (p>0,05).
Durante a sucção de iogurte exercida pelas crianças da amostra pôde-se
observar que as crianças do grupo REM não demonstraram alteração significativa
após a remoção dos hábitos de sucção, enquanto que as do grupo TMF apresentaram
diminuição significativa dos valores médios de RMS, podendo-se inferir que menores
quantidades de unidades motoras foram requeridas para exercer o mesmo
procedimento (sucção de iogurte) após 60 e 180 dias da remoção dos hábitos
associada à Terapia Miofuncional. As alterações musculares observadas aos 60 dias,
mantiveram-se aos 180 dias para o grupo que recebeu a associação de tratamentos.
A figura 25 ilustra os escores médios obtidos durante o período do estudo
para a amostra.
0
20
40
60
80
100
1 2 3
FIGURA 25 - Ilustração gráfica dos valores médios da
atividade eletromiográfica expressos em RMS exibidos pelos grupos tratados durante o período de estudo quanto à sucção de IOGURTE PELO MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA.
TMF REM
TEMPOS
Ativ
idad
e el
etro
mio
gráf
ica
(RM
S- µ
V)
Antes 60 dias 180 dias
Resultados
Degan, V.V. 101
Pela análise da figura 25 pode-se observar que ambos os grupos
apresentavam valores médios similares de RMS no início do estudo, durante a sucção
de iogurte para o músculo orbicular da boca. Na avaliação aos 60 dias pode-se
observar melhor eficiência para o Grupo TMF, apresentando menores valores de
RMS, enquanto que o Grupo REM apresentou pouca variação em relação à situação
inicial. Ao final de 180 dias pode-se observar que os valores continuaram a ser alterar
no Grupo TMF, enquanto que novamente o Grupo REM em média não sofreu
alteração em relação aos valores iniciais.
Situação D- Sucção de creme de chocolate: A tabela 14 evidencia os valores médios da atividade eletromiográfica
expressos em RMS de acordo com os fatores em estudo para a variável situação de sucção de creme de chocolate para o músculo orbicular da boca superior.
TABELA 14
Valores médios (RMS) da variável SUCÇÃO DE CREME DE CHOCOLATE para o MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA SUPERIOR de acordo com os grupos e
período do estudo.
Avaliações
Inicial 60 dias 180 dias
REM 96,65 Aa 94,68 Aa 85,13 Aa
TMF 95,27 Aa 77,82 Aa 57,44 Bb
Médias seguidas por mesma letra Maiúscula na comparação entre grupos não diferem entre si pelo teste t para 2 amostras independentes (p>0,05).
Médias seguidas por mesma letra Minúscula na comparação dentro do mesmo grupo não diferem entre si pelo teste t para dados pareados (p>0,05).
Pode-se observar significativa redução nos valores médios de RMS
quando comparadas às avaliações inicial e 60 dias (p=0,0318) e inicial e 180 dias
(p=0,0034), para as crianças do grupo TMF submetidas à remoção dos hábitos de
sucção e Terapia Miofuncional. Para as crianças submetidas apenas à remoção dos
Resultados
Degan, V.V. 102
hábitos de sucção, não houve diferença entre os valores médios de RMS durante os
períodos de avaliação. O grupo TMF apresentou valores médios de RMS
significativamente menores que os do grupo REM na avaliação realizada 180 dias
após a realização dos tratamentos (p=0,0482), denotando a eficiência da associação
da Terapia Miofuncional à remoção dos hábitos de sucção.
A figura 26 ilustra os valores médios da atividade eletromiográfica
expressos em RMS obtidos durante o período do estudo para as crianças da amostra
durante a sucção de creme de chocolate.
020406080
100120
1 2 3
FIGURA 26 - Ilustração gráfica dos valores médios de RMS
exibidos pelos grupos tratados durante o período de estudo quanto à sucção de CREME DE CHOCOLATE PELO MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA.
A figura 26 demonstra valores médios de RMS similares para ambos os
grupos, na avaliação inicial (p=0,9289), porém na avaliação de 60 dias o Grupo TMF
apresentou maiores alterações, enquanto que o Grupo REM mostrou discreta
diminuição dos valores médios de RMS. Na avaliação de 180 dias houve redução em
ambos os grupos, porém o Grupo TMF exibiu ao final do período de estudo maiores
alterações, ou seja, menores valores médios de RMS em relação aos valores iniciais e
em relação ao grupo REM.
MÚSCULO MENTUAL
Situação A – Repouso:
TMF REM
TEMPOS
Ativ
idad
e el
etrto
mio
gráf
ica
(RM
S -µ
V)
Antes 60 dias 180 dias
Resultados
Degan, V.V. 103
A tabela 15 demonstra os valores de RMS médios obtidos de acordo com
os fatores em estudo para a variável SITUAÇÃO DE REPOUSO DO MÚSCULO
MENTUAL.
TABELA 15
Valores médios (RMS) da variável REPOUSO para o MÚSCULO MENTUAL de acordo com os grupos e período do estudo.
Avaliações
Inicial 60 dias 180 dias
REM 41,24 Aa 39,34 Aa 32,09 Ab
TMF 44,66 Aa 29,05 Bb 31,15 Ab
Médias seguidas por mesma letra Maiúscula na comparação entre grupos não diferem entre si pelo teste t para 2 amostras independentes (p>0,05).
Médias seguidas por mesma letra Minúscula na comparação dentro do mesmo grupo não diferem entre si pelo teste t para dados pareados (p>0,05).
Foi observada diferença estatisticamente significativa entre os grupos
REM e TMF aos 60 dias (p=0,0059) quanto aos valores médios de RMS obtidos na
avaliação do músculo mentual em situação de repouso. Observou-se redução
significativa nos valores de RMS entre as avaliações inicial e 180 dias (p=0,0206) e
entre a avaliação aos 60 dias e aos 180 dias (p=0,0416), para as crianças submetidas à
remoção de hábitos de sucção. Pôde-se observar pela tabela 15 que as crianças do
grupo REM apresentaram diminuição significativa dos valores de RMS após 180
dias, em comparação com o início do experimento. Entretanto, as crianças do grupo
TMF submetidas à associação dos tratamentos apresentaram diminuição significativa
aos 60 dias após, acentuando-se essa diferença aos 180 dias.
A figura 27 ilustra os valores médios da atividade muscular expressos em
RMS obtidos durante o período do estudo para as crianças na avaliação do músculo
mentual em repouso.
Resultados
Degan, V.V. 104
01020304050
1 2 3
FIGURA 27 - Ilustração gráfica dos valores médios de RMS
exibidos pelos grupos tratados durante o período de estudo quanto ao REPOUSO DO MÚSCULO MENTUAL.
Observa-se na Figura 27 ambos os grupos iniciando o experimento com
valores médios da atividade eletromiográfica expressos em RMS sem diferença
significativa (p=0,5479). Na avaliação de 60 dias o Grupo TMF apresentou
menores valores enquanto que o Grupo REM se manteve estável em relação à
primeira avaliação. Aos 180 dias, o Grupo REM apresentou menores valores,
comparados aos iniciais, enquanto que o Grupo TMF se manteve estável em
relação à segunda avaliação (60 dias), não sendo observada diferença
estatisticamente significativa entre os valores médios da atividade
eletromiográfica expressos em RMS ao final do estudo entre os grupos, porém, as
crianças do grupo TMF apresentaram na última avaliação (180 dias) valores
significativamente menores que as avaliações anteriores.
Situação B- Sucção de água:
Na tabela 16 pode-se observar os valores médios da atividade
eletromiográfica expressos em RMS de acordo com os fatores em estudo para a
variável sucção de iogurte observada para o mentual.
TMF REM
TEMPOS
Ativ
idad
e el
etro
mio
gráf
ica
(RM
S -µ
V)
Antes 60 dias 180 dias
Resultados
Degan, V.V. 105
TABELA 16 Valores médios da atividade eletromiográfica (RMS) da variável SUCÇÃO DE ÁGUA para o MÚSCULO MENTUAL de acordo com os grupos e período do
estudo.
Avaliações
Inicial 60 dias 180 dias
REM 89,49 Aa 83,49 Aa 44,75 Aa
TMF 84,63 Aa 62,68 Ab 59,46 Ab*
Médias seguidas por mesma letra Maiúscula na comparação entre grupos não diferem entre si pelo teste t para 2 amostras independentes (p>0,05). Médias seguidas por mesma letra Minúscula na comparação dentro do mesmo grupo não diferem entre si pelo teste t para dados pareados (p>0,05).*(p=0,0672)
Não foi observada diferença estatisticamente significativa entre as médias
dos valores da atividade eletromiográfica expressos em RMS entre os grupos REM e
TMF para o músculo mentual durante a sucção de água, nos períodos de avaliação.
Observou-se redução significativa das médias dos valores de RMS entre as avaliações
inicial e 60 dias (p=0,0012), para as crianças do grupo TMF, isto é, aos 60 dias após a
realização dos tratamentos as crianças que receberam a Terapia Miofuncional
associada à remoção dos hábitos, durante a sucção de água utilizaram menores
quantidades de unidades motoras para exercer a mesma função, indicando a
adequação muscular ao procedimento. Entretanto, considerando-se avaliação final
(180 dias) observou-se uma tendência a menores valores de RMS em relação aos
resultados da pré-avaliação (p=0,0672), mas deve-se considerar que as condições
encontradas durante a avaliação aos 60 dias não se modificaram significativamente
até os 180 dias.
A figura 28 ilustra os valores médios da atividade eletromiográfica
expressos em RMS obtidos durante o período do estudo para a amostra.
Resultados
Degan, V.V. 106
0
20
40
60
80
100
1 2 3
FIGURA 28 - Ilustração gráfica dos valores médios da atividade
eletromiográfica expressos em RMS exibidos pelos grupos tratados durante o período de estudo quanto à sucção de ÁGUA PELO MÚSCULO MENTUAL.
A figura 28 demonstra valores médios da atividade eletromiográfica
expressos em RMS similares para ambos os grupos, no início do estudo. Durante a
avaliação de 60 dias o Grupo TMF apresentou maiores reduções nos valores médios
de RMS, porém sem diferença significativa em relação ao grupo REM. Na avaliação
de 180 dias ambos os grupos apresentaram contínua e discreta redução nos valores,
porém o Grupo TMF exibiu ao final do período de estudo um comportamento melhor
que o Grupo REM, ou seja, menores valores de RMS, embora sem diferença
estatisticamente significativa entre os grupos.
Situação C – Sucção de iogurte:
Na tabela 17 pode-se observar os valores médios da atividade
letromiográfica expressos em RMS de acordo com os fatores em estudo para a
variável sucção de iogurte observada para o mentual.
Ativ
idad
e el
etro
mio
gráf
ica
(RM
S -µ
V)
TMF REM
TEMPOS
Antes 60 dias 180 dias
Resultados
Degan, V.V. 107
TABELA 17
Valores médios (RMS) da variável SUCÇÃO DE IOGURTE para o MÚSCULO MENTUAL de acordo com os grupos e período do estudo.
Avaliações
Inicial 60 dias 180 dias
REM 99,13 Aa 81,81 Aab 65,53 Ab
TMF 95,45 Aa 69,051 Aa 58,10 Ab*
Médias seguidas por mesma letra Maiúscula na comparação entre grupos não diferem entre si pelo teste t para 2 amostras independentes (p>0,05).
Médias seguidas por mesma letra Minúscula na comparação dentro do mesmo grupo não diferem entre si pelo teste t para dados pareados (p>0,05).*(p=0,0586)
Não foi observada diferença estatisticamente significativa entre as médias
dos valores de RMS dos grupos REM e TMF para o músculo mentual durante a
sucção de iogurte (p=0,3441). Observou-se redução significativa das médias dos
valores de RMS entre as avaliações inicial e 180 dias (p=0,0278), para as crianças do
grupo REM. Para as crianças do grupo TMF, observou-se uma tendência a menores
valores de RMS após 180 dias de realização dos tratamentos (p=0,0586).
A figura 29 ilustra os escores médios obtidos durante o período do estudo
para a amostra.
020406080
100120
1 2 3
Figura 29- Ilustração gráfica dos valores médios da atividade
eletromiográfica expressos em RMS exibidos pelos grupos tratados durante o período de estudo quanto à sucção de IOGURTE PELO MÚSCULO MENTUAL.
TMF REM
TEMPOS
Ativ
idad
e el
etro
mio
gráf
ica
(RM
S - µ
V)
Antes 60 dias 180 dias
Resultados
Degan, V.V. 108
Na Figura 29 pode-se observar os valores médios similares de RMS para o
músculo mentual em situação de sucção de iogurte para ambos os grupos durante a
avaliação inicial. Pode-se constatar que os dois grupos apresentaram um perfil de
alteração similar inicial, exibindo valores também similares aos 60 e 180 dias, porém,
todos menores que os valores iniciais.
Situação D- Sucção de creme de chocolate:
Na tabela 18 encontram-se os valores médios da atividade eletromiográfica
(RMS) da variável SUCÇÃO DE CREME DE CHOCOLATE para o MÚSCULO
MENTUAL de acordo com os fatores em estudo.
TABELA 18
Valores médios (RMS) da variável SUCÇÃO DE CREME DE CHOCOLATE DO MÚSCULO MENTUAL de acordo com o os grupos e período do estudo.
Avaliações
Inicial 60 dias 180 dias
REM 100,47 Aa 87,38 Aa 92,13 Aa
TMF 102,39 Aa 79,16 Ab 61,51 Bc
Médias seguidas por mesma letra Maiúscula na comparação entre grupos não diferem entre si pelo teste t para 2 amostras independentes (p>0,05). Médias seguidas por mesma letra Minúscula na comparação dentro do mesmo grupo não diferem entre si pelo teste t para dados pareados (p>0,05).
Pela análise da tabela 18 observa-se que houve diferença significativa
entre os grupos REM e TMF apenas entre as avaliações de 180 dias (p=0,0482),
quando as crianças do grupo TMF apresentaram médias significativamente inferiores
de atividade eletromiográfica que as do grupo REM. As crianças submetidas apenas à
remoção de hábitos não apresentaram alteração significativa nos valores médios de
RMS durante os períodos do estudo, entretanto, aquelas submetidas à associação de
tratamentos (TMF) apresentaram diminuição significativa nos valores médios de
Resultados
Degan, V.V. 109
RMS já na avaliação realizada aos 60 dias (p=0,0069), com diminuição acentuada aos
180 dias em relação aos 60 dias (0,0236) e entre 180 dias em relação à inicial
(p=0,0025).
A figura 30 ilustra os valores médios da atividade eletrtomiográfica
expressos em RMS obtidos durante o período do estudo para a amostra.
0
20
40
60
80
100
120
1 2 3
FIGURA 30 - Ilustração gráfica dos valores médios da atividade eletromiográfica expressos em RMS exibidos pelos grupos tratados durante o período de estudo quanto à sucção de CREME DE CHOCOLATE PELO MÚSCULO MENTUAL.
A figura 30 mostra a distribuição gráfica dos valores médios de RMS
similares para ambos os grupos, durante a sucção de creme de chocolate, para o
músculo mentual. O Grupo TMF apresentou redução contínua nos valores médios
de RMS observando-se as avaliações em 60 e 180 dias, enquanto que o Grupo REM
apresentou redução na avaliação de 60 dias e recidiva na avaliação de 180 dias,
embora não atingindo os valores médios iniciais do referido grupo.
5.3-ANÁLISE CEFALOMÉTRICA
• 1.NA:
Ativ
idad
e el
etro
mio
gráf
ica
(RM
S - µ
V)
TMF REM
TEMPOS Antes 60 dias 180 dias
Resultados
Degan, V.V. 110
A tabela 19 demonstra os valores médios verificados para a grandeza
cefalométrica 1.NA para os fatores em estudo.
TABELA 19
Valores médios da grandeza angular 1.NA (graus) de acordo como os grupos e período do estudo.
Avaliações
Inicial 60 dias 180 dias
REM 14,05 Aa 9,20 Ab 7,30 Ab
TMF 14,65 Aa 7,15 Ab 6,50 Ab
Médias seguidas por mesma letra Maiúscula na comparação entre grupos não diferem entre si pelo teste t para 2 amostras independentes (p>0,05).
Médias seguidas por mesma letra Minúscula na comparação dentro do mesmo grupo não diferem entre si pelo teste t para dados pareados (p>0,05).
Analisando-se a Tabela 19 em relação ao grupo REM, pode-se observar
que houve diminuição significativa dos valores médios de 1.NA aos 60 dias
(p=0,0034) e aos 180 dias (p=0,0007) em relação aos valores iniciais da avaliação
realizada pré-tratamento. Entretanto, não se verificou diferença estatisticamente
significativa entre os períodos de 60 e 180 dias de avaliação (p=0,2392). O Grupo
TMF apresentou redução significativa dos valores de 1.NA após 60 dias (p=0,0015) e
180 dias (p=0,0026). Não houve diferença entre as médias apresentadas para a
grandeza 1.NA, entre os grupos tratados. Pode-se constatar que para ambos os grupos
a grandeza 1.NA. apresentou alteração, isto é, houve redução do ângulo formado
entre o longo eixo do incisivo central superior e a linha NA, contribuindo para o
fechamento da mordida aberta anterior em ambos os grupos, através da retroclinação
dos incisivos.
A figura 31 ilustra os valores médios obtidos para a grandeza 1.NA
durante o período do estudo para a amostra.
Resultados
Degan, V.V. 111
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
14,00
16,00
1 2 3 FIGURA 31 - Ilustração gráfica dos valores médios exibidos pelos
grupos tratados durante o período de estudo da grandeza angular 1.NA.
Na figura 31 observa-se que os dois grupos apresentaram valores médios
iniciais similares para a medida angular 1.NA. Pode-se observar que os dois grupos
apresentaram redução nas medidas na avaliação aos 60 dias, embora o Grupo TMF
tenha apresentado maior redução. Os valores médios continuaram a declinar nos dois
grupos, que ao final do estudo (180 dias) apresentaram valores similares.
• ī.1: Na tabela 20 estão demonstrados os valores médios da grandeza
cefalométrica ī.1 para os fatores em estudo.
TABELA 20
Valores médios da grandeza angular ī.1 (graus) de acordo com o os grupos e período do estudo.
Avaliações
Inicial 60 dias 180 dias
REM 137,00 Aa 146,70 Ab 149,00 Ab
TMF 134,20 Aa 149,30 Ab 152,90 Ac
Médias seguidas por mesma letra Maiúscula na comparação entre grupos não diferem entre si pelo teste t para 2 amostras independentes (p>0,05).
Médias seguidas por mesma letra Minúscula na comparação dentro do mesmo grupo não diferem entre si pelo teste t para dados pareados (p>0,05).
TMF REM
TEMPOS
G R A U S
Antes 60 dias 180 dias
Resultados
Degan, V.V. 112
Considerando-se o Grupo REM observou-se aumento significativo do
ângulo interincisivos aos 60 (p=0,0023) e 180 dias (p=0,0051) em relação à avaliação
inicial. Para o Grupo TMF houve aumento significativo no ângulo interincisivos
comparando-se a avaliação inicial e 60 dias (p=0,0018), inicial e 180 dias (p=0,0005)
e entre 60 dias e 180 dias (p=0,0315). Pode ser observado neste estudo que tanto a
remoção dos hábitos de sucção quanto à associação dos tratamentos propostos
produziram aumento significativo no ângulo interincisivos, contribuindo para a
retroclinação dos incisivos.
A figura 32 ilustra os valores médios do ângulo interincisivos obtidos
durante o período do estudo para a amostra.
120,00125,00130,00135,00140,00145,00150,00155,00
1 2 3
FIGURA 32-Ilustração gráfica dos valores médios exibidos pelos grupos
tratados durante o período de estudo da grandeza angular ī.1.
Na figura 32 pode-se verificar valores médios da medida angular ī.1
levemente menores no grupo TMF. Na avaliação de 60 dias observa-se que os dois
grupos apresentaram aumento das médias atingindo valores similares, e na avaliação
de 180 dias as médias da grandeza angular continuaram a aumentar, sendo maior no
Grupo TMF.
• 1-NA:
TMF REM
TEMPOS
Gra
us
Antes 60 dias 180 dias
Resultados
Degan, V.V. 113
Na tabela 21 encontram-se os valores médios da grandeza cefalométrica 1-NA
de acordo com os fatores em estudo.
TABELA 21
Valores médios da grandeza angular 1-NA (milímetros) de acordo com o os grupos e período do estudo.
Avaliações
Inicial 60 dias 180 dias
REM 0,85 Aa -0,65 Ab -1,25 Ab
TMF 1,50 Aa -1,50 Ab -0,80 Ab
Médias seguidas por mesma letra Maiúscula na comparação entre grupos não diferem entre si pelo teste t para 2 amostras independentes (p>0,05). Médias seguidas por mesma letra Minúscula na comparação dentro do mesmo grupo não diferem entre si pelo teste t para dados pareados (p>0,05).
Não se observou diferença estatisticamente significativa entre os grupos
tratados. Em média houve diminuição significativa na grandeza linear 1-NA após 60
dias (p=0,0017) e 180 dias (p=0,0007) em relação à avaliação inicial para as crianças
submetidas à remoção dos hábitos de sucção. Não foi observada diferença
significativa entre a segunda e terceira avaliações (p=0,2392).
Considerando-se o Grupo TMF observou-se diminuição significativa da
grandeza linear 1-NA aos 60 (p=0,0015) e 180 dias (p=0,0026) em relação à
avaliação inicial. Não foi observada diferença significativa entre a segunda e terceira
avaliações (p=0,2392).
A figura 33 ilustra os escores médios obtidos durante o período do estudo
para a amostra.
Resultados
Degan, V.V. 114
-2,00
-1,50
-1,00
-0,50
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
FIGURA 33- Ilustração gráfica dos valores médios exibidos pelos
grupos tratados durante o período de estudo da grandeza linear 1-NA.
Para os valores médios da medida linear 1-NA demonstrada na figura 33,
observa-se o decréscimo dos valores das médias nos dois grupos, porém mais
acentuado no Grupo TMF até a avaliação aos 60 dias. Após essa avaliação as medidas
apresentaram inversão nos valores, o Grupo REM apresentou valores médios de 1-
NA menores que o Grupo TMF.
TRESPASSE VERTICAL
As análises dos dados obtidos a partir do trespasse vertical foram
realizadas através do cálculo da variação entre as medidas nas avaliações realizadas:
entre grupos foram comparadas as variações ocorridas na quantidade de trespasse
vertical, observadas entre as avaliações realizadas aos 60 dias/início e entre as
avaliações realizadas aos 180 dias/início, em ambos os grupos; para a análise dentro
de um mesmo grupo foram comparadas as variações ocorridas entre a avaliação
realizada aos 60 dias/início e 180 dias/início, em cada grupo.
