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INSTALAÇÕES PARA GADO LEITEIRO
Numa propriedade leiteira, as instalações são de grande
importância, porque facilitam o manejo dos animais, influenciando diretamente na sua produtividade e
saúde. As instalações diferem conforme o
sistema utilizado, podendo ser: Sistema Intensivo, “free stall” é o
mais utilizado, Sistema Extensivo e Sistema Semi-intensivo.
Introdução
Instalações no Sistema Intensivo “free stall”: galpão para
descanso das vacas, área de comedouro e bebedouro, ligação
facilitada aos silos e fábrica de ração, controle de limpeza , pé direito de 4,0/4,5 m, e sala de
ordenha (normalmente automatizada).
No Sistema Extensivo a maioria é gado mestiço e tem
dupla aptidão, o leite é subproduto (uma ordenha
diária), geralmente as instalações são: curral rústico, precário e com pouca higiene, e bezerreiro, porém, as vacas
ficam soltas em cercado com os bezerros
Introdução
No Sistema Semi-intensivo o gado é mais selecionado em relação ao extensivo, existe uma divisão em
lotes por categoria ou produtividade, é comum a rotação de pastagem e as instalações são
mais elaboradas em relação ao extensivo: Sistema de
resfriamento e conservação do leite, currais de alimentação e de
espera.
Introdução
O Sistema Semi-Intensivo na 1ª fase conta ainda com Maternidade (piquete – pasto), Bezerreiros com baias individuais (até 60
dias), e na 2ª fase baias coletivas com até 8 animais/baia (até 4/5 meses), na 3ª e 4ª fases,
piquete – pasto, abrigos, comedouros e bebedouros. Para as Vacas em Produção, batedouros: piquetes cercados localizados próximo ao estábulo(<1km), com saleiro,
bebedouro, comedouros cobertos, e curral de volumosos.
Introdução
O ESTÁBULO
IntroduçãoPara atender às necessidades mínimas do sistema de produção de leite, o estábulo deve possuir
os seguintes componentes: curral de espera, sala de ordenha,
bezerreiro, curral de alimentação, brete para manejo sanitário, embarcadouro, depósito de
materiais, sala de manuseio de leite e cobertura do estábulo.
Introdução
CURRAL DE ESPERA
Introdução
O Curral de Espera tem a função de agrupar os animais que serão ordenhados
(2,5 m2/cabeça), exigido na produção de leite tipo “B” quando não dispõe de curral de volumosos
concretado. O declive deve ser de 2% a 4%, deve conter apenas bebedouro nas mesmas dimensões
e técnicas do curral de volumosos. Os complementos são: lava pés (6,0 x 1,0 x 0,2 m),
pedilúvio coberto (2,5 x 1,0 x 0,2 m) contendo solução preventiva/curativa de cascos, tronco de
vacinações (1,5 m/cab), brete pulverizador, balança e embarcadouro.
CURRAL DE ESPERA: BRETE
Introdução
BEZERREIRO
Introdução
É importante que fique em área coberta e tenha duas baias (divisões), sendo uma para animais até 60 dias e
outra para animais acima dessa idade. Pela parte externa, a baia dos animais mais jovens deve ser provida
de baldes para o fornecimento do leite, que servem, também, de
bebedouro.
Introdução
Tanto o cocho de alimentação como o bebedouro devem ficar
preferencialmente do lado externo do bezerreiro, para
evitar contaminação do alimento ou da água, tendo-se o cuidado de colocá-los fora do
alcance das chuvas.
Introdução
O solo deve ser cimentado, sendo o piso do bezerreiro elevado,
construído com sarrafos de madeira para permitir boa drenagem e
ventilação. Para proteção dos ventos fortes e chuvas, pode-se usar uma lona estendida de cima até o solo. Nos dias mais quentes, essa lona
deve ser enrolada e fixada na parte superior do bezerreiro.
Introdução
CURRAL DE ALIMENTAÇÃO
Introdução
É um compartimento destinado às vacas já ordenhadas e que serão suplementadas, com alimento
volumoso (capim ou leguminosa de corte) ou com mistura concentrada
(protéico-energética). O comprimento dos cochos deve permitir um espaço de 0,60 a 0,80 m para cada animal,
podendo ser construídos com alvenaria ou com madeira.
