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i UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA Viviane Veroni Degan Fonoaudióloga INFLUÊNCIA DA ASSOCIAÇÃO DA REMOÇÃO DE HÁBITOS DE SUCÇÃO E TERAPIA MIOFUNCIONAL NAS ALTERAÇÕES MUSCULARES, FUNCIONAIS E OCLUSAIS Tese apresentada à Faculdade de Odontologia de Piracicaba, da Universidade de Campinas, para a obtenção do título de DOUTOR EM ODONTOLOGIA, Área de FISIOLOGIA ORAL. Piracicaba 2003

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UUNNIIVVEERRSSIIDDAADDEE EESSTTAADDUUAALL DDEE CCAAMMPPIINNAASS FFAACCUULLDDAADDEE DDEE OODDOONNTTOOLLOOGGIIAA DDEE PPIIRRAACCIICCAABBAA

Viviane Veroni Degan Fonoaudióloga

INFLUÊNCIA DA ASSOCIAÇÃO DA REMOÇÃO DE

HÁBITOS DE SUCÇÃO E TERAPIA

MIOFUNCIONAL NAS ALTERAÇÕES

MUSCULARES, FUNCIONAIS E OCLUSAIS

Tese apresentada à Faculdade de Odontologia

de Piracicaba, da Universidade de Campinas,

para a obtenção do título de DOUTOR EM

ODONTOLOGIA, Área de FISIOLOGIA

ORAL.

Piracicaba

2003

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iii

UUNNIIVVEERRSSIIDDAADDEE EESSTTAADDUUAALL DDEE CCAAMMPPIINNAASS

FFAACCUULLDDAADDEE DDEE OODDOONNTTOOLLOOGGIIAA DDEE PPIIRRAACCIICCAABBAA

Viviane Veroni Degan

Fonoaudióloga

INFLUÊNCIA DA ASSOCIAÇÃO DA REMOÇÃO

DE HÁBITOS DE SUCÇÃO E TERAPIA

MIOFUNCIONAL NAS ALTERAÇÕES

MUSCULARES, FUNCIONAIS E OCLUSAIS

Tese apresentada à Faculdade de Odontologia de Piracicaba, da Universidade de Campinas, para a obtenção do título de DOUTOR EM ODONTOLOGIA, Área de FISIOLOGIA ORAL.

Orientadora: Profa. Dra. Regina Maria Puppin Rontani F.O.P./ UNICAMP

Banca Examinadora: Profa. Dra. Cláudia Maria de Felício

Prof. Dr. Fausto Bérzin Prof. Dr. João Sarmento Pereira Neto

Profa. Dra. Rita de Cássia Loiola Cordeiro

Piracicaba

2003

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Ficha Catalográf ica

D363i

Degan, Viviane Veroni. Influência da associação da remoção de hábitos de sucção e terapia miofuncional nas alterações musculares, funcionais e oclusais. / Viviane Veroni Degan. -- Piracicaba, SP : [s.n.], 2004. xxxii, 212p. : il. Orientadora : Profa Dra Regina Maria Puppin Rontani. Tese (Doutorado) – Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Odontologia de Piracicaba. 1. Hábitos orais. 2. Odontopediatria. 3.

Oclusão. I. Rontani, Regina Maria Puppin. II.

Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de

Odontologia de Piracicaba. III. Título.

Ficha catalográfica elaborada pela Bibliotecária Marilene Girello CRB/8–6159, da Biblioteca da Faculdade de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP.

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v

DEDICO ESTE TRABALHO

Aos meus pais, EDIVALDO

O. VERONI e FLORISA A. S. VERONI,

pela dedicação e empenho em minha

educação.

Às minhas filhas NATÁLIA e

JULIANA, pela paciência e compreensão.

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LINO RICARDO DEGAN,

pelo apoio, incentivo e colaboração, em todos

estes anos, não só neste trabalho, mas na

minha vida.

Aos meus irmãos, CRISTIANE,

RODRIGO e LUCIANE, pelo carinho

dedicado a mim.

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vii

AGRADECIMENTOS ESPECIAIS

A Profa. Dra. REGINA

MARIA PUPPIN RONTANI, pelo sentido

verdadeiro da palavra orientação, pelo

incentivo, engrandecimento e amizade

dispensados a mim, meu sincero

agradecimento.

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Aos voluntários e suas famílias

pela colaboração e participação, essenciais

para a execução deste trabalho.

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ix

À ROSANA CRISTINA BONI,

pelo início desta linha de pesquisa e pelo

engrandecimento de nossa profissão.

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x

AGRADECIMENTOS

À FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA - Universidade

de Campinas, na pessoa de seu Diretor, Prof. Dr. TALES THALES

ROCHA DE MATTOS FILHO e seu Diretor Associado Prof. Dr. MÁRIO

FERNANDO DE GÓES.

Ao Coordenador dos Cursos de Pós-Graduação da FACULDADE DE

ODONTOLOGIA DE PIRACICABA Prof. Dr. LOURENÇO CORRER

SOBRINHO.

À Coordenadora do Programa de Pós-graduação em Odontologia Profa.

Dra. MARIA CRISTINA VOLPATO.

À Representante da Sub-comissão do Programa de Pós-graduação em

Odontologia, Área de Fisiologia Oral Profa. Dra. MARIA CECÍLIA

FERRAZ DE ARRUDA VEIGA, pela sua dedicação ao curso.

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xi

Aos Professores Profa. Dra. CLÁUDIA HERRERA TAMBELLI e Profa.

Dra. FERNANDA KLEIN do Curso de Pós-graduação em Odontologia,

Área de Fisiologia Oral, da Faculdade de Odontologia de Piracicaba, pelos

ensinamentos e dedicação aos alunos.

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xii

A CARLOS ALBERTO APARECIDO FELICIANO, SHIRLEY ROSANA

SBRAVATTI e MARIA ELISA DOS SANTOS, pela disponibilidade e

atenção durante o curso.

Aos alunos do Curso de Fisiologia Oral, GODOFREDO PIGNATARO

NETO e FRANCO ARSATTI pela amizade e convivência durante estes

anos, em especial à SUZANE JACINTO GONÇALVES pela colaboração

neste estudo.

Ao Departamento de Odontologia Infantil, Área de Odontopediatria e às

professoras Profa. Dra. MARIA BEATRIZ DUARTE GAVIÃO, Prof. Dra.

CECÍLIA GATTI GUIRADO, Profa. Dra. MARINÊS NOBRE DOS

SANTOS, pelo acolhimento e agradável convivência em todos estes anos.

Ao Prof. Dr. AGENOR MONTEBELLO FILHO e Prof. Dr. FRAB

NORBERTO BÔSCOLO, pela colaboração para a realização das

telerradiografias deste trabalho.

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xiii

Aos funcionários do Departamento de Radiologia da FACULDADE DE

ODONTOLOGIA DE PIRACICABA – UNICAMP, em especial a

WALDECK RIBEIRO MOREIRA e ANTONIO CUSTÓDIO CAMARGO,

pela disponibilidade que foram de suma importância para a execução das

telerradiografias deste trabalho.

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xiv

Ao Prof. Dr. JOÃO SARMENTO PEREIRA NETO, do Curso de Pós-

Graduação em Ortodontia da Faculdade de Odontologia de Piracicaba –

UNICAMP, pelos ensinamentos da área de Ortodontia.

À HELOÍSA MARIA CECCOTTI e MARILENE GIRELLO, pela orientação

nas normas desta dissertação.

À ÉRICA PINHO e SÔNIA LORDELLO ARTHUR, pela atenção e

eficiência na secretaria de Pós-graduação.

À Profa. Dra. MARIA HELENA CASTRO ALMEIDA e Profa. Dra. MARIA

BEATRIZ BORGES DE ARAÚJO MAGNANI, que foram as primeiras

pessoas a me receber nesta instituição.

Ao Prf. Dr. RENATO CASTRO DE ALMEIDA pela solicitude meus

agradecimentos.

À fonoaudióloga ROSEMARY AP. LEITE MACIEL ORTIZ, pela sua

colaboração neste trabalho.

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À ROSSANA PIZZINATTO pela correção do inglês.

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Às amigas GISELE CORRER e ÂNGELA CALDO TEIXEIRA pela amizade

durante o curso.

À C.D. NÁDIA LUNARDI e MEIRE A. A. SOUZA mestranda em

ortodontia pelas ilustrações de cefalogramas utilizados neste trabalho.

Ao Departamento de Morfologia – Área de Anatomia. Ao Prof. Dr.

FAUSTO BÉRZIN e às alunas MIRIAN NAGAE, ELIANE RIBEIRO,

CRISTIANE PEDRONI e à JOELMA pelo acolhimento neste

departamento.

Ao ROBERTO ALMADA LEITÃO, PALOMA DE ALMEIDA e MARCELA

CRISTINA DE SOUZA, do Departamento de Odontologia Infantil, que

foram sempre solícitos.

Aos Secretários da Saúde dos anos de 2000 e 2003 IRINEU HUMBERTO

PACKER e LEOPOLDO BELMONT FERNANDEZ pelo consentimento em

selecionar a amostra.

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Á Coordenadora do Programa de Educação e Saúde SUELI APARECIDA

ARAÚJO PEREIRA por tornar viável a seleção da amostra e à auxiliar

administrativa TELMA CRISPI GIULIANO.

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À E.M.E.I. PARQUE ORLANDA, E.M.E.I. JOSÉ FRANCISCO ALVES,

E.M.E.I. VILA CRISTINA, E.M.E.I. BORGHESI, E.M.E.I. BALBO, E.M.E.I.

ELDORADO, E.M.E.I. JARDIM SÃO FRANCISCO, E.M.E.I. SOL

NASCENTE, E.M.E.I. JARDIM PETRÓPOLIS, E.M.E.I. VILA FÁTIMA,

E.M.E.I. BOA ESPERANÇA, E.M.E.I. PICA-PAU AMARELO, C.I. JOSÉ

EDUARDO VOIGHT SAMPAIO e CRECHE SÃO VICENTE DE PAULO

pela colaboração na seleção dos voluntários.

Às agentes escolares de saúde CLÁUDIA REGINA FERREIRA

PARÚSSULO, ROSEMEIRE FURLAN, LILIAN CHRISTOFOLLETTI,

JENNY ROSA DE J. BAPTISTA, ELIZABETH M. C. PACCINI, MARIA

IVONE LOPES, NEUSA MARIA DE GODOI, ROSA CLÁUDIA CORRER

DALLA VILLA, ANA LILI BREBS FETTER DA SILVA, em especial à

VÂNIA HELENA BAGATINI, ADAMARIS A. R. FAUSTINO, MARIA

GERCELY DEANGELI e TIRZA REGINA MORETTI (in memorian).

Às diretoras das E.M.E.I.s MÁRICA APARECIDA P. BRUZANTIN,

FÁTIMA JANDIRA KNETSCH, DEISY CIOVOLINE FERREIRA, CLISY

KARRAJIAN DELGADO BARRICHELLO, ELAINE ANDRÉA GALANI,

ANA MARIA DE S. BELLUCO, MARIA TEREZA I.G. AMARAL, RITA

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xix

APARECIDA FURLAN, SOLANGE ANTONELLI, e MARIA MARTA

JANUÁRIO SILVA.

À amiga e colega de profissão LUCIANA VOI TRAWISTZKI pela

amizade.

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xx

À NELLY MONZONI LANG DEGAN e LINO DEGAN, por estes anos de

convivência, meus agradecimentos.

À LILIAN DEGAN BATISTELLA, MÔNICA DEGAN FUMAGALLI,

CRISTINA DEGAN SOARES, CRISTIANE KUCSKA MASUTTI, MARIA

JOSÉ DO CARMO ALEIXO, ROBERTA GORTAN FINGER e SILVANA

CAMARGO DEGAN pela amizade em todos esses anos.

À ADRIANA PEREIRA GOUVÊA DOS SANTOS, pela ajuda na

organização do nosso cotidiano em todos estes anos.

À FUNDAÇÃO DE AMPARO A PESQUISA (FAPESP), por tornar esta

pesquisa uma realidade.

Aos meus familiares, amigos e a todas aquelas pessoas que, direta ou

indiretamente, colaboraram para a execução desta pesquisa.

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xxi

“Mais inteligente é

aquele que sabe que não

sabe”

SÓCRATES

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xxii

SUMÁRIO

RESUMO ...................................................................................................................... 1

ABSTRACT....................................................................................................................3

CAPÍTULO 01

INTRODUÇÃO....................................................................................................5

CAPÍTULO 02

REVISÃO DA LITERATURA ..........................................................................9

CAPÍTULO 03

PROPOSIÇÃO................. ..................................................................................51

CAPÍTULO 04

MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................53

CAPÍTULO 05

RESULTADOS .................................................................................................77

CAPÍTULO 06

DISCUSSÃO...................................................................................................123

CAPÍTULO 07

CONCLUSÃO ...............................................................................................137

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................139

ANEXOS ......................................................................................................................151

APÊNDICE...................................................................................................................165

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Resumo

Degan, V.V. 1

RESUMO

O objetivo deste estudo foi verificar a influência da terapia miofuncional na

redução da mordida aberta anterior e nas alterações musculares e funcionais do sistema

estomatognático após remoção de hábitos de sucção de chupeta e mamadeira em

crianças de 4 anos a 4 anos e 8 meses de idade. A amostra foi composta por dois grupos

de dez crianças que apresentavam mordida aberta anterior e hábitos de sucção de

chupeta e mamadeira. O grupo denominado REM foi submetido à remoção de hábitos

pelo Método de Esclarecimento modificado, enquanto que o grupo denominado TMF

também teve os hábitos de sucção removidos pelo mesmo método e foi associada a

Terapia Miofuncional. Os resultados foram analisados através de exames clínicos de

estruturas e funções do sistema estomatognático, registros eletromiográficos, análise

cefalométrica e documentação fotográfica da face, da oclusão e do terço médio e inferior

(frente e perfil). Os registros eletromiográficos foram coletados sob a superfície dos

músculos orbicular da boca superior e mentual durante as situações de repouso, sucções

de água, iogurte e creme de chocolate, sendo utilizados valores de RMS. Para o exame

cefalométrico utilizaram-se as grandezas: 1.NA, ī.1, 1-NA e Trespasse Vertical. Todos

os exames foram realizados previamente e aos 60 e 180 dias após a remoção dos hábitos

de sucção. Foram encontradas alterações estatisticamente significativas ao nível de 5%

entre os grupos, para as variáveis: Postura habitual dos lábios em repouso, Resistência

do lábio superior, Resistência do lábio inferior, Resistência da bochecha direita,

Resistência da bochecha esquerda e Posicionamento habitual da língua em repouso, com

o grupo submetido à Terapia Miofuncional apresentando melhores resultados. As

funções de deglutição e respiração também melhoraram significativamente (p<0,05) para

o Grupo TMF comparado ao REM. As avaliações da Resistência linguais e do Mento

não apresentaram diferença significativa (p<0,05) entre os grupos. O músculo orbicular

da boca superior analisado através de eletromiografia de superfície mostrou diminuição

significativa (p<0,05) dos valores de RMS durante a situação de repouso, sucção de água

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Resumo

Degan, V.V. 2

e sucção de creme de chocolate. Para o músculo mentual as alterações significativas

ocorreram durante o repouso e sucção de creme de chocolate, para o grupo submetido à

Terapia Miofuncional. O grupo TMF apresentou diminuição significativa (p<0,05) da

grandeza cefalométrica Trespasse Vertical. Não houve diferença significativa entre os

grupos estudados para as demais grandezas cefalométricas. Os resultados obtidos foram

sempre melhores para o Grupo TMF. Conclui-se que a terapia miofuncional é efetiva na

redução da mordida aberta anterior, nas alterações musculares e foi responsável pela

adequação de estruturas e funções do sistema estomatognático.

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Abstract

Degan, VV.

3

ABSTRACT

The objective of this study was to verify the influence of the dysfunctional

therapy in the reduction of the anterior open bite in the muscles alterations and the

stomatognatic system functions after removal of pacifier and baby bottle sucking habits in four

year-old children. Two groups was involved in this research (REM and MFT) with ten

children that presented anterior open bite and pacifier and baby bottle sucking habits. The

children in the REM group were submitted to the habits removal by the modified Awareness

Method, and MFT group were submitted to the habits removal by the Awareness Method

associated to the Myofunctional Therapy. The results were analyzed using clinical exams of

structures and functions of the stomatognatic system, facial and occlusion photography,

cephalometric and surface electromyography analyses. The electromyographics activities

(RMS) were measured on the superior orbicular oris and mentallis muscle surfaces during rest

position and in the following situations: water, yogurt and chocolate cream suctions. The

measurements used for the cephalometric exam were: 1.NA, 1.1, 1-NA and Anterior Vertical

Overlap. All the exams were accomplished previously and at the 60 and at the 180 days after

the removal of the sucking habits. It was found significant (p<0.05) alterations between the

groups concerning the variables: labial posture in rest, superior and inferior lip resistance,

right and left cheek resistance, tongue posture in rest, in the group that was subject to

Myofunctional Therapy. The tongue resistance and chin evaluation did not show statistically

significant difference between the groups (p<0,05). The MFT group showed statistically

significant better reestablishment of the swallowing and breathing functions (p<0.05). The

electromyographic results in superior orbicular oris muscle showed statistical significantly

alterations during the rest situation, water suction and chocolate cream suction. The mentallis

muscle showed statistical significantly alterations during rest situation and chocolate cream

suction in the group that was submitted to Myofunctional Therapy. The MFT group presented

significant decrease of the anterior vertical overlap. There was not statistical significantly

difference between the studied groups for the other cephalometric measurements. The

obtained results always were better for the MFT group. It is concluded that the myofunctional

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Abstract

Degan, VV.

4

therapy was effective in the reduction of the anterior open bite, in muscles improve and it was

responsible for the functional adaptation of the stomatognatic system.

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Introdução

Degan, V.V.

5

1-INTRODUÇÃO

Hábitos de sucção podem causar alterações no sistema estomatognático

decorrentes do de desequilíbrio das forças, que naturalmente atuam na cavidade bucal

(Black et al., 1990), podendo promover alterações na oclusão (Proffit, 1978; Black et

al., 1990; Moyers, 1991, Moresca & Feres, 1992 e Schwartz & Schwartz, 1992) e estas

podem vir acompanhadas de desordens miofuncionais (Zadik, 1977; Benkert, 1997 e

Felício, 1999).

O hábito de sucção é considerado uma das potenciais etiologias de má

oclusão, dentre elas a mordida aberta anterior (Proffit, 1978; Black et al., 1990; Moyers,

1991; Moresca & Feres, 1992 e Schwartz & Schwartz, 1992).

Dentre as características encontradas em crianças portadoras hábito de

sucção de chupeta estão: a mordida aberta anterior, o hipodesenvolvimento de

mandíbula, a protusão dos incisivos superiores, o palato ogival, alteração muscular

lingual e labial com hipofunção da resistência da musculatura labial, incompetência

labial, língua com posicionamento rebaixado, protusa e com maior mobilidade dorsal.

Essas características levam a alterações de funções, como a deglutição, onde a língua é

projetada a fim de promover o selamento anterior (Black et al.,1990).

Durante o aleitamento artificial com mamadeira, principalmente utilizando-se

bicos comuns, a musculatura facial torna-se imobilizada e a língua mal posicionada,

podendo determinar desenvolvimento dentofacial e funcional alterados (O’Brein et al.,

1996).

Há na literatura relatos de uso de diferentes métodos de remoção de hábitos

de sucção, desde aqueles que atuam bloqueando o uso da chupeta ou mamadeira, como

aqueles que utilizam o esclarecimento quanto aos transtornos causados pelo hábito ao

crescimento e ao desenvolvimento crânio-facial. Boni et al. (1997), utilizaram com

sucesso o “Método de Esclarecimento”, sendo posteriormente referendado por Degan et

al, 2001. O método consistiu de entrevista inicial, informações aos pais referentes aos

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Introdução

Degan, V.V.

6

transtornos causados pelos hábitos de sucção e orientações para que os hábitos fossem

removidos. Num segundo momento a criança também é orientada e estabelece-se a

utilização de reforço positivo.

Uma vez eliminado os referidos hábitos, pode ocorrer a correção espontânea

da mordida aberta anterior (Massler, 1963; Kim, 1987; Moyers, 1991 e Boni et al.,

1997). A autocorreção tem sido atribuída à retroclinação dos incisivos superiores devido

à pressão dos lábios e bochechas sobre os arcos dentais (Massler, 1963; Larsson,1978 e

Proffit & Fields Jr.,1993 b), desde que as funções estejam adequadas.

Tem sido demonstrado o papel relevante da musculatura sobre a forma,

estrutura e função do sistema estomatognático. O sistema de forças atuantes produzidas

pela musculatura pode interferir no desenvolvimento da face, formando-a corretamente

ou deformando-a (Köhler et al., 1995).

Os lábios, as bochechas e a língua são responsáveis pelo efeito de equilíbrio

na dentição, sendo a posição dos dentes afetada pela pressão destes tecidos moles

(Watson, 1981; Massler, 1983; Proffit & Fields Jr.; 1993 b e Josell, 1995).

Estudos relataram que crianças que abandonaram o hábito de sucção na faixa

etária de quatro a seis anos, apresentaram correção espontânea da mordida aberta

anterior (Lubit & Lubit,1948; Kim, 1987; Black et al., 1990; Moyers,1991; Proffit &

Fields Jr. (b), 1993; Boni et al.,1997, e Degan et al., 2001).

Entretanto, como demonstrado por Degan (1999) nem todas as crianças que

têm o hábito removido são sujeitas a autocorreção, talvez necessitando de outras

intervenções como o restabelecimento de estruturas e funções do sistema

estomatognático. O restabelecimento destas funções depende do reequilíbrio das forças

que atuam na cavidade bucal, que podem promover a autocorreção da mordida aberta

anterior.

Como forma de devolver a estabilidade morfo-funcional às estruturas bucais,

a Terapia Miofuncional é considerada um método de tratamento que pode eliminar

hábitos nocivos da região orofacial, provocar mudanças nos padrões funcionais,

prevenindo desvios no desenvolvimento (Hahn & Hahn, 1991), pois promove nova

postura de estruturas em repouso e durante funções do sistema estomatognático (Hanson,

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Introdução

Degan, V.V.

7

1978). A oclusão pode melhorar como resultado da Terapia Miofuncional, podendo

haver diminuição da mordida aberta anterior e da sobressaliência (Benkert, 1997).

Com esse propósito a intervenção precoce da disfunção da musculatura

orofacial promovida pela remoção de hábitos de sucção associada à Terapia

Miofuncional poderia aumentar o potencial do crescimento e desenvolvimento

craniofacial normais.

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Introdução

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2-REVISÃO DA LITERATURA

No ano de 1943, Johnson, afirmou que hábitos de sucção são fatores

etiológicos importantes de má-oclusão e que funções normais dos músculos são também

necessárias para balancear e manter uma correta oclusão. Salientou que hábitos de

sucção poderiam resultar em mordida aberta anterior.

Lubit & Lubit, em 1948, afirmaram que o ato de sucção estaria diretamente

relacionado com a sensação de prazer e não de fome, levando-se em conta que bebês

sugavam objetos como roupas e dedos, mesmo após serem alimentados. E, se o hábito

de sucção fosse eliminado até os 5 anos de idade, as deformidades causadas por ele

poderiam ser corrigidas com o crescimento, havendo assim uma correção espontânea.

Após essa idade, a má-oclusão instalada poderia causar outros hábitos anormais, como

os de sucção de lábios, língua e respiração bucal, que poderiam persistir, mesmo após a

retirada do hábito de sucção, o que acentuaria a má-oclusão.

Graber, em 1958 salientou a necessidade de se dar maior importância à

pressão constante exercida pela posição do tecido mole, que seria um fator determinante

na posição dos dentes.

Em 1963, Massler, descreveu que o fato de interromper a amamentação

precocemente conduz a criança à utilização da mamadeira, e se esta for utilizada de

forma prolongada, durante o período de irrompimento dos dentes, poderia deslocá-los.

Mas este fato seria apenas temporário, já que poderia ser corrigido pela ação da

musculatura dos lábios e língua depois de sua interrupção.

Subtelny & Sakuda, em relato de 1964, consideraram mordida aberta

anterior a abertura na dimensão vertical, presente entre a borda incisal dos dentes

anteriores maxilares e mandibulares. Os autores afirmaram que muitas são as causas que

podem resultar em mordida aberta anterior como: hábitos de sucção digital, alteração

dos tecidos linfáticos da orofaringe, da nasofaringe e da atividade fisiológica anormal da

língua. Relatam também que quando a mordida aberta anterior sofre autocorreção

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promovida pela remoção de hábitos de sucção digital em crianças pequenas, há uma

readaptação da função da língua durante a deglutição frente à nova relação entre os

dentes anteriores. Enfatizou que a mordida aberta anterior é mais comum na criança que

no adulto e este fato pode ser explicado pela prevalência de hábitos de sucção nesta

idade, pelo crescimento de tecidos linfáticos e inadequado crescimento das arcadas.

West afirmou em 1969, ser de grande importância o tratamento de má-

oclusões na dentição decídua, oferecendo melhores condições para o restabelecimento

normal, pois má-oclusões observadas na dentição decídua são uma versão em miniatura

do que o indivíduo poderá encontrar no dentição mista e permanente se não forem

tratadas. Afirmou também que hábitos bucais nocivos produzem seqüelas que, às vezes,

são de difícil controle. A mordida aberta anterior provocada por hábito de sucção, vai

depender da intensidade, duração e freqüência deste, mas sua etiologia é multifatorial.

Sugeriu também que tratamento para a remoção dos hábitos de sucção deveria ocorrer

após os 4 anos de idade.

Subtelny, em 1970, publicou artigo a respeito de má-oclusão, correções

ortodônticas e adaptação da musculatura orofacial. Realizaram estudo para determinar

padrões de movimentos de estruturas orofaciais através de cinerradiografia em amostra

composta por um grupo com oclusão normal e 3 grupos com diferentes tipos de má-

oclusão (classe II de Angle, mordida aberta anterior e classe III de Angle). Relatou que

em indivíduos com mordida aberta anterior dificilmente o selamento labial estaria

presente devido à abertura vertical anormal entre os dentes incisivos.

Em 1972, Gershater estudou a má-oclusão mordida aberta anterior em

crianças com retardo mental e crianças emocionalmente perturbadas, de duas diferentes

instituições. Ênfase maior foi dada à instituição para crianças mentalmente retardadas,

pela alta incidência de mordida aberta anterior. O autor concluiu que esta alta incidência

seria atribuída principalmente a seus padrões neuromusculares alterados e hábitos bucais

perniciosos. Também relatou que padrões congênitos herdados possuem uma decisiva

influência sobre crescimento e desenvolvimento das estruturas orofaciais, mas os fatores

ambientais adversos poderiam exacerbar a mordida aberta anterior e fatores etiológicos

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ambientais deveriam ser eliminados ou neutralizados antes da utilização da Terapia

Miofuncional ou dispositivos mecânicos.

Larsson, em 1972, realizou estudo de remoção do hábito de sucção digital,

em 76 crianças com idade de nove anos, utilizando três métodos diferentes. O grupo de

tratamento foi chamado de grupo de reforço positivo, em que as crianças eram

encorajadas a não sugar o dedo. No grupo denominado reforço negativo, as crianças e

seus pais foram informados sobre as conseqüências do hábito de sucção prolongado e os

riscos de seus efeitos foram enfatizados. Os pais também foram orientados a prestar

atenção na ocorrência do hábito. Modelos dos dentes das crianças foram enviados para

casa com eles. No terceiro grupo, um dispositivo palatal foi cimentado nos primeiros

molares da maxila, o qual se estendia por trás dos incisivos maxilares e não prejudicava

a oclusão. Um quarto grupo foi selecionado para funcionar como grupo controle, em que

as crianças eram examinadas e testadas como nos outros grupos, porém, nenhum

tratamento era realizado. As crianças foram reavaliadas após dois meses e meio, oito

meses e um ano após a primeira avaliação. Não foram encontradas diferenças

significativas entre os métodos de tratamento. Nenhuma conseqüência negativa dos

vários tipos de tratamento realizados foi encontrada durante exames realizados por dois

psicólogos infantis.

Também em 1972 Larsson, fez uma comparação entre crianças com hábito

de sucção digital e hábito de sucção de chupeta, todas com mais de 4 anos de idade.

Dados indicaram efeito pouco significativo no crescimento facial e na oclusão dos

sugadores de chupeta que deixaram o hábito antes dos três anos de idade e alteração

mais pronunciada em crianças que sugaram chupeta até os 4 anos ou mais,

principalmente em relação ao grau de inclinação dos incisivos. Os dois grupos foram

avaliados cefalometricamente. Relatou encontrar nove diferenças significativas entre os

sugadores de dedo e o grupo controle, tanto em meninos quanto em meninas, aumento

do arco dentário maxilar, aumento da sobressaliência, da sobremordida e aumento da

distância perpendicular da ponta do incisivo maxilar à linha násio a gnáthion em

sugadores de dedo. No grupo composto por crianças que usavam chupeta, encontrou-se

alterações menores que nos sugadores de dedo, porém maiores que no grupo controle.

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As crianças que abandonaram o hábito de sucção de chupeta antes dos 3 anos de idade

apresentaram alterações extremamente leves na oclusão. As que apresentavam hábitos

de sucção de chupeta até 4 anos tiveram efeito maior na oclusão e no crescimento facial.

O autor acrescentou que as alterações dentárias que poderiam ser alarmantes em crianças

pequenas mostraram tendência satisfatória de autocorreção quando os hábitos eram

interrompidos.

Em publicação sobre hábitos bucais, do ano de 1973, Subtelny & Subtelny

publicaram revisão de literatura para integrar e interpretar estudos clínicos sobre

deglutição. Relatam que o efeito do crescimento e desenvolvimento, remoção de hábito

de sucção de dedo, terapia miofuncional, correção mecânica e cirúrgica têm sido

relatadas para correção de má-oclusão e modificação da atividade da musculatura

orofacial durante a deglutição. Sugere que coincidentemente com o crescimento dos

maxilares, a influência da língua diminui enquanto a influência dos lábios aumenta.

Em 1975, Gustafson & Ahlgren, realizaram estudo eletromiográfico e

cefalométrico para analisar atividade dos músculos orbiculares e mentual em indivíduos

com lábios incompetentes e correlacionar esta atividade com a anatomia dentofacial.

Analisaram um grupo de 10 crianças com incompetência labial e alterações no mento

durante o selamento labial e um grupo também com 10 crianças apresentando lábios

competentes e sem qualquer sinal de tensão no mento. Utilizaram eletrodos nos

músculos orbicular da boca superior, mentual, masseter direito e masseter esquerdo.

Dados foram coletados durante o repouso labial, lábios fechados, deglutição e

mastigação. Foram usadas telerradiografias em norma lateral da cabeça para obtenção de

traçado cefalométrico. Concluíram que o mais provável seria encontrar incompetência e

aumento da atividade da musculatura perioral em indivíduos que apresentavam maior

altura facial e/ou discrepância antero-posterior entre os maxilares. Assim sendo, o

objetivo do tratamento de casos com lábios incompetentes deveria ser influenciar no

crescimento vertical e horizontal dos maxilares, especialmente mandibular. Relata

também na revisão da literatura que a pressão dos lábios em repouso é mais importante

para determinar a posição dos dentes que a atividade funcional dos lábios durante a

deglutição e mastigação ( Lear & Moorrees, 1964)

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Zadik et al., em 1977, estudaram a prevalência de hábitos de sucção de

polegar e chupeta, em crianças da zona urbana e rural. Foram analisadas 303 crianças,

com idade de até sete anos, divididas em um grupo urbano e dois grupos do campo. Os

autores verificaram que 95% das crianças da zona urbana apresentavam hábitos de

sucção, enquanto que nos dois grupos rurais as taxas eram de 89% e 69%. No grupo em

que a chupeta foi removida, mais crianças sugaram o dedo. Não encontraram diferenças

entre os sexos e entre amamentação natural e os hábitos. Entretanto verificou-se alta

prevalência de hábitos entre filhos únicos. Concluíram também que sendo a sucção

digital mais prejudicial que a chupeta, esta seria recomendada como prevenção da

sucção de dedo. Afirmaram que hábitos de sucção podem causar má-oclusões como

mordida aberta anterior, mordida cruzada, sobressaliência, sobremordida, disatemas,

retrusão da posição mandibular, alterações na articulação temporomandibular e

modificações nas posturas de língua e lábios. A extensão das alterações vai depender da

duração, freqüência e intensidade de ocorrência do hábito. As alterações na oclusão

podem ser corrigidas espontaneamente, se os hábitos forem removidos até os 4 anos de

idade.

Também em 1977, Essenfelder & Vitti realizaram estudo para verificar a

participação dos músculos orbiculares da boca superior e inferior em indivíduos com

oclusão normal, tendo em vista o grau de relacionamento existente entre estes músculos

e os dentes incisivos, justamente aqueles que estão mais sujeitos a alterações de posições

provocando grande comprometimento funcional e estético ao paciente. Realizaram

análise eletromiográfica mediante 19 movimentos. Afirmaram que as regiões laterais e

mediais dos músculos orbicular da boca superior inferior poderiam funcionar como

órgãos independentes entre si, apesar de fazerem parte de um mesmo movimento.

Em publicação de 1978, Larsson comparou o desenvolvimento oclusal em

pacientes com 16 anos de idade divididos em três grupos: o grupo controle, o grupo de

pessoas que tinham hábito de sucção digital e o grupo que apresentava sucção de

chupeta. A comparação foi feita através de cefalometria em norma lateral da cabeça. O

resultado mostrou que, nos sugadores de dedo, a base da maxila estava anteriormente

deslocada e o lábio superior mais anteriorizado. O contorno do tecido mole era mais

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convexo. A mordida aberta anterior foi fechada, combinada com retroclinação dos

incisivos maxilares. Nos sugadores de chupeta pareceu haver rotação anterior do plano

nasal e mandibular. Também foi visto, aumento na altura facial anterior e no grau de

prognatismo em comparação com o grupo controle. O autor sugeriu na discussão desse

estudo que, quando o hábito de sucção de chupeta cessa, o processo alveolar cresce e os

incisivos poderiam se contactar corretamente, havendo correção espontânea. A

retroclinação dos incisivos superiores se dá devido à pressão dos lábios.

Vann Jr. realizaram estudo no ano de 1978 em amostra de 32 crianças

caucasianas de 4,5 anos de idade (± 6 meses) apresentando oclusão normal utilizando

telerradiografias em norma lateral da cabeça e posteriormente confeccionou traçado

cefalométrico. Encontraram valores de SNA=82,9; SNB=78,1; SNPg=77,4; ANB=49;

FNA=97,6; FNPg=85,5; IMPA=85,2, FMIA=65,9; UI-SN=92,4; UI-F=97,6; ī.1=148,4;

M=67,5; Yaxis=18,8; SN-MP=35,3 e FMA=29,2. Relatou que Bordbent realizou estudo

similar e encontro valores de ī.1=152,2 e IMPA=85,5. Afirmaram que o ângulo ī.1 é

muito maior em crianças (148,4°) que adultos (130°) indicando pouca inclinação dos

incisivos centrais decíduos.

Proffit afirmou em 1978, que a posição vertical dos dentes certamente

poderia ser influenciada por fatores ambientais e que houve clara evidência que hábitos

de sucção em crianças tem extrema correlação com mordida aberta anterior. Poderia

haver movimentação dentária por uma força de poucas gramas se a força se mantivesse

continuamente e a duração da força seria a variável de maior magnitude.

Também no ano de 1978, Hanson publicou artigo sobre Terapia

Miofuncional que tem como objetivo a eliminação de todas as pressões anormais de

lábios e língua contra os dentes que abrange a posição de repouso destes órgãos,

automatização de deglutição de alimentos, líquidos e saliva, fala e remoção de hábitos

como morder o lábio inferior, sucção digital, bruxismo e sucção de língua. O tratamento

não poderiam ser considerado com sucesso até todos os aspectos do problema terem sido

corrigidos ao plano subconsciente. O tratamento deve ser breve com a realização de

aproximadamente nove sessões e outras subseqüentes espaçadas, que só deveriam ser

realizadas após minuciosa avaliação ortodôntica e miofuncional, sendo a colaboração

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dos familiares indispensável para o sucesso do tratamento. Alguns riscos para o

tratamento incluiriam pacientes com posicionamento distante da oclusão normal, atitude

negativa, existência de hábitos deletérios, desordens mentais e psicológicas e pacientes

não colaboradores. Também afirmou que a Terapia Miofuncional poderia ser realizada

em crianças a partir de 4 ou 5 anos, pois antes desta idade elas não estariam prontas para

aceitar a responsabilidade de cumprir tarefas.

Ainda em 1978 De Luca fez considerações sobre eletromiografia de

superfície e afirmaram que os valores de RMS (raiz quadrada da média) forneceram

mais informações que outros parâmetros e, portanto este deveria ser mais utilizado.

No ano de 1979, Sales & Vitti realizaram estudo eletromiográfico nos

músculos orbiculares da boca em indivíduos portadores de má-oclusão classe I antes e

depois de serem submetidos a tratamento ortodôntico. Concluíram que a atividade dos

músculos orbicular da boca superior e inferior para a região lateral e medial diminui

após o alinhamento dos dentes incisivos centrais superiores e inferiores, durante o

repouso e durante os demais movimentos estudados (contato dos lábios, mastigação

molar direita e esquerda, mastigação incisiva, pressão dos lábios contra os dentes,

abertura máxima da boca, deglutição de saliva e água e articulação dos fonemas /f/

(“efe”) e /�/ (“jota”), com os resultados se aproximando a casos de oclusão normal.

Concluíram também que os músculos orbicular da boca superior e inferior funcionaram

independentemente durante os movimentos estudados.

Pierce, em 1979 descreveu em seu artigo quatro estágios da deglutição: o

estágio recém-nascido, o estágio primário de projeção lingual, o estágio transacional de

projeção lingual e o estágio maduro. Afirma que sendo terapeuta miofuncional, não trata

alteração de deglutição em crianças pequenas porque a esta função não está totalmente

desenvolvida. Sugere que se use a técnica do “espere e veja”, onde a criança é reavaliada

em períodos. Enquanto não ocorrer alterações nos dentes e na fala a deglutição não é

tratada. A decisão de indicar a realização de terapia ao pacientes deve ser tomada após

avaliação minuciosa do caso e baseie as decisões devem ser baseadas nos fatos e não na

idade.

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Para investigar a presença de hábitos de sucção e má-oclusão, Svedmyr em

1979 examinou 226 meninos e 236 meninas, de 1 a 10 anos. Dessas, 62% apresentaram

hábitos de sucção de chupeta, sendo que 60% delas possuíam má-oclusão do tipo

mordida aberta anterior, e 16% apresentavam mordida cruzada. A mordida aberta

anterior era menos comum entre crianças que tinham abandonado o hábito, enquanto que

a mordida cruzada se mantinha após a eliminação deste.

Vig & Cohen, no ano de 1979 realizaram estudo para investigar alterações

de crescimento relativas e absolutas na morfologia labial e comparar com o crescimento

da altura facial inferior. Foram feitas 50 telerradiografias em indivíduos de 3 a 20 anos

de idade. O traçado cefalométrico das radiografias permitiu a análise de cinco variáveis:

a) altura facial, b) altura do lábio inferior, c) separação dos lábios, d) distância entre o

topo do lábio inferior e a borda dos incisivos superiores, e) altura da face anterior e

inferior sob orientação de oclusão dos dentes e nenhuma orientação quanto a

posicionamento do tecido mole, assumindo uma postura habitual. O lábio inferior

mostrou ter crescido significativamente mais do que o lábio inferior. O prognóstico para

tratamento seria melhor em pacientes jovens que apresentassem separação labial do que

em pacientes mais velhos. Isso acontece porque há um crescimento dos lábios entre nove

e onze anos.

Howland em 1979 relatou a importância da Terapia Miofuncional e afirmou

que a postura lingual é o segmento mais importante da terapia. Todos os exercícios e

atividades estão centrados na boa postura lingual. O paciente deve-se manter consciente

da posição da língua o máximo de tempo possível. Se houver presença de hábitos de

sucção digital, este deverá ser eliminado previamente à Terapia Miofuncional.

Alterações respiratórias também deveriam ser corrigidas. A motivação também seria

importante para o sucesso da terapia.

Também em 1979, Hanson afirmou que desordens miofuncionais devem ser

tratadas usando a individualidade do paciente. Relata que para a interposição lingual,

cada um dos componentes contribui para um problema total e deve ser tratada com

terapia, que consiste de um ou todos os seguintes aspectos: postura de repouso lingual,

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fala, mastigação e deglutição, tanto deglutição de alimentos consistentes como saliva e

líquidos.

Ainda em 1979, Moore realizou estudo sobre o reforço inadvertido (sem

querer) de comportamento durante a Terapia Miofuncional. Concluiu que a atenção,

como contato de olho, toque, reforço verbal, da terapeuta podem funcionar como um

potente reforço positivo que aumenta significativamente algum comportamento que seria

desejado. Afirmou também que a Terapia Miofuncional é altamente dependente do nível

de motivação do paciente, principalmente porque este é tratado o mais precocemente

possível e isto significaria tratar crianças pequenas tanto em grupo como

individualmente.

Warwick & Willians atribuíram em 1979 ao músculo mentual a função de

elevar e fazer protusão do lábio inferior, e ao mesmo tempo enrugar a pele do mento,

quando se bebe ou durante a mímica facial, como na expressão de dúvida ao desdém.

Mc Carthy relatou em 1980, que quando ocorresse modificações na relação

anterior dos dentes esta afetaria a posição lingual, e quando respiração bucal fosse

corrigida, acarretaria mudanças posturais como as craniocervicais e na orientação

mandíbula-hióide. Afirmaram que em todos os casos tratados houve mudanças nas

relações posturais resultando em reposicionamento da mandíbula e hióide que tendem a

neutralizar os efeitos do crescimento.

Em 1981, Watson relatou que qualquer deformidade dentofacial, tal como

mordida aberta anterior, resulta de uma interação entre fatores genéticos e ambientais.

Afirmou que a má-oclusão é uma anomalia morfológica e funcional complexa, de

etiologia multifatorial. Relacionou causas de mordida aberta anterior como a deficiência

no crescimento vertical ou distúrbio no irrompimento dos dentes e crescimento alveolar

(dentes anquilosados); crescimento de tecido mole desproporcional, função muscular

anormal com interferência mecânica do irrompimento e crescimento alveolar (hábito de

sucção de dedo ou postura alterada de língua); mordida aberta esquelética como a

encontrada em micrognatia ou hipertrofia mandibular. Relatou também quatro fatores no

equilíbrio dentário que são forças intrínsecas de língua e de lábios; fatores extrínsecos

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como os hábitos (sucção de dedo) e aparelhos ortodônticos; força de oclusão dentária e

forças de irrompimento.

Oliveira Júnior, em 1981, relatou que as alterações na oclusão, provocadas

por hábitos de sucção, estariam relacionadas com a intensidade da sucção, força aplicada

durante esta, tempo gasto (duração), número de vezes que seria feita por dia

(freqüência). Relatou também que sucção realizada entre 4 a 6 horas por dia, poderia

provocar movimentação dentária em grau que varia com a intensidade desta. O biotipo

facial também teria influência na relação: alteração de oclusão e hábito de sucção.

Em 1982 Ingervall & Eliasson, realizaram estudo sobre o efeito do

treinamento labial em 15 crianças com lábios incompetentes, que foram comparadas

com um grupo controle composto por 10 crianças que também apresentavam

incompetência labial e não receberam o treinamento. A função labial foi avaliada

eletromiograficamente durante a atividade dos lábios em repouso, deglutição e

mastigação. A morfologia da dentição e dos ossos da face foram estudados através de

modelos em gesso e telerradiografia em norma lateral da cabeça. O treinamento labial

foi realizado durante um ano no grupo de teste e depois se comparou com o grupo

controle. O treinamento labial influenciou a morfologia dos lábios aumentando a altura

de ambos e diminuindo a distância entre eles. No grupo controle a distância interlabial

aumentou no período estudado. Os benefícios do efeito do treinamento da função e

morfologia dos lábios não mostraram modificação da posição dos dentes durante o

período de um ano de estudo.

Morban Laucer, em 1982, observou prevalência menor de hábito de sucção

em crianças do campo ou sociedades primitivas, comparadas com crianças que vivem

em centros urbanos, possivelmente devido a sua forma de vida, na qual os estados

psicológicos como insegurança, frustração, angústia e traumas aparecem com menor

freqüência. Também afirmou que em estudos de paleontologia, não encontrou anomalias

que sugerissem presença de hábitos bucais como mordida aberta anterior, palato

atrésico. Considerou como patológico hábitos de sucção presentes após 4 anos de idade.

Afirmou que hábitos de sucção eliminados até os seis anos determinam efeitos apenas

temporários na oclusão.