Na tabela 22 podem ser verificados os valores médios obtidos para a grandeza
linear TRESPASSE VERTICAL nos diferentes períodos do experimento.
1 2 3
TMF REM
TEMPOS
Milí
met
ros
Antes 60 dias 180 dias
Resultados
Degan, V.V. 115
TABELA 22
Valores médios obtidos para a grandeza TRESPASSE VERTICAL nos
diferentes períodos do experimento.
Variação entre: Avaliação
Inicial Variação até a
primeira avaliação
Avaliação 60 dias 60
dias/início180
dias/início
Avaliação 180 dias
Variação durante todo o
experimento
REM 1,75 A 0,70 a b 0,25 A
TMF 3,05 A 1,15 a b 0,20 B
Médias seguidas por mesma letra Maiúscula, na comparação entre grupos, não diferem entre si pelo teste t para 2 amostras independentes (p>0,05). Médias seguidas por mesma letra Minúscula na comparação dentro do mesmo grupo não diferem entre si pelo teste t para dados pareados (p>0,05).
Pela tabela 23 pode-se verificar que durante os primeiros 60 dias após os
tratamentos não houve diferença entre as variações ocorridas na quantidade de
trespasse vertical para ambos os grupos (p=0,1093). Entretanto, a variação na
quantidade de trespasse vertical ocorrida durante todo o experimento, isto é, após 180
dias da realização dos tratamentos em comparação com o exame pré-tratamento,
demonstrou que o grupo TMF apresentou as maiores variações, chegando às médias
de trespasse vertical similares aos encontrados para as crianças que foram submetidas
apenas à remoção dos hábitos de sucção. Observando-se as variações ocorridas dentro
de cada grupo, observa-se que as crianças do grupo REM apresentaram diminuição
significativa do trespasse vertical (p=0,0207), o mesmo foi observado para aquelas do
grupo TMF (p=0). Deve-se considerar que no grupo TMF, a quantidade de trespasse
vertical inicial era 1,74 vezes maior que a do grupo REM. Estes resultados indicam
que a Terapia Miofuncional é eficaz na redução do trespasse vertical.
A figura 34 ilustra os valores médios da grandeza angular TRESPASSE
VERTICAL durante o período do experimento.
Resultados
Degan, V.V. 116
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
1 2 3
Figura 34 - Ilustração gráfica dos valores médios exibidos pelos grupos tratados durante período de estudo da grandeza linear TRESPASSE VERTICAL
A análise da figura 34 revela que no início do experimento o Grupo TMF
apresentava amplitudes iniciais maiores da grandeza linear TRESPASSE VERTICAL
(1,74 vezes). Na avaliação de 60 dias a amplitude do TRESPASSE VERTICAL para
os Grupos REM e TMF diminuíram significativamente. Após 180 dias da remoção
dos hábitos, ambos os grupos apresentaram similares valores de TRESPASSE
VERTICAL, significativamente inferiores aos observados no início do experimento e
na avaliação após 60 dias, finalizando com valores próximos a zero.
As páginas seguintes exibem fotografias da região de terço médio e
inferior da face (frente e perfil) e da oclusão (frente e perfil) de paciente pertencente
ao Grupo TMF, assim como telerradiografias, traçados cefalométricos, sobreposição
de traçados cefalométricos e registros eletromiográficos, onde se evidenciam
alterações ocorridas durante o tratamento.
TMF REM
TEMPOS
Milí
met
ros
Antes 60 dias 180 dias
Resultados
Degan, V.V. 117
FIGURA 35: Paciente n. 36 do Grupo TMF antes dos tratamentos
FIGURA 36: Paciente n. 36 do Grupo TMF 60 dias após os tratamentos
FIGURA 37: Paciente n. 36 do Grupo TMF 180 dias após os tratamentos
Resultados
Degan, V.V. 118
FIGURA 38: Paciente n. 36 do Grupo TMF antes dos tratamentos
FIGURA 39: Paciente n. 36 do Grupo TMF 60 dias após os tratamentos
FIGURA 40: Paciente n. 36 do Grupo TMF 180 dias após os tratamentos
Resultados
Degan, V.V. 119
FIGURA 41: Paciente n. 36 do Grupo TMF antes dos tratamentos
FIGURA 42: Paciente n. 36 do Grupo TMF 60 dias após os tratamentos
FIGURA 43: Paciente n. 36 do Grupo TMF 180 dias após os tratamentos
Resultados
Degan, V.V. 120
FIGURA 44: Paciente n. 36 do Grupo TMF antes dos tratamentos
FIGURA 45: Paciente n. 36 do Grupo TMF 60 dias após os tratamentos
FIGURA 46: Paciente n. 36 do Grupo TMF 180 dias após os tratamentos
Resultados
Degan, V.V. 121
FIGURA 47 – Sobreposição dos traçado cefalométricos da paciente 36 (antes, 60
dias e 180 dias após os tratamentos)
Antes dos tratamentos
60 dias após tratamentos
180 dias após tratamentos
Resultados
Degan, V.V. 122
FIGURA 48 – Sinais eletromiográficos dos músculos orbicular da boca superior e mentual em situação de sucção de creme de chocolate obtidos antes dos tratamentos de paciente do Grupo TMF.
FIGURA 49 – Sinais eletromiográficos dos músculos orbicular da boca superior e mentual em situação sucção de creme de de chocolate obtidos 60 dias após os tratamentos de paciente do Grupo TMF.
FIGURA 50 – Sinais eletromiográficos dos músculos orbicular da boca superior e mentual em situação de sucção de creme de chocolate obtidos 180 dias após os tratamentos obtidos durante a situação de sucção de água de paciente do Grupo TMF.
Músculos orbicular da boca superior
Músculos mentual
Discussão
Degan, V.V. 123
6-DISCUSSÃO
A discussão será desenvolvida obedecendo às seqüências das análises, isto é,
análise clínica e funcional, análise eletromiográfica e análise cefalométrica.
Hábitos prolongados de sucção são fatores que podem produzir desequilíbrio
das forças naturais que atuam na cavidade bucal, sendo um fator mecânico negativo para
o bom desenvolvimento das estruturas ósseas e dentárias, podendo também promover
alterações na musculatura do sistema estomatognático e conseqüentemente em suas
funções (Landis, 1998; Felício, 1999). Dentre as alterações oclusais a mordida aberta
anterior é a mais freqüentemente encontrada como decorrência de hábitos de sucção
prolongados (Felício, 1999). Tem-se observado que apenas a restituição da forma dos
arcos dentais, como o fechamento da mordida aberta através de intervenção ortodôntica,
não é suficiente para garantir a ausência de recidiva. Além da correção da forma, as
funções relacionadas à cavidade bucal, como respiração, deglutição, mastigação e fala
devem ser reorganizadas.
Como instrumento desse re-arranjo das estruturas bucais através da correção
da forma e das funções, a Terapia Miofuncional tem se mostrado eficiente, atuando nas
desordens miofuncionais, restabelecendo as funções, adequando a força e movimentos
musculares, além de auxiliar na remoção de hábitos para-funcionais e restabelecimento
de posturas de repouso (Ríspoli & Bacha, 1998).
Na presente pesquisa os músculos e/ou grupos musculares foram trabalhados
através de exercícios isométricos que segundo Carrara de Angelis et al. (2000)
desenvolvem tensão sem modificação do tamanho da fibra muscular e são indicados para
aumento de força muscular. Os exercícios foram aplicados no músculo ou grupo
muscular desejado, segurando-se um abaixador de língua de madeira com a mão,
aplicando contra-resistência que segundo Marchand (2003) produz aumento de força e
hipertrofia muscular, sendo semelhante em indivíduos de diferentes faixas etárias.
Discussão
Degan, V.V. 124
Portanto o aumento da resistência do músculo durante o tratamento foi considerado
sinônimo de aumento de força muscular.
Além dos exercícios isométricos para o aumento de força muscular, deve-se
dar maior importância à adequação das funções como descrevem Hanson & Barret
(1995). Através da Terapia Miofuncional ocorre a desativação dos padrões pré-
estabelecidos, desenvolvimento de novas atividades musculares e padrões funcionais, a
automatização dos padrões corretos e a supervisão da manutenção dos padrões
aprendidos.
O tempo de utilização da Terapia Miofuncional, neste estudo foi de 8
sessões, tempo também utilizado por Ríspoli & Bacha (1999) que utilizaram a
Intervenção Fonoaudiológica Breve e obtiveram melhora para a respiração diurna e a
postura labial e tempo similar ao preconizado por Hanson (1978) que afirmou que o
período de terapia deve ser breve com a realização de aproximadamente nove sessões e
outras subseqüentes espaçadas.
As desordens miofuncionais diagnosticadas no Grupo TMF foram tratadas
enfocando-se a individualidade do paciente, como preconizou Hanson (1979) embora a
faixa etária e a alteração oclusal tenham sido similares para todas as crianças da amostra,
demonstrado pela ausência de diferença estatística no exame pré-tratamento das
variáveis, foram encontrados graus variados de desordens funcionais e estas foram
trabalhadas de acordo com a necessidade.
O aprendizado segundo Mora (1994), é o processo pelo qual a experiência
prática ou observação permitem desenvolver modificações na conduta que favorece a
adaptação ao meio ambiente. O termo aprendizagem pode ser reservado para o período
inicial, durante o qual o novo hábito é adquirido. Depois pode se atribuir o termo
memória referindo-se ao processo de armazenagem pelo qual a modificação é
preservada através do tempo. Em conseqüência, graças à aprendizagem, o organismo
adquire a capacidade para demonstrar, após certo tempo a conduta modificada. Porém,
antes do aprendizado é necessário que o paciente tenha adquirido condições musculares
para executar determinadas funções ou mesmo adquirir novas posturas. Isso pode
explicar o aprendizado e a automatização das novas posturas, como a postura de lábios e
Discussão
Degan, V.V. 125
língua em repouso e as funções de respiração nasal e deglutição trabalhadas através da
Terapia Miofuncional neste experimento.
As crianças que além da remoção de hábitos foram submetidas à Terapia
Miofuncional desempenharam-na com sucesso, supervisionadas por um adulto,
corroborando as afirmações de Hanson (1978) que relatou que a Terapia Miofuncional
pode ser realizada em crianças a partir de 4 ou 5 anos. Sendo necessário apenas que as
crianças estejam motivadas para a realização dos exercícios e que tenham certo
entendimento do que está acontecendo com ela. Para isso o calendário personalizado,
sugerido por Pierce (1986), que era assinalado toda vez que os exercícios eram
realizados, foi um meio adequado para a execução e controle dos exercícios para esta
faixa etária.
Durante o experimento observou-se que os dois grupos estudados
apresentaram inicialmente desordens musculares e funcionais associadas à mordida
aberta anterior, corroborando as afirmações de Benkert (1997).
Inicialmente as crianças dos dois grupos apresentavam ausência de
selamento labial e pouca resistência dos lábios superior e inferior à tração com o
abaixador lingual de madeira. A remoção dos hábitos de sucção isoladamente foi capaz
de promover aumento da resistência dos lábios, sendo que as crianças do grupo que
recebeu Terapia Miofuncional apresentaram melhora mais evidente. Pode-se inferir que
o fato dos músculos se tornarem mais resistentes (fortes) poderia promover melhores
condições para a manutenção do selamento labial, porém é importante ressaltar que
somente a aplicação de exercícios que promovam aumento da força muscular ou
relaxamento podem não serem suficientes para produzir modificação nas posturas em
repouso e funções, sendo os exercícios funcionais também importantes.
Benkert (1997) e Felício (1999) afirmaram que hábitos de sucção
prolongados podem induzir a criança a estabelecer um padrão em que os lábios se
mantêm afastados provocando ausência de selamento labial. No presente estudo pôde-se
verificar que quanto ao repouso labial as crianças do Grupo TMF apresentaram
desempenho mais satisfatório do que aquelas submetidas apenas à remoção de hábitos.
Pode-se deduzir que a Terapia Miofuncional foi capaz de promover selamento labial
Discussão
Degan, V.V. 126
mais eficiente, verificado através do posicionamento labial em repouso. O selamento
labial é de extrema importância para a oclusão. Como relata Gustafson & Ahlgren
(1975), a pressão dos lábios em repouso é mais importante para determinar a posição dos
dentes que a atividade funcional dos lábios durante a deglutição e a mastigação, portanto
a modificação do padrão apresentado no início do experimento é importante para o
estabelecimento de padrões oclusais adequados. O selamento labial também pode ser
considerado facilitador da respiração nasal, que é de suma importância para o
crescimento craniofacial adequado (Hanson & Barret, 1995).
A quantificação da aeração nasal feita através do Espelho de Altmann
mostrou que houve maior aeração nasal decorrente da remoção de hábitos de sucção aos
60 dias, mantendo-se até o final do experimento, porém no grupo que foi submetido à
remoção dos hábitos associada à Terapia Miofuncional, as alterações positivas foram
mais evidentes e também se mantiveram até a última avaliação. Este fato confirma a
efetividade da Terapia Miofuncional no restabelecimento da função respiratória nasal,
corroborando as afirmações de Schievano et al., (1999), e os achados de Araújo & Bitar
(2003) que utilizaram a Terapia Miofuncional no restabelecimento da função respiratória
nasal, e encontraram valores iniciais de 14,82 cm2, finalizando o experimento com
valores de 26,33 cm2, sendo estes próximos aos valores iniciais e finais do Grupo TMF
(14,10 cm2 inicial e 26,40 cm2 final – Tabela 10).
As forças intra-bucais constantes resultantes do tipo de postura de repouso
dos lábios, são muito importantes na definição da oclusão e quando em desequilíbrio
podem determinar deformação dos arcos dentários e alterar a posição dos dentes
(Camargo et al.,2001). A respiração nasal pode ser considerada imprescindível para o
bom desenvolvimento das funções orofaciais e conseqüentemente, o crescimento
esquelético harmonioso (González & Lopes, 2000). Houve vários relatos de mães que
comunicaram que as crianças, após a aplicação dos tratamentos, passaram a dormir de
lábios selados e não houve mais episódios de roncos e sialorréia durante o sono,
apresentando melhor qualidade deste, novamente corroborando as afirmações de Araújo
& Bitar, em 2003. No grupo que recebeu somente a remoção de hábitos de sucção
também houve melhora na respiração nasal, corroborando Felício (1999) que atribuiu
Discussão
Degan, V.V. 127
aos hábitos de sucção prolongados a facilitação para respiração bucal devido à
permanência de um padrão de boca aberta.
O posicionamento da língua em repouso se mostrou alterado nos dois
grupos antes da remoção dos hábitos de sucção. As crianças do Grupo TMF
apresentaram aos 180 dias alterações mais favoráveis, para o reposicionamento lingual
na região da papila retro-incisal. Este fato foi evidenciado somente ao final do
experimento e não ao final do período em que as crianças foram submetidas à Terapia
Miofuncional. Isto pode ser atribuído talvez pela necessidade de um período maior desta
estrutura em modificar os padrões pré-estabelecidos para automatização do aprendizado.
Para a oclusão este fator é importante, pois segundo Van der Linden (1990) durante o
crescimento deve-se dar maior importância para a posição da língua e dos lábios em
repouso do que durante a deglutição e estas forças seriam importantes na determinação
da posição vestíbulo-lingual dos incisivos, corroborando também as afirmações de
Proffit & Fields (1993b). Snow (1993), afirmou que a Terapia Miofuncional com ênfase
na postura em repouso da língua no palato poderia remover forças físicas como as
provocadas pelo repouso lingual entre os dentes e assim contribuir para a ocorrência do
re-arranjo de forças na cavidade bucal, deixando de haver pressão sobre os dentes e
conseqüentemente trazendo benefícios para a oclusão e o desenvolvimento craniofacial.
O padrão de deglutição apresentado pelas crianças do Grupo REM mostrou
alterações positivas aos 180 dias, enquanto que para as crianças do Grupo TMF a
melhora no padrão de deglutição foi evidente já aos 60 dias, portanto somente a remoção
de hábitos de sucção foi efetiva para adequar a função, porém após um período maior de
avaliação. A associação de remoção de hábitos com a Terapia Miofuncional produziu
maior eficácia na adequação da deglutição como também afirmaram Harden & Rydell
(1983), Yamaguchi e Sebata (1995), Schievano (1997), Takahashi et al. (1995), Benkert
(1997). No início do experimento a projeção lingual durante a deglutição era bem
evidente, assim como a contração exagerada da musculatura peri-oral que diminuíram
durante os períodos de avaliação. Ao final do experimento, em geral, as crianças
apresentavam ausência de projeção lingual, de contração exagerada da mímica facial e
presença de selamento labial durante a deglutição. Embora o inadequado padrão de
Discussão
Degan, V.V. 128
deglutição não deva ser considerado etiologia de mordida aberta anterior, esta deve ser
reabilitada juntamente com outras disfunções existentes. O simples fechamento da
mordida aberta anterior pode não promover o correto padrão de deglutir como verificado
por Stormer & Pancherz (1999) que não encontraram normalização eletromiográfica do
padrão de deglutição após o fechamento da mordida.
Nos dois grupos inicialmente foi diagnosticada flacidez das bochechas
quando estas foram solicitadas a oferecerem contra-resistência, corroborando achados de
Ahlgreen (1995), que relatou haver atividade eletromiográfica aumentada dos lábios e
mento durante a sucção de dedo ou chupeta e pouca ou moderada atividade dos
músculos bucinadores. Devido à flacidez dessa região estes músculos foram trabalhados
com o intuito de aumentar a força, visando adequar as funções de mastigação e
conseqüentemente da deglutição, corroborando as afirmações de Felício (1999) que
ressaltou a importância dos músculos bucinadores para mastigação que junto com a
língua tem a função de reconduzir os alimentos dos vestíbulos para o centro da cavidade
bucal e para as faces oclusais. Reforçando as avaliações clínicas da flacidez das
bochechas pôde-se constatar que durante o uso da chupeta pelas crianças da amostra, de
maneira geral esta era colocada na boca, porém sem que fosse sugada efetivamente,
apresentando movimentos descritos por Gonzáles (2000) como “movimentos de lamber”
que seriam os responsáveis pelas alterações negativas na oclusão.
O grupo submetido à remoção de hábitos e Terapia Miofuncional
apresentou maior oferecimento de resistência das bochechas durante a contração
muscular à tração pelo abaixador de língua de madeira, o mesmo não acontecendo com o
Grupo REM.
Embora não tenha ocorrido aumento de força na musculatura lingual nos
grupos estudados, houve reposicionamento adequado desta estrutura em repouso
habitual, sendo este um dos objetivos mais importantes da Terapia Miofuncional.
Quanto à região do mento, clinicamente não foram evidenciadas mudanças
quanto aos aspectos analisados, tendo-se em vista ser esta uma região cuja plasticidade
depende de relações diretas com outras estruturas como comprimento do lábio superior e
condições funcionais do lábio inferior. Assim, embora tenham sido observadas
Discussão
Degan, V.V. 129
mudanças progressivas nos outros grupos musculares, estas não foram tão evidentes no
mento.
Na tentativa de ratificar a efetividade da Terapia Miofuncional observada
através do exame clínico-funcional nos músculos orbicular da boca superior e mentual
foi utilizada a eletromiografia de superfície, sendo que os resultados foram convertidos
para valores de RMS (raiz quadrada da média) em µV, como preconizaram De Luca
(1978 e 1993) e Portney (1993).
A eletromiografia registra a atividade elétrica da unidade motora do músculo
estudado e não a força muscular que é uma função de processos contráteis (Portney,
1993). A unidade motora é a unidade funcional de contração e consiste de um corpo de
célula nervosa, o longo axônio do nervo motor, ramos terminais e todas as fibras
musculares supridas por estes ramos (Jankelson & Pulley,1984). A maior atividade
detectada num registro eletromiográfico pode indicar ineficiência muscular (Portney,
1993), pois pode estar havendo aumento de disparo de potenciais de ação durante a
atividade muscular.
Durante o experimento, de uma maneira geral, os valores expressos em RMS
relativos à atividade elétrica da unidade motora iniciaram mais altos (pré-tratamento) e
diminuíram após os tratamentos. Pode-se inferir que os as unidades motoras diminuíram
a quantidade de disparos nos músculos estudados ao longo do período para realizar a
mesma prova, e, portanto estariam mais aptos para exercer a mesma função.
Para o músculo orbicular da boca superior em situação de repouso os
resultados da eletromiografia de superfície indicaram que a Terapia Miofuncional foi
efetiva na melhora da atividade muscular observada pela diminuição dos valores de
RMS aos 180 dias. O grupo de crianças que recebeu apenas como tratamento a remoção
de hábitos demonstrou não ter havido modificações na atividade do referido músculo.
Pode-se atribuir esse padrão de comportamento à adequação da atividade muscular, que
foi também observada na análise clínica do selamento labial produzida pela Terapia
Miofuncional que restabeleceu o posicionamento adequado dos lábios em repouso, isto
é, selados. Pode-se inferir pela análise dos resultados que antes dos tratamentos, a
freqüência dos disparos pelas unidades motoras eram maiores ou havia maior
Discussão
Degan, V.V. 130
recrutamento de unidades motoras para a manutenção do lábio superior em repouso, isto
é, aparentemente indicando a presença de disfunção muscular. Após os tratamentos
terem sido realizados, os sinais eletromiográficos diminuíram significativamente no
Grupo TMF, podendo-se deduzir que o músculo estaria mais apto para manter os lábios
selados.
Durante a avaliação da atividade eletromiográfica do músculo orbicular da
boca superior realizada pela sucção de água em canudo os resultados mostraram que
houve alteração positiva no músculo durante a realização da função no grupo que foi
submetido à Terapia Miofuncional, aos 60 dias, mantendo-se até o final do experimento.
Os exames para observação das alterações no músculo orbicular da boca superior
realizados através da sucção de creme de chocolate apresentaram modificação positiva,
similar à ocorrida pela sucção de água, porém somente observada durante o exame de
180 dias no grupo que foi submetido à Terapia Miofuncional, demonstrando haver
adequação no músculo decorrente do tratamento, para a sucção de líquido denso.
Na avaliação do músculo mentual, em situação de repouso observou-se que o
grupo submetido à Terapia Miofuncional apresentou alterações significativas aos 60
dias, indicando a efetividade da Terapia Miofuncional.
Os resultados obtidos da avaliação do músculo mentual durante a sucção de
água não demonstraram alterações em nenhum dos grupos. Para a sucção de creme de
chocolate, entretanto, mostraram que o Grupo TMF apresentou alteração positiva
significativa aos 180 dias, indicando a efetividade da Terapia Miofuncional na
adequação do músculo mentual para a sucção de líquidos densos, similar ao observado
para o músculo orbicular da boca superior.