Introdução
Aí os animais devem permanecer até o final da ordenha das
vacas. É importante que parte desse curral seja coberto com telha
ou palha, para evitar água nos cochos e para que os animais se protejam do sol nas horas mais
quentes do dia.
Introdução
O Curral de Volumosos tem forma quadrada, circular ou retangular, comedouro simples (acesso por um lado) ou duplo, espaço à
frente: comprimento da vaca (1,8 a 2,0 m) + espaço para circulação (0,7 a 2,0m/vaca), piso:
pedras graníticas retangulares, concreto capeado com argamassa a areia grossa,
declividade de 1 a 3 %, divisórias (até 1,6 m) seção de 15 a 20 cm e espaçados de 1,5 a 2,0
m, tábuas ou 5 a 8 fios de arame liso ovalado e distância entre esteios de 6m e balancins a
cada 2m.
COMEDOURO DE VOLUMOSOS
Introdução BRETE PARA MANEJO SANITÁRIO
Introdução
Localizado no curral, o brete é uma instalação para contenção dos animais no manejo sanitário,
permitindo a saída para a área externa ao curral ou para o
embarcadouro.
BRETE COM BALANÇA
Introdução
Embarcadouro
Introdução
É uma instalação de grande utilidade numa propriedade
leiteira, pois permite o embarque e o desembarque de animais, com segurança. Quando não
utilizado com freqüência, pode ser construído com madeira
serrada ou não.
Introdução
Para maior durabilidade, deve ser construído com madeira de boa qualidade. O piso pode ser
de tábua, pedra batida ou cimentado, devendo sua frente
ficar a uma altura de 1,0 a 1,20 m do nível do solo. É recomendável
1 m de largura. Deve ficar localizado no final do brete.
Introdução
DEPÓSITO DE MATERIAIS
Introdução
Constitui um compartimento isolado do restante do curral,
construído em alvenaria e permitindo o acesso pela sala de ordenha e pela área externa ao
curral. O acesso externo deve ser utilizado para a entrada de
materiais e para limpeza periódica do local. Deve ser forrado, pintado
com cal e piso cimentado.
Introdução
SALA DE MANUSEIO DO LEITE
Introdução
Construída em alvenaria, é uma instalação de recepção do leite e onde deverão ficar os
materiais de ordenha (balança, baldes, crivos, toalhas, tambores etc.), assim como o armário
de medicamentos, resfriador, etc. Deve ter forro e ser provido de balcão, pia e fonte de
água, sendo a parede preferencialmente revestida de louça (azulejada) e piso
recoberto de lajota. Área de 20 a 25 m2, pé direito: 2,5 m, portas e janelas teladas e
cobertura de laje ou forrada.
Ao término de cada ordenha individual, o leite é trazido para essa sala e colocado, em
tambor próprio, para condicionamento.
Introdução
A Sala de Máquinas abriga o
compressor do resfriador, a bomba de vácuo do sistema de ordenha
mecânica, e a bomba d’água gelada do resfriador ao pré resfriador, o pé
direito pode ser menor que na sala de leite
Introdução
COBERTURA DO ESTÁBULO
Introdução
Para cobrir o estábulo, podem ser utilizados telha canal, madeira
(cavaco), fibrocimento, zinco ou palha. A madeira para suporte da
cobertura dever ser de longa durabilidade. Recomenda-se deixar uma abertura na parte superior do
telhado para saída de ar quente, diminuindo a temperatura no
interior da instalação. A altura do pé direito deve ser de 2,70 a 3,00 m.
Introdução
CONSIDERAÇÕES PARA O
PLANEJAMENTO DAS INSTALAÇÕES
Introdução
LOCALIZAÇÃO – O terreno deve ter boas características de drenagem, ser levemente
inclinado e protegido contra ventos frios a fim de minimizar os problemas advindos da
alta concentração de umidade no local. Deve ter abastecimento de energia elétrica e de água potável, vias de acesso e por fim,
formas e dimensões necessárias para permitir ampliações futuras e distribuição
racional das instalações.
.
IntroduçãoORIENTAÇÃO – A orientação está intimamente relacionada com a localização. No entanto, há uma
regra básica que deve em geral ser respeitada para todo tipo de
construção zootécnica nos trópicos (salvo raras exceções como os
bezerreiros), o eixo longitudinal da obra deve estar orientado no
sentido leste-oeste.
