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Ana Beatriz de Figueiredo Oliveira
Helena Esteves Bieler
Henor Artur de Souza
Universidade Federal de Ouro Preto
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil - PROPEC
Inserção de sistemas de construção
industrializados de ciclo aberto
estruturados em aço no mercado da
construção civil residencial brasileira
Introdução
Objetivo:
Analisar e discutir as razões que impedem a difusão plena de sistemas
construtivos industrializados de ciclo aberto na construção civil residencial
brasileira, e traçar diretrizes para o aperfeiçoamento desses sistemas no
país.
Industrialização da Construção Civil
Industrialização Fechada ou de Ciclo Fechado:
menos flexível;
indústria disponibiliza o produto final;
arquiteto necessita adaptar seu projeto ao módulo fornecido.
Industrialização Aberta ou de Ciclo Aberto:
mais flexível;
indústria disponibiliza componentes pré-fabricados;
garante ao arquiteto grande liberdade de criação;
foco da pesquisa.
Histórico
Revolução Industrial – séculos XVIII e XIX:
novos materiais: ferro fundido, vidro, aço e concreto armado;
novas ferramentas construtivas: maior produtividade;
obras de infraestrutura urbana;
nenhum progresso nas obras residenciais.
Histórico
Exposições Universais:
novas técnicas aplicadas;
edifícios temporários;
curto prazo para execução;
“Palácio de Cristal” – Londres, 1851.
Palácio de Cristal, exterior Palácio de Cristal, interior Palácio de Cristal, projeto
Estação da Luz, exterior
Histórico
Brasil – século XIX:
novos materiais importados da Europa;
peças estruturais, de acabamento e ornamentação;
construções ferroviárias;
“Estação da Luz” – São Paulo, 1901.
Estação da Luz, interior Estação da Luz, detalhe
Histórico
Após a Segunda Guerra Mundial – 1945:
déficit habitacional;
falta de materiais e mão-de-obra;
poucos recursos financeiros;
modificações dentro do canteiro de obras;
profissionais dispostos a trabalhar com novos sistemas.
Histórico
Construção Residencial:
Ballon Frame
Platform Frame
Arquitetura
Walter Gropius;
Le Corbusier;
Mudança no conceito do projeto e da casa;
Industrialização como evolução do processo construtivo;
Construção residencial mais atrasada que as demais.
Walter Gropius (1883-1969) Le Corbusier (1887-1965)
Industrialização da Construção no Brasil
Grande demanda habitacional;
Poucos recursos financeiros;
Necessidade de racionalizar recursos existentes;
Falta de mão-de-obra especializada.
Companhia Siderúrgica Nacional
Indústria Siderúrgica no Brasil
Primeira siderúrgica – CSN, em Volta Redonda-RJ, 1946;
Aço x Concreto Armado;
Fábrica de Estruturas Metálicas (FEM), 1953;
Plano Siderúrgico Nacional, 1967.
Ed. Garagem América Ed. Avenida Central Escritório Central
Light Steel Framing
Década de 1990 até hoje:
técnica sucessora do Ballon Frame;
elaboração de Normas Técnicas (NBR14762, NBR6355 e NBR15253);
elaboração de manuais IBS e CBCA (Arquitetura e Engenharia Civil);
maior difusão do sistema no cenário nacional.
Aplicações e incentivos:
financiamento do BNDES – Construção Industrializada (2009-2011);
novas agências da Caixa Econômica Federal;
conjunto habitacional “Vila Dignidade”, Avaré-SP.
Agência CAIXA Agência CAIXA - Obra Vila Dignidade Vila Dignidade - Obra
Light Steel Framing
Edificações construídas em aço:
Brasil – 17%
Estados Unidos – 50%
Reino Unido – 70%
Situação do Brasil
Construção em Aço – Brasil (estatísticas CBCA 2010):
consumo aparente total – 8,2 milhões de toneladas;
crescimento de 12% ao ano em construções pré-fabricadas, estruturas,
pontes e torres, em relação a 2002;
Situação da América Latina
Construção em Aço – América Latina (estatísticas ALACERO 2011):
Nota: 2011 estimado com base nos primeiros 8 meses FONTE: ALACERO, 2012.
Produção de Aço Plano na América Latina (milhões de toneladas)
Situação da América Latina
Construção em Aço – América Latina (estatísticas ALACERO 2011):
Nota: 2011-2012 são projeções realizadas em agosto de 2011 FONTE: ALACERO, 2012.
Consumo aparente de Produtos Laminados per capita (Kg)
Situação do Chile
Construção em Aço – Chile:
consumo aparente per capita – maior da América Latina (184Kg);
abalos sísmicos – demanda por habitações e infraestrutura;
programas sociais de habitação;
CEDESCO (década de 1950) – componentes pré-fabricados de concreto;
Ministerio de Vivienda y Urbanismo – projetos-tipo industrializados.
Estudo de Caso
Refúgio São Chico (Arq.: Studio Paralelo) – São Francisco de Paula/RS:
Estrutura: Light Steel Frame;
Área: 82m²
Ano projeto: 2006
Duração da obra: 9 semanas
Estudo de Caso
1ª semana
Fundação
Estudo de Caso
2ª semana
Montagem
Estudo de Caso
3ª semana
Montagem e transporte
Estudo de Caso
4ª semana
Instalação
Estudo de Caso
5ª semana
Instalação
Estudo de Caso
6ª semana
Impermeabilização
Estudo de Caso
7ª semana
Revestimentos
Estudo de Caso
8ª e 9ª semanas
Revestimentos e acabamentos
Estudo de Caso
Residência finalizada
Estudo de Caso
Residência finalizada
Hipóteses
Custo unitário mais elevado
Falta de mão de obra especializada
Barreira cultural
Diretrizes
Custo unitário mais elevado
apoio do setor público – menores taxas
vantagens ao consumidor
Falta de mão de obra especializada
cursos de formação profissional
investir no campo de formação superior
Barreira cultural
inserção de construções industrializadas nos projetos públicos
vitrines e modelos de sistemas industrializados
Conclusão
Faltam incentivos e informações difundidas dos sistemas de construção
industrializados, para que eles possam se tornar escolhas reais no mercado
da construção civil.
Contatos
Ana Beatriz de Figueiredo Oliveira - [email protected] Arquiteta e Urbanista, Mestranda em Engenharia Civil pela UFOP
Helena Esteves Bieler - [email protected] Arquiteta e Urbanista, Mestranda em Engenharia Civil pela UFOP
Henor Artur de Souza - [email protected] Professor do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil da UFOP
Universidade Federal de Ouro Preto - UFOP
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil – PROPEC
www.propec.ufop.br