Durante a avaliação do músculo orbicular da boca e mentual através de
sucção de iogurte os dois grupos não demonstraram alterações aos 60 dias e tão pouco
aos 180 dias.
Analisando o comportamento dos dois músculos, orbicular da boca superior
e mentual, observou-se que o primeiro apresentou diferenças significativas para a
situação de repouso, sucção de líquidos menos densos como a água e mais densos como
o creme de chocolate. Para o músculo mentual as diferenças significativas ocorreram
Discussão
Degan, V.V. 131
durante o repouso e na sucção de líquidos mais densos (creme de chocolate), sempre no
grupo que foi submetido à Terapia Miofuncional. Pela análise dos resultados obtidos,
pode-se supor que o padrão observado de sucção de substâncias de diferentes densidades
em canudos promoveria resultados diversos, pois poderia utilizar diferentes grupos
musculares, como por exemplo, os bucinadores corroborando as afirmações de Murray
et al., (1998), que concluiu em seu experimento que é possível que grupos musculares
adicionais sejam recrutados durante a sucção por canudo para a realização da função.
Interessante observar que durante a avaliação clínica não observou-se
alteração significativa na região do mento, porém estas foram evidenciadas na avaliação
eletromiográfica do músculo mentual durante sucção do líquido mais denso e repouso,
talvez explicado pelo fato deste método de avaliação ser mais sensível a alterações nesta
região neste espaço de tempo ou este resultado estar relacionado com a melhora do
músculo orbicular do lábio inferior.
Associando estes dados ao exame clínico pôde-se verificar que houve
melhora da musculatura labial em seu posicionamento em repouso e no músculo mentual
no grupo que recebeu a Terapia Miofuncional associada à remoção de hábitos.
Como já mencionado, o posicionamento muscular de repouso é um dos
fatores mais importantes que contribuem para a estabilidade da oclusão, e, portanto, a
Terapia Miofuncional contribuiu significativamente para a reabilitação eficaz das
regiões estudadas, observadas pela análise clínica e ratificadas pela análise
eletromiográfica.
Stormer & Pancherz (1999) evidenciaram maior atividade eletromiográfica
dos músculos periorais e menor atividade dos músculos mastigatórios em indivíduos
com mordida aberta anterior e deglutição alterada, concordando com os achados desta
pesquisa em que houve diminuição ao longo do experimento da atividade
eletromiográfica nos indivíduos que apresentavam inicialmente mordida aberta anterior,
principalmente do grupo submetido à Terapia Miofuncional, indicando haver
modificações decorrentes da adequação muscular e funcional e da alteração oclusal
provocada pelo fechamento da mordida aberta anterior após a remoção dos hábitos de
sucção.
Discussão
Degan, V.V. 132
A melhora do músculo orbicular do lábio superior causada pela Terapia
Miofuncional é um fator importante, por poder promover a postura correta de lábios em
contato, mantendo-os selados, sendo a maior garantia de que a respiração seria realizada
corretamente pelo nariz, favorecendo o crescimento da face, segundo Camargo et
al.,(2001). Durante a respiração bucal os lábios ficam entreabertos e assim não existe a
ação da cinta muscular e esta não modelaria adequadamente o crescimento dos maxilares
e das arcadas dentárias (González, 2000).
A melhora apresentada no músculo mentual em repouso, no grupo que foi
submetido à Terapia Miofuncional pode estar relacionada com a melhora do músculo
orbicular do lábio inferior, já que segundo afirmações de Felício (1999) a tentativa de
selamento labial em indivíduos com padrão alterado de selamento labial, poderia induzir
a tensão do músculo mentual que participa do selamento labial auxiliando a elevação do
lábio inferior incompetente e assim promover o contato com o lábio superior.
A grandeza cefalométrica 1.NA apresentou redução significativa nos dois
grupos estudados. A análise destes dados indica que houve modificação na inclinação do
eixo longitudinal do incisivo central superior em relação à linha NA, diminuindo assim a
vestibularização dos incisivos, reposicionando-o na base óssea. Deve-se considerar que o
posicionamento adequado dos dentes decíduos no arco deve ser perpendicular à base
óssea, sem inclinação vestibular ou palatina.
A grandeza angular ī.1 apresentou aumento nos dois grupos estudados. O
aumento do ângulo indica que houve melhora no posicionamento pelo menos do incisivo
central superior. A média inicial do grupo REM era de 137° chegando a 149° no final do
experimento, enquanto que o Grupo TMF iniciou com médias de 134,20°, finalizando
com médias de 152,90°. Estes valores corroboram aos preconizados por Vann et al.
(1978) que para crianças nesta faixa etária encontraram ângulo de 148,4° e Brodbent
(apud Vann et al.,1978) que preconizou valores de 152,2° para a mesma faixa etária.
Portanto pode-se afirmar que as crianças dos dois grupos finalizaram o experimento com
valores adequados do ângulo interincisivos para a faixa etária, assumindo relação quase
Discussão
Degan, V.V. 133
vertical entre os incisivos, isto é paralela, como relatada por Proffit & Fields Jr. (1993)
como situação adequada para o posicionamento dos dentes decíduos no arco dental.
O estudo da variação da grandeza linear 1-NA, referendando as medidas
observadas anteriormente (1.NA e ī.1) mostrou que ambos os grupos estudados
apresentaram redução crescente nas medidas. A redução dos valores indica que houve
retroclinação dos dentes incisivos superiores, colaborando para a diminuição da mordida
aberta anterior, pela diminuição do trespasse horizontal.
Para as grandezas cefalométricas 1.NA, ī.1 e 1-NA, os resultados mostraram
que houve alterações estatisticamente significativas ao longo do tempo, embora não
tenha sido observada diferenças significativas entre os grupos tratados, evidenciando
que as modificações ocorridas foram possivelmente decorrentes principalmente da
remoção dos hábitos de sucção.
Os hábitos de sucção geralmente produzem alterações oclusais negativas
devido à obstrução mecânica oferecida pelo objeto sugado, isto é, atuando como um
obstáculo ao senso mecânico da oclusão tanto dentária como labial. Dessa forma, apenas
a remoção do obstáculo mecânico poderia contribuir para a redução da inclinação dos
incisivos e da sobressaliência apresentada, como coadjuvante da redução da aberta
anterior. Deve-se entender que a análise da oclusão dentária anterior é realizada tanto no
sentido horizontal, isto é, do trespasse horizontal (sobressaliência) quanto no sentido
vertical, observando-se o trespasse vertical. Assim, pela análise dos resultados pôde-se
observar que a remoção dos hábitos de sucção contribuiu acentuadamente para a redução
do trespasse horizontal, como observado por Boni et al. (1997), Degan et al. (2001) e
Boni (2001).
Para a medida cefalométrica TRESPASSE VERTICAL, observou-se
melhores resultados no Grupo TMF, que apresentou maior redução nos valores desta
grandeza estudada, levando a maior correção da mordida aberta anterior, corroborando
as afirmações de Benkert (1997) que concluiu que a oclusão melhora como resultado da
Terapia Miofuncional havendo diminuição da mordida aberta anterior (trespasse
vertical) e da sobressaliência (trespasse horizontal). No grupo em que houve apenas a
remoção dos hábitos de sucção também houve redução das medidas, porém efetivamente
Discussão
Degan, V.V. 134
menor que o Grupo TMF, corroborando as afirmações de Snow em 1993, que a remoção
de hábitos de sucção e interposição lingual quando eliminados poderiam promover o
fechamento de espaço vertical aberto se não houvesse outras interferências e se a
remoção ocorresse antes da idade adulta. Deve-se ressaltar a eficácia da Terapia
Miofuncional neste estudo, em que as crianças que foram distribuídas aleatoriamente
entre os grupos, as que formaram o Grupo TMF apresentavam no início do experimento
Trespasse Vertical quase que o dobro (1,74 vezes) das do Grupo REM, e ao final o
grupo que foi submetido à Terapia Miofuncional chegou a valores similares ao Grupo
REM no final do estudo.
Todas as variações ocorridas nas grandezas cefalométricas analisadas
demonstraram a contribuição para a redução da mordida aberta anterior através da
diminuição do trespasse vertical, redução dos ângulos interincisivos e 1.NA,
diminuição da distância 1-NA provocadas pela remoção dos hábitos de sucção,
corroborando os resultados de Boni et al. (1997), Degan et al. (2001) e Boni et al.
(2001). Segundo Proffit & Fields Jr. em 1993 (b), a redução da mordida aberta anterior
após a remoção de hábitos de sucção aos 3 ou 4 anos aconteceria devido à pressão dos
lábios e bochechas que logo recolocaria os dentes na posição correta, como observado
neste estudo pela alteração positiva da grandeza cefalométrica Trespasse Vertical.
A remoção dos hábitos de sucção provocou redução da mordida aberta
anterior corroborando as afirmações de Massler, 1963; Kim, 1987; Moyers, 1991; Boni
et al, 1997; Ngan & Fields, 1997; Degan, et al 2001 e Boni, 2001(b) e também
modificações em estruturas em repouso e de funções do sistema estomatognático.
Portanto a remoção dos hábitos de sucção na dentição decídua se faz importante para o
bom desenvolvimento da oclusão e das funções.
A Terapia Miofuncional utilizada no experimento contribuiu para a melhora
das posturas em repouso das estruturas e adequação de funções do sistema
estomatognático, acarretando alterações positivas na forma dentária, como evidenciado
por Takahashi et al. (1995).
Apesar das alterações morfofuncionais serem observadas clinicamente em
crianças que possuem hábitos de sucção prolongados, pôde-se através deste estudo
Discussão
Degan, V.V. 135
mensurar as variações clínicas, eletromiográficas e cefalométricas, evidenciando a
necessidade de intervenção miofuncional associada à remoção de hábitos.
Para esta amostra havia associação de hábitos de sucção nutritivos
(mamadeira) e não nutritivos (chupeta) e este seria fator para desencadear maiores
alterações negativas antero-posterior dos incisivos como verificado por Degan et al.
(2003). De acordo com o tipo de associação a abordagem para remoção dos hábitos e
adequação das alterações devem ser levadas em consideração, tanto no tempo e método
para remoção, quanto na execução da Terapia Miofuncional, sendo o fonoaudiólogo o
profissional preparado para a realização destes procedimentos.
Somente a remoção de hábitos pode induzir a melhora de algumas das
alterações observadas nas crianças, porém a associação da Terapia Miofuncional produz
melhora mais rápida e mais eficiente, pois atua com maior eficácia na musculatura e
funções do sistema estomatognático e na redução da mordida aberta anterior.
Embora tenha havido redução da mordida aberta anterior significativa após a
utilização da Terapia Miofuncional durante período de 8 sessões semanais de trinta
minutos, este período pode ser estendido para um número maior de sessões contínuas
como fez Benkert (1997) para casos em que houver necessidade, depois pode-se fazer
atendimentos quinzenais e por fim mensais até a perfeita automatização das novas
posturas e funções do sistema estomatognático, corroborando os resultados de Hanson
(1978) que afirmou que o tratamento não pode ser considerado sucesso até que todos os
aspectos do problema tenham sido corrigidos ao plano subconsciente.
Embora a correção das alterações oclusais não seja o objetivo da Terapia
Miofuncional, esta pode ocorrer como conseqüência como aconteceu com a mordida
aberta anterior produzida pelo hábito de sucção prolongado que apresentou redução.
Levando-se em conta que hábitos de sucção prolongados são comuns em
populações industrializadas (Sadakiyo et al., 2003) podendo promover alterações
oclusais como as detectadas por Degan et al. (2003) em que 63,8% das crianças que
foram expostas a hábitos de sucção apresentavam algum tipo de má-oclusão anterior,
sendo que para a associação de sucção de mamadeira e chupeta, 57,4% apresentavam
mordida aberta anterior. Esta questão poderia ser tratada como questão de saúde pública,
Discussão
Degan, V.V. 136
concordando com Pereira (1999) que ressaltou a importância da prevenção em
fonoaudiologia/odontologia que deve ser realizada visando à promoção da saúde geral, a
proteção específica à determinada patologia e posteriormente a detecção, diagnóstico e
tratamento precoce tentando minimizar as seqüelas através da reabilitação. Neste aspecto
a atuação do fonoaudiólogo poderia auxiliar na remoção dos hábitos de sucção das
crianças e reduzir as alterações musculares, funcionais e oclusais produzidas pela
manutenção prolongada desses hábitos, conscientizando profissionais da área de
educação, como professores de centros de atendimento infantil e creches, agentes de
saúde, além da própria criança e da família desta, que muitas vezes não tem acesso a
informações, contribuindo para o desenvolvimento global adequado. Desta forma, a
Terapia Miofuncional do ponto de vista de saúde pública pode ser considerada uma
forma eficaz de intervenção para saúde global e bem estar do indivíduo (Benkert, 1997).
A intervenção precoce na disfunção da musculatura orofacial pode
restabelecer o potencial do crescimento e desenvolvimento adequado e o equilíbrio no
desenvolvimento craniofacial e, portanto a remoção de hábitos e a adequação de
estruturas e funções do sistema estomatognático, pelos resultados observados nesta
pesquisa, se fazem importantes.
Conclusão
Degan, V.V. 137
CONCLUSÃO
Pelos resultados obtidos pode-se concluir que a Terapia Miofuncional
aplicada após a remoção de hábitos de sucção em crianças na faixa etária de 4 anos a 4
anos e 8 meses de idade foi capaz de reduzir a mordida aberta anterior, promover
alterações musculares positivas e adequar funções do sistema estomatognático
estudadas verificadas através da:
1. Adequação do posicionamento habitual dos lábios em repouso, resistência do
lábio superior e inferior, resistência da bochecha direita e esquerda,
posicionamento da língua em repouso e as funções de deglutição e respiração que
foram reabilitadas.
2. Redução da mordida aberta anterior constatada pela diminuição da grandeza
linear Trespasse Vertical.
3. Melhora na atividade dos músculos orbicular da boca superior em situação de
repouso, sucção de água e sucção de creme de chocolate.
4. Melhora na atividade do músculo mentual em situação de repouso e de sucção de
creme de chocolate.
As alterações positivas decorrentes da Terapia Miofuncional foram
confirmadas pelas análises: clínica, cefalométrica e eletromiográfica.
Conclusão
Degan, V.V. 138
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108. Valdergorn, B. Oral habits and atypical deglutition in certain São Paulo children. Int
J Orofacial Myology. 1991; 17(3): 11-5.
109. Van der Linden, P G M. Crescimento e Ortopedia Facial, 1a edição, São Paulo: Ed.
Quintessence; 1990.
110. Vann Jr., W F; Dilley, G J; Nelson, R M. ASDC J Dent Child. 1978;45(1):45-52.
111. Vig, P S; Cohen, A M. Vertical growth of the lips: A serial cephalometric study. Am
J Orthod, 1979; 75: 405-415.
Referências Bibliográficas
Degan, V.V.
149
112. Warwick, R; Willians, P L. Miologia. In: Gray Anatomia – Tomo I, Rio de Janeiro:
Editora Guanabara Koogan; 1979. Cap.5, p.475-77.
113. Watson, W G. Open-bite – A multifactorial event. Am J Orthod, 1981; 80(4): 443-
46.
114. Wedell, J A; Lawler J A. A therapy program to eliminate digital sucking habits.
Quintessence Int, 1985; 16 (11): 779-84.
115. Weinfield, A. Food in the therapy program. Int J Orofacial Myology, 1991; 17(3):
20-2.
116. West E E. Treatment objective in the deciduous dentition. Am J orthod, 1969; 55(6):
617-32.
117. Yamaguchi,H; Sebata, M. Changes in oral functions and posture at rest following
surgical orthodontic treatment and myofuncional therapy – Evaluation by menas os
video recording. Int J Orofacial Myology, 1995; 21: 29-32.
118. Zadik, D; Stern, N; Litner, M. Thumb and pacifier – sucking habits. Am J Orthod,
1977; 71(2): 197-201.
119. Zante, S. Sequencing therapy. Int J Orofacial Myology, 1991; 23(3): 22.
120. Zilli, A. S. Estudo eletromiográfico dos músculos orbiculares da boca, segmento
superior e inferior (região medial), em jovens com maloclusão Classe I de Angle.
[Dissertação] (Mestrado). Piracicaba: Faculdade de Odontologia de Piracicaba,
Universidade Estadual de Campinas; 1994. 89 p.
121. Zimmerman, J B. Motivational considerations in orofacial myofunctional therapy. Int
J Orofacial Myology, 1988; 4(1): 40-8.
Referências Bibliográficas
Degan, V.V.
150
Anexos
Degan, VV
151
ANEXOS
ANEXO 1- Certificado do Comitê de Ética em Pesquisa FOP/UNICAMP
Anexos
Degan, VV
152
ANEXO 2
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
______________________________________________________________, abaixo assinado,
responsável pelo menor, ____________________________________________, autorizo a
Faculdade de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP, por intermédio da pós-graduanda Viviane
Veroni Degan , devidamente assistida pela sua professora e orientadora, Regina Maria Puppin
Rontani , a executar tratamento para remoção de hábitos de sucção e Terapia Miofuncional, 3
tomadas radiológicas, 3 coletas eletrromiográficas, 3 tomadas fotográficas e exame clínico, de
acordo com o planejamento proposto e aprovado por mim. Estou ciente que o(a) menor que se
encontra sob minha responsabilidade estará submetido(a) ao tratamento odonto-fonoaudiológico até
o término da pesquisa. O tratamento será realizado obedecendo – se todas as normas de
biossegurança, estando a criança protegida de todos os riscos que comprometeriam a sua saúde
(contaminação e radiação).
Eu comprometo – me a comparecer com o(a) menor na Faculdade de Odontologia de Piracicaba
nas datas solicitadas para a manutenção e a coleta de dados pela pesquisadora, sendo que tenho todo
o esclarecimento sobre o tratamento odontológico a ser executado. Tal compromisso é válido
enquanto o(a) menor estiver a participar da pesquisa. Caso contrário, poderá recusar – se a
participar em qualquer fase da pesquisa sem penalização e sem prejuízo ao seu cuidado.
A identidade do paciente será confidencial à pesquisa, sendo que todos os resultados divulgados e
publicados não citarão nomes.
Os pacientes serão submetidos ao tratamento odonto-fonaoaudiológico sem qualquer custo. A
pesquisadora compromete-se a fornecer fichas de transporte para o comparecimento do paciente e
seu responsável na Faculdade de Odontologia de Piracicaba nas datas marcadas pela pesquisadora.
No caso de eventuais danos decorrentes da pesquisa, os pacientes serão devidamente indenizados.
Piracicaba, de de 2000.
Anexos
Degan, VV
153
1-Título do Experimento: INFLUÊNCIA DA TERAPIA MIOFUNCIONAL NAS ALTERAÇÕES
MUSCULARES, FUNCIONAIS E OCLUSAIS, APÓS A REMOÇÀO DE HÁBITOS DE
SUCÇÃO.
2-Objetivo: Estudar clinicamente a influência da terapia miofuncional sobre as alterações,
musculares, funcionais e oclusais.
3-Descrição de procedimentos: Serão estudadas crianças com idades entre 4 a 4 anos e 8 meses,
que apresentem hábito de sucção de chupeta e/ou mamadeira e mordida aberta anterior. Estas
serão divididas em 2 grupos, denominados de: Grupo REM e Grupo TMF. Individualmente será
aplicado o Método de Esclarecimento, que consiste em entrevistas com a criança e seus pais.
Inicialmente será realizado exame miofuncional, radiológico, fotográfico e eletromiográfico que
será repetido após 60 e 180 dias da remoção do hábito. Os resultados serão comparados entre si,
para posterior análise e conclusão.
4-Desconfortos e riscos esperados: As condutas acima não oferecem desconfortos e riscos para os
participantes da pesquisa.
5-Benefícios esperados: Os benefícios esperados serão a correção ou atenuância da mordida aberta
anterior e impedir seu agravamento.
6-Informações: Os participantes têm a garantia que receberão respostas a qualquer pergunta e
esclarecimento de qualquer dúvida quanto aos assuntos relacionados à pesquisa. Também os
pesquisadores supracitados assumem o compromisso de proporcionar informações atualizadas
obtidas durante a realização do estudo.
7-Forma de acompanhamento e assistência: Os participantes deverão vir acompanhados dos
responsáveis, onde será aplicado o Método de Esclarecimento, a Terapia Miofuncional e serão
feitos relatórios. Caso haja necessidade de questionamentos, esses deverão ser feitos pela
pesquisadora e/ou orientadora pelos telefones deixados no final deste termo ou no local de
atendimento.
Anexos
Degan, VV
154
8-Informações: O voluntário tem garantia que receberá respostas a qualquer pergunta ou
esclarecimento de qualquer dúvida quanto aos assuntos relacionados á pesquisa. Também os
pesquisadores supracitados assumem o compromisso de proporcionar informações atualizadas
obtidos durante o estudo.
9-Retirada do consentimento: O voluntário tem a liberdade de retirar seu consentimento a qualquer
momento e deixar de participar do estudo, sem que haja prejuízo no tratamento de retirada do(s)
hábito(s) e também sem que haja restrições por parte da pesquisadora, ou seja o tratamento poderá
ser realizado mesmo que o paciente decida não mais participar da pesquisa, não acarretando
nenhum dano ao voluntário. Apenas que os benefícios que poderiam ser obtidos devido a retirada
dos hábitos deletéreos não seriam alcançados.
10-Aspecto Legal: Elaborado de acordo com as diretrizes e normas regulamentadas de pesquisa
envolvendo seres humanos atende à Resolução nº 196, de 10 de outubro de 1996, do conselho
Nacional de Saúde do Ministério de Saúde - Brasília – DF.
11-Confiabilidade: Os voluntários terão direito à privacidade, a identidade (fotos completas, nomes
e sobrenomes) do participante não será divulgada. Porém os voluntários assinarão o termo de
consentimento para que os resultados obtidos possam ser apresentados em congressos e
publicações.
12-Quanto à indenização: Não há danos previsíveis decorrentes da pesquisa, portanto não é previsto
qualquer indenização.
Local da pesquisa: FOP-UNICAMP, localizada à Av. Limeira, 901-CP, 52 –CEP 13414900 –
Piracicaba –SP – TEL (019) 430.5200, Departamento de Odontopediatria.
Piracicaba, de de 2000
Anexos
Degan, VV
155
ANEXO 3
ANAMNESE
DATA : ____/____/____
Nome do
paciente:______________________________________________________________________
D.N.:___/___/___
Idade:___________________________________
Nome do
pai:__________________________________Profissão:________________________________
Nome da mãe:_________________________________
Profissão:________________________________
Endereço:________________________________________________________________________
_____
Telefone:_______________
Creche/Escola:____________________________________________________________________
_____
Período:________________________ Nome da
Profa:_________________________________________
Número de filhos:________________ Posição do paciente entre os
filhos:_________________________
TIPO DE ALEITAMENTO AO NASCIMENTO:
Natural exclusivamente ( ) sim ( ) não Até quando?