ORIENTAÇÃO SOLAR PARA INSTALAÇÕES
RURAIS
Introdução
REFERÊNCIAS: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Norte de Minas Gerais
BIODIGESTORES RURAIS
A produção de esterco e de dejetos animais em propriedades rurais está entre as principais causas de contaminação dos aqüíferos. Estas produções
representam perda potencial de energia aproveitável e de adubo rico em fósforo (P) e
nitrogênio (N) o qual apresenta alto custo e difícil aquisição. Desta forma, o aproveitamento de
dejetos animais apresenta pontos atrativos, como a redução da liberação de resíduos no meio
ambiente e o maior acesso a fontes de energia de baixo custo. Na prática a produção de biogás é possível com a utilização de um equipamento
denominado de BIODIGESTOR.
BIODIGESTORES RURAIS MODELO
INDIANO
Este modelo de biodigestor caracteriza-se por possuir uma campânula como gasômetro, a qual
pode estar mergulhada sobre a biomassa em fermentação, ou em um selo d’água externo, e
uma parede central que divide o tanque de fermentação em duas câmaras. A função da
parede divisória faz com que o material circule por todo o interior da câmara de fermentação.
Observando a figura: H - é a altura do nível do substrato; Di - é o diâmetro interno do biodigestor; Dg - é o diâmetro do gasômetro; Ds - é o diâmetro interno da parede superior; h1 - é a altura ociosa (reservatório do biogás); h2 - é a altura útil do gasômetro. a - é a altura da caixa de entrada. e - é a altura de entrada do cano com o afluente.
O modelo indiano possui pressão de operação constante, ou seja, à medida que o volume de gás produzido não é consumido de imediato, o gasômetro tende a deslocar-se verticalmente,
aumentando o volume deste, portanto, mantendo a pressão no interior deste constante.
Funcionamento do Biodigestor
O biodigestor é onde a biomassa sofre a digestão pelas bactérias anaeróbicas, gerando
gás. Consiste em um recipiente fechado, construído de alvenaria, concreto ou outros
materiais, onde é depositado o material a ser digerido. O processo de decomposição da
matéria orgânica resulta na produção de biogás e biofertilizante.
BIODIGESTOR MODELO CHINÊS
O modelo Chinês é constituído quase todo em alvenaria, dispensando o uso de gasômetro em
chapa de aço, reduzindo os custos, mas, se a estrutura não for bem vedada e impermeabilizada
pode ocorrer vazamento. Neste modelo uma parcela do gás(formado na caixa de saída), é libertado, reduzindo parcialmente a pressão
interna, motivo pelo qual não são utilizadas para instalações de grande porte.
O substrato deverá ser fornecido continuamente, com a concentração de sólidos totais em torno de
8%, para evitar entupimentos do sistema de entrada e facilitar a circulação do material.
Da mesma forma que o anterior: D - é o diâmetro do corpo cilíndrico; H - é a altura do corpo cilíndrico; Hg - é a altura da calota do gasômetro; hf - é a altura da calota do fundo; Of - é o centro da calota esférica do fundo; Og - é o centro da calota esférica do gasômetro; he - é a altura da caixa de entrada; De - é o diâmetro da caixa de entrada; hs - é a altura da caixa de saída; Ds - é o diâmetro da caixa de saída; a - é o afundamento do gasômetro;
BIODIGESTOR MODELO BATELADA
Sistema simples e fácil, sua instalação poderá ser apenas um tanque anaeróbio, ou vários tanques em série. Esse tipo é abastecido de uma única vez,
portanto não é um biodigestor contínuo. Enquanto os modelos chinês e indiano servem
para atender propriedades onde há disponibilidade de biomassa, o modelo em
batelada adapta-se melhor quando essa disponibilidade ocorre em períodos mais longos,
como em granjas avícolas de corte, após venda dos animais e limpeza do galpão.
Di é o diâmetro interno do biodigestor; Ds é o diâmetro interno da parede superior; Dg é o diâmetro do gasômetro H é a altura do nível do substrato; h1 é a altura ociosa do gasômetro; h2 é a altura útil do gasômetro; h3 é a altura útil para deslocamento do gasômetro; b é a altura da parede do biodigestor acima do nível do substrato; c é a altura do gasômetro acima da parede do biodigestor.