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Também em 1982 Ashmead fez questionamentos a dez ortodontistas sobre

associação de Terapia Miofuncional em seus tratamentos. Todos os relatos diferiam

entre si, mostrando não haver um consenso sobre o assunto. Afirmou que Terapia

Miofuncional é essencial não só para encurtar o tempo de tratamento ortodôntico, mas

também para assegurar o resultado do tratamento depois da remoção do aparelho.

Massler em 1983 afirmou que o homem revela seus sentimentos internos

através da sua face e ao redor de sua boca. Ações repetitivas podem se tornar hábitos. Os

hábitos bucais surgem de necessidades psicológicas, e podem ser transferidos quando a

criança amadurece, passando de sucção de mamilo para sucção de dedo, para mascar

chicletes e para fumar. Hábitos bucais podem ou não alterar a posição dentária e a

oclusão. O autor relatou ainda haver um conteúdo emocional durante a sucção. É

suposto que a criança sugue o polegar devido ao tempo insuficiente que mama. Isso é

verificado quando a criança continua sugando, mas afasta o mamilo assim que o leite

começa a sair. A utilização da mamadeira, durante o período de irrompimento dos dentes

pode deslocá-los. Mas este fato é apenas temporário, podendo ser corrigido pela ação

dos lábios e músculos da língua, depois que a sucção da mamadeira for interrompida.

Harden & Rydell ainda em 1983, concluíram que posturas de repouso labial

afetam o irrompimento dos dentes e contribuem para má-oclusão. Fazem referência a

Barret que sugere que o terapeuta use de habilidades para criar uma atmosfera de

cooperação entre paciente, pais e outros profissionais. Relataram estudos em pacientes

que receberam Terapia Miofuncional e grupo que não foi submetido à terapia.

Concluiram que a maioria dos indivíduos que foi submetido à Terapia Miofuncional

baseada em Barret tiveram sucesso em manter deglutição correta, principalmente na

deglutição de saliva. O fator mais significativo na manutenção da correta deglutição

seria a postura de repouso habitual de lábios e língua do indivíduo.

Ainda neste mesmo ano de 1983, Campos afirmou que, condutas

indesejáveis poderiam ser mantidas quando recebem reforço do ambiente. Técnicas de

modificação de comportamento são eficientes, quando são programadas

individualmente, obedecendo a suas particularidades. As técnicas para mudança de

comportamento são baseadas nas teorias de condicionamento, em que reforço positivo

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seria qualquer elemento que, quando apresentado, aumentasse a freqüência de

comportamento. Poderia ser, por exemplo, a utilização de sorrisos, abraços, elogios,

doces, quando o comportamento desejado fosse obtido. O reforço negativo seria

qualquer elemento cujo afastamento provocasse um comportamento adequado realizado

com apresentação de coisas ou eventos desagradáveis, os quais são interrompidos assim

que o comportamento desejado é obtido.

Lowe & Takada, em 1984 relataram estudo em que uma amostra constituída

por crianças com oclusão do tipo Classe I de Angle, Classe II divisão 1 e divisão 2. A

relação entre atividade muscular mandibular e variáveis craniofaciais foi quantificada.

Foram coletados dados dos músculos temporal, masseter e orbicular da boca, no

repouso, na máxima interscupidação, durante apertamento, movimento de abertura

mandibular e deglutição. A amplitude dos músculos orbicular da boca foi maior no

repouso e na máxima interscupidação em indivíduos Classe II, divisão 2. A amplitude do

temporal anterior foi significativamente menor durante o apertamento no indivíduo

Classe II divisão 1. É comum a variabilidade de amplitude dos músculos orbiculares da

boca, ao passo que a angulação dos incisivos superiores e acentuação do plano oclusal

são freqüentemente identificados nas variações craniofaciais. Esta interdependência de

atividade do lábio inferior principalmente e a posição dos incisivos sugerem uma relação

entre a musculatura e o desenvolvimento da dentição anterior em crianças em

crescimento.

Em 1984, Mikell afirmou que músculos intrínsecos e extrínsecos da língua

conferem a ela movimentos de protuir, elevar e contrair, que a torna capaz de realizar

movimentos motores finos utilizados para a fala, mastigação e deglutição. Outros fatores

como respiração bucal, métodos de alimentação inadequados e hábitos de sucção digital

prolongados podem resultar em língua flácida, fraca e por ter efeitos prejudiciais no

crescimento e desenvolvimento craniofacial. Quando o paciente é avaliado deve ter uma

postura reta, porque alterações na postura desta poderia alterar relação muscular entre os

músculos da cabeça e pescoço. Sugere que se investigue se o paciente apresenta hábitos

de respiração bucal, sucção ou morder lábios, se há alterações labiais, se há evidências

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de alergia respiratória, acúmulo de saliva durante a fala e se há alterações ao nível de

mento.

Jankelson & Pulley afirmaram em 1984 que fibras musculares representam a

unidade de contração. Cada neurônio motor inerva muitas diferentes fibras musculares.

Todas as fibras musculares inervadas pelo mesmo e único neurônio motor pertencem à

mesma unidade motora. A unidade motora é a unidade funcional de contração, esta

consiste de um corpo de célula nervosa, o longo axônio do nervo motor, ramos terminais

e todas as fibras musculares supridas por estes ramos. Relatam que para produzir um

aumento de força, unidades motoras são recrutadas e, se um aumento do esforço é

requisitado, mais unidades motoras são ativadas. Os dois mecanismos que regulam a

força contrátil de um músculo são o recrutamento de unidades motoras adicionais e

descargas repetidas na unidade motora individual. Afirmam também que repetidas

atividades de força muscular causam aumento no tamanho do músculo (hipertrofia).

Neste caso o diâmetro individual da fibra muscular aumenta e as fibras aumentam o

número de miofibrilas. Portanto hipertrofia resulta de mudanças no sarcoplasma de

fibras individuais e não no aumento do número de fibras.

De Angell, em estudo de 1985, utilizou técnicas de modificações de

condutas aplicadas a hábitos bucais, associadas à colaboração da família. Foram feitos

registros diários nos quais foi possível constatar quais os horários em que a sucção de

dedo ocorria, as atividades que reforçavam esse hábito e substituições que poderiam ser

feitas com intenção de dificultar a ação. A autora concluiu que a associação da seleção e

técnica adequada para cada caso, juntamente com a colaboração familiar são decisivos

para a eliminação do hábito de sucção.

Ainda em 1985, Wedell & Lawler concluíram, que o sucesso do tratamento

para eliminação de hábito de sucção ficava em torno de 90%, em pacientes de 3 a 17

anos, utilizando terapias de 30 minutos, num período de 2 a 3 vezes por semana. Depois

de 3 a 5 semanas, se não houvesse progresso e os níveis de frustração fossem muito

altos, as terapias seriam interrompidas e só retornariam quando a criança solicitasse. O

método se utilizaria de recursos como lembretes em espelhos, geladeira, em marcadores

de livros, no carro, na cama entre outros. Adesivos, com figuras de seus animais

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Degan, V.V. 22

preferidos, ou para pacientes mais velhos, figuras de seus ídolos, que poderiam ser

utilizados em locais estratégicos da casa como geladeira, televisão, espelhos, telefone e

também no carro, além de bandagens que fariam o paciente se lembrar de não sugar o

dedo. Também ganhariam tickets, quando não apresentassem o hábito de sucção, mas

teriam que devolvê-los quando sugassem. Esses tickets poderiam ser trocados, quando

atingissem uma determinada quantidade, por uma pequena surpresa. O paciente

escolheria o nome de uma pessoa ou comida de que não gostasse e substituiria o nome

do hábito por esse nome escolhido. Sugeria que o paciente colocasse sua língua sobre os

lábios por cinco minutos como um substituto da sucção de dedo. Era instruído a se

apertar quando sentisse um ímpeto para sugar o dedo. O paciente também era orientado

a repetir 5 vezes antes de dormir frases como “eu ficarei a noite toda sem sugar meu

dedo”. Concluíram que, o programa terapêutico deve ser individualizado, e, devido à sua

versatilidade, acreditaram terem tido um alto índice de sucesso.

No ano de 1986, Pierce relata que casos documentados de movimentação

dentária mostram alteração antes e depois de tratamento miofuncional de projeção

lingual. A autora questiona se estas mudanças ocorreram devido a alterações no padrão

de deglutição ou na posição de repouso. Recomenda programa para conter a projeção

lingual, mas também o programa de adequação das posturas de repouso e se diz

satisfeita com os resultados. Para as crianças que apresentam lábios incompetentes

indica exercícios que aumentem a força dos lábios. Após tratamento com sucesso o

paciente fica apto a manter selamento labial confortável, sem alterações na musculatura

perioral. Para crianças que apresentam posicionamento de língua contra a superfície dos

dentes incisivos, ou entre os dentes anterior superior e inferior, são utilizados exercícios

de reposicionamento lingual, como língua em papila retroincisal, dorso de língua contra

o palato duro e o final da língua contra o palato mole. O objetivo destes exercícios é o

fortalecimento dos músculos linguais e o reposicionamento da língua em uma posição de

repouso confortável no teto da cavidade bucal. Recomenda exercícios três vezes ao dia

utilizando diagrama ou calendário, onde adesivos são colados a cada vez que o exercício

é realizado.

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Degan, V.V. 23

Kim fez considerações em 1987, sobre tratamento de mordida aberta

anterior, afirmando que a etiologia desta é multifatorial, sendo que o hábito de sucção

digital seria um dos fatores desencadeantes, dependendo da posição do dedo na boca, da

intensidade e da freqüência em que ocorre. Afirmou que a correção espontânea pode

ocorrer, uma vez eliminado o hábito.

Hanson & Adrianopoulos, em 1987 relataram fatores que contribuem para a

saúde intra-oral dentre eles a oclusão, saúde dos dentes, estruturas de suporte como

gengiva e periodonto, ossos e força muscular vinda das bochechas, língua e lábios.

Muitos estudos mostram a inter-relação entre projeção lingual e má-oclusão, mas poucos

fornecem bases para concluir se um causa o outro. Relataram que pacientes

apresentando Classe II de Angle divisão I, que receberam terapia para projeção lingual,

tiveram menos recidiva do tratamento ortodôntico do que aqueles que não receberam

terapia. Os autores concluíram que: 1) não houve relação significativa entre os grupos

com má-oclusão e saúde dental ou periodontal; 2) não houve relação significativa entre

presença e ausência de projeção lingual e saúde dental ou periodontal; 3) uma grande e

significativa porcentagem de indivíduos com oclusão em classe I de Angle não

apresentavam projeção lingual; 4) uma grande e significativa porcentagem de indivíduos

com Classe II tinham projeção lingual; 5) somente dois indivíduos possuíam oclusão em

Classe III de Angle, um deles apresentava projeção lingual e os outros dois não; 6) três

dos indivíduos tinham oclusão molar mista, sendo que todos apresentavam projeção

lingual; 7)significativamente mais indivíduos com mordida aberta anterior apresentaram

projeção lingual; 8) diferença não significativa foi encontrada em grau de overjet entre

projetores linguais e não projetores linguais.

Em 1988, Larsson realizou estudo com 76 crianças, sobre tratamento de

remoção de hábito prolongado de sucção de dedo e chupeta. No grupo chamado de

positivo, o objetivo era reforçar o comportamento de não sugar, através de diferentes

formas de encorajamento. No grupo negativo, as crianças e os pais eram informados

sobre as conseqüências do hábito de sucção de dedo e o risco da má-oclusão foi

enfatizado. No grupo denominada grade, um dispositivo palatal foi acoplado em bandas.

No grupo controle, as crianças foram examinadas e avaliadas da mesma maneira das

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crianças dos outros grupos, mas nenhum tratamento foi realizado. No grupo positivo,

26% das crianças abandonaram o hábito em dois meses e meio e 58% em 1 ano. No

grupo negativo 53% abandonou o hábito em dois meses e meio e 74% em um ano. No

grupo grade, 42% abandonou em 2 meses e meio e 61% em um ano. No grupo controle,

5% abandonou em dois meses e meio e 11% em um ano. A comparação entre os três

grupos de tratamento, após dois meses e meio, não foi estatisticamente significativa.

Após um ano, a comparação foi estatisticamente significativa. Dessas, nenhuma retornou

e hábito após um ano. Nesse trabalho, o autor também relatou que, o uso da chupeta,

naquela época era mais comum que há 10 anos antes, e persistia por mais tempo, além

de ser mais aceita do que a sucção digital. Afirmou também que sucção de chupeta

normalmente não indica um caso para tratamento ortodôntico, já que muitas vezes a

mordida aberta anterior sofre autocorreção quando o hábito é interrompido.

Em 1988 Pierce relatou a grande maioria dos pacientes tratados por

terapeutas miofuncionais tem entre 10 e 15 anos, por essa ser a idade em que muitos

iniciam tratamento ortodôntico. Como muitos dentistas têm se preocupado com o

desenvolvimento de má-oclusão e os possíveis efeitos da língua e da postura de repouso

labial e projeção lingual durante a deglutição, há um aumento do número de crianças

mais novas sendo tratadas do ponto de vista preventivo. Quando a criança é pequena,

nós podemos oferecer técnicas como terapia de posturas de repouso, por haver tempo

para terapia adicional se houver necessidade. O objetivo principal é criar um ambiente

bucal normal e também facilitar um desenvolvimento e crescimento adequado.

Corrigindo-se as posturas e repouso de língua e lábios também ocorre melhora na

aparência física e aumentam a oportunidade para a boa oclusão.

Meyers & Hetzberg, em 1988, realizaram estudo para tentar determinar se

havia uma associação entre o uso da mamadeira e má-oclusão. O estudo foi feito com

733 pacientes, de 10 a 12 anos de idade. Sobre a etiologia da má-oclusão, os autores

concordam que hereditariedade de certas características oclusais tem sido relatada, assim

como fatores ambientais. Afirmaram que má-oclusão é uma doença de civilizações

industrializadas. Muitos fatores ambientais têm sido descritos como etiologia da má-

oclusão. A menor consistência da alimentação moderna pode ter influência, assim como

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sucção de dedo. Similarmente, a evidência para associação de má-oclusão com uso de

chupeta é conflitante. Consideraram alguns fatores pelos quais a mamadeira poderia

contribuir para o desenvolvimento da má-oclusão, dentre eles um efeito direto de

alterações no mecanismo de sucção sobre o crescimento dos ossos faciais da criança,

uma crescente tendência para padrão de deglutição alterado, e um aumento da incidência

de sucção não nutritiva (dedo ou chupeta).

Hanson em 1988 sugeriu que se ao avaliar um paciente deve-se examinar

estruturas (lábios, freio labial superior, oclusão, freio lingual e língua), funções (postura

de repouso, fala, deglutição de saliva, alimento e líquidos) e musculatura. Para avaliação

da musculatura, propõe o uso de uma escala tendo zero como ausência de contração, 1

como alguma contração e 2 como contração realizada. Propõe que tratamento para

crianças pequenas, de 4 a 5 anos, deve-se levar em conta: se a má-oclusão apresentada

está piorando ou é severa, se os lábios estão separados, se apresenta alterações na fala, se

a criança é inteligente e cooperativa, se estes fatores estiverem presentes ela é uma boa

candidata para Terapia Miofuncional. O tratamento deverá durar de 15 a 25 semanas,

contando coma sessões de reavaliação. A seqüência da terapia consiste em 3 fases:

a)treinamento de padrões musculares, b)força (resistência) destes padrões, c)manutenção

deles. Como postura de repouso labial e lingual são importantes, exercícios para casa são

dados pata tratar a postura. Maneiras de tabular posturas incorretas podem ser feitas

através dae utilização de lembretes e sinais. As sessões para a Terapia Miofuncional são

realizadas semanalmente.

Também em 1988, Case descreveu uma seqüência onde se utiliza

primeiramente a realização de fotografias com a postura de repouso labial aberto e outra

com lábios fechados em repouso, língua alta, dentes apenas se tocando e lábios fechados

naturalmente. Mostra-se a diferença entre as duas fotos e explica-se que a postura de

lábios fechados podem contribuir para relação de amizade, companheirismo, e que todos

o (a) olharão melhor. Sugere que encoraje o paciente a observar hábitos orofaciais na

escola, trabalho e outras situações sociais, e estas visualizações de outras pessoas com

postura de lábios em repouso afastados poderão ser usadas para identificar a própria

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postura. Orienta também que a principal causa para o trabalho de posturas em repouso

não é a estética, mas esta poderá ser beneficiada com a Terapia Miofuncional.

Ainda em 1988, Zimmerman relatou que dentes podem ter um profundo

impacto na estética. Esse fato pode ser um instrumento para a motivação particularmente

com a população adolescente e adulta. Afirmou que a maioria dos pacientes que

apresentam projeção lingual possui postura labial aberta durante o repouso. Isto não

significa que o paciente seja respirador bucal, ele poderia ser descrito como tendo um

lábio incompetente. O paciente e os pais devem ser informados das implicações deste

problema e que não é fácil corrigí-lo. O lábio do indivíduo que passou parte da vida em

ele aberto, não poderia fechar confortavelmente. O lábio superior se torna curto e levado

com relação aos dentes incisivos superiores, enquanto que o lábio inferior pode estar

pesado, hipotônico, evertido e muitas vezes seco. A ajuda dos pais é de grande

importância. Quando os pais notarem que os lábios estão fechados eles devem

cumprimentar a criança pela postura correta ao invés de chamar sua atenção quando os

lábios estão abertos. A terapeuta deve fazer comentários incentivando a criança para que

continue se esforçando para mudar sua postura habitual de repouso. A motivação do

paciente também pode ser feita usando fotografias intrabucais que serão realizadas

periodicamente, obedecendo ao mesmo padrão de distância e ângulo.

No ano de 1989, Gross et al. realizaram estudo para investigar a relação

entre anomalias dentofaciais e o comportamento miofuncional, analisando a presença de

comportamentos e hábitos oromusculares. Foram observadas 1083 crianças da zona rural

com idade média de oito anos e 4 meses. A oclusão e vários aspectos anatômicos e

fisiológicos sobre mecanismo facial e bucal como hábitos bucais, modo de deglutir e

posicionamento em repouso de língua e lábios. Concluíram que a maior relação com

problemas dentofaciais é a postura de boca aberta, o que mostra a importância da

correção de comportamentos musculares durante a intervenção ortodôntica.

Black et al. em 1990, relataram a unanimidade de autores em afirmar que a

forma do arco dentário depende de um equilíbrio harmonioso entre os tecidos moles que

o circundam e toda e qualquer alteração nesse equilíbrio pode acarretar má-oclusão,

principalmente quando esse desequilíbrio se estabelece através de hábito bucal

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inadequado. Os autores consideram como hábito bucal nocivo, a sucção realizada de

maneira inadequada, como a utilização de bicos longos e orifícios aumentados, em que o

líquido é retirado pelo pressionamento posterior e pela frustração no instinto de sucção,

pela retirada imediata do bebê do seio após a amamentação, ou pelo uso da mamadeira,

principalmente se for utilizada como dispositivo para acalmá-la ou induzí-la ao sono. O

tipo de má-oclusão provocado pelo hábito depende de variáveis como intensidade, força,

duração, posição dos dedos na boca, números de dedos sugados e chupetas envolvidas

no ato. As alterações encontradas nos portadores de hábitos de sucção de chupeta foram

alterações na musculatura de lábios e língua, hipodesenvolvimento de mandíbula,

protusão de incisivos superiores, mordida aberta anterior e palato ogival.

No mesmo ano de 1990, Almeida & Ursi afirmaram que na dentição mista a

prevalência de mordida aberta anterior chega a 17%, e é causada por fatores como

irrompimento parcial dos incisivos, tamanho anormal do tecido linfóide, provocando

alterações na postura lingual, persistência de deglutição infantil e hábitos bucais. Entre

os hábitos bucais os mais freqüentemente encontrados são sucção digital, de chupetas,

hábitos linguais e postura labial alterada.

Também em 1990, Vandergorn realizou estudo sobre hábitos bucais (dedo,

chupeta e mamadeira) e sua relação com a deglutição em crianças de sete, oito, nove, e

dez anos e concluíram que: hábitos de sucção de chupeta aparecem mais freqüentemente

que mamadeira ou sucção digital; hábitos bucais ocorreram igualmente em meninos e

meninas; os hábitos bucais ocorreram igualmente entre os quatro grupos analisados;

tipos de deglutição atípica ocorreram relativamente iguais entre crianças com e sem a

presença de hábitos bucais. Um dos principais fatores responsáveis para padrões

anormais de músculos orofaciais são hábitos de sucção (dedos, mamadeira e chupeta),

respiração bucal, presença de hipertrofia de amígdalas e adenóide, perda precoce dos

dentes, continuidade de alimentação usando alimentos moles em idades avançadas e

outros hábitos como roer unha e bruxismo.

Van der Linden em 1990 afirmou que durante o crescimento deve-se dar

maior importância para a posição da língua e dos lábios em repouso do que durante a

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Degan, V.V. 28

deglutição e estas forças seriam importantes na determinação da posição vestíbulo-

lingual dos incisivos

No ano de 1991, Moyers analisou fatores etiológicos de má-oclusão.

Salientou que, embora a hereditariedade fosse um fator importante, durante a infância a

região orofacial seria altamente adaptável embora este fato diminuísse com o decorrer da

idade. O mesmo fator etiológico de uma má-oclusão teria diferentes efeitos, dependendo

do indivíduo e de sua idade.

Zante, em 1991 descreve que o objetivo da terapia é manter um padrão

correto de deglutição e uma correta postura de lábios e língua. A terapia segue uma

seqüência que avança à medida que o paciente atinge um outro nível. Essa seqüência

geralmente é dividida em quatro fases. A primeira fase consiste em desenvolver novos

padrões musculares necessários para uma correta deglutição e postura de repouso de

lábios e língua. A ênfase não é na força muscular, mas para estes músculos atuarem

usando novos e deficientes movimentos e posições. A seqüência de treino muscular

começa com a porção anterior da língua e progride para o centro e parte posterior. A

segunda fase integra a nova estabilização dos movimentos junto a padrões funcionais, o

paciente está pronto para colocar estes padrões musculares na seqüência de deglutição de

alimentos, saliva e líquidos. A terceira fase é uma continuação da segunda com ênfase

no local, força e para a automatização a nível habitual. Estímulos auditivos, visuais e

táteis para lembrá-lo são freqüentemente dados neste estágio. A quarta fase fornece

subsídios para ajudar no monitoramento da retenção dos padrões comportamentais

aprendidos.

Em 1991 Moore descreve exercícios para corrigir alterações posturais. Eles

podem ser feitos através de fortalecimento, colocação da postura ideal e automatização

da nova condição. Dentre eles cita exercícios para fortalecimento de lábios realizados

com botões e fios, onde é oferecida resistência, além de assobios, sopro e beijos. Para o

fortalecimento de língua cita exercícios como remover pasta de amendoim do palato

duro, estalar língua no palato abrindo e fechando a mandíbula, resistência usando o

dedo, segurar água com a língua estalada e degluti-la com a boca aberta. Para postura

labial de repouso, recomenda segurar algum objeto entre os lábios por 30 minutos,

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enquanto faz alguma atividade, como, por exemplo, assistir televisão, por três a quatro

semanas. Para postura lingual relata exercício onde um elástico ortodôntico é segurado

na papila retroincisal por 10 a 20 minutos por dia, ou segurar bala sem açúcar. Para

automatização recomenda adesivo colocado em lugares estratégico da casa para que a

criança se lembre das posturas novas. Utiliza também fotografias do paciente

apresentando a postura inadequada e recompensas em dinheiro, onde certa quantia é

retirada pelos pais a cada momento onde o paciente apresentar a postura inadequada.

Recomenda também a utilização de sinais entre os pais e filhos, como, por exemplo,

piscar os olhos quando há necessidade de corrigir a postura de repouso.

Nelson & Nelson em1991 relataram estudo realizado para verificar se havia

relação entre o tamanho da distância interlabial em população que apresentava mordida

aberta anterior. A amostra foi composta por 150 indivíduos entre 15 e 21 anos. Estes

indivíduos iniciaram tratamento ortodôntico com distância interdental de pelo menos

dois milímetros. Embora obtiveram dados que poderiam sugerir alguma correlação,

porém, estes não foram significativos.

Também em 1991, Hanson & Peachey escreveram artigo para discutir quatro

áreas: a) terminologia; b) considerações sobre o tratamento; c) relação entre atividade

dos músculos orofaciais e má-oclusão; d) termo de consentimento (um importante

documento de proteção). Afirmam que o termo deglutição é muito limitado para

descrever desordens neuromusculares, assim como deglutição infantil e respirador bucal.

Sobre exercícios labiais afirmam que em casos onde não há selamento labial, nem

sempre exercícios para fortalecimento dos lábios são indicados, seria mais útil que se

facilitasse o selamento labial. Sobre musculatura orofacial e oclusão os autores

acreditam que a deglutição sendo função intermitente, embora de grande força não seja

capaz de abrir mordida; o mais relevante seria a postura de repouso lingual, pois é

constante embora mais leve que a deglutição.

Hahn & Hahn, em 1991 afirmaram que somente a Terapia Miofuncional

pode não causar mudanças esqueletais e portanto não podem substituir a ortodontia, mas

complementam o tratamento ortodôntico e contribuem para a estabilização de estrutura

oral alterando a força muscular. Definem Terapia Miofuncional como método de

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tratamento que pode eliminar hábitos nocivos da região orofacial e provocar mudanças

nos padrões de movimentos e prevenir desvios no desenvolvimento. Citam linhas de

tratamento, como o tratamento ortodôntico preventivo, baseado em Balters; o método

neuromotor utilizado por Strauber, Hanson, Padovan e Garliner; a estimulação tátil e

cinestésica ou método sensitivo (Dahar e outros) e a terapia de reabilitação com

deficientes mentais desenvolvida por Castillo-Moralles.

Snow, em 1991 sugeriu o uso de auto-avaliação do comportamento orofacial

devido a deglutição ser um processo inconsciente e, portanto, haver necessidade de

trazê-la para o nível consciente. A criança deverá anotar o número de vezes que deglute

saliva conscientemente, a posição dos lábios, deglutição de líquidos com observação

também da posição dos lábios. Depois faz uma descrição de olhos fechados da posição

da língua, durante três deglutições com água.

Em publicação de 1991, Weinfield relata que acredita que não só a postura

de repouso lingual, deglutição de saliva e postura labial são importantes, mas também a

deglutição de alimentos. Devido a este fato, a autora incluiu alimentos em sua Terapia

Miofuncional. Sustenta que isto é feito para que o paciente entenda a correta deglutição.

Inicialmente os exercícios são feitos diante do espelho, depois este é retirado. Cita com

alimentos usados: pasta de amendoim, usada na deglutição primeiramente com a língua

colocada em região de papila retroincisal tanto com lábios abertos como fechados;

pudim ou iogurte cremoso utilizados com auxílio de colher adequada; banana usando

garfo; refeições como vegetais, saladas e sobremesas; alimentos que se come com as

mãos como pizzas, sanduíches, bolachas; sólidos com líquidos, como cereal com leite e

“snacks”como pipoca e biscoitos pequenos.

Moresca & Feres, em 1992, relatam que crianças que são amamentadas

desenvolvem menos hábitos de sucção. Também que a sucção de chupeta é menos

prejudicial que o dedo, pois as modificações seriam limitadas à região anterior. Hábitos

de sucção, mantidos até os 4 anos de idade, podem causar alterações como mordida

aberta anterior, interposição lingual, respiração bucal, alteração da musculatura labial,

atresia palatal e outros. Sugerem três etapas para a remoção do hábito de sucção, sendo

que a primeira deveria ocorrer durante a dentição decídua, quando os pais e as crianças

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deveriam ser conscientizados sobre os efeitos nocivos dos hábitos de sucção. A segunda

etapa ocorreria durante o irrompimento dos dentes incisivos permanentes, quando

poderiam então utilizar mecanismos de auto-ajuda, para anotações de ocorrência ou não

dos hábitos. A terceira etapa seria após o irrompimento dos dentes permanentes, quando

seriam utilizados dispositivos intra-bucais, e, quando necessário, a indicação de

tratamento psicológico conjuntamente.

Em 1992, Urias considerou as relações dentárias, determinadas

principalmente pelas bases de suporte ósseo, sugeriu que o estudo cefalométrico seria

importante para a avaliação do esqueleto craniofacial nas má-oclusões, pois se tratando

de uma má-oclusão de origem dentoalveolar teria uma abordagem terapêutica diferente

de má-oclusões esqueletais. A mordida aberta anterior foi classificada em duas

características: as dentoalveolares relacionadas a distúrbios de irrompimento de dentes e

crescimento alveolar, e as esqueléticas, que além dos distúrbios dentoalveolares existia

também uma desproporção entre os componentes do complexo craniofacial. Salientou

ainda que alterações dentofaciais, como a mordida aberta, resultam de uma interação

entre fatores genéticos e ambientais, sendo que os hábitos de sucção poderiam estar

relacionados. Afirmou também que mordida aberta poderia sofrer correção espontânea,

se o hábito fosse eliminado até os 5 anos de idade. Um hábito prolongado poderia ainda

acarretar um estreitamento do arco palatal, o que ocasionaria uma mordida cruzada

unilateral.

Horn em 1992 propôs em seu estudo o uso da proporção altura facial

posterior e altura facial anterior, denominada índice de altura facial (IAF) durante o

tratamento ortodôntico. Afirmou que este índice é um indicador de rotação mandibular.

Quando há um aumento no IAF, este pode indicar uma tendência de rotação de

crescimento mandibular para cima e para frente.

Schwartz & Schwartz, também em 1992, consideraram que uma má-oclusão

poderia ser de origem hereditária, em que as anomalias são congênitas ou poderiam ser

adquiridas, após o nascimento, por ação de fatores externos, como por exemplo, sucção

de dedo ou chupeta, interposição lingual e/ou labial, levando a alterações como mordida

aberta anterior.

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Degan, V.V. 32

No ano de 1993, Päunio et al. realizaram estudo e concluíram que hábitos de

sucção aos 3 anos de idade são fortemente associados com má-oclusões. O uso da

chupeta nesta mesma idade é freqüentemente encorajada pelos pais que querem acalmar

seus filhos. A mordida aberta anterior foi observada em 27.2% das crianças examinadas.

Também associaram aleitamento natural prolongado com menor índice de uso de

chupeta.

Em 1993, Proffit & Fields Jr. descreveram que o prolongamento de sucção

não nutritiva poderia provocar má-oclusão. O deslocamento suave dos incisivos

decíduos é geralmente percebido em uma criança com o hábito de sucção entre 3 ou 4

anos de idade, porém se o hábito for abandonado nesta fase, a pressão dos lábios e

bochechas e língua logo restabelecerá os dentes para a posição correta. Afirmaram

também que quando há presença de mordida aberta anterior e/ou protusão dos incisivos

superiores, como freqüentemente ocorre nos hábitos de sucção é mais difícil selar a parte

da frente da boca durante a deglutição para prevenir que alimentos e líquidos escapem.

Trazer os lábios de encontro um ao outro e colocar a língua entre os dentes anteriores

separados é a maneira encontrada para promover selamento anterior, como isso ocorre

alteração no padrão de deglutição. A deglutição com interposição lingual, portanto,

deveria ser considerada como resultados de incisivos mal posicionados e não como

causa de mordida aberta anterior. Ressaltaram que a correção da posição dentária pode

desencadear um padrão normal de deglutição. Afirmaram que os incisivos decíduos

tendem a se posicionar mais verticalizados e que à medida que os incisivos permanentes

os substituem, inclinam-se levemente para frente os quais se dispõem no arco em

circunferência maior, contribuindo para o aumento de 1 a 2 mm. de espaço adicional

ajudando a resolver o apinhamento.

Ainda em 1993, Snow afirmou que a Terapia Miofuncional com ênfase na

postura em repouso de língua no palato poderia remover forças físicas como as

provocadas pelo repouso lingual entre os dentes. Relatou também que hábitos de sucção,

onicofagia e interposição lingual poderiam ser eliminados e como resultados destas

mudanças poderia haver um fechamento de espaço vertical aberto se não houver outras

interferências e se ocorrerem antes da idade adulta.

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Degan, V.V. 33

No mesmo ano de 1993, De Luca recomendou o uso do valor de RMS (Root

Mean Squared) para medir a amplitude do sinal eletromiográfico, pois este representaria

a força do sinal e assim teria um significado físico claro.

Portney, também em 1993 recomenda que se faça algum tipo de

normalização para validar comparações entre sessões, músculos ou pacientes e esta pode

ser feita através da contração máxima. Para a interpretação das alterações ocorridas na

atividade da unidade motora recomenda a determinação da raiz quadrada da média

(RMS). Estes valores fornecem um sinal (output) praticamente instantâneo da força do

sinal eletromiográfico, sendo considerada a forma preferida de output por alguns

pesquisadores. Afirmou também que a eletromiografia registra a atividade da unidade

motora do músculo estudado e não a tensão muscular que é uma função de processos

contráteis. Ressalta que uma atividade maior detectada no registro eletromiográfico

pode, na verdade indicar uma eficiência muscular diminuída.

Sá Filho em 1994, afirmou que a motricidade da face é desempenhada por

uma musculatura muito diferenciada em ações. Ali se concentram músculos que

exercem várias funções. Relata que a eletromiografia registra uma atividade elétrica

muscular e é mais útil para medir tensão isométrica, não sendo confiável no registro de

tônus muscular de repouso. Descreve também que a atrofia muscular ocorre pelo desuso

como conseqüência de pouca atividade funcional. Observou que nos músculos faciais,

cuja motricidade é falha, pode ocorrer oclusão incorreta como conseqüência da relação

entre músculo, osso e dente.

Zilli, em estudo de 1994 realizou estudo que teve como objetivo verificar o

funcionamento dos músculos orbicular superior e inferior em indivíduos com oclusão

em Classe I de Angle, no repouso e em movimentos lábio-mandibulares e detectar

possíveis diferenças nas funções deste em tais movimentos e também diferenças da

atividade muscular em indivíduos Classe I e com oclusão normal. Após os resultados a

autora concluiu que a atividade é maior nos movimentos inclusive mastigação, com

maior atividade dos músculos orbiculares inferiores em relação aos superiores.

Comparando-se o grupo com oclusão normal e Classe I, constatou maior atividade dos

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Degan, V.V. 34

orbiculares inferiores no grupo Classe I. Os músculos orbicular superior e inferior

funcionam independentemente durante movimentos lábio-mandibulares.

Seminara & Seminara afirmaram em 1994, que na presença de mordida

aberta dentoalveolar, a Terapia Miofuncional inclui a eliminação de hábitos,

retreinamento da função lingual e fortalecimento de alguns grupos musculares. A

mordida aberta esqueletal pode ser um impedimento para a Terapia Miofuncional, pois

nestes casos a língua pode ser a vítima e não a causa do problema.

Mora, também em 1994, definiu como aprendizagem o processo pelo qual a

experiência prática ou observação permitem desenvolver modificações na conduta que

favorece a adaptação ao meio ambiente. Afirmou também que comumente o termo

aprendizagem é reservado para o período inicial, durante o qual é adquirido um novo

hábito. Atribuiu ao termo memória o que se refere ao processo de armazenagem pelo

qual a modificação é preservada através do tempo. Em conseqüência graças a

aprendizagem, o organismo adquiri a capacidade para demonstrar, após certo tempo a

conduta modificada.

Ainda em 1994, Bydlowski & Bydlowski relatam que o músculo esquelético

é formado pelas células ou fibras musculares e que cada fibra muscular possui

subunidades denominadas de miofibrilas que apresentam filamentos grossos

denominados de miosina e filamentos finos denominados de actina. Descreve que a

unidade motora consiste na via final comum e funcional de toda a atividade motora e a

capacidade que um determinado músculo possui para executar uma função é devido a

soma das capacidades das unidades motoras que o compõe.

Em 1995, Köhler et al. enfatizaram a ação da musculatura sobre a forma,

estrutura e função do sistema estomatognático, podendo formá-la corretamente ou

deformá-la. A sucção, fundamental e vital para a preservação da vida, é que dá início à

dinamização de toda a cadeia neuromuscular facial, portanto interferências na

normalidade deste primeiro ato da vida de relação do bebê em sua fase extra-uterina

pode iniciar a geração de malformações na região dentofacial que não são nem

hereditárias nem congênitas e sim de caráter adquirido. A falta de amamentação no seio

materno começa a gerar as primeiras inadequações funcionais que atuarão sobre a

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Degan, V.V. 35

morfofuncionalidade facial. O uso inadequado e o tempo prolongado do uso de

mamadeiras alterariam a ação neuromuscular que provoca um desequilíbrio da

neuromusculatura facial conduzindo a uma configuração osteoesqueletal

progressivamente deformada e anormal.

Hanson & Barret em 1995 afirmaram que para o restabelecimento da postura

correta de lábios é necessário que a respiração se realize habitualmente pelo nariz.

Propõem também que os lábios devem repousar um contra o outro confortavelmente, ou

pelo menos com o mínimo de esforço. Da mesma forma a língua deve tocar a papila

superior sem qualquer dificuldade e sendo assim é de fundamental importância orientar

o paicente pra que preste bastante atenção a estas posturas de repouso. Para isso

lembretes podem ser utilizados. Relatam duas contribuições importantes do programa de

terapia que seria o conceito de (1)“desmontagem do motor, usinagem de algumas peças

e substituição de outras e a remontagem com um funcionamento mais suave e

homogêneo e os procedimentos e (2) procedimentos que permitam alcançar mudanças

no nível subconsciente com relativa rapidez” . Os autores também citam quatro fases

gerais para o tratamento fonoaudiológico de alterações miofuncionais: a fase de

desenvolvimento de novos padrões musculares, a fase de integração das novas atividades

musculares aos padrões funcionais, a automatização dos padrões corretos e a

manutenção dos padrões aprendidos.

Josell, em estudo realizado em 1995, concluiu que a função oral ou posição

de repouso alteradas tem significativa influência no desenvolvimento da região

orofacial. No caso de hábito de sucção não nutritiva, o compromisso e desejo da criança

em abandonar o hábito, são importantes para o sucesso de sua eliminação.

Também em 1995, Haruki et al. estudaram relação entre língua e lábios e a

inclinação dos incisivos centrais superiores e inferiores em 83 pacientes. Relataram que

muitos pacientes com hábito de projeção lingual tinham uma postura de língua baixa,

enquanto que muitos do grupo controle tinham postura de língua em repouso no palato e

lábios relaxados e fechados. 71% do grupo controle tinham a postura de repouso ideal.

Através de cefalometria observaram que o grupo que apresentava hábito de interposição

lingual apresentou maior ângulo FMA. Pacientes com hábitos bucais apresentaram

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Degan, V.V. 36

menor sobremordida e overjet que o grupo controle. Esses dados podem ser importantes

na avaliação de crianças com interposição lingual que muitas vezes é de difícil

diagnóstico.

Em estudo do ano de 1995 Ahlgreen, realizou estudo utilizando

eletromiografia de superfície e relatou que a atividade aumentada dos lábios e mento é

desenvolvida durante a sucção de dedo ou chupeta. A atividade do bucinador é menos

evidente, demonstrando pouca e moderada atividade. A atividade de lábios e

bucinadores é mais evidente entre sugadores de chupeta do entre sugadores de dedo.

Sucção de água através de canudo e a função de deglutição produziram padrões

funcionais similares para sugadores de dedo, ou seja, forte atividade dos músculos

orbicular da boca e mentual e menor atividade nos bucinadores. A atividade em repouso

dos músculos periorais foi pronunciada entre sugadores de dedo e chupeta, enquanto que

dos bucinadores não foram significativas. A atividade de lábios e bucinadores foram

substancialmente menores, tanto no repouso quanto durante a sucção no grupo controle

que foi composto por indivíduos que não eram sugadores de dedo.

No mesmo ano de 1995, Yamaguchi e Sebata, publicaram estudo em que

realizaram Terapia Miofuncional em pacientes que haviam sido submetidos à cirurgia

ortognática e concluíram que após o tratamento miofuncional houve melhora nas

posturas orofaciais, melhora na força muscular e melhora nas funções de fala e

deglutição.

Annunciato, também em 1995, relatou que em crianças ou adultos, adptações

de funções neuronais dependem de condições ambientais. Citou que uma das primeiras

formas de plasticidade neuronal seria freqüentemente chamada de estimulação de

maturação dependente (fatores epigenéticos) do sistema nervoso. A segunda forma de

plasticidade no organismo normal pode ser entendida como “processo de aprendizagem”

que envolve tanto o aprendizado motor inconsciente (memória neuromuscular

inconsciente {automatismo}) e aprendizado consciente (memória). Os dois processos

são baseados em mecanismos fisiológicos similares e constituem a base para a

organização neural do sistema nervoso, como também a reabilitação após um processo

de dano.

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Degan, V.V. 37

No mesmo ano de 1995, Takahashi et al., demonstraram três casos diferentes

tratados com Terapia Miofuncional combinada à ortodontia. Afirmaram que a melhora

da postura e da função muscular podem causar excelentes alterações na forma dentária.

Ainda no ano de 1995, Neiva & Wertzner realizou uma pesquisa que tinha

como objetivo comparar as características em indivíduos com e sem desordens

miofuncionais orais, com o propósito de confeccionar um protocolo contendo os mais

relevantes aspectos para o diagnóstico destas desordens. Resultados mostraram que as

principais características diferenciando indivíduos com e sem desordens miofuncionais

são alterações respiratórias, postura de repouso de lábios e língua, tônus labial, palato

duro, deglutição, respiração e oclusão.

O’Brien et al. em uma revisão de literatura, no ano de 1996, afirmaram que o

tipo de aleitamento (natural ou artificial) interfere diferentemente nas estruturas

dentofaciais da criança, sendo que a amamentação natural é a que promove um melhor

desenvolvimento dessas estruturas. Os efeitos da sucção através de mamadeira nas

estruturas dentofaciais variam de acordo com o tipo de bico utilizado. Quando um bico

não fisiológico é utilizado, o final deste fica contra a parede faríngea, o líquido escoa

diretamente para o trato digestivo, sem que a musculatura utilizada para a sucção tenha

sido utilizada. Quando o tamanho do orifício do bico da mamadeira é grande, o fluxo se

torna mais rápido e a criança necessita regulá-lo ou pará-lo com a ponta da língua. Os

bicos denominados ortodônticos parecem se adaptar melhor com a anatomia, permitindo

participação maior da musculatura oral e perioral. Afirmaram também que os efeitos dos

hábitos de sucção no desenvolvimento da mandíbula, maxila e dos arcos dentários

dependem da freqüência, intensidade, duração, desenvolvimento osteogênico e genética

da criança.

Thiele, em 1996, descreve uma seqüência para tratamento de alterações

miofuncionais. Inicia pela fase denominada de instrução, em que o paciente e a família

são informados sobre o que está fazendo de adequado e inadequado. A segunda fase é

denominada de fase de motivação e se caracteriza por fazer com que o paciente entenda

a necessidade das mudanças visando maior colaboração. Na seqüência a fase de

sensibilização é utilizada em que é feito um seqüenciamento de diferentes categorias de

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Degan, V.V. 38

exercícios que ajudam na sensibilidade, onde primeiramente é trabalhada a sensibilidade

na superfície, pele ou mucosa, até chegar em uma propriocepção profunda. Em seguida a

fase de orientação é realizada onde se escolhe exercícios que o paciente seja capaz de

executar. A eutonização é o momento onde são escolhidos exercícios tanto para

aumentar ou diminuir o trabalho de fortalecimento de tônus do músculo alvo ou de um

grupo muscular. A fase da coordenação acontece no primeiro momento guiada pelo

instrutor, num segundo momento guiada pelo paciente e na da fase de automatização

(habituação) controlada pelo subconsciente dele. A automatização (habituação) consiste

em o paciente usar automaticamente os movimentos musculares e posturas que foram

treinados.

Também em 1996, Rasheed & Munshi afirmaram que a atividade muscular e

a espessura da musculatura perioral em crianças apresentando oclusão em Classe I de

Angle, tendo relação anterior normal, mordida profunda e mordida aberta anterior foram

avaliadas usando técnicas eletromiográficas e ultrassonográficas. Os resultados

demonstraram que a espessura do músculo do lábio superior foi menor em indivíduos

com mordida aberta anterior e a espessura do músculo labial inferior foi máxima em

indivíduos com mordida profunda. Uma correlação negativa significativa entre a

atividade muscular e a espessura dos lábios inferiores em indivíduos que apresentaram

relação anterior normal. Os músculos dos lábios superiores contribuíram para atividade

eletromiográfica máxima em todos os três grupos observados.

Luttmann, 1996 afirmou que a contração muscular e a produção de força

ocorrem devido a uma mudança nas posições relativas de várias moléculas alinhadas ou

filamentos organizados no interior do músculo. Esse deslizamento dos filamentos é

ativado por um fenômeno elétrico conhecido como potencial de ação. O registro do

padrão do potencial de ação do músculo é chamado eletromiografia.