____________________________
Natural e artificial ( ) sim ( ) não Até quando? ________________ Por
quê?____
Artificial exclusivamente artificial ( ) sim ( ) não Até quando?
_____________________________
Anexos
Degan, VV
156
HÁBITOS ORAIS:
Mamadeira:
Usa atualmente ( ) sim ( ) não Quantidade por dia:______________
Tipo de bico: Ortodôntico ( ) Comum ( )
Orifício Aumentado: ( ) sim ( ) não Com qual instrumento? ___________
Consistência do leite engrossado ( ) sim ( ) não Com o quê? ____________________
Chupeta: Quando foi oferecida pela primeira vez? _________________Por quem? ___________
Por quê? __________________________________
Quais os horários mais prováveis para sua
utilização?__________________________________________
Tempo de uso durante o dia:_____horas.
Tempo de uso durante a noite:____horas.
Tipo de bico utilizado: ortodôntico ( ) comum ( )
TENTATIVAS ANTERIORES PARA REMOÇÃO DOS HÁBITOS
Quando foram? ________________________________________________________________
Como foram? __________________________________________________________________
Quem decidiu remover? __________________________________________________________
Por que decidiram removê-los?_____________________________________________________
ALIMENTAÇÃO ATUAL
Mastiga bem? ( ) sim ( ) não
Devolve pedaços de carne? ( ) sim ( ) não
Quais os alimentos que prefere? ______________________________________________________
SONO
Dorme bem? ( ) sim ( ) não
Ronca? ( ) sim ( ) não
Sialorréia? ( ) sim ( ) não
HISTÓRICO MÉDICO
Asma? ( ) sim ( ) não Bronquite? ( ) sim ( ) não
Resfriados freqüentes? ( ) sim ( ) não Rinite alérgica? ( ) sim ( ) não
Sinusite? ( ) sim ( ) não Otites? ( ) sim ( ) não
Anexos
Degan, VV
157
Adenóide hipertrófica? ( ) sim ( ) não Amígdala hipertrófica? ( )sim ( ) não
RESPIRAÇÃO
Nasal ( ) Bucal ( ) Mista ( )
HISTÓRICO FAMILIAR DE MALOCLUSÃO
Alguém na família apresenta (ou) maloclusão? ( ) sim ( ) não Quem? ________________
Qual tipo? ____________________________________
SOCIALIZAÇÃO:
Faz amigos? ( ) sim ( ) não
É tímido? ( ) sim ( ) não
Que tipo de brincadeiras gosta?_______________________________________________________
Quais os programas de televisão que gosta?____________________________________________
ELEMENTOS REFORÇADORES
Beijos ( ) Abraços ( ) Elogios ( ) Presentes ( ) Que tipo? __________________
DESENVOLVIMENTO MOTOR:
DESENVOLVIMENTO DE FALA E LINGUAGEM:
ROTINA DA CRIANÇA:
Anexos
Degan, VV
158
ANEXO 4
EXAME MIOFUNCIONAL
Data do exame:___/___/___ Exame n. _____________
Nome: ______________________________________________________________________
Data de nascimento : ____/___/___ Idade:_____anos e ____meses
Nome da mãe _________________________________________________________________
Nome do pai __________________________________________________________________
Telefone __________________________
Creche:______________________________________________________________________
Nome da agente de saúde _______________________________________________________
1- LÁBIOS:
Postura em repouso: afastados ( ) entreabertos ( ) selado ( )
Resistência do lábio superior: resistente ( ) hiporresistente 1 ( ) hiporresistente 2 ( )
hiporresistente3 ( )
Resistência do lábio inferior : resistente ( ) hiporresistente 1 ( ) hiporresistente 2 ( )
hiporresistente3 ( )
Aspecto do lábio superior: Encurtado ( ) alongado ( ) normal ( )
Aspecto do lábio inferior: Evertido ( ) normal ( )
2-MENTO:
Aspecto em repouso: relaxado ( ) tenso ( )
3-BOCHECHAS:
Resistência da bochecha direita: resistente( ) hiporresistente 1 ( ) hiporresistente 2( )
hiporresistente3 ( )
Resistência da bochecha esquerda:resistente( ) hiporresistente 1 ( ) hiporresistente 2( )
hiporresistente3 ( )
Presença de assimetria: sim ( ) não ( )
4-LÍNGUA:
Postura em repouso: interdental ( ) soalho bucal ( ) papila retroincisal ( )
Anexos
Degan, VV
159
Resistência lingual: resistente ( ) hiporresistente 1 ( ) hiporresistente 2 ( )
hiporresistente3 ( )
bordas marcadas: : sim ( ) não ( )
5-DENTES:
classificação da oclusão:
relação de molares: ____________________________________________________
relação de caninos :____________________________________________________
relação dos anteriores:__________________________________________________
desvio de linha média: ( ) não ( ) sim direita ( ) esquerda ( )
6-FREIOS:
Aspecto do labial superior ___________
Aspecto do labial inferior ____________
Aspecto do labial lingual ____________
7-PALATO DURO:
Atrésico ( ) Não atrésico ( )
8-PALATO MOLE:
aspecto ___________ mobilidade_____________
9-AMIGDALAS: ausentes ( ) presentes ( ) normal ( ) hipertróficas ( )
10-FACE:
Assimetria: ( ) sim ( ) não
Proporções dos terços
11-Orelha:
Assimetria: ( ) sim ( ) não
12- Nariz:
asas formadas ( ) asas poucos formadas ( ) retilíneo ( ) desalinhado ( )
Anexos
Degan, VV
160
13-Olhos:
simétricos ( ) não simétricos ( ) presença de olheiras ( ) ausência de olheiras ( )
12-FUNÇÕES:
Mordida: dentes anteriores ( ) dentes laterais ( )
Mastigação: bilateral alternada ( ) bilateral ( ) unilateral ( ) direita ( ) esquerda
( )
Deglutição:
Com interposição lingual ( ) sem interposição lingual ( )
ausência de selamento labial ( ) presença de selamento labial ( )
movimentação de cabeça ( ) contração da musculatura peri-oral ( )
Fonoarticulação:
Respiração:
Papel milimetrado de Altmann (Fig. 1)
Anexos
Degan, VV
161
ANEXO 5 Modelo de Calendário utilizado para remoção de hábitos de sucção de chupeta e mamadeira ANEXO 6 Modelo de Calendário utilizado pelo voluntário para realização de exercícios da Terapia Miofuncional
Anexos
Degan, VV
162
ANEXO 7
Fotomicrografias em microscopia eletrônica de varredura de esporos sobre chupeta
*Cortesia de M.E. Baglione Gouvêa
*
Anexos
Degan, VV
163
ANEXO 8 OBRAS CONSULTADAS
1. Buarque de Holanda, A. Novo dicionário Básico de Língua Portuguesa-
Folha/Aurélio: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira e JMM Editores; 1988.
2. Terminologia Anatômica Internacional. Sociedade Brasileira de Anatomia:
Editora Manole; 2001. 157 p.
164
Apêndice
Degan, V.V. 165
APÊNDICE Quadro 01 – Valores individuais da avaliação clínica do POSICIONAMENTO HABITUAL DOS LÁBIOS EM REPOUSO em escores do Grupo REM.
Quadro 02 – Valores individuais da avaliação clínica do POSICIONAMENTO HABITUAL DOS LÁBIOS EM REPOUSO em escores do Grupo TMF.
POSICIONAMENTO HABITUAL DOS LÁBIOS EM REPOUSO
N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 3 TMF 2 0 0 4 TMF 1 0 0 5 TMF 2 0 0 18 TMF 2 0 0 24 TMF 2 1 0 29 TMF 1 0 0 30 TMF 2 1 0 34 TMF 1 0 0 35 TMF 2 1 1 36 TMF 2 0 0
Quadro 03 – Valores individuais da avaliação clínica da RESISTÊNCIA
DO LÁBIO SUPERIOR em escores do Grupo REM. RESISTÊNCIA DO LÁBIO SUPERIOR N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 13 REM 2 2 2 14 REM 3 3 3 10 REM 0 0 0 16 REM 3 0 0 7 REM 1 0 0 26 REM 3 2 2 20 REM 1 1 1 15 REM 3 2 2 9 REM 2 1 1 28 REM 1 1 1
Quadro 04 – Valores individuais da avaliação clínica da RESISTÊNCIA
DO LÁBIO SUPERIOR em escores do Grupo TMF. RESISTÊNCIA DO LÁBIO SUPERIOR N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 3 TMF 2 0 0 4 TMF 2 1 0 5 TMF 1 0 0 18 TMF 1 0 0 24 TMF 2 0 0 29 TMF 0 0 0 30 TMF 1 0 1 34 TMF 2 1 1 35 TMF 2 1 1 36 TMF 2 1 0
Quadro 05- Valores individuais da avaliação clínica da RESITÊNCIA
DO LÁBIO INFERIOR em escores do Grupo REM. RESISTÊNCIA DO LÁBIO INFERIOR (escores)N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 13 REM 2 2 2 14 REM 3 3 3 10 REM 1 0 0 16 REM 1 0 0 7 REM 1 1 1 26 REM 3 2 2 20 REM 2 1 1 15 REM 3 2 2 9 REM 1 1 1 28 REM 1 1 1
Quadro 06 - Valores individuais da avaliação clínica da RESISTÊNCIA
DO LÁBIO INFERIOR em escores do Grupo TMF. RESISTÊNCIA DO LÁBIO INFERIOR (escores)N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 3 TMF 2 0 0 4 TMF 2 0 0 5 TMF 1 1 0 18 TMF 2 0 0 24 TMF 2 0 0 29 TMF 1 0 0 30 TMF 1 1 0 34 TMF 2 1 0 35 TMF 2 1 1 36 TMF 2 0 0
Quadro 07- Valores individuais da avaliação clínica da RESISTÊNCIA
DA BOCHECHA DIREITA em escores do Grupo REM.
RESISTÊNCIA DA BOCHECHA DIREITAN° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 13 REM 2 2 2 14 REM 1 1 1 10 REM 0 0 0 16 REM 1 0 0 7 REM 1 0 0
26 REM 2 2 2 20 REM 2 1 1 15 REM 3 2 2 9 REM 1 1 2
28 REM 1 1 1 Média 1,4 1 1,1
Quadro 08- Valores individuais da avaliação clínica da
RESISTÊNCIA DA BOCHECHA DIREITA em escores do Grupo TMF.
RESISTÊNCIA DA BOCHECHA DIREITAN° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 3 TMF 2 0 0 4 TMF 1 1 0 5 TMF 0 0 0
18 TMF 1 0 0 24 TMF 2 0 0 29 TMF 1 0 0 30 TMF 0 0 0 34 TMF 2 1 0 35 TMF 1 0 0 36 TMF 1 0 0
POSICIONAMENTO HABITUAL DOS LÁBIOS EM REPOUSON° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 13 REM 2 2 1 14 REM 2 2 1 10 REM 0 0 0 16 REM 0 0 0 7 REM 2 1 2
26 REM 2 2 2 20 REM 2 2 2 15 REM 2 0 0 9 REM 2 1 0
28 REM 1 1 1
Apêndice
Degan, V.V. 166
Quadro 09- Valores individuais da avaliação clínica da RESISTÊNCIA
DA BOCHECHA ESQUERDA em escores do Grupo REM. RESISTÊNCIA DA BOCHECHA ESQUERDA (escores)N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 13 REM 2 2 2 14 REM 1 1 1 10 REM 0 0 0 16 REM 1 0 0 7 REM 1 1 0 26 REM 2 2 2 20 REM 2 1 1 15 REM 3 2 2 9 REM 1 1 2 28 REM 1 1 1
Quadro 10- Valores individuais da avaliação clínica da RESISTÊNCIA
DA BOCHECHA ESQUERDA em escores do Grupo TMF. RESISTÊNCIA DA BOCHECHA ESQUERDA N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 3 TMF 2 0 0 4 TMF 1 1 0 5 TMF 0 0 0
18 TMF 1 0 0 24 TMF 2 0 0 29 TMF 1 0 0 30 TMF 0 0 0 34 TMF 2 1 0 35 TMF 1 0 0 36 TMF 1 0 0
uadro 11- Valores individuais da avaliação clínica do
POSICIONAMENTO HABITUAL DA LÍNGUA EM REPOUSO em escores do Grupo REM.
POSICIONAMENTO HABITUAL DA LÍNGUA EM REPOUSON° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 13 REM 1 1 1 14 REM 1 1 1 10 REM 1 1 1 16 REM 1 1 1 7 REM 1 1 1
26 REM 1 1 1 20 REM 1 2 2 15 REM 1 1 1 9 REM 1 2 1
28 REM 1 2 2
Quadro 12- Valores individuais da avaliação clínica do POSICIONAMENTO HABITUAL DA LÍNGUA EM REPOUSO em
escores do Grupo TMF. POSICIONAMENTO HABITUAL DA LÍNGUA EM REPOUSO
N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 3 TMF 1 0 0 4 TMF 2 0 0 5 TMF 1 2 0
18 TMF 1 0 0 24 TMF 1 0 0 29 TMF 2 0 0 30 TMF 2 1 1 34 TMF 1 2 1 35 TMF 2 2 2 36 TMF 1 1 1
Quadro 13- Valores individuais da avaliação clínica da RESISTÊNCIA
LINGUAL em escores do Grupo REM. RESISTÊNCIA LINGUAL (escores)
N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 13 REM 2 2 3 14 REM 3 3 3 10 REM 1 0 0 16 REM 1 0 0 7 REM 1 0 0 26 REM 1 1 1 20 REM 2 2 1 15 REM 3 1 1 9 REM 3 2 1 28 REM 1 0 0
Quadro 14- Valores individuais da avaliação clínica da RESISTÊNCIA
LINGUAL em escores do Grupo TMF. RESISTÊNCIA LINGUAL (escores)
N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 3 TMF 2 0 0 4 TMF 2 0 0 5 TMF 1 0 1 18 TMF 1 0 2 24 TMF 2 1 1 29 TMF 0 0 0 30 TMF 1 1 1 34 TMF 1 1 1 35 TMF 1 0 0 36 TMF 2 1 1
Quadro 15- Valores individuais da avaliação clínica do aspecto do
MENTO em repouso em escores do Grupo REM. MENTO (escores)
N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 13 REM 1 1 1 14 REM 1 1 1 10 REM 1 1 0 16 REM 0 0 0 7 REM 0 0 0 26 REM 1 1 1 20 REM 1 1 1 15 REM 1 0 0 9 REM 0 0 0 28 REM 1 0 0
Quadro 16- Valores individuais da avaliação clínica do aspecto do
MENTO em repouso em escores do Grupo TMF. MENTO (escores)
N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 3 TMF 1 0 0 4 TMF 1 1 0 5 TMF 0 0 0 18 TMF 0 0 0 24 TMF 1 1 1 29 TMF 0 0 0 30 TMF 1 0 0 34 TMF 0 0 0 35 TMF 1 1 1 36 TMF 0 0 0
Apêndice
Degan, V.V. 167
Quadro 17- Valores individuais da avaliação clínica da função de DEGLUTIÇÃO em escores do Grupo REM.
DEGLUTIÇÃO (escores) N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 13 REM 1 1 1 14 REM 1 1 1 10 REM 1 1 0 16 REM 1 0 0 7 REM 1 1 1 26 REM 1 1 0 20 REM 1 1 1 15 REM 1 0 0 9 REM 1 1 1 28 REM 1 1 0
Quadro 18- Valores individuais da avaliação clínica da função de
DEGLUTIÇÃO em escores do Grupo TMF. DEGLUTIÇÃO (escores)
N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 3 TMF 1 0 0 4 TMF 1 0 0 5 TMF 1 0 0 18 TMF 1 0 0 24 TMF 1 1 0 29 TMF 1 0 0 30 TMF 1 0 0 34 TMF 1 1 1 35 TMF 1 1 1 36 TMF 1 0 0
Quadro 19- Valores individuais da avaliação clínica da função de
RESPIRAÇÃO em escores do Grupo REM. RESPIRAÇÃO (escores)
N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 13 REM 11 15 16 14 REM 6 14 15 10 REM 10 15 11 16 REM 7 15 14 7 REM 12 16 15 26 REM 10 21 23 20 REM 14 19 18 15 REM 9 25 21 9 REM 15 18 26 28 REM 13 23 25
Média 10,7 18,1 18,4
Quadro 20- Valores individuais da avaliação clínica da função de RESPIRAÇÃO em escores do Grupo TMF.
RESPIRAÇÃO (escores) N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 3 TMF 12 20 18 4 TMF 27 22 29 5 TMF 15 14 15 18 TMF 15 24 22 24 TMF 21 34 28 29 TMF 13 36 38 30 TMF 9 35 34 34 TMF 13 25 30 35 TMF 8 29 28 36 TMF 11 25 23
Média 14,4 26,4 26,5
Quadro 21- Valores individuais dos sinais eletromiográficos em RMS do MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA SUPERIOR
EM SITUAÇÃO DE REPOUSO do Grupo REM. MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA SUPERIOR EM
SITUAÇÃO DE REPOUSO (RMS) N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 7 REM 4,08 4,07 5,02 9 REM 21,72 25,08 20,16
10 REM 49,46 43,95 36,1 13 REM 50,97 52,57 15,91 14 REM 56,1 10,1 12,67 15 REM 13,5 13,44 14,44 16 REM 6,54 19,93 8,92 20 REM 13,71 8,62 21,11 26 REM 15,74 8,2 13,45 28 REM 12,86 7,6 4,08
Média 24,468 19,356 15,186
Quadro 22- Valores individuais dos sinais eletromiográficos em RMS do MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA SUPERIOR EM SITUAÇÃO DE
REPOUSO do Grupo TMF. MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA SUPERIOR EM
SITUAÇÃO DE REPOUSO (RMS) N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 3 TMF 13,34 7,23 10,3 4 TMF 34,65 17,19 6,93 5 TMF 26,54 15,33 5,86
18 TMF 18,9 12,58 13,34 24 TMF 14,02 13,99 6,66 29 TMF 13,29 9,35 7,81 30 TMF 15,53 6,01 7,57 34 TMF 23,84 15,18 12,41 35 TMF 19,45 9,07 11,09 36 TMF 21,88 8,36 7,33
Média 20,14 11,42 8,93
Quadro 23- Valores individuais dos sinais eletromiográficos em RMS do MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA SUPERIOR EM SITUAÇÃO DE
SUCÇÃO DE ÁGUA do Grupo REM. MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA SUPERIOR EM SITUAÇÃO DE
SUCÇÃO DE ÁGUA (RMS) N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 7 REM 139,76 108,93 124,06 9 REM 88,42 111,86 98,96
10 REM 110,08 104,02 76,83 13 REM 107,88 118,25 149,63 14 REM 147,06 141,5 92,08 15 REM 95,04 137,4 123,56 16 REM 90,81 85,64 96,53 20 REM 62,96 61,77 44,44 26 REM 85,79 74,38 63,55 28 REM 52,7 29,68 30,95
Média 98,05 97,34 90,05
Apêndice
Degan, V.V. 168
Quadro 24- Valores individuais dos sinais eletromiográficos em RMS do MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA SUPERIOR EM SITUAÇÃO DE
SUCÇÃO DE ÁGUA do Grupo TMF. MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA SUPERIOR EM SITUAÇÃO DE
SUCÇÃO DE ÁGUA (RMS) N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 3 TMF 139,46 39,99 25,84 4 TMF 128,9 101,39 40,9 5 TMF 89,85 55,71 25,64
18 TMF 63,99 70,72 72,37 24 TMF 70,68 82,67 60,57 29 TMF 112,3 98,75 84,97 30 TMF 110,42 70,73 77,92 34 TMF 104,61 72,81 89,53 35 TMF 48,58 27,7 29,2 36 TMF 62,93 43,38 47,00
Média 93,17 66,38 55,39
Quadro 25- Valores individuais dos sinais eletromiográficos em RMS do MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA SUPERIOR EM SITUAÇÃO
DE SUCÇÃO DE IOGURTE do Grupo REM. MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA SUPERIOR EM SITUAÇÃO DE
SUCÇÃO DE IOGURTE (RMS) N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 7 REM 78,08 77,07 99,5 9 REM 39,15 60,34 96,32
10 REM 102,68 103,78 72,89 13 REM 91,60 72,40 127,36 14 REM 133,1 131,61 89,06 15 REM 76,27 119,66 119,53 16 REM 73,93 93,19 95,52 20 REM 94,83 47,11 28,87 26 REM 86,7 77,23 63,55 28 REM 79,01 31,78 21,03
Média 85,53 81,41 81,36
Quadro 26- Valores individuais dos sinais eletromiográficos em RMS do MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA SUPERIOR EM SITUAÇÃO DE
SUCÇÃO DE IOGURTE do Grupo TMF. MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA SUPERIOR EM SITUAÇÃO DE
SUCÇÃO DE IOGURTE (RMS) N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 3 TMF 134,9 74,98 108,8 4 TMF 96,99 69,53 28,53 5 TMF 81,09 65,8 20,22
18 TMF 100,9 55,32 68,41 24 TMF 61,17 69,89 49,83 29 TMF 121,7 91,31 69,3 30 TMF 92,44 77,99 77,92 34 TMF 92,00 70,75 63,57 35 TMF 55,83 37,7 29,2 36 TMF 52,37 50,34 31,92
Média 88,93 66,36 54,77
Quadro 27- Valores individuais dos sinais eletromiográficos em RMS do MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA SUPERIOR EM SITUAÇÃO
DE SUCÇÃO DE CREME DE CHOCOLATE do Grupo REM. MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA SUPERIOR EM SITUAÇÃO DE
SUCÇÃO DE CREME DE CHOCOLATE (RMS) N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 7 REM 96,33 106,38 66,06 9 REM 94,52 139,6 87,74
10 REM 109,29 96,86 89,21 13 REM 92,20 115,17 132,33 14 REM 158,8 129,45 107,26 15 REM 104,64 140,4 123,93 16 REM 66,13 87,57 89,1 20 REM 53,58 37,55 45,38 26 REM 138,29 76,64 65,22 28 REM 52,74 17,21 45,16
Média 96,65 94,68 85,13
Quadro 28- Valores individuais dos sinais eletromiográficos em RMS do MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA SUPERIOR EM SITUAÇÃO DE
SUCÇÃO DE CREME DE CHOCOLATE do Grupo TMF. MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA SUPERIOR EM SITUAÇÃO DE
SUCÇÃO DE CREME DE CHOCOLATE (RMS) N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 3 TMF 156,23 64,19 91,54 4 TMF 114,33 93,34 41,44 5 TMF 73,30 71,42 18,37
18 TMF 72,57 93,22 93,42 24 TMF 50,32 75,08 45,20 29 TMF 102,85 73,22 51,97 30 TMF 114,33 96,13 96,60 34 TMF 123,06 94,78 65,20 35 TMF 51,31 38,63 30,10 36 TMF 94,45 78,23 40,61
Média 95,27 77,82 57,44
Quadro 29- Valores individuais dos sinais eletromiográficos em RMS do MÚSCULO MENTUAL EM SITUAÇÃO DE REPOUSO do Grupo
REM. MÚSCULO MENTUAL EM SITUAÇÃO DE REPOUSO (RMS)
N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 7 REM 50,02 49,99 21,88 9 REM 60,26 48,2 49,18
10 REM 27,85 27,75 26,72 13 REM 34,96 40,50 35,46 14 REM 43,17 41,40 44,26 15 REM 45,66 47,09 32,82 16 REM 37,67 35,33 29,40 20 REM 37,24 32,78 17,24 26 REM 34,96 37,75 38,98 28 REM 43,17 32,61 24,94
Média 41,49 39,34 32,08
Apêndice
Degan, V.V. 169
Quadro 30- Valores individuais dos sinais eletromiográficos em RMS do MÚSCULO MENTUAL EM SITUAÇÃO DE REPOUSO do Grupo TMF.
