Novembro. 2014

UM NOVO OLHAR – DESIGN THINKING

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EXPERIÊNCIA E ATUAÇÃO: Hoje é proprietária da EP design, tendo passado pelo Instituto Racine, como gerente do Dep. De Design, foi sócia/proprietária da Casa3, Big Staff Mídias, e Ateliê Aberto – Produções Contemporâneas executando trabalhos de design em suas diversas aplicações: Branding, comunicação, identidade visual coorporativa, embalagens, periódicos, atuando fortemente na indústria farmacêutica, foco de sua dissertação de mes-trado. Atualmente é coordenadora da Pós-Graduação em Design Gráfico no SENAC Campinas, professora na ESAMC Campinas nos cursos de design, moda e engenharia.

ERIKA POZETTI

Desde os primórdios artistas a reprodução de qualquer objeto tinha como maior objetivo a imitação do ”belo”. Visando a propagação de tendências artísticas, discípulos e aprendizes reproduziam um estilo de pintura, desenho e técnica, seguindo seus mestres e promovendo então, a disseminação de seu propósito – difusão da arte. A reprodução da técnica, todavia não deixa de ser um fenômeno pelo qual conseguimos prolongar e difundir a arte. Este fenômeno desenvolveu-se ao longo da história, por saltos sucessivos, porém com uma velocidade incrí-vel e admirável. Com a descoberta da litografia (reprodução com base em pedra calcária) permitia-se não somente a fidelidade e facilidade da reprodução, bem como a reprodução diária dando início a um dos processos de repro-dução em série. Tínhamos então, a reprodução da arte em técnicas diferenciadas das utilizadas pelos antigos discípulos da idade média e também, a facilidade de reprodução. A conceituação e consagração da reprodução em série iniciaram-se a partir do funcionalismo, e obviamente racionalismo da reprodução. Com a revolução industrial, este fenômeno – produção em série, desdobrou-se para outras áreas: moda, produtos, automóveis, tecidos, entre outros... “Nascia o Design”! Palavra empregada ao ato de projetar, com foco no usuário e em produção em série. Isto faz do design o DESIGN! Não se tratava da encomenda de uma obra de arte e sim, da criação de uma “obra de arte” suscetível de reprodução com finalidade específica – função. De um “ofício” antigo, que começa a ganhar espaço no final do século XX, ao o reconhecimento de uma pro-fissão secular, hoje contamos com muitas especialidades dentro da área do design: design gráfico, design de pro-duto, web design, design de moda, game design... E no âmbito da gestão, design estratégico, design de experiência gestão em design e entre outros, o design thinking. Este último originou-se na Universidade de Stanford, nos anos 60. É adotado pelas empresas e corporações, na educação, no varejo, na prestação de serviço, etc.Com o foco no usuário, esta nova metodologia utiliza, entre outras premissas, a minimização de custos, dentro de um pensamento projetual colaborativo. A demanda e o conhecimento de cada nicho têm se tornado tão específico que dentro de cada área há dire-cionamentos de linhas de produtos diferentes, onde profissionais se tornam especialistas na feitura de cada uma dessas linhas. O design thinking é multidisciplinar e projeta holisticamente. O ganho em todos os sentidos é de todos: de quem projeta, de quem produz e principalmente de quem usufrui. Precisamos voltar nosso “olhar” para aquilo que as vezes não é tão interessante e saber absorver o que ninguém nota, ou liga! Ver com outros “olhos” nos possibilita “chegar primeiro”! Em outras palavras... Observar nos possibilita inovar! “Re-criar” ou “re-projetar” só faz sentido se incutirmos no projeto algo ainda não percebido... e não novo! Design thinking é inovação! E inovar é tornar tangível uma ideia e gerar resultados com ela. Aplicam-se novas práticas, observa-se muito, rompe-se com modelos tradicionais e vislumbra-se o futuro por meio do trabalho co-criativo. Tudo se torna melhor quando você participa da construção de algo!“Design Thinking, ou pensamento de Design, È uma abstraÁ„o do modelo mental utilizado h· anos pelos designers para dar vida a ideias. Esse modelo mental e seus poderosos conceitos podem ser aprendidos e utilizados por qualquer pessoa e aplicados em qualquer cen·rio de negÛcio ou social.” Tim Brown.

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