Boni et al., em 1997, realizaram estudo para verificar o comportamento da

mordida aberta anterior, em 20 crianças, de 4 a 6 anos, após remoção de hábitos de

sucção de chupeta e/ou mamadeira. O Método de Esclarecimento foi utilizado para a

remoção dos hábitos. Esse método consitia de esclarecimentos feitos às crianças e seus

pais, sobre as possíveis alterações que os tais hábitos poderiam determinar. As alterações

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Degan, V.V. 39

morfológicas, decorrentes da remoção do hábito de sucção, foram avaliadas, através de

telerradiografias em norma lateral da cabeça. A avaliação cefalométrica considerou as

grandezas cefalométricas angulares: FMA, SNA, Ângulo Z, Ângulo Interincisivos,

1.NA; as lineares: 1-NA, AFA e Sobressaliência. Os resultados coletados, através de

traçado cefalométrico, mostraram que as medidas cefalométricas, 1.NA, 1-NA, Ângulo

Interincisivos e Sobressaliência, sofreram alterações estatisticamente significativas. Os

autores concluíram que houve redução da mordida aberta anterior após a remoção do

hábito de sucção, sem o uso do aparelho ortodôntico.

Schievano realizou estudo em 1997 em que através de eletromiografia de

superfície e exame clínico concluiu que a Terapia Miofuncional provocou alterações

positivas no padrão de deglutição e realização da respiração nasal.

Farsi et al, em 1997, realizaram estudos para determinar a prevalência de

hábitos de sucção entre crianças sauditas, de 3 a 5 anos, a influência de fatores culturais

e também os efeitos que esses hábitos poderiam causar na dentição primária. Os autores

concluíram que a maior prevalência de hábito de sucção era o uso de chupeta. O número

de sugadores de dedo ou chupeta foi menor entre as crianças que foram mais expostas a

amamentação. Os sugadores de chupeta abandonavam seus hábitos nos primeiros anos

de vida enquanto que os sugadores de dedo ainda o apresentavam aos 5 anos de idade.

Houve diferença significativa entre as que apresentavam hábito de sucção com relação a

molares mais distalizados, relação de caninos em classe II, sobressaliência e mordida

aberta anterior. Não foram observadas relações entre o grau de instrução dos pais e o uso

de chupeta ou sucção de dedo como os encontrados em estudos de outros autores.

Afirmou também que as crianças que abandonam os hábitos de sucção por volta dos 5

anos de idade podem apresentar autocorreção das alterações oclusais apresentadas.

Benkert em 1997 relatou que desordens miofuncionais podem influenciar ou

criar má-oclusões e que a Terapia Miofuncional que promove nova postura de estruturas

em repouso e durante a deglutição tem uma influência positiva na oclusão. Concluiu que

a oclusão melhora como resultado da Terapia Miofuncional havendo uma diminuição da

mordida aberta anterior e a sobressaliência e estas podem ocorrem sem prévia ou

concomitante intervenção ortodôntica, embora este não seja o objetivo inicial da Terapia

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Degan, V.V. 40

miofuncional. A terapia miofuncional do ponto de vista de saúde pública pode ser uma

forma de primeira intervenção para saúde global e bem estar do indivíduo. Afirma

também que a intervenção precoce da disfunção da musculatura orofacial aumenta o

potencial de um crescimento e desenvolvimento normal.

Ngan & Fields, 1997 relatam características clínicas e cefalométricas da

mordida aberta anterior esqueletal. Dentre as alterações clínicas estão à incompetência

labial (separação maior ou igual a 4 mm na postura de repouso labial). Para as alterações

cefalométricas foram evidenciados excesso na altura facial, particularmente no terço

inferior. Descrevem com etiologia da mordida aberta anterior forças resultantes da

sucção digital, uso de chupeta, hábitos linguais e labiais e obstruções aéreas que

induzem a respiração bucal. Afirmam que há uma tendência da mordida aberta anterior

fechar depois que os hábitos de sucção de chupeta são interrompidos.

Ervilha et al., em 1998 afirmam que o sinal eletromiográfico deve ser

normalizado para que se possa comparar valores obtidos de diferentes sujeitos e em dias

diferentes e que o valor médio ou pico da amplitude do sinal obtido em tarefas cíclicas

mostram-se valores adequados para a realização do procedimento.

Ríspoli & Bacha, 1998 relataram que a Terapia Miofuncional atua nas

desordens miofuncionais restabelecendo as funções de respiração, mastigação,

deglutição e fala. Pode se associar à Terapia Miofuncional a Mioterapia, que irá adequar

força e movimento dos músculos do sistema estomatognático, além de remover hábitos

parafuncionais e restabelecer posturas de repouso. Descreveram um tipo de intervenção

denominada Intervenção Fonoaudiológica Breve que consistiu de 8 sessões realizadas

uma vez por semana, em que os pacientes eram atendidos em grupo por duas

fonoaudiólogas. Concluíram que este tipo de intervenção foi efetiva para a melhora da

respiração nasal diurna e postura labial e que pode ser realizada antes ou associada a

Terapia Miofuncional e Mioterapia.

Também em 1998, Landis afirmou que alterações na musculatura e funções

orofaciais podem ocorrer por muitas razões entre elas pela presença de hábitos bucais.

Ainda em 1998, Murray et al. realizaram estudo para verificar a força labial

em adultos jovens durante a fase preparatória e oral da deglutição de líquidos. Utilizaram

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Degan, V.V. 41

a sucção por canudo e constaram que a atividade elétrica dos lábios é ausente durante o

repouso e a sucção por canudo produziu maior atividade elétrica nos músculos labiais

que durante a máxima compressão deles. Concluíram que é possível que os grupos

musculares adicionais sejam recrutados durante a sucção por canudo.

Felício em 1999 descreveu a sucção nutritiva e não nutritiva prolongada

como um fator que provocaria desequilíbrio de forças atuando contra o crescimento da

maxila. E este além de ser um fator negativo para o bom desenvolvimento das estruturas

ósseas e dentárias, provoca também mudanças no funcionamento da musculatura do

sistema estomatognático. Afirmou também que a criança que suga por muitos anos tende

a permanecer de boca aberta e pode, como conseqüência, desenvolver um padrão de

respiração bucal viciosa e os lábios deixarem de exercer sua função de selamento labial.

Com o estabelecimento de um padrão respiratório bucal ou misto ocorrem respostas

neuromusculares como abaixamento da mandíbula e língua, os lábios não exercem o

selamento da cavidade oral. Relatou também que os lábios separados deixam de exercer

a ação de contenção dos arcos dentários e geralmente os dentes superiores tornam-se

vestibularizados, fato que dificultaria ainda mais o selamento labial. Lábios separados

implicam numa diminuição de impulsos sensoriais e conseqüentemente diminuição de

impulsos motores que tornaria o lábio superior hipotrófico e o inferior flácido. A

tentativa de selamento nestes casos levaria a tensão do músculo mentual que entra em

ação para auxiliar a elevação do lábio inferior incompetente e assim promover o contato

com o superior que muitas vezes se encontra encurtado. Também fez considerações

sobre o músculo mentual em que deveria ser uma preocupação menor do que a

necessidade de alongar o lábio superior quando este estivesse encurtado e normalizar a

função do inferior, pois o músculo mentual tenderia a reduzir sua atividade quando os

lábios se normalizassem. Ressaltou a importância dos bucinadores para mastigação que

junto com a língua tem a função de reconduzir os alimentos dos vestíbulos para o centro

da cavidade bucal e para as faces oclusais.

Schievano et al. em 1999 realizaram estudo utilizando eletromiografia de

superfície e exame clínico para avaliar a influência da Terapia Miofuncional nos

músculos orbiculares da boca superior, inferior e mentual em repouso e com os lábios

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fechados em 13 crianças de 5 a 10 anos de idade, respiradores bucais sem obstrução

nasal. Concluíram que a Terapia Miofuncional pode melhorar a morfologia e função

destes músculos em respiradores bucais.

Pereira em 1999 em seu estudo faz considerações sobre a atuação da

fonoaudiologia em saúde pública, ressaltando a importância da prevenção em

fonoaudiologia que deve ser realizada em três níveis: primária (visando a promoção da

saúde geral e a proteção específica a determinada patologia), a secundária (visando a

detecção, diagnóstico e tratamento precoce) e terciária (que tenta minimizar as seqüelas

através da reabilitação). Durante seu experimento constatou que 72,4% das queixas

abordavam algum aspecto de fala e 12,25% relativas a distúrbios miofuncionais.

Em publicação de 1999, Stormer & Pancherz avaliaram

eletromiograficamente indivíduos com mordida aberta anterior e padrão de deglutição

atípica e um grupo controle com indivíduos normais antes e depois do tratamento

ortodôntico que consistiu em fechamento da mordida aberta anterior. Os músculos

estudados foram os orbiculares superior e inferior, mentual, masseteres, temporais e

região de modíolo,. Para os indivíduos com mordida aberta anterior e deglutição alterada

foram evidenciadas maior atividade eletromiográfica dos músculos periorais e menor

atividade dos músculos mastigatórios que o grupo controle. Não foi encontrado

normalização eletromiográfica do padrão de deglutição após o fechamento da mordida.

Também no ano de 1999, Bacha & Ríspoli publicaram estudo utilizando a

Intervenção Fonoaudiológica Breve que consistiu de 8 sessões em grupo realizadas por 2

fonoaudiólogas, com duração de uma hora, semanalmente, na presença dos pacientes e

seus acompanhantes. Concluíram que este programa foi efetivo para a melhora da

respiração diurna e postura labial.

Ainda em 1999, Degan relatou que a mordida aberta anterior pode ter como

fator etiológico hábitos de sucção, implicando em alterações no desenvolvimento de

estruturas e funções do sistema estomatognático. Sendo assim, hábitos de sucção devem

ser removidos o mais precocemente possível para que má-oclusões do tipo mordida

aberta anterior sejam evitadas, corrigidas ou atenuadas, favorecendo o equilíbrio no

desenvolvimento das estruturas e funções do sistema estomatognático. O

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Degan, V.V. 43

restabelecimento destas funções depende do reequilíbrio das forças que atuam na

cavidade bucal, que podem promover a autocorreção da mordida aberta anterior.

Entretanto, nem todas as crianças que têm o hábito removido são sujeitas a autocorreção,

necessitando de outras intervenções.

Em 2000, Carrara de Angelis et al. descreveram exercícios isotônicos como

aqueles que ocorre tensão muscular acompanhada de modificação no tamanho da fibra

muscular. Indicados para aumentar a oxigenação muscular, coordenação da musculatura

e aumento da amplitude de movimento. Os exercícios isométricos são aqueles em que é

desenvolvida tensão sem modificação do tamanho da fibra muscular, sendo indicado

para aumento de força muscular.

González em 2000 afirmou ser imprescindível a respiração nasal para o bom

desenvolvimento das funções orofaciais e conseqüentemente, o crescimento esquelético

harmonioso. Durante a respiração bucal os lábios ficam entreabertos e assim não existe a

ação da cinta muscular que modela o crescimento dos maxilares e das arcadas dentárias.

Fez considerações sobre uso da chupeta e ressaltou que a sucção que altera a oclusão

dentária é aquela em que os movimentos são substituídos por “lamber” e não sugar, pois

durante este tipo de sucção a língua encontrasse baixa e impulsiona o objeto para fora da

cavidade bucal, sem que chegue a expulsá-lo por completo, sem que cheguem a cair.

Em publicação do ano de 2000, Hermens et al, fizeram recomendações sobre

procedimentos e sensores para realização de eletromiografia de superfície. Quanto aos

sensores estabeleceu-se que o tamanho deste não deve ultrapassar a 10 mm. A distância

entre eles deve ser de 20 mm. O material indicado é Ag/AgCl. A pele deve ser preparada

e o posicionamento do paciente também é importante. Os eletrodos devem ser

posicionados paralelamente às fibras musculares num local que propicie uma coleta de

qualidade, tentando-se evitar ponto motor, tendões e outros músculos ativos nas

proximidades dos sensores, evitando assim crosstalk.

Degan et al., em 2001, realizou estudo para verificar se a autocorreção da

mordida aberta anterior variava de acordo com a faixa etária, após a remoção de hábitos

de sucção de chupeta e/ou mamadeira, em crianças na faixa etária de 4 anos a 6 anos e 3

meses. Foi utilizada uma amostra de 30 crianças, divididas em 3 grupos, conforme a

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Degan, V.V. 44

faixa etária, sendo que o Grupo I foi composto de crianças na faixa etária de 4 anos a 4

anos e 3 meses. O Grupo II compreendeu a faixa de 5 anos a 5 anos e 8 meses e o

Grupo III com idades entre 5 anos e 10 meses a 6 anos e 3 meses. Os participantes das

amostras foram selecionados em pré-escolas e creches da rede pública ou privada da

região de Limeira – SP. Para a remoção dos hábitos de sucção de chupeta e/ou

mamadeira foi utilizado o Método de Esclarecimento. A alteração da mordida aberta

anterior foi documentada através de fotografias intra-bucais realizadas antes do

tratamento e após 30 a 45 dias da remoção dos hábitos de sucção. A variação ocorrida na

mordida aberta anterior foi avaliada cefalometricamente em telerradiografias, em norma

lateral da cabeça, a primeira realizada antes do tratamento e a segunda, de 30 a 45 dias

após a remoção dos hábitos, utilizando-se grandezas angulares e lineares. As grandezas

cefalométricas angulares utilizadas foram: 1.NA e Ângulo Interincisivos. As grandezas

lineares foram: 1-NA e Trespasse Vertical. Após análise dos resultados, concluímos que

apesar de todas medidas terem tido alterações estatisticamente significativas, decorrentes

da remoção dos hábitos de sucção, os pacientes do Grupo I, quando comparados aos

demais grupos, apresentaram maior alteração da medida cefalométrica Trespasse

Vertical, estatisticamente significativa em nível de 5%. Portanto, hábitos de sucção de

chupeta e/ou mamadeira, preferencialmente devem ser removidos aos 4 anos de idade,

para que má-oclusões do tipo mordida aberta anterior, não se estabeleçam, sejam

atenuadas, ou mesmo corrigidas, proporcionando um desenvolvimento harmônico das

estruturas do sistema estomatognático e de suas funções.

Também em 2001, Camargo et al., afirmaram que o a ausência de contato

dos lábios leva a um desequilíbrio muscular que poderá afetar várias funções, como a

respiração, deglutição, fonação e crescimento harmonioso da face. A postura correta de

lábios em contato, mantendo a boca fechada, é a maior garantia de que a respiração é

realizada corretamente pelo nariz, favorecendo o crescimento da face. Relataram

também que as forças constantes, tais como as resultantes do tipo de postura de repouso

dos lábios, são muito importantes na definição da oclusão e quando em desequilíbrio são

os mais poderosos fatores de deformação dos arcos e posição dos dentes.

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Degan, V.V. 45

No mesmo ano de 2001, Boni realizou estudo com objetivo de verificar a

influência do biotipo facial nas alterações oclusais da mordida aberta anterior em

crianças de 4 a 6 anos de idade que abandonaram hábitos de sucção de chupeta ou

mamadeira. Concluiu que ocorreram modificações no posicionamento dos incisivos, em

decorrência do abandono do hábito de sucção, porém sem influência do biótipo facial.

Ainda em 2001, Boni et al. publicaram artigo descrevendo um método para

remoção de hábitos de sucção de chupeta e mamadeira intitulado Método de

Esclarecimento. O método consiste de uma entrevista inicial, onde foram coletadas as

informações citadas anteriormente. Num segundo momento foram feitos esclarecimentos

aos pais, sobre as possíveis alterações que os hábitos de sucção podem determinar e as

seqüelas decorrentes da manutenção dos hábitos de sucção. Foram utilizandos

fotografias e figuras de livros sobre as possíveis alterações clínicas que os hábitos de

sucção de chupeta e mamadeira poderiam produzir nas crianças e de posse das

fotografias, telerradiografias e resultados do exame clínico, foram identificadas as

possíveis alterações produzidas pelos hábitos de sucção no paciente. Os pais foram

orientados a não interferirem na decisão da criança, reforçando positivamente quando

esta apresentasse o comportamento desejado, ou seja, a diminuição da freqüência dos

hábitos ou seu abandono. Portanto, quando a criança não apresentava o hábito de sucção

num horário em que ele freqüentemente era utilizado, ela recebia um reforço social

positivo. O reforço positivo foi programado individualmente como elogios, sorrisos ou

abraços, dependendo do que fosse mais reforçador para a criança em questão. Através

das informações colhidas com os pais, puderam ser identificados quais os horários mais

freqüentes da utilização dos hábitos e era sugerido que se alterasse a rotina da criança.

Foram estipulados encontros semanais para remoção do hábito. Um número máximo de

6 sessões foi estipulado, a partir da sessão de esclarecimento feito somente com os pais.

Caso esse número fosse atingido e o hábito não tivesse sido eliminado, houve a

suspensão do tratamento, e este somente seria retomado por solicitação do paciente.

As sessões de atendimento foram realizadas com os pacientes

individualmente, onde o mesmo tipo de esclarecimento dado aos pais foi realizado, para

isso, foram utilizados recursos como espelho, fotografias, gravuras de livros que

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Degan, V.V. 46

mostravam as alterações clínicas provocadas por hábitos de sucção. Também foram

mostradas fotografias de casos tratados, e a primeira fotografia intra-bucal frontal do

paciente que estava sendo atendido. A criança então fazia uma comparação dessas

fotografias e escolhia entre uma mordida aberta anterior e uma oclusão sem alterações,

como padrão para sua oclusão.

No ano de 2002, Biasotto afirma que a normalização do sinal

eletromiográfico utilizada para reduzir a variabilidade entre sujeitos e dar um referencial

comum aos diferentes dados eletromiográficos deve ser realizada quando não há intuito

de observar a eficácia de um determinado tratamento, portanto este procedimento não foi

utilizado em seu estudo.

Também em 2002 Douglas definiu como motricidade a natureza dos

fenômenos fisiológicos que controlam a função motora esquelética e que os adaptam aos

requerimentos funcionais do organismo como os movimentos voluntários ou

involuntários, a postura, as posições específicas e a ritmicidade motora. Sendo que quem

determina estes efeitos é o sistema nervoso central, de maneira que as estruturas

envolvidas no controle motor fazem parte do sistema motor. A célula nervosa é

denominada neurônio motor ou motoneurônio.

Em 2003, Gomes de Sá Filho em seu artigo cita que Posen verificou que,

após tratamento corretivo, variando a situação espacial do processo dentoalveolar, o

músculo se adapta a nova situação normalizando a sua função em muitas ocasiões, e em

biprotrusões, depois da retração dos incisivos a tonicidade labial aumenta.

Camargo & Miori em 2003, afirmaram que má-oclusões são freqüentemente

originárias de hábitos orofaciais atribuídos à sucção não nutritiva prolongada, entre

outros. Afirmaram também que a perda da propriocepção do contato labial durante a fase

de desenvolvimento pode ser atribuída ao hábito de sucção prolongada, uma vez que o

bulbo da chupeta ou o dedo se comportam como um corpo estranho provocando o

afastamento dos lábios e não permitindo que eles se toquem em toda a extensão da rima

bucal, de comissura a comissura. Quando a criança perde a propriocepção de contato

labial, faz-se necessária à adoção de procedimentos interceptivos através de manobras

como exercícios funcionais, toques e massagens para a retomada da memória sensorial

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Degan, V.V. 47

de toque labial, pois além de tudo, lábios afastados significam um convite a respiração

bucal. Quando os lábios adquirem a postura correta em contato mantendo a boca

fechada, reflete a garantia de que a respiração esteja sendo realizada corretamente pelo

nariz.

Também em 2003, Cardoso e Machado afirmaram que hábitos são ações

adquiridas pela repetição freqüente de um ato, uso ou costume. Neurologicamente,

hábitos são atividades neuromusculares conscientes ou inconscientes reguladas pelos

arcos reflexos. Relataram também que em todas as idades as pessoas revelam seus

sentimentos e reações e liberam suas tensões com algum movimento muscular ou ação.

Entretanto quando uma ação é repetida muitas vezes pode vir a se tornar um hábito, isto

normalmente reflete um sentimento inconsciente sendo o estímulo original ou causa

esquecidos. Definiram hábitos deletéreos como funções bucais que alteram o padrão de

crescimento e deterioram a oclusão, determinado funções musculares inadequadas que

durante o crescimento distorcem a foram dos arcos e alteram a morfologia normal.

Gadotti em 2003 descreveu que RMS é a raiz quadrada da média dos

quadrados da corrente ao longo de todo ciclo, sendo a forma preferida de saída de sinal

(output) utilizada pelos pesquisadores, pois fornece o número de unidades motoras

ativadas (recrutamento), a freqüência de disparos das unidades motoras e a forma dos

potenciais de ação das unidades motoras. Descreve também que normalização do sinal

eletromiográfico não foi efetiva para visualização real do sinal eletromiográfico em seu

estudo, porém este procedimento é recomendado pela ISEK (International Society of

Electrophysiology and Kinesiology), embora não seja obrigatório. Sugere que a

normalização do sinal eletromiográfico seja utilizada com discernimento.

Ainda em 2003, Marchand afirmou que a diminuição da força muscular pode

ser alterada favoravelmente por meio do treinamento assistido e, que ganhos de força são

devido a capacidade dos músculos desenvolverem tensão e a do sistema nervoso em

ativá-los. Dentre os mecanismos para aumentar a força, os principais são o maior

número de miofibrilas, a melhor coordenção neuromuscular e a maior solicitação de

unidades motoras. Relatou também que o treinamento de exercícios contra resistência

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Revisão da Literatura

Degan, V.V. 48

faz com que ocorra aumento de força e hipertrofia muscular, e esta é semelhante em

indivíduos de diferentes faixas etárias.

Araújo & Bitar, em 2003 verificaram os efeitos da terapia miofuncional oral

em crianças respiradoras bucais. As crianças foram submetidas à avaliação miofuncional

oral e acompanhadas terapeuticamente por 12 sessões, em que utilizaram espelho nasal

milimetrado de Altmann e o monitor de pico de fluxo expiratório nas avaliações inicial e

final, assim como no início e no fim de cada sessão para cada paciente, com o propósito

de obter valores quantitativos indicadores da evolução de aeração nasal e potência

respiratória. Constataram que houve aumento estatisticamente significativo da aeração

nasal, segundo dados obtidos por meio do espelho de Altmann, entre a avaliação inicial,

com média de 14,80cm2 e a avaliação final, com 26,33 cm2, assim como para a potência

expiratória obtida pelo monitor de pico de fluxo expiratório, concluindo que os

exercícios miofuncionais foram eficazes no direcionamento e na potencialização

respiratória das crianças respiradoras bucais e que os instrumentos utilizados foram

eficazes para a quantificação destes progressos. Pôde-se observar a importância do

envolvimento e participação das próprias crianças e de suas famílias na promoção da

respiração nasal, notados no incômodo apresentado pela obstrução nasal, pela eficiência

na limpeza das narinas, na melhora na qualidade do sono e melhora na postura dos lábios

durante o repouso.

Sadakiyo et al., em 2003 verificaram a prevalência de hábitos de sucção

nutritivos (natural e mamadeira) e não nutritivos (chupeta), os métodos de remoção

utilizados e também os sucessos obtidos. Os resultados mostraram que a mamadeira foi

usada por 83,3% e a chupeta por 62,9% das crianças. Entre as crianças amamentadas

naturalmente até 1 a 2 anos de idade, o uso da chupeta foi 3,7 vezes menor do que

aquelas que foram amamentadas apenas até 3 meses. Grande parte da amostra declarou

não ter tentado remover os hábitos de sucção. A explicação realizada por profissionais

como odontopediatras e médicos, o uso de substâncias na chupeta, a interrupção abrupta

do hábito e explicações dadas pelos pais foi eficiente em 90%, 80%, 64% e 38% dos

casos,respectivamente. Concluiu-se que a sucção de chupeta e mamadeira foi

amplamente usada pela amostra. Houve uma relação linear indireta entre amamentação

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Degan, V.V. 49

natural e o uso de chupeta (quanto mais a criança foi amamentada, menos freqüente foi a

utilização de chupeta). O método mais eficiente para remoção da chupeta foi a

explicação feita por profissionais, porém foi o menos usado.

Degan et al., 2003 avaliaram clinicamente as relações morfológicas oclusais

de 243 crianças com idade entre 3 anos e 6 meses a 6 anos e 11 meses, a fim de

estabelecer índices de má-oclusão e sua relação com hábitos de sucção. Verificaram que

59,7% desta população apresentava algum tipo de hábito de sucção (sucção de

mamadeira, chupeta e dedo) e destas 63,8% apresentavam algum tipo de má-oclusão

anterior. A associação de diferentes hábitos aumentavam os índices de má-oclusão. Para

a associação de sucção de mamadeira e chupeta, 57,4% apresentavam mordida aberta

anterior, 24,1% relação vertical normal, 7,4% sobressaliência, 5,5% relação de topo,

3,7% mordida aberta anterior associada a sobressaliência, 1,8% mordida cruzada

anterior. Concluíram em que hábitos de sucção são fatores determinantes de alteração

oclusal na região antero-posterior dos incisivos e a associação de hábitos eleva em 9

vezes os índices de má-oclusão.

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Revisão da Literatura

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Proposição

Degan, V.V. 51

3-PROPOSIÇÃO

O objetivo deste estudo foi verificar a influência da terapia miofuncional

associada à remoção de hábitos de sucção de chupeta e mamadeira na redução da

mordida aberta anterior e nas alterações musculares e funcionais do sistema

estomatognático em crianças na faixa etária de 4 anos a 4 anos e 8 meses, através das

avaliações: clínica, eletromiográfica e cefalométrica.

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Proposição

Degan, V.V. 52

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Material e Métodos

Degan, V.V. 53

4-MATERIAL E MÉTODOS

4.1- SELEÇÃO DA AMOSTRA

O projeto de pesquisa teve a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da

FOP/UNICAMP n° 19/2000 (anexo 1), foi encaminhado à Secretaria Municipal de

Educação e Saúde da cidade de Piracicaba e autorizado pelo Sr. Secretário de Educação

a execução do experimento.

Realizou-se reunião com as agentes municipais de saúde para exposição do

projeto e em seguida 15 creches foram visitadas. Foram submetidas a exame clínico

oclusal 421 crianças realizado por um cirurgião dentista e pela pesquisadora, depois de

obtida a permissão dos pais. Destas crianças, 43 obedeciam aos critérios de inclusão e

tiveram seus pais contatados para se confirmar a presença de hábitos de sucção de

chupeta e/ou mamadeira. Coube aos pais a decisão de participar ou não da pesquisa.

Apenas, 36 pais de crianças aceitaram participar do estudo. A eles foi apresentado um

termo de consentimento com os esclarecimentos sobre a pesquisa o qual foi assinado.

Eles também tinham o direito de desistir da participação a qualquer momento, sem que

houvesse qualquer restrição por parte da pesquisadora. Das 36 que aceitaram participar

do estudo uma foi eliminada por apresentar obstrução nasal detectada por

telerradiografia em norma lateral da cabeça, uma se recusou a abandonar os hábitos de

sucção de chupeta e mamadeira, 4 foram excluídas por não abandonarem os hábitos e

completarem 5 anos de idade, uma foi excluída por ter os dentes incisivos centrais

esfoliados e 10 abandonaram o experimento com alegação dos pais de não terem tempo

de levar a criança para o tratamento.

A amostra final consistiu de 20 pacientes na faixa etária de 4 anos a 4 anos e

8 meses de idade, de ambos os sexos, segundo os critérios de inclusão: portadores de

mordida aberta anterior, dentição decídua completa e ausência de sinais clínicos de

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Material e Métodos

Degan, V.V. 54

fácies de respiração bucal obstrutiva. Todas as crianças apresentavam hábitos de sucção

de chupeta, utilizando-a livremente tanto durante o dia quanto à noite, e mamadeira em

uma freqüência média de 2 vezes ao dia. A idade para remoção dos hábitos acima

citados foi determinada por estudo anterior (Degan et al., 2001), em que se concluiu que

entre as idades de 4 a 6 anos o grupo de crianças com 4 anos de idade demonstrou

melhores resultados na autocorreção da mordida aberta anterior. Os pacientes foram

divididos em dois grupos, aleatoriamente de acordo com o tratamento empregado em:

1- GRUPO REM – com 10 crianças que foram submetidas à remoção de

hábitos de sucção de chupeta e mamadeira pelo Método de Esclarecimento modificado.

2- GRUPO TMF – com 10 crianças que foram submetidas à remoção de

hábitos de sucção de chupeta e mamadeira pelo Método de Esclarecimento modificado e

realização de Terapia Miofuncional.

No momento da inclusão da criança na pesquisa feita através de assinatura

do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, estas foram encaminhadas para a

realização dos exames iniciais: exame clínico, radiográfico utilizando-se telerradiografia

em norma lateral da cabeça, exame eletromiográfico e documentação fotográfica.

CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO

Não foram selecionadas crianças portadoras de interferências como mordida

cruzada anterior e/ou posterior, respiradores bucais obstrutivos e presença de algum

outro tipo de hábito de sucção que não fosse chupeta e mamadeira. Foram eliminadas da

amostra as crianças que não abandonaram o(s) hábito(s) de sucção de chupeta e/ou

mamadeira ao completarem 5 anos de idade e/ou que tiveram os incisivos centrais

decíduos esfoliados durante o período do experimento e os que apresentavam fácies de

Síndrome da Respiração Bucal.

4.2- ENTREVISTA INICIAL

Foi realizada uma entrevista inicial, individualmente com os pais de cada

criança que aceitaram participar da pesquisa, quando foram coletados dados referentes

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Material e Métodos

Degan, V.V. 55

aos hábitos de sucção apresentados naquele momento como freqüência, duração,

intensidade e existência de hábitos associados, assim como atitude da criança com

relação aos hábitos de sucção em locais públicos, comportamento dos pais ou

responsáveis em relação aos hábitos de sucção, atitudes atuais em relação à utilização

dos hábitos de sucção e tentativas anteriores para removê-los. Também foram coletados

dados quanto ao comportamento social, a freqüência de choro, timidez, relacionamento

com outras crianças, relacionamentos com os pais. Também foram questionados quanto

à alimentação da criança, substituição de alimentos por leite, histórico de má-oclusão

familiar, saúde geral, tipo respiratório, doenças já apresentadas, desenvolvimento motor,

preferências da criança com relação aos jogos e situações agradáveis. Estes dados foram

coletados para que se montasse um programa individual de remoção dos hábitos de

sucção, com base no Método de Esclarecimento modificado.

4.3- APLICAÇÃO DO MÉTODO DE ESCLARECIMENTO

A aplicação do Método de Esclarecimento (BONI et al., 2001) foi utilizada

para remoção dos hábitos de sucção também utilizado em pesquisas anteriores (Boni et

al,1997 e Degan et. al, 2001 e Boni, 2001). O método consistiu de uma entrevista inicial,

em que foram coletadas as informações citadas anteriormente. Num segundo momento

foram feitos esclarecimentos aos pais, sobre as possíveis alterações que os hábitos de

sucção podem determinar e as seqüelas decorrentes da manutenção dos hábitos de

sucção. Foram utilizadas fotografias e figuras de livros sobre as possíveis alterações

clínicas que os hábitos de sucção de chupeta e mamadeira poderiam produzir nas

crianças e de posse das fotografias, telerradiografias e resultados do exame clínico,

foram identificadas as possíveis alterações produzidas pelos hábitos de sucção no

paciente. Os pais foram orientados a não interferirem na decisão da criança, reforçando

positivamente quando esta apresentasse o comportamento desejado, ou seja, a

diminuição da freqüência dos hábitos ou seu abandono. Portanto, quando a criança não

apresentava o hábito de sucção num horário em que ele freqüentemente era utilizado, ela

recebia um reforço social positivo. O reforço positivo foi programado individualmente

como elogios, sorrisos ou abraços, dependendo do que fosse mais reforçador para a

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Material e Métodos

Degan, V.V. 56

criança em questão. Através das informações colhidas com os pais, puderam ser

identificados quais os horários mais freqüentes da utilização dos hábitos e era sugerido

que se alterasse a rotina da criança. Foram estipulados encontros semanais para remoção

do hábito. Um número máximo de 6 sessões foi estipulado, a partir da sessão de

esclarecimento feito somente com os pais. Caso esse número fosse atingido e o hábito

não tivesse sido eliminado, houve a suspensão do tratamento, e este somente seria

retomado por solicitação do paciente.

As sessões de atendimento foram realizadas com os pacientes

individualmente, onde o mesmo tipo de esclarecimento dado aos pais foi realizado, para

isso, foram utilizados recursos como espelho, fotografias, gravuras de livros que

mostravam as alterações clínicas provocadas por hábitos de sucção. Também foram

mostradas fotografias de casos tratados, e a primeira fotografia intrabucal frontal do

paciente que estava sendo atendido. A criança então fazia uma comparação dessas

fotografias e escolhia entre uma mordida aberta anterior e uma oclusão sem alterações,

como padrão para sua oclusão.

Modificações do Método de Esclarecimento

Alguns procedimentos foram acrescentados levando-se em conta o fato de

que as crianças freqüentavam creches municipais durante o dia, por suas mães

trabalharem e passarem pouco tempo com a criança, exceto aos finais de semana quando

o contato era mais longo.

Foram distribuídos relatórios confeccionados com ilustrações a cada sessão

que indicavam dia e noite, em que a criança era orientada a fazer desenhos ou marcações

quando não estivesse fazendo uso de hábitos de sucção nutritivo (mamadeira) e não

nutritivo (chupeta) naquele momento (anexo 5). A criança era estimulada a fazer muitos

desenhos e assim poderia trocá-los por adesivos. Os relatórios eram trocados

semanalmente até que ela abandonasse todos os hábitos completamente. Com este

instrumento era possível observar a diminuição da freqüência até a eliminação dos

hábitos apresentados pela criança.

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Material e Métodos

Degan, V.V. 57

Além dos relatórios, fotomicrografias em microscopia eletrônica de

varredura de esporos sobre a superfície de uma chupeta eram mostradas explicando

ludicamente que estes microrganismos estavam em sua chupeta (anexo 7).

Ao final de cada sessão, os pais tinham suas dúvidas esclarecidas, relatavam

o que tinha ocorrido após o último encontro e eram incentivados para que continuassem

o programa. Nesse momento os pais descreviam se havia ocorrido alterações na

freqüência e intensidade dos hábitos e novas estratégias que seriam utilizadas até a

próxima sessão eram elaboradas, sempre levando em conta o que fosse mais reforçador

para a criança.

As freqüências, assim como o registro do trabalho realizado, e dados

coletados da família em cada sessão foram documentados através de relatórios, onde foi

possível fazer o acompanhamento de cada caso, anexado ao prontuário clínico do

paciente.

4.4-TRATAMENTO MIOFUNCIONAL

Logo após a remoção dos hábitos apresentados, as crianças do grupo TMF

foram submetidas a 8 sessões de Terapia Miofuncional realizadas uma vez por semana

durante 30 minutos. Durante estas sessões a criança realizava os exercícios isométricos e

funcionais e recebia um calendário (Pierce, 1986) para que os executasse também em

casa uma vez ao dia. Os calendários eram trocados semanalmente (anexo 6). Um adulto

participava do final da sessão para que também aprendesse a executar os exercícios

corretamente e pudesse assim supervisionar a criança.

A Terapia Miofuncional foi realizada visando:

Melhora da resistência dos músculos: orbicular da boca superior, orbicular da boca

inferior, bucinadores e músculos linguais. Estes músculos foram trabalhados através

de exercícios isométricos utilizando-se abaixador de língua de madeira com a mão,

aplicando contra-resistência no músculo ou grupo muscular desejado.

Adequação das seguintes funções do sistema estomatognático: deglutição e

respiração (nasal). Foram utilizados exercícios preparatórios de deglutição como

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Degan, V.V. 58

língua estalada no palato, e deglutição de líquidos e alimentos sólidos. Para a

respiração nasal iniciou-se com estímulos para utilizar-se o nariz.

Adequação de estruturas durante o repouso: adequação do posicionamento dos lábios

(em selamento) e adequação do posicionamento lingual (em região de papila

retroincisal). Durante a automatização das estruturas em repouso, exercícios

respiratórios foram associados.

Para cada voluntário foi traçado um plano de tratamento personalizado que visava a

adequação das estruturas e funções citadas acima.

A remoção de hábitos de sucção de chupeta e mamadeira foi efetuada antes

da realização da Terapia Miofuncional segundo recomendação de Gershater (1972).

4.5- DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA

Realizada utilizando-se câmara fotográfica digital MAVICA FD 97 SONY

para documentação dos casos, sendo realizadas antes da remoção dos hábitos, 60 e 180

dias após.

a)Fotografias Extrabucais:

- Fotografia frontal da face

- Fotografia frontal de terço médio e inferior

- Fotografia lateral da face

- Fotografia lateral de terço médio e inferior

b)Fotografias Intrabucais

- Fotografia frontal da oclusão padrão intermaxilar anterior

Fotografia lateral da oclusão padrão intermaxilar anterior

4.6 - FORMA DE ANÁLISE DOS RESULTADOS

Os resultados foram analisados através de exames clínicos, fotográficos,

eletromiográficos e cefalométricos realizados previamente e aos 60 e 180 dias após a

remoção dos hábitos de sucção.

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Material e Métodos

Degan, V.V. 59

Para o Grupo REM os hábitos foram removidos e a partir da data de

remoção foi esperado 60 dias e 180 dias para a realização dos exames.

Para o Grupo TMF os hábitos foram removidos e realizaram-se 8 sessões de

Terapia Miofuncional, totalizando-se 2 meses após a remoção dos hábitos.

Portanto todas as crianças da amostra foram submetidas concomitantemente

à realização dos exames 60 e 180 dias após a remoção dos hábitos de sucção.

4.6.1-EXAME CLÍNICO

As crianças selecionadas foram submetidas a exame de estruturas e funções

do sistema estomatognático, realizado por uma fonoaudióloga devidamente calibrada

com a pesquisadora, que não tinha conhecimento sobre qual era o grupo a que a criança

pertencia (Kappa 85%).

Foram avaliadas as seguintes estruturas: lábios, mento, língua, bochechas,

oclusão e funções como deglutição e respiração.

As estruturas e funções foram verificadas por uma fonoaudióloga avaliadora

segundo os escores relacionados a seguir.

ESTRUTURAS:

1-LÁBIOS:

Posicionamento de repouso habitual: avaliada através de observação enquanto a

criança realizava alguma atividade lúdica e classificado em:

- Lábios selados: Quando o lábio superior tocava o lábio inferior

- Lábios entreabertos: Quando os lábios superior e inferior não se apresentavam

em contato, porém mantendo distância mínima entre eles.

- Lábios afastados: Quando os lábios superior e inferior se apresentavam afastados

possibilitando visualizar estruturas como dentes e também língua.

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Material e Métodos

Degan, V.V. 60

QUADRO 01 – Escores atribuídos ao posicionamento dos lábios em

repouso

Resistência do lábio superior: avaliada através de prova de resistência utilizando-

se abaixador de língua descartável de madeira.

Resistência do lábio inferior: avaliada através de prova de resistência utilizando-

se abaixador de língua descartável de madeira.

A resistência das estruturas foi classificada em:

- Resistente: Quando a estrutura era afastada pelo abaixador de língua de madeira

e o paciente realizava contração que oferecia forte resistência, movimentando-o

vigorosamente.

- Hiporresistente leve: Quando a estrutura era afastada pelo abaixador de língua de

madeira e o paciente realizava contração que oferecia leve resistência,

movimentando-o de maneira menos intensa que o anterior.

- Hiporresistente moderada: Quando a estrutura era afastada pelo abaixador de

língua de madeira e o paciente realizava contração que oferecia moderada

resistência, executando pouco movimento.

- Hiporresistente severa: Quando a estrutura era afastada pelo abaixador de língua

de madeira e o paciente realizava contração que não oferecia resistência, sem

movimentação do abaixador lingual.

Posicionamento Habitual

Dos Lábios em Repouso

Valor

Lábios selados 0

Lábios entreabertos 1

Lábios afastados 2

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Material e Métodos

Degan, V.V. 61

QUADRO 02 – Escores atribuídos à resistência

de estruturas: lábios superior, lábio inferior,

bochecha direita, bochecha esquerda e língua.

2- BOCHECHAS:

Resistência das bochechas: avaliada através de prova de resistência utilizando-se

abaixador de língua descartável de madeira.

Utilizou-se os mesmos critérios quanto a resistência descrito anteriormente.

3-LÍNGUA:

Posicionamento habitual da língua em repouso: avaliada através de observação

enquanto a criança realizava alguma atividade lúdica, observando e se necessário

afastando os lábios para sua visualização.

QUADRO 03 – Escores atribuídos ao posicionamento

Habitual da língua em repouso

Resistência Valor

Resistente 0

hiporresistente leve 1

hiporresistente moderada 2

hiporresistente severa 3

Posicionamento Habitual da Língua

em repouso

Valor

Língua em região de papila retroincisal 0

Língua em soalho bucal 1

Língua posicionada entre os incisivos 2

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Material e Métodos

Degan, V.V. 62

Resistência da língua: avaliada através de prova de resistência utilizando-se

abaixador de língua descartável de madeira utilizando-se os mesmos critérios, quanto

a resistência, descrito anteriormente.

4-MENTO:

• Posicionamento em repouso habitual: avaliada através de observação enquanto a

criança realizava alguma atividade lúdica. Classificado em:

- Mento relaxado: Quando em repouso facial o mento não apresentava rugosidades.

- Mento tenso: Quando em repouso facial o mento apresentava rugosidades

QUADRO 04 – Escores atribuídos ao aspecto

do mento

OCLUSÃO:

1- Relação dos incisivos decíduos

1.1- Sentido vertical:

Mordida aberta anterior

Sobremordida (Overbite)

Normal – incisivo superior cobrindo até 1/3 do incisivo inferior

1.2- Relação dos incisivos decíduos – sentido horizontal:

Mordida cruzada anterior

Sobressaliência (Overjet)

Normal - incisivo superior cobrindo até 1/3 do incisivo inferior, por vestibular.

Aspecto Valor

Mento relaxado valor 0

Mento tenso valor 1

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Material e Métodos

Degan, V.V. 63

1.3- Relação antero-posterior de caninos decíduos (considerando-se separadamente a

análise dos lados Direito e Esquerdo):

Classe I – canino superior ocluindo no espaço entre o canino e o primeiro molar

inferior.

Classe II - canino superior ocluindo anteriormente ao espaço entre o canino e o

primeiro molar inferior

Classe III - canino superior ocluindo posteriormente ao espaço entre o canino e o

primeiro molar inferior.

1.3- Relação terminal dos segundos molares decíduos:

Degrau mesial

Degrau distal

Plano Vertical

FUNÇÕES:

DEGLUTIÇÃO:

Avaliada durante prova de função de deglutição de água e alimentos.

Classificadas em:

- Presença de interposição lingual: Quando durante a deglutição a língua se interpõe

entre os dentes incisivos centrais.

- Ausência de interposição lingual: Quando durante a deglutição a língua se interpõe

entre os dentes incisivos centrais.

Deglutição Valor

Presença de interposição lingual 0

Ausência de interposição lingual 1

QUADRO 05 – Escores atribuídos a variável deglutição

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Material e Métodos

Degan, V.V. 64

RESPIRAÇÃO:

- Avaliada através de prova utilizando-se Espelho nasal milimetrado de Altmann. Este

era colocado sob as narinas da criança enquanto ela mantinha respiração sem

instrução prévia. O fluxo de ar expirado pelas narinas produzia uma marca no espelho

que era reproduzida em papel igualmente milimetrados denominado de “bloco de

referência”. Os espaços marcados pelo fluxo de ar foram então contados para

atribuição de um valor.

FIGURA 01 – Espelho de Altmann (A) e bloco de referência (B)

4.6.2-ANÁLISE ELETROMIOGRÁFICA

Para observar a efetividade da Terapia Miofuncional no músculo orbicular da

boca superior e mentual foi utilizada a eletromiografia de superfície por ser menos

invasiva e de resultados fidedignos.

Equipamentos, Materiais e Procedimentos:

Condicionador de Sinais:

- Para o registro da atividade elétrica dos músculos estudados foram utilizados

sistema de aquisição de sinais (Módulo condicionador de Sinais, MCS-V2 da

B A

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Material e Métodos

Degan, V.V. 65

Lynx Eletrônica Ltda.) de 16 canais, com 12 bites de resolução de faixa dinâmica;

filtro analógico de segunda ordem Butterworth, de passa-baixa de 509 Hz e

passa-alta de 10,6 Hz, ganho de 600 vezes.

Placa conversora de sinal Analógicos para Digital (A/D) de 12 bites de resolução

de faixa dinâmica e freqüência de amostragem de 1 KHz, modelo CAD 12/36 da

Lynx Eletrônica Ltda., “Software” Aqdados versão 4.18.

- Para apresentação simultânea dos sinais de vários canais e tratamento do sinal

(valor de RMS, média, mínimo, máximo e desvio padrão) com freqüência de

amostragem de 1000Hz.