MÚSCULO MENTUAL EM SITUAÇÃO DE REPOUSO (RMS)
N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 3 TMF 47,64 25,16 31,87 4 TMF 30,45 29,95 35,23 5 TMF 43,39 32,47 31,04
18 TMF 57,20 30,43 37,22 24 TMF 42,17 32,27 34,66 29 TMF 41,65 41,39 26,76 30 TMF 30,95 24,85 29,70 34 TMF 75,96 32,49 38,88 35 TMF 40,19 28,08 29,75 36 TMF 37,00 13,50 16,44
Média 44,66 29,05 31,15
Quadro 31- Valores individuais dos sinais eletromiográficos em RMS do MÚSCULO MENTUAL EM SITUAÇÃO DE SUCÇÃO DE ÁGUA
do Grupo REM.
MÚSCULO MENTUAL EM SITUAÇÃO DE SUCÇÃO DE ÁGUA (RMS)
N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 7 REM 140,26 130,27 124,06 9 REM 65,84 82,72 80,13 10 REM 138,63 68,73 93,66 13 REM 31,81 40,41 71,21 14 REM 167,80 120,4 113,5 15 REM 137,73 77,85 80,69 16 REM 75,88 73,77 74,51 20 REM 34,81 65,72 49,66 26 REM 24,35 113,02 28,60 28 REM 77,84 62,04 61,49
Média 89,49 83,49 77,75
Quadro 32- Valores individuais dos sinais eletromiográficos em RMS do MÚSCULO MENTUAL EM SITUAÇÃO DE SUCÇÃO DE ÁGUA do
Grupo TMF.
MÚSCULO MENTUAL EM SITUAÇÃO DE SUCÇÃO DE ÁGUA (RMS)
N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 3 TMF 75,85 39,61 35,89 4 TMF 128,9 101,39 40,90 5 TMF 81,29 44,02 24,27 18 TMF 67,40 62,97 61,97 24 TMF 95,24 77,45 84,76 29 TMF 106,03 73,34 152,5 30 TMF 62,49 66,34 65,16 34 TMF 77,60 50,65 34,66 35 TMF 74,45 68,76 69,93 36 TMF 77,03 42,23 24,52
Média 84,62 62,67 59,45
Quadro 33- Valores individuais dos sinais eletromiográficos em RMS do MÚSCULO MENTUAL EM SITUAÇÃO DE SUCÇÃO DE
IOGURTE do Grupo REM.
MÚSCULO MENTUAL EM SITUAÇÃO DE SUCÇÃO DE IOGURTE (RMS)
N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 7 REM 138,13 87,62 16,05 9 REM 69,43 65,01 67,79
10 REM 135,76 60,74 60,61 13 REM 128,10 54,97 86,80 14 REM 129,93 98,06 101,13 15 REM 140,02 70,79 86,08 16 REM 78,12 82,00 72,97 20 REM 67,64 69,01 64,02 26 REM 26,12 138,26 28,60 28 REM 78,01 91,61 71,28
Média 99,12 81,80 65,53
Quadro 34- Valores individuais dos sinais eletromiográficos em RMS do MÚSCULO MENTUAL EM SITUAÇÃO DE SUCÇÃO DE IOGURTE
do Grupo TMF.
MÚSCULO MENTUAL EM SITUAÇÃO DE SUCÇÃO DE IOGURTE (RMS)
N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 3 TMF 51,36 68,3 78,76 4 TMF 96,99 49,53 28,53 5 TMF 93,87 41,29 20,24
18 TMF 57,20 79,63 77,40 24 TMF 112,79 113,35 75,73 29 TMF 115,4 129,8 107,31 30 TMF 70,66 62,86 45,47 34 TMF 190,83 50,65 28,60 35 TMF 88,88 69,33 69,93 36 TMF 76,51 25,76 48,99
Média 95,44 69,05 58,09
Quadro 35- Valores individuais dos sinais eletromiográficos em RMS do MÚSCULO MENTUAL EM SITUAÇÃO DE SUCÇÃO DE
CREME DE CHOCOLATE do Grupo REM.
MÚSCULO MENTUAL EM SITUAÇÃO DE SUCÇÃO DE CREME DE CHOCOLATE (RMS)
N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 7 REM 140,26 164,66 239,36 9 REM 64,09 94,97 85,53 10 REM 131,83 59,67 84,49 13 REM 65,99 55,41 70,94 14 REM 128,14 102,4 105,83 15 REM 154,46 93,15 96,29 16 REM 75,85 70,90 73,11 20 REM 68,57 60,06 77,21 26 REM 97,69 105,32 29,17 28 REM 77,84 67,25 59,39
Média 100,47 87,37 92,13
Apêndice
Degan, V.V. 170
Quadro 36- Valores individuais dos sinais eletromiográficos em RMS do MÚSCULO MENTUAL EM SITUAÇÃO DE SUCÇÃO DE
CREME DE CHOCOLATE do Grupo TMF.
MÚSCULO MENTUAL EM SITUAÇÃO DE SUCÇÃO DE CREME DE CHOCOLATE (RMS)
N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 3 TMF 73,12 51,58 46,84 4 TMF 114,33 93,34 41,44 5 TMF 92,63 32,57 15,63
18 TMF 147,32 145,5 123,23 24 TMF 95,29 86,87 77,01 29 TMF 128,93 123,6 84,94 30 TMF 91,89 67,01 71,44 34 TMF 122,07 71,02 29,17 35 TMF 70,07 71,5 77,63 36 TMF 88,27 48,6 47,82
Média 102,39 79,15 61,51
Quadro 37- Valores individuais da grandeza angular cefalométrica 1.NA em graus do Grupo REM.
N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 13 REM 7,00 5,00 3,00 14 REM 8,00 3,00 10,00 10 REM 15,00 11,00 3,50 16 REM 32,00 17,00 10,00 7 REM 12,00 11,00 3,00 26 REM 14,00 6,00 6,00 20 REM 9,00 4,00 9,00 15 REM 12,50 17,00 15,50 9 REM 18,00 10,00 11,00 28 REM 13,00 8,00 2,00
Média 14,05 9,20 7,30
Quadro 38- Valores individuais da grandeza angular cefalométrica 1.NA em graus do Grupo TMF.
N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 5 TMF 13,00 6,00 6,00 3 TMF 5,00 3,50 3,00 24 TMF 18,00 11,00 10,50 18 TMF 8,50 3,00 3,00 36 TMF 13,00 3,00 3,00 30 TMF 22,00 7,00 6,00 35 TMF 13,00 14,00 14,00 29 TMF 21,00 12,00 13,00 34 TMF 9,00 4,00 4,50 4 TMF 24,00 8,00 2,00 Média 14,65 7,15 6,50
Quadro 39- Valores individuais da grandeza angular cefalométrica ī.1 em graus do Grupo REM.
ī.1 (graus)
N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 13 REM 157,00 163,00 173,00 14 REM 151,00 150,00 143,00 10 REM 135,00 147,00 153,00 16 REM 122,00 145,00 149,00 7 REM 135,00 137,00 147,00 26 REM 132,00 149,00 150,00 20 REM 133,00 151,00 154,00 15 REM 135,00 134,00 126,00 9 REM 129,00 139,00 142,00 28 REM 141,00 152,00 153,00
Média 137,00 146,70 149,00
Quadro 40- Valores individuais da grandeza angular cefalométrica ī.1 em graus do Grupo TMF.
ī.1 (graus)
N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 5 TMF 152,00 168,00 169,00 3 TMF 138,00 154,00 155,00 24 TMF 121,50 137,00 138,00 18 TMF 143,00 158,00 159,00 36 TMF 156,00 169,00 174,00 30 TMF 128,00 148,00 152,00 35 TMF 124,00 120,00 134,00 29 TMF 118,50 130,00 132,00 34 TMF 153,00 161,00 160,00 4 TMF 108,00 148,00 156,00 Média 134,20 149,30 152,90
Quadro 41- Valores individuais da grandeza linear cefalométrica 1-NA em milímetros do Grupo REM.
1-NA (milímetros)
N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 13 REM -1,00 -3,00 -3,00 14 REM 0,00 -2,00 0,00 10 REM 1,00 0,00 -2,00 16 REM 4,00 1,00 0,00 7 REM 0,00 -1,00 -2,00 26 REM 1,00 -2,00 -1,00 20 REM -2,00 -1,00 -4,00 15 REM 2,50 1,00 1,00 9 REM 1,00 0,50 0,50 28 REM 2,00 0,00 -2,00
Média 0,85 -0,65 -1,25
Apêndice
Degan, V.V. 171
Quadro 42- Valores individuais da grandeza linear cefalométrica 1-NA em
milímetros do Grupo TMF.
1-NA (milímetros) N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 5 TMF 2,00 -2,00 0,00 3 TMF -1,00 -4,00 -3,00 24 TMF 1,00 0,00 0,00 18 TMF 1,00 -4,00 -4,00 36 TMF 1,00 0,00 0,00 30 TMF 3,00 -1,00 -1,00 35 TMF 0,00 0,00 1,00 29 TMF 6,00 -1,00 2,00 34 TMF 0,00 -2,00 -2,00 4 TMF 2,00 -1,00 -1,00 Média 1,50 -1,50 -0,80
Quadro 43- Valores individuais da grandeza linear cefalométrica TRESPASSE VERTICAL em milímetros do Grupo REM.
N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 13 REM 0,5 0 0 14 REM 0,5 0 0 10 REM 3,5 0,5 0 16 REM 0,5 0 0 7 REM 0,5 0 0 26 REM 3 0,5 0 20 REM 3,5 2,0 0,5 15 REM 0,5 0 0 9 REM 2 1,5 0 28 REM 3 2,5 2,0
Média 1,75 0,70 0,25
Quadro 44- Valores individuais da grandeza linear cefalométrica TRESPASSE VERTICAL em milímetros do Grupo TMF.
N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 5 TMF 1,0 0,5 0 3 TMF 3,0 1,5 0 24 TMF 4,0 1,0 0,5 18 TMF 2,0 0 0 36 TMF 2,5 1,0 0 30 TMF 4,0 0,5 0 35 TMF 4,0 2,0 0,5 29 TMF 2,5 2,0 0,5 34 TMF 2,5 2,0 0,5 4 TMF 5,0 1,0 0 Média 3,05 1,15 0,20
Apêndice
Degan, V.V. 172
ANÁLISE ESTATÍSTICA
Quadro 45- Teste de Mann-Whitney da variável POSICIONAMENTO HABITUAL DOS LÁBIOS EM REPOUSO
REPOUSO LABIAL - entre grupos Mann-Whitney REM 1 X TMF 1 REM 2 X TMF 2 REM3 X TMF 3
Resultado Resultado Resultadon1 = 10 n1 = 10 n1 = 10 n2 = 10 n2 = 10 n2 = 10 R1 = 102 R1 = 131 R1 = 131.5 R2 = 108 R2 = 79 R2 = 78.5 U = 47 U = 24 U = 23.5
Z(U) = 0.2268 Z(U) = 1.9654 Z(U) = 2.0032 (p) = 0.8206 (p) = 0.0494 (p) = 0.0452
Quadro 46- Teste de Wilcoxon da variável POSICIONAMENTO HABITUAL DOS LÁBIOS EM REPOUSO
AMOSTRAS RELACIONADAS WILCOXON
REM1 X REM2 REM2 X REM3 REM1 X REM3
T = 0 T = 3 T = 0 Número de pares = 3 Número de pares = 4 Número de pares = 4
Z = -1.6036 Z = -0.9129 Z = -1.8257 (p) = 0.1088 (p) = 0.3613 (p) = 0.0679 TMF1 X TMF2 TMF2 X TMF3 TMF1 X TMF3
T = 0 T = 0 T = 0 Número de pares = 10 Número de pares = 2 Número de pares = 10
Z = -2.8031 Z = -1.3416 Z = -2.8031 (p) = 0.0051 (p) = 0.1797 (p) = 0.0051
Quadro 47 – Teste de Mann-Whitney variável RESISTÊNCIA DO LÁBIO SUPERIOR
AMOSTRAS RELACIONADAS WILCOXON
REM1 X REM2 REM2 X REM3 REM1 X REM3
T = 0 T = Não houve variações T = 0 Número de pares = 5 Número de pares = Número de pares = 5
Z = -2.0226 Z = Z = -2.0226(p) = 0.0431 (p) = (p) = 0.0431 TMF1 X TMF2 TMF2 X TMF3 TMF1 X TMF3
T = 0 T = 2 T = 0 Número de pares = 9 Número de pares = 3 Número de pares = 8
Z = -2.6656 Z = -0.5345 Z = -2.5205(p) = 0.0077 (p) = 0.593 (p) = 0.0117
Apêndice
Degan, V.V. 173
Quadro 48- Teste de Wilcoxon da variável RESISTÊNCIA DO LÁBIO SUPERIOR
RESISTENCIA LABIO SUPERIOR - Entrte grupos -MANN-WHITNEY REM1 X TMF 1 REM2 X TMF 2 REM3 X TMF 3
n1 = 10 n1 = 10 n1 = 10 n2 = 10 n2 = 10 n2 = 10 R1 = 117 R1 = 128 R1 = 131 R2 = 93 R2 = 82 R2 = 79 U = 38 U = 27 U = 24
Z(U) = 0.9071 Z(U) = 1.7386 Z(U) = 1.9654 (p) = 0.3643 (p) = 0.0821 (p) = 0.0494
Quadro 49– Teste de Mann-Whitney da variável RESISTÊNCIA DO LÁBIO INFERIOR
RESISTENCIA LABIO INFERIOR – Entre grupos -MANN WHITNEY
REM 1 X TMF 1 REM2 X TMF 2 REM 3 X TMF 3 n1 = 10 n1 = 10 n1 = 10 n2 = 10 n2 = 10 n2 = 10 R1 = 105.5 R1 = 133 R1 = 142 R2 = 104.5 R2 = 77 R2 = 68 U = 49.5 U = 22 U = 13
Z(U) = 0.0378 Z(U) = 2.1166 Z(U) = 2.7969 (p) = 0.9699 (p) = 0.0343 (p) = 0.0052
Quadro 50- Teste de Wilcoxon da variável RESISTÊNCIA DO LÁIO INFERIOR
AMOSTRAS RELACIONADAS WILCOXON
REM1 X REM2 REM2 X REM3 REM1 X REM3
T = 0 T = Não houve variação T = 0
Número de pares = 5
Número de pares =
Número de pares = 5
Z = -2.0226 Z = Z = -2.0226 (p) = 0.0431 (p) = (p) = 0.0431
TMF1 X TMF2 TMF2 X TMF3 TMF1 X TMF3
T = 0 T = 0 T = 0 Número de
pares = 8 Número de
pares = 3 Número de
pares = 10 Z = -2.5205 Z = -1.6036 Z = -2.8031
(p) = 0.0117 (p) = 0.1088 (p) = 0.0051
Apêndice
Degan, V.V. 174
Quadro 51 – Teste de Mann-Whitney da variável RESISTÊNCIA DA BOCHACHA DIREITA
RESISTENCIA BOCHECHA DIREITA – Entre grupos – MANN-WITHNEY
REM 1 X TMF 2 REM 2 X TMF 2 REM3 X TMF 3 n1 = 10 n1 = 10 n1 = 10 n2 = 10 n2 = 10 n2 = 10 R1 = 114 R1 = 133 R1 = 140 R2 = 96 R2 = 77 R2 = 70 U = 41 U = 22 U = 15
Z(U) = 0.6803 Z(U) = 2.1166 Z(U) = 2.6458 (p) = 0.4963 (p) = 0.0343 (p) = 0.0082
Quadro 52- Teste de Wilconxon da variável RESISTÊNCIA DA BOCHECHA DIREITA
AMOSTRAS RELACIONADAS WILCOXON
REM1 X REM2 REM2 X REM3 REM1 X REM3
T = 0 T = 0 T = 3 Número de
pares = 4 Número de
pares = 1 Número de
pares = 5 Z = -1.8257 Z = -1 Z = -1.2136
(p) = 0.0679 (p) = 0.3173 (p) = 0.2249 TMF1 X TMF2 TMF2 X TMF3 TMF1 X TMF3
T = 0 T = 0 T = 0 Número de
pares = 8 Número de
pares = 2 Número de
pares = 8 Z = -2.5205 Z = -1.3416 Z = -2.5205
(p) = 0.0117 (p) = 0.1797 (p) = 0.0117
Quadro 53 – Teste de Mann-Whitney da variável RESISTÊNCIA DA BOCHACHA ESQUERDA
RESISTENCIA BOCHECHA ESQUERDA – Entre grupos – MANN-WHITNEY REM 1 X TMF 1 REM2 X TMF 2 REM3 X TMF 3
n1 = 10 n1 = 10 n1 = 10 n2 = 10 n2 = 10 n2 = 10 R1 = 114 R1 = 138 R1 = 140 R2 = 96 R2 = 72 R2 = 70 U = 41 U = 17 U = 15
Z(U) = 0.6803 Z(U) = 2.4946 Z(U) = 2.6458 (p) = 0.4963 (p) = 0.0126 (p) = 0.0082
Apêndice
Degan, V.V. 175
Quadro 54 – Teste de Wilcoxon da variável RESISTÊNCIA DA BOCHECHA DIREITA
AMOSTRAS RELACIONADAS WILCOXON
REM1 X REM2 REM2 X REM3 REM1 X REM3
T = 0 T = 2 T = 3 Número de
pares = 3 Número de
pares = 2 Número de
pares = 5 Z = -1.6036 Z = 0 Z = -1.2136
(p) = 0.1088 (p) = 1 (p) = 0.2249 TMF1 X TMF2 TMF2 X TMF3 TMF1 X TMF3
T = 0 T = 0 T = 0 Número de
pares = 7 Número de
pares = 2 Número de
pares = 8 Z = -2.3664 Z = -1.3416 Z = -2.5205
(p) = 0.018 (p) = 0.1797 (p) = 0.0117
Quadro 55 – Teste de Mann-Whitney da variável RESISTÊNCIA LINGUAL
Entre grupos- MANN-WHITNEY
REM1 X TMF 1 REM2 X TMF 2 REM3 X TMF 3
N1 = 10 n1 = 10 n1 = 10
N2 = 10 n2 = 10 n2 = 10
R1 = 91.5 R1 = 123 R1 = 109
R2 = 118.5 R2 = 87 R2 = 101
U = 36.5 U = 32 U = 46
Z(U) = 1.0205 Z(U) = 1.3607 Z(U) = 0.3024
(p) = 0.3075 (p) = 0.1736 (p) = 0.7624
Quadro 56 – Teste de Wilcoxon da variável RESISTÊNCIA LINGUAL
AMOSTRAS RELACIONADAS WILCOXON
REM1 X REM2 REM2 X REM3 REM1 X REM3
T = 0 T = 2 T = 4 Número de
pares = 6 Número de
pares = 3 Número de
pares = 8 Z = -2.2014 Z = -0.5345 Z = -2.0304
(p) = 0.0277 (p) = 0.593 (p) = 0.0423 TMF1 X TMF2 TMF2 X TMF3 TMF1 X TMF3
T = 0 T = 0 T = 3 Número de
pares = 7 Número de
pares = 2 Número de
pares = 6 Z = -2.3664 Z = -1.3416 Z = -1.6773
Apêndice
Degan, V.V. 176
(p) = 0.018 (p) = 0.1797 (p) = 0.0935 Quadro 57 – Teste de Mann-Whitney da variável REPOUSO LINGUAL
Entre grupos- MANN-WHITNEY
REM1 X TMF 1 REM 2 X TMF 2 REM 3 TMF 3 n1 = 10 n1 = 10 n1 = 10 n2 = 10 n2 = 10 n2 = 10 R1 = 103 R1 = 122.5 R1 = 136 R2 = 107 R2 = 87.5 R2 = 74 U = 48 U = 32.5 U = 19
Z(U) = 0.1512 Z(U) = 1.3229 Z(U) = 2.3434 (p) = 0.8798 (p) = 0.1859 (p) = 0.0191
Quadro 58 – Teste de Wilcoxon da variável REPOUSO LINGUAL
AMOSTRAS RELACIONADAS WILCOXON
REM1 X REM2 REM2 X REM3 REM1 X REM3
T = 2 T = 2 T = 2 Número de
pares = 3 Número de
pares = 2 Número de
pares = 3 Z = -0.5345 Z = 0 Z = -0.5345
(p) = 0.593 (p) = 1 (p) = 0.593 TMF1 X TMF2 TMF2 X TMF3 TMF1 X TMF3
T = 7 T = 0 T = 0 Número de
pares = 8 Número de
pares = 2 Número de
pares = 7 Z = -1.5403 Z = -1.3416 Z = -2.3664
(p) = 0.1235 (p) = 0.1797 (p) = 0.018
Quadro 59 – Teste de Mann-Whitney da variável MENTO
Entre grupos- MANN-WHITNEY
REM1 X TMF 1 REM2X TMF 2 REM3 X TMF 3 n1 = 10 n1 = 10 n1 = 10 n2 = 10 n2 = 10 n2 = 10 R1 = 115 R1 = 115 R1 = 115 R2 = 95 R2 = 95 R2 = 95 U = 40 U = 40 U = 40
Z(U) = 0.7559 Z(U) = 0.7559 Z(U) = 0.7559 (p) = 0.4497 (p) = 0.4497 (p) = 0.4497
Apêndice
Degan, V.V. 177
Quadro 60- Teste de Wilcoxon da variável MENTO
AMOSTRAS RELACIONADAS WILCOXON
REM1 X REM2 REM2 X REM3 REM1 X REM3
T = 0 T = 0 T = 0 Número de
pares = 2 Número de
pares = 1 Número de
pares = 3 Z = -1.3416 Z = -1 Z = -1.6036
(p) = 0.1797 (p) = 0.3173 (p) = 0.1088 TMF1 X TMF2 TMF2 X TMF3 TMF1 X TMF3
T = 0 T = 0 T = 0 Número de
pares = 2 Número de
pares = 1 Número de
pares = 3 Z = -1.3416 Z = -1 Z = -1.6036
(p) = 0.1797 (p) = 0.3173 (p) = 0.1088
Quadro 61 – Teste de Mann-Whitney da variável DEGLUTIÇÃO
Entre grupos- MANN-WHITNEY
REM1 X TMF 1 REM2 X TMF 2 REM3 X TMF 3 n1 = 10 n1 = 10 n1 = 10 n2 = 10 n2 = 10 n2 = 10 R1 = 105 R1 = 130 R1 = 120 R2 = 105 R2 = 80 R2 = 90 U = 50 U = 25 U = 35
Z(U) = 0 Z(U) = 1.8898 Z(U) = 1.1339 (p) = 1 (p) = 0.0588 (p) = 0.2568
Quadro 62 – Teste de Wilcoxon da variável DEGLUTIÇÃO
AMOSTRAS RELACIONADAS WILCOXON
REM1 X REM2 REM2 X REM3 REM1 X REM3
T = 0 T = 0 T = 0 Número de
pares = 2 Número de
pares = 2 Número de
pares = 5 Z = -1.3416 Z = -1.3416 Z = -2.0226
(p) = 0.1797 (p) = 0.1797 (p) = 0.0431 TMF1 X TMF2 TMF2 X TMF3 TMF1 X TMF3
T = 0 T = 0 T = 0 Número de
pares = 7 Número de
pares = 1 Número de
pares = 8 Z = -2.3664 Z = -1 Z = -2.5205
(p) = 0.018 (p) = 0.3173 (p) = 0.0117
Apêndice
Degan, V.V. 178
Quadro 63 - Teste t (duas amostras independentes) –
da
vari
ável
RES
PIR
AÇ
ÃO
REM3 X TMF 3 Tamanho = - 3 - - 6 - Média = 10 10 Variância = 18.4 26.5 25.8222 49.8333 Variância = Desigual Igual t = 7.5656 37.8278 Graus de liberdade = -2.9449 -2.9449 p (unilateral) = 16.35 18 p (bilateral) = 0.0047 0.0043 Poder (alfa=0.05) = 0.0095 0.0086 Poder (alfa=0.01) = 0.8377 --- Diferença entre as médias = 0.6424 --- IC 95% (Dif. entre médias) = -8.1 --- IC 99% (Dif. entre médias) = -13.8789 a - 2.3211 --- -16.0161 a - 0.1839 ---
REM 2 X TMF 2 - 2 - - 5 - Tamanho = 10 10Média = 18.1 26.4Variância = 14.5444 50.4889 Desigual Igual Variância = 6.5033 32.5167t = -3.2547 -3.2547Graus de liberdade = 13.79 18p (unilateral) = 0.0031 0.0022p (bilateral) = 0.0062 0.0044Poder (alfa=0.05) = 0.9023 --- Poder (alfa=0.01) = 0.7501 --- Diferença entre as médias = -8.3 --- IC 95% (Dif. entre médias) = -13.6579 a - 2.9421 --- IC 99% (Dif. entre médias) = -15.6394 a - 0.9606 ---