Gaiola de Faraday:

- Possui a função de isolar o campo eletromagnético do ambiente e assim reduzir a

interferência do ruído, permitindo uma análise mais fidedigna do sinal

eletromiográfico. É constituída por um cubo com estrutura de madeira e caibro

5x5 cm, com dimensão interna de 2,3m de altura, 2,8 m de largura e 2,6m de

comprimento, revestida por uma tela de cobre (malha 1x1 mm). A estrutura é

aterrada em seus quatro vértices, por cabo de cobre nu de 25 mm2, o qual é

conectado em hastes de aterramento. O aterramento é composto por seis hastes de

cobre 5/6’’ por 2,40 metros pareadas, formando um triângulo. Todas as conexões

foram realizadas com fundição e o aterramento tratado com sologel.

Filtro de linha, “nobreak” e estabilizador:

- Utilizados para minimizar a interferência de componentes de 60Hz e suas

harmônicas (120, 180, 240...) presentes na rede elétrica de alimentação dos

equipamentos, foram conectados dois filtros de linha ligados em série, “nobreak”

e estabilizador, o qual foi ligado a uma tomada elétrica de 110V. Esta tomada

também estava aterrada no mesmo aterramento da gaiola de Faraday.

Computador 486

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Degan, V.V. 66

Eletrodo de referência:

- O eletrodo de referência retangular (33x31 mm) de aço inoxidável, pertencente

ao Laboratório de Eletromiografia da FOP/Unicamp, utilizado para reduzir ruído

durante a aquisição do sinal eletromiográfico (Figura 7).

Eletrodos de superfície passivos:

- Foram escolhidos para o experimento eletrodos de superfície por serem capazes

de captar a atividade elétrica de várias unidades motoras ao mesmo tempo, e não

provocarem desconforto ao paciente.

- Os eletrodos usados foram do tipo passivo de Ag/AgCl Meditrace® Kendall-

LTP (Chicopee, MA 01), para ECG infantil com condutor adesivo por terem

melhores condições para se adequarem ao menor tamanho do músculo estudado,

por se tratar de crianças de quatro anos de idade (Figura 2).

FIGURA 02- Eletrodos passivos Ag/AgCl, recortado (A) e original (B)

- Estes foram conectados à placa por cabos condutores de 1,5 metro de

comprimento, confeccionados para o estudo.

Para captação dos sinais foram utilizados:

- Canudo sanfonado com 5 mm de diâmetro

A B

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Material e Métodos

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- Água mineral

- Iogurte de morango (Bliss®- Nestlé)

- Creme de chocolate (Chandelle® – Nestlé)

- Copos descartáveis de 20 ml, sem tampa

FIGURA 03 – Eletrodos passivos, canudo e

materiais usados para

sucção.

Procedimentos para coleta do sinal eletromiográfico

Os procedimentos para coleta obedeceram a normas preconizadas pelo SENIAM

(Surface Electromyograph for NonInvasive Assessment of Muscles).

POSICIONAMENTO: Os voluntários eram colocados sentados em posição

habitual, olhando para frente, com as mãos apoiadas sobre os membros inferiores e

palmas viradas para cima.

LIMPEZA DA PELE: Para favorecer a fixação dos eletrodos de superfície, nos

músculos estudados, e diminuir a impedância da pele, fez-se a limpeza com

algodão e álcool etílico hidratado 92,8° G.L., na região de filtro labial, mento e

pulso (Figura 4).

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Material e Métodos

Degan, V.V. 68

FIGURA 04 – Procedimento de limpeza da pele

FIXAÇÃO DE ELETRODOS:

- Os eletrodos passivos foram recortados para se adequarem ao tamanho dos

músculos estudados e fixados com TRANSPORE ®- 3M, mantendo-se à distância

de 20 mm intereletrodos.

FIGURA 05 – Colocação e fixação de eletrodos em voluntário

- Foram fixados:

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Material e Métodos

Degan, V.V. 69

o Músculo orbicular da boca superior: 2 mm acima da borda livre do lábio,

ficando o centro dos pares a 20 mm de distância entre si, um de cada lado da

linha mediana do lábio (Figura 6).

o Músculo mentual: um pouco acima da borda livre do mento, ficando o centro

dos pares a 20 mm de distância entre si, um de cada lado da linha mediana

(Figura 6).

FIGURA 06 – Esquema de localização de fixação de eletrodos

- O eletrodo de referência, após aplicação de gel condutor foi colocado no

pulso do voluntário e fixado com fita de velcron (Figura 7).

Músculo Mentual

Músculo orbicular da boca superior

FIGURA 07 – Colocação e fixação de eletrodo de referência em voluntário

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Material e Métodos

Degan, V.V. 70

COMANDOS:

- O voluntário era orientado a olhar para frente, com a cabeça reta, e não fazer

movimentos com o corpo.

- Para a coleta de repouso o paciente era solicitado para que ficasse imóvel até que

a pesquisadora finalizasse a coleta.

- Para as provas de sucção deveria sugar sem parar e somente deglutir quando lhe

fosse solicitado.

CAPTAÇÃO DO SINAL ELETROMIOGRÁFICO

- Os canais de entrada dos eletrodos foram calibrados e gravados para que fosse

utilizado sempre o mesmo para todas as coletas, para obtenção de padronização de

captação de sinal eletromiográfico. Esse procedimento foi realizado para atribuir

como valor zero de referência à voltagem registrada durante o curto-circuito do

eletrodo passivo e o eletrodo de referência.

- Foram utilizados 2 canais de entrada dos eletrodos, para captação de sinais dos

músculos estudados (orbicular da boca superior e mentual). - Os sinais foram captados dentro da gaiola de Faraday, situada no laboratório de

Eletromiografia da FOP/UNICAMP .

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Os sinais foram captados em 3 situações:

As coletas dos sinais eletromiográficos foram realizadas nos músculos orbicular

oris superior e mentual de todos os voluntários em três tempos distintos:

Tempo 1 - pré – tratamento;

Tempo 2 - 60 dias após a remoção dos hábitos de sucção;

Tempo 3 - 180 dias após a remoção dos hábitos de sucção;

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Material e Métodos

Degan, V.V. 71

As coletas foram realizadas durante 5 segundos cada, em três situações que

foram repetidas 3 vezes:

Situação A – Repouso;

Situação B – Sucção de iogurte Bliss® (Nestlé);

Situação C- Sucção de água;

Situação D- Sucção de creme de chocolate (Chandelle® – Nestlé);

Para a sucção foi utilizado canudo sanfonado de 5 mm de diâmetro e 21,5 cm

de comprimento e copo descartável de 20 ml.

ANÁLISE DOS DADOS

Após a coleta dos sinais mioelétricos brutos, estes tiveram sua amplitude

avaliada pelos valores de RMS. Para cada canal, ou seja, para o músculo orbicular da

boca superior e para o músculo mentual, foram escolhidas janelas de 1 segundo, dentro

do período de 5 segundos coletados, onde os sinais brutos se apresentavam com menores

interferências. Este procedimento foi realizado para cada uma das três coletas realizadas

em cada prova. Por exemplo: Utilizou-se as médias provenientes das três coletas de

repouso (repouso 1, repouso 2 e repouso 3), para o músculo orbicular da boca e para o

músculo mentual, nos três diferentes tempos (pré-tratamento, 60 e 180 dias após).

Os dados foram normalizados conforme sugestão de Ervilha et al. (1998) e

Portney (1993) para reduzir a variabilidade inerente aos procedimentos de

eletromiografia, diferença entre sujeitos e assim propiciar um referencial comum aos

diferentes dados eletromiográficos. Utilizaram-se os valores de RMS obtidos pela

contração máxima como preconizada por Portney (1993) para efetuação do

procedimento, porém este procedimento não foi efetivo para visualização real do sinal

eletromiográfico fato também citado por Gadotti (2003), além de Biasotto (2002) que

afirmou que este procedimento não é recomendado quando há intenção de observar

eficácia de um determinado tratamento. Portanto preferiu-se utilizar os dados brutos

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Material e Métodos

Degan, V.V. 72

apenas retificados para posterior análise estatística, ou seja, sem a normalização como

em estudos realizados por Biasotto (2002) e Gadotti (2003).

4.6.3-AVALIAÇÃO CEFALOMÉTRICA

As telerradiografias, em norma lateral da cabeça, foram realizadas no

Departamento de Radiologia da FOP/UNICAMP. A primeira tomada foi feita antes da

remoção dos hábitos de sucção, logo após a entrevista inicial, portanto, antes da

aplicação do Método de Esclarecimento. A segunda tomada radiográfica foi realizada 60

dias após a remoção dos hábitos e a terceira, 180 dias após. As três telerradiografias

realizadas tiveram níveis de radiação e técnicas de proteção determinados pelas

legislações vigentes, tanto estaduais quanto federais, seguindo o “Programa de Garantia

de Qualidade em Radiologia”, podendo praticar valores inferiores aos seguidos, ou seja,

para tomadas extrabucais sugere-se 0,5 mGy, não ultrapassando a 100 mGy/mês. Os

valores praticados pela área de Radiologia da FOP-UNICAMP são em média 1 mGy –

dose por tomada radiológica. Sendo feita uma tomada radiológica antes da retirada do

hábito e duas após a remoção dele, resultando num total de três tomadas com 1 mGy

cada, ainda assim ficando distante do nível aceitável de 100 mGy/mês, que é

considerado seguro, portanto não oferecendo risco para o paciente.

A análise cefalométrica foi realizada pela pesquisadora (VVD), sendo

calculado o índice de coincidência pelo Teste Kappa (p=0,3726).

De posse das telerradiografias, em norma lateral da cabeça, foram feitos

cefalogramas, com o objetivo de verificar o comportamento das estruturas ósseas e

dentárias, decorrentes dos tratamentos empregados. Para tanto, utilizou-se algumas

grandezas angulares e lineares da análise cefalométrica padrão UNICAMP como:

• 1.NA: Ângulo formado pela intersecção da linha NA e o eixo longo do dente

incisivo superior;

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Material e Métodos

Degan, V.V. 73

FIGURA 8- Cefalograma da medida cefalométrica angular 1.NA

• ī.1: Ângulo formado pela intersecção do longo eixo do dente incisivo superior e do

longo eixo do incisivo inferior;

FIGURA 9- Cefalogramas da medida cefalométrica angular ī.1

1.1

1.1

1.NA

1.NA

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Material e Métodos

Degan, V.V. 74

As grandezas lineares utilizadas foram:

• 1-NA: Distância entre a linha NA e a borda incisal do dente incisivo superior,

perpendicular à linha NA;

FIGURA 10- Cefalograma da medida cefalométrica angular 1-NA

• TRESPASSE VERTICAL: Distância entre a borda incisal do dente incisivo superior

e o plano oclusal, perpendicular a este.

FIGURA 11- Cefalograma da medida cefalométrica linear TRESPASSE

VERTICAL

1-NA1-NA

1-NA

TRESPASSE VERTICAL TRESPASSE

VERTICAL

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Material e Métodos

Degan, V.V. 75

4.6.4-ANÁLISE ESTATÍSTICA

Os dados coletados da análise cefalométrica, eletromiográfica e exame

clínico da motricidade oral foram submetidos à análise estatística. Foram utilizados para

as variáveis pertencentes ao exame clínico os testes de Mann-Whitney e Wilcoxon. Para

a análise das variáveis referentes à respiração, eletromiografia de superfície e

cefalometria utilizou-se Test t para duas amostras independentes e o Teste t para dados

pareados, considerando nível de significância valores p< 0,05.

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Material e Métodos

Degan, V.V. 76

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Resultados

Degan, V.V. 77

RESULTADOS

5.1-EXAME CLÍNICO

• FUNÇÕES:

1-LÁBIOS:

POSICIONAMENTO HABITUAL EM REPOUSO:

A Tabela 1 demonstra os percentuais observados em relação à variável

posicionamento habitual adequado dos lábios em repouso, para as crianças da

amostra.

TABELA 1 Distribuição percentual de crianças com posicionamento labial adequado

durante o experimento, na avaliação do POSICIONAMENTO HABITUAL DOS LÁBIOS EM REPOUSO.

Avaliações

Inicial 60 dias 180 dias

REM 20% Aa 30% Aa 40% Aa

TMF 0 Aa 70% Bb 90% Bb

Percentuais seguidos por mesma letra Maiúscula na comparação entre grupos não diferem entre si pelo teste Mann-Whitney (p>0,05).

Percentuais seguidos por mesma letra Minúscula na comparação dentro do mesmo grupo não diferem entre si pelo teste Wilcoxon (p>0,05).

Pode-se observar pela tabela 1 que as crianças do Grupo TMF passaram a

demonstrar comportamento mais adequado para a posição labial em repouso após a

Terapia Miofuncional, enquanto que o grupo que apenas foi submetido à remoção dos

hábitos de sucção não apresentou diferença significativa no percentual de crianças

que tiveram a posição dos lábios em repouso habitual adequada durante o período do

experimento (Início x 60 dias – p=0,1088; 60 dias x 180 dias – p=0,3616; Início x

180 dias – p=0,0679). Estas apresentaram leve tendência a exibir comportamento

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Resultados

Degan, V.V. 78

TMF1 – grupo TMF período de pré-tratamento; TMF2 – Grupo TMF aos 60 dias; TMF3 – Grupo TMF aos 180 dias REM1 – Grupo REM período de pré-tratamento; REM2 –Grupo REM aos 60 dias; REM 3 – Grupo REM aos 180 dias;

adequado dos lábios em repouso apenas 180 dias após a remoção de hábitos Após

60dias 70% das crianças apresentaram escore 0, ou seja, posição labial adequada,

enquanto que aos 180 dias 90% das crianças apresentavam essas mesmas

características ao exame clínico, para o grupo TMF. O grupo de crianças submetido à

associação de tratamentos (TMF) apresentou proporcionalmente mais crianças com

posicionamento adequado após 60 dias (p=0,0051) e aos 180 dias (p=0,0051).

Comparando-se ambos os grupos pode-se observar que o grupo que recebeu a Terapia

Miofuncional associada à remoção de hábitos apresentou posicionamento

significativamente mais adequado que o grupo que apenas passou pela remoção dos

hábitos de sucção, tanto na avaliação aos 60 dias (p=0,0494) quanto na avaliação aos

180 dias (p=0,0452).

A figura 12 ilustra os escores atribuídos para a avaliação da posição dos lábios

em repouso habitual, durante o período do estudo para a amostra.

FIGURA 12 - Ilustração gráfica da freqüência dos escores atribuídos ao POSICIONAMENTO HABITUAL DOS LÁBIOS EM REPOUSO, para as crianças dos grupos tratados durante o período de estudo.

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

REM1 TMF1 REM2 TMF2 REM3 TMF3

SeladosEntreabertosAfastados

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Resultados

Degan, V.V. 79

Analisando-se a figura 12, pode-se verificar que o Grupo TMF exibiu redução

acentuada no percentual de escore 2 quanto ao repouso labial, isto é, houve

posicionamento mais adequado dos lábios durante o repouso, que passaram de

afastados para entreabertos ou selados aos 60 dias, com continuada melhora aos 180

dias, sendo que 90% das crianças apresentaram escore 0 ao final do período de

observação. Observou-se melhora, quanto à posição de repouso labial, porém não

significativa para o Grupo REM, ou seja, apenas a remoção dos hábitos de sucção não

permitiu correto posicionamento labial, referendado pela proporção de crianças que

ainda apresentaram os lábios entreabertos.

2- RESISTÊNCIA DO LÁBIO SUPERIOR:

A Tabela 2 demonstra os percentuais atribuídos às crianças de ambos os grupos

durante os períodos de avaliação com referência à RESISTÊNCIA DO LÁBIO

SUPERIOR à tração por abaixador de língua de madeira.

TABELA 2 Distribuição percentual de crianças com RESISTÊNCIA DO LÁBIO

SUPERIOR adequada (Escore 0) nos períodos de avaliação.

Avaliações

Inicial 60 dias 180 dias

REM 10% Aa 30% Ab 30% Ab

TMF 10% Aa 60% Bb 70% Bb

Percentuais seguidos por mesma letra Maiúscula na comparação entre grupos não diferem entre si pelo teste Mann-Whitney (p>0,05).

Percentuais seguidos por mesma letra Minúscula na comparação dentro do mesmo grupo não diferem entre si pelo teste Wilcoxon (p>0,05).

O grupo de crianças submetido à remoção dos hábitos exibiu diferença

significativa entre os escores de resistência do lábio superior durante os períodos de

avaliação, isto é, entre a avaliação inicial e a segunda (p= 0,0431) e a inicial e terceira

avaliações (p= 0,0431). Entretanto, não foi observada diferença significativa entre a

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Resultados

Degan, V.V. 80

TMF1 – grupo TMF período de pré-tratamento; TMF2 – Grupo TMF aos 60 dias; TMF3 – Grupo TMF aos 180 dias; REM1 – Grupo REM período de pré-tratamento; REM2 –Grupo REM aos 60 dias; REM 3 – Grupo REM aos 180 dias;

segunda e a terceira avaliação (p= 1). Para o Grupo TMF observou-se melhora

acentuada na resistência labial, de maneira mais intensa após 60 dias (p=0,0077) e na

terceira avaliação (p=0,0117), com 70% das crianças apresentando resistência do

lábio superior adequada (escore 0). Não houve diferença estatisticamente significativa

entre as avaliações aos 6 e 180 dias (p=1). Considerando-se os grupos REM e TMF

separadamente, pode-se observar que o grupo submetido à associação de tratamentos

apresentou adequação significativa da resistência do lábio superior em relação ao

REM, nas avaliações aos 60 (p=0,0821) e 180 dias (p=0,0494).

A Figura 13 ilustra a variação dos escores médios da resistência do lábio

superior para os grupos TMF e REM durante os períodos de avaliação.

FIGURA 13-Ilustração gráfica da distribuição da freqüência dos escores

atribuídos à RESISTÊNCIA DO LÁBIO INFERIOR para as crianças dos grupos tratados durante o período de estudo.

Pode-se constatar que as crianças do Grupo TMF chegaram mais

rapidamente que o Grupo REM aos escores 1 e 0, isto é, adequação da resistência do

lábio superior à tração por abaixador de língua, sendo que ao final do período de

estudo 70% das crianças encontravam-se muito próximas à normalidade, ou seja,

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

REM1 TMF1 REM2 TMF2 REM3 TMF3

ResistenteHiporresistente leveHiporresistente moderadoHiporresistente severo

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Resultados

Degan, V.V. 81

houve adequação da resistência do lábio superior ao final do período do experimento.

Enquanto que as crianças do grupo REM, apenas submetidas à remoção dos hábitos

de sucção apresentaram em menor proporção escores próximos à normalidade,

embora 30% das crianças do grupo REM apresentassem escores máximos de

alteração da resistência à tração no início do experimento, chegando à leve melhora

ao final do período de 180 dias.

RESISTÊNCIA DO LÁBIO INFERIOR:

Na Tabela 3 pode ser verificada a distribuição percentual das crianças com

resistência do lábio inferior adequada durante o período do experimento.

TABELA 3 Distribuição percentual de crianças com RESISTÊNCIA DO LÁBIO

INFERIOR adequada (Escore 0) nos períodos de avaliação.

Avaliações

Inicial 60 dias 180 dias

REM 0% Aa 20% Ab 20% Ab

TMF 0% Aa 60% Bb 90% Bb

Percentuais seguidos por mesma letra Maiúscula na comparação entre grupos não diferem entre si pelo teste Mann-Whitney (p>0,05).

Percentuais seguidos por mesma letra Minúscula na comparação dentro do mesmo grupo não diferem entre si pelo teste Wilcoxon (p>0,05).

Observou-se diferença estatisticamente significativa entre os grupos REM

e TMF, durante os períodos de avaliação 60 dias (p=0,0343) e 180 dias (p=0,0052).

Considerando-se a resistência labial apresentadas pelas crianças do Grupo

REM pode-se observar alterações significativas na resistência do lábio inferior entre a

pré-avaliação e os demais períodos de estudo, 60 dias (p=0,0431) e 180 dias

(p=0,0431). O Grupo TMF mostrou diminuição significativa nos escores da

resistência do lábio inferior aos 60 (p=0,0117) e 180 dias (p=0,0051) comparadas

com a avaliação inicial.

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Resultados

Degan, V.V. 82

TMF1 – grupo TMF período de pré-tratamento; TMF2 – Grupo TMF aos 60 dias; TMF3 – Grupo TMF aos 180 dias; REM1 – grupo REM período de pré-tratamento; REM2 –Grupo REM aos 60 dias; REM 3 – Grupo REM aos 180 dias;

A figura 14 ilustra a distribuição dos escores atribuídos à resistência do

lábio inferior das crianças da amostra, durante o período do estudo para a amostra.

FIGURA 14 - Ilustração gráfica da freqüência dos escores atribuídos à RESISTÊNCIA

DO LÁBIO INFERIOR para as crianças dos grupos tratados durante o período de estudo.

Pela análise da figura 14 pode-se identificar a melhor eficiência para o

Grupo TMF, com as crianças conseguindo adequação da resistência labial mais

rapidamente que as do grupo REM aos 60 dias (p=0,0343) e aos 180 dias (p=0,0052).

Ao final de 180 dias pode-se observar que o Grupo TMF apresentou 90% das crianças

com escores adequados de resistência do lábio inferior (zero), enquanto que o Grupo

REM na mesma avaliação encontrava-se ainda distante da normalidade, apenas 20%

das crianças desse grupo apresentavam escore de adequação da resistência labial.

2- BOCHECHAS:

RESISTÊNCIA DA BOCHECHA DIREITA:

A Tabela 4 evidencia a distribuição do percentual de crianças com

resistência da bochecha direita adequada.

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

REM1 TMF1 REM2 TMF2 REM3 TMF3

ResistenteHiporresistente leveHiporresistente moderadoHiporresistente severo

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Resultados

Degan, V.V. 83

TABELA 4 Distribuição percentual de crianças com RESISTÊNCIA BOCHECHA DIREITA adequada (Escore 0) nos períodos de avaliação.

Avaliações

Inicial 60 dias 180 dias

REM 10% Aa 30% Aa 30% Aa

TMF 20% Aa 80% Bb 100% Bb

Percentuais seguidos por mesma letra Maiúscula na comparação entre grupos não diferem entre si pelo teste Mann-Whitney (p>0,05).

Percentuais seguidos por mesma letra Minúscula na comparação dentro do mesmo grupo não diferem entre si pelo teste Wilcoxon (p>0,05).

Para as crianças do grupo TMF, no segundo exame comparado com o

exame inicial pode-se observar o aumento significativo de crianças com adequação da

resistência da bochecha mantida até o último período de análise. Para o grupo que só

recebeu a remoção do hábito (REM) não foi observado alteração significativa na

resistência da bochecha direita, apenas uma tendência entre os exames pré-

trratamento e 60 dias (exame inicial/segundo exame – p=0,0679, exame

inicial/terceiro exame - p = 0,2249; segundo exame/terceiro exame – p=0,3173),

enquanto que o grupo que recebeu Terapia Miofuncional apresentou melhora

significativa na segunda avaliação em relação à primeira (p= 0,018) e na terceira

avaliação apresentou padrões normais de resistência (p=0,0117) com 100% das

crianças apresentando resistência adequada da bochecha direita.

A figura 15 ilustra os escores médios obtidos durante o período do

estudo para a amostra.

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Resultados

Degan, V.V. 84

TMF1 – grupo TMF período de pré-tratamento; TMF2 – Grupo TMF aos 60 dias; TMF3 – Grupo TMF aos 180 dias ;REM1 – Grupo REM período de pré-tratamento; REM2 –Grupo REM aos 60 dias; REM 3 – Grupo REM aos 180 dias;

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

REM1 TMF1 REM2 TMF2 REM3 TMF3

ResistenteHiporresistente leveHiporresistente moderadoHiporresistente severo

FIGURA 15 – Ilustração gráfica da freqüência dos escores atribuídos às crianças para a RESISTÊNCIA DA BOCHECHA DIREITA, dos grupos tratados, durante o período de estudo.

Pela análise da figura 15 pode-se observar melhor eficiência para o Grupo

TMF, chegando mais rapidamente a escores menores, isto é, adequação da resistência

da bochecha direita à tração por abaixador de língua. Aos 60 dias 80% das crianças

do grupo TMF apresentavam adequada resistência da bochecha direita em

comparação com 30% daquelas do grupo REM (p=0,0343). Ao final de 180 dias

pode-se observar que 100% das crianças do Grupo TMF apresentaram escores

adequados (zero), enquanto que o Grupo REM na mesma avaliação apenas 30% das

crianças apresentaram adequada resistência da bochecha direita (p=0,0082).

RESISTÊNCIA DA BOCHECHA ESQUERDA:

A TABELA 5 evidencia a distribuição do percentual de crianças com

resistência da bochecha esquerda adequada.

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Resultados

Degan, V.V. 85

TABELA 5 Distribuição percentual de crianças com RESISTÊNCIA DA

BOCHECHA ESQUERDA adequada (Escore 0) nos períodos de avaliação.

Avaliações

Inicial 60 dias 180 dias

REM 10% Aa 30% Aa 30% Aa

TMF 20% Aa 80% Bb 100% Bb

Percentuais seguidos por mesma letra Maiúscula na comparação entre grupos não diferem entre si pelo teste Mann-Whitney (p>0,05).

Percentuais seguidos por mesma letra Minúscula na comparação dentro do mesmo grupo não diferem entre si pelo teste Wilcoxon (p>0,05).

Para as crianças do grupo TMF, no segundo exame comparado com o

exame inicial pode-se observar o aumento significativo de crianças com adequação da

resistência da bochecha mantida até o último período de análise. Para o grupo que só

recebeu a remoção do hábito (REM) não foi observado alteração significativa na

resistência da bochecha direita (exame inicial/segundo exame – p = 0,1088, exame

inicial/terceiro exame - p = 0,2249; segundo exame/terceiro exame – p=1), enquanto

que o grupo que recebeu Terapia Miofuncional apresentou melhora significativa na

segunda avaliação em relação à primeira (p= 0,018) e na terceira avaliação apresentou

padrões normais de resistência (p=0,0117).

A figura 16 ilustra os escores médios obtidos durante o período do

estudo para a amostra.

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Resultados

Degan, V.V. 86

TMF1 – grupo TMF período de pré-tratamento; TMF2 – Grupo TMF aos 60 dias; TMF3 – Grupo TMF aos 180 dias; REM1 – Grupo REM período de pré-tratamento; REM2 –Grupo REM aos 60 dias;REM 3 – Grupo REM aos 180 dias;

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

REM1 TMF1 REM2 TMF2 REM3 TMF3

ResistenteHiporresistente leveHiporresistente moderadoHiporresistente severo

FIGURA 16 – Ilustração gráfica da freqüência dos escores atribuídos às crianças para a RESISTÊNCIA DA BOCHECHA ESQUERDA, dos grupos tratados, durante o período de estudo.

Pela análise da figura 16 pode-se observar melhor eficiência para o Grupo

TMF, chegando mais rapidamente a escores menores, isto é, adequação da resistência

da bochecha direita à tração pelo abaixador de língua. Aos 60 dias 80% das crianças

do grupo TMF apresentavam adequada resistência da bochecha esquerda em

comparação com 30% das do grupo REM (p=0,0126). Ao final de 180 dias pode-se

observar que 100% das crianças do Grupo TMF apresentaram escores adequados

(zero), enquanto que o Grupo REM na mesma avaliação apenas 30% das crianças

apresentaram adequada resistência da bochecha direita (p=0,0082).

3- LÍNGUA:

POSICIONAMENTO HABITUAL DA LÍNGUA EM

REPOUSO

Na tabela 6 pode-se observar a distribuição das crianças posicionamento

adequado da língua (escore 0).

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Resultados

Degan, V.V. 87

TABELA 6

Distribuição percentual de crianças com adequado POSICIONAMENTO HABITUAL DA LÍNGUA EM REPOUSO (Escore 0) nos períodos de avaliação.

Avaliações

Inicial 60 dias 180 dias

REM 0% Aa 0% Aa 0% Aa

TMF 0% Aa 50% Aab 60% Bb

Percentuais seguidos por mesma letra Maiúscula na comparação entre grupos não diferem entre si pelo teste Mann-Whitney (p>0,05).

Percentuais seguidos por mesma letra Minúscula na comparação dentro do mesmo grupo não diferem entre si pelo teste Wilcoxon (p>0,05).

Pode-se observar que as crianças do Grupo TMF apresentaram melhor

posicionamento da língua durante o repouso aos 180 dias (p=0,0191). Das crianças do

Grupo TMF 50% apresentaram reposicionamento lingual na segunda avaliação,

porém não estatisticamente diferente em relação à primeira (p=0,1797). Observou-se

o reposicionamento lingual durante o repouso na terceira avaliação em relação à

primeira (p=0,018). Estas alterações foram significativas comparadas ao exame

inicial, o que não foi observado para as crianças do Grupo REM, que não

apresentaram diferença significativa nos períodos de avaliação (exame

inicial/segundo exame – p =0,593, exame inicial/terceiro exame - p = 0,593; segundo

exame/terceiro exame – p=1).

A figura 17 ilustra a distribuição dos escores atribuídos às crianças devido

à posição lingual durante o período do estudo, para a amostra.

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Resultados

Degan, V.V. 88

TMF1 – grupo TMF período de pré-tratamento; TMF2 – Grupo TMF aos 60 dias; TMF3 – Grupo TMF aos 180 dias; REM1 – Grupo REM período de pré-tratamento; REM2 –Grupo REM aos 60 dias; REM 3 – Grupo REM aos 180 dias;

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

REM1 REM2 REM3

Papila RetroincisalSoalho BucalInterdental

FIGURA 17 – Ilustração gráfica da freqüência dos escores atribuídos às crianças para o POSICIONAMENTO DE REPOUSO LINGUAL HABITUAL, dos grupos tratados, durante o período de estudo.

Pela análise da figura 17 pode-se observar melhor eficiência para o Grupo

TMF, pois as crianças chegaram mais rapidamente a escores adequados para o

posicionamento lingual em repouso. Mesmo com o grupo TMF apresentando 10%

das crianças com alteração extrema do posicionamento lingual, com o auxílio da

Terapia Miofuncional 60% das crianças chegaram aos escores adequados (zero) do

posicionamento lingual em repouso aos 180 dias (p=0,018), enquanto que o Grupo

REM, demonstrou melhora do posicionamento de repouso aos 60 dias, porém em

seguida houve recidiva alcançando escores maiores que os iniciais, isto é, o

posicionamento lingual em repouso apresentou-se mais inadequado ao final do

tratamento. Nenhuma das crianças que passou pela remoção dos hábitos de sucção

apresentou adequado posicionamento lingual no final do experimento.

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Resultados

Degan, V.V. 89

• RESISTÊNCIA LINGUAL:

Na tabela 7 pode-se observar a distribuição das crianças posicionamento

adequado da língua (escore 0).

TABELA 7 Distribuição percentual de crianças com RESISTÊNCIA DA LÍNGUA

adequada (Escore 0) nos períodos de avaliação.

Avaliações

Inicial 60 dias 180 dias

REM 0% Aa 40% Ab 40% Ab

TMF 10% Aa 60% Ab 40% Aab

Percentuais seguidos por mesma letra Maiúscula na comparação entre grupos não diferem entre si pelo teste Mann-Whitney (p>0,05).

Percentuais seguidos por mesma letra Minúscula na comparação dentro do mesmo grupo não diferem entre si pelo teste Wilcoxon (p>0,05).

Pela análise da Tabela 7 pode-se observar significativo aumento da

resistência lingual entre o exame inicial e o segundo exame (REM p=0,0277; TMF

p=0,018) e entre o inicial e o terceiro exame para o grupo REM (p=0,0423). Porém

não se observou diferença significativa na resistência lingual entre o segundo e o

terceiro exame para ambos os grupos (REM p=0,593; TMF p=0,1797), como

observado na Tabela 7. Pôde-se constatar pela avaliação clínica, que independente do

tratamento oferecido às crianças, a remoção dos hábitos associada ou não à Terapia

Miofuncional produziu significativa alteração na resistência lingual das crianças da

amostra.

A figura 18 ilustra os escores atribuídos à resistência lingual durante o

período do estudo para a amostra.

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Resultados

Degan, V.V. 90

TMF1 – grupo TMF período de pré-tratamento; TMF2 – Grupo TMF aos 60 dias; TMF3 – Grupo TMF aos 180 dias; REM1 – Grupo REM período de pré-tratamento; REM2 –Grupo REM aos 60 dias; REM 3 – Grupo REM aos 180 dias;

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

REM1 TMF1 REM2 TMF2 REM3 TMF3

ResistenteHiporresistente leveHiporresistente moderadoHiporresiste severo

FIGURA 18 - Ilustração gráfica da freqüência dos escores atribuídos às crianças em função da RESISTÊNCIA LINGUAL apresentada durante os períodos de exame.

Na figura 18 observa-se o comportamento similar dos dois grupos, porém

com escores mais adequados da resistência lingual para as crianças do Grupo TMF. É

importante notar que houve um aumento acentuado na resistência lingual aos 60 dias

para ambos os grupos, mais acentuada para o TMF que demonstrou aos 180 dias

diminuição na resistência lingual aproximando-se dos escores obtidos para o Grupo

REM.

4-MENTO:

ASPECTO CLÍNICO:

A TABELA 8 apresenta a distribuição percentual de crianças com Mento

adequado em posição de repouso, isto é, ausência de tensão evidenciada pela ausência

de rugosidade.

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Resultados

Degan, V.V. 91

TMF1 – grupo TMF período de pré-tratamento; TMF2 – Grupo TMF aos 60 dias; TMF3 – Grupo TMF aos 180 dias ;REM1 – Grupo REM período de pré-tratamento; REM2 – Grupo REM aos 60 dias; REM 3 – Grupo REM aos 180 dias;

TABELA 8 Distribuição percentual de crianças com adequado relaxamento do

MENTO (Escore 0) nos períodos de avaliação. Avaliações

Inicial 60 dias 180 dias

REM 30% Aa 50% Aa 60% Aa

TMF 50% Aa 70% Aa 80% Aa

Percentuais seguidos por mesma letra Maiúscula na comparação entre grupos não diferem entre si pelo teste Mann-Whitney (p>0,05).

Percentuais seguidos por mesma letra Minúscula na comparação dentro do mesmo grupo não diferem entre si pelo teste Wilcoxon (p>0,05).

Não se observou diferença estatisticamente significativa entre os grupos

REM e TMF (p=0,1230) quanto à tensão do mento evidenciada pela presença de

rugosidades superficiais. Não houve também diferença estatisticamente significativa

entre os períodos de avaliação, embora 80% das crianças do grupo TMF não

apresentassem tensão no mento ao final do experimento.

A figura 19 ilustra os escores médios obtidos durante o período do estudo

para a amostra.

0%

20%

40%

60%

80%

100%

REM1 TMF1 REM2 TMF2 REM3 TMF3

Ausência derugosidadePresença derugosidade

FIGURA 19 – Ilustração gráfica da freqüência dos escores atribuídos à tensão do mento às crianças dos grupos tratados durante o período de estudo.

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Resultados

Degan, V.V. 92

Pode-se constatar que os dois grupos apresentaram perfil de alteração

similar, isto é, sem diferença estatística, porém, o Grupo TMF exibiu escores

inferiores em todos os períodos de avaliação, aproximando-se dos valores

considerados normais.

FUNÇÕES:

5-DEGLUTIÇÃO:

A Tabela 9 apresenta a distribuição percentual de crianças com adequação

da Deglutição.

TABELA 9 Distribuição percentual de crianças com padrão de DEGLUTIÇÃO

considerada adequada (Escore 0) nos períodos de avaliação.

Avaliações

Inicial 60 dias 180 dias

REM 0% Aa 20% Aa 50% Ab

TMF 0% Aa 70% Bb 80% Ab

Percentuais seguidos por mesma letra Maiúscula na comparação entre grupos não diferem entre si pelo teste Mann-Whitney (p>0,05).

Percentuais seguidos por mesma letra Minúscula na comparação dentro do mesmo grupo não diferem entre si pelo teste Wilcoxon (p>0,05).

Pode-se observar em média que o Grupo TMF apresentou padrão de

deglutição significativamente mais adequado, ou seja, com menor projeção da língua

e associação de movimentos exagerados da musculatura peri-oral. Em média, as

avaliações aos 60 e 180 dias não demonstraram diferença estatisticamente

significativa entre si (p=0,3173), entretanto diferiram estatisticamente da avaliação

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Resultados

Degan, V.V. 93

TMF1 – grupo TMF período de pré-tratamento; TMF2 – Grupo TMF aos 60 dias; TMF3 – Grupo TMF aos 180 dias; REM1 – Grupo REM período de pré-tratamento; REM2 –Grupo REM aos 60 dias; REM 3 – Grupo REM aos 180 dias;

inicial (avaliação 2 – p= 0,018; avaliação 3- p=0,0117). Pôde-se constatar que embora

as crianças de ambos os grupos apresentassem perfil similar de deglutição

previamente ao estudo, apenas as que passaram pela Terapia Miofuncional e remoção

de hábitos associados apresentaram significativa melhora nos padrões de deglutição.

As crianças do grupo que apenas recebeu a remoção dos hábitos, somente no final do

experimento, após 180 dias apresentaram padrão similar ao do grupo TMF. Portanto,

a associação dos tratamentos representou a melhora mais rápida nos padrões de

deglutição para a amostra estudada, porém não chegando aos níveis apresentados pelo

Grupo TMF.

A figura 20 ilustra os escores atribuídos ao padrão de deglutição

apresentado pelas crianças durante o período do estudo para a amostra.

0%

20%

40%

60%

80%

100%

REM1 TMF1 REM2 TMF2 REM3 TMF3

Padrão adequado dedeglutiçãoPadrão inadequado dedeglutição

FIGURA 20 - Ilustração gráfica da freqüência dos escores exibidos pelos grupos tratados durante o período da variável DEGLUTIÇÃO.

Pela análise da figura 20, pode-se observar que ambos os grupos

apresentavam alterações iniciais similares (p=1), porém o Grupo TMF, aos 60 dias

exibiu melhores resultados (p=0,0588). Na avaliação de 180 dias os grupos

mostraram diferença menor, porém novamente o Grupo TMF finalizou com melhores

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Resultados

Degan, V.V. 94

resultados. Das crianças examinadas quanto ao padrão de deglutição, 80% daquelas

do grupo TMF apresentaram padrão de deglutição considerado adequado ao final do

experimento e 50% daquelas do grupo REM, demonstrando que a associação de

tratamentos foi essencial para a adequação mais rápida dos padrões de deglutição.

7-RESPIRAÇÃO:

A função respiração foi quantificada em cm2 através do espelho de

Altmann, sendo que os resultados das avaliações encontram-se na Tabela 10.

TABELA 10

Distribuição da área (cm2) da quantificação da aeração nasal pelas crianças nos períodos de avaliação.

Avaliações

Inicial 60 dias 180 dias

REM 10,70 Aa 18,10 Ab 18,40 Ab

TMF 14,10 Aa 26,40 Bb 26,50 Bb

Percentuais seguidos por mesma letra Maiúscula na comparação entre grupos não diferem entre si pelo teste t para 2 amostras independentes (p>0,05).

Percentuais seguidos por mesma letra Minúscula na comparação dentro do mesmo grupo não diferem entre si pelo teste t para dados pareados (p>0,05).

Pode-se observar que as médias obtidas da quantificação da aeração nasal

observadas após os tratamentos, no Grupo TMF foram significativamente maiores

que no Grupo REM (p< 0,0001), ressaltando o maior aproveitamento da aeração

nasal para as crianças que receberam a associação dos tratamentos. Esta constatação

pode ser observada na segunda e terceira avaliações não diferindo estatisticamente

entre si em ambos os grupos estudados, REM (p=0,7905) e TMF (p=0,9352).

Entretanto, diferiram significativamente da avaliação inicial, em ambos os grupos

REM (p=0) e TMF (p=0,0024).

Ainda na tabela 10 pode-se observar que na avaliação inicial os grupos

não diferiram entre si, apresentando menor utilização do espaço aéreo nasal

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Resultados

Degan, V.V. 95

(p=0,0912). Na segunda avaliação o Grupo TMF apresentou aumento significativo da

utilização do espaço aéreo nasal (p=0,0062), mantendo em média na terceira

avaliação (p=0,0095) aumento significativo.

A figura 22 ilustra as médias das áreas medidas no espelho de Altmann

obtidas durante o período do estudo para a amostra.

0

5

10

15

20

25

30

1 2 3

FIGURA 22 - Ilustração gráfica dos escores médios exibidos pelos grupos tratados durante o período de estudo quanto a RESPIRAÇÃO.

A figura 22 demonstra que os grupos REM e TMF iniciaram com graus

similares de aeração nasal. Na segunda avaliação observou-se melhores padrões

respiratórios para ambos os grupos, porém com o grupo TMF exibindo melhores

resultados. Este perfil foi mantido até a terceira avaliação.

5.2-ANÁLISE ELETROMIGRÁFICA

MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA

Situação A – Repouso:

A Tabela 11 apresenta as médias dos valores da atividade muscular expressos

em RMS observados para as crianças da amostra durante o período do experimento.

TEMPOS

TMF REM

E S C O R E S

Antes 60 dias 180 dias

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Resultados

Degan, V.V. 96

TABELA 11

Valores médios da atividade eletromiográfica (RMS) observados para o MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA EM SITUAÇÃO DE REPOUSO de acordo

com o os grupos e períodos do estudo.

Avaliações

Inicial 60 dias 180 dias

REM 24,47 Aa 19,36 Aa 15,19 Aa

TMF 20,14 Aa 11,42 Ab 8,93 B*c

Médias seguidas por mesma letra Maiúscula na comparação entre grupos não diferem entre si pelo teste t para 2 amostras independentes (p>0,05). *p=0,0548 para variâncias iguais. Médias seguidas por mesma letra Minúscula na comparação dentro do mesmo grupo não diferem entre si pelo teste t para dados pareados (p>0,05).

Apenas as crianças do grupo TMF apresentaram diminuição significativa

dos valores de RMS, isto é, a manutenção postural do músculo orbicular da boca na

situação de repouso após 60 e 180 dias requisitou menor quantidade de unidades

motoras comparando-se ao exame inicial, pré-tratamento (p=0 e p=0,0013). Pode-se

observar pela tabela 11 que ao final do experimento as crianças do grupo TMF

apresentaram tendência de menores médias de RMS que as do grupo REM, podendo-

se inferir que a associação de métodos foi mais eficiente na produção do repouso do

músculo orbicular da boca superior que apenas a remoção dos hábitos de sucção.

A figura 23 ilustra os valores médios de RMS obtidos pelas crianças dos

grupos tratados durante o período de estudo quanto ao REPOUSO DO MÚSCULO

ORBICULAR DA BOCA SUPERIOR.

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Resultados

Degan, V.V. 97

05

1015202530

1 2 3

FIGURA 23 - Ilustração gráfica dos valores médios da atividade eletromiográfica expressos em RMS pelas crianças dos grupos tratados durante o período de estudo quanto ao REPOUSO DO MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA SUPERIOR.

A Figura 23 ilustra os valores médios de RMS observados para o músculo

ORBICULAR DA BOCA SUPERIOR, em situação de repouso, para os grupos TMF

e REM durante os períodos de avaliação. Pode-se constatar que os dois grupos

apresentaram diminuição nos valores de RMS, porém o Grupo TMF exibiu escores

inferiores em todos os períodos de avaliação, sendo significativamente menor nas

avaliações após 60 e 180 dias.

Situação B- Sucção de água:

A tabela 12 apresenta os valores médios da atividade muscular expressos

em RMS de acordo com os fatores em estudo.

TMF REM

TEMPOS

Ativ

idad

e el

etro

mio

gráf

ica

(RM

S - µ

V)

Antes 60 dias 180 dias

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Resultados

Degan, V.V. 98

TABELA 12

Valores médios (RMS) da variável SUCÇÃO DE ÁGUA para o MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA de acordo com os grupos e período do estudo.

Avaliações

Inicial 60 dias 180 dias

REM 98,05 Aa 97,34 Aa 90,05 Aa

TMF 93,17 Aa 66,38 Bb 55,39 Bb

Médias seguidas por mesma letra Maiúscula na comparação entre grupos não diferem entre si pelo teste t para 2 amostras independentes (p>0,05).

Médias seguidas por mesma letra Minúscula na comparação dentro do mesmo grupo não diferem entre si pelo teste t para dados pareados (p>0,05).

Em relação aos períodos de avaliação não se observou diminuição

significativa dos valores médios de RMS para as crianças submetidas à remoção de

hábitos (REM), entre as avaliações realizadas. Entretanto, as crianças submetidas à

associação de métodos, isto é, remoção de hábitos e Terapia Miofuncional, exibiram

diminuição significativa dos valores de RMS durante a sucção de água entre as

avaliações. Comparando-se o comportamento do músculo orbicular da boca superior

durante a sucção de água, entre os dois grupos, pode-se verificar que os valores

médios de RMS para as crianças do grupo TMF foi significativamente menor que as

do grupo REM aos 60 dias (p=0,0354) e 180 dias (p=0,0269).

A figura 24 ilustra os valores médios da atividade eletromiográfica

expressos em RMS durante o período do estudo para a amostra.

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Resultados

Degan, V.V. 99

0

20

40

60

80

100

120

1 2 3

FIGURA 24 - Ilustração gráfica dos valores médios de RMS

exibidos pelos grupos tratados durante o período de estudo quanto à sucção de ÁGUA PELO MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA.

A figura 24 demonstra valores médios de RMS similares para ambos os grupos,

no início do estudo, ou seja, na pré-avaliação, porém na avaliação de 60 dias o Grupo

REM não apresentou alterações, enquanto que o Grupo TMF mostrou diminuição dos

valores médios de RMS em relação ao início. Na avaliação de 180 dias houve

redução mais discreta em ambos os grupos, porém o Grupo TMF exibiu ao final do

período de estudo um comportamento melhor que o Grupo REM apresentando

menores valores de RMS, sugerindo que a Terapia Miofuncional foi uma conduta

efetiva.

Situação C – Sucção de iogurte:

A Tabela 13 apresenta as médias dos valores médios da atividade muscular

expressos em RMS, observados para as crianças da amostra durante o período do

experimento durante a sucção de iogurte.

TMF REM

TEMPOS

Ativ

idad

e el

etro

mio

gráf

ica

(RM

S µV

) Antes 60 dias 180 dias

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Resultados

Degan, V.V. 100

TABELA 13

Valores médios (RMS) da variável SUCÇÃO DE IOGURTE para o MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA de acordo com os grupos e período do estudo.

Avaliações

Inicial 60 dias 180 dias

REM 85,53 Aa 81,41 Aa 81,36 Aa

TMF 88,93 Aa 66,36 Ab 54,77 Ab

Médias seguidas por mesma letra Maiúscula na comparação entre grupos não diferem entre si pelo teste t para 2 amostras independentes (p>0,05).

Médias seguidas por mesma letra Minúscula na comparação dentro do mesmo grupo não diferem entre si pelo teste t para dados pareados (p>0,05).

Durante a sucção de iogurte exercida pelas crianças da amostra pôde-se

observar que as crianças do grupo REM não demonstraram alteração significativa

após a remoção dos hábitos de sucção, enquanto que as do grupo TMF apresentaram

diminuição significativa dos valores médios de RMS, podendo-se inferir que menores

quantidades de unidades motoras foram requeridas para exercer o mesmo

procedimento (sucção de iogurte) após 60 e 180 dias da remoção dos hábitos

associada à Terapia Miofuncional. As alterações musculares observadas aos 60 dias,

mantiveram-se aos 180 dias para o grupo que recebeu a associação de tratamentos.

A figura 25 ilustra os escores médios obtidos durante o período do estudo

para a amostra.

0

20

40

60

80

100

1 2 3

FIGURA 25 - Ilustração gráfica dos valores médios da

atividade eletromiográfica expressos em RMS exibidos pelos grupos tratados durante o período de estudo quanto à sucção de IOGURTE PELO MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA.

TMF REM

TEMPOS

Ativ

idad

e el

etro

mio

gráf

ica

(RM

S- µ

V)

Antes 60 dias 180 dias

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Resultados

Degan, V.V. 101

Pela análise da figura 25 pode-se observar que ambos os grupos

apresentavam valores médios similares de RMS no início do estudo, durante a sucção

de iogurte para o músculo orbicular da boca. Na avaliação aos 60 dias pode-se

observar melhor eficiência para o Grupo TMF, apresentando menores valores de

RMS, enquanto que o Grupo REM apresentou pouca variação em relação à situação

inicial. Ao final de 180 dias pode-se observar que os valores continuaram a ser alterar

no Grupo TMF, enquanto que novamente o Grupo REM em média não sofreu

alteração em relação aos valores iniciais.

Situação D- Sucção de creme de chocolate: A tabela 14 evidencia os valores médios da atividade eletromiográfica

expressos em RMS de acordo com os fatores em estudo para a variável situação de sucção de creme de chocolate para o músculo orbicular da boca superior.

TABELA 14

Valores médios (RMS) da variável SUCÇÃO DE CREME DE CHOCOLATE para o MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA SUPERIOR de acordo com os grupos e

período do estudo.

Avaliações

Inicial 60 dias 180 dias

REM 96,65 Aa 94,68 Aa 85,13 Aa

TMF 95,27 Aa 77,82 Aa 57,44 Bb

Médias seguidas por mesma letra Maiúscula na comparação entre grupos não diferem entre si pelo teste t para 2 amostras independentes (p>0,05).

Médias seguidas por mesma letra Minúscula na comparação dentro do mesmo grupo não diferem entre si pelo teste t para dados pareados (p>0,05).

Pode-se observar significativa redução nos valores médios de RMS

quando comparadas às avaliações inicial e 60 dias (p=0,0318) e inicial e 180 dias

(p=0,0034), para as crianças do grupo TMF submetidas à remoção dos hábitos de

sucção e Terapia Miofuncional. Para as crianças submetidas apenas à remoção dos

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Resultados

Degan, V.V. 102

hábitos de sucção, não houve diferença entre os valores médios de RMS durante os

períodos de avaliação. O grupo TMF apresentou valores médios de RMS

significativamente menores que os do grupo REM na avaliação realizada 180 dias

após a realização dos tratamentos (p=0,0482), denotando a eficiência da associação

da Terapia Miofuncional à remoção dos hábitos de sucção.

A figura 26 ilustra os valores médios da atividade eletromiográfica

expressos em RMS obtidos durante o período do estudo para as crianças da amostra

durante a sucção de creme de chocolate.

020406080

100120

1 2 3

FIGURA 26 - Ilustração gráfica dos valores médios de RMS

exibidos pelos grupos tratados durante o período de estudo quanto à sucção de CREME DE CHOCOLATE PELO MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA.

A figura 26 demonstra valores médios de RMS similares para ambos os

grupos, na avaliação inicial (p=0,9289), porém na avaliação de 60 dias o Grupo TMF

apresentou maiores alterações, enquanto que o Grupo REM mostrou discreta

diminuição dos valores médios de RMS. Na avaliação de 180 dias houve redução em

ambos os grupos, porém o Grupo TMF exibiu ao final do período de estudo maiores

alterações, ou seja, menores valores médios de RMS em relação aos valores iniciais e

em relação ao grupo REM.

MÚSCULO MENTUAL

Situação A – Repouso:

TMF REM

TEMPOS

Ativ

idad

e el

etrto

mio

gráf

ica

(RM

S -µ

V)

Antes 60 dias 180 dias

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Resultados

Degan, V.V. 103

A tabela 15 demonstra os valores de RMS médios obtidos de acordo com

os fatores em estudo para a variável SITUAÇÃO DE REPOUSO DO MÚSCULO

MENTUAL.

TABELA 15

Valores médios (RMS) da variável REPOUSO para o MÚSCULO MENTUAL de acordo com os grupos e período do estudo.

Avaliações

Inicial 60 dias 180 dias

REM 41,24 Aa 39,34 Aa 32,09 Ab

TMF 44,66 Aa 29,05 Bb 31,15 Ab

Médias seguidas por mesma letra Maiúscula na comparação entre grupos não diferem entre si pelo teste t para 2 amostras independentes (p>0,05).

Médias seguidas por mesma letra Minúscula na comparação dentro do mesmo grupo não diferem entre si pelo teste t para dados pareados (p>0,05).

Foi observada diferença estatisticamente significativa entre os grupos

REM e TMF aos 60 dias (p=0,0059) quanto aos valores médios de RMS obtidos na

avaliação do músculo mentual em situação de repouso. Observou-se redução

significativa nos valores de RMS entre as avaliações inicial e 180 dias (p=0,0206) e

entre a avaliação aos 60 dias e aos 180 dias (p=0,0416), para as crianças submetidas à

remoção de hábitos de sucção. Pôde-se observar pela tabela 15 que as crianças do

grupo REM apresentaram diminuição significativa dos valores de RMS após 180

dias, em comparação com o início do experimento. Entretanto, as crianças do grupo

TMF submetidas à associação dos tratamentos apresentaram diminuição significativa

aos 60 dias após, acentuando-se essa diferença aos 180 dias.

A figura 27 ilustra os valores médios da atividade muscular expressos em

RMS obtidos durante o período do estudo para as crianças na avaliação do músculo

mentual em repouso.

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Resultados

Degan, V.V. 104

01020304050

1 2 3

FIGURA 27 - Ilustração gráfica dos valores médios de RMS

exibidos pelos grupos tratados durante o período de estudo quanto ao REPOUSO DO MÚSCULO MENTUAL.

Observa-se na Figura 27 ambos os grupos iniciando o experimento com

valores médios da atividade eletromiográfica expressos em RMS sem diferença

significativa (p=0,5479). Na avaliação de 60 dias o Grupo TMF apresentou

menores valores enquanto que o Grupo REM se manteve estável em relação à

primeira avaliação. Aos 180 dias, o Grupo REM apresentou menores valores,

comparados aos iniciais, enquanto que o Grupo TMF se manteve estável em

relação à segunda avaliação (60 dias), não sendo observada diferença

estatisticamente significativa entre os valores médios da atividade

eletromiográfica expressos em RMS ao final do estudo entre os grupos, porém, as

crianças do grupo TMF apresentaram na última avaliação (180 dias) valores

significativamente menores que as avaliações anteriores.

Situação B- Sucção de água:

Na tabela 16 pode-se observar os valores médios da atividade

eletromiográfica expressos em RMS de acordo com os fatores em estudo para a

variável sucção de iogurte observada para o mentual.

TMF REM

TEMPOS

Ativ

idad

e el

etro

mio

gráf

ica

(RM

S -µ

V)

Antes 60 dias 180 dias

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Resultados

Degan, V.V. 105

TABELA 16 Valores médios da atividade eletromiográfica (RMS) da variável SUCÇÃO DE ÁGUA para o MÚSCULO MENTUAL de acordo com os grupos e período do

estudo.

Avaliações

Inicial 60 dias 180 dias

REM 89,49 Aa 83,49 Aa 44,75 Aa

TMF 84,63 Aa 62,68 Ab 59,46 Ab*

Médias seguidas por mesma letra Maiúscula na comparação entre grupos não diferem entre si pelo teste t para 2 amostras independentes (p>0,05). Médias seguidas por mesma letra Minúscula na comparação dentro do mesmo grupo não diferem entre si pelo teste t para dados pareados (p>0,05).*(p=0,0672)

Não foi observada diferença estatisticamente significativa entre as médias

dos valores da atividade eletromiográfica expressos em RMS entre os grupos REM e

TMF para o músculo mentual durante a sucção de água, nos períodos de avaliação.

Observou-se redução significativa das médias dos valores de RMS entre as avaliações

inicial e 60 dias (p=0,0012), para as crianças do grupo TMF, isto é, aos 60 dias após a

realização dos tratamentos as crianças que receberam a Terapia Miofuncional

associada à remoção dos hábitos, durante a sucção de água utilizaram menores

quantidades de unidades motoras para exercer a mesma função, indicando a

adequação muscular ao procedimento. Entretanto, considerando-se avaliação final

(180 dias) observou-se uma tendência a menores valores de RMS em relação aos

resultados da pré-avaliação (p=0,0672), mas deve-se considerar que as condições

encontradas durante a avaliação aos 60 dias não se modificaram significativamente

até os 180 dias.

A figura 28 ilustra os valores médios da atividade eletromiográfica

expressos em RMS obtidos durante o período do estudo para a amostra.

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Resultados

Degan, V.V. 106

0

20

40

60

80

100

1 2 3

FIGURA 28 - Ilustração gráfica dos valores médios da atividade

eletromiográfica expressos em RMS exibidos pelos grupos tratados durante o período de estudo quanto à sucção de ÁGUA PELO MÚSCULO MENTUAL.

A figura 28 demonstra valores médios da atividade eletromiográfica

expressos em RMS similares para ambos os grupos, no início do estudo. Durante a

avaliação de 60 dias o Grupo TMF apresentou maiores reduções nos valores médios

de RMS, porém sem diferença significativa em relação ao grupo REM. Na avaliação

de 180 dias ambos os grupos apresentaram contínua e discreta redução nos valores,

porém o Grupo TMF exibiu ao final do período de estudo um comportamento melhor

que o Grupo REM, ou seja, menores valores de RMS, embora sem diferença

estatisticamente significativa entre os grupos.

Situação C – Sucção de iogurte:

Na tabela 17 pode-se observar os valores médios da atividade

letromiográfica expressos em RMS de acordo com os fatores em estudo para a

variável sucção de iogurte observada para o mentual.

Ativ

idad

e el

etro

mio

gráf

ica

(RM

S -µ

V)

TMF REM

TEMPOS

Antes 60 dias 180 dias

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Resultados

Degan, V.V. 107

TABELA 17

Valores médios (RMS) da variável SUCÇÃO DE IOGURTE para o MÚSCULO MENTUAL de acordo com os grupos e período do estudo.

Avaliações

Inicial 60 dias 180 dias

REM 99,13 Aa 81,81 Aab 65,53 Ab

TMF 95,45 Aa 69,051 Aa 58,10 Ab*

Médias seguidas por mesma letra Maiúscula na comparação entre grupos não diferem entre si pelo teste t para 2 amostras independentes (p>0,05).

Médias seguidas por mesma letra Minúscula na comparação dentro do mesmo grupo não diferem entre si pelo teste t para dados pareados (p>0,05).*(p=0,0586)

Não foi observada diferença estatisticamente significativa entre as médias

dos valores de RMS dos grupos REM e TMF para o músculo mentual durante a

sucção de iogurte (p=0,3441). Observou-se redução significativa das médias dos

valores de RMS entre as avaliações inicial e 180 dias (p=0,0278), para as crianças do

grupo REM. Para as crianças do grupo TMF, observou-se uma tendência a menores

valores de RMS após 180 dias de realização dos tratamentos (p=0,0586).

A figura 29 ilustra os escores médios obtidos durante o período do estudo

para a amostra.

020406080

100120

1 2 3

Figura 29- Ilustração gráfica dos valores médios da atividade

eletromiográfica expressos em RMS exibidos pelos grupos tratados durante o período de estudo quanto à sucção de IOGURTE PELO MÚSCULO MENTUAL.

TMF REM

TEMPOS

Ativ

idad

e el

etro

mio

gráf

ica

(RM

S - µ

V)

Antes 60 dias 180 dias

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Resultados

Degan, V.V. 108

Na Figura 29 pode-se observar os valores médios similares de RMS para o

músculo mentual em situação de sucção de iogurte para ambos os grupos durante a

avaliação inicial. Pode-se constatar que os dois grupos apresentaram um perfil de

alteração similar inicial, exibindo valores também similares aos 60 e 180 dias, porém,

todos menores que os valores iniciais.

Situação D- Sucção de creme de chocolate:

Na tabela 18 encontram-se os valores médios da atividade eletromiográfica

(RMS) da variável SUCÇÃO DE CREME DE CHOCOLATE para o MÚSCULO

MENTUAL de acordo com os fatores em estudo.

TABELA 18

Valores médios (RMS) da variável SUCÇÃO DE CREME DE CHOCOLATE DO MÚSCULO MENTUAL de acordo com o os grupos e período do estudo.

Avaliações

Inicial 60 dias 180 dias

REM 100,47 Aa 87,38 Aa 92,13 Aa

TMF 102,39 Aa 79,16 Ab 61,51 Bc

Médias seguidas por mesma letra Maiúscula na comparação entre grupos não diferem entre si pelo teste t para 2 amostras independentes (p>0,05). Médias seguidas por mesma letra Minúscula na comparação dentro do mesmo grupo não diferem entre si pelo teste t para dados pareados (p>0,05).

Pela análise da tabela 18 observa-se que houve diferença significativa

entre os grupos REM e TMF apenas entre as avaliações de 180 dias (p=0,0482),

quando as crianças do grupo TMF apresentaram médias significativamente inferiores

de atividade eletromiográfica que as do grupo REM. As crianças submetidas apenas à

remoção de hábitos não apresentaram alteração significativa nos valores médios de

RMS durante os períodos do estudo, entretanto, aquelas submetidas à associação de

tratamentos (TMF) apresentaram diminuição significativa nos valores médios de

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Resultados

Degan, V.V. 109

RMS já na avaliação realizada aos 60 dias (p=0,0069), com diminuição acentuada aos

180 dias em relação aos 60 dias (0,0236) e entre 180 dias em relação à inicial

(p=0,0025).

A figura 30 ilustra os valores médios da atividade eletrtomiográfica

expressos em RMS obtidos durante o período do estudo para a amostra.

0

20

40

60

80

100

120

1 2 3

FIGURA 30 - Ilustração gráfica dos valores médios da atividade eletromiográfica expressos em RMS exibidos pelos grupos tratados durante o período de estudo quanto à sucção de CREME DE CHOCOLATE PELO MÚSCULO MENTUAL.

A figura 30 mostra a distribuição gráfica dos valores médios de RMS

similares para ambos os grupos, durante a sucção de creme de chocolate, para o

músculo mentual. O Grupo TMF apresentou redução contínua nos valores médios

de RMS observando-se as avaliações em 60 e 180 dias, enquanto que o Grupo REM

apresentou redução na avaliação de 60 dias e recidiva na avaliação de 180 dias,

embora não atingindo os valores médios iniciais do referido grupo.

5.3-ANÁLISE CEFALOMÉTRICA

• 1.NA:

Ativ

idad

e el

etro

mio

gráf

ica

(RM

S - µ

V)

TMF REM

TEMPOS Antes 60 dias 180 dias

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Resultados

Degan, V.V. 110

A tabela 19 demonstra os valores médios verificados para a grandeza

cefalométrica 1.NA para os fatores em estudo.

TABELA 19

Valores médios da grandeza angular 1.NA (graus) de acordo como os grupos e período do estudo.

Avaliações

Inicial 60 dias 180 dias

REM 14,05 Aa 9,20 Ab 7,30 Ab

TMF 14,65 Aa 7,15 Ab 6,50 Ab

Médias seguidas por mesma letra Maiúscula na comparação entre grupos não diferem entre si pelo teste t para 2 amostras independentes (p>0,05).

Médias seguidas por mesma letra Minúscula na comparação dentro do mesmo grupo não diferem entre si pelo teste t para dados pareados (p>0,05).

Analisando-se a Tabela 19 em relação ao grupo REM, pode-se observar

que houve diminuição significativa dos valores médios de 1.NA aos 60 dias

(p=0,0034) e aos 180 dias (p=0,0007) em relação aos valores iniciais da avaliação

realizada pré-tratamento. Entretanto, não se verificou diferença estatisticamente

significativa entre os períodos de 60 e 180 dias de avaliação (p=0,2392). O Grupo

TMF apresentou redução significativa dos valores de 1.NA após 60 dias (p=0,0015) e

180 dias (p=0,0026). Não houve diferença entre as médias apresentadas para a

grandeza 1.NA, entre os grupos tratados. Pode-se constatar que para ambos os grupos

a grandeza 1.NA. apresentou alteração, isto é, houve redução do ângulo formado

entre o longo eixo do incisivo central superior e a linha NA, contribuindo para o

fechamento da mordida aberta anterior em ambos os grupos, através da retroclinação

dos incisivos.

A figura 31 ilustra os valores médios obtidos para a grandeza 1.NA

durante o período do estudo para a amostra.

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Resultados

Degan, V.V. 111

0,00

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

12,00

14,00

16,00

1 2 3 FIGURA 31 - Ilustração gráfica dos valores médios exibidos pelos

grupos tratados durante o período de estudo da grandeza angular 1.NA.

Na figura 31 observa-se que os dois grupos apresentaram valores médios

iniciais similares para a medida angular 1.NA. Pode-se observar que os dois grupos

apresentaram redução nas medidas na avaliação aos 60 dias, embora o Grupo TMF

tenha apresentado maior redução. Os valores médios continuaram a declinar nos dois

grupos, que ao final do estudo (180 dias) apresentaram valores similares.

• ī.1: Na tabela 20 estão demonstrados os valores médios da grandeza

cefalométrica ī.1 para os fatores em estudo.

TABELA 20

Valores médios da grandeza angular ī.1 (graus) de acordo com o os grupos e período do estudo.

Avaliações

Inicial 60 dias 180 dias

REM 137,00 Aa 146,70 Ab 149,00 Ab

TMF 134,20 Aa 149,30 Ab 152,90 Ac

Médias seguidas por mesma letra Maiúscula na comparação entre grupos não diferem entre si pelo teste t para 2 amostras independentes (p>0,05).

Médias seguidas por mesma letra Minúscula na comparação dentro do mesmo grupo não diferem entre si pelo teste t para dados pareados (p>0,05).

TMF REM

TEMPOS

G R A U S

Antes 60 dias 180 dias

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Resultados

Degan, V.V. 112

Considerando-se o Grupo REM observou-se aumento significativo do

ângulo interincisivos aos 60 (p=0,0023) e 180 dias (p=0,0051) em relação à avaliação

inicial. Para o Grupo TMF houve aumento significativo no ângulo interincisivos

comparando-se a avaliação inicial e 60 dias (p=0,0018), inicial e 180 dias (p=0,0005)

e entre 60 dias e 180 dias (p=0,0315). Pode ser observado neste estudo que tanto a

remoção dos hábitos de sucção quanto à associação dos tratamentos propostos

produziram aumento significativo no ângulo interincisivos, contribuindo para a

retroclinação dos incisivos.

A figura 32 ilustra os valores médios do ângulo interincisivos obtidos

durante o período do estudo para a amostra.

120,00125,00130,00135,00140,00145,00150,00155,00

1 2 3

FIGURA 32-Ilustração gráfica dos valores médios exibidos pelos grupos

tratados durante o período de estudo da grandeza angular ī.1.

Na figura 32 pode-se verificar valores médios da medida angular ī.1

levemente menores no grupo TMF. Na avaliação de 60 dias observa-se que os dois

grupos apresentaram aumento das médias atingindo valores similares, e na avaliação

de 180 dias as médias da grandeza angular continuaram a aumentar, sendo maior no

Grupo TMF.

• 1-NA:

TMF REM

TEMPOS

Gra

us

Antes 60 dias 180 dias

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Resultados

Degan, V.V. 113

Na tabela 21 encontram-se os valores médios da grandeza cefalométrica 1-NA

de acordo com os fatores em estudo.

TABELA 21

Valores médios da grandeza angular 1-NA (milímetros) de acordo com o os grupos e período do estudo.

Avaliações

Inicial 60 dias 180 dias

REM 0,85 Aa -0,65 Ab -1,25 Ab

TMF 1,50 Aa -1,50 Ab -0,80 Ab

Médias seguidas por mesma letra Maiúscula na comparação entre grupos não diferem entre si pelo teste t para 2 amostras independentes (p>0,05). Médias seguidas por mesma letra Minúscula na comparação dentro do mesmo grupo não diferem entre si pelo teste t para dados pareados (p>0,05).

Não se observou diferença estatisticamente significativa entre os grupos

tratados. Em média houve diminuição significativa na grandeza linear 1-NA após 60

dias (p=0,0017) e 180 dias (p=0,0007) em relação à avaliação inicial para as crianças

submetidas à remoção dos hábitos de sucção. Não foi observada diferença

significativa entre a segunda e terceira avaliações (p=0,2392).

Considerando-se o Grupo TMF observou-se diminuição significativa da

grandeza linear 1-NA aos 60 (p=0,0015) e 180 dias (p=0,0026) em relação à

avaliação inicial. Não foi observada diferença significativa entre a segunda e terceira

avaliações (p=0,2392).

A figura 33 ilustra os escores médios obtidos durante o período do estudo

para a amostra.

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Resultados

Degan, V.V. 114

-2,00

-1,50

-1,00

-0,50

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

FIGURA 33- Ilustração gráfica dos valores médios exibidos pelos

grupos tratados durante o período de estudo da grandeza linear 1-NA.

Para os valores médios da medida linear 1-NA demonstrada na figura 33,

observa-se o decréscimo dos valores das médias nos dois grupos, porém mais

acentuado no Grupo TMF até a avaliação aos 60 dias. Após essa avaliação as medidas

apresentaram inversão nos valores, o Grupo REM apresentou valores médios de 1-

NA menores que o Grupo TMF.

TRESPASSE VERTICAL

As análises dos dados obtidos a partir do trespasse vertical foram

realizadas através do cálculo da variação entre as medidas nas avaliações realizadas:

entre grupos foram comparadas as variações ocorridas na quantidade de trespasse

vertical, observadas entre as avaliações realizadas aos 60 dias/início e entre as

avaliações realizadas aos 180 dias/início, em ambos os grupos; para a análise dentro

de um mesmo grupo foram comparadas as variações ocorridas entre a avaliação

realizada aos 60 dias/início e 180 dias/início, em cada grupo.

Na tabela 22 podem ser verificados os valores médios obtidos para a grandeza

linear TRESPASSE VERTICAL nos diferentes períodos do experimento.

1 2 3

TMF REM

TEMPOS

Milí

met

ros

Antes 60 dias 180 dias

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Resultados

Degan, V.V. 115

TABELA 22

Valores médios obtidos para a grandeza TRESPASSE VERTICAL nos

diferentes períodos do experimento.

Variação entre: Avaliação

Inicial Variação até a

primeira avaliação

Avaliação 60 dias 60

dias/início180

dias/início

Avaliação 180 dias

Variação durante todo o

experimento

REM 1,75 A 0,70 a b 0,25 A

TMF 3,05 A 1,15 a b 0,20 B

Médias seguidas por mesma letra Maiúscula, na comparação entre grupos, não diferem entre si pelo teste t para 2 amostras independentes (p>0,05). Médias seguidas por mesma letra Minúscula na comparação dentro do mesmo grupo não diferem entre si pelo teste t para dados pareados (p>0,05).

Pela tabela 23 pode-se verificar que durante os primeiros 60 dias após os

tratamentos não houve diferença entre as variações ocorridas na quantidade de

trespasse vertical para ambos os grupos (p=0,1093). Entretanto, a variação na

quantidade de trespasse vertical ocorrida durante todo o experimento, isto é, após 180

dias da realização dos tratamentos em comparação com o exame pré-tratamento,

demonstrou que o grupo TMF apresentou as maiores variações, chegando às médias

de trespasse vertical similares aos encontrados para as crianças que foram submetidas

apenas à remoção dos hábitos de sucção. Observando-se as variações ocorridas dentro

de cada grupo, observa-se que as crianças do grupo REM apresentaram diminuição

significativa do trespasse vertical (p=0,0207), o mesmo foi observado para aquelas do

grupo TMF (p=0). Deve-se considerar que no grupo TMF, a quantidade de trespasse

vertical inicial era 1,74 vezes maior que a do grupo REM. Estes resultados indicam

que a Terapia Miofuncional é eficaz na redução do trespasse vertical.

A figura 34 ilustra os valores médios da grandeza angular TRESPASSE

VERTICAL durante o período do experimento.

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Resultados

Degan, V.V. 116

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

1 2 3

Figura 34 - Ilustração gráfica dos valores médios exibidos pelos grupos tratados durante período de estudo da grandeza linear TRESPASSE VERTICAL

A análise da figura 34 revela que no início do experimento o Grupo TMF

apresentava amplitudes iniciais maiores da grandeza linear TRESPASSE VERTICAL

(1,74 vezes). Na avaliação de 60 dias a amplitude do TRESPASSE VERTICAL para

os Grupos REM e TMF diminuíram significativamente. Após 180 dias da remoção

dos hábitos, ambos os grupos apresentaram similares valores de TRESPASSE

VERTICAL, significativamente inferiores aos observados no início do experimento e

na avaliação após 60 dias, finalizando com valores próximos a zero.

As páginas seguintes exibem fotografias da região de terço médio e

inferior da face (frente e perfil) e da oclusão (frente e perfil) de paciente pertencente

ao Grupo TMF, assim como telerradiografias, traçados cefalométricos, sobreposição

de traçados cefalométricos e registros eletromiográficos, onde se evidenciam

alterações ocorridas durante o tratamento.

TMF REM

TEMPOS

Milí

met

ros

Antes 60 dias 180 dias

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Resultados

Degan, V.V. 117

FIGURA 35: Paciente n. 36 do Grupo TMF antes dos tratamentos

FIGURA 36: Paciente n. 36 do Grupo TMF 60 dias após os tratamentos

FIGURA 37: Paciente n. 36 do Grupo TMF 180 dias após os tratamentos

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Resultados

Degan, V.V. 118

FIGURA 38: Paciente n. 36 do Grupo TMF antes dos tratamentos

FIGURA 39: Paciente n. 36 do Grupo TMF 60 dias após os tratamentos

FIGURA 40: Paciente n. 36 do Grupo TMF 180 dias após os tratamentos

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Resultados

Degan, V.V. 119

FIGURA 41: Paciente n. 36 do Grupo TMF antes dos tratamentos

FIGURA 42: Paciente n. 36 do Grupo TMF 60 dias após os tratamentos

FIGURA 43: Paciente n. 36 do Grupo TMF 180 dias após os tratamentos

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Resultados

Degan, V.V. 120

FIGURA 44: Paciente n. 36 do Grupo TMF antes dos tratamentos

FIGURA 45: Paciente n. 36 do Grupo TMF 60 dias após os tratamentos

FIGURA 46: Paciente n. 36 do Grupo TMF 180 dias após os tratamentos

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Resultados

Degan, V.V. 121

FIGURA 47 – Sobreposição dos traçado cefalométricos da paciente 36 (antes, 60

dias e 180 dias após os tratamentos)

Antes dos tratamentos

60 dias após tratamentos

180 dias após tratamentos

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Resultados

Degan, V.V. 122

FIGURA 48 – Sinais eletromiográficos dos músculos orbicular da boca superior e mentual em situação de sucção de creme de chocolate obtidos antes dos tratamentos de paciente do Grupo TMF.

FIGURA 49 – Sinais eletromiográficos dos músculos orbicular da boca superior e mentual em situação sucção de creme de de chocolate obtidos 60 dias após os tratamentos de paciente do Grupo TMF.

FIGURA 50 – Sinais eletromiográficos dos músculos orbicular da boca superior e mentual em situação de sucção de creme de chocolate obtidos 180 dias após os tratamentos obtidos durante a situação de sucção de água de paciente do Grupo TMF.

Músculos orbicular da boca superior

Músculos mentual

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Discussão

Degan, V.V. 123

6-DISCUSSÃO

A discussão será desenvolvida obedecendo às seqüências das análises, isto é,

análise clínica e funcional, análise eletromiográfica e análise cefalométrica.

Hábitos prolongados de sucção são fatores que podem produzir desequilíbrio

das forças naturais que atuam na cavidade bucal, sendo um fator mecânico negativo para

o bom desenvolvimento das estruturas ósseas e dentárias, podendo também promover

alterações na musculatura do sistema estomatognático e conseqüentemente em suas

funções (Landis, 1998; Felício, 1999). Dentre as alterações oclusais a mordida aberta

anterior é a mais freqüentemente encontrada como decorrência de hábitos de sucção

prolongados (Felício, 1999). Tem-se observado que apenas a restituição da forma dos

arcos dentais, como o fechamento da mordida aberta através de intervenção ortodôntica,

não é suficiente para garantir a ausência de recidiva. Além da correção da forma, as

funções relacionadas à cavidade bucal, como respiração, deglutição, mastigação e fala

devem ser reorganizadas.

Como instrumento desse re-arranjo das estruturas bucais através da correção

da forma e das funções, a Terapia Miofuncional tem se mostrado eficiente, atuando nas

desordens miofuncionais, restabelecendo as funções, adequando a força e movimentos

musculares, além de auxiliar na remoção de hábitos para-funcionais e restabelecimento

de posturas de repouso (Ríspoli & Bacha, 1998).

Na presente pesquisa os músculos e/ou grupos musculares foram trabalhados

através de exercícios isométricos que segundo Carrara de Angelis et al. (2000)

desenvolvem tensão sem modificação do tamanho da fibra muscular e são indicados para

aumento de força muscular. Os exercícios foram aplicados no músculo ou grupo

muscular desejado, segurando-se um abaixador de língua de madeira com a mão,

aplicando contra-resistência que segundo Marchand (2003) produz aumento de força e

hipertrofia muscular, sendo semelhante em indivíduos de diferentes faixas etárias.

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Discussão

Degan, V.V. 124

Portanto o aumento da resistência do músculo durante o tratamento foi considerado

sinônimo de aumento de força muscular.

Além dos exercícios isométricos para o aumento de força muscular, deve-se

dar maior importância à adequação das funções como descrevem Hanson & Barret

(1995). Através da Terapia Miofuncional ocorre a desativação dos padrões pré-

estabelecidos, desenvolvimento de novas atividades musculares e padrões funcionais, a

automatização dos padrões corretos e a supervisão da manutenção dos padrões

aprendidos.

O tempo de utilização da Terapia Miofuncional, neste estudo foi de 8

sessões, tempo também utilizado por Ríspoli & Bacha (1999) que utilizaram a

Intervenção Fonoaudiológica Breve e obtiveram melhora para a respiração diurna e a

postura labial e tempo similar ao preconizado por Hanson (1978) que afirmou que o

período de terapia deve ser breve com a realização de aproximadamente nove sessões e

outras subseqüentes espaçadas.

As desordens miofuncionais diagnosticadas no Grupo TMF foram tratadas

enfocando-se a individualidade do paciente, como preconizou Hanson (1979) embora a

faixa etária e a alteração oclusal tenham sido similares para todas as crianças da amostra,

demonstrado pela ausência de diferença estatística no exame pré-tratamento das

variáveis, foram encontrados graus variados de desordens funcionais e estas foram

trabalhadas de acordo com a necessidade.

O aprendizado segundo Mora (1994), é o processo pelo qual a experiência

prática ou observação permitem desenvolver modificações na conduta que favorece a

adaptação ao meio ambiente. O termo aprendizagem pode ser reservado para o período

inicial, durante o qual o novo hábito é adquirido. Depois pode se atribuir o termo

memória referindo-se ao processo de armazenagem pelo qual a modificação é

preservada através do tempo. Em conseqüência, graças à aprendizagem, o organismo

adquire a capacidade para demonstrar, após certo tempo a conduta modificada. Porém,

antes do aprendizado é necessário que o paciente tenha adquirido condições musculares

para executar determinadas funções ou mesmo adquirir novas posturas. Isso pode

explicar o aprendizado e a automatização das novas posturas, como a postura de lábios e

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Discussão

Degan, V.V. 125

língua em repouso e as funções de respiração nasal e deglutição trabalhadas através da

Terapia Miofuncional neste experimento.

As crianças que além da remoção de hábitos foram submetidas à Terapia

Miofuncional desempenharam-na com sucesso, supervisionadas por um adulto,

corroborando as afirmações de Hanson (1978) que relatou que a Terapia Miofuncional

pode ser realizada em crianças a partir de 4 ou 5 anos. Sendo necessário apenas que as

crianças estejam motivadas para a realização dos exercícios e que tenham certo

entendimento do que está acontecendo com ela. Para isso o calendário personalizado,

sugerido por Pierce (1986), que era assinalado toda vez que os exercícios eram

realizados, foi um meio adequado para a execução e controle dos exercícios para esta

faixa etária.

Durante o experimento observou-se que os dois grupos estudados

apresentaram inicialmente desordens musculares e funcionais associadas à mordida

aberta anterior, corroborando as afirmações de Benkert (1997).

Inicialmente as crianças dos dois grupos apresentavam ausência de

selamento labial e pouca resistência dos lábios superior e inferior à tração com o

abaixador lingual de madeira. A remoção dos hábitos de sucção isoladamente foi capaz

de promover aumento da resistência dos lábios, sendo que as crianças do grupo que

recebeu Terapia Miofuncional apresentaram melhora mais evidente. Pode-se inferir que

o fato dos músculos se tornarem mais resistentes (fortes) poderia promover melhores

condições para a manutenção do selamento labial, porém é importante ressaltar que

somente a aplicação de exercícios que promovam aumento da força muscular ou

relaxamento podem não serem suficientes para produzir modificação nas posturas em

repouso e funções, sendo os exercícios funcionais também importantes.

Benkert (1997) e Felício (1999) afirmaram que hábitos de sucção

prolongados podem induzir a criança a estabelecer um padrão em que os lábios se

mantêm afastados provocando ausência de selamento labial. No presente estudo pôde-se

verificar que quanto ao repouso labial as crianças do Grupo TMF apresentaram

desempenho mais satisfatório do que aquelas submetidas apenas à remoção de hábitos.

Pode-se deduzir que a Terapia Miofuncional foi capaz de promover selamento labial

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Discussão

Degan, V.V. 126

mais eficiente, verificado através do posicionamento labial em repouso. O selamento

labial é de extrema importância para a oclusão. Como relata Gustafson & Ahlgren

(1975), a pressão dos lábios em repouso é mais importante para determinar a posição dos

dentes que a atividade funcional dos lábios durante a deglutição e a mastigação, portanto

a modificação do padrão apresentado no início do experimento é importante para o

estabelecimento de padrões oclusais adequados. O selamento labial também pode ser

considerado facilitador da respiração nasal, que é de suma importância para o

crescimento craniofacial adequado (Hanson & Barret, 1995).

A quantificação da aeração nasal feita através do Espelho de Altmann

mostrou que houve maior aeração nasal decorrente da remoção de hábitos de sucção aos

60 dias, mantendo-se até o final do experimento, porém no grupo que foi submetido à

remoção dos hábitos associada à Terapia Miofuncional, as alterações positivas foram

mais evidentes e também se mantiveram até a última avaliação. Este fato confirma a

efetividade da Terapia Miofuncional no restabelecimento da função respiratória nasal,

corroborando as afirmações de Schievano et al., (1999), e os achados de Araújo & Bitar

(2003) que utilizaram a Terapia Miofuncional no restabelecimento da função respiratória

nasal, e encontraram valores iniciais de 14,82 cm2, finalizando o experimento com

valores de 26,33 cm2, sendo estes próximos aos valores iniciais e finais do Grupo TMF

(14,10 cm2 inicial e 26,40 cm2 final – Tabela 10).

As forças intra-bucais constantes resultantes do tipo de postura de repouso

dos lábios, são muito importantes na definição da oclusão e quando em desequilíbrio

podem determinar deformação dos arcos dentários e alterar a posição dos dentes

(Camargo et al.,2001). A respiração nasal pode ser considerada imprescindível para o

bom desenvolvimento das funções orofaciais e conseqüentemente, o crescimento

esquelético harmonioso (González & Lopes, 2000). Houve vários relatos de mães que

comunicaram que as crianças, após a aplicação dos tratamentos, passaram a dormir de

lábios selados e não houve mais episódios de roncos e sialorréia durante o sono,

apresentando melhor qualidade deste, novamente corroborando as afirmações de Araújo

& Bitar, em 2003. No grupo que recebeu somente a remoção de hábitos de sucção

também houve melhora na respiração nasal, corroborando Felício (1999) que atribuiu

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Discussão

Degan, V.V. 127

aos hábitos de sucção prolongados a facilitação para respiração bucal devido à

permanência de um padrão de boca aberta.

O posicionamento da língua em repouso se mostrou alterado nos dois

grupos antes da remoção dos hábitos de sucção. As crianças do Grupo TMF

apresentaram aos 180 dias alterações mais favoráveis, para o reposicionamento lingual

na região da papila retro-incisal. Este fato foi evidenciado somente ao final do

experimento e não ao final do período em que as crianças foram submetidas à Terapia

Miofuncional. Isto pode ser atribuído talvez pela necessidade de um período maior desta

estrutura em modificar os padrões pré-estabelecidos para automatização do aprendizado.

Para a oclusão este fator é importante, pois segundo Van der Linden (1990) durante o

crescimento deve-se dar maior importância para a posição da língua e dos lábios em

repouso do que durante a deglutição e estas forças seriam importantes na determinação

da posição vestíbulo-lingual dos incisivos, corroborando também as afirmações de

Proffit & Fields (1993b). Snow (1993), afirmou que a Terapia Miofuncional com ênfase

na postura em repouso da língua no palato poderia remover forças físicas como as

provocadas pelo repouso lingual entre os dentes e assim contribuir para a ocorrência do

re-arranjo de forças na cavidade bucal, deixando de haver pressão sobre os dentes e

conseqüentemente trazendo benefícios para a oclusão e o desenvolvimento craniofacial.

O padrão de deglutição apresentado pelas crianças do Grupo REM mostrou

alterações positivas aos 180 dias, enquanto que para as crianças do Grupo TMF a

melhora no padrão de deglutição foi evidente já aos 60 dias, portanto somente a remoção

de hábitos de sucção foi efetiva para adequar a função, porém após um período maior de

avaliação. A associação de remoção de hábitos com a Terapia Miofuncional produziu

maior eficácia na adequação da deglutição como também afirmaram Harden & Rydell

(1983), Yamaguchi e Sebata (1995), Schievano (1997), Takahashi et al. (1995), Benkert

(1997). No início do experimento a projeção lingual durante a deglutição era bem

evidente, assim como a contração exagerada da musculatura peri-oral que diminuíram

durante os períodos de avaliação. Ao final do experimento, em geral, as crianças

apresentavam ausência de projeção lingual, de contração exagerada da mímica facial e

presença de selamento labial durante a deglutição. Embora o inadequado padrão de

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Discussão

Degan, V.V. 128

deglutição não deva ser considerado etiologia de mordida aberta anterior, esta deve ser

reabilitada juntamente com outras disfunções existentes. O simples fechamento da

mordida aberta anterior pode não promover o correto padrão de deglutir como verificado

por Stormer & Pancherz (1999) que não encontraram normalização eletromiográfica do

padrão de deglutição após o fechamento da mordida.

Nos dois grupos inicialmente foi diagnosticada flacidez das bochechas

quando estas foram solicitadas a oferecerem contra-resistência, corroborando achados de

Ahlgreen (1995), que relatou haver atividade eletromiográfica aumentada dos lábios e

mento durante a sucção de dedo ou chupeta e pouca ou moderada atividade dos

músculos bucinadores. Devido à flacidez dessa região estes músculos foram trabalhados

com o intuito de aumentar a força, visando adequar as funções de mastigação e

conseqüentemente da deglutição, corroborando as afirmações de Felício (1999) que

ressaltou a importância dos músculos bucinadores para mastigação que junto com a

língua tem a função de reconduzir os alimentos dos vestíbulos para o centro da cavidade

bucal e para as faces oclusais. Reforçando as avaliações clínicas da flacidez das

bochechas pôde-se constatar que durante o uso da chupeta pelas crianças da amostra, de

maneira geral esta era colocada na boca, porém sem que fosse sugada efetivamente,

apresentando movimentos descritos por Gonzáles (2000) como “movimentos de lamber”

que seriam os responsáveis pelas alterações negativas na oclusão.

O grupo submetido à remoção de hábitos e Terapia Miofuncional

apresentou maior oferecimento de resistência das bochechas durante a contração

muscular à tração pelo abaixador de língua de madeira, o mesmo não acontecendo com o

Grupo REM.

Embora não tenha ocorrido aumento de força na musculatura lingual nos

grupos estudados, houve reposicionamento adequado desta estrutura em repouso

habitual, sendo este um dos objetivos mais importantes da Terapia Miofuncional.

Quanto à região do mento, clinicamente não foram evidenciadas mudanças

quanto aos aspectos analisados, tendo-se em vista ser esta uma região cuja plasticidade

depende de relações diretas com outras estruturas como comprimento do lábio superior e

condições funcionais do lábio inferior. Assim, embora tenham sido observadas

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Discussão

Degan, V.V. 129

mudanças progressivas nos outros grupos musculares, estas não foram tão evidentes no

mento.

Na tentativa de ratificar a efetividade da Terapia Miofuncional observada

através do exame clínico-funcional nos músculos orbicular da boca superior e mentual

foi utilizada a eletromiografia de superfície, sendo que os resultados foram convertidos

para valores de RMS (raiz quadrada da média) em µV, como preconizaram De Luca

(1978 e 1993) e Portney (1993).

A eletromiografia registra a atividade elétrica da unidade motora do músculo

estudado e não a força muscular que é uma função de processos contráteis (Portney,

1993). A unidade motora é a unidade funcional de contração e consiste de um corpo de

célula nervosa, o longo axônio do nervo motor, ramos terminais e todas as fibras

musculares supridas por estes ramos (Jankelson & Pulley,1984). A maior atividade

detectada num registro eletromiográfico pode indicar ineficiência muscular (Portney,

1993), pois pode estar havendo aumento de disparo de potenciais de ação durante a

atividade muscular.

Durante o experimento, de uma maneira geral, os valores expressos em RMS

relativos à atividade elétrica da unidade motora iniciaram mais altos (pré-tratamento) e

diminuíram após os tratamentos. Pode-se inferir que os as unidades motoras diminuíram

a quantidade de disparos nos músculos estudados ao longo do período para realizar a

mesma prova, e, portanto estariam mais aptos para exercer a mesma função.

Para o músculo orbicular da boca superior em situação de repouso os

resultados da eletromiografia de superfície indicaram que a Terapia Miofuncional foi

efetiva na melhora da atividade muscular observada pela diminuição dos valores de

RMS aos 180 dias. O grupo de crianças que recebeu apenas como tratamento a remoção

de hábitos demonstrou não ter havido modificações na atividade do referido músculo.