REM 1 X TMF 1 REM1 TMF1 - 1 - - 4 - Tamanho = 10 10 Média = 10.7 14.4 Variância = 8.4556 32.7111 Desigual Igual Variância = 4.1167 20.5833t = -1.8236 -1.8236 Graus de liberdade = 13.36 18 p (unilateral) = 0.0456 0.0424 p (bilateral) = 0.0912 0.0848 Poder (alfa=0.05) = 0.4457 --- Poder (alfa=0.01) = 0.2244 --- Diferença entre as médias = -3.7 --- IC 95% (Dif. entre médias) = -7.9628 a 0.5628 --- IC 99% (Dif. entre médias) = -9.5393 a 2.1393 ---
Apêndice
Degan, V.V. 179
Quadro 65 - AMOSTRAS RELACIONADAS – Teste t (dados Pareados) – variável RESPIRAÇÃO
REM1 X REM3 - 1 - - 3 -
Indivíduos 10 10 Média 10.7 18.4
Desvio Padrão 2.9078 5.0816Erro Padrão 0.9195 1.6069
Desv. Padrão da Diferença 4.296 --- Erro Padrão da Diferença 1.3585 ---
Média das diferenças -7.7 --- (t)= -5.668 ---
Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0 --- (p) bilateral = 0 ---
IC (95%) -10.7730 a -4.6270 --- IC (99%) -12.1152 a -3.2848
REM1 X REM3 - 1 - - 3 - Indivíduos 10 10Média 10.7 18.4Desvio Padrão 2.9078 5.0816Erro Padrão 0.9195 1.6069Desv. Padrão da Diferença 4.296 --- Erro Padrão da Diferença 1.3585 --- Média das diferenças -7.7 --- (t)= -5.668 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0 --- (p) bilateral = 0 --- IC (95%) -10.7730 a -4.6270 --- IC (99%) -12.1152 a -3.2848
REM2 X REM3 REM2 REM3 - 2 - - 3 -
Indivíduos 10 10 Média 18.1 18.4
Desvio Padrão 3.8137 5.0816Erro Padrão 1.206 1.6069
Desv. Padrão da Diferença 3.4657 --- Erro Padrão da Diferença 1.096 ---
Média das diferenças -0.3 --- (t)= -0.2737 ---
Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.3952 --- (p) bilateral = 0.7905 ---
IC (95%) -2.7790 a 2.1790 --- IC (99%) -3.8618 a 3.2618
Apêndice
Degan, V.V. 180
Quadro 66-AMOSTRAS RELACIONADAS – Teste t (dados Pareados) – variável RESPIRAÇÃO
TMF2 X TMF 3 Tmf2 Tmf3 - 5 - - 6 -
Indivíduos 10 10 Média 26.4 26.5
Desvio Padrão 7.1056 7.0593Erro Padrão 2.247 2.2323
Desv. Padrão da Diferença 3.7845 ---
Erro Padrão da Diferença 1.1968 ---
Média das diferenças -0.1 --- (t)= -0.0836 ---
Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.4676 --- (p) bilateral = 0.9352 ---
IC (95%) -2.8071 a 2.6071 --- IC (99%) -3.9895 a 3.7895
TMF1 X TMF2 Tmf1 Tmf2 - 4 - - 5 -
Indivíduos 10 10 Média 14.4 26.4
Desvio Padrão 5.7194 7.1056 Erro Padrão 1.8086 2.247
Desv. Padrão da Diferença 9.9219 --- Erro Padrão da Diferença 3.1376 ---
Média das diferenças -12 --- (t)= -3.8246 ---
Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.002 --- (p) bilateral = 0.004 ---
IC (95%) -19.0972 a -4.9028 --- IC (99%) -22.1972 a -1.8028
TMF1 X TMF 3 Tmf1 tmf3
- 4 - - 6 -
Indivíduos 10 10
Média 14.4 26.5
Desvio Padrão 5.7194 7.0593
Erro Padrão 1.8086 2.2323
Desv. Padrão da Diferença 9.1706 ---
Erro Padrão da Diferença 2.9 ---
Média das diferenças -12.1 ---
(t)= -4.1724 ---
Graus de Liberdade 9 ---
(p) unilateral = 0.0012 ---
(p) bilateral = 0.0024 ---
IC (95%) -18.6598 a -5.5402 ---
IC (99%) -21.5250 a -2.6750
Apêndice
Degan, V.V. 181
Quadro 67 - Teste t (duas amostras independentes) – variável MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA SUPERIOR
EM SITUAÇÃO DE REPOUSO
REM3 X TMF 3 - 3 - - 6 - Tamanho = 10 10Média = 15.186 8.93Variância = 85.9564 6.927 Desigual Igual Variância = 9.2883 46.4417t = 2.0527 2.0527Graus de liberdade = 10.44 18p (unilateral) = 0.0336 0.0274p (bilateral) = 0.0671 0.0548Poder (alfa=0.05) = 0.5369 --- Poder (alfa=0.01) = 0.2989 --- Diferença entre as médias = 6.256 --- IC 95% (Dif. entre médias) = -0.7719 a 13.2839 --- IC 99% (Dif. entre médias) = -3.9690 a 16.4810 ---
REM2 X TMF 2 - 2 - - 5 - Tamanho = 10 10 Média = 19.356 11.429 Variância = 274.8205 15.1848 Desigual Igual Variância = 29.0005 145.0027t = 1.472 1.472 Graus de liberdade = 9.99 18 p (unilateral) = 0.0875 0.0791 p (bilateral) = 0.175 0.1582 Poder (alfa=0.05) = 0.3127 --- Poder (alfa=0.01) = 0.1324 --- Diferença entre as médias = 7.927 --- IC 95% (Dif. entre médias) = -4.4913 a 20.3453 --- IC 99% (Dif. entre médias) = -10.1404 a 25.9944 ---
REM1 X TMF 1 - 1 - - 4 - Tamanho = 10 10Média = 24.468 20.144Variância = 391.0144 46.9 Desigual Igual Variância = 43.7914 218.9572t = 0.6534 0.6534Graus de liberdade = 11.13 18p (unilateral) = 0.2634 0.2609p (bilateral) = 0.5269 0.5217Poder (alfa=0.05) = 0.0921 --- Poder (alfa=0.01) = 0.0033 --- Diferença entre as médias = 4.324 --- IC 95% (Dif. entre médias) = -10.9360 a 19.5840 --- IC 99% (Dif. entre médias) = -17.8777 a 26.5257 ---
Apêndice
Degan, V.V. 182
Quadro 68- Teste t (dados pareados) – variável MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA SUPERIOR EM SITUAÇÃO DE
REPOUSO
REM1 X REM3 - 1 - - 3 - Indivíduos 10 10Média 24.468 15.186Desvio Padrão 19.7741 9.2713Erro Padrão 6.2531 2.9318Desv. Padrão da Diferença 16.9288 --- Erro Padrão da Diferença 5.3534 --- Média das diferenças 9.282 --- (t)= 1.7339 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.0584 --- (p) bilateral = 0.1169 --- IC (95%) -2.8273 a 21.3913 --- IC (99%) -8.1164 a 26.6804
REM1 X REM 2 - 1 - - 2 - Indivíduos 10 10 Média 24.468 19.356 Desvio Padrão 19.7741 16.5777Erro Padrão 6.2531 5.2423 Desv. Padrão da Diferença 15.5942 --- Erro Padrão da Diferença 4.9313 --- Média das diferenças 5.112 --- (t)= 1.0366 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.1635 --- (p) bilateral = 0.3269 --- IC (95%) -6.0426 a 16.2666 --- IC (99%) -10.9148 a 21.1388
REM2 X REM3
- 2 - - 3 -
Indivíduos 10 10
Média 19.356 15.186
Desvio Padrão 16.5777 9.2713
Erro Padrão 5.2423 2.9318
Desv. Padrão da Diferença 13.2563 ---
Erro Padrão da Diferença 4.192 ---
Média das diferenças 4.17 ---
(t)= 0.9947 ---
Graus de Liberdade 9 ---
(p) unilateral = 0.1729 ---
(p) bilateral = 0.3458 ---
IC (95%) -5.3124 a 13.6524 ---
IC (99%) -9.4541 a 17.7941
Apêndice
Degan, V.V. 183
Quadro 69- Teste t (dados pareados) – variável MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA SUPERIOR EM SITUAÇÃO DE
REPOUSO
TMF2 X TMF 3 - 4 - - 5 - Indivíduos 10 10Média 20.144 11.429Desvio Padrão 6.8484 3.8968Erro Padrão 2.1656 1.2323Desv. Padrão da Diferença 4.9437 --- Erro Padrão da Diferença 1.5633 --- Média das diferenças 8.715 --- (t)= 5.5746 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0 --- (p) bilateral = 0 --- IC (95%) 5.1787 a 12.2513 --- IC (99%) 3.6341 a 13.7959
TMF1 X TMF 3 - 4 - - 6 - Indivíduos 10 10Média 20.144 8.93Desvio Padrão 6.8484 2.6319Erro Padrão 2.1656 0.8323Desv. Padrão da Diferença 7.735 --- Erro Padrão da Diferença 2.446 --- Média das diferenças 11.214 --- (t)= 4.5846 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.0007 --- (p) bilateral = 0.0013 --- IC (95%) 5.6811 a 16.7469 --- IC (99%) 3.2644 a 19.1636
TMF1 X TMF2 - 4 - - 5 - Indivíduos 10 10Média 20.144 11.429Desvio Padrão 6.8484 3.8968Erro Padrão 2.1656 1.2323Desv. Padrão da Diferença 4.9437 --- Erro Padrão da Diferença 1.5633 --- Média das diferenças 8.715 --- (t)= 5.5746 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0 --- (p) bilateral = 0 --- IC (95%) 5.1787 a 12.2513 --- IC (99%) 3.6341 a 13.7959
Apêndice
Degan, V.V. 184
Quadro 70– Teste t (duas amostras independentes) - variável MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA SUPERIOR EM
SITUAÇÃO DE SUCÇÃO DE ÁGUA
REM1 X TMF 1 REM2 X TMF 2
- 1 - - 2 - - 5 -
Tamanho = 10 Tamanho = 10 10
Média = 98.05 Média = 97.343 66.385
Variância = 886.1674 Variância = 1209.897 605.9341
Desigual Desigual Igual
Variância = 182.8924 Variância = 181.5831 907.9154
t = 0.3607 t = 2.2974 2.2974
Graus de liberdade = 17.98 Graus de liberdade = 16.21 18
p (unilateral) = 0.3614 p (unilateral) = 0.0177 0.0169
p (bilateral) = 0.7228 p (bilateral) = 0.0354 0.0337
Poder (alfa=0.05) = 0.0443 Poder (alfa=0.05) = 0.6321---
Poder (alfa=0.01) = 0.0576 Poder (alfa=0.01) = 0.3887---
Diferença entre as médias = 4.878 Diferença entre as médias = 30.958---
IC 95% (Dif. entre médias) = -23.5354 a 33.2914 IC 95% (Dif. entre médias) = 2.6464 a 59.2696 ---
IC 99% (Dif. entre médias) = -34.0434 a 43.7994 IC 99% (Dif. entre médias) = -7.8238 a 69.7398 ---
REM3 X TMF 3 - 3 - - 6 - Tamanho = 10 10Média = 90.059 55.394Variância = 1378.331 620.867 Desigual Igual Variância = 199.9198 999.5988t = 2.4517 2.4517Graus de liberdade = 15.74 18p (unilateral) = 0.0134 0.0123p (bilateral) = 0.0269 0.0246Poder (alfa=0.05) = 0.6885 --- Poder (alfa=0.01) = 0.4489 --- Diferença entre as médias = 34.665 --- IC 95% (Dif. entre médias) = 4.9583 a 64.3717 --- IC 99% (Dif. entre médias) = -6.0279 a 75.3579 ---
Apêndice
Degan, V.V. 185
Quadro 71 - Teste t (dados pareados) – variável MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA SUPERIOR EM SITUAÇÃO
DE SUCÇÃO DE ÁGUA
REM1 X REM 2
- 1 - - 2 -
Indivíduos 10 10
Média 98.05 97.343
Desvio Padrão 29.7686 34.7836
Erro Padrão 9.4136 10.9995
Desv. Padrão da Diferença 21.4805 ---
Erro Padrão da Diferença 6.7927 ---
Média das diferenças 0.707 ---
(t)= 0.1041 ---
Graus de Liberdade 9 ---
(p) unilateral = 0.4597 ---
(p) bilateral = 0.9194 ---
IC (95%) -14.6582 a 16.0722 ---
IC (99%) -21.3694 a 22.7834
REM1 X REM3 - 1 - - 3 - Indivíduos 10 10Média 98.05 90.059Desvio Padrão 29.7686 37.1259Erro Padrão 9.4136 11.7402Desv. Padrão da Diferença 29.3394 --- Erro Padrão da Diferença 9.2779 --- Média das diferenças 7.991 --- (t)= 0.8613 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.2057 --- (p) bilateral = 0.4114 --- IC (95%) -12.9957 a 28.9777 --- IC (99%) -22.1623 a 38.1443
REM2 X REM3
- 2 - - 3 -
Indivíduos 10 10
Média 97.343 90.059
Desvio Padrão 34.7836 37.1259
Erro Padrão 10.9995 11.7402
Desv. Padrão da Diferença 22.9987 ---
Erro Padrão da Diferença 7.2728 ---
Média das diferenças 7.284 ---
(t)= 1.0015 ---
Graus de Liberdade 9 ---
(p) unilateral = 0.1713 ---
(p) bilateral = 0.3427 ---
IC (95%) -9.1671 a 23.7351 ---
IC (99%) -16.3527 a 30.9207
Apêndice
Degan, V.V. 186
Quadro 72 - Teste t (dados pareados) – variável MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA SUPERIOR EM SITUAÇÃO DE
SUCÇÃO DE ÁGUA
TMF1 X TMF2 - 4 - - 5 - Indivíduos 10 10Média 93.172 66.385Desvio Padrão 30.7043 24.6157Erro Padrão 9.7096 7.7842Desv. Padrão da Diferença 30.5842 --- Erro Padrão da Diferença 9.6716 --- Média das diferenças 26.787 --- (t)= 2.7697 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.0109 --- (p) bilateral = 0.0217 --- IC (95%) 4.9099 a 48.6641 --- IC (99%) -4.6456 a 58.2196
TMF1 X TMF 3 - 4 - - 6 - Indivíduos 10 10Média 93.172 55.394Desvio Padrão 30.7043 24.9172Erro Padrão 9.7096 7.8795Desv. Padrão da Diferença 38.4953 --- Erro Padrão da Diferença 12.1733 --- Média das diferenças 37.778 --- (t)= 3.1033 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.0063 --- (p) bilateral = 0.0126 --- IC (95%) 10.2420 a 65.3140 --- IC (99%) -1.7852 a 77.3412
TMF2 X TMF 3 - 5 - - 6 - Indivíduos 10 10Média 66.385 55.394Desvio Padrão 24.6157 24.9172Erro Padrão 7.7842 7.8795Desv. Padrão da Diferença 22.5661 --- Erro Padrão da Diferença 7.136 --- Média das diferenças 10.991 --- (t)= 1.5402 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.0789 --- (p) bilateral = 0.1578 --- IC (95%) -5.1507 a 27.1327 --- IC (99%) -12.2011 a 34.1831
Apêndice
Degan, V.V. 187
Quadro 73– Teste t (duas amostras independentes) - variável MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA SUPERIOR EM
SITUAÇÃO DE SUCÇÃO DE IOGURTE
REM2 X TMF 2 - 2 - - 5 - Tamanho = 10 10Média = 81.417 66.361Variância = 980.3719 230.453 Desigual Igual Variância = 121.0825 605.4125t = 1.3683 1.3683Graus de liberdade = 13.01 18p (unilateral) = 0.0972 0.094p (bilateral) = 0.1943 0.188Poder (alfa=0.05) = 0.2769 --- Poder (alfa=0.01) = 0.1104 --- Diferença entre as médias = 15.056 --- IC 95% (Dif. entre médias) = -10.3186 a 40.4306 --- IC 99% (Dif. entre médias) = -21.8616 a 51.9736 ---
REM3 X TMF 3 - 3 - - 6 - Tamanho = 10 10Média = 81.363 54.77Variância = 1241.05 779.1517 Desigual Igual Variância = 202.0202 1010.101t = 1.871 1.871Graus de liberdade = 17.11 18p (unilateral) = 0.0393 0.0388p (bilateral) = 0.0786 0.0776Poder (alfa=0.05) = 0.4645 --- Poder (alfa=0.01) = 0.239 --- Diferença entre as médias = 26.593 --- IC 95% (Dif. entre médias) = -3.2693 a 56.4553 --- IC 99% (Dif. entre médias) = -14.3131 a 67.4991 ---
REM1 X TMF 1 - 1 - - 4 - Tamanho = 10 10Média = 85.535 88.939Variância = 572.3507 742.381
Desigual Igual Variância = 131.4732 657.3658t = -0.2969 -0.2969Graus de liberdade = 17.7 18p (unilateral) = 0.3851 0.385p (bilateral) = 0.7702 0.77Poder (alfa=0.05) = 0.035 --- Poder (alfa=0.01) = 0.0732 --- Diferença entre as médias = -3.404 --- IC 95% (Dif. entre médias) = -27.4944 a 20.6864 --- IC 99% (Dif. entre médias) = -36.4037 a 29.5957 ---
Apêndice
Degan, V.V. 188
Quadro 74– Teste t (duas amostras relacionadas) - variável MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA SUPERIOR EM
SITUAÇÃO DE SUCÇÃO DE IOGURTE
REM1 X REM 2 - 1 - - 2 - Indivíduos 10 10Média 85.535 81.417Desvio Padrão 23.9239 31.3109Erro Padrão 7.5654 9.9014Desv. Padrão da Diferença 28.8747 --- Erro Padrão da Diferença 9.131 --- Média das diferenças 4.118 --- (t)= 0.451 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.3313 --- (p) bilateral = 0.6627 --- IC (95%) -16.5363 a 24.7723 --- IC (99%) -25.5577 a 33.7937
REM1 X REM3 - 1 - - 3 - Indivíduos 10 10Média 85.535 81.363Desvio Padrão 23.9239 35.2285Erro Padrão 7.5654 11.1402Desv. Padrão da Diferença 45.0244 --- Erro Padrão da Diferença 14.238 --- Média das diferenças 4.172 --- (t)= 0.293 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.3881 --- (p) bilateral = 0.7761 --- IC (95%) -28.0343 a 36.3783 --- IC (99%) -42.1014 a 50.4454
REM2 X REM3 - 2 - - 3 - Indivíduos 10 10Média 81.417 81.363Desvio Padrão 31.3109 35.2285Erro Padrão 9.9014 11.1402Desv. Padrão da Diferença 30.2284 --- Erro Padrão da Diferença 9.559 --- Média das diferenças 0.054 --- (t)= 0.0056 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.4978 --- (p) bilateral = 0.9956 --- IC (95%) -21.5686 a 21.6766 --- IC (99%) -31.0129 a 31.1209
Apêndice
Degan, V.V. 189
Quadro 75– Teste t (duas amostras relacionadas) - variável MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA SUPERIOR EM
SITUAÇÃO DE SUCÇÃO DE IOGURTE
TMF1 X TMF2
- 4 - - 5 -
Indivíduos 10 10
Média 88.939 66.361
Desvio Padrão 27.2467 15.1807
Erro Padrão 8.6162 4.8006
Desv. Padrão da Diferença 19.8631 ---
Erro Padrão da Diferença 6.2813 ---
Média das diferenças 22.578 ---
(t)= 3.5945 ---
Graus de Liberdade 9 ---
(p) unilateral = 0.0029 ---
(p) bilateral = 0.0058 ---
IC (95%) 8.3698 a 36.7862 ---
IC (99%) 2.1639 a 42.9921
TMF1 X TMF 3 - 4 - - 6 - Indivíduos 10 10Média 88.939 54.77Desvio Padrão 27.2467 27.9133Erro Padrão 8.6162 8.827Desv. Padrão da Diferença 19.6479 --- Erro Padrão da Diferença 6.2132 --- Média das diferenças 34.169 --- (t)= 5.4994 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0 --- (p) bilateral = 0 --- IC (95%) 20.1147 a 48.2233 --- IC (99%) 13.9761 a 54.3619
TMF2 X TMF 3
- 5 - - 6 -
Indivíduos 10 10
Média 66.361 54.77
Desvio Padrão 15.1807 27.9133
Erro Padrão 4.8006 8.827
Desv. Padrão da Diferença 23.7583 ---
Erro Padrão da Diferença 7.513 ---
Média das diferenças 11.591 ---
(t)= 1.5428 ---
Graus de Liberdade 9 ---
(p) unilateral = 0.0786 ---
(p) bilateral = 0.1572 ---
IC (95%) -5.4035 a 28.5855 ---
IC (99%) -12.8264 a 36.0084
Apêndice
Degan, V.V. 190
Quadro 76– Teste t (duas amostras independentes) - variável MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA SUPERIOR EM
SITUAÇÃO DE SUCÇÃO DE CREME DE CHOCOLATE
REM1 X TMF 1 REM2 X TMF 2 - 1 - - 4 - - 2 - - 5 - Tamanho = 10 10 Tamanho = 10 10Média = 96.652 95.275 Média = 94.683 77.824Variância = 1173.239 1136.006 Variância = 1724.444 321.373 Desigual Igual Desigual Igual Variância = 230.9245 1154.622 Variância = 204.5816 1022.908t = 0.0906 0.0906 t = 1.1787 1.1787Graus de liberdade = 18 18 Graus de liberdade = 12.24 18p (unilateral) = 0.4644 0.4644 p (unilateral) = 0.1307 0.1269p (bilateral) = 0.9289 0.9288 p (bilateral) = 0.2613 0.2538Poder (alfa=0.05) = 0.0053 --- Poder (alfa=0.05) = 0.217 --- Poder (alfa=0.01) = 0.1405 --- Poder (alfa=0.01) = 0.0754 --- Diferença entre as médias = 1.377 --- Diferença entre as médias = 16.859 ---
IC 95% (Dif. entre médias) = -30.5502 a 33.3042 --- IC 95% (Dif. entre médias) = -16.1242 a 49.8422 ---
IC 99% (Dif. entre médias) = -42.3577 a 45.1117 --- IC 99% (Dif. entre médias) = -31.1282 a 64.8462 ---
REM3 X TMF 3 - 3 - - 6 - Tamanho = 10 10Média = 85.139 57.445Variância = 911.108 782.669 Desigual Igual Variância = 169.3777 846.8885t = 2.1279 2.1279Graus de liberdade = 17.9 18p (unilateral) = 0.0241 0.0237p (bilateral) = 0.0482 0.0473Poder (alfa=0.05) = 0.5667 --- Poder (alfa=0.01) = 0.3256 --- Diferença entre as médias = 27.694 --- IC 95% (Dif. entre médias) = 0.3505 a 55.0375 --- IC 99% (Dif. entre médias) = -9.7618 a 65.1498 ---
Apêndice
Degan, V.V. 191
Quadro 77– Teste t (duas amostras relacionadas) - variável MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA SUPERIOR EM
SITUAÇÃO DE SUCÇÃO DE CREME DE CHOCOLATE
REM1 X REM 2 REM2 X REM3 - 1 - - 2 - - 2 - - 3 - Indivíduos 10 10 Indivíduos 10 10Média 96.652 94.683 Média 94.683 85.139Desvio Padrão 34.2526 41.5264 Desvio Padrão 41.5264 30.1846Erro Padrão 10.8316 13.1318 Erro Padrão 13.1318 9.5452Desv. Padrão da Diferença 34.4746 --- Desv. Padrão da Diferença 24.7121 --- Erro Padrão da Diferença 10.9018 --- Erro Padrão da Diferença 7.8147 --- Média das diferenças 1.969 --- Média das diferenças 9.544 --- (t)= 0.1806 --- (t)= 1.2213 --- Graus de Liberdade 9 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.4303 --- (p) unilateral = 0.1265 --- (p) bilateral = 0.8607 --- (p) bilateral = 0.2529 --- IC (95%) -22.6910 a 26.6290 --- IC (95%) -8.1328 a 27.2208 --- IC (99%) -33.4620 a 37.4000 IC (99%) -15.8536 a 34.9416
REM1 X REM3 - 1 - - 3 - Indivíduos 10 10Média 96.652 85.139Desvio Padrão 34.2526 30.1846Erro Padrão 10.8316 9.5452Desv. Padrão da Diferença 34.4325 --- Erro Padrão da Diferença 10.8885 --- Média das diferenças 11.513 --- (t)= 1.0574 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.1589 --- (p) bilateral = 0.3179 --- IC (95%) -13.1168 a 36.1428 --- IC (99%) -23.8747 a 46.9007
Apêndice
Degan, V.V. 192
Quadro 78– Teste t (duas amostras relacionadas) - variável MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA SUPERIOR EM
SITUAÇÃO DE SUCÇÃO DE CREME DE CHOCOLATE
TMF1 X TMF2 TMF2 X TMF 3 - 4 - - 5 - - 5 - - 6 - Indivíduos 10 10 Indivíduos 10 10Média 95.275 77.824 Média 77.824 57.445Desvio Padrão 33.7047 17.9269 Desvio Padrão 17.9269 27.9762Erro Padrão 10.6584 5.669 Erro Padrão 5.669 8.8469Desv. Padrão da Diferença 32.2187 --- Desv. Padrão da Diferença 25.409 --- Erro Padrão da Diferença 10.1884 --- Erro Padrão da Diferença 8.035 --- Média das diferenças 17.451 --- Média das diferenças 20.379 --- (t)= 1.7128 --- (t)= 2.5363 --- Graus de Liberdade 9 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.0604 --- (p) unilateral = 0.0159 --- (p) bilateral = 0.1208 --- (p) bilateral = 0.0318 --- IC (95%) -5.5953 a 40.4973 --- IC (95%) 2.2038 a 38.5542 --- IC (99%) -15.6614 a 50.5634 IC (99%) -5.7348 a 46.4928
TMF1 X TMF 3 - 4 - - 6 - Indivíduos 10 10Média 95.275 57.445Desvio Padrão 33.7047 27.9762Erro Padrão 10.6584 8.8469Desv. Padrão da Diferença 30.3029 --- Erro Padrão da Diferença 9.5826 --- Média das diferenças 37.83 --- (t)= 3.9478 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.0017 --- (p) bilateral = 0.0034 --- IC (95%) 16.1541 a 59.5059 --- IC (99%) 6.6864 a 68.9736
Apêndice
Degan, V.V. 193
Quadro 79– Teste t (duas amostras independentes) - variável MÚSCULO MENTUAL EM SITUAÇÃO DE REPOUSO
REM1 X TMF 1 REM2 X TMF 2 - 1 - - 4 - - 2 - - 5 - Tamanho = 10 10 Tamanho = 10 10Média = 41.496 44.66 Média = 39.34 29.059Variância = 83.5659 181.2489 Variância = 55.4263 51.6003 Desigual Igual Desigual Igual Variância = 26.4815 132.4074 Variância = 10.7027 53.5133t = -0.6148 -0.6148 t = 3.1426 3.1426Graus de liberdade = 15.84 18 Graus de liberdade = 17.98 18p (unilateral) = 0.2739 0.2732 p (unilateral) = 0.003 0.0028p (bilateral) = 0.5479 0.5463 p (bilateral) = 0.0059 0.0056Poder (alfa=0.05) = 0.0851 --- Poder (alfa=0.05) = 0.8815 --- Poder (alfa=0.01) = 0.0094 --- Poder (alfa=0.01) = 0.7131 --- Diferença entre as médias = -3.164 --- Diferença entre as médias = 10.281 --- IC 95% (Dif. entre médias) = -13.9758 a 7.6478 --- IC 95% (Dif. entre médias) = 3.4076 a 17.1544 --- IC 99% (Dif. entre médias) = -17.9742 a 11.6462 --- IC 99% (Dif. entre médias) = 0.8656 a 19.6964 ---
REM3 TMF 3 - 3 - - 6 - Tamanho = 10 10Média = 32.088 31.155Variância = 101.2779 40.6459 Desigual Igual Variância = 14.1924 70.9619t = 0.2477 0.2477Graus de liberdade = 15.22 18p (unilateral) = 0.4039 0.4036p (bilateral) = 0.8078 0.8072Poder (alfa=0.05) = 0.028 --- Poder (alfa=0.01) = 0.0867 --- Diferença entre as médias = 0.933 --- IC 95% (Dif. entre médias) = -6.9821 a 8.8481 --- IC 99% (Dif. entre médias) = -9.9092 a 11.7752 ---
Apêndice
Degan, V.V. 194
Quadro 80– Teste t (duas amostras relacionadas) - variável MÚSCULO MENTUAL EM SITUAÇÃO DE REPOUSO
REM1 X REM 2 REM2 X REM3 - 1 - - 2 - - 2 - - 3 - Indivíduos 10 10 Indivíduos 10 10Média 41.496 39.34 Média 39.34 32.088Desvio Padrão 9.1414 7.4449 Desvio Padrão 7.4449 10.0637Erro Padrão 2.8908 2.3543 Erro Padrão 2.3543 3.1824Desv. Padrão da Diferença 5.5728 --- Desv. Padrão da Diferença 9.6637 --- Erro Padrão da Diferença 1.7623 --- Erro Padrão da Diferença 3.0559 --- Média das diferenças 2.156 --- Média das diferenças 7.252 --- (t)= 1.2234 --- (t)= 2.3731 --- Graus de Liberdade 9 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.1261 --- (p) unilateral = 0.0208 --- (p) bilateral = 0.2522 --- (p) bilateral = 0.0416 --- IC (95%) -1.8303 a 6.1423 --- IC (95%) 0.3395 a 14.1645 --- IC (99%) -3.5714 a 7.8834 IC (99%) -2.6798 a 17.1838
REM1 X REM3 - 1 - - 3 - Indivíduos 10 10Média 41.496 32.088Desvio Padrão 9.1414 10.0637Erro Padrão 2.8908 3.1824Desv. Padrão da Diferença 10.6144 --- Erro Padrão da Diferença 3.3566 --- Média das diferenças 9.408 --- (t)= 2.8029 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.0103 --- (p) bilateral = 0.0206 --- IC (95%) 1.8154 a 17.0006 --- IC (99%) -1.5008 a 20.3168
Apêndice
Degan, V.V. 195
Quadro 81– Teste t (duas amostras relacionadas) - variável MÚSCULO MENTUAL EM SITUAÇÃO DE REPOUSO
TMF1 X TMF2 TMF2 X TMF 3 - 4 - - 5 - - 5 - - 6 - Indivíduos 10 10 Indivíduos 10 10Média 44.66 29.059 Média 29.059 31.155Desvio Padrão 13.4629 7.1833 Desvio Padrão 7.1833 6.3754Erro Padrão 4.2573 2.2716 Erro Padrão 2.2716 2.0161Desv. Padrão da Diferença 13.4635 --- Desv. Padrão da Diferença 6.4348 --- Erro Padrão da Diferença 4.2575 --- Erro Padrão da Diferença 2.0349 --- Média das diferenças 15.601 --- Média das diferenças -2.096 --- (t)= 3.6643 --- (t)= -1.0301 --- Graus de Liberdade 9 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.0026 --- (p) unilateral = 0.1649 --- (p) bilateral = 0.0052 --- (p) bilateral = 0.3298 --- IC (95%) 5.9704 a 25.2316 --- IC (95%) -6.6988 a 2.5068 --- IC (99%) 1.7640 a 29.4380 IC (99%) -8.7093 a 4.5173
TMF1 X TMF 3 - 4 - - 6 - Indivíduos 10 10Média 44.66 31.155Desvio Padrão 13.4629 6.3754Erro Padrão 4.2573 2.0161Desv. Padrão da Diferença 11.4781 --- Erro Padrão da Diferença 3.6297 --- Média das diferenças 13.505 --- (t)= 3.7207 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.0024 --- (p) bilateral = 0.0047 --- IC (95%) 5.2946 a 21.7154 --- IC (99%) 1.7085 a 25.3015
Apêndice
Degan, V.V. 196
Quadro 82– Teste t (duas amostras independentes) - variável MÚSCULO MENTUAL EM SITUAÇÃO DE SUCÇÃO DE
ÁGUA
REM3 X TMF 3 - 3 - - 6 - Tamanho = 10 10 Média = 77.751 59.456 Variância = 801.3936 1491.016 Desigual Igual Variância = 229.2409 1146.205 t = 1.2083 1.2083 Graus de liberdade = 16.51 18 p (unilateral) = 0.1222 0.1212 p (bilateral) = 0.2444 0.2425 Poder (alfa=0.05) = 0.2259 --- Poder (alfa=0.01) = 0.0805 --- Diferença entre as médias = 18.295 --- IC 95% (Dif. entre médias) = -13.5156 a 50.1056 --- IC 99% (Dif. entre médias) = -25.2799 a 61.8699 ---
REM1 X TMF 1 REM2 X TMF 2 - 1 - - 4 - - 2 - - 5 - Tamanho = 10 10 Tamanho = 10 10Média = 89.495 84.628 Média = 83.493 62.676
Variância = 2765.808 401.8305 Variância = 822.1375369.33
8 Desigual Igual Desigual Igual
Variância = 316.7638 1583.819 Variância = 119.1476595.73
78t = 0.2735 0.2735 t = 1.9071 1.9071Graus de liberdade = 11.56 18 Graus de liberdade = 15.73 18p (unilateral) = 0.3948 0.3938 p (unilateral) = 0.0379 0.0363p (bilateral) = 0.7896 0.7876 p (bilateral) = 0.0758 0.0725Poder (alfa=0.05) = 0.0317 --- Poder (alfa=0.05) = 0.4789 --- Poder (alfa=0.01) = 0.0795 --- Poder (alfa=0.01) = 0.2503 --- Diferença entre as médias = 4.867 --- Diferença entre as médias = 20.817 --- IC 95% (Dif. entre médias) = -36.1749 a 45.9089 --- IC 95% (Dif. entre médias) = -2.1164 a 43.7504 --- IC 99% (Dif. entre médias) = -54.8448 a 64.5788 --- IC 99% (Dif. entre médias) = -10.5977 a 52.2317 ---
Apêndice
Degan, V.V. 197
Quadro 83– Teste t (duas amostras relacionadas) - variável MÚSCULO MENTUAL EM SITUAÇÃO DE SUCÇÃO DE
ÁGUA
REM1 X REM 2 REM2 X REM3 - 1 - - 2 - - 2 - - 3 - Indivíduos 10 10 Indivíduos 10 10Média 89.495 83.493 Média 83.493 77.751Desvio Padrão 52.5909 28.6729 Desvio Padrão 28.6729 28.3089Erro Padrão 16.6307 9.0672 Erro Padrão 9.0672 8.9521Desv. Padrão da Diferença 47.0091 --- Desv. Padrão da Diferença 31.1393 --- Erro Padrão da Diferença 14.8656 --- Erro Padrão da Diferença 9.8471 --- Média das diferenças 6.002 --- Média das diferenças 5.742 --- (t)= 0.4038 --- (t)= 0.5831 --- Graus de Liberdade 9 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.3479 --- (p) unilateral = 0.2871 --- (p) bilateral = 0.6958 --- (p) bilateral = 0.5741 --- IC (95%) -27.6240 a 39.6280 --- IC (95%) -16.5322 a 28.0162 --- IC (99%) -42.3112 a 54.3152 IC (99%) -26.2611 a 37.7451
REM1 X REM3 - 1 - - 3 - Indivíduos 10 10Média 89.495 77.751Desvio Padrão 52.5909 28.3089Erro Padrão 16.6307 8.9521Desv. Padrão da Diferença 32.2696 --- Erro Padrão da Diferença 10.2045 --- Média das diferenças 11.744 --- (t)= 1.1509 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.1397 --- (p) bilateral = 0.2794 --- IC (95%) -11.3387 a 34.8267 --- IC (99%) -21.4207 a 44.9087
Apêndice
Degan, V.V. 198
Quadro 83– Teste t (duas amostras relacionadas) - variável MÚSCULO MENTUAL EM SITUAÇÃO DE SUCÇÃO DE
ÁGUA
TMF1 X TMF2 TMF2 X TMF 3 - 4 - - 5 - - 5 - - 6 - Indivíduos 10 10 Indivíduos 10 10Média 84.628 62.676 Média 62.676 59.456Desvio Padrão 20.0457 19.2182 Desvio Padrão 19.2182 38.6137Erro Padrão 6.339 6.0773 Erro Padrão 6.0773 12.2107Desv. Padrão da Diferença 15.0169 --- Desv. Padrão da Diferença 34.7244 --- Erro Padrão da Diferença 4.7488 --- Erro Padrão da Diferença 10.9808 --- Média das diferenças 21.952 --- Média das diferenças 3.22 --- (t)= 4.6227 --- (t)= 0.2932 --- Graus de Liberdade 9 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.0006 --- (p) unilateral = 0.388 --- (p) bilateral = 0.0012 --- (p) bilateral = 0.776 --- IC (95%) 11.2103 a 32.6937 --- IC (95%) -21.6186 a 28.0586 --- IC (99%) 6.5185 a 37.3855 IC (99%) -32.4677 a 38.9077
TMF1 X TMF 3 - 4 - - 6 - Indivíduos 10 10Média 84.628 59.456Desvio Padrão 20.0457 38.6137Erro Padrão 6.339 12.2107Desv. Padrão da Diferença 38.2728 --- Erro Padrão da Diferença 12.1029 --- Média das diferenças 25.172 --- (t)= 2.0798 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.0336 --- (p) bilateral = 0.0672 --- IC (95%) -2.2048 a 52.5488 --- IC (99%) -14.1625 a 64.5065
Apêndice
Degan, V.V. 199
Quadro 84– Teste t (duas amostras independentes) - variável MÚSCULO MENTUAL EM SITUAÇÃO DE SUCÇÃO DE
IOGURTE
REM3 X TMF 3 - 3 - - 6 - Tamanho = 10 10Média = 65.533 58.096Variância = 674.909 788.0265 Desigual Igual Variância = 146.2936 731.4678t = 0.6149 0.6149Graus de liberdade = 17.89 18p (unilateral) = 0.2734 0.2732p (bilateral) = 0.5468 0.5463Poder (alfa=0.05) = 0.0851 --- Poder (alfa=0.01) = 0.0094 --- Diferença entre as médias = 7.437 --- IC 95% (Dif. entre médias) = -17.9750 a 32.8490 --- IC 99% (Dif. entre médias) = -27.3729 a 42.2469 ---
REM1 X TMF 1 REM 2 X TMF 2 - 1 - - 4 - - 2 - - 5 - Tamanho = 10 10 Tamanho = 10 10Média = 99.126 95.449 Média = 81.807 69.05Variância = 1601.588 1580.479 Variância = 590.2609 1018.686 Desigual Igual Desigual Igual Variância = 318.2068 1591.034 Variância = 160.8947 804.4737t = 0.2061 0.2061 t = 1.0057 1.0057Graus de liberdade = 18 18 Graus de liberdade = 16.81 18p (unilateral) = 0.4196 0.4195 p (unilateral) = 0.1647 0.1639p (bilateral) = 0.8391 0.839 p (bilateral) = 0.3295 0.3278Poder (alfa=0.05) = 0.022 --- Poder (alfa=0.05) = 0.1692 --- Poder (alfa=0.01) = 0.0992 --- Poder (alfa=0.01) = 0.048 --- Diferença entre as médias = 3.677 --- Diferença entre as médias = 12.757 ---
IC 95% (Dif. entre médias) = -33.8014 a 41.1554 --- IC 95% (Dif. entre médias) = -13.8930 a 39.4070 ---
IC 99% (Dif. entre médias) = -47.6618 a 55.0158 --- IC 99% (Dif. entre médias) = -23.7488 a 49.2628 ---
Apêndice
Degan, V.V. 200
Quadro 85– Teste t (duas amostras relacionadas) - variável MÚSCULO MENTUAL EM SITUAÇÃO DE SUCÇÃO DE
CREME DE CHOCOLATE
REM1 X TMF 1 REM2 X TMF 2
- 1 - - 4 - - 2 - - 5 -
Tamanho = 10 10 Tamanho = 10 10
Média = 96.652 95.275 Média = 94.683 77.824
Variância = 1173.239 1136.006 Variância = 1724.444 321.373
Desigual Igual Desigual Igual
Variância = 230.9245 1154.622 Variância = 204.5816 1022.908
t = 0.0906 0.0906 t = 1.1787 1.1787
Graus de liberdade = 18 18 Graus de liberdade = 12.24 18
p (unilateral) = 0.4644 0.4644 p (unilateral) = 0.1307 0.1269
p (bilateral) = 0.9289 0.9288 p (bilateral) = 0.2613 0.2538
Poder (alfa=0.05) = 0.0053 --- Poder (alfa=0.05) = 0.217 ---
Poder (alfa=0.01) = 0.1405 --- Poder (alfa=0.01) = 0.0754 ---
Diferença entre as médias = 1.377 --- Diferença entre as médias = 16.859 ---
IC 95% (Dif. entre médias) = -30.5502 a 33.3042 --- IC 95% (Dif. entre médias) = -16.1242 a 49.8422 ---
IC 99% (Dif. entre médias) = -42.3577 a 45.1117 --- IC 99% (Dif. entre médias) = -31.1282 a 64.8462 ---
REM3 TMF 3 - 3 - - 6 - Tamanho = 10 10Média = 85.139 57.445Variância = 911.108 782.669 Desigual Igual Variância = 169.3777 846.8885t = 2.1279 2.1279Graus de liberdade = 17.9 18p (unilateral) = 0.0241 0.0237p (bilateral) = 0.0482 0.0473Poder (alfa=0.05) = 0.5667 --- Poder (alfa=0.01) = 0.3256 --- Diferença entre as médias = 27.694 --- IC 95% (Dif. entre médias) = 0.3505 a 55.0375 --- IC 99% (Dif. entre médias) = -9.7618 a 65.1498 ---
Apêndice
Degan, V.V. 201
Quadro 85– Teste t (duas amostras relacionadas) - variável MÚSCULO MENTUAL EM SITUAÇÃO DE SUCÇÃO DE
CREME DE CHOCOLATE