Pode-se atribuir esse padrão de comportamento à adequação da atividade muscular, que

foi também observada na análise clínica do selamento labial produzida pela Terapia

Miofuncional que restabeleceu o posicionamento adequado dos lábios em repouso, isto

é, selados. Pode-se inferir pela análise dos resultados que antes dos tratamentos, a

freqüência dos disparos pelas unidades motoras eram maiores ou havia maior

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Discussão

Degan, V.V. 130

recrutamento de unidades motoras para a manutenção do lábio superior em repouso, isto

é, aparentemente indicando a presença de disfunção muscular. Após os tratamentos

terem sido realizados, os sinais eletromiográficos diminuíram significativamente no

Grupo TMF, podendo-se deduzir que o músculo estaria mais apto para manter os lábios

selados.

Durante a avaliação da atividade eletromiográfica do músculo orbicular da

boca superior realizada pela sucção de água em canudo os resultados mostraram que

houve alteração positiva no músculo durante a realização da função no grupo que foi

submetido à Terapia Miofuncional, aos 60 dias, mantendo-se até o final do experimento.

Os exames para observação das alterações no músculo orbicular da boca superior

realizados através da sucção de creme de chocolate apresentaram modificação positiva,

similar à ocorrida pela sucção de água, porém somente observada durante o exame de

180 dias no grupo que foi submetido à Terapia Miofuncional, demonstrando haver

adequação no músculo decorrente do tratamento, para a sucção de líquido denso.

Na avaliação do músculo mentual, em situação de repouso observou-se que o

grupo submetido à Terapia Miofuncional apresentou alterações significativas aos 60

dias, indicando a efetividade da Terapia Miofuncional.

Os resultados obtidos da avaliação do músculo mentual durante a sucção de

água não demonstraram alterações em nenhum dos grupos. Para a sucção de creme de

chocolate, entretanto, mostraram que o Grupo TMF apresentou alteração positiva

significativa aos 180 dias, indicando a efetividade da Terapia Miofuncional na

adequação do músculo mentual para a sucção de líquidos densos, similar ao observado

para o músculo orbicular da boca superior.

Durante a avaliação do músculo orbicular da boca e mentual através de

sucção de iogurte os dois grupos não demonstraram alterações aos 60 dias e tão pouco

aos 180 dias.

Analisando o comportamento dos dois músculos, orbicular da boca superior

e mentual, observou-se que o primeiro apresentou diferenças significativas para a

situação de repouso, sucção de líquidos menos densos como a água e mais densos como

o creme de chocolate. Para o músculo mentual as diferenças significativas ocorreram

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Discussão

Degan, V.V. 131

durante o repouso e na sucção de líquidos mais densos (creme de chocolate), sempre no

grupo que foi submetido à Terapia Miofuncional. Pela análise dos resultados obtidos,

pode-se supor que o padrão observado de sucção de substâncias de diferentes densidades

em canudos promoveria resultados diversos, pois poderia utilizar diferentes grupos

musculares, como por exemplo, os bucinadores corroborando as afirmações de Murray

et al., (1998), que concluiu em seu experimento que é possível que grupos musculares

adicionais sejam recrutados durante a sucção por canudo para a realização da função.

Interessante observar que durante a avaliação clínica não observou-se

alteração significativa na região do mento, porém estas foram evidenciadas na avaliação

eletromiográfica do músculo mentual durante sucção do líquido mais denso e repouso,

talvez explicado pelo fato deste método de avaliação ser mais sensível a alterações nesta

região neste espaço de tempo ou este resultado estar relacionado com a melhora do

músculo orbicular do lábio inferior.

Associando estes dados ao exame clínico pôde-se verificar que houve

melhora da musculatura labial em seu posicionamento em repouso e no músculo mentual

no grupo que recebeu a Terapia Miofuncional associada à remoção de hábitos.

Como já mencionado, o posicionamento muscular de repouso é um dos

fatores mais importantes que contribuem para a estabilidade da oclusão, e, portanto, a

Terapia Miofuncional contribuiu significativamente para a reabilitação eficaz das

regiões estudadas, observadas pela análise clínica e ratificadas pela análise

eletromiográfica.

Stormer & Pancherz (1999) evidenciaram maior atividade eletromiográfica

dos músculos periorais e menor atividade dos músculos mastigatórios em indivíduos

com mordida aberta anterior e deglutição alterada, concordando com os achados desta

pesquisa em que houve diminuição ao longo do experimento da atividade

eletromiográfica nos indivíduos que apresentavam inicialmente mordida aberta anterior,

principalmente do grupo submetido à Terapia Miofuncional, indicando haver

modificações decorrentes da adequação muscular e funcional e da alteração oclusal

provocada pelo fechamento da mordida aberta anterior após a remoção dos hábitos de

sucção.

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Discussão

Degan, V.V. 132

A melhora do músculo orbicular do lábio superior causada pela Terapia

Miofuncional é um fator importante, por poder promover a postura correta de lábios em

contato, mantendo-os selados, sendo a maior garantia de que a respiração seria realizada

corretamente pelo nariz, favorecendo o crescimento da face, segundo Camargo et

al.,(2001). Durante a respiração bucal os lábios ficam entreabertos e assim não existe a

ação da cinta muscular e esta não modelaria adequadamente o crescimento dos maxilares

e das arcadas dentárias (González, 2000).

A melhora apresentada no músculo mentual em repouso, no grupo que foi

submetido à Terapia Miofuncional pode estar relacionada com a melhora do músculo

orbicular do lábio inferior, já que segundo afirmações de Felício (1999) a tentativa de

selamento labial em indivíduos com padrão alterado de selamento labial, poderia induzir

a tensão do músculo mentual que participa do selamento labial auxiliando a elevação do

lábio inferior incompetente e assim promover o contato com o lábio superior.

A grandeza cefalométrica 1.NA apresentou redução significativa nos dois

grupos estudados. A análise destes dados indica que houve modificação na inclinação do

eixo longitudinal do incisivo central superior em relação à linha NA, diminuindo assim a

vestibularização dos incisivos, reposicionando-o na base óssea. Deve-se considerar que o

posicionamento adequado dos dentes decíduos no arco deve ser perpendicular à base

óssea, sem inclinação vestibular ou palatina.

A grandeza angular ī.1 apresentou aumento nos dois grupos estudados. O

aumento do ângulo indica que houve melhora no posicionamento pelo menos do incisivo

central superior. A média inicial do grupo REM era de 137° chegando a 149° no final do

experimento, enquanto que o Grupo TMF iniciou com médias de 134,20°, finalizando

com médias de 152,90°. Estes valores corroboram aos preconizados por Vann et al.

(1978) que para crianças nesta faixa etária encontraram ângulo de 148,4° e Brodbent

(apud Vann et al.,1978) que preconizou valores de 152,2° para a mesma faixa etária.

Portanto pode-se afirmar que as crianças dos dois grupos finalizaram o experimento com

valores adequados do ângulo interincisivos para a faixa etária, assumindo relação quase

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Discussão

Degan, V.V. 133

vertical entre os incisivos, isto é paralela, como relatada por Proffit & Fields Jr. (1993)

como situação adequada para o posicionamento dos dentes decíduos no arco dental.

O estudo da variação da grandeza linear 1-NA, referendando as medidas

observadas anteriormente (1.NA e ī.1) mostrou que ambos os grupos estudados

apresentaram redução crescente nas medidas. A redução dos valores indica que houve

retroclinação dos dentes incisivos superiores, colaborando para a diminuição da mordida

aberta anterior, pela diminuição do trespasse horizontal.

Para as grandezas cefalométricas 1.NA, ī.1 e 1-NA, os resultados mostraram

que houve alterações estatisticamente significativas ao longo do tempo, embora não

tenha sido observada diferenças significativas entre os grupos tratados, evidenciando

que as modificações ocorridas foram possivelmente decorrentes principalmente da

remoção dos hábitos de sucção.

Os hábitos de sucção geralmente produzem alterações oclusais negativas

devido à obstrução mecânica oferecida pelo objeto sugado, isto é, atuando como um

obstáculo ao senso mecânico da oclusão tanto dentária como labial. Dessa forma, apenas

a remoção do obstáculo mecânico poderia contribuir para a redução da inclinação dos

incisivos e da sobressaliência apresentada, como coadjuvante da redução da aberta

anterior. Deve-se entender que a análise da oclusão dentária anterior é realizada tanto no

sentido horizontal, isto é, do trespasse horizontal (sobressaliência) quanto no sentido

vertical, observando-se o trespasse vertical. Assim, pela análise dos resultados pôde-se

observar que a remoção dos hábitos de sucção contribuiu acentuadamente para a redução

do trespasse horizontal, como observado por Boni et al. (1997), Degan et al. (2001) e

Boni (2001).

Para a medida cefalométrica TRESPASSE VERTICAL, observou-se

melhores resultados no Grupo TMF, que apresentou maior redução nos valores desta

grandeza estudada, levando a maior correção da mordida aberta anterior, corroborando

as afirmações de Benkert (1997) que concluiu que a oclusão melhora como resultado da

Terapia Miofuncional havendo diminuição da mordida aberta anterior (trespasse

vertical) e da sobressaliência (trespasse horizontal). No grupo em que houve apenas a

remoção dos hábitos de sucção também houve redução das medidas, porém efetivamente

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Discussão

Degan, V.V. 134

menor que o Grupo TMF, corroborando as afirmações de Snow em 1993, que a remoção

de hábitos de sucção e interposição lingual quando eliminados poderiam promover o

fechamento de espaço vertical aberto se não houvesse outras interferências e se a

remoção ocorresse antes da idade adulta. Deve-se ressaltar a eficácia da Terapia

Miofuncional neste estudo, em que as crianças que foram distribuídas aleatoriamente

entre os grupos, as que formaram o Grupo TMF apresentavam no início do experimento

Trespasse Vertical quase que o dobro (1,74 vezes) das do Grupo REM, e ao final o

grupo que foi submetido à Terapia Miofuncional chegou a valores similares ao Grupo

REM no final do estudo.

Todas as variações ocorridas nas grandezas cefalométricas analisadas

demonstraram a contribuição para a redução da mordida aberta anterior através da

diminuição do trespasse vertical, redução dos ângulos interincisivos e 1.NA,

diminuição da distância 1-NA provocadas pela remoção dos hábitos de sucção,

corroborando os resultados de Boni et al. (1997), Degan et al. (2001) e Boni et al.

(2001). Segundo Proffit & Fields Jr. em 1993 (b), a redução da mordida aberta anterior

após a remoção de hábitos de sucção aos 3 ou 4 anos aconteceria devido à pressão dos

lábios e bochechas que logo recolocaria os dentes na posição correta, como observado

neste estudo pela alteração positiva da grandeza cefalométrica Trespasse Vertical.

A remoção dos hábitos de sucção provocou redução da mordida aberta

anterior corroborando as afirmações de Massler, 1963; Kim, 1987; Moyers, 1991; Boni

et al, 1997; Ngan & Fields, 1997; Degan, et al 2001 e Boni, 2001(b) e também

modificações em estruturas em repouso e de funções do sistema estomatognático.

Portanto a remoção dos hábitos de sucção na dentição decídua se faz importante para o

bom desenvolvimento da oclusão e das funções.

A Terapia Miofuncional utilizada no experimento contribuiu para a melhora

das posturas em repouso das estruturas e adequação de funções do sistema

estomatognático, acarretando alterações positivas na forma dentária, como evidenciado

por Takahashi et al. (1995).

Apesar das alterações morfofuncionais serem observadas clinicamente em

crianças que possuem hábitos de sucção prolongados, pôde-se através deste estudo

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Discussão

Degan, V.V. 135

mensurar as variações clínicas, eletromiográficas e cefalométricas, evidenciando a

necessidade de intervenção miofuncional associada à remoção de hábitos.

Para esta amostra havia associação de hábitos de sucção nutritivos

(mamadeira) e não nutritivos (chupeta) e este seria fator para desencadear maiores

alterações negativas antero-posterior dos incisivos como verificado por Degan et al.

(2003). De acordo com o tipo de associação a abordagem para remoção dos hábitos e

adequação das alterações devem ser levadas em consideração, tanto no tempo e método

para remoção, quanto na execução da Terapia Miofuncional, sendo o fonoaudiólogo o

profissional preparado para a realização destes procedimentos.

Somente a remoção de hábitos pode induzir a melhora de algumas das

alterações observadas nas crianças, porém a associação da Terapia Miofuncional produz

melhora mais rápida e mais eficiente, pois atua com maior eficácia na musculatura e

funções do sistema estomatognático e na redução da mordida aberta anterior.

Embora tenha havido redução da mordida aberta anterior significativa após a

utilização da Terapia Miofuncional durante período de 8 sessões semanais de trinta

minutos, este período pode ser estendido para um número maior de sessões contínuas

como fez Benkert (1997) para casos em que houver necessidade, depois pode-se fazer

atendimentos quinzenais e por fim mensais até a perfeita automatização das novas

posturas e funções do sistema estomatognático, corroborando os resultados de Hanson

(1978) que afirmou que o tratamento não pode ser considerado sucesso até que todos os

aspectos do problema tenham sido corrigidos ao plano subconsciente.

Embora a correção das alterações oclusais não seja o objetivo da Terapia

Miofuncional, esta pode ocorrer como conseqüência como aconteceu com a mordida

aberta anterior produzida pelo hábito de sucção prolongado que apresentou redução.

Levando-se em conta que hábitos de sucção prolongados são comuns em

populações industrializadas (Sadakiyo et al., 2003) podendo promover alterações

oclusais como as detectadas por Degan et al. (2003) em que 63,8% das crianças que

foram expostas a hábitos de sucção apresentavam algum tipo de má-oclusão anterior,

sendo que para a associação de sucção de mamadeira e chupeta, 57,4% apresentavam

mordida aberta anterior. Esta questão poderia ser tratada como questão de saúde pública,

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Discussão

Degan, V.V. 136

concordando com Pereira (1999) que ressaltou a importância da prevenção em

fonoaudiologia/odontologia que deve ser realizada visando à promoção da saúde geral, a

proteção específica à determinada patologia e posteriormente a detecção, diagnóstico e

tratamento precoce tentando minimizar as seqüelas através da reabilitação. Neste aspecto

a atuação do fonoaudiólogo poderia auxiliar na remoção dos hábitos de sucção das

crianças e reduzir as alterações musculares, funcionais e oclusais produzidas pela

manutenção prolongada desses hábitos, conscientizando profissionais da área de

educação, como professores de centros de atendimento infantil e creches, agentes de

saúde, além da própria criança e da família desta, que muitas vezes não tem acesso a

informações, contribuindo para o desenvolvimento global adequado. Desta forma, a

Terapia Miofuncional do ponto de vista de saúde pública pode ser considerada uma

forma eficaz de intervenção para saúde global e bem estar do indivíduo (Benkert, 1997).

A intervenção precoce na disfunção da musculatura orofacial pode

restabelecer o potencial do crescimento e desenvolvimento adequado e o equilíbrio no

desenvolvimento craniofacial e, portanto a remoção de hábitos e a adequação de

estruturas e funções do sistema estomatognático, pelos resultados observados nesta

pesquisa, se fazem importantes.

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Conclusão

Degan, V.V. 137

CONCLUSÃO

Pelos resultados obtidos pode-se concluir que a Terapia Miofuncional

aplicada após a remoção de hábitos de sucção em crianças na faixa etária de 4 anos a 4

anos e 8 meses de idade foi capaz de reduzir a mordida aberta anterior, promover

alterações musculares positivas e adequar funções do sistema estomatognático

estudadas verificadas através da:

1. Adequação do posicionamento habitual dos lábios em repouso, resistência do

lábio superior e inferior, resistência da bochecha direita e esquerda,

posicionamento da língua em repouso e as funções de deglutição e respiração que

foram reabilitadas.

2. Redução da mordida aberta anterior constatada pela diminuição da grandeza

linear Trespasse Vertical.

3. Melhora na atividade dos músculos orbicular da boca superior em situação de

repouso, sucção de água e sucção de creme de chocolate.

4. Melhora na atividade do músculo mentual em situação de repouso e de sucção de

creme de chocolate.

As alterações positivas decorrentes da Terapia Miofuncional foram

confirmadas pelas análises: clínica, cefalométrica e eletromiográfica.

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Conclusão

Degan, V.V. 138

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Referências Bibliográficas

Degan, V.V.

150

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Anexos

Degan, VV

151

ANEXOS

ANEXO 1- Certificado do Comitê de Ética em Pesquisa FOP/UNICAMP

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Anexos

Degan, VV

152

ANEXO 2

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

______________________________________________________________, abaixo assinado,

responsável pelo menor, ____________________________________________, autorizo a

Faculdade de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP, por intermédio da pós-graduanda Viviane

Veroni Degan , devidamente assistida pela sua professora e orientadora, Regina Maria Puppin

Rontani , a executar tratamento para remoção de hábitos de sucção e Terapia Miofuncional, 3

tomadas radiológicas, 3 coletas eletrromiográficas, 3 tomadas fotográficas e exame clínico, de

acordo com o planejamento proposto e aprovado por mim. Estou ciente que o(a) menor que se

encontra sob minha responsabilidade estará submetido(a) ao tratamento odonto-fonoaudiológico até

o término da pesquisa. O tratamento será realizado obedecendo – se todas as normas de

biossegurança, estando a criança protegida de todos os riscos que comprometeriam a sua saúde

(contaminação e radiação).

Eu comprometo – me a comparecer com o(a) menor na Faculdade de Odontologia de Piracicaba

nas datas solicitadas para a manutenção e a coleta de dados pela pesquisadora, sendo que tenho todo

o esclarecimento sobre o tratamento odontológico a ser executado. Tal compromisso é válido

enquanto o(a) menor estiver a participar da pesquisa. Caso contrário, poderá recusar – se a

participar em qualquer fase da pesquisa sem penalização e sem prejuízo ao seu cuidado.

A identidade do paciente será confidencial à pesquisa, sendo que todos os resultados divulgados e

publicados não citarão nomes.

Os pacientes serão submetidos ao tratamento odonto-fonaoaudiológico sem qualquer custo. A

pesquisadora compromete-se a fornecer fichas de transporte para o comparecimento do paciente e

seu responsável na Faculdade de Odontologia de Piracicaba nas datas marcadas pela pesquisadora.

No caso de eventuais danos decorrentes da pesquisa, os pacientes serão devidamente indenizados.

Piracicaba, de de 2000.

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Anexos

Degan, VV

153

1-Título do Experimento: INFLUÊNCIA DA TERAPIA MIOFUNCIONAL NAS ALTERAÇÕES

MUSCULARES, FUNCIONAIS E OCLUSAIS, APÓS A REMOÇÀO DE HÁBITOS DE

SUCÇÃO.

2-Objetivo: Estudar clinicamente a influência da terapia miofuncional sobre as alterações,

musculares, funcionais e oclusais.

3-Descrição de procedimentos: Serão estudadas crianças com idades entre 4 a 4 anos e 8 meses,

que apresentem hábito de sucção de chupeta e/ou mamadeira e mordida aberta anterior. Estas

serão divididas em 2 grupos, denominados de: Grupo REM e Grupo TMF. Individualmente será

aplicado o Método de Esclarecimento, que consiste em entrevistas com a criança e seus pais.

Inicialmente será realizado exame miofuncional, radiológico, fotográfico e eletromiográfico que

será repetido após 60 e 180 dias da remoção do hábito. Os resultados serão comparados entre si,

para posterior análise e conclusão.

4-Desconfortos e riscos esperados: As condutas acima não oferecem desconfortos e riscos para os

participantes da pesquisa.

5-Benefícios esperados: Os benefícios esperados serão a correção ou atenuância da mordida aberta

anterior e impedir seu agravamento.

6-Informações: Os participantes têm a garantia que receberão respostas a qualquer pergunta e

esclarecimento de qualquer dúvida quanto aos assuntos relacionados à pesquisa. Também os

pesquisadores supracitados assumem o compromisso de proporcionar informações atualizadas

obtidas durante a realização do estudo.

7-Forma de acompanhamento e assistência: Os participantes deverão vir acompanhados dos

responsáveis, onde será aplicado o Método de Esclarecimento, a Terapia Miofuncional e serão

feitos relatórios. Caso haja necessidade de questionamentos, esses deverão ser feitos pela

pesquisadora e/ou orientadora pelos telefones deixados no final deste termo ou no local de

atendimento.

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Anexos

Degan, VV

154

8-Informações: O voluntário tem garantia que receberá respostas a qualquer pergunta ou

esclarecimento de qualquer dúvida quanto aos assuntos relacionados á pesquisa. Também os

pesquisadores supracitados assumem o compromisso de proporcionar informações atualizadas

obtidos durante o estudo.

9-Retirada do consentimento: O voluntário tem a liberdade de retirar seu consentimento a qualquer

momento e deixar de participar do estudo, sem que haja prejuízo no tratamento de retirada do(s)

hábito(s) e também sem que haja restrições por parte da pesquisadora, ou seja o tratamento poderá

ser realizado mesmo que o paciente decida não mais participar da pesquisa, não acarretando

nenhum dano ao voluntário. Apenas que os benefícios que poderiam ser obtidos devido a retirada

dos hábitos deletéreos não seriam alcançados.

10-Aspecto Legal: Elaborado de acordo com as diretrizes e normas regulamentadas de pesquisa

envolvendo seres humanos atende à Resolução nº 196, de 10 de outubro de 1996, do conselho

Nacional de Saúde do Ministério de Saúde - Brasília – DF.

11-Confiabilidade: Os voluntários terão direito à privacidade, a identidade (fotos completas, nomes

e sobrenomes) do participante não será divulgada. Porém os voluntários assinarão o termo de

consentimento para que os resultados obtidos possam ser apresentados em congressos e

publicações.

12-Quanto à indenização: Não há danos previsíveis decorrentes da pesquisa, portanto não é previsto

qualquer indenização.

Local da pesquisa: FOP-UNICAMP, localizada à Av. Limeira, 901-CP, 52 –CEP 13414900 –

Piracicaba –SP – TEL (019) 430.5200, Departamento de Odontopediatria.

Piracicaba, de de 2000

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Anexos

Degan, VV

155

ANEXO 3

ANAMNESE

DATA : ____/____/____

Nome do

paciente:______________________________________________________________________

D.N.:___/___/___

Idade:___________________________________

Nome do

pai:__________________________________Profissão:________________________________

Nome da mãe:_________________________________

Profissão:________________________________

Endereço:________________________________________________________________________

_____

Telefone:_______________

Creche/Escola:____________________________________________________________________

_____

Período:________________________ Nome da

Profa:_________________________________________

Número de filhos:________________ Posição do paciente entre os

filhos:_________________________

TIPO DE ALEITAMENTO AO NASCIMENTO:

Natural exclusivamente ( ) sim ( ) não Até quando?

____________________________

Natural e artificial ( ) sim ( ) não Até quando? ________________ Por

quê?____

Artificial exclusivamente artificial ( ) sim ( ) não Até quando?

_____________________________

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Anexos

Degan, VV

156

HÁBITOS ORAIS:

Mamadeira:

Usa atualmente ( ) sim ( ) não Quantidade por dia:______________

Tipo de bico: Ortodôntico ( ) Comum ( )

Orifício Aumentado: ( ) sim ( ) não Com qual instrumento? ___________

Consistência do leite engrossado ( ) sim ( ) não Com o quê? ____________________

Chupeta: Quando foi oferecida pela primeira vez? _________________Por quem? ___________

Por quê? __________________________________

Quais os horários mais prováveis para sua

utilização?__________________________________________

Tempo de uso durante o dia:_____horas.

Tempo de uso durante a noite:____horas.

Tipo de bico utilizado: ortodôntico ( ) comum ( )

TENTATIVAS ANTERIORES PARA REMOÇÃO DOS HÁBITOS

Quando foram? ________________________________________________________________

Como foram? __________________________________________________________________

Quem decidiu remover? __________________________________________________________

Por que decidiram removê-los?_____________________________________________________

ALIMENTAÇÃO ATUAL

Mastiga bem? ( ) sim ( ) não

Devolve pedaços de carne? ( ) sim ( ) não

Quais os alimentos que prefere? ______________________________________________________

SONO

Dorme bem? ( ) sim ( ) não

Ronca? ( ) sim ( ) não

Sialorréia? ( ) sim ( ) não

HISTÓRICO MÉDICO

Asma? ( ) sim ( ) não Bronquite? ( ) sim ( ) não

Resfriados freqüentes? ( ) sim ( ) não Rinite alérgica? ( ) sim ( ) não

Sinusite? ( ) sim ( ) não Otites? ( ) sim ( ) não

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Anexos

Degan, VV

157

Adenóide hipertrófica? ( ) sim ( ) não Amígdala hipertrófica? ( )sim ( ) não

RESPIRAÇÃO

Nasal ( ) Bucal ( ) Mista ( )

HISTÓRICO FAMILIAR DE MALOCLUSÃO

Alguém na família apresenta (ou) maloclusão? ( ) sim ( ) não Quem? ________________

Qual tipo? ____________________________________

SOCIALIZAÇÃO:

Faz amigos? ( ) sim ( ) não

É tímido? ( ) sim ( ) não

Que tipo de brincadeiras gosta?_______________________________________________________

Quais os programas de televisão que gosta?____________________________________________

ELEMENTOS REFORÇADORES

Beijos ( ) Abraços ( ) Elogios ( ) Presentes ( ) Que tipo? __________________

DESENVOLVIMENTO MOTOR:

DESENVOLVIMENTO DE FALA E LINGUAGEM:

ROTINA DA CRIANÇA:

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Anexos

Degan, VV

158

ANEXO 4

EXAME MIOFUNCIONAL

Data do exame:___/___/___ Exame n. _____________

Nome: ______________________________________________________________________

Data de nascimento : ____/___/___ Idade:_____anos e ____meses

Nome da mãe _________________________________________________________________

Nome do pai __________________________________________________________________

Telefone __________________________

Creche:______________________________________________________________________

Nome da agente de saúde _______________________________________________________

1- LÁBIOS:

Postura em repouso: afastados ( ) entreabertos ( ) selado ( )

Resistência do lábio superior: resistente ( ) hiporresistente 1 ( ) hiporresistente 2 ( )

hiporresistente3 ( )

Resistência do lábio inferior : resistente ( ) hiporresistente 1 ( ) hiporresistente 2 ( )

hiporresistente3 ( )

Aspecto do lábio superior: Encurtado ( ) alongado ( ) normal ( )

Aspecto do lábio inferior: Evertido ( ) normal ( )

2-MENTO:

Aspecto em repouso: relaxado ( ) tenso ( )

3-BOCHECHAS:

Resistência da bochecha direita: resistente( ) hiporresistente 1 ( ) hiporresistente 2( )

hiporresistente3 ( )

Resistência da bochecha esquerda:resistente( ) hiporresistente 1 ( ) hiporresistente 2( )

hiporresistente3 ( )

Presença de assimetria: sim ( ) não ( )

4-LÍNGUA:

Postura em repouso: interdental ( ) soalho bucal ( ) papila retroincisal ( )

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Anexos

Degan, VV

159

Resistência lingual: resistente ( ) hiporresistente 1 ( ) hiporresistente 2 ( )

hiporresistente3 ( )

bordas marcadas: : sim ( ) não ( )

5-DENTES:

classificação da oclusão:

relação de molares: ____________________________________________________

relação de caninos :____________________________________________________

relação dos anteriores:__________________________________________________

desvio de linha média: ( ) não ( ) sim direita ( ) esquerda ( )

6-FREIOS:

Aspecto do labial superior ___________

Aspecto do labial inferior ____________

Aspecto do labial lingual ____________

7-PALATO DURO:

Atrésico ( ) Não atrésico ( )

8-PALATO MOLE:

aspecto ___________ mobilidade_____________

9-AMIGDALAS: ausentes ( ) presentes ( ) normal ( ) hipertróficas ( )

10-FACE:

Assimetria: ( ) sim ( ) não

Proporções dos terços

11-Orelha:

Assimetria: ( ) sim ( ) não

12- Nariz:

asas formadas ( ) asas poucos formadas ( ) retilíneo ( ) desalinhado ( )

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Anexos

Degan, VV

160

13-Olhos:

simétricos ( ) não simétricos ( ) presença de olheiras ( ) ausência de olheiras ( )

12-FUNÇÕES:

Mordida: dentes anteriores ( ) dentes laterais ( )

Mastigação: bilateral alternada ( ) bilateral ( ) unilateral ( ) direita ( ) esquerda

( )

Deglutição:

Com interposição lingual ( ) sem interposição lingual ( )

ausência de selamento labial ( ) presença de selamento labial ( )

movimentação de cabeça ( ) contração da musculatura peri-oral ( )

Fonoarticulação:

Respiração:

Papel milimetrado de Altmann (Fig. 1)

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Anexos

Degan, VV

161

ANEXO 5 Modelo de Calendário utilizado para remoção de hábitos de sucção de chupeta e mamadeira ANEXO 6 Modelo de Calendário utilizado pelo voluntário para realização de exercícios da Terapia Miofuncional

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Anexos

Degan, VV

162

ANEXO 7

Fotomicrografias em microscopia eletrônica de varredura de esporos sobre chupeta

*Cortesia de M.E. Baglione Gouvêa

*

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Anexos

Degan, VV

163

ANEXO 8 OBRAS CONSULTADAS

1. Buarque de Holanda, A. Novo dicionário Básico de Língua Portuguesa-

Folha/Aurélio: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira e JMM Editores; 1988.

2. Terminologia Anatômica Internacional. Sociedade Brasileira de Anatomia:

Editora Manole; 2001. 157 p.

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164

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Apêndice

Degan, V.V. 165

APÊNDICE Quadro 01 – Valores individuais da avaliação clínica do POSICIONAMENTO HABITUAL DOS LÁBIOS EM REPOUSO em escores do Grupo REM.

Quadro 02 – Valores individuais da avaliação clínica do POSICIONAMENTO HABITUAL DOS LÁBIOS EM REPOUSO em escores do Grupo TMF.

POSICIONAMENTO HABITUAL DOS LÁBIOS EM REPOUSO

N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 3 TMF 2 0 0 4 TMF 1 0 0 5 TMF 2 0 0 18 TMF 2 0 0 24 TMF 2 1 0 29 TMF 1 0 0 30 TMF 2 1 0 34 TMF 1 0 0 35 TMF 2 1 1 36 TMF 2 0 0

Quadro 03 – Valores individuais da avaliação clínica da RESISTÊNCIA

DO LÁBIO SUPERIOR em escores do Grupo REM. RESISTÊNCIA DO LÁBIO SUPERIOR N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 13 REM 2 2 2 14 REM 3 3 3 10 REM 0 0 0 16 REM 3 0 0 7 REM 1 0 0 26 REM 3 2 2 20 REM 1 1 1 15 REM 3 2 2 9 REM 2 1 1 28 REM 1 1 1

Quadro 04 – Valores individuais da avaliação clínica da RESISTÊNCIA

DO LÁBIO SUPERIOR em escores do Grupo TMF. RESISTÊNCIA DO LÁBIO SUPERIOR N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 3 TMF 2 0 0 4 TMF 2 1 0 5 TMF 1 0 0 18 TMF 1 0 0 24 TMF 2 0 0 29 TMF 0 0 0 30 TMF 1 0 1 34 TMF 2 1 1 35 TMF 2 1 1 36 TMF 2 1 0

Quadro 05- Valores individuais da avaliação clínica da RESITÊNCIA

DO LÁBIO INFERIOR em escores do Grupo REM. RESISTÊNCIA DO LÁBIO INFERIOR (escores)N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 13 REM 2 2 2 14 REM 3 3 3 10 REM 1 0 0 16 REM 1 0 0 7 REM 1 1 1 26 REM 3 2 2 20 REM 2 1 1 15 REM 3 2 2 9 REM 1 1 1 28 REM 1 1 1

Quadro 06 - Valores individuais da avaliação clínica da RESISTÊNCIA

DO LÁBIO INFERIOR em escores do Grupo TMF. RESISTÊNCIA DO LÁBIO INFERIOR (escores)N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 3 TMF 2 0 0 4 TMF 2 0 0 5 TMF 1 1 0 18 TMF 2 0 0 24 TMF 2 0 0 29 TMF 1 0 0 30 TMF 1 1 0 34 TMF 2 1 0 35 TMF 2 1 1 36 TMF 2 0 0

Quadro 07- Valores individuais da avaliação clínica da RESISTÊNCIA

DA BOCHECHA DIREITA em escores do Grupo REM.

RESISTÊNCIA DA BOCHECHA DIREITAN° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 13 REM 2 2 2 14 REM 1 1 1 10 REM 0 0 0 16 REM 1 0 0 7 REM 1 0 0

26 REM 2 2 2 20 REM 2 1 1 15 REM 3 2 2 9 REM 1 1 2

28 REM 1 1 1 Média 1,4 1 1,1

Quadro 08- Valores individuais da avaliação clínica da

RESISTÊNCIA DA BOCHECHA DIREITA em escores do Grupo TMF.

RESISTÊNCIA DA BOCHECHA DIREITAN° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 3 TMF 2 0 0 4 TMF 1 1 0 5 TMF 0 0 0

18 TMF 1 0 0 24 TMF 2 0 0 29 TMF 1 0 0 30 TMF 0 0 0 34 TMF 2 1 0 35 TMF 1 0 0 36 TMF 1 0 0

POSICIONAMENTO HABITUAL DOS LÁBIOS EM REPOUSON° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 13 REM 2 2 1 14 REM 2 2 1 10 REM 0 0 0 16 REM 0 0 0 7 REM 2 1 2

26 REM 2 2 2 20 REM 2 2 2 15 REM 2 0 0 9 REM 2 1 0

28 REM 1 1 1

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Apêndice

Degan, V.V. 166

Quadro 09- Valores individuais da avaliação clínica da RESISTÊNCIA

DA BOCHECHA ESQUERDA em escores do Grupo REM. RESISTÊNCIA DA BOCHECHA ESQUERDA (escores)N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 13 REM 2 2 2 14 REM 1 1 1 10 REM 0 0 0 16 REM 1 0 0 7 REM 1 1 0 26 REM 2 2 2 20 REM 2 1 1 15 REM 3 2 2 9 REM 1 1 2 28 REM 1 1 1

Quadro 10- Valores individuais da avaliação clínica da RESISTÊNCIA

DA BOCHECHA ESQUERDA em escores do Grupo TMF. RESISTÊNCIA DA BOCHECHA ESQUERDA N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 3 TMF 2 0 0 4 TMF 1 1 0 5 TMF 0 0 0

18 TMF 1 0 0 24 TMF 2 0 0 29 TMF 1 0 0 30 TMF 0 0 0 34 TMF 2 1 0 35 TMF 1 0 0 36 TMF 1 0 0

uadro 11- Valores individuais da avaliação clínica do

POSICIONAMENTO HABITUAL DA LÍNGUA EM REPOUSO em escores do Grupo REM.

POSICIONAMENTO HABITUAL DA LÍNGUA EM REPOUSON° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 13 REM 1 1 1 14 REM 1 1 1 10 REM 1 1 1 16 REM 1 1 1 7 REM 1 1 1

26 REM 1 1 1 20 REM 1 2 2 15 REM 1 1 1 9 REM 1 2 1

28 REM 1 2 2

Quadro 12- Valores individuais da avaliação clínica do POSICIONAMENTO HABITUAL DA LÍNGUA EM REPOUSO em

escores do Grupo TMF. POSICIONAMENTO HABITUAL DA LÍNGUA EM REPOUSO

N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 3 TMF 1 0 0 4 TMF 2 0 0 5 TMF 1 2 0

18 TMF 1 0 0 24 TMF 1 0 0 29 TMF 2 0 0 30 TMF 2 1 1 34 TMF 1 2 1 35 TMF 2 2 2 36 TMF 1 1 1

Quadro 13- Valores individuais da avaliação clínica da RESISTÊNCIA

LINGUAL em escores do Grupo REM. RESISTÊNCIA LINGUAL (escores)

N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 13 REM 2 2 3 14 REM 3 3 3 10 REM 1 0 0 16 REM 1 0 0 7 REM 1 0 0 26 REM 1 1 1 20 REM 2 2 1 15 REM 3 1 1 9 REM 3 2 1 28 REM 1 0 0

Quadro 14- Valores individuais da avaliação clínica da RESISTÊNCIA

LINGUAL em escores do Grupo TMF. RESISTÊNCIA LINGUAL (escores)

N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 3 TMF 2 0 0 4 TMF 2 0 0 5 TMF 1 0 1 18 TMF 1 0 2 24 TMF 2 1 1 29 TMF 0 0 0 30 TMF 1 1 1 34 TMF 1 1 1 35 TMF 1 0 0 36 TMF 2 1 1

Quadro 15- Valores individuais da avaliação clínica do aspecto do

MENTO em repouso em escores do Grupo REM. MENTO (escores)

N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 13 REM 1 1 1 14 REM 1 1 1 10 REM 1 1 0 16 REM 0 0 0 7 REM 0 0 0 26 REM 1 1 1 20 REM 1 1 1 15 REM 1 0 0 9 REM 0 0 0 28 REM 1 0 0

Quadro 16- Valores individuais da avaliação clínica do aspecto do

MENTO em repouso em escores do Grupo TMF. MENTO (escores)

N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 3 TMF 1 0 0 4 TMF 1 1 0 5 TMF 0 0 0 18 TMF 0 0 0 24 TMF 1 1 1 29 TMF 0 0 0 30 TMF 1 0 0 34 TMF 0 0 0 35 TMF 1 1 1 36 TMF 0 0 0

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Apêndice

Degan, V.V. 167

Quadro 17- Valores individuais da avaliação clínica da função de DEGLUTIÇÃO em escores do Grupo REM.

DEGLUTIÇÃO (escores) N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 13 REM 1 1 1 14 REM 1 1 1 10 REM 1 1 0 16 REM 1 0 0 7 REM 1 1 1 26 REM 1 1 0 20 REM 1 1 1 15 REM 1 0 0 9 REM 1 1 1 28 REM 1 1 0

Quadro 18- Valores individuais da avaliação clínica da função de

DEGLUTIÇÃO em escores do Grupo TMF. DEGLUTIÇÃO (escores)

N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 3 TMF 1 0 0 4 TMF 1 0 0 5 TMF 1 0 0 18 TMF 1 0 0 24 TMF 1 1 0 29 TMF 1 0 0 30 TMF 1 0 0 34 TMF 1 1 1 35 TMF 1 1 1 36 TMF 1 0 0

Quadro 19- Valores individuais da avaliação clínica da função de

RESPIRAÇÃO em escores do Grupo REM. RESPIRAÇÃO (escores)

N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 13 REM 11 15 16 14 REM 6 14 15 10 REM 10 15 11 16 REM 7 15 14 7 REM 12 16 15 26 REM 10 21 23 20 REM 14 19 18 15 REM 9 25 21 9 REM 15 18 26 28 REM 13 23 25

Média 10,7 18,1 18,4

Quadro 20- Valores individuais da avaliação clínica da função de RESPIRAÇÃO em escores do Grupo TMF.

RESPIRAÇÃO (escores) N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 3 TMF 12 20 18 4 TMF 27 22 29 5 TMF 15 14 15 18 TMF 15 24 22 24 TMF 21 34 28 29 TMF 13 36 38 30 TMF 9 35 34 34 TMF 13 25 30 35 TMF 8 29 28 36 TMF 11 25 23

Média 14,4 26,4 26,5

Quadro 21- Valores individuais dos sinais eletromiográficos em RMS do MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA SUPERIOR

EM SITUAÇÃO DE REPOUSO do Grupo REM. MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA SUPERIOR EM

SITUAÇÃO DE REPOUSO (RMS) N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 7 REM 4,08 4,07 5,02 9 REM 21,72 25,08 20,16

10 REM 49,46 43,95 36,1 13 REM 50,97 52,57 15,91 14 REM 56,1 10,1 12,67 15 REM 13,5 13,44 14,44 16 REM 6,54 19,93 8,92 20 REM 13,71 8,62 21,11 26 REM 15,74 8,2 13,45 28 REM 12,86 7,6 4,08

Média 24,468 19,356 15,186

Quadro 22- Valores individuais dos sinais eletromiográficos em RMS do MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA SUPERIOR EM SITUAÇÃO DE

REPOUSO do Grupo TMF. MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA SUPERIOR EM

SITUAÇÃO DE REPOUSO (RMS) N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 3 TMF 13,34 7,23 10,3 4 TMF 34,65 17,19 6,93 5 TMF 26,54 15,33 5,86

18 TMF 18,9 12,58 13,34 24 TMF 14,02 13,99 6,66 29 TMF 13,29 9,35 7,81 30 TMF 15,53 6,01 7,57 34 TMF 23,84 15,18 12,41 35 TMF 19,45 9,07 11,09 36 TMF 21,88 8,36 7,33

Média 20,14 11,42 8,93

Quadro 23- Valores individuais dos sinais eletromiográficos em RMS do MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA SUPERIOR EM SITUAÇÃO DE

SUCÇÃO DE ÁGUA do Grupo REM. MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA SUPERIOR EM SITUAÇÃO DE

SUCÇÃO DE ÁGUA (RMS) N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 7 REM 139,76 108,93 124,06 9 REM 88,42 111,86 98,96

10 REM 110,08 104,02 76,83 13 REM 107,88 118,25 149,63 14 REM 147,06 141,5 92,08 15 REM 95,04 137,4 123,56 16 REM 90,81 85,64 96,53 20 REM 62,96 61,77 44,44 26 REM 85,79 74,38 63,55 28 REM 52,7 29,68 30,95

Média 98,05 97,34 90,05

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Apêndice

Degan, V.V. 168

Quadro 24- Valores individuais dos sinais eletromiográficos em RMS do MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA SUPERIOR EM SITUAÇÃO DE

SUCÇÃO DE ÁGUA do Grupo TMF. MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA SUPERIOR EM SITUAÇÃO DE

SUCÇÃO DE ÁGUA (RMS) N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 3 TMF 139,46 39,99 25,84 4 TMF 128,9 101,39 40,9 5 TMF 89,85 55,71 25,64

18 TMF 63,99 70,72 72,37 24 TMF 70,68 82,67 60,57 29 TMF 112,3 98,75 84,97 30 TMF 110,42 70,73 77,92 34 TMF 104,61 72,81 89,53 35 TMF 48,58 27,7 29,2 36 TMF 62,93 43,38 47,00

Média 93,17 66,38 55,39

Quadro 25- Valores individuais dos sinais eletromiográficos em RMS do MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA SUPERIOR EM SITUAÇÃO

DE SUCÇÃO DE IOGURTE do Grupo REM. MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA SUPERIOR EM SITUAÇÃO DE

SUCÇÃO DE IOGURTE (RMS) N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 7 REM 78,08 77,07 99,5 9 REM 39,15 60,34 96,32

10 REM 102,68 103,78 72,89 13 REM 91,60 72,40 127,36 14 REM 133,1 131,61 89,06 15 REM 76,27 119,66 119,53 16 REM 73,93 93,19 95,52 20 REM 94,83 47,11 28,87 26 REM 86,7 77,23 63,55 28 REM 79,01 31,78 21,03

Média 85,53 81,41 81,36

Quadro 26- Valores individuais dos sinais eletromiográficos em RMS do MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA SUPERIOR EM SITUAÇÃO DE

SUCÇÃO DE IOGURTE do Grupo TMF. MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA SUPERIOR EM SITUAÇÃO DE

SUCÇÃO DE IOGURTE (RMS) N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 3 TMF 134,9 74,98 108,8 4 TMF 96,99 69,53 28,53 5 TMF 81,09 65,8 20,22

18 TMF 100,9 55,32 68,41 24 TMF 61,17 69,89 49,83 29 TMF 121,7 91,31 69,3 30 TMF 92,44 77,99 77,92 34 TMF 92,00 70,75 63,57 35 TMF 55,83 37,7 29,2 36 TMF 52,37 50,34 31,92

Média 88,93 66,36 54,77

Quadro 27- Valores individuais dos sinais eletromiográficos em RMS do MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA SUPERIOR EM SITUAÇÃO

DE SUCÇÃO DE CREME DE CHOCOLATE do Grupo REM. MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA SUPERIOR EM SITUAÇÃO DE

SUCÇÃO DE CREME DE CHOCOLATE (RMS) N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 7 REM 96,33 106,38 66,06 9 REM 94,52 139,6 87,74

10 REM 109,29 96,86 89,21 13 REM 92,20 115,17 132,33 14 REM 158,8 129,45 107,26 15 REM 104,64 140,4 123,93 16 REM 66,13 87,57 89,1 20 REM 53,58 37,55 45,38 26 REM 138,29 76,64 65,22 28 REM 52,74 17,21 45,16

Média 96,65 94,68 85,13

Quadro 28- Valores individuais dos sinais eletromiográficos em RMS do MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA SUPERIOR EM SITUAÇÃO DE

SUCÇÃO DE CREME DE CHOCOLATE do Grupo TMF. MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA SUPERIOR EM SITUAÇÃO DE

SUCÇÃO DE CREME DE CHOCOLATE (RMS) N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 3 TMF 156,23 64,19 91,54 4 TMF 114,33 93,34 41,44 5 TMF 73,30 71,42 18,37

18 TMF 72,57 93,22 93,42 24 TMF 50,32 75,08 45,20 29 TMF 102,85 73,22 51,97 30 TMF 114,33 96,13 96,60 34 TMF 123,06 94,78 65,20 35 TMF 51,31 38,63 30,10 36 TMF 94,45 78,23 40,61

Média 95,27 77,82 57,44

Quadro 29- Valores individuais dos sinais eletromiográficos em RMS do MÚSCULO MENTUAL EM SITUAÇÃO DE REPOUSO do Grupo

REM. MÚSCULO MENTUAL EM SITUAÇÃO DE REPOUSO (RMS)

N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 7 REM 50,02 49,99 21,88 9 REM 60,26 48,2 49,18

10 REM 27,85 27,75 26,72 13 REM 34,96 40,50 35,46 14 REM 43,17 41,40 44,26 15 REM 45,66 47,09 32,82 16 REM 37,67 35,33 29,40 20 REM 37,24 32,78 17,24 26 REM 34,96 37,75 38,98 28 REM 43,17 32,61 24,94

Média 41,49 39,34 32,08

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Apêndice

Degan, V.V. 169

Quadro 30- Valores individuais dos sinais eletromiográficos em RMS do MÚSCULO MENTUAL EM SITUAÇÃO DE REPOUSO do Grupo TMF.

MÚSCULO MENTUAL EM SITUAÇÃO DE REPOUSO (RMS)

N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 3 TMF 47,64 25,16 31,87 4 TMF 30,45 29,95 35,23 5 TMF 43,39 32,47 31,04

18 TMF 57,20 30,43 37,22 24 TMF 42,17 32,27 34,66 29 TMF 41,65 41,39 26,76 30 TMF 30,95 24,85 29,70 34 TMF 75,96 32,49 38,88 35 TMF 40,19 28,08 29,75 36 TMF 37,00 13,50 16,44

Média 44,66 29,05 31,15

Quadro 31- Valores individuais dos sinais eletromiográficos em RMS do MÚSCULO MENTUAL EM SITUAÇÃO DE SUCÇÃO DE ÁGUA

do Grupo REM.

MÚSCULO MENTUAL EM SITUAÇÃO DE SUCÇÃO DE ÁGUA (RMS)

N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 7 REM 140,26 130,27 124,06 9 REM 65,84 82,72 80,13 10 REM 138,63 68,73 93,66 13 REM 31,81 40,41 71,21 14 REM 167,80 120,4 113,5 15 REM 137,73 77,85 80,69 16 REM 75,88 73,77 74,51 20 REM 34,81 65,72 49,66 26 REM 24,35 113,02 28,60 28 REM 77,84 62,04 61,49

Média 89,49 83,49 77,75

Quadro 32- Valores individuais dos sinais eletromiográficos em RMS do MÚSCULO MENTUAL EM SITUAÇÃO DE SUCÇÃO DE ÁGUA do

Grupo TMF.

MÚSCULO MENTUAL EM SITUAÇÃO DE SUCÇÃO DE ÁGUA (RMS)

N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 3 TMF 75,85 39,61 35,89 4 TMF 128,9 101,39 40,90 5 TMF 81,29 44,02 24,27 18 TMF 67,40 62,97 61,97 24 TMF 95,24 77,45 84,76 29 TMF 106,03 73,34 152,5 30 TMF 62,49 66,34 65,16 34 TMF 77,60 50,65 34,66 35 TMF 74,45 68,76 69,93 36 TMF 77,03 42,23 24,52

Média 84,62 62,67 59,45

Quadro 33- Valores individuais dos sinais eletromiográficos em RMS do MÚSCULO MENTUAL EM SITUAÇÃO DE SUCÇÃO DE

IOGURTE do Grupo REM.

MÚSCULO MENTUAL EM SITUAÇÃO DE SUCÇÃO DE IOGURTE (RMS)

N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 7 REM 138,13 87,62 16,05 9 REM 69,43 65,01 67,79

10 REM 135,76 60,74 60,61 13 REM 128,10 54,97 86,80 14 REM 129,93 98,06 101,13 15 REM 140,02 70,79 86,08 16 REM 78,12 82,00 72,97 20 REM 67,64 69,01 64,02 26 REM 26,12 138,26 28,60 28 REM 78,01 91,61 71,28

Média 99,12 81,80 65,53

Quadro 34- Valores individuais dos sinais eletromiográficos em RMS do MÚSCULO MENTUAL EM SITUAÇÃO DE SUCÇÃO DE IOGURTE

do Grupo TMF.

MÚSCULO MENTUAL EM SITUAÇÃO DE SUCÇÃO DE IOGURTE (RMS)

N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 3 TMF 51,36 68,3 78,76 4 TMF 96,99 49,53 28,53 5 TMF 93,87 41,29 20,24

18 TMF 57,20 79,63 77,40 24 TMF 112,79 113,35 75,73 29 TMF 115,4 129,8 107,31 30 TMF 70,66 62,86 45,47 34 TMF 190,83 50,65 28,60 35 TMF 88,88 69,33 69,93 36 TMF 76,51 25,76 48,99

Média 95,44 69,05 58,09

Quadro 35- Valores individuais dos sinais eletromiográficos em RMS do MÚSCULO MENTUAL EM SITUAÇÃO DE SUCÇÃO DE

CREME DE CHOCOLATE do Grupo REM.

MÚSCULO MENTUAL EM SITUAÇÃO DE SUCÇÃO DE CREME DE CHOCOLATE (RMS)

N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 7 REM 140,26 164,66 239,36 9 REM 64,09 94,97 85,53 10 REM 131,83 59,67 84,49 13 REM 65,99 55,41 70,94 14 REM 128,14 102,4 105,83 15 REM 154,46 93,15 96,29 16 REM 75,85 70,90 73,11 20 REM 68,57 60,06 77,21 26 REM 97,69 105,32 29,17 28 REM 77,84 67,25 59,39

Média 100,47 87,37 92,13

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Apêndice

Degan, V.V. 170

Quadro 36- Valores individuais dos sinais eletromiográficos em RMS do MÚSCULO MENTUAL EM SITUAÇÃO DE SUCÇÃO DE

CREME DE CHOCOLATE do Grupo TMF.

MÚSCULO MENTUAL EM SITUAÇÃO DE SUCÇÃO DE CREME DE CHOCOLATE (RMS)

N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 3 TMF 73,12 51,58 46,84 4 TMF 114,33 93,34 41,44 5 TMF 92,63 32,57 15,63

18 TMF 147,32 145,5 123,23 24 TMF 95,29 86,87 77,01 29 TMF 128,93 123,6 84,94 30 TMF 91,89 67,01 71,44 34 TMF 122,07 71,02 29,17 35 TMF 70,07 71,5 77,63 36 TMF 88,27 48,6 47,82

Média 102,39 79,15 61,51

Quadro 37- Valores individuais da grandeza angular cefalométrica 1.NA em graus do Grupo REM.

N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 13 REM 7,00 5,00 3,00 14 REM 8,00 3,00 10,00 10 REM 15,00 11,00 3,50 16 REM 32,00 17,00 10,00 7 REM 12,00 11,00 3,00 26 REM 14,00 6,00 6,00 20 REM 9,00 4,00 9,00 15 REM 12,50 17,00 15,50 9 REM 18,00 10,00 11,00 28 REM 13,00 8,00 2,00

Média 14,05 9,20 7,30

Quadro 38- Valores individuais da grandeza angular cefalométrica 1.NA em graus do Grupo TMF.

N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 5 TMF 13,00 6,00 6,00 3 TMF 5,00 3,50 3,00 24 TMF 18,00 11,00 10,50 18 TMF 8,50 3,00 3,00 36 TMF 13,00 3,00 3,00 30 TMF 22,00 7,00 6,00 35 TMF 13,00 14,00 14,00 29 TMF 21,00 12,00 13,00 34 TMF 9,00 4,00 4,50 4 TMF 24,00 8,00 2,00 Média 14,65 7,15 6,50

Quadro 39- Valores individuais da grandeza angular cefalométrica ī.1 em graus do Grupo REM.

ī.1 (graus)

N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 13 REM 157,00 163,00 173,00 14 REM 151,00 150,00 143,00 10 REM 135,00 147,00 153,00 16 REM 122,00 145,00 149,00 7 REM 135,00 137,00 147,00 26 REM 132,00 149,00 150,00 20 REM 133,00 151,00 154,00 15 REM 135,00 134,00 126,00 9 REM 129,00 139,00 142,00 28 REM 141,00 152,00 153,00

Média 137,00 146,70 149,00

Quadro 40- Valores individuais da grandeza angular cefalométrica ī.1 em graus do Grupo TMF.

ī.1 (graus)

N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 5 TMF 152,00 168,00 169,00 3 TMF 138,00 154,00 155,00 24 TMF 121,50 137,00 138,00 18 TMF 143,00 158,00 159,00 36 TMF 156,00 169,00 174,00 30 TMF 128,00 148,00 152,00 35 TMF 124,00 120,00 134,00 29 TMF 118,50 130,00 132,00 34 TMF 153,00 161,00 160,00 4 TMF 108,00 148,00 156,00 Média 134,20 149,30 152,90

Quadro 41- Valores individuais da grandeza linear cefalométrica 1-NA em milímetros do Grupo REM.

1-NA (milímetros)

N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 13 REM -1,00 -3,00 -3,00 14 REM 0,00 -2,00 0,00 10 REM 1,00 0,00 -2,00 16 REM 4,00 1,00 0,00 7 REM 0,00 -1,00 -2,00 26 REM 1,00 -2,00 -1,00 20 REM -2,00 -1,00 -4,00 15 REM 2,50 1,00 1,00 9 REM 1,00 0,50 0,50 28 REM 2,00 0,00 -2,00

Média 0,85 -0,65 -1,25

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Apêndice

Degan, V.V. 171

Quadro 42- Valores individuais da grandeza linear cefalométrica 1-NA em

milímetros do Grupo TMF.

1-NA (milímetros) N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 5 TMF 2,00 -2,00 0,00 3 TMF -1,00 -4,00 -3,00 24 TMF 1,00 0,00 0,00 18 TMF 1,00 -4,00 -4,00 36 TMF 1,00 0,00 0,00 30 TMF 3,00 -1,00 -1,00 35 TMF 0,00 0,00 1,00 29 TMF 6,00 -1,00 2,00 34 TMF 0,00 -2,00 -2,00 4 TMF 2,00 -1,00 -1,00 Média 1,50 -1,50 -0,80

Quadro 43- Valores individuais da grandeza linear cefalométrica TRESPASSE VERTICAL em milímetros do Grupo REM.

N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 13 REM 0,5 0 0 14 REM 0,5 0 0 10 REM 3,5 0,5 0 16 REM 0,5 0 0 7 REM 0,5 0 0 26 REM 3 0,5 0 20 REM 3,5 2,0 0,5 15 REM 0,5 0 0 9 REM 2 1,5 0 28 REM 3 2,5 2,0

Média 1,75 0,70 0,25

Quadro 44- Valores individuais da grandeza linear cefalométrica TRESPASSE VERTICAL em milímetros do Grupo TMF.

N° Grupo Inicial 60 dias 180 dias 5 TMF 1,0 0,5 0 3 TMF 3,0 1,5 0 24 TMF 4,0 1,0 0,5 18 TMF 2,0 0 0 36 TMF 2,5 1,0 0 30 TMF 4,0 0,5 0 35 TMF 4,0 2,0 0,5 29 TMF 2,5 2,0 0,5 34 TMF 2,5 2,0 0,5 4 TMF 5,0 1,0 0 Média 3,05 1,15 0,20

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Apêndice

Degan, V.V. 172

ANÁLISE ESTATÍSTICA

Quadro 45- Teste de Mann-Whitney da variável POSICIONAMENTO HABITUAL DOS LÁBIOS EM REPOUSO

REPOUSO LABIAL - entre grupos Mann-Whitney REM 1 X TMF 1 REM 2 X TMF 2 REM3 X TMF 3

Resultado Resultado Resultadon1 = 10 n1 = 10 n1 = 10 n2 = 10 n2 = 10 n2 = 10 R1 = 102 R1 = 131 R1 = 131.5 R2 = 108 R2 = 79 R2 = 78.5 U = 47 U = 24 U = 23.5

Z(U) = 0.2268 Z(U) = 1.9654 Z(U) = 2.0032 (p) = 0.8206 (p) = 0.0494 (p) = 0.0452

Quadro 46- Teste de Wilcoxon da variável POSICIONAMENTO HABITUAL DOS LÁBIOS EM REPOUSO

AMOSTRAS RELACIONADAS WILCOXON

REM1 X REM2 REM2 X REM3 REM1 X REM3

T = 0 T = 3 T = 0 Número de pares = 3 Número de pares = 4 Número de pares = 4

Z = -1.6036 Z = -0.9129 Z = -1.8257 (p) = 0.1088 (p) = 0.3613 (p) = 0.0679 TMF1 X TMF2 TMF2 X TMF3 TMF1 X TMF3

T = 0 T = 0 T = 0 Número de pares = 10 Número de pares = 2 Número de pares = 10

Z = -2.8031 Z = -1.3416 Z = -2.8031 (p) = 0.0051 (p) = 0.1797 (p) = 0.0051

Quadro 47 – Teste de Mann-Whitney variável RESISTÊNCIA DO LÁBIO SUPERIOR

AMOSTRAS RELACIONADAS WILCOXON

REM1 X REM2 REM2 X REM3 REM1 X REM3

T = 0 T = Não houve variações T = 0 Número de pares = 5 Número de pares = Número de pares = 5

Z = -2.0226 Z = Z = -2.0226(p) = 0.0431 (p) = (p) = 0.0431 TMF1 X TMF2 TMF2 X TMF3 TMF1 X TMF3

T = 0 T = 2 T = 0 Número de pares = 9 Número de pares = 3 Número de pares = 8

Z = -2.6656 Z = -0.5345 Z = -2.5205(p) = 0.0077 (p) = 0.593 (p) = 0.0117

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Apêndice

Degan, V.V. 173

Quadro 48- Teste de Wilcoxon da variável RESISTÊNCIA DO LÁBIO SUPERIOR

RESISTENCIA LABIO SUPERIOR - Entrte grupos -MANN-WHITNEY REM1 X TMF 1 REM2 X TMF 2 REM3 X TMF 3

n1 = 10 n1 = 10 n1 = 10 n2 = 10 n2 = 10 n2 = 10 R1 = 117 R1 = 128 R1 = 131 R2 = 93 R2 = 82 R2 = 79 U = 38 U = 27 U = 24

Z(U) = 0.9071 Z(U) = 1.7386 Z(U) = 1.9654 (p) = 0.3643 (p) = 0.0821 (p) = 0.0494

Quadro 49– Teste de Mann-Whitney da variável RESISTÊNCIA DO LÁBIO INFERIOR

RESISTENCIA LABIO INFERIOR – Entre grupos -MANN WHITNEY

REM 1 X TMF 1 REM2 X TMF 2 REM 3 X TMF 3 n1 = 10 n1 = 10 n1 = 10 n2 = 10 n2 = 10 n2 = 10 R1 = 105.5 R1 = 133 R1 = 142 R2 = 104.5 R2 = 77 R2 = 68 U = 49.5 U = 22 U = 13

Z(U) = 0.0378 Z(U) = 2.1166 Z(U) = 2.7969 (p) = 0.9699 (p) = 0.0343 (p) = 0.0052

Quadro 50- Teste de Wilcoxon da variável RESISTÊNCIA DO LÁIO INFERIOR

AMOSTRAS RELACIONADAS WILCOXON

REM1 X REM2 REM2 X REM3 REM1 X REM3

T = 0 T = Não houve variação T = 0

Número de pares = 5

Número de pares =

Número de pares = 5

Z = -2.0226 Z = Z = -2.0226 (p) = 0.0431 (p) = (p) = 0.0431

TMF1 X TMF2 TMF2 X TMF3 TMF1 X TMF3

T = 0 T = 0 T = 0 Número de

pares = 8 Número de

pares = 3 Número de

pares = 10 Z = -2.5205 Z = -1.6036 Z = -2.8031

(p) = 0.0117 (p) = 0.1088 (p) = 0.0051

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Apêndice

Degan, V.V. 174

Quadro 51 – Teste de Mann-Whitney da variável RESISTÊNCIA DA BOCHACHA DIREITA

RESISTENCIA BOCHECHA DIREITA – Entre grupos – MANN-WITHNEY

REM 1 X TMF 2 REM 2 X TMF 2 REM3 X TMF 3 n1 = 10 n1 = 10 n1 = 10 n2 = 10 n2 = 10 n2 = 10 R1 = 114 R1 = 133 R1 = 140 R2 = 96 R2 = 77 R2 = 70 U = 41 U = 22 U = 15

Z(U) = 0.6803 Z(U) = 2.1166 Z(U) = 2.6458 (p) = 0.4963 (p) = 0.0343 (p) = 0.0082

Quadro 52- Teste de Wilconxon da variável RESISTÊNCIA DA BOCHECHA DIREITA

AMOSTRAS RELACIONADAS WILCOXON

REM1 X REM2 REM2 X REM3 REM1 X REM3

T = 0 T = 0 T = 3 Número de

pares = 4 Número de

pares = 1 Número de

pares = 5 Z = -1.8257 Z = -1 Z = -1.2136

(p) = 0.0679 (p) = 0.3173 (p) = 0.2249 TMF1 X TMF2 TMF2 X TMF3 TMF1 X TMF3

T = 0 T = 0 T = 0 Número de

pares = 8 Número de

pares = 2 Número de

pares = 8 Z = -2.5205 Z = -1.3416 Z = -2.5205

(p) = 0.0117 (p) = 0.1797 (p) = 0.0117

Quadro 53 – Teste de Mann-Whitney da variável RESISTÊNCIA DA BOCHACHA ESQUERDA

RESISTENCIA BOCHECHA ESQUERDA – Entre grupos – MANN-WHITNEY REM 1 X TMF 1 REM2 X TMF 2 REM3 X TMF 3

n1 = 10 n1 = 10 n1 = 10 n2 = 10 n2 = 10 n2 = 10 R1 = 114 R1 = 138 R1 = 140 R2 = 96 R2 = 72 R2 = 70 U = 41 U = 17 U = 15

Z(U) = 0.6803 Z(U) = 2.4946 Z(U) = 2.6458 (p) = 0.4963 (p) = 0.0126 (p) = 0.0082

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Apêndice

Degan, V.V. 175

Quadro 54 – Teste de Wilcoxon da variável RESISTÊNCIA DA BOCHECHA DIREITA

AMOSTRAS RELACIONADAS WILCOXON

REM1 X REM2 REM2 X REM3 REM1 X REM3

T = 0 T = 2 T = 3 Número de

pares = 3 Número de

pares = 2 Número de

pares = 5 Z = -1.6036 Z = 0 Z = -1.2136

(p) = 0.1088 (p) = 1 (p) = 0.2249 TMF1 X TMF2 TMF2 X TMF3 TMF1 X TMF3

T = 0 T = 0 T = 0 Número de

pares = 7 Número de

pares = 2 Número de

pares = 8 Z = -2.3664 Z = -1.3416 Z = -2.5205

(p) = 0.018 (p) = 0.1797 (p) = 0.0117

Quadro 55 – Teste de Mann-Whitney da variável RESISTÊNCIA LINGUAL

Entre grupos- MANN-WHITNEY

REM1 X TMF 1 REM2 X TMF 2 REM3 X TMF 3

N1 = 10 n1 = 10 n1 = 10

N2 = 10 n2 = 10 n2 = 10

R1 = 91.5 R1 = 123 R1 = 109

R2 = 118.5 R2 = 87 R2 = 101

U = 36.5 U = 32 U = 46

Z(U) = 1.0205 Z(U) = 1.3607 Z(U) = 0.3024

(p) = 0.3075 (p) = 0.1736 (p) = 0.7624

Quadro 56 – Teste de Wilcoxon da variável RESISTÊNCIA LINGUAL

AMOSTRAS RELACIONADAS WILCOXON

REM1 X REM2 REM2 X REM3 REM1 X REM3

T = 0 T = 2 T = 4 Número de

pares = 6 Número de

pares = 3 Número de

pares = 8 Z = -2.2014 Z = -0.5345 Z = -2.0304

(p) = 0.0277 (p) = 0.593 (p) = 0.0423 TMF1 X TMF2 TMF2 X TMF3 TMF1 X TMF3

T = 0 T = 0 T = 3 Número de

pares = 7 Número de

pares = 2 Número de

pares = 6 Z = -2.3664 Z = -1.3416 Z = -1.6773

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Apêndice

Degan, V.V. 176

(p) = 0.018 (p) = 0.1797 (p) = 0.0935 Quadro 57 – Teste de Mann-Whitney da variável REPOUSO LINGUAL

Entre grupos- MANN-WHITNEY

REM1 X TMF 1 REM 2 X TMF 2 REM 3 TMF 3 n1 = 10 n1 = 10 n1 = 10 n2 = 10 n2 = 10 n2 = 10 R1 = 103 R1 = 122.5 R1 = 136 R2 = 107 R2 = 87.5 R2 = 74 U = 48 U = 32.5 U = 19

Z(U) = 0.1512 Z(U) = 1.3229 Z(U) = 2.3434 (p) = 0.8798 (p) = 0.1859 (p) = 0.0191

Quadro 58 – Teste de Wilcoxon da variável REPOUSO LINGUAL

AMOSTRAS RELACIONADAS WILCOXON

REM1 X REM2 REM2 X REM3 REM1 X REM3

T = 2 T = 2 T = 2 Número de

pares = 3 Número de

pares = 2 Número de

pares = 3 Z = -0.5345 Z = 0 Z = -0.5345

(p) = 0.593 (p) = 1 (p) = 0.593 TMF1 X TMF2 TMF2 X TMF3 TMF1 X TMF3

T = 7 T = 0 T = 0 Número de

pares = 8 Número de

pares = 2 Número de

pares = 7 Z = -1.5403 Z = -1.3416 Z = -2.3664

(p) = 0.1235 (p) = 0.1797 (p) = 0.018

Quadro 59 – Teste de Mann-Whitney da variável MENTO

Entre grupos- MANN-WHITNEY

REM1 X TMF 1 REM2X TMF 2 REM3 X TMF 3 n1 = 10 n1 = 10 n1 = 10 n2 = 10 n2 = 10 n2 = 10 R1 = 115 R1 = 115 R1 = 115 R2 = 95 R2 = 95 R2 = 95 U = 40 U = 40 U = 40

Z(U) = 0.7559 Z(U) = 0.7559 Z(U) = 0.7559 (p) = 0.4497 (p) = 0.4497 (p) = 0.4497

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Apêndice

Degan, V.V. 177

Quadro 60- Teste de Wilcoxon da variável MENTO

AMOSTRAS RELACIONADAS WILCOXON

REM1 X REM2 REM2 X REM3 REM1 X REM3

T = 0 T = 0 T = 0 Número de

pares = 2 Número de

pares = 1 Número de

pares = 3 Z = -1.3416 Z = -1 Z = -1.6036

(p) = 0.1797 (p) = 0.3173 (p) = 0.1088 TMF1 X TMF2 TMF2 X TMF3 TMF1 X TMF3

T = 0 T = 0 T = 0 Número de

pares = 2 Número de

pares = 1 Número de

pares = 3 Z = -1.3416 Z = -1 Z = -1.6036

(p) = 0.1797 (p) = 0.3173 (p) = 0.1088

Quadro 61 – Teste de Mann-Whitney da variável DEGLUTIÇÃO

Entre grupos- MANN-WHITNEY

REM1 X TMF 1 REM2 X TMF 2 REM3 X TMF 3 n1 = 10 n1 = 10 n1 = 10 n2 = 10 n2 = 10 n2 = 10 R1 = 105 R1 = 130 R1 = 120 R2 = 105 R2 = 80 R2 = 90 U = 50 U = 25 U = 35

Z(U) = 0 Z(U) = 1.8898 Z(U) = 1.1339 (p) = 1 (p) = 0.0588 (p) = 0.2568

Quadro 62 – Teste de Wilcoxon da variável DEGLUTIÇÃO

AMOSTRAS RELACIONADAS WILCOXON

REM1 X REM2 REM2 X REM3 REM1 X REM3

T = 0 T = 0 T = 0 Número de

pares = 2 Número de

pares = 2 Número de

pares = 5 Z = -1.3416 Z = -1.3416 Z = -2.0226

(p) = 0.1797 (p) = 0.1797 (p) = 0.0431 TMF1 X TMF2 TMF2 X TMF3 TMF1 X TMF3

T = 0 T = 0 T = 0 Número de

pares = 7 Número de

pares = 1 Número de

pares = 8 Z = -2.3664 Z = -1 Z = -2.5205

(p) = 0.018 (p) = 0.3173 (p) = 0.0117

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Apêndice

Degan, V.V. 178

Quadro 63 - Teste t (duas amostras independentes) –

da

vari

ável

RES

PIR

ÃO

REM3 X TMF 3 Tamanho = - 3 - - 6 - Média = 10 10 Variância = 18.4 26.5 25.8222 49.8333 Variância = Desigual Igual t = 7.5656 37.8278 Graus de liberdade = -2.9449 -2.9449 p (unilateral) = 16.35 18 p (bilateral) = 0.0047 0.0043 Poder (alfa=0.05) = 0.0095 0.0086 Poder (alfa=0.01) = 0.8377 --- Diferença entre as médias = 0.6424 --- IC 95% (Dif. entre médias) = -8.1 --- IC 99% (Dif. entre médias) = -13.8789 a - 2.3211 --- -16.0161 a - 0.1839 ---

REM 2 X TMF 2 - 2 - - 5 - Tamanho = 10 10Média = 18.1 26.4Variância = 14.5444 50.4889 Desigual Igual Variância = 6.5033 32.5167t = -3.2547 -3.2547Graus de liberdade = 13.79 18p (unilateral) = 0.0031 0.0022p (bilateral) = 0.0062 0.0044Poder (alfa=0.05) = 0.9023 --- Poder (alfa=0.01) = 0.7501 --- Diferença entre as médias = -8.3 --- IC 95% (Dif. entre médias) = -13.6579 a - 2.9421 --- IC 99% (Dif. entre médias) = -15.6394 a - 0.9606 ---

REM 1 X TMF 1 REM1 TMF1 - 1 - - 4 - Tamanho = 10 10 Média = 10.7 14.4 Variância = 8.4556 32.7111 Desigual Igual Variância = 4.1167 20.5833t = -1.8236 -1.8236 Graus de liberdade = 13.36 18 p (unilateral) = 0.0456 0.0424 p (bilateral) = 0.0912 0.0848 Poder (alfa=0.05) = 0.4457 --- Poder (alfa=0.01) = 0.2244 --- Diferença entre as médias = -3.7 --- IC 95% (Dif. entre médias) = -7.9628 a 0.5628 --- IC 99% (Dif. entre médias) = -9.5393 a 2.1393 ---

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Apêndice

Degan, V.V. 179

Quadro 65 - AMOSTRAS RELACIONADAS – Teste t (dados Pareados) – variável RESPIRAÇÃO

REM1 X REM3 - 1 - - 3 -

Indivíduos 10 10 Média 10.7 18.4

Desvio Padrão 2.9078 5.0816Erro Padrão 0.9195 1.6069

Desv. Padrão da Diferença 4.296 --- Erro Padrão da Diferença 1.3585 ---

Média das diferenças -7.7 --- (t)= -5.668 ---

Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0 --- (p) bilateral = 0 ---

IC (95%) -10.7730 a -4.6270 --- IC (99%) -12.1152 a -3.2848

REM1 X REM3 - 1 - - 3 - Indivíduos 10 10Média 10.7 18.4Desvio Padrão 2.9078 5.0816Erro Padrão 0.9195 1.6069Desv. Padrão da Diferença 4.296 --- Erro Padrão da Diferença 1.3585 --- Média das diferenças -7.7 --- (t)= -5.668 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0 --- (p) bilateral = 0 --- IC (95%) -10.7730 a -4.6270 --- IC (99%) -12.1152 a -3.2848

REM2 X REM3 REM2 REM3 - 2 - - 3 -

Indivíduos 10 10 Média 18.1 18.4

Desvio Padrão 3.8137 5.0816Erro Padrão 1.206 1.6069

Desv. Padrão da Diferença 3.4657 --- Erro Padrão da Diferença 1.096 ---

Média das diferenças -0.3 --- (t)= -0.2737 ---

Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.3952 --- (p) bilateral = 0.7905 ---

IC (95%) -2.7790 a 2.1790 --- IC (99%) -3.8618 a 3.2618

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Apêndice

Degan, V.V. 180

Quadro 66-AMOSTRAS RELACIONADAS – Teste t (dados Pareados) – variável RESPIRAÇÃO

TMF2 X TMF 3 Tmf2 Tmf3 - 5 - - 6 -

Indivíduos 10 10 Média 26.4 26.5

Desvio Padrão 7.1056 7.0593Erro Padrão 2.247 2.2323

Desv. Padrão da Diferença 3.7845 ---

Erro Padrão da Diferença 1.1968 ---

Média das diferenças -0.1 --- (t)= -0.0836 ---

Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.4676 --- (p) bilateral = 0.9352 ---

IC (95%) -2.8071 a 2.6071 --- IC (99%) -3.9895 a 3.7895

TMF1 X TMF2 Tmf1 Tmf2 - 4 - - 5 -

Indivíduos 10 10 Média 14.4 26.4

Desvio Padrão 5.7194 7.1056 Erro Padrão 1.8086 2.247

Desv. Padrão da Diferença 9.9219 --- Erro Padrão da Diferença 3.1376 ---

Média das diferenças -12 --- (t)= -3.8246 ---

Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.002 --- (p) bilateral = 0.004 ---

IC (95%) -19.0972 a -4.9028 --- IC (99%) -22.1972 a -1.8028

TMF1 X TMF 3 Tmf1 tmf3

- 4 - - 6 -

Indivíduos 10 10

Média 14.4 26.5

Desvio Padrão 5.7194 7.0593

Erro Padrão 1.8086 2.2323

Desv. Padrão da Diferença 9.1706 ---

Erro Padrão da Diferença 2.9 ---

Média das diferenças -12.1 ---

(t)= -4.1724 ---

Graus de Liberdade 9 ---

(p) unilateral = 0.0012 ---

(p) bilateral = 0.0024 ---

IC (95%) -18.6598 a -5.5402 ---

IC (99%) -21.5250 a -2.6750

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Apêndice

Degan, V.V. 181

Quadro 67 - Teste t (duas amostras independentes) – variável MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA SUPERIOR

EM SITUAÇÃO DE REPOUSO

REM3 X TMF 3 - 3 - - 6 - Tamanho = 10 10Média = 15.186 8.93Variância = 85.9564 6.927 Desigual Igual Variância = 9.2883 46.4417t = 2.0527 2.0527Graus de liberdade = 10.44 18p (unilateral) = 0.0336 0.0274p (bilateral) = 0.0671 0.0548Poder (alfa=0.05) = 0.5369 --- Poder (alfa=0.01) = 0.2989 --- Diferença entre as médias = 6.256 --- IC 95% (Dif. entre médias) = -0.7719 a 13.2839 --- IC 99% (Dif. entre médias) = -3.9690 a 16.4810 ---

REM2 X TMF 2 - 2 - - 5 - Tamanho = 10 10 Média = 19.356 11.429 Variância = 274.8205 15.1848 Desigual Igual Variância = 29.0005 145.0027t = 1.472 1.472 Graus de liberdade = 9.99 18 p (unilateral) = 0.0875 0.0791 p (bilateral) = 0.175 0.1582 Poder (alfa=0.05) = 0.3127 --- Poder (alfa=0.01) = 0.1324 --- Diferença entre as médias = 7.927 --- IC 95% (Dif. entre médias) = -4.4913 a 20.3453 --- IC 99% (Dif. entre médias) = -10.1404 a 25.9944 ---

REM1 X TMF 1 - 1 - - 4 - Tamanho = 10 10Média = 24.468 20.144Variância = 391.0144 46.9 Desigual Igual Variância = 43.7914 218.9572t = 0.6534 0.6534Graus de liberdade = 11.13 18p (unilateral) = 0.2634 0.2609p (bilateral) = 0.5269 0.5217Poder (alfa=0.05) = 0.0921 --- Poder (alfa=0.01) = 0.0033 --- Diferença entre as médias = 4.324 --- IC 95% (Dif. entre médias) = -10.9360 a 19.5840 --- IC 99% (Dif. entre médias) = -17.8777 a 26.5257 ---

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Apêndice

Degan, V.V. 182

Quadro 68- Teste t (dados pareados) – variável MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA SUPERIOR EM SITUAÇÃO DE

REPOUSO

REM1 X REM3 - 1 - - 3 - Indivíduos 10 10Média 24.468 15.186Desvio Padrão 19.7741 9.2713Erro Padrão 6.2531 2.9318Desv. Padrão da Diferença 16.9288 --- Erro Padrão da Diferença 5.3534 --- Média das diferenças 9.282 --- (t)= 1.7339 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.0584 --- (p) bilateral = 0.1169 --- IC (95%) -2.8273 a 21.3913 --- IC (99%) -8.1164 a 26.6804

REM1 X REM 2 - 1 - - 2 - Indivíduos 10 10 Média 24.468 19.356 Desvio Padrão 19.7741 16.5777Erro Padrão 6.2531 5.2423 Desv. Padrão da Diferença 15.5942 --- Erro Padrão da Diferença 4.9313 --- Média das diferenças 5.112 --- (t)= 1.0366 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.1635 --- (p) bilateral = 0.3269 --- IC (95%) -6.0426 a 16.2666 --- IC (99%) -10.9148 a 21.1388

REM2 X REM3

- 2 - - 3 -

Indivíduos 10 10

Média 19.356 15.186

Desvio Padrão 16.5777 9.2713

Erro Padrão 5.2423 2.9318

Desv. Padrão da Diferença 13.2563 ---

Erro Padrão da Diferença 4.192 ---

Média das diferenças 4.17 ---

(t)= 0.9947 ---

Graus de Liberdade 9 ---

(p) unilateral = 0.1729 ---

(p) bilateral = 0.3458 ---

IC (95%) -5.3124 a 13.6524 ---

IC (99%) -9.4541 a 17.7941

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Apêndice

Degan, V.V. 183

Quadro 69- Teste t (dados pareados) – variável MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA SUPERIOR EM SITUAÇÃO DE

REPOUSO

TMF2 X TMF 3 - 4 - - 5 - Indivíduos 10 10Média 20.144 11.429Desvio Padrão 6.8484 3.8968Erro Padrão 2.1656 1.2323Desv. Padrão da Diferença 4.9437 --- Erro Padrão da Diferença 1.5633 --- Média das diferenças 8.715 --- (t)= 5.5746 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0 --- (p) bilateral = 0 --- IC (95%) 5.1787 a 12.2513 --- IC (99%) 3.6341 a 13.7959

TMF1 X TMF 3 - 4 - - 6 - Indivíduos 10 10Média 20.144 8.93Desvio Padrão 6.8484 2.6319Erro Padrão 2.1656 0.8323Desv. Padrão da Diferença 7.735 --- Erro Padrão da Diferença 2.446 --- Média das diferenças 11.214 --- (t)= 4.5846 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.0007 --- (p) bilateral = 0.0013 --- IC (95%) 5.6811 a 16.7469 --- IC (99%) 3.2644 a 19.1636

TMF1 X TMF2 - 4 - - 5 - Indivíduos 10 10Média 20.144 11.429Desvio Padrão 6.8484 3.8968Erro Padrão 2.1656 1.2323Desv. Padrão da Diferença 4.9437 --- Erro Padrão da Diferença 1.5633 --- Média das diferenças 8.715 --- (t)= 5.5746 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0 --- (p) bilateral = 0 --- IC (95%) 5.1787 a 12.2513 --- IC (99%) 3.6341 a 13.7959

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Apêndice

Degan, V.V. 184

Quadro 70– Teste t (duas amostras independentes) - variável MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA SUPERIOR EM

SITUAÇÃO DE SUCÇÃO DE ÁGUA

REM1 X TMF 1 REM2 X TMF 2

- 1 - - 2 - - 5 -

Tamanho = 10 Tamanho = 10 10

Média = 98.05 Média = 97.343 66.385

Variância = 886.1674 Variância = 1209.897 605.9341

Desigual Desigual Igual

Variância = 182.8924 Variância = 181.5831 907.9154

t = 0.3607 t = 2.2974 2.2974

Graus de liberdade = 17.98 Graus de liberdade = 16.21 18

p (unilateral) = 0.3614 p (unilateral) = 0.0177 0.0169

p (bilateral) = 0.7228 p (bilateral) = 0.0354 0.0337

Poder (alfa=0.05) = 0.0443 Poder (alfa=0.05) = 0.6321---

Poder (alfa=0.01) = 0.0576 Poder (alfa=0.01) = 0.3887---

Diferença entre as médias = 4.878 Diferença entre as médias = 30.958---

IC 95% (Dif. entre médias) = -23.5354 a 33.2914 IC 95% (Dif. entre médias) = 2.6464 a 59.2696 ---

IC 99% (Dif. entre médias) = -34.0434 a 43.7994 IC 99% (Dif. entre médias) = -7.8238 a 69.7398 ---

REM3 X TMF 3 - 3 - - 6 - Tamanho = 10 10Média = 90.059 55.394Variância = 1378.331 620.867 Desigual Igual Variância = 199.9198 999.5988t = 2.4517 2.4517Graus de liberdade = 15.74 18p (unilateral) = 0.0134 0.0123p (bilateral) = 0.0269 0.0246Poder (alfa=0.05) = 0.6885 --- Poder (alfa=0.01) = 0.4489 --- Diferença entre as médias = 34.665 --- IC 95% (Dif. entre médias) = 4.9583 a 64.3717 --- IC 99% (Dif. entre médias) = -6.0279 a 75.3579 ---

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Apêndice

Degan, V.V. 185

Quadro 71 - Teste t (dados pareados) – variável MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA SUPERIOR EM SITUAÇÃO

DE SUCÇÃO DE ÁGUA

REM1 X REM 2

- 1 - - 2 -

Indivíduos 10 10

Média 98.05 97.343

Desvio Padrão 29.7686 34.7836

Erro Padrão 9.4136 10.9995

Desv. Padrão da Diferença 21.4805 ---

Erro Padrão da Diferença 6.7927 ---

Média das diferenças 0.707 ---

(t)= 0.1041 ---

Graus de Liberdade 9 ---

(p) unilateral = 0.4597 ---

(p) bilateral = 0.9194 ---

IC (95%) -14.6582 a 16.0722 ---

IC (99%) -21.3694 a 22.7834

REM1 X REM3 - 1 - - 3 - Indivíduos 10 10Média 98.05 90.059Desvio Padrão 29.7686 37.1259Erro Padrão 9.4136 11.7402Desv. Padrão da Diferença 29.3394 --- Erro Padrão da Diferença 9.2779 --- Média das diferenças 7.991 --- (t)= 0.8613 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.2057 --- (p) bilateral = 0.4114 --- IC (95%) -12.9957 a 28.9777 --- IC (99%) -22.1623 a 38.1443

REM2 X REM3

- 2 - - 3 -

Indivíduos 10 10

Média 97.343 90.059

Desvio Padrão 34.7836 37.1259

Erro Padrão 10.9995 11.7402

Desv. Padrão da Diferença 22.9987 ---

Erro Padrão da Diferença 7.2728 ---

Média das diferenças 7.284 ---

(t)= 1.0015 ---

Graus de Liberdade 9 ---

(p) unilateral = 0.1713 ---

(p) bilateral = 0.3427 ---

IC (95%) -9.1671 a 23.7351 ---

IC (99%) -16.3527 a 30.9207

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Apêndice

Degan, V.V. 186

Quadro 72 - Teste t (dados pareados) – variável MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA SUPERIOR EM SITUAÇÃO DE

SUCÇÃO DE ÁGUA

TMF1 X TMF2 - 4 - - 5 - Indivíduos 10 10Média 93.172 66.385Desvio Padrão 30.7043 24.6157Erro Padrão 9.7096 7.7842Desv. Padrão da Diferença 30.5842 --- Erro Padrão da Diferença 9.6716 --- Média das diferenças 26.787 --- (t)= 2.7697 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.0109 --- (p) bilateral = 0.0217 --- IC (95%) 4.9099 a 48.6641 --- IC (99%) -4.6456 a 58.2196

TMF1 X TMF 3 - 4 - - 6 - Indivíduos 10 10Média 93.172 55.394Desvio Padrão 30.7043 24.9172Erro Padrão 9.7096 7.8795Desv. Padrão da Diferença 38.4953 --- Erro Padrão da Diferença 12.1733 --- Média das diferenças 37.778 --- (t)= 3.1033 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.0063 --- (p) bilateral = 0.0126 --- IC (95%) 10.2420 a 65.3140 --- IC (99%) -1.7852 a 77.3412

TMF2 X TMF 3 - 5 - - 6 - Indivíduos 10 10Média 66.385 55.394Desvio Padrão 24.6157 24.9172Erro Padrão 7.7842 7.8795Desv. Padrão da Diferença 22.5661 --- Erro Padrão da Diferença 7.136 --- Média das diferenças 10.991 --- (t)= 1.5402 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.0789 --- (p) bilateral = 0.1578 --- IC (95%) -5.1507 a 27.1327 --- IC (99%) -12.2011 a 34.1831

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Apêndice

Degan, V.V. 187

Quadro 73– Teste t (duas amostras independentes) - variável MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA SUPERIOR EM

SITUAÇÃO DE SUCÇÃO DE IOGURTE

REM2 X TMF 2 - 2 - - 5 - Tamanho = 10 10Média = 81.417 66.361Variância = 980.3719 230.453 Desigual Igual Variância = 121.0825 605.4125t = 1.3683 1.3683Graus de liberdade = 13.01 18p (unilateral) = 0.0972 0.094p (bilateral) = 0.1943 0.188Poder (alfa=0.05) = 0.2769 --- Poder (alfa=0.01) = 0.1104 --- Diferença entre as médias = 15.056 --- IC 95% (Dif. entre médias) = -10.3186 a 40.4306 --- IC 99% (Dif. entre médias) = -21.8616 a 51.9736 ---

REM3 X TMF 3 - 3 - - 6 - Tamanho = 10 10Média = 81.363 54.77Variância = 1241.05 779.1517 Desigual Igual Variância = 202.0202 1010.101t = 1.871 1.871Graus de liberdade = 17.11 18p (unilateral) = 0.0393 0.0388p (bilateral) = 0.0786 0.0776Poder (alfa=0.05) = 0.4645 --- Poder (alfa=0.01) = 0.239 --- Diferença entre as médias = 26.593 --- IC 95% (Dif. entre médias) = -3.2693 a 56.4553 --- IC 99% (Dif. entre médias) = -14.3131 a 67.4991 ---

REM1 X TMF 1 - 1 - - 4 - Tamanho = 10 10Média = 85.535 88.939Variância = 572.3507 742.381

Desigual Igual Variância = 131.4732 657.3658t = -0.2969 -0.2969Graus de liberdade = 17.7 18p (unilateral) = 0.3851 0.385p (bilateral) = 0.7702 0.77Poder (alfa=0.05) = 0.035 --- Poder (alfa=0.01) = 0.0732 --- Diferença entre as médias = -3.404 --- IC 95% (Dif. entre médias) = -27.4944 a 20.6864 --- IC 99% (Dif. entre médias) = -36.4037 a 29.5957 ---

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Apêndice

Degan, V.V. 188

Quadro 74– Teste t (duas amostras relacionadas) - variável MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA SUPERIOR EM

SITUAÇÃO DE SUCÇÃO DE IOGURTE

REM1 X REM 2 - 1 - - 2 - Indivíduos 10 10Média 85.535 81.417Desvio Padrão 23.9239 31.3109Erro Padrão 7.5654 9.9014Desv. Padrão da Diferença 28.8747 --- Erro Padrão da Diferença 9.131 --- Média das diferenças 4.118 --- (t)= 0.451 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.3313 --- (p) bilateral = 0.6627 --- IC (95%) -16.5363 a 24.7723 --- IC (99%) -25.5577 a 33.7937

REM1 X REM3 - 1 - - 3 - Indivíduos 10 10Média 85.535 81.363Desvio Padrão 23.9239 35.2285Erro Padrão 7.5654 11.1402Desv. Padrão da Diferença 45.0244 --- Erro Padrão da Diferença 14.238 --- Média das diferenças 4.172 --- (t)= 0.293 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.3881 --- (p) bilateral = 0.7761 --- IC (95%) -28.0343 a 36.3783 --- IC (99%) -42.1014 a 50.4454

REM2 X REM3 - 2 - - 3 - Indivíduos 10 10Média 81.417 81.363Desvio Padrão 31.3109 35.2285Erro Padrão 9.9014 11.1402Desv. Padrão da Diferença 30.2284 --- Erro Padrão da Diferença 9.559 --- Média das diferenças 0.054 --- (t)= 0.0056 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.4978 --- (p) bilateral = 0.9956 --- IC (95%) -21.5686 a 21.6766 --- IC (99%) -31.0129 a 31.1209

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Apêndice

Degan, V.V. 189

Quadro 75– Teste t (duas amostras relacionadas) - variável MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA SUPERIOR EM