REM1 X REM 2 REM2 X REM3 - 1 - - 2 - - 2 - - 3 - Indivíduos 10 10 Indivíduos 10 10Média 100.472 87.379 Média 87.379 92.132Desvio Padrão 34.8062 33.0381 Desvio Padrão 33.0381 55.83Erro Padrão 11.0067 10.4476 Erro Padrão 10.4476 17.655Desv. Padrão da Diferença 33.0697 --- Desv. Padrão da Diferença 37.2406 --- Erro Padrão da Diferença 10.4575 --- Erro Padrão da Diferença 11.7765 --- Média das diferenças 13.093 --- Média das diferenças -4.753 --- (t)= 1.252 --- (t)= -0.4036 --- Graus de Liberdade 9 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.121 --- (p) unilateral = 0.348 --- (p) bilateral = 0.2421 --- (p) bilateral = 0.6959 --- IC (95%) -10.5620 a 36.7480 --- IC (95%) -31.3914 a 21.8854 --- IC (99%) -20.8940 a 47.0800 IC (99%) -43.0266 a 33.5206
REM1 X REM3 - 1 - - 3 - Indivíduos 10 10Média 100.472 92.132Desvio Padrão 34.8062 55.83Erro Padrão 11.0067 17.655Desv. Padrão da Diferença 48.1312 --- Erro Padrão da Diferença 15.2204 --- Média das diferenças 8.34 --- (t)= 0.5479 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.2985 --- (p) bilateral = 0.597 --- IC (95%) -26.0886 a 42.7686 --- IC (99%) -41.1264 a 57.8064
Apêndice
Degan, V.V. 202
Quadro 86– Teste t (duas amostras relacionadas) - variável MÚSCULO MENTUAL EM SITUAÇÃO DE SUCÇÃO DE
CREME DE CHOCOLATE
TMF1 X TMF2 TMF2 X TMF 3 - 4 - - 5 - - 5 - - 6 - Indivíduos 10 10 Indivíduos 10 10 Média 102.392 79.159 Média 79.159 61.515 Desvio Padrão 24.9656 34.5996 Desvio Padrão 34.5996 31.4701 Erro Padrão 7.8948 10.9413 Erro Padrão 10.9413 9.9517 Desv. Padrão da Diferença 21.128 --- Desv. Padrão da Diferença 20.5127 --- Erro Padrão da Diferença 6.6813 --- Erro Padrão da Diferença 6.4867 --- Média das diferenças 23.233 --- Média das diferenças 17.644 --- (t)= 3.4773 --- (t)= 2.72 --- Graus de Liberdade 9 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.0035 --- (p) unilateral = 0.0118 --- (p) bilateral = 0.0069 --- (p) bilateral = 0.0236 --- IC (95%) 8.1200 a 38.3460 --- IC (95%) 2.9711 a 32.3169 --- IC (99%) 1.5189 a 44.9471 IC (99%) -3.4377 a 38.7257
TMF1 X TMF 3 - 4 - - 6 - Indivíduos 10 10Média 102.392 61.515Desvio Padrão 24.9656 31.4701Erro Padrão 7.8948 9.9517Desv. Padrão da Diferença 31.2959 --- Erro Padrão da Diferença 9.8966 --- Média das diferenças 40.877 --- (t)= 4.1304 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.0013 --- (p) bilateral = 0.0025 --- IC (95%) 18.4908 a 63.2632 --- IC (99%) 8.7130 a 73.0410
Apêndice
Degan, V.V. 203
Quadro 87– Teste t (duas amostras independentes) – variável 1.NA
REM1 X TMF 1 REM2 X TMF 2 - 1 - - 4 - - 2 - - 5 - Tamanho = 10 10 Tamanho = 10 10Média = 14.05 14.65 Média = 9.2 7.15Variância = 50.9139 40.4472 Variância = 24.8444 16.1139 Desigual Igual Desigual Igual Variância = 9.1361 45.6806 Variância = 4.0958 20.4792t = -0.1985 -0.1985 t = 1.0129 1.0129Graus de liberdade = 17.77 18 Graus de liberdade = 17.22 18p (unilateral) = 0.4225 0.4224 p (unilateral) = 0.1626 0.1622p (bilateral) = 0.845 0.8449 p (bilateral) = 0.3252 0.3245Poder (alfa=0.05) = 0.021 --- Poder (alfa=0.05) = 0.1711 --- Poder (alfa=0.01) = 0.1016 --- Poder (alfa=0.01) = 0.0491 --- Diferença entre as médias = -0.6 --- Diferença entre as médias = 2.05 --- IC 95% (Dif. entre médias) = -6.9505 a 5.7505 --- IC 95% (Dif. entre médias) = -2.2020 a 6.3020 --- IC 99% (Dif. entre médias) = -9.2990 a 8.0990 --- IC 99% (Dif. entre médias) = -3.7745 a 7.8745 ---
REM3 X TMF 3 - 3 - - 6 - Tamanho = 10 10Média = 7.3 6.5Variância = 19.9556 19.5556 Desigual Igual Variância = 3.9511 19.7556t = 0.4025 0.4025Graus de liberdade = 18 18p (unilateral) = 0.3462 0.346p (bilateral) = 0.6924 0.6921Poder (alfa=0.05) = 0.0506 --- Poder (alfa=0.01) = 0.0483 --- Diferença entre as médias = 0.8 --- IC 95% (Dif. entre médias) = -3.3762 a 4.9762 --- IC 99% (Dif. entre médias) = -4.9207 a 6.5207 ---
Apêndice
Degan, V.V. 204
Quadro 87– Teste t (duas amostras relacionadas) – variável 1.NA
REM1 X REM 2 REM2 X REM3 - 1 - - 2 - - 2 - - 3 - Indivíduos 10 10 Indivíduos 10 10 Média 14.05 9.2 Média 9.2 7.3 Desvio Padrão 7.1354 4.9844 Desvio Padrão 4.9844 4.4672 Erro Padrão 2.2564 1.5762 Erro Padrão 1.5762 1.4126 Desv. Padrão da Diferença 5.0993 --- Desv. Padrão da Diferença 5.2747 --- Erro Padrão da Diferença 1.6125 --- Erro Padrão da Diferença 1.668 --- Média das diferenças 4.85 --- Média das diferenças 1.9 --- (t)= 3.0077 --- (t)= 1.1391 --- Graus de Liberdade 9 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.0074 --- (p) unilateral = 0.142 --- (p) bilateral = 0.0147 --- (p) bilateral = 0.284 --- IC (95%) 1.2024 a 8.4976 --- IC (95%) -1.8730 a 5.6730 --- IC (99%) -0.3907 a 10.0907 IC (99%) -3.5210 a 7.3210
REM1 X REM3 - 1 - - 3 - Indivíduos 10 10Média 14.05 7.3Desvio Padrão 7.1354 4.4672Erro Padrão 2.2564 1.4126Desv. Padrão da Diferença 7.488 --- Erro Padrão da Diferença 2.3679 --- Média das diferenças 6.75 --- (t)= 2.8506 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.0095 --- (p) bilateral = 0.019 --- IC (95%) 1.3938 a 12.1062 --- IC (99%) -0.9457 a 14.4457
Apêndice
Degan, V.V. 205
Quadro 88– Teste t (duas amostras relacionadas) – variável 1.NA
TMF1 X TMF2 TMF2 X TMF3 - 4 - - 5 - - 5 - - 6 - Indivíduos 10 10 Indivíduos 10 10 Média 14.65 7.15 Média 7.15 6.5 Desvio Padrão 6.3598 4.0142 Desvio Padrão 4.0142 4.4222 Erro Padrão 2.0111 1.2694 Erro Padrão 1.2694 1.3984 Desv. Padrão da Diferença 5.3333 --- Desv. Padrão da Diferença 1.9586 --- Erro Padrão da Diferença 1.6865 --- Erro Padrão da Diferença 0.6194 --- Média das diferenças 7.5 --- Média das diferenças 0.65 --- (t)= 4.447 --- (t)= 1.0495 --- Graus de Liberdade 9 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.0008 --- (p) unilateral = 0.1606 --- (p) bilateral = 0.0016 --- (p) bilateral = 0.3213 --- IC (95%) 3.6850 a 11.3150 --- IC (95%) -0.7510 a 2.0510 --- IC (99%) 2.0187 a 12.9813 IC (99%) -1.3629 a 2.6629
TMF1 X TMF3 - 4 - - 6 - Indivíduos 10 10Média 14.65 6.5Desvio Padrão 6.3598 4.4222Erro Padrão 2.0111 1.3984Desv. Padrão da Diferença 6.671 --- Erro Padrão da Diferença 2.1096 --- Média das diferenças 8.15 --- (t)= 3.8633 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.0019 --- (p) bilateral = 0.0038 --- IC (95%) 3.3782 a 12.9218 --- IC (99%) 1.2939 a 15.0061
Apêndice
Degan, V.V. 206
Quadro 89– Teste t (duas amostras independentes) – variável ī.1
REM1 X TMF 1 REM 2 X TMF 2 - 1 - - 4 - - 2 - - 5 - Tamanho = 10 10 Tamanho = 10 10Média = 137 134.2 Média = 146.7 149.3Variância = 106 274.9 Variância = 71.7889 262.0111 Desigual Igual Desigual Igual Variância = 38.09 190.45 Variância = 33.38 166.9t = 0.4537 0.4537 t = -0.45 -0.45Graus de liberdade = 15.04 18 Graus de liberdade = 13.59 18p (unilateral) = 0.3283 0.3277 p (unilateral) = 0.3301 0.329p (bilateral) = 0.6565 0.6555 p (bilateral) = 0.6601 0.6581Poder (alfa=0.05) = 0.0584 --- Poder (alfa=0.05) = 0.0578 --- Poder (alfa=0.01) = 0.0378 --- Poder (alfa=0.01) = 0.0385 --- Diferença entre as médias = 2.8 --- Diferença entre as médias = -2.6 --- IC 95% (Dif. entre médias) = -10.1668 a 15.7668 --- IC 95% (Dif. entre médias) = -14.7386 a 9.5386 --- IC 99% (Dif. entre médias) = -14.9622 a 20.5622 --- IC 99% (Dif. entre médias) = -19.2278 a 14.0278 ---
REM3 X TMF 3 - 3 - - 6 - Tamanho = 10 10Média = 149 152.9Variância = 139.1111 202.5444 Desigual Igual Variância = 34.1656 170.8278t = -0.6672 -0.6672Graus de liberdade = 17.4 18p (unilateral) = 0.2568 0.2565p (bilateral) = 0.5136 0.5131Poder (alfa=0.05) = 0.0947 --- Poder (alfa=0.01) = 0.0012 --- Diferença entre as médias = -3.9 --- IC 95% (Dif. entre médias) = -16.1806 a 8.3806 --- IC 99% (Dif. entre médias) = -20.7223 a 12.9223 ---
Apêndice
Degan, V.V. 207
Quadro 90– Teste t (duas amostras relacionadas) – variável ī.1
REM1 X REM 2 REM2 X REM3 - 1 - - 2 - - 2 - - 3 - Indivíduos 10 10 Indivíduos 10 10 Média 137 146.7 Média 146.7 149 Desvio Padrão 10.2956 8.4728 Desvio Padrão 8.4728 11.7945 Erro Padrão 3.2558 2.6793 Erro Padrão 2.6793 3.7298 Desv. Padrão da Diferença 8.2199 --- Desv. Padrão da Diferença 6.0745 --- Erro Padrão da Diferença 2.5994 --- Erro Padrão da Diferença 1.9209 --- Média das diferenças -9.7 --- Média das diferenças -2.3 --- (t)= -3.7317 --- (t)= -1.1973 --- Graus de Liberdade 9 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.0023 --- (p) unilateral = 0.1308 --- (p) bilateral = 0.0047 --- (p) bilateral = 0.2617 --- IC (95%) -15.5797 a -3.8203 --- IC (95%) -6.6452 a 2.0452 --- IC (99%) -18.1479 a -1.2521 IC (99%) -8.5430 a 3.9430
REM1 X REM3 - 1 - - 3 - Indivíduos 10 10Média 137 149Desvio Padrão 10.2956 11.7945Erro Padrão 3.2558 3.7298Desv. Padrão da Diferença 11.7189 --- Erro Padrão da Diferença 3.7059 --- Média das diferenças -12 --- (t)= -3.2381 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.0051 --- (p) bilateral = 0.0102 --- IC (95%) -20.3826 a -3.6174 --- IC (99%) -24.0440 a 0.0440
Apêndice
Degan, V.V. 208
Quadro 90– Teste t (duas amostras relacionadas) – variável ī.1
TMF1 X TMF2 TMF2 X TMF3 - 4 - - 5 - - 5 - - 6 - Indivíduos 10 10 Indivíduos 10 10Média 134.2 149.3 Média 149.3 152.9Desvio Padrão 16.5801 16.1868 Desvio Padrão 16.1868 14.2318Erro Padrão 5.2431 5.1187 Erro Padrão 5.1187 4.5005Desv. Padrão da Diferença 10.9463 --- Desv. Padrão da Diferença 4.4771 --- Erro Padrão da Diferença 3.4615 --- Erro Padrão da Diferença 1.4158 --- Média das diferenças -15.1 --- Média das diferenças -3.6 --- (t)= -4.3622 --- (t)= -2.5428 --- Graus de Liberdade 9 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.0009 --- (p) unilateral = 0.0158 --- (p) bilateral = 0.0018 --- (p) bilateral = 0.0315 --- IC (95%) -22.9300 a -7.2700 --- IC (95%) -6.8025 a -0.3975 --- IC (99%) -26.3500 a -3.8500 IC (99%) -8.2013 a 1.0013
TMF1 X TMF3 - 4 - - 6 - Indivíduos 10 10Média 134.2 152.9Desvio Padrão 16.5801 14.2318Erro Padrão 5.2431 4.5005Desv. Padrão da Diferença 11.2773 --- Erro Padrão da Diferença 3.5662 --- Média das diferenças -18.7 --- (t)= -5.2437 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.0003 --- (p) bilateral = 0.0005 --- IC (95%) -26.7667 a -10.6333 --- IC (99%) -30.2901 a -7.1099
Apêndice
Degan, V.V. 209
Quadro 91– Teste t (duas amostras independentes) – variável 1-NA
REM1 X TMF 1 REM2 X TMF 2 - 1 - - 4 - - 2 - - 5 - Tamanho = 10 10 Tamanho = 10 10Média = 0.85 1.5 Média = -0.65 -1.5Variância = 3.0028 3.8333 Variância = 1.8917 2.2778 Desigual Igual Desigual Igual Variância = 0.6836 3.4181 Variância = 0.4169 2.0847t = -0.7862 -0.7862 t = 1.3164 1.3164Graus de liberdade = 17.74 18 Graus de liberdade = 17.85 18p (unilateral) = 0.2213 0.221 p (unilateral) = 0.1027 0.1022p (bilateral) = 0.4426 0.442 p (bilateral) = 0.2054 0.2045Poder (alfa=0.05) = 0.1182 --- Poder (alfa=0.05) = 0.2598 --- Poder (alfa=0.01) = 0.0163 --- Poder (alfa=0.01) = 0.1002 --- Diferença entre as médias = -0.65 --- Diferença entre as médias = 0.85 --- IC 95% (Dif. entre médias) = -2.3871 a 1.0871 --- IC 95% (Dif. entre médias) = -0.5066 a 2.2066 --- IC 99% (Dif. entre médias) = -3.0296 a 1.7296 --- IC 99% (Dif. entre médias) = -1.0084 a 2.7084 ---
REM3 X TMF 3 - 3 - - 6 - Tamanho = 10 10Média = -1.25 -0.8Variância = 2.625 3.2889 Desigual Igual Variância = 0.5914 2.9569t = -0.5852 -0.5852Graus de liberdade = 17.78 18p (unilateral) = 0.2831 0.2828p (bilateral) = 0.5661 0.5657Poder (alfa=0.05) = 0.0799 --- Poder (alfa=0.01) = 0.0142 --- Diferença entre as médias = -0.45 --- IC 95% (Dif. entre médias) = -2.0657 a 1.1657 --- IC 99% (Dif. entre médias) = -2.6632 a 1.7632 ---
Apêndice
Degan, V.V. 210
Quadro 92– Teste t (duas amostras relacionadas) – variável 1-NA
REM1 X REM 2 REM2 X REM3 - 1 - - 2 - - 2 - - 3 - Indivíduos 10 10 Indivíduos 10 10Média 0.85 -0.65 Média -0.65 -1.25Desvio Padrão 1.7329 1.3754 Desvio Padrão 1.3754 1.6202Erro Padrão 0.548 0.4349 Erro Padrão 0.4349 0.5123Desv. Padrão da Diferença 1.2019 --- Desv. Padrão da Diferença 1.5055 --- Erro Padrão da Diferença 0.3801 --- Erro Padrão da Diferença 0.4761 --- Média das diferenças 1.5 --- Média das diferenças 0.6 --- (t)= 3.9468 --- (t)= 1.2603 --- Graus de Liberdade 9 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.0017 --- (p) unilateral = 0.1196 --- (p) bilateral = 0.0034 --- (p) bilateral = 0.2392 --- IC (95%) 0.6403 a 2.3597 --- IC (95%) -0.4769 a 1.6769 --- IC (99%) 0.2648 a 2.7352 IC (99%) -0.9473 a 2.1473
REM1 X REM3 - 1 - - 3 - Indivíduos 10 10Média 0.85 -1.25Desvio Padrão 1.7329 1.6202Erro Padrão 0.548 0.5123Desv. Padrão da Diferença 1.3081 --- Erro Padrão da Diferença 0.4137 --- Média das diferenças 2.1 --- (t)= 5.0767 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.0003 --- (p) bilateral = 0.0007 --- IC (95%) 1.1643 a 3.0357 --- IC (99%) 0.7556 a 3.4444
Apêndice
Degan, V.V. 211
Quadro 93– Teste t (duas amostras relacionadas) – variável 1-NA
TMF1 X TMF2 TMF2 X TMF3 - 4 - - 5 - - 5 - - 6 - Indivíduos 10 10 Indivíduos 10 10Média 1.5 -1.5 Média -1.5 -0.8Desvio Padrão 1.9579 1.5092 Desvio Padrão 1.5092 1.8135Erro Padrão 0.6191 0.4773 Erro Padrão 0.4773 0.5735Desv. Padrão da Diferença 2.1082 --- Desv. Padrão da Diferença 1.0593 --- Erro Padrão da Diferença 0.6667 --- Erro Padrão da Diferença 0.335 --- Média das diferenças 3 --- Média das diferenças -0.7 --- (t)= 4.5 --- (t)= -2.0896 --- Graus de Liberdade 9 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.0007 --- (p) unilateral = 0.0331 --- (p) bilateral = 0.0015 --- (p) bilateral = 0.0662 --- IC (95%) 1.4920 a 4.5080 --- IC (95%) -1.4578 a 0.0578 --- IC (99%) 0.8333 a 5.1667 IC (99%) -1.7887 a 0.3887
TMF1 X TMF3 - 4 - - 6 - Indivíduos 10 10Média 1.5 -0.8Desvio Padrão 1.9579 1.8135Erro Padrão 0.6191 0.5735Desv. Padrão da Diferença 1.767 --- Erro Padrão da Diferença 0.5588 --- Média das diferenças 2.3 --- (t)= 4.1162 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.0013 --- (p) bilateral = 0.0026 --- IC (95%) 1.0361 a 3.5639 --- IC (99%) 0.4840 a 4.1160
Apêndice
Degan, V.V. 212
Quadro 94– Teste t (duas amostras independentes) – variável TRESPASSE VERTICAL
REM2 X TMF 2 REM 3 X TMF 3 - 1 - - 3 - - 2 - - 4 - Tamanho = 10 10 Tamanho = 10 10Média = -1.05 -1.9 Média = -1.5 -2.85Variância = 0.9139 1.6 Variância = 1.5556 1.3917 Desigual Igual Desigual Igual Variância = 0.2514 1.2569 Variância = 0.2947 1.4736t = 1.6953 1.6953 t = 2.4867 2.4867Graus de liberdade = 16.75 18 Graus de liberdade = 17.94 18p (unilateral) = 0.0546 0.0536 p (unilateral) = 0.0118 0.0114p (bilateral) = 0.1093 0.1072 p (bilateral) = 0.0235 0.0229Poder (alfa=0.05) = 0.3956 --- Poder (alfa=0.05) = 0.7008 --- Poder (alfa=0.01) = 0.1876 --- Poder (alfa=0.01) = 0.4628 --- Diferença entre as médias = 0.85 --- Diferença entre as médias = 1.35 --- IC 95% (Dif. entre médias) = -0.2034 a 1.9034 --- IC 95% (Dif. entre médias) = 0.2094 a 2.4906 --- IC 99% (Dif. entre médias) = -0.5930 a 2.2930 --- IC 99% (Dif. entre médias) = -0.2124 a 2.9124 ---
Quadro 95– Teste t (duas amostras relacionadas) – variável TRESPASSE VERTICAL
REM2 X REM3 TMF2 X TMF3 - 1 - - 2 - - 3 - - 4 - Indivíduos 10 10 Indivíduos 10 10Média -1.05 -1.5 Média -1.9 -2.85Desvio Padrão 0.956 1.2472 Desvio Padrão 1.2649 1.1797Erro Padrão 0.3023 0.3944 Erro Padrão 0.4 0.3731Desv. Padrão da Diferença 0.5986 --- Desv. Padrão da Diferença 0.5503 --- Erro Padrão da Diferença 0.1893 --- Erro Padrão da Diferença 0.174 --- Média das diferenças 0.45 --- Média das diferenças 0.95 --- (t)= 2.3772 --- (t)= 5.4596 --- Graus de Liberdade 9 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.0207 --- (p) unilateral = 0 --- (p) bilateral = 0.0414 --- (p) bilateral = 0 --- IC (95%) 0.0218 a 0.8782 --- IC (95%) 0.5564 a 1.3436 --- IC (99%) -0.1652 a 1.0652 IC (99%) 0.3845 a 1.5155