SITUAÇÃO DE SUCÇÃO DE IOGURTE

TMF1 X TMF2

- 4 - - 5 -

Indivíduos 10 10

Média 88.939 66.361

Desvio Padrão 27.2467 15.1807

Erro Padrão 8.6162 4.8006

Desv. Padrão da Diferença 19.8631 ---

Erro Padrão da Diferença 6.2813 ---

Média das diferenças 22.578 ---

(t)= 3.5945 ---

Graus de Liberdade 9 ---

(p) unilateral = 0.0029 ---

(p) bilateral = 0.0058 ---

IC (95%) 8.3698 a 36.7862 ---

IC (99%) 2.1639 a 42.9921

TMF1 X TMF 3 - 4 - - 6 - Indivíduos 10 10Média 88.939 54.77Desvio Padrão 27.2467 27.9133Erro Padrão 8.6162 8.827Desv. Padrão da Diferença 19.6479 --- Erro Padrão da Diferença 6.2132 --- Média das diferenças 34.169 --- (t)= 5.4994 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0 --- (p) bilateral = 0 --- IC (95%) 20.1147 a 48.2233 --- IC (99%) 13.9761 a 54.3619

TMF2 X TMF 3

- 5 - - 6 -

Indivíduos 10 10

Média 66.361 54.77

Desvio Padrão 15.1807 27.9133

Erro Padrão 4.8006 8.827

Desv. Padrão da Diferença 23.7583 ---

Erro Padrão da Diferença 7.513 ---

Média das diferenças 11.591 ---

(t)= 1.5428 ---

Graus de Liberdade 9 ---

(p) unilateral = 0.0786 ---

(p) bilateral = 0.1572 ---

IC (95%) -5.4035 a 28.5855 ---

IC (99%) -12.8264 a 36.0084

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Apêndice

Degan, V.V. 190

Quadro 76– Teste t (duas amostras independentes) - variável MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA SUPERIOR EM

SITUAÇÃO DE SUCÇÃO DE CREME DE CHOCOLATE

REM1 X TMF 1 REM2 X TMF 2 - 1 - - 4 - - 2 - - 5 - Tamanho = 10 10 Tamanho = 10 10Média = 96.652 95.275 Média = 94.683 77.824Variância = 1173.239 1136.006 Variância = 1724.444 321.373 Desigual Igual Desigual Igual Variância = 230.9245 1154.622 Variância = 204.5816 1022.908t = 0.0906 0.0906 t = 1.1787 1.1787Graus de liberdade = 18 18 Graus de liberdade = 12.24 18p (unilateral) = 0.4644 0.4644 p (unilateral) = 0.1307 0.1269p (bilateral) = 0.9289 0.9288 p (bilateral) = 0.2613 0.2538Poder (alfa=0.05) = 0.0053 --- Poder (alfa=0.05) = 0.217 --- Poder (alfa=0.01) = 0.1405 --- Poder (alfa=0.01) = 0.0754 --- Diferença entre as médias = 1.377 --- Diferença entre as médias = 16.859 ---

IC 95% (Dif. entre médias) = -30.5502 a 33.3042 --- IC 95% (Dif. entre médias) = -16.1242 a 49.8422 ---

IC 99% (Dif. entre médias) = -42.3577 a 45.1117 --- IC 99% (Dif. entre médias) = -31.1282 a 64.8462 ---

REM3 X TMF 3 - 3 - - 6 - Tamanho = 10 10Média = 85.139 57.445Variância = 911.108 782.669 Desigual Igual Variância = 169.3777 846.8885t = 2.1279 2.1279Graus de liberdade = 17.9 18p (unilateral) = 0.0241 0.0237p (bilateral) = 0.0482 0.0473Poder (alfa=0.05) = 0.5667 --- Poder (alfa=0.01) = 0.3256 --- Diferença entre as médias = 27.694 --- IC 95% (Dif. entre médias) = 0.3505 a 55.0375 --- IC 99% (Dif. entre médias) = -9.7618 a 65.1498 ---

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Apêndice

Degan, V.V. 191

Quadro 77– Teste t (duas amostras relacionadas) - variável MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA SUPERIOR EM

SITUAÇÃO DE SUCÇÃO DE CREME DE CHOCOLATE

REM1 X REM 2 REM2 X REM3 - 1 - - 2 - - 2 - - 3 - Indivíduos 10 10 Indivíduos 10 10Média 96.652 94.683 Média 94.683 85.139Desvio Padrão 34.2526 41.5264 Desvio Padrão 41.5264 30.1846Erro Padrão 10.8316 13.1318 Erro Padrão 13.1318 9.5452Desv. Padrão da Diferença 34.4746 --- Desv. Padrão da Diferença 24.7121 --- Erro Padrão da Diferença 10.9018 --- Erro Padrão da Diferença 7.8147 --- Média das diferenças 1.969 --- Média das diferenças 9.544 --- (t)= 0.1806 --- (t)= 1.2213 --- Graus de Liberdade 9 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.4303 --- (p) unilateral = 0.1265 --- (p) bilateral = 0.8607 --- (p) bilateral = 0.2529 --- IC (95%) -22.6910 a 26.6290 --- IC (95%) -8.1328 a 27.2208 --- IC (99%) -33.4620 a 37.4000 IC (99%) -15.8536 a 34.9416

REM1 X REM3 - 1 - - 3 - Indivíduos 10 10Média 96.652 85.139Desvio Padrão 34.2526 30.1846Erro Padrão 10.8316 9.5452Desv. Padrão da Diferença 34.4325 --- Erro Padrão da Diferença 10.8885 --- Média das diferenças 11.513 --- (t)= 1.0574 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.1589 --- (p) bilateral = 0.3179 --- IC (95%) -13.1168 a 36.1428 --- IC (99%) -23.8747 a 46.9007

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Apêndice

Degan, V.V. 192

Quadro 78– Teste t (duas amostras relacionadas) - variável MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA SUPERIOR EM

SITUAÇÃO DE SUCÇÃO DE CREME DE CHOCOLATE

TMF1 X TMF2 TMF2 X TMF 3 - 4 - - 5 - - 5 - - 6 - Indivíduos 10 10 Indivíduos 10 10Média 95.275 77.824 Média 77.824 57.445Desvio Padrão 33.7047 17.9269 Desvio Padrão 17.9269 27.9762Erro Padrão 10.6584 5.669 Erro Padrão 5.669 8.8469Desv. Padrão da Diferença 32.2187 --- Desv. Padrão da Diferença 25.409 --- Erro Padrão da Diferença 10.1884 --- Erro Padrão da Diferença 8.035 --- Média das diferenças 17.451 --- Média das diferenças 20.379 --- (t)= 1.7128 --- (t)= 2.5363 --- Graus de Liberdade 9 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.0604 --- (p) unilateral = 0.0159 --- (p) bilateral = 0.1208 --- (p) bilateral = 0.0318 --- IC (95%) -5.5953 a 40.4973 --- IC (95%) 2.2038 a 38.5542 --- IC (99%) -15.6614 a 50.5634 IC (99%) -5.7348 a 46.4928

TMF1 X TMF 3 - 4 - - 6 - Indivíduos 10 10Média 95.275 57.445Desvio Padrão 33.7047 27.9762Erro Padrão 10.6584 8.8469Desv. Padrão da Diferença 30.3029 --- Erro Padrão da Diferença 9.5826 --- Média das diferenças 37.83 --- (t)= 3.9478 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.0017 --- (p) bilateral = 0.0034 --- IC (95%) 16.1541 a 59.5059 --- IC (99%) 6.6864 a 68.9736

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Apêndice

Degan, V.V. 193

Quadro 79– Teste t (duas amostras independentes) - variável MÚSCULO MENTUAL EM SITUAÇÃO DE REPOUSO

REM1 X TMF 1 REM2 X TMF 2 - 1 - - 4 - - 2 - - 5 - Tamanho = 10 10 Tamanho = 10 10Média = 41.496 44.66 Média = 39.34 29.059Variância = 83.5659 181.2489 Variância = 55.4263 51.6003 Desigual Igual Desigual Igual Variância = 26.4815 132.4074 Variância = 10.7027 53.5133t = -0.6148 -0.6148 t = 3.1426 3.1426Graus de liberdade = 15.84 18 Graus de liberdade = 17.98 18p (unilateral) = 0.2739 0.2732 p (unilateral) = 0.003 0.0028p (bilateral) = 0.5479 0.5463 p (bilateral) = 0.0059 0.0056Poder (alfa=0.05) = 0.0851 --- Poder (alfa=0.05) = 0.8815 --- Poder (alfa=0.01) = 0.0094 --- Poder (alfa=0.01) = 0.7131 --- Diferença entre as médias = -3.164 --- Diferença entre as médias = 10.281 --- IC 95% (Dif. entre médias) = -13.9758 a 7.6478 --- IC 95% (Dif. entre médias) = 3.4076 a 17.1544 --- IC 99% (Dif. entre médias) = -17.9742 a 11.6462 --- IC 99% (Dif. entre médias) = 0.8656 a 19.6964 ---

REM3 TMF 3 - 3 - - 6 - Tamanho = 10 10Média = 32.088 31.155Variância = 101.2779 40.6459 Desigual Igual Variância = 14.1924 70.9619t = 0.2477 0.2477Graus de liberdade = 15.22 18p (unilateral) = 0.4039 0.4036p (bilateral) = 0.8078 0.8072Poder (alfa=0.05) = 0.028 --- Poder (alfa=0.01) = 0.0867 --- Diferença entre as médias = 0.933 --- IC 95% (Dif. entre médias) = -6.9821 a 8.8481 --- IC 99% (Dif. entre médias) = -9.9092 a 11.7752 ---

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Apêndice

Degan, V.V. 194

Quadro 80– Teste t (duas amostras relacionadas) - variável MÚSCULO MENTUAL EM SITUAÇÃO DE REPOUSO

REM1 X REM 2 REM2 X REM3 - 1 - - 2 - - 2 - - 3 - Indivíduos 10 10 Indivíduos 10 10Média 41.496 39.34 Média 39.34 32.088Desvio Padrão 9.1414 7.4449 Desvio Padrão 7.4449 10.0637Erro Padrão 2.8908 2.3543 Erro Padrão 2.3543 3.1824Desv. Padrão da Diferença 5.5728 --- Desv. Padrão da Diferença 9.6637 --- Erro Padrão da Diferença 1.7623 --- Erro Padrão da Diferença 3.0559 --- Média das diferenças 2.156 --- Média das diferenças 7.252 --- (t)= 1.2234 --- (t)= 2.3731 --- Graus de Liberdade 9 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.1261 --- (p) unilateral = 0.0208 --- (p) bilateral = 0.2522 --- (p) bilateral = 0.0416 --- IC (95%) -1.8303 a 6.1423 --- IC (95%) 0.3395 a 14.1645 --- IC (99%) -3.5714 a 7.8834 IC (99%) -2.6798 a 17.1838

REM1 X REM3 - 1 - - 3 - Indivíduos 10 10Média 41.496 32.088Desvio Padrão 9.1414 10.0637Erro Padrão 2.8908 3.1824Desv. Padrão da Diferença 10.6144 --- Erro Padrão da Diferença 3.3566 --- Média das diferenças 9.408 --- (t)= 2.8029 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.0103 --- (p) bilateral = 0.0206 --- IC (95%) 1.8154 a 17.0006 --- IC (99%) -1.5008 a 20.3168

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Apêndice

Degan, V.V. 195

Quadro 81– Teste t (duas amostras relacionadas) - variável MÚSCULO MENTUAL EM SITUAÇÃO DE REPOUSO

TMF1 X TMF2 TMF2 X TMF 3 - 4 - - 5 - - 5 - - 6 - Indivíduos 10 10 Indivíduos 10 10Média 44.66 29.059 Média 29.059 31.155Desvio Padrão 13.4629 7.1833 Desvio Padrão 7.1833 6.3754Erro Padrão 4.2573 2.2716 Erro Padrão 2.2716 2.0161Desv. Padrão da Diferença 13.4635 --- Desv. Padrão da Diferença 6.4348 --- Erro Padrão da Diferença 4.2575 --- Erro Padrão da Diferença 2.0349 --- Média das diferenças 15.601 --- Média das diferenças -2.096 --- (t)= 3.6643 --- (t)= -1.0301 --- Graus de Liberdade 9 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.0026 --- (p) unilateral = 0.1649 --- (p) bilateral = 0.0052 --- (p) bilateral = 0.3298 --- IC (95%) 5.9704 a 25.2316 --- IC (95%) -6.6988 a 2.5068 --- IC (99%) 1.7640 a 29.4380 IC (99%) -8.7093 a 4.5173

TMF1 X TMF 3 - 4 - - 6 - Indivíduos 10 10Média 44.66 31.155Desvio Padrão 13.4629 6.3754Erro Padrão 4.2573 2.0161Desv. Padrão da Diferença 11.4781 --- Erro Padrão da Diferença 3.6297 --- Média das diferenças 13.505 --- (t)= 3.7207 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.0024 --- (p) bilateral = 0.0047 --- IC (95%) 5.2946 a 21.7154 --- IC (99%) 1.7085 a 25.3015

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Apêndice

Degan, V.V. 196

Quadro 82– Teste t (duas amostras independentes) - variável MÚSCULO MENTUAL EM SITUAÇÃO DE SUCÇÃO DE

ÁGUA

REM3 X TMF 3 - 3 - - 6 - Tamanho = 10 10 Média = 77.751 59.456 Variância = 801.3936 1491.016 Desigual Igual Variância = 229.2409 1146.205 t = 1.2083 1.2083 Graus de liberdade = 16.51 18 p (unilateral) = 0.1222 0.1212 p (bilateral) = 0.2444 0.2425 Poder (alfa=0.05) = 0.2259 --- Poder (alfa=0.01) = 0.0805 --- Diferença entre as médias = 18.295 --- IC 95% (Dif. entre médias) = -13.5156 a 50.1056 --- IC 99% (Dif. entre médias) = -25.2799 a 61.8699 ---

REM1 X TMF 1 REM2 X TMF 2 - 1 - - 4 - - 2 - - 5 - Tamanho = 10 10 Tamanho = 10 10Média = 89.495 84.628 Média = 83.493 62.676

Variância = 2765.808 401.8305 Variância = 822.1375369.33

8 Desigual Igual Desigual Igual

Variância = 316.7638 1583.819 Variância = 119.1476595.73

78t = 0.2735 0.2735 t = 1.9071 1.9071Graus de liberdade = 11.56 18 Graus de liberdade = 15.73 18p (unilateral) = 0.3948 0.3938 p (unilateral) = 0.0379 0.0363p (bilateral) = 0.7896 0.7876 p (bilateral) = 0.0758 0.0725Poder (alfa=0.05) = 0.0317 --- Poder (alfa=0.05) = 0.4789 --- Poder (alfa=0.01) = 0.0795 --- Poder (alfa=0.01) = 0.2503 --- Diferença entre as médias = 4.867 --- Diferença entre as médias = 20.817 --- IC 95% (Dif. entre médias) = -36.1749 a 45.9089 --- IC 95% (Dif. entre médias) = -2.1164 a 43.7504 --- IC 99% (Dif. entre médias) = -54.8448 a 64.5788 --- IC 99% (Dif. entre médias) = -10.5977 a 52.2317 ---

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Apêndice

Degan, V.V. 197

Quadro 83– Teste t (duas amostras relacionadas) - variável MÚSCULO MENTUAL EM SITUAÇÃO DE SUCÇÃO DE

ÁGUA

REM1 X REM 2 REM2 X REM3 - 1 - - 2 - - 2 - - 3 - Indivíduos 10 10 Indivíduos 10 10Média 89.495 83.493 Média 83.493 77.751Desvio Padrão 52.5909 28.6729 Desvio Padrão 28.6729 28.3089Erro Padrão 16.6307 9.0672 Erro Padrão 9.0672 8.9521Desv. Padrão da Diferença 47.0091 --- Desv. Padrão da Diferença 31.1393 --- Erro Padrão da Diferença 14.8656 --- Erro Padrão da Diferença 9.8471 --- Média das diferenças 6.002 --- Média das diferenças 5.742 --- (t)= 0.4038 --- (t)= 0.5831 --- Graus de Liberdade 9 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.3479 --- (p) unilateral = 0.2871 --- (p) bilateral = 0.6958 --- (p) bilateral = 0.5741 --- IC (95%) -27.6240 a 39.6280 --- IC (95%) -16.5322 a 28.0162 --- IC (99%) -42.3112 a 54.3152 IC (99%) -26.2611 a 37.7451

REM1 X REM3 - 1 - - 3 - Indivíduos 10 10Média 89.495 77.751Desvio Padrão 52.5909 28.3089Erro Padrão 16.6307 8.9521Desv. Padrão da Diferença 32.2696 --- Erro Padrão da Diferença 10.2045 --- Média das diferenças 11.744 --- (t)= 1.1509 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.1397 --- (p) bilateral = 0.2794 --- IC (95%) -11.3387 a 34.8267 --- IC (99%) -21.4207 a 44.9087

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Apêndice

Degan, V.V. 198

Quadro 83– Teste t (duas amostras relacionadas) - variável MÚSCULO MENTUAL EM SITUAÇÃO DE SUCÇÃO DE

ÁGUA

TMF1 X TMF2 TMF2 X TMF 3 - 4 - - 5 - - 5 - - 6 - Indivíduos 10 10 Indivíduos 10 10Média 84.628 62.676 Média 62.676 59.456Desvio Padrão 20.0457 19.2182 Desvio Padrão 19.2182 38.6137Erro Padrão 6.339 6.0773 Erro Padrão 6.0773 12.2107Desv. Padrão da Diferença 15.0169 --- Desv. Padrão da Diferença 34.7244 --- Erro Padrão da Diferença 4.7488 --- Erro Padrão da Diferença 10.9808 --- Média das diferenças 21.952 --- Média das diferenças 3.22 --- (t)= 4.6227 --- (t)= 0.2932 --- Graus de Liberdade 9 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.0006 --- (p) unilateral = 0.388 --- (p) bilateral = 0.0012 --- (p) bilateral = 0.776 --- IC (95%) 11.2103 a 32.6937 --- IC (95%) -21.6186 a 28.0586 --- IC (99%) 6.5185 a 37.3855 IC (99%) -32.4677 a 38.9077

TMF1 X TMF 3 - 4 - - 6 - Indivíduos 10 10Média 84.628 59.456Desvio Padrão 20.0457 38.6137Erro Padrão 6.339 12.2107Desv. Padrão da Diferença 38.2728 --- Erro Padrão da Diferença 12.1029 --- Média das diferenças 25.172 --- (t)= 2.0798 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.0336 --- (p) bilateral = 0.0672 --- IC (95%) -2.2048 a 52.5488 --- IC (99%) -14.1625 a 64.5065

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Apêndice

Degan, V.V. 199

Quadro 84– Teste t (duas amostras independentes) - variável MÚSCULO MENTUAL EM SITUAÇÃO DE SUCÇÃO DE

IOGURTE

REM3 X TMF 3 - 3 - - 6 - Tamanho = 10 10Média = 65.533 58.096Variância = 674.909 788.0265 Desigual Igual Variância = 146.2936 731.4678t = 0.6149 0.6149Graus de liberdade = 17.89 18p (unilateral) = 0.2734 0.2732p (bilateral) = 0.5468 0.5463Poder (alfa=0.05) = 0.0851 --- Poder (alfa=0.01) = 0.0094 --- Diferença entre as médias = 7.437 --- IC 95% (Dif. entre médias) = -17.9750 a 32.8490 --- IC 99% (Dif. entre médias) = -27.3729 a 42.2469 ---

REM1 X TMF 1 REM 2 X TMF 2 - 1 - - 4 - - 2 - - 5 - Tamanho = 10 10 Tamanho = 10 10Média = 99.126 95.449 Média = 81.807 69.05Variância = 1601.588 1580.479 Variância = 590.2609 1018.686 Desigual Igual Desigual Igual Variância = 318.2068 1591.034 Variância = 160.8947 804.4737t = 0.2061 0.2061 t = 1.0057 1.0057Graus de liberdade = 18 18 Graus de liberdade = 16.81 18p (unilateral) = 0.4196 0.4195 p (unilateral) = 0.1647 0.1639p (bilateral) = 0.8391 0.839 p (bilateral) = 0.3295 0.3278Poder (alfa=0.05) = 0.022 --- Poder (alfa=0.05) = 0.1692 --- Poder (alfa=0.01) = 0.0992 --- Poder (alfa=0.01) = 0.048 --- Diferença entre as médias = 3.677 --- Diferença entre as médias = 12.757 ---

IC 95% (Dif. entre médias) = -33.8014 a 41.1554 --- IC 95% (Dif. entre médias) = -13.8930 a 39.4070 ---

IC 99% (Dif. entre médias) = -47.6618 a 55.0158 --- IC 99% (Dif. entre médias) = -23.7488 a 49.2628 ---

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Apêndice

Degan, V.V. 200

Quadro 85– Teste t (duas amostras relacionadas) - variável MÚSCULO MENTUAL EM SITUAÇÃO DE SUCÇÃO DE

CREME DE CHOCOLATE

REM1 X TMF 1 REM2 X TMF 2

- 1 - - 4 - - 2 - - 5 -

Tamanho = 10 10 Tamanho = 10 10

Média = 96.652 95.275 Média = 94.683 77.824

Variância = 1173.239 1136.006 Variância = 1724.444 321.373

Desigual Igual Desigual Igual

Variância = 230.9245 1154.622 Variância = 204.5816 1022.908

t = 0.0906 0.0906 t = 1.1787 1.1787

Graus de liberdade = 18 18 Graus de liberdade = 12.24 18

p (unilateral) = 0.4644 0.4644 p (unilateral) = 0.1307 0.1269

p (bilateral) = 0.9289 0.9288 p (bilateral) = 0.2613 0.2538

Poder (alfa=0.05) = 0.0053 --- Poder (alfa=0.05) = 0.217 ---

Poder (alfa=0.01) = 0.1405 --- Poder (alfa=0.01) = 0.0754 ---

Diferença entre as médias = 1.377 --- Diferença entre as médias = 16.859 ---

IC 95% (Dif. entre médias) = -30.5502 a 33.3042 --- IC 95% (Dif. entre médias) = -16.1242 a 49.8422 ---

IC 99% (Dif. entre médias) = -42.3577 a 45.1117 --- IC 99% (Dif. entre médias) = -31.1282 a 64.8462 ---

REM3 TMF 3 - 3 - - 6 - Tamanho = 10 10Média = 85.139 57.445Variância = 911.108 782.669 Desigual Igual Variância = 169.3777 846.8885t = 2.1279 2.1279Graus de liberdade = 17.9 18p (unilateral) = 0.0241 0.0237p (bilateral) = 0.0482 0.0473Poder (alfa=0.05) = 0.5667 --- Poder (alfa=0.01) = 0.3256 --- Diferença entre as médias = 27.694 --- IC 95% (Dif. entre médias) = 0.3505 a 55.0375 --- IC 99% (Dif. entre médias) = -9.7618 a 65.1498 ---

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Apêndice

Degan, V.V. 201

Quadro 85– Teste t (duas amostras relacionadas) - variável MÚSCULO MENTUAL EM SITUAÇÃO DE SUCÇÃO DE

CREME DE CHOCOLATE

REM1 X REM 2 REM2 X REM3 - 1 - - 2 - - 2 - - 3 - Indivíduos 10 10 Indivíduos 10 10Média 100.472 87.379 Média 87.379 92.132Desvio Padrão 34.8062 33.0381 Desvio Padrão 33.0381 55.83Erro Padrão 11.0067 10.4476 Erro Padrão 10.4476 17.655Desv. Padrão da Diferença 33.0697 --- Desv. Padrão da Diferença 37.2406 --- Erro Padrão da Diferença 10.4575 --- Erro Padrão da Diferença 11.7765 --- Média das diferenças 13.093 --- Média das diferenças -4.753 --- (t)= 1.252 --- (t)= -0.4036 --- Graus de Liberdade 9 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.121 --- (p) unilateral = 0.348 --- (p) bilateral = 0.2421 --- (p) bilateral = 0.6959 --- IC (95%) -10.5620 a 36.7480 --- IC (95%) -31.3914 a 21.8854 --- IC (99%) -20.8940 a 47.0800 IC (99%) -43.0266 a 33.5206

REM1 X REM3 - 1 - - 3 - Indivíduos 10 10Média 100.472 92.132Desvio Padrão 34.8062 55.83Erro Padrão 11.0067 17.655Desv. Padrão da Diferença 48.1312 --- Erro Padrão da Diferença 15.2204 --- Média das diferenças 8.34 --- (t)= 0.5479 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.2985 --- (p) bilateral = 0.597 --- IC (95%) -26.0886 a 42.7686 --- IC (99%) -41.1264 a 57.8064

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Apêndice

Degan, V.V. 202

Quadro 86– Teste t (duas amostras relacionadas) - variável MÚSCULO MENTUAL EM SITUAÇÃO DE SUCÇÃO DE

CREME DE CHOCOLATE

TMF1 X TMF2 TMF2 X TMF 3 - 4 - - 5 - - 5 - - 6 - Indivíduos 10 10 Indivíduos 10 10 Média 102.392 79.159 Média 79.159 61.515 Desvio Padrão 24.9656 34.5996 Desvio Padrão 34.5996 31.4701 Erro Padrão 7.8948 10.9413 Erro Padrão 10.9413 9.9517 Desv. Padrão da Diferença 21.128 --- Desv. Padrão da Diferença 20.5127 --- Erro Padrão da Diferença 6.6813 --- Erro Padrão da Diferença 6.4867 --- Média das diferenças 23.233 --- Média das diferenças 17.644 --- (t)= 3.4773 --- (t)= 2.72 --- Graus de Liberdade 9 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.0035 --- (p) unilateral = 0.0118 --- (p) bilateral = 0.0069 --- (p) bilateral = 0.0236 --- IC (95%) 8.1200 a 38.3460 --- IC (95%) 2.9711 a 32.3169 --- IC (99%) 1.5189 a 44.9471 IC (99%) -3.4377 a 38.7257

TMF1 X TMF 3 - 4 - - 6 - Indivíduos 10 10Média 102.392 61.515Desvio Padrão 24.9656 31.4701Erro Padrão 7.8948 9.9517Desv. Padrão da Diferença 31.2959 --- Erro Padrão da Diferença 9.8966 --- Média das diferenças 40.877 --- (t)= 4.1304 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.0013 --- (p) bilateral = 0.0025 --- IC (95%) 18.4908 a 63.2632 --- IC (99%) 8.7130 a 73.0410

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Apêndice

Degan, V.V. 203

Quadro 87– Teste t (duas amostras independentes) – variável 1.NA

REM1 X TMF 1 REM2 X TMF 2 - 1 - - 4 - - 2 - - 5 - Tamanho = 10 10 Tamanho = 10 10Média = 14.05 14.65 Média = 9.2 7.15Variância = 50.9139 40.4472 Variância = 24.8444 16.1139 Desigual Igual Desigual Igual Variância = 9.1361 45.6806 Variância = 4.0958 20.4792t = -0.1985 -0.1985 t = 1.0129 1.0129Graus de liberdade = 17.77 18 Graus de liberdade = 17.22 18p (unilateral) = 0.4225 0.4224 p (unilateral) = 0.1626 0.1622p (bilateral) = 0.845 0.8449 p (bilateral) = 0.3252 0.3245Poder (alfa=0.05) = 0.021 --- Poder (alfa=0.05) = 0.1711 --- Poder (alfa=0.01) = 0.1016 --- Poder (alfa=0.01) = 0.0491 --- Diferença entre as médias = -0.6 --- Diferença entre as médias = 2.05 --- IC 95% (Dif. entre médias) = -6.9505 a 5.7505 --- IC 95% (Dif. entre médias) = -2.2020 a 6.3020 --- IC 99% (Dif. entre médias) = -9.2990 a 8.0990 --- IC 99% (Dif. entre médias) = -3.7745 a 7.8745 ---

REM3 X TMF 3 - 3 - - 6 - Tamanho = 10 10Média = 7.3 6.5Variância = 19.9556 19.5556 Desigual Igual Variância = 3.9511 19.7556t = 0.4025 0.4025Graus de liberdade = 18 18p (unilateral) = 0.3462 0.346p (bilateral) = 0.6924 0.6921Poder (alfa=0.05) = 0.0506 --- Poder (alfa=0.01) = 0.0483 --- Diferença entre as médias = 0.8 --- IC 95% (Dif. entre médias) = -3.3762 a 4.9762 --- IC 99% (Dif. entre médias) = -4.9207 a 6.5207 ---

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Apêndice

Degan, V.V. 204

Quadro 87– Teste t (duas amostras relacionadas) – variável 1.NA

REM1 X REM 2 REM2 X REM3 - 1 - - 2 - - 2 - - 3 - Indivíduos 10 10 Indivíduos 10 10 Média 14.05 9.2 Média 9.2 7.3 Desvio Padrão 7.1354 4.9844 Desvio Padrão 4.9844 4.4672 Erro Padrão 2.2564 1.5762 Erro Padrão 1.5762 1.4126 Desv. Padrão da Diferença 5.0993 --- Desv. Padrão da Diferença 5.2747 --- Erro Padrão da Diferença 1.6125 --- Erro Padrão da Diferença 1.668 --- Média das diferenças 4.85 --- Média das diferenças 1.9 --- (t)= 3.0077 --- (t)= 1.1391 --- Graus de Liberdade 9 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.0074 --- (p) unilateral = 0.142 --- (p) bilateral = 0.0147 --- (p) bilateral = 0.284 --- IC (95%) 1.2024 a 8.4976 --- IC (95%) -1.8730 a 5.6730 --- IC (99%) -0.3907 a 10.0907 IC (99%) -3.5210 a 7.3210

REM1 X REM3 - 1 - - 3 - Indivíduos 10 10Média 14.05 7.3Desvio Padrão 7.1354 4.4672Erro Padrão 2.2564 1.4126Desv. Padrão da Diferença 7.488 --- Erro Padrão da Diferença 2.3679 --- Média das diferenças 6.75 --- (t)= 2.8506 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.0095 --- (p) bilateral = 0.019 --- IC (95%) 1.3938 a 12.1062 --- IC (99%) -0.9457 a 14.4457

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Apêndice

Degan, V.V. 205

Quadro 88– Teste t (duas amostras relacionadas) – variável 1.NA

TMF1 X TMF2 TMF2 X TMF3 - 4 - - 5 - - 5 - - 6 - Indivíduos 10 10 Indivíduos 10 10 Média 14.65 7.15 Média 7.15 6.5 Desvio Padrão 6.3598 4.0142 Desvio Padrão 4.0142 4.4222 Erro Padrão 2.0111 1.2694 Erro Padrão 1.2694 1.3984 Desv. Padrão da Diferença 5.3333 --- Desv. Padrão da Diferença 1.9586 --- Erro Padrão da Diferença 1.6865 --- Erro Padrão da Diferença 0.6194 --- Média das diferenças 7.5 --- Média das diferenças 0.65 --- (t)= 4.447 --- (t)= 1.0495 --- Graus de Liberdade 9 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.0008 --- (p) unilateral = 0.1606 --- (p) bilateral = 0.0016 --- (p) bilateral = 0.3213 --- IC (95%) 3.6850 a 11.3150 --- IC (95%) -0.7510 a 2.0510 --- IC (99%) 2.0187 a 12.9813 IC (99%) -1.3629 a 2.6629

TMF1 X TMF3 - 4 - - 6 - Indivíduos 10 10Média 14.65 6.5Desvio Padrão 6.3598 4.4222Erro Padrão 2.0111 1.3984Desv. Padrão da Diferença 6.671 --- Erro Padrão da Diferença 2.1096 --- Média das diferenças 8.15 --- (t)= 3.8633 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.0019 --- (p) bilateral = 0.0038 --- IC (95%) 3.3782 a 12.9218 --- IC (99%) 1.2939 a 15.0061

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Apêndice

Degan, V.V. 206

Quadro 89– Teste t (duas amostras independentes) – variável ī.1

REM1 X TMF 1 REM 2 X TMF 2 - 1 - - 4 - - 2 - - 5 - Tamanho = 10 10 Tamanho = 10 10Média = 137 134.2 Média = 146.7 149.3Variância = 106 274.9 Variância = 71.7889 262.0111 Desigual Igual Desigual Igual Variância = 38.09 190.45 Variância = 33.38 166.9t = 0.4537 0.4537 t = -0.45 -0.45Graus de liberdade = 15.04 18 Graus de liberdade = 13.59 18p (unilateral) = 0.3283 0.3277 p (unilateral) = 0.3301 0.329p (bilateral) = 0.6565 0.6555 p (bilateral) = 0.6601 0.6581Poder (alfa=0.05) = 0.0584 --- Poder (alfa=0.05) = 0.0578 --- Poder (alfa=0.01) = 0.0378 --- Poder (alfa=0.01) = 0.0385 --- Diferença entre as médias = 2.8 --- Diferença entre as médias = -2.6 --- IC 95% (Dif. entre médias) = -10.1668 a 15.7668 --- IC 95% (Dif. entre médias) = -14.7386 a 9.5386 --- IC 99% (Dif. entre médias) = -14.9622 a 20.5622 --- IC 99% (Dif. entre médias) = -19.2278 a 14.0278 ---

REM3 X TMF 3 - 3 - - 6 - Tamanho = 10 10Média = 149 152.9Variância = 139.1111 202.5444 Desigual Igual Variância = 34.1656 170.8278t = -0.6672 -0.6672Graus de liberdade = 17.4 18p (unilateral) = 0.2568 0.2565p (bilateral) = 0.5136 0.5131Poder (alfa=0.05) = 0.0947 --- Poder (alfa=0.01) = 0.0012 --- Diferença entre as médias = -3.9 --- IC 95% (Dif. entre médias) = -16.1806 a 8.3806 --- IC 99% (Dif. entre médias) = -20.7223 a 12.9223 ---

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Apêndice

Degan, V.V. 207

Quadro 90– Teste t (duas amostras relacionadas) – variável ī.1

REM1 X REM 2 REM2 X REM3 - 1 - - 2 - - 2 - - 3 - Indivíduos 10 10 Indivíduos 10 10 Média 137 146.7 Média 146.7 149 Desvio Padrão 10.2956 8.4728 Desvio Padrão 8.4728 11.7945 Erro Padrão 3.2558 2.6793 Erro Padrão 2.6793 3.7298 Desv. Padrão da Diferença 8.2199 --- Desv. Padrão da Diferença 6.0745 --- Erro Padrão da Diferença 2.5994 --- Erro Padrão da Diferença 1.9209 --- Média das diferenças -9.7 --- Média das diferenças -2.3 --- (t)= -3.7317 --- (t)= -1.1973 --- Graus de Liberdade 9 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.0023 --- (p) unilateral = 0.1308 --- (p) bilateral = 0.0047 --- (p) bilateral = 0.2617 --- IC (95%) -15.5797 a -3.8203 --- IC (95%) -6.6452 a 2.0452 --- IC (99%) -18.1479 a -1.2521 IC (99%) -8.5430 a 3.9430

REM1 X REM3 - 1 - - 3 - Indivíduos 10 10Média 137 149Desvio Padrão 10.2956 11.7945Erro Padrão 3.2558 3.7298Desv. Padrão da Diferença 11.7189 --- Erro Padrão da Diferença 3.7059 --- Média das diferenças -12 --- (t)= -3.2381 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.0051 --- (p) bilateral = 0.0102 --- IC (95%) -20.3826 a -3.6174 --- IC (99%) -24.0440 a 0.0440

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Apêndice

Degan, V.V. 208

Quadro 90– Teste t (duas amostras relacionadas) – variável ī.1

TMF1 X TMF2 TMF2 X TMF3 - 4 - - 5 - - 5 - - 6 - Indivíduos 10 10 Indivíduos 10 10Média 134.2 149.3 Média 149.3 152.9Desvio Padrão 16.5801 16.1868 Desvio Padrão 16.1868 14.2318Erro Padrão 5.2431 5.1187 Erro Padrão 5.1187 4.5005Desv. Padrão da Diferença 10.9463 --- Desv. Padrão da Diferença 4.4771 --- Erro Padrão da Diferença 3.4615 --- Erro Padrão da Diferença 1.4158 --- Média das diferenças -15.1 --- Média das diferenças -3.6 --- (t)= -4.3622 --- (t)= -2.5428 --- Graus de Liberdade 9 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.0009 --- (p) unilateral = 0.0158 --- (p) bilateral = 0.0018 --- (p) bilateral = 0.0315 --- IC (95%) -22.9300 a -7.2700 --- IC (95%) -6.8025 a -0.3975 --- IC (99%) -26.3500 a -3.8500 IC (99%) -8.2013 a 1.0013

TMF1 X TMF3 - 4 - - 6 - Indivíduos 10 10Média 134.2 152.9Desvio Padrão 16.5801 14.2318Erro Padrão 5.2431 4.5005Desv. Padrão da Diferença 11.2773 --- Erro Padrão da Diferença 3.5662 --- Média das diferenças -18.7 --- (t)= -5.2437 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.0003 --- (p) bilateral = 0.0005 --- IC (95%) -26.7667 a -10.6333 --- IC (99%) -30.2901 a -7.1099

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Apêndice

Degan, V.V. 209

Quadro 91– Teste t (duas amostras independentes) – variável 1-NA

REM1 X TMF 1 REM2 X TMF 2 - 1 - - 4 - - 2 - - 5 - Tamanho = 10 10 Tamanho = 10 10Média = 0.85 1.5 Média = -0.65 -1.5Variância = 3.0028 3.8333 Variância = 1.8917 2.2778 Desigual Igual Desigual Igual Variância = 0.6836 3.4181 Variância = 0.4169 2.0847t = -0.7862 -0.7862 t = 1.3164 1.3164Graus de liberdade = 17.74 18 Graus de liberdade = 17.85 18p (unilateral) = 0.2213 0.221 p (unilateral) = 0.1027 0.1022p (bilateral) = 0.4426 0.442 p (bilateral) = 0.2054 0.2045Poder (alfa=0.05) = 0.1182 --- Poder (alfa=0.05) = 0.2598 --- Poder (alfa=0.01) = 0.0163 --- Poder (alfa=0.01) = 0.1002 --- Diferença entre as médias = -0.65 --- Diferença entre as médias = 0.85 --- IC 95% (Dif. entre médias) = -2.3871 a 1.0871 --- IC 95% (Dif. entre médias) = -0.5066 a 2.2066 --- IC 99% (Dif. entre médias) = -3.0296 a 1.7296 --- IC 99% (Dif. entre médias) = -1.0084 a 2.7084 ---

REM3 X TMF 3 - 3 - - 6 - Tamanho = 10 10Média = -1.25 -0.8Variância = 2.625 3.2889 Desigual Igual Variância = 0.5914 2.9569t = -0.5852 -0.5852Graus de liberdade = 17.78 18p (unilateral) = 0.2831 0.2828p (bilateral) = 0.5661 0.5657Poder (alfa=0.05) = 0.0799 --- Poder (alfa=0.01) = 0.0142 --- Diferença entre as médias = -0.45 --- IC 95% (Dif. entre médias) = -2.0657 a 1.1657 --- IC 99% (Dif. entre médias) = -2.6632 a 1.7632 ---

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Apêndice

Degan, V.V. 210

Quadro 92– Teste t (duas amostras relacionadas) – variável 1-NA

REM1 X REM 2 REM2 X REM3 - 1 - - 2 - - 2 - - 3 - Indivíduos 10 10 Indivíduos 10 10Média 0.85 -0.65 Média -0.65 -1.25Desvio Padrão 1.7329 1.3754 Desvio Padrão 1.3754 1.6202Erro Padrão 0.548 0.4349 Erro Padrão 0.4349 0.5123Desv. Padrão da Diferença 1.2019 --- Desv. Padrão da Diferença 1.5055 --- Erro Padrão da Diferença 0.3801 --- Erro Padrão da Diferença 0.4761 --- Média das diferenças 1.5 --- Média das diferenças 0.6 --- (t)= 3.9468 --- (t)= 1.2603 --- Graus de Liberdade 9 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.0017 --- (p) unilateral = 0.1196 --- (p) bilateral = 0.0034 --- (p) bilateral = 0.2392 --- IC (95%) 0.6403 a 2.3597 --- IC (95%) -0.4769 a 1.6769 --- IC (99%) 0.2648 a 2.7352 IC (99%) -0.9473 a 2.1473

REM1 X REM3 - 1 - - 3 - Indivíduos 10 10Média 0.85 -1.25Desvio Padrão 1.7329 1.6202Erro Padrão 0.548 0.5123Desv. Padrão da Diferença 1.3081 --- Erro Padrão da Diferença 0.4137 --- Média das diferenças 2.1 --- (t)= 5.0767 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.0003 --- (p) bilateral = 0.0007 --- IC (95%) 1.1643 a 3.0357 --- IC (99%) 0.7556 a 3.4444

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Apêndice

Degan, V.V. 211

Quadro 93– Teste t (duas amostras relacionadas) – variável 1-NA

TMF1 X TMF2 TMF2 X TMF3 - 4 - - 5 - - 5 - - 6 - Indivíduos 10 10 Indivíduos 10 10Média 1.5 -1.5 Média -1.5 -0.8Desvio Padrão 1.9579 1.5092 Desvio Padrão 1.5092 1.8135Erro Padrão 0.6191 0.4773 Erro Padrão 0.4773 0.5735Desv. Padrão da Diferença 2.1082 --- Desv. Padrão da Diferença 1.0593 --- Erro Padrão da Diferença 0.6667 --- Erro Padrão da Diferença 0.335 --- Média das diferenças 3 --- Média das diferenças -0.7 --- (t)= 4.5 --- (t)= -2.0896 --- Graus de Liberdade 9 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.0007 --- (p) unilateral = 0.0331 --- (p) bilateral = 0.0015 --- (p) bilateral = 0.0662 --- IC (95%) 1.4920 a 4.5080 --- IC (95%) -1.4578 a 0.0578 --- IC (99%) 0.8333 a 5.1667 IC (99%) -1.7887 a 0.3887

TMF1 X TMF3 - 4 - - 6 - Indivíduos 10 10Média 1.5 -0.8Desvio Padrão 1.9579 1.8135Erro Padrão 0.6191 0.5735Desv. Padrão da Diferença 1.767 --- Erro Padrão da Diferença 0.5588 --- Média das diferenças 2.3 --- (t)= 4.1162 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.0013 --- (p) bilateral = 0.0026 --- IC (95%) 1.0361 a 3.5639 --- IC (99%) 0.4840 a 4.1160

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Apêndice

Degan, V.V. 212

Quadro 94– Teste t (duas amostras independentes) – variável TRESPASSE VERTICAL

REM2 X TMF 2 REM 3 X TMF 3 - 1 - - 3 - - 2 - - 4 - Tamanho = 10 10 Tamanho = 10 10Média = -1.05 -1.9 Média = -1.5 -2.85Variância = 0.9139 1.6 Variância = 1.5556 1.3917 Desigual Igual Desigual Igual Variância = 0.2514 1.2569 Variância = 0.2947 1.4736t = 1.6953 1.6953 t = 2.4867 2.4867Graus de liberdade = 16.75 18 Graus de liberdade = 17.94 18p (unilateral) = 0.0546 0.0536 p (unilateral) = 0.0118 0.0114p (bilateral) = 0.1093 0.1072 p (bilateral) = 0.0235 0.0229Poder (alfa=0.05) = 0.3956 --- Poder (alfa=0.05) = 0.7008 --- Poder (alfa=0.01) = 0.1876 --- Poder (alfa=0.01) = 0.4628 --- Diferença entre as médias = 0.85 --- Diferença entre as médias = 1.35 --- IC 95% (Dif. entre médias) = -0.2034 a 1.9034 --- IC 95% (Dif. entre médias) = 0.2094 a 2.4906 --- IC 99% (Dif. entre médias) = -0.5930 a 2.2930 --- IC 99% (Dif. entre médias) = -0.2124 a 2.9124 ---

Quadro 95– Teste t (duas amostras relacionadas) – variável TRESPASSE VERTICAL

REM2 X REM3 TMF2 X TMF3 - 1 - - 2 - - 3 - - 4 - Indivíduos 10 10 Indivíduos 10 10Média -1.05 -1.5 Média -1.9 -2.85Desvio Padrão 0.956 1.2472 Desvio Padrão 1.2649 1.1797Erro Padrão 0.3023 0.3944 Erro Padrão 0.4 0.3731Desv. Padrão da Diferença 0.5986 --- Desv. Padrão da Diferença 0.5503 --- Erro Padrão da Diferença 0.1893 --- Erro Padrão da Diferença 0.174 --- Média das diferenças 0.45 --- Média das diferenças 0.95 --- (t)= 2.3772 --- (t)= 5.4596 --- Graus de Liberdade 9 --- Graus de Liberdade 9 --- (p) unilateral = 0.0207 --- (p) unilateral = 0 --- (p) bilateral = 0.0414 --- (p) bilateral = 0 --- IC (95%) 0.0218 a 0.8782 --- IC (95%) 0.5564 a 1.3436 --- IC (99%) -0.1652 a 1.0652 IC (99%) 0.3845 a 1.5155